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1 Colégio Logos Assistência em Neonatologia e Pediatria NEONATOLOGIA Prof.ª. Enfermeira: Katiance Botelho Aluno (a):_________________________ 2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES Neonatologia (A palavra se compõe de neo + nato + logia: o estudo do recém nascido). É o ramo da pediatria que se especializou no recém-nascido. O pediatra Francês Pierre Budin, considerado o pai da neonatologia, em 1982 escreveu o primeiro livro sobre recém nascidos prematuros e nele classificava os bebês como pequeno (PIG), adequados (AIG) e grandes (GIG) de acordo com a idade gestacional. Recém- nascido, neonato ou recém-nato Criança desde o nascimento até completar 28 dias de vida. Lactente Crianças com 29º dias de vida até completar 2 anos . Período neonatal Período de tempo que vai do nascimento até a hora em que o bebê atinge 28º dia. Período neonatal precoce Período de tempo que vai do nascimento até a hora em que o bebê atinge uma semana. Período neonatal tardio 3 Período de tempo que vai do 7º dia até a hora em que o bebê atinge 28º dia. Nascimento È o processo pelo qual o concepto vivo é expulso ou extraído da mãe, independente da idade gestacional. • Na ausência de peso de nascimento, a idade gestacional de 20 semanas completas é considerada equivalente a 500g. • Quando não se sabe nem o peso nem a idade gestacional, o comprimento de 25cm (crânio - calcanhar) é considerado equivalente a 500g. Vida ao Nascimento A vida é considerada presente ao nascimento quando o RN respira ou mostra qualquer outra evidência vital, tal como: batimento cardíaco, pulsação do cordão umbilical ou movimentos efetivos da musculatura. Nascido Vivo É o produto de um nascimento no qual existe evidência de vida ao nascer. Morte Fetal É a morte do produto da concepção, ocorrida antes da sua completa expulsão ou extração do organismo materno, independentemente do tempo de gestação. A morte é indicada pelo fato de que, depois da separação, o feto não respira nem mostra qualquer outro sinal de vida, como batimentos cardíacos, pulsações do cordão umbilical ou movimentos de músculos voluntários. Aborto: É a expulsão ou extração de um embrião ou feto pesando menos de 500g (ou 20- semanas de gestação). Natimorto É o produto do nascimento de um feto morto. Considera-se feto morto aquele que nasce pesando mais de 500g e que não tem evidência de vida depois de nascer. 4 Morbimortalidade Neonatal: É a taxa de adoecimento e de morte de crianças de 0 a 28 dias de nascido. Morte Neonatal Precoce: É a morte de um RN até sete dias completos de vida (até 168h completas) Morte Neonatal Tardia: É a morte de um recém-nascido depois de sete dias completos, até 28 dias de vida. RN de alto risco: È o produto de uma gestação de alto risco, onde as intercorrências patológicas e/ou sociais representam fatores de agressão ao binômio mãe-filho, determinando morbimortalidade perinatal, que pode perdurar até 28 dias pós-parto. Classificação da infância em grupos etários: • Período neonatal: 0 a 28 dias; • Lactente: 29 dias a 2 anos • Pré – escolar: 2 a 6 anos • Escolar: 7 a 10 anos. • Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos. • O ECA define a adolescência como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade. • Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 10 a 19 anos e • Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) entre 15 a 24 anos). Classificação do Recém-nascido quanto a idade gestacional • RN Pré termo ou prematuro: bebê nascidos antes da 37ª semana (menos de 259 dias completo). • RN A termo: bebê nascidos entre 37ª a 41ª semana e 6 dias( 259 a 293 dias) • RN Pós termo: bebê nascidos com 42ª semanas de gestação ou mais. (294 dias ou mais). 5 Classificação do Recém-nascido quanto ao peso ao nascer • Adequado para a idade gestacional (AIG): recém nascido que no nascimento apresenta peso entre 2.500 g a 4.000g – entre os percentis 10 e 90. • Pequeno para idade gestacional (PIG): recém nascido que no nascimento apresenta peso menor que 2.500 g abaixo do percentil 10. • Grande para a idade gestacional (GIG): recém nascido que no nascimento apresenta peso superior a 4.000g – acima do percentil 90. Classificação do Recém-nascido quanto ao peso • RN de baixo peso: RN vivo com peso de nascimento inferior a 2500g. • Muito baixo peso ao nascer: RN vivo com peso de nascimento inferior a 1500g. • Extremo baixo peso ao nascer: RN vivo com peso de nascimento inferior a 1000g. ASSISTÊNCIA AO RN NA SALA DE PARTO 6 Sala de Parto Preparação A equipe deve estar preparada para iniciar prontamente da reanimação neonatal ou materna; Avaliação Ação Decisão A primeira avaliação do RN realizada na sala de parto tem como objetivos determinar a vitalidade, fatores de risco, detecção precoce de malformações congênitas, traumas obstétricos e distúrbios cardiorrespiratórios que possam comprometer a saúde do neonato O meio intrauterino proporciona um ambiente de aconchego, de temperatura e luminosidade constantes, os ruídos são ouvidos suavemente, não necessitando de esforço para realizar as funções vitais. Com o nascimento o bebê vai se adaptando gradualmente ao meio extrauterino superando as dificuldades inerentes ao seu desenvolvimento. A primeira hora de vida de um bebê é um período denominado de inatividade alerta do RN que dura em média quarenta minutos. (Esses momentos iniciais são uma fase sensível, precursora de apego e a primeira oportunidade da mãe ser sensibilizada pelo seu bebê, nesse contexto destaca- se a importância que a realização de procedimentos assume na sala de parto. O profissional de saúde envolvido no nascimento é uma figura facilitadora ou não deste processo, possibilitando a aproximação precoce entre a mãe e seu filho para que o vínculo se estabeleça. 7 CUIDADOS IMEDIATOS NA SALA DE PARTO. Os cuidados de enfermagem voltados ao recém-nascido são divididos em cuidados imediatos e cuidados mediatos. Tais cuidados representam a necessidade de intervenção para auxiliar a adaptação do recém-nascido à vida extrauterina - cuidados imediatos - como também registrar informações e realizar cuidados após esta adaptação - cuidados mediatos . Para a realização dos cuidados com o recém-nascido em sala de parto, todos os profissionais devem utilizar luvas de procedimento. A enfermagem monitora o horário exato do nascimento, após a expulsão completa do bebê. 1. Clampeamento do Cordão Umbilical 2. Secagem e Aquecimento do recém nascido • Deverá ser feita em campo estéril previamente aquecido. • Posicionar em decúbito lateral em Trendelemburg para facilitar drenagem. • Colocar o RN sob fonte de calor radiante (berço aquecido em 30 a 32 graus), secar e remover os campos úmidos. Antes de sair da sala de parto ocorre uma perda de temperatura corporal da criança de até 3º C, como consequência da evaporação do líquido amniótico que a envolve, do ambiente mais frio da sala e das manobras a que é submetido o recém-nascido nos primeiros minutos. 8 3. Aspirar boca e narinas se necessário Aspiração Gástrica ocorre caso de a criança ter deglutido sangue ou mecônio, A aspiração do conteúdo gástrico tem importância na profilaxia da irritação da mucosa gástrica, evitando a ocorrência dos vômitos nas primeiras horas de vida. Através da aspiração gástrica pode-se diagnosticar a atresia de esôfago. • Realizar o procedimento com a Passagem de Sonda Oro Gástrica nº 8 • Se o líquido for hemorrágico, MECONIAL OU PURULENTO - Lavagem gástrica • Se o bebe NASCER CHORANDO vigorosamente não é necessário aspirar. 4. Avaliar o RN – Escala de Apgar Essa avaliação é feita atravéspostergado até os pulmões do feto terem produzido uma quantidade suficiente de surfactante. Quando existe a iminência de um parto prematuro, pode ser realizada uma amniocentese para se coletar uma amostra de líquido amniótico e se estimar a concentração do surfactante. 74 Quando o médico estima que os pulmões do feto são imaturos e que o parto não pode ser adiado, ele pode administrar um corticosteróide à mãe pelo menos 24 horas antes do momento estimado do parto. O corticosteróide atravessa a placenta e chega ao feto, estimulando os seus pulmões a produzir surfactante. Prevenção A prevenção é realizada através do uso de corticóides na gestação para acelerar a maturidade pulmonar. UTI Neo UTI Neonatal é um espaço reservado para tratamento de prematuros e de recém-nascidos (RN’s) que apresentam algum tipo de cuidado ao nascer. 75 Nem sempre os RN’s internados nas UTI’s neonatais estão doentes, por vezes são RN’s prematuros – nascidos antes de 9 meses de gestação ou de baixo peso, com menos de 2,5 Kg, que tem dificuldade em respirar, sugar e deglutir, já que estes fatores necessita de um amadurecimento que só acontece por volta das 34-35 semanas de idade gestacional, e para bebês com problemas cardíacos, icterícia ou que precise de cirurgias. A presença de profissionais e da família do bebê é imprescindível para o melhor tratamento e recuperação dos mesmos. A unidade de terapia intensiva neonatal, é constituída por uma equipe multiprofissional formada por neonatologistas, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais os quais promovem a saúde e o desenvolvimento do recém-nascido e conta com os principais recursos (especialistas e equipamentos) necessários para que as funções vitais do bebê se desenvolvam corretamente. • Incubadora – conserva o ambiente quente e regular, para ajudar o bebê prematuro a manter a temperatura corporal e para protegê-lo de infecções e barulhos; • Monitores de frequência cardíaca e respiratória – por meio de fios e adesivos colocados no peito e na barriga, consegue informar o ritmo de batimento cardíaco; • Oxímetro – uma pequena tira com luz vermelha coloca no braço ou pé do bebê prematuro, que regula a quantidade de oxigênio necessária para o bom funcionamento do organismo; 76 • Cateteres centrais e periféricos – pequenos tubos inseridos nas veias do prematuro que ajudam administrar o soro e a medicação que ele precisa nos primeiros dias; • Ventilador – permite fazer vários tipos de ventilação, por meio de tubos colocados na boca ou nariz do bebê prematuro, e ajuda quando ele consegue respirar; • CPAP – é utilizado quando o prematuro precisa de ajuda para respirar, utiliza tubos que são colocados no nariz e fixos a uma toca; • Sonda gástrica – pequeno tubo que pode ser introduzido na boca ou no nariz e que vai até o estômago. Ajuda a verificar o conteúdo do estômago e a alimentar o bebê prematuro. • O RN é avaliado de forma multiprofissional constantemente. • Durante o tempo de permanência na UTI neonatal os pais podem permanecer junto ao bebê acompanhando o tratamento e promovendo o bem-estar dele, sendo imprescindível para o restabelecimento dos RN’s. • As mães recebem atenção, apoio e orientações sobre o aleitamento materno. Já os avós também possuem um horário específico para as visitas. Na equipe multidisciplinar o trabalho desenvolvido é de grande importância. Devido à imaturidade dos sistemas, os recém-nascidos prematuros apresentam altos riscos de desenvolver complicações respiratórias e neuromotoras. Por esse motivo, atualmente nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais do Brasil, os serviços fisioterapêuticos são essenciais e imprescindíveis para que esses neonatos passem por um processo de recuperação mais rápido e eficaz. 