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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA 
CURSO DE ZOOTECNIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O BEM-ESTAR ANIMAL: ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL E A 
PRODUÇÃO LEITEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome da Acadêmica: Yasmin Cruz da Silva Oliveira Souza 
Nome da Orientadora: Profa. Esp. Valéria Cristina de Carvalho Zampronha 
 
 
 
Goiânia-Goiás 
2023 
 
 
YASMIN CRUZ DA SILVA OLIVEIRA SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
O BEM-ESTAR ANIMAL: ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL E A 
PRODUÇÃO LEITEIRA 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso 
apresentado como requisito parcial para 
obtenção do grau de Bacharel em Zootecnia, 
junto à Escola de Ciências Médicas e da Vida, 
da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. 
Nome da Orientadora: Profa. Esp. Valéria Cristina de Carvalho Zampronha 
 
 
 
 
 
 
Goiânia-Goiás 
2023 
 
 
YASMIN CRUZ DA SILVA OLIVEIRA SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
O BEM-ESTAR ANIMAL: ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL E A 
PRODUÇÃO LEITEIRA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à banca avaliadora em 05/12/2023 para 
conclusão da disciplina de TCC, no curso de Zootecnia, junto à Escola de Ciências 
Médicas e da Vida da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, sendo parte 
integrante para o título de Bacharel em Zootecnia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha mãe Ana Célia e a minha avó Maria (In Memorian) 
com todo amor do mundo e gratidão. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
À Deus, para quem tenho consagrado todos os dias da minha vida e sempre 
se fez tão presente nos mínimos detalhes desta trajetória, que por vezes me confortou 
em seus braços nos dias de aflição e por tantas outras me permitiu desfrutar da alegria 
de viver sob sua graça. 
Sou grata à minha família pelo apoio que sempre me deram durante toda a 
minha vida. 
Á meu querido esposo Pedro Henrique, pela paciência e companheirismo ao 
longo de todos esses anos. Obrigada por sempre estar ao meu lado, por acreditar em 
mim, segurar minhas mãos, ser meu consolo nos dias difíceis, minha alegria nos dias 
em que eu não aguentava mais, sempre me apoiando e me incentivando em todas as 
minhas escolhas e conquistas. Eu amo você para todo o sempre! 
À Pontifícia Universidade Católica de Goiás, pelo acesso a um ensino superior 
de qualidade. Aos professores do Curso de Zootecnia, que contribuíram ao longo 
desses semestres, por meio das disciplinas e debates, para meu desenvolvimento 
profissional e pessoal. 
Minha orientadora Valeria, pela sua paciência e dedicação em me auxiliar nesta 
tarefa árdua e pelas sugestões valiosas para a construção deste trabalho. 
A todos que contribuíram com a minha formação acadêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Quando for a hora certa, 
Eu, o Senhor, farei acontecer.” 
- Isaías 60:22 
 
 
 SUMÁRIO VII 
 LISTA DE FIGURAS VIII 
 LISTA DE TABELA 
 RESUMO IX 
1 INTRODUÇÃO 1 
2 REVISÃO LITERATURA 3 
2.1 HISTÓRICO E CONCEITO DE BEM-ESTAR ANIMAL 3 
2.2 AVALIAÇÃO DO BEM-ESTAR ANIMAL 
 
