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geral@norforma.pt www.norforma.pt INSTITUTO NORFORMA Primeiros Socorros geral@norforma.pt www.norforma.pt Objetivo Geral do Módulo: Dotar os formandos de conhecimentos e aptidões sobre medidas de primeiros socorros que lhes permitam assegurar o suporte à vida profissional e do quotidiano, pois os conteúdos abordados poderão ser aplicados tanto no trabalho como no dia- a-dia. Objetivos Específicos: Compreender a importância dos Primeiros Socorros; Compreender o funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica; Identificar diferentes tipos de situações de emergência e modos de atuação. geral@norforma.pt www.norforma.pt Conteúdo do Módulo Primeiros Socorros/Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) Suporte Básico de Vida Feridas Queimaduras Fraturas Intoxicações Obstrução da Via Aérea por um Corpo Estranho (OVACE) Hemorragias Contactos da Formadora do Módulo Andreia Valente andreia_valente111@hotmail.com geral@norforma.pt www.norforma.pt Primeiros Socorros/Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) Primeiros Socorros Primeiras medidas a serem aplicadas; Medidas simples, mas essenciais na recuperação da vítima, até à chegada do socorro profissional; Exemplos: tratamento de feridas, controlo de hemorragias, imobilização de uma fratura, suporte básico de vida. Importância da formação nesta área? Qualquer pessoa pode e deve ter formação em primeiros socorros; Não substitui nem deve atrasar a ativação dos serviços de emergência médica, mas sim impedir o agravamento do estado de saúde da vítima. Objetivos dos primeiros socorros? Preservar a vida; Evitar o agravamento do estado de saúde da vítima; Promover o seu restabelecimento. geral@norforma.pt www.norforma.pt Características do socorrista 1. Ser bom observador: avaliar, com atenção, a vítima e o ambiente envolvente de forma a tomar decisões o mais eficazes possíveis e transmitir o máximo de informação aos profissionais de saúde, permitindo um tratamento adequado; 2. Destreza técnica: executar com facilidade os procedimentos técnicos; 3. Manter a calma: o socorrista deve agir com serenidade, transmitindo confiança à vítima e tomar decisões que não comprometam a sua recuperação; 4. O socorrista deve agir independentemente de aspetos raciais, religiosos, socioeconómicos, culturais; não deve divulgar aspetos íntimos dos sinistrados nem nada que possa pôr em causa a sua dignidade e privacidade. geral@norforma.pt www.norforma.pt Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) Portugal tem, desde 1981, um Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM); Entidades cooperam com um objetivo: prestar assistência às vítimas de acidente ou doença súbita; Essas entidades são a PSP, GNR, INEM, Bombeiros, Cruz Vermelha Portuguesa, Hospitais e Centros de Saúde; O INEM é o organismo do Ministério da Saúde responsável por coordenar o funcionamento, no território de Portugal Continental, do SIEM. 1. Deteção - alguém se apercebe da existência de uma ou mais vítimas de doença súbita ou acidente; 2. Alerta - fase em que se contactam os serviços de emergência, utilizando o Número Europeu de Emergência – 112; 3. Pré-socorro - conjunto de gestos simples que podem ser efetuados até à chegada do socorro; 4. Socorro - cuidados de emergência iniciais efetuados às vítimas com o objetivo de as estabilizar, diminuindo assim a morbilidade e a mortalidade; 5. Transporte - da vítima numa ambulância com características, tripulação e carga bem definidas, desde o local da ocorrência até à unidade de saúde adequada, garantindo a continuidade dos cuidados de emergência necessários; 6. Tratamento na Unidade de Saúde. geral@norforma.pt www.norforma.pt Intervenientes no SIEM Público; Operadores das Centrais de Emergência - 112; Técnicos dos CODU; Agentes da autoridade; Bombeiros; Tripulantes de ambulância; Técnicos de ambulância de emergência; Médicos e enfermeiros; Pessoal técnico hospitalar; Pessoal técnico de telecomunicações e de informática. Funcionamento da chamada para o 112 1. Ligar 112 2. PSP atende a chamada (centrais de emergência) 3. Problema de saúde 4. CODU - Centros de Orientação de Doentes Urgentes Aciona meio de emergência Adequado Mais próximo geral@norforma.pt www.norforma.pt Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) – apoiar e coordenar as atividades na área da emergência médica. Veículos do INEM Motas de Emergência Médica geral@norforma.pt www.norforma.pt Ambulâncias Suporte Básico de Vida (SBV) Técnicos de Ambulância de Emergência; Aplicação de medidas de Suporte Básico de Vida. Ambulâncias Suporte Imediato de Vida (SIV) Cuidados de saúde diferenciados, tais como manobras de reanimação; Enfermeiro e um Técnico de Ambulância de Emergência. geral@norforma.pt www.norforma.pt Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) Médico e um Enfermeiro; Equipamento de Suporte Avançado de Vida. Helicópteros geral@norforma.pt www.norforma.pt Recém-Nascidos UMIPE Unidade móvel de intervenção psicológica de emergência; Transporta um psicólogo do INEM para junto de quem necessita de apoio