Prévia do material em texto
Farmacologia Rafaela Alves Farmacologia dos transtornos depressivos e ansiedade No DSM-5: Transtornos depressivos � Mais comuns: o Transtorno depressivo maior, episodio único (não esta associada a outros transtornos psiquiátricos) o Transtorno depressivo maior, episodio recorrente � Outros transtornos depressivos: o Transtorno disurptivo da desregulação do humor o Transtorno dimórficos pré-menstrual o Transtorno depressivo induzido por substancia ou medicação o Transtorno depressivo não- especificado o Transtorno depressivo persistente (distimia) O que causa a depressão? Etiologias são divididas em três grupos: � Fatores biológicos o Genéticos (as vezes as pessoas podem ter genes mais propensos a ter depressão e passam por uma situação na vida) o Alterações hormonais (mulheres no período menstrual; menopausa; homens com nível de testosterona baixo) o Alimentação (má nutrição - falta de substrato para produzir neurotransmissores pode levar a depressão) o Esti lo de vida (ex.: sedentarismo) � Fatores psicológicos o Resiliência o Personalidade o Aprendizagem � Fatores sociais: o Estresse (ex.: algo que aconteceu na vida da pessoa) o Suporte familiar e social Definição Depressão é um transtorno poligênico e multifatorial (muitas coisas associadas à vida do individuo levam a depressão) é uma síndrome com conjunto de sintomas que podem variar de individuo para individuo. Neuro-eixos envolvidos � Projeções noradrenérgicas � Projeções serotoninérgicas � Projeções dopaminérgicas Esses três eixos se comunicam entre si, influenciando na produção e liberação dos neurotransmissores do outro. Através dos sintomas podemos achar que algum neurotransmissor está associado com a depressão. Não da pra dizer exatamente qual neurotransmissor falta para a pessoa ter depressão. Nem por exame de imagem da para identificar. As conexões neurais funcionam como uma rede então não tem exatamente como saber qual o neurotransmissor envolvido nos transtornos psiquiátricos Farmacologia Rafaela Alves Sintomas da depressão Já sabemos que não dá muito pra associar os sintomas depressivos com algum neurotransmissor. Exemplos: � Serotonina = aumento do afeto negativo o Paciente hostil, com fadiga, insônia, cansaço, irritabilidade... � Dopamina = perda do afeto positivo o Humor deprimido, sem prazer em nada, sem vontade de fazer nada, só quer dormir, perda da felicidade... Disfunção da Dopamina/ Noradrenal ina Disfunção da Serotonina/ Noradrenal ina Humor deprimido Humor deprimido Perda de felicidade Culpa/aversão Perda do interesse/prazer Medo/ansiedade Perda da energia/entusiasmo Hostilidade Diminuição da vigilância Irritabilidade Diminuição da autoconfiança Solidão � Os sintomas podem ser guias para escolha do medicamento Depressão e ciclo sono-vigí l ia Alterações nos neurotransmissores podem causar uma defasagem de fase no ritmo circadiano: alguns pacientes tem insônia já outros tem mais sono. Neuroquímica � Duas hipóteses: 1- Hipótese monoaminérgica - Bem antiga, deixou várias lacunas - Diz que por algum motivo, há uma diminuição na produção ou liberação dos neurotransmissores monoaminérgicos, causando uma diminuição dos neurotransmissores das áreas relacionadas com os comportamentos 2- Hipótese dos receptores de monoamina - Surgiu para complementar a outra - Como tem menos neurotransmissores sendo liberados no cérebro do paciente depressivo, os tecidos adjacentes aumentam o numero de receptores e o cérebro entra em disfunção - Já que os neurônios se comunicam em redes, algumas áreas podem estar mais ativadas e outras mais inibidas i Neurotransmissores • Dimiunição dos neurotransmissores monoaminérgicos, particularmente noradrenalina (NA) e serotonina (5-HT) h Receptores • Atividade deficiente dos neurotransmissores provoca suprarregulação dos receptores pós- sinápticos Farmacologia Rafaela Alves BNDF, estresse e atrofia cerebral na depressão � BDNF = fator neurotrófico derivado do cérebro o É uma proteína endógena que é uma das grandes responsáveis pela manutenção da vida neuronal o É um dos grandes responsável pela vida neuronal – neurogênese, sinaptogenese... à melhora a plasticidade sináptica o As monoaminas se ligam nos receptores e através de mensageiros ativam fatores de transmissão para aumentar a produção de BDNF o Por falta dessa proteína podemos ter atrofia de algumas áreas, os neurônios não vão sendo repostos e algumas áreas vão atrofiando o * O estresse tem mecanismos que diminuem o BDNF, portanto o estresse pode desencadear ou fazer uma manutenção da depressão em indivíduos susceptíveis Fatores genéticos e epigenéticos Fatores epigenéticos pode influenciar no individuo ser mais propenso ou não a ter depressão (ex.: o ambiente que o individuo se insere). A epigenética pode selecionar os genes que serão expressos e os que não serão, ou seja, o ambiente influencia nos genes expressos ou silenciados � Experiência dos ratinhos: o Ratinhos que foram criados COM o amor da mãe: felizes; os genes para depressão ficam menos expressos o Ratinhos que foram criados SEM o amor da mãe: depressivos; fez com que os genes fossem menos expressos Inflamação e depressão � O sistema imunológico fica sempre estimulado para combater algum agressor (nos dias atuais é estresse, al imentação.. .) com a produção de citocinas de forma constante que leva a alterações no SNC à mantem em alerta. � Excesso da atividade do sistema imunológico sem um real agente agressor causa alterações no SNC, aumentando as condições inflamatórias subclínicas, podendo levar até danos na BHE, produção de citocinas... que estão diretamente relacionados com o surgimento da depressão. Tratamento � Lacuna entre inicio do tratamento e melhora nos sintomas. Na primeira dose, aparece um aumento nos neurotransmissores mas demora para que haja melhora dos sintomas. � Efeito clínico demora algumas semanas para aparecer � O que acontece nesse período que só aumenta receptor mas não há melhora dos sintomas? à alteração na sensibilidade dos receptores que vai diminuindo Farmacologia Rafaela Alves Porque o efeito demora muito de aparecer? - Normalmente quando tem estimulação do neurônio a serotonina é liberada na fenda sináptica e ela: o Se liga nos receptores pós sinápticos ou o Pode ser recaptada na fenda e voltar para o neurônio pré-sináptico por um transportador (para serotonina é o SERT) ou o Pode se ligar nos receptores pré- sinápticos (auto-receptores) também, que quando são estimulados inibem a liberação do neurotransmissor Efeitos farmacológicos dos antidepressivos - Antidepressivo - Ansiolítico - Anti-obsessivo - Inicio do efeito antidepressivo = 2-4 semanas Efeitos adversos - Agitação - Ansiedade, pânico - Insônia - Disfunção sexual - Náuseas - Disfunção gastrointestinal - Diarreia - Cefaleia - Início dos efeitos adversos = desde a 1a dose Tá, mas porque vem os efeitos adversos antes? - Ao usar um antidepressivo, sabemos que vai começar aumentando os NT, quanto mais NT nas fendas sinápticas eles se ligam nos receptores pré e pós- sinápticos – então muitos NT vão se ligar aos muitos receptores que o paciente já tinha - Ao ligar nos pós, a serotonina começa a causar os efeitos adversos (principalmente cefaleia e náusea) E depois de um tempo de tratamento? - Os receptores pré vão dessensibilizar (vai diminuir sua quantidade) perdendo a inibição, ou seja, aumenta ainda mais a liberação de serotonina e depois os pós vão começar a diminuir também - Já que diminuiu os receptores, a maioria dos pacientes já começam a melhorardos efeitos adversos Viu, mas e o efeito antidepressivo? - Já sabemos que aumentou os NT que levou a dessensibilização dos receptores pré e pós né? isso chamamos de adaptação neuronal e leva algumas semanas para acontecer - A adaptação demora algumas semanas para acontecer - Esse mecanismo é responsável pelos efeitos antidepressivos Diminuição dos efeitos adversos Aparecimento dos efeitos esperados Adaptação neuronal de todas as áreas do SNC Dessensibilização dos receptores pré e pós sinápticos Aparecimento de efeitos adversos Excesso de NT no início do tratamento Paciente depressivo = poucos NT e muitos receptores Farmacologia Rafaela Alves � Paciente não pode tomar dia sim dia não, nem