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____GUSTAVO MENDES SARMENTO____ 
APG 19 
❖ REVISÃO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO: 
- Os órgãos internos do sistema reprodutor feminino estão localizados na porção inferior da cavidade 
abdominal. Desses, fazem parte: 
 * ovários 
 * trompas uterinas ou de Falópio 
 * útero 
 * vagina 
 * vulva (lábios maiores, lábios menores, clitóris, introito vaginal e glândulas de Bartholin) 
 * pudendo 
* As glândulas mamárias também são consideradas parte do sistema reprodutor feminino. 
- OVÁRIOS: Tem a mesma origem embriológica que os testículos. Produzem os gametas femininos 
(oócitos e produção de hormônios como estrogênio e progesterona) e atuam na liberação de ovócitos 
durante o ciclo menstrual. Anatomicamente, cada ovário é composto por uma cápsula externa, o córtex 
onde estão localizados os folículos ovarianos, e uma medula interna. Os folículos ovarianos passam por 
um processo de maturação, culminando na liberação mensal de um ovócito durante a ovulação. Além de 
sua função reprodutiva, os ovários estão envolvidos na regulação hormonal e na manutenção da saúde 
geral da mulher. 
- TROMPAS UTERINAS OU DE FALÓPIO: Elas conectam os ovários ao útero e desempenham um papel 
fundamental na fertilização. As trompas uterinas consistem em três partes principais: o infundíbulo, a 
ampola e o istmo. O infundíbulo possui uma extremidade alargada com projeções em forma de dedos 
chamadas fímbrias, que capturam o ovócito liberado durante a ovulação. A ampola é a parte mais longa 
e larga das trompas, onde ocorre a fertilização quando o espermatozoide encontra o ovócito. O istmo é a 
parte mais estreita que se conecta ao útero. As trompas uterinas são essenciais para o transporte do 
ovócito e do espermatozoide, bem como para fornecer um ambiente propício para a fertilização. 
- ÚTERO: É um órgão oco e muscular do sistema reprodutor feminino. Ele desempenha um papel central 
na gestação, fornecendo um ambiente seguro e nutritivo para o desenvolvimento do feto. O útero é 
composto por três camadas principais: o endométrio, o miométrio e o perimétrio. O endométrio é a 
camada interna que reveste a cavidade uterina e é responsável por receber e nutrir o óvulo fertilizado. O 
miométrio é a camada muscular intermediária que se contrai durante o parto para expelir o feto. O 
perimétrio é a camada externa que envolve o útero. O útero também está conectado às trompas uterinas, 
que transportam os óvulos dos ovários até o útero e são o local onde ocorre a fertilização. Durante o ciclo 
menstrual, o útero passa por mudanças hormonais e estruturais para preparar o endométrio para a 
implantação de um embrião fertilizado. Se a fertilização não ocorrer, o endométrio é eliminado durante a 
menstruação. 
-VAGINA: É um canal muscular e membranoso que se estende do colo do útero até a abertura externa, a 
vulva. Sua função principal é servir como canal de passagem para o fluxo menstrual, para a saída do bebê 
durante o parto e como receptáculo durante a relação sexual. A vagina é um órgão altamente elástico e 
flexível. Sua parede é composta por várias camadas, incluindo mucosa, músculos lisos e tecido 
conjuntivo. A flora vaginal normal é composta principalmente por lactobacilos, que ajudam a manter um 
ambiente ácido saudável para prevenir infecções. A saúde da vagina pode ser influenciada por fatores 
como hormônios, higiene pessoal e infecções. 
- VULVA: é a parte externa dos órgãos genitais femininos e inclui estruturas como os lábios maiores e 
menores, o monte púbico, o clitóris, o vestíbulo vaginal e o orifício uretral. Sua principal função é proteger 
as estruturas internas dos órgãos genitais femininos e desempenhar um papel importante na relação 
sexual e no parto. A vulva é ricamente vascularizada e inervada, sendo sensível ao toque e à estimulação 
sexual. Ela pode variar em tamanho, forma e cor de uma mulher para outra. 
- PUDENDO: É um nervo pélvico que fornece controlo motor a alguns músculos da região pélvica e 
sensibilidade ao períneo, esfíncteres anal e uretral externos, genitália e uretra. O nervo pudendo é o 
principal nervo do períneo, a região entre a bolsa escrotal e o ânus em homens e entre a vagina e o ânus 
em mulheres. 
- GLÂNDULAS MAMÁRIAS: São responsáveis pela produção e secreção de leite durante a lactação. Elas 
são compostas por tecido glandular e adiposo, e são sustentadas por ligamentos cooperando com a pele 
e os músculos subjacentes. 
 
