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____GUSTAVO MENDES SARMENTO____ APG 19 ❖ REVISÃO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO: - Os órgãos internos do sistema reprodutor feminino estão localizados na porção inferior da cavidade abdominal. Desses, fazem parte: * ovários * trompas uterinas ou de Falópio * útero * vagina * vulva (lábios maiores, lábios menores, clitóris, introito vaginal e glândulas de Bartholin) * pudendo * As glândulas mamárias também são consideradas parte do sistema reprodutor feminino. - OVÁRIOS: Tem a mesma origem embriológica que os testículos. Produzem os gametas femininos (oócitos e produção de hormônios como estrogênio e progesterona) e atuam na liberação de ovócitos durante o ciclo menstrual. Anatomicamente, cada ovário é composto por uma cápsula externa, o córtex onde estão localizados os folículos ovarianos, e uma medula interna. Os folículos ovarianos passam por um processo de maturação, culminando na liberação mensal de um ovócito durante a ovulação. Além de sua função reprodutiva, os ovários estão envolvidos na regulação hormonal e na manutenção da saúde geral da mulher. - TROMPAS UTERINAS OU DE FALÓPIO: Elas conectam os ovários ao útero e desempenham um papel fundamental na fertilização. As trompas uterinas consistem em três partes principais: o infundíbulo, a ampola e o istmo. O infundíbulo possui uma extremidade alargada com projeções em forma de dedos chamadas fímbrias, que capturam o ovócito liberado durante a ovulação. A ampola é a parte mais longa e larga das trompas, onde ocorre a fertilização quando o espermatozoide encontra o ovócito. O istmo é a parte mais estreita que se conecta ao útero. As trompas uterinas são essenciais para o transporte do ovócito e do espermatozoide, bem como para fornecer um ambiente propício para a fertilização. - ÚTERO: É um órgão oco e muscular do sistema reprodutor feminino. Ele desempenha um papel central na gestação, fornecendo um ambiente seguro e nutritivo para o desenvolvimento do feto. O útero é composto por três camadas principais: o endométrio, o miométrio e o perimétrio. O endométrio é a camada interna que reveste a cavidade uterina e é responsável por receber e nutrir o óvulo fertilizado. O miométrio é a camada muscular intermediária que se contrai durante o parto para expelir o feto. O perimétrio é a camada externa que envolve o útero. O útero também está conectado às trompas uterinas, que transportam os óvulos dos ovários até o útero e são o local onde ocorre a fertilização. Durante o ciclo menstrual, o útero passa por mudanças hormonais e estruturais para preparar o endométrio para a implantação de um embrião fertilizado. Se a fertilização não ocorrer, o endométrio é eliminado durante a menstruação. -VAGINA: É um canal muscular e membranoso que se estende do colo do útero até a abertura externa, a vulva. Sua função principal é servir como canal de passagem para o fluxo menstrual, para a saída do bebê durante o parto e como receptáculo durante a relação sexual. A vagina é um órgão altamente elástico e flexível. Sua parede é composta por várias camadas, incluindo mucosa, músculos lisos e tecido conjuntivo. A flora vaginal normal é composta principalmente por lactobacilos, que ajudam a manter um ambiente ácido saudável para prevenir infecções. A saúde da vagina pode ser influenciada por fatores como hormônios, higiene pessoal e infecções. - VULVA: é a parte externa dos órgãos genitais femininos e inclui estruturas como os lábios maiores e menores, o monte púbico, o clitóris, o vestíbulo vaginal e o orifício uretral. Sua principal função é proteger as estruturas internas dos órgãos genitais femininos e desempenhar um papel importante na relação sexual e no parto. A vulva é ricamente vascularizada e inervada, sendo sensível ao toque e à estimulação sexual. Ela pode variar em tamanho, forma e cor de uma mulher para outra. - PUDENDO: É um nervo pélvico que fornece controlo motor a alguns músculos da região pélvica e sensibilidade ao períneo, esfíncteres anal e uretral externos, genitália e uretra. O nervo pudendo é o principal nervo do períneo, a região entre a bolsa escrotal e o ânus em homens e entre a vagina e o ânus em mulheres. - GLÂNDULAS MAMÁRIAS: São responsáveis pela produção e secreção de leite durante a lactação. Elas são compostas por tecido glandular e adiposo, e são sustentadas por ligamentos cooperando com a pele e os músculos subjacentes. ❖ REVER AS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ: - As alterações fisiológicas observadas na gestação decorrem, principalmente, de fatores hormonais e mecânicos, e os ajustes verificados no organismo da mulher devem ser considerados normais durante o estado gravídico, embora determinem, por vezes, pequenos sintomas que afetam a saúde da paciente. Essas adaptações visam a promoção de condições para um desenvolvimento fetal adequado e em completo equilíbrio com o organismo materno. No entanto, algumas modificações podem agravar entidades mórbidas preexistentes ou produzir