5 
2.3 CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS DOS BOVINOS 
 
8 
2.4 INTERAÇÃO HOMEM-ANIMAL 
 
9 
2.5 ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL 
 
10 
2.6 BEM-ESTAR E A QUALIDADE DO LEITE 15 
2.7 BEM-ESTAR ANIMAL E A PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR 17 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS. 17 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O bem-estar animal possui uma relevância na produção leiteira, destacando uma 
mudança de perspectiva ao longo dos anos, na qual a busca por melhores índices 
zootécnicos tem cedido lugar à consideração mais acentuada pelo bem-estar dos 
animais. O bem-estar animal é definido como a condição na qual um indivíduo é capaz 
de lidar eficazmente com seu ambiente. A avaliação do bem-estar animal utiliza 
indicadores físicos, fisiológicos e comportamentais. A dinâmica das interações 
humano-animal também desempenha papel crucial. O enriquecimento ambiental tem 
o propósito de auxiliar os animais na adaptação a fatores estressantes, reduzir a 
frustração e satisfazer suas necessidades comportamentais, promovendo 
sentimentos afetivos positivos. A produção leiteira impacta o bem-estar bovino, 
destacando a necessidade imperativa de boas práticas de manejo que considerem 
não apenas a produtividade, mas também o cuidado e respeito pelos animais 
envolvidos. 
 
Palavras-chave 
 
Comportamento, manejo, bovino, leite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Historicamente a busca por melhores índices zootécnicos sobrepõe o bem-estar 
animal (BEA). Porém o BEA vem ganhando destaque no cenário mundial nos últimos 
anos (SOUSA et al., 2023). 
Recentemente houve uma transformação na maneira como as pessoas distinguem 
a criação de animais. A sociedade está agora exigindo regulamentações que aprimorem 
as condições de vida dos animais de produção. Um número crescente de produtores, 
pesquisadores e especialistas estão empenhados em adotar abordagens e instalações 
mais comprometidas com o objetivo de garantir o bem-estar dos animais (SANTOS et al.; 
2021). 
O enriquecimento ambiental é uma estratégia que visa melhorar o bem-estar dos 
animais em cativeiro, proporcionando estímulos e desafios semelhantes ao seu ambiente 
natural. Esse processo ocorre por meio da introdução de elementos como brinquedos, 
mudanças na dieta e variações no ambiente, promovendo comportamentos naturais e 
relaxantes, sem estresse. O enriquecimento ambiental é fundamental para animais em 
cativeiro, pois ajuda a prevenir o tédio e a promover uma vida mais saudável e envolvente 
(SHEPHERDSON et al., 2013). 
Diferentes artigos sugerem que boas práticas e gestão na produção de leite são 
fundamentais para nortear a produção de leite e promover o bem-estar de bovinos 
leiteiros (KEHOE et al., 2007; FULWIDER et al., 2008; VASSEUR et al., 2010). Avaliação 
do bem-estar animal nas propriedades pode ser baseada no manejo e na saúde dos 
animais, na condição corporal, no comportamento dos animais e nas condições do 
ambiente (BRAGA, 2020). 
O leite representa uma fonte significativa de proteínas de elevado valor nutricional 
para a dieta humana (PEIXOTO et al., 2022). O consumo de leite é bastante difundido na 
sociedade, com a produção mundial em 2022 de 937,3 milhões toneladas, e a produção 
brasileira em torno de 36 milhões de toneladas (FAO, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES 
UNIDAS PARA ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA, 2023). 
2 
 
É função do Zootecnista, em suas atividades profissionais estar atento às 
necessidades dos animais, sobretudo o seu bem-estar. Em se tratando de bovinocultura 
leiteira esse cuidado se sobressai pois pode interferir diretamente na produção leiteira. 
Diante disso, esse trabalho objetiva-se a realizar uma revisão acerca da importância do 
bem-estar animal na produção leiteira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
2 REVISÃO LITERATURA 
 
