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Perícia e Auditoria (aula completa)

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Disciplina
Perícia e Auditoria
Unidade 1
Perícia, Arbitragem e Mediação
Aula 1
Origem e evolução da perícia contábil
Introdução
Olá, estudante! O mundo da perícia contábil é uma área especializada da contabilidade que
requer conhecimento técnico, habilidades analíticas e rigor ético. A perícia contábil desempenha
um papel fundamental na resolução de questões �nanceiras complexas.  
É uma disciplina que se destaca pela sua importância na tomada de decisões judiciais e em
negociações extrajudiciais, in�uenciando diretamente o resultado de disputas legais e
comerciais. 
Ao longo desta jornada, descobriremos como os peritos contábeis são importantes na
investigação de fatos �nanceiros e na análise de registros contábeis. Além disso, exploraremos
as leis e normas que regulamentam a perícia contábil no Brasil. 
Ao entender o mundo da perícia contábil, estaremos nos preparando para compreender como ela
é aplicada na realidade, em situações que envolvem disputas judiciais complexas, investigações
Disciplina
Perícia e Auditoria
de fraudes, avaliações de empresas, questões tributárias e muito mais. Vamos lá?
Fundamentos da perícia contábil
A perícia é um processo no qual um especialista quali�cado, chamada de perito, aplica seu
conhecimento técnico e cientí�co para investigar, analisar e fornecer informações objetivas e
fundamentadas sobre questões especí�cas em disputa.  
Costa (2016) diz que a perícia está presente em todas as áreas do conhecimento e envolve a
utilização do conhecimento humano com o propósito de revelar o que não é evidente. 
Nesse contexto, a perícia contábil é uma área especializada da contabilidade que se concentra
na aplicação de conhecimentos contábeis e �nanceiros para a resolução de questões legais ou
disputas judiciais e extrajudiciais.  
O principal objetivo dessa área é fornecer evidências objetivas e fundamentadas para apoiar a
tomada de decisões em casos que envolvam aspectos �nanceiros, �scais e patrimoniais. De
acordo com (2019), o perito oferece uma opinião sobre fatos relacionados ao patrimônio e, para
isso, realiza exames, vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramentos. 
A perícia contábil tem suas raízes no crescimento da contabilidade como uma disciplina
pro�ssional e na necessidade de especialistas para lidar com questões �nanceiras e litígios
legais.  
A evolução dela inclui marcos como o desenvolvimento da contabilidade, o surgimento da
legislação comercial e tributária, a criação de órgãos reguladores como o Conselho Federal de
Contabilidade no Brasil, e o impacto da evolução tecnológica na coleta e análise de dados
�nanceiros.  
Disciplina
Perícia e Auditoria
Figura 1 | Perícia Contábil. Fonte: Adaptado NBC TP 01 (R1) (CFC, 2020). 
De acordo com a NBC TP 01 (R1): 
A perícia contábil é o conjunto de procedimentos técnico-cientí�cos destinados a
levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução
do litígio ou constatação de fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer
pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e pro�ssionais e com a
legislação especí�ca no que for pertinente (CFC, 2020).  
Dessa forma, a perícia contábil, por meio de um laudo ou parecer contábil, é capaz de fornecer
provas para apoiar a resolução de disputadas relacionadas a litígios comerciais, investigações de
fraudes, avaliação de empresas, questões tributárias, entre outros.  
O laudo ou parecer contábil deve ser emitido em conformidade com as normas jurídicas (Código
Civil e Código de Processo Civil), com as normas pro�ssionais (NBC PP - do Perito Contábil e
NBC TP – de Perícia), e a legislação especí�ca relacionada ao assunto discutido no processo
(COSTA, 2016).   
A perícia contábil, conforme a NBC TP 01 (R1) (2020), é classi�cada em perícia judicial e perícia
extrajudicial. A perícia judicial é aquela realizada sob a tutela do Poder Judiciário, enquanto a
perícia extrajudicial é exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária. Independentemente do
tipo de perícia, ela deve ser realizada por contadores em situação regular no Conselho Regional
de Contabilidade (CRC). 
Em resumo, a perícia contábil desempenha um papel fundamental na resolução de disputas
judiciais e extrajudiciais, fornecendo provas objetivas e embasadas por meio de laudos e
pareceres contábeis.  
Sua evolução, ao longo do tempo, está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento da
contabilidade e sua principal base normativa é o Código de Processo Civil, as NBC PP - do Perito
Contábil e NBC TP – de Perícia.
Outras classi�cações da Perícia Contábil
Disciplina
Perícia e Auditoria
A perícia contábil é classi�cada em perícia judicial e perícia extrajudicial que se subdivide em
perícia arbitral, o�cial ou estatal e voluntária. As perícias judiciais são realizadas dentro de um
processo judicial sob a tutela do judiciário, solicitadas pela autoridade que preside o processo ou
requeridas por uma das partes para esclarecer questões relacionadas ao patrimônio de pessoas
e empresas.  
As perícias extrajudiciais correm fora do contexto do tribunal, frequentemente a pedido de partes
envolvidas em disputas ou de organizações que buscam esclarecimentos �nanceiros. Ela é
dividida em três subcategorias: 
Perícia voluntária: indivíduos ou representantes de empresas contratam um perito contábil
para conduzir uma perícia com o propósito especí�co de questões contábeis ou �nanceiras
de seu interesse. Por exemplo, uma empresa pode contratar um perito contábil para
avaliação de ativos como parte de uma transação comercial. 
Perícia estatal: é realizada por órgãos públicos, como comissões parlamentares de
inquérito em nível federal, estadual ou municipal. Também pode incluir perícias criminais
conduzidas pelo Ministério Público. Embora isso aconteça dentro do aparelho estatal, a
perícia estatal não faz parte de um processo judicial especí�co. 
Perícia arbitral: está relacionada à arbitragem, que é uma forma alternativa de resolução de
con�itos, regulamentada pela Lei nº 9.307/96. As partes envolvidas em uma disputa
contratual podem optar por resolver suas diferenças por meio de um tribunal arbitral em
vez de recorrer ao Poder Judiciário. Nesse contexto, o contador pode atuar como juiz
Disciplina
Perícia e Auditoria
arbitral ou ser nomeado como perito para examinar valores contábeis, mas não pode
exercer ambas as funções no mesmo caso.  
Figura 2 | Tipos de Perícia Contábil.
Essas categorias abrangem as diferentes situações em que a perícia contábil pode ser
necessária, seja para fornecer provas em um processo judicial, atender a interesses particulares,
órgãos estatais em investigações ou apoiar a resolução de litígios por meio da arbitragem.  
Regulamentação da Perícia Contábil no Brasil 
A legislação e regulamentação da perícia contábil no Brasil são de�nidas por diversas fontes
legais. Isso inclui o Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), que estabelece regras para
perícias judiciais, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que emite normas técnicas para
perícias contábeis, a Lei de Arbitragem para casos de arbitragem, além de regulamentações
especí�cas relacionadas ao objeto de disputa, como a legislação tributária e societária. 
No que diz respeito ao Código de Processo Civil, seus artigos 464 a 480 estabelecem as bases
legais para a realização da perícia judicial. Ele de�ne os procedimentos a serem seguidos em
processos judiciais que envolvem a nomeação de peritos e a elaboração de laudos periciais. 
O CFC emite as normas brasileiras de contabilidade (NBC) especí�cas relacionadas à perícia
contábil. A NBC TP 01 (R1) estabelece diretrizes e procedimentos técnicos para a realização de
perícias contábeis, enquanto a NBC PP 01 (R1) de�ne diretrizes relacionadas à atuação perito
contador, estabelecendo padrões éticos e pro�ssionais que devem ser seguidos rigorosamente.  
Por �m, a NBC PP 02 aborda sobre o exame de quali�cação técnica para perito contábil,
garantindo que os pro�ssionais que atuam nessa área possuam o conhecimentoe a
competência necessária para desempenhar suas funções de forma adequada. 
Todas essas normas e regulamentações desempenham um papel fundamental na orientação da
prática da perícia contábil no Brasil. Os peritos contábeis devem aplicá-las ao realizar seus
Disciplina
Perícia e Auditoria
trabalhos periciais para garantir a qualidade, a ética e a conformidade com as exigências legais. 
Utilização da perícia contábil
A perícia contábil é utilizada em uma variedade de situações em que é necessário o
conhecimento técnico e especializado de contadores para analisar, investigar e fornecer
informações objetivas relacionadas a questões �nanceiras, contábeis e patrimoniais. Algumas
situações comuns em que a perícia contábil é aplicada são: 
Disputas Judiciais: quando ocorrem disputas que envolvem questões �nanceiras, como a
divisão de ativos, discussões de fraude �nanceira, disputas contratuais, entre outros, a
perícia contábil é frequentemente usada para fornecer evidências objetivas que ajudam na
tomada de decisão judicial. 
Avaliação de Empresas: as empresas muitas vezes precisam avaliar seus ativos, passivos e
valor de mercado para �ns de vendas, fusões, aquisições ou processos de recuperação
judicial. A perícia contábil pode ser usada para calcular o valor justo de uma empresa. 
Investigações de Fraude: quando há suspeita de fraude �nanceira em uma organização, um
perito contábil pode ser designado para investigar os registros �nanceiros, identi�car
Disciplina
Perícia e Auditoria
irregularidades e quanti�car as perdas. 
Questões Tributárias: a perícia contábil é útil para resolver disputas relacionadas a
questões tributárias, como análises de sonegação de impostos, cálculo de créditos
tributários ou avaliação de multas. 
Revisões de Contratos: em casos de disputa contratual, os peritos contábeis podem ser
convocados para revisar contratos e registros �nanceiros a �m de determinar se houve
violação dos termos contratuais. 
Litígios Trabalhistas: em questões relacionadas a disputas trabalhistas, como cálculos de
horas extras, indenizações ou outros benefícios �nanceiros, a perícia contábil pode ser
usada para calcular valores devidos. 
Essas são apenas algumas das situações em que a perícia contábil desempenha um papel
fundamental. Sua aplicação pode variar muito e pode ocorrer no âmbito judicial ou extrajudicial.  
Os peritos contábeis são peças essenciais na busca pela verdade e conformidade com as
normas �nanceiras e legais. Eles vão atuar em assuntos que não sejam de domínio do juiz ou
das partes relacionadas com o objetivo de fornecer evidências para a resolução do caso.  
Imagine que dois sócios tenham uma empresa conjunta, e eles decidam encerrar a sociedade.
No entanto, eles não concordam com a forma como os ativos, passivos e patrimônio líquido da
empresa devem ser divididos entre eles. Cada um acredita que sua participação na empresa vale
mais do que o outro está disposto a conceder. 
Nesse caso, eles entram com uma ação judicial para resolver a disputa. Um juiz nomeia um
perito contábil como um terceiro imparcial para realizar uma análise detalhada dos registros
�nanceiros, ativos, passivos e outras transações da empresa.  
O perito contábil examina os documentos contábeis, realiza cálculos �nanceiros, avalia o valor
justo de ativos, considera eventuais obrigações pendentes e chega a uma avaliação imparcial do
valor da empresa. 
O laudo pericial contábil emitido pelo perito contábil serve como evidência no processo judicial e
ajuda o juiz a tomar uma decisão justa sobre como os ativos e passivos devem ser divididos
entre os sócios. Sem a perícia contábil, a disputa poderia se prolongar e resultar em decisões
injustas ou imprecisas. 
Portanto, nesse cenário, a atuação da perícia contábil é crucial para resolver a disputa de forma
justa e objetiva, garantindo que os interesses de ambas as partes sejam considerados com base
em informações �nanceiras precisas e imparciais.
Videoaula: Origem e evolução da perícia contábil
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Disciplina
Perícia e Auditoria
Neste vídeo resumo, falaremos sobre o conceito, objetivo e classi�cações da perícia contábil.
Exploraremos as leis e normas que regulamentam a perícia contábil no Brasil, garantindo a
qualidade e a ética dessas práticas. Além disso, compreenderemos como ela é utilizada em
envolvem disputas judiciais ou extrajudiciais. Boa aula! 
Saiba mais
NBC TP 01 (R1) 
A NBC TP 01 (R1), emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), é uma das normas
relacionada à perícia contábil mais importantes e abrangentes. Esta norma técnica é essencial
para orientar os procedimentos técnicos e cientí�cos envolvidos na realização de perícias
contábeis no Brasil. Ela abrange desde a nomeação do perito até a elaboração do laudo pericial
contábil, fornecendo um conjunto detalhado de regras e diretrizes a serem seguidas. Para saber
mais, acesse a NBC TP 01 (R1) e leia as diretrizes e procedimentos técnicos especí�cos para a
realização de perícias contábeis. 
Referências
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTP01(R1).pdf
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTP01(R1).pdf
Disciplina
Perícia e Auditoria
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Dispõe sobre o Código de Processo Civil.
Brasília, DF: Diário O�cial da União, 2015. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 09 nov.
2023.  
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TP 01 (R1),
de 19 de março de 2020. Brasília: CFC, 2020. Disponível em:
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTP01(R1).pdf. Acesso em: 5 out. de 2023.  
COSTA, J. C. D. Perícia Contábil: Aplicação Prática. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017.  
SÁ, A. L. Perícia Contábil. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
Aula 2
Procedimentos técnicos e cientí�cos da perícia contábil
Introdução
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTP01(R1).pdf
Disciplina
Perícia e Auditoria
Olá, estudante! A perícia contábil desempenhando um papel fundamental na resolução de
con�itos, na detecção de fraudes e na busca da justiça.  
Ela envolve a atuação de um pro�ssional especializado, o perito contábil, que é nomeado pelo
juiz para analisar, interpretar e fornecer provas relacionadas a questões �nanceiras e
patrimoniais em processos judiciais e extrajudiciais. A perícia contábil segue um conjunto de
procedimentos técnicos e cientí�cos estabelecidos, desde o planejamento até a elaboração do
laudo pericial. 
No decorrer desta aula, exploraremos os aspectos técnicos e processuais da perícia contábil
judicial, desde a nomeação do perito até a apresentação do laudo pericial. Além disso, veremos
como a perícia contábil é aplicada na prática, usando um exemplo que envolve uma empresa
enfrentando discrepâncias �nanceiras substanciais e suspeitas de fraude. 
Procedimentos da perícia contábil
Disciplina
Perícia e Auditoria
A perícia contábil tem a �nalidade de produzir provas que auxiliam na resolução de disputas
judiciais e extrajudiciais relacionadas ao patrimônio. O perito contábil é encarregado de analisar
e interpretar registros e documentos contábeis que sejam relevantes ao caso, utilizando os
procedimentos técnicos e cientí�cos da perícia contábil para garantir a coleta de provas sólidas e
con�áveis que possam embasar a tomada de decisões. 
Os procedimentos técnicos e cientí�cos da perícia contábil são estabelecidos pela NBC TP 01
(R1) e englobam diversas etapas, incluindo o planejamento, a elaboração de termos e atas, a
execução da perícia, a criação do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil.  
A aplicação dos procedimentos pode variar de acordo com a complexidade do caso e das
questões envolvidas. Além disso, a perícia contábil exige um elevadopadrão de ética e
imparcialidade por parte do perito, garantindo, assim, a con�abilidade e integridade do laudo
pericial. 
No planejamento, etapa que antecede o início da perícia, o perito examina os autos a serem
periciados, conferindo a existência de documentos necessários para a condução da perícia
(MÜLLER; TIMI; HEIMOSKI, 2017).  
O perito, portanto, deve elaborar um planejamento cuidadoso, estabelecendo diretrizes, objetivos
e metodologia para a realização da perícia. Durante essa fase, é essencial conhecer o objeto de
perícia, identi�car possíveis desa�os, considerar a legislação pertinente e estabelecer um
cronograma de trabalho.  
A equipe técnica, se necessária, deve ser orientada e supervisionada pelo perito. Esses
procedimentos garantem que a perícia seja realizada de maneira organizada, oferecendo
resultados con�áveis e precisos. 
A execução da perícia contábil é uma fase em que o perito coloca em prática o plano de trabalho
previsto durante o planejamento. Nessa etapa, o ele realiza uma série de procedimentos técnicos
Disciplina
Perícia e Auditoria
e cientí�cos para examinar, analisar e interpretar informações contábeis e �nanceiras relevantes
para o caso.  
Para isso, se faz necessá a análise de documentos contábeis, registros �nanceiros, contratos,
notas �scais e outros elementos pertinentes. O objetivo é obter provas sólidas para respaldar as
instruções do laudo pericial contábil, mantendo a imparcialidade e seguindo normas técnicas e
éticas. 
Na execução da perícia, o perito contábil aplicará procedimentos estabelecidos em lei e em
normas da pro�ssão. De acordo com a NBC TP 01 (R1) (CFC, 2020): 
Os procedimentos periciais contábeis visam fundamentar o laudo pericial contábil e o
parecer pericial contábil e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a
complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento,
mensuração, avaliação, certi�cação e testabilidade. 
Figura 1 | Procedimentos periciais contábeis - NBC TP 01 (R1). Fonte: adaptado NBC TP 01 (R1) (CFC, 2020). 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Assim, à medida que o perito contábil aplica esses procedimentos periciais, ele combina
conhecimentos contábeis e legais para fornecer provas sólidas em casos complexos
relacionados a aspectos �nanceiros e patrimoniais.  
As provas coletadas sustentam o laudo contábil pericial e o parecer contábil pericial,
contribuindo para que disputas relacionadas ao patrimônio sejam resolvidas com base em
informações sólidas e bem fundamentadas. Desse modo, a perícia contábil desempenha um
papel fundamental na busca da justiça e na proteção dos interesses das partes envolvidas em
litígios e controvérsias contábeis.
Aspectos técnicos e procedimentais da perícia contábil judicial
A perícia contábil judicial, aquela exigida pelo juiz por iniciativa própria ou solicitada pelas partes
envolvidas no litígio, segue procedimentos que englobam os atos preparatórios, que vão da
nomeação até a fase �nal do planejamento, e atos de execução do trabalho pericial, que passam
pelos procedimentos até o laudo �nal. 
Na fase dos atos preparatórios, o juiz nomeia um perito contábil habilitado do cadastro do
tribunal ou um pro�ssional local habilitado e de sua con�ança, caso não haja um cadastro.
Conforme o art. 465 do Código de Processo Civil, após a nomeação, as partes têm um prazo de
15 dias para impugnar ou não o perito nomeado e indicar os assistentes técnicos, se assim
desejarem (BRASIL, 2015).  
Disciplina
Perícia e Auditoria
Enquanto o perito, ciente da nomeação, deverá apresentar proposta de honorários, e se houver
recusa ou escusa, deverá fundamentar os motivos. 
Figura 2 | Nomeação do Perito Contábil.
Após a nomeação, o perito deve fazer a leitura do processo para entender o que se discute nos
autos, compreender o ponto de discórdia e iniciar o planejamento da perícia.  
De acordo com a NBC TP 01 (R1), o planejamento tem como objetivo: 
(a) conhecer o objeto e a �nalidade da perícia para permitir a escolha de diretrizes e
procedimentos a serem adotados para a elaboração do trabalho pericial;  
(b) desenvolver plano de trabalho onde são especi�cadas as diretrizes e 
procedimentos a serem adotados na perícia;  
(c) estabelecer condições para que o plano de trabalho seja cumprido no prazo 
estabelecido;  
(d) identi�car potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento 
da perícia;  
(e) identi�car fatos importantes para a solução da demanda, de forma que não 
passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária;  
(f) identi�car a legislação aplicável ao objeto da perícia;  
(g) estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da equipe de 
trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares (CFC, 2020).  
O planejamento é o momento ideal para formar uma equipe técnica, se necessário, incluindo o
uso de terceiros, como uma equipe de apoio ou especialistas de diferentes áreas de
Disciplina
Perícia e Auditoria
conhecimento (MÜLLER; TIMI; HEIMOSKI, 2017).  
Nesse estágio, é crucial de�nir o cronograma de trabalho, especi�cando todas as etapas
possíveis, como diligências, pesquisas, cálculos, reuniões, prazos para apresentação do laudo
pericial contábil.  
Além disso, no planejamento, é fundamental estabelecer o valor dos honorários, estimando as
horas necessárias para cada atividade e multiplicando pelo valor da hora de trabalho (COSTA,
2016). 
Ao concluir a etapa de planejamento, o perito contábil estará apto a informar aos assistentes
técnicos e às partes as fases do processo pericial a serem realizadas, criar os termos de
diligência necessários e requisitar a apresentação de documentos ou coisas faltantes. 
A perícia é limitada aos quesitos formulados, ao objeto e ao prazo de�nido pelo juiz. O
planejamento é �exível e pode ser ajustado de acordo com as necessidades que surgirem
durante a execução da perícia.  
Na fase de execução, o perito deve aplicar todos os seus conhecimentos contábeis e realizar
uma variedade de procedimentos técnicos, como exame, vistoria, indagação, investigação,
arbitramento, mensuração, avaliação e certi�cação.  
Cada um desses procedimentos visa obter informações especí�cas e relevantes para a
elaboração do laudo pericial contábil, contribuindo assim para que o juiz possa tomar decisões
embasadas.
Aplicação da perícia contábil judicial
Disciplina
Perícia e Auditoria
A perícia contábil desempenha um papel essencial na resolução de con�itos e na detecção de
fraudes.  
Imagine que a Empresa Alfa, descubra discrepâncias �nanceiras substanciais em seus registros
contábeis e suspeite que um de seus funcionários tenha cometido fraude �nanceira ao longo de
vários anos. A empresa decidem levar o caso ao tribunal e entra com uma ação legal contra o
funcionário.  
Para a resolução do caso, o juiz decide nomear um perito contábil para fazer uma avaliação
técnica e imparcial das denúncias de fraude �nanceira na empresa. Nesse caso, as etapas para a
realização da perícia contábil judicial são: 
Nomeação do perito: o juiz do tribunal nomeia um perito contábil para investigar a possível
fraude �nanceira na Empresa. Essa nomeação é fundamental para garantir uma avaliação
imparcial e especializada. 
Impugnação e assistentes técnicos: após a nomeação do perito, a Empresa Alfa e o funcionário
suspeito têm o direito de impugnar a escolha do perito e/ou sugerir assistentes técnicos que
auxiliarão na perícia. Isso ajuda a manter a transparência e a imparcialidade do processo. 
Planejamento da perícia: o perito contábil elabora um plano de trabalho que descreve as etapas
da investigação. Isso inclui revisar todos os registros contábeis da Empresa, desde extratos
bancários até registros de transações �nanceiras. O objetivo é identi�car discrepâncias, padrões
suspeitos e quaisquer atividades fraudulentas. 
Execução da perícia: o perito realiza uma investigação minuciosa, analisando documentos
contábeis, extratos bancários, registros de pagamento e todos os registros �nanceiros
relacionados à Empresa Alfa.Ele também entrevista funcionários da empresa para obter
informações relevantes. 
Análise e cálculos: com base em sua investigação, o perito contábil realiza cálculos detalhados
para determinar o valor da fraude e como ela foi perpetrada. Isso envolve identi�cação de
transações falsas, desvios de fundos e outras atividades fraudulentas. 
Elaboração do laudo: o perito contábil prepara um laudo pericial contábil que detalha suas
descobertas, metodologia, cálculos e conclusões sobre a fraude. O documento é submetido ao
tribunal, às partes envolvidas e aos assistentes técnicos para revisão. 
Apresentação em tribunal: o perito é chamado a depor em tribunal para explicar suas conclusões,
demonstrar como a fraude ocorreu e responder às perguntas das partes envolvidas. O juiz usa o
laudo pericial e o testemunho do perito como evidência para tomar uma decisão no caso. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Figura 3 | Etapas da perícia contábil judicial.
Assim, a perícia contábil é utilizada para determinar se houve ou não fraude. Para isso, o perito
aplica procedimentos periciais contábeis, como o exame de documentos contábeis, com o
objetivo de identi�car padrões ou tendências suspeita, como transações não autorizadas,
desvios de fundos, falsi�cação de documentos ou qualquer outra atividade irregular.  
Além disso, ele realiza análises e cálculos detalhados para determinar o valor da fraude e como
ela foi praticada. Desse modo, a perícia contábil é essencial para ajudar a determinar a extensão
da fraude e responsabilizar os envolvidos. 
Videoaula: Procedimentos técnicos e cientí�cos da perícia contábil
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Disciplina
Perícia e Auditoria
Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo
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aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet.
Neste vídeo resumo abordaremos os procedimentos técnicos e cientí�cos da perícia contábil,
desde a nomeação do perito até a apresentação do laudo pericial. Compreenderemos quais são
os procedimentos periciais contábeis utilizados pelo perito contábil e veremos como a essa
perícia é aplicada na prática. Boa aula! 
Saiba mais
Termo de Diligência 
O Termo de Diligência é um instrumento utilizado por peritos contábeis para solicitar
documentos, objetos, dados e outras informações necessárias para a elaboração de um laudo
pericial contábil ou parecer pericial contábil. Para saber mais, leia o capítulo 3.1 – “Diligências”,
do livro Perícia Contábil - Aplicação Prática, de autoria de João Carlos Dias da Costa, disponível
na Minha Biblioteca. 
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597009460
Disciplina
Perícia e Auditoria
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Diário O�cial da União,
Brasília, 17 mar. 2015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 11 out. 2023.  
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TP 01 (R1),
de 19 de março de 2020. Brasília: CFC, 2020. Disponível em:
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTP01(R1).pdf. Acesso em: 5 out. de 2023.  
COSTA, J. C. D. Perícia Contábil: Aplicação Prática. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
MÜLLER, A. N.; TIMI, S. R. R.; HEIMOSKI, V. T. M. Perícia Contábil. São Paulo: Saraiva, 2017.
Aula 3
Pro�ssional perito e o laudo pericial
Introdução
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTP01(R1).pdf
Disciplina
Perícia e Auditoria
Olá, estudante! O perito contábil desempenha um papel de suma importância na busca pela
verdade e justiça em casos que envolvem questões �nanceiras e contábeis. Ele é um especialista
que utiliza seu conhecimento técnico e cientí�co para fornecer informações imparciais e
precisas, auxiliando o tribunal na tomada de decisões informadas. Central para esse processo é
o laudo pericial, um documento fundamental que detalha análises técnicas e cientí�cas. 
Esta aula explora a �gura do perito contábil, abordando suas funções, responsabilidades e os
princípios éticos e legais que orientam seu trabalho. Além disso, abordaremos o papel do perito
assistente, a diferença entre o laudo pericial e o parecer pericial, e os aspectos de suspeição e
impedimento que podem afetar a imparcialidade do perito.  
Vamos compreender mais sobre o mundo da perícia contábil, em que a busca pela verdade se
baseia em análises técnicas sólidas, integridade, e padrões éticos e legais. 
O papel do perito contábil
Disciplina
Perícia e Auditoria
O perito desempenha um papel fundamental no sistema jurídico, atuando como especialista em
sua área de conhecimento para esclarecer questões complexas em processos judiciais ou
extrajudiciais. Um dos principais produtos do trabalho do perito é o laudo pericial, um documento
essencial que fornece informações técnicas e cientí�cas para auxiliar na tomada de decisões
judiciais. 
De acordo como a NBC PP 01 (R1) (CFC, 2020a), um perito contábil é um contador com
conhecimento técnico e cientí�co, devidamente registrado no Conselho Regional de
Contabilidade (CRC) e no Cadastro Nacional dos Peritos Contábeis.  
Esse pro�ssional pode exercer a atividade pericial de várias maneiras, incluindo como perito do
juízo (nomeado pelo poder judiciário), perito arbitral (nomeado em arbitragem), perito o�cial
(servidor público concursado), ou assistente técnico (indicado e contratado pela parte). 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Figura 1 | Denominações do Perito.
Neste contexto, o perito contábil atua como um especialista em questões �nanceiras e contábeis
que exigem análises técnicas e imparciais. Sua função é auxiliar o sistema judiciário na tomada
de decisões informadas em casos em que a contabilidade desempenha um papel central,
produzindo um documento denominado laudo contábil pericial. 
Durante a condução de seus trabalhos e na elaboração do laudo pericial, o perito contábil deverá
manter a imparcialidade e independência, atuando como um agente de con�ança do tribunal.
Sua tarefa é conduzir uma análise objetiva e precisa com base em princípios contábeis sólidos,
padrões pro�ssionais e regulamentações, fornecendo ao tribunal informações essenciais para
uma tomada de decisão justa e precisa. 
O perito contábil pode ser nomeado pelo juiz em um processo ou contratado por uma das partes
como assistente técnico. Como aponta Costa (2016), em uma perícia judicial, tanto o autor
quanto o réu do processo podem solicitar perícias. Em alguns casos, o juiz pode nomear um
perito contábil por conta própria. A nomeação segue regras do Código de Processo Civil (CPC) e
inclui a de�nição de prazos para a entrega do laudo pericial. 
O laudo pericial é o resultado do trabalho do perito. Esse documento contém informações
detalhadas, análises e conclusões relacionadas a questões técnicas, cientí�cas, �nanceiras ou
contábeis que estão em disputa no processo. É uma peça essencial para que o juiz possa tomar
uma decisão informada e justa.  
O processo de elaboração de um laudo pericial envolve várias etapas, como a análise de
documentos contábeis, a realização de análises �nanceiras, a aplicação de métodos de
contabilidade e a apresentação clara e objetiva dos resultados. É fundamental que o laudo seja
imparcial e esteja em conformidade com as normas e regulamentos contábeis.  Ele deve conter a
documentação da perícia, incluindo a documentação dos fatos, as operações realizadas e as
conclusões fundamentadas do perito (MAGALHÃES, 2017). 
Em resumo, o perito contábil desempenha um papel crítico na resolução de disputas �nanceiras
e contábeis, produzindo laudos periciais contábeis que fornecem informações técnicas e
imparciais para a justiça. Seu trabalho ajuda a garantir a integridade do sistema jurídico,
especialmente em casos que envolvem assuntos contábeis e �nanceiros complexos.
Disciplina
Perícia eAuditoria
Perito assistente, laudo/parecer, suspeição e impedimento
Perito Assistente 
O perito assistente, também conhecido como assistente técnico, possui conhecimento técnico e
especializado em contabilidade que é contratado por uma das partes envolvidas em um
processo judicial. Após a nomeação do perito judicial e a concordância das partes, eles têm um
prazo de cinco dias para indicar os assistentes técnicos, embora essa indicação não seja
obrigatória. 
A principal função do assistente técnico é representar a parte que o contratou, elaborando
quesitos de forma precisa e técnica. Além disso, o assistente técnico deve colaborar com o
perito nomeado, auxiliando na busca de documentos relevantes para a perícia, e deve elaborar o
parecer pericial contábil (Costa, 2016). 
Laudo Pericial e Parecer Pericial 
O laudo pericial e o parecer pericial são o produto do trabalho de um perito, o laudo pericial é
elaborado pelo perito do juízo, enquanto o parecer pericial é elaborado pelo perito assistente. De
acordo com a NBC TP 01 (R1) (CFC, 2020b): 
O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil são documentos escritos, que devem
registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as
minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a
conclusão do seu trabalho. 
O laudo pericial é o relatório técnico completo e imparcial elaborado pelo perito nomeado pelo
juiz. Em contrapartida, o parecer pericial é uma peça de defesa ou contestação, elaborada pelo
Disciplina
Perícia e Auditoria
perito assistente para sustentar os argumentos da parte que o contratou.  
Uma característica importante do parecer pericial é a sua capacidade de abranger um escopo
mais amplo que o laudo pericial. Ele não se limita a responder apenas às perguntas especí�cas
feitas no processo, mas também tem o propósito de, se necessário, contradizer as opiniões
expressas pelo perito em seu laudo. (MAGALHÃES, 2017).  
Portanto, o laudo e o parecer pericial têm papéis complementares na resolução de disputas,
assegurando um processo de perícia contábil justo e transparente, que busca a verdade e a
justiça em questões técnicas. 
Suspeição e Impedimento 
Uma vez nomeado, o perito pode ou não aceitar o trabalho, e de acordo com Magalhães (2017),
existem condições para declinar ou escusar-se da nomeação, tais como impedimento legal,
suspeição, não ser especializado na matéria objeto da perícia, força maior. 
A suspeição e o impedimento se referem a situações em que um perito contador pode se ver
impossibilitado de exercer suas funções de forma imparcial, devido a con�itos de interesses ou
relações pessoais.  
De acordo com a NBC PP 01 (R1) (CFC, 2020b), os impedimentos pro�ssionais referem-se a
situações que impossibilitem o perito de exercer suas funções com imparcialidade e
independência em processos judiciais, extrajudiciais ou arbitrais. 
O perito deve ser declarado suspeito ou impedido de realizar atividades periciais de acordo com
as disposições legais. Ele deve se declarar suspeito se identi�car situações que possam
comprometer sua imparcialidade ou independência, prejudicando o resultado de seu trabalho
(CFC, 2020a). 
Os casos de suspeição e impedimento incluem amizade íntima ou inimizade com as partes,
dívidas ou créditos com as partes, herança presumida ou doação das partes, relações de
trabalho com as partes, ou qualquer interesse pessoal no resultado do caso. Além disso, o perito
pode ser declarado suspeito por motivos íntimos (CFC, 2020a).  
Essas ações são necessárias para manter a integridade e a imparcialidade do processo pericial,
garantindo que a análise e os resultados sejam con�áveis e justos, atendendo aos princípios
éticos e legais que regem a atividade pericial. 