77 A indicação precisa e o tratamento precoce aliado ao critério e bom senso trazem respostas altamente positivas. • Projeto Mãe Canguru – ação profilática e terapêutica que trata o paciente através do toque, utilizando o método canguru como recurso de sua terapêutica relacionando o aspecto cinético funcional com o psicoemocional. • Musicoterapia – Associado às técnicas fisioterapeutas a ação busca promover a humanização da assistência ao bebê prematuro e contribuindo na terapêutica proporcionando harmonia dos mesmos com o ambiente em que se encontram. Proporcionando relaxamento como também estimulação auditiva. Esta técnica é utilizada uma hora por dia deixando o ambiente mais aconchegante com a redução da iluminação e do barulho e a aplicação da musicoterapia. • Redes de balanço – a rede de balanço fica dentro da incubadora, visando melhorar a qualidade da recuperação do recém-nascido, favorecem um padrão flexor, melhoram a qualidade do sono e estimulam o desenvolvimento neuropsicomotor. Assim, é essencial que a UTI Neonatal proporcione um ambiente acolhedor e aconchegante para o RNs para que ele se recupere mais rapidamente. Além disso o suporte e a equipe multidisciplinar são fatores determinantes no restabelecimento destes RNs, contribuindo 78 para a diminuição da taxa de mortalidade, do tempo de permanência na UTI Neonatal e das eventuais sequelas decorrentes da própria internação. CADERNO DE EXERCICIOS Neonatologia\Pediatria Profª : Katiance Botelho LISTA 01 1. RN de Maricota, sexo masculino, nasceu na 37º semana de gestação, Parto Cesário. Apresentou Frequência Cardíaca de 60 bpm, Frequência respiratória de 20 rpm na irritabilidade reflexa fez careta, tônus muscular ausente e palidez. (A) Apgar 3 (B) Apgar 4 (C) Apgar 5 (D) Apgar 6 QUAL O SIGNIFICADO DO APGAR QUAL CONDUTA 2. RN de Esmeralda Apresentou no boletim de Apgar: Frequência Cardíaca de 170 bpm, Frequência respiratória Irregular na irritabilidade reflexa apresentou tosse, tônus flácido, corpo rosado e extremidades cianóticas. Analise cada item e marque o resultado do Apgar Rascunho (A) Apgar 5 (B) Apgar 6 (C) Apgar 7 (D) Apgar 8 Qual o significado do Apgar______________________________________________________________________________ QUAL CONDUTA 3. Qual a finalidade do boletim de Apgar? 79 4. Quais os itens avaliados na Escala de Apgar? 5. De acordo com o Apgar avalie: RN de Lacrailda apresentou FC de 120 bpm, FR DE 48 rpm, tônus flácido,no reflexo Fez [ careta e cianose de extremidades e corpo rosado.Qual o apgar do RN? O que isso significa. 6. RN de Florentina apresentou FC de 97 bpm, FR de 35 rpm , coloração rosada , boa movimentação e ao realizar a irritabilidade reflexa apresentou tosse. O que isso significa. 7. RN de Beralda apresentou FC de 70 bpm esforço respiratório irregular, flacidez muscular, sem resposta na irritabilidade reflexa, apresentou cianose extrema. Qual o apgar do RN? 8. O nascimento na 37º semana de gestação é considerado: (A) Pré-termo (B) A termo (C) Pós- termo (D) AIG 80 9. O nascimento na 42º semana de gestação é considerado: (A) AIG (B) Pré-termo (C) A termo (D) Pós- termo 10. Em relação ao Peso 900 g è considerado: (A) Extremo baixo peso ao nascer (B) Muito baixo peso ao nascer (C) Baixo peso (D) Peso Normal 11. Em relação ao Peso 2450g è considerado: (A) Muito baixo peso ao nascer (B) Baixo peso (C) Peso Normal (D) Extremo baixo peso ao nascer 12. É considerado Recém Nascido: (A) Período correspondente aos primeiros 29 dias de vida do recém nascido (B) Período correspondente as primeiras 28 horas de vida do recém nascido (C) Período correspondenteas primeiras 28 semanas de vida do recém nascido (D) Período correspondente aos primeiros 28 dias de vida do recém nascido 13. Com relação aos Conceitos de Assistência Neonatal, marque a opção Incorreta (A) O feto expulso com menos de 500g é considerado aborto (B) Se o RN for a óbito com 7 dias de vida é considerado morte neonatal precoce (C) O Perímetro Cefálico( PC) Normal do RN é 31cm (D) A Declaração de nascido vivo é o primeiro documento do RN 14. Com relação aos Sinais vitais do Recém Nascido é Correto afirmar: (A) A frequência respiratória média do recém-nascido a termo é de 30 Rpm. (B) A frequência respiratória média é de 45-55 Rpm no Rn a termo. (C) A frequência cardíaca normal ao nascer é de 99 bpm. (D) A pressão arterial normal ao nascer é de 100x 50 mmHg. 15. È considerado Recém nascido de Extremo baixo peso, Pré termo e PIG aquele que nasce: a. ( ) RN com Peso de nascimento inferior a 1000g, Inferior a 37º semana e Abaixo do Percentil 10. b. ( ) RN com 2.000g, abaixo de 37º semana e no percentil 10. c. ( ) RN com peso inferior a 1500g, Abaixo de 37°semanas e entre o percentil 10. d. ( ) RN com peso 2500g, com 38 semanas e no percentil 50 16. É Considerado Morbimortalidade Neonatal: a. ( ) É a taxa de adoecimento e de morte nas primeiras 28 horas de vida do recém nascido. b. ( ) É a taxa de adoecimento e de morte nas 29 semanas de vida do recém nascido. c. ( )Período correspondente aos primeiros 28 dias de vida do recém nascido. d. ( ) É a taxa de adoecimento e de morte de crianças de 0 a 28 dias de nascido. 17. RN foi a óbito com 10 dias de vida, 81 18. RN foi a óbito com 6 dias de vida. Qual o termo apropriado. 19. Diferencie neonato de lactente. 20. Diferencie período neonatal precoce de tardio. 21. Defina morbimortalidade neonatal e Natimorto. 22. Defina RN a termo, pré- termo e pós- termo. 23. Nascer na 38º semanas significa? 24. E se o RN for a óbito com 15 dias de vida? LISTA 02 25. Cite 10 Cuidados Imediatos prestados ao RN. 26. Em relação à identificação do RN preencha a pulseira: Mãe e Neonato 27. Como realizar a Credenização no RN? 82 28. Qual a finalidade da Vitamina K para o RN? 29. Como é administrado a Vit K. Qual o vasto e os cuidados necessários. 30. Quais os valores de PC, PT e peso considerados normais para o RN a termo? 31. Qual o primeiro documento do RN? 32. Comente sobre a Declaração de nascido vivo- DNV. LISTA 03 1. Classifique : a) RN com Peso normal b)Baixo peso c)Muito baixo d) extremo baixo peso e) Feto expulso com 18 semanas de gestação e 100g. f) RN com peso 2.490g g) RN com peso de 1.500g h) RN com peso de 970g i) RN com peso de 3.400g 2. Analise o gráfico e classifique em PIG, AIG E GIG e justifique sua resposta. 83 3. RN COM 41 SEMANAS E PESO 1.900 kg 4. RN COM 35 SEMANAS E PESO 2000 kg 5. RN COM 37 SEMANAS PESO 2100 kg 6. RN COM 39 SEMANAS E 6 DIAS E PESO DE 3.700 Kg 7. RN de 38 SEMANAS E 10 DIAS PESO 4300 kg. Enf. Prof.ª Katiance Botelho 8. Analise o gráfico e classifique o RN de acordo com a idade gestacional: RN com 34 semanas, peso 1.800g. Justifique sua resposta (A) PIG (B) AIG (C) GIG (D) A termo 9. Analise o gráfico e classifique o RN de acordo com a idade gestacional: RN com 37 semanas e 3 dias , peso 3.500g. Justifique sua resposta (A) PIG (B) AIG (C) GIG (D) Pós Termo 10. Analise o gráfico e classifique o RN de acordo com a idade gestacional: RN com 39semanas e 6 dias , peso 3.950g. Justifique sua resposta (A) PIG (B) AIG (C) GIG (D) Pós Termo 11. De acordo com o gráfico da classificação do RN de acordo com a idade gestacional, classifique PIG AIG GIG LISTA 04 12. Cite 10 cuidados mediatos prestados ao neonato. 13. Quais as vacinas realizadas no período mediato? 14. O que é Alcon- 85 Enfª Profª Katiance Botelho 15. Explique a técnica do primeiro banho do RN na maternidade. 16. Quais os cuidados com o coto umbilical? 17. O que avaliar no exame diário do RN? 18. Cite 5 benefícios do Aleitamento materno? 19. Quais os cuidados com os neonatos de mãe HIV positivo? 20. Quais as formas da transmissão do HIV para o recém nascido? 21. Como é feita o diagnóstico Laboratorial para RN de mãe HIV positivo? 22. Explique a perda ponderal. 23. Qual os sinais vitais considerados fisiológico para os Recém nascidos ate 1 hora de vida? 24. Quais os sinais vitais considerados fisiológico para os Recém nascidos após 1 hora de vida? 86 Enfª Profª Katiance Botelho LISTA 05 1. Qual o objetivo da Triagem Neonatal? 2. O que é triagem Neonatal 3. Explique resumidamente as doenças detectadas pelo teste do pezinho básico ou padrão. 4. Como é feito o teste do pezinho? 5. Qual o objetivo do teste do coraçãozinho? 6. Como é feito o teste do coraçãozinho? 87 Enfª Profª Katiance Botelho 7. Cite algumas doenças detectadas pelo teste do olhinho. 8. Quais os sinais indicativos de anormalidade no teste do olhinho? 9. Qual o objetivo do teste da linguinha 10. Quem realiza o teste da linguinha ? 11. Qual o objetivo do teste da orelhinha? LISTA 06 Características fisiológicas e anatômicas do RN 1. Quais os tipos de fontanelas do RN e qual o tempo correto para fechar? 2. O que é Hidrocefalia?Quais os cuidados que o técnico deverá ter para detectar 3. O que é bossa sero sanguinolenta? 88 Enfª Profª Katiance Botelho 4. Explique as manchas mongólicas 5. O que são os Millium sebáceo? E considerado normal? 6. Cite algumas características do aparelho genital dos RN 7. Explique as 4 fases do coto umbilical. Quais os cuidados e orientação para a Puérpera. 8. O que é lanugem ou lanugem 8. Abdômen: Saliente e globoso devido a hepato-esplenomegalia fisiológica do RN • Região umbilical: Coto umbilical – fases Gelificação Desidratação Mumificação Cicatrização 89 Enfª Profª Katiance Botelho 9. O que é vernix caseoso? 10. Quais as principais funções do vernix? 11. O que avaliar nos reflexos primitivo? 