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<p>UCIV – PROBLEMA 3</p><p>“SISTEMA NERVOSO E A MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASIA”</p><p>1. EMBRIOLOGIA E FORMAÇÃO E</p><p>DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO</p><p>(Critérios anatômicos, funcionais,</p><p>segmentares)</p><p>2. NEURÔNIO</p><p>2.1 DEFINIÇÃO</p><p>2.2 CLASSIFICAÇÃO</p><p>2.2.1 Quanto à Estrutura</p><p>2.2.2 Quanto à função</p><p>3. CÉLULAS DA GLIA</p><p>3.1 DEFINIÇÃO</p><p>3.2 TIPOS</p><p>4. COMPONENTES E ESTRUTURA DO</p><p>SISTEMA NERVOSO CENTRAL</p><p>4.1 ENCÉFALO</p><p>4.2 MEDULA ESPINHAL</p><p>4.3 LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO</p><p>4.4 MENINGES</p><p>5. COMPONENTES E ESTRUTURA DO</p><p>SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO</p><p>5.1 NERVOS PERIFÉRICOS</p><p>5.2 GÂNGLIOS</p><p>5.3 TERMINAÇÕES NERVOSAS</p><p>PERIFÉRICAS</p><p>6. INTEGRAÇÃO ENTRE SNC E SNP</p><p>6.1 ESTÍMULO SENSORIAL</p><p>6.2 ESTÍMULO MOTOR</p><p>6.3 NEURÔNIO</p><p>6.4 CÉLULAS DA GLIA</p><p>7. COMPONENTES E ESTRUTURA DO</p><p>SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO</p><p>7.1 FUNÇÕES DO SNA</p><p>7.2 SUBDIVISÕES DO SNA</p><p>7.2.1 Sistema Nervoso Simpático</p><p>7.2.2 Sistema Nervoso Parassimpático</p><p>7.3 NEUROTRANSMISSORES DO SNA</p><p>7.4 CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS,</p><p>FUNCIONAIS E FARMACOLÓGICAS</p><p>DO SN SIMPÁTICO E SN</p><p>PARASSIMPÁTICO</p><p>8. COMUNICAÇÃO CÉLULA-CÉLULA</p><p>NO SN</p><p>9. POTENCIAL DE AÇÃO NA CÉLULA</p><p>NERVOSA</p><p>9.1 LEI DO TUDO OU NADA</p><p>9.2 TIPOS DE CONDUÇÃO DO PA</p><p>9.3 POTENCIAL GRADUADO</p><p>9.4 PERÍODO REFRATÁRIO</p><p>9.5 SOMAÇÃO DE POTENCIAIS</p><p>9.5.1 Somação de Potenciais (PEPS e</p><p>PIPS)</p><p>10. TRANSDUÇÃO DE SINAIS NUMA</p><p>CÉLULA NERVOSA</p><p>10.1PRINCIPAIS</p><p>NEUROTRANSMISSORES E</p><p>NEUROMODULADORES NO SISTEMA</p><p>NERVOSO</p><p>10.1.1 Excitatórios</p><p>10.1.2 Inibitórios</p><p>11. TIPOS DE RECEPTORES E</p><p>MECANISMO DE AÇÃO</p><p>11.1ADRENÉRGICOS</p><p>11.2COLINÉRGICOS</p><p>12. SONO</p><p>12.1DEFINIÇÃO</p><p>12.2ESTÁGIOS DO SONO</p><p>13. CONTROLE DE TEMPERATURA</p><p>13.1PAPEL TERMORREGULADOR DO</p><p>HIPOTÁLAMO</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>1. EMBRIOLOGIA E FORMAÇÃO E DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO (Critérios</p><p>anatômicos, funcionais, segmentares)</p><p>2. NEURÔNIO</p><p>2.1 DEFINIÇÃO</p><p>2.2 CLASSIFICAÇÃO</p><p>2.2.1 Quanto à Estrutura</p><p>● Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio</p><p>● Bipolares: possuem um dendrito e um axônio.</p><p>● Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamento</p><p>único, mas este se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e</p><p>outro para o sistema nervoso central.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>2.2.2 Quanto à função</p><p>→ Neurônios Sensoriais (Aferentes):</p><p>Função: Esses neurônios são responsáveis por captar informações do ambiente</p><p>externo ou interno e enviá-las ao sistema nervoso central (SNC). Eles detectam</p><p>estímulos como luz, som, temperatura, pressão, dor, entre outros, e convertem</p><p>esses estímulos em sinais elétricos que viajam até o cérebro ou a medula espinhal.</p><p>Exemplo: Neurônios sensoriais na pele que detectam o toque.</p><p>→ Interneurônios (ou Neurônios de Associação):</p><p>Função: Interneurônios fazem a conexão entre os neurônios sensoriais e motores</p><p>dentro do SNC. Eles processam as informações recebidas dos neurônios sensoriais</p><p>e enviam comandos aos neurônios motores. Além disso, estão envolvidos em</p><p>funções mais complexas, como aprendizagem e memória.</p><p>Exemplo: Interneurônios na medula espinhal que transmitem o reflexo da retirada da</p><p>mão ao tocar algo quente.</p><p>→ Neurônios Motores (Eferentes):</p><p>Função: Neurônios motores transmitem sinais do sistema nervoso central para os</p><p>músculos ou glândulas, resultando em uma ação ou resposta. Eles desempenham</p><p>um papel crucial no controle dos movimentos voluntários e involuntários.</p><p>Exemplo: Neurônios que fazem os músculos do braço se contraírem quando você</p><p>decide levantar um objeto.</p><p>Neurônios Sensoriais: Captam informações do ambiente e as levam ao SNC.</p><p>Neurônios Motores: Levam comandos do SNC para músculos e glândulas.</p><p>Interneurônios: Conectam e processam informações entre neurônios sensoriais e</p><p>motores.</p><p>3. CÉLULAS DA GLIA As células da glia são os heróis não reconhecidos do sistema</p><p>nervoso, ultrapassando o número de neurônios de 10 a 50 para 1.</p><p>3.1 DEFINIÇÃO</p><p>Suporte Estrutural: Elas ajudam a manter a estrutura do tecido nervoso,</p><p>oferecendo suporte físico para os neurônios.