Atuação do perito contador
Disciplina
Perícia e Auditoria
A atuação do perito contábil, seja em perícias judiciais, extrajudiciais ou arbitrais, é regida por um
conjunto de normas éticas, pro�ssionais e legais que garantem a qualidade e a con�abilidade do
trabalho pericial. A observância estrita dessas normas é essencial para manter a integridade do
processo pericial.  
Além disso, o perito deve agir com diligência, zelo e capacidade técnica, respeitando as Normas
Brasileiras de Contabilidade (NBCs) e a legislação em vigor, e deve manter a lealdade, a
honestidade e o sigilo em relação as informações obtidas. Isso é essencial para garantir a
con�dencialidade e a privacidade das partes envolvidas no processo pericial. 
A independência pro�ssional é um pilar fundamental para o perito contábil, sendo vital para
garantir a imparcialidade e a ausência de con�itos de interesse em sua atuação. Quando
nomeado, o perito tem a opção de aceitar ou recusar o trabalho, com a obrigação de declarar-se
suspeito caso con�itos de interesse comprometam sua imparcialidade. O objetivo é garantir a
justiça no processo, com a possível nomeação de outro perito. 
Uma vez nomeado e iniciado os trabalhos periciais, o perito deve operar dentro das limitações
de�nidas, concentrando-se nos quesitos estabelecidos e respeitando os limites da matéria
de�nida.  
No entanto, dentro dessas restrições, o perito tem a liberdade e a responsabilidade de conduzir
uma investigação aprofundada, aplicando o seu conhecimento e experiência e cumprindo as
normas legais, processuais e éticas (MAGALHÃES, 2017). 
Após coletar as evidências, realizar as análises e conduzir as investigações, o perito deve
elaborar um laudo pericial contábil completo e bem fundamentado, contendo informações sobre
o objeto da perícia, metodologia, diligências, respostas aos quesitos e uma conclusão clara e
Disciplina
Perícia e Auditoria
precisa. A qualidade e a integridade do laudo são cruciais para a validade e con�abilidade de
todo o processo. 
Figura 2 | Estrutura laudo pericial. Fonte: Adaptado da NBC TP 01 (R1) (CFC, 2020a) 
Para ilustrar essas responsabilidades, considere um caso de litígio envolvendo duas empresas, A
e B, relacionado a discussões de fraude �nanceira. O perito nomeado deve: 
Avaliar sua competência e identi�car quaisquer con�itos de interesse que possam
comprometer sua imparcialidade.
De�na claramente o escopo da perícia com base nos quesitos apresentados pelo juiz e
pelas partes envolvidas.
Realizar uma investigação detalhada, coletar evidências e fazer análises para avaliar as
suspeitas de fraude.
Apresentar um laudo contendo informações sobre a metodologia usada, fontes de dados,
análises realizadas e uma conclusão imparcial sobre a existência ou não de fraude,
garantindo que o processo seja justo e os resultados sejam con�áveis e imparciais. 
Em suma, a atuação do perito contábil é regida por princípios éticos, pro�ssionais e legais que
garantem a qualidade, integridade e imparcialidade do processo pericial. O cumprimento rigoroso
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Perícia e Auditoria
dessas normas é essencial para garantir a con�abilidade do trabalho pericial. O objetivo
primordial desse trabalho é a elaboração de um laudo pericial contábil detalhado e imparcial,
garantindo que o processo seja justo e que os resultados sejam con�áveis e imparciais,
conforme ilustrado no caso de litígio envolvendo as empresas A e B. 
Videoaula: Pro�ssional perito e o laudo pericial
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Neste vídeo resumo abordaremos sobre a atuação do perito contábil e o laudo pericial, um
documento fundamental que detalha análises técnicas e cientí�cas. Além disso, examinaremos o
papel do perito assistente, a diferença entre o laudo pericial e o parecer pericial, e os aspectos de
suspeição e impedimento que podem afetar a imparcialidade do perito.  
Saiba mais
Disciplina
Perícia e Auditoria
Conheça mais sobre o tema no capítulo 3 do livro Perícia Contábil de Antonio Lopes de Sá,
Editora Atlas. Nele há uma discussão sobre o campo dos Laudos Periciaisquanto a sua
estrutura, requisitos, tipos, anexos, entre outros assuntos e está disponível para leitura em Minha
Biblioteca através do link:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597022124/epubc�/6/2[%3Bvnd.vs
t.idref%3Dhtml0]!/4/2/2%4052:3. Acesso 01/04/2024.
 
 
Referências
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade, NBC PP 01 (R1),
de 19 de março de 2020. Brasília: CFC, 2020. Disponível em:
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCPP01(R1).pdf. Acesso em: 19 out. de 2023a.  
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TP 01 (R1),
de 19 de março de 2020. Brasília: CFC, 2020. Disponível em:
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTP01(R1).pdf. Acesso em: 19 out. de 2023b.  
COSTA, J. C. D. Perícia Contábil: Aplicação Prática. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
MAGALHÃES, A. D. F. Perícia Contábil. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
Aula 4
Arbitragem e mediação
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597022124/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%3Dhtml0]!/4/2/2%4052:3
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597022124/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%3Dhtml0]!/4/2/2%4052:3
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCPP01(R1).pdf
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTP01(R1).pdf
Disciplina
Perícia e Auditoria
Introdução
Olá, estudante! O estudo sobre arbitragem e mediação é fundamental para qualquer pessoa
interessada em compreender os mecanismos de resolução de con�itos que desempenham um
papel crucial em nosso mundo jurídico e empresarial. Esses métodos oferecem alternativas
e�cazes ao sistema judicial tradicional, tornando a solução de disputas mais ágil, �exível e,
muitas vezes, menos adversário.  
Nesta aula, exploraremos em detalhes os conceitos de arbitragem e mediação, suas
características especí�cas, bem como exemplos práticos que ilustram como essas técnicas são
aplicadas na resolução de disputas reais. Ao �nal deste estudo, teremos uma compreensão
sólida sobre esses processos e sua importância no campo do direito e na sociedade em geral.
Vamos começar!
 Arbitragem e mediação: mecanismos de resolução de con�itos
Disciplina
Perícia e Auditoria
Na convivência social e no cenário empresarial, os con�itos cotidianos são uma ocorrência
comum. Essas disputas, por vezes, evoluem para litígios que exigem a intervenção de terceiros
para sua resolução. Isso pode acontecer tanto através de acordos entre as partes envolvidas
(autocomposição) quanto através de decisões impostas por uma terceira parte imparcial
(heterocomposição).  
A arbitragem é um método de heterocomposição conduzido pelo árbitro ou o juiz arbitral, ou seja,
as partes envolvidas recorrem a um terceiro, o árbitro, para resolver o con�ito. Por outro lado, a
mediação é um método de autocomposição conduzido pelo mediador, as partes chegam a um
acordo com a ajuda de um terceiro neutro. 
A arbitragem e a mediação são métodos alternativos de resolução de con�itos que
desempenham um papel fundamental no campo do direito e na solução de disputas em diversos
contextos. Ambos têm como objetivo encontrar soluções para disputas de maneira menos
adversária e mais colaborativa, proporcionando e�ciência, facilidade e, em muitos casos, maior
�exibilidade em comparação com o processo judicial tradicional. 
A arbitragem, regulamentada pela Lei nº 9.307 e, posteriormente, reformada pela Lei nº 13.129, é
um método de resolução de con�itos em que as partes envolvidas recorrem a um terceiro
imparcial, o árbitro, para solucionar disputas especí�cas (MÜLLER; TIMI; HEIMOSKI, 2017).  
Esses árbitros são pro�ssionais imparciais com conhecimento especializado na área relevante à
disputa. De acordo com o art. 18 da Lei 9.307/1996, “o árbitro é juiz de fato e de direito, e a
sentença que proferir não �ca sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário”.  
 A arbitragem é geralmente mais rápida e menos burocrática do que os processos judiciais
tradicionais (CREPALDI, 2019). Ela costuma ser utilizada em disputas comerciais e contratuais,
Disciplina
Perícia e Auditoria
em que a privacidade, a expertise do árbitro e a velocidade do processo são importantes. 
A mediação, por outro lado, é um processo em que um terceiro neutro, conhecido como
mediador, auxilia as partes em con�ito a chegarem a um acordo mútuo. O mediador não toma
decisões, mas facilita a comunicação entre as partes, identi�ca interesses comuns e ajuda a
desenvolver soluções aceitáveis.  
A mediação é voluntária, de acordo com a Lei 13.140/2015, “ninguém será obrigado a
permanecer em procedimento de mediação”. O mediador pode ser nomeado judicialmente no
curso de um processo judicial ou ser escolhido pelas partes em um processo extrajudicial
(SCAVONE JÚNIOR, 2023).  
Ambos os métodos têm suas vantagens. A arbitragem é frequentemente escolhida quando as
partes desejam uma decisão �nal e vinculante, mas com um processo mais rápido e privado do
que um julgamento tradicional. A mediação é preferida quando as partes desejam manter o
controle sobre o resultado e buscar uma solução mais amigável, baseada na colaboração e o
entendimento mútuo. A escolha entre eles dependerá do tipo de disputa, das preferências das
partes e das especi�cações especí�cas do caso.  
Num mundo cada vez mais complexo, a arbitragem e a mediação são duas ferramentas valiosas
para a resolução de con�itos, oferecendo às partes alternativas viáveis aos processos judiciais
tradicionais. Independentemente do método escolhido, ambos oferecem uma abordagem mais
�exível e colaborativa para resolver disputas. 
Árbitros e mediadores
Disciplina
Perícia e Auditoria
O árbitro e o mediador desempenham papéis de extrema importância na resolução de con�itos,
pois oferecem alternativas ao sistema judicial tradicional. Mas, quem pode atuar como árbitro e o
mediador? 
O árbitro pode ser qualquer pessoa capaz e que goze da con�ança das partes envolvidas no
processo de arbitragem, não há requisitos especí�cos quanto à sua formação ou pro�ssão. Mas,
geralmente ele é uma pessoa com conhecimento especializado na área relevante à disputa, o
que pode incluir engenheiros, médicos, agricultores, contadores e pro�ssionais de diversas áreas,
dependendo do assunto da arbitragem (SCAVONE JÚNIOR, 2023). 
A escolha do mediador pode variar de acordo com o contexto do processo de mediação, seja
judicial ou extrajudicial. Quando nomeado judicialmente, o mediador deve cumprir requisitos
especí�cos, incluindo a conclusão de um curso de capacitação em mediação e a obtenção de
graduação em curso de ensino superior com pelo menos dois anos de formação, conforme o
artigo 11 da Lei 13.140/2015. Para serem aceitos, esses cursos de formação devem ser
reconhecidos pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM ou
pelos tribunais.  
No âmbito extrajudicial, qualquer pessoa capaz e con�ável pode atuar como mediador, desde
que possua a capacitação necessária para conduzir mediações. Nesses casos, a atuação como
mediador não requer a�liação a órgãos pro�ssionais ou associações especí�cas (BRASIL, 2015) 
Tanto a arbitragem quanto a mediação abriram um campo de atuação para pro�ssionais de
diversas áreas, inclusive a contábil, permitindo que contadores desempenhem papéis essenciais
em ambos os métodos.  
Os contadores podem atuar como juízes arbitrais, mediadores ou peritos contábeis em várias
formas de resolução de con�itos, especialmente aqueles relacionados à apuração de assuntos e
questões correlatas à contabilidade. Essa expansão de oportunidades para pro�ssionais
contábeis é um re�exo do reconhecimento da importância da expertise contábil na resolução
e�caz de disputas em diferentes contextos. 
Perícia Arbitral 
A perícia arbitral ocorre no contexto da justiça arbitral, em que as partes escolhem as regras que
serão aplicadas na resolução de con�itos. A perícia na arbitragem, embora semelhante à
realizada na esfera judicial, visa resolver con�itos sem ação no Judiciário, utilizando a perícia
como meio de prova paraauxiliar na resolução dos litígios (MÜLLER; TIMI; HEIMOSKI, 2017).  
Assim como na perícia judicial, na perícia arbitral, as partes envolvidas nomeiam um perito ou
especialista em uma área relevante à disputa. Sendo esse perito é responsável por realizar
investigações, coletar evidências e elaborar um laudo pericial que pode ser utilizado para
embasar a decisão �nal do árbitro ou do painel de árbitros. 
Uma das principais distinções entre a perícia judicial e a perícia arbitral é que esta última ocorre
em um ambiente mais �exível e adaptável. As partes envolvidas têm maior liberdade para
determinar os procedimentos e regras que regerão a perícia, muitas vezes estabelecendo
diretrizes especí�cas no contrato de arbitragem. Além disso, a arbitragem é conhecida pela sua
rapidez em comparação com os processos judiciais tradicionais, o que também se re�ete na
condução da perícia. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Figura 1 | Perícia Judicial x Perícia Arbitral.
Outro aspecto importante é que o perito na arbitragem deve manter sigilo sobre as informações
do caso, garantindo a con�dencialidade do processo (MÜLLER; TIMI; HEIMOSKI, 2017). Esse
sigilo é muitas vezes valorizado pelas partes envolvidas, que visam evitar a divulgação pública de
suas disputas. 
Assim, a perícia arbitral desempenha um papel crucial na busca por soluções justas e imparciais
em disputas que são resolvidas fora do sistema judicial convencional. Ela oferece �exibilidade,
agilidade e con�dencialidade, tornando-se uma peça fundamental na resolução alternativa de
con�ito.  
Processo arbitram na prática
Disciplina
Perícia e Auditoria
A Construtora ABC foi contratada pela Imobiliária Aurora para construir um novo
empreendimento residencial. O contrato entre as partes inclui cláusulas que de�nem os prazos
de conclusão, as especi�cações técnicas e os valores a serem pagos nas diferentes etapas da
construção, além de cláusulas arbitrais, determinando que futuros litígios relacionados aos
contratos sejam resolvidos por arbitragem. É importante ressaltar que, neste contrato, as partes
concordaram em utilizar as regras da Câmara de Arbitragem da cidade onde o empreendimento
está localizado. 
Durante o andamento da obra, surgiram disputas em relação aos seguintes pontos: atrasos na
conclusão da construção, que impactaram os prazos de entrega dos imóveis aos compradores,
divergências sobre a qualidade dos materiais de construção utilizados e questões relacionados
ao pagamento. Vale destacar que, neste contrato, as partes concordaram em utilizar as regras da
Câmara de Arbitragem da cidade onde o empreendimento está localizado. 
Consequentemente, as partes, em conjunto, escolhem um árbitro, que será o responsável por
tomar decisões imparciais sobre as disputas. No processo de seleção, as partes optam por um
árbitro com experiência em construção civil e direito contratual. 
Sob a supervisão dele, as audiências de arbitragem são realizadas, onde ambas as partes
apresentam seus argumentos, evidências e testemunhas para as questões em disputa. A
arbitragem permite um processo mais ágil e �exível em comparação com um processo judicial
tradicional.  
Após revisar as provas e ouvir as partes, o árbitro emite um laudo arbitral que inclui suas
decisões sobre as disputas. Este laudo é legalmente vinculante, o que signi�ca que ambas as
partes são obrigadas a cumprir as decisões do juiz arbitral. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Com a emissão do laudo arbitral, as partes recebem as determinações a serem cumpridas. Por
exemplo, se o laudo arbitral decidiu que a Construtora ABC deve compensar a Imobiliária Aurora
por atrasos na construção, o pagamento deve ser realizado conforme ordenado. 
Neste exemplo, a arbitragem permitiu que as partes resolvessem os seus litígios de forma mais
rápida e e�caz, evitando litígios prolongados nos tribunais e mantendo a con�dencialidade das
questões discutidas.  
Processo de mediação na prática 
Uma funcionária de uma pequena empresa de varejo alega que a empresa não cumpriu suas
obrigações contratuais de pagamento pelas horas extras trabalhadas. Como resultado, ela
decide entrar com uma ação trabalhista contra a empresa. 
A empresa considera que a funcionária não documentou concretamente as horas extras
trabalhadas e que algumas das declarações de horas extras não são válidas. No entanto, a
empresa está preocupada com os custos e o tempo que um processo judicial envolveria para
ambas as partes. Para evitar um processo longo e custoso, as partes decidem buscar mediação
para resolver o con�ito. Eles concordaram em contratar um mediador especializado em questões
trabalhistas. 
Na mediação, as partes se reúnem com o mediador em um local neutro. O mediador permite que
cada parte apresente suas denúncias, documentos e evidências relacionadas às horas extras
não pagas. Durante o processo de mediação, o mediador ajuda as partes a compreender melhor
os argumentos uma da outra e ajuda a explorar possíveis soluções. 
Após várias sessões de mediação, as partes concordam em chegar a um acordo. A empresa
concorda em pagar uma quantia acordada à funcionária pelas horas extras não pagas e
compromete-se a melhorar seus processos de registro e pagamento de horas extras no futuro.  
Este exemplo destaca como a mediação pode ser uma alternativa e�caz para resolver disputas
trabalhistas, permitindo que as partes cheguem a um acordo mutuamente signi�cativo e
economizando tempo e recursos associados a um processo judicial.
Videoaula: Arbitragem e mediação
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Neste vídeo resumo mergulharemos nos conceitos e particularidades da arbitragem e mediação.
Teremos a oportunidade de conhecer os papéis cruciais desempenhados pelos árbitros,
mediadores e peritos contábeis em processos de arbitragem. Além disso, exploraremos um
exemplo prático de como essas técnicas são aplicadas na resolução de disputas reais.  
Saiba mais
Disciplina
Perícia e Auditoria
Caro estudante, convidamos você a explorar o capítulo 1 do livro Arbitragem - Mediação,
Conciliação e Negociação de Luiz Antonio Scavone Junior. Neste capítulo inicial, você terá a
oportunidade de mergulhar nos aspectos gerais da arbitragem, compreendendo suas bases,
princípios e aplicações no contexto jurídico e empresarial.  
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786559648191
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786559648191
Disciplina
Perícia e Auditoria
BRASIL. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Dispõe sobre a arbitragem. Brasília:
Presidência da República, 1996. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm. Acesso em: 09 nov. 2023. 
BRASIL. Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015. Dispõe sobre a mediação entre particulares como
meio de solução de controvérsias [...]. Brasília: Presidência da República, 2015.  
CREPALDI, S. A. Manual de Perícia Contábil. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
MÜLLER, A. N.; TIMI, S. R. R.; HEIMOSKI, V. T. M. Perícia Contábil. São Paulo: Saraiva, 2017.  
SCAVONE JÚNIOR, L. A. Arbitragem: Mediação, Conciliação e Negociação. 11. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2023.
Aula 5
Revisão da unidade
Resolvendo disputas �nanceiras: perícia contábil, arbitragem e mediação
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm
Disciplina
Perícia e Auditoria
A perícia contábil, arbitragem e mediação são três conceitos distintos, mas relacionados, que
desempenham papéis cruciais no campo do direito e da contabilidade. Cada um deles tem suas
especi�cações e é utilizado para resolver diferentes tipos de disputas e questões. 
A perícia contábil é uma área especializada de contabilidade para resolução de disputas judiciais
e extrajudiciais relacionadas a questões �nanceiras e contábeis complexas.  
Ela é regulamentada principalmente pelo Código de Processo Civil (CPC), as NBC PP – doPerito
Contábil e NBC TP – de Perícia, que estabelecem procedimentos técnicos e cientí�cos para a
perícia. Seu principal objetivo é fornecer provas objetivas, fundamentas e imparciais que possam
auxiliar na tomada de decisões. 
A perícia pode ser classi�cada em judicial e extrajudicial. A perícia judicial é realizada sob a
tutela do Poder Judiciário, enquanto a perícia extrajudicial é exercida no âmbito arbitral, estatal
ou voluntária. Ela pode ser utilizada em uma variedade de situações em que é necessário o
conhecimento técnico e especializado de contadores para analisar, investigar e fornecer
informações objetivas relacionadas a questões �nanceiras, contábeis e patrimoniais. 
A realização da perícia contábil abrange diversas etapas, incluindo o planejamento, a execução
da perícia e a criação do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil. A etapa inicial
desse processo é o planejamento, na qual se de�nem os objetivos do trabalho, os procedimentos
a serem seguidos e a coleta de evidências adequadas. 
No planejamento, é elaborado um plano de trabalho que posteriormente é colocado na prática na
etapa de execução. Nessa fase, o perito realiza a revisão de documentos �nanceiros, conduz
entrevistas com as partes envolvidas, analisa registros contábeis e faz a mensuração de bens,
Disciplina
Perícia e Auditoria
direitos e obrigações. A aplicação dos procedimentos pode variar de acordo com a complexidade
do caso e as questões envolvidas.  
Após a conclusão da investigação, o perito contábil é responsável por preparar um laudo ou
parecer pericial. Esse documento é um relatório que descreve as descobertas da perícia, os
métodos utilizados, as orientações e as recomendações, quando aplicáveis. 
No processo de perícia, o perito deve ser imparcial e independente, aplicando conhecimentos
técnicos e especializados para investigar as questões em disputa. De acordo como a NBC PP 01
(R1) (CFC, 2020), o perito pode exercer a atividade pericial de várias maneiras, incluindo como
perito do juízo, arbitral, o�cial, ou assistente técnico, e ele deve ser um contador com registrado
no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) e no Cadastro Nacional dos Peritos Contábeis.  
No contexto da justiça arbitral, o perito contábil atua em disputas em que as partes recorrem a
um terceiro imparcial, o árbitro, para emitir uma decisão vinculante. Tanto a arbitragem quanto a
mediação oferecem abordagens �exíveis e colaborativas para resolver disputas, mas a
arbitragem resulta em uma decisão �nal e vinculante, enquanto a mediação busca um acordo
voluntário.  
Os pro�ssionais contábeis podem desempenhar funções essenciais em ambos os métodos,
atuando como juízes arbitrais, mediadores ou peritos contábeis, principalmente em questões
relacionadas à contabilidade. 
Assim, a perícia contábil é uma disciplina altamente especializada que desempenha um papel
vital na resolução de litígios e questões �nanceiras complexas. Ela fornece informações
objetivas e técnicas que ajudam a esclarecer disputas, promovendo a justiça e a resolução e�caz
de questões �nanceiras.
Videoaula: Revisão da unidade
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Neste vídeo resumo abordaremos os principais aspectos da perícia contábil, como ela é
realizada, sua importância no contexto legal e como ela se relaciona com outros métodos de
resolução de con�itos, como a arbitragem e a mediação. Além disso, exploraremos a função do
perito contábil. Boa aula! 
Estudo de caso
Disciplina
Perícia e Auditoria
A empresa Eletro, fabricante de equipamentos eletrônicos, e a empresa XYZ, fornecedora de
componentes eletrônicos, iniciaram uma parceria comercial há cerca de cinco anos. Nessa
parceria, a empresa XYZ forneceria componentes eletrônicos especí�cos à empresa Eletro,
garantindo qualidade, quantidade e prazos de entrega rigorosos. 
No entanto, ao longo dos anos, uma série de problemas surgiram. A empresa Eletro alega que a
empresa XYZ não estava cumprindo os prazos de entrega estipulados, o que prejudicava sua
produção e causava prejuízos graves. Além disso, ela a�rma que os componentes fornecidos
pela empresa XYZ frequentemente não atendem aos padrões de qualidade acordados,
resultando em produtos defeituosos e custos adicionais com retrabalho. 
Por sua vez, a empresa XYZ contesta as alegações, argumentando que a empresa Eletro fazia
frequentemente alterações de última hora nos seus pedidos, o que tornava difícil cumprir os
prazos de entrega originais. Ela também argumenta que os problemas de qualidade eram de
grande parte da responsabilidade da empresa Eletro, que não forneceu especi�cações técnicas
claras e atualizadas. 
A empresa Eletro exige uma indenização por perdas e danos. A empresa XYZ, por sua vez,
reivindica o pagamento das faturas pendentes e alega que a empresa Eletro estava rescindindo o
contrato de forma injusti�cada. 
Para resolver a disputa, as partes envolvidas decidiram levar o caso aos tribunais. Nesse cenário,
o juiz responsável pelo caso determinou que a melhor maneira de resolver a disputa seria
nomear um perito contábil independente para analisar os registros �nanceiros, contratos e outras
evidências de ambas as partes.  
O objetivo da perícia é obter uma avaliação imparcial das considerações de ambas as empresas,
considerando questões de prazos de entrega, qualidade dos produtos, pagamentos pendentes e
rescisão do contrato. 
Você foi escolhido como o perito contábil do caso e deve conduzir uma investigação detalhada
para esclarecer os aspectos �nanceiros e contábeis da disputa e fornecer um laudo contábil
Disciplina
Perícia e Auditoria
pericial que ajudará o tribunal a tomar uma decisão justa e equitativa em relação às
considerações de ambas as empresas.  
Suas responsabilidades incluem garantir a imparcialidade, analisar minuciosamente as
evidências, elaborar um plano de trabalho detalhadamente, realizar procedimentos de auditoria
adequadas e emitir um relatório pericial detalhado que aborde todas as questões complexas em
disputa entre a empresa Eletro e a empresa XYZ. 
Lembrando que qualquer falta de imparcialidade ou independência por parte do perito pode
comprometer a integridade do processo e levar a uma resolução injusta da disputa. Portanto, a
conduta ética e pro�ssional é de extrema importância. 
Nesse cenário, a empresa Eletro alega perdas substanciais devido à interrupção de sua produção
e à necessidade de retrabalho. Enquanto, a empresa XYZ a�rma que os atrasos de pagamento da
empresa Eletro impactaram seus níveis de operações �nanceiras.  
Como você deve conduzir a perícia contábil?  
Em quais princípios éticos o seu trabalho deve ser pautado?  
Quais são suas responsabilidades na condução da perícia? 
Para auxiliá-lo nesse processo, é importante pesquisar sobre as etapas do processo de perícia,
as responsabilidades do perito na condução dela, bem como os princípios éticos que o perito
deve seguir.
Re�ita
O perito deve garantir que sua análise seja imparcial e não favoreça nenhuma das partes
envolvidas. Ele deve manter sua independência e não ter con�itos de interesse, o que signi�ca
que não deve ter ligações pessoais ou �nanceiras com nenhuma das empresas em disputa que
possam in�uenciar seu julgamento. A imparcialidade é essencial para que o perito forneça uma
avaliação justa e equitativa da situação. 
Além disso, o perito deve examinar cuidadosamente todos os documentos, registros �nanceiros
e contratos relacionados ao caso. Essa análise minuciosa é fundamental para compreender
completamente as explicações de ambas as partes e para ter uma visão abrangente de todas as
transações e eventos �nanceiros relevantes que podem estar em questão. 
Com base nessa análise aprofundada, o perito estará apto a emitir um laudo pericial detalhado.
Esse laudo deve abordar todas as questões complexas em disputa entre as empresas Eletro e
XYZ, fornecendouma avaliação fundamentada e transparente das observações e das
implicações �nanceiras relacionadas ao caso.
Videoaula: Resolução do estudo de caso
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Disciplina
Perícia e Auditoria
A situação envolvendo a empresa Eletro e a empresa XYZ é complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para a resolução do litígio. Como perito contábil nomeado pelo tribunal, você deve
conduzir a perícia contábil da seguinte maneira: 
Sua primeira responsabilidade é garantir a imparcialidade e independência. Isso signi�ca que
você deve evitar qualquer viés a favor de qualquer uma das partes envolvidas. Sua análise e
conclusões devem ser baseadas em evidências e fatos contábeis. Além disso, deve elaborar um
plano de trabalho minucioso que descreva como a perícia será realizada, incluindo uma lista de
documentos a serem examinados, os procedimentos de auditoria a serem aplicados e o
cronograma do trabalho. 
Durante o processo de perícia, é essencial que você analise cuidadosamente todas as evidências
demonstradas pelas empresas Eletro e XYZ, como registros �nanceiros, contratos,
comunicações entre as partes e qualquer outra documentação relevante. Se necessário, conduza
entrevistas com representantes das empresas para questões especí�cas e obtenha informações
adicionais. 
Com base em sua análise, elabore um laudo pericial contábil detalhado que aborde todas as
questões em disputa entre as empresas. Suas conclusões devem ser baseadas em fatos e
apresentações de forma clara e objetiva. 
Além disso, é fundamental que seu trabalho seja pautado em princípios éticos sólidos. Você deve
seguir o Código de Ética Pro�ssional do Contador (NBC-TG 01), exercendo sua pro�ssão com
zelo, honestidade e capacidade técnica. Deve respeitar a legislação e as Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBCs), preservar o interesse público e manter o sigilo das informações obtidas
em seu trabalho. 
É importante estar ciente de suas responsabilidades civis e criminais. Nos termos da NBC-TP 01,
o perito contábil pode ser responsabilizado civilmente por danos causados às partes envolvidas
no processo de perícia, resultando em multas, indenizações e até na inabilitação para o exercício
da pro�ssão.  
Na esfera criminal, a legislação penal estabelece penas de multa e reclusão para os peritos
contábeis que descumprirem as normas legais no exercício de suas atividades periciais. Além
das implicações legais, o perito contábil pode ser encaminhado ao Conselho de Ética do
Conselho Regional de Contabilidade (CRC) para investigação de comportamentos que violam
princípios éticos, como imperícia técnica, atrasos, inadequação de linguagem técnica, desvio de
conduta pro�ssional e falta de ética. 
Em resumo, sua responsabilidade como perito contábil é realizar uma investigação imparcial e
detalhada para esclarecer as questões contábeis em disputa entre as empresas Eletro e XYZ.
Seu trabalho deve ser regido por princípios éticos sólidos e estar em conformidade com a
legislação e as normas contábeis, contribuindo para que o tribunal tome uma decisão justa e
equitativa com base em evidências con�áveis.
Resumo visual
Disciplina
Perícia e Auditoria
Figura 1 | Perícia, arbitragem e mediação.
Referencia
Disciplina
Perícia e Auditoria
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade, NBC PP 01 (R1),
de 19 de março de 2020. Brasília: CFC, 2020. Disponível em:
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCPP01(R1).pdf. Acesso em: 19 out. de 2023.  
COSTA, J. C. D. Perícia Contábil: Aplicação Prática. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
CREPALDI, S. A. Manual de Perícia Contábil. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
MAGALHÃES, A. de D. F. Perícia Contábil. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
MÜLLER, A. N.; TIMI, S. R. R.; HEIMOSKI, V. T. M. Perícia Contábil. São Paulo: Saraiva, 2017. 224 p. 
,
Unidade 2
Auditoria: Conceitos e Normas do Pro�ssional Auditor
Aula 1
Elementos da auditoria
Introdução
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCPP01(R1).pdf
Disciplina
Perícia e Auditoria
Olá, estudante! Nesta aula mergulharemos nos fundamentos essenciais para entender os
elementos utilizados no processo de auditoria. Para tanto, exploraremos três pilares centrais: os
princípios fundamentais da auditoria, os conceitos de independência, evidência e materialidade, e
as etapas do processo de auditoria, que compreendem o planejamento, execução, avaliação e
comunicação dos resultados. 
Assim, primeiramente, aprenderemos sobre os princípios fundamentais da auditoria, que servem
como a base ética e pro�ssional para conduzir auditorias com integridade e objetividade.  
Em seguida, discutiremos a importância da independência do auditor, a relevância da evidência
obtida durante o processo e como a materialidade in�uencia nossas conclusões. 
Por �m, exploraremos as etapas do processo de auditoria, desde a elaboração de um plano
detalhado até a comunicação dos resultados às partes interessadas.  
Vamos começar! 
Desvendando os mistérios da auditoria: princípios, independência e
con�abilidade
Disciplina
Perícia e Auditoria
A auditoria desempenha um papel fundamental para as empresas, sendo um método de trabalho
utilizado para revisão dos procedimentos contábeis, buscando assegurar a qualidade das
informações �nanceiras e, ao mesmo tempo, oferecer aos usuários da informação contábil um
nível aceitável de con�ança nos demonstrativos �nanceiros da organização.  
Conforme Silva e Pereira (2021, p. 6) a origem da palavra auditoria vem do latim audire, sendo
utilizado pelos ingleses no século passado com objetivo de exempli�car uma técnica contábil de
revisão (auditing). 
Neste sentido, a auditoria, segue princípios fundamentais, necessários para que a função da
auditoria possa ser exercida em caráter de entendimento, permitindo que o trabalho executado
tenha e mereça toda a credibilidade possível, não sendo permissível existir qualquer sombra de
dúvida quanto à honestidade e aos padrões morais do auditor (ATTIE, 2018, p. 13). 
Tais princípios são elencados pela integridade, objetividade, competência e zelo pro�ssional,
con�dencialidade e comportamento (ou conduta) pro�ssional (RIBEIRO; OSNI, 2013, p. 25), sendo
compreendidos pelo auditor para que ele possa realizar o correto desempenho das atividades
pro�ssionais. Desta forma, os princípios fundamentais da auditoria formam a base ética e
pro�ssional que guia a conduta dos auditores em sua busca pela objetividade e imparcialidade.  
Além disso, os trabalhos de auditoria se pautam pela independência, evidência e materialidade. A
independência do auditor assegura que o auditor não tenha nenhum viés ou interesse pessoal
que possa in�uenciar seu julgamento imparcial (DEMETRIUS, 2018).  