12. Quando desaparece o reflexo primitivo de: a) Reflexo de marcha b) Reflexo de moro c) Preensão palmar d) Preensão plantar e) Tônico cervical ou esgrima f) Engatinhar g) Explique o reflexo de sucção e busca pelo seio. 13. Comente sobre o reflexo de Preensão palmar e plantar. 14. Comente sobre o reflexo de marcha do RN. Quando desaparece. 15. Quando desaparece o reflexo de Moro? 16. Comente sobre a Sucção do bebe. 90 Enfª Profª Katiance Botelho 17. Comente sobre o reflexo de Babisnk LISTA 07 18. De acordo com o gráfico de crescimento da OMS, CLASSIFIQUE , PAULO 1 ANO E COM PESO 7.500G 19. JOANA 3 MESES E COM PESO 5.800kg 20. MAURO, 12 MESES E COM PESO 17 kg 21. DUDU, 9 MESES E COM PESO 4. 300kg 22. ENZO, 1 ANO E 8 MESES PESO 13kg 23. 1-Carlos:idade 2 meses e Comprimento: 58 cm 24. 2- Ana : 9 meses e Comprimento: 49cm 25. Pedro: 5 meses e Comprimento: 70 cm 26. 4- Alice: 2 anos e Comprimento: 95 cm 27. 5- Bety 1 mês e Comprimento: 60 cm 28. 6- Beto 7 meses Comprimento: 68 cm 91 Enfª Profª Katiance Botelho 29. 7-Mel 1 ano e 5 meses : 90 cm 30. 8 Benjamin 1 ano e 11 meses : 85 cm 31. 9 Tercio 6 meses comprimento: 77cm 32. 10.Antonia 2 anos cumprimento: 95 cm. 33. 11. Jhoseph : 2 meses e comprimento 60 cm. LISTA 08 1. O que é Icterícia neonatal? 2. Explique a icterícia fisiológica. 3. Explique a icterícia patológica. 4. Cite6 cuidados de enfermagem para RN em fototerapia e justifique o cuidado. 5. Esquematize – pinte um RN na 1º Zona de Kramer. 92 Enfª Profª Katiance Botelho 6. Esquematize – pinte um RN na 3º zona de Kramer 7. Esquematize um RN na 5º da tabela de Kramer. 8. O que é Kernicterus. 9. Cite 4 sintomas de Kernicterus. 93 Enfª Profª Katiance Botelho 10. Quais os tratamentos existentes para icterícias 11. O que é Eritroblastose Fetal? 12. Qual o risco para o primeiro filho? 13. Porque a Eritroblastose fetal atinge a segunda gestação? 14. Como é feito o diagnóstico para Erit.Fetal. 15. Cite os principais sintomas de Erit.Fetal. 16. Qual a vacina para prevenção de Eritroblastose fetal e quando devera ser realizada? 94 Enfª Profª Katiance Botelho 17. Comente sobre a exosanguineo transfusão 18. Explique a SARRN ? 19. Como prevenir a SARRN? 95 Enfª Profª Katiance Botelho LISTA 09 Pesquisa sobre rn de mãe diabética, enfatizando cuidados de enfermagem 96 Enfª Profª Katiance Botelho LISTA 10 Pesquisa sobre RN de mães usuárias de drogas e álcool 97 Enfª Profª Katiance Botelho LISTA 11 Pesquisa sobre uti neo e projetos humanizados . “Não coloque limites nos seus sonhos, coloque fé”. 98 Enfª Profª Katiance Botelho Bibliografias 1. BARBOSA, V. L. O vínculo afetivo na UTI neonatal: uma questão de reciprocidade da tríade mãe-prematuro-equipe de enfermagem. Escola de Enfermagem da USP. São Paulo; s.n; 166 p. 1999. 2. BECKWITH, L.; RODNING, C. Intellectual functioning in children born preterm: recent research. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates. (pp. 25-58). 1991. 3. BELLI, M. A. J.; SILVA, I. A. A constatação do filho real: representações maternas sobre o filho internado na UTI neonatal. Revista de Enfermagem da UERJ;10(3):165-170, setembro –dezembro, 2018. 4. CAMPOS, M. S. P. Apuração e pesquisa.São Paulo: UNESP. 2006. Disponível em: www.faac.unesop.com.br. Acessado em 16/06/2017. 5. FRAGA, I. T. G. Sentimentos das mães de recém-nascidos prematuros: implicações para a enfermagem. Escola de Enfermagem da UFRS. Porto Alegre; s.n; 76 p. 2002. 6. GAÍVA, M. A. M.; SCOCHI, C. G. S. Processo de trabalho em saúde e enfermagem em UTI neonatal. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 12(3): 469-76; maio-junho, 2004. Disponível em: www.eerp.usp.br/rlaenf. Acessado em 16/06/2008. 7. GAÍVA, M. A. M.; SCOCHI, C. G. S. A participação da família no cuidado ao prematuro em UTI neonatal. Revista brasileira de enfermagem. 58(4): 444-448, julho -agosto. 2005. 8. GAMA, S. G. N; SZWARCWALD C.L ET AL. Gravidez na adolescência como fator de risco para baixo peso ao nascer no Município do Rio de Janeiro, 1996 a 1998.Revista Saúde Pública; 35(1): 74-80. 2001. 9. MANUAL DE PEDIATRIA 2018 10. DIDATICO DE ENFERMAGEM 2019 11. HOPE, P. CRIB, son of Apgar, brother to APACHE. Arch. Dis. Child., London, v. 72, p. F81-83, 1995. Crescimento nos primeiros anos de vida O que é puericultura? Atendimento em puericultura A frequência de consultas na puericultura Rede Cegonha Manejo de crianças nascidas de mães infectadas pelo HIV 1. Fenilcetonúria 2. Hipotireoidismo congênito 3. Anemia falciforme 4. Hiperplasia adrenal congênita 5. Fibrose cística 6. Deficiência de biotinidase Doenças detectadas pelo teste do pezinho ampliado Icterícia persistente mais de uma semana em RNT ou duas semanas no prematuro. Ocorre com muita frequência em bebê prematuros uma vez que eles levam muito mais tempo para conseguir excretar a bilirrubina eficaz. Tratamento Icterícia por doença hemolítica devido à incompatibilidade Rh Por incompatibilidade de grupo sanguíneo (Rh ou ABO): a icterícia por incompatibilidade muitas vezes começa já durante o primeiro dia de vida. Incompatibilidade de Rh causa a forma mais severa de icterícia, (Mãe Rh negativo e RN Rh positivo) sendo pre... Kernicterus UTI Neoda Escala de Apgar. Elaborada pela doutora Virginia Apgar, em 1953. Avalia a vitalidade e o grau de asfixia. Deverá ser feita no 1 e 5 minuto de vida. Os sinais avaliados na Escala de Apgar são: Frequência cardíaca, Frequência respiratória, Tônus muscular, reflexos Cor da pele. 9 Significado das notas obtidas na Avaliação de Apgar O a 3 Asfixia grave: realizar ressuscitação e intubação. 4 a 6 Asfixia moderada: realizar aspiração e oxigenioterapia 7 a 10 Boa vitalidade, boa adaptação à vida extrauterina: apenas aspirar Vamos treinar! 1-RN de Antonieta apresentou FC de 130 bpm, choro forte, coloração rosada, boa movimentação e ao realizar a irritabilidade reflexa apresentou tosse. Agora responda: a) Analise o apgar do RN e pontue cada item. b) Qual o valor do apgar? c) O que isso significa? 2-RN de Najara não apresentou FC, esforço respiratório irregular, flacidez muscular, sem resposta na irritabilidade reflexa, apresentou cianose extrema. O bebe nasceu com 30 semanas de gestação, peso 970g. a) Analise o apgar do RN e pontue cada item. b) Qual o valor do apgar? c) O que isso significa ? 10 5. Corte definitivo do cordão umbilical - 2 cm do anel umbilical; • Envolver o cordão em gaze com álcool a 70% • Verificar a presença de 02 artérias e uma veia • A Organização Mundial da Saúde recomenda o Clampeamento tardio do cordão umbilical (realizado 1 a 3 minutos após o nascimento) • É recomendado para todos os nascimentos, iniciando simultaneamente os cuidados essenciais ao recém-nascido. • Justificativa: A anemia infantil, é uma das principais causa a deficiência de ferro, aumenta a mortalidade infantil e causa problemas de desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental. Benefícios do clampeamento tardio do cordão umbilical para o bebê Reservas de ferro aumentadas no momento do nascimento e menor anemia infantil: Redução da hemorragia intraventricular: Menos enterocolite necrosante Menos sepse infantil: Menos transfusões de sangue necessárias: 6- Identificação do RN As Pulseiras devem ser colocadas na mãe e no RN, contendo o nome da mãe, o registro hospitalar, a data e hora do nascimento e o sexo do RN. Essa identificação é feita no prontuário e nas três vias da Declaração de Nascido Vivo. 11 • O Estatuto da Criança e do Adolescente regulamenta a identificação do RN mediante o registro de sua impressão plantar e digital. E da impressão digital da mãe. Os RN estáveis devem permanecer com suas mães e ser transportados juntos ao alojamento conjunto. Caso haja a necessidade de transporte do RN para outra unidade neonatal, antes do transporte ele sempre deve ser mostrado à mãe novamente. OBS: Se o RN necessitar de transferência imediata para UTI, colher a identificação assim que possível. Vamos treinar! Identifique as Pulseiras 7- Detectar disfunção anal 12 • O neonatologista deverá passar Sonda Oro Gástrica número 8 no ânus – 3cm através do anus do RN. FINALIDADES • Detectar o ÂNUS IMPERFURADO Também conhecido como "atresia anal" É uma anormalidade congênita caracterizada pelo revestimento do canal anal normal por uma delgada membrana, essa anomalia ocorre pela falta de perfuração da membrana anal no final da oitava semana. É de fácil detecção ao exame de rotina do recém-nascido, ainda na sala de parto ou sugerido a partir da ausência de eliminação de mecônio nas 24h primeiras horas de vida. A imperfuração nem sempre é completa e é tratada cirurgicamente através de reconstrução anorretal, as consequências mais prevalentes após a cirurgia de correção são incontinência fecal e constipação. O tratamento cirúrgico das crianças com um ânus imperfurado depende da gravidade das condições, inicialmente deve ser interromper a dieta oral e iniciar hidratação parenteral, até que o trato gastrintestinal esteja novamente em condições de uso. Se a imperfuração for de baixa gravidade a anomalia pode ser reparada através de um procedimento conhecido como anaplasia perineal. Já se for de alta gravidade faz-se uma colostomia, pois dessa forma a criança deve crescer até que possa fazer uma reparação definitiva. 13 8- Prevenção da oftalmia gonocócica pelo método de Credeização- crede A oftalmia ou conjuntivite neonatal é considerada um evento infeccioso relativamente comum, associado a causas químicas, bacterianas ou virais, com prevalência de 1,6% a 12% dos recém-nascidos. Para orientar os pediatras a respeito do tema, o Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou o documento “Profilaxia da Oftalmia Neonatal por Transmissão Vertical” com ênfase nas medidas preventivas mais eficazes para evitar o problema. Para realização segura da profilaxia da oftalmia neonatal, SBP – orientam • Polividona a 2,5% (colírio); • Pomada de eritromicina a 0,5% • Tetraciclina a 1%. • NITRATO DE PRATA A 1% Em razão de sua maior toxicidade, a utilização de deve ser reservada apenas em caso de indisponibilidade das outras substâncias 14 Em 1881, para prevenção de oftalmia (conjuntivite) gonocócica (causada pelo gonococo ou Neisseria gonorrhoeae, bactéria que pode ser transmitida da mãe para o bebê no canal do parto, caso ela esteja infectada), iniciou-se o uso do nitrato de prata a 1%. Método de credé: Credeização • Nos RN nascido de parto normal, será instilado nos olhos uma gota de solução no fundo do saco lacrimal inferior de cada olho. • Nos RN de sexo feminino, deve-se instilar a mesma solução na vulva. A Oftalmia neonatal é uma conjuntivite que afeta crianças menores de 28 dias de nascimento. Uma das causas de cegueira no neonato. 