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LÍNGUA 
PORTUGUESA 
PÓS EDITAL 
PMSE aula 01 
 
 
2 
 
 
Sobre a CFPConcursos: 
A CFP Concursos nasceu com o propósito de revolucionar a maneira como os estudantes se preparam 
para concursos públicos. Nossa metodologia baseia-se no Curso de Foco em Provas para Concursos (CFP), 
que se destaca por sua abordagem inovadora e eficaz no processo de aprendizado. 
Compreendemos que o tempo é um recurso valioso e, por isso, focamos em métodos ativos de 
estudo, que maximizam o aproveitamento dos nossos alunos. Nossa equipe de profissionais experientes e 
altamente qualificados trabalha incansavelmente para desenvolver conteúdos resumidos e atualizados, 
garantindo que nossos estudantes estejam sempre bem preparados. 
Na CFP Concursos, acreditamos que a prática leva à perfeição. Dessa forma, nossos alunos são 
constantemente desafiados a resolver questões e analisar provas anteriores, a fim de aprimorar suas 
habilidades e aumentar suas chances de sucesso nos concursos. Além disso, oferecemos suporte 
personalizado e recursos tecnológicos de ponta para que cada estudante possa trilhar sua própria jornada 
rumo à aprovação. 
Contatos da Empresa: 
Telefone: +55 84 9 9471-6073 
E-mail: contato@cfpconcursos.com 
Website: cfpconcursos.com 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS VARIADOS. ................................................................................. 5 
COMPREENSÃO DE TEXTOS ...................................................................................................................... 5 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS .................................................................................................................... 5 
1. CONTEXTO DE LEITURA: INTERNO E EXTERNO ................................................................................ 6 
2. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL .................................................................................. 6 
3. DIFERENÇA ENTRE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO ................................................................. 6 
CARACTERÍSTICAS DA INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ........................................................................... 7 
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO ........................................................................................ 7 
EXPRESSÕES INDICATIVAS DE INTERPRETAÇÃO .................................................................................. 7 
MODOS DE ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO: DESCRITIVO, NARRATIVO, ARGUMENTATIVO, 
INJUNTIVO, EXPOSITIVO E DISSERTATIVO. ............................................................................................. 11 
CARACTERÍSTICAS DO TEXTO INJUNTIVO: .......................................................................................... 13 
CARACTERÍSTICAS DOS TEXTOS ARGUMENTATIVOS: ........................................................................ 14 
O QUE SÃO TEXTOS EXPLICATIVOS?..................................................................................................... 15 
TEXTO DIALOGAL ...................................................................................................................................... 15 
DISSERTATIVO EXPOSITIVO .................................................................................................................... 16 
Tipos de Texto ................................................................................................................................................. 16 
Narração ...................................................................................................................................................... 16 
Descrição...................................................................................................................................................... 16 
Argumentação ............................................................................................................................................. 17 
Exposição ..................................................................................................................................................... 17 
Injuntivo ....................................................................................................................................................... 17 
Poético ......................................................................................................................................................... 18 
CLASSIFICAÇÃO TEXTUAL DO TEXTO JORNALÍSTICO ......................................................................... 18 
TIPOS MAIS COBRADOS NA BANCA SELECON .................................................................................... 19 
GÊNEROS DO DISCURSO: DEFINIÇÃO, RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS BÁSICOS. ............... 20 
TEXTOS NO COTIDIANO ........................................................................................................................... 21 
EXEMPLOS DE GÊNEROS TEXTUAIS NARRATIVOS.............................................................................. 22 
DISSERTAÇÃO E GÊNEROS DISSERTATIVOS......................................................................................... 23 
GÊNEROS INJUNTIVOS ............................................................................................................................. 24 
OUTROS GÊNEROS TEXTUAIS NO COTIDIANO .................................................................................... 24 
RESUMO DO CONCEITO .......................................................................................................................... 25 
 
4 
GÊNEROS TEXTUAIS MAIS COBRADOS NA BANCA SELECON ........................................................... 25 
COESÃO E COERÊNCIA: MECANISMOS, EFEITOS DE SENTIDO NO TEXTO. ....................................... 29 
COERÊNCIA NO TEXTO ............................................................................................................................ 30 
1. INTRODUÇÃO À COESÃO TEXTUAL ................................................................................................. 32 
2. TIPOS DE COESÃO ............................................................................................................................... 33 
RELAÇÃO ENTRE AS PARTES DO TEXTO: CAUSA, CONSEQUÊNCIA, COMPARAÇÃO, CONCLUSÃO, 
EXEMPLIFICAÇÃO, GENERALIZAÇÃO, PARTICULARIZAÇÃO. ................................................................ 39 
CONECTIVOS: CLASSIFICAÇÃO, USO, EFEITOS DE SENTIDO. ............................................................... 41 
CONECTIVOS MAIS COBRADOS NA SELECON ..................................................................................... 44 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS E TIPOS DE CONECTIVOS SELECON............................... 46 
CONECTIVOS MAIS COMUNS E EXEMPLOS ......................................................................................... 47 
VERBOS: PESSOA, NÚMERO, TEMPO E MODO. ..................................................................................... 48 
FLEXÃO DE PESSOA E NÚMERO ............................................................................................................. 49 
FLEXÃO DE TEMPO ................................................................................................................................... 51 
FLEXÃO DE MODO .................................................................................................................................... 52 
EXEMPLOS DE CONJUGAÇÃO: ANÁLISE DE PESSOA, NÚMERO, TEMPO E MODO ...................... 53 
VOZES VERBAIS. ............................................................................................................................................ 56 
VOZ ATIVA .................................................................................................................................................. 56 
VOZ PASSIVA35 
4. ELEMENTOS DE COESÃO 
Os elementos de coesão são os recursos linguísticos utilizados para criar essa conexão e fluidez no texto. 
Recursos Linguísticos 
• Variedade de Ferramentas: Incluem advérbios, pronomes, conectivos (como conjunções) e 
sinônimos. 
• Adaptação ao Contexto: Cada um desses elementos atua de maneira diferente, dependendo do 
contexto e do objetivo do texto. 
FUNÇÃO DOS ELEMENTOS DE COESÃO 
• Evitar Repetições: Um dos principais papéis dos elementos de coesão é evitar a repetição excessiva 
de palavras ou frases, o que pode tornar o texto monótono e cansativo. 
• Conectar Segmentos do Texto: Eles também são essenciais para estabelecer ligações claras entre 
diferentes partes do texto, seja dentro de uma frase, entre frases ou entre parágrafos. 
CAMPO LEXICAL: COLEÇÃO DE PALAVRAS RELACIONADAS 
O conceito de campo lexical refere-se a um conjunto de palavras que, dentro de uma determinada língua, 
estão interligadas por suas semelhanças em termos de significado, contexto ou área de conhecimento. 
Essas palavras podem estar relacionadas por meio de aspectos semânticos, composição ou derivação. 
Definição e Características 
• Campo Lexical: É uma coleção de termos e expressões que compartilham aspectos de significado e 
estão associados a um tema, área de conhecimento ou contexto específico. 
• Relação Semântica: As palavras em um campo lexical estão semanticamente relacionadas, o que 
significa que elas têm significados que pertencem a uma mesma esfera de interesse ou assunto. 
Formação do Campo Lexical 
A formação de um campo lexical pode ocorrer de duas maneiras principais: 
1. Por Composição: Palavras formadas pela união de duas ou mais palavras ou morfemas. Por 
exemplo, "guarda-chuva" pertence ao campo lexical relacionado a objetos de proteção contra a 
chuva. 
2. Por Derivação: Palavras formadas a partir de uma raiz comum, com a adição de prefixos, sufixos ou 
outros processos morfológicos. Por exemplo, as palavras "fotografia", "fotógrafo" e "fotografar" 
derivam da mesma raiz e pertencem ao campo lexical relacionado à fotografia. 
Exemplos de Campos Lexicais 
1. Campo Lexical do Trabalho: 
• Palavras: trabalho, trabalhar, trabalhador, emprego, salário, profissão. 
 
36 
• Contexto: Todas essas palavras estão relacionadas ao ambiente de trabalho e atividades 
profissionais. 
2. Campo Lexical Marítimo: 
• Palavras: mar, marítimo, marinheiro, marujo, oceano, beira-mar. 
• Contexto: Estas palavras estão conectadas pelo tema do mar e atividades ou elementos 
marinhos. 
Importância do Campo Lexical 
O entendimento dos campos lexicais é crucial para a compreensão profunda de uma língua e suas nuances 
semânticas. Eles ajudam na: 
• Ampliação do Vocabulário: Conhecer um campo lexical facilita a aprendizagem de palavras novas 
dentro de um mesmo contexto. 
• Compreensão de Textos: Identificar os campos lexicais em um texto pode ajudar a entender 
melhor o assunto ou tema abordado. 
• Produção Textual: Ao escrever, a utilização consciente de campos lexicais pode enriquecer o texto, 
tornando-o mais coeso e coerente tematicamente. 
ELEMENTOS COESIVOS NA LÍNGUA PORTUGUESA 
Os elementos coesivos são componentes linguísticos essenciais na construção de textos coesos e 
coerentes. Eles funcionam como uma "cola" que interliga partes de um texto, seja no nível de sentenças 
ou de ideias, contribuindo significativamente para a fluidez e a clareza da comunicação escrita. 
Definição e Função 
Elementos Coesivos: São marcas linguísticas que conectam ideias e termos em uma sentença ou texto, 
formando uma unidade coesa e significativa. 
Função: Eles estabelecem ligações lógicas entre diferentes partes de um texto, auxiliando na construção de 
uma estrutura textual clara e coerente. 
 
Tipos de Elementos Coesivos 
1. Coesivos Sequenciais: Estabelecem uma relação lógica e conectam as ideias de uma frase com 
outra. Exemplos incluem conectivos como "porém", "portanto", e "então", que adicionam, 
comparam, ou contrastam ideias. 
2. Coesivos Referenciais: Fazem referência a palavras ou locuções já mencionadas, evitando 
repetições e mantendo o texto fluído. 
Exemplos e Usos 
Adição: "além disso", "ademais", "também". 
 
37 
Conclusão: "portanto", "assim", "logo". 
Condição: "se", "caso", "a menos que". 
Oposição: "mas", "contudo", "entretanto". 
Tempo: "enquanto", "antes que", "depois que". 
Causa e Efeito: "porque", "devido a", "assim que". 
Importância na Compreensão Textual 
A correta aplicação dos elementos coesivos é crucial para a compreensão do texto. Um uso inadequado 
pode levar a mal-entendidos ou dificuldades de interpretação. Por exemplo, a substituição de "porque" por 
"mas" em uma frase pode alterar completamente o sentido pretendido. 
Coesão vs. Coerência 
Enquanto a coesão se refere à articulação entre os componentes de um texto através de elementos 
linguísticos, a coerência está relacionada à lógica e ao sentido do texto. Um texto pode ser coeso mas não 
coerente se, apesar de bem articulado, suas ideias não fazem sentido quando conectadas. 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL: PRÓCLISE, MESÓCLISE E ÊNCLISE 
A colocação pronominal é um aspecto fundamental na gramática da língua portuguesa, envolvendo a 
posição dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação aos verbos. 
Existem três formas principais de colocação pronominal: próclise, mesóclise e ênclise. 
Próclise 
• Definição: Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. 
• Uso Recomendado: Geralmente é usada em contextos onde há palavras que "atraem" o pronome 
para antes do verbo. Estas palavras incluem: 
Palavras negativas: "não", "nunca", "ninguém". 
Pronomes relativos: "que", "quem", "onde". 
Pronomes indefinidos: "algo", "alguém", "nenhum". 
Pronomes demonstrativos: "esse", "aquele", "isto". 
Conjunções subordinativas: "como", "porque", "se". 
• Exemplo: "Não me fale sobre isso." 
Mesóclise 
• Definição: A mesóclise ocorre quando o pronome é inserido no meio do verbo. 
 
38 
• Uso Recomendado: É usada principalmente com verbos no futuro do presente ou no futuro do 
pretérito. 
• Exemplo: "Esforçar-me-ei para melhorar" (futuro do presente) e "Esforçar-me-ia se necessário" 
(futuro do pretérito). 
Ênclise 
• Definição: Na ênclise, o pronome é colocado após o verbo. 
• Uso Recomendado: Emprega-se em situações onde não há uma palavra que atraia o pronome para 
antes do verbo, especialmente quando o verbo está no início da frase ou após uma pausa. 
• Exemplo: "Falei-lhe sobre o projeto." 
Considerações Importantes 
• Verbos no Início da Oração: Se o verbo estiver no início da oração ou após uma pausa, utiliza-se a 
ênclise: "Diga-me a verdade." 
• Infinitivo Impessoal: Com o infinitivo impessoal, a colocação do pronome depende do contexto. 
Pode-se usar a próclise, a mesóclise (em casos raros) ou a ênclise: "Para me proteger", "Proteger-
me-ei", "Proteger-me". 
• Verbos no Imperativo Afirmativo: Com o imperativo afirmativo, usa-se a ênclise: "Fale-me 
claramente!" 
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39 
 RELAÇÃO ENTRE AS PARTES DO TEXTO: CAUSA, CONSEQUÊNCIA, COMPARAÇÃO, 
CONCLUSÃO, EXEMPLIFICAÇÃO, GENERALIZAÇÃO, PARTICULARIZAÇÃO. 
A construção de um texto bem articulado é essencial para garantir clareza e objetividade na transmissão da 
mensagem. Quanto mais conectados e interdependentes são as partes de um texto, mais objetivamente se 
torna a mensagem, e mais clara a interpretação para o leitor. 
Relação entre as Partes do Texto 
1. Causa 
• Função: Indica o motivo ou a razão de algo ocorrer no texto. 
• Exemplo no contexto: Em “O rei morreu porque era muito velhinho”, o uso de “porque” indica a 
causa da morte do rei.• Explicação: A palavra “porque” atua como um conectivo causal, explicando o motivo de um evento. 
É uma forma de explicar ao leitor o porquê de uma ação, facilitando o entendimento sobre o que 
motivou um acontecimento. 
2. Consequência 
• Função: Apresenta o resultado de uma ação ou situação. 
• Exemplo no contexto: “As mães ficam achando que a gente se tratando filhinho delas, então ...”, 
onde o “então” indica uma consequência do comportamento das crianças. 
• Explicação: A expressão “então” é utilizada para marcar uma consequência de algo exposto 
anteriormente. Esse tipo de relação ajuda a conectar os efeitos de um acontecimento à sua origem, 
tornando o desenvolvimento das ideias no texto mais lógico. 
3. Comparação 
• Função: Compara uma característica ou ação em relação a outra, destacando semelhanças ou 
diferenças. 
• Exemplo no contexto: Em “Ele era tão mandão”, a palavra “tão” funciona como uma forma de 
comparação, diminuindo uma intensidade de comportamento. 
• Explicação: Termos como “tão”, “tanto” ou “mais do que” são usados para comparar ou intensificar 
ideias, mostrando semelhanças ou diferenças entre aspectos do texto. Isso possibilita ao leitor 
compreender melhor a dimensão de uma característica. 
4. Conclusão 
• Função: Resume ou encerra um raciocínio, levando a uma interpretação final. 
• Exemplo no contexto: “Portanto, a utilização de articuladores é essencial para a explicação do 
texto”. 
 
40 
• Explicação: Conectivos como “portanto”, “logo” e “assim” são comuns para marcar uma conclusão 
ou uma inferência . Eles servem para consolidar as ideias apresentadas, facilitando uma 
interpretação mais assertiva. 
5. Exemplificação 
• Função: Apresenta um exemplo concreto para ilustrar um conceito ou ideia. 
• Exemplo no contexto: “Sempre que o avô contava”, exemplificando uma ação recorrente para 
ilustrar a noção de tempo. 
• Explicação: Exemplificações como essa são importantes para tangibilizar o conceito, dando ao 
leitor uma referência concreta. Assim, o leitor pode visualizar melhor como o conceito se aplica em 
uma situação real. 
6. Generalização 
• Função: Estende uma ideia para uma categoria ampla, aplicando o conceito a situações variadas. 
• Exemplo no contexto: “Articuladores como tempo, causa, oposição e conclusão são usados em 
muitos textos para aumentar a claramente.” 
• Explicação: A generalização permite abranger o conceito a uma categoria maior . No texto, isso 
ajuda a entender que o uso de articuladores não se limita a um único texto, mas é relevante em 
diversos contextos. 
7. Particularização 
• Função: Restringir uma ideia ampla a um caso específico, dando mais detalhes sobre um ponto 
particular. 
• Exemplo no contexto: “Sempre que o avô contou uma história específica…” 
• Explicação: Ao particularizar, o autor foca em um aspecto específico da narrativa, restringindo a 
aplicação de uma ideia. Isso fornece ao leitor uma perspectiva detalhada de uma situação 
específica, dando mais profundidade ao exemplo. 
 
