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INTRODUÇÃO A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes que porventura possuam chances de sobreviver. Destina- se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de gravidade. Era Florence A Unidade de Terapia Intensiva é idealizada como Unidade de Monitoração de paciente grave através da enfermeira Florence Nightingale. Em 1854 inicia-se a Guerra da Criméia no qual a Inglaterra, França e Turquia declaram guerra à Rússia. Em condições precárias de cuidados, havia uma alta mortalidade entre os soldados hospitalizados e as mortes chegaram ao índice de 40%. Um número muito alto, não? Foi aí que Florence e mais 38 voluntárias partiram para os Campos de Scurati, assumindo o atendimento e a mortalidade caiu para 2%. A história A enfermeira classificou os doentes de acordo com o grau de dependência, dispondo-os nas enfermarias, de tal maneira que os mais graves ficassem próximos à área de trabalho da enfermagem, para maior vigilância e melhor atendimento, ou seja, aquela era uma unidade de monitoração de paciente grave, é ali que nasce o projeto embrionário do que são hoje nossas UTI. A história A história A história do surgimento das UTI`s remete ao início do século XX quando foram criadas as chamadas “salas de recuperação” para onde os pacientes eram levados após alguma neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins (EUA), Já no Brasil elas só começaram a ser implantadas na década de 70, primeiramente no hospital Sírio Libanês em São Paulo com apenas dez leitos (1971). A história O surgimento da prática em UTI marcou um dos maiores progressos obtidos pelos hospitais, visto que antes dela, o cuidado ao doente grave realizava-se nas próprias enfermarias o que, muitas vezes, representava um risco à evolução do paciente. A criação das UTI`s representou um grande marco na história uma vez que possibilitou o atendimento adequado dos pacientes garantindo-lhes melhores condições de recuperação e reduzindo os óbitos em cerca de 70% . A PRÁTICA DE ENFERMAGEM DE CUIDADOS CRÍTICOS: INTEGRAÇÃO; COMPETÊNCIA; COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA. UTI COMPONENTES AFETIVOS DO COMPORTAMENTO ACERTIVO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE TERAPIA INTENSIVA Confiança; Criatividade; Flexibilidade; Curiosidade; Capacidade intelectual; Humanidade; Perseverança. 10 A EXPERIÊNCIA DO DOENTE COM A DOENÇA CRÍTICA A PERCEPÇÃO A admissão de um doente em uma UTI, pode ser um sinal de ameaça à sua vida e ao seu bem-estar. O paciente e a família entendem que a UTI é um local onde a vida esta ameaçada A ANSIEDADE Causas da ansiedade: Ameaça de desamparo; Perda de controle; Falência das defesas que possuía; Sensação de isolamento; Medo de morte. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES CRÍTICOS Luto antecipado; Ansiedade; Distúrbio da auto-imagem; Comunicação verbal comprometida; Medo; Risco de isolamento; Impotência; Sofrimento espiritual. O PAPEL DA ENFERMAGEM Criar um ambiente restaurador; Estimular a confiança; Oferecer informação; Toque terapêutico; Medidas alternativas (musicoterapia, massagem, cromoterapia, etc). QUESTÕES LEGAIS RELACIONADAS A PRÁTICA DA ENFERMAGEM NA TERAPIA INTENSIVA DEFINIÇÃO UTI é a Unidade de Terapia Intensiva existente nos hospitais e destinada ao acolhimento de pacientes em estado requerem monitoramento constante grave com chances de sobrevida, que (24 horas) e cuidados muito mais complexos que o de outros pacientes. Objetivo Segundo a portaria n.466 do Ministério da Saúde, os serviços de tratamento intensivos tem objetivo de prestar atendimento a clientes graves e de risco que exijam assistência médica e de enfermagem ininterruptos, equipamentos e recursos humanos especializados definindo a UTI como um local que reúne um conjunto de elementos destinado a esse propósito. CONSIDERAÇÕES GERAIS O percentual de leitos de UTI nos hospitais varia de 7% a 15% dependendo das características de cada hospital (por exemplo, hospitais de grandes centros costumam ter mais leitos de UTI por receberem pacientes de diversos lugares) e a necessidade por mais leitos tende a crescer conforme aumenta a expectativa de vida da população expondo-a a complicações e traumas maiores chances de relacionados a doenças degenerativas e acidentes, além do aumento de índices como a criminalidade. O objetivo básico das UTI`s é recuperar ou dar suporte às funções vitais dos pacientes enquanto eles se recuperam. Assim, as unidades de terapia intensiva são equipadas com aparelhos capazes de reproduzir as funções vitais dos internados como respiradores artificiais (a criação destes aparelhos reduziu de 70% para 10% a morte de recém-nascidos. UTI Unidade Hospitalar destinada ao atendimento de doentes graves RECUPERÁVEIS. Pacientes que necessitam de assistência médica e de Enfermagem integrais. Pessoal treinado, métodos, recursos, área física e aparelhagem capazes de manter a fisiologia vital. DIVISÃO DA UTI DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA DE ACORDO COM A ESPECIALIDADE TODA UTI DEVE