9- Aplicação intramuscular de vitamina K (Kanakion®). • Auxilia no Fator de Coagulação A profilaxia rotineira com vitamina K 1.0 mg intramuscular ao nascer é preconizada desde 1961. Ajuda na prevenção da doença hemorrágica do RN, causada por uma deficiência dos fatores de coagulação (dependentes da vitamina K) que se instala geralmente entre o primeiro e o quinto dia de vida. • Administra-se uma única dose (0,5 mg para RN Pré - termo e 1 mg para RN a termo) na primeira hora de vida, por via intramuscular. (Vasto Lateral Esquerdo) 10- Medidas antropométricas- RN a termo 15 Sala de Parto X Exame físico Avaliação Realiza-se exame físico simplificado, ◼ peso, ◼ estatura, ◼ perímetros cefálico, ◼ torácico ◼ abdominal. PESO DO RECEM NASCIDO Antropometria Peso • Normal: 2.500-4.000g • Baixo Peso (BP):do colchão. • . Riscos relacionados ao uso do berço aquecido: *O fato de o berço aquecido não manter o recém nascido em um ambiente fechado, o ar condicionado da UTI /Berçário pode provocar perda de calor por convecção, consequentemente a temperatura o recém nascido diminui; *Hipertemia; *Pode ocorrer lesões e queimaduras na pele do recém nascido; *Queda de objetos sobre o recém nascido; *Entre outros riscos. RECEM NASCIDO PREMATUROS 19 INCUBADORA NEONATAL: • Incubadora neonatal é um equipamento médico hospitalar utilizado com a função de auxiliar na manutenção do equilíbrio térmico de recém-nascidos prematuros. 12- Preencher a Declaração de Nascido Vivo- (DNV )- três vias: A DNV - Declaração de Nascido Vivo - É um documento padronizado pelo Ministério da Saúde, pré-numerado e apresentado em 03 (três) vias. Deve ser preenchida em todo o território nacional, para todos os nascidos vivos, sejam quais forem as circunstâncias de ocorrência do parto (hospitais, maternidades, serviços de urgência/ emergência, domicílio, vias públicas, veículos de transporte etc.) ✓ No caso de gravidez múltipla, deve ser preenchida uma DNV para cada produto da gestação, ou seja, para cada nascido vivo. ✓ No caso dos partos domiciliares sem assistência médica, a DNV será preenchida pelo cartório de registro civil, também em 3 vias. A QUEM COMPETE PREENCHER A DNV 20 A DNV pode ser preenchida por médico, por membro da equipe de enfermagem da sala de parto, do berçário, da unidade de internação ou por outra pessoa previamente treinada para tal fim. Não é obrigatória a assinatura do médico responsável pelo recém-nascido. 1ª Via Branca: Supervisão Técnica de Saúde de ocorrência do nascimento - Secretaria de Saúde. 2ª Via Amarela: pai ou responsável legal, para obtenção da Certidão de Nascimento junto ao Cartório de Registro Civil ou representante do cartório na maternidade, o qual reterá a via amarela. 3ª Via Rosa: arquivo da unidade de saúde junto a outros registros hospitalares da puérpera ou do recém-nascido. Lei 8.069, de 13/07/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente Recolher a impressão digital plantar do bebe e digital da mãe. 21 22 23 13- Entregar o RN para mãe amamentar. Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida. O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois, auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. Os bebês até os seis meses de idade devem ser alimentados somente com leite materno, não precisam de chás, sucos, outros leites, nem mesmo de água. Após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, mas a amamentação deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais. 24 FICHA DO RN CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO CENTRO OBSTÉTRICO DADOS DO NASCIMENTO Data:_____/______/_____ Hora_________ h Peso:___________ PC_______PT_______ Est:________ N° da Pulseira:________________________________ N° da DNV:_______________________________ ( ) Parto Cirúrgico ( ) Parto Normal ( ) Com Episiotomia ( ) Sem episiotomia ( ) Fórceps ( ) Kristeler ( ) Cefálico ( ) Pélvico ( ) Rn vivo ( ) Rn Morto ( ) Único ( ) Gemelar ( ) Múltiplos Obs:__________________________ ( ) Feminino ( ) Masculino Chorou ao nascer: ( ) Sim ( ) Não Chorou após:_______ ( ) Estímulo Táctil ( ) Aspiração V.A.S. ( ) Ventilação Freqüência Cardíaca: ( ) Presente ( ) Ausente Massagem Cardíaca ( ) Sim ( ) Não 25 Circular de Cordão ( ) Sim ( ) Não Quantas _________ Localização :_______________ Líquido Amniótico: ( ) Claro ( ) Meconial ( ) Fluído Apgar:__________ Apresentado à mãe : ( ) Sim ( ) Não Horário :_______________ Colocado ao seio : ( ) Sim ( ) Não Horário :_______________ Pega: : ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória Presença de Colostro: ( ) Sim ( ) Não Eliminações: Diurese: ( ) Sim ( ) Não Mecônio ( ) Sim ( ) Não Credeização : ( ) Sim ( ) Não Vitamina K : ( ) Sim ( ) Não Vacina Anti-Hepatite : ( ) Sim ( ) Não Lote:___________ Validade:-__________ EQUIPE : Pediatra:_______________________________________________________________ Enfermagem:___________________________________________________________ RN encaminhado : ( ) ALCON ( ) BERÇÁRIO ( ) OUTROS___________ OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________ 26 Cuidados Mediatos prestados ao recém nascido 1. Higiene corporal: Banho na técnica realizado normalmente após 6 horas ou mais após o nascimento. 27 Recomenda - se não remover o vernix caseoso (ajuda a proteger o recém nascido contra infecções). 2. Exame físico do neonato: Após o período de transição, entre as primeiras 12 e 24 horas de vida o exame físico deverá ser realizado. AVALIAR: ✓ medidas antropométricas ✓ Sinais vitais • Temperatura: pode estar alterada em decorrência da temperatura ambiente, do tipo e quantidade de vestimentas, por alterações infecciosas ou neurológicas. • Frequência respiratória: pode-se avaliar por ausculta ou observação direta os movimentos respiratórios durante no mínimo 1 minuto. -A frequência normal no RN a termo varia de 45 a 55 respiração por minuto. - No recém nascido pré termo 60 rpm • Frequência cardíaca: pode se alterar dependendo da atividade e estado do RN. A variação normal em RN saudáveis é de 110-160 batimentos/minuto; no pré-termo, geralmente a frequência é mais próxima dos 160 batimentos por minuto. • Pressão arterial: pode ser aferida com monitorização intravascular direta ou através de aparelhos oscilométricos ou de Doppler. A porção inflável do manguito deve circundar completamente o braço. Valores de PA ao nascer 90x50 mmHg depois estabiliza 100 x 60mmHg. 3. Avaliação das capacidades de alimentação: • Observar se o RN suga bem o seio materno, 28 • Posicionamento correto do bebe , • Observar se o RN necessita de complemento de L.M se necessário acionar o banco de leite e oferecer o Leite materno no copinho, • Ensinar e treinar a nutriz técnicas de amamentação e de estimulação do RN. 4- Avaliação da perda ponderal: O que é perda ponderal em RN? Perda de peso, em porcentagem, no momento de alta hospitalar foi considerada como a diferença percentual entre o peso do nascimento e o peso aferido no momento da alta. A porcentagem de perda de peso aceitável tem variação entre as literaturas, ainda assim, valores entre 7 a 10% são considerados normais para RNs alimentados com leitematerno. 29 4. RN em decúbito horizontal no berço ao lado da mãe; 5. Aplicação da vacina contra hepatite B e BCG, 30 6. Aleitamento materno sem restrição de horário 7. Exame diário do RN; 8. Higiene geral do RN em especial o coto umbilical 9. Oferecer um ambiente seguro ao RN, constituindo-se perigos particulares, o stress induzido pelo frio, a queda do RN e a remoção da mesma por pessoas não autorizadas. 10. Triagem neonatal 31 TESTE DA LINGUINHA 32 11. Avaliar os reflexos primitivos Os reflexos primitivos são respostas automáticas e estereotipadas a um determinado estímulo externo. Estão presentes ao nascimento, mas devem ser inibidos ao longo dos primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais. 12. Providenciar o cartão da Criança e a Alta hospitalar Alta Hospitalar • Não é recomendável a alta hospitalar antes de 24 a 72 horas de vida. 33 • O Cartão de alta do RN deve conter informações sobre: Condições ao nascer: peso, comprimento, perímetro cefálico; • Evolução clínica: alimentação, icterícia fisiológica, e peso no dia da alta; • Resultado de exames: reação sorológica para sífilis no dia do parto, tipagem sanguínea materna e neonatal, hipóteses diagnósticas e tratamentos realizados. CLASSIFICAÇÃO DO RN DE ACORDO COM A IDADE GESTACIONAL Peso Ao Nascer 1. A.I.G (Adequado para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso > 2,5 a 4 kg – entre percentis 10 e 90. 2. P.I.G (Pequeno para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou inferior a 2,5 kg, abaixo do percentil 10. 3. G.I.G (Grande para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou superior a 4 kg – acima do percentil 90. 34 Avaliação da Idade Gestacional Classificação relacionando Peso e Idade Gestacional • PIG: abaixo do percentil 10; • AIG: entre os percentis 10 e 90; • GIG: acima do percentil 90. Exemplo 01: RN, 31 semanas e 4 dias, peso 1610g, 45 cm. Conclusão: RN AIG Assistência ao recém-nascido de risco, P.R. Margotto, 2002. GRÁFICO Exercícios 35 RN COM 37 SEMANAS E PESO 2400g RN COM 36 SEMANAS E PESO 2000 RN COM 42 SEMANAS PESO 2.000 g RN COM 39 SEMANAS E 6 DIAS E PESO DE 3.700 g RN de 38 SEMANAS E 2 DIAS PESO 4575g Crescimento nos primeiros anos de vida Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde - OMS. As curvas de crescimento constituem um importante instrumento técnico para medir, monitorar e avaliar o crescimento de todas as crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, independente da origem étnica, situação socioeconômica ou tipo de alimentação. Estas tabelas foram desenvolvidas a partir dos dados mais recentes de crescimento e desenvolvimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), por isso garanto que refletem o que há de mais moderno na avaliação de peso e altura dos bebês e das crianças. Inclusive, estes dados são os recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Gráfico: comprimento x idade 36 Vamos treinar: 1 Theodoro: idade 2 meses e Comprimento: 63 cm 2- Ana : 9 meses e Comprimento: 49cm Pedro: 5 meses e Comprimento: 70 cm 4- Alice: 2 anos e Comprimento: 95 cm 5- Bety 1 mês e Comprimento: 60 cm 37 GRÁFICO PESO X IDADE 38 Vamos treinar PESO X IDADE 1-Carlos:idade 2 meses e peso 2.300 kg 2- Ana : 9 meses e peso 11 kg 3- Pedro: 5 meses e peso 7.500kg 4- Alice: 2 anos e peso 15 kg 5- Bety 1 mês e peso 2.300kg 6- Beto 7 meses peso 8.500 kg 7-Mel 10 meses peso 6.000kg 8 Benjamin 5 meses . 