sintomas que, mesmo fisiológicos, são incômodos. Para que essas modificações experimentadas pela gestante sejam mais bem compreendidas, é conveniente distingui-las em SISTÊMICAS e dos ÓRGÃOS GENITAIS: - Modificações Sistêmicas: ✓ Postura e Deambulação: - A alteração postural vai começas antes da expansão de volume do útero gestante. - Ademais, quando o útero aumenta, apoia-se à parede abdominal, e as mamas, dilatadas e engrandecidas, pesam no tórax, fazendo com que o centro de gravidade se desvie para a frente, e todo o corpo, em compensação, projeta-se para trás (involuntário). - O reflexo disso seria o aumento do ângulo dos pés da gestante fazendo com que ela tenha uma forma peculiar para se movimentar (passos curtos, andando como se fosse um ganso ou a chamada marcha anserina). - Diante disso alguns músculos que antes não eram usados, começam a ter suas funções sendo feitas de maneira exacerbada, o que gera a dor comum em gestantes. - As articulações têm uma maior flexibilidade em decorrência das alterações anatômicas causadas pela gestação. ✓ Metabolismo: - As alterações no metabolismo materno são necessárias para suprir as exigências suscitadas pelo rápido crescimento e desenvolvimento do concepto durante a gravidez. * Metabolismo glicídico: - Na gravidez, as alterações do metabolismo glicídico são notáveis, como o feto precisa de glicose o aumento na demanda dessa substância também irá aumentar no organismo da mãe, mesmo em momentos de jejum a extração da glicose continua a mesma em relação as taxas, é como se fosse um parasitismo verdadeiro, e afim de prover um suprimento ininterrupto da glicose e aminoácidos a gestante faz ajustes importantes nesse sentido, deixando de consumir indiscriminadamente a glicose e medida que a gravidez se desenvolve, seu uso periférico diminui, graças à elaboração de hormônios contrainsulares pela placenta, sendo transferida por difusão facilitada (os níveis fetais de glicose são cerca de 20 mg/dℓ inferiores aos da mãe). - A grávida exibe aumento na resistência à insulina ao fim do 2º trimestre, podendo chegar à aproximadamente 80% no termo. - Níveis elevados desses hormônios vão implicar no processo: *hormônio lactogênio placentário (hPL- 1º/2º semestre e o máx. nas 4 últimas semanas- ele usará seu efeito diabetogenico para mobilizar os lipídios na forma de ac. graxos que vão servir como fonte de energia e poupar glicose e aminoácidos que estarão disponíveis ao feto). * hormônio do crescimento placentário humano (hPGH) * adipocinas (leptina, adiponectina, fator de necrose tumoral alfa [TNF-α], interleucina [IL]-6) - A gravidez avançada caracteriza-se por mudanças em seu metabolismo no que se refere à preservação de glicose, graças à utilização dos lipídios. A liberação excessiva de ácidos graxos também ajuda a reduzir o uso da glicose materna. - A glicose e os aminoácidos são os nutrientes mais abundantes que atravessam a placenta. * Metabolismo lipídico: - A mãe tem de adaptaro seu metabolismo para fazer frente à contínua demanda fetal de nutrientes através da placenta, a fim de suprir o seu desenvolvimento. - A placenta é praticamente impermeável aos lipídios, exceto aos AGL e aos corpos cetônicos. - Existem 2 mudanças no corpo da mulher para o crescimento fetal: - Acúmulo de lipídios nos tecidos da gestante; - Hiperlipidemia gestacional; - Metabolismo do tecido adiposo materno ocorrerá pelo aumento do peso materno durante a gestação e vai corresponder ao crescimento da unidade fetoplacentária e ao acúmulo dos seus próprios tecidos, especialmente o relacionado com a elevação de lipídios nos depósitos de gordura (decorrente da lipogênese aumentada). - O acúmulo da gordura vai cessar no último trimestre da gravidez, onde o metabolismo vai ficar catabólico, pela redução do aumento da atividade lipogênica (síntese) e aumento da atividade lipolítica (quebra- onde o feto vai se beneficiar, sendo usado como combustível fetal ou para síntese de lipídios no cérebro como substratos). - É normal o aumento de triglicérides e de colesterol (aumento constante de VLDL), a partir destes índices o feto vai se beneficiar em condições de jejum, sendo usado. * Metabolismo protéico: - A concentração da maioria dos aminoácidos está reduzida na gravidez. - A albumina sofrem redução nítida, enquanto é menor a queda das gamaglobulinas. Os teores de alfa- e de betaglobulinas e os de fibrinogênio, por sua vez, ascendem. - A questão proteica tem maior importância no pré-natal. * Metabolismo hidroeletrolítico: - É uma alteração bastante notável, onde haverá a retenção de 8 a 10 litros, seja intra ou extra celular onde irá aumentar o volume plasmático e consequentemente aumentando o débito cardíaco e o fluxo plasmático renal - Haverá uma retenção de sódio que será determinada pela maior secreção de aldosterona pela suprarrenal pelo efeito natriurético da progesterona - Para conservar o sódio, quando a taxa de filtração glomerular (TFG) aumenta em torno de 50%, surge na gravidez um mecanismo compensatório representado pelo