 
2.1 Histórico e Conceito de Bem-Estar Animal 
 
O conceito de bem-estar animal tem raízes históricas que remontam a séculos 
atrás, mas sua formalização como uma disciplina científica e preocupação social ganhou 
destaque nas últimas décadas (BARBOSA et al., 2021). Em 1986, ano de concepção da 
disciplina pioneira de bem-estar animal inscrito no currículo do curso de medicina 
veterinária da Universidade de Cambridge pelo professor Donald Broom, observa-se uma 
expansão global no ensino desta temática(MOLENTO et al, 2018). 
O conceito de bem-estar é descrito como a condição de um indivíduo em relação 
à sua capacidade de enfrentar seu ambiente. Quando a capacidade de lidar com o 
ambiente é alcançada com relativa facilidade, sem umalto consumo de energia, o bem-
estar é considerado adequado. No entanto, se houver um esforço significativo e um gasto 
excessivo de energia para enfrentar o ambiente, o bem-estar é avaliado como deficiente 
(BROOM 1986; AZEVEDO, 2020). 
Alguns sinais de que o bem-estar está comprometido podem incluir uma 
expectativa de vida reduzida, doenças, sistema imunológico enfraquecido e problemas 
de crescimento e reprodução (BROOM, 1991; DANELUS et al., 2020). 
Após a divulgação do livro "Animal Machines" de Ruth Harrison em 1964, onde 
denunciou a maneira como os animais de produção na indústria eram tratados de forma 
mecanizada, o governo britânico tomou a iniciativa de estabelecer o Comitê Brambell, 
uma ação que continua sendo reconhecida até os dias atuais. Vale ressaltar que após a 
criação dessa comissão, no ano seguinte, foram estabelecidos os princípios 
fundamentais que determinaram as cinco liberdades essenciais que os animais devem 
desfrutar (FOPPA et al., 2014; MOTA et al., 2019). 
Conforme destacado por BRAMBELL (1965), o bem-estar animal está 
intrinsecamente ligado ao respeito por essas “cinco liberdades”, que englobam: 1) a 
liberdade de não passar fome e sede; 2) a liberdade de não enfrentar desconforto; 3) a 
4 
 
liberdade de não sofrer dor, doença ou maus-tratos; 4) a liberdade de manifestar 
comportamentos naturais; e 5) a liberdade de não viver com medo e tristeza (Tabela 1) 
(BARBOSA et al., 2021). 
 
TABELA 1: Princípio das cinco liberdades com respectivo desdobramento proposto pelo 
FAWC (Farm Animal Welfare Council) em 1992. 
 
Liberdade Desdobramento 
Livre de fome e sede Pelo acesso fácil à água fresca e uma dieta que 
possibilite a manutenção à saúde e vigor 
Livre de Desconforto Por viver em um ambiente adequado, com 
abrigo e área de descanso 
Livre de dor, injúria e doenças Pela prevenção ou rápido diagnóstico e 
tratamento 
Livre para expressar comportamento natural Fornecimento de espaço suficiente, instalação 
adequada e companhia de animais da mesma 
espécie 
Livre de medo e diestresse* Garantia de condições e tratamento, que evitem 
sofrimento mental 
*Diestresse( termo em inglês que designa estado de sofrimento físico e mental intenso). 
Fonte: Adaptado de FARM ANIMAL WELFARE COUNCIL ,(1992). 
 
No mesmo documento, o FAWC (Farm Animal Welfare Council, 1992) destacou 
que o cumprimento dessas liberdades poderia ser aprimorado caso as equipes de 
trabalho implementassem uma gestão cuidadosa e planejada com responsabilidade, que 
veria a necessidade de que essas equipes demonstrassem habilidade, conhecimento e 
consciência em suas ações, além de garantir um ambiente protegido e considerado de 
5 
 
forma adequada o processo de carregamento, transporte e redução dos animais de 
maneira humanitária (DIAS, 2014; DANELUS et al., 2020). 
Atualmente, os domínios têm sido trabalhados como uma abordagem para avaliar 
o nível de bem-estar dos animais. O domínio 1 aborda a questão da nutrição, o domínio 
2 diz respeito ao ambiente, o domínio 3 engloba a saúde e o domínio 4 se concentra no 
comportamento. Esses domínios são categorizados como aspectos físicos ou funcionais. 
Além disso, o domínio 5 foca o estado mental e é caracterizado como a experiência 
afetiva do animal (BRAGA et al., 2018; PINHEIRO., 2021). 
No Brasil, a primeira organização criada com o propósito de proteger os animais 
foi a União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), estabelecida em 1895, inspirada 
pelas leis europeias daquele período. A fundação da UIPA incentivou o surgimento de 
várias outras associações com objetivos semelhantes, que desempenhou um papel 
importante na solidificação das leis existentes e na promulgação de novas leis mais 
contemporâneas (PEIXOTO et al., 2022). 
 
