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Gestão de 
Suprimentos
Cadeia de Suprimentos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Washington Luis Reis
Revisão Textual:
Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni
V1.1 
5
• Introdução à Logística - Cadeia de Suprimentos
• Organização, fl uxos e processos na Cadeia de Suprimentos
• Cadeia de Suprimentos e a geração de valor para os clientes
Para facilitar o seu aprendizado, desenvolveremos as seguintes atividades: 
• “Mapa Mental” – com ele você terá uma visão geral da disciplina através de uma fi gura que mostrará 
o encadeamento dos conteúdos a serem abordados, tais como o histórico e a origem da logística e sua 
evolução;
• “Contextualização” – atividade na qual você conhecerá um exemplo prático de uma cadeia de 
abastecimento e, dessa forma, entenderá como este é um processo importante no dia a dia das 
empresas;
• “Conteúdo Teórico” – aqui, você aprofundará seus conhecimentos sobre os conceitos propostos nesta 
unidade, através da leitura de textos, gráfi cos, tabelas, fi guras que contribuirão para o seu aprendizado;
• “Apresentação Narrada” – depois da leitura anterior, você poderá consolidar os conhecimentos 
ouvindo uma narração sobre os principais conceitos apresentados;
• “Sistematização” – nesta atividade, você colocará em prática os conhecimentos adquiridos;
• “Aprofundamento” – neste momento, faremos uma discussão mais aprofundada abordando os 
conceitos aprendidos na unidade;
• “Avaliação” - nesta atividade, você demonstrará os conhecimentos adquiridos através da realização 
de exercícios;
• “Material Complementar” – aqui, você encontrará indicação de materiais por meio dos quais poderá 
aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto tratado nesta disciplina. 
O objetivo desta unidade é fazermos uma introdução aos 
conceitos de cadeia de suprimentos, no que se refere à sua 
organização e ao desenvolvimento dos fl uxos e processos de 
suas atividades. Abordaremos, também, como a cadeia de 
suprimentos pode gerar valor aos produtos através do nível de 
serviço oferecido aos clientes e veremos como isso impacta os 
custos logísticos. Finalizando a unidade, mostraremos como a 
cadeia de suprimentos interage com as questões ambientais. 
Cadeia de Suprimentos
• Cadeia de Suprimentos e a questão ambiental
6
Unidade: Cadeia de Suprimentos
Contextualização
No mundo atual, as empresas precisam, cada vez mais, investir fortemente no 
atendimento que oferecem, para, dessa forma, manter e ampliar o número de clientes. 
Veremos que o objeto de estudo de nossa disciplina, a Gestão de Suprimentos, é uma 
ferramenta efi caz para a conquista e manutenção de clientes. Você pode comprovar isso 
assistindo aos vídeos indicados abaixo.
 
 Explore
A Natura é uma empresa de cosméticos e tem seu foco na venda do tipo “porta a por-
ta”, realizada por suas vendedoras. Mas, por trás disso, está toda uma estrutura logística que 
agrega muito valor aos produtos. Podemos dizer que a Natura é uma empresa que vende 
“logística” em vez de cosméticos. Veja o vídeo institucional que nos mostra a produção puxa-
da dos produtos e o sistema de armazenagem e expedição. É um verdadeiro espetáculo!
https://www.youtube.com/watch?v=H1XkDAZGrNI
Outro bom exemplo é o do atacadista Martins. Voltado para o atendimento de pequenos e médios 
varejistas, a empresa tem o foco no desenvolvimento de seus clientes. Para tanto, oferece linhas de 
crédito, rede de franquias (Smart), formação e desenvolvimento empresarial, além dos produtos. 
Veja o vídeo institucional no qual é possível observar a preocupação com o controle de custos.
http://www.youtube.com/watch?v=KCVfFqcENcs&feature=related
7
1. Introdução à Logística - Cadeia de Suprimentos
A expressão “logística” tem sua origem 
associada à construção das pirâmides na 
Antiguidade. 
E também às guerras, quando seu 
papel era o de suprir as necessidades das 
tropas, tais como alimentação, veículos, 
equipamentos, etc.