psicológico, como por exemplo, sobreviventes de acidentes graves, menores não acompanhados ou familiares de vítimas de acidente ou doença súbita fatal. CIAV – Centro de Informação Antivenenos Consulta sobre intoxicações; Serve a população em geral, hospitais e centros de saúde. geral@norforma.pt www.norforma.pt CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes Triagem dos pedidos de socorro sobre questões de saúde; 24h/dia (médicos e enfermeiros); Coordena e gere um conjunto de meios de socorro (motas, ambulâncias de socorro, viaturas médicas e helicópteros). CODU – Mar - Centro de Orientação de Doentes Urgentes Mar Aconselhamento médico a situações de emergência que se verifiquem a bordo de embarcações. Recém-nascidos Presta cuidados a bebés prematuros e recém-nascidos em situação de risco, permitindo o transporte para hospitais onde existam unidades de Neonatologia; Realiza apenas transportes secundários (entre hospitais). CAPIC - Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise Atender às necessidades psicossociais da população e dos profissionais. geral@norforma.pt www.norforma.pt CIPSE - Centro de Intervenção e Planeamento para Situações de Exceção Planeamento e coordenação estratégica de operações de emergência médica em cenários de exceção. 112 - Número Europeu de Emergência Procure manter-se calmo, de modo a facultar a informação relevante; Quando possível, deverá ser a vítima a fazer a chamada – ninguém melhor do que a própria para fornecer informação relevante; Aguarde que a chamada seja atendida porque cada nova tentativa implica que a chamada fica no final da fila de espera; Identifique-se pelo nome; Faculte um contacto telefónico que permaneça contactável. geral@norforma.pt www.norforma.pt Informar, de forma simples e clara: Indique a localização exata onde se encontra a(s) vítima(s) - sempre que possível Freguesia, Código Postal, pontos de referência – Onde? Diga o que aconteceu e quando – O quê? Quem está envolvido (número, género, idade das vítimas) – Quem? Diga quais as queixas principais, o que observa, situações que exijam outros meios – Como? Responda às questões que lhe são colocadas; Siga os conselhos do técnico; Não desligue até indicação do técnico; Se a situação se alterar antes da chegada dos meios de socorro, ligue novamente 112. Pedido de socorro é importante pois fornece os principais elementos, determinando quais os meios de socorro necessários; Chamada é gratuita e está acessível de qualquer ponto do país a qualquer hora do dia. Mala de primeiros socorros O material deve ser guardado em caixas ou armários protegidos do calor e humidade, em local de fácil acesso, devidamente sinalizado e que esteja disponível quando necessário. geral@norforma.pt www.norforma.pt Material: - Luvas de látex descartáveis; - Compressas esterilizadas; - Ligaduras; - Adesivos; - Pensos rápidos; - Solução de iodopovidona dérmica (de preferência, unidades individuais); - Soro fisiológico (de preferência, unidades individuais); - Termómetro digital; - Pacotes de açúcar ou solução de glicose; - Aparelho para avaliação da pressão arterial; - Gaze gorda; - Tesoura e pinça; - Esponja hemostática. geral@norforma.pt www.norforma.pt Cadeia de sobrevivência Os quatro elos da cadeia de sobrevivência são: Acesso precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica – 112 Início precoce de Suporte Básico de Vida (SBV) Desfibrilhação precoce Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce Conjunto de procedimentos que permitem salvar vítimas de paragem cardiorrespiratória; Cada elo está interligado com o elo anterior; Todos os elos da cadeia são igualmente importantes: de nada serve ter o melhor SBV se quem presencia a paragem cardiorrespiratória não souber ligar 112. geral@norforma.pt www.norforma.pt Suporte Básico de Vida Algoritmo - Adulto 1 - Avaliar as Condições de Segurança Garanta condições de segurança antes de abordar a vítima. Não se exponha a si nem a terceiros a riscos que possam comprometer a segurança de todos. geral@norforma.pt www.norforma.pt Acidente de viação • Ligar as luzes de perigo (4 piscas) e posicionar a viatura em segurança, entre o tráfego e a vítima, com a frente virada numa direção diferente da sua posição e da posição da vítima; • Vestir o colete e sinalizar o local com triângulo à distância adequada; • Desligar o motor do carro acidentado para diminuir a probabilidade de incêndio. Presença de produtos tóxicos É importante identificar: o produto em causa; a forma de apresentação (em pó, líquida ou gasosa); contactar o CODU ou o CIAV (Centro de Informação Antivenenos) para uma informação especializada quanto aos procedimentos a adotar. Em caso de intoxicação por produtos gasosos: Não inalar os vapores libertados; O local onde a vítima se encontra deve ser arejado ou, na impossibilidade de o conseguir, a vítima deverá ser retirada do local. Produtos corrosivos (ácidos ou bases fortes) ou em que possa ser absorvido pela pele: arejar o local; utilizar equipamento de proteção como luvas e máscara para evitar qualquer tipo de contacto com o produto. geral@norforma.pt www.norforma.pt Transmissão de doenças O risco aumenta se houver contacto com sangue infetado ou com feridas; Durante a reanimação, deve evitar o contacto com sangue ou outros fluidos corporais (secreções, suor, lágrimas, vómito); Caso opte por realizar insuflações na presença de fluidos orgânicos, deverá utilizar uma máscara de bolso ou insuflador manual para não expor o reanimador ao ar expirado da vítima; Insuflação boca-a-boca é desaconselhada. 