2.2. Avaliação do Bem-Estar Animal 
 
A avaliação do Bem-Estar Animal (BEA) pode ser conduzida de maneira imparcial 
e desvinculada de avaliações éticas sobre os sistemas, práticas ou supervisão que 
envolvem os indivíduos. Envolvendo a observação de indicadores sanitários e 
fisiológicos, o comportamento dos animais, análises hematológicas e hormonais, além 
da avaliação de lesões corporais, estado de saúde geral e do escore de locomoção dos 
animais (Figura 1) ( BOND et al. 2012; SANTOS, et al., 2021). 
6 
 
 
Figura 1: (A) Vaca leiteira com arqueamento dorso-lombar indicando dor, (B) Animal 
utilizando do coçador automático. 
Fonte: (A) Debra Bourne, 2018, (B) Milkpont, 2020. 
 
 O estresse induz uma gama de respostas fisiológicas no organismo, dessa forma, 
é importante o conhecimento da fisiologia dos bovinos para que os indicadores 
fisiológicos sejam interpretados. Essas respostas fisiológicas representam adaptações 
7 
 
do organismo diante do estresse, evidenciando a prontidão do animal para enfrentar ou 
evitar situações desafiadoras. 
 Em 2005, Duncan publicou um estudo que considerava a avaliação das emoções 
dos animais como a parte central do diagnóstico do bem-estar animal. No entanto, essa 
abordagem gerou controvérsia e barreiras devido à sua subjetividade e dificuldade de 
aplicação prática. Entre as medidas fisiológicas diretas estão aquelas relacionadas à 
ativação do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), que afeta diversos sistemas biológicos, 
incluindo o cardiovascular, gastrointestinal, glândulas exócrinas e medula adrenal, 
resultando em respostas rápidas, como mudanças na frequência cardíaca, respiratória e 
pressão arterial(Figura 2) (BROOM e JOHNSON, 1993; SANTOS, 2021). 
Figura 2: Indicadores fisiológicos de bovinos leiteiros 
Fonte: Soriano e Molento,2018. 
 
As alterações na concentração de hormônios adrenocorticais podem ser usadas 
como indicadores de resposta a estímulos adversos. O cortisol, em particular, é 
amplamente explorado como indicador em ruminantes. A mensuração do cortisol 
plasmático tem sido utilizada para avaliar os efeitos de curto prazo das práticas de manejo 
do animal bem-estar (BROOM e FRASER, 2007; ROSSI et al., 2020). 
 
 
 