</p><p>Isolamento: Algumas células da glia produzem mielina, que envolve os axônios dos</p><p>neurônios, aumentando a velocidade da transmissão dos impulsos nervosos.</p><p>Proteção: Elas atuam na defesa do sistema nervoso contra lesões e infecções.</p><p>Nutrição: As células da glia fornecem nutrientes aos neurônios e ajudam a remover</p><p>resíduos metabólicos.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>3.2 TIPOS</p><p>→ Astrócitos:</p><p>● Localização: Sistema nervoso central (SNC).</p><p>● Funções: Oferecem suporte nutricional (glicogênio) e estrutural, mantém a</p><p>barreira hematoencefálica (que protege o cérebro de substâncias nocivas), e</p><p>ajudam a regular o ambiente extracelular. Manutenção iônica e</p><p>neurotransmissão</p><p>→ Oligodendrócitos:</p><p>● Localização: SNC.</p><p>● Funções: Produzem a mielina que envolve os axônios no SNC, aumentando</p><p>a eficiência da condução dos impulsos nervosos.</p><p>→ Células de Schwann:</p><p>● Localização: Sistema nervoso periférico (SNP).</p><p>● Funções: Similar aos oligodendrócitos, mas no SNP, as células de Schwann</p><p>produzem mielina para os axônios periféricos.</p><p>→ Micróglia: macrofagoLocalização: SNC.</p><p>● Funções: Atuam como células de defesa, removendo detritos celulares e</p><p>combatendo infecções no tecido nervoso.</p><p>→ Células Ependimárias:</p><p>● Localização: SNC.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>● Funções: Revestem os ventrículos cerebrais e o canal central da medula</p><p>espinhal, ajudando na circulação do líquido cefalorraquidiano (LCR).</p><p>4. COMPONENTES E ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL</p><p>4.1 ENCÉFALO</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>→ Cérebro:</p><p>● Estrutura: O cérebro é a maior parte do encéfalo e é dividido em dois</p><p>hemisférios (esquerdo e direito), conectados pelo corpo caloso. Cada</p><p>hemisfério tem lobos (frontal, parietal, temporal e occipital) que controlam</p><p>diferentes funções.</p><p>● Função: É responsável pelas funções cognitivas superiores, como</p><p>pensamento, memória, emoção, linguagem e controle voluntário dos</p><p>movimentos.</p><p>→ Cerebelo:</p><p>● Estrutura: Localizado na parte de trás do encéfalo, abaixo dos hemisférios</p><p>cerebrais.</p><p>● Função: O cerebelo é fundamental para a coordenação motora, equilíbrio e a</p><p>precisão dos movimentos. Ele ajusta os movimentos com base em</p><p>informações sensoriais.</p><p>→ Tronco Encefálico:</p><p>● Estrutura: Conecta o cérebro à medula espinhal e é composto por três</p><p>partes: o mesencéfalo, a ponte e o bulbo.</p><p>● Função: Controla funções vitais como a respiração, batimentos cardíacos e</p><p>pressão arterial. Também é responsável por reflexos simples e pela</p><p>comunicação entre o cérebro e a medula espinhal.</p><p>4.2 MEDULA ESPINHAL</p><p>→ Medula Espinhal</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>● Estrutura: A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso que se estende</p><p>a partir do tronco encefálico até a parte inferior da coluna vertebral.</p><p>● Função: Atua como uma via de comunicação entre o cérebro e o resto do</p><p>corpo, transmitindo sinais motores do cérebro para os músculos e sinais</p><p>sensoriais dos nervos periféricos para o cérebro. Também coordena reflexos</p><p>rápidos que não necessitam da intervenção do cérebro.</p><p>A medula espinal é a principal via para o fluxo de informações em ambos os</p><p>sentidos entre o encéfalo e a pele, as articulações e os músculos do corpo. Além</p><p>disso, a medula espinhal contém redes neurais responsáveis pela locomoção. Se for</p><p>seccionada, há perda da sensibilidade da pele e dos músculos, bem como paralisia,</p><p>a perda da capacidade de controlar os músculos voluntariamente. A medula espinhal</p><p>é dividida em quatro regiões: cervical, torácica, lombar e sacra, nomes que</p><p>correspondem às vértebras adjacentes</p><p>4.3 LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO</p><p>É um líquido claro e incolor que circula pelo SNC, preenchendo os</p><p>ventrículos do cérebro, o espaço subaracnóide e o canal central da medula espinhal.</p><p>Funções:</p><p>● Proteção: Amortece e protege o encéfalo e a medula espinhal contra</p><p>impactos.</p><p>● Nutrição: Transporta nutrientes e remove resíduos do tecido nervoso.</p><p>● Homeostase: Mantém o ambiente químico adequado para o funcionamento</p><p>dos neurônios.</p><p>Produção: O LCR é produzido pelos plexos coróides, que são redes de vasos</p><p>sanguíneos localizadas nos ventrículos cerebrais.