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Formação Pré- e Pós-Graduada em Assistência ao Recém-Nascido 
 
Cuidados Básicos Neonatais 
 
19 a 30 de novembro 2018 
Paulo Soares 
SÉPSIS 
NEONATAL 
 
Paulo Soares 
Assistente Hospitalar de Pediatria Médica 
Novembro de 2018 
AGENDA 
 
• Introdução 
• Classificação 
• Manifestações Clínicas 
• Diagnóstico Diferencial 
• Avaliação Diagnóstica 
• Sépsis Precoce 
• Sépsis Tardia 
• Conclusões 
 
INTRODUÇÃO 
 
• Infeção sistémica por uma bactéria patogénica 
 
• A sépsis é mais frequente no período neonatal do que em qualquer outro período 
da vida 
• Incidência 1:1500 RN Termo 
• Incidência 1:250 RN Pré-Termo 
INTRODUÇÃO 
 
• Vários fatores estão associados a uma elevada incidência de sépsis 
 
• Várias “fragilidades” nos mecanismos de defesa antimicrobianos dos RN 
(principalmente nos PT) 
 
• Transferência de anticorpos maternos incompleta nos PT 
• Resposta reduzida das IgG à infeção 
• Deficiente ativação das vias do complemento 
• Deficiente migração das células fagocíticas 
INTRODUÇÃO 
 
• Uma das doenças mais temidas no período neonatal 
• Evolução rápida 
• Potencialmente grave 
• Elevada probabilidade de outcome adverso / mortalidade 
 
• Necessário um elevado índice de suspeição para o diagnóstico 
 
• Necessário delinear estratégias de prevenção 
INTRODUÇÃO 
 
• Vigilância epidemiológica de Sépsis Neonatal Precoce nos EEUU 2005-2014 
 
• 1484 casos 
• Incidência de 0.77-0.79 / 1000 nados vivos 
• Agentes mais frequentes 
• 1º Streptococcus agalactiae 
• 2º Escherichia coli 
• Pré-termos: 42% 
• Taxa de mortalidade: 11% 
• Sequelas: 6.3% 
CLASSIFICAÇÃO 
• Sépsis Precoce (Early-onset Neonatal Sepsis) (EONS) 
• Sépsis que ocorre na primeira semana de vida ( 18 horas 
• Trabalho de parto de início espontâneo antes de completar as 37 
semanas de gestação 
 
• Raça negra 
• Sexo masculino 
SÉPSIS PRECOCE – AVALIAÇÃO DE RISCO 
• Fatores de Risco – Corioamnionite – Critérios de diagnóstico 
 
• Febre materna >38ºC e pelo menos 2 dos seguintes: 
• Leucocitose maternal 
• Taquicardia maternal 
• Taquicardia fetal 
• Sensibilidade uterine 
• Líquido amniótico de cheiro fétido 
SÉPSIS PRECOCE – AVALIAÇÃO DE RISCO 
SÉPSIS PRECOCE – AVALIAÇÃO DE RISCO 
SÉPSIS PRECOCE – AVALIAÇÃO DE RISCO 
 
SPN 2013 
CDC 2010/ AAP 2013 
 
SÉPSIS PRECOCE – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 
• RN sintomáticos 
 
• Fazer avaliação diagnóstica completa e iniciar terapêutica empírica 
 
• Hemocultura 
• Punção lombar (se clinicamente estável para o tolerar) 
• Hemograma com leucograma e contagem plaquetária 
• Proteína C-reativa e/ou procalcitonina 
• Radiografia torácica (na presença de sintomas respiratórios) 
• Urocultura não está indicada nas primeiras 72 horas de vida 
SÉPSIS PRECOCE – AVALIAÇÃO DE RISCO 
SPN 2013 
CDC 2010/ AAP 2013 
 
SÉPSIS PRECOCE – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 
• RN assintomáticos – REVER OS FATORESDE RISCO 
 
• RN clinicamente bem com fatores de risco 
 
• Observar pelo menos 48 horas 
• Pode ser necessária avaliação diagnóstica limitada 
• Hemocultura ao nascimento 
• Hemoleucograma e contagem plaquetária e proteína C-reativa às 6 a 
12 horas de vida 
 