 
8 
 
2.3 Características Comportamentais dos Bovinos 
 
 O comportamento bovino, por sua vez, é resultado da interação complexa entre 
determinantes genéticos e ambientais. Diferenças comportamentais substanciais são 
observadas entre as raças distintas, sendo essas influências influenciadas tanto por 
fatores inatos quanto pelas condições do ambiente em que os animais estão 
inseridos(CHB, CERTIFIED HUMANE BRASIL, 2022). 
Dentre as necessidades comportamentais primordiais, destacam- se os cuidados 
com o corpo, a livre movimentação, a exploração e territorialíssimo, o comportamento 
alimentar, as reações ao perigo, o descanso e as associações sociais reprodutivas ( 
OLLÉ et al 2021). 
 Animais pertencentes à categoria dos ruminantes, os bovinos dedicam um período 
diário significativo, compreendido entre 9 a 11 horas, ao pastoreio, alimentando-se 
primordialmente de gramíneas e leguminosas. Além disso, sua ingestão hídrica oscila 
entre 25 a 80 litros diários, variando de acordo com fatores sazonais, tipo de dieta, raça 
e características individuais(CHB, CERTIFIED HUMANE BRASIL, 2022). 
 Entre essas categorias, o comportamento social desempenha um papel 
preponderante, influenciando diretamente ou diretamente os outros aspectos. Os bovinos 
são animais gregários, vivendo em grupos, e o comportamento de um indivíduo é 
moldado pelas ações dos outros. Além disso, eles demonstram uma habilidade de 
consideração e distinguir entre 50 a 70 outros indivíduos com base em suas 
características físicas e comportamentais (FRASER e RYBCZYNSKI, 2014; FERRACINI, 
et al., 2022). 
 Uma notável capacidade de memória de longo e curto prazo dos bovinos 
possibilita a retenção de experiências vivenciadas durante o período de criação. Esta 
transparência cognitiva permite-lhes aprender habilidades e responder positivamente ao 
treinamento por meio de recompensas. Assim, as interações prévias dos bovinos com 
ambientes contendopresença humana exercem influência significativa sobre suas 
respostas aos estímulos ambientais( CHB, CERTIFIED HUMANE BRASIL, 2022). 
O comportamento constitui uma modalidade pela qual o animal manifesta sua 
resposta ao ambiente ou à situação em que se encontra inserido. Nesse contexto, as 
9 
 
análises comportamentais emergem como instrumentos valiosos na avaliação, 
permitindo determinar mais abordagens para as necessidades dos animais em sistemas 
de criação (FRASER; BROOM, 2010). 
 
2.4 Interação Homem-Animal 
 
A relação entre seres humanos e os bovinos exerce um impacto significativo no 
comportamento dos animais, podendo afetar adversamente seu bem-estar e 
desempenho, conforme indicado por (HEMSWORTH e COLEMAN,1998). HEMSWORTH 
(2000), destacou que interações negativas entre humanos e bovinos leiteiros resultam 
em diminuiu na produção de leite, na qualidade do leite e na taxa de concepção na 
primeira inseminação (SANTOS et al., 2021). 
O termo "interação" implica que ambos os indivíduos influenciam mutuamente um 
ao outro, como explicado por (BOKKERS, 2006). As interações entre humanos e animais 
podem envolver: tato, visão, olfato, gosto e audição. Podem ser também categorizadas, 
em termos de sua qualidade, como positiva, neutra ou negativa, dependendo da maneira 
como o tratador realiza suas atividades diárias na fazenda (GOMES, 2008; ANDRIOLI, 
et al., 2020). 
Os animais de criação podem reagir de maneira instintiva às características 
humanas ou aprender a associar a presença e o comportamento de todos ou de alguns 
seres humanos com o tipo de manejo que recebem. Em geral, práticas que causam 
desconforto resultam em respostas negativas (ANDROLI et al., 2020). Podendo gerar 
medo extremo nos animais, desencadeando uma série de problemas subsequentes, tais 
como a diminuição da imunidade e o surgimento de patologias relacionadas ao estresse. 
Isso também pode resultar em animais reativos e de difícil manejo, aumentando o risco 
de lesões tanto para os animais quanto para os seres humanos. Além disso, essa relação 
adversária pode levar à redução na produção e na qualidade do leite (MOUNAIX et al., 
2015; MARQUES, 2019.). 
Na bovinocultura leiteira, a relação entre seres humanos e animais assume um 
papel de destaque, visto que as vacas na produção de leite estão em contato frequente 
10 
 
com os seres humanos. Essa interação assume uma importância ainda maior quando se 
leva em conta o impacto sobre a produtividade (OLIVEIRA NETA, 2023). 
 