 
❖ REVER AS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ: 
- As alterações fisiológicas observadas na gestação decorrem, principalmente, de fatores hormonais e 
mecânicos, e os ajustes verificados no organismo da mulher devem ser considerados normais durante o 
estado gravídico, embora determinem, por vezes, pequenos sintomas que afetam a saúde da paciente. 
Essas adaptações visam a promoção de condições para um desenvolvimento fetal adequado e em 
completo equilíbrio com o organismo materno. No entanto, algumas modificações podem agravar 
entidades mórbidas preexistentes ou produzir sintomas que, mesmo fisiológicos, são incômodos. Para 
que essas modificações experimentadas pela gestante sejam mais bem compreendidas, é conveniente 
distingui-las em SISTÊMICAS e dos ÓRGÃOS GENITAIS: 
- Modificações Sistêmicas: 
✓ Postura e Deambulação: 
- A alteração postural vai começas antes da expansão de volume do útero gestante. 
- Ademais, quando o útero aumenta, apoia-se à parede abdominal, e as mamas, dilatadas e 
engrandecidas, pesam no tórax, fazendo com que o centro de gravidade se desvie para a frente, e todo 
o corpo, em compensação, projeta-se para trás (involuntário). 
- O reflexo disso seria o aumento do ângulo dos pés da gestante fazendo com que ela tenha uma forma 
peculiar para se movimentar (passos curtos, andando como se fosse um ganso ou a chamada marcha 
anserina). 
- Diante disso alguns músculos que antes não eram usados, começam a ter suas funções sendo feitas 
de maneira exacerbada, o que gera a dor comum em gestantes. 
- As articulações têm uma maior flexibilidade em decorrência das alterações anatômicas causadas 
pela gestação. 
 