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>4.4 MENINGES</p><p>As meninges</p><p>são três camadas de tecido conjuntivo que envolvem e</p><p>protegem o SNC.</p><p>Camadas:</p><p>● Dura-máter: A camada mais externa e resistente. Atua como uma barreira</p><p>protetora.</p><p>● Aracnóide: A camada intermediária, que tem uma estrutura semelhante a</p><p>uma teia. O LCR circula no espaço subaracnoide, entre a aracnóide e a</p><p>pia-máter.</p><p>● Pia-máter: A camada mais interna, que adere diretamente ao tecido nervoso</p><p>do cérebro e da medula espinhal, fornecendo suporte e nutrição.</p><p>Funções:</p><p>● Proteção: Protegem o SNC de lesões.</p><p>● Suporte Vascular: Contêm vasos sanguíneos que nutrem o cérebro e a</p><p>medula espinhal.</p><p>● Barreira: Junto com o LCR, ajudam a formar uma barreira contra infecções.</p><p>5. COMPONENTES E ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>5.1 NERVOS PERIFÉRICOS</p><p>5.2 GÂNGLIOS</p><p>O que são: Os gânglios são aglomerados de corpos celulares de neurônios</p><p>localizados fora do SNC. Eles atuam como centros de processamento de sinais</p><p>nervosos.</p><p>Tipos de gânglios:</p><p>● Gânglios Sensoriais (ou da raiz dorsal): Situados ao longo dos nervos</p><p>sensoriais, esses gânglios contém corpos celulares de neurônios</p><p>pseudounipolares, que transmitem informações sensoriais ao SNC.</p><p>● Gânglios Autonômicos: Associados ao sistema nervoso autônomo (SNA),</p><p>esses gânglios regulam funções involuntárias, como a frequência cardíaca e</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>a digestão. Os gânglios autonômicos contém corpos celulares de neurônios</p><p>que enviam comandos do SNC para órgãos internos.</p><p>Podem ser classificados em sensitivos (aferentes) ou autônomos (eferentes),</p><p>conforme a direção do impulso nervoso.</p><p>→ Os gânglios sensitivos recebem fibras aferentes, que levam impulsos para o SNC.</p><p>Alguns são associados aos nervos cranianos (gânglios cranianos) e outros se</p><p>localizam nas raízes dorsais dos nervos espinhais (gânglios espinais).</p><p>→ Os gânglios autonômicos são formações bulbosas dos nervosos do SNA,</p><p>localizados no interior de determinados órgãos, como na parede do tubo</p><p>digestivo.Não apresentam cápsula conjuntiva e seu estroma é a continuação do</p><p>próprio estroma do órgão em que estão situados. Geralmente esses neurônios são</p><p>multipolares, aparecendo com aspecto estrelado nos cortes histológicos, com</p><p>camada incompleta de células satélites envolvendo o neurônio.</p><p>5.3 TERMINAÇÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS</p><p>O que são: As terminações nervosas periféricas são as extremidades dos axônios</p><p>onde os neurônios interagem com outros tecidos, como músculos, glândulas ou</p><p>órgãos sensoriais.</p><p>Tipos principais:</p><p>● Terminações Sensoriais: Incluem receptores que detectam estímulos</p><p>externos (como toque, pressão, dor) e transmitem essas informações ao</p><p>SNC.</p><p>● Terminações Motoras (placas motoras): São as junções entre os axônios dos</p><p>neurônios motores e as fibras musculares. Elas transmitem sinais que levam</p><p>à contração muscular.</p><p>● Terminações Autonômicas: Estão localizadas em órgãos internos e regulam</p><p>funções automáticas, como a contração de músculos lisos e a atividade de</p><p>glândulas.</p><p>6. INTEGRAÇÃO ENTRE SNC E SNP pág. 258 – Silverthorn</p><p>O sistema nervoso pode ser dividido em duas partes. O sistema nervoso central</p><p>(SNC) consiste no encéfalo e na medula espinal. O sistema nervoso periférico (SNP) é</p><p>composto por neurônios sensoriais (aferentes) e neurônios eferentes. O fluxo da</p><p>informação pelo sistema nervoso central segue um padrão de reflexo básico. Estímulo →</p><p>receptor sensorial → sinal de entrada → centro integrador → sinal de saída → efetor →</p><p>resposta</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>Os receptores sensoriais espalhados pelo corpo monitoram continuamente as</p><p>condições dos meios interno e externo. Esses receptores enviam informação ao longo dos</p><p>neurônios sensoriais para o SNC, que é o centro integrador dos reflexos neurais. Os</p><p>neurônios do SNC integram a informação proveniente da divisão sensorial do SNP e</p><p>determinam se uma resposta é necessária ou não.</p><p>Se uma resposta for necessária, o SNC envia sinais de saída via neurônios</p><p>eferentes, até as células-alvo, que geralmente são músculos e glândulas. Os neurônios</p><p>eferentes se subdividem em divisão motora somática, que controla os músculos</p><p>esqueléticos, e divisão autônoma, que controla os músculos liso e cardíaco, as glândulas</p><p>exócrinas, algumas glândulas endócrinas e alguns tipos de tecido adiposo.