2.5 Enriquecimento ambiental 
 
O conceito de enriquecimento ambiental, que surgiu na década de 1920, revelou 
uma influência significativa do ambiente físico e social sobre o bem-estar dos animais em 
cativeiro, conforme destacado por Young em 2003. O enriquecimento do ambiente auxilia 
os animais na adaptação a fatores estressantes em seu entorno, minimiza a frustração e 
amplia a satisfação de suas necessidades comportamentais, além de fomentar 
sentimentos afetivos positivos (MANDEL et al., 2016; SILVA, 2019). 
Essa prática surgiu como uma tentativa de aliviar o estresse enfrentado pelos 
animais, muitas vezes resultando da impossibilidade de expressar seus comportamentos 
naturais em um ambiente moldado pelo ser humano. O enriquecimento pode ser 
classificado em diferentes categorias, abrangendo aspectos físicos, como escovas 
mecânicas; sensoriais, como a inclusão de música na sala de ordenha; cognitivos, como 
a utilização de quebra-cabeças para primatas; comida, envolvendo uma oferta de 
alimentos variados; e sociais, que incentivam a interação com outros animais (Figura 3) 
(SANTOS et al., 2020; SOUZA, 2022). 
11 
 
Figura 3: Tipos de Enriquecimento ambiental 
Fonte: Adaptada ROSCOE, (2012); BUENO, (2015). 
 
Conforme afirmado por BRACKE (2017), para ser considerado eficaz, o 
enriquecimento ambiental deve fornecer condições adequadas que permitam ao animal 
manifestar seu comportamento natural. Os efeitos do enriquecimento ambiental podem 
ser avaliados por meio de métodos variados. A observação do comportamento é 
empregada para examinar a diminuição dos comportamentos agonísticos (disputas, 
submissão, exibições e agressões), estereotipados (ação repetitiva, sem propósito 
aparente e sem funções óbvias) e a interação com os elementos disponibilizados. 
Paralelamente, uma análise fisiológica do animal pode envolver a medição dos níveis de 
cortisol (TATEMOTO, 2019). 
Embora sua eficácia tenha sido cientificamente comprovada há várias décadas, a 
implementação do enriquecimento ambiental tem recebido destaque nos últimos anos 
devido ao surgimento de diversas regulamentações como a Lei nº 7.173/83 estabelece 
disposições específicas, divisões mínimas, para garantir que os jardins zoológicos e suas 
instalações atendam aos requisitos de habitabilidade, sanidade, necessidades 
ecológicas, bem como à segurança de cada espécie animal. A Lei nº 11.794, de 8 de 
12 
 
outubro de 2008, tem por objetivo estabelecer restrições nos procedimentos e na 
utilização de animais em pesquisas científicas, garantindo um padrão mínimo de conforto 
e higiene em recintos de cativeiro, e oferecendo proteção aos animais em situações de 
abuso e maus-tratos, em seu capítulo II, artigo 4°, criou o CONSELHO NACIONAL DE 
CONTROLE DE EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL (Concea). A Instrução Normativa nº 113, 
datada de 16 de dezembro de 2020, tem como finalidade estabelecer diretrizes relativas 
às boas práticas de manejo e bem-estar animal nas granjas dedicadas à criação 
comercial de suínos. E à crescente preocupação por parte dos consumidores (GODYŃ, 
2019; ABBAGLIATO et al., 2019). 
A presença de música na sala de ordenha tem sido benéfica para o bem-estar das 
vacas. Nesse sentido, a aplicação dessa metodologia pode ser realizada com o objetivo 
de melhorar o manejo dos bovinos durante a ordenha. Além disso, há conjecturas que 
sugerem que bovinos expostos à musicalidade manifestam uma propensão à 
amplificação em 3% da produção leiteira do rebanho. Entretanto, salienta-se a relevância 
de observar que as evidências científicas corroborando esse aumento na produção láctea 
são atualmente limitadas (SANT'ANNA et al., 2014; POZZATO et al., 2021). 
 Um estudo de caso conduzido na Fazenda Campos Lima obteve resultados 
positivos após a implementação de práticas de enriquecimento ambiental, com o objetivo 
de reduzir a incidência de mamadas não nutritivas entre bezerros submetidos ao sistema 
de criação coletiva. Os bezerros, ao apresentarem comportamentos estereotipados, 
foram submetidos à inserção de brinquedos no bezerreiro, utilizando materiais de fácil 
acesso. É importante ressaltar que animais que manifestam deficiências no bem-estar, 
especialmente durante a amamentação, tendem a desenvolver estresse e experimentar 
um crescimento prejudicado. Essa condição compromete a produção futura, 
influenciando a variabilidade reprodutiva(Figura 4) (OLIVEIRA e MOTTA, 2022). 
13 
 