✓ Metabolismo: 
- As alterações no metabolismo materno são necessárias para suprir as exigências suscitadas pelo 
rápido crescimento e desenvolvimento do concepto durante a gravidez. 
* Metabolismo glicídico: 
- Na gravidez, as alterações do metabolismo glicídico são notáveis, como o feto precisa de glicose o 
aumento na demanda dessa substância também irá aumentar no organismo da mãe, mesmo em 
momentos de jejum a extração da glicose continua a mesma em relação as taxas, é como se fosse um 
parasitismo verdadeiro, e afim de prover um suprimento ininterrupto da glicose e aminoácidos a 
gestante faz ajustes importantes nesse sentido, deixando de consumir indiscriminadamente a glicose 
e medida que a gravidez se desenvolve, seu uso periférico diminui, graças à elaboração de hormônios 
contrainsulares pela placenta, sendo transferida por difusão facilitada (os níveis fetais de glicose são 
cerca de 20 mg/dℓ inferiores aos da mãe). 
- A grávida exibe aumento na resistência à insulina ao fim do 2º trimestre, podendo chegar à 
aproximadamente 80% no termo. 
- Níveis elevados desses hormônios vão implicar no processo: 
 *hormônio lactogênio placentário (hPL- 1º/2º semestre e o máx. nas 4 últimas semanas- ele usará 
seu efeito diabetogenico para mobilizar os lipídios na forma de ac. graxos que vão servir como fonte 
de energia e poupar glicose e aminoácidos que estarão disponíveis ao feto). 
 * hormônio do crescimento placentário humano (hPGH) 
 * adipocinas (leptina, adiponectina, fator de necrose tumoral alfa [TNF-α], interleucina [IL]-6) 
- A gravidez avançada caracteriza-se por mudanças em seu metabolismo no que se refere à 
preservação de glicose, graças à utilização dos lipídios. A liberação excessiva de ácidos graxos 
também ajuda a reduzir o uso da glicose materna. 
- A glicose e os aminoácidos são os nutrientes mais abundantes que atravessam a placenta. 
* Metabolismo lipídico: 
- A mãe tem de adaptaro seu metabolismo para fazer frente à contínua demanda fetal de nutrientes 
através da placenta, a fim de suprir o seu desenvolvimento. 
- A placenta é praticamente impermeável aos lipídios, exceto aos AGL e aos corpos cetônicos. 
- Existem 2 mudanças no corpo da mulher para o crescimento fetal: 
 - Acúmulo de lipídios nos tecidos da gestante; 
 - Hiperlipidemia gestacional; 
- Metabolismo do tecido adiposo materno ocorrerá pelo aumento do peso materno durante a gestação 
e vai corresponder ao crescimento da unidade fetoplacentária e ao acúmulo dos seus próprios 
tecidos, especialmente o relacionado com a elevação de lipídios nos depósitos de gordura 
(decorrente da lipogênese aumentada). 
- O acúmulo da gordura vai cessar no último trimestre da gravidez, onde o metabolismo vai ficar 
catabólico, pela redução do aumento da atividade lipogênica (síntese) e aumento da atividade 
lipolítica (quebra- onde o feto vai se beneficiar, sendo usado como combustível fetal ou para síntese 
de lipídios no cérebro como substratos). 
- É normal o aumento de triglicérides e de colesterol (aumento constante de VLDL), a partir destes 
índices o feto vai se beneficiar em condições de jejum, sendo usado. 
* Metabolismo protéico: 
- A concentração da maioria dos aminoácidos está reduzida na gravidez. 
- A albumina sofrem redução nítida, enquanto é menor a queda das gamaglobulinas. Os teores de alfa- 
e de betaglobulinas e os de fibrinogênio, por sua vez, ascendem. 
- A questão proteica tem maior importância no pré-natal. 
* Metabolismo hidroeletrolítico: 
- É uma alteração bastante notável, onde haverá a retenção de 8 a 10 litros, seja intra ou extra celular 
onde irá aumentar o volume plasmático e consequentemente aumentando o débito cardíaco e o fluxo 
plasmático renal 
- Haverá uma retenção de sódio que será determinada pela maior secreção de aldosterona pela 
suprarrenal pelo efeito natriurético da progesterona 
- Para conservar o sódio, quando a taxa de filtração glomerular (TFG) aumenta em torno de 50%, surge 
na gravidez um mecanismo compensatório representado pelo sistema renina-angiotensina e vai 
desencadear o hiperaldosteronismo secundário da gravidez, que é aumento da reabsorção tubular de 
sódio. 
- A diminuição da pressão oncótica do plasma é responsável pelo aumento da TFG renal observada na 
gravidez, além de contribuir para o desenvolvimento do edema periférico. 
-Os fatores responsáveis pela retenção de líquido são: 
 * Retenção de sódio 
 * Diminuição do limiar da sede 
 * Redução da pressão oncótica. 
* Metabolismo do cálcio: 
- O nível de cálcio no soro é rigorosamente regulado e mantido nos limites normais pelo hormônio da 
paratireoide ou paratormônio (PTH) e pela vitamina D. 
- A absorção de cálcio no intestino dobra na gravidez, consequência também do nível duplamente elevado 
de vitamina D3 de origem placentária e materna renal. 
- O nível de PTH no soro diminui na gestação, o que é compensado pelo acréscimo do peptídio relacionado 
com o PTH (PTHrP) de origem fetal e placentária. 
- Os níveis de PTHrP de origem mamária estão significativamente elevados na lactante e são responsáveis 
pela desmineralização do seu esqueleto, por estímulo à reabsorção tubular renal de cálcio e por 
supressão do PTH. 
* Sistema cardiovascular : 
- Aumento do débito cardíaco, do volume sanguíneo, por causa principalmente do volume plasmático, da 
redução da resistência vascular periférica e da pressão sanguínea (aparentes ao início da gravidez, 
alcançam o seu máximo no 3o trimestre e fica até o parto), vão contribuir para o crescimento e 
desenvolvimento do feto e protegem a mãe das perdas fisiológicas de sangue no parto. 
- A vasodilatação periférica, o acréscimo frequência cardíaca contribui para a elevação do débito 
cardíaco, a elevação do volume sistólico (observado semanas depois da expansão do volume 
plasmático). 
- Com +/- 20 semanas de gestação, o útero gravídico impede o retorno venoso ao coração, quando a 
gestante assume a posição supina pela compressão da veia cava inferior (síndrome de hipotensão supina) 
- A despeito do aumento acentuado do volume sanguíneo e do débito cardíaco, há redução da pressão 
arterial, em virtude do decréscimo da resistência vascular periférica (PAs e PAd – 5 a 10mmHg no 2º 
trimestre e volta ao normal no 3º trimestre). 
-A pressão venosa nos membros inferiores aumenta cerca de três vezes, em virtude da compressão das 
veias pélvicas pelo útero, em particular na posição de pé, parada, quando há maior aprisionamento de 
sangue nas pernas e nas coxas. Na gravidez há tendência a hipotensão, lipotimia ortostática, edema dos 
membros inferiores, varicosidades e hemorroidas. 
- Alterações ocorrem durante o parto, quando cada contração uterina leva à autotransfusão de 300 a 500 
mℓ de sangue de volta para o sistema circulatório. O débito cardíaco aumenta cerca de 35% durante as 
contrações e 10% nos intervalos. No período expulsivo, por ocasião 
dos puxos, o débito cardíaco aumenta ainda mais, cerca de 50%. A 
resposta simpática à dor e à ansiedade durante o parto eleva ainda 
mais a frequência cardíaca e a pressão arterial. 
* Mais relevante: Aumento FC, VS e DC e a Diminuição da PA e da 
RVP 
* Sistema sanguíneo: 
- A hemodiluição das hemácias é algo mais importante, pois, embora a produção de hemácias esteja 
elevada na gravidez, com pico de cerca de 15% em torno de 32 semanas, ela é ofuscada pela elevação 
de 40% do volume plasmático. Dessa maneira, os índices hematológicos dependentes do volume 
plasmático tendem a decrescer: contagem de hemácias, hematócrito e concentração de hemoglobina. 
- A gestante requer maior quantidade de ferro alimentar para suprir suas necessidades e as do feto, e, na 
verdade, há aumento na absorção desse elemento no intestino. 
- Durante a gravidez, as necessidades de ácido fólico estão aumentadas de 50 para 400 μg por dia. 
Pesquisas comprovam que a suplementação de ácido fólico (0,4 mg/dia) 1 mês antes da gravidez e no 1º 
trimestre é capaz de reduzir expressivamente os defeitos do tubo neural (DTN) e outras malformações. A 
suplementação universal de ácido fólico também é proposta para prevenir a anemia megaloblástica. 
- Os leucócitos têm a sua concentração aumentada na gestação. A concentração de plaquetas, por 
outro lado, exibe pequeno decréscimo. 
- Existem alterações importantes na coagulação sanguínea durante a gravidez e, nesse contexto, 
caracterizadas por estado de hipercoagulabilidade. Ocorre aumento significante de diversos fatores de 
coagulação, notadamente de fibrinogênio e redução da atividade fibrinolítica. 
* Sistema urinário: 
- Tanto o sistema urinário superior como o inferior sofrem diversas modificações anatômicas e fisiológicas 
durante a gravidez. 
*Modificações anatômicas: 
- Os rins deslocam-se para cima pelo aumento do volume uterino e aumentam de tamanho em 
cerca de 1 cm em virtude do acréscimo do volume vascular renal e do espaço intersticial. O útero 
expandido comprime os ureteres, enquanto a progesterona inibe a musculatura lisa ureteral, 
determinando ureteroectasia. 
- A dilatação do sistema urinário superior pode aumentar a estase urinária, predispondo a gestante 
a infecções urinárias, como a pielonefrite. 
- No sistema urinário inferior, a anatomia da bexiga está distorcida pela compressão direta do útero 
gravídico. 
- A bexiga é deslocada anteriormente, com expansão lateral, os níveis circulantes elevados de 
estrogênios que podem contribuir para a incidência elevada de incontinência urinária na gravidez. 
* Modificações fisiológicas: 
- Aumento do fluxo plasmático renal e da TFG. 
- Diminuição da creatinina plasmática 
- Hipercalciúria também é comum na gravidez pelo aumento da absorção do cálcio intestinal ( taxa 
de formação de cálculos renais permanece inalterada, à medida que fatores inibidores de sua 
produção, tais como citrato, magnésio e glicoproteínas, também estão aumentados). 
- A glicosúria é fisiológica.- Não há aumento no volume urinário, a frequência urinária decorre da compressão do útero 
gravídico na bexiga. 
* Sistema respiratório: 
- A expansão do volume sanguíneo e a vasodilatação da gravidez resultam em hiperemia e edema da 
mucosa do sistema respiratório superior (congestão nasal, epistaxe e alterações da voz). 
- A complacência da parede torácica vai diminui com o evoluir da gestação, aumentando o trabalho da 
respiração. 
- A progesterona parece desempenhar papel fundamental no estímulo do centro respiratório no sistema 
nervoso central. A hiperventilação da gravidez facilita as trocas gasosas nos pulmões. 
- Por isso temos: 
 - FR sem alteração, Capacidade residual funcional reduzida em 20%, 
 Hiperventilação fisiológica e Dispneia (em 60 a 70% das gestantes). 
 
