Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Resumo para B1 de Sexta-Feira 
Sumya El Saifi- Enfermagem. 
Cardio e respiratório. 
Sistema Nervoso: Estrutura e Função com Detalhamento dos Nervos
O sistema nervoso é responsável por controlar e coordenar todas as funções do organismo, 
dividindo-se em:
	 1.	 Sistema Nervoso Central (SNC) – processamento e integração das informações.
	 2.	 Sistema Nervoso Periférico (SNP) – condução dos impulsos nervosos entre o SNC 
e o corpo.
1. Sistema Nervoso Central (SNC)
Formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, é responsável pelo processamento das 
informações e controle das respostas do organismo.
1.1 Encéfalo
	 •	 Cérebro: controla raciocínio, memória, emoções e movimentos voluntários.
	 •	 Cerebelo: regula equilíbrio, postura e coordenação motora.
	 •	 Tronco encefálico: conecta cérebro e medula espinhal, regulando funções vitais 
como respiração e batimentos cardíacos.
1.2 Medula Espinhal
	 •	 Localizada na coluna vertebral, transmite impulsos nervosos entre o cérebro e o 
corpo.
	 •	 Também coordena reflexos medulares, que são respostas rápidas a estímulos sem 
envolvimento direto do cérebro.
2. Sistema Nervoso Periférico (SNP)
O SNP é formado por nervos e gânglios que conectam o SNC ao resto do corpo. Ele se divide 
em Sistema Nervoso Somático (SNS) e Sistema Nervoso Autônomo (SNA).
2.1 Sistema Nervoso Somático (SNS)
	 •	 Controla ações voluntárias e transmite informações sensoriais ao SNC.
	 •	 Composto por dois tipos de nervos:
	 •	 Nervos Sensitivos (Aferentes): levam informações dos órgãos dos sentidos para o 
SNC.
	 •	 Nervos Motores (Eferentes): transmitem comandos do SNC para os músculos 
esqueléticos.
2.2 Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
	 •	 Controla funções involuntárias, como respiração, digestão e batimentos cardíacos.
	 •	 Subdividido em:
	 •	 Simpático: ativa respostas de “luta ou fuga” (aumento da frequência cardíaca, 
dilatação das pupilas).
	 •	 Parassimpático: promove o relaxamento e a recuperação do organismo.
3. Nervos do Sistema Nervoso Periférico
Os nervos são estruturas formadas por fibras nervosas (axônios de neurônios) envoltas por 
tecido conjuntivo. Eles podem ser classificados de acordo com sua origem e função.
3.1 Classificação dos Nervos quanto à Origem
	 •	 Nervos Cranianos: saem do encéfalo e inervam a cabeça e algumas partes do 
tronco.
	 •	 Nervos Espinhais: saem da medula espinhal e inervam o restante do corpo.
Nervos Espinhais (31 pares)
Os nervos espinhais emergem da medula espinhal e são classificados de acordo com a região 
onde se originam:
	 •	 8 pares cervicais (C1-C8) – inervam pescoço, braços e diafragma. 
• 12 pares torácicos (T1-T12) – controlam músculos intercostais e órgãos 
torácicos. 
• 5 pares lombares (L1-L5) – inervam parte inferior do tronco e pernas. 
• 5 pares sacrais (S1-S5) – inervam pernas e órgãos pélvicos. 
• 1 par coccígeo (Co1) – região final da coluna. 
Os nervos espinhais são mistos, ou seja, contêm fibras sensitivas e motoras.
Os gânglios nervosos são estruturas compostas por agrupamentos de corpos celulares de 
neurônios localizados fora do Sistema Nervoso Central (SNC). Eles funcionam como centros de 
retransmissão e processamento de impulsos nervosos, sendo essenciais para a comunicação 
entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP).
1. Estrutura dos Gânglios
Os gânglios são formados por: 
• Corpos celulares de neurônios (onde ocorre o processamento das 
informações). 
• Células satélites (células de suporte que nutrem e protegem os neurônios). 
• Fibras nervosas que conectam os gânglios ao SNC ou a outras partes do SNP.
Eles são envolvidos por tecido conjuntivo e atuam como pontos de sinapse e integração de 
impulsos nervosos antes de serem enviados ao destino final.
2. Classificação dos Gânglios
Os gânglios podem ser classificados de acordo com sua função e localização dentro do 
sistema nervoso.