PRESTAR: ASSISTÊNCIA MÉDICA 24H ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 24H ASSISTÊNCIA LABORATORIAL 24H ASSISTÊNCIA DE IMAGEM 24H Estrutura física na UTI CONCEITOS Detalhes da Instalação Física Local e Área Livre de ruídos ou poluições; Próximo a emergência; centro cirúrgico; CME; Farmácia hospitalar; SRPA Cada leito deve ocupar uma área mínima de 7,5m² NÚMERO DE LEITOS Forma da Unidade A disposição dos leitos de UTI pode ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mista. A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a separação dos leitos por divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes. Forma da Unidade As unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser dotadas de paineis de vidro para facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessário uma central de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiografica e freqüência cardíaca. Unidades com quartos fechados proporcionam maior privacidade aos pacientes, redução do nível de ruído e possibilidade de isolamento dos pacientes infectados e imunossuprimidos. CONCEITOS LAVATÓRIOS ILUMINAÇÃO TOMADAS INSTALAÇÃO DE GASES Ambientes da UTI Ambientes da UTI Evitando a Infecção Cruzada Revestimento da unidade com materiais com mínimo de junções e sejam laváveis lisos e não absorventes. Solução germicida no piso, teto e paredes após a limpeza; Material utilizado pelos doentes esterilizados; Lavagem das mãos exaustivamente. Critérios para Internação Pacientes Graves: “pacientes com comprometimento de funções vitais” -Ins. Renal Descomp. -Estado de choque; -Estado de coma; -Grande deseq. Hidroeletrolítico -Grande Queimado; Pós-PCR -Politraumatizados e intoxicados graves. Pacientes com Elevado Risco “pacientes com possibilidades de comprometimento da função vitais” -Insuf. Coronária Aguda; -Arritmias Cardíacas; -pós-operatório especiais ( Cardiovascular, Neurocirurgia, cirurgia torácica; e grandes cirurgias gerais) A equipe de Enfermagem na UTI “ O sucesso ou o fracasso na UTI depende da motivação do corpo médico e de enfermagem” ‘’A equipe de enfermagem precisa ser apta a manter constante observação e estar pronta para reconhecer e notificar alterações nas condições vitais dos pacientes” 58 Responsabilidade da Enfermagem Obter dados do paciente e estabelecer prioridades; Relacionar os pertences do paciente; Prover o paciente de roupas adequadas; Primeiros cuidados, SSVV, monitorização, oxigenioterapia, cateterismo vesical, ECG, medicação, ETC. Orientar o paciente sobre a finalidade da UTI; Orientar a família do paciente quanto ao horário de visitas e rotina da UTI;Ao enfermeiro incumbe o exame físico do paciente e o plano de cuidados de enfermagem. A equipe deve: Verificar SSVV (no mínimo) a cada 2 horas (temperatura, PA, FC, FR, PVC); pacientes com hipertermia malígna (↑40º) ou hipotermia (↓35º) está indicado o uso de colchão térmico, que adequa a T, diminuindo a necessidade de antitérmicos, e na hipotermia a manta térmica aquece o indivíduo. Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas; Fazer avaliação neurológica (nível de consciência, respostas motoras, diâmetro, simetria e fotossensibilidade das pupilas); Auxiliar o enfermeiro e o médico em procedimentos específicos; Realizar todos os procedimentos relacionados à higiene e conforto do paciente. A monitorização cardíaca deve ser contínua, com rodízio do local dos eletrodos; Realizar balanço hídrico, anotando ganhos e perdas, no mínimo a cada 2h; Ganhos: medicações, líquidos (VO e EV), dietas e líquidos por sondas, NPP (nutrição parenteral prolongada) e hemoderivados. Perdas: diurese, evacuação, débito de drenos, débito de sondas SEGURANÇA DO PACIENTE IDENTIFICAÇÃO PULSEIRAS Ética da Enfermagem na UTI Não se ausentar do plantão sem substituto; Receber o paciente com respeito e atenção; Não discutir fatos junto aos pacientes; Cumprir as determinações; Não levar problemas da UTI para outros setores do hospital; Respeitar a hierarquia funcional. Necessidades adicionais Setores indispensáveis para o bom funcionamento da UTI: laboratório, Radiologia, etc. Fisioterapia de plantão; Engenharia clínica de plantão; RECURSOS CONCENTRADOS; TECNOLOGIA AVANÇADA; PESSOAL ESPECIALIZADO À DISPOSIÇÃO 24h POR DIA. image2.jpg image3.png image4.jpg image5.png image6.jpeg image7.jpeg image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.jpeg image13.jpeg image14.jpg image15.jpeg image16.jpeg image17.jpeg image18.jpeg image19.jpg image20.png image21.png image22.png image23.png image24.jpeg image25.jpeg image26.jpeg image27.png image28.jpeg image29.jpeg image30.png image31.jpeg image32.png image33.jpeg image34.png image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.jpeg image41.png image42.jpeg image43.png image44.jpeg image45.png image46.jpeg image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.jpg image55.png image56.png image57.jpg image58.jpg image59.png image60.png image61.png image62.png image63.png image64.png image65.jpg image66.jpeg image67.jpeg image68.jpeg image69.jpeg image70.jpeg image71.jpeg image72.png image1.jpg