sistema renina-angiotensina e vai desencadear o hiperaldosteronismo secundário da gravidez, que é aumento da reabsorção tubular de sódio. - A diminuição da pressão oncótica do plasma é responsável pelo aumento da TFG renal observada na gravidez, além de contribuir para o desenvolvimento do edema periférico. -Os fatores responsáveis pela retenção de líquido são: * Retenção de sódio * Diminuição do limiar da sede * Redução da pressão oncótica. * Metabolismo do cálcio: - O nível de cálcio no soro é rigorosamente regulado e mantido nos limites normais pelo hormônio da paratireoide ou paratormônio (PTH) e pela vitamina D. - A absorção de cálcio no intestino dobra na gravidez, consequência também do nível duplamente elevado de vitamina D3 de origem placentária e materna renal. - O nível de PTH no soro diminui na gestação, o que é compensado pelo acréscimo do peptídio relacionado com o PTH (PTHrP) de origem fetal e placentária. - Os níveis de PTHrP de origem mamária estão significativamente elevados na lactante e são responsáveis pela desmineralização do seu esqueleto, por estímulo à reabsorção tubular renal de cálcio e por supressão do PTH. * Sistema cardiovascular : - Aumento do débito cardíaco, do volume sanguíneo, por causa principalmente do volume plasmático, da redução da resistência vascular periférica e da pressão sanguínea (aparentes ao início da gravidez, alcançam o seu máximo no 3o trimestre e fica até o parto), vão contribuir para o crescimento e desenvolvimento do feto e protegem a mãe das perdas fisiológicas de sangue no parto. - A vasodilatação periférica, o acréscimo frequência cardíaca contribui para a elevação do débito cardíaco, a elevação do volume sistólico (observado semanas depois da expansão do volume plasmático). - Com +/- 20 semanas de gestação, o útero gravídico impede o retorno venoso ao coração, quando a gestante assume a posição supina pela compressão da veia cava inferior (síndrome de hipotensão supina) - A despeito do aumento acentuado do volume sanguíneo e do débito cardíaco, há redução da pressão arterial, em virtude do decréscimo da resistência vascular periférica (PAs e PAd – 5 a 10mmHg no 2º trimestre e volta ao normal no 3º trimestre). -A pressão venosa nos membros inferiores aumenta cerca de três vezes, em virtude da compressão das veias pélvicas pelo útero, em particular na posição de pé, parada, quando há maior aprisionamento de sangue nas pernas e nas coxas. Na gravidez há tendência a hipotensão, lipotimia ortostática, edema dos membros inferiores, varicosidades e hemorroidas. - Alterações ocorrem durante o parto, quando cada contração uterina leva à autotransfusão de 300 a 500 mℓ de sangue de volta para o sistema circulatório. O débito cardíaco aumenta cerca de 35% durante as contrações e 10% nos intervalos. No período expulsivo, por ocasião dos puxos, o débito cardíaco aumenta ainda mais, cerca de 50%. A resposta simpática à dor e à ansiedade durante o parto eleva ainda mais a frequência cardíaca e a pressão arterial. * Mais relevante: Aumento FC, VS e DC e a Diminuição da PA e da RVP * Sistema sanguíneo: - A hemodiluição das hemácias é algo mais importante, pois, embora a produção de hemácias esteja elevada na gravidez, com pico de cerca de 15% em torno de 32 semanas, ela é ofuscada pela elevação de 40% do volume plasmático. Dessa maneira, os índices hematológicos dependentes do volume plasmático tendem a decrescer: contagem de hemácias, hematócrito e concentração de hemoglobina. - A gestante requer maior quantidade de ferro alimentar para suprir suas necessidades e as do feto, e, na verdade, há aumento na absorção desse elemento no intestino. - Durante a gravidez, as necessidades de ácido fólico estão aumentadas de 50 para 400 μg por dia. Pesquisas comprovam que a suplementação de ácido fólico (0,4 mg/dia) 1 mês antes da gravidez e no 1º trimestre é capaz de reduzir expressivamente os defeitos do tubo neural (DTN) e outras malformações. A suplementação universal de ácido fólico também é proposta para prevenir a anemia megaloblástica. - Os leucócitos têm a sua concentração aumentada na gestação. A concentração de plaquetas, por outro lado, exibe pequeno decréscimo. - Existem alterações importantes na coagulação sanguínea durante a gravidez e, nesse contexto, caracterizadas por estado de hipercoagulabilidade. Ocorre aumento significante de diversos fatores de coagulação, notadamente de fibrinogênio e redução da atividade fibrinolítica. * Sistema urinário: - Tanto o sistema urinário superior como o inferior sofrem diversas modificações anatômicas e fisiológicas durante a gravidez. *Modificações anatômicas: - Os rins deslocam-se para cima pelo aumento do volume uterino e aumentam de tamanho em cerca de 1 cm em virtude do acréscimo do volume vascular renal e do espaço intersticial. O útero expandido comprime os ureteres, enquanto a progesterona inibe a musculatura lisa ureteral, determinando ureteroectasia. - A dilatação do sistema urinário superior pode aumentar a estase urinária, predispondo a gestante a