* Sistema digestório: 
- No 1º trimestre é frequente o aparecimento de náuseas e vômitos (50 a 90% das gestantes), levando à 
anorexia (pode estar relacionada com níveis crescentes de gonadotrofina coriônica humana (hCG) e de 
estrogênios) 
- A gengivite no ciclo gestatório, assim como fora dele, é consequente ao acúmulo da placa bacteriana na 
margem gengival e caracteriza-se por eritema, sangramento e intumescimento da zona afetada, bem 
como extremo desconforto para a paciente. 
- Durante os dois primeiros trimestres, a secreção gástrica de ácidos está reduzida, explicando a menor 
incidência de úlcera péptica e a remissão das preexistentes. 
- O sistema digestório (esôfago, estômago, vesícula, intestino) permanece atônico durante toda a 
gestação. 
- Alta incidência de pirose, combinação do relaxamento do esfíncter gastresofágico ao aumento de 
pressão intra-abdominal condicionada pelo útero gravídico. 
- A atonia do cólon explica a grande frequência da constipação intestinal. 
- A vesícula fica hipotônica, distendida, com bile viscosa e com grande tendência de formar cálculo. 
* Sistema endócrino: 
- A glândula tireoide, onde as alterações fisiológicas são mais relevantes. 
- As alterações fisiológicas da tireoide na gravidez são consideráveis e podem ser confundidas com a 
própria doença. 
- O volume da tireoide materna chega a aumentar 30% no 3º trimestre, em razão da hiperplasia e da maior 
vascularidade. Não há bócio, pois esse aumento é fisiológico. 
-Os níveis da tireoxina total (T4T) aumentam 1,5x. 
- O nível hormônio tireoestimulante (TSH), diminui nas primeiras 12 semanas da gravidez em virtude da 
menor estimulação dos receptores de TSH causada pelo substancial quantidade de hCG. Após o 1º 
trimestre, os níveis de TSH retornam aos seus valores basais. 
- Função da tireoide e o feto, o T4L materno é transferido para o feto durante toda a gravidez e é importante 
para o desenvolvimento normal do cérebro fetal, sendo especialmente relevante antes de a tireoide fetal 
começar a concentrar iodo e sintetizar o hormônio da tireoide, o que ocorre por volta das 12 semanas de 
gravidez. 
* Pele e Fâneros : 
- Cerca de 50% das gestantes exibem estrias no abdome no decurso do último trimestre, por vezes 
encontradas também nos seios (estrias gravídicas ou víbices). Inicialmente vermelhas, tornam-se, mais 
tarde, brancas ou nacaradas, persistindo indelevelmente. 
- Há aumento na pigmentação da linha alva do abdome inferior (linea nigra), da vulva, das aréolas 
mamárias e da face (cloasma). 
- É comum o aparecimento de telangiectasias, a traduzirem os altos níveis estrogênicos. 
- É provável que o hormônio melanotrófico da hipófise atue também sobre os melanoblastos 
epidérmicos, acentuando a pigmentação, e o sistema nervoso autônomo influencie a formação do 
pigmento nas gestantes. 
- A hipertricose é um fenômeno fisiológico durante a gravidez (pelos na face e em outras regiões, 
crescimento mais acentuado dos cabelos), com unhas muito quebradiças e surgimento do eritema 
palmar e da hipertrofia das glândulas sudoríparas e sebáceas. 
 
- Modificação nos órgãos genitais 
* Mamas: 
-Mastalgia: primeiros sinais clínicos de gestação. Em torno da 5ª semana de gestação, tem início um 
processo de congestão das mamas que as torna doloridas, túrgidas e com aumento de volume. Este 
aumento decorre da hiperplasia de elementos glandulares com proliferação dos canais galactóforos e 
ramificação dos ductos mamários. 
- Tubérculos de Montgomery: 2º trimestre da gestação, a progesterona, os estrogênios e a prolactina 
acarretam a expansão dos alvéolos a partir da árvore ductal. Na 8ª semana de gestação, as aréolas 
primárias tornam-se mais pigmentadas, e nelas surgem projeções secundárias representadas por 
glândulas mamárias acessórias e glândulas sebáceas hipertrofiadas denominadas de tubérculos de 
Montgomery. 
 