2.1 Gânglios Sensitivos (ou Aferentes)
	 •	 Situam-se nas raízes dorsais dos nervos espinhais e nos nervos cranianos.
	 •	 Contêm corpos celulares de neurônios sensoriais que transmitem informações dos 
órgãos dos sentidos e da pele para o SNC.
	 •	 Exemplo: Gânglios da raiz dorsal (localizados na medula espinhal, transmitem 
dor, tato e temperatura). 
2.2 Gânglios Autonômicos (ou Eferentes)
	 •	 Associados ao Sistema Nervoso Autônomo (SNA), controlam funções involuntárias 
do corpo.
	 •	 Funcionam como centros de retransmissão, onde os impulsos são modificados 
antes de chegarem aos órgãos-alvo.
	 •	 Subdividem-se em dois tipos, de acordo com a divisão do SNA à qual pertencem:
a) Gânglios Simpáticos
	 •	 Parte do Sistema Nervoso Simpático, responsável pela resposta de “luta ou fuga”.
	 •	 Localizados próximos à medula espinhal, formando a cadeia simpática 
paravertebral (ao longo da coluna vertebral).
	 •	 Exemplos: Gânglio estrelado (pescoço), gânglios cervicais, torácicos, lombares e 
sacrais.
b) Gânglios Parassimpáticos
	 •	 Pertencem ao Sistema Nervoso Parassimpático, que regula atividades de 
“descanso e digestão”.
	 •	 Situam-se próximos ou dentro dos órgãos-alvo.
	 •	 Exemplos: Gânglio ciliar (controle da pupila), gânglio ótico (glândulas salivares), 
gânglio intramural (dentro das paredes dos órgãos viscerais, como coração e intestinos).
Sinapses: Tipos, Estrutura e Função
A sinapse é a estrutura que permite a comunicação entre neurônios ou entre um neurônio e 
outra célula (como músculos ou glândulas). Ela é fundamental para a transmissão dos 
impulsos nervosos e para a coordenação das funções do sistema nervoso.
1. Estrutura da Sinapse
A sinapse é composta por três elementos principais:
	 1.	 Neurônio pré-sináptico – célula que transmite o sinal.
	 2.	 Fenda sináptica – espaço entre as células onde ocorre a transmissão.
	 3.	 Neurônio pós-sináptico – célula que recebe o sinal.
No caso de sinapses neuromusculares ou neuroglandulares, a célula pós-sináptica pode ser 
uma fibra muscular ou uma glândula.
2. Tipos de Sinapse
 sinapses podem ser classificadas de acordo com:
	 1.	 O mecanismo de transmissão (químicas ou elétricas).
2.1 Quanto ao Mecanismo de Transmissão
a) Sinapse Química
	 •	 Ocorre por meio da liberação de neurotransmissores na fenda sináptica.
	 •	 O neurotransmissor é liberado por vesículas sinápticas no neurônio pré-sináptico e 
se liga a receptores na membrana do neurônio pós-sináptico.
	 •	 Exemplo: transmissão de impulsos motores para músculos através da acetilcolina.
	 •	 Características:
	 •	 Comunicação unidirecional.
	 •	 Possibilidade de excitação ou inibição do neurônio pós-sináptico.
	 •	 Lenta em comparação à sinapse elétrica.
b) Sinapse Elétrica
	 •	 Ocorre através de junções comunicantes (gap junctions), permitindo a passagem 
direta de íons entre as células.
	 •	 Não há liberação de neurotransmissores; os sinais elétricos passam diretamente de 
um neurônio para outro.
	 •	 Exemplo: comunicação entre neurônios no coração e no cérebro.
	 •	 Características:
	 •	 Comunicação bidirecional.
	 •	 Mais rápida do que a sinapse química.
	 •	 Menos comum em mamíferos, sendo encontrada em algumas áreas do SNC.
3. Função e Importância da Sinapse
	 •	 Permite a comunicação entre neurônios e outras células.
	 •	 Modula a intensidade e direção dos impulsos nervosos.
	 •	 Pode ser excitadora (aumenta a chance de um impulso ser gerado) ou inibitória 
(reduz a chance de ativação do neurônio pós-sináptico).
	 •	 Essencial para funções como memória, aprendizado, reflexos e controle motor.
4. Resumo Final
	 •	 Sinapse Química: mais comum, usa neurotransmissores, comunicação 
unidirecional e mais lenta.