Figura 4: (A)Bezerra sugando a instalação, (B) Bezerra comendo terra, (C) Interação com 
o protótipo, (D) Animais indo ao cocho e tendo interação. 
Fonte: Oliveira e Motta, 2022. 
 
2.6 Bem-estar e a qualidade do leite 
 
O bem-estar das vacas leiteiras desempenha um papel significativo na qualidade 
do leite produzido, afetando fatores como a composição do leite e a produção. Observe-
se que a exposição prolongada de bovinos leiteiros ao estresse térmico compromete a 
14 
 
eficácia das células do sistema imunológico, prejudicando sua capacidade de combater 
agentes causadores de doenças. Isso resulta em um aumento na ocorrência de mastites 
no rebanho, o que, por sua vez, impacta qualidade do leite de forma direta (SANTANA et 
al., 2017; CORAZZIN et al., 2020). 
O estresse térmico desencadeia modificações que resultaram na diminuição da 
síntese, absorção e mobilização de diversos metabólitos, incluindo glicose, ácidos graxos 
voláteis, lipídios e aminoácidos. Essaredução, aliada à redistribuição do fluxo sanguíneo 
dos órgãos internos, onde esses nutrientes estão presentes, leva a alterações na 
composição do leite, podendo até mesmo impactar níveis de sua estabilidade (SILVA et 
al., 2012; DALTRO et al., 2020). 
Os teores de gordura do leite tendem a ser reduzidos quando os bovinos de leite 
são expostos ao estresse calórico. A qualidade do leite é diretamente afetada por 
mudanças no comportamento alimentar dos bovinos leiteiros quando enfrentam 
desconfortos. Essas alterações podem resultar em modificações específicas na 
composição do leite produzido por esses animais. Essas mudanças podem incluir a 
diminuição dos teores de proteína, gordura, cálcio, potássio, ácido cítrico e lactose. Uma 
pesquisa conduzida por Ceballos e Sant'Anna também prevê variações nos valores de 
sólidos totais (ST) do leite, dependendo da temperatura de quais animais estão expostos 
(CEBALLOS e SANT’ANNA, 2018; SEJIAN et al., 2018; RIBEIRO e COPOVILLA, 2023). 
Os termos sólidos totais (ST) ou extrato seco total (EST) englobam todos os componentes 
do leite exceto a água ( BRITO, et al, 2021). 
 O desempenho da produção leiteira está intrinsecamente vinculado a cinco 
elementos fundamentais: genética, sanidade, alimentação, conforto térmico e 
gerenciamento. Em meio às discussões contínuas na pecuária leiteira se concentram no 
aumento da produção e na melhoria da qualidade do leite, destaca-se um novo pilar: o 
bem-estar animal. Este último está correlacionado, igualmente, com o conforto térmico, 
e, nesse contexto, o sistema compost barn tem sido empregado como uma estratégia 
para mitigar as perdas decorrentes do estresse térmico, afetando, por consequência, a 
redução da produção leiteira (ROSA et al ., 2017). 
 A alocação de vacas leiteiras em compost barn resulta na redução das impurezas 
no úbere, promovendo uma menor incidência de mastite e, consequentemente, uma 
15 
 
diminuição na Contagem de Células Somáticas (CCS). Desta forma, observa-se uma 
melhoria na qualidade global do leite(Figura 5) (Guesinea et al. 2023). 
 
Figura 5: Vacas em sistema de compost barn 
Fonte: Zootecnia Brasil,2020. 
 