infecções urinárias, como a pielonefrite. - No sistema urinário inferior, a anatomia da bexiga está distorcida pela compressão direta do útero gravídico. - A bexiga é deslocada anteriormente, com expansão lateral, os níveis circulantes elevados de estrogênios que podem contribuir para a incidência elevada de incontinência urinária na gravidez. * Modificações fisiológicas: - Aumento do fluxo plasmático renal e da TFG. - Diminuição da creatinina plasmática - Hipercalciúria também é comum na gravidez pelo aumento da absorção do cálcio intestinal ( taxa de formação de cálculos renais permanece inalterada, à medida que fatores inibidores de sua produção, tais como citrato, magnésio e glicoproteínas, também estão aumentados). - A glicosúria é fisiológica.- Não há aumento no volume urinário, a frequência urinária decorre da compressão do útero gravídico na bexiga. * Sistema respiratório: - A expansão do volume sanguíneo e a vasodilatação da gravidez resultam em hiperemia e edema da mucosa do sistema respiratório superior (congestão nasal, epistaxe e alterações da voz). - A complacência da parede torácica vai diminui com o evoluir da gestação, aumentando o trabalho da respiração. - A progesterona parece desempenhar papel fundamental no estímulo do centro respiratório no sistema nervoso central. A hiperventilação da gravidez facilita as trocas gasosas nos pulmões. - Por isso temos: - FR sem alteração, Capacidade residual funcional reduzida em 20%, Hiperventilação fisiológica e Dispneia (em 60 a 70% das gestantes). * Sistema digestório: - No 1º trimestre é frequente o aparecimento de náuseas e vômitos (50 a 90% das gestantes), levando à anorexia (pode estar relacionada com níveis crescentes de gonadotrofina coriônica humana (hCG) e de estrogênios) - A gengivite no ciclo gestatório, assim como fora dele, é consequente ao acúmulo da placa bacteriana na margem gengival e caracteriza-se por eritema, sangramento e intumescimento da zona afetada, bem como extremo desconforto para a paciente. - Durante os dois primeiros trimestres, a secreção gástrica de ácidos está reduzida, explicando a menor incidência de úlcera péptica e a remissão das preexistentes. - O sistema digestório (esôfago, estômago, vesícula, intestino) permanece atônico durante toda a gestação. - Alta incidência de pirose, combinação do relaxamento do esfíncter gastresofágico ao aumento de pressão intra-abdominal condicionada pelo útero gravídico. - A atonia do cólon explica a grande frequência da constipação intestinal. - A vesícula fica hipotônica, distendida, com bile viscosa e com grande tendência de formar cálculo. * Sistema endócrino: - A glândula tireoide, onde as alterações fisiológicas são mais relevantes. - As alterações fisiológicas da tireoide na gravidez são consideráveis e podem ser confundidas com a própria doença. - O volume da tireoide materna chega a aumentar 30% no 3º trimestre, em razão da hiperplasia e da maior vascularidade. Não há bócio, pois esse aumento é fisiológico. -Os níveis da tireoxina total (T4T) aumentam 1,5x. - O nível hormônio tireoestimulante (TSH), diminui nas primeiras 12 semanas da gravidez em virtude da menor estimulação dos receptores de TSH causada pelo substancial quantidade de hCG. Após o 1º trimestre, os níveis de TSH retornam aos seus valores basais. - Função da tireoide e o feto, o T4L materno é transferido para o feto durante toda a gravidez e é importante para o desenvolvimento normal do cérebro fetal, sendo especialmente relevante antes de a tireoide fetal começar a concentrar iodo e sintetizar o hormônio da tireoide, o que ocorre por volta das 12 semanas de gravidez. * Pele e Fâneros : - Cerca de 50% das gestantes exibem estrias no abdome no decurso do último trimestre, por vezes encontradas também nos seios (estrias gravídicas ou víbices). Inicialmente vermelhas, tornam-se, mais tarde, brancas ou nacaradas, persistindo indelevelmente. - Há aumento na pigmentação da linha alva do abdome inferior (linea nigra), da vulva, das aréolas mamárias e da face (cloasma). - É comum o aparecimento de telangiectasias, a traduzirem os altos níveis estrogênicos. - É provável que o hormônio melanotrófico da hipófise atue também sobre os melanoblastos epidérmicos, acentuando a pigmentação, e o sistema nervoso autônomo influencie a formação do pigmento nas gestantes. - A hipertricose é um fenômeno fisiológico durante a gravidez (pelos na face e em outras regiões, crescimento mais acentuado dos cabelos), com unhas muito quebradiças e surgimento do eritema palmar e da hipertrofia das glândulas sudoríparas e sebáceas. - Modificação nos órgãos genitais * Mamas: -Mastalgia: primeiros sinais clínicos de gestação. Em torno da 5ª semana de gestação, tem início um processo de congestão das mamas que as torna doloridas, túrgidas e com aumento de volume. Este aumento decorre da hiperplasia de elementos glandulares com proliferação dos canais galactóforos e ramificação dos ductos mamários. - Tubérculos de Montgomery: 2º trimestre da gestação, a progesterona, os