Já a evidência, conforme Silva e Pereira (2021) compreende que os auditores devem reunir
evidências para avaliar a conformidade das informações �nanceiras apresentadas pela empresa
auditada. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Por �m, a materialidade é um conceito subjetivo que considera a relevância de uma informação
no contexto das demonstrações �nanceiras pois, conforme Almeida (2017, p. 19) é uma questão
de julgamento pro�ssional e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de
informações �nanceiras dos usuários das demonstrações contábeis. 
Compreendidos os princípios fundamentais e os conceitos sobre independência, evidência e
materialidade na auditoria, que norteiam o trabalho de auditoria, cabe observar também que os
trabalhos de auditoria devem seguir etapas que irão estruturar o processo de auditoria,
compreendendo Planejamento, Execução, Avaliação e Comunicação dos Resultados. 
Na etapa de planejamento, o auditor estabelece o escopo da auditoria, identi�ca riscos
potenciais e desenvolve um plano de auditoria (LINS, 2017).  
Na etapa de execução, o auditor coleta evidências, realiza testes e veri�ca as transaçõese
saldos contábeis, enquanto a etapa de avaliação ocorre após a coleta de evidências, na qual o
auditor avalia a conformidade das demonstrações �nanceiras com os princípios contábeis
aplicáveis e as normas de auditoria, em que qualquer erro ou irregularidade identi�cada é
analisada em termos de materialidade (SILVA; PEREIRA, 2021). 
Por �m, na etapa de comunicação dos resultados, o auditor, de acordo com Maffei (2015)
comunica seus resultados por meio de um relatório de auditoria expressando, desta forma, sua
opinião. Este relatório detalha as conclusões da auditoria, destacando problemas encontrados e
fornecendo uma opinião sobre a precisão e a con�abilidade das demonstrações �nanceiras. 
A partir desses elementos, a auditoria não apenas preserva a integridade das informações
�nanceiras, mas também fortalece a con�ança do mercado e dos investidores, assegurando a
qualidade da informação �nanceira e a con�abilidade dos demonstrativos, utilizados no
processo de tomada de decisão empresariais.
Elementos-chave da auditoria: princípios, materialidade e processo con�ável
Disciplina
Perícia e Auditoria
A auditoria repousa sobre pilares da integridade e comportamento pro�ssional, objetividade,
con�dencialidade, competência pro�ssional e devido zelo, princípios que permitem que os
auditores conduzam seu trabalho com ética, imparcialidade, sigilo, habilidade e dedicação,
assegurando a integridade e qualidade das análises e relatórios produzidos.  
Crepaldi e Crepaldi (2023), dizem que esses princípios correspondem aos fundamentos de ética
pro�ssional, observados pelos auditores na realização de seus trabalhos. 
Além disso, os trabalhos de auditoria pautam-se pela independência, evidência e materialidade. A
independência signi�ca que o auditor não deve ter vínculos �nanceiros, familiares ou de qualquer
outra natureza com a empresa auditada. Já a evidência compreende que a qualidade e a
su�ciência da evidência são cruciais para a validade das conclusões da auditoria. Essas
evidências incluem documentos, registros contábeis, entrevistas, observações e análises
estatísticas.  
A qualidade e a su�ciência das evidências são cruciais para a validade das conclusões da
auditoria. Por �m, a materialidade é uma consideração crítica durante a auditoria, ajudando a
determinar onde os recursos do auditor devem ser focados para identi�car erros ou fraudes. 
A partir desses elementos, compreende-se que o processo de auditoria é um conjunto de etapas
de trabalho que devem ser cuidadosamente observadas para garantir que as demonstrações
�nanceiras estejam livres de erros signi�cativos ou fraudes, compreendendo o planejamento das
atividades, execução e avaliação das evidências de auditoria, que são as bases para a
comunicação de resultados, a partir da opinião do auditor. 
O planejamento envolve a de�nição de metas para realizar uma auditoria de alta qualidade e
custo e�caz. Os principais objetivos incluem adquirir compreensão das operações da empresa,
Disciplina
Perícia e Auditoria
aumentar as horas dedicadas à auditoria inicial, obter cooperação da equipe da empresa, de�nir
a natureza, escopo e cronograma dos testes de auditoria, bem como identi�car antecipadamente
questões relacionadas à contabilidade, auditoria e impostos (ALMEIDA, 2017). 
Feito o planejamento, inicia-se a execução dos trabalhos, etapa na qual o auditor reúne as
evidências su�cientes e adequadas devidamente registradas em documentação de auditoria que
servirão de base para suportar os resultados alcançados pelo auditor, materializados no relatório
de auditoria. (ARRUDA; ARAUJO, 2012).  
Nesta etapa, também, ocorre a organização dos papéis de trabalho, do processo de amostragem
estatística, dos testes de controle interno e dos testes substantivos. 
Esses procedimentos possibilitam a avaliação das evidências encontradas que serão a base para
a comunicação dos resultados. A avaliação, conforme Crepaldi e Crepaldi (2023) deve incluir a
consideração dos aspectos qualitativos das políticas contábeis da entidade, abrangendo
indicadores de possível tendenciosidade nos julgamentos da administração. 
Silva e Pereira (2021), dizem que o relatório de auditoria se trata de um documento elaborado
pelo auditor, cujo objetivo é emitir a sua opinião sobre o processo e os procedimentos que foram
adotados e analisados durante a execução da auditoria. Conforme Crepaldi e Crepaldi (2023), o
auditor deve expressar opinião não modi�cada quando concluir que as demonstrações contábeis
são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório
�nanceiro aplicável. 
Desta forma, a auditoria com seus princípios e conceitos são a base para a realização do
planejamento, execução e avaliação, culminando na emissão do relatório de auditoria, em que o
auditor expressa sua opinião sobre a conformidade das demonstrações �nanceiras, assegurando
a con�ança nos resultados �nanceiros apresentados pela organização auditada.
Explorando a essência da auditoria: fundamentos, evidência, con�abilidade e
etapas críticas
Disciplina
Perícia e Auditoria
O auditor, para bem desempenhar seu trabalho, conforme orienta Demetrius (2018), deve ter
conhecimento su�ciente do mercado no qual está inserida a entidade auditada, de seus clientes
e fornecedores, de suas obrigações legais, dos controles internos existentes, além das próprias
características do negócio em si.  
Desta forma, imagine uma empresa de médio porte que opera na indústria de tecnologia e está
buscando um empréstimo signi�cativo junto a um banco para �nanciar seu próximo projeto de
expansão. O banco exige uma auditoria independente das demonstrações �nanceiras da
empresa para avaliar sua saúde �nanceira e risco de crédito. 
Neste cenário, os princípios fundamentais da auditoria entram em jogo. O auditor designado para
o trabalho deve demonstrar integridade, objetividade, competência e zelo pro�ssional,
con�dencialidade e comportamento ético.  
Isso signi�ca que o auditor deve ser imparcial, honesto, habilidoso e dedicado, mantendo a
con�dencialidade das informações �nanceiras da empresa e agindo com total ética ao longo de
todo o processo. 
Para garantir a independência, o pro�ssional deve ter uma relação independente com a empresa
auditada, sem vínculos �nanceiros ou familiares que possam comprometer seu julgamento. Este
é um requisito crítico para garantir que o auditor avalie as demonstrações �nanceiras de forma
imparcial. 
Ao planejar a auditoria, o auditor deve de�nir o escopo do trabalho, identi�car os riscos
�nanceiros da empresa e desenvolver um plano de auditoria detalhado. Isso envolve a
compreensão das operações da empresa, o aumento das horas dedicadas às auditorias
preliminares para obter uma visão aprofundada dos procedimentos contábeis da empresa e a
determinação da natureza, amplitude e cronograma dos testes de auditoria. Além disso, ele deve
identi�car previamente problemas relacionados à contabilidade, auditoria e impostos que podem
afetar a credibilidade das demonstrações �nanceiras. 
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Perícia e Auditoria
Na etapa de execução, ele coleta evidências, como documentos contábeis, registros �nanceiros,
realiza entrevistas com a equipe da empresa e realiza testes de controle interno e testes
substantivos para veri�car a precisão das informações �nanceiras. Essas evidências são cruciais
para respaldar as conclusões da auditoria. 
Após a coleta de evidências, o auditor entra na fase de avaliação. Nesse momento, ele avalia a
conformidade das demonstrações �nanceiras com os princípios contábeis aplicáveis e as
normas de auditoria. Qualquer erro ou irregularidade identi�cado é analisado em termos de
materialidade, ou seja, a relevância desses problemas no contexto das demonstrações
�nanceiras. 
Finalmente, o auditor comunica os resultados por meio de um relatório de auditoria. Neste
exemplo, o relatório de auditoria será essencial para o banco tomar uma decisão informada
sobre a concessão do empréstimo à empresa.  
Se o auditor concluir que as demonstrações �nanceiras estãoem conformidade com os padrões
aplicáveis e são con�áveis, isso aumentará a probabilidade de a empresa obter o empréstimo
necessário para sua expansão. 
A partir desta aplicação hipotética relacionada aos elementos de auditoria, percebemos como os
princípios e conceitos da auditoria, juntamente com as etapas do processo de auditoria,
desempenham um papel crítico na avaliação da saúde �nanceira de uma empresa e na tomada
de decisões �nanceiras importantes. Eles garantem a integridade, a qualidade e a con�abilidade
das informações �nanceiras que sustentam o mundo dos negócios.
Videoaula: Elementos da auditoria
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aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet.
Neste vídeo resumo, conheceremos os princípios fundamentais que norteiam a ética e
objetividade na auditoria, entendendo a independência do auditor, a importância da evidência e
como a materialidade in�uencia as conclusões do auditor. Além disso, o vídeo mostrará as
etapas do processo de auditoria, desde o planejamento meticuloso até a comunicação dos
resultados aos envolvidos, fornecendo elementos essenciais para o sucesso na prática da
Auditoria.  
Saiba mais
Disciplina
Perícia e Auditoria
Os "Princípios Fundamentais da Auditoria" estabelecem as bases éticas e pro�ssionais que
orientam a conduta dos auditores, garantindo uma abordagem justa e imparcial. 
Saiba mais sobre este tema lendo o capítulo 1 do livro Auditoria fácil de Ribeiro e Coelho. 
Além disso, a compreensão dos "Conceitos de Independência, Evidência e Materialidade" é
essencial, pois a independência garante a imparcialidade do auditor, a evidência respalda as
conclusões e a materialidade de�ne a relevância dos achados. 
Saiba mais sobre este tema lendo o capítulo 1 da obra Auditoria Contábil - Teoria e Prática de
Crepaldi e Crepaldi.  
Por �m, entender as "Etapas do Processo de Auditoria" é fundamental. Do planejamento
minucioso à execução rigorosa, seguida pela avaliação crítica e a comunicação clara dos
resultados, cada etapa contribui para a qualidade e con�abilidade do processo. 
Saiba mais sobre este tema lendo o capítulo 4 do livro Auditoria de Lins.
Referências
https://login.vitalsource.com/?redirect_uri=https%3A%2F%2Fintegrada.minhabiblioteca.com.br%2Freader%2Fbooks%2F9788502213470%2Fpages%2Frecent&brand=integrada.minhabiblioteca.com.br
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786559775002/epubcfi/6/2%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dcover%5d!/4/2/2%4051:42
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597011807/epubcfi/6/28%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter04%5d!/4/2/4%4066:0
Disciplina
Perícia e Auditoria
ALMEIDA, M. C. Auditoria - Abordagem Moderna e Completa. Grupo GEN, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597013801/. Acesso em: 2 set. 2023. 
ARRUDA, D. G.; ARAÚJO, I. P. S. Fundamentos da auditoria: a auditoria das demonstrações
�nanceiras em um contexto global. Editora Saraiva, 2012. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502163393/. Acesso em: 2 set. 2023. 
ATTIE, W. Auditoria Conceitos e Aplicações. 7ª edição. [S. l.]: Grupo GEN, 2018Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/. Acesso em: 2 set. 2023. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. [S. l.]: Grupo GEN, 2023.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/. Acesso em:
02 set. 2023. 
DEMETRIUS, A. P. Auditoria das demonstrações contábeis. Editora Saraiva, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547233174/. Acesso em: 0 set. 2023. 
LINS, L. S. Auditoria. 4. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/. Acesso em: 2 set. 2023. 
MAFFEI, J. L. G. Curso de Auditoria - Introdução à auditoria de acordo com as normas
internacionais e melhores práticas. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/. Acesso em: 2 set. 2023.  
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/. Acesso em: 2 set. 2023. 
SILVA, I. H. A.; PEREIRA, R. S. Auditoria em �nanças. Editora Saraiva, 2021.. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965244/. Acesso em: 2 set. 2023. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597013801/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502163393/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547233174/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965244/
Disciplina
Perícia e Auditoria
Aula 2
Tipos de auditoria
Introdução
Olá, estudante! Nesta aula, vamos conhecer mais sobre a auditoria interna, externa, operacional e
de conformidade. Cada tipo de auditoria possui objetivos e técnicas especí�cas, e durante nossa
aula, exploraremos essas particularidades em detalhes. 
Veremos, também, que a auditoria interna se concentra na avaliação dos controles internos e
processos de uma empresa, visando aprimorar a e�ciência e mitigar riscos. A auditoria externa,
por sua vez, , obrigatória em alguns casos, é realizada por auditores independentes para fornecer
uma opinião imparcial sobre as demonstrações �nanceiras de uma organização. 
Além disso, veri�caremos que em alguns tipos de atividades, a realização de auditoria externa é
obrigatória, imposta por órgãos reguladores para garantir a transparência e integridade das
informações �nanceiras, fortalecendo a con�ança dos stakeholders. Este tipo de auditoria é
conduzida por auditores independentes para garantir que as demonstrações �nanceiras atendem
às exigências da legislação vigente, a partir da opinião do auditor. 
Vamos lá!
Desvendando os tipos de auditoria: objetivos, técnicas e aplicações
Disciplina
Perícia e Auditoria
A atividade de auditoria no mundo dos negócios e da governança corporativa, desempenha um
papel importante na avaliação, monitoramento e aprimoramento das operações organizacionais.
Por isso, é importante conhecer os diferentes tipos de auditoria, destacando seus objetivos,
particularidades, procedimentos e técnicas especí�cas.   
1. Auditoria interna
A auditoria interna é uma função independente dentro de uma organização e tem como objetivo
principal avaliar e melhorar a e�cácia dos processos internos, a gestão de riscos e o controle
interno, para garantir que a empresa atinja seus objetivos de forma e�ciente e em conformidade
com as políticas e regulamentos internos. 
Este tipo de auditoria, conforme de�nido por Lins (2017, p. 4),
“é conduzida por funcionário da própria empresa na qual a auditoria é executada,
envolvendo a avaliação de desempenho, controles internos, sistemas de
computação/informação, qualidade de serviços e produtos etc., possibilitando maior
con�abilidade das informações geradas”.  
2. Auditoria externa
A auditoria externa é conduzida por auditores independentes que não têm ligação com a
empresa. Seu principal objetivo é fornecer uma opinião imparcial sobre as demonstrações
�nanceiras, assegurando a precisão e a conformidade com os princípios contábeis aplicáveis. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Crepaldi e Crepadi (2023, p. 45) dizem que
“as atividades de auditoria interna e de auditoria externa “muitas vezes são
executadas simultaneamente dentro das companhias, porém essas atividades
possuem objetivos diferentes, pois o principal objetivo da auditoria externa é emitir
uma opinião sobre as demonstraçõescontábeis”.  
3. Auditoria operacional
Também conhecida como auditoria de gestão,
“visa a aferição da e�cácia e e�ciência de processos ou de atos de gestão da
entidade auditada, buscando seu aprimoramento e a apresentação de soluções
administrativas, visando imprimir maior e�ciência ou rapidez na satisfação dos
clientes” (DEMETRIUS, 2018, p. 29). 
Assim, a auditoria operacional tem como objetivo identi�car áreas de otimização, em que os
recursos podem ser usados de forma mais e�caz e os riscos podem ser mitigados,  como na
avaliação da cadeia de suprimentos de uma empresa para otimizar custos e tempos de entrega.  
4. Auditoria de conformidade
A auditoria de conformidade visa garantir que a organização esteja aderindo aos regulamentos,
normas e políticas estabelecidas interna e externamente, ou seja, seu principal objetivo é veri�car
se a empresa está em conformidade com leis e regulamentos. 
É importante que estejam
“se atividades, transações �nanceiras e informações cumprem, em todos os aspectos
relevantes, as normas que regem a entidade auditada, que podem incluir regras, leis,
regulamentos, resoluções orçamentárias, políticas, códigos estabelecidos ou
acordos” (MATTOS, et al., 2017, p. 196).  
Destes tipos de auditoria, a auditoria externa apresenta-se como obrigatória em alguns setores
para que o auditor possa fornecer uma opinião sobre as demonstrações �nanceiras,
assegurando conformidade e transparência, e possibilitando uma tomada de decisão livre de
erros e riscos signi�cativos. 
A realização da auditoria interna, operacional e de conformidade, também tem sua
obrigatoriedade para certos tipos de atividades, em atendimento aos dispositivos legais que
orientem a obrigatoriedade de implantação e execução de controles internos, principalmente
entidades públicas, mistas e entidades do setor �nanceiro. 
A partir destas informações, faz-se importante compreender suas distinções, objetivos e
aplicabilidade para escolher a abordagem certa em cada contexto, pois ao dominar esses
conceitos, os pro�ssionais de auditoria estão preparados para enfrentar os desa�os e contribuir
para o sucesso das organizações em um mundo de negócios cada vez mais complexo e
regulamentado. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Auditoria interna, externa, operacional e de conformidade: escolhendo a
melhor abordagem
A partir do entendimento de que a auditoria é uma ferramenta crucial para a avaliação,
monitoramento e aprimoramento das operações organizacionais, é importante destacar que o
objetivo da auditoria
“é aumentar o grau de con�ança dos usuários em relação a documentos,
informações, controles, procedimentos etc., destacando que seu objeto e �nalidade
variará conforme o �m a que se destina ou que se tem em vista, sendo uma técnica
contábil com múltipla aplicação” (RIBEIRO; COELHO, 2017, p. 17). 
Desta forma, a auditoria interna que é conduzida por funcionários da própria empresa,
desempenha um papel essencial para garantir que a organização alcance seus objetivos de
maneira e�ciente e esteja em conformidade com suas políticas e regulamentos internos. 
Os procedimentos envolvidos na auditoria interna incluem a avaliação de desempenho, controles
internos, sistemas de computação/informação, qualidade de serviços e produtos, entre outros.
Um exemplo prático seria a revisão das práticas contábeis internas para identi�car possíveis
irregularidades ou fraudes. 
A auditoria externa, por sua vez, tem como objetivo fornecer uma opinião imparcial sobre as
demonstrações �nanceiras da organização, assegurando a precisão e a conformidade com os
princípios contábeis aplicáveis. 
Neste contexto, os pro�ssionais são contratados para realizar auditorias periódicas, veri�cando a
exatidão das demonstrações �nanceiras e identi�cando irregularidades. Um exemplo é a
Disciplina
Perícia e Auditoria
auditoria das demonstrações �nanceiras de uma empresa antes da venda de ações no mercado
de ações. 
A auditoria operacional concentra-se na avaliação da e�cácia e e�ciência dos processos ou atos
de gestão da entidade, com o objetivo de aprimorar processos e apresentar soluções que
melhorem a satisfação dos clientes, abrangendo áreas como produção, logística, atendimento ao
cliente, gestão de projetos etc. 
Esse processo identi�ca áreas em que as operações podem ser otimizadas, sendo utilizada, por
exemplo, para avaliação da cadeia de suprimentos de uma empresa para que seja possível
otimizar custos e tempos de entrega. Outro exemplo inclui a análise da e�cácia dos processos
de atendimento ao cliente para melhorar a satisfação dele. 
Por �m, a auditoria de conformidade concentra-se em garantir que a organização esteja aderindo
aos regulamentos, normas e políticas estabelecidas interna e externamente. Seu principal
objetivo é veri�car se a empresa está em conformidade com todas as leis e regulamentos
aplicáveis. 
Esse processo avalia se as atividades, transações �nanceiras e informações cumprem todas as
normas que regem a entidade auditada. Isso pode incluir regras, leis, regulamentos, resoluções
orçamentárias, políticas, códigos estabelecidos ou acordos. Um exemplo seria a auditoria de
conformidade com normas trabalhistas, para garantir que a empresa cumpre os requisitos legais
relacionados aos funcionários. 
Quanto à obrigatoriedade, as atividades de auditoria deverão ser observadas pelas empresas,
considerando o que a legislação estabelece para o tipo de atividade exercida, tipo de
personalidade jurídica, faturamento ou elementos especí�cos. Cabe destacar, ainda, a
obrigatoriedade de rodízio de empresas de auditoria, quando se tratar de auditoria independente. 
Ao dominar esses conceitos, os pro�ssionais de auditoria estão preparados para enfrentar os
desa�os e contribuir para o sucesso das organizações, trazendo con�abilidade e segurança
sobre as operações tanto para usuários internos, quanto para usuários externos. 
Navegando pelos mares da auditoria: interna, externa, operacional e de
conformidade
Disciplina
Perícia e Auditoria
A atividade de auditoria, essencial para a avaliação, monitoramento e aprimoramento das
operações empresariais, desdobra-se em diversas abordagens, para as quais a obrigatoriedade
de execução emerge como um imperativo, especialmente quando há instrumentos normativos
que orientam para a execução destas atividades nas empresas. 
Nesse contexto, destacam-se a auditoria interna, voltada para a e�cácia dos processos e
controles internos; a auditoria externa, conduzida por auditores independentes para assegurar a
conformidade �nanceira; a auditoria operacional, focada na e�ciência e otimização dos
processos organizacionais; e a auditoria de conformidade, essencial para garantir a aderência a
normas e regulamentos, tornando-se indispensável para a con�ança dos stakeholders e a
sustentabilidade dos negócios.  
1. Auditoria Interna
Imagine uma empresa de manufatura que busca melhorar seus processos internos. Nesse
cenário, os auditores são funcionários da empresa e têm acesso direto aos processos
operacionais, avaliando e aprimorando a e�cácia desses processos, bem como o controle interno
e a gestão de riscos. 
Para realizar essa auditoria, os auditores internos analisam as operações em várias áreas, como
produção, logística, gestão de estoque e qualidade do produto, examinando os controles
internos, veri�cando se os procedimentos estão sendo seguidos e recomendando melhorias.
Identi�cando, por exemplo, a necessidade de reorganizar o layout da fábrica para otimizar a
produção e reduzir custos.  
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Perícia e Auditoria
2. Auditoria Externa
Agora, consideremos uma empresa de capital aberto que está prestes a divulgar suas
demonstrações �nanceiras para investidores e acionistas. Nesse contexto, os auditores são
externos, independentes da empresa, e têm a responsabilidade de fornecer uma opinião
imparcial sobre as demonstrações �nanceiras, a partir da revisão detalhada dos registros
contábeis, transações �nanceiras e relatórios da empresa.  
Desta forma, a auditoria externa veri�ca se as demonstrações�nanceiras estão em
conformidade com os princípios contábeis aplicáveis e se re�etem uma imagem precisa da
situação �nanceira da empresa. Um exemplo neste contexto ocorre quando a auditoria externa
identi�ca erros nas demonstrações �nanceiras, que precisam ser corrigidos antes da divulgação
pública.  
3. Auditoria Operacional
Suponhamos que uma empresa de logística deseje otimizar sua cadeia de suprimentos para
reduzir custos e melhorar o tempo de entrega aos clientes. Nesse cenário, a auditoria operacional
é apropriada, pois ela se concentra na e�ciência e e�cácia dos processos operacionais. 
Os auditores avaliarão todos os aspectos da cadeia de suprimentos, desde o recebimento de
mercadorias até a entrega �nal, identi�cando áreas em que os processos podem ser otimizados,
como a seleção de rotas de transporte mais e�cientes, a gestão de estoques e a coordenação
entre os diversos pontos da cadeia de suprimentos, recomendando alterações que resultem em
economia de custos e entrega mais rápida aos clientes.  
4. Auditoria de Conformidade
Suponha que uma empresa pública deseje garantir que todas as suas operações estejam em
conformidade com as leis e regulamentos do setor. Os auditores de conformidade examinarão as
transações �nanceiras, as políticas internas da instituição �nanceira e as leis regulatórias que se
aplicam ao setor.  
Por exemplo, eles podem veri�car se a instituição �nanceira está cumprindo as regras de
prevenção à lavagem de dinheiro e relatando transações suspeitas às autoridades competentes. 
Os diferentes tipos de auditoria desempenham papéis distintos na gestão e no aprimoramento
das operações empresariais, pois cada tipo de auditoria, seja interna, externa, operacional ou de
conformidade, traz con�abilidade e segurança para as operações, garantindo que elas estejam
em conformidade com padrões estabelecidos. 
Videoaula: Tipos de auditoria
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Neste vídeo resumo falaremos sobre os quatro principais tipos de auditorias: interna, externa,
operacional e de conformidade, bem como seus objetivos, particularidades, procedimentos e
técnicas especí�cas. Além disso, veremos quando cada tipo de auditoria é mais apropriada no
contexto empresarial. Teremos, assim, uma visão geral da auditora, aplicada em diferentes tipos
de cenário! 
Saiba mais
Descubra como os tipos de auditoria desempenham papéis distintos na garantia da integridade
empresarial. Cada tipo tem objetivos especí�cos: a auditoria interna foca na melhoria dos
processos internos; a auditoria externa avalia as demonstrações �nanceiras para garantir
precisão e conformidade; a auditoria operacional visa aprimorar a e�ciência das operações,
enquanto a auditoria de conformidade veri�ca o cumprimento das normas. 
Saiba mais sobre o assunto lendo o capítulo 1 do livro Auditoria. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597011807/epubcfi/6/20%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter01%5d!/4/2/6%4072:0
Disciplina
Perícia e Auditoria
Referências
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. [S. l.]: Grupo GEN, 2023.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/. Acesso em:
02 set. 2023. 
DEMETRIUS, A. P. Auditoria das demonstrações contábeis. [S. l.]: Editora Saraiva, 2018. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547233174/. Acesso em: 02 set.
2023. 
MATTOS, J. G. et al. Auditoria Pública. [S. l.]: Grupo A, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595021877/. Acesso em: 04 set. 2023. 
LINS, L. S. Auditoria. 4. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/. Acesso em: 02 set. 2023. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Série em Foco - Auditoria. Editora Saraiva, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224745/. Acesso em: 04 set. 2023. 
Aula 3
Aspectos da auditoria interna
Introdução
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Disciplina
Perícia e Auditoria
Olá, estudante!  Vamos conhecer uma área de trabalho fundamental para a auditoria: a auditoria
interna. Exploraremos a função desse tipo de auditoria nas organizações, ressaltando as
responsabilidades dos auditores internos e a importância do controle interno para que o
ambiente empresarial seja con�ável e tenha seus riscos mitigados. 
A auditoria interna atua principalmente na garantia da integridade, e�ciência e e�cácia das
operações de uma empresa, sendo responsável por avaliar os processos, identi�car riscos e
ajudar a gestão a tomar decisões informadas. Neste contexto, os auditores atuam como os olhos
e ouvidos da alta administração, assegurando que os objetivos organizacionais sejam
alcançados. 
Vamos, também, conhecer os procedimentos utilizados na auditoria interna, incluindo a avaliação
de riscos, a elaboração de planos de auditoria e a comunicação dos resultados, identi�cando
como essas atividades se conectam para fornecer informações valiosas à gestão, contribuindo
para o crescimento e sucesso da organização.  
Vamos lá! 
 Conceituando a auditoria interna: função, responsabilidades e controle
interno
Disciplina
Perícia e Auditoria
A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva que tem como principal função
examinar e avaliar os processos, controles, políticas e procedimentos de uma organização. Sua
missão é assegurar que as operações estejam em conformidade com as políticas e
regulamentos estabelecidos, identi�car áreas de risco e proporcionar recomendações para
aprimorar a e�ciência e a e�cácia das operações.  
Conforme de�nem Ribeiro e Coelho (2018, p. 66)
“a auditoria interna é a atividade de avaliação estabelecida ou fornecida como um
serviço para a entidade”. Essa atividade tem como principal função auxiliar a
organização a alcançar seus objetivos (RIBEIRO; COELHO, 2013).  
Além disso, a atividade da auditoria interna tem por �nalidade agregar valor ao resultado da
organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos
controles internos (CREPALDI; CREPALDI 2023, p. 46). 
Desta forma, ela desempenha um papel fundamental na avaliação da governança corporativa,
ajudando a garantir que os valores, visão e missão da organização estejam alinhados com sua
estratégia e objetivos de negócios.  
Neste sentido, Lins (2017, p. 4), destaca que a auditoria interna
“deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e
erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre
quaisquer indícios ou con�rmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu
trabalho”. 
No que tange às responsabilidades dos auditores internos, estão inclusas a condução de
revisões e testes detalhados para avaliar a e�cácia dos controles internos existentes,
Disciplina
Perícia e Auditoria
identi�cando riscos potenciais, fraquezas nos processos e possíveis áreas de melhoria. Ou seja,
os esses pro�ssionais fornecem recomendações para mitigar esses riscos e melhorar a
e�ciência operacional. 
O controle interno, conforme Imoniana (2018) compreende o plano de organização e o conjunto
coordenado de todos os métodos e medidas implementados pelo gestor para salvaguardar
ativos de uma organização, veri�car a exatidão e a veracidade das informações contábeis,
promover a e�ciência das operações e fomentar maior adesão às políticas prescritas pela
gerência. 
Para tanto, a auditoria interna conta com procedimentos que incluem a avaliação de riscos,
elaboraçãode planos de auditoria e a comunicação dos resultados. Tais procedimentos têm
como objetivo a obtenção de razoável segurança, a partir dos testes de observância e obter
evidências quanto à su�ciência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema contábil da
entidade (testes substantivos) (MAFFEI, 2015, p. 131). 
Esses procedimentos são realizados sequencialmente, iniciando pela avaliação de riscos, em
que o auditor
“irá atuar de forma a identi�car quais são as áreas que merecem maior dedicação
operacional na fase de testes, amostra, entrevistas e/ou quaisquer dados adicionais
que suportem e garantam uma segurança desses dados” (SILVA e PEREIRA, 201, p.
14).  
Na sequência, são elaborados os planos de auditoria, que são de�nidos os objetivos, os
procedimentos a serem seguidos e os recursos necessários. Com o plano de�nido, os auditores
conduzem testes e revisões que podem envolver a análise de documentos, entrevistas com
funcionários e a aplicação de técnicas de amostragem. 
Por �m, após concluir os testes, ocorre a comunicação dos resultados, em que os auditores
internos comunicam seus resultados à alta administração e às partes interessadas relevantes.
Isso inclui a apresentação de achados, recomendações e a discussão sobre as medidas
corretivas apropriadas que após implementadas serão acompanhadas e monitoradas garantindo
que as melhorias sejam efetivamente realizadas.
Compreendendo os aspectos essenciais da auditoria interna nas
organizações
Disciplina
Perícia e Auditoria
Compreender os aspectos da auditoria interna é fundamental para o sucesso e a
sustentabilidade das organizações no ambiente empresarial atual, uma vez que ao identi�car
riscos, avaliar controles internos e comunicar resultados de maneira e�caz, os auditores ajudam
as organizações a alcançarem seus objetivos de negócios de forma segura e e�caz.  
A auditoria interna tem como função colaborar com a administração para identi�car áreas de
melhoria e e�ciência operacional, contribuindo para o alcance dos objetivos estratégicos da
organização. Essa função consultiva não apenas fornece recomendações, mas também ajuda na
implementação de soluções práticas. 
Em razão destas suas funções de veri�cação/avaliação dos setores e processos da empresa, e
uma vez que o auditor interno é funcionário, Lins (2017, p. 4) destaca que
“a auditoria interna não deve estar subordinada a qualquer diretoria para a qual
poderá ter que apresentar relatórios de inconsistências, o que poderia, em princípio,
ocasionar constrangimentos e principalmente medo de perder o emprego”.  
Além disso, a auditoria interna tem uma importante função na detecção e prevenção de fraudes e
erros, na qual os auditores estão atentos a qualquer sinal de irregularidade nas operações e
podem realizar investigações quando necessário.  
Entendendo a fraude com ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração
de documentos, registros e demonstrações contábeis, enquanto o erro refere-se ao ato não
intencional resultante de omissão ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e
demonstrações que resulte em incorreções deles (CREPALDI; CREPALDI, 2023). 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Além das tarefas operacionais de conduzir auditorias, os auditores internos têm um papel
importante na avaliação dos controles internos da empresa, pois são
“um sistema de controle interno adequado garante não só ao auditor independente
obter maior credibilidade nas informações contidas nas demonstrações contábeis,
como também auxilia a administração no aperfeiçoamento das suas operações em
busca dos seus objetivos” RIBEIRO e COELHO, 2018, p. 110). 
Desta forma, a adoção de controles internos ajuda o auditor a identi�car pontos fracos e
fortalecer os sistemas de controle, tornando a organização mais resiliente a riscos, aprimorando
a e�ciência dos processos produtivos com a redução de custos e melhoria na qualidade dos
produtos e serviços, tornando-a cada vez mais competitiva no mercado (RIBEIRO; COELHO,
2018). 