- Rede de Haller: Com 16 semanas é possível a extração de colostro e se verifica um aumento da 
vascularização venosa designada de rede de Haller. 
- Sinal de Hunter: aumento da pigmentação dos mamilos, que torna seus limites imprecisos e forma a 
aréola secundária. 
- Estrias Gravídicas: O crescimento exagerado das mamas promove o aparecimento de estrias que 
resultam, provavelmente, da hiperdistensão da pele e do estiramento das fibras de colágeno. 
*Útero: sofre hiperplasia e hipertrofia na gravidez. Ao término da gravidez, a capacidade volumétrica 
uterina pode estar aumentada em cerca de 500 a 1.000 vezes e nos primeiros meses de gestação, a 
parede uterina torna-se mais espessa e com a evolução da gravidez, a parede uterina sofre um 
afinamento progressivo. 
*Ovários: O processo de maturação folicular cessa. O corpo lúteo que restou da ovulação mantém-se 
funcionante por estímulo do hormônio Gonadotrófico Coriônico (hCG) produzido pelo sinciotrofoblasto. 
* Vagina: Apresenta-se violácea devido à embebição gravídica. As células musculares e as papilas da 
mucosa vaginal se hipertrofiam. A vagina aumenta de comprimento e largura. Contrariamente, as fibras 
de colágeno encontram-se mais separadas, o que permite o afrouxamento do tecido conjuntivo. O 
aumento da vascularização e da atividade glandular resulta em aumento da secreção vaginal, que 
assume aspecto leitoso por conter células epiteliais descamadas. O pH vaginal torna-se mais ácido 
pela ação dos lactobacilos sobre o glicogênio acumulado nas paredes vaginais, com grande produção 
de ácido lático. 
* Vulva: Devido à embebição gravídica, também se encontra violácea. Os grandes lábios, os pequenos 
lábios e o meato uretral se hipertrofiam. 
❖ ENTENDER AS TÉCNICAS DIAGNÓSTICAS DA GRAVIDEZ: 
- É muito importante o diagnóstico precoce da gravidez, o que tantas vezes coloca em risco o prestígio do 
médico. Esse diagnóstico pode ser clínico, hormonal ou ultrassonográfico. 
➢ Diagnóstico clínico: 
- Os sintomas da gravidez são classificados em: de presunção, de probabilidade e de certeza. 
* Sinais de presunção: 
■Quatro semanas: Amenorreia, sendo o sinal mais precoce. Em mulheres jovens, com ciclos menstruais 
regulares e vida sexual ativa, a ausência da menstruação pressupõe gravidez. 
■Cinco semanas: Náuseas, durante o 1º trimestre da gestação, mais de 50% das mulheres sofrem de 
náuseas, geralmente matutinas, tendo como consequência imediata vômitos e anorexia. Outras, ao 
contrário, apresentam maior apetite, não sendo rara sua perversão (pica ou malácia) ou extravagância 
alimentar. Congestão mamária, onde as pacientes relatam que as mamas estão congestas e doloridas. 
Na 8ª semana, a aréola primária torna-se mais pigmentada e surgem os tubérculos de Montgomery; em 
torno de 16 semanas, é produzida secreção amarela (colostro), que pode ser obtida por expressão 
mamária correta. Além disso, o aumento da circulação venosa é comum – rede de Haller. Em torno da 20ª 
semana, surge a aréola secundária, que aumenta a pigmentação em volta do mamilo. 
■Seis semanas: Polaciúria, onde no 2º e no 3º mês de gestação, o útero, com maior volume e em 
anteflexão acentuada, comprime a bexiga, levando à micção frequente, com emissão de quantidade 
reduzida de urina. No 2º trimestre, tal sintomatologia cessa, retornando nas duasúltimas semanas, ao 
insinuar a apresentação fetal. 
* Sinais de probabilidade: 
■Seis semanas: Amenorreia, após 10 a 14 dias de atraso menstrual, considera-se provável sinal de 
amenorreia, o que nem sempre indica gravidez, pois esse sintoma também ocorre em diversas 
circunstâncias fisiológicas e patológicas. O aleitamento e a menopausa determinam amenorreia; 
contudo, muitas mulheres concebem durante o aleitamento ao se intercalar o ciclo ovulatório. Há 
pacientes que gestam sucessivamente, ano após ano, sem ter restabelecido o ciclo menstrual. A 
fecundação após alguns meses de amenorreia climatérica é difícil, embora não seja impossível. As 
amenorreias patológicas, destacam-se as de origem emocional e as vigentes durante o uso dos 
anovulatórios. Embora seja mais escassa, a perda sanguínea cíclica semelhante à menstruação não 
exclui gravidez, pois isso pode ocorrer nos primeiros meses (hemorragia de implantação ovular). Aumento 
do volume uterino, onde o toque combinado infere as alterações que a gravidez imprime ao útero. 
 
 
■Oito semanas: Alteração da consistência uterina, o útero vazio é firme; na gravidez, com 8 semanas, 
adquire consistência cística, elástico-pastosa, principalmente no istmo (sinal de Hegar -o amolecimento 
intenso dessa região faz parecer que o corpo está separado do colo). 
 
