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Parasitologia 
Balantidium Coli 
Classificação 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa 
Filo Ciliophora 
Classe Litostomatea 
Sub Classe Trichostomatia 
Ordem Vestibuliferida 
Família Balantidiidae 
Gênero Balantidium 
Espécie Balantidium coli 
Morfologia 
TROFOZOÍTA 
Mede cerca de 30 a 150 Mm de comprimento por 25 a 120 Mm de largura. 
Apresenta o corpo todo recoberto de cílios 
Na extremidade anterior possui uma fenda em direção ao citóstoma (aparato 
oral), próximo à extremidade posterior apresenta um citopígio (aparato anal). 
Internamente, apresenta várias organelas, vacúolos digestivos e dois núcleos: o 
macro e o micronúcleo 
CISTO 
Esférico ou suavemente oval mede cerca de 40 a 60 Mm de diâmetro 
Sua parede é lisa e internamente notamos o macronúcleo e o micronúcleo 
 
 
 
 
 
 
Biologia 
O B. coli vive usualmente na luz do intestino grosso do seu hospedeiro, 
parecendo não ser capaz de penetrar em mucosas intestinais intactas. 
Entretanto, pode ser um invasor secundário, isto é, desde que a mucosa 
esteja lesada, é capaz de aí penetrar e reproduzir-se mesmo em úlceras 
profundas. 
Os cistos são vistos em fezes formadas, principalmente de suínos, que são 
seus hospedeiros habituais. 
B. coli sobrevive sob condições anaeróbicas e aeróbicas. Possuem 
peroxissomos que auxiliam na detoxificação de metabólitos do oxigênio. 
Ciclo Biológico 
É monoxeno e possui cílios 
Apresenta 2 tipos de reprodução: assexuada e sexuada 
A reprodução assexuada é feita por divisão binária, ocorrendo a bipartição no 
sentido transversal do protozoário. A reprodução sexuada é do tipo 
conjugação, na qual dois organismos se unem temporariamente pelo 
citóstoma, para promover trocas genéticas 
Transmissão: Através da ingestão de cistos que contaminam alimentos, água 
ou mesmo a mão. Quando existe infecção humana, quase sempre ocorreu a 
partir de cistos provenientes de fezes suínas, que contaminaram as mãos ou 
os alimentos humanos. 
Patogenia e Sintomatologia 
O B. coli é um protozoário comensal da luz do intestino de suíno. Na espécie 
humana quando há alguma lesão nas mucosas do ceco e do cólon há 
possibilidade de invasão secundária da mesma pelo Balantidium. 
Como é capaz de produzir hialuronidase, pode aumentar a lesão inicial, 
provocando necroses localizadas e úlceras. 
A balantidiose pode se apresentar clinicamente sob quatro principais formas: 
1. Portadores assintomáticos, que constituem importantes reservatórios 
2. Pacientes com infecção crônica, resultante da invasão do intestino 
grosso, apresentando disenteria, cólicas, náuseas e vômitos 
3. Pacientes com infecção fulminante, em decorrência da invasão 
acentuada da submucosa, que apresenta úlceras em forma de balão 
que se aglomeram progredindo em todas as direções do intestino 
4. Diarreias mucossanguinolentas, tenesmo, cólica intensa, febre, náusea, 
vômitos e astenia traduzem o comprometimento da mucosa intestinal. 
Hemorragia e perfuração intestinal se relacional com casos fatais da 
infecção 
Extra intestinal- raros 
o Cavidade peritoneal 
o Apêndice 
o Pulmões 
o Trato geniturinário 
o Vértebras e fígado- mais raros 
Formas assintomáticas – crianças 
 
Diagnóstico 
Clínico 
Parasitológico: 
 Fezes diarreicas: 
Exame direto- solução fisiológica 
Esfregaço de fezes- hematoxilina férrica 
Estrutura: trofozoítos e cistos 
 
 Fezes formadas (pouco frequente- 10%) 
Exame direto- Lugol 
Técnica de sedimentação- Lutz, Ritchie modificado 
Técnica de flutuação (pouco eficiente) 
Esfregaço de fezes- hematoxilina férrica 
Estrutura: cisto 
Epidemiologia 
Único ciliado parasito do ser humano 
Infecção humana pouco comum 
Distribuição mundial- 0,02 a 1% variando com região geográfica 
Maior prevalência: América Latina- Bolívia (6-29%) Sudeste Asiático e Papua 
Nova Guiné (28%) 
Parasito com baixa virulência 
Ocorrência de tufões favorecem os surtos 
Presença de bactérias patogênicas podem influenciar no curso da infecção 
Baratas e ratos podem ser vetores mecânicos 
Cistos resistentes 2 semanas ou mais no ambiente, resistentes ao cloro 
Profilaxia 
Educação em saúde 
Evitar contaminação da água, abastecimento e alimentos por fezes de suínos 
Saneamento básico (Redes de esgoto, fossa sanitária) 
Tratamento de água de consumo 
Filtração e fervura da água de consumo 
Higiene (lavar mãos, alimentos e cortar as unhas) 
Diagnóstico 
Tratamento- tetraciclina,doxiciclina

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