7400 kg 9 Tercio 6 meses . 8.000 kg 39 10.Antonia 2 anos peso 12 kg ASSISTÊNCIA A CRIANÇA O que é puericultura? A puericultura quer diz: puer = criança e cultura = criação, cuidado feito por alguma pessoa. Puericultura chamada de: Pediatria Preventiva Função: Manter a criança sadia atingindo "adulto perfeito": fisicamente sadio, psiquicamente equilibrado e socialmente útil. A puericultura tem como objetivo principal, acolher todas as crianças, promovendo e protegendo através de uma atenção integral, compreendendo a criança como um ser em desenvolvimento com suas particularidades. Ela demanda um acompanhamento periódico e sistemático das crianças para avaliação de seu crescimento e desenvolvimento, atualização do esquema vacinal, orientações aos pais sobre a prevenção de acidentes, aleitamento materno, higiene individual e ambiental, assim como pela identificação precoce dos agravos, com vistas à intervenção efetiva e apropriada. 40 Atendimento em puericultura Tanto o enfermeiro quanto o médico atuam no acompanhamento do desenvolvimento da criança, já que os dois contam com especialidade nessa área. Devem-se desenvolver ações de promoção à saúde e prevenção de doenças recorrentes desse período de vida: ▪ Estimular o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida ▪ Garantir a aplicação das vacinas do esquema básico de imunização; ▪ Realizar vigilância do crescimento e desenvolvimento; ▪ Orientar a respeito de como prevenir acidentes de acordo com a faixa etária da criança; ▪ Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor; ▪ Avaliação da função auditiva; A frequência de consultas na puericultura O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida. (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças. As crianças que necessitem de maior atenção devem ser vistas com maior frequência. http://aenfermagem.com.br/wp-content/uploads/2016/01/consultas.jpg 41 Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC) OBJETIVO: Criar condições p/ o atendimento à saúde da criança de zero a cinco anos com ênfase à aquelas com risco de adoecer e morrer. PAISC Utiliza o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento como metodologia para organização da assistência à criança; Promove o aleitamento materno e orientar a alimentação no primeiro ano de vida; Rede Cegonha Toda mulher tem o direto ao planejamento reprodutivos e atenção humanizada à gravidez ao parto e ao puerpério (pós-parto), bem como as crianças têm o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Assegurar esses direitos é o objetivo do Ministério da Saúde com a Rede Cegonha. Essa estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País e está sendo implantada, 42 gradativamente, em todo o território nacional. A implantação e expansão do programa segue critério epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e densidade populacional. SHANTALA O que é Shantala A mulher se chamava Shantala, então Leboyer deu o nome da mulher para a técnica ao apresentá-la ao resto do mundo. A Shantala estimula todo o corpinho do bebê e pode ser feita desde o primeiro mês de vida. É uma técnica que traz relaxamento e benefícios para o bebê e para quem está fazendo a massagem. 43 Manejo de crianças nascidas de mães infectadas pelo HIV Cuidados durante o parto Toda gestante soropositiva deve receber o AZT na veia do início do trabalho de parto até o nascimento do bebê. Para as gestantes com indicação de cesariana, o consumo de AZT deve ser de 3 horas antesda cirurgia até o nascimento. Cuidados imediatos com o recém-nascido DIAGNOSTICO LABORATORIAL 44 Recomenda-se a realização do primeiro exame com um mês de vida. Em caso de carga viral detectável, o exame deve ser repetido logo em seguida para confirmação do diagnóstico. Caso o resultado seja indetectável, o exame deverá ser repetido aos 4 meses de vida permanecendo indetectável, a criança provavelmente não está infectada pelo HIV , mais deverá continuar em seguimento clinico e laboratorial até aos 18 meses de vida quando então deverá ser solicitado a sorologia ANTI HIV. O exame de sorologia anti HIV da criança nascido de mãe soropositiva pode resultar positivo até os 18 meses, pois até essa idade ela possui em seu sangue os anticorpos contra o vírus. Características anatômicas: O RN apresenta uma mobilidade incordenada: move todos os braços e pernas, vira-se, torce-se e treme. No sono, cessam todos esses movimentos. Chora ativamente quando está com fome e na presença de estímulos externos. Cabeça: a) Volume: o crânio do RN se destaca por suas proporções em relação ao restante do corpo. O perímetro cefálico mede mais ou menos 35cm e é 2cm maior do que o perímetro torácico. b) Forma: é bastante comum a forma ovóide. • Sua morfologia sofre alterações ao passar pelo canal cervical, provocando acavalgamento das tábuas ósseas. • São observados três tipos de sutura na junção desses ossos: frontoparietais, biparietais ou mediana e occiptoparietais. • Bossa Serossanguinolenta, que se apresenta como uma bolsa de secreção serosa que se forma sob o couro cabeludo do feto, • Fontanelas ou Moleiras: são localizadas na cabeça do RN, através da palpação. As principais são em número de duas: anterior ou bregmática e posterior ou lambidóide. São conceituadas como espaços cartilaginosos entre as tábuas ósseas, que facilita o trabalho de parto, permitindo 45 o amoldamento do crânio, conforme o canal vaginal, protegendo também o cérebro do RN e permitindo o crescimento acentuado do cérebro no período fetal até a pós-natal. Fontanela anterior ou bregmática: em forma de losango medindo de 2 a 4 cm. Fecha-se em torno 18 meses. Fontanela posterior ou lambdóide: em forma de triângulo, mede de 0,5 a 1cm ( tamanho de uma polpa digital). Fecha-se em torno de 3 meses de idade. Face: A face do RN é pequena em relação ao crânio. Pode apresentar-se demasiada, com marcas consequentes do parto, que regridem em poucos dias. a) Assimetria: consiste na apresentação desigual do rosto, ou seja, um lado da face é maior do que o outro, devido à posição defeituosa na vida fetal ou como resultado de manobras obstétricas. b) Olhos: permanecem fechados, a maior parte do tempo, nos primeiros dias. As pálpebras apresentam-se, frequentemente demasiadas. As conjuntivas podem apresentar pequenos pontos hemorrágicos, sem significado clínico. Os supercílios e cílios são pouco nítidos, de fios curtos e delgados. O estrabismo é comum e pode persistir até o sexto mês de vida. c) Orelhas: são móveis e moldáveis; sua inserção deve estar ao redor da linha ocular. d) Nariz: apresenta ponta arredondada e a base achatada. e) Boca: o RN apresenta, normalmente, hipossalivação. Os lábios mostram o Tubérculo Labial no meio do lábio superior, bem desenvolvido. As gengivas são de coloração pálida e sua borda livre pode ser serrilhada. Pele: Existem particularidades na pele do RN que identificam este período: Vernix Caseoso: produto de secreção da pele durante a vida intra-uterina, recobre e protege a pele contra a maceração pelo líquido amniótico. Favorece o deslizamento do corpo na hora do 46 parto e mantém a temperatura corporal da criança após o nascimento. Alguns autores descrevem como sendo constituída de glicerina, gorduras, matérias protéicas e colesterina, pêlos e resíduos epidérmicos. A película lipóide é reabsorvida nas primeiras horas de vida. Cor: a coloração da pele do RN é variável. Quando nasce, este apresenta uma cor fracamente avermelhada (Eritrodermia Neonatal). Essa coloração se dá devido ao número excessivo de glóbulos vermelhos na circulação e tende a diminuir esta coloração, devido a má circulação periférica em consequência da diminuição do retorno venoso ; apresentam cianose transitória que desaparecem com o aquecimento. Manchas: Pode apresentar manchas diversas: nevos maternos: são avermelhadas disseminadas, não salientes. Principalmente na fronte, pálpebras, lábios e nuca. Mancha mongólica: azul-arroxeada, que se localiza na região sacrolombar. Millium Sebáceo: pequenos pontos brancos, ligeiramente salientes localizados na asa do nariz. Lanugem: Pelugem fina e longa que aparece com frequência em RN à termo e mais ainda em prematuros. Encontrada no dorso, face e orelhas. 47 Pescoço: Apresenta-se curto e com mobilidade. Tórax: É simétrico, e de forma cilíndrica, largo na sua base, com as costelas em posição próxima à horizontalidade. Pode ser visualizado tumefação das glândulas mamárias, podendo persistir por algum tempo devido a alteração hormonal. O perímetro torácico mede aproximadamente 30 a 33cm. Abdômen: É saliente e globoso. A parte superior é maior que a inferior (hepatoesplenomegalia fisiológica). 8. Abdômen: Saliente e globoso devido a hepato-esplenomegalia fisiológica do RN • Região umbilical: Coto umbilical – fases Gelificação Desidratação Mumificação Cicatrização Coluna vertebral: É reta, com discreta cifose dorsal. As curvaturas vão aparecendo à medida que a criança progride no seu desenvolvimento motor. 48 Genitais: Nos meninos pode ocorrer edema testicular pela presença de líquido na bolsa escrotal, que regride espontânea em poucos meses. Em geral o pênis apresenta aderência entre a pele do prepúcio e a glande. Nas meninas, os grandes e pequenos lábios vaginais apresentam-se edemasiados, principalmente quando se trata de parto pélvico. Os pequenos lábios e o clitóris são proeminentes; pode apresentar sangramento ou secreção vaginal esbranquiçada e translúcida que cede em poucos dias. Membros: São curtos em comparação ao tronco e fletidos sobre o tórax e as pernas são ligeiramente curvas e fletidas sobre o abdômen Edema: Geralmente é localizado na face, dependendo da apresentação fetal no momento do parto. Regride espontaneamente, em poucos dias. Peso: O RN a termo pesa, em geral, entre 3000 e 3500g. Comprimento: Em geral, o comprimento do Rn se aproxima de 48-50 cm. Características fisiológicas do RN: Fezes: ao nascer, o intestino do RN contém de 60 e 200g de material viscoso, verde-escuro quase negro, chamada mecônio. Em geral, nas primeiras 24 horas de vida, certa quantidade é eliminada e, após quatro e cinco dias, as eliminações tornam-se um tanto liquefeitas e heterogêneas, designadas fezes de transição, para em seguida assumirem o aspecto pastoso e coloração amareladas, consideradas normais para o lactente. 