</p><p>Resumo da Integração SNC-SNP:</p><p>Estímulo Sensorial: Detecta mudanças no ambiente e transmite ao SNC.</p><p>Estímulo Motor: Gera respostas do SNC para os músculos e glândulas.</p><p>Neurônio: Célula fundamental na condução e processamento de sinais.</p><p>Células da Glia: Suportam e protegem os neurônios, assegurando a eficiência da</p><p>comunicação nervosa.</p><p>6.1 ESTÍMULO SENSORIAL</p><p>Definição e Mecanismo:</p><p>Estímulo sensorial é qualquer mudança física ou química no ambiente interno</p><p>ou externo que seja detectada por receptores sensoriais especializados. Esses</p><p>estímulos podem incluir variações de temperatura, pressão, luz, som, substâncias</p><p>químicas (como odor e sabor), entre outros.</p><p>Receptores Sensoriais:</p><p>São especializados em detectar tipos específicos de estímulos. Eles estão</p><p>distribuídos por todo o corpo, como na pele, nos olhos, nos ouvidos e nas mucosas.</p><p>Quando um estímulo atinge um receptor, ele provoca uma mudança no</p><p>potencial elétrico da membrana do receptor, gerando um potencial de receptor. Se</p><p>esse potencial atingir um limiar, ele desencadeia um potencial de ação.</p><p>Transmissão ao SNC:</p><p>Os potenciais de ação são conduzidos ao longo dos axônios dos neurônios</p><p>sensoriais, que fazem parte do SNP. Esses neurônios podem ser unipolares ou</p><p>bipolares, dependendo da localização e função.</p><p>O potencial de ação viaja até o SNC, onde entra na medula espinhal ou no</p><p>cérebro. Aqui, ele é processado para produzir uma percepção consciente do</p><p>estímulo ou para gerar uma resposta reflexa.</p><p>Exemplo: Quando você toca uma superfície quente, os receptores térmicos na pele</p><p>detectam o aumento de temperatura. Essa informação é transmitida via neurônios</p><p>sensoriais ao SNC, onde é processada, e você percebe a sensação de calor.</p><p>6.2 ESTÍMULO MOTOR</p><p>O SISTEMA MOTOR SOMÁTICO</p><p>As vias motoras somáticas são constituídas por um neurônio único que se</p><p>origina no SNC e projeta seu axônio até o tecido-alvo, que é sempre um músculo</p><p>esquelético.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>são sempre excitatórias</p><p>Não há inervação antagonista com a função de relaxar os músculos esqueléticos.</p><p>Em vez disso, o relaxamento ocorre quando os neurônios motores somáticos são</p><p>inibidos dentro do SNC, impedindo a liberação de ACh sobre as células musculares</p><p>esquelético</p><p>Sem a comunicação entre o neurônio motor e o músculo, os músculos</p><p>esqueléticos responsáveis pelos movimentos e pela manutenção da postura</p><p>enfraquecem, da mesma forma que os músculos esqueléticos envolvidos na</p><p>respiração. Nos casos mais graves, a perda da função respiratória pode ser fatal, a</p><p>menos que o paciente seja colocado sob ventilação artificial.</p><p>➢ A miastenia grave, uma doença caracterizada pela perda dos receptores de</p><p>ACh, é a doença mais comum da junção neuromuscular.</p><p>Definição e Mecanismo:</p><p>Um estímulo motor é a resposta do sistema nervoso a um estímulo sensorial.</p><p>Ele envolve a ativação de músculos ou glândulas para realizar uma ação, como</p><p>contrair um músculo ou secretar uma substância.</p><p>Processamento no SNC:</p><p>Após receber e processar o estímulo sensorial, o SNC gera um comando</p><p>motor apropriado. Este comando é transmitido ao longo de neurônios motores do</p><p>SNP até os músculos ou glândulas alvo.</p><p>Tipos de Neurônios Motores:</p><p>Neurônios motores somáticos: Controlam músculos esqueléticos voluntários.</p><p>São responsáveis por movimentos conscientes, como mover os braços ou pernas.</p><p>Neurônios motores autonômicos: Controlam músculos lisos, cardíacos e</p><p>glândulas, regulando funções involuntárias como batimentos cardíacos, digestão e</p><p>secreção glandular.</p><p>Exemplo: Após perceber que algo está quente (estímulo sensorial), o SNC envia</p><p>sinais motores para os músculos do braço, instruindo-o a retirar a mão da superfície</p><p>quente.</p><p>6.3 NEURÔNIO</p><p>Neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso, especializado em</p><p>conduzir impulsos</p><p>elétricos (potenciais de ação). A estrutura básica inclui:</p><p>● Corpo celular (soma): Contém o núcleo e a maioria das organelas, sendo o</p><p>centro de processamento do neurônio.</p><p>● Dendritos: Prolongamentos que recebem sinais de outros neurônios.</p><p>● Axônio: Prolongamento que transmite sinais para outros neurônios ou células</p><p>efetoras (músculos ou glândulas).</p><p>● Terminais sinápticos: Extremidades do axônio que liberam</p><p>neurotransmissores para se comunicar com outras células.