	 •	 Sinapse Elétrica: rápida, usa junções comunicantes, comunicação bidirecional.
	 •	 Classificação pela localização:
	 O impulso nervoso é um sinal elétrico transmitido pelos neurônios.
	 •	 Ele ocorre devido a mudanças no potencial de membrana (despolarização e 
repolarização).
	 •	 A bainha de mielina acelera a condução do impulso.
	 •	 A transmissão sinápticapode ser elétrica ou química, garantindo a comunicação 
entre neurônios e outras células.
Esse processo é essencial para todas as funções do sistema nervoso, permitindo a percepção, 
movimento e controle de funções vitais.
O potencial de ação ocorre em etapas bem definidas: Questão Dissertativa dívida em 3 
partes 
1.1 Potencial de Repouso
	 •	 O neurônio em repouso mantém um potencial de -70mV dentro da célula, enquanto 
o meio extracelular é mais positivo.
	 •	 Isso é mantido pela bomba de sódio e potássio (Na⁺/K⁺ ATPase), que transporta 3 
íons Na⁺ para fora e 2 íons K⁺ para dentro, criando um gradiente eletroquímico.
1.2 Estímulo e Despolarização
	 •	 Quando o neurônio recebe um estímulo suficientemente forte, canais de sódio (Na⁺) 
se abrem rapidamente.
	 •	 O Na⁺ entra na célula devido ao gradiente de concentração, tornando o interior mais 
positivo (+40mV).
1.3 Repolarização
	 •	 Após atingir o pico positivo, os canais de Na⁺ se fecham.
	 •	 Em seguida, canais de potássio (K⁺) se abrem, permitindo que K⁺ saia da célula, 
restaurando a carga negativa interna.
1.4 Hiperpolarização e Período Refratário
	 •	 Ocorre um excesso de saída de K⁺, deixando o potencial mais negativo que o 
normal (abaixo de -70mV).
	 •	 Durante esse período, chamado período refratário, o neurônio não pode gerar outro 
potencial de ação imediatamente.
	 •	 A bomba de Na⁺/K⁺ restaura o potencial de repouso.
Resumo: Potencial de Ação e Transmissão Sináptica 
O potencial de ação é um evento elétrico que permite a transmissão do impulso nervoso 
nos neurônios. Ele ocorre em quatro fases: 
1. Potencial de Repouso (-70mV): mantido pela bomba de Na⁺/K⁺. 
2. Despolarização: entrada de Na⁺, tornando o interior positivo (+40mV). 
3. Repolarização: saída de K⁺, restaurando a negatividade. 
4. Hiperpolarização e Período Refratário: excesso de saída de K⁺ impede novos 
impulsos temporariamente. 
1. Características dos Neurotransmissores
Para uma substância ser considerada um neurotransmissor, ela deve:
	 •	 Ser sintetizada e armazenada nos neurônios.
	 •	 Ser liberada em resposta a um potencial de ação.
	 •	 Atuar sobre um receptor específico na célula pós-sináptica.
	 •	 Ser degradada ou recaptada para evitar efeitos prolongados.
Questão Dissertativa sobre o Gráfico
Recebe um Estímulo Químico, Abrindo um Canal de Despolarização consequentemente 
abrindo o canal de sódio fazendo ele entrar na membrana com afinidade obedecendo seu 
gradiente abrindo os canais de potássio, Fazendo ficar com carga negativa e sair da 
membrana, entrando com a bomba de sódio e potássio fazendo o Sódio sair e o Potássio 
voltar a sua perfeita homeostase.
Sistema Nervoso Simpático (SNS) Possível Questão da Prova sobre Diferenciação entre 
SNS E SNP
O sistema nervoso simpático é exitatorio e responsável pela resposta de luta ou fuga, 
preparando o corpo para situações de estresse, perigo ou esforço físico.
1.1 Características
	 •	 Atua em situações de estresse ou emergência.
	 •	 Aumenta a atividade corporal para garantir uma resposta rápida.
	 •	 Seus neurônios se originam na medula espinhal torácica e lombar (T1 a L2).
1.2 Principais Efeitos no Corpo
	 •	 Aumento da frequência cardíaca e da força de contração do coração.
	 •	 Dilatação dos brônquios para melhorar a oxigenação.
	 •	 Dilatação das pupilas para melhorar a visão.
