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Controle concentrado 
de constitucionalidade 
no Brasil
 
SST
Azevedo, S.;
Controle concentrado de constitucionalidade no Brasil / 
Simone Azevedo
Ano: 2020
nº de p.: 9 páginas
Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.
Controle concentrado de 
constitucionalidade no Brasil
3
Apresentação
Nesta Unidade, iremos debater o controle de constitucionalidade concentrado 
(também chamado de controle por via de ação direta; portanto, abstrato). É aquele 
que é feito por um único órgão, com exclusão de qualquer outro. O controle de 
constitucionalidade concentrado de atos normativos federais e estaduais que 
contrariem a Constituição Federal é feito pelo Supremo Tribunal Federal e os de atos 
e leis municipais que firam a Constituição Estadual pelo Tribunal de Justiça. 
O contrato de trabalho é fundamental na relação trabalhista.
Fonte: Plataforma Dedica (2020)
Controle de constitucionalidade 
O modelo de controle de constitucionalidade foi idealizado a partir do sistema 
austríaco ou europeu. Seus instrumentos junto ao Supremo Tribunal Federal são a 
ação direta de inconstitucionalidade de ato normativo (ADIN), a ação declaratória de 
constitucionalidade (ADC) e a arguição de descumprimento de preceito fundamental 
(ADPF), todas de competência originária desses tribunais.
Verifica-se que o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade de leis é 
bastante peculiar e eclético, pois apresenta elementos do modelo americano e 
4
austríaco, cabendo ao Supremo Tribunal Federal o controle de constitucionalidade 
tanto pelo método concentrado quanto pelo método difuso.
Assevera Cunha Junior (2012) que à vista desse modelo instaura-se no 
Supremo Tribunal Federal uma fiscalização abstrata das leis ou atos normativos 
do poder público em confronto com a Constituição. Isso se dá em face do 
ajuizamento de uma ação direta, cujo pedido principal é a própria declaração de 
inconstitucionalidade ou constitucionalidade. 
Assim, a questão constitucional, no controle concentrado, assume a natureza de 
questão principal, porque relacionada ao próprio objeto da demanda, distinguindo-
se do controle difuso, no âmbito do qual (relembremos) a questão constitucional, 
limita-se à mera questão prejudicial, suscitada como incidente ou causa de pedir, 
porém jamais como pedido. 
Por isso, o controle concentrado (à exceção do que ocorre na ADPF incidental) é 
provocado por via principal, com a propositura de uma ação direta, por meio da qual 
se leva ao Supremo Tribunal Federal a resolução, em tese, de uma antinomia entre 
uma norma infraconstitucional e uma norma constitucional, sem qualquer análise 
ou exame de caso concreto.
O Supremo Tribunal limita-se a examinar abstratamente o confronto entre as 
normas em tela, como medida a assegurar, objetivamente, a supremacia da 
Constituição (CUNHA JUNIOR, 2012, p.345).
Lei no 9.882, de 3 de dezembro 
de 1999
O artigo 2º da Lei nº 9.882/99 estabelece como legitimados para propor a ação de 
descumprimento de preceito fundamental os mesmos sujeitos aptos a propor a 
ação direta deinconstitucionalidade. Dispõe o art. 103, § 1º, que o Procurador-Geral 
da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e 
em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
Deverá o Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de 
norma legal ou ato normativo, citar, previamente, o Advogado-Geral da União, que 
defenderá o ato outexto impugnado (art. 103, § 3º da CF/88).
5
O controle concentrado de constitucionalidade tem suas regras na Constituição Federal
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
As decisões proferidas em controle de constitucionalidade concentrado têm 
eficácia erga omnes e efeito vinculante. A nulidade da lei declarada inconstitucional, 
em regra, possui efeitos ex tunc, ressalvadas as hipóteses de modulação dos 
efeitos de decisão.
Por questões de segurança jurídica, o Supremo Tribunal Federal pode determinar, 
no juízo de inconstitucionalidade, a eficácia dasuadecisão: se ex nunc ou ex tunc. 
Mas, para haver essa modulação, é necessária a aprovação por 2/3 dos membros 
doplenário.
Vejamos o que dispõe a Lei nº 9.868, de 1999 (essa lei dispõe sobre o processo 
e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de 
constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal) sobre a matéria:
Art.27. Ao declarara inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo 
em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, 
poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus 
membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só 
tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento 
que venha a ser fixado.
Quantos aos efeitos da decisão proferida em Ação de Descumprimento de Preceito 
Fundamental (ADPF) na Lei nº 9.882, de 1999, assim dispõe:
Art.11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no 
processo de arguição de descumprimento de preceito fundamental, e 
6
tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse 
social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de 
seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela 
só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento 
que venha a ser fixado.
A ADPF tem seu rito delineado pela Lei nº 9.882, de 1999.
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Em razão do termo “na forma da lei”, o STF entendeu que essa norma constitucional 
era de eficácia limitada, dependente, portanto, de norma regulamentadora (uma lei 
específica que estabelecesse o procedimento da ADPF). 
Controle concentrado de 
constitucionalidade de suas leis 
ou atos normativos estaduais ou 
municipais
A Constituição Federal de 1988 no seu art. 125, § 2º, autorizou os Estados a 
instituírem um sistema de controle concentrado de constitucionalidade de suas 
leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face de suas Constituições 
Estaduais, por meio da ação direta de inconstitucionalidade, tanto por ação como 
por omissão, de competência exclusiva dos Tribunais deJustiças, vedando apenas a 
legitimidade para agir a um único órgão.