</p><p>Tipos de Neurônios:</p><p>● Neurônios Sensoriais: Transmitem informações sensoriais ao SNC.</p><p>● Neurônios Motores: Conduzem comandos do SNC para músculos e</p><p>glândulas.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>● Interneurônios: Encontrados no SNC, processam informações sensoriais e</p><p>coordenam respostas motoras.</p><p>Sinapse:</p><p>● A comunicação entre neurônios ocorre nas sinapses, onde os terminais</p><p>sinápticos de um neurônio liberam neurotransmissores que ativam ou inibem</p><p>o próximo neurônio.</p><p>6.4 CÉLULAS DA GLIA</p><p>Função Geral:</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>● As células da glia são células de suporte no sistema nervoso. Elas não</p><p>conduzem impulsos elétricos, mas desempenham várias funções cruciais</p><p>para o funcionamento e a manutenção dos neurônios.</p><p>Tipos e Funções:</p><p>● Astrócitos: Fornecem suporte estrutural e metabólico aos neurônios, regulam</p><p>o ambiente extracelular (por exemplo, removendo excesso de íons e</p><p>neurotransmissores), e ajudam na manutenção da barreira hematoencefálica,</p><p>que protege o cérebro de substâncias potencialmente nocivas.</p><p>Oligodendrócitos e Células de Schwann:</p><p>● Oligodendrócitos: Encontrados no SNC, produzem a bainha de mielina ao</p><p>redor dos axônios, o que aumenta a velocidade de condução dos impulsos</p><p>nervosos.</p><p>● Células de Schwann: Encontradas no SNP, também produzem mielina e</p><p>auxiliam na regeneração dos nervos periféricos após lesões.</p><p>● Microglia: São as células imunológicas do SNC. Elas fagocitam (englobam e</p><p>digerem) resíduos celulares e microorganismos, desempenhando um papel</p><p>crucial na defesa do cérebro contra infecções e na limpeza de células</p><p>danificadas.</p><p>7. COMPONENTES E ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>7.1 FUNÇÕES DO SNA</p><p>A porção eferente do SNP pode ser subdividida na parte composta pelos</p><p>neurônios motores somáticos, os quais controlam os músculos esqueléticos, e na</p><p>parte composta pelos neurônios autonômicos, os quais controlam os músculos liso e</p><p>cardíaco, diversas glândulas e parte do tecido adiposo. O sistema motor somático e</p><p>o sistema nervoso autônomo são algumas vezes chamados de divisões voluntária e</p><p>involuntária do sistema nervoso, respectivamente.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>O sistema nervoso autônomo utiliza diversos sinais químicos:</p><p>● Tanto os neurônios pré-ganglionares simpáticos quanto os parassimpáticos liberam</p><p>acetilcolina (ACh) como neurotransmissor, o qual atua sobre os receptores</p><p>colinérgicos nicotínicos (nAChR) dos neurônios pós-ganglionares</p><p>● A maioria dos neurônios pós-ganglionares simpáticos secreta noradrenalina (NA), a</p><p>qual atua sobre os receptores adrenérgicos das células-alvo.</p><p>● A maioria dos neurônios pós-ganglionares parassimpáticos secreta acetilcolina, a</p><p>qual atua sobre os receptores colinérgicos muscarínicos (mAChR) das células-alvo.</p><p>● As divisões simpática e parassimpática originam-se em regiões diferentes</p><p>● As vias autonômicas controlam os músculos liso e cardíaco e as glândulas:</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>A sinapse entre um neurônio pós-ganglionar autonômico e a sua célula-alvo é</p><p>chamada de junção neuroefetora (alvos também são chamados de efetores). As</p><p>terminações distais dos axônios pós-ganglionares possuem uma série de áreas</p><p>alargadas. Cada uma dessas dilatações bulbosas é chamada de varicosidade (varicoso:</p><p>anormalmente aumentado; inchado) e contém vesículas preenchidas com</p><p>neurotransmissor.</p><p>Os terminais ramificados do axônio estendem-se ao longo da superfície do</p><p>tecido-alvo, porém a membrana subjacente da célula-alvo não possui aglomerados de</p><p>receptores em locais específicos. Em vez disso, o neurotransmissor é simplesmente</p><p>liberado no líquido intersticial para se difundir até o local onde os receptores estiverem</p><p>localizados. A liberação difusa do neurotransmissor autonômico permite que um único</p><p>neurônio pós-ganglionar possa afetar uma grande área do tecido-alvo.</p><p>O sistema nervoso autônomo é a porção do sistema nervoso central que controla a</p><p>maioria das funções viscerais do organismo. Esse sistema ajuda a controlar a pressão</p><p>arterial, a motilidade gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o esvaziamento da</p><p>bexiga, a sudorese, a temperatura corporal e muitas outras atividades, algumas das</p><p>quais são quase inteiramente controladas, e outras, apenas parcialmente. Uma das</p><p>características mais acentuadas do sistema nervoso autônomo é a rapidez e a</p><p>intensidade com que ele pode alterar as funções viscerais.