Em nosso curso, estudaremos a logística como uma 
atividade fundamental na administração das empresas. Na 
Antiguidade, as atividades econômicas eram desenvolvidas 
com o intuito apenas de garantir as necessidades de 
sobrevivência das populações locais. Os produtos de consumo, 
alimentos ou bens materiais, eram, geralmente, produzidos 
em lugares específi cos e disponibilizados em quantidades 
sufi cientes, somente em determinadas épocas do ano. Não 
havia uma ampla variedade de produção. Devido à ausência 
de uma logística integrada, as mercadorias precisavam ser 
consumidas nos pontos de coleta ou, então, transportadas, 
por meios próprios dos consumidores, para locais onde 
pudessem ser armazenadas (Ballou, 1999).
Segundo Fleury (2003), a origem das atividades logísticas 
confunde-se com o início das atividades econômicas 
organizadas. A partir do momento em que o homem passou 
a realizar a troca de excedentes da produção especializada 
e pôde contar com sistemas de transporte e armazenagem 
mais efi cientes, foram introduzidas três das mais importantes 
funções logísticas: estoque, armazenagem e transporte. O 
excesso da produção gerada e não vendida transformava-se 
em estoque, o qual precisava ser armazenado e, mais tarde, 
transportado até o local de consumo.
 Segundo Figueiredo & Arkader (1998), o processo evolutivo da Logística pode ser entendido 
a partir de 5 etapas ou eras, conforme ilustra o quadro 1, a seguir:
http://www.wikigallery.org/wiki/painting_257248/H.-
Leutemann/Construction-of-the-Pyramids
https://en.wikipedia.org/wiki/
File:Tomb_of_Nakht_(2).jpg
www.stockfreeimages.com
8
Unidade: Cadeia de Suprimentos
Quadro 1 - Etapas da logística
Fonte: adaptado de Figueiredo & Arkader (1998) pelo autor
Os conceitos logísticos começaram a se 
desenvolver no início do século XX, a “Era do 
Campo”, numa época em que prevalecia a 
economia agrária e suas atividades limitavam-
se ao transporte e à distribuição física da 
produção agrícola. 
A partir de 1940, no entanto, a Logística começou a englobar um maior 
número de atividades, relacionadas, sobretudo, com transporte (distribuição 
física) e suprimentos. Com o fi m da Segunda Guerra, as indústrias, a partir de 
sua grande capacidade de produção ociosa, começaram a produzir produtos 
específi cos para um mercado consumidor nascente e crescente. A “Era da 
Especialização” focou as empresas na produção de uma grande variedade de 
produtos (cores, modelos, acabamentos e variedades), mas sem a preocupação 
de otimizar os níveis de estoques e atender os clientes com serviços específi cos. 
A partir de 1960, na “Era da integração”, 
as empresas começaram a entender que as funções e fl uxos 
de recebimento, processamento, distribuição, marketing e 
administração não podiam acontecer de forma dissociada e que, 
para se alcançar uma maior racionalização de custos e melhoria 
no atendimento aos clientes, essas atividades deveriam ser 
desempenhadas de forma colaborativa.
A “Era do Cliente”, iniciada em 1970, fez com que as empresas focassem suas atividades 
no atendimento às necessidades dos clientes. Até então as indústrias ditavam o que seria 
produzido e oferecido, sempre buscando os interesses próprios e não os desejos do mercado. 
A partir de 1980, na “Era da Cadeia”, as 
empresas perceberam que a logística deveria ser 
entendida como uma “Cadeia de Suprimentos”, 
integrando todos os elos entre o fornecedor, 
produtor, distribuidor, varejista e cliente, de tal 
forma a racionalizar todos os fluxos dos produtos 
e, assim, disponibilizar um produto diferenciado. 
Southie3 - Flickr.com
Robert Scoble - Flickr.com
9
Percebe-se, dentro desse quadro de evolução da logística, que o mercado exigia, a 
cada dia, uma maior quantidade e variedade de produtos, de diferentes cores, tipos e 
tamanhos, capazes de satisfazer a crescente demanda dos clientes. Os níveis dos estoques 
foram crescendo e as atividades tornando-se cada vez mais complexas.Essa nova 
realidade começou a exigir uma racionalização na cadeia de suprimentos com o objetivo 
de aumentar os resultados e reduzir os custos. O combate aos estoques excessivos exigiu 
aumento das atividades de planejamento, aproximação entre fornecedores e clientes e 
o envolvimento de outros setores da empresa no planejamento logístico, que, até então, 
era centralizado na manufatura. 