A avaliação de riscos é um passo inicial, no trabalho de auditoria interna, fundamental para
direcionar recursos do processo de forma e�caz, concentrando-se nas áreas mais suscetíveis
aos problemas, contribuindo para uma avaliação inicial do panorama da empresa. Após essa
etapa, há a preparação dos planos de trabalho, sendo importante que eles sejam �exíveis o
su�ciente para se adaptar a mudanças nas condições do ambiente empresarial e nas prioridades
da organização. 
Ter um plano bem de�nido é crucial para garantir que a auditoria interna seja conduzida de
maneira e�caz e e�ciente, otimizando o uso dos recursos disponíveis. Após a execução dos
testes e revisões, os auditores internos enfrentam o desa�o de comunicar os resultados de
maneira e�caz.  
A comunicação dos resultados não se limita a relatórios técnicos; envolve a apresentação de
achados, recomendações e análises de maneira clara e persuasiva, sendo importante que os
resultados sejam comunicados de maneira que a alta administração e outras partes interessadas
possam compreender facilmente as implicações e tomar decisões informadas.
Passos para o sucesso na auditoria interna: avaliação de riscos, planos e
comunicação
Disciplina
Perícia e Auditoria
A auditoria interna nas organizações desempenha um papel importante para garantir que as
operações estejam alinhadas com as políticas e regulamentos estabelecidos.  
Além disso, atua como um consultor interno, colaborando com a administração para identi�car
áreas de melhoria e e�ciência operacional. Nas empresas, os auditores internos são
responsáveis por conduzir revisões e testes detalhados para avaliar a e�cácia dos controles
internos existentes.  
A partir dessas funções, os auditores internos identi�cam riscos potenciais, fraquezas nos
processos e áreas que necessitam de aprimoramento. Por exemplo, durante uma auditoria, eles
podem examinar o tramite de compras para garantir que os procedimentos de aprovação
estejam sendo seguidos adequadamente, minimizando assim o risco de despesas não
autorizadas.  
A identi�cação de riscos faz parte do controle interno, atividade desempenhada para ajudam a
garantir que os processos sejam executados de acordo com as políticas e regulamentos,
minimizando os riscos e fortalecendo a integridade das operações. 
Para a realização da auditoria interna, existem procedimentos que são utilizados para que a
realização dos trabalhos possa ocorrer de forma estruturada, como a avaliação de riscos, a
elaboração dos planos de auditoria e a comunicação dos resultados. Em uma empresa, a equipe
de auditoria interna começa conduzindo uma avaliação detalhada de riscos. 
Nesta atividade, os auditores internos identi�cam áreas críticas, como o departamento de
�nanças, por exemplo. A etapa de avaliação de riscos também pode analisar os processos de
gerenciamento de estoque, em que o risco de perdas devido a roubo ou obsolescência é
signi�cativo, ou ainda outras áreas que apresentem algum tipo de risco para a empresa. 
Com base na avaliação de riscos, os auditores internos elaboram planos de auditoria especí�cos.
Por exemplo, eles podem desenvolver um plano de auditoria para o departamento de �nanças,
que inclui a revisão das reconciliações bancárias e a veri�cação das políticas de controle de
acesso aos sistemas �nanceiros. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Após a conclusão dos testes e revisões, os auditores comunicam os resultados à alta
administração da empresa. Caso identi�quem um aumento signi�cativo nas discrepâncias nas
reconciliações bancárias, isso é comunicado de forma clara para os gestores. Nesta etapa, os
auditores não apenas apresentam os problemas, mas também fornecem recomendações para
melhorar os controles e minimizar futuros riscos �nanceiros. 
Assim, a auditoria interna desempenha um papel crítico, no contexto empresarial, na garantia da
conformidade, na prevenção de fraudes e na melhoria dos processos operacionais.  
Suas descobertas e recomendações são essenciais para a tomada de decisões informadaspela
alta administração, ajudando a empresa a alcançar seus objetivos de negócios de forma segura e
e�caz. Ou seja, a auditoria interna não apenas identi�ca problemas, mas também oferece
soluções práticas que impulsionam o sucesso e a sustentabilidade das empresas. 
Videoaula: Aspectos da auditoria interna
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Neste vídeo resumo, exploraremos os "Aspectos da Auditoria Interna" que auxiliará na
compreensão das responsabilidades dos auditores internos e a importância crítica do controle
interno. Veri�caremos, também, os procedimentos essenciais na auditoria interna, desde a
avaliação de riscos até a elaboração de planos de auditoria e a comunicação e�caz dos
resultados.  
Saiba mais
Disciplina
Perícia e Auditoria
A auditoria interna desempenha um papel central nas organizações, atuando como um guardião
da integridade operacional. Saiba mais sobre este importante campo da auditoria e descubra o
porquê os auditores internos são responsáveis por avaliar processos, identi�car riscos e ajudar a
administração a tomar decisões informadas. 
A auditoria interna explora a importância do controle interno na mitigação de riscos e na garantia
de conformidade a partir de procedimentos que vão desde a avaliação minuciosa de riscos até a
elaboração estratégica de planos de auditoria, culminando na comunicação e�caz dos
resultados. Este conhecimento é vital para assegurar o sucesso e a transparência nas operações
de qualquer organização.  
Saiba mais sobre a auditoria interna, lendo o capítulo 3 do livro Auditoria Fácil. 
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788502213470/epubcfi/6/22%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dhtml014%5d!/4/2/6
Disciplina
Perícia e Auditoria
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. [S. l.]: Grupo GEN, 2023. E-
book. ISBN 9786559775002. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/. Acesso em: 02 set. 2023. 
IMONIANA, J. O. Auditoria - Planejamento, Execução e Reporte. [S, l,]: Grupo GEN, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/. Acesso em:
5 set. 2023. 
LINS, L. S. Auditoria. 4. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788597011807. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/. Acesso em: 2 set. 2023. 
MAFFEI, J. L. G. Curso de Auditoria - Introdução à auditoria de acordo com as normas
internacionais e melhores práticas. [S. l.]: Editora Saraiva, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/. Acesso em: 2 set. 2023.  
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Série em Foco - Auditoria. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224745/. Acesso em:
4 set. 2023. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/. Acesso em: 2 set. 2023. 
Aula 4
Auditor independente
Introdução
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224745/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/
Disciplina
Perícia e Auditoria
Olá, estudante!  Nesta aula exploraremos as atividades desempenhadas pelo auditor
Independente, destacando três pilares fundamentais: independência, imparcialidade e ética.  
O auditor independente desempenha um papel vital na garantia da integridade das informações
�nanceiras das organizações. Sua independência é a base de sua credibilidade, assegurando que
ele não tenha vínculos que possam comprometer seu julgamento imparcial. A ética é sua
bússola moral, guiando-o na tomada de decisões difíceis. 
Além disso, abordaremos os princípios fundamentais da auditoria externa, incluindo a avaliação
minuciosa dos controles internos das empresas e a execução de testes de auditoria rigorosos
para veri�car a precisão das demonstrações �nanceiras.  
Por �m, veri�caremos aspectos relacionados à elaboração do parecer de auditoria, em que o
auditor independente expressa suas conclusões sobre a qualidade das informações �nanceiras. 
Vamos lá!
O guardião da con�ança �nanceira: o papel crucial do auditor independente
Disciplina
Perícia e Auditoria
O Auditor Independente é um pro�ssional altamente quali�cado e imparcial, responsável por
avaliar e atestar a precisão das demonstrações �nanceiras de uma empresa.  
Crepaldi e Crepaldi (2023) de�nem a auditoria independente como um processo pelo qual o
auditor se certi�ca de que as demonstrações �nanceiras representam adequadamente, em todos
os aspectos relevantes, a posição patrimonial e �nanceira da empresa.  
Neste sentido, a independência é um dos princípios fundamentais que norteiam seu trabalho.
Isso signi�ca que o auditor deve manter uma distância objetiva da organização que está
auditando, evitando qualquer in�uência que possa comprometer sua imparcialidade.  
Ribeiro e Coelho (2017) diz que se entende como independência o estado no qual as obrigações
ou os interesses da entidade de auditoria são, su�cientemente, isentos dos interesses das
entidades auditadas para permitir que os serviços sejam prestados com objetividade.  
Além da independência, a ética é um alicerce fundamental na atuação do auditor independente. A
Ética, apresentada nos códigos de ética destina-se, de maneira geral, a corrigir eventuais
distorções de interpretação e uniformizar o conceito daquilo que se deve ou não fazer ao
desempenhar determinada atividade (MAFFEI, 2015, p. 20).  
Desta forma, o auditor independente deve aderir a rigorosos códigos de ética pro�ssional que
garantem a integridade de seu trabalho, orientando suas ações, desde a aceitação de um cliente
até a condução dos procedimentos de auditoria e a elaboração do parecer �nal. 
A auditoria independente é um processo sistemático que envolve a revisão e avaliação das
demonstrações �nanceiras de uma empresa. Nesse contexto, este processo deve seguir
princípios fundamentais que orientam a auditoria externa o trabalho do auditor Independente,
Disciplina
Perícia e Auditoria
que incluem princípios a Avaliação dos Controles Internos, os Testes de Auditoria e as Evidências
Su�ciente e Competente. 
A Avaliação dos Controles Internos refere-se aos procedimentos selecionados que dependem do
julgamento do auditor, e incluem a avaliação dos riscos de distorção relevante nas
demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, mas não para �ns
de expressar uma opinião sobre a e�cácia desses controles internos (RIBEIRO; COELHO, 2013,).  
Assim, a avaliação dos controles internos ajuda a determinar a extensão e a natureza dos testes
de auditoria necessários. 
Já os testes de auditoria compreendem a seleção de itens para a amostragem de forma que
cada unidade de amostra da população tenha probabilidade igual de ser selecionada, seja por
meio de amostragem estatística ou não. Desse modo, é possível selecionar amostras que sejam
representativas da população (RIBEIRO; COELHO, 2017, p. 200). 
Por �m, no procedimento relacionado à evidência su�ciente e competente, Crepaldi e Crepaldi
(2023) indicam que o auditor independente, para obter segurança razoável, deve obter evidência
de auditoria apropriada e su�ciente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e,
com isso, possibilitar a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião. 
Após a conclusão dos testes de auditoria e a revisão minuciosa das demonstrações �nanceiras,
o auditor independente elabora o parecer de auditoria. Esse documento é importante pois
resumesuas descobertas e conclusões.  
Desta forma, a elaboração do parecer de auditoria garante que suas conclusões sejam
fundamentadas e transparentes. Assim, a elaboração do parecer da auditoria somente terá
credibilidade quando produzido a partir da independência, imparcialidade e ética praticadas pelo
auditor.
Auditoria externa desvendada: princípios fundamentais e ética em foco
Disciplina
Perícia e Auditoria
Na complexa paisagem �nanceira e empresarial, o auditor independente emerge como um pilar
essencial para manter a con�abilidade das informações contábeis e �nanceiras das
organizações, assegurando que investidores, acionistas e o público em geral possam con�ar nas
demonstrações �nanceiras apresentadas pelas empresas.  
Para que possa haver a con�ança nas demonstrações �nanceiras apresentadas pelas empresas,
o auditor independente deve atuar com independência, imparcialidade e ética, pautando-se nos
princípios fundamentais da auditoria externa para a elaboração do parecer de auditoria, uma vez
que na auditoria independente.  
O principal objetivo, portanto, é emitir opinião sobre as demonstrações contábeis de uma
entidade, quanto a sua adequação, consoante as normas de contabilidade e as normas
brasileiras de contabilidade (CREPALDI; CREPALDI, 2023, p 62).  
No que tange ao papel da auditoria independente, o auditor deve cumprir as exigências éticas
relevantes, inclusive as pertinentes à independência, no que se refere aos trabalhos de de
demonstrações contábeis, ou seja, o auditor não deve ter vínculos �nanceiros, pro�ssionais,
familiares ou outros que possam prejudicar sua independência, imparcialidade e objetividade na
avaliação das demonstrações �nanceiras. 
Além disso, é importante que o pro�ssional haja maneira ética e responsável para garantir que as
informações �nanceiras sejam precisas e con�áveis, o que contribui para a con�ança nos
mercados �nanceiros. 
Quanto aos procedimentos referentes à auditoria independente, a avaliação dos controles
internos, Ribeiro e Coelho (2013) considera esse processo relevante para a elaboração e
Disciplina
Perícia e Auditoria
adequada apresentação das demonstrações contábeis da entidade para planejar os
procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias.  
Com base na avaliação dos controles internos, o auditor projeta testes especí�cos para veri�car
a precisão das demonstrações �nanceiras. Esses testes podem incluir revisões documentais,
con�rmações com terceiros, análise de amostras de transações e outras técnicas de auditoria,
realizados a partir de amostragem estatística ou ainda por amostragem não estatística.  
Estes procedimentos são realizados de modo a evitar tendenciosidade (intenção oculta),
mediante a escolha de itens da amostra que tenham características típicas da população.
(RIBEIRO; COELHO, 2017). 
O auditor independente, após a realização dos testes de auditoria coleta evidências, que podem
incluir documentos contábeis, registros �nanceiros, entrevistas com a equipe �nanceira e outros
documentos de suporte, su�cientes e competentes para fundamentar suas conclusões, que
serão apresentadas no parecer de auditoria. 
No parecer de auditoria, o pro�ssional deve expressar clara e objetivamente se as
demonstrações contábeis auditadas, em todos os aspectos relevantes, na opinião do auditor,
representam, adequadamente ou não, consoante as disposições normativas na data do
levantamento e para o período a que correspondam, às posições orçamentária, patrimonial e
�nanceira; o resultado das operações; as mutações do patrimônio líquido; as variações
patrimoniais e as origens e aplicações de recursos (ARAÚJO; ARRUDA; BARRETO, 2008). 
Ribeiro e Coelho (2017) dizem que a opinião do auditor independente evidenciará se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com uma estrutura de relatório �nanceiro aplicável.  
Além disso, o relatório deve seguir uma padronização, evidenciando qual o objeto examinado, os
limites do conteúdo veri�cado, sua �nalidade e a responsabilidade do auditor em relação à
opinião contida no relatório (DEMETRIUS, 2018).  
Portanto, para que a con�ança nas demonstrações �nanceiras seja mantida, o auditor deve atuar
com independência, imparcialidade e ética, seguindo os princípios fundamentais da auditoria
externa, e coletando evidências su�cientes para fundamentar o parecer.
Transparência �nanceira em ação: a jornada do auditor independente
Disciplina
Perícia e Auditoria
A partir da compreensão dos conceitos apresentados, vamos ilustrar suas aplicações ao trabalho
do auditor independente com um exemplo prático: 
Imagine uma empresa de médio porte que atue na indústria de tecnologia. A empresa decide
contratar um auditor independente para realizar a auditoria de suas demonstrações �nanceiras
anuais.  
O objetivo é garantir a transparência e a con�abilidade das informações �nanceiras apresentadas
aos investidores e acionistas. 
Neste sentido, o auditor independente designado para este trabalho é uma empresa de auditoria
respeitada no mercado, com pro�ssionais altamente quali�cados. Sua função é revisar
minuciosamente as demonstrações �nanceiras da empresa e emitir uma opinião independente
sobre a precisão dessas informações.  
O auditor deve realizar esse trabalho com total independência, sem vínculos �nanceiros ou
interesses que possam in�uenciar seu julgamento. 
Primeiro, o auditor inicia a auditoria avaliando os controles internos da empresa. Isso envolve a
análise dos processos utilizados para registrar transações �nanceiras, garantindo que eles sejam
con�áveis e precisos. A avaliação dos controles internos ajuda o auditor a determinar a extensão
e a natureza dos testes de auditoria necessários. 
Em seguida, o auditor projeta testes especí�cos. Por exemplo, ele pode selecionar amostras de
transações �nanceiras, revisar documentos contábeis e con�rmar informações com terceiros.
Esses testes são projetados para veri�car a precisão das demonstrações �nanceiras, buscando
qualquer possível erro ou fraude. 
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Perícia e Auditoria
Após concluir a avaliação dos controles internos e a realização dos testes de auditoria, o auditor
independente coleta evidências su�cientes e competentes para fundamentar suas conclusões.
Essas evidências podem incluir documentos contábeis, registros �nanceiros, entrevistas com a
equipe �nanceira e outros documentos de suporte. 
Finalmente, o auditor elabora o parecer de auditoria. Nesse documento, ele expressa claramente
sua opinião sobre se as demonstrações �nanceiras da empresa estão em conformidade com os
padrões contábeis aplicáveis e re�etem adequadamente sua situação �nanceira. Se as
demonstrações estiverem corretas, o auditor emite uma "opinião limpa", transmitindo con�ança
aos investidores e acionistas. 
No entanto, se o auditor identi�car problemas signi�cativos, ele pode emitir uma "opinião
modi�cada" indicando as áreas de preocupação. Isso permite que a administração da empresa
tome medidas corretivas. 
Desse modo, a aplicação do exemplo da empresa destaca como o auditor independente
desempenha um papel crítico na garantia da integridade das informações �nanceiras de uma
organização.  
Sua independência, imparcialidade e ética são fundamentais para manter a con�ança dos
investidores e acionistas, contribuindo para a transparência e a credibilidade nos mercados
�nanceiros.  
Além disso, os princípios fundamentais da auditoria externa, incluindo a avaliação dos controles
internos e os testes de auditoria, desempenham um papel vital na condução de uma auditoria
e�caz e con�ável.
Videoaula: Auditor independente
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Neste vídeo resumo, exploraremos o papel do auditor independente, enfatizando sua
independência, imparcialidade e ética no cumprimento de suas responsabilidades.
Descobriremos quaissão os princípios fundamentais da auditoria externa, que incluem a
avaliação minuciosa dos controles internos e a realização de testes de auditoria. Por �m,
veremos Auditor Independente elabora o parecer de auditoria, expressando suas conclusões
sobre a integridade das demonstrações �nanceiras.
Saiba mais
Disciplina
Perícia e Auditoria
O auditor independente desempenha uma função determinante para a garantia da integridade
�nanceira nas organizações. Esse pro�ssional é essencial para a con�abilidade das informações
das empresas, executando suas atividades com independência, imparcialidade e ética. Para
saber mais sobre este tema leia o capítulo 2 do livro Série em Foco: Auditoria.  
Explore também os princípios fundamentais da auditoria externa, em que o auditor independente
mergulha na avaliação minuciosa dos controles internos das organizações e executa testes
meticulosos para validar a precisão das demonstrações �nanceiras. Saiba mais sobre este tema
lendo o capítulo 6 da obra Curso de Auditoria - Introdução à auditoria de acordo com as normas
internacionais e melhores práticas. 
Descubra, também, como o auditor independente elabora o parecer de auditoria, o documento
que sintetiza suas conclusões sobre a saúde �nanceira de uma empresa, a partir da Leitura do
capítulo 9 da obra Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo e prático de Araújo, Arruda e
Barreto (2008).  
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788547224745/pageid/45
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788547224745/pageid/45
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788502627659/pageid/81
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788502126879/epubcfi/6/38%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dch09%5d!/4/112/4/6/4/1:268%5bexe%2Crc%C3%AD
Disciplina
Perícia e Auditoria
ARAÚJO, I. P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETTO, P. H. T. Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo
e prático. São Paulo: Editora Saraiva, 2008. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/. Acesso em: 12 set. 2023. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. [S. l.]: Grupo GEN, 2023.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/. Acesso em:
02 set. 2023. 
DEMETRIUS, A. P. Auditoria das demonstrações contábeis. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547233174/. Acesso em:
12 set. 2023. 
MAFFEI, J. L. G. Curso de Auditoria - Introdução à auditoria de acordo com as normas
internacionais e melhores práticas. São Paulo: Editora Saraiva, 2015.Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/. Acesso em: 02 set. 2023.  
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Série em Foco - Auditoria. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224745/. Acesso em:
4 set. 2023. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/. Acesso em: 2 set. 2023.
Aula 5
Revisão da unidade
Auditoria: conceitos e normas do pro�ssional auditor
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547233174/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224745/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/
Disciplina
Perícia e Auditoria
Originando-se do latim audire, a auditoria é descrita como uma técnica de revisão contábil que
compreende princípios como integridade, objetividade, competência, zelo pro�ssional,
con�dencialidade e comportamento pro�ssional são essenciais para sua e�cácia.  
Vimos que a independência do auditor é crucial para evitar in�uências pessoais em seu
julgamento. A evidência é coletada para avaliar a conformidade das informações �nanceiras. A
materialidade, conceito subjetivo, considera a relevância nas demonstrações �nanceiras. 
A auditoria segue etapas de planejamento, execução, avaliação e comunicação. No
planejamento, de�ne-se o escopo, identi�cam-se riscos e elabora-se um plano. Na execução,
coletam-se evidências e veri�cam-se transações.  
A avaliação, por sua vez, ocorre após a coleta, avaliando a conformidade com princípios e
normas. Por �m, a comunicação envolve a emissão de um relatório de auditoria com a opinião do
auditor. 
Existem, também, diferentes tipos de auditoria, na qual a auditoria interna avalia o desempenho,
controles internos e qualidade dos serviços, contribuindo para a con�abilidade das
informações.  
A auditoria independente, busca emitir uma opinião imparcial sobre as demonstrações
�nanceiras. A auditoria operacional visa melhorar a e�ciência dos processos e apresentar
soluções administrativas e a auditoria de conformidade veri�ca a aderência a leis e
regulamentos. 
A auditoria interna é compreendida como uma atividade de avaliação que contribui para o
alcance dos objetivos da organização, agregando valor aos resultados e aprimorando os
processos e controles internos, atuando na prevenção de fraudes e erros e comunicando
irregularidades de forma reservada.  
Desta forma, os auditores internos conduzem revisões detalhadas, avaliam a e�cácia dos
controles internos, identi�cam riscos e recomendando melhorias na e�ciência operacional, a
partir de procedimentos que incluem avaliação de riscos, elaboração de planos de auditoria e
comunicação de resultados.  
Disciplina
Perícia e Auditoria
Após a conclusão da auditoria interna, os resultados são comunicados à alta administração,
incluindo achados, recomendações e discussões sobre medidas corretivas e monitoramento
para garantir a otimização das operações. 
O Auditor Independente, por outro lado, é um pro�ssional altamente quali�cado encarregado de
certi�car a precisão das demonstrações �nanceiras. Ele tem como objetivo garantir que as
demonstrações �nanceiras representemm adequadamente a posição patrimonial e �nanceira da
empresa.  
Neste tipo de auditoria, a independência é um princípio fundamental que requer objetividade e
evitar in�uências que comprometam a imparcialidade do auditor. A ética também é um
componente essencial de sua atuação, orientando suas ações e mantendo a integridade do
trabalho. 
Os princípios fundamentais da auditoria externa abrangem a Avaliação dos Controles Internos,
Testes de Auditoria e Evidências Su�cientes e Competentes. A avaliação dos controles internos
ajuda a determinar a extensão dos testes necessários.  
Os testes de auditoria envolvem amostragem estatística e não estatística para obter amostras
representativas. A Evidência Su�ciente e Competente é obtida para reduzir o risco de auditoria a
níveis aceitáveis.  
Ao �m, o Auditor Independente emite um parecer de auditoria após revisar detalhadamente as
demonstrações �nanceiras. Este documento é importante e se baseia na independência,
imparcialidade e ética do auditor para garantir credibilidade. 
Assim, a auditoria interna e a auditoria independente desempenham papéis vitais na gestão
empresarial, contribuindo para aprimorar operações, mitigar riscos e garantir conformidade
regulatória. Compreender suas diferenças e aplicabilidade é essencial para escolher a
abordagem adequada em contextos empresariais complexos e regulamentados.  
Em última análise, essas práticas fortalecem a con�ança dos investidores e do mercado,
assegurando a qualidade e con�abilidade das informações �nanceiras utilizadas nas decisões
empresariais. 
Videoaula: Revisão da unidade
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Neste vídeo resumo, apresentaremos uma sínteseinformativa dos principais conceitos e tópicos
discutidos nesta Unidade, apresentando os tipos principais de auditoria, os conceitos e princípios
fundamentais que envolvem cada uma delas. Este vídeo oferece uma maneira e�ciente de
recapitular e consolidar o conhecimento, abrangendo os pontos-chave relacionados à auditoria
de forma acessível e visualmente atraente.  
Disciplina
Perícia e Auditoria
Estudo de caso
Uma determinada empresa é uma organização de médio porte no setor de manufatura, com
operações em diferentes locais em todo o país. A empresa possui uma equipe de auditoria
interna que desempenha um papel fundamental na garantia da e�ciência operacional e na
mitigação de riscos.  
Recentemente, a equipe de auditoria interna enfrentou uma série de desa�os que ameaçam a sua
capacidade em realizar auditorias e�cazes. Este fato levou à sua contratação para que estes
desa�os sejam superados.  
Os desa�os são: 
1. Falta de de�nição de função claras: dentro da empresa Beta, não há uma compreensão
clara das funções e responsabilidades da equipe de auditoria interna. Isso resultou em
con�itos sobre o escopo e o objetivo das auditorias internas.
2. Controle interno inadequado: a falta de um sistema de controle interno e�caz na Empresa
Beta di�culta a identi�cação de áreas de risco e a realização de auditorias signi�cativas.
Isso resultou em auditorias que não conseguem abordar os problemas subjacentes.
3. Avaliação de riscos ine�caz: a equipe de auditoria interna enfrenta di�culdades na
avaliação adequada dos riscos associados às operações da empresa. Isso levou a
auditorias que não estão alinhadas com os riscos críticos de negócios.
4. Planos de auditoria desatualizados: a equipe de auditoria interna não tem planos de
auditoria bem de�nidos e atualizados. Isso resultou em auditorias mal planejadas que não
atendem às necessidades da organização.
5. Comunicação Ine�caz de Resultados: A equipe de auditoria interna tem lutado para
comunicar e�cazmente os resultados de suas auditorias à alta administração e às partes
Disciplina
Perícia e Auditoria
interessadas relevantes. Isso resultou em uma falta de ação em relação às recomendações
da equipe.
Desta forma, como recém-contratado, você deve analisar a situação problema juntamente com a
equipe de auditoria interna da empresa e desenvolver uma estratégia para superar esses
desa�os.  
Como sugestão inicial você apresentou as seguintes proposições para a equipe: 
1. De�nição de Funções e Responsabilidades
2. Fortalecimento do Controle Interno
3. Melhoria na Avaliação de Riscos
4. Desenvolvimento de Planos de Auditoria
5. Comunicação E�caz de Resultados
Utilizando os conceitos de auditoria interna, controle interno, avaliação de riscos, planejamento
de auditoria e comunicação de resultados, como você e sua equipe podem trabalhar para
resolver os desa�os enfrentados pela equipe de auditoria interna?  
Lembre-se que a solução proposta deve melhorar a e�cácia das operações de auditoria interna e
contribuir para o sucesso geral da organização. 
Re�ita
Olá, estudante! A auditoria interna é realmente uma atividade essencial para as empresas, ou
será apenas uma formalidade que consome recursos e tempo? Essa questão nos leva a uma
re�exão profunda sobre a verdadeira importância desse processo. 
Primeiramente, devemos questionar se a auditoria interna está sendo conduzida de maneira
e�caz e se sua abordagem está alinhada com os objetivos da organização. Muitas vezes, a
auditoria pode se tornar uma rotina mecânica, focada apenas na conformidade, negligenciando
oportunidades de melhorias reais. 
Além disso, será que as empresas estão realmente aproveitando os insights valiosos fornecidos
pela auditoria interna? Essas descobertas são transformadas em ações concretas que
impulsionam o crescimento e a e�ciência ou simplesmente se acumulam em relatórios que
raramente são lidos? 
Outra questão crítica é se a auditoria interna está equipada para lidar com os desa�os em
constante evolução do mundo dos negócios. Isso inclui a capacidade de avaliar riscos
emergentes, como cibersegurança, sustentabilidade e questões éticas. 
Portanto, enquanto reconhecemos a importância intrínseca da auditoria interna para a
transparência, conformidade e gestão de riscos, é crucial questionar continuamente se estamos
obtendo o máximo valor desse processo.  
A auditoria interna deve ser mais do que apenas uma caixa a ser marcada, ela deve ser uma
ferramenta dinâmica que impulsiona a inovação, a e�ciência e a melhoria contínua. 
Videoaula: Resolução do estudo de caso
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Perícia e Auditoria
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Você, em conjunto com a equipe de auditoria interna da empresa, percebeu que a atividade de
auditoria enfrenta desa�os signi�cativos que, quando não adequadamente enfrentados, afetam a
e�cácia da empresa, além de sua capacidade de contribuir para a e�ciência operacional e a
mitigação de riscos na organização.  
Para superar esses desa�os, você pode propor a seguinte estratégia: 
1. De�nição de Funções e Responsabilidades:
 Realizar uma revisão abrangente das funções e responsabilidades da equipe de auditoria
interna. 
 Colaborar com a alta administração e departamentos relevantes para de�nir claramente o
escopo e os objetivos das auditorias internas. 
 Documentar todas as funções e responsabilidades em um manual de auditoria interna que
seja amplamente divulgado e aceito dentro da organização. 
2. Fortalecimento do Controle Interno:
Conduzir uma avaliação detalhada do sistema de controle interno atual da Empresa Beta. 
 Identi�car áreas de fraqueza no controle interno e propor melhorias. 
 Implementar políticas, procedimentos e controles atualizados para fortalecer o controle
interno e mitigar riscos. 
3. Melhoria na Avaliação de Riscos:
 Realizar uma análise de risco abrangente para identi�car e priorizar os riscos associados
às operações da Empresa Beta. 
 Desenvolver uma metodologia de avaliação de riscos que leve em consideração a
probabilidade e o impacto dos riscos. 
 Garantir que as auditorias internas se concentrem nas áreas de maior risco, alinhando-as
com os objetivos da organização. 
4. Desenvolvimento de Planos de Auditoria:
 Elaborar planos de auditoria detalhados que incorporem os riscos identi�cados e atendam
às necessidades da organização. 
 Estabelecer um cronograma claro para a execução das auditorias, levando em
consideração os recursos disponíveis. 
 Revisar periodicamente os planos de auditoria para garantir que estejam alinhados com as
mudanças nas operações e nos riscos da organização. 
5. Comunicação E�caz de Resultados:
Disciplina
Perícia e Auditoria
 Implementar um processo estruturado para comunicar os resultados das auditorias
internas à alta administração e às partes interessadas. 
 Apresentar achados e recomendações de forma clara e concisa, destacando os impactos
�nanceiros e operacionais. 
 Estabelecer um mecanismo de acompanhamento para garantir que as recomendações
sejam implementadas e monitoradas de perto.  
Estas estratégias visam abordar os desa�os enfrentados pela equipe de auditoria interna da
empresa, diante da situação problema apresentada, fortalecendo sua capacidade de conduzir
auditorias e�cazes e contribuir para o sucesso da organização.  
A implementação dessas medidas deve melhorar a integridade das informações �nanceiras, a
e�ciência operacional e a conformidade regulatória da empresa, tornando suas operações e
registros �nanceiros mais con�áveis para os administradores da empresa. 
Resumo visual
Tipos de auditoria 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Figura 1 | Auditoria: Conceitos e normas do pro�ssional auditor.
Disciplina
Perícia e Auditoria
Referencia
ALMEIDA, M. C. Auditoria - Abordagem Moderna e Completa. [S. l.]: Grupo GEN, 2017. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597013801/.Acesso em: 2 set.
2023. 
ARAÚJO, I. P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETTO, P. H. T. Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo
e prático. São Paulo: Editora Saraiva, 2008. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/. Acesso em: 12 set. 2023. 
ARRUDA, D. G.; ARAÚJO, I. P. S. Fundamentos da auditoria: a auditoria das demonstrações
�nanceiras em um contexto global. São Paulo: Editora Saraiva, 2012. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502163393/. Acesso em: 2 set. 2023. 
TTIE, W. Auditoria Conceitos e Aplicações. 7. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2018.. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/. Acesso em: 02 set. 2023. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. [S. l.]: Grupo GEN, 2023..
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/. Acesso em:
2 set. 2023. 
DEMETRIUS, A. P. Auditoria das demonstrações contábeis. São Paulo: Editora Saraiva, 2018..
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547233174/. Acesso em:
2 set. 2023. 
IMONIANA, J. O. Auditoria - Planejamento, Execução e Reporte. [S. l.]: Grupo GEN, 2018..
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/. Acesso em:
05 set. 2023. 
LINS, L. S. Auditoria. 4. ed. [S. l]: Grupo GEN, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/. Acesso em: 2 set. 2023. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597013801/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502163393/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547233174/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/
Disciplina
Perícia e Auditoria
MAFFEI, J. L. G. Curso de Auditoria - Introdução à auditoria de acordo com as normas
internacionais e melhores práticas. São Paulo: Editora Saraiva, 2015.. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/. Acesso em: 2 set. 2023.  
MATTOS, J. G. et al. Auditoria Pública. [S. l.]: Grupo A, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595021877/. Acesso em: 4 set. 2023. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/. Acesso em: 2 set. 2023. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Série em Foco - Auditoria. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224745/. Acesso em:
4 set. 2023. 
SILVA, I. H. A.; PEREIRA, R. S. Auditoria em �nanças. São Paulo: Editora Saraiva, 2021. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965244/. Acesso em: 2 set.
2023.
,
Unidade 3
Auditoria: Planejamento e Amostragem em Auditoria
Aula 1
Normas de auditoria
Introdução
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Disciplina
Perícia e Auditoria
Olá, estudante! Nesta aula, exploraremos os elementos relacionados às normas de auditoria,
elementos cruciais para garantir a transparência, con�abilidade e integridade das informações
�nanceiras em uma organização.  