7
Ainda de acordo com o art. 35, IV da CF/88, os Estados poderão criar a ação direta 
de inconstitucionalidade interventiva, também de competência exclusiva dos 
Tribunais de Justiça, proposta pelo Procurador-Geral de Justiça, para assegurar a 
observância de princípios indicados na Constituição Estadual.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos 
Municípios localizados em Território Federal, excetoquando:
IV - o Tribunal de Justiça der provimento à representação para assegurar 
a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para 
prover a execução de lei, de ordem ou de decisãojudicial.
As ações especiais do controle concentrado-principal de constitucionalidade têm 
natureza de ação objetiva, posto que instauram um processo objetivo por meio do 
qual será discutida uma questão constitucional. Não se institui, portanto, por meio 
delas, qualquer conflito de interesse; por isso não há partes, não há contenda, não 
há tutela de direitos subjetivos, não há pretensão resistida. Verifica-se a defesa 
objetiva da supremacia da Constituição de interesse de toda a coletividade.
Proposta uma das ações do controle de constitucionalidade concentrado não 
se admitirá o pedido de desistência em razão do seu objetivo que é a defesa da 
supremacia da Constituição Federal. Não comporta ação rescisória (ação que busca 
a modificação, rescisão de uma sentença que transitou em julgado – sentença que 
não permite mais interposição de recurso, que está pronta para ser executada).
Em razão da natureza objetiva das ações de controle constitucional concentrado, 
a Constituição Federal de 1988 conferiu legitimidade ativa para apenas algumas 
autoridades e órgãos. Segundo o art.103 da CF/88são legitimados a propor ADIN e 
ADC: 
• o Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos 
Deputados;
• a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
• o Governador de Estado ou do Distrito Federal o Procurador-Geral da República; e, 
• o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, partido político com 
representação no Congresso Nacional, confederação sindical ou entidade de 
classe de âmbito nacional.
Fonte: Constituição Federal de 1988, art. 103 (BRASIL, 1988) 
8
A Lei 9.882/99, entretanto, reduziu a abrangência da ADPF tão somente aos atos 
do poder público, mantendo a ideia de englobar atos de qualquer natureza, sejam 
normativos ou não, inclusive as omissões. A arguição de descumprimento de 
preceito fundamental pode apresentar-se sob duas modalidades: a autônoma ou 
direta e a incidental ouindireta.
De acordo com Martins Bittencourt (2013), pode-se, de forma resumida, assim 
definir os efeitos das decisões em controle difuso e em controle concentrado. No 
caso do controle difuso, os efeitos são ex tunc e inter partes, ou seja, a decisão não 
retroage e gera efeitos em relação às partes da relação jurídica discutida em juízo. 
No caso do controle abstrato, a eficácia é erga omnes e os efeitos podem ser ex 
tunc, ex nunc ou pro futuro, em face da possibilidade da modulação dos efeitos 
temporais para que a decisão seja retroativa ou não, ou ainda passe a valer 
condicionada a um evento futuro.
As Leis nºs 9.868, de 1999 e 9.882, de 1999, dispõem sobre o processo e 
julgamento da ação direta de inconstitucionalidade, da ação declaratória de 
constitucionalidade, da arguição de descumprimento de preceito fundamental 
perante o Supremo TribunalFederal.
Há dois tipos de controle: o controle difuso que possui efeitos ex tunc e inter partes, 
ou seja, a decisão não retroage e gera efeitos em relação às partes da relação 
jurídica discutida em juízo. No caso do controle abstrato, a eficácia é erga omnes e 
os efeitos podem ser ex tunc, ex nunc ou pro futuro, em face.
Fechamento
A Constituição Federal de 1988 prevê mecanismos de controle de leis e atos que a 
ferem, os quais são regulamentados pelas Leis nºs 9.868, de 1999 e 9.882, de 1999, 
que dispõe do processamento deste controle.
No caso do controle difuso, os efeitos são ex tunc e inter partes e no controle 
abstrato controle abstrato, a eficácia é erga omnes e os efeitos podem ser ex tunc, 
ex nunc ou pro futuro. 
9
Referências
BARROSO, L. R. Curso de Direito Constitucional contemporâneo: Conceitos 
Fundamentais e a construção de um novo modelo. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
CLÈVE, C. M. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2 
ed. São Paulo: RT, 2000. 
CUNHA JUNIOR, D. da. Curso de Direito Constitucional. 6. ed. rev. ampl. e atual. 
Bahia: Juspoidum, 2012. 
LAMY, M. Efeitos amplificados das decisões judiciais no controle concreto de 
constitucionalidade: uma teoria dos precedentes constitucionais. 2008. 455 f. Tese 
(Doutorado em Direito) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 
2008. 
PIMENTA, P. R. L. Controle de constitucionalidade: aspectos constitucionais e 
processuais. São Paulo: Malheiros, 2010. 
SILVA, J. A. Curso de Direito Constitucional Positivo. 42.ed (rev ate a EC 99, de 14 de 
dezembro de 2017). São Paulo: Malheiros, 2019. 
VIEIRA, Oscar Vilhena. Direitos Fundamentais – uma leitura da jurisprudência do 
STF. 2.ed. São Paulo: Malheiros, 2017.

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