49 REFLEXOS PRIMITIVOS DO RECEM NASCIDO O bebê nasce com certos reflexos que devem ser avaliados como evidência do desenvolvimento normal. Sua presença ou ausência e o período em que aparecem ou desaparecem são indicativos de progresso. A maneira como se expressam fornece evidências sobre o funcionamento do SN. Por exemplo, um reflexo fraco ou ausente pode indicar a presença de lesão do sistema nervoso central. Reflexo de Moro ou do abraço: O reflexo de Moro é um reflexo vestibular que demonstra uma consciência de equilíbrio do RN. Considerado como um reflexo de defesa deve ser testado com o bebê deitado e calmo. Um estímulo súbito, provoca a resposta imediata. O bebê enrijece o corpo, ergue as pernas, levanta e abre os braços, trazendo-as depois para a frente como em uma posição de abraço. Além disso, pode-se observar, queele também flexiona o polegar e o indicador de cada mão, formando um C, e estende os dedos restantes. O bebê frequentemente chora após esse gesto de abraço. O reflexo de Moro normalmente modifica-se do 3º ao 4º mês, e desaparece a partir do 6º meses de vida. Reflexo do pescoço: O reflexo tônico do pescoço é um reflexo postural no qual o bebê assume uma posição defensiva. Se esse reflexo estiver presente, notaremos que, quando o bebê, deitado de costas , vira a cabeça para um lado, o seu braço e a perna do mesmo lado para onde voltou a cabeça são parcial ou 50 completamente estendidos, e que o braço e a perna opostos se flexionam. O reflexo tônico do pescoço desenvolve-se no feto por volta de 28 semanas e desaparece no neonato em torno de dois ou três meses. Reflexo de preensão: O reflexo de preensão acha-se presente em ambas as mãos e pés. O bebê segurará um objeto colocado em suas mãos, mantendo-se firme por um curto período de tempo, e então o largará. É mais acentuado em bebês a termo, diminui por volta dos dois meses e geralmente desaparece aos três meses. Reflexo de Babinski: E considerado um reflexo de fuga (a estímulos desagradáveis) acha-se bem desenvolvido em todo bebê saudável, a termo ou prematuro. Está presente em todos os pontos da pele, mas é mais facilmente verificado por estimulação nos pés. 51 O reflexo de Babinski, também chamado de Sinal de Babinski, é um reflexo no qual os dedos do pé se estendem e, em seguida, se abrem em um movimento parecido com o de um leque. É comum em recém nascidos e crianças pequenas, em que o sistema neurológico ainda não está maduro, mas em adultos e crianças mais velhas indica um problema no cérebro ou na medula espinhal. Se está presente em apenas um dos pés, também pode indicar qual lado do cérebro está envolvido. Reflexos de marcha: Movimentos de marcha quando mantido em uma posição ereta, curva-se levemente para a frente, com os pés tocando a superfície de uma mesa. Colocado em pé, com apoio nas axilas, ele ergue uma perna dando a impressão de estar andando. É o primeiro a desaparecer. Some até o fim do primeiro mês. Estes reflexos também estão presentes no prematuro, mas são fracos, e o bebê anda na ponta dos pés. Engatinhar – De bruços, o bebê estica as pernas, como se tentasse rastejar, quando alguém lhe dá apoio nos pés. Some por volta do quinto mês. 52 Reflexo de sucção – este reflexo é observado quando o bebê procura o alimento, sendo estimulado sempre que a bochecha é tocada com a mão, o mamilo da mãe ou outro objeto podendo ser verificado uma mudança na posição da boca do RN em direção ao estimulo. A busca pelo seio desaparece por volta do segundo mês, quando o reflexo da sucção passa a ser voluntário. TRIAGEM NEONATAL O termo “triagem” origina-se do vocábulo francês “triage”, que significa “seleção”. Em Saúde Pública, triar significa avaliar uma população assintomática e identificar, nessa população, indivíduos sob risco de desenvolver determinada doença ou um distúrbio, os quais se beneficiariam de investigação adicional, ação preventiva ou intervenção terapêutica imediata. Identificando-se condições através de testes específicos, pode-se iniciar o tratamento adequado, visando minimizar riscos ou complicações decorrentes da condição diagnosticada. Teste do pezinho 53 Tanto os Teste Básico quanto o Ampliado devem ser feitos após 48 horas do nascimento até o quinto dia de vida do bebê. A maior parte das crianças não apresenta sintomas de muitas doenças nos primeiros dias de vida. Porém, isso não quer dizer que não exista alguma doença. O teste do pezinho é gratuito e deve ser feito a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. Por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o material pode ser colhido em uma única punção, rápida e quase indolor para o bebê. No teste, o sangue da criança é coletado em papel filtro especial. As amostras de sangue obtidas são secas e posteriormente enviadas ao laboratório para o processamento dos exames. As doenças detectadas pelo teste do Pezinho Básico incluem: 54 1. Fenilcetonúria A fenilcetonúria é uma doença congênita na qual o sistema digestório do bebê não consegue digerir a fenilalanina, uma proteína presente em alimentos como ovos e carne, que, quando não digerida pode se tornar venenosa para o organismo, provocando comprometimento neurológico no desenvolvimento da criança. Como é feito o tratamento: deve-se eliminar alimentos com fenilalanina da dieta da criança 2. Hipotireoidismo congênito O hipotireoidismo congênito é uma doença na qual a tireóide do bebê não consegue produzir quantidades normais de hormônios, podendo prejudicar o crescimento do bebê, assim como provocar retardo mental, por exemplo. Como é feito o tratamento: o bebê deve tomar medicamentos hormonais para ajudar a completar os níveis de hormônios tireóideos em falta, garantindo crescimento e desenvolvimento saudáveis. 3. Anemia falciforme A anemia falciforme é um problema genético que causa alteração na forma das células vermelhas do sangue, reduzindo a capacidade para transportar oxigênio para as várias partes do corpo, podendo provocar atrasos no desenvolvimento de alguns órgãos. Como é feito o tratamento: dependendo da gravidade da doença, o bebê pode precisar fazer transfusões de sangue. 4. Hiperplasia adrenal congênita A hiperplasia adrenal congênita é uma doença que faz com que a criança tenha uma deficiência hormonal de alguns hormônios e um exagero na produção de outros, que pode provocar crescimento excessivo, puberdade precoce ou outros problemas físicos. Como é feito o tratamento: o bebê deve fazer reposição hormonal durante toda a vida para compensar a falta de hormônios e estabilizar a quantidade de hormônios em excesso. 5. Fibrose cística A fibrose cística é um problema que leva à produção de uma grande quantidade de muco, comprometendo o sistema respiratório e afetando também o pâncreas. Como é feito o tratamento: deve ser feito com remédios anti-inflamatórios, cuidados na dieta e fisioterapia respiratória para aliviar os sintomas da doença, especialmente a dificuldade para respirar. 55 6. Deficiência de biotinidase A deficiência de biotinidase consiste num problema congênito que provoca a incapacidade de o organismo reciclar a biotina, que é uma vitamina muito importante para garantir a saúde do sistema nervoso. Dessa forma, bebês com este problema podem apresentar convulsões, falta de coordenação motora, atraso no desenvolvimento e queda dos cabelos. Como é feito o tratamento: ingestão da vitamina biotina por toda a vida para compensar a incapacidade do organismo para utilizar essa vitamina. Doenças detectadas pelo teste do pezinho ampliado Além das doenças acima citadas, o teste do pezinho ampliado ou expandido consegue detectar outras doenças como por exemplo: • Galactosemia: doença que faz com que a criança não consiga digerir o açúcar presente no leite, podendo levar a um comprometimento do sistema nervoso central; • Toxoplasmose Congênita: doença que pode ser fatal ou levar à cegueira, icterícia que é a pele amarelada, convulsões ou retardo mental; • Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase: facilita o aparecimento de anemias, que podem variar de intensidade; • Sífilis congênita: uma doença grave que pode levar ao comprometimento do sistema nervoso central; • AIDS: doença que leva a um sério comprometimento do sistema imune, que ainda não tem cura; • Rubéola congênita: provoca deformações congênitas como catarata, surdez, retardo mental e até má formações cardíacas; • Herpes congênita: doença rara que pode causar lesões localizadas na pele,mucosas e olhos, ou disseminada, afetando seriamente o sistema nervoso central; • Doença do citomegalovírus congênita: pode gerar calcificações cerebrais e retardo mental e motor; • Doença de chagas congênita: uma doença infecciosa que pode causar retardo mental, psicomotor e alterações oculares. As doenças detectadas pelo teste do Pezinho Plus e o teste do Pezinho Master Fazem parte desta lista, no entanto podem ter estes nomes conforme o laboratório e o número de doenças que se quer detectar. 56 Geralmente o teste do pezinho ampliado só é realizado se houver suspeita de contaminação do bebê, caso a mãe ou o pai sejam portadores de alguma destas doenças. Teste da Orelhinha Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz. O Teste da Orelhinha consiste em um método para o diagnóstico de perdas auditivas em recém- nascidos. Esse exame é também conhecido como Exame de Emissões Otoacústicas Evocadas. Pode ser realizado exame enquanto o bebê dorme, de forma rápida e indolor, e não apresenta contraindicações. Seguindo a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria, o exame é realizado na Maternidade, antes da alta hospitalar, por um fonoaudiólogo. Estudos comprovam que o diagnóstico e o tratamento de perdas auditivas até o sexto mês de vida garantem à criança um desenvolvimento comparável ao de crianças normais. Teste do olhinho 57 O teste do olhinho (ou o teste do reflexo vermelho) é um exame que deve ser realizado rotineiramente em bebês na primeira semana de vida, preferencialmente antes da alta da maternidade, e que pode detectar e prevenir diversas patologias oculares, assim como o agravamento dessas alterações, como uma cegueira irreversível O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas – cuja identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão. A recomendação é que o Teste do Olhinho seja feito pelo pediatra logo que o bebê nasce. Se isto não ocorrer, o exame deve ser feito logo na primeira consulta de acompanhamento. Depois disto, continua sendo importante, nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico. Se o pediatra encontrar algum problema, vai encaminhar a criança para avaliação do oftalmologista. Teste do coraçãozinho O exame de oximetria de pulso, mais conhecido como Teste do Coraçãozinho, permite identificar precocemente se o bebê tem alguma doença grave no coração e, em caso positivo, o paciente é submetido ao exame de ecocardiograma para confirmar o diagnóstico. O procedimento é simples, rápido e indolor. Consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro - espécie de pulseirinha - instalado nos primeiros dias de vida no pulso e no pé. TESTE DA LINGUINHA A avaliação do frênulo lingual faz parte do exame físico do recém-nascido e deve ser realizada por profissionais da equipe de saúde que atendam o binômio mãe e recém-nascido na maternidade (entre 24h-48h de vida do recém- nascido), devidamente capacitados para essa avaliação. Nos casos duvidosos, preconiza-se que esse exame seja novamente realizado na consulta da primeira semana de vida do bebê na Unidade de Saúde, associado a uma avaliação minuciosa da dinâmica da amamentação. 