</p><p>O sistema nervoso autônomo é ativado, principalmente, por centros localizados na</p><p>medula espinhal, no tronco cerebral e no hipotálamo. Além disso, porções do córtex</p><p>cerebral, em especial do córtex límbico, podem transmitir sinais para os centros</p><p>inferiores, e isso pode influenciar o controle autônomo. O sistema nervoso autônomo</p><p>também opera, em geral, por meio de reflexos viscerais, isto é, sinais sensoriais</p><p>subconscientes de órgão visceral podem chegar aos gânglios autônomos, no tronco</p><p>cerebral ou no hipotálamo e então retornar como respostas reflexas subconscientes,</p><p>diretamente de volta para o órgão visceral, para o controle de suas atividades. Os sinais</p><p>autônomos eferentes são transmitidos aos diferentes órgãos do corpo por meio de duas</p><p>grandes subdivisões chamadas sistema nervoso simpático e sistema nervoso</p><p>parassimpático.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>7.2 SUBDIVISÕES DO SNA</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>7.2.1 Sistema Nervoso Simpático</p><p>O simpático está no comando durante situações estressantes, como o aparecimento</p><p>da cobra, que é uma ameaça em potencial. O exemplo mais marcante da ativação</p><p>simpática é a resposta generalizada de luta ou fuga, na qual o encéfalo dispara uma</p><p>descarga simpática maciça e simultânea em todo o corpo. Quando o corpo se prepara</p><p>para lutar ou fugir, o coração acelera, os vasos sanguíneos dos músculos das pernas,</p><p>dos braços e do coração dilatam, e o fígado começa a liberar glicose para fornecer</p><p>energia para a contração muscular. Nessa situação, quando a vida está em perigo, a</p><p>digestão torna-se um processo de menor importância, e o sangue é desviado do trato</p><p>gastrintestinal para os músculos esqueléticos.</p><p>7.2.2 Sistema Nervoso Parassimpático</p><p>O principal nervo parassimpático é o nervo vago (nervo craniano X), o qual</p><p>contém cerca de 75% de todas as fibras parassimpáticas. Esse nervo conduz tanto</p><p>informação sensorial dos órgãos internos para o encéfalo, quanto informação</p><p>parassimpática eferente do encéfalo para os órgãos.</p><p>7.3 NEUROTRANSMISSORES DO SNA</p><p>7.4 CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS, FUNCIONAIS E FARMACOLÓGICAS DO</p><p>SN SIMPÁTICO E SN PARASSIMPÁTICO</p><p>8. COMUNICAÇÃO CÉLULA-CÉLULA NO SN</p><p>● Os neurônios estabelecem comunicações entre si por meio de estruturas</p><p>denominadas sinapses nervosas.</p><p>● A comunicação entre os neurônios motor e as células musculares ocorre por meio</p><p>da junção neuromuscular.</p><p>● As sinapses nervosas podem ser químicas ou elétricas</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA</p><p>Liberação dos NEUROTRANSMISSORES (NT) Com a chegada do PA no terminal</p><p>(1), os canais de Ca++ voltagem dependentes abrem-se e ocorre a difusão de Ca++ para</p><p>o interior do terminal (2). O aumento de Ca++ intracelular estimula a exocitose dos NT</p><p>para a fenda sináptica (3, 4). Os NT ligam-se a receptores da membrana pós-sináptica</p><p>(5) e causam mudanças de permeabilidade iônica. O fluxo resultante de íons muda o</p><p>potencial de membrana pós-sináptico transitoriamente, causando uma resposta</p><p>pós-sináptica. Os NT por outro lado, são inativados por enzimas específicas (6).</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>9. POTENCIAL DE AÇÃO NA CÉLULA</p><p>NERVOSA</p><p>9.1 LEI DO TUDO OU NADA</p><p>Um neurônio só consegue enviar um impulso se a intensidade do impulso for</p><p>acima de um determinado nível, fazendo com que a sua membrana seja</p><p>despolarizada e repolarizada. Este valor mínimo que permite a transmissão do</p><p>potencial de ação é conhecido como potencial limiar. Os valores abaixo do potencial</p><p>limiar são conhecidos como sublimiares, e cada célula um valor característico de</p><p>potencial limiar.</p><p>A Lei do Tudo ou Nada descreve o princípio de que, uma vez que o limiar de</p><p>excitação de um neurônio seja atingido, ocorrerá um potencial de ação completo e</p><p>não há meio termo. Isso significa que se o estímulo é forte o suficiente para</p><p>desencadear o potencial de ação, ele ocorrerá com a mesma intensidade</p><p>independentemente da força do estímulo. No entanto, se o estímulo não atingir o</p><p>limiar, nenhum potencial de ação será gerado.</p><p>9.2 TIPOS DE CONDUÇÃO DO PA</p><p>Existem dois principais tipos de condução do potencial de ação:</p><p>● Condução Contígua: Ocorre em fibras nervosas não mielinizadas. O potencial</p><p>de ação se propaga ao longo de toda a membrana da célula, uma área após</p><p>a outra.