ficar uns dias sem tomar, o paciente deve ficar por muito tempo e de forma contínua. Alguns pacientes podem até se queixar de que tá piorando, mas eles devem ser orientados que é assim mesmo que começa. Recorrência após tratamento Se o paciente não for tratado de maneira correta, pelo menos 50% terá um segundo episódio. Se desse segundo episódio ainda não for tratado de maneira correta, geralmente 70% dos pacientes vão para o terceiro episódio, e a partir daí, 80-90% dos pacientes se não tratados adequadamente vão ter novos episódios. Metas - Remissão completa dos sintomas (através da normalização da neurotransmissão Fases do tratamento 1) Aguda (2 a 4 meses): remissão 2) Continuação (4 a 9 meses): • Remissão sustentada • Prevenção de recaídas • * foi visto que há um numero muito maior de recaídas sem a continuação no tratamento 3) Manutenção (1-2 anos): pacientes selecionados – prevenção de recorrências Evolução dos antidepressivos Grupos dos antidepressivos 1. Inibidores da MAO 2. Tricícl icos (ação mista: NA e 5-HT) 3. ISRS: seletivos de recaptação de 5- HT 4. IRSN: recaptação NA e 5-HT (DUAIS) 5. IRND: recaptação NA e DA 6. Moduladores ritmo circadiano 7. Bloqueadores de receptor de 5-HT 8. Moduladores 5-HT e inibidores SERT (MULTIMODAIS) 9. Antipsicóticos atípicos * 5 primeiros são mais utilizados Farmacologia Rafaela Alves 1. Inibidores da MAO São bem efetivas, mas é pouco utilizada pois tem muitos efeitos adversos pois aumentam catecolaminas e serotoninas em todo o organismo, não só no sistema nervoso. São utilizadas só em pacientes que não se adaptaram a outros medicamentos � É de 4a ou 5a escolha � No Brasi l temos: o Tranilcipromina, Fenelzina: - § Irreversíveis e não-seletivos (aumentam muito as monoaminas) o IRMA - Moclobemida: § Inibição seletiva e competitiva da MAO-A Quem é MAO? - MAO = é uma enzima que fica nas terminações nervosas, mucosa intestinal, fígado e outros órgãos; regulam a degradação metabólica de monoaminas – catecolaminas e serotoninas nos tecidos do SNC ou periféricos - Com a inibição da MAO, as monoaminas não são degradadas aumentando sua concentração e disponibilidade nas terminações nervosas Tipos de inibidores da MAO: 1) IMAO-A: úteis na depressão; maior afinidade com noradrenalina e serotonina. * A: Inativa tiramina, NA, 5-HT 2) IMAO-B: útil na doença de Parkinson; maior afinidade com a dopamina e a serotonina * B: Inativa 5-HT e DOPA Uso terapêutico: - Depressão atípica - Refratário aos outros tratamentos - Síndrome do pânico Farmacocinética - Efeito prolongado pois são irreversíveis (se ligam na MAO e a MAO fica sem utilidade depois, já que a ligação é irreversível) Efeitos adversos - Interações al imentares: o Alimentos com tiramina – se transforma em noradrenalina, se ingere isso, sem a MAO gera uma crise hipertensiva o Ex.: vinho, queijos, suplementos, etc - Interações com outros AD: o Síndrome serotonérgica = excesso de serotonina periférica e central à efeitos gastrointestinais; tremores; agitação; convulsão ou até morte - Interação com agonistas adrenérgicos: o Crise hipertensiva Diretrizes dietéticas para pacientes em uso de inibidores da MAO Interações medicamentosas - Agentes que aumentam atividade simpática - Agentes que aumentam a neurotransmissão de serotonina Farmacologia Rafaela Alves 2. Antidepressivos tricícl icos � Drogas: Amitriptilina; Doxepina; Clomipramina; Imipramina; Desipramina; Amoxapina; Nortriptilina Mecanismo de ação - Inibição da SERT e NET à inibe a recaptação de serotonina e noradrenalina à impede os NT de voltar pros neurônios à aumenta a disponibilidade de 5-HT e NA nas terminações nervosas - Alguns têm mais seletividade por NET outros pelo SERT. Propriedades farmacológicas: - Antagonismo de receptores muscarínicos - Antagonismo de receptores H1 - Antagonismo de receptores a1 - Bloqueio de canais de sódio * Essas propriedades não são mecanismos antidepressivos, vão causar os efeitos adversos! Efeitos adversos - Melhores que os IMAO, mas também são pouco utilizados por conta desses efeitos Ações col inérgicas - Ressecamento da boca - Turvação visual - Retenção urinária - Constipação Bloqueio dos canais de Na+ - Efeitos cardiotóxicos: alteração da condução cardíaca, fatal em cardiopatias - Diminuição do limiar convulsivo Ações antagonistas alfa 1 - Hipotensão postural - Fraqueza e fadiga Ações antagonistas H1 - Aumento do apetite - Sonolência Farmacocinética e interações - Meia vida bastante longa: 1 dose diária é suficiente - Metabolização no fígado pela CYP2D6: o Precisa desse CYP2D6 para ser excretado o A metabolização varia muito para cada individuo, por exemplo, alguns tem pouco desse citocromo então vão ter mais efeitos adversos, aqueles que tem muito, vão ter menos efeitos adversos. - Interação com drogas inibidoras de CYP2D6: o Pode ocorrer intoxicação – principal risco é o efeito cardiotóxico. o Obs.: há caso de morte por excesso de amitriptilina. Uso terapêutico - Depressão - Síndrome do pânico e TOC - Clomipramina - Controle de enurese noturna em crianças acima de 6 anos o Imipramina faz contração do esfíncter na bexiga - Dor crônica – dor neuropática: Amitriptilina, Doxepina - Insônia, Enxaqueca – Amitriptilina 3. Antidepressivos seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) � Medicamentos: o Fluoxetina 20-80 mg o Sertralina 50-200 mg o Paroxetina 20-60 mg o Fluvoxamina 50-300 mg o Citalopram 20-60 mg o Escitalopram 10-30 mg o * Não tem que saber as doses Mecanismo de ação - Inibição seletiva da SERT, aumentando aa serotonina na fenda sináptica no SNC Farmacologia Rafaela Alves Fluoxetina: - Uso terapêutico o Depressão maior o Bulimia o Depressão bipolar o TOC - Meia-vida longa; 2-3 dias, produz um metabólito ativo que pode durar até uma semana - Inibidor do CYP2D6, 3A4 o Se for usado com outra droga que precisa dessas enzimas para serem metabolizadas pode causar uma toxicidade (ex.: antidepressivos tricíclicos) - ISRS + antagonista 5HT-2C: efeito pró- cognitivo, energizante, redução da fadiga Paroxetina: - Uso terapêutico o Depressão o Ansiedade o Casos de depressão com ansiedade - Antagonista col inérgico o Inibe a enzima NO sintase à efeitos adversos: ganho de peso, sonolência e disfunção sexual. o Efeitos de síndrome de retirada intensos - Inibidor potente do CYP2D6 o Pode interagir no metabolismo de outras drogas podendo ter uma ação tóxica (ex.: antidepressivos tricíclicos) Sertral ina: - Uso terapêutico o Depressão o Ansiedade o TOC - Boa tolerabi l idade pois é a que menos interfere no metabolismo - Sem ação dobre citocromo P450 à não interfere na metabolização de outras drogas - Menos efeitos adversos - Usada para idosos e pacientes com muitas comorbidades Fluvoxamina: - Uso terapêuticoo TOC o Ansiedade - Pouco efeito adverso - Inibidor do CYP1A2 e 3A4 à interfere no metabolismo de outras drogas Citalopram: - Surgiu primeiro - Uso terapêutico o Depressão o Ansiedade o TOC - Dois Idústria farmacêutica então retirou o enantiômero R e deixou só o S: R e S. o Isômero R = atrapalha, não tem efeito antidepressivo suficiente e é ainda causa os efeitos adversos - Potencial de prolongamento do intervalo QT (doses altas) à arritmia grave - Metabolismo: CYP2C19. o Enantiômero R é sintetizado pelo CYP2C19 o Nos idosos essa enzima é bem diminuída, então pode ter um efeito cardiotóxico bem aumentado - Não uti l iza em doses elevadas o Geralmente 20 a 40mg Escitalopram: - Indústria farmacêutica então retirou o enantiômero R e deixou só o S - Uso terapêutico: o Depressão o Ansiedade o TOC - Só o enantiômero S - Menor restrição com dose mais alta (ainda evita usar em idosos) - Menor interação mediada por CYP - Menos efeitos adversos e menos tóxicos que o Citalopram Farmacologia Rafaela Alves 4. Antidepressivos inibidores de SERT e NET (IRSN) – DUAIS � Drogas: Venlafaxina, Desvenlafaxina e Duloxetina � Efeito adverso dos três DUAIS: aumento da PA por conta do aumento de noradrenalina � Não usar em pacientes hipertensos! Mecanismo de ação - Inibem SERT e NET (transportadores que fazem recaptação dos NT) Venlafaxina: - Uso terapêutico o Depressão o Ansiedade - Ação bastante seletiva para SERT (aumenta serotonina) - Metabolizada no fígado pela CYP2D6, produz o metabólito ativo