Nos últimos 40 anos, alguns eventos proporcionaram grandes mudanças no cenário 
empresarial mundial e impulsionaram a importância da logística, como mostra o quadro 
2, a seguir:
Quadro 2 - Grandes mudanças
Fonte: elaborado pelo autor
Todos esses fatores obrigaram a mudança de postura das empresas e a 
otimização da gestão de suprimentos no mundo. A logística ocupa, hoje, lugar de 
destaque na administração moderna e é atribuído a ela o sucesso ou o insucesso de muitas 
organizações. Com operações efi cientes, é possível tornar-se competitivo em um mercado 
cada vez mais competitivo e globalizado. 
Sempre existiram atividades isoladas de transporte e estoque nas empresas. A 
novidade é a integração das atividades e, principalmente, a possibilidade de, por meio das 
atividades logísticas, agregar valor aos produtos e serviços. Segundo a Council of Logistics 
Management (CLM), podemos defi nir logística da seguinte forma:
10
Unidade: Cadeia de Suprimentos
Ideias Chave
Logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fl uxo efi ciente e efi caz de 
mercadorias, serviços e das informações relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, 
com o propósito de atender às exigências dos clientes.
A Logística também é chamada por outros nomes dentro das empresas, tais como: 
distribuição física, gestão de materiais, logística industrial, gestão de canais. Em nosso curso, 
trataremos a logística pelo nome de “Cadeia de Suprimentos”. Neste caso, podemos imaginar 
os setores de recebimento, depósito, produção, marketing, distribuição de uma empresa 
atuando de forma integrada com outras empresas que compõem a cadeia produtiva que defi ne 
um canal de fl uxo de produtos. Podemos imaginar, para exemplifi car este conceito, a cadeia 
produtiva automobilística, em que diversas empresas interagem para transformar o minério 
de ferro em um produto acabado, o automóvel, para os clientes, conforme ilustra o quadro 3, 
a seguir. 
Quadro 3: Cadeia automobilística
Fonte: elaborado pelo autor
São diversas as vantagens e benefícios que as empresas 
de uma cadeia de valor podem obter quando atuam 
de forma integrada. No setor de supermercados, por 
exemplo, as indústrias e as redes de loja compartilham 
informações sobre os estoques nas prateleiras e as vendas 
nos caixas, de tal forma que a reposição de produtos é 
feita de forma automática, evitando-se, assim, tanto os 
excessos como a falta de produtos. 
Outro bom exemplo são as montadoras de automóveis e os fornecedores de peças. Neste 
caso, os fornecedores comprometem-se a entregar as peças no momento em que o automóvel 
está sendo fabricado, evitando também excessos e faltas de estoques. Esta forma de operação 
é chamada de “Just in Time”, processo que sincroniza a entrega de materiais pelo fornecedor 
conforme a programação e o sequenciamento da produção, assegurando um fornecimento 
contínuo e com estoques minimizados. 
Veja mais sobre este assunto no link abaixo:
11
https://www.youtube.com/watch?v=UTWyI0965RU
Segundo Chopra (2003), pode-se defi nir a cadeia de suprimentos da seguinte forma:
Ideias Chave
Uma “Cadeia de Suprimentos” engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, 
no atendimento a um pedido de um cliente.
Podemos, então, concluir que uma “Cadeia de Suprimentos” é constituída por vários tipos 
de empresas que, juntas, buscam atender a um mercado de clientes, como mostra o quadro 
4, a seguir:
Quadro 4 - Tipos de empresas da cadeia de suprimentos
Fonte: elaborado pelo autor
E dentro dessas empresas, fazem parte dessa cadeia todas as funções envolvidas com o 
pedido do cliente, como mostra o quadro 5, a seguir:
Quadro 5: Funções envolvidas com o pedido do cliente
12
Unidade: Cadeia de Suprimentos
Fonte: elaborado pelo autor2. Organização, fl uxos e processos na Cadeia de Suprimentos
A gestão da Cadeia de Suprimentos trata da coordenação do fl uxo de produtos ao longo da 
cadeia produtiva, passando pelas várias empresas que a compõem, com o objetivo de agregar 
valor ao produto, proporcionando, dessa forma, vantagens competitivas e aumentando a 
lucratividade do setor.