Alteração do formato uterino, inicialmente, o útero cresce de modo assimétrico, desenvolvendo-se mais 
acentuadamente na zona de implantação. A sensação tátil é de abaulamento e amolecimento no local, 
sendo possível notar, eventualmente, sulco separando as duas regiões (sinal de Piskacek). Na ausência 
de gravidez, em geral, os fundos de saco estão vazios; a partir de 8 semanas, quando a matriz de piriforme 
assume o formato globoso, o dedo que examina os encontra ocupados pelo corpo uterino (sinal de 
Nobile-Budin). Há percepção dos batimentos do pulso vaginal nos fundos de saco (sinal de Osiander) 
devido à hipertrofia do sistema vascular. O procedimento do toque é completado pelo exame especular, 
que poderá precedê-lo de acordo com a rotina estabelecida. Ao entreabrir a vulva, destaca-se a coloração 
violácea da sua mucosa (vestíbulo e meato uretral), denominada sinal de Jacquemier ou de Chadwick; a 
mesma tonalidade da mucosa vaginal constitui o sinal de Kluge. 
 
 
■Dezesseis semanas: Aumento do volume abdominal, o útero torna-se palpável com 12 semanas, e nota-
se o aumento do volume abdominal progressivo em torno de 16 semanas. Sinais de certeza, são dados 
pela existência do concepto, anunciada pelos batimentos cardiofetais (BCF) e pela sua movimentação 
ativa; a ultrassonografia é capaz de rastreá-los com 7 a 8 semanas. 
■Catorze semanas: Sinal de Puzos, Trata-se do rechaço fetal intrauterino, que se obtém ao impulsionar o 
feto com os dedos dispostos no fundo de saco anterior. Dessa maneira, ocorre impressão de rechaço 
quando o concepto se afasta e quando ele retorna. 
 
■Dezoito semanas: Percepção e palpação dos movimentos ativos do feto, inicialmente discretos, tornam-
se vigorosos com o evoluir da gestação. Palpação dos segmentos fetais, nesse período, o volume do feto 
é maior, e começa-se a palpar cabeça e membros. 
■Vinte semanas: Auscultação, trata-se da identificação dos batimentos cardiofetais (BCF), o mais 
fidedigno dos sinais de gravidez. Sua comprovação, com o estetoscópio de Pinard, atualmente é obtida 
com sonar-Doppler. 
➢ Diagnóstico hormonal: 
- Constitui, atualmente, o melhor parâmetro para o diagnóstico de gravidez incipiente, em função de sua 
precocidade e exatidão. Apoia-se na produção de gonadotrofina coriônica humana (hCG) pelo ovo. Uma 
semana após a fertilização, o trofoblasto, implantado no endométrio, começa a produzir hCG em 
quantidades crescentes, que podem ser encontradas no plasma ou na urina maternos. Há basicamente 
três tipos de testes para a identificação de hCG: 
 - Imunológico, 
 - Radioimunológico (RIA) 
 - Enzima-imunoensaio (ELISA). 
* Testes imunológicos: A hCG é uma proteína e, como tal, induz à formação de anticorpos (antissoro) em 
outros animais (p. ex., coelho). O antissoro é utilizado para identificar hormônios na urina a ser 
examinada, embora seja necessário tornar visível a reação; isso é possível, basicamente, com hemácias 
ou partículas de látex (observar se a urina está bastante concentrada, a fim de melhorar a sensibilidade 
dos testes). 
▶ Prova de inibição da aglutinação do látex: Denominado teste de lâmina, é de leitura rápida, com 
duração de poucos minutos. Apresenta dois inconvenientes: a imagem do resultado pode ser discutível e 
a sensibilidade é menor (1.500 a 3.500 UI/ℓ). 
▶ Prova de inibição da hemaglutinação: Chamada teste de tubo, oferece leituras em 2 h, raramente de 
interpretação duvidosa, e com mais sensibilidade (750 a 1.000 UI/ℓ). Recentemente, foi lançada uma 
variante, na qual o antissoro (e não as hemácias) tem a hCG ligada, o que inverte a imagem dos resultados. 
Denomina-se hemaglutinação passiva reversa, utiliza dois anticorpos monoclonais (camundongo) e 
oferece sensibilidade desde o nível de 75 UI/ℓ. 
- Na prática, para que o exame seja realizado, aconselha-se que o atraso menstrual ultrapasse 10 a 14 
dias. Assim, a prova de inibição da hemaglutinação oferece sensibilidade de 97 a 99%. 
* Testes radioimunológicos: consistem na dosagem de hCG por método radioimunológico (RIA), com 
base na competição do hormônio em questão com traçador adequado (o próprio hormônio marcado com 
radioiodo), conforme a quantidade fixa de antissoro. A dificuldade nesse procedimento é a reação 
cruzada com LH hipofisário, que é corrigida ao se fazer a dosagem da subunidade beta da hCG, mais 
específica e, atualmente, a única de uso corrente. A dosagem de β-hCG tem sensibilidade de 5 mUI/mℓ. 
Os resultados são obtidos em aproximadamente 4 h, o que torna possível aos laboratórios especializados 
o fornecimento de duas séries por dia. 
* Teste ELISA: apresenta a mesma base teórica do RIA; contudo, substitui o hormônio marcado com 
radioiodo por enzima, capaz de atuar sobre um substrato incolor e originar produto colorido. A intensidade 
da cor obtida é proporcional à quantidade de hormônio. Sua principal vantagem é o maior tempo de vida 
útil, pois não contém radioisótopos (de atividade limitada). Para dosar a β-hCG, sua sensibilidade é de 25 
mUI/mℓ. 
▶Sangue versus urina: Com a urina (teste de farmácia), espera-se diagnóstico positivo pelo menos 1 dia 
antes da amenorreia; com o sangue, pelo menos 7. A dosagem de hCG na urina é apenas qualitativa. 
Aconselha-se que o teste de farmácia seja realizado utilizando-se a primeira urina da manhã. 
➢ Diagnóstico ultrassonográfico: 
- Com 4 a 5 semanas, na parte superior do útero, começa a aparecer formação arredondada, anelar, de 
contornos nítidos, que corresponde à estrutura ovular, denominada, em ultrassonografia, saco 
gestacional (SG). A partir de 5 semanas, é possível visualizar a vesícula vitelina (VV) e, com 6 semanas, o 
eco embrionário e a sua pulsação cardíaca (BCF). 
 