Primeiramente, vamos abordar as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à auditoria, que
são a base para a condução de procedimentos desta área no Brasil. Elas fornecem orientações
especí�cas sobre como os auditores devem planejar, executar e relatar suas atividades de
auditoria. 
Além disso, abordaremos o Código de Ética Pro�ssional do Contador e as diretrizes da Comissão
de Valores Mobiliários (CVM). Essas normas éticas são essenciais para manter a integridade e a
con�ança no mercado �nanceiro, garantindo que os contadores atuem de maneira ética e
responsável. 
Por �m, discutiremos os órgãos reguladores da auditoria no Brasil, que desempenham um papel
fundamental na supervisão e �scalização das atividades de auditoria, assegurando o
cumprimento das normas e a qualidade dos serviços prestados. 
Vamos lá!
 Normas de auditoria: o pilar da transparência �nanceira no Brasil
Disciplina
Perícia e Auditoria
As normas e procedimentos de auditoria são diferentes. 
“As normas tratam das medidas de qualidade da execução destas ações e dos
objetivos a serem alcançados através dos procedimentos que, por sua vez, se
relacionam com as ações a serem praticadas pelos auditores” (ATTIE, 2018, p. 53)    
Como alicerce dos elementos normativos relacionados à auditoria no Brasil, encontram-se as
Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria (NBC TA). Conforme Imoniana (2018,
p. 52)
“apresentam a Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração e outros aspectos
referentes à auditoria independente, seguindo �elmente as estruturas dos padrões
internacionais de auditoria que entraram em vigor em 2010”. 
O auditor deve também atentar-se ao desempenho ético, sendo este o conjunto de regras de
comportamento ou de conduta para o exercício de suas atividades (ARAÚJO; ARRUDA;
BARRETTO, 2008).  
Apesar de não haver um código de ética especí�co para o desempenho da atividade de auditoria,
cumpre ao Código de Ética Pro�ssional do Contador estabelecer os princípios e valores que os
contadores e auditores devem seguir em suas atividades pro�ssionais, abordando questões
como a integridade, objetividade, con�dencialidade e competência dos pro�ssionais, garantindo
que suas ações sejam guiadas por altos padrões éticos (ARAÚJO; ARRUDA; BARRETTO, 2008, p.
16; ARRUDA; ARAÚJO, 2012). 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emite diretrizes e regulamentos que
afetam diretamente as atividades de auditoria, garantindo a transparência e a con�abilidade das
informações �nanceiras apresentadas pelas empresas de capital aberto.  
Neste contexto, Ribeiro e Coelho (2013) dizem que o auditor independente, para exercer atividade
no âmbito do mercado de valores mobiliários, está sujeito ao registro na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), tanto como Auditor Independente – Pessoa Física (AIPF), quanto como
Auditor Independente – Pessoa Jurídica (AIPJ). 
Para assegurar o cumprimento das normas e regulamentações relacionadas à auditoria, existem
órgãos reguladores, destacando-se a CVM, Ibracon, CFC/CRC e CPC (LINS, 2017). A CVM é
responsável por regulamentar as atividades das empresas de capital aberto, o que inclui a
supervisão das atividades de auditoria, emitindo diretrizes especí�cas para as auditorias de
empresas listadas na bolsa de valores.  
O Ibracon é uma associação que representa os auditores independentes e, através de seus
enunciados técnicos, fornece orientação para os auditores independentes sobre os diversos
aspectos das suas atividades (comportamentais e técnicos), desempenhando um papel
importante na promoção de boas práticas de auditoria e na atualização de pro�ssionais sobre as
mudanças nas normas e regulamentos (CREPALDI, CREPALDI, 2023). 
Por sua vez, o CFC é a entidade máxima que regulamenta a pro�ssão contábil, emitindo as
Normas Brasileiras de Contabilidade e de�nindo os padrões éticos e técnicos que os contadores
e auditores devem seguir, além da regulação e �scalização das atividades contábeis no Brasil,
incluída a atividade de auditoria independente (MAFFEI, 201).  
Por �m, o CPC é responsável por emitir Pronunciamentos Técnicos que visam a convergência
das normas contábeis brasileiras com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS).  
O entendimento das Normas de Auditoria, juntamente com o Código deÉtica, as diretrizes da
CVM e a supervisão dos órgãos reguladores, é essencial para garantir a con�abilidade e a
transparência das informações �nanceiras e integridade das informações �nanceiras, auxiliando
no processo de tomada de decisões no mundo dos negócios. 
Desvendando as normas de auditoria: fundamentos e regulamentações
Disciplina
Perícia e Auditoria
As normas de Auditoria, são emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e são
identi�cadas como Normas Brasileiras de Contabilidade voltadas para o Trabalho de Auditoria
Independente, Normas Brasileiras de Contabilidade voltadas para a Auditoria Interna, bem como
as Normas Brasileiras de Contabilidade voltadas para a Auditoria Governamental.  
Elas fornecem orientações detalhadas sobre como os auditores devem planejar, executar e
relatar suas atividades de auditoria e dizem respeito não apenas às qualidades pro�ssionais do
auditor, mas também a sua avaliação pessoal pelo exame efetuado e do relatório emitido (ATTIE,
2018, p. 53).  
Essas normas abrangem uma ampla variedade de tópicos, desde o planejamento da auditoria até
a avaliação de riscos, a execução dos procedimentos de auditoria, a documentação dos
trabalhos e a emissão do relatório de auditoria, sendo instrumentos fundamentais para garantir
que os auditores conduzam seus trabalhos com rigor, consistência e qualidade. 
De forma complementar, aplicadas aos trabalhos de auditoria e atuação pro�ssional do auditor
estão em
“constante evolução e têm crescente importância para auditorias que exigem
atualização e aprimoramento de modo a manter permanentemente a justaposição e o
ajustamento entre o trabalho a ser realizado, o modo do processo de realização e a
forma de reporte” (IMONIANA, 2018, p. 47).  
Além disso, o Código de Ética Pro�ssional do Contador e as diretrizes da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) também devem ser observadas de forma atenta por parte dos pro�ssionais de
Disciplina
Perícia e Auditoria
auditoria, pois as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) compreendem o Código de Ética
Pro�ssional do Contabilista, Normas de Contabilidade, Normas de Auditoria Independente e de
Asseguração, Normas de Auditoria Interna e Normas de Perícia (LONGO, 2015). 
No campo da ética, o auditor externo segue basicamente os mesmos princípios éticos do auditor
interno, no entanto, para o auditor externo foram acrescentados alguns detalhes, como
Independência, Integridade, Objetividade, Con�dencialidade, por exemplo, que demonstram uma
preocupação adicional pelo fato de tratar-se de pro�ssionais que prestam serviços a instituições
diferentes daquela a que se ligam por um contrato de trabalho (MAFFEI, 2015). 
Quanto às diretrizes da CVM, Crepaldi e Crepaldi (2023) determinam que somente empresas de
auditoria contábil ou auditores contábeis independentes que sejam registrados na CVM poderão
auditar as demonstrações �nanceiras das organizações que integram o sistema de distribuição e
intermediação de valores mobiliários.  
Elas também dispõem sobre o registro e o exercício da atividade de auditoria independente no
âmbito do mercado de valores mobiliários, de�ne os deveres e responsabilidades dos auditores
independentes, bem como os casos em que o registro pode ser recusado, suspenso ou
cancelado (CREPALDI; CREPALDI, 2023). 
Além da CVM, atuam como órgãos reguladores da auditoria no Brasil o Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON). O CFC
desempenha um papel central na emissão das Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à
Auditoria, estabelecendo os padrões técnicos e éticos que os auditores devem seguir. 
O IBRACON representa e promove a excelência na pro�ssão de auditoria independente,
fornecendo diretrizes adicionais e atualizações sobre as melhores práticas de auditoria. Juntos,
esses órgãos reguladores desempenham um papel crucial na supervisão, �scalização e
aprimoramento contínuo das atividades de auditoria no Brasil, garantindo a con�abilidade e a
qualidade dos serviços prestados. 
Auditoria no Brasil: normas, ética e regulamentações
Disciplina
Perícia e Auditoria
Para ilustrar a aplicação das Normas de Auditoria, consideremos o caso de uma empresa de
capital aberto que precisa de uma auditoria independente de suas demonstrações �nanceiras
anuais. Neste cenário, as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria
desempenham um papel crucial. 
O auditor inicia o processo planejando suas ações de acordo com as Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC TAs). Ele avalia os riscos associados à empresa, identi�ca áreas-chave a
serem auditadas e determina a extensão dos procedimentos a serem realizados. 
O pro�ssional de controles e processos também se atenta ao Código de Ética Pro�ssional do
Contador, que estabelece os princípios éticos que deve seguir durante o trabalho. Isso inclui a
garantia de independência, objetividade e con�dencialidade. Além disso, as diretrizes da CVM
de�nem requisitos especí�cos para a auditoria de empresas de capital aberto, como a
necessidade de registro na CVM. 
Com base no planejamento, o auditor executa os procedimentos de auditoria de acordo com as
NBC TAs. Ele examina os registros contábeis, realiza testes de controle, avalia a precisão das
estimativas contábeis e veri�ca o cumprimento das normas contábeis e regulamentações da
CVM.  
Uma parte fundamental do processo é a documentação adequada de todas as etapas realizadas.
Isso inclui registros de evidências, resultados de testes e análises, bem como qualquer
constatação signi�cativa. 
Com base nos resultados dos procedimentos, ele emite um relatório de auditoria que segue as
diretrizes das NBC TAs e inclui uma opinião sobre a adequação das demonstrações �nanceiras e
Disciplina
Perícia e Auditoria
se elas estão livres de distorções relevantes. É importante ressaltar que, se for identi�cado
problemas signi�cativos, deve ser comunicado no relatório. 
Durante todo o processo, o auditor deve observar as diretrizes da CVM, que regulamenta as
auditorias de empresas de capital aberto. A CVM exige que os auditores estejam registrados e
sigam as normas especí�cas para garantir a transparência e a con�abilidade das informações
�nanceiras apresentadas pelas empresas listadas na bolsa de valores.  
Além disso, os trabalhos de auditoria devem observar o que os órgãos reguladores, como o
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e o
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) estabelecem para a correta realização
dos trabalhos de auditoria. 
Assim, este exemplo prático demonstra como as Normas de Auditoria, o Código de Ética
Pro�ssional do Contador e as diretrizes da CVM se entrelaçam na auditoria de uma empresa de
capital aberto.  
As NBC TAs fornecem um conjunto de diretrizes técnicas para a condução da auditoria, enquanto
o Código de Ética estabelece princípios éticos fundamentais. A CVM, por sua vez, age como um
órgão regulador que supervisiona e �scaliza o processo, garantindo que ele seja conduzido de
maneira adequada e em conformidade com as normas e regulamentos.  
Juntos, esses elementos desempenham um papel vital na garantia da qualidade e integridade
das informações �nanceiras apresentadas ao público e aos investidores.
Videoaula: Normas de auditoria
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Neste vídeo resumo, veremos as principais diretrizes que norteiam a prática da auditoria no
Brasil. Abordaremos as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria, que fornecem
o alicerce para uma auditoria e�caz. Além disso, discutiremos o Código de Ética Pro�ssional do
Contador e as diretrizes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que estabelecem os padrões
éticos e regulatórios para os pro�ssionais da área. Por �m, conheceremos os órgãos reguladores
da auditoria no Brasil,que desempenham um papel fundamental na supervisão e garantia da
qualidade desses serviços.  
Saiba mais
Disciplina
Perícia e Auditoria
As Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria estabelecem as diretrizes que
orientam o processo de auditoria, garantindo sua qualidade e integridade. Além disso, o Código
de Ética Pro�ssional do Contador e as diretrizes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
de�nem padrões éticos e regulatórios para os pro�ssionais da área, assegurando a transparência
e a responsabilidade na prática da auditoria.  
Não podemos esquecer dos órgãos reguladores da auditoria no Brasil, que desempenham um
papel crucial na supervisão e �scalização dessas atividades, mantendo a con�abilidade do
mercado �nanceiro. Entender esses elementos é essencial para qualquer aspirante a auditor ou
perito contábil. 
Para saber mais sobre este tema leia o capítulo 1 do livro Auditoria. 
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597011807/epubcfi/6/20%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter01%5d!/4/6/5:9%5bdu%C3%A7%2C%C3%A3o
Disciplina
Perícia e Auditoria
ARAÚJO, I. P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETTO, P. H. T. Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo
e prático. São Paulo: Editora Saraiva, 2008Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/. Acesso em: 12 set. 2023. 
ATTIE, W. Auditoria Conceitos e Aplicações. 7. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/. Acesso em: 8 out. 2023. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. [S. l.]: Grupo GEN, 2023.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/. Acesso em:
2 set. 2023. 
IMONIANA, J. O. Auditoria - Planejamento, Execução e Reporte. [S. l.]: Grupo GEN, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/. Acesso em:
8 out. 2023.  
LINS, L. S. Auditoria. 4. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/. Acesso em: 8 out. 2023. 
LONGO, C. G. Manual de Auditoria e Revisão de Demonstrações Financeiras: Novas Normas
Brasileiras e Internacionais de Auditoria. 3. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522493210/. Acesso em: 08 out. 2023. 
MAFFEI, J. L. G. Curso de Auditoria - Introdução à auditoria de acordo com as normas
internacionais e melhores práticas. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/. Acesso em: 2 set. 2023.  
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil. [S. l.]: Editora Saraiva, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/. Acesso em: 2 set. 2023.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522493210/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/
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Disciplina
Perícia e Auditoria
Aula 2
Contratação e planejamento de auditoria
Introdução
Olá, estudante!  Vamos falar sobre a Contratação e o Planejamento da Auditoria. Ao longo desta
aula, mergulharemos nos seguintes elementos: 
1. Contratação e o planejamento da auditoria: antes mesmo de iniciar uma auditoria, é
essencial entender o contexto da organização e seus objetivos. A contratação estabelece a
base legal e a relação de con�ança entre o auditor e o cliente, enquanto o planejamento
de�ne como a auditoria será conduzida. 
2. Procedimentos de planejamento: exploraremos aspectos críticos como a materialidade, a
avaliação dos controles internos e a identi�cação dos riscos. Esses passos são essenciais
para direcionar nossos esforços de auditoria. 
3. De�nição dos procedimentos de auditoria e elaboração do plano: com base nas
informações obtidas durante o planejamento, elabora-se o plano de auditoria, que detalha
os procedimentos especí�cos que serão executados.  
A Contratação e Planejamento é o primeiro passo para a obtenção de resultados precisos e
con�áveis. Vamos lá!
Disciplina
Perícia e Auditoria
 Desvendando os segredos da contratação e planejamento de auditoria
O exercício da atividade de Auditoria na área de contabilidade e �nanças desempenha um papel
fundamental na garantia da integridade e con�abilidade das informações �nanceiras das
organizações. Um dos alicerces desta disciplina é a fase de Contratação e Planejamento de
Auditoria.  
A contratação marca o início do processo de auditoria, sendo de�nido como o momento em que
o auditor formaliza o contrato com a organização a ser auditada. Esse contrato estabelece os
termos, prazos, escopo e remuneração da auditoria, garantindo uma compreensão mútua das
expectativas entre as partes envolvidas, sendo a etapa que vai dar início ao planejamento (LINZ,
2017) 
Logo após a Contratação, entra em cena o Planejamento da Auditoria, etapa que determina como
o processo será conduzido, envolvendo a avaliação detalhada da organização, seus processos e
controles internos. Além disso, engloba a identi�cação dos riscos que podem afetar a
integridade das informações �nanceiras.  
Os Procedimentos de Planejamento, que incluem a determinação da materialidade, a avaliação
dos controles internos e a de�nição dos riscos, são vitais para direcionar os esforços da
auditoria de forma e�ciente. 
A determinação da materialidade trata-se de uma quantia ou valor que estabelece o limite para a
relevância dos erros ou irregularidades que o auditor está disposto a tolerar. Em outras palavras,
é o critério que ajuda o auditor a concentrar-se nos aspectos mais importantes da auditoria
(IMONIANA, 2018). 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Os controles internos, são implementados e mantidos pela administração com o objetivo de
fornecer segurança razoável quanto aos procedimentos no que se refere à con�abilidade dos
relatórios �nanceiros, efetividade e e�ciência das operações, e se elas apresentam conformidade
com as leis e os regulamentos aplicáveis (SILVA e PEREIRA, 2021) 
Além destes elementos, outro aspecto crítico do Planejamento de Auditoria é a identi�cação e a
de�nição dos riscos que, envolve o risco de distorção relevante, em que o auditor expresse uma
opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante ou ainda o risco de detecção, que ocorre quando ao aplicar os procedimentos de
auditoria, o auditor também não detecta os erros CREPALDI e CREPALDI, 2023).  
Após a avaliação dos controles internos e a identi�cação dos riscos, o próximo passo é a
De�nição dos Procedimentos de Auditoria e a elaboração do Plano de Auditoria. Isso envolve a
seleção dos testes, técnicas e procedimentos especí�cos que serão utilizados para obter
evidências su�cientes e apropriadas para respaldar as conclusões do auditor. 
O Plano de Auditoria é um documento detalhado que delineia o escopo da auditoria, os
procedimentos a serem executados, os prazos e as responsabilidades da equipe de auditoria, ou
seja, o plano de auditoria corresponde à documentação do planejamento em nível macro que
será detalhada nos programas de auditoria em que são de�nidos os procedimentos a serem
aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão (ARAÚJO; ARRUDA; BARRETTO
2008). 
Em suma, a Contratação e o Planejamento de Auditoria garantem que a auditoria seja conduzida
de forma e�ciente e e�caz, identi�cando áreas de maior risco e direcionando os esforços do
auditor de maneira apropriada.  
A materialidade, a avaliação dos controles internos, a de�nição dos riscos e a elaboração do
plano são elementos-chave que, quando bem compreendidos e aplicados, asseguram a
integridade dasinformações �nanceiras e a con�abilidade dos resultados da auditoria.
O Caminho para uma auditoria bem-sucedida: da contratação ao plano de
auditoria
Disciplina
Perícia e Auditoria
Na área da auditoria �nanceira, a construção da con�abilidade com base nas demonstrações
contábeis é um objetivo central. Esse processo começa com a fase de Contratação e
Planejamento da Auditoria, etapa na qual o auditor concentra seus esforços na avaliação da
entidade, coletando informações essenciais para compreender sua natureza, complexidade,
conformidade com a legislação aplicável, relatórios a serem emitidos e os testes necessários
(SILVA; PEREIRA, 2021).  
Tudo isso é fundamental para determinar a abordagem e a natureza do trabalho a ser executado,
principalmente no que tange à materialidade, avaliação dos controles internos, de�nição dos
riscos. 
A materialidade varia de acordo com a natureza e o tamanho da organização. Empresas maiores
geralmente têm um limite de materialidade maior, enquanto empresas menores têm um limite
menor. Estabelecer esse limite de forma adequada é crucial, pois in�uencia a seleção dos
procedimentos de auditoria e a análise dos resultados obtidos. 
Durante o Planejamento de Auditoria, o auditor avalia a e�cácia desses controles internos, a
partir da avaliação dos processos, políticas e procedimentos implementados para garantir a
precisão e a con�abilidade das informações �nanceiras.  
Neste contexto, uma avaliação positiva dos controles internos pode levar a uma redução no
escopo dos procedimentos de auditoria substantiva, uma vez que con�rma que os controles
estão funcionando e�cientemente para mitigar os riscos de erro material. Por outro lado, uma
avaliação negativa pode resultar em procedimentos de auditoria mais extensivos. 
A identi�cação dos riscos, durante o planejamento da auditoria, envolve a avaliação dos fatores
que podem impactar adversamente a precisão das informações �nanceiras, podendo ser
Disciplina
Perícia e Auditoria
classi�cados como riscos internos e riscos externos.  
Os riscos de natureza interna podem ser, por exemplo, as falhas nos controles internos da
empresa auditada. Já um risco de natureza externa, podem ser eventuais mudanças na
regulamentação que podem afetar a empresa. 
A compreensão clara dos riscos permite ao auditor direcionar seus esforços para áreas de maior
vulnerabilidade. Isso não apenas aumenta a e�ciência da auditoria, mas também ajuda a mitigar
potenciais ameaças à integridade das informações �nanceiras, seja a partir do risco de detecção,
ou a partir do risco de distorção relevante. 
De acordo Crepaldi e Crepaldi (2023) o risco de dectção refere-se a possibilidade de o auditor
expressar opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem
distorção relevante, e a probabilidade de os procedimentos de auditoria executados pelo auditor
não identi�carem uma distorção relevante existente nas demonstrações contábeis auditadas. 
Já o risco de distorção relevante é o risco ou a probabilidade de ocorrência de erro e fraude
relevante e é avaliado pelo auditor considerando-se o risco inerente (o erro ou irregularidade
ocorreu nos registros ou nas demonstrações contábeis) e o risco de controle, quando um erro ou
irregularidade não foi detectado pelo sistema de controle interno da entidade auditada
(CREPALDI; CREPALDI, 2023, p. 221).  
Ao concluir a fase de Planejamento de Auditoria, o auditor está preparado para a De�nição dos
Procedimentos de Auditoria e a elaboração do Plano de Auditoria, que implica na seleção
criteriosa dos testes, técnicas e procedimentos especí�cos a serem aplicados para obter
evidências su�cientes e apropriadas que respaldem as conclusões da auditoria. 
Desta forma, o Plano de Auditoria é um guia detalhado que delineia o escopo, os procedimentos,
prazos e responsabilidades da equipe, sendo o elemento fundamental para assegurar a
integridade e a con�abilidade das informações �nanceiras, cumprindo assim o papel vital da
auditoria �nanceira no mundo empresarial. 
Os pilares da auditoria: contratação, planejamento e procedimentos
fundamentais
Disciplina
Perícia e Auditoria
Na área da auditoria �nanceira, a construção da con�abilidade com base nas demonstrações
contábeis é um objetivo central.  
Esse processo começa com a fase de Contratação e Planejamento da Auditoria, etapa na qual o
auditor concentra seus esforços na avaliação da entidade, coletando informações essenciais
para compreender sua natureza, complexidade, conformidade com a legislação aplicável,
relatórios a serem emitidos e os testes necessários. Tudo isso é fundamental para determinar a
abordagem e a natureza do trabalho a ser executado.  
Agora, vamos criar um exemplo prático que ilustra como esses elementos são aplicados na
auditoria de uma empresa �ctícia chamada em uma empresa que será auditada. 
Imagine que você trabalha em uma empresa de auditoria, contratada por uma empresa para
realizar uma auditoria de suas demonstrações �nanceiras. A fase de Contratação envolve a
formalização do contrato, onde os termos, prazos, honorários e escopo da auditoria são
acordados. Nesse estágio, você e a empresa estabelecem as bases da colaboração, com o
objetivo de garantir a integridade e a con�abilidade das informações �nanceiras da empresa
auditada. 
No processo de Planejamento, você começa a avaliar a empresa auditada, examinando a
complexidade da organização, os processos contábeis, os controles internos e as áreas de maior
risco. Durante a avaliação, você também determina a materialidade adequada para esta
auditoria. Dada a natureza da empresa auditada, que é uma grande empresa de tecnologia, a
materialidade é estabelecida em um nível relativamente alto, de modo a re�etir a importância das
transações e atividades. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
A avaliação dos controles internos revela que a empresa auditada tem uma equipe de
contabilidade altamente quali�cada e um sistema de controle interno robusto para monitorar
suas operações �nanceiras. Portanto, você acredita que os controles internos são e�cazes e
reduzirão a necessidade de procedimentos de auditoria substantiva extensivos. 
Com base nas avaliações e na de�nição da materialidade, você determina os procedimentos de
auditoria a serem realizados. Como a empresa auditada é uma grande empresa de tecnologia,
você decide realizar procedimentos especí�cos para testar as contas de receitas e despesas,
bem como revisar os controles internos relacionados a essas contas. 
Assim, você elabora um Plano de Auditoria detalhado que inclui uma lista de veri�cação com
todos os procedimentos a serem executados, os membros da equipe responsáveis por cada
tarefa e os prazos de conclusão. Este plano guiará a equipe de auditoria ao longo de todo o
processo, garantindo que nenhum aspecto crítico seja negligenciado. 
Com a fase de Contratação e Planejamento da Auditoria completada de maneira e�caz, você está
agora pronto para iniciar a auditoria das demonstrações �nanceiras da empresa auditada. O
Plano de Auditoria fornecerá a estrutura para a execução dos procedimentos de auditoria, e a
determinação adequada da materialidade e a avaliação dos controles internos ajudarão a
garantir a con�abilidade e integridade das informações �nanceiras da empresa auditada. 
Esse exemplo prático demonstra como a Contratação e o Planejamento da Auditoria são
elementos essenciais que preparam o terreno para uma auditoria bem-sucedida, garantindo que
todos os aspectos críticos sejam considerados e abordados antes da execução dos
procedimentos de auditoria propriamente ditos. 
Videoaula: Contratação e planejamento de auditoria
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Neste vídeo resumo, vamos abordar os aspectos relacionados à Contratação e o Planejamento
da Auditoria. Exploraremos os Procedimentos de Planejamento, incluindo a materialidade,a
avaliação dos controles internos e a de�nição dos riscos. Além disso, discutiremos como a
De�nição dos Procedimentos de Auditoria e a Elaboração do Plano de Auditoria são cruciais para
o sucesso dessa prática. Prepare-se para uma visão concisa e informativa sobre como esses
elementos fundamentais moldam o mundo da auditoria. 
Saiba mais
Disciplina
Perícia e Auditoria
A Contratação e o Planejamento da Auditoria são os alicerces de qualquer processo de auditoria
e�caz. Os Procedimentos de Planejamento desempenham um papel central, incluindo a
determinação da materialidade, a avaliação dos controles internos e a identi�cação dos riscos.  
A de�nição criteriosa dos Procedimentos de Auditoria e a elaboração do Plano de Auditoria são
etapas cruciais para guiar o auditor no cumprimento de seus objetivos. 
Esses elementos não apenas asseguram a conformidade com as normas e regulamentos, mas
também permitem que a auditoria seja realizada de maneira e�ciente e precisa.  
Portanto, ao compreender e dominar essa fase inicial da auditoria, você estará preparado para
navegar com con�ança no complexo mundo da Perícia e Auditoria. 
Para saber mais sobre este tema leia o capítulo 4 do livro Auditoria.
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597011807/epubcfi/6/28%5b%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter04%5d!/4/2/4%4057:0
Disciplina
Perícia e Auditoria
ARAÚJO, I. P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETTO, P. H. T. Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo
e prático. São Paulo: Editora Saraiva, 2008. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/. Acesso em: 12 set. 2023.  
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. [S. l.]: Grupo GEN, 2023.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/. Acesso em:
2 set. 2023.  
IMONIANA, J. O. Auditoria - Planejamento, Execução e Reporte. [S. l.]: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788597019780. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/. Acesso em: 08 out. 2023.  
LINS, L. S. Auditoria 4. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/. Acesso em: 8 out. 2023.  
SILVA, I. H. A.; PEREIRA, R. S. Auditoria em �nanças. São Paulo: Editora Saraiva, 2021. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965244/. Acesso em: 9 out.
2023. 
Aula 3
Procedimentos de evidências e documentação
Introdução
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965244/
Disciplina
Perícia e Auditoria
Olá, estudante!  Nesta aula, aprenderemos a importância de avaliar com precisão as informações
�nanceiras e operacionais de uma organização, e isso começa com a compreensão profunda
dos procedimentos de auditoria. 
Os Procedimentos de Auditoria são as ferramentas que os auditores utilizam para coletar
evidências que sustentam suas conclusões. Veremos como esses procedimentos são projetados
para garantir a integridade das informações analisadas. 
Além disso, discutiremos a Avaliação da Su�ciência e Adequação das Evidências de Auditoria,
que visa garantir que as evidências coletadas sejam robustas o bastante para respaldar as
conclusões e opiniões dos auditores. 
Por �m, abordaremos a Documentação de Auditoria, um elemento fundamental na
documentação de todas as etapas do processo, pois isso não apenas assegura a conformidade
com as normas pro�ssionais, mas também permite a revisão do trabalho por outros
pro�ssionais. 
Vamos lá! 
 Conhecendo os procedimentos, evidências e documentação de auditoria
Disciplina
Perícia e Auditoria
Os Procedimentos de Auditoria são as técnicas e métodos usados por auditores para coletar
evidências relevantes durante uma auditoria. Esses procedimentos são projetados para veri�car
as informações apresentadas pela organização e para determinar se elas estão em
conformidade com os princípios contábeis e as normas regulatórias. 
Os procedimentos de auditoria podem ser de�nidos como
“um conjunto de técnicas que o auditor utiliza para colher as evidências sobre as
informações das demonstrações �nanceiras” (ALMEIDA, 2017, p. 45).  
Tais técnicas são utilizadas pois o desempenho da atividade de auditoria requer, como em
qualquer outra função, a utilização de ferramentas de trabalho que possibilitem formar uma
opinião (ATTIE, 2018). 
Como procedimentos de auditoria, podem ser realizadas a revisão de documentos, entrevistas
com funcionários e análises estatísticas para obter evidências que sustentem suas conclusões.  
Ou seja, os procedimentos de auditoria variam conforme a natureza do procedimento de
auditoria, a partir de sua �nalidade (teste de controle ou procedimento substantivo) ou ainda ao
seu tipo (inspeção, observação, indagação, con�rmação, recálculo, reexecução e procedimento
analítico), sendo de suma importância na resposta aos riscos avaliados (ARRUDA, ARAÚJO,
2012). 
Entretanto, apenas a utilização dos procedimentos de auditoria, a partir da coleta de evidências
não é o bastante. O auditor deve também atentar-se à avaliação da su�ciência e adequação das
evidências de auditoria, ou seja, é igualmente importante avaliar a su�ciência e a adequação das
Disciplina
Perícia e Auditoria
evidências de auditoria para garantir que elas sejam robustas o bastante para respaldar as
conclusões dos auditores.  
Na medida em que a su�ciência é a medida da quantidade de evidência de auditoria, esta é
afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos
avaliados, maior a probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria) e pela
qualidade de tal evidência de auditoria (quanto maior a qualidade, menos evidência pode ser
exigida) (RIBEIRO; COELHO, 2013). 
Os procedimentos de auditoria, bem como a su�ciência e adequação das evidências ampara-se
na documentação de auditoria, que inclui registros, relatórios, notas de trabalho e informações
relevantes que documentam as atividades realizadas durante a auditoria.  
Conforme observa Longo (2015), a documentação a ser preparada deve suportar e fundamentar
de forma apropriada o relatório emitido, seja ele limpo ou com ressalva, devendo evidenciar que o
trabalho foi planejado e executado de acordo com as normas técnicas e pro�ssionais, assim
como com as exigências legais que possam ser aplicáveis. 
Desta forma, os Procedimentos de Auditoria, a Avaliação da Su�ciência e Adequação das
Evidências de Auditoria e a Documentação de Auditoria são elementos interligados que
asseguram a precisão e con�abilidade das conclusões de auditoria.  
Portanto, o domínio desses conceitos é essencial para todos que buscam uma compreensão
aprofundada e bem-sucedida no mundo da auditoria e da perícia contábil.
Procedimentos de auditoria: avaliação estratégica e documentação precisa
Disciplina
Perícia e Auditoria
No universo da auditoria, a escolha criteriosa dos procedimentos de auditoria desempenha um
papel crucial. Esta seleção deve ser guiada pela natureza e complexidade das transações em
análise, bem como pelos riscos que permeiam o processo de auditoria.  
Os auditores devem atuar com sabedoria, optando por métodos que sejam pertinentes ao
contexto especí�co da auditoria em questão, o que, por sua vez, assegura que as evidências
coletadas sejam de fato relevantes e con�áveis. 
Neste contexto, a seleção dos procedimentos de auditoria depende da natureza e da
complexidade das transações e dos riscos envolvidos. Os auditores devem escolher métodos
que sejam adequados para o contexto da auditoria, garantindo que as evidências obtidas sejam
relevantes e con�áveis.   
Desta forma, os procedimentos de auditoria a serem aplicados são sempre uma questão de
julgamento do auditor em função das circunstâncias, dos riscosenvolvidos e das prioridades
(MAFFEI, 2015).  
No contexto da avaliação da su�ciência e adequação das evidências de auditoria, os auditores
devem estar atentos aos riscos associados às informações examinadas e ajustar seus
procedimentos de auditoria de acordo. Por exemplo, transações de alto valor ou de natureza
complexa podem exigir procedimentos de auditoria mais rigorosos e detalhados, a �m de
garantir que não haja erros ou fraudes. 
Percebe-se, assim, que a avaliação da su�ciência e adequação das evidências de auditoria é uma
etapa crítica, pois determina a solidez das conclusões a serem apresentadas. Sem uma
avaliação cuidadosa, o processo de auditoria pode ser comprometido, levando a conclusões
imprecisas ou incompletas.  
Por este motivo, a natureza, a extensão e a época de realização dos procedimentos de auditoria
dependem, principalmente, da avaliação do risco relativo de auditoria do componente
signi�cativo sob exame (IMONIANA, 2018).  