A missão da gestão da Cadeia de Suprimentos e da logística empresarial é atender às 
necessidades dos clientes, disponibilizando os produtos e serviços da seguinte maneira, como 
mostra o quadro 6:
Quadro 6 - Necessidades dos clientes
Fonte: elaborado pelo autor
O sucesso da gestão da Cadeia de Suprimentos depende da integração das ações das 
empresas, através de compromissos de confi ança, compartilhamento de riscos, comportamentos 
éticos, interdependência, que deverão nortear as ações de marketing, vendas, produção, 
compras, permitindo uma continuada melhoria no fl uxo dos produtos, serviços, informações 
e garantindo, dessa forma, a satisfação dos clientes. 
A Cadeia de Suprimentos é composta por um conjunto de atividades (transporte, 
armazenagem, produção, entrega) que se repetem várias vezes nas diversas empresas 
pelas quais o fl uxo de produtos acontece. Relembrando o exemplo do minério de ferro, 
este é retirado e armazenado em uma mina, transportado por trem, navio e caminhão 
até uma siderúrgica, que faz a transformação para chapas de aço, que são armazenadas 
e transportadas por caminhão e trem até uma montadora, que fabrica veículos, que são 
armazenados e transportados por trem, navio e caminhões até uma concessionária de 
vendas, que armazena e vende os produtos para o cliente fi nal. Perceba quantas vezes as 
atividades de transporte, armazenagem e produção se repetiram. 
Podemos dizer que os produtos ou serviços percorrem a Cadeia de Suprimentos composta 
13
por fornecedores, fabricantes, distribuidores, lojistas e clientes. Podemos dizer, também, que 
em cada um desses estágios existem processos e fl uxos específi cos como mostra o quadro 7, a 
seguir:
Quadro 7 - Ciclos e estágios da cadeia de suprimentos
 Fonte: adaptado pelo autor de Chopra (2003)
Cada um dos ciclos apresentados pode ser assim defi nido:
Ciclo do pedido do cliente: neste processo, o cliente faz o 
pedido em um ponto de vendas (varejo, site da internet, etc.) e 
recebe o produto ou serviço.
Ciclo de reabastecimento: neste processo, o varejista faz o 
pedido para um distribuidor a fi m de abastecer o seu estoque.
Ciclo de fabricação: neste processo, o distribuidor faz o pedido 
para um fabricante e desencadeia o processo de produção dos 
bens e serviços.
Ciclo de suprimentos: neste processo, o fabricante abastece-
se com os seus fornecedores dos materiais necessários para a 
fabricação dos produtos.
Os processos que compõem a cadeia de abastecimento sempre existiram de forma 
desconectada nas empresas e sofreram, ao longo do tempo, uma série de integrações. O 
quadro 8, a seguir, ilustra esses processos integrados: 
14
Unidade: Cadeia de Suprimentos
Quadro 8 - Processos da cadeia de suprimentos
Fonte: elaborado pelo autor
Segundo Ballou (2006), a Cadeia de Suprimentos é composta por uma série de atividades 
que devem ser gerenciadas e podem ser divididas em “Atividades-chave” e “Atividades de 
Suporte”, apresentadas no quadro 9 a seguir:
Quadro 9 - Atividades-chave e de suporte
Fonte: adaptado pelo autor de Ballou (2006)
As “Atividades-chave” compõem o circuito crítico entre a empresa e o cliente, conforme 
mostra o quadro 10, a seguir. Nessas atividades também se concentram os maiores custos da 
Cadeia de Suprimentos, especifi camente na “Gestão do Estoques” e nos “Transportes”. Todas 
estas atividades são de fundamental importância para o bom atendimento aos clientes. A 
determinação do padrão de serviçoa ser oferecido aos clientes defi ne a agilidade e a qualidade do 
sistema logístico. O transporte permite disponibilizar o produto no local especifi cado pelo cliente. 
15
Uma boa gestão dos estoques possibilitará que o cliente tenha sempre disponíveis os produtos 
necessários sem haver faltas e nem excessos que provocam altos custos logísticos. Finalmente 
a emissão de pedidos determina as condições pactuadas entre o cliente e a empresa, tais como 
local e tempo de entrega, especifi cação e quantidade do produto e formas de pagamento. 