- Em torno de 10 a 12 semanas, nota-se espessamento no SG, que representa a placenta em 
desenvolvimento e seu local de implantação no útero. Com 12 semanas, a placenta pode ser facilmente 
identificada e apresenta estrutura definida com 16 semanas. 
❖ CONHECER OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: 
 
TABELINHA: 
- Também conhecida como método do calendário ou método de Ogino-Knaus, 
é um método contraceptivo baseado no conhecimento do ciclo menstrual da 
mulher evitando relações sexuais durante o período fértil da mulher para 
prevenir a gravidez. 
- Não é tão eficaz quanto outros métodos contraceptivos e não protege contra 
DSTs e pode ser menos confiável em mulheres com ciclos menstruais 
irregulares. 
MÉTODO DA OVULAÇÃO OU DO MUCO CERVICAL (MÉTODO BILLINGS): 
-É uma técnica natural de planejamento familiar que se baseia na observação das mudanças no muco 
cervical ao longo do ciclo menstrual da mulher. 
 - Observação do Muco Cervical: Durante o ciclo menstrual, o 
muco cervical mudaem consistência e quantidade de acordo com 
as flutuações hormonais. No início do ciclo, o muco é geralmente 
escasso, espesso e opaco. Conforme a ovulação se aproxima, o 
muco se torna mais abundante, claro, elástico e escorregadio, 
semelhante à clara de ovo crua. 
 - Identificação dos Dias Férteis: A presença de muco cervical 
fértil indica que a ovulação está próxima ou ocorrendo. Portanto, os 
dias de maior fertilidade são identificados observando o muco 
cervical. Geralmente, os dias mais férteis são os dias em que o 
muco é claro, elástico e abundante. 
 - Abstinência ou Uso de Métodos de Barreira: Durante os dias 
férteis identificados pelo método, o casal pode optar por abster-se de relações sexuais ou usar métodos 
de barreira, como preservativos, para evitar a gravidez. 
- Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e pode ser menos eficaz para mulheres 
com ciclos menstruais irregulares ou que têm dificuldade em interpretar as mudanças em seu muco 
cervical. 
TEMPERATURA (MÉTODO DE OGINO-KNAUSS): 
- É um método natural de planejamento familiar que se baseia na observação e registro diário da 
temperatura basal do corpo da mulher. 
- Antes da ovulação, devido à influência do hormônio progesterona, a Temperatura Basal do Corpo (TBC) 
tende a aumentar ligeiramente (geralmente cerca de 0,3 a 0,6 graus Celsius). Portanto, os dias mais férteis 
são identificados observando-se um aumento constante e sustentado da TBC, que ocorre após a 
ovulação. 
- A mulher deve registrar sua TBC diariamente, preferencialmente no mesmo horário todas as manhãs, 
usando um termômetro basal específico. 
- Menos confiável para mulheres com ciclos menstruais irregulares ou que têm dificuldade em registrar 
consistentemente sua TBC. Além disso, outros fatores, como doença, estresse, sono inadequado e 
consumo de álcool, podem afetar a precisão dos resultados. 
 
 
 
 
COITO INTERROMPIDO: 
-É uma prática contraceptiva na qual o homem retira o pênis da vagina da parceira antes da ejaculação, 
como forma de evitar a gravidez, funciona evitando que o esperma entre na vagina da mulher durante a 
ejaculação, impedindo assim a fertilização do óvulo. No entanto, pode haver liberação de pequenas 
quantidades de fluido pré-ejaculatório que contêm espermatozoides, o que pode levar à gravidez. 
- Não adequado para todos os casais e pode não oferecer proteção adequada contra gravidez ou DSTs. 
Portanto, é importante que os indivíduos explorem várias opções contraceptivas e tomem decisões 
informadas com base em suas necessidades e circunstâncias pessoais. 
CAMISINHA, CONDOM OU PRESERVATIVO: 
- É uma barreira de látex, poliuretano ou poliisopreno usada durante a relação sexual para prevenir a 
gravidez e proteger contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). 
- É uma barreira física entre o pênis e a vagina, impedindo que o esperma entre no corpo da parceira 
durante a ejaculação. Além disso, também protege contra o contato direto com secreções genitais, 
reduzindo o risco de transmissão de DSTs. 
- Camisinhas masculinas são usadas pelo homem e colocadas sobre o pênis ereto antes da relação 
sexual. 
- As camisinhas femininas são inseridas na vagina antes da relação sexual. 
- As camisinhas são altamente eficazes na prevenção da gravidez e na redução do risco de DSTs. 
- Estudos mostram que a taxa de falha da camisinha é baixa, com cerca de 2% de chance de gravidez com 
uso perfeito e 18% com uso típico. 
 