</p><p>● Condução Saltatória: Ocorre em fibras nervosas mielinizadas. A mielina atua</p><p>como isolante elétrico, permitindo que o potencial de ação "pule" entre os nós</p><p>de Ranvier, onde a membrana está exposta. Isso acelera significativamente a</p><p>velocidade de condução.</p><p>9.3 POTENCIAL GRADUADO</p><p>Os potenciais graduados são mudanças no potencial elétrico da membrana celular</p><p>que ocorrem em resposta a estímulos sensoriais ou outros sinais. Eles não atingem</p><p>o limiar necessário para desencadear um potencial de ação completo, mas podem</p><p>variar em intensidade dependendo da força do estímulo.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>9.4 PERÍODO REFRATÁRIO</p><p>A soma de potenciais ocorre quando os estímulos individuais, que sozinhos não</p><p>são suficientemente fortes para gerar um potencial de ação, são combinados em um</p><p>ponto de integração na célula. Se a soma dos potenciais atingir ou exceder o limiar,</p><p>um potencial de ação será gerado.</p><p>9.5 SOMAÇÃO DE POTENCIAIS)</p><p>A soma de potenciais ocorre quando os estímulos individuais, que sozinhos não</p><p>são suficientemente fortes para gerar um potencial de ação, são combinados em um</p><p>ponto de integração na célula. Se a soma dos potenciais atingir ou exceder o limiar,</p><p>um potencial de ação será gerado.</p><p>9.5.1 Somação de Potenciais (PEPS e PIPS)</p><p>● PEPs (Potenciais de Excitação Pós-Sináptica): São potenciais pós-sinápticos</p><p>que tornam a célula mais provável de atingir o limiar de excitação e gerar um</p><p>potencial de ação.</p><p>● PIPs (Potenciais de Inibição Pós-Sináptica): São potenciais pós-sinápticos</p><p>que tornam a célula menos provável de atingir o limiar de excitação e gerar</p><p>um potencial de ação.</p><p>10. TRANSDUÇÃO DE SINAIS NUMA CÉLULA NERVOSA</p><p>10.1PRINCIPAIS NEUROTRANSMISSORES E NEUROMODULADORES NO</p><p>SISTEMA NERVOSO</p><p>10.1.1 Excitatórios</p><p>Os aminoácidos glutamato e aspartato são os principais neurotransmissores</p><p>excitatórios no sistema nervoso central. Estão presentes no córtex cerebral, cerebelo</p><p>e medula espinal. Em neurônios, a síntese de óxido nítrico aumenta em resposta ao</p><p>glutamato. O glutamato em excesso pode ser tóxico, causando aumento de cálcio</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>intracelular, radicais livres e atividade da proteinase. Esses neurotransmissores</p><p>podem contribuir para a tolerância à terapia por opioides e mediar a hiperalgesia.</p><p>Classificam-se os receptores de glutamato (estimulados pelo glutamato e</p><p>menos fortemente pelo aspartato) como receptores de Metil Aspartato e receptores</p><p>não NMDA. A PCP (também conhecida como “pó de anjo”) e a memantina (usada</p><p>no tratamento da doença de Alzheimer) ligam-se a receptores NMDA.</p><p>10.1.2 Inibitórios</p><p>O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o principal neurotransmissor inibitório</p><p>presente no encéfalo. É um aminoácido derivado do ácido glutâmico, o qual é</p><p>descarboxilado por glutamato descarboxilase. Após interação com o seu receptor, o</p><p>GABA é recaptado ativamente para o interior da terminação nervosa e metabolizado.</p><p>A glicina, com ação similar ao GABA, ocorre principalmente nos interneurônios</p><p>(células de Renshaw) da medula espinal e nos circuitos que relaxam os músculos</p><p>agonistas.</p><p>Os receptores de GABA são classificados como GABAA (ativam canais de</p><p>cloro) e GABAB (potencializam a formação de AMPc). Os receptores GABA-A são o</p><p>local de ação de vários fármacos neuroativos, incluindo benzodiazepínicos,</p><p>barbitúricos, picrotoxinas e muscimol. O álcool também se liga aos receptores</p><p>GABA-A. Os receptores GABA-B são ativados pelo baclofeno, utilizado para tratar</p><p>espasmos musculares.</p><p>11. TIPOS DE RECEPTORES E MECANISMO DE AÇÃO</p><p>11.1 ADRENÉRGICOS</p><p>Os neurônios que secretam a noradrenalina são denominados neurônios</p><p>adrenérgicos. Os receptores adrenérgicos são divididos em duas classes: alfa e</p><p>beta, cada uma com vários subtipos e são componentes vitais associados ao</p><p>sistema nervoso simpático. Os receptores adrenérgicos são acoplados à proteína G</p><p>e cada subtipo dos desses receptores atua por meio de diferentes cascatas de</p><p>segundos mensageiros.