2.7 Bem-estar animal e a percepção do consumidor 
 
Consumidores mais conscientes demandam produtos diferenciados, que atendam 
as normas de criação com ética. À medida que a sociedade reconhece o sofrimento 
animal como um fator relevante, o bem-estar animal promoverá destacado valor 
econômico aos sistemas produtivos, porém gerará conflito entre recursos financeiros 
escassos e a necessidade de investimento para assegurar a qualidade de vida dos 
animais afeta diretamente as atitudes em relação ao bem-estar de animais de produção 
(MOLENTO 2005, DA COSTA et al., 2021). 
É evidente que a conscientização das pessoas em relação à criação de animais 
está evoluindo. Em muitos países, especialmente na Comunidade Europeia, os produtos 
16 
 
derivados de animais criados em ambientes que priorizam o bem-estar estão alcançando 
preços diferenciados, e a sociedade está expressando a necessidade de 
regulamentações que aprimorem o padrão de vida dos animais de produção. O bem-
estar animal representa um desafio para a produção de bovinos leiteiros, no entanto as 
pessoas ligadas a agropecuária (técnicos, pesquisadores e produtores rurais) estão cada 
vez mais conscientes dessa nova realidade. Eles registram a evolução no perfil dos 
consumidores e compreendem a importância de proporcionar um maior conforto aos 
animais. Isso, por sua vez, resultará em uma produtividade ampliada no final do processo 
(SANTOS, et al., 2021). 
 Um estudo conduzido em Parauapebas, Pará, Brasil, constatou que a percepção 
dos consumidores em relação ao bem-estar animal em produtos de origem animal é 
significativamente influenciada pela escolaridade e renda familiar. Uma análise revelou 
que consumidores com maior grau de instrução tendem a optar por produtos certificados 
de bem-estar animal. Isso é particularmente evidente quando os consumidores possuem 
uma renda mensal mais elevada, pois a despesa adicional associada a produtos 
derivados de animais criados com elevados padrões de bem-estar não é percebida como 
um risco financeiro, ao contrário do que ocorre com consumidores de menor 
renda(ABREU et al, 2021). 
17 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
O cuidado com os animais está diretamente ligado aos valores éticos e morais da 
nossa sociedade. Tratar os animais com respeito mostra compaixão e empatia, coisas 
muito importantes para construir uma comunidade justa e solidária. A conduta ética para 
com os animais correlaciona-se diretamente com a saúde pública. 
A implementação de práticas exemplares de bem-estar animal desempenha um 
papel crucial na diminuição do risco de propagação de doenças zoonóticas, as quais 
apresentam potencial impacto sobre a saúde tanto dos animais quanto dos seres 
humanos. 
É crucial entender que pensar no bem-estar dos animais transcende as fronteiras 
tanto individuais quanto nacionais. É uma responsabilidade moral e ética que impacta 
não apenas os animais, mas também a saúde da nossa sociedade e o equilíbrio do nosso 
planeta como um todo. 
A implementação do enriquecimento ambiental em contextos de confinamento 
emerge como um componente crucial para guardar a integridade da saúde mental, física 
e emocional dos animais. A junção dessas práticas demonstra potencial para aprimorar 
significativamente as sensações de bem-estar dos animais. 
A crescente preocupação com o manejo e o bem-estar das vacas leiteiras tem 
incentivado os produtores a buscarem conhecimento atualizando a produção. A atenção 
ao bem-estar animal e ao uso de estratégias de enriquecimento ambiental na 
bovinocultura de leite não apenas atendem a questões éticas, mas também têm um 
impacto positivo na produtividade, na qualidade do leite e na sustentabilidade da 
indústria. 
Muitos países estão implementando regulamentações e diretrizes para melhorar o 
bem-estar animal, dedicar nesse aspecto é uma escolha sábia para produtores, além de 
ser uma tendência que deve ganhar ainda mais relevância no futuro. 
 
 
 
18 
 
 
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