Através do pedido também se desencadeia toda a atividade logística, como separação dos 
produtos, carregamento e conferência das cargas e, fi nalmente, entrega. 
Quadro 10 - Atividades-chave da cadeia de suprimentos
Fonte: adaptado pelo autor de Ballou (2006)
As “Atividades de Suporte” são consideradas como de apoio às “Atividades-chave”. 
“Movimentar e Armazenar” e “Embalar” os produtos adequadamente dentro do depósito, 
com uma boa defi nição de layout, por exemplo, garantirá uma boa “Gestão dos Estoques”. 
Uma boa gestão de “Compras” permite que não haja falta de produtos nos estoques. As 
“Embalagens” também permitem um bom nível de serviço nas entregas, racionalizando os 
espaços ocupados nos veículos de transporte. Uma adequada “Programação da Produção” 
proporcionará disponibilidade de produtos aos clientes. Finalmente, um bom “Sistema de 
informações” permitirá não só uma boa gestão dos níveis de “Estoque”, evitando faltas e 
excessos, como também um adequado planejamento dos serviços de “Transporte”, roteirizando 
entregas, e um rígido controle do andamento do “Pedido”, acompanhando as etapas de 
separação, carregamento, conferência e entrega. 
3. Cadeia de Suprimentos e a geração de valor para os clientes
A importância da cadeia de suprimentos, atualmente, está ligada à geração de valor aos 
produtos para os clientes, proporcionando vantagens competitivas às empresas. De nada 
adianta a empresa possuir um produto, se não puder disponibilizá-lo no mercado. Qual seria 
o valor de uma lata de refrigerante para os torcedores que estão em um estádio de futebol, 
16
Unidade: Cadeia de Suprimentos
se nesse estádio não houvesse um vendedor para oferecê-la? As empresas podem agregar 
valor ao produto com uma boa gestão da “Cadeia de Suprimentos”. Ter o produto, 
disponibilizar o produto, embalar o produto, entregar o produto são atividades que agregam 
valor e os clientes estão dispostos a pagar por isso. Essas atividades defi nem o “Nível de 
Serviço” que será disponibilizado aos clientes e também determinam os custos da “Cadeia 
de Suprimentos”. Segundo Ballou (2006), 
Os padrões dos serviços aos clientes estabelecem a qualidade dos serviços 
e o índice de agilidade com os quais os serviços logísticos devem reagir. 
Os custos logísticos aumentam proporcionalmente ao nível do serviço 
oferecido ao cliente. Estabelecer níveis de serviço excessivos pode 
catapultar os custos logísticos para níveis insuportavelmente elevados. 
O quadro 11 ilustra essa defi nição:
Quadro 11 - Custos x serviços 
Fonte: elaborado pelo autor
 
O cliente atual percebe valor em um produto ou serviço levando em consideração sua 
qualidade e também seu preço. Mas ter o produto certo, no local desejado e no momento 
combinado, também gera, para o cliente, valor ao produto ou serviço. Os clientes desejam 
cada vez mais produtos sob medida, feitos de maneira a mais personalizada possível e que 
estejam disponíveis o mais rápido possível. Exemplos como a Dell (empresa montadora de 
computadores), que pode oferecer produtos a partir das necessidades de cada cliente, mostram 
que é possível atender a essa necessidade de mercado. Mas somente com uma boa gestão de 
estoques isso é possível, o que mostra a importância da gestão da cadeia de suprimentos.
17
Trocando Ideias
A melhoria do nível de serviço das operações agrega receitas (vendas) para as organizações assim 
como acarreta custos logísticos. A boa gestão a cadeia de suprimentos buscará o ponto ótimo nível 
de serviços x custos, onde teremos o lucro máximo.
Os custos logísticos são signifi cativos. Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), 
os custos logísticos representam 12% do PIB mundial. Os custos logísticos, no Brasil, são 
bastante elevados quando comparados, por exemplo, com os dos EUA. O quadro 12 abaixo 
mostra o quanto podemos melhorar o desempenho de nossos custos, principalmente os de 
transporte e de estoques. 