</p><p>11.2 COLINÉRGICOS</p><p>Os neurônios que secretam acetilcolina e os receptores que se ligam à acetilcolina</p><p>são descritos como colinérgicos, sendo componentes vitais associados ao sistema</p><p>nervoso parassimpático. Os receptores colinérgicos possuem dois subtipos</p><p>principais: nicotínicos, assim denominados porque a nicotina é um agonista, e</p><p>muscarínicos. Os receptores colinérgicos nicotínicos são encontrados no músculo</p><p>esquelético, na divisão autônoma do SNP e no SNC. Os receptores nicotínicos são</p><p>canais de cátions monovalentes, pelos quais tanto Na quanto K atravessam. Todos</p><p>são receptores acoplados à proteína G ligados a sistemas de segundos</p><p>mensageiros.</p><p>12. SONO</p><p>12.1DEFINIÇÃO</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>Nos seres humanos, o principal período de repouso é marcado por um</p><p>comportamento conhecido como sono, definido como um estado facilmente</p><p>reversível de inatividade e caracterizado pela falta de interação com o meio externo.</p><p>Por que precisamos dormir é um dos mistérios não resolvidos na neurofisiologia,</p><p>além de ser uma pergunta que pode ter mais de uma resposta. Algumas</p><p>explicações propostas incluem a necessidade de conservar energia, fugir de</p><p>predadores, permitir ao corpo se recompor e processar memórias. Algumas das</p><p>mais recentes pesquisas indicam que o sono é importante para a limpeza de</p><p>resíduos do líquido cerebrospinal, em particular algumas das proteínas que se</p><p>acumulam em doenças neurológicas degenerativas, como a doença de Alzheimer.</p><p>Há boas evidências que suportam a ligação entre sono e memória. Uma série de</p><p>estudos tem demonstrado que a privação de sono prejudica o nosso desempenho</p><p>em tarefas e testes, uma das razões para não passar a noite inteira estudando para</p><p>uma prova. Ao mesmo tempo, 20 a 30 minutos de “sestas poderosas” também</p><p>mostrou melhorar a memória, podendo ajudar a recuperar o déficit de sono.</p><p>12.2ESTÁGIOS DO SONO</p><p>Nos estados de vigília, muitos neurônios estão disparando, mas não de uma</p><p>forma</p><p>coordenada. Um eletroencefalograma, ou EEG, do estado de alerta ou vigília (olhos</p><p>abertos) mostra um padrão rápido e irregular, sem ondas dominantes. Em estados</p><p>acordados, mas em repouso (olhos fechados), no sono ou em coma, a atividade</p><p>elétrica dos neurônios sincroniza em ondas com padrões característicos. Quanto</p><p>mais sincrônica a atividade dos neurônios corticais, maior a amplitude das ondas.</p><p>Por conseguinte, o estado acordado, mas em repouso, é caracterizado por ondas de</p><p>baixa amplitude e alta frequência.</p><p>À medida que a pessoa adormece e o estado de alerta é reduzido, a</p><p>frequência das</p><p>ondas diminui. As duas principais fases do sono são: o sono de ondas lentas e o</p><p>sono do movimento rápido dos olhos. O sono de ondas lentas (também chamado de</p><p>sono profundo ou sono não REM, estágio 4) é indicado no EEG pela presença de</p><p>ondas delta, de alta amplitude, ondas de baixa frequência e de longa duração que</p><p>se espalham pelo córtex cerebral. Durante essa fase do ciclo do sono, as pessoas</p><p>ajustam a posição do corpo sem</p><p>comando consciente do encéfalo.</p><p>Em contrapartida, o sono do movimento rápido dos olhos (REM) (estágio 1) é</p><p>marcado por um padrão de ECG mais próximo ao de uma pessoa acordada, com</p><p>ondas de baixa amplitude e alta frequência. Durante o sono REM, a atividade do</p><p>encéfalo inibe os neurônios motores que se dirigem para os músculos esqueléticos,</p><p>paralisando-os. As exceções a esse padrão são os músculos que movimentam os</p><p>olhos e os que controlam a respiração. O controle das funções homeostáticas é</p><p>deprimido durante o sono REM, e a temperatura do corpo diminui, aproximando-se</p><p>da temperatura ambiente.</p><p>O sono REM é o período durante o qual ocorre a maioria dos sonhos. Os</p><p>olhos</p><p>movem-se atrás das pálpebras fechadas, como se acompanhassem a ação do</p><p>sonho. As pessoas são mais propensas a acordar espontaneamente nos períodos</p><p>de sono REM.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>Um típico período de oito horas de sono consiste em ciclos repetidos. Na</p><p>primeira</p><p>hora, a pessoa sai da vigília em sono profundo (estágio 4). O sujeito adormecido,</p><p>então, cicla entre o sono profundo e o sono REM (estágio 1), com estágios 2 a 3</p><p>ocorrendo entre eles. Próximo ao período final das oito horas de sono, a pessoa</p><p>permanece a maior parte tempo no estágio 2 e no sono REM, até finalmente</p><p>despertar.</p><p>13. CONTROLE DE TEMPERATURA</p><p>13.1 PAPEL TERMORREGULADOR DO HIPOTÁLAMO.</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p><p>Camily Quintino - Medicina T23 UNEMAT</p>

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