Neste sentido, os procedimentos de auditoria devem pautar-se no registro da documentação de
auditoria. Primeiramente, a documentação de auditoria ajuda a garantir a conformidade com as
normas pro�ssionais e regulatórias, oferecendo uma trilha transparente de como a auditoria foi
conduzida, o que é essencial para que terceiros, como reguladores ou partes interessadas,
compreendam o processo e as conclusões. 
Além disso, a documentação de auditoria é uma ferramenta crucial para revisões internas e
externas, ou seja, permite que outros auditores possam examinar a documentação para veri�car
a qualidade do trabalho e a validade das conclusões.  
Por �m, a documentação serve como um recurso valioso para futuras auditorias e para a gestão
de riscos. Ela permite que a organização acompanhe seu histórico �nanceiro, identi�que áreas de
melhoria e tome decisões informadas. 
Silva e Pereira (2021) dizem que todo o papel de trabalho elaborado pelo auditor deve conter a
forma, o conteúdo e a extensão, dessa forma, serão possíveis identi�car o escopo e os
procedimentos que foram executados durantes os exames, bem como o resultado obtido
(conclusões) das áreas que foram analisadas e as demais aprovações da equipe de auditoria. 
Em última análise, os procedimentos de auditoria, a avaliação da su�ciência e adequação das
evidências de auditoria e a documentação de auditoria formam um tripé fundamental na busca
por auditorias robustas e conclusões con�áveis.  
A correta seleção de procedimentos, a atenção aos riscos associados e a meticulosa
documentação não apenas cumprem com os padrões pro�ssionais e regulatórios e garantem a
transparência, a qualidade e a utilidade do trabalho dos auditores.
Disciplina
Perícia e Auditoria
Alicerces da auditoria: procedimentos, avaliação e documentação
Você é um auditor sênior em uma empresa de auditoria de renome, encarregado de realizar uma
auditoria nas demonstrações �nanceiras de uma grande corporação multinacional. Esta empresa
tem operações em diversos países, envolvendo inúmeras transações e complexidades
signi�cativas em suas �nanças.  
Vamos então ilustrar como os elementos de "Procedimentos de Auditoria", "Avaliação da
Su�ciência e Adequação das Evidências de Auditoria" e "Documentação de Auditoria"
desempenham um papel vital em um cenário real. 
O primeiro passo é selecionar os procedimentos de auditoria apropriados para uma entidade
desse porte e complexidade. Isso envolve uma análise abrangente das operações, riscos e áreas
críticas que podem ser afetadas por erros ou fraudes.  
Dada a magnitude das transações internacionais, você optou por realizar procedimentos
substantivos detalhados, como a revisão de contratos com parceiros comerciais em diferentes
jurisdições e a análise aprofundada das transações entre as subsidiárias e a matriz. A escolha
dos procedimentos visa garantir que as evidências coletadas sejam su�cientemente abrangentes
para identi�car quaisquer irregularidades. 
Uma vez que os procedimentos de auditoria são de�nidos e aplicados, a próxima etapa é a
avaliação da su�ciência e adequação das evidências coletadas. Neste cenário, você se depara
com transações signi�cativas e uma vasta quantidade de documentos a serem revisados. As
transações de alto valor, envolvendo parcerias comerciais críticas, são consideradas áreas de
risco elevado.  
Disciplina
Perícia e Auditoria
Portanto, os procedimentos são ajustados para incluir a veri�cação detalhada de contratos,
acordos e documentos de suporte. A adequação das evidências também é testada, veri�cando
se as fontes são con�áveis e se os documentos são consistentes com a transação em questão. 
A documentação de auditoria é a espinha dorsal que sustenta todo o processo. Cada etapa,
desde a seleção de procedimentos até a avaliação das evidências, é cuidadosamente registrada.
Cada revisão de contrato, análise de transação e descoberta de evidências relevantes é
documentada em detalhes. 
Esses registros são essenciais para manter a transparência e a trilha das atividades realizadas
durante a auditoria. Também asseguram a conformidade com as normas pro�ssionais e
regulatórias.  
Em uma auditoria de tamanha complexidade, a documentação é particularmente vital para
permitir a revisão por outros membros da equipe e para demonstrar aos reguladores a
integridade e a qualidade do trabalho realizado. 
Desse modo, a escolha adequada dos procedimentos, a avaliação cuidadosa das evidências e a
meticulosa documentação garantem a con�abilidade das conclusões apresentadas ao cliente e
aos reguladores.  
Em um ambiente empresarial global e altamente regulamentado, como esse, esses elementos
continuam a ser fundamentais para assegurar que as informações �nanceiras estejam em
conformidade e sejam con�áveis, permitindo que a empresa tome decisões bem-informadas e
gerencie e�cazmente seus riscos. 
Este exemplo prático ilustra como os "Procedimentos de Auditoria", a "Avaliação da Su�ciência e
Adequação das Evidências de Auditoria" e a "Documentação de Auditoria" são interdependentes e
essenciais em uma auditoria de demonstrações �nanceiras complexas, possibilitando a sua
compreensão da aplicação deste conteúdo em uma situação aplicável à realidade de trabalho
dos auditores.
Videoaula: Procedimentos de evidências e documentação
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Neste vídeo resumo, veremos os elementos essenciais dos trabalhos de auditoria. Estes
elementos se relacionam aos procedimentos de auditoria, que são as ferramentas críticas para
coletar evidências, garantindo a integridade das informações analisadas. Observaremos,
também, como a avaliação da su�ciência e adequação das evidências de auditoria, garante a
solidez das informações, respaldando as conclusões e opiniões dos auditores. Por �m,
compreenderemos como a documentação de auditoria permite a revisão do trabalho por outros
pro�ssionais.  
Disciplina
Perícia e Auditoria
Saiba mais
Saiba mais sobre como os procedimentos de auditoria são vitais para reunir as evidências
necessárias em auditorias e perícias contábeis. Mas não basta apenas coletar dados. É crucial
realizar a avaliação da su�ciência e adequação das evidências de auditoria, para garantir que as
informações obtidas sejam robustas o su�ciente para embasar as conclusões.  
Além disso, a documentação de auditoria é o pilar que sustenta todo o processo, assegurando
que cada etapa seja devidamente registrada e cumpra os padrões pro�ssionais.  
Esses elementos se entrelaçam e se complementam para garantir a integridade das auditorias e
perícias, essenciais no mundo contábil. 
Para saber mais sobre este tema leia o capítulo 12 do livro Curso de Auditoria - Introdução à
auditoria de acordo com as normas internacionais e melhores práticas.  
Boa leitura! 
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788502627659/pageid/143
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788502627659/pageid/143Disciplina
Perícia e Auditoria
ARRUDA, D. G.; ARAÚJO, I. P. S. Fundamentos da auditoria: a auditoria das demonstrações
�nanceiras em um contexto global. São Paulo: Editora Saraiva, 2012. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502163393/. Acesso em: 12 out. 2023. 
ATTIE, W. Auditoria Conceitos e Aplicações. 7. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/. Acesso em: 12 out. 2023. 
IMONIANA, J. O. Auditoria - Planejamento, Execução e Reporte. [S. l.]: Grupo GEN, 2018. em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/. Acesso em: 8 out. 2023. 
LONGO, C. G. Manual de Auditoria e Revisão de Demonstrações Financeiras: Novas Normas
Brasileiras e Internacionais de Auditoria. 3. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522493210/. Acesso em: 12 out. 2023. 
MAFFEI, J. L. G. Curso de Auditoria - Introdução à auditoria de acordo com as normas
internacionais e melhores práticas. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/. Acesso em: 12 out. 2023. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/. Acesso em: 12 out. 2023. 
SILVA, I. H. A.; PEREIRA, R. S. Auditoria em �nanças. São Paulo: Editora Saraiva, 2021. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965244/. Acesso em: 09 out.
2023.
Aula 4
Amostragem em auditoria
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502163393/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522493210/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965244/
Disciplina
Perícia e Auditoria
Introdução
Olá, estudante!  Nesta aula, veri�caremos como o processo de amostragem desempenha um
papel crucial na coleta de evidências para avaliar a conformidade e a integridade das
demonstrações �nanceiras das organizações.  
É importante diferenciar população e amostra, sendo que população se refere ao conjunto
completo de itens ou transações que desejamos analisar, e amostra é uma seleção
representativa desse conjunto. A seleção da amostra deve ser cuidadosamente planejada para
re�etir a população de forma imparcial e precisa. 
Ao explorar o processo de amostragem em auditoria, abordaremos diversas técnicas e métodos
disponíveis, analisando os princípios por trás de cada abordagem e discutindo quando e como
aplicá-las.  
Além disso, avaliar os resultados obtidos é essencial para determinar a validade das conclusões
da auditoria. Veremos como extrair inferências sólidas a partir da amostra e como considerar o
risco de erro.  
Vamos lá!
 Desvendando a amostragem em auditoria: população, amostra e avaliação de
resultados
Disciplina
Perícia e Auditoria
A utilização de técnicas de amostragem em auditoria permite que os auditores avaliem grandes
volumes de dados de forma e�ciente e con�ável. A amostragem em auditoria parte do princípio
de que é impraticável examinar todas as transações ou itens em um conjunto de dados. Nesse
contexto, dois conceitos são centrais: população e amostra. 
Crepaldi e Crepaldi (2023, p. 322) dizem que a população
“é a totalidade dos dados da qual o auditor deseja tirar a amostra para chegar a uma
conclusão”
ou seja, refere-se ao conjunto completo de itens ou transações que desejamos investigar.  
Por exemplo, se um auditor está examinando as demonstrações �nanceiras de uma empresa, a
população incluirá todos os registros �nanceiros, como faturas, recibos, contratos e registros
contábeis da organização. 
Amostra, por outro lado, é uma seleção representativa da população. Ao de�nir uma amostra de
auditoria, o auditor deve considerar a �nalidade do procedimento de auditoria e as características
da população da qual será retirada a amostra (RIBEIRO; COELHO, 2013).  
Assim, em vez de analisar cada transação, os auditores escolhem uma amostra que, quando
examinada de maneira apropriada, fornecerá uma estimativa válida do estado geral da
população.  
O processo de amostragem em auditoria envolve a escolha criteriosa de itens a serem
inspecionados. Conforme Arruda e Araújo (2012) pontuam, a utilização de técnicas de
amostragem possibilita ao auditor obter determinadas conclusões sobre o todo examinado, que
Disciplina
Perícia e Auditoria
é a população, com base em estudos, observações e análises de partes desse todo, que é o que
se denomina de amostra.  
Além disso, o processo de amostragem envolve a amostragem estatística e a amostragem não
estatística. A amostragem estatística é selecionada cienti�camente com a �nalidade de que os
resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a teoria das
probabilidades ou as regras estatísticas, é recomendável quando os itens da população
apresentam características homogêneas  
Por sua vez, a amostragem não-estatística ou por julgamento, é aquela em que a amostra é
determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade
(ARAÚJO, ARRUDA, BARRETO, 2008). 
Após a realização dos procedimentos de seleção da amostra, os auditores utilizam técnicas
estatísticas para extrair inferências sólidas da amostra. Desta forma, o auditor deve avaliar os
resultados do processo de amostragem após completar o exame e o processo de evidenciação e
documentação de papéis de trabalho, determinando o número de desvios, se houver, para cada
atributo (IMONIANA, 2018).  
Alguns aspectos essenciais nesse processo incluem o tamanho da amostra no qual a dimensão
da amostra é determinada pelo tamanho da população e pelo nível de con�ança desejado. Além
disso, deve-se considerar o risco de amostragem que compreende a possibilidade de que a
amostra escolhida não seja representativa da população, levando a conclusões incorretas. 
Com base na amostra, os auditores fazem inferências sobre a população como um todo, sendo
que a precisão dessas conclusões depende da qualidade da amostragem e das técnicas de
análise aplicadas. Por �m, os especialistas de controles e processos apresentam suas
conclusões, identi�cando quaisquer problemas ou questões identi�cadas durante o processo de
amostragem.  
Desta forma, o processo de amostragem acompanha a evolução que o campo da auditoria
preconiza, para que as análises estatísticas possam se adaptar e atender às complexidades
crescentes do mundo dos negócios, contando com o advento da tecnologia e de abordagens
modernas de estatística. 
A Importância da seleção inteligente: amostragem em auditoria
Disciplina
Perícia e Auditoria
A amostragem em auditoria é uma ferramenta poderosa para garantir que as demonstrações
�nanceiras e operações organizacionais sejam examinadas de forma e�ciente e precisa.  
Ao entender os princípios de população, amostra e avaliação de resultados, estudantes e
pro�ssionais da área podem se destacar em suas atividades de auditoria, contribuindo para a
integridade �nanceira e a transparência das organizações em todo o mundo. 
O processo de amostragem faz parte do campo estatístico. Arruda e Araújo (2012) dizem que
consiste no
“método que permite observar, descrever, selecionar, categorizar, mensurar e
interpretar dados para obter relações de modo a facilitar o processo de tomada de
decisão em qualquer campo de atividade e do pensamento humano, entre eles a
auditoria das demonstrações �nanceiras”. 
Quando consideramos a compreensão entre os termos população e amostra,
“o auditor precisa determinar se a população da qual a amostra vai ser extraída é
apropriada para o objetivo de auditoria especí�co” (CREPALDI e CREPALDI, 2023, p.
322).
Assim, se o objetivo do auditor for testar a existência de superavaliaçãode contas a receber, a
população poderá ser de�nida como a listagem de todas as contas a receber.  
Uma amostra bem escolhida economiza tempo e recursos, mantendo a integridade do processo
de auditoria. Compreendendo os seguintes tipos de amostragem: 
Disciplina
Perícia e Auditoria
1. Amostragem Aleatória: nesse método, os itens são selecionados de maneira puramente
aleatória, o que ajuda a reduzir o risco de viés na seleção. Ferramentas estatísticas, como
tabelas de números aleatórios ou software especí�co, são frequentemente usadas para
facilitar essa abordagem. 
2. Amostragem Estrati�cada: aqui, a população é dividida em estratos, subgrupos com
características semelhantes. Em seguida, a amostra é selecionada separadamente de cada
estrato. Isso é útil quando certos estratos são mais críticos ou representativos do que
outros. 
3. Amostragem por Julgamento: às vezes, os auditores optam por selecionar itens com base
em seu julgamento e experiência. Embora essa abordagem possa ser e�caz, é importante
minimizar qualquer subjetividade excessiva. 
4. Amostragem Sistemática: nesse método, os auditores selecionam itens em intervalos
regulares. Por exemplo, a cada décima transação em um conjunto de dados. Isso pode ser
útil quando não há necessidade de uma amostragem completamente aleatória. 
Realizados os processos de amostragem, passa-se à avaliação dos resultados obtidos, ao qual
Imoniana (2018) delineia que o processo de avaliação dos resultados da amostragem estatística
de atributos, que envolve a identi�cação das possíveis causas de desvios e suas implicações na
auditoria global.  
O processo de avaliação dos resultados obtidos inclui o cálculo da porcentagem de desvio em
cada atributo na amostra, bem como a determinação da porcentagem máxima de desvio no
universo em relação ao risco planejado de rejeição incorreta.  
A análise visa determinar se os resultados são aceitáveis ou inaceitáveis, comparando a
porcentagem máxima de desvio calculada. Ao considerar todas as fontes de satisfação
envolvidas, o auditor chega a conclusões globais sobre a con�ança que deve ser depositada no
sistema auditado (IMONIANA, 2018). 
Ao compreender os princípios de população, amostra e avaliação de resultados, auditores
contribuem para a integridade e transparência organizacional. A avaliação dos resultados é um
processo complexo, que requer análise minuciosa das possíveis causas de desvios e suas
implicações globais, resultando em conclusões que orientam a con�ança depositada no sistema
auditado.
A arte da auditoria: população, amostra e interpretação de dados
Disciplina
Perícia e Auditoria
Imagine que você pertence a uma equipe de auditores encarregados de avaliar as
demonstrações �nanceiras de uma empresa para garantir sua integridade e conformidade.
Vamos ilustrar como esses conceitos se desdobram em uma situação real. 
A população neste cenário inclui todas as transações �nanceiras realizadas pela empresa
auditada durante o ano �scal, abrangendo todos os registros que serão analisados pela equipe
de auditoria, desde faturas, recibos, contratos e registros contábeis. Este processo seria
humanamente impossível revisar cada transação individualmente, tornando a amostragem
essencial. 
Diante deste contexto, você em conjunto com a equipe de auditoria, precisam decidir como
selecionar a amostra, optando pelo processo de amostragem aleatória, para evitar qualquer viés
na seleção e garantir que todas as transações tenham uma chance igual de serem escolhidas.  
Para a seleção dos dados e documentos que irão compor a amostra, vocês utilizam ferramentas
estatísticas, como um software de amostragem aleatória, para garantir uma seleção imparcial, a
partir do sorteio aleatório dos elementos, novamente, eliminando qualquer tipo de viés na
seleção. 
Foi decidido, então, que a amostra representativa consistirá em 100 transações escolhidas
aleatoriamente da população total, sendo este o primeiro passo do processo de amostragem.  
Em seguida, realiza-se uma revisão detalhada dessas 100 transações, observando faturas,
recibos, contratos e registros contábeis. Durante essa fase, é importante que a equipe esteja
atenta a possíveis erros, fraudes, ou quaisquer discrepâncias que possam afetar a integridade
das demonstrações �nanceiras. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Depois de analisar a amostra, é hora de avaliar os resultados. Aqui, a preocupação se concentra
em eventuais percentuais de desvios na amostra para cada atributo ou transação relevante. Por
exemplo, suponha que, durante nossa revisão, foram identi�cados desvios em cinco transações.
Esses desvios podem incluir erros de registro, faturas duplicadas ou até mesmo potenciais
indícios de fraude. 
Agora, calcula-se a percentagem máxima de desvio no universo, ou seja, na população total. Para
fazer isso, considera-se o risco planejado de rejeição incorreta (a conclusão da avaliação).  
Suponhamos que o risco planejado seja de 5%. Isso signi�ca que o processo de auditoria está
disposto a aceitar até 5% de desvios na população sem rejeitar incorretamente a integridade das
demonstrações �nanceiras. 
Com base nesses números, calcula-se a percentagem máxima de desvio aceitável na população.
Se essa percentagem for menor ou igual a 5%, conclui-se, então, que os resultados são
aceitáveis. No entanto, exceder esse limite, é considerado inaceitável.  
Na situação apresentada, se a percentagem máxima de desvio aceitável for de 5%, como os
desvios identi�cados na amostra somam 3%, conclui-se que os resultados são aceitáveis. 
Finalmente, após a realização dos testes estatísticos chega-se à avaliação dos resultados
obtidos que neste caso, implica que a análise da amostra e dos resultados obtidos pela auditoria
resulta pela con�abilidade dos dados auditados e dos demonstrativos �nanceiros da empresa
auditada. Além disso, para as discrepâncias identi�cadas se faz necessário que estas sejam
tratadas adequadamente e a empresa auditada tome as medidas necessárias para corrigir os
erros apontados pela auditoria. 
Este exemplo ilustra como a amostragem em auditoria desempenha um papel importante na
avaliação de grandes volumes informacionais, pois ao entender os princípios de população,
amostra e avaliação de resultados, os auditores contribuem para a integridade �nanceira e a
transparência das organizações.
Videoaula: Amostragem em auditoria
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Neste vídeo resumo, veremos os princípios por trás de população e amostra, entenderemos o
processo de amostragem em auditoria e aprenderemos como avaliar os resultados obtidos. Esta
visão rápida e informativa fornecerá insights essenciais para a condução de auditorias e�cazes,
permitindo uma análise mais precisa e con�ável das demonstrações �nanceiras e processos
organizacionais. Acompanhe para aprimorar seu conhecimento nessa área fundamental da
auditoria.  
Bom vídeo! 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Saiba mais
Ao lidar com grandes conjuntos de dados, é impraticável examinar cada transação ou item. É
aqui que a população e a amostra entram em jogo. A população representa o universo completo,
enquanto a amostra é uma representação selecionada desse conjunto.  
O processo de amostragem em auditoria envolve a escolha criteriosa de itens a serem
inspecionados, utilizando diversas técnicas, como amostragem aleatória ou estrati�cada.  
A avaliação dos resultados obtidos é fundamental para determinar a validade das conclusões da
auditoria, considerando os riscos de erro. Este processo é crucial para garantir a precisão e a
con�abilidade nas análises �nanceiras e operacionais.  
Portanto, mergulhe nesse tema para aprimorar suas habilidades em Perícia e Auditoria. 
Saiba mais sobre a essencial prática da Amostragem em Auditoria, leia o capítulo 4 do livro
Fundamentos da auditoria - a auditoria das demonstrações �nanceiras em umcontexto global.   
Boa leitura!
Referências
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Disciplina
Perícia e Auditoria
ARAÚJO, I. P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETTO, P. H. T. Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo
e prático. São Paulo: Editora Saraiva, 2008. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/. Acesso em: 12 out. 2023. 
ARRUDA, D. G.; ARAÚJO, I. P. S. Fundamentos da auditoria: a auditoria das demonstrações
�nanceiras em um contexto global. São Paulo: Editora Saraiva, 2012. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502163393/. Acesso em: 12 out. 2023. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. [S. l]: Grupo GEN, 2023.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/. Acesso em:
12 out. 2023. 
IMONIANA, J. O. Auditoria - Planejamento, Execução e Reporte. [S. l.]: Grupo GEN, 2018..
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/. Acesso em:
8 out. 2023. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil. Editora Saraiva, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/. Acesso em: 12 out. 2023.
Aula 5
Revisão da unidade
 Por dentro dos processos de planejamento e amostragem em auditoria
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Disciplina
Perícia e Auditoria
No contexto das auditorias, as normas regulam a qualidade da execução das ações, enquanto os
procedimentos de�nem as ações praticadas pelos auditores. No Brasil, as Normas Brasileiras de
Contabilidade aplicadas à Auditoria (NBC TA) são baseadas em padrões internacionais,
fornecendo diretrizes sólidas.  
A ética se apresenta como um elemento fundamental na auditoria e, embora não haja um código
de ética especí�co para auditores, o Código de Ética Pro�ssional do Contador estabelece
princípios gerais.  
De forma complementar, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de
valores mobiliários no Brasil, exige o registro de auditores independentes para o desempenho
das atividades. 
Além disso, órgãos reguladores como o Ibracon, CFC/CRC e CPC desempenham papéis
importantes na supervisão e orientação dos auditores. O cumprimento dessas normas e
regulamentações é essencial para garantir a transparência e a con�abilidade nas informações
�nanceiras, auxiliando a tomada de decisões no mundo dos negócios. 
Após conhecer as normas de auditoria, podemos veri�car que a contratação formaliza o contrato
entre o auditor e a organização auditada, estabelecendo termos, prazos e escopo. Em seguida, o
planejamento de auditoria determina como a auditoria será conduzida, incluindo a avaliação da
organização, identi�cação de riscos, determinação de materialidade e avaliação dos controles
internos.  
A de�nição dos riscos e a elaboração do plano são essenciais, direcionando os esforços do
auditor. Em conjunto, esses processos garantem a integridade das informações �nanceiras e a
con�abilidade da auditoria. 
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Perícia e Auditoria
Os procedimentos de auditoria são métodos e técnicas que auditores utilizam para coletar
evidências durante uma auditoria, com o objetivo de veri�car a conformidade das informações
com princípios contábeis e regulatórios, ocorrendo após o planejamento e contratação da
auditoria.  
Esses procedimentos incluem a revisão de documentos, entrevistas, análises estatísticas e
outros métodos que variam de acordo com a natureza, �nalidade e tipo da auditoria, sendo
fundamental não apenas coletar evidências, mas também avaliar sua su�ciência e adequação,
levando em conta os riscos de distorção e a qualidade das evidências.  
Além disso, a documentação de auditoria, como registros e relatórios, é essencial para respaldar
o trabalho realizado e garantir conformidade com normas técnicas e regulamentações legais.  
Por �m, compreendemos que a amostragem em auditoria é uma técnica e�ciente e con�ável
para avaliar grandes volumes de dados, em que a população é o conjunto completo de dados a
ser investigado, enquanto a amostra é uma seleção representativa da população. O processo de
amostragem envolve a escolha criteriosa de itens a serem inspecionados e pode ser estatística
ou não estatística.  
A amostragem estatística é selecionada cienti�camente, enquanto a amostragem não estatística
é determinada pelo julgamento do auditor. Após a seleção da amostra, os auditores utilizam
técnicas estatísticas para fazer inferências sobre a população.  
A precisão dessas conclusões depende da qualidade da amostragem e das técnicas de análise,
que evoluiu com a tecnologia e abordagens modernas de estatística, permitindo que os auditores
lidem com as complexidades crescentes do mundo dos negócios. 
Desse modo, o cumprimento das normas de auditoria, a ética pro�ssional, o papel dos órgãos
reguladores e os procedimentos de auditoria e amostragem são elementos fundamentais para
assegurar a integridade e con�abilidade das informações �nanceiras e o sucesso das
auditorias.  
Esses processos, juntamente com a documentação adequada, respaldam o trabalho dos
auditores e garantem a conformidade com as normas e regulamentações.
Videoaula: Revisão da unidade
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Neste vídeo resumo apresentaremos uma síntese informativa e envolvente dos principais
conceitos e tópicos discutidos nesta unidade, que tratou do tema planejamento e amostragem
em auditoria, apresentando as normas, elementos relacionados à contratação, planejamento,
procedimentos e amostragem em auditoria. Este vídeo oferece uma maneira e�ciente de
recapitular e consolidar o conhecimento, abrangendo os postos-chaves relacionados à auditoria
de forma acessível e visualmente atraente.  
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Perícia e Auditoria
Estudo de caso
Imagine que você é um contador recém-formado e foi contratado por uma empresa de médio
porte para atuar como gerente de �nanças. Sua primeira tarefa é contratar uma empresa de
auditoria externa que realizará a auditoria das demonstrações �nanceiras.  
Você precisa entender os conceitos envolvidos na contratação de um auditor, considerando as
normas e regulamentos aplicáveis. Além disso, deve garantir que a empresa de auditoria
escolhida atenda a todos os requisitos legais e éticos. 
Depois de contratar a empresa de auditoria, você deve se concentrar no planejamento da
auditoria. Isso envolve a determinação de como ela será conduzida, incluindo a avaliação da
organização, a identi�cação de riscos, a de�nição da materialidade e a avaliação dos controles
internos.  
Uma vez que o planejamento esteja completo e a auditoria esteja em andamento, você também
deve entender quais procedimentos de evidência serão utilizados pelos auditores para coletar
evidências relevantes.  
Além disso, deve estar ciente das técnicas que os auditores empregarão para veri�car a
conformidade das informações �nanceiras, o que inclui revisão de documentos, entrevistas com
funcionários e análises estatísticas. Você precisa saber como esses procedimentos funcionam e
estar pronto para colaborar com os auditores, fornecendo acesso às informações necessárias. 
Por �m, é importante compreender a importância da documentação de auditoria. Você deve estar
ciente de que a documentação adequada, como registros, relatórios e notas de trabalho, é
fundamental para respaldar o trabalho dos auditores e garantir que o processo de auditoria seja
conduzido de acordo com as normas técnicas e regulamentações legais. 
Para complementar o seu entendimento sobre auditoria, você também deveconhecer o processo
de amostragem em auditoria, uma técnica e�ciente para avaliar grandes volumes de dados. Isso
Disciplina
Perícia e Auditoria
envolve a seleção de uma amostra representativa da população e o uso de técnicas estatísticas
para fazer inferências sobre a população como um todo.  
Para isso, é necessário entender as diferenças entre amostragem estatística e não estatística,
bem como os critérios para determinar o tamanho da amostra e o risco de amostragem. 
À medida que você avança na preparação para a auditoria, é essencial integrar todos esses
conceitos e aplicá-los à situação da sua empresa. A auditoria é uma etapa crítica para garantir a
integridade e a transparência �nanceira da sua organização, e seu conhecimento e habilidades
desempenharão um papel fundamental nesse processo. 
Diante da situação apresentada, apresenta-se os seguintes questionamentos: 
1. Quais são os procedimentos de evidência utilizados pelos auditores durante a auditoria e
como a equipe �nanceira pode colaborar efetivamente com os auditores? 
2. Qual é a importância da documentação de auditoria e como garantir que ela esteja em
conformidade com as normas técnicas e regulamentações legais? 
3. Como funciona o processo de amostragem em auditoria e quais são as diferenças entre
amostragem estatística e não estatística?
Re�ita
Olá, estudante! O gerente de �nanças deve compreender a importância de cada etapa e dos
procedimentos envolvidos, bem como a necessidade de colaboração com a equipe de auditores. 
Os procedimentos de evidência desempenham um papel crucial na veri�cação da conformidade
das informações �nanceiras. Os auditores utilizam técnicas como revisão de documentos,
entrevistas com funcionários e análises estatísticas para coletar evidências relevantes.  
É essencial que a equipe �nanceira colabore efetivamente com os auditores, fornecendo acesso
rápido e organizado às informações necessárias. A colaboração e�caz entre a equipe �nanceira
e os auditores é vital para garantir um processo de auditoria bem-sucedido. 
Além disso, a documentação desse processo desempenha um papel de respaldo importante.
Registros, relatórios e notas de trabalho devem ser mantidos em conformidade com as normas
técnicas e regulamentações legais. É fundamental a sua adequação para sustentar o trabalho
dos auditores, além de garantir que o processo de auditoria esteja em conformidade. 
Além disso, compreender as diferenças entre amostragem estatística e não estatística é
essencial. A amostragem estatística é baseada em critérios cientí�cos e é ideal quando os itens
da população têm características homogêneas.  
Por outro lado, a amostragem não estatística depende do julgamento do auditor e é apropriada
quando a população é heterogênea. A determinação do tamanho da amostra e a avaliação do
risco de amostragem são decisões críticas nesse processo. 
Assim, o conhecimento aprofundado sobre planejamento e amostragem em auditoria é essencial
para o gerente de �nanças garantir que a empresa passe pelo processo de auditoria com
sucesso.
Videoaula: Resolução do estudo de caso
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Perícia e Auditoria
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Para abordar a situação apresentada, você, contador recém-formado, agora gerente de �nanças,
deve seguir um plano de ação cuidadosamente estruturado: 
1. Contratação da Empresa de Auditoria Externa:
 Pesquisar empresas de auditoria reconhecidas e bem estabelecidas no mercado. 
 Garantir que a empresa de auditoria escolhida seja registrada nos órgãos reguladores
apropriados, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
 Veri�car a reputação da empresa de auditoria, incluindo seu histórico de conformidade e
ética pro�ssional. 
 Realizar uma licitação ou cotação com diferentes empresas de auditoria para garantir a
escolha mais adequada. 
 Assegurar que a empresa de auditoria selecionada tenha experiência em auditorias de
empresas de médio porte e esteja alinhada com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. 
2. Planejamento da Auditoria:
 Trabalhar em conjunto com a empresa de auditoria para desenvolver um plano de auditoria
detalhado. 
 Identi�car as áreas-chave a serem auditadas e estabelecer um cronograma de trabalho. 
 Avaliar os riscos �nanceiros da empresa, destacando áreas de preocupação e de�nindo
procedimentos de auditoria especí�cos para abordá-los. 
 Determinar a materialidade das transações e informações �nanceiras que devem ser foco
da auditoria. 
 Avaliar os controles internos da organização, identi�cando fraquezas e áreas que
necessitam de melhorias. 
3. Procedimentos de Evidência e Colaboração com Auditores:
 Compreender os procedimentos de evidência utilizados pelos auditores, como revisão de
documentos, entrevistas com funcionários e análises estatísticas. 
 Estar preparado para colaborar ativamente com os auditores, fornecendo acesso às
informações necessárias de forma organizada e oportuna. 
 Garantir que todas as informações �nanceiras e documentação estejam disponíveis e
sejam facilmente acessíveis para os auditores. 
4. Documentação de Auditoria:
 Certi�car-se de que a documentação de auditoria esteja em conformidade com as normas
técnicas e regulamentações legais. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
 Manter registros claros, relatórios e notas de trabalho para respaldar o trabalho dos
auditores. 
 Organizar e arquivar a documentação de auditoria de forma sistemática, garantindo a fácil
recuperação e referência futura. 
5. Processo de Amostragem:
 Entender o processo de amostragem em auditoria e as diferenças entre amostragem
estatística e não estatística. 
 Colaborar com os auditores para garantir a seleção adequada de uma amostra
representativa da população. 
 Assegurar que os critérios para determinar o tamanho da amostra e o risco de
amostragem sejam seguidos rigorosamente. 
�. Integração dos Conceitos:
 Garantir que todos os conceitos aprendidos sejam integrados efetivamente durante o
processo de auditoria. 
 Manter uma comunicação constante com a equipe de auditoria para resolver dúvidas e
desa�os à medida que surgem. 
Assim, você, enquanto gerente de �nanças, deve liderar a equipe de �nanças na empresa e servir
como elo crucial entre a organização e a empresa de auditoria. É importante manter um
compromisso contínuo com a transparência e a conformidade �nanceira, garantindo que todos
os requisitos sejam atendidos com sucesso durante o processo de auditoria.
Resumo visual
Disciplina
Perícia e Auditoria
Disciplina
Perícia e Auditoria
Figura 1 | Normas, planejamento, procedimentos e amostragem: auditoria.