estrogênios e a prolactina acarretam a expansão dos alvéolos a partir da árvore ductal. Na 8ª semana de gestação, as aréolas primárias tornam-se mais pigmentadas, e nelas surgem projeções secundárias representadas por glândulas mamárias acessórias e glândulas sebáceas hipertrofiadas denominadas de tubérculos de Montgomery. - Rede de Haller: Com 16 semanas é possível a extração de colostro e se verifica um aumento da vascularização venosa designada de rede de Haller. - Sinal de Hunter: aumento da pigmentação dos mamilos, que torna seus limites imprecisos e forma a aréola secundária. - Estrias Gravídicas: O crescimento exagerado das mamas promove o aparecimento de estrias que resultam, provavelmente, da hiperdistensão da pele e do estiramento das fibras de colágeno. *Útero: sofre hiperplasia e hipertrofia na gravidez. Ao término da gravidez, a capacidade volumétrica uterina pode estar aumentada em cerca de 500 a 1.000 vezes e nos primeiros meses de gestação, a parede uterina torna-se mais espessa e com a evolução da gravidez, a parede uterina sofre um afinamento progressivo. *Ovários: O processo de maturação folicular cessa. O corpo lúteo que restou da ovulação mantém-se funcionante por estímulo do hormônio Gonadotrófico Coriônico (hCG) produzido pelo sinciotrofoblasto. * Vagina: Apresenta-se violácea devido à embebição gravídica. As células musculares e as papilas da mucosa vaginal se hipertrofiam. A vagina aumenta de comprimento e largura. Contrariamente, as fibras de colágeno encontram-se mais separadas, o que permite o afrouxamento do tecido conjuntivo. O aumento da vascularização e da atividade glandular resulta em aumento da secreção vaginal, que assume aspecto leitoso por conter células epiteliais descamadas. O pH vaginal torna-se mais ácido pela ação dos lactobacilos sobre o glicogênio acumulado nas paredes vaginais, com grande produção de ácido lático. * Vulva: Devido à embebição gravídica, também se encontra violácea. Os grandes lábios, os pequenos lábios e o meato uretral se hipertrofiam. ❖ ENTENDER AS TÉCNICAS DIAGNÓSTICAS DA GRAVIDEZ: - É muito importante o diagnóstico precoce da gravidez, o que tantas vezes coloca em risco o prestígio do médico. Esse diagnóstico pode ser clínico, hormonal ou ultrassonográfico. ➢ Diagnóstico clínico: - Os sintomas da gravidez são classificados em: de presunção, de probabilidade e de certeza. * Sinais de presunção: ■Quatro semanas: Amenorreia, sendo o sinal mais precoce. Em mulheres jovens, com ciclos menstruais regulares e vida sexual ativa, a ausência da menstruação pressupõe gravidez. ■Cinco semanas: Náuseas, durante o 1º trimestre da gestação, mais de 50% das mulheres sofrem de náuseas, geralmente matutinas, tendo como consequência imediata vômitos e anorexia. Outras, ao contrário, apresentam maior apetite, não sendo rara sua perversão (pica ou malácia) ou extravagância alimentar. Congestão mamária, onde as pacientes relatam que as mamas estão congestas e doloridas. Na 8ª semana, a aréola primária torna-se mais pigmentada e surgem os tubérculos de Montgomery; em torno de 16 semanas, é produzida secreção amarela (colostro), que pode ser obtida por expressão mamária correta. Além disso, o aumento da circulação venosa é comum – rede de Haller. Em torno da 20ª semana, surge a aréola secundária, que aumenta a pigmentação em volta do mamilo. ■Seis semanas: Polaciúria, onde no 2º e no 3º mês de gestação, o útero, com maior volume e em anteflexão acentuada, comprime a bexiga, levando à micção frequente, com emissão de quantidade reduzida de urina. No 2º trimestre, tal sintomatologia cessa, retornando nas duasúltimas semanas, ao insinuar a apresentação fetal. * Sinais de probabilidade: ■Seis semanas: Amenorreia, após 10 a 14 dias de atraso menstrual, considera-se provável sinal de amenorreia, o que nem sempre indica gravidez, pois esse sintoma também ocorre em diversas circunstâncias fisiológicas e patológicas. O aleitamento e a menopausa determinam amenorreia; contudo, muitas mulheres concebem durante o aleitamento ao se intercalar o ciclo ovulatório. Há pacientes que gestam sucessivamente, ano após ano, sem ter restabelecido o ciclo menstrual. A fecundação após alguns meses de amenorreia climatérica é difícil, embora não seja impossível. As amenorreias patológicas, destacam-se as de origem emocional e as vigentes durante o uso dos anovulatórios. Embora seja mais escassa, a perda sanguínea cíclica semelhante à menstruação não exclui gravidez, pois isso pode ocorrer nos primeiros meses (hemorragia de implantação ovular). Aumento do volume uterino, onde o toque combinado infere as alterações que a gravidez imprime ao útero. ■Oito semanas: Alteração da consistência uterina, o útero vazio é firme; na gravidez, com 8 semanas, adquire consistência cística, elástico-pastosa, principalmente no istmo (sinal de Hegar -o amolecimento intenso dessa região faz parecer que o corpo está separado do colo). Alteração do formato uterino, inicialmente, o útero cresce de modo assimétrico, desenvolvendo-se mais acentuadamente