Quadro 12 - Custos logísticos Brasil x EUA
Melhor infraestrutura de nossos sistemas de transporte (estradas, portos e ferrovias), 
priorização de modais de transportes mais adequados, ferroviário em relação ao rodoviário, 
como mostra o quadro 13 abaixo, menores custos de estoque, com a redução das taxas de juros 
praticadas e melhor gestão dos estoques, com a utilização de ferramentas de planejamento e 
controle, podem contribuir para a redução desses custos. 
18
Unidade: Cadeia de Suprimentos
Quadro 13 - Matriz de modais de transporte Brasil x EUA
Fonte: instituto ILOs
 Dentro das empresas, os custos logísticos só são inferiores aos custos dos produtos, 
ou seja, das mercadorias vendidas. O quadro 14, a seguir, demonstra como esses custos 
vêm evoluindo nos últimos anos, mas deixa claro que os gestores logísticos devem buscar 
caminhos que possibilitem uma redução desses custos sem alterar o nível de serviço oferecido 
aos clientes.
Quadro 14 - Evolução dos custos logísticos nas empresas do Brasil
19
Segundo Ballou (2006), as empresas de nível internacional devem buscar desempenhos 
mínimos para atender às expectativas dos clientes e, ao mesmo tempo, garantir custos 
logísticos mínimos. O quadro 15, a seguir, apresenta os padrões de desempenho a serem 
alcançados por essas empresas:
Quadro 15 - Padrões de desempenho de empresas internacionais
Fonte: Adaptado pelo autor de Ballou (2006)
As empresas médias e pequenas estão bem longe desses desempenhos, o que mostra a 
possibilidade de melhorias.
4. Cadeia de Suprimentos e a questão ambiental
Finalmente podemos dizer que a Cadeia de Suprimentos também desempenha um papel 
importante na questão ambiental através da logística reversa. A vida de um produto não se 
encerra com a entrega ao consumidor. Os produtos apresentam defeitos, fi cam obsoletos ou 
inoperantes e devem ser devolvidos aos seus locais de origem para conserto ou descarte. O 
mesmo deve ocorrer com as embalagens dos produtos, seja por motivos legais ou para haver 
reaproveitamento. O canal logístico reverso pode utilizar o mesmo canal logístico normal ou 
pode necessitar de um projeto específi co. O volume de resíduos produzidos pela população 
mundial exige cada vez mais cuidados, o que demanda a atuação da gestão da cadeia de 
suprimentos voltada para questões como reciclagem, reaproveitamento de embalagens, 
transporte de materiais perigosos, reforma de produtos, como mostra o quadro 16, a seguir.
20
Unidade: Cadeia de Suprimentos
Quadro 16 - Logística reversa
Fonte: j2da.wordpress.com
21
Material Complementar
 Explore
Sugestão de ajuste - Custo logístico chega a 13,7% do PIB impactado pelo aumento do 
diesel e representa entrave:
https://www.jornaldocomercio.com/cadernos/jc-logistica/2022/10/869541-custo-logistico-che-
ga-a-137-do-pib-impactado-pelo-aumento-do-diesel-e-representa-entrave.html
As estratégias genéricas de Porter
http://professormarceloneves.blogspot.com/2006/11/as-estratgias-genricas-de-porter.html
A cultura dos assuntos públicos: o caso do “custo Brasil” -
https://www.scielo.br/j/rsocp/a/Xpb97zbGBQF64rHpGJ4xj6H/
22
Unidade: Cadeia de Suprimentos
Referências
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Estratégia, Planejamen-
to e Operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
CHOPRA, Sunil. Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. São Paulo: Pearson, 2003.
FARIA, Ana Cristina de. Gestão de Custos Logísticos. São Paulo: Atlas, 2010.TAYLOR, David A. Logística na Cadeia de Suprimentos uma perspectiva gerencial. São 
Paulo: Pearson Addison-Wesley, 2005.
PORTER, Michael. Vantagem Competitiva. Rio de Janeiro:Campus, 1989.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1998.
SIMONE LETICIA RAIMUNDINI ET AL. Aplicabilidade de custeio baseado em atividades 
e análise de custos em hospitais. Rausp. São Paulo, v. 41, n. 4, p. 453-465.
SCHIER, C. U. Gestão de Custos. 2.ed.rev. e ampl. e atual. – Curitiba: Ibpex, 2011.
23
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000
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Tel: (55 11) 3385-3000

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