Disciplina
Perícia e Auditoria
Referencia
ALMEIDA, M. C. Auditoria - Abordagem Moderna e Completa. [S. l]: Grupo GEN, 2017. em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597013801/. Acesso em: 2 set. 2023. 
ARAÚJO, I. P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETTO, P. H. T. Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo
e prático. São Paulo: Editora Saraiva, 2008. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/. Acesso em: 12 set. 2023. 
ARRUDA, D. G.; ARAÚJO, I. P. S. Fundamentos da auditoria: a auditoria das demonstrações
�nanceiras em um contexto global. São Paulo: Editora Saraiva, 2012. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502163393/. Acesso em: 2 set. 2023. 
ATTIE, W. Auditoria Conceitos e Aplicações. 7. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/. Acesso em: 8 out. 2023. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. [S. l.]: Grupo GEN, 2023.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/. Acesso em:
2 set. 2023. 
IMONIANA, J. O. Auditoria - Planejamento, Execução e Reporte. [S. l.]: Grupo GEN, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/.Acesso em:
8 out. 2023. 
LINS, L. S. Auditoria. 4. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/. Acesso em: 8 out. 2023. 
LONGO, C. G. Manual de Auditoria e Revisão de Demonstrações Financeiras: Novas Normas
Brasileiras e Internacionais de Auditoria. 3. ed. [S. l.]: Grupo GEN, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522493210/. Acesso em: 08 out. 2023. 
MAFFEI, J. L. G. Curso de Auditoria - Introdução à auditoria de acordo com as normas
internacionais e melhores práticas. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597013801/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502126879/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502163393/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597017229/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559775002/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019780/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597011807/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522493210/
Disciplina
Perícia e Auditoria
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/. Acesso em: 2 set. 2023. 
MATTOS, J. G. et al. Auditoria Pública. [S. l.]: Grupo A, 2017. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595021877/. Acesso em: 4 set. 2023. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Série em Foco - Auditoria. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224745/. Acesso em:
4 set. 2023. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil. São Paulo: Editora Saraiva, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/. Acesso em: 2 set. 2023. 
SILVA, I. H. A.; PEREIRA, R. S. Auditoria em �nanças. São Paulo: Editora Saraiva, 2021. em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965244/. Acesso em: 2 set. 2023. 
,
Unidade 4
Auditoria: Procedimentos e Relatórios de Auditoria
Aula 1
Planejamento, execução, �nalização e a busca de fraudes na auditoria
Introdução
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502627659/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595021877/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224745/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502213470/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786589965244/
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Perícia e Auditoria
Olá, estudante! Nesta aula, exploraremos os principais aspectos da auditoria, destacando o papel
crucial dos auditores na detecção e prevenção de fraudes ao longo do processo.  
Veremos que a trajetória de um auditor abrange etapas fundamentais, desde o planejamento e a
execução de procedimentos até a análise minuciosa das contas, identi�cação de possíveis
irregularidades e, por �m, a comunicação das descobertas às partes interessadas. 
Ao longo desta aula, exploraremos cenários práticos e dilemas éticos que os auditores enfrentam
ao lidar com possíveis irregularidades �nanceiras.  
Descobriremos, também, as melhores práticas que os auditores seguem para manter a
integridade do processo de auditoria e proteger os interesses das partes envolvidas.  
Vamos começar!
 Auditoria contábil: detecção e prevenção de fraudes
A auditoria é um processo sistemático de avaliação das demonstrações �nanceiras e registros
contábeis de uma organização, envolvendo diversas etapas cruciais.  
Esse processo começa com o planejamento, que estabelece objetivos, avalia riscos e seleciona
procedimentos. Durante a execução do planejamento, os auditores coletam evidências por meio
de várias técnicas, como exame de documentos, investigações, inquéritos, contagens de
inventário e veri�cação de conciliações bancárias (ATTIE, 2018).  
No entanto, durante todo o processo, é essencial que os auditores estejam atentos aos sinais de
possíveis fraudes, como discrepâncias, transações incomuns e falhas nos controles internos.
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Perícia e Auditoria
Figura 1| Processo de auditoria - detecção de fraudes.
Suponhamos, então, que um auditor esteja revisando as demonstrações �nanceiras de uma
empresa e perceba que as despesas com fornecedores aumentaram signi�cativamente em
relação aos anos anteriores, apesar de não haver aumento nas vendas.  
Essa situação poderia levantar suspeitas de fraudes em contas a pagar, como pagamentos
indevidos a fornecedores �ctícios. Diante dessas suspeitas, os auditores conduzem
procedimentos especí�cos, como análise de tendências �nanceiras, revisão de transações
atípicas, contratos e entrevistas adicionais. 
Essas áreas de risco, como compras, vendas, contas a pagar e receber, folha de pagamento,
estoque e �nanceiro, exigem atenção especial (CREPALDI; CREPALDI, 2023).  
Medidas preventivas, como monitoramento de transações suspeitas, implementação de
controles internos e auditorias regulares, são essenciais para fortalecer a integridade operacional
e �nanceira. Um exemplo prático é a monitorização rigorosa das vendas para garantir o devido
registro e documentação de comissões, descontos e consignações. 
Se o auditor identi�car uma fraude, ele deve documentar detalhadamente a natureza da fraude e
as evidências coletadas, como extratos bancários, e-mails ou outros documentos relevantes, as
fontes das informações (por exemplo, entrevistas com funcionários) e as datas relevantes em
um relatório de auditoria.  
Além disso, é responsabilidade do auditor comunicar suas suspeitas de fraude à administração
da empresa, incluindo evidências documentadas e outras informações relevantes. Em casos
graves de fraude, o auditor segue as regulamentações e normas pro�ssionais para noti�car as
autoridades legais, como a polícia ou promotores, para que a fraude seja investigada e medidas
legais sejam tomadas. 
Após a coleta de evidências e investigações, os pro�ssionais avaliam os resultados e emitem um
relatório contendo sua opinião sobre as demonstrações �nanceiras, indicando se estão livres de
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Perícia e Auditoria
distorções relevantes e em conformidade com os princípios contábeis e regulamentações.  
Caso sejam identi�cadas fraudes, elas devem ser descritas no relatório de auditoria, juntamente
com o impacto nas demonstrações �nanceiras e recomendações para ações corretivas.  
Conforme ressalta Mattos (2017), o relatório de auditoria independente é uma ferramenta
fundamental para comunicar os resultados da auditoria e a opinião do auditor sobre as
demonstrações �nanceiras da empresa. 
É importante enfatizar que a detecção de fraudes é uma parte crítica da auditoria, mas nem
todas as auditorias resultam na identi�cação destas. No entanto, a auditoria desempenha um
papel fundamental na prevenção e identi�cação de atividades fraudulentas nas organizações.  
Portanto, a vigilância constante durante a auditoria é essencial para garantir a integridade
operacional e �nanceira da empresa. 
Desvendando o processo de auditoria contábil
A análise minuciosa das contas é uma parte essencial da auditoria contábil, complementando os
procedimentos de detecção e prevenção de fraudes.  
Disciplina
Perícia e Auditoria
O processo de auditoria envolve a coleta de evidências de auditoria por meio de procedimentos
planejados, que podem incluir testes de controles internos e procedimentos substantivos, revisão
de documentos e registros contábeis relevantes, entrevistas com funcionários e gestores da
entidade auditada. Esses procedimentos são necessários para sustentar as conclusões da
auditoria.  
Durante a auditoria, o pro�ssional deve realizar testes detalhados das contas, transações e
saldos das demonstrações �nanceiras para veri�car sua exatidão e integridade. Por exemplo, a
auditoria das contas patrimoniais, em especial o balanço patrimonial, requer uma análise
minuciosa de várias contas que representam bens, direitos e obrigações decorrentes das
operações de uma empresa.  
Cada conta patrimonial tem suas características especí�cas e afetaoutras contas, incluindo
aquelas relacionadas ao resultado das operações (ATTIE, 2018).  
O auditor examina cada dado individualmente e considera seu impacto nas demonstrações
�nanceiras. Como regra geral, ele veri�ca aspectos como propriedade, existência física,
aplicação consistente dos princípios contábeis, riscos e contingências, restrições de uso e
garantias, bem como a correta apresentação dos dados nas demonstrações �nanceiras. Isso
garante a �dedignidade das demonstrações contábeis (ATTIE, 2018). 
Para exempli�car, na auditoria da conta “Bancos”, os auditores avaliam a precisão e
conformidade dos saldos bancários registrados nos livros contábeis de uma empresa. Isso
envolve a conciliação bancária, veri�cação de transações, testes de conciliação, avaliação de
controles internos, identi�cação de irregularidades e testes de existência. O objetivo é garantir
que os saldos bancários estejam corretos e que os controles internos sejam e�cazes. 
Além disso, a auditoria das contas de resultado concentra-se nas transações operacionais que
impactam as receitas, custos e despesas. O objetivo é con�rmar a autenticidade e a correta
apuração dos gastos, receitas e despesas por meio da análise dos controles internos, testes de
procedimentos e testes de saldos (ATTIE, 2018).  
Esses procedimentos veri�cam a veracidade das informações e resultados do período,
assegurando que os dados sejam apresentados corretamente nas demonstrações �nanceiras. 
Para ilustrar, considere a auditoria das receitas de uma empresa de varejo. O auditor examina
registros de vendas, concilia valores registrados com transações realizadas, revisa contratos de
vendas, veri�ca registros precisos delas, descontos e devoluções.  
Além disso, o auditor pode conduzir entrevistas com a equipe de vendas e observar os
procedimentos de registro de vendas em busca de sinais de fraudes ou irregularidades. Essa
abordagem assegura a precisão e integridade das receitas nas demonstrações �nanceiras. 
Para manter a e�cácia da auditoria, os auditores mantêm registros detalhados dos
procedimentos e se comunicam regularmente com a equipe de auditoria para acompanhar o
progresso. A auditoria contábil é um processo complexo que exige a estrita adesão às normas
pro�ssionais, mantendo a independência e objetividade dos auditores.  
A detecção de fraudes é parte crítica da auditoria, exigindo vigilância constante ao longo do
processo para garantir a integridade e precisão das demonstrações �nanceiras. 
Auditoria nas contas a receber: abordando suspeitas de fraude
Disciplina
Perícia e Auditoria
Um auditor está conduzindo uma auditoria nas demonstrações �nanceiras de uma empresa de
médio porte que opera no setor de tecnologia. Durante a auditoria da conta "Contas a Receber",
que representa os valores devidos pelos clientes, o pro�ssional identi�ca uma possível fraude. A
situação é a seguinte: 
Ao analisar as contas a receber, o auditor percebe um aumento signi�cativo no saldo dessa
conta em comparação com o ano anterior. Isso é esperado devido ao crescimento das operações
da empresa.  
No entanto, ao revisar os detalhes receber dessa conta, ele encontra discrepâncias alarmantes.
Alguns dos clientes de maior valor têm saldos em aberto por vários meses, o que levanta
suspeitas de que esses valores podem não ser recuperáveis. 
Além disso, é identi�cado várias notas promissórias e acordos de pagamento que não foram
previamente registrados na contabilidade da empresa. Isso sugere que a administração estaria
escondendo dívidas não pagas e registrando incorretamente as contas a receber para in�ar a
situação �nanceira da empresa. 
Para complicar ainda mais a situação, o auditor descobre evidências de comunicações por e-mail
entre a equipe de vendas e a administração, sugerindo que eles podem estar conscientemente
adiando o registro de dívidas de clientes para evitar reconhecimento de perdas. Parece haver
uma tentativa de mascarar a situação �nanceira real da empresa perante os investidores e
credores. 
Diante dessas descobertas, qual é a melhor abordagem ética para o auditor lidar com essa
situação e como ele deve proceder em relação à identi�cação da fraude nas contas a receber? 
O auditor, ao identi�car a possível fraude nas contas a receber, deve seguir um conjunto de
etapas e práticas recomendadas para abordar a situação de forma ética e e�caz: 
Documentação detalhada: o auditor deve garantir que todas as evidências relacionadas à fraude
sejam cuidadosamente documentadas. Isso inclui registros contábeis, e-mails, acordos de
Disciplina
Perícia e Auditoria
pagamento não registrados e quaisquer outras comunicações ou evidências que con�rmem a
existência da fraude. 
Comunicação com a administração: o auditor deve imediatamente comunicar suas descobertas
à administração da empresa. Isso pode ser feito por escrito, destacando as discrepâncias e
fornecendo evidências claras da possível fraude. A administração merece a oportunidade de
responder às descobertas antes de tomar medidas adicionais. 
Considerações legais: o auditor deve entender suas obrigações legais e regulatórias em relação à
identi�cação de fraudes. Em alguns casos, pode ser necessário noti�car as autoridades
regulatórias ou legais sobre a fraude. 
Divulgação a terceiros: caso a administração não tome medidas adequadas para resolver a
fraude e a situação possa afetar os investidores, acionistas ou credores, o auditor pode ter a
obrigação de fazer uma divulgação adequada e completa às partes interessadas. 
Rescisão do contrato de auditoria: se a fraude for grave e a administração não tomar medidas
e�cazes, o auditor deve considerar a rescisão do contrato de auditoria e informar sobre as razões
dessa decisão. 
Proteção da independência e imparcialidade: o auditor deve assegurar que sua independência e
imparcialidade sejam mantidas em todas as etapas. Isso signi�ca que o auditor não deve se
envolver em atividades que comprometam seu julgamento ou objetividade. 
Assim, o pro�ssional deve seguir as diretrizes éticas e legais ao lidar com a identi�cação de uma
fraude nas contas a receber. A ética pro�ssional e a transparência são fundamentais para a
integridade do processo de auditoria e para proteger os interesses dos stakeholders da
empresa. 
Videoaula: Planejamento, execução, �nalização e a busca de fraudes na
auditoria
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Neste vídeo resumo, abordaremos o planejamento e a execução de procedimentos de auditoria e
a análise minuciosa das contas. Também, discutiremos como os auditores identi�cam e lidam
com possíveis irregularidades. Por �m, examinaremos como as descobertas da auditoria são
comunicadas de maneira e�caz às partes interessadas, desempenhando um papel vital na
integridade do processo de auditoria e na proteção dos interesses de todos os envolvidos. Boa
aula! 
Saiba mais
Disciplina
Perícia e Auditoria
Você já se perguntou como os auditores avaliam a integridade das demonstrações �nanceiras
das empresas? A resposta está no Capítulo 13 do livro Auditoria: Conceitos e Aplicações de
William Attie. Neste capítulo, você terá a oportunidade de mergulhar na execução da auditoria de
demonstrações contábeis. O autor explora tópicos essenciais, incluindo o planejamento do
trabalho de auditoria, o trabalho de campo, a auditoria das contas patrimoniais e de resultado, e a
observância às Normas Brasileiras de Contabilidade.
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597017229
Disciplina
Perícia e Auditoria
ATTIE, W. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria contábil: teoria e prática. 12. ed. Barueri [SP]: Atlas,
2023. 
MATTOS, J. G. e. Auditoria. Porto Alegre: SAGAH, 2017.
Aula 2
Evidenciação de auditoria nas demonstrações contábeis-�nanceiras
Introdução
Disciplina
Perícia eAuditoria
Olá, estudante! A auditoria é uma peça-chave na engrenagem que sustenta a integridade e
con�abilidade das informações �nanceiras de uma empresa. Neste contexto, a evidenciação de
auditoria é a luz que ilumina o caminho da transparência. Ao coletar, analisar e interpretar
evidências, os pro�ssionais desta área não apenas con�rmam números, mas também constroem
bases para opiniões sólidas sobre as demonstrações contábeis. 
Nesta aula, mergulharemos no universo da evidenciação, explorando não apenas sua
importância, mas também as responsabilidades intrínsecas do auditor. Abordaremos, também, a
auditoria nas notas explicativas, essenciais para uma compreensão aprofundada das
demonstrações contábeis.  
Além disso, traremos à luz os desa�os enfrentados por equipes de auditoria, utilizando a
empresa Lumiar como um caso prático para enriquecer nossas discussões. 
Ao compreender esses aspectos, estaremos não apenas adquirindo conhecimento teórico, mas
também vislumbrando a aplicação prática desse aprendizado no cenário pro�ssional. Vamos
juntos explorar e desmisti�car a auditoria contábil! 
 O papel fundamental da evidenciação
Disciplina
Perícia e Auditoria
A evidenciação de auditoria é o processo no qual os auditores coletam e avaliam evidências para
formar uma opinião sobre a adequação e con�abilidade das informações �nanceiras
apresentadas por uma entidade nas demonstrações contábeis. Essa análise abrange não apenas
os números apresentados, mas também as informações detalhadas nas notas explicativas. 
Esta avaliação minuciosa é fundamental para garantir a ausência de distorções materialmente
relevantes decorrentes de fraudes ou erros, sendo que a qualidade e su�ciência das evidências
desempenham um papel crucial na formação da opinião do auditor. Qualquer falha na
evidenciação compromete a con�ança no processo e nas informações �nanceiras resultantes. 
A evidenciação de auditoria está intrinsecamente relacionada aos procedimentos para a
preparação das notas explicativas. Durante a evidenciação, os auditores coletam e analisam
evidências relacionadas às políticas contábeis, estimativas e divulgações de riscos.  
Os procedimentos para a preparação das notas explicativas estendem essa análise, detalhando
políticas contábeis, explicando estimativas e garantindo clareza e consistência nas divulgações.
Esses processos são interdependentes, visando garantir a precisão, transparência e
conformidade das demonstrações contábeis. 
É crucial destacar que todo o trabalho de auditoria, incluindo a evidência obtida, deve ser
meticulosamente documentado. Essa documentação respalda as conclusões do auditor, facilita
revisões por outros pro�ssionais, promove consistência e qualidade no processo, e é essencial
para cumprir padrões éticos e regulamentações da pro�ssão de auditoria. 
O avanço tecnológico impactou positivamente a evidenciação, possibilitando automação de
tarefas, análise e�ciente de grandes conjuntos de dados e a manutenção eletrônica de papéis de
trabalho. No entanto, os auditores devem estar atentos às implicações éticas e de segurança
Disciplina
Perícia e Auditoria
associadas ao uso de tecnologias avançadas, garantindo a integridade e con�abilidade das
evidências. 
Desse modo, a evidenciação de auditoria é um processo complexo que vai além da con�rmação
de números, demandando julgamento, análise crítica e documentação minuciosa para assegurar
uma avaliação independente e objetiva das demonstrações contábeis-�nanceiras, promovendo
con�ança nas informações apresentadas.  
A Responsabilidade do auditor na garantia da integridade �nanceira 
As responsabilidades do auditor abrangem desde o planejamento cuidadoso desse processo,até
a emissão de opiniões fundamentadas sobre a adequação e �dedignidade das demonstrações
contábeis.  
Assim, esse pro�ssional é encarregado de conduzir a auditoria de maneira independente,
obtendo evidências su�cientes, avaliando os controles internos, comunicando riscos e, por �m,
expressando opiniões claras e transparentes sobre as informações �nanceiras apresentadas
pela entidade. 
A norma NBC TA 210 (R1) (CFC, 2016) aborda a responsabilidade do auditor independente na
de�nição dos termos de um trabalho de auditoria, estabelecendo a interação com a
administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança.  
Nesse contexto, compete à administração a tarefa de estabelecer diretrizes contábeis, proteger
ativos, manter um sistema de controle interno e elaborar as demonstrações contábeis. O auditor,
por sua vez, emite uma opinião sobre a adequação dessas demonstrações à estrutura de
relatório �nanceiro aplicável (CREPALDI; CREPALDI, 2023). 
Para conduzir a auditoria de maneira imparcial, o auditor deve preservar a sua independência e
integridade, assegurando a ausência de con�itos de interesse ou in�uências que possam
comprometer sua objetividade.  Além disso, é imperativo que ele conduza toda a análise em
conformidade com as normas de auditoria aceitas, que orientam a execução do trabalho e a
emissão de opiniões. 
A apresentação das opiniões do auditor re�ete a conclusão de uma análise rigorosa e imparcial.
O auditor emite uma opinião não modi�cada se as demonstrações contábeis são consideradas
con�áveis, transmitindo con�ança aos usuários dessas informações. Em casos de distorções
materialmente relevantes, uma opinião modi�cada é emitida, destacando ressalvas e
comunicando de maneira clara os aspectos que afetam a interpretação das demonstrações. 
O processo de evidenciação na auditoria contábil
Disciplina
Perícia e Auditoria
No processo de evidenciação de auditoria nas demonstrações contábeis, os auditores analisam
vários elementos para assegurar a con�abilidade das informações. Dentre os principais aspectos
considerados, destacam-se: 
Políticas contábeis: exame das políticas contábeis para garantir que sejam apropriadas e
conformes aos princípios contábeis. Isso inclui uma avaliação cuidadosa da consistência
ao longo do tempo e da divulgação apropriada de quaisquer alterações nas políticas
adotadas. 
Estimativas contábeis: análise de estimativas como depreciação, provisões e valor justo
para veri�car razoabilidade e conformidade. 
Controles internos: avaliação da e�cácia dos controles internos e identi�cação de áreas de
risco. 
Transações signi�cativas: exame de transações e eventos signi�cativos para garantir
registro correto e divulgação apropriada. 
Conformidade normativa: veri�cação da conformidade com normas contábeis, requisitos
regulatórios e legais. 
Notas explicativas: análise da adequação das divulgações nas notas explicativas para
fornecer informações compreensíveis. 
Documentação adequada: veri�cação da existência de documentação que respalde as
conclusões do auditor. 
Eventos subsequentes: avaliação de eventos ocorridos após o balanço para determinar a
necessidade de ajustes ou divulgações adicionais nas demonstrações contábeis. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Essa análise abrangente visa garantir que as demonstrações contábeis estejam apresentadas de
maneira justa, em conformidade com os princípios contábeis aplicáveis, e que os usuários
possam con�ar nas informações para tomar decisões informadas sobre a situação �nanceira e o
desempenho da entidade.  
Auditoria nas Notas Explicativas 
A auditoria das notas explicativas desempenha um papel crucial no processo de avaliação da
transparência e integridade das demonstrações contábeis de uma entidade. Por outro lado, as
demonstrações contábeis oferecem uma visão consolidada da saúde �nanceira, as notas
explicativas detalham informações adicionais, políticas contábeis e eventos relevantes.  
As notas explicativas têm a função de apresentar a base para a elaboração das demonstrações
contábeis, divulgar informações exigidas pelos Pronunciamentos Técnicos e fornecer
informações adicionais relevantes para a compreensão das demonstrações (CPC 26 (R1), 2011). 
Durante o processo de auditoria das notas explicativas, o auditor busca garantir que essas
informações sejam apresentadasde maneira clara, precisa e em conformidade com os
requisitos normativos. Isso envolve uma análise detalhada das políticas contábeis, uma
avaliação criteriosa de estimativas críticas e a veri�cação da consistência ao longo do tempo. 
A identi�cação de áreas que envolvem discricionariedades ou riscos signi�cativos é crucial,
assim como a comparação com períodos anteriores e a interação com a administração para
compreender as razões por trás de mudanças signi�cativas e esclarecer informações.  
Por exemplo, o auditor deve veri�car a razoabilidade e conformidade das estimativas contábeis,
como depreciação, provisões e valor justo e, se necessário, comunicar-se com a administração
para con�rmar as informações ou esclarecer dúvidas. 
A auditoria também abrange a rigorosa veri�cação da conformidade das notas explicativas com
requisitos legais e normativos, garantindo que todas as informações exigidas estejam
devidamente apresentadas. A documentação detalhada desses procedimentos é essencial para
atender aos padrões éticos e regulamentares da pro�ssão de auditoria. 
Em última análise, esses procedimentos contribuem signi�cativamente para a con�abilidade do
relato �nanceiro, proporcionando aos usuários das demonstrações contábeis uma compreensão
completa e precisa do panorama �nanceiro e das práticas contábeis da entidade auditada. 
Desa�os da evidenciação: uma análise na auditoria da lumiar
Disciplina
Perícia e Auditoria
A importância da evidenciação nas demonstrações contábeis de uma empresa é evidenciada
pela necessidade de proporcionar transparência e clareza aos stakeholders, permitindo uma
compreensão precisa da situação �nanceira e operacional.  
Nesse contexto, a empresa Lumiar, nos últimos anos, passou por transformações signi�cativas,
implementando um novo sistema de gestão �nanceira, realizando investimentos signi�cativos
em equipamentos de produção e ampliando suas operações para mercados internacionais, com
a abertura de �liais em dois países. 
Contudo, ao iniciar a auditoria, a equipe percebeu que as notas explicativas não abordam
adequadamente os impactos �nanceiros dessas mudanças, pois não apresentam uma clara
evidenciação sobre como o novo sistema de gestão afetou os processos contábeis e se os
investimentos em equipamentos resultaram em melhorias signi�cativas na e�ciência
operacional. Além disso, a expansão internacional não está detalhadamente explicada,
levantando dúvidas sobre os riscos associados a essas novas operações. 
A falta de detalhes nessas áreas críticas pode comprometer a compreensão dos stakeholders
sobre a situação �nanceira e o desempenho da empresa. Diante desse cenário, a equipe de
auditoria enfrenta o desa�o de garantir uma evidenciação adequada para re�etir com precisão as
mudanças ocorridas e seus impactos nos resultados �nanceiros. 
Para enfrentar esses desa�os, a equipe de auditoria pode adotar ações como: 
Revisão Detalhada: conduzindo uma revisão detalhada das demonstrações contábeis e das
notas explicativas existentes. Devem identi�car áreas especí�cas em que as mudanças
Disciplina
Perícia e Auditoria
signi�cativas ocorreram, como a implementação do novo sistema de gestão, investimentos
em equipamentos e expansão internacional. 
Comunicação com a Administração: é crucial estabelecer uma comunicação aberta com a
administração da empresa. Os auditores devem discutir suas preocupações sobre a falta
de clareza nas notas explicativas e solicitar informações adicionais e explicações
detalhadas sobre as razões por trás das mudanças e os impactos �nanceiros esperados. 
Solicitação de Documentação Adicional: a equipe de auditoria deve solicitar documentação
adicional que respalde as mudanças nas políticas contábeis, os investimentos em
equipamentos e os detalhes da expansão internacional. Essa documentação pode incluir
relatórios de implementação do sistema, análises de e�ciência operacional após os
investimentos e planos estratégicos para as operações internacionais. 
Revisão das Políticas Contábeis: uma análise minuciosa das políticas contábeis deve ser
realizada para garantir que elas estejam devidamente documentadas e em conformidade
com os princípios contábeis aplicáveis. As mudanças nas políticas devem ser claramente
comunicadas nas notas explicativas, incluindo os motivos por trás dessas mudanças. 
Evidenciação Adequada: com base nas informações fornecidas pela administração e na
documentação adicional, os auditores devem trabalhar para garantir uma evidenciação
adequada nas notas explicativas. Essa evidenciação deve ser clara, precisa e su�ciente
para permitir que os usuários externos compreendam o impacto �nanceiro das mudanças
recentes. 
Relatório de Auditoria Transparente: o relatório de auditoria �nal deve re�etir claramente os
desa�os encontrados, as ações tomadas para abordá-los e quaisquer ressalvas ou ênfases
adicionais necessárias. 
Essas ações buscam assegurar que as notas explicativas proporcionem uma visão
con�ável e transparente da situação �nanceira e operacional da empresa, contribuindo para
a con�ança dos stakeholders.  
Portanto, ao abordar essas questões, a equipe de auditoria desempenhará um papel crucial na
melhoria da qualidade da evidenciação das informações �nanceiras da empresa Lumiar.
Videoaula: Evidenciação de auditoria nas demonstrações contábeis-
�nanceiras
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Neste vídeo resumo falaremos sobre o papel crucial da evidenciação na auditoria, destacando
sua contribuição para a transparência e con�abilidade �nanceira. Analisaremos
responsabilidades do auditor, desde o planejamento até a emissão de opiniões embasadas. Além
Disciplina
Perícia e Auditoria
disso, exploraremos a auditoria nas notas explicativas e um estudo de caso da empresa Lumiar.
Boa aula! 
Saiba mais
O Capítulo 10 do livro Auditoria: conceitos e aplicações, de William Attie, é uma fonte valiosa para
entender a importância e a funcionalidade dos papéis de trabalho no contexto da auditoria. Ele
explora diversos aspectos cruciais, incluindo a �nalidade desses documentos, modelos
especí�cos, fundamentos essenciais, a divisão estratégica dos papéis de trabalho e os diferentes
tipos existentes. A leitura do capítulo proporciona uma imersão detalhada no universo dos papéis
de trabalho em auditoria, oferecendo aos pro�ssionais e estudantes uma base sólida para a
aplicação prática desses conceitos essenciais. 
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597017229
Disciplina
Perícia e Auditoria
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) -
Apresentação das Demonstrações Contábeis. Brasília, DF, 2011. Disponível em: https://s3.sa-
east-1.amazonaws.com/static.cpc.aatb.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2023.pdf.
Acesso em: 28 nov. 2023.  
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 210 (R1) – Concordância com os Termos do
Trabalho de Auditoria. Brasília: CFC, 2016. Disponível em:
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA210(R1).pdf. Acesso em: 28 nov. de 2023. 
CREPALDI, Silvio Aparecido; CREPALDI, Guilherme Simões. Auditoria contábil: teoria e prática. 12.
ed. Barueri, SP: Atlas, 2023. 
Aula 3
Procedimentos �nais da auditoria e eventos subsequentes
Introdução
https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/static.cpc.aatb.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2023.pdf
https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/static.cpc.aatb.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2023.pdf
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA210(R1).pdf
Disciplina
Perícia e Auditoria
Olá, estudante! Nesta aula, exploraremos os procedimentos �nais da auditoria, destacando a
importância da revisão minuciosa dos papéis de trabalho, a veri�cação de eventos subsequentes
e a revisão conjunta.  
Abordaremos, também, os lançamentos de ajustes na auditoria contábil,discutindo como o
auditor lida com erros e imprecisões. Além disso, exploraremos outros procedimentos �nais,
como a análise de passivos contingentes e a avaliação da continuidade do negócio.  
Concluiremos a aula explorando desa�os enfrentados pela equipe de auditoria ao avaliar eventos
subsequentes na empresa Mega, compreendendo como essas questões são abordadas nos
procedimentos �nais, desde a revisão meticulosa até a emissão do relatório �nal.  
Vamos começar! 
 Desvendando os procedimentos �nais da auditoria
Disciplina
Perícia e Auditoria
Os procedimentos �nais da auditoria são essenciais para a conclusão do processo e a emissão
do parecer do auditor. Segundo Crepaldi e Crepaldi (2023), esta fase é marcada pela revisão
minuciosa dos papéis de trabalho, que representam a evidência concreta de uma auditoria
abrangente, adequada e em conformidade com as normas aceitas.  
Durante esse estágio, o auditor concentra-se na consolidação das informações obtidas ao longo
da auditoria, aplicando procedimentos adicionais conforme necessário. 
Essa revisão abrange todas as etapas da auditoria, assegurando a execução conforme os
padrões pro�ssionais e regulamentações aplicáveis. O auditor certi�ca-se de que todas as áreas
materialmente signi�cativas foram abordadas, evitando negligências, e garantindo que toda a
documentação permanente e de trabalho esteja completa, organizada e arquivada de maneira
apropriada, aspectos fundamentais para a prestação de contas e referências futuras. 
Além disso, são realizadas etapas adicionais como a veri�cação de eventos subsequentes às
demonstrações contábeis, a avaliação das respostas da administração às questões levantadas
durante a auditoria e a revisão conjunta com os responsáveis no cliente.  
Os eventos subsequentes referem-se às transações ocorridas entre a data do balanço e a
emissão do parecer do auditor, podendo impactar a opinião emitida se não forem
adequadamente divulgados (ARAÚJO; ARRUDA; BARRETTO, 2008).  
A revisão conjunta é aconselhada para discutir conclusões, discrepâncias e ajustes propostos,
servindo como teste conclusivo do trabalho (CREPALDI; CREPALDI, 2023). 
No estágio �nal, o auditor avalia se todas as evidências foram consideradas, se as questões
foram abordadas adequadamente e se há base su�ciente para emitir um parecer sobre as
demonstrações contábeis.  
Atuando com independência e imparcialidade, o auditor prepara o terreno para a emissão do
relatório �nal de auditoria, re�etindo não apenas sua opinião sobre a �dedignidade das
demonstrações �nanceiras, mas também destacando preocupações ou ressalvas signi�cativas. 
Esses procedimentos �nais representam a última linha de defesa na garantia da qualidade e
precisão das demonstrações �nanceiras, contribuindo para a solidez e con�abilidade da
Disciplina
Perícia e Auditoria
informação contábil.  
Neste contexto, a atenção meticulosa aos detalhes, a comunicação efetiva e a aplicação rigorosa
dos princípios de auditoria são imperativas para o sucesso deste estágio �nal, proporcionando
uma avaliação con�ável da saúde �nanceira de uma entidade.  
Lançamentos de Ajustes na Auditoria Contábil  
Durante o curso da auditoria, o auditor pode identi�car erros, omissões ou imprecisões nas
informações contábeis da empresa auditada. Essas descobertas frequentemente exigem
correções por meio de lançamentos de ajustes e/ou reclassi�cações. Ao concluir o processo, é
necessário fazer uma revisão minuciosa dos papéis de trabalho, avaliando globalmente os
pontos identi�cados e considerando a materialidade desses ajustes (ATTIE, 2018). 