na zona de implantação. A sensação tátil é de abaulamento e amolecimento no local, sendo possível notar, eventualmente, sulco separando as duas regiões (sinal de Piskacek). Na ausência de gravidez, em geral, os fundos de saco estão vazios; a partir de 8 semanas, quando a matriz de piriforme assume o formato globoso, o dedo que examina os encontra ocupados pelo corpo uterino (sinal de Nobile-Budin). Há percepção dos batimentos do pulso vaginal nos fundos de saco (sinal de Osiander) devido à hipertrofia do sistema vascular. O procedimento do toque é completado pelo exame especular, que poderá precedê-lo de acordo com a rotina estabelecida. Ao entreabrir a vulva, destaca-se a coloração violácea da sua mucosa (vestíbulo e meato uretral), denominada sinal de Jacquemier ou de Chadwick; a mesma tonalidade da mucosa vaginal constitui o sinal de Kluge. ■Dezesseis semanas: Aumento do volume abdominal, o útero torna-se palpável com 12 semanas, e nota- se o aumento do volume abdominal progressivo em torno de 16 semanas. Sinais de certeza, são dados pela existência do concepto, anunciada pelos batimentos cardiofetais (BCF) e pela sua movimentação ativa; a ultrassonografia é capaz de rastreá-los com 7 a 8 semanas. ■Catorze semanas: Sinal de Puzos, Trata-se do rechaço fetal intrauterino, que se obtém ao impulsionar o feto com os dedos dispostos no fundo de saco anterior. Dessa maneira, ocorre impressão de rechaço quando o concepto se afasta e quando ele retorna. ■Dezoito semanas: Percepção e palpação dos movimentos ativos do feto, inicialmente discretos, tornam- se vigorosos com o evoluir da gestação. Palpação dos segmentos fetais, nesse período, o volume do feto é maior, e começa-se a palpar cabeça e membros. ■Vinte semanas: Auscultação, trata-se da identificação dos batimentos cardiofetais (BCF), o mais fidedigno dos sinais de gravidez. Sua comprovação, com o estetoscópio de Pinard, atualmente é obtida com sonar-Doppler. ➢ Diagnóstico hormonal: - Constitui, atualmente, o melhor parâmetro para o diagnóstico de gravidez incipiente, em função de sua precocidade e exatidão. Apoia-se na produção de gonadotrofina coriônica humana (hCG) pelo ovo. Uma semana após a fertilização, o trofoblasto, implantado no endométrio, começa a produzir hCG em quantidades crescentes, que podem ser encontradas no plasma ou na urina maternos. Há basicamente três tipos de testes para a identificação de hCG: - Imunológico, - Radioimunológico (RIA) - Enzima-imunoensaio (ELISA). * Testes imunológicos: A hCG é uma proteína e, como tal, induz à formação de anticorpos (antissoro) em outros animais (p. ex., coelho). O antissoro é utilizado para identificar hormônios na urina a ser examinada, embora seja necessário tornar visível a reação; isso é possível, basicamente, com hemácias ou partículas de látex (observar se a urina está bastante concentrada, a fim de melhorar a sensibilidade dos testes). ▶ Prova de inibição da aglutinação do látex: Denominado teste de lâmina, é de leitura rápida, com duração de poucos minutos. Apresenta dois inconvenientes: a imagem do resultado pode ser discutível e a sensibilidade é menor (1.500 a 3.500 UI/ℓ). ▶ Prova de inibição da hemaglutinação: Chamada teste de tubo, oferece leituras em 2 h, raramente de interpretação duvidosa, e com mais sensibilidade (750 a 1.000 UI/ℓ). Recentemente, foi lançada uma variante, na qual o antissoro (e não as hemácias) tem a hCG ligada, o que inverte a imagem dos resultados. Denomina-se hemaglutinação passiva reversa, utiliza dois anticorpos monoclonais (camundongo) e oferece sensibilidade desde o nível de 75 UI/ℓ. - Na prática, para que o exame seja realizado, aconselha-se que o atraso menstrual ultrapasse 10 a 14 dias. Assim, a prova de inibição da hemaglutinação oferece sensibilidade de 97 a 99%. * Testes radioimunológicos: consistem na dosagem de hCG por método radioimunológico (RIA), com base na competição do hormônio em questão com traçador adequado (o próprio hormônio marcado com radioiodo), conforme a quantidade fixa de antissoro. A dificuldade nesse procedimento é a reação cruzada com LH hipofisário, que é corrigida ao se fazer a dosagem da subunidade beta da hCG, mais específica e, atualmente, a única de uso corrente. A dosagem de β-hCG tem sensibilidade de 5 mUI/mℓ. Os resultados são obtidos em aproximadamente 4 h, o que torna possível aos laboratórios especializados o fornecimento de duas séries por dia. * Teste ELISA: apresenta a mesma base teórica do RIA; contudo, substitui o hormônio marcado com radioiodo por enzima, capaz de atuar sobre um substrato incolor e originar produto colorido. A intensidade da cor obtida é proporcional à quantidade de hormônio. Sua principal vantagem é o maior tempo de vida útil, pois não contém radioisótopos (de atividade limitada). Para dosar a β-hCG, sua sensibilidade é de 25 mUI/mℓ. ▶Sangue versus urina: Com a urina (teste de farmácia), espera-se diagnóstico positivo pelo menos 1 dia antes da amenorreia; com o sangue, pelo menos 7. A dosagem de hCG na urina é apenas