desvenlafaxina, que inibe SERT e NET - Tem uma variação de resposta entre pacientes pois alguns tem mais CYP2D6 e outros menos, os efeitos variam para indivíduos que metabolizam mais rápido ou mais lentamente a droga o Nos pacientes que tem pouco CYP2D6, a eficácia é menor - Aumento da NA e DA no CPF – efeito pró- cognitivo - Efeitos imprevisíveis pois depende da dose que se transforma no metaólito - Bloqueio NET dose-dependente Desvenlafaxina: - Indústria lançou o metabólito ativo da Venlafaxina - Com essa droga dá pra saber a quantidade que deve ser indicada para cada paciente e os efeitos são mais previsíveis - Maior efeito sobre a NET à maior aumento de nora do que serotonina Duloxetina: - Uso terapêutico o Eficácia na depressão e dor (neuropatia diabética, fibromialgia, dores neuropáticas ) - Inibe SERT e NET à aumenta disponibilidade de serotonina e nora na fenda sináptica 5. Inibidor da NET e DAT � Medicamento: bupropiona � Vários metabólitos ativos – CYP2B6 Mecanismo de ação - Inibição NET e DAT (transportadores) à sem recaptação à aumenta a disponibilidade de noradrenalina e adrenalina - Afinidade por receptores nicotínicos do SNC - Aumenta dopamina à oferece a dopa para a área de recompensa do tabagista e diminui a vontade do cigarro Uso terapêutico - Depressão - Tratamento do tabagismo Cautelas - Hipertensão - Risco de convulsões aumentado 6. Antidepressivos atípicos ou mult imodais � Mecanismos variados � Medicamentos: Trazodona; Mirtazapina; Vortioxetina; Cetamina (depressão grave); Agomelatina *não cai na prova Farmacologia Rafaela Alves Resumindo.. . Usos terapêuticos - Depressão unipolar - Disforia pré-menstrual - Bulimia/ anorexia nervosa – FLUOXETINA - Tabagismo – BUPROPIONA - Fibromialgia, Incontinência urinária – DULOXETINA, AMITRIPTILINA - Sintomas vasomotores – VENLA, DESVENLAFAXINA - TOC - *depressão bipolar ou outras comorbidades – uso de associações * Importante efeito Ansiolít ico - TAG, Transtorno obsessivo-compulsivo, TEPT o PAROXETINA o SERTRALINA o FLUVOXAMINA Farmacocinética - Metabolização e inibidores enzimáticos CYP2D6: o h da toxicidade dos ADT e de outras drogas como antipsicóticos, antiarritimicos, β-bloqueadores o Fluoxetina, Paroxetina, Venlafaxina - Metabolização CYP2C19: o Citalopram e Escitalopram o Cautela em idosos - Síndrome de retirada ou de abstinência: o Tontura, ansiedade, náuseas, vômitos, palpitações e sudorese. o Necessidade de retirada progressiva o Retirada deve ser lenta para evitar a síndrome e a readaptação do SNC o Se retirar abruptamente irá desregularizar e podendo causar recidivas graves Efeitos adversos - Cefaleia - Distúrbios do TGI (náuseas, vômitos, dispepsia e diarreia) - Insônia e agitação - Ejaculação retardada - Perda da libido - Perda ou ganho de peso - Aumento da PA – inibição da recaptação de noradrenalina - Anestesia emocional (aumento da serotonina; falta vontade de chorar, de sorrir) - * alguns sintomas diminuem e outros persistem Antidepressivos e ideação suicida � Antidepressivos aumentam a ideação suicida � Tem nas bulas dos fármacos antidepressivos que levam à ideação suicida � Um estudo verificou que os antidepressivos são seguros e não induzem a ideação suicida, mas, em um dos grupos de jovens menores de 24 anos, houve aumento da ideação suicida, por isso achou melhor deixar a observação nas bulas. � A ideação suicida diminui em adultos e idosos e aumenta na faixa etária menor de 24 anos � Por que a ideação suicida é maior em jovens/adolescentes? à em crianças e adolescentes ainda há o amadurecimento neuronal e cerebral, principalmente a área pré-frontal e precisam de acompanhamento farmacológico e psicoterapêutico; se não tem o amadurecimento não dá direito para entender o que acontece � Outro motivo é que os antidepressivos podem dar o impulso para agir (pacientes depressivos geralmente não tem essa força para agir); então pode ocorrer suicídio no inicio do tratamento, por isso precisa do acompanhamento psicológico Farmacologia Rafaela Alves � O tratamento da depressão e ansiedade deve ser realizado com fármacos, dieta, exercícios e terapia comportamental