Relação Geral e Importância dos Articuladores no Texto 
A importância do uso de articuladores vai além da conexão entre as partes; Eles a mensagem coesa e 
ajudam a construir um fluxo natural no texto. Articuladores de causa, consequência , comparação , 
conclusão , exemplificação , generalização e particularização são fundamentais para criar um texto claro, 
objetivo e interessante, que guie o leitor na interpretação e na compreensão das ideias principais e 
secundárias. 
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https://www.youtube.com/watch?v=v0iOuSjElbE
 
41 
CONECTIVOS: CLASSIFICAÇÃO, USO, EFEITOS DE SENTIDO. 
Os conectivos desempenham um papel fundamental na estruturação de textos, pois são responsáveis por 
ligar frases, ideias e argumentos, promovendo a coesão e a fluidez da escrita. Eles podem pertencer a 
diversas classes gramaticais, como conjunções, advérbios, preposições e locuções. 
Na comunicação escrita, é essencial que as ideias sejam apresentadas de forma clara e articulada. Os 
conectores são ferramentas que auxiliam nessa articulação, estabelecendo relações lógicas entre as partes 
do texto e facilitando a compreensão pelo leitor. 
 
A seguir, serão apresentados os principais tipos de conectores, acompanhados de exemplos que ilustram 
seu uso: 
 
1. Conectivos de Adição 
Utilizados para acrescentar informações ou ideias, diminuir soma ou continuidade. 
Principais conectivos: e, nem, além disso, também, não só... mas também, bem como, ainda, do mesmo 
modo, igualmente. 
Exemplos: 
• Os estudantes pesquisaram e apresentaram soluções inovadoras. 
• Além disso, o projeto contribuiu para a comunidade local. 
 
42 
 
2. Conectivos de Conclusão, Síntese ou Resumo 
Empregados para concluir um raciocínio ou resumir as ideias apresentadas. 
Principais conectivos: portanto, assim, logo, enfim, em conclusão, em síntese, em resumo, por isso, dessa 
forma. 
Exemplos: 
• Portanto, é evidente a necessidade de mudanças no processo. 
• Em resumo, os resultados superaram as expectativas. 
 
3. Conectivos de Certeza ou Afirmação 
Usados para enfatizar uma afirmação ou declaração sincera. 
Principais conectivos: certamente, com certeza, sem dúvida, evidentemente, obviamente, de fato, 
realmente. 
Exemplos: 
• Sem dúvida , a tecnologia revolucionou a educação. 
• Evidentemente , todos são responsáveis pelo meio ambiente. 
 
4. Conectivos de Concessão 
Indicam uma ideia que contrasta com outra, mas que não impede. 
Principais conectivos: embora, mesmo que, apesar de, ainda que, não obstante, contudo. 
Exemplos: 
• Embora enfrentassem desafios, mantiveram-se perseverantes. 
• Apesar de ser jovem, demonstrada grande atualização. 
 
5. Conectivos de Oposição ou Contraste 
Utilizados para apresentar ideias adequadas ou estabelecidas em contraste. 
Principais conectivos: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, ao contrário. 
Exemplos: 
• O produto é eficiente, porém tem um custo elevado. 
 
43 
• Entretanto , nem todos concordam com essa abordagem. 
 
6. Conectivos de Explicação ou Particularização 
Empregados para explicar, exemplificar ou detalhar uma ideia. 
Principais conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, em outras palavras, a saber, especificamente. 
Exemplos: 
• Existem várias formas de energia limpa, como por exemplo, a solar e a eólica. 
• Ele é um profissional dedicado, ou seja, sempre cumpre suas metas. 
 
7. Conectivos de Reafirmação ou Confirmação 
Usados para reforçar ou confirmar uma informação anteriormente mencionada. 
Principais conectivos: de fato, realmente, efetivamente, em suma, em outras palavras. 
Exemplos: 
• De fato, a iniciativa trouxe benefícios significativos. 
• Em outras palavras, precisamos compensar nossas estratégias. 
 
8. Conectivos de Tempo 
Indicam a relação temporal entre as ações ou eventos descritos. 
Principais conectivos: quando, enquanto, assim que, logo que, antes que, depois que, desde que. 
Exemplos: 
• Assim que o relatório estiver pronto, enviaremos por e-mail. 
• Enquanto aguardava a resposta, continue trabalhando no projeto. 
 
9. Conectivos de Finalidade ou Intencionalidade 
Expressam o propósito ou a intenção por trás de uma ação. 
Principais conectivos: para que, a fim de, com o objetivo de, com a intenção de. 
Exemplos: 
• Implementamos novas medidas com o objetivo de melhorar a eficiência. 
• Estudei intensamente para que pudéssemos conquistar uma bolsa de estudos. 
 
44 
 
A Importância dos Conectivos na Redação 
O uso adequado dos conectores é essencial para evitar repetições desnecessárias e garantir a clareza do 
texto. Eles facilitam o encadeamento lógico das ideias, tornando a leitura mais agradável e permitindo que 
o leitor compreenda facilmentea mensagem transmitida. 
Aos diversos tipos de conectivos e suas aplicações, é possível enriquecer a escrita e construir textos mais 
coesos e coerentes, aspectos fundamentais para o sucesso em concursos e avaliações. 
 
FUNÇÃO DA 
CONEXÃO 
CONECTIVOS 
ADIÇÃO e; além disso; não só...mas também; depois; finalmente; seguidamente; em primeiro lugar; em 
seguida; por um lado... por outro; Específicos; ainda; do mesmo modo; pela mesma razão; igualmente; 
também; de novo. 
OPOSIÇÃO porém; contrariamente; em vez de; pelo contrário; por oposição; ainda assim; mesmo assim; apesar 
de; contudo; no entanto; por outro lado. 
CONCLUSÃO logotipo; pois; assim; por isso; por conseguinte; portanto; enfim; em conclusão; concluindo; em suma. 
CONCESSÃO apesar de; ainda que; embora; mesmo que; por mais que; está bem que; ainda assim; mesmo assim. 
DÚVIDA talvez; é provável; é possível; provavelmente; porventura. 
CERTIFICADO é evidente que; certamente; concerto; com toda a certeza; naturalmente; evidentemente. 
CAUSA pois; pois que; visto que; já que; porque; dado que; uma vez que; por causa de; posto que; em virtude 
de; devido a; graças a. 
EXEMPLIFICAÇÃO por exemplo; exemplificativamente; isto é; tal como; em outras palavras; em particular. 
COMPARAÇÃO da mesma maneira; da mesma forma; como; similarmente; correspondendo a; assim como. 
 
CONECTIVOS MAIS COBRADOS NA SELECON 
Uso dos Conectivos e Relações Semânticas 
Os conectivos são elementos fundamentais para garantir a coesão e coerência de um texto, estabelecendo 
relações lógicas entre as ideias e facilitando a leitura e compreensão. A compreensão dos tipos de 
conectores e suas funções semânticas é essencial para interpretar e construir textos de maneira clara e 
eficiente. Abaixo, apresento as principais relações semânticas expressas por conectivos. 
 
1. Adição 
• Função: Indicar acréscimos ou continuidade de ideias, complementando o sentido de uma frase ou 
oração. 
• Conectivos Comuns: e, também, além disso, não só... mas também. 
 
45 
• Exemplo: “Ele estuda para concursos e trabalha meio período.” Neste exemplo, o conectivo “e” 
uma das duas atividades, relata que ambas ocorreram simultaneamente. 
2. Contraste (ou Oposição) 
• Função: Introduzir uma ideia contrária ou oposta à anterior, destacando uma diferença, 
discordância ou restrição. 
• Conectivos Comuns: mas, porém, todavia, contudo, entretanto . 
• Exemplo: “Ela queria viajar nas férias, mas decidiu economizar.” Aqui, o conectivo “mas” introduziu 
uma ideia ampla ao desejo inicial de viajar, evidenciando uma decisão oposta. 
3. Causa 
• Função: Apresentar o motivo ou a razão para um fato ou ação, explicando o “porquê” de algo 
acontecer. 
• Conectivos Comuns: porque, já que, visto que, como (quando inicia a frase), pois (quando 
posposto ao verbo). 
• Exemplo: “Ele faltou à aula porque estava doente.” O conectivo “porque” justifica a ausência, 
diminui a causa (doença) que impede a presença. 
4. Condição 
• Função: Estabelecer uma condição para que algo ocorra, ou seja, uma situação ou situação que, 
caso cumprida, resultará em um evento ou consequência. 
• Conectivos Comuns: se, caso , contanto que , desde que . 
• Exemplo: “Se ele estudar todos os dias, será aprovado.” O conectivo “se” indica uma condição 
(estudar todos os dias) que, quando cumprida, pode levar à aprovação. 
5. Comparação 
• Função: Fazer um paralelo ou analogia entre dois elementos, destacando semelhanças ou 
diferenças entre eles. 
• Conectivos Comuns: como, tanto quanto, assim como, mais... do que, menos... do que . 
• Exemplo: “Ela é tão dedicada nos estudos quanto ao seu irmão.” O conectivo “quanto” cria uma 
relação de comparação, equiparando o grau de dedicação entre as duas pessoas. 
6. Proporção 
• Função: Indicar uma relação de proporcionalidade entre duas ações ou eventos, geralmente 
expressando aumento ou influência simultânea. 
• Conectivos Comuns: quanto mais... mais, quanto menos... menos, à medida que. 
 
46 
• Exemplo: “Quanto mais ele estuda, mais seguro se sente.” Aqui, o conectivo “quanto mais... mais” 
demonstra uma relação proporcional entre o tempo de estudo e o aumento da segurança. 
 
Considerações sobre o uso dos conectores 
O uso correto dos conectivos é essencial para garantir que as relações semânticas sejam claramente 
previstas no texto. Em concursos, a compreensão dos diferentes conectivos e suas funções auxilia o 
candidato a interpretar corretamente as ideias e relações propostas pelo autor, além de construir 
respostas e redações com clareza, precisão e coesão. 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS E TIPOS DE CONECTIVOS SELECON 
As orações subordinadas adverbiais são orações que funcionam como adjuntos adverbiais, ou seja, 
modificam o sentido da oração principal ao acrescentar informações de tempo, causa, condição, entre 
outras. Essas orações são introduzidas por conexões específicas que determinam o tipo de relação 
semântica estabelecida com a oração principal. Compreender as orações subordinadas adverbiais e os 
conectivos que as introduzem é essencial para uma leitura crítica e para a construção de textos coesos. 
 
Definição e Função 
As orações subordinadas adverbiais são orações que complementam o sentido da oração principal, 
adicionando informações que ajudam a especificar as situações em que a ação ocorre. Dependendo do 
tipo de relação estabelecida, essas orações podem expressar causa, condição, concessão, tempo, entre 
outras. 
 
Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais 
As orações subordinadas adverbiais são definidas conforme a relação semântica que estabelece com a 
oração principal. Abaixo as principais classificações, com suas respectivas definições e exemplos. 
1. Oração Subordinada Adverbial Causal 
o Função: Indicar o motivo ou a razão pela qual a ação principal ocorre. 
o Conectivos Comuns: “porque”, “já que”, “visto que”, “uma vez que”. 
o Exemplo: “Saímos porque estava tarde.” Neste exemplo, a oração subordinada adverbial 
“porque estava tarde” indica a causa da saída. 
2. Oração Subordinada Adverbial Comparativa 
o Função: Estabelecer uma comparação entre duas ações ou qualidades. 
o Conectivos Comuns: “como”, “assim como”, “tal qual”, “mais... do que”. 
 
47 
o Exemplo: “Ele corre como um atleta.” Aqui, a oração “como um atleta” estabelece uma 
comparação entre o modo de correr do sujeito e o de um atleta. 
3. Oração Subordinada Adverbial Consecutiva 
o Função: Apontar uma consequência da ação expressa na oração principal. 
o Conectivos Comuns: “tanto que”, “de forma que”, “de modo que”. 
o Exemplo: “Estudou tanto que passou.” A oração “que passou” indica o resultado da 
intensidade do estudo, ou seja, a consequência. 
4. Oração Subordinada Adverbial Concessiva 
o Função: Introduzir uma ideia de concessão, ou seja, algo que ocorra apesar de uma situação 
correspondente. 
o Conectivos Comuns: “embora”, “ainda que”, “mesmo que”, “apesar de que”. 
o Exemplo: “Embora estivesse cansado, ele estava.” A oração subordinada “embora estivesse 
cansado” indica uma concessão, pois o sujeito realizou a ação de ir mesmo com a condição 
desfavorável de cansaço. 
5. Oração Subordinada Adverbial Condicional 
o Função: Expressar uma condição para que a ação da oração principal ocorra. 
o Conectivos Comuns: “se”, “caso”, “contanto que”, “desde que”. 
o Exemplo: “ Se estudar, passar.” A oração “se estudar” estabelece uma condição necessária 
para o resultado expresso na oração principal (aprovação). 
6. Oração Subordinada Adverbial Temporal 
o Função: Indicar a relação de tempo entre as ações da oração principal e da oração 
subordinada. 
o Conectivos Comuns: “quando”, “assim que”, “logo que”, “enquanto”. 
o Exemplo: “Quando ele chegou, já era tarde.” A oração “quando ele chegou” define o 
momento em que a situação descrita na oração principal aconteceu. 
 
CONECTIVOS MAIS COMUNS E EXEMPLOS 
Abaixo os principais conectivos que estão introduzidos emcada tipo de oração subordinada, adverbial e 
exemplos para cada um: 
• Causais: "porque", "já que", "visto que", "uma vez que". 
o Exemplo: “Ele foi embora porque estava chovendo.” 
 
48 
• Comparativas: “como”, “assim como”, “tal qual”, “mais... do que”. 
o Exemplo: “Ela é cuidadosa como uma mãe.” 
• Consecutivas: “tanto que”, “de forma que”, “de modo que”. 
o Exemplo: “Falou tanto que ficou sem voz.” 
• Concessivas: "embora", "ainda que", "mesmo que", "apesar de que". 
o Exemplo: “Embora estivesse doente, ele compareceu ao evento.” 
• Condicionais: “se”, “caso”, “contanto que”, “desde que”. 
o Exemplo: “Caso ele se esforce, conseguirá alcançar seus objetivos.” 
• Temporais: "quando", "enquanto", "assim que", "logo que". 
o Exemplo: “Assim que o dia amanheceu, saiu para a viagem.” 
 
Considerações Finais sobre Orações Subordinadas Adverbiais 
As orações subordinadas adverbiais enriquecem o texto ao adicionar detalhes sobre as situações das ações 
descritas na oração principal. Cada tipo de oração estabelece uma relação específica que esclarece ou 
expande o sentido do enunciado, permitindo ao leitor entender o contexto e as condições em que a ação 
ocorre. Dominar essas estruturas é essencial para textos, interpretar com precisão e redigir frases coesas e 
claras, habilidades muito utilizadas em concursos. 
 
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VERBOS: PESSOA, NÚMERO, TEMPO E MODO. 
Os verbos são palavras que descrevem ações (como “correr” e “escrever”), estados (como “ser” e “estar”) 
ou características da natureza (como “chover” e “nevar”), sendo fundamentais para a estruturação das 
frases em língua portuguesa. Eles atuam como o núcleo das orações, permitindo que o falante expresse o 
que está acontecendo, como e quando ocorre, e quem está envolvido. 
Para comunicar uma ideia completa, os verbos precisam se ajustar ao contexto da frase, flexionando-se de 
acordo com quem realiza a ação, o número de participantes, o momento em que ocorre e o modo como 
é expresso. Essas características fundamentais são chamadas de pessoa, número, tempo e modo. 
• Pessoa indica quem realiza a ação, permitindo diferenciar o falante, o ouvinte e o assunto da 
conversa. 
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49 
• O número refere-se à quantidade de pessoas ou coisas envolvidas, definindo se a ação é realizada 
por uma ou mais entidades. 
• O tempo situa a ação em um determinado momento cronológico, permitindo saber se a ação 
ocorre no presente, já aconteceu ou aconteceu. 
• Modo indica a atitude do falante em relação à ação, mostrando se é algo certo, hipotético, 
desejado ou uma ordem. 
Essas flexões verbais tornam uma língua mais rica e flexível, possibilitando que as mesmas ações ou 
estados sejam comunicados com nuances e variações que expressam interesses e contextos específicos. 
Neste capítulo, exploraremos cada uma dessas características em detalhes, compreendendo como elas 
funcionam e de que forma são abordadas para a clareza e a precisão da comunicação em português. 
FLEXÃO DE PESSOA E NÚMERO 
Pessoa 
A flexão de pessoa no verbo identifica o sujeito da ação verbal, indicando quem está envolvido no 
processo descrito. No português, temos três pessoas gramaticais, cada uma com suas formas para o 
singular e o plural. 
1. Primeira Pessoa: Refere-se ao falante ou ao grupo que inclui o falante. 
o Singular: eu — Exemplo: "Eu canto." 
o Plural: nós — Exemplo: "Nós cantamos." 
2. Segunda Pessoa: Consulte-se diretamente ao interlocutor (quem ouve ou lê a mensagem). 
o Singular: tu ou você — Exemplo: "Tu cantas." ou "Você canta." 
o Plural: vós (mais usado em textos formais) ou vocês — Exemplo: "Vós cantais." ou "Vocês 
cantam." 
3. Terceira Pessoa: Refere-se à pessoa, coisa ou grupo sobre o qual se fala, que não participa 
diretamente do ato comunicativo. 
o Singular: ele/ela — Exemplo: "Ele canta." 
o Plural: eles/elas — Exemplo: "Eles cantam." 
Essas flexões em pessoa são essenciais para deixar claro quem realiza a ação , facilitando a compreensão 
da mensagem e estabelecendo o contexto de quem fala, de quem ouve e de quem se fala. 
Número 
O número gramatical indica se a ação é realizada por uma única pessoa ou por mais de uma, 
determinando se o verbo se encontra no singular ou no plural. A flexão em número ajustado o verbo ao 
número do sujeito. 
 