ESPERMICIDAS: 
- Produtos químicos projetados para matar ou incapacitar os espermatozoides, sendo utilizados como 
método contraceptivo. 
- Eles podem conter substâncias químicas que destroem a membrana celular dos espermatozoides, 
tornando-os incapazes de fertilizar um óvulo. Além disso, alguns espermicidas também formam uma 
barreira física que impede a entrada dos espermatozoides no útero. 
- Existem diferentes tipos de espermicidas disponíveis, incluindo: 
 - Espumas - Supositórios 
 - Géis - Filmes 
 - Cremes 
- Os ingredientes comuns encontrados nos espermicidas incluem nonoxinol-9, octoxinol-9, benzocaína e 
ácido láctico. 
- São menos eficazes quando usados isoladamente e têm uma taxa de falha mais alta do que outros 
métodos contraceptivos, como pílulas anticoncepcionais ou preservativos. A eficácia dos espermicidas 
pode variar de cerca de 70% a 85% quando usados corretamente e de forma consistente. 
 
DIAFRAGMA: 
- Método contraceptivo de barreira projetado para cobrir o colo do útero e impedir a passagem dos 
espermatozoides em direção ao útero. 
- É uma cúpula flexível feita de silicone ou látex, com uma borda flexível que se encaixa ao redor do colo 
do útero. Ele é inserido na vagina antes da relação sexual e funciona bloqueando a entrada dos 
espermatozoides no útero. 
- É necessário aplicar uma quantidade adequada de espermicida no interior do diafragma antes da 
inserção. Em seguida, o diafragma é dobrado e inserido na vagina, onde se abre e cobre o colo do útero. 
- Deve ser deixado no lugar por pelo menos seis horas após a relação sexual, mas não mais do que 24 
horas. Durante esse tempo, é importante não remover o diafragma, pois isso pode diminuir sua eficácia. 
- Oferece uma opção não hormonal para mulheres que desejam prevenir a gravidez. É importante usar o 
diafragma corretamente e em conjunto com espermicida para garantir sua eficácia máxima e considerar 
o uso de preservativos para proteção adicional contra DSTs. 
 
DIU (DISPOSITIVO INTRAUTERINO): 
- É um método contraceptivo de longa duração e reversível, frequentemente feito de plástico ou metal, 
que é inserido no útero para prevenir a gravidez. 
- Existem dois tipos principais de DIU: 
 - DIU de cobre: libera íons de cobre que são tóxicos para os espermatozoides 
 - DIU hormonal: libera pequenas quantidades de progestina, que alteram o muco cervical e a 
espessura do revestimento uterino para prevenir a gravidez. 
- Impede a fertilização, mas também pode tornar o útero um ambiente menos favorável para a 
implantação de um óvulo fertilizado. 
- Efeitos que duram entre três e dez anos, dependendo do tipo de DIU utilizado. Após esse período, o DIU 
deve ser removido e substituído se a pessoa desejar continuar usando esse método contraceptivo. 
- Não oferece proteção contra infecções sexualmente 
transmissíveis (DSTs). Portanto, se houver risco de exposição 
a DSTs, é importante usar preservativos em conjunto com o 
DIU. 
- Tem cólicas, sangramento irregular, dor durante a relação 
sexual e aumento das secreções vaginais. 
- Altamente eficaz e conveniente para prevenir a gravidez. 
PÍLULA ANTICONCEPCIONAL: 
 
 
 
 
 
 
IMPLANTES SUBDÉRMICOS: NORPLANT: 
- É um tipo de implante subdérmico contraceptivo que consiste em pequenos bastões flexíveis do 
tamanho de um fósforo, contendo o hormônio progestina. 
-Atua liberando continuamente progestina no organismo, que inibe a ovulação, espessa o muco cervical 
e altera o revestimento uterino, prevenindo a gravidez. 
- É altamente eficaz na prevenção da gravidez, com uma taxa de falha de menos de 1% quando usado 
corretamente. No entanto, a eficácia pode diminuir se os bastões não forem substituídos no prazo de 
cinco anos. 
- Possui irregularidades menstruais, como sangramento irregular, ausência de menstruação e 
amenorreia. Além disso, podem ocorrer efeitos colaterais como dor no local da inserção, dor de cabeça, 
acne, alterações de humor e aumento do peso. 
 
❖ GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: 
 A gravidez na adolescência é um fenômeno complexo que apresenta tanto desafios quanto 
aspectos positivos, dependendo do contexto social e das percepções individuais das adolescentes. 
Embora seja associada a riscos para a saúde e para o desenvolvimento das jovens e de seus bebês, como 
interrupção da escolaridade e limitações nas oportunidades de vida, tambémpode ser vista como uma 
forma de buscar identidade e reconhecimento social. Nas camadas sociais mais favorecidas, os 
impactos negativos tendem a ser menores devido a recursos disponíveis para lidar com a situação, 
enquanto nas camadas menos privilegiadas, a maternidade precoce pode representar uma das poucas 
alternativas de projeto de vida. Portanto, é necessário evitar juízos de valor simplistas sobre a gravidez na 
adolescência, reconhecendo que ela pode ter significados diferentes para cada adolescente e que pode 
fazer parte dos diversos modos de vivenciar a adolescência, mesmo que isso acarrete desafios e 
consequências negativas em alguns casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS: 
- REZENDE 
- CARTILHA DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS DO GOVERNO FEDERAL E COMPLEMENTADO COM O DO 
GOVERNO DA BAHIA 
- ARTIGO DA UFMG SOBRE A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA.

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