	 •	 Redução da atividade digestiva e da produção de saliva.
	 •	 Aumento da liberação de glicose pelo fígado para fornecer energia.
	 •	 Contração dos vasos sanguíneos para aumentar a pressão arterial.
	 •	 Liberação de adrenalina e noradrenalina pelas glândulas suprarrenais.
	 •	 Acetilcolina (ACh) → Nos neurônios pré-ganglionares.
	 •	 Noradrenalina (Norepinefrina) → Nos neurônios pós-ganglionares, ativando os 
órgãos-alvo.
2. Sistema Nervoso Parassimpático (SNPs)
O sistema nervoso parassimpático regula as funções corporais em estado de repouso e 
recuperação, promovendo a conservação de energia.
2.1 Características
	 •	 Atua em situações de relaxamento e equilíbrio.
	 •	 Diminui a atividade corporal para conservar energia.
	 •	 Seus neurônios se originam no tronco encefálico e na região sacral da medula 
espinhal (nervos cranianos III, VII, IX e X; e segmentos S2 a S4).
2.2 Principais Efeitos no Corpo
	 •	 Redução da frequência cardíaca e da pressão arterial.
	 •	 Constrição dos brônquios, reduzindo o fluxo de ar.
	 •	 Contração da pupila para reduzir a entrada de luz.
	 •	 Aumento da atividade digestiva, estimulando a produção de saliva, sucos gástricos 
e movimentos intestinais.
	 •	 Armazenamento de glicose no fígado.
	 •	 Relaxamento da bexiga, permitindo a micção.
2.3 Neurotransmissores Envolvidos
	 •	 Acetilcolina (ACh) → Tanto nos neurônios pré-ganglionares quanto nos pós-
ganglionares.
5. Resumo Final 
• O sistema nervoso simpático prepara o corpo para emergências, aumentando 
a atividade cardíaca, respiratória e metabólica. 
• O sistema nervoso parassimpático promove o descanso e a digestão, 
reduzindo a atividade cardíaca e estimulando funções digestivas. 
Resumo Final do arco reflexo 
O arco reflexo é um mecanismo rápido e involuntário dos nervos motores com receptores 
sendo que permite ao corpo reagir automaticamente a estímulos. Ele pode ser monossináptico 
(resposta direta) ou polissináptico (resposta mais complexa). Sua principal função é garantir a 
proteção e manutenção das funções corporais sem a necessidade de processamento pelo 
cérebro.
Camadas das Meninges
As meninges são compostas por três camadas sobrepostas:
1.1. Dura-máter (Camada Externa)
	 •	 Mais espessa e resistente.
	 •	 Composta por tecido conjuntivo denso e fibras colágenas.
	 •	 Possui duas camadas no crânio:
	 •	 Camada Perióstica → aderida ao osso do crânio.
	 •	 Camada Meningea → mais interna, forma os seios venosos.
	 •	 Função: Protege contra impactos e estabiliza o SNC.
1.2. Aracnoide (Camada Intermediária)
	 •	 Membrana fina e avascular, semelhante a uma teia.
	 •	 Contém o espaço subaracnoideo, onde circula o líquido cefalorraquidiano 
(LCR).
	 •	 Possui granulações aracnoides que permitem a reabsorção do LCR.
	 •	 Função: Absorve impactos e facilita a troca de substâncias.
1.3. Pia-máter (Camada Interna)
	 •	 Mais fina e delicada, aderida diretamente ao encéfalo e medula espinhal.
	 •	 Rica em vasos sanguíneos, garantindo a nutrição do SNC.
	 •	 Função: Nutrição e sustentação das células nervosas.
2. Espaços Entre as Meninges
	 •	 Espaço Epidural Entre o osso e a dura-máter (presente apenas na medula 
espinhal, com tecido adiposo).
	 •	 Espaço Subdural Entre a dura-máter e a aracnoide (praticamente inexistente 
em condições normais).
	 •	 Espaço Subaracnoideo Entre a aracnoide e a pia-máter, preenchido pelo 
líquido cefalorraquidiano (LCR).
3. Funções das Meninges
✔ Proteção física contra impactos e traumas.
✔ Nutrição do SNC por meio da pia-máter.
✔ Circulação e reabsorção do LCR no espaço subaracnoideo.
✔ Estabilização do SNC dentro da cavidade craniana e do canal vertebral.

Mais conteúdos dessa disciplina