2 - Avaliar o Estado de Consciência geral@norforma.pt www.norforma.pt 3 - Permeabilizar a Via Aérea Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas); Coloque uma mão na testa e dois dedos da outra mão no queixo; Faça a extensão da cabeça, inclinando a cabeça para trás. Vítima reativa Mantenha-a na posição encontrada; Identifique situações causadoras da aparente alteração do estado da vítima; Solicite ajuda (ligue 112), se necessário; Reavalie com regularidade. Vítima não reativa Permeabilizar a via aérea geral@norforma.pt www.norforma.pt O que evitar na inclinação da cabeça-elevação do queixo Não pressionar profundamente o tecido mole sob o queixo – bloqueio da via aérea; Não usar o polegar para elevar o queixo; Não fechar a boca da vítima completamente. 4 - Avaliar Ventilação – VOS Mantendo a via aérea permeável, verifique se a vítima respira normalmente, realizando o VOS (Ver, Ouvir e Sentir) até 10 segundos: Ver os movimentos torácicos; Ouvir os sons respiratórios saídos da boca/nariz; Sentir o ar expirado na face do reanimador. geral@norforma.pt www.norforma.pt 5 - Ligar 112 Informações precisas; Não desligar a chamada, sem indicação do CODU. 6 – Compressões torácicas/Insuflações A relação é de 30 compressões:2 insuflações Respira Posição Lateral de Segurança Não respira Não responde Ligar 112 geral@norforma.pt www.norforma.pt Como realizar as compressões torácicas? 1. Posicionar-se ao lado da vítima; 2. Certificar-se que a vítima está deitada de costas, sobre uma superfície firme e plana; 3. Afastar/remover as roupas que cobrem o tórax da vítima; 4. Posicionar-se verticalmente acima do tórax da vítima; 5. Colocar a base de uma mão no centro do tórax (sobre a metade inferior do esterno); 6. Colocar a outra mão sobre a primeira entrelaçando os dedos; 7. Manter os braços e cotovelos esticados, com os ombros na direção das mãos; 8. Aplicar pressão sobre o esterno, deprimindo-o 5 a 6 cm a cada compressão (as compressões torácicas superficiais não produzem um fluxo sanguíneo adequado); 9. Aplicar 30 compressões de forma rítmica a uma frequência entre 100 a 120 por minuto (ajuda se contar as compressões em voz alta); 10. No final de cada compressão garantir a descompressão total do tórax sem remover as mãos; 11. Não interromper as compressões a não ser para realizar insuflações ou seguir instruções do desfibrilhador automático externo, se existente (quando não se comprime o tórax, o sangue não circula). geral@norforma.pt www.norforma.pt Como realizar as insuflações? 1. Colocar uma mão na testa da vítima e empurrar com a palma da mão, inclinando a cabeça para trás (extensão da cabeça); 2. Colocar os dedos da outra mão por baixo da parte óssea da mandíbula, perto do queixo (pressão excessiva nos tecidos moles por baixo do queixo podem obstruir a via aérea); 3. Colocar a palma da mão na testa da vítima e tapar o nariz com polegar e indicador em pinça; 4. Abrir a boca da vítima; 5. Inspirar profundamente; 6. Expirar pela boca 1 segundo; 7. Observar expansão torácica; 8. Manter a inclinação da cabeça e o queixo elevado, afastar a boca da vítima e verificar o tórax a retrair à medida que o ar sai; 9. Repetir procedimento. Parte mais estreita da máscara de bolso deverá ficar sobre o dorso do nariz; Parte mais larga da máscara deverá tapar a boca. geral@norforma.pt www.norforma.pt Máscara tem uma válvula unidirecional que desvia o ar expirado, o sangue e os fluidos corporais da vítima para longe do socorrista Como usar máscara 1. Posicionar-se ao lado da vítima; 2. Colocar a máscara no rosto da vítima; 3. Vedar a máscara contra o rosto; 4. Mão que está na testa – indicador e polegar ao longo da máscara; 5. Colocar o polegar da outra mão ao longo da máscara que está junto ao queixo. Se não estiver treinado ou não desejar fazer ventilações ou quando for orientado nesse sentido pelo CODU, deve ser encorajado a realizar só compressões – não existindo momentos de pausa entrecada 30 compressões. geral@norforma.pt www.norforma.pt Posição Lateral de Segurança – PLS Pessoa inconsciente com ventilação espontânea Evitar asfixia: Queda da língua Obstrução por vómito/Sangue/Secreções A posição lateral de segurança está contraindicada em: Situações de trauma ou suspeita de trauma (Só aplicar quando não há suspeita de traumatismo vertebro-medular); Vítimas inconscientes que não respirem. geral@norforma.pt www.norforma.pt Como realizar a Posição Lateral de Segurança? Remova objetos estranhos ao corpo da vítima, os quais ao posicioná-la possam eventualmente causar lesões (ex.: óculos, canetas); Coloque o braço da vítima mais próximo (do seu lado) em ângulo reto (90°) com o corpo, com o cotovelo