Quando esses ajustes são considerados materiais, o auditor inicia uma discussão detalhada com
a administração da empresa auditada para debater os ajustes propostos em busca de uma
resolução adequada para as demonstrações contábeis.  
Após a discussão e aceitação dos ajustes, o auditor determina os lançamentos contábeis
necessários para registrá-los nos registros o�ciais da empresa. As folhas mestras de trabalho
são ajustadas para re�etir os valores �nais após os lançamentos contábeis, constituindo a base
para a elaboração das demonstrações contábeis e a formulação do parecer de auditoria (ATTIE,
2018). 
Se todos os ajustes forem realizados, os objetivos de auditoria são atingidos sem ressalvas; caso
contrário, áreas afetadas podem ter conclusões ressalvadas. Esse processo assegura a
integridade e a con�abilidade das demonstrações contábeis, fornecendo uma visão precisa da
situação �nanceira da empresa.
Outros procedimentos �nais da auditoria
Disciplina
Perícia e Auditoria
Os procedimentos �nais de auditoria compreendem etapas cruciais para a conclusão do trabalho
de campo e a emissão da opinião do auditor. Outros procedimentos �nais de auditoria
fundamentais incluem: 
Passivos contingentes: os auditores examinam possíveis obrigações futuras, como litígios
judiciais e reivindicações de garantias, para garantir que a empresa esteja seguindo as normas
contábeis na evidenciação desses passivos. 
Transações de partes relacionadas (NBC TA 550): veri�cação de transações entre partes
relacionadas, como empresas a�liadas, sócios, diretores, e a aplicação de testes substantivos
para corrigir distorções relevantes nas demonstrações �nanceiras. 
Avaliação da continuidade do negócio (NBC TA 570): avaliação das evidências que indicam a
continuidade dos negócios, alertando os usuários para possíveis descontinuidades
empresariais. 
Uso de representações formais (NBC TA 580 (R1)): ao encerrar a auditoria, o auditor obtém uma
carta da administração, combinada com a carta de contratação, que con�rma o fornecimento
completo de informações e o cumprimento dos requisitos legais pela administração. Essa carta
evidencia a responsabilidade da administração em conceder acesso aos dados da empresa,
assegurando conformidade legal. 
Documentação de auditoria (NBC TA 230 (R1)): a documentação completa dos atos, conforme as
normas estabelecidas, é fundamental para registrar quem documentou, revisou e analisou as
evidências, servindo como base para a formação da opinião e como prova hábil do cumprimento
das normas. 
Esses procedimentos �nais são cruciais para garantir a integridade, precisão e conformidade das
demonstrações �nanceiras auditadas, fornecendo con�ança aos usuários das informações
contábeis.  
Eventos Subsequentes na Auditoria Contábil 
Um elemento importante nesta auditoria são os eventos subsequentes que se referem a
acontecimentos ocorridos após a data das demonstrações contábeis e que podem impactar
signi�cativamente a visão que os usuários têm da saúde �nanceira de uma empresa.  
A norma NBC TA 560 (R1) estabelece as responsabilidades do auditor independente em relação
a esses eventos, fornecendo diretrizes sobre como avaliá-los e incorporá-los ao processo de
auditoria. 
Conforme a NBC TA 560 (R1) (CFC, 2016) eventos subsequentes referem-se a eventos ocorridos
entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente, assim
como fatos que foram conhecidos pelo auditor após a data de emissão do seu relatório.  
Podemos classi�car esses eventos em dois tipos: aqueles que fornecem evidência de condições
já existentes na data das demonstrações contábeis e aqueles que indicam a ocorrência de
condições que surgiram após essa data. A avaliação desses eventos é essencial para garantir
que as demonstrações contábeis ofereçam uma representação precisa e atualizada da posição
�nanceira da entidade. 
O auditor independente, ao aplicar procedimentos especí�cos para lidar com eventos
subsequentes, busca identi�car eventos que possam exigir ajustes ou divulgações nas
demonstrações contábeis.  
Esses procedimentos incluem a obtenção de entendimento dos processos estabelecidos pela
administração para identi�car eventos subsequentes, a indagação à administração sobre eventos
relevantes e a leitura de atas de reuniões importantes realizadas após a data das demonstrações
contábeis. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
É crucial destacar que o auditor independente não tema obrigação de executar procedimentos
de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. No entanto, se
após a data do relatório, o auditor tomar conhecimento de fatos que poderiam alterar sua
opinião, ele deve discutir esses assuntos com a administração e determinar se as
demonstrações contábeis precisam ser alteradas. 
Assim, a abordagem dos eventos subsequentes na auditoria é essencial para assegurar a
integridade e relevância das informações contábeis, proporcionando transparência e con�ança
aos usuários das demonstrações contábeis.
Procedimentos �nais da auditoria na empresa mega
A empresa Mega, após concluir seu exercício �nanceiro em 31 de dezembro de 20X1, está se
preparando para a auditoria de suas demonstrações �nanceiras. Durante o processo, os
procedimentos �nais tornam-se cruciais para garantir a integridade e precisão das informações
contábeis. 
Ao revisar os papéis de trabalho e consolidar as informações obtidas ao longo da auditoria, a
equipe identi�ca algumas transações signi�cativas que ocorreram entre a data do balanço (31 de
dezembro de 20X1) e a data de emissão do relatório do auditor (15 de março de 20X2). Essas
transações podem ter impacto material nas demonstrações �nanceiras. 
Além disso, durante a avaliação dos eventos subsequentes, a equipe de auditoria toma
conhecimento de uma investigação em andamento relacionada a práticas contábeis da empresa,
Disciplina
Perícia e Auditoria
iniciada em janeiro de 20X2. A natureza da investigação sugere a possível existência de passivos
contingentes não divulgados nas demonstrações �nanceiras. 
Diante dessa situação, a equipe de auditoria enfrenta desa�os críticos. Devendo, então,
determinar a abordagem adequada para lidar com as transações ocorridas após a data do
balanço, avaliar a materialidade dessas transações e decidir se ajustes ou divulgações são
necessários.  
Além disso, a equipe precisa considerar o impacto potencial da investigação em andamento nos
resultados e na posição �nanceira da empresa, re�etindo sobre a necessidade de ajustes
retroativos ou divulgações adicionais. 
Como a equipe de auditoria deve abordar esses desa�os nos procedimentos �nais da auditoria e
na avaliação dos eventos subsequentes, garantindo que o relatório do auditor forneça uma
opinião con�ável e transparente sobre as demonstrações �nanceiras dessa empresa? 
Diante dos desa�os identi�cados, a equipe deve adotar uma abordagem cuidadosa e rigorosa
nos procedimentos �nais da auditoria e na avaliação dos eventos subsequentes. Vejamos
algumas etapas a serem seguidas: 
Procedimentos Finais da Auditoria: 
Revisão meticulosa: realizar uma revisão minuciosa dos papéis de trabalho, garantindo que
todas as áreas materialmente signi�cativas tenham sido adequadamente abordadas.
Certi�car-se de que a documentação permanente e de trabalho esteja completa, organizada
e arquivada de maneira apropriada.
Veri�cação de eventos subsequentes: avaliar transações signi�cativas que ocorreram entre
a data do balanço e a data de emissão do relatório do auditor. Conduzir discussões com a
administração sobre quaisquer ajustes propostos relacionados a essas transações.
Revisão conjunta: realizar uma revisão conjunta com os responsáveis na empresa auditada
para discutir conclusões, discrepâncias e ajustes propostos.
Emissão do parecer: avaliar se todas as evidências foram consideradas e se há base
su�ciente para emitir um parecer sobre as demonstrações contábeis.
Avaliação de Eventos Subsequentes: 
Identi�cação de transações e investigação: identi�car todas as transações signi�cativas
que ocorreram após a data do balanço. Investigar a natureza e o status da investigação em
andamento relacionada a práticas contábeis, compreendendo seu potencial impacto nas
demonstrações �nanceiras.
Avaliação de materialidade: avaliar a materialidade das transações identi�cadas e da
investigação em andamento, considerando seu impacto potencial nas demonstrações
�nanceiras.
Discussão com administração: iniciar uma discussão detalhada com a administração sobre
os ajustes propostos em decorrência das transações e da investigação, buscando
resolução adequada.
Comunicação Transparente: comunicar de forma transparente qualquer ajuste necessário
nas demonstrações contábeis ou divulgação adicional que possa impactar a visão dos
usuários.
Emissão de relatório apropriado: re�etir as conclusões da avaliação de eventos
subsequentes no relatório do auditor, conforme exigido pelas normas e regulamentos
Disciplina
Perícia e Auditoria
aplicáveis.
Ao seguir essas etapas, a equipe de auditoria pode fornecer uma opinião con�ável, transparente
e em conformidade com as normas pro�ssionais sobre as demonstrações �nanceiras da
empresa auditada.
Videoaula: Procedimentos �nais da auditoria e eventos subsequentes
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Neste vídeo resumo, veremos os procedimentos �nais da auditoria, os lançamentos de ajustes,
discutindo como o auditor lida com erros e imprecisões. Além disso, abordaremos os eventos
subsequentes e conheceremos o caso da empresa Mega, que enfrenta desa�os críticos
relacionados aos procedimentos �nais de auditoria e eventos subsequentes.
Saiba mais
Disciplina
Perícia e Auditoria
O capítulo 16 do livro Auditoria Contábil: Teoria e Prática de Silvio Aparecido Crepaldi e Guilherme
Simões Crepaldi, é uma leitura essencial para compreender o programa de auditoria aplicado a
eventos subsequentes.  
Este capítulo oferece uma visão aprofundada, começando com uma introdução que estabelece o
cenário para a compreensão dos eventos subsequentes e suas implicações na auditoria. As
de�nições claras fornecem a base necessária para uma compreensão robusta do tema. 
Além disso, o capítulo aborda o reconhecimento e mensuração de eventos subsequentes à data
do balanço, detalhando eventos que originam ajustes e aqueles que não originam ajustes.  
A discussão se estende a aspectos especí�cos, como dividendos, e explora os procedimentos de
auditoria relevantes para transações e eventos ocorridos entre o término do exercício social e a
emissão da opinião.
Referências
ATTIE, W. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. 2016/NBCTA200(R1). Resoluções e Ementas do CFC,
2016. Disponível em: https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2016/NBCTA200(R1)&_ga=2.91926426.1049426196.1702300183-
1974061541.1702300183. Acesso em: 11 dez. 2023. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria contábil: teoria e prática. 12. ed. Barueri, SP: Atlas,
2023. 
ARAÚJO, I. P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETTO, P. H. T. Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo
e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786559775002
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)&_ga=2.91926426.1049426196.1702300183-1974061541.1702300183
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)&_ga=2.91926426.1049426196.1702300183-1974061541.1702300183
https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)&_ga=2.91926426.1049426196.1702300183-1974061541.1702300183
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Perícia e Auditoria
Aula 4
Formação de opinião de auditoria e relatórios de auditoria
Introdução
Olá, estudante! Nesta aula, vamos aprofundar nossa compreensão sobre os aspectos essenciais
relacionados à formação de opinião de auditoria e à elaboração de relatórios, ressaltando sua
grande importância no cenário da auditoria e na garantia da transparência e con�abilidade das
informações �nanceiras apresentadas pelas entidades. 
O processo meticuloso de formação de opinião do auditor visa proporcionar uma avaliação
independente e objetiva da situação �nanceira, operacional e de conformidade de uma entidade.
Os diferentes tipos de opinião, comou sem ressalvas, adversa ou abstenção, proporcionam uma
análise clara e compreensível do estado das demonstrações contábeis, capacitando os usuários
das informações contábeis a tomar decisões informadas.  
Ao �nal desta jornada, teremos uma visão abrangente sobre como os relatórios de auditoria se
tornam instrumentos essenciais para embasar decisões informadas no universo contábil.  
Boa aula! 
 Relatórios de auditoria: instrumentos para decisões informadas
Disciplina
Perícia e Auditoria
A formação de opinião de auditoria e a subsequente elaboração de relatórios desempenham
papéis cruciais no universo da auditoria, fornecendo uma avaliação independente e objetiva da
situação �nanceira, operacional e de conformidade de uma entidade. Esses processos são
fundamentais para assegurar a transparência, a con�abilidade e a integridade das informações
apresentadas nas demonstrações contábeis.  
Conforme a NBC TA 700 (CFC, 2016a), o auditor tem como objetivo formar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões alcançadas pela evidência de
auditoria obtida. 
A formação de opinião de auditoria envolve uma análise meticulosa e sistemática das
transações, controles internos e práticas contábeis da entidade auditada. O auditor, ao conduzir
exames detalhados, busca obter evidências su�cientes para respaldar sua conclusão sobre a
�dedignidade das demonstrações �nanceiras. Durante esse processo, ele avalia a conformidade
com normas contábeis, a e�cácia dos controles internos e a adequação das práticas adotadas. 
Uma vez concluída a fase de exames, o auditor enfrenta a responsabilidade de formar sua
opinião, re�etindo de maneira clara e imparcial as descobertas da auditoria. Essa opinião é,
frequentemente, apresentada por meio de relatórios de auditoria, documentos técnicos que
comunicam os resultados à administração da entidade auditada, aos acionistas, investidores e
demais partes interessadas. 
Os relatórios de auditoria não são apenas registros técnicos, são instrumentos necessários para
a tomada de decisões informadas. Esses relatórios não apenas comunicam os achados, mas
também oferecem recomendações para melhorias, quando aplicável. Além disso, o parecer do
Disciplina
Perícia e Auditoria
auditor sobre as demonstrações �nanceiras fornece uma avaliação formal da sua conformidade
com as práticas contábeis aplicáveis. 
O parecer do auditor independente, con�gura-se como um documento em que expressa sua
opinião acerca das demonstrações contábeis de uma entidade (CREPALDI; CREPALDI, 2023). O
auditor pode emitir uma opinião não modi�cada (sem ressalva) ou modi�cada (ressalva, opinião
adversa e abstenção de opinião).  
Figura 1 | Tipos de opinião de auditoria.
O auditor emite uma opinião não modi�cada quando as demonstrações contábeis estão em
todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório �nanceiro aplicável (CFC,
2016a).  
Já a modi�cação da opinião, conforme aponta a NBC TA 705 (CFC, 2016b), ocorre caso o auditor,
com base nas evidências obtidas, identi�que distorções relevantes nas demonstrações
contábeis ou se não puder obter evidências su�cientes para concluir sobre a ausência de
distorções relevantes. 
A ética, a con�dencialidade e a aderência às normas pro�ssionais são princípios orientadores
durante todo o processo. Os auditores devem agir com integridade, imparcialidade e
responsabilidade, garantindo que todas as informações relevantes sejam consideradas na
formação da opinião e na elaboração dos relatórios. 
Desse modo, a formação de opinião de auditoria e a elaboração de relatórios são facetas
essenciais nesta prática, desempenhando um papel crucial na promoção da con�ança e na
garantia da qualidade das informações �nanceiras apresentadas pelas entidades. Esses
processos não apenas cumprem requisitos regulatórios, mas também contribuem
signi�cativamente para a e�ciência e a transparência do ambiente empresarial. 
Disciplina
Perícia e Auditoria
Tipos de opinião de auditoria
Existem quatro tipos principais de opinião de auditoria que pode ser emitida ao concluir uma
análise das demonstrações contábeis de uma entidade: 
Opinião sem ressalvas (opinião limpa): descreve que as demonstrações contábeis estão
apresentadas de maneira correta, em conformidade com os princípios contábeis aplicáveis.  
Opinião com ressalvas: aponta que, no geral, as demonstrações contábeis estão corretas, mas
existem certas áreas em que o auditor identi�cou questões ou limitações que são relevantes,
mas não são generalizadas (Figura 1). Essas ressalvas são detalhadas no relatório de auditoria. 
Opinião adversa: indica que as demonstrações contábeis não estão apresentadas de maneira
correta, ou em conformidade com os princípios contábeis aplicáveis. Este tipo de opinião é
emitido quando as distorções identi�cadas são relevantes e generalizadas. 
Abstenção de opinião: ocorre quando o auditor não pode emitir uma opinião sobre as
demonstrações contábeis. Pode ser devido à falta de evidência su�ciente ou a restrições nas
circunstâncias da auditoria.  
Quadro 1 | Tipos de opinião modi�cada. Fonte: CPC (2016b). 
Natureza do assunto
que gerou a
modi�cação
Julgamento do auditor sobre a
disseminação de forma generalizada dos
efeitos ou possíveis efeitos sobre as
demonstrações contábeis
Disciplina
Perícia e Auditoria
Relevante, mas não
generalizado
Relevante e
generalizado
Demonstrações
contábeis apresentam
distorções relevantes
Opinião com
ressalva
Opinião adversa
Impossibilidade de se
obter evidência de
auditoria apropriada e
su�ciente
Opinião com
ressalva
Abstenção de
opinião
A escolha entre esses tipos de opinião depende da adequação das demonstrações contábeis em
relação aos princípios contábeis aplicáveis e da extensão das questões identi�cadas durante a
auditoria. Cada tipo de opinião fornece uma avaliação clara do estado das demonstrações
contábeis da entidade.  
Desvendando o Relatório de Auditoria 
O relatório de auditoria é uma declaração técnico-pro�ssional do auditor, endereçado geralmente
aos acionistas ou à governança da entidade (CREPALDI; CREPALDI, 2023). Em sua con�guração
geral, o relatório deve abranger elementos como título, destinatários, opinião, base para a opinião,
informações adicionais, principais assuntos de auditoria, responsabilidades da administração e
da governança pelas demonstrações contábeis, bem como as responsabilidades do auditor pela
auditoria das demonstrações contábeis, data, assinatura e identi�cação.  
Essa amplitude visa assegurar que o relatório não seja apenas um procedimento padrão, mas
sim um veículo informativo robusto, consolidando a transparência, con�abilidade e clareza no
processo de auditoria e comunicação com os stakeholders. 
Dentro da estrutura do relatório, a seção da opinião do auditor desempenha um papel essencial,
não apenas identi�cando a entidade auditada, mas também detalhando as demonstrações
contábeis sob análise e especi�cando o período coberto. A opinião do auditor, seja ela não
modi�cada ou com ressalvas, é apresentada de maneira clara e assertiva, consolidando a
avaliação independente sobre a �dedignidade das demonstrações auditadas. 
A seção base para opinião é igualmente signi�cativa, pois declara a conformidade da auditoria
com as normas, referência as responsabilidades do auditor, aborda a independência ética e
avalia a su�ciência da evidência. Essas declarações reforçam a integridade e a aderência aos
padrões éticos na condução da auditoria. 
Na parte das responsabilidades, a seção dedicada à administração destaca sua responsabilidade
pela elaboração das demonstrações contábeis e pela avaliação da continuidade operacional. Por
outro lado, as responsabilidades do auditor independente detalham seus objetivos, a aplicação
de julgamento pro�ssional, a avaliação de riscos e a comunicação com os responsáveis pela
governança.  
Esses aspectos asseguram uma compreensão abrangente das funções e responsabilidades de
ambas as partes no processo de auditoria, reforçando a transparênciae a con�abilidade do
relatório. 
Assim, a estrutura cuidadosamente delineada do relatório de auditoria visa ir além de uma
formalidade, atuando como um veículo informativo robusto que consolida a transparência,
Disciplina
Perícia e Auditoria
con�abilidade e clareza no processo de auditoria e na comunicação e�caz com os stakeholders. 
Exemplo de relatório de auditoria
Para propiciar melhor entendimento a respeito do relatório de auditoria, segue um modelo de
relatório sem ressalva apresentamos nos apêndices da NBC TA 700 (CPC, 2016a):  
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Aos acionistas da Companhia ABC [ou outro destinatário apropriado]  
Opinião 
Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia ABC, que compreendem o balanço
patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e as respectivas demonstrações do resultado, do
resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos �uxos de caixa para o exercício
�ndo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das
principais políticas contábeis. 
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e �nanceira da Companhia ABC em 31
de dezembro de 20X1, o desempenho de suas operações e os seus �uxos de caixa para o
exercício �ndo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 
Base para opinião 
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a
Disciplina
Perícia e Auditoria
seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”.
Somos independentes em relação à companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes
previstos no Código de Ética Pro�ssional do Contador e nas normas pro�ssionais emitidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de
acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é su�ciente e
apropriada para fundamentar nossa opinião. 
Principais assuntos de auditoria 
Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento pro�ssional, foram os
mais signi�cativos em nossa auditoria do exercício corrente [...]. 
Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor 
A administração da companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o
relatório da administração [...]. 
Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis 
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações
contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que
ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres
de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. 
Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da
capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos
relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das
demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou
cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento
das operações [...]. 
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis 
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas
em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de
segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas
brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes
existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes
quando, individualmente ou em conjunto, possam in�uenciar, dentro de uma perspectiva
razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações
contábeis [...]. 
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente] 
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)] 
[Nome do pro�ssional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)] 
[Números de registro no CRC da �rma de auditoria e do pro�ssional que assina o relatório e sua
categoria pro�ssional de contador] 
[Assinatura do auditor independente]
Videoaula: Formação de opinião de auditoria e relatórios de auditoria
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Perícia e Auditoria
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Neste vídeo resumo exploraremos a formação de opinião de auditoria e a elaboração de
relatórios, ressaltando sua relevância na garantia da transparência das informações �nanceiras.
Vamos, também, entender os diversos tipos de opinião que os auditores emitem e a estrutura do
relatório de auditoria.  
Saiba mais
O capítulo 5 do livro Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na auditoria externa, de Luiz
dos Santos Lins, aborda tópicos cruciais relacionados ao relatório de auditoria, à carta de
responsabilidade e à legislação SOx.  
No contexto da auditoria, o relatório desempenha um papel fundamental, pois é por meio dele
que o auditor comunica suas conclusões e opiniões sobre as demonstrações �nanceiras
auditadas. O capítulo explora a estrutura e o conteúdo essenciais do relatório de auditoria,
destacando a importância da clareza e transparência na comunicação com os stakeholders. 
Referências
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597011807
Disciplina
Perícia e Auditoria
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TA
700. Brasília: CFC, 2016a. Disponível em:
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA700.pdf. Acesso em: 30 nov. de 2023. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TA
705. Brasília: CFC, 2016b. Disponível em:
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA705.pdf. Acesso em: 30 nov. de 2023. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria contábil: teoria e prática. 12. ed. Barueri, SP: Atlas,
2023. 
LINS, L. S. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na auditoria externa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2017
Aula 5
Revisão da unidade
Caminhos da auditoria contábil: da evidenciação à formação de opinião
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA700.pdf
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA705.pdf
Disciplina
Perícia e Auditoria
No contexto intrincado da auditoria contábil, a atuação do auditor transcende a mera análise
numérica, exigindo um profundo domínio dos aspectos conceituais, legais e normativos
relacionados à evidenciação, procedimentos �nais, eventos subsequentes, formação de opinião e
elaboração de relatórios de auditoria. A integração e�caz desses elementos é crucial para
assegurar a transparência e con�abilidade das informações �nanceiras. 
A evidenciação, etapa crucial no processo, envolve a coleta e análise de evidências que
sustentam as conclusões do pro�ssional. Durante essa fase, ele reúne documentos, registros e
informações relevantes para validar a precisão e validade das transações contábeis, sendo
essencial que essas evidências sejam su�cientes, competentes e apropriadas, proporcionando
uma base sólida para a formação de opinião sobre as demonstrações �nanceiras da entidade
auditada. 
Além disso, a análise de eventos subsequentes é fundamental para avaliar a continuidade das
operações e a adequação das demonstrações contábeis. Mesmo que o auditor não seja obrigado
a examinar transações do períodosubsequente, como indica Attie (2018), a inclusão de
procedimentos no programa de trabalho é recomendada para identi�car possíveis manipulações
ou erros realizados pela empresa ao encerrar suas demonstrações contábeis. 
Os procedimentos �nais englobam revisões, avaliação de contingências, conclusões sobre a
continuidade operacional e a obtenção de evidências adicionais, se necessário. Essa fase do
processo visa assegurar que todas as áreas relevantes foram adequadamente auditadas e que a
documentação suporta a opinião a ser expressa. 
A formação de opinião é o centro da auditoria. Com base na avaliação de evidências coletadas e
na análise de todas as áreas críticas, o auditor emite uma opinião sobre a �dedignidade das
Disciplina
Perícia e Auditoria
demonstrações contábeis. Essa opinião ou parecer pode ser sem ressalva, com ressalva, adversa
ou abstenção de opinião, dependendo das circunstâncias identi�cadas durante a auditoria.  
Assim, os relatórios de auditoria podem ser classi�cados em dois grandes grupos: relatórios sem
opinião modi�cada (sem ressalva) e relatórios com opinião modi�cada (com ressalva, adverso e
com abstenção de opinião) (LINS, 2017). 
O relatório de auditoria, etapa �nal do processo, representa uma narrativa minuciosa dos fatos
constatados durante os exames, baseada em evidências concretas. Essencial no trabalho do
auditor, esse relatório comunica resultados, comentários, observações, conclusões, opiniões e
recomendações, assim como as ações necessárias pela administração (ARAÚJO; ARRUDA;
BARRETTO, 2008). 
O auditor deve ser capaz de redigir relatórios de maneira clara, concisa e em conformidade com
as normas de auditoria contábil. A transparência na comunicação é crucial para fornecer
informações úteis aos stakeholders, promovendo a con�ança no processo de auditoria e nas
demonstrações contábeis auditadas. 
Dessa forma, os procedimentos �nais de auditoria são uma etapa fundamental que exige
abordagem conceitual sólida, aderência rigorosa às normas e regulamentos, consideração de
eventos subsequentes, execução de procedimentos adicionais, se necessário, e formação de
uma opinião embasada que será divulgada por meio do relatório de auditoria.  
O sucesso desse processo não apenas promove a transparência nas informações �nanceiras,
mas também fortalece a con�ança dos stakeholders na integridade das práticas contábeis da
entidade auditada.
Videoaula: Revisão da unidade
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Neste vídeo resumo, abordaremos a evidenciação, análise de eventos subsequentes, os
procedimentos �nais, a formação de opinião e a elaboração de relatórios como partes essenciais
do processo de auditoria. Além disso, vamos conhecer os tipos de opinião do auditor, que são
fundamentais para compreender a conclusão do auditor sobre a �dedignidade das
demonstrações contábeis.
Estudo de caso
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Perícia e Auditoria
A auditoria anual das demonstrações contábeis de uma empresa de grande porte no setor de
manufatura iniciou-se com um cuidadoso processo de planejamento.  
Você que é o coordenador da equipe de auditoria, em colaboração com a administração da
empresa, propôs realizar uma reunião inicial para compreender os objetivos, riscos e
peculiaridades do negócio.  
Essa fase envolveu também a análise do ambiente regulatório, a identi�cação de áreas de risco e
o desenvolvimento de um plano de auditoria. A avaliação dos controles internos, e�cazes na
prevenção e detecção de erros ou fraudes, e a análise dos riscos em cada área auditada
complementaram esse processo inicial. 
Posteriormente, o planejamento foi colocado em prática por meio da aplicação de
procedimentos de auditoria. Esse estágio envolveu a coleta de documentos, registros contábeis e
outras informações relevantes para fundamentar as conclusões da auditoria. A equipe também
se dedicou à avaliação de eventos subsequentes, ocorridos após o encerramento do período
contábil, iniciando, assim, os procedimentos �nais de revisões e avaliação de contingências. 
Contudo, durante a análise desses procedimentos �nais, você se deparou com uma contingência
signi�cativa não prevista no planejamento inicial. Essa contingência envolvia passivos
relacionados aos litígios em andamento, cujas implicações �nanceiras poderiam ser
substanciais. Diante desse cenário, a equipe teve que reavaliar rapidamente os procedimentos
�nais, incorporando uma análise detalhada dos documentos legais e registros contábeis
associados aos litígios, bem como a avaliação do potencial impacto �nanceiro. Essa revisão
exigiu tempo adicional, recursos e uma abordagem criteriosa para garantir a adequada
evidenciação e compreensão da contingência. 
A presença dessa contingência inesperada gerou incertezas signi�cativas na formação de
opinião sobre as demonstrações contábeis. Com isso, vocês da auditoria, enfrentaram o desa�o
de considerar adequadamente o impacto potencial desses litígios e determinar a extensão de
sua relevância para a opinião a ser expressa.  
Disciplina
Perícia e Auditoria
Além disso, a identi�cação tardia dessa contingência apresentou desa�os adicionais na
elaboração do relatório de auditoria. A comunicação transparente sobre os litígios, suas
possíveis implicações e as ações recomendadas pela equipe de auditoria para a administração
tornou-se um ponto crítico na redação do relatório. 
Diante desse cenário desa�ador, vocês auditores internos se depararam com a necessidade de
tomar medidas estratégicas para mitigar os riscos associados aos litígios. Que medidas deve
tomar? Como a auditoria deve responder a essa situação inesperada?
Re�ita
A situação apresentada no processo de auditoria da empresa de manufatura levanta questões
essenciais sobre a complexidade e imprevisibilidade que podem surgir durante a auditoria. O
imprevisto litígio identi�cado nos procedimentos �nais destaca a importância de adaptabilidade
e resiliência por parte da equipe de auditoria. 
Essa situação desa�a não apenas a capacidade técnica da equipe, mas também sua habilidade
de gerenciar crises inesperadas. A incerteza introduzida pela contingência levanta a questão de
como a equipe pode avaliar adequadamente o impacto potencial desses litígios na formação de
opinião sobre as demonstrações contábeis. 
Além disso, a identi�cação tardia da contingência ressalta a necessidade de revisões contínuas e
diligentes durante todo o processo. A comunicação transparente sobre os litígios no relatório de
auditoria é um ponto crítico, destacando a importância da clareza e da integridade na divulgação
de informações.  
Assim, essa situação desa�adora ressalta a natureza dinâmica e multifacetada da auditoria
contábil, onde imprevistos podem surgir mesmo com um planejamento cuidadoso.  
A equipe de auditoria é instigada a buscar soluções inovadoras, melhorias nos processos e
aprimorar a capacidade de adaptação para enfrentar e�cazmente desa�os inesperados. 
Videoaula: Resolução do estudo de caso
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Diante da situação desa�adora encontrada durante a auditoria, você e sua equipe precisam
adotar uma abordagem estratégica e e�caz para resolver a contingência identi�cada nos
procedimentos �nais. Aqui estão algumas sugestões de resolução: 
Reunião de emergência: convocar uma reunião de emergência com a equipe de auditoria,
incluindo especialistas contábeis e legais, para discutir em detalhes a natureza da contingência
identi�cada e suas possíveis implicações. 
Diagnóstico detalhado: realizar um diagnóstico detalhado da contingência, analisando
documentos legais, registros contábeis e qualquer outra informação relevante para compreender
totalmente a situação. 
Disciplina
Perícia e AuditoriaAvaliação de impacto �nanceiro: trabalhar em estreita colaboração com especialistas em
avaliação de contingências para estimar com precisão o impacto �nanceiro potencial da
situação. Isso inclui considerar diferentes cenários e probabilidades associadas aos litígios. 
Comunicação com a administração: agendar uma reunião com a administração da empresa
auditada para comunicar a descoberta da contingência e discutir abertamente as possíveis
implicações, assim como apresentar as recomendações da equipe de auditoria para lidar com a
situação. 
Revisão dos procedimentos �nais: revisar e ajustar os procedimentos �nais de auditoria para
incorporar a nova informação e garantir que a análise da contingência seja abrangente e
detalhada. 
Relatório de auditoria revisado: elaborar um relatório revisado que inclua uma seção dedicada à
contingência, descrevendo claramente a natureza do litígio, seu impacto potencial e as ações
recomendadas pela equipe de auditoria. 
Recomendações para mitigação de riscos: sugerir medidas especí�cas à administração para
mitigar os riscos associados aos litígios, como a busca de soluções alternativas, a consideração
de acordos ou a implementação de ações preventivas para evitar contingências semelhantes no
futuro. 
Monitoramento contínuo: estabelecer um plano de monitoramento contínuo para acompanhar o
desenvolvimento dos litígios, ajustar os procedimentos, se necessário, e garantir que quaisquer
novas informações relevantes sejam prontamente consideradas. 
Transparência na comunicação: manter uma comunicação transparente e aberta com a
administração, destacando a importância da cooperação mútua na gestão da contingência e na
conclusão bem-sucedida da auditoria. 
Aprendizado Contínuo: após a conclusão da auditoria, realizar uma análise retrospectiva para
identi�car lições aprendidas, reforçar procedimentos preventivos e aprimorar o planejamento
para evitar surpresas semelhantes em auditorias futuras. 
Essas ações visam enfrentar os desa�os emergentes, garantindo uma abordagem proativa,
transparente e colaborativa para lidar com a contingência inesperada e, ao mesmo tempo,
proteger a integridade do processo de auditoria. 
Resumo visual
Disciplina
Perícia e Auditoria
Disciplina
Perícia e Auditoria
Figura 1 | Processo de Auditoria Contábil – Do Planejamento à Formação de Opinião.
Disciplina
Perícia e Auditoria
Referencia
ARAÚJO, I. P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETTO, P. H. T. Auditoria contábil: enfoque teórico, normativo
e prático. São Paulo: Saraiva, 2008. 
ATTIE, W Auditoria: Conceitos e Aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
LINS, L. S. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na auditoria externa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2017.

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