• Se se confirmar sépsis, deve ser efetuada a punção lombar 
SÉPSIS PRECOCE – TRATAMENTO 
• Regime antibiótico empírico de 1ª linha: ampicilina + gentamicina 
 
• Adicionar cefalosporina de 3ª geração (cefotaxima) se: 
• Suspeita de meningite 
• Sépsis a Gram negativo 
 
• Duração do tratamento 
• Bacteriemia – 10 dias 
• Meningite a SGB – 14 dias 
• Meningite a Gram negativo – 21 dias ou 14 dias após negativação de culturas 
(o que ocorrer mais tarde) 
SÉPSIS TARDIA – DIAGNÓSTICO 
• Sépsis Tardia 
 
• Aquela que ocorre entre os 8 e os 28 dias de vida 
 
• Transmissão horizontal / Infecção pós-natal (nosocomial) 
 
• Pode associar-se a infecções focais devido a disseminação hematogénea 
• Meningite 
• Osteomielite 
• ITU 
• Etc. 
SÉPSIS TARDIA – DIAGNÓSTICO 
• RN termo que tiveram alta clinicamente bem do internamento ao nascimento 
 
• RN internados na Neonatologia (pré-termos) 
 
• Sinais e sintomas são inespecíficos 
• Irritabilidade / Letargia / Hipotonia / Convulsões / Fontanela abaulada 
• Instabilidade térmica 
• Intolerância alimentar / Vómitos 
• Palidez 
• Icterícia 
SÉPSIS TARDIA – AGENTES MAIS FREQUENTES 
• Streptococcus agalactiae (SGB) 
• Escherichia coli 
• Staphylococcus coagulase negativos 
• Staphylococcus aureus 
• Candida albicans 
• Klebsiella pneumoniae 
• Streptococcus peumoniae 
• Haemophilus influenzae 
• Neisseria meningitidis 
• Pseudomonas aeruginosa 
SÉPSIS TARDIA – AVALIAÇÃO 
• RN sintomáticos 
• Fazer avaliação diagnóstica completa e iniciar terapêutica empírica 
• Exame físico cuidado incluindo ossos (ex.: pseudoparalisia na osteomielite) 
• Hemocultura 
• Punção lombar (se clinicamente o tolerar) 
• Hemoleucograma e contagem plaquetária 
• Proteína C-reativa e/ou procalcitonina 
• Radiografia torácica (na presença de sintomas respiratórios) 
• Urocultura 
• Culturas de qualquer potencial foco de infecção 
SÉPSIS TARDIA – TRATAMENTO 
 
• Sépsis Adquirida na Comunidade 
• Ampicilina + Gentamicina ou Ampicilina + Cefotaxima 
• Usar Cefotaxima se a punção lombar é sugestiva de meningite 
 
• Sépsis Adquirida no Hospital 
• Vancomicina + Gentamicina ou Vancomicina + Amicacina 
• De acordo com protocolos locais 
SÉPSIS TARDIA – TRATAMENTO 
 
• Devem ser obtidas hemoculturas para documentar a esterilização 
 
• Duração do tratamento 
 
• Bacteriémia – 10 a 14 dias 
• Meningite SGB – 14 dias 
• Meningite a Gram negativo – 21 dias ou 14 dias após culturas negativas (o 
que ocorrer mais tarde) 
CONCLUSÕES 
 
• As manifestações clínicas da sépsis neonatal são inespecíficas e, considerando o 
potencial de gravidade, devemos ter um baixo limiar para avaliação e tratamento 
precoce numa possível sépsis em RN 
 
• A avaliação e a abordagem inicial de RN com suspeita de sépsis devem incluir: 
• Revisão da gravidez, trabalho de parto e parto 
• Exame físico completo 
• Avaliação laboratorial 
• Pronto início de antibióticos empíricos 
 
CONCLUSÕES 
 
• Os RN sintomáticos devem ser submetidos a uma avaliação diagnóstica completa 
e receber tratamento antibiótico empírico, dependendo dos resultados da 
hemocultura 
 
• Os RN clinicamente bem nascidos de mães com fatores de risco podem precisar 
de uma avaliação diagnóstica limitada de acordo com a natureza dos fatores de 
risco e se a mãe recebeu ou não profilaxia antibiótica adequada 
 
 
 
OBRIGADO

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