58 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RN PATOLÓGICO Icterícia Neonatal 59 A icterícia será preocupante ou não dependendo do que a está causando e quão elevada está a concentração de bilirrubina. A icterícia pode resultar de distúrbios graves, tais como incompatibilidade entre o sangue do recém-nascido e da mãe, decomposição excessiva de glóbulos vermelhos ou infecção grave. A icterícia neonatal consiste na coloração amarelada da pele, das mucosas e das escleróticas em decorrência de pigmentos biliares no sangue e nos tecidos. Essa concentração de bilirrubina é uma das manifestações clínicas mais frequentes no período neonatal. Esse quadro, é causado por um excesso de bilirrubina. ◼ Metade a 2/3 do total dos RN têm icterícia visível durante os primeiros dias de vida. ◼ Todos os RN têm bilirrubina plasmática mais alta do que o adulto. ◼ A bilirrubinemia atinge um pico e decresce em uma semana. Normalmente, a bilirrubina é eliminada do sangue pelo fígado. Em recém-nascidos, a icterícia geralmente ocorre quando o fígado ainda não está funcionando plenamente à época do nascimento; portanto, o fígado não processa a bilirrubina com a velocidade necessária. Icterícia é uma coloração amarela da pele e/ou olhos, causada por um aumento da bilirrubina na corrente sanguínea. A bilirrubina é uma substância amarela formada quando a hemoglobina (a parte dos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio) é decomposta como parte do processo normal de reciclagem de glóbulos vermelhos velhos ou danificados. A bilirrubina é transportada na corrente sanguínea até o fígado e processada de modo a poder ser excretada do fígado como parte da bile (o líquido digestivo que é fabricado pelo fígado). O processamento da bilirrubina no fígado envolve a ligação a outra substância química em um processo chamado de conjugação. • A bilirrubina processada na bile é, portanto, chamada bilirrubina conjugada. • A bilirrubina não processada é chamada bilirrubina não conjugada. A bile é transportada através dos dutos biliares até o início do intestino delgado (duodeno). Caso o fígado e os dutos biliares não consigam processar e excretar a bilirrubina de maneira suficientemente rápida, ela se acumula no sangue (hiperbilirrubinemia). À medida que as concentrações de bilirrubina aumentam no sangue, primeiro o branco dos olhos fica amarelo, seguido pela pele. Durante a primeira semana de vida, a maioria dos recém- nascidos a termo desenvolve hiperbilirrubinemia não conjugada, frequentemente causando icterícia que se 60 resolve normalmente no prazo de uma a duas (icterícia fisiológica). Icterícia causada por hiperbilirrubinemia não conjugada é ainda mais comum em bebês prematuros. A bile é transportada através dos dutos biliares até o início do intestino delgado (duodeno). Caso o fígado e os dutos biliares não consigam processar e excretar a bilirrubina de maneira suficientemente rápida, ela se acumula no sangue (hiperbilirrubinemia). O excesso de bilirrubina se deposita na pele, no branco dos olhos e em outros tecidos, fazendo com que eles fiquem amarelos (icterícia). https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-do-trato-gastrointestinal-gi-e-do-f%C3%ADgado-em-rec%C3%A9m-nascidos/icter%C3%ADcia-no-rec%C3%A9m-nascido https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-do-trato-gastrointestinal-gi-e-do-f%C3%ADgado-em-rec%C3%A9m-nascidos/icter%C3%ADcia-no-rec%C3%A9m-nascido 61 TIPOS DE ICTERÍCIA Icterícia Fisiológica A icterícia fisiológica ocorre por dois motivos. Primeiro, os glóbulos vermelhos do recém-nascido se decompõem mais rapidamente que em bebês mais velhos, o que resulta em um aumento da produção de bilirrubina. Segundo, o fígado do recém-nascido não amadureceu ainda e não consegue processar a bilirrubina e eliminá-la do organismo de maneira tão eficaz quanto os bebês mais velhos. Quase todos os recém-nascidos têm icterícia fisiológica. Ela normalmente surge dois a três dias após o nascimento (a icterícia que surge nas primeiras 24 horas após o nascimento pode ser devida a um distúrbio grave). A icterícia fisiológica em geral não causa outros sintomas e se resolve no prazo de uma semana. Se o bebê permanecer ictérico além de duas semanasde idade, o médico avalia o bebê para tentar detectar outras causas de hiperbilirrubinemia além da icterícia fisiológica. Icterícia Patológica Causada pela imaturidade do fígado do RN, que não é capaz de eliminar uma quantidade normal de hemácias destruídas. Aparece nas primeiras 24horas de vida. Concentração de bilirrubina sérica total superior a 12mg/dl no RNT ou 15mg/dl no RNPT. 62 Icterícia da prematuridade Icterícia persistente mais de uma semana em RNT ou duas semanas no prematuro. Ocorre com muita frequência em bebê prematuros uma vez que eles levam muito mais tempo para conseguir excretar a bilirrubina eficaz. Tratamento Na maioria dos casos de icterícia fisiológica, nenhum tratamento é necessário. Em casos leves de doença hemolítica, a icterícia desaparece sem tratamento. Caso contrário, quando o nível de bilirrubina estiver elevado, o médico poderá submeter o bebê à fototerapia, que ajudará a converter a bilirrubina de forma a ser eliminada do fígado. Casos graves de icterícia, especialmente os causados por doença hemolítica, são tratados por uma exsanguíneo-transfusão, na qual todo o sangue do bebê é substituído. Fototerapia • A Fototerapia é usada nos casos de Icterícia Neonatal. • Fototerapia é o tratamento a base de luz visando à retirada da bilirrubina impregnada na pele do RN. • Pode ser empregado no Alcon. Cuidados de Enfermagem: • O RN deverá estar despido, sendo fundamental o uso de fraldas para proteção do períneo e das gônadas, da ação do calor. • Proteção ocular para impedir o ressecamento da córnea, evitando assim lesões graves • Manter as lâmpadas a 50 centímetros do RN, pois neste distância o RN receberá as radiações sem sofrer queimaduras. • Controle rigoroso da temperatura corporal, • Controle do estado de hidratação do RN, pois pode ocorrer desidratação devido á sudorese pela ação do calor. • Mudança frequente de decúbito para que a desempregnação seja uniforme. 63 • Retirada do RN da fototerapia para a amamentação, mesmo que a prescrição seja contínua. • A Fototerapia pode ser intermitente ou contínua de acordo com a prescrição médica. • Retirada do RN da fototerapia, 15 minutos antes do banho, para que seu corpo não sinta a diferença de temperatura. Exsanguineotransfusão • Remove parcialmente hemácias hemolisadas; anticorpos ligados ou não às hemácias e as bilirrubinas plasmáticas. • Diminui rapidamente os níveis séricos de bilirrubina. • Indicação precoce nos casos em que ocorre aumento da hemólise. Icterícia por doença hemolítica devido à incompatibilidade Rh Por incompatibilidade de grupo sanguíneo (Rh ou ABO): a icterícia por incompatibilidade muitas vezes começa já durante o primeiro dia de vida. Incompatibilidade de Rh causa a forma mais severa de icterícia, (Mãe Rh negativo e RN Rh positivo) sendo prevenida com uma injeção de imunoglobulina anti-Rh (RHOGAN) à mãe dentro das primeiras 72 horas após o parto. Isto impede a formação de anticorpos que poderiam colocar em risco os próximos bebê Kernicterus O Kernicterus refere-se à lesão cerebral provocada pela deposição de bilirrubina não conjugada nos gânglios da base e núcleos do tronco cerebral. O kernicterus (do alemão kern ou núcleos + ikteros, icterícia). 64 A bilirrubina quando livre é prejudicial às sinapses, causando lesões neuronais e nas organelas das células. Dentre os diversos processos patológicos envolvidos no aumento dos níveis de bilirrubina não-conjugada estão: Manifestação Clinica • anormalidades no tônus muscular, como hipertonia ou hipotonia; • letargia; • arqueamento das costas. • atraso mental • paralisia cerebral, • perda de audição • paralisia do movimento dos olhos para cima. • alterações de movimento e distúrbios do processamento da fala. Prevenção A única forma realmente eficaz de prevenir o surgimento do kernicterus é diminuindo os níveis séricos de bilirrubina ou por meio da fototerapia ou transfusão de troca sanguínea. Eritroblastose Fetal ou Doença Hemolítica do RN 65 • Eritroblastose fetal é uma doença hemolítica causada pela incompatibilidade do sistema Rh do sangue materno e fetal. Ela se manifesta, quando há incompatibilidade sanguínea referente ao Rh entre mãe e feto, ou seja, quando o fator Rh da mãe é negativo e o do feto, positivo. Quando isso acontece, durante a gestação, a mulher produz anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado “intruso”. • Também conhecida como Doença hemolítica do recém-nascido é causada pela incompatibilidade sanguínea do Fator RH entre o sangue materno e o sangue do bebê. • O problema se manifesta durante a gravidez de mulheres RH negativo que estejam gerando um filho RH positivo. Para que isso aconteça, o pai da criança precisa necessariamente ter o Fator RH positivo. 