qualitativa. Aconselha-se que o teste de farmácia seja realizado utilizando-se a primeira urina da manhã. ➢ Diagnóstico ultrassonográfico: - Com 4 a 5 semanas, na parte superior do útero, começa a aparecer formação arredondada, anelar, de contornos nítidos, que corresponde à estrutura ovular, denominada, em ultrassonografia, saco gestacional (SG). A partir de 5 semanas, é possível visualizar a vesícula vitelina (VV) e, com 6 semanas, o eco embrionário e a sua pulsação cardíaca (BCF). - Em torno de 10 a 12 semanas, nota-se espessamento no SG, que representa a placenta em desenvolvimento e seu local de implantação no útero. Com 12 semanas, a placenta pode ser facilmente identificada e apresenta estrutura definida com 16 semanas. ❖ CONHECER OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: TABELINHA: - Também conhecida como método do calendário ou método de Ogino-Knaus, é um método contraceptivo baseado no conhecimento do ciclo menstrual da mulher evitando relações sexuais durante o período fértil da mulher para prevenir a gravidez. - Não é tão eficaz quanto outros métodos contraceptivos e não protege contra DSTs e pode ser menos confiável em mulheres com ciclos menstruais irregulares. MÉTODO DA OVULAÇÃO OU DO MUCO CERVICAL (MÉTODO BILLINGS): -É uma técnica natural de planejamento familiar que se baseia na observação das mudanças no muco cervical ao longo do ciclo menstrual da mulher. - Observação do Muco Cervical: Durante o ciclo menstrual, o muco cervical mudaem consistência e quantidade de acordo com as flutuações hormonais. No início do ciclo, o muco é geralmente escasso, espesso e opaco. Conforme a ovulação se aproxima, o muco se torna mais abundante, claro, elástico e escorregadio, semelhante à clara de ovo crua. - Identificação dos Dias Férteis: A presença de muco cervical fértil indica que a ovulação está próxima ou ocorrendo. Portanto, os dias de maior fertilidade são identificados observando o muco cervical. Geralmente, os dias mais férteis são os dias em que o muco é claro, elástico e abundante. - Abstinência ou Uso de Métodos de Barreira: Durante os dias férteis identificados pelo método, o casal pode optar por abster-se de relações sexuais ou usar métodos de barreira, como preservativos, para evitar a gravidez. - Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e pode ser menos eficaz para mulheres com ciclos menstruais irregulares ou que têm dificuldade em interpretar as mudanças em seu muco cervical. TEMPERATURA (MÉTODO DE OGINO-KNAUSS): - É um método natural de planejamento familiar que se baseia na observação e registro diário da temperatura basal do corpo da mulher. - Antes da ovulação, devido à influência do hormônio progesterona, a Temperatura Basal do Corpo (TBC) tende a aumentar ligeiramente (geralmente cerca de 0,3 a 0,6 graus Celsius). Portanto, os dias mais férteis são identificados observando-se um aumento constante e sustentado da TBC, que ocorre após a ovulação. - A mulher deve registrar sua TBC diariamente, preferencialmente no mesmo horário todas as manhãs, usando um termômetro basal específico. - Menos confiável para mulheres com ciclos menstruais irregulares ou que têm dificuldade em registrar consistentemente sua TBC. Além disso, outros fatores, como doença, estresse, sono inadequado e consumo de álcool, podem afetar a precisão dos resultados. COITO INTERROMPIDO: -É uma prática contraceptiva na qual o homem retira o pênis da vagina da parceira antes da ejaculação, como forma de evitar a gravidez, funciona evitando que o esperma entre na vagina da mulher durante a ejaculação, impedindo assim a fertilização do óvulo. No entanto, pode haver liberação de pequenas quantidades de fluido pré-ejaculatório que contêm espermatozoides, o que pode levar à gravidez. - Não adequado para todos os casais e pode não oferecer proteção adequada contra gravidez ou DSTs. Portanto, é importante que os indivíduos explorem várias opções contraceptivas e tomem decisões informadas com base em suas necessidades e circunstâncias pessoais. CAMISINHA, CONDOM OU PRESERVATIVO: - É uma barreira de látex, poliuretano ou poliisopreno usada durante a relação sexual para prevenir a gravidez e proteger contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). - É uma barreira física entre o pênis e a vagina, impedindo que o esperma entre no corpo da parceira durante a ejaculação. Além disso, também protege contra o contato direto com secreções genitais, reduzindo o risco de transmissão de DSTs. - Camisinhas masculinas são usadas pelo homem e colocadas sobre o pênis ereto antes da relação sexual. - As camisinhas femininas são inseridas na vagina antes da relação sexual. - As camisinhas são altamente eficazes na prevenção da gravidez e na redução do risco de DSTs. - Estudos mostram que a taxa de falha da camisinha é baixa, com cerca de 2% de chance de gravidez com uso perfeito e 18% com uso típico. ESPERMICIDAS: - Produtos químicos projetados para matar ou incapacitar os espermatozoides, sendo utilizados como método contraceptivo. - Eles podem