dobrado e a palma da mão virada para cima; geral@norforma.pt www.norforma.pt Segure a mão mais afastada e traga-a para junto da face do seu lado, de forma que o dorso da mão proteja a cara da vítima; Colocar a outra mão na região do joelho, fletindo o membro inferior do lado oposto à posição do socorrista. geral@norforma.pt www.norforma.pt Mantendo o dorso da mão da vítima encostada à face e segurando o membro inferior, efetuar a rotação da vítima. Após ter rodado a vítima, posicionar a cabeça de forma a que a via aérea fique livre de obstrução. geral@norforma.pt www.norforma.pt Posicionar a perna pela qual se rodou a vítima de forma a fazer alavanca, garantindo que esta fique lateralizada; Riscos do Suporte Básico de Vida Meio ambiente Vítima Doenças transmissíveis Vómito SBV até quando? Ser substituído por alguém que saiba fazer as manobras (Se há mais do que um reanimador, devem trocar de posições no SBV a cada 2 minutos, para prevenir o cansaço); Chegada da equipa de socorro; Profissional de saúde mandar suspender as manobras; Vítima recuperar; Ser necessário, deslocar a vítima (a interrupção não deve ser superior a 30 segundos); Antes de o socorrista entrar em exaustão. geral@norforma.pt www.norforma.pt Casos especiais: Politraumatizado Afogamento Intoxicações com fármacos ou álcool Crianças com idadede vasos capilares que levam a uma acumulação de sangue em pequena quantidade nos tecidos. O que fazer? Aplicar frio sobre o local (não diretamente); Imobilizar região afetada (fratura); Fazer elevação do membro; Aplicar uma pomada adequada. Atuação é igual para as equimoses e hematomas! geral@norforma.pt www.norforma.pt Lesões abertas Escoriação: Lesão superficial; Pequena hemorragia (rompimento de vasos capilares); Dolorosa; Sem gravidade. Laceração: Normalmente originada por objetos afiados; Pode ser profunda ao ponto de atingir vasos sanguíneos de grande calibre. geral@norforma.pt www.norforma.pt Amputação: Separação total de um membro. Penetrante ou perfurante: Associadas a hemorragias internas e lesões de órgãos internos. geral@norforma.pt www.norforma.pt O que fazer? Feridas extensas/profundas Proteger com uma compressa esterilizada; Ligar 112 ou levar a vítima à urgência mais próxima. Feridas com hemorragia Com suspeita de presença de corpos estranhos Comprimir local de saída do sangue; Não retirar objetos estranhos; Ligar 112 ou levar a vítima à urgência mais próxima. Possíveis complicações: Infeção; Hemorragia; Choque; Lesões de nervos e tendões; Lesões de órgãos internos; Contaminação (ex. tétano). geral@norforma.pt www.norforma.pt Queimaduras Queimaduras térmicas: Frio ou calor; Podem ser provocadas por água quente, vapor de água, fogo, gelo. Queimaduras elétricas: Podem ser causadas por “flash” elétrico ou pela passagem direta de corrente elétrica através do corpo; A passagem direta de corrente elétrica pelo corpo provoca destruição tecidular interna; A lesão visível não reflete os danos que os tecidos subjacentes sofreram com a condução elétrica; geral@norforma.pt www.norforma.pt Habitualmente, este tipo de lesão apresenta uma porta de entrada (local de contacto com a corrente elétrica) e uma porta de saída (local de saída de corrente após uma trajetória pelo corpo); A sua gravidade depende do tipo e quantidade de corrente, da duração do contacto e do seu trajeto. Queimaduras químicas: Ácidos (ex. ácido clorídrico) ou bases (exs. soda caustica, lixívia); Estes produtos, quando absorvidos, podem provocar lesão na pele e nos órgãos internos; Grau de destruição dos tecidos depende da natureza do agente químico, da sua concentração e da duração de contacto com a pele. Queimadura por produtos gasosos: Inalação de monóxido de carbono ou fumo (que contém outros diferentes tipos de gases). geral@norforma.pt www.norforma.pt Queimaduras por radiação: São causadas pela transferência de radiação para o corpo; A mais comum é a radiação solar. Apesar de a pele ser, normalmente, a parte do corpo que se queima, os tecidos que se encontram por baixo também podem ser afetados e até, por vezes, podem ficar queimados os órgãos internos, mas não a pele: Ingerir um líquido muito quente ou uma substância cáustica, como o ácido, pode queimar o esófago e o estômago; Inalar fumo e ar quente provenientes do fogo de um edifício em chamas pode queimar os pulmões. A gravidade da queimadura está diretamente relacionada com: A etiologia da queimadura (natureza, intensidade e duração da exposição ao agente causal): A substância que provoca a queimadura pode torná-la mais grave quanto maior o tempo de contacto. Na queimadura elétrica, quanto mais alta é a voltagem e o tempo de contacto, mais grave poderá ser a lesão. A profundidade (1º, 2º ou 3º grau): Quanto mais profunda é a queimadura, ou seja, quanto mais camadas da pele são afetadas, maior o tempo de cicatrização e os riscos envolventes. geral@norforma.pt www.norforma.pt A localização da lesão: A localização de uma queimadura em áreas do corpo tais como: face, mãos, pés, genitais ou pulmões, podem torná-la mais grave; Também as chamadas queimaduras circulares, que contornam os membros superiores e inferiores ou mesmo o tórax, colocam em risco os membros e o tronco por falta de circulação sanguínea. A extensão (superfície corporal total “SCT” afetada): Quanto maior for a área corporal queimada, maiores serão os riscos para o doente a nível dos vários sistemas do organismo. A idade; Crianças e idosos têm um maior risco de complicações. Os antecedentes pessoais: A história clínica do doente - doenças que ele já possa ter (doenças renais ou respiratórias) podem tornar mais grave a sua situação; A existência de lesão por inalação: Quando existe intoxicação com fumo, o doente apresenta complicações respiratórias que dificultam a sua recuperação. Classificação Extensão – dimensão da área atingida Profundidade – grau de destruição dos tecidos – 1º, 2º e 3º graus geral@norforma.pt www.norforma.pt A percentagem de área corporal queimada é importante ser quantificada: Influencia tratamento médico; Indica a maior ou menor gravidade da situação. Para este cálculo existem duas formas: Regra dos Nove de Wallace e Pulaski - utiliza apenas valores de % múltiplos de 9, tornando esta avaliação muito subjetiva, mas ao mesmo tempo mais rápida. Medida da mão do indivíduo como um valor de 1%. geral@norforma.pt www.norforma.pt 1ºGrau De menor gravidade; Atingida apenas a 1ª camada da pele – epiderme; Pele apresenta-se vermelha, quente, sensível, dolorosa e com edema. 2ºGrau Atingidas 1ª e 2ª camadas da pele (epiderme e derme, respetivamente); Dolorosa; Flictenas (bolhas), pele brilhante, quente, vermelha. geral@norforma.pt www.norforma.pt 3ºGrau Destruição de pele e de tecidos subjacentes; Com cor castanha ou preta; Pode não referir dor pela destruição dos terminais nervosos. O que fazer? Retirar roupa existente menos aquela que estiver agarrada ao corpo; Lavar zona queimada com soro fisiológico ou água; Tapar a zona com um penso humedecido e esterilizado. geral@norforma.pt www.norforma.pt Não usar qualquer tipo de gorduras pois estas provocam o aumento da temperatura e da infeção! Queimadura elétrica O que fazer? Caso a vítima esteja presa na fonte elétrica, deve desligar-se essa fonte antes de aceder à vítima, desligando o quadro elétrico se estiver acessível; Se não tiver acesso ao quadro elétrico, deverá afastar a vítima da fonte, utilizando por exemplo um pau (a madeira é má condutora elétrica) para remover o aparelho ou fonte de energia. Queimadura química O que fazer? Colocar a área afetada sob água corrente (não utilizar água muito fria ou gelo) durante 20 minutos, proporcionando o alívio da dor e a remoção do produto; Não colocar nenhum produto. Queimadura solar: Aplicar água corrente fria/tépida ou toalhas molhadas; Aplicar cremes ou pomadas com indicação para queimadura solar; Ingerir bastantes líquidos pelo risco de desidratação; A dor intensa pode ser aliviada através de um analgésico; No caso da presença de sintomas associados como febre, tonturas, náuseas e vómitos, visão turva e cefaleias, encaminhar para urgência. geral@norforma.pt www.norforma.pt Como resultado das queimaduras, as funções normais da pele ficam reduzidas: Perda da barreira protetora contra a infeção; Perda de líquidos orgânicos; Perda de calor; Glândulas sudoríparas e sebáceas destruídas; Redução do número de recetores sensoriais. geral@norforma.pt www.norforma.pt Fraturas Lesão no osso; Surge pela aplicação de uma força superiorà força que este consegue suportar. Podem ser: a) Abertas (expostas) Exposição dos topos ósseos Pode infetar facilmente Risco de hemorragia geral@norforma.pt www.norforma.pt b) Fechadas Pele intacta Não se visualizam os topos ósseos Causas Acidentes (trabalho/viação); Quedas; Doenças que aumentam a fragilidade óssea (osteoporose; cancro nos ossos); Fratura de tensão – ex: atividade física repetitiva. geral@norforma.pt www.norforma.pt Mais frequente nas mulheres (maior incidência durante a menopausa – menor densidade óssea). Sintomatologia Dor localizada; Perda de mobilidade; Podem existir alterações da sensibilidade; Deformidade do segmento ósseo; Encurtamento ou rotação do membro; Impotência funcional; Crepitação óssea; Edema; Hematoma; Exposição dos topos ósseos; Alteração da coloração do membro (surge no caso de existir compromisso da circulação sanguínea). O que fazer? Assumir que existe fratura até que se prove o contrário; Expor a zona de lesão (desapertar ou, se necessário, cortar a roupa); Verificar se existem ferimentos – desinfetar e tapar; Imobilizar, usando talas adequadas – ver se fratura interrompeu circulação sanguínea (pode ser necessária ligeira tração); Imobilizar, na posição encontrada, as articulações acima e abaixo da área fraturada para diminuir a dor e favorecer a circulação; Manter a extremidade elevada para diminuir o edema; Vigiar as extremidades quanto à cor, sensibilidade e temperatura (formigueiro, palidez e frio significa que as talas estão muito apertadas); As talas devem ser almofadadas e sólidas; Podem ser feitas com barras de metal ou de madeira; Se se utilizarem talas insufláveis, que atuam por compressão sobre o membro lesionado, deve deixar-se sair um pouco de ar do seu interior de 15 em 15 minutos para aliviar a pressão que pode dificultar a circulação do sangue. geral@norforma.pt www.norforma.pt Sinais de interrupção sanguínea pela fratura: Falta de sensibilidade nas extremidades; Formigueiro; Ausência de pulso; Extremidade pálida/azulada. Objetivos da imobilização: Diminuir a dor; Controlar eventuais hemorragias; Prevenir o estado de choque. Traumatismo cranioencefálico Sobretudo nos extremos da vida; ( 70 anos) e os jovens adultos (15 – 24 anos); Afeta mais o sexo masculino. geral@norforma.pt www.norforma.pt Causas: Acidentes de viação/ domésticos/ trabalho; Quedas de alturas variadas; Comportamento delinquente; Traumatismos penetrantes (Feridas por armas de fogo ou brancas ou empalamento de outros objetos). Lesão muito grave: Morte Lesões permanentes Não é de fácil identificação Sinais e sintomas: Alterações no estado de consciência Sonolência ou amnésia Desorientação no tempo e espaço Perda de consciência Convulsões Tonturas Hipertensão Arterial Dor de cabeça intensa e repentina Náuseas e vómitos Ferida no couro cabeludo ou hematoma geral@norforma.pt www.norforma.pt Hemiplegia ou hemiparesia Alterações pupilares (anisocoria – tamanho das pupilas diferente Alterações motoras (desequilíbrio), sensoriais (visão, audição) e comportamentais Saída de sangue ou líquido cefalorraquidiano pelos ouvidos, nariz e boca Anisocoria O que fazer? Colocar a vítima sobre uma superfície dura, sem almofada, entre 2 rolos; Controlar possíveis hemorragias; Manter via aérea livre; Vigiar possíveis vómitos; Ligar 112; Vigiar o aparecimento destes sinais e sintomas nas 48 a 72h seguintes ao traumatismo; Sempre que algum deles aparecer, recorrer à urgência. geral@norforma.pt www.norforma.pt Entorse Lesão que produz a rotura, distensão ou alongamento excessivo de um ligamento, isto é, da banda de tecido elástico que une as extremidades ósseas numa articulação. Rice R – rest – descanso I – ice – gelo C – compression – compressão E – elevation – elevação Atuação: Repouso da articulação afetada (canadianas); Aplicação de gelo por períodos de 10-20minutos/hora - Mistura de água e gelo - ideal; Imobilizar com uma ligadura elástica; Encaminhar vítima para uma unidade de saúde. geral@norforma.pt www.norforma.pt Intoxicações Tóxico Toda e qualquer substância que, em contacto com o organismo, provoca alterações funcionais e que pode mesmo causar a morte; Intoxicação Problema provocado pela entrada de uma substância tóxica no organismo. Atuação na intoxicação depende: Avaliação da vítima; Via de entrada do tóxico; Informação do CIAV; Levar, sempre que possível, o tóxico ao hospital. geral@norforma.pt www.norforma.pt Tipos de intoxicação: a) Via digestiva Causas: Ingestão de alimentos deteriorados; Ingestão de medicamentos; Ingestão de produtos de limpeza. O que fazer: Não provocar o vómito caso a vítima esteja inconsciente ou se tiver ingerido: Soda cáustica; Derivados do petróleo; Ácidos; Água de cal; Amónia; Produtos de uso doméstico. Ingerir água/leite – só se o CIAV autorizar. geral@norforma.pt www.norforma.pt b) Via respiratória Causas: Inalação de gases, fumos ou vapores (Incêndios, instalações de gás deficientes). O que fazer: Ver se o local é arejado e seguro; Se for seguro, retirar a pessoa do local para uma zona arejada; Administrar oxigénio (se possível); Contactar CIAV. c) Via cutânea Organismo entra através da pele (ex: pesticidas). geral@norforma.pt www.norforma.pt O que fazer: Remover roupa que está em contacto com o tóxico e não misturar com as outras; Lavar a zona durante pelo menos 15 minutos com água corrente e sabão; Socorrista deve usar luvas e máscara; Contactar CIAV. d) Via ocular O que fazer: Lavar o olho com soro fisiológico/água corrente, durante 15 minutos, mantendo as pálpebras afastadas; Lavar do canto interno para o externo; Não aplicar nenhum produto; Contactar CIAV. Prevenção Ver prazo de validade, estado de acondicionamento e conservação dos alimentos; Usar medicamentos receitados, respeitando as doses indicadas e o prazo de validade; Não utilizar embalagens vazias para guardar outros produtos. Mantê-los nas suas embalagens originais; Medicamentos em locais de difícil acesso às crianças; Seguir instrução de utilização dos produtos; Fechar as embalagens e guardar os produtos imediatamente após o uso; Manter as instalações de gás em bom estado e com dispositivos de segurança. geral@norforma.pt www.norforma.pt Obstrução da Via Aérea por um Corpo Estranho (OVACE) A obstrução da via aérea por corpo estranho apresenta-se como uma causa de paragem cardiorrespiratória acidental potencialmente reversível; Qualquer objeto sólido pode funcionar como corpo estranho e causar obstrução da via aérea – obstrução por corpo estranho; Pode levar à morte. O risco de OVACE é mais elevado em vítimas que apresentem algumas das seguintes situações: Redução do nível de consciência; Intoxicação por álcool e/ou drogas; Alterações neurológicas com dificuldade de deglutição e diminuição do reflexo da tosse; Alterações mentais; Demência; Dentição inexistente. Podem ocorrer situações de obstrução por edema dos tecidos da via aérea: Reação anafilática (alergia) Neoplasia (cancro) Inflamação da epiglote (epiglotite) Obstrução patológica – não é considerada OVACE geral@norforma.pt www.norforma.pt A OVACE pode ser: Ligeira/Parcial: Pessoa consegue tossir; Choro / resposta verbal; Eventual ruído respiratório na inspiração; Capaz de inspirar antes de tossir; Bem reativo. Grave/Total: Incapaz de falar/chorar; Tosse ineficaz ou ausente; Respiração ineficaz; Respiração em “esforço” com ruído à inspiração ou ausência total de ruído; Cianose (coloração azulada da pele, especialmente da face e nas extremidades, devida à deficiente oxigenação do sangue). Agarra o pescoço com as mãos (sinal universal de asfixia) geral@norforma.pt www.norforma.pt 5 pancadas interescapulares (entre as omoplatas) Colocar-se ao lado da vítima, ligeiramente para trás; Passar o braço por baixo da axila da vítima com uma mão, apoiar o tórax, inclinando- o para a frente de forma a facilitar a saída do corpo estranho e evitar que entre novamente; Aplique até 5 pancadas com a base da outra mão na parte superior das costas, na região interescapular, isto é, entre as omoplatas; Cada pancada deverá ser efetuada com a força adequada tendo como objetivo resolver a obstrução; Após cada pancada, observar se o corpo estranho saiu. Se as pancadas interescapulares não forem eficazes, realizar compressões abdominais (Manobra de Heimlich) geral@norforma.pt www.norforma.pt 5 compressões abdominais (manobra de Heimlich) Colocar-se atrás da vítima com os dois braços à volta da parte superior do abdómen; Inclinar a vítima para a frente, fechar o punho e colocá-lo entre o umbigo e o esterno; Sobrepor a 2.ª mão à já aplicada e fazer o movimento para trás e para cima, em simultâneo; Aplique cada nova compressão (até 5) como um movimento separado e distinto; Verificar se o corpo sai entre cada compressão. Alternar estas duas manobras até resolução da obstrução ou a vítima ficar inconsciente. Se a vítima ficar inconsciente Ligar o 112 Iniciar SBV geral@norforma.pt www.norforma.pt A manobra de Heimlich também pode ser executada pela própria vítima, caso se encontre sozinha: Colocar uma mão fechada, um pouco acima do umbigo e, com a outra mão, em cima da primeira, comprimir para cima e para dentro com um movimento rápido; No caso de não obter sucesso, poderá comprimir o abdómen contra uma superfície rija, como por exemplo, as costas de uma cadeira ou um varão de escadas. Quando substituir as compressões abdominais por compressões torácicas? Num doente obeso/mulher grávida/criança com menos de 1 ano Colocar-se atrás da vítima e passar os braços por debaixo das axilas da vítima; Colocar uma mão sobre o centro do tórax e a outra mão por cima da primeira. Evitar o apêndice xifóide; Executar pressão sobre o tórax da vítima, contra o tronco do socorrista. geral@norforma.pt www.norforma.pt Sequência de atuação – latentes Segure o latente em decúbito ventral, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo, suportando a cabeça com uma das mãos e apoiando o tórax no antebraço e /ou na coxa (neste último caso, deverá estar sentado); Aplique pancadas interescapulares com o bordo da mão, usando uma força adequada ao tamanho do latente, com o objetivo de remover o corpo estranho; Se necessário, aplique até um total de 5 pancadas interescapulares; Se não conseguir deslocar o objeto e remover o corpo estranho com as pancadas interescapulares, passe à aplicação de compressões torácicas; Mantenha a cabeça a um nível inferior ao do resto do corpo; Faça compressões torácicas com 2 dedos com o objetivo de deslocar o corpo estranho. geral@norforma.pt www.norforma.pt Faça até 5 compressões, se necessário, para tentar desobstruir a via aérea; Após as 5 compressões torácicas, inspecione a cavidade oral, removendo algum objeto apenas se for visível; Repita sequências de 5 pancadas interescapulares/ 5 compressões torácicas até a obstrução ser resolvida ou ficar inconsciente. Sequência de atuação – crianças/jovens Se a criança consegue respirar e tossir, deve apenas encorajá-la a tossir; Se a tosse for ineficaz ou a criança desenvolver dificuldade respiratória, é necessário atuar rapidamente. Grite imediatamente por ajuda e avalie o estado de consciência da criança. Aplique pancadas interescapulares, até um total de 5, se necessário; geral@norforma.pt www.norforma.pt Se a obstrução persiste, efetue compressões abdominais, até 5 tentativas; Verifique a saída de corpo estranho; Repita a sequência, anteriormente descrita, até resolução da obstrução ou até a criança ficar inconsciente Suporte Básico de Vida geral@norforma.pt www.norforma.pt Hemorragias Hemorragia – perda de sangue, geralmente de artérias, capilares ou veias, nos quais deveria estar contido. Classificação das hemorragias: a) Vaso atingido Arteriais Vaso que sangra é uma artéria; Saída de sangue num jato descontínuo - contração do coração; Hemorragia muito abundante e de difícil controlo; Sangue vermelho e brilhante. Venosas Vaso sangrante é uma veia; Saída de sangue em jato contínuo; Sangue vermelho escuro. Capilares São atingidos