1ª GESTAÇÃO O primeiro filho, portanto, apresenta menos risco de desenvolver a doença do que os seguintes, porque a mãe Rh- ainda não foi sensibilizada pelos anticorpos anti-Rh. No entanto, na falta de tratamento, esses anticorpos produzidos na primeira gestação podem destruir as hemácias do sangue dos próximos fetos Rh. 2º GESTAÇÃO Uma vez produzidos, esses anticorpos permanecem na circulação da mãe. Caso ela volte a engravidar de um bebê com Rh positivo, os anticorpos produzidos na gravidez anterior destroem as hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) do feto. Para compensar essa perda, são fabricadas mais hemácias, que chegam imaturas ao sangue e recebem o nome de eritroblastos. 66 Sintomas • Pode ocorrer anemia, icterícia leve, • deficiência mental, surdez, paralisia cerebral, • edema generalizado, fígado e baço aumentados, • icterícia, anemia graves e morte durante a gestação ou após o parto. Diagnóstico A pesquisa de anticorpos anti-Rh por meio do teste de Coombs indireto é o principal exame a ser realizado durante o pré-natal de mãe com Rh negativo cujo parceiro é Rh positivo, ou que tenha recebido uma transfusão de sangue inadequado. Esse exame deve ser repetido mensalmente para verificar a existência de anticorpos anti-Rh. Prevenção • Vacina gamaglobulina anti-Anti-Rh ( Rhogan • aplicação da imunoglobulina nas mulheres de Rh negativo, mas também uma série de prevenções nos seguintes cenários: • após aborto; • após gestação ectópica; • após sangramento na gestação; • após procedimento invasivo na gestação; • às 28 semanas de gestação (período a partir do qual ocorrem micro-hemorragias); • no pós-parto, idealmente em até três dias, se o bebê for Rh positivo. Como os anticorpos da imunoglobulina destroem as células Rh positivas do feto, a mãe não produzirá anticorpos anti-Rh. Desse modo, na gestação seguinte, o feto não desenvolverá 67 eritroblastose. Administrar outra dose de imunoglobulina na 28ª semana de gestação pode representar uma medida adicional de segurança. Tratamento e prevenção • Para determinar a gravidade do problema, é possível fazer exames através do líquido amniótico. • Além disso, a ultrassonografia acaba auxiliando na detecção de alterações no bebê em desenvolvimento, bem como o acúmulo de líquidos em diferentes partes do corpo do feto. • Exo- sanguínea transfusão de sangue negativo Hemácias transferidas serão substituídas aos poucos, como vivem cerca de três meses, quando isso ocorrer por completo, não haverá mais anticorpos anti-Rh da mãe negativo na circulação do filho. R.N de mãe diabética A Diabete Mellitus é definida como sendo um grupo de alterações genética e clinicamente heterogêneas que tem em comum a intolerância aos carboidratos. Causada devido os hormônios secretados pela placenta inibirem a ação da insulina. 68 Durante a gravidez a placenta produz uma substância que interfere na ação da insulina, o hormônio responsável pela colocação da glicose dentro dascélulas de nosso organismo. Em condições normais, o organismo da gestante passa a produzir mais insulina para dar conta do excesso de açúcar que vai acumulando no sangue. No caso das mulheres que apresentam diabete gestacional, a quantidade de glicose no sangue é maior que o normal e atravessa a placenta. ✓ Detectado no rastreamento pré-natal. (O rastreamento universal é realizado na 24ª a 28ª semana) É uma das complicações clínicas mais frequentes da gestação podendo atingir cerca de 1 a 3% das gestantes. O feto na gestação diabética desenvolve-se em um ambiente intrauterino desfavorável expondo a alterações metabólicas diversas ocasionando uma maior morbidade perinatal. O bebê corre o risco de nascer diabético? No caso de gestantes que são diagnosticadas com diabete, os bebês acabam apresentando um peso maior que o comum e mesmo assim são mais fracos que os demais. Consequentemente, na hora do parto, a criança tem dificuldade de sair do útero da mãe, por ser maior do que normal. Além disso, normalmente eles têm problemas respiratórios, apresentam excesso de insulina e hipoglicemia. Por esses motivos, são mais propensos a serem diagnosticados com diabete tipo 2 no futuro. Fisiopatologia Do Diabetes Gestacional 69 O que ocorre é que o açúcar (glicose) do sangue da mãe entra na placenta e, como resposta a uma elevada concentração de glicose, o pâncreas do feto produz uma grande quantidade de insulina. Ao nascer, quando se corta o cordão umbilical, a glicose da mãe deixa repentinamente de passar ao R.N, mas os valores de insulina deste ainda são elevados. É então possível que as concentrações de glicose no sangue do R.N desçam rapidamente, causando hipoglicemia ao cabo de uma ou duas horas depois do parto. Consequências da diabete materna para o RN • Hiperglicemia materna desencadearia hiperglicemia fetal, estimulando o pâncreas fetal e resultando em hipertrofia das células beta com aumento dos níveis da insulina fetal. • Hipoglicemia neonatal: Com a separação do binômio mãe-feto, ao nascimento, suspenderia-se transferência de aporte glicêmico, levando à hipoglicemia neonatal. Definida como valores de glicemia sérica inferiores a 40 mg/ dl no recém-nascido de termo durante as primeiras 12 horas de vida. • Macrossomia: definida como peso ao nascimento maior que 4.000g, ou peso ao nascimento excedendo o 90° percenti1 de uma população de referência de acordo com a idade gestacional,raça e sexo. • Síndrome do Desconforto Respiratório e Asfixia: a hiperglicemia inibe a produção do Surfactante. Clinicamente, ocorrem sintomas como taquipnéia, hipoventilação e hipóxia. • Hiperbilirrubinemia Neonatal, definida como bilirrubina maior que 13 mg/dl, complica a evolução de cerca de 20% dos filhos de mãe diabética. • Policitemia Neonatal: definida como hematócrito venoso maior ou igual a 65%, ocorre em 3 a 5% dos neonatos, aumentando sua incidência para cerca de 30% nos recém- nascidos de mães diabéticas. • Distocia de ombro , fratura de clavícula; • Índice de Apgar baixo e a asfixia neonatal são também comuns. 70 Por essa razão, o parto Cesário eletivo vem sendo recomendado quando o peso fetal excede 4.250g no feto de mães diabéticas. Esta é uma recomendação que deve ser discutida com a gestante, obtendo-se o consentimento pós-informação para a decisão em relação à via de parto. Enfim, o recém-nascido de uma mulher que desenvolveu o diabetes gestacional é considerado de alto risco e, portanto deverá nascer, preferencialmente, em serviços que disponham de UTI neonatal para que possa usufruir da assistência peri-natal de que necessita. Sinais e Sintomas O diabetes neonatal foi usualmente descoberto depois dos sinais clássicos de diabetes. • Glicosúria, • Desidratação, • Dificuldade mastigatória e • Cetoacidose nos primeiros 6 meses de vida O R.N após o parto pode não apresentar nenhum sintoma de hipoglicemia, pode estar nervoso, apático, debilitado ou sonolento, pode mamar muito pouco e inclusive pode ter convulsões. Estar atentos aos seguintes sinais indicativos da síndrome de abstinência no RN: • irritabilidade, • tremores, • choro agudo, • hipertonicidade, • sucção frenética das mãos, • hiperatividade, • diminuição do sono, • sudorese, espasmos, • taquipnéia (>60min), espirros, 71 • vômitos, instabilidade da temperatura, • Controle de glicemia 30 minutos, 1 ,2, 3 e 4 horas de vida e, após, de 8/8 horas até completar 72 horas de vida, -Síndrome da Angústia respiratória do Recém Nascido Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido (SARRN) ou antigamente chamada de doença da membrana hialina) é um distúrbio decorrente da produção insuficiente de surfactante pulmonar, e da má adaptação a vida extrauterina. Para que um recém-nascido seja capaz de respirar independentemente, os alvéolos pulmonares devem ser capazes de permanecerem abertos e cheios de ar após o nascimento. Eles conseguem fazê-lo em grande parte graças a uma substância denominada surfactante. O surfactante é produzido por células dos alvéolos pulmonares e reduz a tensão superficial. Surfactante pulmonar Ele é produzido a medida que os pulmões amadurecem. Sua produçao começa na 30ª semana de gestação e é essencial que esteja sendo produzido em quantidade suficiente ao nascimento do feto, pois do contrário haverá o colabamento dos alvéolos. A SARRN ocorre em bebês com desenvolvimento pulmonar incompleto. Quanto mais prematuro o bebê, maior a probabilidade de Doença de Membrana Hialina. A gravidade da doença é inversamente proporcional à idade gestacional, ou seja, quanto maior a idade gestacional ao nascimento menor a gravidade. Cerca de 50% de incidência entre idade gestacional de 26 a 28 semanas; e 25 % entre 30 e 31 semanas. Continua, portanto, sendo o maior problema pulmonar no período neonatal. Patogenia 72 Há uma diminuição significativa da produção do surfactante e também há uma inativação do surfactante que é produzido por proteínas e líquidos presentes na via respiratória A principal consequência da menor quantidade de surfactante é o aumento da tensão superficial na interface ar - liquido, levando, então, ao aumento das forças de fechamento alveolar (colabamento alveolar). Isto leva a um colapso alveolar, diminuindo a complacência pulmonar (distensão). Temos com isto uma diminuição da oxigenação o que leva a uma vasodilatação, e com isto maior circulação pulmonar, aumentando a pressão nas artérias pulmonares. Quadro clínico O recém-nascido apresenta • taquipnéia, • gemido, • batimento de asa do nariz, • cianose, • Tiragem intercostal, • Diminuição Murmúrios vesiculares, • Aumento da necessidade de Oxigênio; • Acidose Respiratória, • Alterações fisiopatológicas; • Estes sintomas aparecem precocemente, este desconforto respiratório é progressivo nas primeiras 24 horas e tem um pico com 48 horas. Critérios diagnósticos • Prematuridade; • Desconforto respiratório precoce, até três horas de vida; • Trabalho respiratório aumentado; • Necessidade de oxigênio inalatório; 73 • Raio - X característico após 6 a 24 horas de vida; (aspecto de vidro moído). • Ausência de outras causas que causam insuficiência respiratória Tratamento • Manter temperatura, • para evitar hipotermia; • Oferta de líquidos adequadamente; • Cuidados com infecção; • Ventilação mecânica; • Terapia com surfactante exógeno; • Nutrição: por gavagem, após estabilização do quadro clínico ou parenteral. Complicações As principais complicações a curto prazo são pneumotórax, persistência do canal arterial, hemorragia intra-ventricular (causada pela ventilação mecânica)e a longo prazo broncodisplasia pulmonar. Prevenção O risco de síndrome da angústia respiratória diminui bastante quando o parto pode ser