50 
• Singular: Indica uma única pessoa ou entidade como sujeito. 
o Exemplo: "Eu canto" ou "Ele lê." 
• Plural: Indica mais de uma pessoa ou entidade como sujeito. 
o Exemplo: "Nós cantamos" ou "Eles leem." 
Quando conjugados, os verbos flexionam-se em pessoa e número para mostrar quem realiza a ação e 
quantos estão os envolvidos. Essa estrutura permite que a comunicação seja clara e direta, evidenciando a 
relação do sujeito com o verbo e proporcionando uma diferenciação entre os interlocutores e aqueles de 
quem se fala. 
Exemplos de Flexão de Pessoa e Número 
1. Eu trabalho. — "Eu" representa a primeira pessoa do singular, diminuindo que o falante realiza a 
ação. 
2. Você trabalha. — "Tu" representa a segunda pessoa do singular, inferior que a ação é dirigida a um 
interlocutor direto. 
3. Ele/ela trabalha. — "Ele" ou "ela" representa a terceira pessoa do singular, colocação que se fala 
de alguém. 
4. Nós ganhamos. — "Nós" representa a primeira pessoa do plural, inferior ao falante e outros 
realizando a ação juntos. 
5. Vocês trabalham. — "Vós" representa a segunda pessoa do plural, usado em contextos mais 
formais, diminuindo que a ação é dirigida a várias pessoas. 
6. Eles/elas trabalham. — "Eles" ou "elas" representam a terceira pessoa do plural, inferior que a 
ação se refere a um grupo sobre o qual se fala. 
Esses exemplos ilustram como a flexão de pessoa e o número nos verbos ajudam a especificar o papel de 
cada um no discurso, tornando a comunicação mais precisa e estruturada. 
 
 
 
51 
 
FLEXÃO DE TEMPO 
Os tempos verbais situam-se a ação, o estado ou o específico em um momento específico no tempo. No 
português, os tempos principais são o presente, o pretérito e o futuro, cada um deles possibilitando ao 
falante expressar ações que ocorrerão no passado, no presente ou no futuro. 
Presente 
O presente indica uma ação que ocorre no momento da fala, isto é, que está acontecendo agora ou que 
ocorre de forma habitual e repetida. 
• Exemplo: "Eu estudo todos os dias." — Neste caso, o verbo “estudo” expressa uma ação atual ou 
repetida no momento presente. 
Pretérito 
O pretérito expressa uma ação concluída no passado. Em português, ele se subdivide em três tipos: 
Pretérito Perfeito, Pretérito Imperfeito e Pretérito Mais-que-Perfeito. 
1. Pretérito Perfeito: Indica uma ação que foi concluída em um momento específico do passado, sem 
continuidade no presente. 
o Exemplo: "Ontem, eu estudei a matéria." — A ação de estudo foi finalizada em um 
momento determinado no passado (ontem). 
2. Pretérito Imperfeito: Refere-se a uma ação que ocorre de forma contínua ou habitual no passado, 
sem que se precise definir seu início ou fim. 
 
52 
o Exemplo: "Quando era criança, eu brincava no parque." — A ação de brincar acontecia 
repetidamente no passado. 
3. Pretérito Mais-que-Perfeito: Indica uma ação que ocorreu antes de outra ação também no 
passado, ou seja, é uma ação passada em relação a outra ação passada. 
o Exemplo: "Ela já tinha saído quando eu cheguei." — A ação de sair ocorreu antes da ação de 
chegar. 
Futuro 
O futuro refere-se a uma ação que ainda vai acontecer. Ele se divide em Futuro do Presente e Futuro do 
Pretérito. 
1. Futuro do Presente: Indica uma ação que ocorrerá após o momento da fala, algo planejado ou 
esperado para um tempo posterior. 
o Exemplo: "Amanhã, eu estudarei para aprova." — A ação de estudar está programada para 
um momento futuro em relação ao agora. 
2. Futuro do Pretérito: Refere-se a uma ação que seria realizada em uma situação futura em relação 
ao passado, ou a uma hipótese, frequentemente associada a condições. 
o Exemplo: "Eu estudaria mais, se tivesse tido tempo." — Uma ação de estudo poderia ter 
ocorrido se uma condição específica fosse atendida. 
Esses tempos verbais são fundamentais para situar as ações dentro de uma linha temporal e ajudar o 
falante a expressar não apenas quando algo acontece, mas também se a ação é certa, repetida, planejada 
ou apenas imaginada. 
FLEXÃO DE MODO 
Os modos verbais expressam a atitude do falante em relação à ação verbal, indicando se ele a vê como 
uma realidade, uma possibilidade, um desejo, uma ordem ou uma hipótese. No português, existem três 
modos verbais principais: indicativo , subjuntivo e imperativo . Cada um desses modos ajuda a moldar a 
intenção da fala, atribuindo diferentes tons e significados às ações descritas pelos verbos. 
Indicativo 
O modo indicativo é usado para expressar ações reais e concretas, aquelas que o falante considera como 
fatos. Ele descreve situações vistas como verdadeiras ou que acontecem de maneira habitual, sem 
ambiguidade ou incerteza. 
• Exemplo : "Eu estudo todos os dias." — Aqui, o verbo “estudo” expressa uma ação concreta e 
rotineira. 
Subjuntivo 
O modo subjuntivo é utilizado para declaração de incerteza, desejo, possibilidade ou uma situação 
hipotética. No subjuntivo, o falante não afirma com certeza a ocorrência da ação; Ao contrário, ele indica 
 
53 
que há uma dúvida, uma condição ou uma expectativa em relação a ela. O subjuntivo se subdivide em três 
tempos: 
1. Presente do Subjuntivo : Expressa um desejo, expectativa ou incerteza sobre algo que ocorre no 
presente. 
o Exemplo : "Espero que ele estude." — A frase indica um desejo ou expectativa do falante. 
2. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo : Indica uma ação que poderia ter ocorrido no passado sob 
certas condições, ou uma ação desejada, mas incerta. 
o Exemplo : "Se eu estudasse mais, teria melhores notas." — Uma frase sugere uma condição 
para algo que poderia ter acontecido. 
3. Futuro do Subjuntivo : Refere-se a uma ação futura que depende de uma condição para acontecer. 
o Exemplo : "Quando ele estudar, estará pronto para a prova." — Indica uma situação futura 
e incerta, dependente de uma condição. 
Imperativo 
O modo imperativo é utilizado para declarações, pedidos, instruções ou conselhos. Ele é direcionado ao 
interlocutor e, por isso, está sempre relacionado à segunda pessoa, seja no singular ou no plural. O 
imperativo dividir-se em afirmativo e negativo : 
1. Imperativo Afirmativo : Expressa uma ordem ou pedido para que a ação seja realizada. 
o Exemplo : "Estude com atenção!" — O verbo “estudo” direciona uma instrução ou conselho. 
2. Imperativo Negativo : Expressa uma ordem ou pedido para que a ação não seja realizada. 
o Exemplo : "Não fale tão alto!" — Aqui, o verbo no imperativo negativo impede uma ação. 
Os modos verbais permitem que o falante varie o tom e o propósito de suas ações, possibilitando a 
comunicação de fatos, hipóteses, desejos e ordens de maneira clara e eficaz. Com o domínio dessas 
flexões, é possível adaptar a fala e a escrita para transmitir com precisão o que se desejar. 
EXEMPLOS DE CONJUGAÇÃO: ANÁLISE DE PESSOA, NÚMERO, TEMPO E MODO 
Para entender melhor como os verbos se flexionam de acordo com pessoa , número , tempo e modo , 
vamos analisar a conjugação do verbo cantar em diferentes contextos. Esses exemplos demonstram como 
cada conjugação verbal se adapta à ação para expressar com precisão o papel do sujeito, o momento da 
ação e a atitude do falante. 
Pessoa Número Tempo Modo Conjugação 
1ª pessoa Singular Presente Indicativo Eu canto 
3ª pessoa Plural Pretérito Imperfeito Indicativo Eles cantavam 
 
54 
2ª pessoa Singular Futuro do Pretérito Indicativo Tu cantas 
1ª pessoa Singular Presente Subjuntivo Que eu canto 
2ª pessoa Plural Afirmativo Imperativo Cantai 
Análise dos Exemplos 
1. Eu canto : 
o Pessoa : 1ª pessoa 
o Número : Singular 
o Tempo : Presente 
o Modo : Indicativo 
o Significado : A ação de cantar ocorre no momento presente e é realizada por quem fala 
(primeira pessoa). A atitude do falante é de certeza e realidade. 
2. Eles cantavam : 
o Pessoa : 3ª pessoa 
o Número : Plural 
o Tempo : Pretérito Imperfeito 
o Modo : Indicativo 
o Significado : A ação de cantar era habitual ou contínua no passado, realizada por um grupo 
de pessoas (terceira pessoa do plural), com uma atitude de certeza. 
3. Tu cantas : 
o Pessoa : 2ª pessoa 
o Número : Singular 
o Tempo : Futuro do Pretérito 
o Modo : Indicativo 
o Significado : Refere-se a uma ação futura em relação ao passado ou a uma hipótese, dirigida 
ao interlocutor (segunda pessoa). A frase sugere uma possibilidade ou condição. 
4. O que eu canto : 
o Pessoa : 1ª pessoa 
o Número : Singular 
 
55 
o Tempo : Presente 
o Modo : Subjuntivo 
o Significado : Expressa um desejo ou hipótese em relação ao ato de cantar, sem certeza de 
que ocorrerá. É utilizado no subjuntivo, que indica incerteza ou expectativa. 
5. Cantai : 
o Pessoa : 2ª pessoa 
o Número : Plural 
o Tempo : Presente 
o Modo : Imperativo Afirmativo 
o Significado : Este é um comando ou pedido para que o grupo de pessoas (segunda pessoa 
do plural) realize a ação de cantar. O modo imperativo afirma a ação com uma ordem direta 
ou conselho. 
Esses exemplos ilustram a intimidade das flexões verbais e como cada variação traz um significado 
específico ao verbo “cantar”, enriquecendo o discurso e tornando-o mais adequado ao contexto e à 
intenção de quem fala. 
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56 
VOZES VERBAIS. 
As vozes verbais são uma característica da estrutura da língua que define a relação entre o sujeito e o 
verbo em uma oração. Essa relação pode indicar se o sujeito está praticando ou recebendo a ação descrita 
pelo verbo, ou até mesmo se ele prática e recebe a ação ao mesmo tempo. 
Para identificar a voz verbal em uma oração, é necessário observar o comportamento do sujeito em 
relação ao verbo. Primeiro, deve-se verificar se o sujeito está realizando a ação (o que caracteriza a voz 
ativa), recebendo a ação (característica da voz passiva) ou praticando e recebendo simultaneamente a 
ação (o que ocorre na voz reflexiva). 
Assim, ao analisar a estrutura das vozes verbais, é possível determinar a intenção comunicativa e a ênfase 
que se deseja dar ao sujeito ou ao objeto da ação, permitindo uma compreensão mais detalhada da 
mensagem transmitida. 
VOZ ATIVA 
Na voz ativa, o sujeito da oração é o agente da ação verbal, ou seja, ele é responsável por praticar a ação 
expressa pelo verbo. Nessa construção, o foco recai sobre o sujeito ativo, destacando sua participação 
direta na ação descrita. 
Para identificar a voz ativa em uma oração, basta observar se o sujeito está desempenhando uma função 
de agente, ou seja, se ele realiza a ação. Esse tipo de estrutura é utilizado quando se quer dar ênfase ao 
sujeito que envelhece, transmitindo uma mensagem mais direta e ativa. 
Exemplo de Voz Ativa 
• Frase: "Ela alugou a casa de praia." 
o Análise: Nesta frase, o sujeito “Ela” realiza a ação de alugar, sendo, portanto, o agente da 
ação. Aqui, a voz ativa coloca o foco em “Ela”, que é quem pratica a ação de alugar. 
Em resumo, a voz ativa é empregada para acentuar o papel do sujeito enquanto realizador da ação. Essa 
escolha de estrutura confere um tom mais enérgico e direto à comunicação, enfatizando o agente e seu 
papelativo na situação descrita. 
VOZ PASSIVA 
Na voz passiva, o sujeito da oração recebe uma ação em vez de praticá-la. Nesse caso, o foco da oração é 
deslocado para o sujeito, ou seja, aquele que sofre ou recebe a ação expressa pelo verbo. A voz passiva é 
útil quando se deseja dar ênfase ao efeito da ação sobre o sujeito, minimizando a importância de quem a 
realiza. 
Existem duas formas de construir a voz passiva: 
1. Voz Passiva Analítica: Formada por um verbo auxiliar (normalmente o verbo “ser”, “estar” ou 
“ficar”) seguido do verbo principal no particípio. 
o Exemplo: “A casa de praia foi alugada por ela.” 
 
57 
▪ Análise: Aqui, o sujeito “A casa de praia” recebe a ação de ser alugada, enquanto 
“por ela” representa o agente da ação. A construção da voz passiva analítica coloca 
em destaque o que foi oferecido, não quem alugou. 
2. Voz Passiva Sintética: Estruturada com um verbo na terceira pessoa do singular ou plural, seguida 
da partícula apassivadora 'se' . 
o Exemplo: “Alugou-se a casa de praia.” 
▪ Análise: Nesta frase, a partícula “se” indica que “a casa de praia” é o sujeito paciente 
que recebe a ação. O agente da ação (quem alugou) é omitido, focando-se apenas 
no fato de que a casa foi alugada. 
A escolha entre a voz passiva analítica e a voz passiva sintética depende do nível de formalidade desejado e 
do grau de ênfase que se quer dar ao sujeito paciente. A voz passiva analítica é mais comum em contextos 
formais e escritos, enquanto a voz passiva sintética é mais usada em linguagem cotidiana e objetiva. 
VOZ REFLEXIVA 
Na voz reflexiva, o sujeito da oração pratica e recebe a ação ao mesmo tempo, funcionando tanto como 
agente quanto como paciente . Esse tipo de construção é usado quando se deseja mostrar que a ação recai 
sobre o próprio sujeito. 
A voz reflexiva pode ser identificada pela presença do pronome reflexivo “se” (ou seus equivalentes no 
plural), que indica que o sujeito é ao mesmo tempo o realizador e o receptor da ação. 
Existem dois tipos de voz reflexiva: 
1. Reflexiva Simples: Apresenta um único sujeito que realiza e recebe a ação. 
o Exemplo: “Ele se machucou com a faca.” 
▪ Análise: Nesta frase, “Ele” é o sujeito que pratica e recebe a ação de se machucar. O 
uso do pronome “se” deixa claro que a ação foi realizada e sofrida pelo próprio 
sujeito. 
2. Reflexiva Recíproca: Envolve mais de um sujeito, que pratica e recebe a ação de forma mútua. 
o Exemplo: “Capitu e Bentinho beijaram-se.” 
▪ Análise: Neste caso, “Capitu e Bentinho” são dois sujeitos que realizam a ação de se 
beijar e, ao mesmo tempo, são os receptores dessa ação. O pronome “se” indica que 
a ação é recíproca, ocorrendo entre os dois. 
A voz reflexiva é especialmente útil para descrever ações autodirigidas ou recíprocas, onde o foco está na 
relação direta entre o sujeito e a ação, sem a necessidade de um agente externo. 
 
 
58 
TRANSPOSIÇÃO DA VOZ ATIVA PARA A VOZ PASSIVA 
A transposição da voz ativa para a voz passiva é um processo que permite transformar uma oração, 
originalmente focada no agente da ação, em uma construção onde o paciente ou o objeto da ação se 
torna o foco principal. Essa mudança altera a estrutura da operação e a sua ênfase, destacando quem 
recebe a ação ao invés de quem a realiza. 
Para que a transposição seja possível, é necessário que o verbo da oração seja transitivo direto (um verbo 
que exige um objeto direto). Verbos intransitivos ou transitivos indiretos não podem ser usados para 
formar orações em voz passiva. 
Passos para Transporte da Voz Ativa para a Voz Passiva 
1. identificar o Objeto Direto na voz ativa, que passará a desempenhar o papel de sujeito na voz 
passiva. 
2. Posicionar o Verbo “Ser” seguido pelo verbo principal no particípio (passiva analítica) ou adicionar 
a partícula 'se' (passiva sintética) para construir uma nova estrutura. 
3. Ajustar o Tempo e Modo Verbal, mantendo o mesmo tempo e modo da oração original. 
Exemplo de Transposição (Voz Passiva Analítica) 
• Voz Ativa: “Maria vende livros.” 
o Análise: O sujeito “Maria” realiza a ação de vender, e “livros” é o objeto direto. 
• Voz Passiva Analítica: “Livros são vendidos por Maria.” 
o Análise: “Livros” agora é o sujeito da oração e recebe a ação. “Por Maria” é o agente da 
passiva. 
Exemplo de Transposição (Voz Passiva Sintética) 
• Voz Ativa: “Maria vende livros.” 
• Voz Passiva Sintética: “Vendem-se livros.” 
o Análise: O agente da ação (Maria) é omitido, e o foco recai apenas sobre o fato de que 
“livros” são vendidos. 
A transposição entre vozes altera o foco da oração, sendo uma ferramenta útil para reorganizar 
informações de acordo com a ênfase específica na comunicação. 
LIMITES NA PASSAGEM PARA A VOZ PASSIVA 
Nem todas as orações na voz ativa podem ser convertidas para a voz passiva. A possibilidade de 
transposição depende diretamente do tipo de verbo presente na oração. Para que a passagem seja 
possível, é necessário que o verbo seja transitivo direto , ou seja, que ele tenha um objeto direto (alguém 
ou algo que recebe a ação do verbo sem preposição). 
 
59 
 
Verbos que Não Permitem a Passagem para a Voz Passiva 
• Verbos Intransitivos: Verbos que não desativam complementos não podem ser convertidos para a 
voz passiva. 
• Verbos Transitivos Indiretos: Verbos que requerem um complemento introduzido por preposição, 
como "precisar de" ou "gostar de", também não permitem a formação da voz passiva. 
Exemplo de Verbo Transitivo Indireto 
• Voz Ativa: “A empresa precisa de vendedores.” 
o Análise: O verbo "precisar" é transitivo indireto, pois exige uma preposição "de" para seu 
complemento ("de vendedores"). 
• Impossibilidade de Passagem para a Voz Passiva: Não é possível formar uma voz passiva com 
verbos transitivos indiretos, pois, gramaticalmente, não se pode transformar “vendedores” em 
sujeito da oração. 
A estrutura da operação com verbos intransitivos ou transitivos indiretos se mantém necessariamente na 
voz ativa ou em uma forma indeterminada do sujeito. 
Exemplo de Sujeito Indeterminado 
• Frase: “Precisa-se de vendedores.” 
o Análise: Nesse caso, a oração mantém a voz ativa com sujeito indeterminado, e a partícula 
“se” atua como índice de indeterminação do sujeito. 
Essas limitações reforçam que, para usar a voz passiva, o verbo na voz ativa deve ser transitivo direto, 
garantindo que o objeto direto possa ser transformado no sujeito da nova oração. 
ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO 
O índice de indeterminação do sujeito é utilizado em orações onde o sujeito é indeterminado ou não 
especificado. Em português, isso é feito com o uso da partícula “se” em combinação com um verbo 
transitivo indireto ou intransitivo, ou seja, verbos que não excluem um objeto direto. Dessa forma, a ação 
é apresentada sem um agente específico, sendo uma estrutura muito comum para expressar ideias 
genéricas ou indeterminadas. 
Como identificar o Índice de Indeterminação do Sujeito 
Para identificar uma oração com sujeito indeterminado, basta observar: 
1. A Presença da Partícula “Se”: Quando o “se” aparece junto a um verbo intransitivo ou transitivo 
indireto, ele indica que o sujeito não é determinado. 
2. A Concordância no Singular: O verbo sempre concorda no singular, independente de 
complemento. 
 
60 
Exemplo de Uso com Sujeito Indeterminado 
• Frase: “Precisa-se de vendedores.” 
o Análise : Aqui, o verbo “precisar” é transitivo indiretamente, exigindo a preposição “de” 
para o complemento “vendedores”. A partícula “se” é como índice de indeterminação, 
diminuindo que a ação de necessidade de vendedores ocorre sem que se saiba quem 
pratica essa ação. 
Diferença com Voz Passiva Sintética 
É importante diferenciar o índice de indeterminação da voz passiva sintética: 
• Na voz passiva sintética, o “se” é usado com verbos transitivos diretos e o verbo concorda com o 
sujeito paciente, podendo estar no plural. 
o Exemplo: “Vendem-se livros.” 
▪ Aqui,“livros” é o sujeito paciente, e a concordância no plural indica que é uma 
oração em voz passiva sintética. 
A estrutura com o índice de indeterminação é uma ferramenta prática para se comunicar de maneira 
impessoal, evitando a previsão do sujeito e mantendo o foco apenas na ação descrita pelo verbo. 
CONCORDÂNCIA VERBAL NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA 
A voz passiva sintética exige uma atenção especial à concordância verbal, pois o verbo precisa concordar 
em número (singular ou plural) com o sujeito paciente da oração. Nessa estrutura, a partícula “se” atua 
como marcador da voz passiva, e o verbo deve ajustar-se ao sujeito que sofre a ação, mantendo a 
concordância gramatical correta. 
Regras de Concordância na Voz Passiva Sintética 
1. Sujeito no Singular: O verbo permanece no singular. 
o Exemplo: “Vende-se uma casa.” 
▪ Análise: Aqui, “casa” é o sujeito paciente e não está no singular, então o verbo 
“vende” também fica no singular para concordar. 
2. Sujeito no Plural: O verbo concorda com o sujeito no plural. 
o Exemplo: “Vendem-se casas.” 
▪ Análise: Neste caso, “casas” é o paciente sujeito e está no plural, exigindo que o 
verbo “vendem” também esteja no plural. 
Erros Comuns de Concordância 
Um erro frequente ocorre quando o sujeito está no plural, mas o verbo permanece no singular, o que não 
é permitido pela norma culta. 
 
61 
• Erro: “Vende-se livros.” 
o Correção: “Vendem-se livros.” (O sujeito “livros” não está no plural, então o verbo deve 
concordar no plural). 
Diferença entre Sujeito e Objeto Indireto 
Na voz passivamente sintética, o sujeito é sempre o paciente que sofre a ação e, portanto, o verbo precisa 
concordar com ele. Esse uso é diferente de orações com sujeito indeterminado, onde o “se” acompanha 
verbos transitivos indiretos e intransitivos e o verbo permanece no singular. 
A concordância correta na voz passiva sintética é essencial para a clareza e precisão da comunicação, 
permitindo uma construção impessoal que segue as normas gramaticais da língua portuguesa. 
IMPORTÂNCIA DO TEMPO E MODO VERBAL NA TRANSPOSIÇÃO 
Ao realizar a transposição de uma oração da voz ativa para a voz passiva, é crucial manter o tempo e o 
modo verbal do verbo original, de forma a preservar o sentido temporal e a intenção da mensagem. 
Passos para Manter o Tempo e Modo Verbal na Transposição 
1. identificar o Tempo e Modo na Voz Ativa: Primeiro, verifique o tempo verbal (presente, passado, 
futuro) e o modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) do verbo na oração ativa. 
2. Aplicar o Mesmo Tempo e Modo na Voz Passiva: Ao transportar para a voz passiva, utilize o verbo 
“ser” conjugado no mesmo tempo e modo da oração original, seguido do verbo principal no 
particípio. 
Exemplo Prático de Transposição com Tempo e Modo 
• Voz Ativa: “Machado de Assis escreveu Dom Casmurro.” 
o Análise: Aqui, o verbo “escreveu” não é pretérito perfeito do indicativo, e o sujeito 
“Machado de Assis” é o agente que praticou a ação. 
• Voz Passiva Analítica: “Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis.” 
o Análise: Na voz passiva, o verbo “ser” foi conjugado no pretérito perfeito do indicativo 
(“foi”), mantendo o andamento e modo original da voz ativa. O verbo “escrever” não é 
particípio (“escrito”), e o foco é transferido para o livro, que agora é o sujeito paciente. 
Importância da Manutenção do Tempo e Modo 
Essa manutenção é essencial para que a oração na voz passiva transmita a mesma informação temporal e 
modal da voz ativa, garantindo que o ouvinte ou leitor compreenda a situação no mesmo contexto 
temporal. Alterar o tempo ou o modo na transposição pode causar confusão sobre quando e como a ação 
ocorreu, prejudicando a clareza da comunicação. 
Esse cuidado com o tempo e modo verbal é um elemento essencial da coerência temporal e da precisão 
verbal na formação da voz passiva, especialmente em contextos formais e em textos que desbloqueiam o 
rigor gramatical. 
 
62 
 
 
63 
DIFERENÇAS ENTRE AS VOZES VERBAIS 
As vozes verbais indicam como o sujeito se relaciona com a ação expressa pelo verbo, distinguindo se ele é 
o agente, o paciente ou ambos ao mesmo tempo. As vozes verbais são a ativa , a passiva e a reflexiva , e 
cada uma possui uma estrutura característica e um papel específico do sujeito na oração. 
Voz Verbal Função do Sujeito Estrutura Exemplo 
Ativa Agente Sujeito + Verbo + Objeto "O aluno leu o livro." 
Passiva Paciente Sujeito + Verbo + Agente "O livro foi lido pelo aluno." 
Reflexiva Agente e Paciente Sujeito + Verbo + Pronome "O aluno se preparou para a prova." 
1. Voz Ativa 
Na voz ativa, o sujeito é o agente da ação – ele pratica a ação expressa pelo verbo. A estrutura básica é 
composta pelo sujeito seguido do verbo, que, por sua vez, é seguida pelo objeto, caso a oração tenha um 
complemento direto. 
• Exemplo: "O aluno leu o livro." 
o Sujeito: "o aluno" (quem pratica a ação de ler). 
o Verbo: "leu" (ação realizada pelo sujeito). 
o Objeto: "o livro" (quem recebe a ação de ler). 
2. Voz Passiva 
Na voz passiva, o sujeito é o paciente da ação – ele recebe a ação praticada por um agente, que 
geralmente aparece após a preposição "por”. Essa estrutura destaca o resultado da ação ou o próprio 
objeto sobre o qual recai a ação, em vez do agente que a realiza. 
• Exemplo: "O livro foi lido pelo aluno." 
o Sujeito paciente: "o livro" (quem recebe a ação). 
o Verbo: "foi lido" (voz passiva, inferior que a ação recai sobre o sujeito). 
o Agente da passiva: "pelo aluno" (quem realiza a ação). 
3. Voz Reflexiva 
Na voz reflexiva, o sujeito é ao mesmo tempo o agente e o paciente da ação – ele pratica e obtém a ação 
simultaneamente. Nessa estrutura, um pronome reflexivo (me, te, se, nos, vos) acompanha o verbo, 
diminuindo que a ação ocorre sobre o próprio sujeito. 
• Exemplo: "O aluno se preparou para a prova." 
o Sujeito: "o aluno" (quem pratica a ação). 
o Verbo reflexivo: "se preparou" (ação que recai sobre o próprio sujeito). 
o Pronome reflexivo: "se" (indica que a ação é reflexiva). 
 
64 
Essas distinções são fundamentais para a análise de ou ações e a correta identificação das funções e 
sentidos atribuídos ao sujeito na relação com a ação, sendo frequentemente abordadas em provas de 
concursos públicos. 
7. PRÁTICAS FREQUENTES EM PROVAS 
Nas provas de concurso é comum encontrar: 
• Questões que pedem a transformação da voz ativa para a passiva (ou vice-versa). 
• Identificação da voz usada em uma frase específica. 
• Identificação de frases que contenham pronomes reflexivos para a voz reflexiva. 
• Compreensão de quando uma estrutura é passiva analítica ou sintética . 
Este conhecimento é essencial para responder questões relacionadas à morfologia dos verbos e à flexão 
de voz , especialmente nas questões que desativam a correção gramatical e esclarecem no uso da língua 
padrão. 
 
 
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65 
TRANSITIVIDADE VERBAL E NOMINAL. 
 
A transitividade verbal diz respeito à relação que os verbos estabelecem com os elementos que 
completam seu sentido na oração. Em outras palavras, os verbos transitivos, diferentemente dos verbos 
intransitivos, não têm sentido completo por si sós; eles fornecem complementos que fornecem 
informações adicionais, tornando a comunicação clara e precisa. Esse complemento, que pode ser direto 
ou indireto, funciona como um elemento essencial para que o verbo expresse a ação, estado ou ocorrência 
de forma completa. 
Por exemplo, ao dizermos " A professora corrigiu... ", a frase fica incompleta, pois o verbo " corrigiu " exige 
um complemento que responda "corrigiu o quê?". Completando a oração para " A professora corrigiu as 
provas ", adicionamos ocomplemento necessário para que o verbo tenha sentido pleno. 
Além dos verbos, a transitividade também pode ser observada em elementos como substantivos , 
adjetivos e advérbios . Quando essas palavras precisam de outros termos para completar seu sentido, 
entra em cena a transitividade nominal . Esse tipo de transitividade está presente em substantivos, 
adjetivos ou advérbios que, assim como os verbos transitivos, dependem de complementos para transmitir 
uma ideia completa. 
Por exemplo: 
• Em " Paulo tem amor ao próximo ", o substantivo " amor " exige o complemento " ao próximo " 
para transmitir a ideia de forma clara. 
• Em " Ela é orgulhosa de suas conquistas ", o adjetivo " orgulhosa " necessita do complemento " de 
suas conquistas " para completar o sentido. 
Portanto, tanto a transitividade verbal quanto a nominal são fundamentais para a construção de orações e 
expressões que são comunicadas com clareza e coerência. 
TRANSITIVIDADE VERBAL 
A transitividade verbal trata da relação entre o verbo e seus complementos. Os verbos transitivos, por não 
possuírem sentido completo sozinhos, precisam de um complemento para que a mensagem da oração seja 
satisfatória. Com base no tipo de complemento necessário, os verbos transitivos se dividem em três 
categorias: verbo transitivo direto , verbo transitivo indireto e verbo transitivo direto e indireto . 
1.1. Verbo Transitivo Direto (VTD) 
O verbo transitivo direto precisa de um complemento que responda às perguntas “o quê?” ou “quem?”, 
sem a necessidade de uma preposição. Esse complemento é chamado de objeto direto . 
Exemplos: 
• A mesa 3 pediu a carne bem passada. 
o Pergunta: Pediu o quê? 
 
66 
o Resposta: A carne 
• Terminei a análise. 
o Pergunta: Terminei o quê? 
o Resposta: A análise 
• Agora entendo meus pais. 
o Pergunta: Entende quem? 
o Resposta: Meus pais 
No caso do verbo transitivo direto, o objeto direto é fundamental para completar o sentido da oração, pois 
a ausência desse complemento deixaria a mensagem incompleta ou vaga. 
1.2. Verbo Transitivo Indireto (VTI) 
O verbo transitivo indireto exige um complemento que responda às perguntas “de quê?”, “em quê?”, 
“para quem?” ou “por quem?”, acompanhado de uma preposição obrigatória . Esse complemento é 
conhecido como objeto indireto . 
Exemplos: 
• Duvido da sua honestidade. 
o Pergunta: Duvido de quê? 
o Resposta: Da sua honestidade 
• Não acredito que ele diga isso. 
o Pergunta: Não acredito em quê? 
o Resposta: Não que ele diga 
• Esperei-o pacientemente. 
o Pergunta: Esperai por quem? 
o Resposta: Por ele/ela 
No caso do verbo transitivo indiretamente, a presença de uma preposição é indispensável para que a 
relação entre o verbo e seu complemento faça sentido e seja gramaticalmente correta. 
1.3. Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI) 
Também conhecido como bitransitivo , o verbo transitivo direto e indireto necessita de dois 
complementos: um objeto direto e um objeto indireto . O objeto direto completa o sentido do verbo sem 
preposição, enquanto o objeto indireto é introduzido por uma preposição obrigatória. Assim, o verbo 
bitransitivo precisa de ambos os complementos para que seu sentido seja plenamente expresso. 
 
67 
Exemplos: 
• Enviei os postais aos clientes. 
o Pergunta: Enviei o quê a quem? 
o Resposta: Os postais aos clientes 
• Agradeceu a oportunidade ao chefe. 
o Pergunta: Agradeceu o quê a quem? 
o Resposta: A oportunidade ao chefe 
• Expus minhas dificuldades ao professor. 
o Pergunta: Expus o quê a quem? 
o Resposta: Minhas dificuldades ao professor 
Os verbos transitivos diretos e indiretos destacam-se por exigirem dois tipos de complemento, cada um 
com uma função específica, permitindo uma comunicação mais específica e clara na frase. 
TRANSITIVIDADE X INTRANSITIVIDADE VERBAL 
A transitividade verbal aponta a necessidade de complementos para que o verbo adquira um sentido 
completo. No entanto, há verbos que expressam um pensamento completo por si só. Esses verbos são 
conhecidos como verbos intransitivos , e a característica que os diferencia é a intransitividade verbal . 
2.1. Verbos Intransitivos 
Os verbos intransitivos possuem sentido completo e, portanto, não exigem complementos para que a 
mensagem seja clara e compreensível. Isso significa que, ao usar um verbo intransitivo, o verbo em si já 
expressa toda a ideia necessária para que a oração faça sentido. 
Exemplos : 
• João nasceu. 
• Uma planta morreu. 
• Adormeci. 
Essas orações são completas, pois os verbos “nascer”, “morrer” e “adormecer” não ocorrem de nenhum 
complemento para que o sentido seja compreendido. 
2.2. Adição de Adjuntos Adverbiais 
Embora os verbos intransitivos não precisem de complementos, é comum que algumas orações 
contenham informações adicionais que complementam o contexto, sem alterar a natureza intransitiva do 
verbo. Esses elementos, que não são essenciais para completar o sentido do verbo, mas sim para exigir 
detalhes, são chamados de adjuntos adverbiais . 
 
68 
Exemplos com adjuntos adverbiais : 
• João nasceu ontem. 
o Neste caso, “ontem” indica o tempo em que a ação ocorreu, funcionando como um adjunto 
adverbial de tempo . 
• A planta morreu de sede. 
o Aqui, “de sede” explica a razão da morte da planta, funcionando como um adjunto 
adverbial de causa . 
• Adormeci cedo. 
o O termo “cedo” indica o momento em que a ação aconteceu, ocorrendo como um adjunto 
adverbial de tempo . 
Esses adjuntos adverbiais fornecem informações adicionais e, embora venham após verbos intransitivos, 
não alteram o caráter completo da ação expressa pelo verbo. Eles acrescentam contexto sem mudar a 
estrutura gramatical da oração. 
 
A compreensão da diferença entre verbos transitivos e intransitivos é fundamental para a análise e 
construção de frases que respeitem a estrutura sintática correta da língua. Enquanto os verbos transitivos 
dependem de complementos para expressar o significado completo, os intransitivos conseguem transmitir 
uma ideia por si só, podendo ou não vir acompanhados de adjuntos adverbiais para enriquecer o contexto. 
 
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https://www.youtube.com/watch?v=y2haxLgR4BM&pp=ygUhVFJBTlNJVElWSURBREUgVkVSQkFMIEUgTk9NSU5BTC4g............................................................................................................................................. 56 
VOZ REFLEXIVA ......................................................................................................................................... 57 
TRANSPOSIÇÃO DA VOZ ATIVA PARA A VOZ PASSIVA ...................................................................... 58 
LIMITES NA PASSAGEM PARA A VOZ PASSIVA ................................................................................... 58 
ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO ......................................................................................... 59 
CONCORDÂNCIA VERBAL NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA .................................................................... 60 
IMPORTÂNCIA DO TEMPO E MODO VERBAL NA TRANSPOSIÇÃO .................................................. 61 
DIFERENÇAS ENTRE AS VOZES VERBAIS .............................................................................................. 63 
7. PRÁTICAS FREQUENTES EM PROVAS ............................................................................................... 64 
TRANSITIVIDADE VERBAL E NOMINAL. .................................................................................................... 65 
TRANSITIVIDADE VERBAL........................................................................................................................ 65 
TRANSITIVIDADE X INTRANSITIVIDADE VERBAL ................................................................................ 67 
 
 
 
 
5 
LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS VARIADOS. 
A compreensão e interpretação de textos são habilidades fundamentais para a leitura eficaz, cada 
uma com características próprias. 
COMPREENSÃO DE TEXTOS 
 
• Objetivo: Compreender o texto significa entender seu conteúdo de maneira objetiva. 
• Foco: Concentra-se no que está explicitamente escrito. 
• Processo: Envolve a identificação de fatos, argumentos, e informações concretas apresentadas. 
• Expressões-Chave: 
• "Segundo o autor…" 
• "Segundo o texto…" 
• "O texto informa que…" 
• "No texto…" 
• "O autor afirma que…" 
• "De acordo com o autor…" 
• "De acordo com o texto…" 
Essas expressões indicam que a resposta ou interpretação deve ser baseada diretamente no que está 
escrito, sem adição de suposições ou inferências pessoais. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
• Objetivo: Interpretar um texto envolve relacionar suas ideias com a realidade, indo além do que 
está explicitamente escrito. 
• Foco: Baseia-se na análise subjetiva e nas inferências que podem ser feitas a partir do texto. 
• Processo: Inclui entender as nuances, o contexto, as intenções do autor, e as implicações das ideias 
apresentadas. 
• Subjetividade: A interpretação pode variar de leitor para leitor, pois depende das experiências 
pessoais, conhecimento prévio e perspectiva individual. 
 
 
 
6 
Exemplo Prático: 
Compreensão: “O texto afirma que a floresta amazônica é vital para o ecossistema global”. 
Interpretação: “Isso sugere que a destruição da Amazônia poderia ter consequências devastadoras 
para o clima mundial”. 
 
1. CONTEXTO DE LEITURA: INTERNO E EXTERNO 
• Contexto Interno: Refere-se ao que está explícito no texto, aquilo que é diretamente observado 
durante a leitura. Inclui o vocabulário, a estrutura das frases, e as informações claramente 
apresentadas pelo autor. 
• Contexto Externo: Envolve conhecimentos externos que auxiliam na interpretação do texto. Estes 
conhecimentos podem ser históricos, culturais ou referentes à atualidade e são fundamentais para a 
compreensão das entrelinhas do texto. 
2. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
 
ATENÇÃO!!!! 
Compreensão: Ato de entender o que está escrito, de captar o sentido das palavras e frases 
conforme apresentadas pelo autor. 
 
Interpretação: Processo de buscar significados que podem não estar explicitamente escritos no 
texto, mas que são sugeridos através de elementos implícitos, culturais, e da experiência pessoal do leitor. 
 
3. DIFERENÇA ENTRE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO 
• Exemplo prático: 
• Frase: "Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país”. 
• Compreensão: A mulher está insatisfeita com a situação. 
• Interpretação: Pode-se inferir que o marido talvez não tenha encontrado emprego no país de 
origem ou que ganhe mais trabalhando no exterior. 
IMPORTANTE: sempre leia a questão do concurso primeiro. Isso cria uma expectativa e foco 
na hora de ler o texto. Sabendo o que procurar, você pode economizar tempo e entender melhor o que 
é pedido. 
A interpretação de textos é um processo que vai além da simples leitura das palavras escritas. Ela 
envolve uma análise mais profunda e pessoal do conteúdo, exigindo do leitor a habilidade de conectar as 
ideias do texto com a realidade e seu próprio conhecimento. Vamos detalhar este processo: 
 
7 
CARACTERÍSTICAS DA INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
• Conexão com a Realidade: As ideias do texto são relacionadas com situações e conhecimentos do 
mundo real. 
• Conclusões Subjetivas: O leitor deduz o que o autor quis dizer, muitas vezes indo além das palavras 
explicitamente escritas. 
• Análise Crítica: Envolve a formação de uma opinião ou julgamento sobre o texto com base nas 
inferências e conexões feitas. 
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO 
• Base para Interpretação: O entendimento e a familiaridade com o assunto tratado no texto 
enriquecem a interpretação, permitindo análises mais profundas e conexões mais significativas. 
EXPRESSÕES INDICATIVAS DE INTERPRETAÇÃO 
"Conforme o texto, podemos concluir…" 
"Pela leitura do texto é possível perceber…" 
"É possível inferir que através…" 
"O texto permite levantar a hipótese de que…" 
"Conclui-se do texto que…" 
"O texto encaminha o leitor para…" 
Estas expressões sinalizam que a resposta requer uma interpretação que pode não estar diretamente 
declarada no texto. 
Dicas para uma Boa Interpretação 
1. Leitura Atenta: Leia e, se necessário, releia o texto para captar todas as nuances. 
2. Destacar Informações Chave: Grife partes importantes que podem ser fundamentais para a 
interpretação. 
3. Diferenciar Fato de Opinião: Identifique o que é informação concreta (compreensão) e o que é 
inferência ou perspectiva (interpretação). 
4. Análise de Transições: Observe as mudanças de parágrafo para identificar conclusões ou a 
continuação de ideias. 
5. Atenção à Pontuação: As vírgulas e outros sinais de pontuação podem alterar significativamente o 
sentido de uma frase ou parágrafo. 
ATENÇÃO: 
 
8 
Leitura Atenta das Questões e Alternativas: Antes de ler o texto, leia as questões e as alternativas. Isso 
te dá uma ideia do que procurar no texto, economizando tempo. 
Conhecimento Geral e Atualidades: Muitos textos de concursos são baseados em atualidades. Use seu 
conhecimento geral para identificar alternativas que parecem incompatíveis com o senso comum ou 
informações amplamente conhecidas. 
Eliminação de Alternativas: Ao analisar as alternativas, descarte aquelas que são claramente erradas 
ou que não fazem sentido com base no que você já sabe. Isso aumenta suas chances de acertar, mesmo 
sem uma leitura detalhada do texto. 
Leitura Estratégica: Quando precisar ler o texto, faça-o estrategicamente. Foque nas partes do texto que 
estão diretamente relacionadas às questões. 
Prática e Simulações: Pratique com provas anteriores. Quanto mais você prática, mais desenvolve 
a habilidade de identificar rapidamente as informações chave nos textos e questões. 
Gestão do Tempo: Administre seu tempo de forma eficaz. Se uma questão está tomando muito tempo, 
passe para a próxima e retorne a ela mais tarde, se possível. 
Confiança e Intuição: Em alguns casos, confiar na sua intuição pode ser útil, especialmente em questões 
de interpretação onde duas alternativas parecem corretas. 
 
MACETE 1 
PREPARAÇÃO PARA LEITURA DE TEXTOS LITERÁRIOSA arte de interpretar obras literárias começa muito antes de virar a primeira página. 
• Exame do Enunciado: Dê uma olhada detalhada no que é solicitado antes de começar a ler. 
• Formulação de Previsões: Antecipe o que virá a partir do que já conhece sobre o estilo e o tema. 
• Desenvolvimento Linguístico: Enriqueça sua linguagem e domínio de vocabulário. 
• Seleção de Publicações: Prefira edições revisadas e atualizadas. 
• Análise de Elementos: Investigue os personagens e a voz que narra a história. 
• Pesquisa Histórica: Contextualize a narrativa dentro de sua época. 
 
MACETE 2 
DURANTE A IMERSÃO NO TEXTO 
A atenção aos detalhes pode transformar completamente a experiência de leitura. 
 
9 
• Leitura Metódica: Avance pelo texto sem pressa, absorvendo cada palavra. 
• Foco nas Ideias Principais: Realce e revise as principais ideias de cada parágrafo. 
• ❓ Dúvidas Anotadas: Marque dúvidas e consulte um dicionário para esclarecimentos. 
• Resumo por Parágrafos: Destile cada parágrafo em um breve resumo pessoal. 
• Questionamento: Crie perguntas para cada segmento do texto e tente respondê-las. 
• Análise Crítica: Observe como o texto foi construído e por quê. 
• Recriação com Suas Palavras: Reescreva o texto mantendo as ideias originais do autor. 
• Visão Global: Busque o entendimento do contexto, não apenas de palavras isoladas. 
Através desses macetes, sua leitura se tornará uma jornada de descobertas, ampliando sua 
interpretação e apreciação da literatura. 
MACETE 3 
CONSOLIDAÇÃO PÓS-LEITURA 
Depois de fechar o livro, o processo de compreensão ainda está em andamento. 
• Verificação da Compreensão: Teste o quanto do texto você realmente absorveu. 
• Expressão com Suas Palavras: Reconte a história ou o conceito com sua interpretação pessoal. 
• Materialização do Conceito: Tente visualizar ou desenhar os principais temas ou eventos do 
texto. 
• Aplicação do Aprendizado: Reflita sobre como os insights podem ser aplicados na vida real. 
• Investigação das Motivações: Pergunte-se por que as informações são importantes e seu 
impacto. 
• Explicação Didática: Simule uma explicação do texto, como se estivesse ensinando a alguém. 
 
Macete 4 
Aprofundamento na Análise Literária 
 interpretação 
Olhe além das palavras escritas, percebendo significados subjacentes e subtextos. 
• "Está fora do texto" → Subentendido, não explicitado diretamente 
• "Trabalha a subjetividade" → O leitor deve captar as nuances 
 
10 
• "Está implícito" = oculto, entrelinhas 
 Paula decidiu não viajar mais para fora do país. 
→ Pode indicar mudança de hábitos ou circunstâncias pessoais não detalhadas. 
 compreensão 
Foque nos elementos explícitos e diretos do texto. 
• "Está no texto" → Fatos e declarações claras 
• "Trabalha a objetividade" → Informações diretas, sem ambiguidades 
• "Está explícito" = claro, evidente 
 Paula não viaja mais para fora do país. 
→ Reflete uma decisão ou mudança na rotina da personagem. 
 
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11 
MODOS DE ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO: DESCRITIVO, NARRATIVO, 
ARGUMENTATIVO, INJUNTIVO, EXPOSITIVO E DISSERTATIVO. 
Os modos de organização do discurso representam diferentes formas de estruturar um texto para 
alcançar objetivos específicos de comunicação e compreensão. Cada tipo possui características próprias 
que orientam a construção do conteúdo, variando conforme a intenção do autor e o contexto em que o 
texto é produzido. 
1. Descritivo: Tem como objetivo principal apresentar detalhes de pessoas, objetos, cenários ou 
situações, buscando reproduzir, através de palavras, características sensoriais e aspectos que 
ajudam o leitor a visualizar ou imaginar o que é descrito. A descrição utiliza adjetivos e 
comparações para tornar a imagem mais viva. 
2. Narrativo: Este modo organiza o discurso em uma sequência de eventos, contando uma história 
com personagens, tempo e espaço definidos. A narrativa é comumente estruturada em uma 
introdução, desenvolvimento e conclusão, e tem como foco central a ação, apresentando um 
enredo que envolve o leitor e o conduz ao desfecho. 
3. Argumentativo: Visa a defender uma opinião, posição ou ponto de vista, convencendo o leitor 
sobre a validade de uma ideia. A argumentação é marcada pela lógica e pela construção de 
argumentos e contra-argumentos, buscando persuadir o leitor ou fornecer uma reflexão 
aprofundada sobre determinado tema. 
4. Injuntivo: conhecido Também como instrucional, este tipo de discurso instrui o leitor sobre como 
realizar uma ação, utilizando uma linguagem objetiva e direta. É comum em manuais, receitas e 
guias, pois o foco é orientar o leitor a executar uma tarefa específica. 
5. Expositivo: Tem o intuito de informar e explicar um tema, apresentando dados e detalhes de forma 
clara e objetiva, sem intenção de convencer. É amplamente utilizado em textos científicos e 
jornalísticos, onde a clareza e a neutralidade são essenciais. 
6. Dissertativo: Reúne elementos do expositivo e do argumentativo, sendo uma forma de discurso 
que aborda um tema de maneira organizada e reflexiva, apresentando ideias e argumentos. Muito 
comum em produções acadêmicas e redações escolares, o discurso dissertativo estrutura-se em 
introdução, desenvolvimento e conclusão, com o propósito de expor e discutir questões de forma 
lógica e coesa. 
Cada modo de organização oferece ferramentas específicas para diferentes contextos comunicativos, 
permitindo que o autor selecione uma estrutura que melhor se alinhe ao seu propósito comunicacional. 
organização estrutural dos textos referem-se à maneira como os conteúdos são organizados dentro de um 
texto, levando em consideração a sua estrutura composicional e o objetivo comunicativo do autor. Elas são 
padrões que ajudam a definir os tipos textuais, e cada sequência está associada a diferentes modos de 
organização do discurso. As principais sequências (ou tipos) textuais são: 
 
 
12 
tipos textuais Gêneros textuais 
Dialogal Telefonema, bate-papo, debate, entrevista etc. 
Narrativa Conto, depoimento policial, romance, fábula, notícia, relatório, diário íntimo, relatos de viagem, 
reportagem etc. 
Descritiva Classificado, nota de desaparecimento, autorretrato etc. 
Explicativa/dissertativa Artigo informativo, artigo de divulgação científica, declaração, atestado, textos didáticos escolares 
etc. 
Argumentativa Carta argumentativa, artigo de opinião, resenha crítica, sermão, discurso político, publicidade etc. 
Injuntiva Receita culinária, conselho, horóscopo, regras de jogo, bula, rótulos, manual de instrução etc. 
Texto Narrativo Quando você lê um conto ou uma história que tem personagens, ação e uma 
sequência de eventos, você está diante de um texto narrativo. Esse tipo de texto conta uma história, seja 
real ou fictícia, e é fácil identificar elementos como um narrador que conduz a trama, personagens que 
movem a história, o tempo em que a ação ocorre, e o espaço, que é onde tudo acontece. Geralmente, 
encontramos verbos que indicam ações e que estão no tempo passado, como acontece em uma história 
que já foi vivida. 
Texto Descritivo Imagine que você está pintando um quadro com palavras. Nesse caso, você está 
escrevendo um texto descritivo. Aqui, o objetivo é criar uma imagem tão clara na mente do leitor que ele 
quase pode ver, sentir ou tocar o que está sendo descrito. Isso é feito através do uso de adjetivos 
detalhados e comparações que enriquecem a descrição. Por exemplo, em vez de dizer "uma árvore", você 
poderia descrever "uma árvore frondosa comfolhas verde-esmeralda balançando suavemente ao vento". 
Texto Dissertativo Quando o texto tem como foco apresentar uma ideia ou opinião, apoiando-a com 
argumentos, estamos falando de um texto dissertativo. Esse tipo se subdivide em: 
Dissertativo-Argumentativo: O objetivo aqui é convencer o leitor a aceitar uma perspectiva ou ponto 
de vista. Para isso, argumentos lógicos, exemplos relevantes e dados são usados para fortalecer a 
posição do autor. Um exemplo poderia ser um texto que defende a importância da leitura diária para o 
desenvolvimento intelectual, usando pesquisas e estatísticas sobre hábitos de leitura e sucesso 
acadêmico. 
Dissertativo-Expositivo: Este foca em informar sobre um tema específico, mas de forma neutra, sem 
tentar persuadir. O texto é estruturado de maneira clara, abordando o tema de forma aprofundada, e 
frequentemente está escrito no presente do indicativo. Pense em um artigo que explica o processo de 
fotossíntese sem tomar posição sobre sua importância ou impacto. 
 
Texto Expositivo O texto expositivo tem o papel de informar claramente sobre um tema, sem a intenção 
de argumentar ou persuadir. Ele apresenta fatos e informações para que o leitor compreenda melhor um 
assunto. Um exemplo seria um documento que detalha os passos para realizar um procedimento de 
segurança no trabalho. 
Texto Injuntivo E por fim, temos o texto injuntivo, que é um guia prático para a ação. Ele usa comandos 
diretos e verbos no imperativo ou formas que sugerem instruções, como encontramos em manuais. Por 
exemplo, um texto injuntivo poderia iniciar com "Lave as mãos antes de iniciar o procedimento" ou 
"Clique no botão 'Iniciar' para ativar o software". Esse tipo de texto é direto e busca orientar claramente o 
leitor sobre como realizar uma tarefa. 
 
13 
CARACTERÍSTICAS DO TEXTO INJUNTIVO: 
 
Uso do modo imperativo: O texto injuntivo frequentemente emprega verbos no modo imperativo, 
como em "faça isso" ou "siga estes passos". 
Direcionamento claro: Fornece instruções diretas e específicas sobre como realizar uma tarefa ou 
ação. 
Estrutura organizada: Geralmente, segue uma ordem lógica, guiando o leitor passo a passo. 
Linguagem objetiva: Tende a usar uma linguagem clara e direta para evitar ambiguidades. 
EXEMPLOS DE TEXTOS INJUNTIVOS: 
Manuais de Instrução: Guias que explicam como montar, operar ou consertar dispositivos e produtos. 
Receitas Culinárias: Instruções passo a passo para preparar pratos. 
Guias de Autoajuda: Oferecem conselhos e direções para melhorar aspectos da vida pessoal, como saúde, 
bem-estar ou desenvolvimento profissional. 
Regulamentos e Normas: Textos que orientam o comportamento em determinados contextos, como 
regras de uma instituição ou leis de trânsito. 
 
Nota Importante: Entendendo o Texto Injuntivo/Instrucional 
O texto injuntivo ou instrucional é um gênero textual que tem como principal função orientar o leitor a 
realizar ações específicas. Este tipo de texto é amplamente utilizado em manuais, receitas, guias de uso, 
entre outros contextos onde instruções claras são necessárias. Para identificar e compreender 
adequadamente um texto injuntivo, é crucial entender suas características e estruturas linguísticas. 
Características Principais: 
Uso de Verbos: Os verbos são a espinha dorsal de um texto injuntivo. Eles são predominantemente 
empregados no modo imperativo, transmitindo ordens ou instruções diretas (Ex: "Corte os legumes em 
pedaços pequenos"). No entanto, também é comum o uso do infinitivo para uma orientação mais geral (Ex: 
"Evitar exposição ao sol") e do futuro do presente do indicativo para expressar ações futuras (Ex: "Você fará 
a prova em silêncio"). 
Clareza e Objetividade: As instruções devem ser claras e diretas, evitando ambiguidades e permitindo que 
o leitor compreenda facilmente o que deve ser feito. 
Sequencialidade: Geralmente, as ações a serem realizadas são apresentadas em uma sequência lógica e 
ordenada. Isso é crucial em manuais e receitas, onde seguir a ordem correta é essencial para o sucesso da 
tarefa. 
Emprego de Imperativos Afirmativos e Negativos: Para dar ordens ou proibições, são frequentemente 
utilizados imperativos afirmativos (Ex: "Faça isso") e negativos (Ex: "Não faça isso"). 
Uso de Termos Técnicos ou Específicos: Dependendo do contexto, o texto injuntivo pode conter termos 
técnicos específicos à área em questão. 
Exemplos Comuns de Texto Injuntivo: 
Manuais de equipamentos: Instruções detalhadas sobre como operar ou montar um equipamento. 
 
14 
Receitas culinárias: Orientações passo a passo para preparar um prato. 
Instruções de medicamentos: Diretrizes sobre como e quando tomar um medicamento. 
Regras de jogos: Explicações sobre como jogar um determinado jogo. 
CARACTERÍSTICAS DOS TEXTOS ARGUMENTATIVOS: 
1. Apresentação de Ponto de Vista ou Opinião do Autor 
O autor expressa claramente sua opinião ou perspectiva sobre o tema. 
O ponto de vista é normalmente introduzido no início do texto. 
2. Análise Crítica 
Envolve a avaliação ou interpretação de um tema, ideia ou problema. 
Inclui reflexão sobre as implicações e consequências das ideias apresentadas. 
3. Argumentação Baseada em Fatos e Dados 
Utilização de argumentos lógicos para apoiar a opinião do autor. 
Inclusão de fatos, dados estatísticos, exemplos e citações para fortalecer a argumentação. 
Os argumentos são estruturados de forma a convencer o leitor da validade do ponto de vista do autor. 
Texto argumentativo → procura defender uma tese, apresentando dados e observações que a confirmem. 
Tipos textuais: 
Narração: Personagens, Enredo, Narração, Tempo e Espaço... 
Descrição: Enumeração, Comparação, Retrato Verbal... 
Dissertação: Expositiva, Argumentativa, Debate... 
Injunção: Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...) 
Exposição: Fatos, Impessoal (Notícias Jornalísticas) 
 
 
15 
O QUE SÃO TEXTOS EXPLICATIVOS? 
Os textos explicativos podem ser injuntivos ou prescritivos. Os textos explicativos injuntivos dão ao leitor 
alguma liberdade de ação, enquanto os textos explicativos prescritivos exigem que o leitor aja de uma 
determinada forma. 
Os textos expositivos são um tipo de texto que tem como objetivo apresentar um assunto ou acrescentar 
informações sobre um determinado tema. A sua estrutura baseia-se na composição ou decomposição de 
um assunto, utilizando, para isso, explicações e dados de outras áreas, a fim de funcionar como um texto 
informativo. 
 
Os textos expositivos são classificados em dois tipos: 
Texto informativo-expositivo: tem como objetivo a transmissão de informações, sem que haja juízo de 
valor. 
Texto expositivo-argumentativo: foca na exposição de tema com defesa de opinião. 
Exemplos de textos expositivos são: Artigos científicos, Notícias, Manuais, Receitas. 
TEXTO DIALOGAL 
Um texto dialogal é um texto construído com base num diálogo, pelo que requer, no mínimo, dois 
interlocutores. É um texto "cogerido", uma vez que é produzido por, pelo menos, dois locutores. 
 O que um locutor diz tem de estar relacionado com o que o outro disse. Os interlocutores, por sua vez, 
concordam, discordam, generalizam, exemplificam, justificam, concluem, particularizam, etc. . 
A estrutura de um diálogo é relativamente simples: o interlocutor 1 interage verbalmente e, em seguida, o 
interlocutor 2 também interage. 
A entrevista é um género pertencente ao tipo textual dialogal. A entrevista é um texto que normalmente 
faz parte do universo jornalístico, mas pode ser usado em outros locais, como a entrevista de emprego. 
O diálogo está presente em muitos textos de base oral, como chats, histórias em quadrinhos e peças 
teatrais. 
Aqui estão alguns exemplos: 
• Telefonema: 
• Uma conversa telefônica onde duas pessoas combinam os detalhes de um encontro. 
• Bate-papo: 
• Uma interação informal entre amigos em uma rede social, discutindo sobre um filme que acabaram de 
assistir. 
 
16 
• Debate: 
• Um contexto formal, comoum debate político, onde os candidatos apresentam e defendem suas 
posições sobre diversos temas. 
• Entrevista: 
• Um jornalista fazendo uma série de perguntas a uma personalidade, buscando extrair informações e 
opiniões relevantes para o público. 
Estes exemplos refletem situações em que os interlocutores se comunicam de forma alternada, com cada 
um expressando suas ideias enquanto responde ou se antecipa às falas do outro. 
DISSERTATIVO EXPOSITIVO 
Definição Simples: O texto dissertativo expositivo tem o objetivo de informar claramente sobre um tema. 
Ele busca explicar, esclarecer e apresentar ideias de forma objetiva, sem a intenção de persuadir o leitor. 
Características Principais: 
Informativo: Apresenta informações e dados sobre determinado assunto. 
Explicativo: Explica detalhadamente os pontos relacionados ao tema. 
Objetivo: Mantém uma abordagem neutra, sem expressar opiniões pessoais. 
Este tipo de texto é útil para esclarecer e detalhar assuntos, ajudando o leitor a entender melhor o tema 
tratado. 
Tipos de Texto 
Narração 
A narração é um tipo de texto que conta histórias, geralmente seguindo uma sequência temporal. Esse 
gênero pode ser: 
• Ficcional: Criado a partir da imaginação do autor. 
• Baseado em fatos reais: Relatando eventos que realmente aconteceram. 
Características: 
• Estrutura narrativa com início, meio e fim . 
• Presença de personagens e cenário . 
• Ação ou eventos que se desenrolam ao longo do tempo. 
Descrição 
 
17 
O texto descritivo tem como objetivo retratar características e detalhes de pessoas, lugares, objetos ou 
eventos. Utilizar: 
• Adjetivos : Para descrever qualidades. 
• Linguagem figurativa : Para criar imagens vívidas na mente do leitor. 
 
Exemplos : 
• "A casa era antiga , com janelas grandes e uma porta vermelha ." 
Argumentação 
A argumentação busca persuadir o leitor ou ouvinte através do raciocínio lógico . Utilizado para: 
• Expor um ponto de vista . 
• Sustente uma opinião . 
• Apresentar evidências para convencer o público. 
Estrutura : 
• Tese : A ideia principal. 
• Argumentos : Razões que sustentam uma tese. 
• Evidências : Dados, fatos ou exemplos que corroboram os argumentos. 
Exposição 
A exposição tem como objetivo principal transmitir informações de maneira clara e objetiva . Comum em 
textos: 
• Científicos : Explicando teorias ou resultados de pesquisa. 
• Didáticos : Utilizados em contextos educacionais. 
• Informativos : Como artigos e notícias. 
Características : 
• Linguagem objetiva . 
• Estrutura lógica e organizada . 
Injuntivo 
Também conhecido como texto instrucional ou de instruções , o texto injuntivo fornece orientações passo 
a passo para realizar uma determinada tarefa. Encontrado em: 
 
18 
• Manuais : Orientações para uso de produtos. 
• Guias : Passos para completar uma atividade. 
• Receitas : Instruções culinárias. 
Características : 
• Imperativos e verbos no infinitivo . 
• Sequência lógica e clara de passos. 
• 
Poético 
O texto poético é caracterizado pela expressão artística da linguagem , explorando: 
• Ritmo . 
• Sonoridade . 
• Figuras de linguagem . 
• Imagens sensoriais . 
Comum em: 
• Poemas . 
• Canções . 
• Obras literárias . 
Características : 
• Uso de rimas e metáforas . 
• Linguagem subjetiva e emotiva . 
 
CLASSIFICAÇÃO TEXTUAL DO TEXTO JORNALÍSTICO 
O texto apresenta uma tese sobre o adoecimento mental da população de Brumadinho, o que indica um 
ponto de partida argumentativo. 
Desenvolvimento: 
O desenvolvimento é feito através de dados, estatísticas e informações de terceiros, uma abordagem 
típica de textos que visam informar e fundamentar argumentos, sem relatar eventos em uma sequência 
temporal específica. 
Estilo e Estrutura: 
A falta de uma narrativa sequencial ou a descrição detalhada de eventos sugere que o texto não segue 
uma estrutura narrativa, mas sim expositiva ou argumentativa. 
 
19 
Conclusão 
Classificação: O texto é predominantemente dissertativo-expositivo. 
 
TIPOS MAIS COBRADOS NA BANCA SELECON 
Injuntivo: texto instrucional com características de verbos flexionados no modo imperativos (receitas, 
manuais de instruções) 
Narrativo: história contada por um narrador com enredo, personagens, lugar e tempo. (crônica, romance, 
fábula, conto) 
Descritivo: descreve objetos, pessoas e lugares. (anúncio, classificado, cardápio, relatos históricos, 
reportagens, biografias) 
Argumentativo: objetivo de persuadir o interlocutor por meios de argumentos convicentes, ideias, dados, 
fatos. (dissertações, editoriais, críticas, artigos de opnião) 
 
 
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20 
 GÊNEROS DO DISCURSO: DEFINIÇÃO, RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS 
BÁSICOS. 
Na análise textual, é importante distinguir entre tipos textuais e gêneros textuais, pois eles cumprem 
papéis distintos na comunicação e na interpretação de textos. 
Tipos Textuais referem-se à estrutura do texto, ou seja, à sua forma e ao modo como o conteúdo é 
organizado. São classificações mais gerais que englobam cinco categorias principais: narrativa, descrição, 
dissertação, injunção e exposição. Essas categorias representam as formas básicas de organização de um 
texto, independentemente de seu conteúdo específico ou do contexto em que é utilizado. Por exemplo, 
um texto narrativo organiza-se em torno de uma história com personagens, cenários e acontecimentos; já 
um texto dissertativo busca desenvolver argumentos e pontos de vista. 
Por outro lado, Gêneros Textuais referem-se ao uso das estruturas textuais no cotidiano, sendo aplicados 
em situações comunicativas específicas com uma função social clara. Ou seja, o gênero textual é uma 
manifestação prática do tipo textual, adaptada para atender às necessidades de comunicação em 
contextos variados. Assim, a estrutura de uma dissertação pode se manifestar em diversos gêneros, como 
uma resenha, um artigo de opinião ou uma reportagem. Cada gênero textual possui características 
próprias e responde a um propósito comunicativo específico: informar, narrar, instruir, entre outros. 
 
 
21 
Um exemplo clássico que ilustra essa diferença é o uso da estrutura narrativa, que pode ser encontrado 
em diferentes gêneros textuais, como contos, crônicas e piadas, cada um com uma função social e um 
contexto de uso particular. Enquanto o conto tende a ser concreto e focado em um clímax e desfecho, a 
crônica busca captar e refletir sobre um acontecimento cotidiano, e a piada visa provocar humor através 
de uma narrativa breve com quebra de expectativa. 
Portanto, entender a diferença entre tipo textual, que é a estrutura do texto, e gênero textual, que é o seu 
uso social e comunicativo, é essencial para interpretar corretamente textos em diversas situações. Essa 
distinção também é frequentemente cobrada em provas, concursos, pois permite compreender como os 
textos cumprem diferentes funções no cotidiano. 
Gêneros do Discurso 
 
· Exemplos: 
· Carta 
· E-mail 
· Jornal 
· Aula 
· Palestra 
· Romance 
· Conto 
· Relatório 
· Entrevista etc. 
RESUMINDO 
 
• GÊNEROS DE DISCURSO são agrupamentos discursivos originários de uma mesma área de 
produção de conhecimento e linguagem 
• GÊNEROS TEXTUAIS são famílias, grupos de TEXTOS 
• TEXTOS são a materialização dos discursos. linguagens que se pode dizer, ouvir, ler e interpretar 
• TEXTOS se agrupam em GENEROS conforme a área de conhecimento em que são produzidos 
• AREAS DE CONHECIMENTO. quaisquer que sejam. produzem gêneros próprios 
• -TODOS OS GENEROS CIRCULAM SOCIALMENTE,inclusive os escolares 
TEXTOS NO COTIDIANO 
 
22 
Os textos estão presentes em praticamente todos os momentos do nosso dia a dia, desempenhando um 
papel fundamental na comunicação, tanto em contextos verbais quanto não verbais. O conceito de texto 
vai muito além das palavras escritas e abrange qualquer forma de expressão que constitua uma 
comunicação, seja por meio de palavras, imagens, símbolos ou sinais. 
Um exemplo de texto não verbal comum no cotidiano é o semáforo. Quando a luz vermelha está, o 
motorista entende que deve parar, enquanto a luz verde indica que pode ser obrigatória. Nesse caso, 
mesmo sem palavras, há uma comunicação clara entre o semáforo e o motorista, caracterizando o 
semáforo como um texto. Da mesma forma, placas de trânsito ou outros símbolos visuais utilizados em 
espaços públicos representam gêneros textuais não verbais, pois transmitem informações específicas de 
maneira prática e rápida. 
Por outro lado, temos os textos verbais, que utilizam palavras para comunicar uma mensagem. Esses 
textos verbais estão presentes em diversas formas de interação cotidiana, como bilhetes, mensagens de 
WhatsApp, e-mails e outros meios escritos. Cada um desses exemplos utiliza a palavra para comunicar de 
forma objetiva ou subjetiva algo relevante ao interlocutor. Por exemplo, um bilhete deixado em casa 
dizendo “Fui à padaria” cumpre a função de informar um familiar sobre a ausência de horário de quem 
escreveu, sendo um texto de natureza informativa. 
Assim, percebemos que os textos, sejam verbais ou não verbais, estão incorporados ao nosso cotidiano e 
desempenham diferentes funções sociais, facilitando a interação entre as pessoas e a organização do 
espaço ao nosso redor. Ao identificar o gênero textual presente em cada situação – como uma placa de 
trânsito, uma mensagem ou um bilhete – compreendemos a importância de cada texto em seu contexto 
específico, com seu objetivo claro de comunicar de maneira eficiente e rápida. 
EXEMPLOS DE GÊNEROS TEXTUAIS NARRATIVOS 
A narrativa é um dos tipos textuais mais utilizados, e muitos gêneros textuais aplicam essa estrutura para 
contar histórias, relatar acontecimentos ou provocar reflexões. Cada gênero narrativo possui 
características próprias, atendendo a diferentes objetivos comunicativos e contextos de uso. 
• Crônica: É um gênero narrativo muito ligado ao cotidiano. A crônica parte de situações simples e 
corriqueiras e constrói uma reflexão em torno desse acontecimento. Seu objetivo é fazer com que o 
leitor enxergue o cotidiano sob uma nova perspectiva, geralmente com um toque de humor ou 
crítica. É muito comum em jornais e revistas, onde os cronistas comentam sobre temas do dia a dia. 
• Conto: Diferente da crônica, o conto é uma narrativa fictícia, focada em um enredo bem 
estruturado com clímax e conclusão. Geralmente, é um texto curto e concentrado em poucos 
personagens e um único conflito. O conto se destaca pela presença de uma história completa em 
poucas palavras, sem necessariamente se referir a acontecimentos do cotidiano. 
• Piada: A piada é um gênero narrativo que busca provocar humor. Ela construiu uma pequena 
narrativa, muitas vezes com situações inusitadas ou absurdas, levando a uma quebra de 
expectativa no final, o que gera o riso. É extremamente utilizado em contextos de entretenimento 
e interação social. 
 
23 
• Tira: Gênero narrativo gráfico, que combina imagens e textos para contar uma história breve, 
geralmente em formato de quadrinhos. As tiras costumam abordar temas do cotidiano e 
frequentemente utilizam o humor para destacar uma crítica ou ironia. 
• Charge: Semelhante à tira, a charge é uma narrativa curta e visual, focada em comentários críticos, 
muitas vezes sobre temas políticos, sociais ou culturais. Embora apresente um aspecto humorístico, 
a carga enfatiza a crítica e o questionamento. 
Esses gêneros narrativos estão presentes em nosso cotidiano e em nossos meios de comunicação, 
utilizando uma estrutura narrativa para envolver o leitor e transmitir diferentes mensagens. Eles também 
são comumente cobrados em provas, vestibulares e no ENEM, sendo essenciais para a compreensão de 
como uma narrativa pode ser aplicada em diferentes contextos para atender a objetivos diversos. 
DISSERTAÇÃO E GÊNEROS DISSERTATIVOS 
A dissertação é um tipo textual que se caracteriza pela exposição e desenvolvimento de ideias , muitas 
vezes de forma objetiva e argumentativa. Os gêneros dissertativos são amplamente usados para informar, 
explicar ou defender um ponto de vista. A dissertação divide-se em dois tipos principais: dissertação 
expositiva e dissertação argumentativa. 
• Dissertação Expositiva: Tem como objetivo principal informar ou explicar algo de forma clara e 
objetiva, sem a intenção de convencer o leitor de uma opinião específica. Exemplos incluem: 
o Resumo: Um gênero dissertativo-expositivo em que se extrai a essência de um texto-base, 
apresentando suas principais ideias com objetividade e concisão, sem opinião pessoal. 
o Reportagem Informativa: Texto jornalístico que expõe informações sobre um 
acontecimento de forma neutra, podendo conter informações específicas para detalhar o 
evento. 
• Dissertação Argumentativa: Além de informar, uma dissertação argumentativa busca persuadir o 
leitor, defendendo um ponto de vista específico sobre um tema. Nesse gênero, a argumentação e a 
opinião do autor são fundamentais. Exemplos incluem: 
o Resenha Crítica: Um texto que, além de resumir uma obra (como um livro, filme ou peça 
teatral), apresenta uma análise e julgamento do autor sobre a qualidade da obra, trazendo 
argumentos para sustentar sua opinião. 
o Artigo de Opinião: Gênero em que o autor expressa seu ponto de vista sobre um tema atual 
ou polêmico, sustentando sua posição com argumentos e dados. 
o Redação de Vestibular e ENEM: Esse gênero textual é um dos mais cobrados em provas e 
concursos, onde o candidato deve apresentar uma posição argumentativa sobre um tema, 
estruturando sua opinião com argumentos consistentes. 
Uma dissertação, seja expositiva ou argumentativa, cumpre um papel central em contextos educacionais e 
em meios de comunicação, pois permite ao autor transmitir informações de forma organizada e, no caso 
da argumentação, influenciando o leitor. É essencial para provas e avaliações de redação, como 
 
24 
vestibulares e ENEM, onde a clareza, a objetividade e a coerência argumentativa são critérios avaliados. 
Assim, os gêneros dissertativos refletem a capacidade do autor de expor e defender ideias, exercendo uma 
função social importante ao informar e influenciar a opinião pública. 
GÊNEROS INJUNTIVOS 
Os gêneros injuntivos têm como característica principal a orientação do leitor para realizar uma ação 
específica. Nesses textos, o autor fornece instruções ou comandos, muitas vezes utilizando verbos no 
modo imperativo, para guiar o leitor em um processo prático. O foco dos gêneros injuntivos é orientar e 
instruir, tornando-se essenciais em contextos que desbloqueiam passos claros e objetivos. 
Alguns dos principais gêneros injuntivos incluem: 
• Receitas: São textos injuntivos que orientam o leitor no preparo de um prato, especificando 
ingredientes, detalhes e etapas de execução. A receita apresenta instruções elaboradas para que o 
resultado seja o esperado, sendo muito comum na literatura culinária e em sites e blogs de cozinha. 
• Manuais de Instrução: Esses textos trazem as orientações para a montagem, operação ou 
manutenção de produtos, como aparelhos eletrônicos e eletrônicos. Com instruções claras e 
sequenciais, os manuais garantem que o leitor saiba como utilizar o produto de forma correta e 
segura. 
• Regras de Jogos e Brincadeiras: Outro exemplo de texto injuntivo, as regras são fundamentais para 
orientar os participantes sobre as dinâmicas e as normas de um jogo ou brincadeira, ajudando a 
manter a ordem e a clara durante a atividade. 
• Editaise Chamadas Públicas: São documentos que orientam sobre prazos, documentos 
necessários, critérios de participação e outros requisitos para uma seleção ou concurso. Esses 
textos estabelecem as condições e instruções para que os particulares participem do processo de 
forma adequada. 
Os gêneros injuntivos desempenham um papel crucial no dia a dia, pois permitem que as pessoas realizem 
tarefas de forma independente, seguindo as instruções e cumprindo etapas. Esse tipo textual é 
amplamente utilizado na vida cotidiana, em áreas como culinária, tecnologia e entretenimento, além de 
contextos formais, como editais de concursos públicos e instruções para processos seletivos. 
OUTROS GÊNEROS TEXTUAIS NO COTIDIANO 
Além dos gêneros textuais narrativos, dissertativos e injuntivos, o cotidiano é repleto de outros gêneros 
que facilitam uma comunicação de maneira rápida e direta. Esses textos aparecem em interações diárias e 
são fundamentais para a troca de informações em diversas situações. 
• Bilhete: Um bilhete é um gênero textual simples e direto, usado para deixar recados curtos e 
objetivos. Por exemplo, um bilhete deixado na cozinha dizendo “Fui à padaria” informa de maneira 
rápida sobre o paradeiro de uma pessoa. Esses textos costumam ter uma função informativa e são 
amplamente usados em casa, no trabalho e nas escolas. 
 
25 
• Mensagens de WhatsApp e Outras Redes Sociais: As conversas digitais, como mensagens de 
WhatsApp, e-mails e postagens nas redes sociais, se consolidaram como novos gêneros textuais na 
comunicação contemporânea. São textos geralmente curtos, que podem incluir elementos 
multimodais (imagens, emojis, áudios) e têm um estilo mais informal e sonoro. 
• Cartazes e Anúncios Públicos: São textos que comunicam mensagens breves de interesse geral, 
como eventos, vendas ou orientações em espaços públicos. Geralmente, utilize uma linguagem 
direta e chamativa para captar rapidamente a atenção das pessoas. 
• Memorando: Utilizado em contextos profissionais e institucionais, o memorando é um texto breve 
que serve para comunicar informações de interesse interno. Ele é caracterizado pela objetividade e 
costuma ser enviado de maneira formal entre setores de uma organização. 
Esses gêneros textuais são exemplos de como a linguagem se adapta para atender às necessidades de 
comunicação rápida, direta e eficaz no dia a dia. Com funções específicas e estilos variados, eles tornam 
possível a troca ágil de informações em diferentes contextos sociais e tecnológicos, como bilhetes 
informativos em casa, mensagens instantâneas e comunicados institucionais. 
RESUMO DO CONCEITO 
Para compreender a diversidade de textos apresentados em nosso dia a dia, é fundamental diferenciar os 
conceitos de gênero textual e tipo textual, pois cada um cumpre um papel específico na comunicação. 
• Gênero Textual: Relaciona-se à função social do texto, ou seja, ao propósito e contexto em que ele 
é utilizado. Os gêneros textuais surgem da necessidade de se comunicar de diversas maneiras e 
adaptadas às situações específicas do cotidiano. Por exemplo, um bilhete informa algo de forma 
rápida e informal, enquanto uma reportagem traz informações elaboradas e organizadas para o 
público. Portanto, os gêneros textuais são manifestações práticas dos tipos textuais e estão 
profundamente ligados ao seu uso social. 
• Tipo Textual: Refere-se à estrutura do texto, isto é, à sua organização interna e ao modo como é 
construído. Existem cinco tipos principais de textos: narração, descrição, dissertação, injunção e 
exposição. Esses tipos textuais não possuem uma função social em si, mas são as bases estruturais 
sobre os quais os gêneros textuais são criados. Cada tipo textual estabelece um formato específico, 
que é usado em diferentes gêneros para comunicar de maneira adequada ao contexto. 
Em resumo, o tipo textual é uma estrutura do texto, enquanto o gênero textual está relacionado ao uso 
prático e social dessa estrutura no cotidiano. Esta distinção permite compreender como os textos 
funcionam em situações diversas e como se adaptam às necessidades comunicativas dos indivíduos. Nos 
estudos, concursos e avaliações como o ENEM, essa diferenciação é essencial, pois ajuda a identificar e 
interpretar a compreensão e a organização dos textos, enriquecendo a análise crítica e a compreensão das 
funções comunicativas. 
 
GÊNEROS TEXTUAIS MAIS COBRADOS NA BANCA SELECON 
 
26 
Os gêneros textuais são específicos de uma categorização de textos baseada em sua especificamente 
comunicativa, estrutura e contexto de uso. Em provas de concursos, o domínio sobre os gêneros textuais é 
fundamental, pois permite ao candidato reconhecer a intenção do autor, o público-alvo e a estrutura do 
texto, habilidades essenciais para uma leitura crítica e eficiente. 
Principais Gêneros Textuais 
Abaixo, detalhamos os gêneros textuais mais frequentes em concursos, com foco em suas características 
estruturais, estilo e objetivo comunicativo. 
 
1. Notícia 
• Objetivo: A notícia tem como objetivo principal informar o leitor sobre acontecimentos recentes, 
de forma clara, objetiva e imparcial. 
• Características: 
o Estrutura: A notícia segue uma estrutura composta padrão por título, lead (resumo inicial 
com informações principais) e corpo do texto (detalhamento dos fatos). 
o Linguagem: Predomina uma linguagem impessoal e objetiva, com verbos no presente do 
indicativo e uso de um vocabulário direto, movendo-se de forma clara da comunicação. 
o Elementos Distintivos: Para garantir a objetividade, a notícia foca nas informações 
essenciais, respondendo a perguntas como: o quê, quem, onde , quando , como e por quê . 
o Exemplo de Aplicação: Notícias sobre eventos locais, decisões governamentais ou eventos 
meteorológicos. 
2. Reportagem 
• Objetivo: A reportagem busca aprofundar a compreensão sobre um tema, trazendo uma visão 
mais detalhada e abrangente em relação à notícia. 
• Características: 
o Estrutura: Comumente inclui título, subtítulo, introdução , desenvolvimento (com análises, 
depoimentos, dados) e conclusão . 
o Linguagem: A linguagem é clara e direta, mas permite certa subjetividade, como a escolha 
de ângulos de abordagem e interpretação dos fatos. 
o Elementos Distintivos: Além de informar, a reportagem frequentemente contém 
entrevistas com fontes , dados estatísticos , análises e contextualizações que ajudam o 
leitor a entender o tema de maneira mais ampla. 
o Exemplo de Aplicação : Reportagens de revistas e jornais sobre temas como saúde, 
educação ou economia. 
 
27 
3. Editorial 
• Objetivo : O editorial expressa a opinião institucional do veículo de comunicação sobre 
determinado tema de interesse público. 
• Características : 
o Estrutura : Composto geralmente por uma argumentação direta e organizada, sem a 
presença de autoria individual. 
o Linguagem: O editorial utiliza uma linguagem formal e objetiva , com argumentos claros e 
baseados em dados ou fatos, mudando o leitor da posição apresentada. 
o Elementos Distintivos: Sua função principal é persuasiva , defendendo um posicionamento 
claro e direto, com uma voz institucional (o autor é, na verdade, o próprio veículo de 
comunicação). 
o Exemplo de Aplicação: Editorial de jornais sobre políticas públicas ou temas sociais de 
grande relevância. 
4. Artigo de Opinião 
• Objetivo : O artigo de opinião visa persuadir o leitor, expondo uma visão pessoal e argumentativa 
sobre um tema. 
• Características : 
o Estrutura : Em geral, apresenta uma introdução (que contextualiza o tema e expõe a tese), 
desenvolvimento (com argumentos e exemplos) e conclusão (reforço da opinião do autor). 
o Linguagem : A linguagem é subjetiva e persuasiva , podendo usar figuras de linguagem, 
comparações, metáforas e vocabulário expressivo. 
o Elementos Distintivos : O autor utiliza dados ou exemplos para sustentar seu ponto de 
vista, com o objetivo de convencer o leitor. Apresença de argumentos fundamentados e 
uma visão crítica são elementos-chave. 
o Exemplo de Aplicação : Artigos de opinião em jornais ou revistas abordando temas 
polêmicos como a educação, segurança pública ou meio ambiente. 
5. Crônica 
• Objetivo : Uma crônica explora aspectos do cotidiano , geralmente com um tom reflexivo ou 
crítico, buscando entreter ou levar o leitor à reflexão. 
• Características : 
o Estrutura : Geralmente breve, a crônica segue uma estrutura narrativa com início, meio e 
fim , mas sem grandes aprofundamentos nos fatos. 
 
28 
o Linguagem : A linguagem é coloquial e subjetiva , frequentemente usando humor, ironia ou 
sarcasmo, dependendo da especificação do autor. 
o Elementos Distintivos : As crônicas são marcadas por uma temporalidade curta e temas 
simples, como episódios do dia a dia, além de um olhar mais humano e crítico sobre esses 
fatos corriqueiros. 
o Exemplo de Aplicação : Crônicas sobre situações do dia a dia urbano, transporte público, 
pequenas tragédias e tragédias humanas. 
6. Artigo de Divulgação Científica 
• Objetivo : Informar o público leigo sobre um tema científico ou técnico, tornando o conhecimento 
acessível e compreensível. 
• Características : 
o Estrutura : Organiza-se em introdução (que apresenta o tema e seu contexto), 
desenvolvimento (com informações apresentadas, conceitos explicados) e conclusão 
(resumo ou possíveis implicações do estudo). 
o Linguagem : Embora trate de temas científicos, o artigo de divulgação científica utiliza uma 
linguagem acessível e didática , evitando termos técnicos ou explicando-os. 
o Elementos Distintivos : Inclui dados, gráficos, tabelas e instruções de especialistas que 
ajudam a tornar o conteúdo mais compreensível e interessante. 
o Exemplo de Aplicação: Artigos sobre novas descobertas científicas em revistas como 
"Superinteressante" ou "Scientific American". 
 
Compreendendo a Escolha do Gênero e da Estrutura 
Além das características dos gêneros, é essencial compreender a escolha do autor pelo gênero específico 
para melhor atingir o público-alvo e o propósito comunicativo. Cada gênero textual possui elementos 
próprios que ajudam o leitor a identificar sua natureza e objetivo, como a linguagem formal ou informal , 
a presença de dados e opiniões , e o nível de subjetividade ou objetividade. 
 
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29 
COESÃO E COERÊNCIA: MECANISMOS, EFEITOS DE SENTIDO NO TEXTO. 
A coesão e a coerência são pilares fundamentais na estruturação de um texto eficaz e 
compreensível. Ambos os conceitos, embora distintos, trabalham juntos para garantir a clareza e a lógica 
na comunicação escrita. 
Coesão Textual 
A coesão textual refere-se aos elementos linguísticos que conectam palavras, frases e parágrafos, 
proporcionando um fluxo lógico e organizado. Há duas categorias principais de coesão: 
Coesão Referencial: Esta forma de coesão utiliza elementos como pronomes, sinônimos e expressões para 
referir-se a algo mencionado anteriormente no texto, evitando repetições desnecessárias. 
Coesão Sequencial: Envolve o uso de conectivos (como "portanto", "além disso", "contudo") que ajudam 
na transição entre ideias, indicando relações de causa e efeito, adição, oposição, etc. 
Coerência Textual 
A coerência textual, por outro lado, está relacionada à maneira como as ideias são apresentadas e 
conectadas no texto. Ela se preocupa com a lógica interna e a consistência do conteúdo, garantindo que o 
texto faça sentido como um todo. A coerência é alcançada quando: 
• As ideias estão organizadas de forma lógica e sequencial. 
• O texto respeita o conhecimento de mundo e as expectativas do leitor. 
• Não há contradições ou ambiguidades que comprometam o entendimento. 
Inter-relação entre Coesão e Coerência 
Embora coesão e coerência sejam conceitos diferentes, elas estão intrinsecamente ligadas na construção 
textual. Um texto pode ser coeso sem ser coerente. Por exemplo, um texto pode usar corretamente 
conectivos e referências, mas se as ideias não estiverem logicamente conectadas, ele será incoerente. Por 
outro lado, um texto coerente sem coesão pode ter ideias lógicas, mas apresentadas de maneira 
desorganizada. 
Importância na Compreensão do Texto 
A ausência de coerência pode tornar um texto confuso ou ininteligível, pois o leitor não consegue perceber 
a lógica por trás das ideias apresentadas. Já a falta de coesão pode tornar a leitura desarticulada e 
desconexa, dificultando o acompanhamento do fluxo das ideias. 
Em resumo, a coesão e a coerência são essenciais para garantir que um texto seja não apenas 
gramaticalmente correto, mas também lógico, claro e compreensível para o leitor. Elas são ferramentas 
chave na habilidade de comunicação escrita, fundamentais para a eficácia na transmissão de ideias e 
informações. 
 
30 
COERÊNCIA NO TEXTO 
Introdução 
A coerência é um aspecto fundamental na construção de um texto eficaz. Ela garante que as ideias se 
conectem de forma lógica e harmoniosa, oferecendo clareza e compreensão ao leitor. A coerência é a cola 
que une diferentes partes de um texto, permitindo que ele transmita uma mensagem unificada e 
compreensível. 
Para que um texto seja considerado eficaz, permitindo a total compreensão do leitor, é essencial a 
articulação de frases e parágrafos usando diversos recursos linguísticos, como sinais de pontuação e 
vocabulário selecionado. No entanto, para estabelecer uma verdadeira coerência, o autor deve: 
Conhecer profundamente o assunto tratado; 
Dominar o idioma utilizado; 
Compreender a intenção do discurso; 
Contextualizar adequadamente o conteúdo; 
A falta desses elementos pode comprometer significativamente a clareza e o entendimento das 
informações. 
Fatores Adicionais de Coerência 
Além dos aspectos mencionados, dois importantes fatores contribuem para o sentido do texto: 
Intertextualidade: Refere-se ao momento em que um texto faz referência direta ou indireta a outro 
material pré-existente, como obras de arte, novelas ou filmes. 
Intencionalidade discursiva: Representa a intenção ou objetivo que o autor deseja transmitir através de 
sua mensagem. 
Princípios da Coerência Textual 
A coerência textual se baseia em três princípios fundamentais: 
1. Princípio da não contradição: O texto deve apresentar ideias lógicas e bem conectadas, evitando a 
falta de nexo. 
2. Princípio da não tautologia: Recomenda o uso de diferentes termos que expressam uma mesma 
ideia, prevenindo redundâncias que podem atrapalhar a progressão do texto e a interpretação do 
conteúdo. 
3. Princípio da relevância: As informações devem estar ligadas de forma lógico-semântica, mantendo 
a coerência mesmo que os segmentos tragam significados isolados. 
 
 
31 
Importância dos Conectivos 
Conectivos desempenham um papel crucial na organização, clareza e encadeamento das ideias. Eles 
pertencem a diferentes classes gramaticais, como advérbios, preposições e conjunções, e podem expressar 
relações de conformidade, adversidade ou conclusão. Exemplos incluem expressões como "além disso", 
"porém", "no entanto", "portanto", "assim" e "então". 
Aspectos da Coerência 
1. Coerência Pragmática 
• Definição: Refere-se à lógica prática e à relevância do texto no contexto em que é apresentado. 
• Exemplo: Se um professor pede uma redação sobre literatura brasileira, espera-se um texto focado 
em autores e obras brasileiras, não um ensaio sobre culinária francesa. 
2. Coerência Sintática 
• Definição: Baseia-se na estrutura gramatical correta, organizando as palavras de maneira que façam 
sentido. 
• Exemplo Alterado: "Ler gosto muito de eu livros"; Corrigido: "Eu gosto muito de ler livros." 
3. Coerência Semântica• Definição: Relaciona-se com o significado das palavras e como elas se conectam para formar um 
sentido claro. 
• Exemplo Alternativo: "O carro que comprei é veloz, mas é muito lento." (contraditório) 
4. Coerência Temática 
• Definição: Assegura que todas as partes do texto estejam relacionadas ao tema central. 
• Exemplo: Em um texto sobre tecnologia, não seria coerente desviar o assunto para receitas de 
culinária. 
5. Coerência Estilística 
• Definição: Mantém um estilo de escrita uniforme ao longo do texto. 
• Exemplo: Se um texto começa num tom formal, não deveria mudar repentinamente para uma 
linguagem coloquial. 
6. Coerência Genérica 
• Definição: Utilização apropriada do gênero textual para o propósito do texto. 
• Exemplo: Ao escrever um artigo científico, deve-se adotar um formato e linguagem acadêmicos, em 
vez de um estilo narrativo ficcional. 
 
32 
AMBIGUIDADE: DUPLO SENTIDO NA LINGUAGEM 
A ambiguidade, também conhecida como anfibologia, é uma característica da linguagem onde palavras, 
frases ou expressões apresentam mais de um sentido. Esta polissemia pode ser intencional ou acidental, 
dependendo do contexto e da intenção do autor. 
Definição de Ambiguidade 
Ambiguidade é a propriedade de algo que pode ser interpretado de várias maneiras. No contexto da 
linguagem, refere-se a palavras ou construções frasais que permitem múltiplas interpretações. Essa 
característica pode enriquecer um texto, sugerindo diferentes leituras e interpretações, ou pode confundir 
o leitor se não for utilizada adequadamente. 
Ambiguidade como Figura de Linguagem 
Quando usada de forma intencional, a ambiguidade é uma figura de linguagem poderosa. Em literatura, 
poesia, publicidade e até no humor, pode ser empregada para adicionar profundidade, humor ou duplo 
sentido a um texto. Por exemplo, um slogan publicitário pode usar a ambiguidade para criar um jogo de 
palavras que chama a atenção ou evoca múltiplas imagens. 
Ambiguidade como Vício de Linguagem 
Por outro lado, a ambiguidade também pode ser um vício de linguagem, especialmente quando surge 
acidentalmente devido a uma construção frasal inadequada ou ao uso impreciso de palavras. Nesse caso, 
pode levar a mal-entendidos ou confusão. Em contextos formais, como textos jurídicos, acadêmicos ou 
informativos, a ambiguidade geralmente é evitada para garantir clareza e precisão. 
Exemplos de Ambiguidade 
1. Intencional: "Ele viu a menina com o telescópio." (A menina pode estar com o telescópio, ou ele pode 
ter usado o telescópio para vê-la.) 
2. Acidental: "Vendi o carro para um amigo no domingo." (Pode sugerir que o amigo foi vendido no 
domingo, em vez do carro.) 
1. INTRODUÇÃO À COESÃO TEXTUAL 
A coesão textual é um aspecto fundamental da escrita, crucial para garantir que um texto seja compreensível 
e agradável de ler. Vamos explorar mais detalhadamente o que ela significa e os elementos que a compõem. 
Definição de Coesão Textual 
• Conceito Central: Coesão textual é o mecanismo pelo qual as palavras, frases e orações de um 
texto se interligam, formando um tecido coeso e coerente. 
• Objetivo: O principal objetivo da coesão textual é conferir clareza e lógica ao texto. Ela ajuda na 
transmissão de ideias de forma que o leitor possa entender e seguir o raciocínio do autor sem 
esforço ou confusão. 
• Importância: Sem a coesão, os textos se tornam desconexos e difíceis de seguir, prejudicando a 
comunicação e a eficácia da mensagem. 
 
33 
Elementos da Coesão Textual 
• Preposições: São palavras que estabelecem relações de sentido entre as diferentes partes do texto. 
Exemplos incluem "em", "por", "com", entre outros. Elas podem indicar tempo, lugar, causa, 
modo, etc., e são essenciais para relacionar ideias. 
• Conjunções: Atuam como conectivos, unindo orações e frases. As conjunções coordenativas (como 
"e", "mas", "porém") e as subordinativas (como "que", "quando", "embora") são fundamentais 
para construir argumentos e encadear raciocínios no texto. 
• Pronomes: Substituem nomes ou retomam termos anteriormente mencionados. Pronomes 
pessoais, possessivos, demonstrativos, entre outros, ajudam a evitar repetições desnecessárias e 
mantêm o texto fluído e engajante. 
• Advérbios: Palavras que modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios, fornecendo informações 
adicionais como tempo, lugar, modo, intensidade, etc. Eles ajudam a detalhar mais as ações e 
qualidades dentro do texto. 
• Locuções Verbais: Combinações de verbos auxiliares com verbos principais que expressam tempos, 
modos e aspectos verbais diferentes. Exemplos incluem locuções como "estava lendo", "vou fazer", 
entre outras. Elas enriquecem o texto ao oferecer uma variedade de formas verbais. 
Exemplos de Conectivos para Melhorar a Coesão Textual 
INTRODUÇÃO CONTINUAÇÃO CONCLUSÃO TEMPO 
Inicialmente Além disso Enfim Logo após 
Primeiramente Do mesmo modo Dessa forma Ocasionalmente 
Desde já Acresce também Em suma Posteriormente 
Ainda por cima Nesse sentido Enquanto isso 
Bem como Portanto Imediatamente 
Igualmente Afinal Não raro 
Acresce que 
 
Concomitantemente 
 
 
2. TIPOS DE COESÃO 
CAUSA EXEMPLO SEMELHANÇA 
Inicialmente Então Igualmente 
Do mesmo modo Por exemplo Segundo 
Primeiramente Isto é Conforme 
Antes de tudo Em outras palavras Assim também 
Desde já Ou seja Portanto 
Quer dizer De acordo com 
Rigorosamente 
 
 
Dizendo/falando 
 
 
34 
Explorando os tipos de coesão textual, podemos identificar duas categorias principais: a endófora e a 
exófora. Cada uma desempenha um papel único na estruturação e na clareza do texto. 
ENDÓFORA 
• Conceito: A endófora é um tipo de coesão que ocorre quando uma palavra ou expressão em uma 
parte do texto remete a outra parte do mesmo texto. É um recurso interno de referência. 
• Exemplo Prático: Considere a frase "Eu vi o João hoje. Ele estava sentado lá na praça." Aqui, a 
palavra "Ele" é um exemplo de endófora, pois remete diretamente a "João", mencionado na frase 
anterior. Esse tipo de referência ajuda a evitar repetições e mantém a fluidez do texto. 
EXÓFORA 
• Conceito: A exófora, por outro lado, ocorre quando uma expressão no texto se refere a algo que 
está fora dele, ou seja, a elementos que não são explicitamente mencionados no texto. Este tipo de 
coesão depende do contexto ou do conhecimento compartilhado entre o autor e o leitor. 
• Exemplo Prático: Na frase "Você vai se arrepender de ter feito aquilo.", a palavra "aquilo" é um 
exemplo de exófora. Ela se refere a algo que não é detalhado no texto, exigindo que o leitor recorra 
ao seu conhecimento prévio ou ao contexto para compreender a referência. 
 
3. IMPORTÂNCIA DA COESÃO 
A coesão textual desempenha um papel fundamental tanto na escrita quanto na leitura de textos. Vamos 
analisar a sua importância em dois aspectos principais: a comunicação eficaz e a organização do texto. 
Comunicação Eficaz 
• Facilita a Compreensão: A coesão textual é crucial para garantir que a mensagem seja transmitida 
de maneira clara e compreensível. Ela permite que o leitor siga o fluxo de ideias sem dificuldades. 
• Promove Clareza: Textos coesos evitam ambiguidades e confusões, permitindo que o leitor 
entenda exatamente o que o autor pretende comunicar. 
• Engajamento do Leitor: Uma boa coesão mantém o leitor engajado, pois as ideias são apresentadas 
de forma lógica e sequencial, facilitando o acompanhamento do raciocínio do autor. 
Organização do Texto 
• Estrutura Lógica: A coesão ajuda na organização lógica do texto, conectando frases e parágrafos de 
maneira que o todo faça sentido. 
• Fluidez na Leitura: Textos bem estruturados e coesos proporcionam uma leitura mais fluida e 
agradável. A coesão evita que o texto pareça uma coleção desordenada de ideias. 
• Consistência Temática: A coesão textual também contribui para manter a consistência temática, 
assegurando que todas as partes do texto estejam relacionadas ao tema central.

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