os vasos capilares; Saída de sangue em toalha; Normalmente, não representam uma situação de perigo pois a quantidade de sangue que sai é pequena. geral@norforma.pt www.norforma.pt b) Localização Externas - podem ser observadas e facilmente reconhecidas; Internas - são de difícil reconhecimento e identificação é feita com base em sinais e sintomas indiretos. Quando suspeitar de uma hemorragia interna: Impacto forte ao nível do abdómen e tórax; Queda de altura 2 a 3 vezes superior à altura da vítima; Feridas penetrantes provocadas por armas de fogo ou por armas brancas (ex. facas, navalhas); Politraumatizados graves com suspeita de fraturas; Doença, como é o caso de uma úlcera no estômago - neste caso, existem habitualmente sinais como hematemeses (vómito com sangue) ou melenas (fezes com sangue). geral@norforma.pt www.norforma.pt O que fazer: Compressão manual direta Comprimir diretamente a lesão com compressas ou um pano limpo. Não deve ser aplicada quando exista uma ferida: Com um objeto empalado – Não deve retirar – aumenta a hemorragia! Associada a fraturas Se a hemorragia continuar, não remover a gaze, mas aplicar uma outra sobre a primeira, com um pouco mais de pressão; Efetuar um penso compressivo sobre a ferida; Manter as compressas a exercer alguma pressão sobre a ferida, utilizando uma ligadura. geral@norforma.pt www.norforma.pt Compressão manual indireta ou à distância Quando não é possível aplicar compressão manual direta; Fazer compressão num ponto entre o coração e a lesão que sangra; Locais mais frequentes - artéria umeral (face interna do braço) ou artéria femoral (ao nível da virilha). geral@norforma.pt www.norforma.pt Garrote Usado quando as outras técnicas falharam ou quando se está perante a destruição de um membro; Exista uma fratura ou um objeto empalado; Usar um tecido não elástico e largo; Registar hora de aplicação. Colocar proteção na pele; Apertar o torniquete (não elástico e largo) lentamente até a paragem da hemorragia; Após 10-15 minutos, aliviar lentamente. Aplicação de frio Vasoconstrição – redução da hemorragia; Envolver o gelo num pano limpo/compressas e aplicar sobre a lesão; Não usar durante mais de 10 minutos seguidos; Usar durante 20 minutos. geral@norforma.pt www.norforma.pt Elevação do membro. Usar a força da gravidade para reduzir a pressão de sangue na zona de lesão (acima da zona do tórax) - contrária à corrente sanguínea.geral@norforma.pt www.norforma.pt Sintomatologia Saída evidente de sangue (hemorragias externas); Doente confuso ou inconsciente; Respiração rápida e superficial; Pulsação rápida e fraca; Hipotensão arterial; Hipotermia; Pele pálida e húmida; Sede; Vómitos de sangue (hematémeses); Dejeções de sangue (melenas); Sensação de “zumbidos” nos ouvidos; Ansiedade e agitação. geral@norforma.pt www.norforma.pt Hemorragia nasal (Epistaxis) Rutura dos vasos sanguíneos superficiais que irrigam a mucosa do nariz; Uma das situações mais comuns de hemorragia. Causas: Clima quente e seco; Desvio do septo nasal; Defeito no desenvolvimento dos vasos sanguíneos que os torna mais frágeis (mais comum nas crianças); Traumatismos exteriores; Coçar o nariz; Corpo estranho; Espirros muito fortes; Constipações; Alergias; Mucosa do nariz seca; Tumores; Hipertensão arterial; Alteração na coagulação do sangue; Processo infecioso. geral@norforma.pt www.norforma.pt O que fazer: Sentar a pessoa com o tronco e cabeça direitos ou ligeiramente inclinada para a frente - nunca para trás - para que o sangue não seja engolido; Respirar pela boca e não pelo nariz, já que a corrente de ar ao longo das fossas nasais pode desunir os coágulos que se vão formando, o que impede a paragem natural da hemorragia; Efetuar compressão com o dedo sobre a narina onde está a sangrar; Manter a compressão entre 5 a 10 minutos e libertar com suavidade para ver se a hemorragia parou; neste caso, é possível recomeçar a respirar pelo nariz, mas evitar assoar-se durante algumas horas; Colocar gelo no dorso do nariz; Caso a hemorragia se mantenha, efetuar uma nova compressão durante outros 10 minutos, manter a colocação do gelo e ver se a hemorragia parou; Caso a hemorragia não pare ao fim de 20 minutos, deve continuar-se com a compressão e dirigir-se a um serviço de saúde. O que não se deve fazer: Inclinar a cabeça para trás; Deitar a vítima; Colocar a água oxigenada ou qualquer outro desinfetante. geral@norforma.pt www.norforma.pt Gravidade da perda de sangue + 1 litro num adulto + ½ litro numa criança +1/4 litro num bebé geral@norforma.pt www.norforma.pt Bibliografia Instituto Nacional de Emergência Médica (2012). Abordagem à vítima – manual TAS/TAT. Lisboa Instituto Nacional de Emergência Médica (2017). Manual de Suporte Básico de Vida Adulto, 2ªEdição. Lisboa. Instituto Nacional de Emergência Médica (2017). Manual de Suporte Básico de Vida Pediátrico, 1ªEdição. Lisboa. Webgrafia Conselho Português de Ressuscitação (https://cpressuscitacao.pt/) Escola Nacional de Bombeiros (https://www.enb.pt/) Instituto Nacional de Emergência Médica (https://www.inem.pt/) Sociedade Portuguesa de Pediatria (https://www.spp.pt/)