conter substâncias químicas que destroem a membrana celular dos espermatozoides, tornando-os incapazes de fertilizar um óvulo. Além disso, alguns espermicidas também formam uma barreira física que impede a entrada dos espermatozoides no útero. - Existem diferentes tipos de espermicidas disponíveis, incluindo: - Espumas - Supositórios - Géis - Filmes - Cremes - Os ingredientes comuns encontrados nos espermicidas incluem nonoxinol-9, octoxinol-9, benzocaína e ácido láctico. - São menos eficazes quando usados isoladamente e têm uma taxa de falha mais alta do que outros métodos contraceptivos, como pílulas anticoncepcionais ou preservativos. A eficácia dos espermicidas pode variar de cerca de 70% a 85% quando usados corretamente e de forma consistente. DIAFRAGMA: - Método contraceptivo de barreira projetado para cobrir o colo do útero e impedir a passagem dos espermatozoides em direção ao útero. - É uma cúpula flexível feita de silicone ou látex, com uma borda flexível que se encaixa ao redor do colo do útero. Ele é inserido na vagina antes da relação sexual e funciona bloqueando a entrada dos espermatozoides no útero. - É necessário aplicar uma quantidade adequada de espermicida no interior do diafragma antes da inserção. Em seguida, o diafragma é dobrado e inserido na vagina, onde se abre e cobre o colo do útero. - Deve ser deixado no lugar por pelo menos seis horas após a relação sexual, mas não mais do que 24 horas. Durante esse tempo, é importante não remover o diafragma, pois isso pode diminuir sua eficácia. - Oferece uma opção não hormonal para mulheres que desejam prevenir a gravidez. É importante usar o diafragma corretamente e em conjunto com espermicida para garantir sua eficácia máxima e considerar o uso de preservativos para proteção adicional contra DSTs. DIU (DISPOSITIVO INTRAUTERINO): - É um método contraceptivo de longa duração e reversível, frequentemente feito de plástico ou metal, que é inserido no útero para prevenir a gravidez. - Existem dois tipos principais de DIU: - DIU de cobre: libera íons de cobre que são tóxicos para os espermatozoides - DIU hormonal: libera pequenas quantidades de progestina, que alteram o muco cervical e a espessura do revestimento uterino para prevenir a gravidez. - Impede a fertilização, mas também pode tornar o útero um ambiente menos favorável para a implantação de um óvulo fertilizado. - Efeitos que duram entre três e dez anos, dependendo do tipo de DIU utilizado. Após esse período, o DIU deve ser removido e substituído se a pessoa desejar continuar usando esse método contraceptivo. - Não oferece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (DSTs). Portanto, se houver risco de exposição a DSTs, é importante usar preservativos em conjunto com o DIU. - Tem cólicas, sangramento irregular, dor durante a relação sexual e aumento das secreções vaginais. - Altamente eficaz e conveniente para prevenir a gravidez. PÍLULA ANTICONCEPCIONAL: IMPLANTES SUBDÉRMICOS: NORPLANT: - É um tipo de implante subdérmico contraceptivo que consiste em pequenos bastões flexíveis do tamanho de um fósforo, contendo o hormônio progestina. -Atua liberando continuamente progestina no organismo, que inibe a ovulação, espessa o muco cervical e altera o revestimento uterino, prevenindo a gravidez. - É altamente eficaz na prevenção da gravidez, com uma taxa de falha de menos de 1% quando usado corretamente. No entanto, a eficácia pode diminuir se os bastões não forem substituídos no prazo de cinco anos. - Possui irregularidades menstruais, como sangramento irregular, ausência de menstruação e amenorreia. Além disso, podem ocorrer efeitos colaterais como dor no local da inserção, dor de cabeça, acne, alterações de humor e aumento do peso. ❖ GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A gravidez na adolescência é um fenômeno complexo que apresenta tanto desafios quanto aspectos positivos, dependendo do contexto social e das percepções individuais das adolescentes. Embora seja associada a riscos para a saúde e para o desenvolvimento das jovens e de seus bebês, como interrupção da escolaridade e limitações nas oportunidades de vida, tambémpode ser vista como uma forma de buscar identidade e reconhecimento social. Nas camadas sociais mais favorecidas, os impactos negativos tendem a ser menores devido a recursos disponíveis para lidar com a situação, enquanto nas camadas menos privilegiadas, a maternidade precoce pode representar uma das poucas alternativas de projeto de vida. Portanto, é necessário evitar juízos de valor simplistas sobre a gravidez na adolescência, reconhecendo que ela pode ter significados diferentes para cada adolescente e que pode fazer parte dos diversos modos de vivenciar a adolescência, mesmo que isso acarrete desafios e consequências negativas em alguns casos. REFERENCIAS: - REZENDE - CARTILHA DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS DO GOVERNO FEDERAL E COMPLEMENTADO COM O DO GOVERNO DA BAHIA - ARTIGO DA UFMG SOBRE A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA.