Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

BRUCELOSE BOVINA
*Doença da esfera reprodutiva
Agronegócio (pecuária) é um dos pilares da economia, a brucelose pode causar um impacto muito grande na economia (demissões, comprometimento nos impostos arrecadados.
Controle Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose
DEFINIÇÃO
· Zoonose: causada pela Brucella abortus
· Acomete bovinos e bubalinos
· Perdas pecuárias:
· Aborto (principalmente no terço final da gestação)
· Repetição de cio
· Bezerros fracos 
· Custo na reposição
· Diminuição da produção de leite
· Perda de peso
· Redução de tempo de vida produtiva
· Limitação na comercialização de animais
· Aborto de 10 a 50%
· Infertilidade: 20%
· Queda na produção de carne de 10 a 15%
· Queda na produção leiteira na ordem de 10 a 24%
· Doença silenciosa (sub aguda ou crônica) que circula no rebanho e não apresenta sinais clínicos característicos (até entender que é brucelose, várias doenças oportunistas e perdas já ocorreram)
· Doença endêmica (níveis dentro de valores esperados, só apresenta comportamento epidêmico quando entra na propriedade)
· Letalidade
· Mortalidade 
SINTOMAS EM HUMANOS:
· Mal-estar; calafrios; sudorese; cansaço; fraqueza; febre (>39,4ºC); mialgia; anorexia; perda de peso; artralgia.
· Orquite com dor testicular 
· Dor ocular e alterações visuais 
· Linfadenomegalia (cervical e axilar)
· Espleno e hepatomegalia 
SINÔNIMOS: febre ondulante
AGENTE ETIOLÓGICO
· Brucelas lisas 
· B. abortus (preferencialmente BOV)
· Biovares - existem 8, mas os mais importantes são:
· 1; 2 e 4 no continente americano 
· 1 e 2 no brasil 
· B suis (pref. SUINOS)
· B melitensis (pref. OVI/CAPRI)
· B maris (pref. MARINHOS)
· Brucelas rugosas
· B ovis
· B canis
· B neotomae (pref. ROEDORES)
· Não é agente específico, tem “preferência”, mas pode infectar outros animais, inclusive humanos
· Colonias pequenas com crescimento lento.
EPIDEMIOLOGIA
· Distribuição:
· Áreas livres: Canadá, Austrália, nova Zelândia, norte europeu (países insulares, primeiro mundo)
· Áreas controladas: EUA (não controla pelo bisão, animal nativo e silvestre na região)
· Áreas endêmicas ou sem controle: resto do mundo
· Levantamento a nível nacional de índice de brucelose foi feito, por último, em 1975 (sudeste com maior número)
· Suscetibilidade do hospedeiro: doença condicionada à idade (maturidade sexual):
· Jovens, sexualmente imaturos (pouco susceptíveis)
· Depois da maturidade sexual, torna-se altamente susceptíveis
· Fonte de infecção:
· Fêmeas prenhas infectadas (no parto ou aborto, ocorre um derramamento de microrganismos, contaminando todo ambiente)
· Touro e animal castrado sem importância epidemiológica (em condições naturais, o touro deposita o sêmen num local onde o pH invibializa o microrganismo, diferentemente de situações de inseminação)
· Vias de eliminação:
· Produtos do abortamento (feto, placenta, líquido amniótico)
· Corrimento vaginal e urina (15 a 30 dias após aborto ou parto normal)
· Sêmen sem importância epidemiológica (a não ser em IA – porém animais são testados)
· Leite (importância epidemiológica em humanos, consumir “leite cru”)
· Fezes do recém nascido (7 dias a 6 semanas)
· Vias de exposição
· Via oral (ingestão de água contaminada, pasto contaminado)
· Via conjuntival (em sistemas intensivos)
· Dose mínima infectante reduzida quando comparada a via oral
· Infecção congênita (mãe infectando feto)
· Importância epidemiológica alta, já que alguns desses animais podem se tornar persistentemente infectados (fêmea que nasce de mãe infectada, mas em testes de rotina negativa, só positiva na primeira gestação)
· Venérea em cães, suínos e ovinos
· Transmissão 
· Fontes e nível de exposição:
· Número de Microrganismos Excretados 
· Vacinação (animal infectado e vacinado não é considerado fontes de infecção)
· Partos subsequentes importante fonte de infecção (tendencia que a quantidade de microrganismos excretados diminui – 1º parto com grande quantidade, diminuindo pelos subsequentes)
· Sobrevivência dos microrganismos 
· Viabilidade e multiplicação alta
· Alta resistência no ambiente
· Exposição dos animais susceptíveis a infecção 
· Atenção ao manejo
· Transmissão pode ser INTRA e INTER rebanhos
· INTRA dentro do mesmo rebanho
· Nível de vacinação (rebanhos pouco e muito vacinados)
· Tamanho do rebanho
· Quanto maior o rebanho, maior dificuldade de estabelecer controle, necessidade de substituição e enganos
· Densidade da população 
· Maior ou menor contato 
· Uso de maternidades ou piquetes de parição 
· INTER entre rebanhos
· Substituição de animais (principalmente fêmeas de reposição)
· Frequência 
· Fontes (confiáveis)
· Teste negatividade 
· Proximidade a rebanhos infectados 
· Principal fonte de infecção vaca infectada
· Principais portas de entrada
· Digestiva
· Conjuntiva 
· Principais vias de eliminação
· Fetos abortados
· Bezerros recém-nascidos 
PATOGENIA
Microrganismo intracelular facultativo, corpo não consegue fazer fagocitose, então essas bactérias conseguem transitar pelo corpo (pode estar dentro de macrófagos)
Associada a endometrite difusa
Replicação das bactérias nos Gânglios linfáticos, caindo na corrente circulatória, estabelecendo um período de bacteremia (em bov +/- 2 semanas), a bactéria vai então para o sistema retículo endotelial (fígado, baço e linfonodo). Se a fêmea fica prenhe, à medida que o feto começa a se desenvolver, um açúcar é produzido no útero (eritritol), as brucelas tem tropismo pelo eritritol, fazendo com que a bactéria saia do sistema retículo endotelial e vá para o útero, se replicando entre a carúncula e o cotilédone. Quando maior a replicação, maior as áreas infectadas, possivelmente necróticas.
Fêmeas:
· Depois do parto, as bactérias voltam para o sistema retículo endotelial, principalmente mamas, linfonodos pélvicos, faríngeos, podendo causar granulomatose
Machos:
· Testículos 
· Observando (pode ocorrer em fêmeas): 
· Artrite (tarso e metatarso)
· Poliartrite, tenossinovite
· Bursite
· Abcessos cutâneos 
SINAIS CLÍNICOS
· Problemas reprodutivos – aborto
· Retenção placentária 
· Repetição de cio 
· Infertilidade 
Em rebanho de 100 fêmeas, a brucelose vai se comportar:
- 1ª prenhez taxa de aborto de 50 a 60% - bactérias migram pela primeira vez para o útero, que se replicam e causam aborto 
- 2ª prenhez taxa de aborto de 20 a 30% - bactérias migram novamente para o útero, porém à medida que essas bactérias começam a se replicar, o organismo da vaca tenta minimizar o prejuízo, formando tecido fibroso entre a carúncula e o cotilédone para minimizar a ação da bactéria – compromete o deslocamento da placenta, causando retenção de placenta 
- 3ª prenhez taxa de aborto de 5 a 10% - resposta do organismo mais precoce, formando tecido fibroso de maneira mais eficiente e rápida, diminuindo a taxa de aborto – maior taxa de retenção placentária 
- 4ª prenhez zera a taxa de aborto – grande taxa de retenção placentária – maior taxa de repetição de cio (infertilidade)
PS: a retenção placentária dá espaço para a entrada de novas bactérias, causando infecção ascendente (infecções secundárias), podendo se instalar no corno uterino ou trompas, no próximo ciclo, quando o oócito vai fazer seu ciclo, não fertiliza (animal torna-se infértil) 
DIAGNÓSTICO
· Necessidade de exames laboratoriais (difícil identificar pelos sinais clínicos)
· Microbiológico (crescimento de colônia)
· Material: feto, liquido amniótico, placenta
· Vantagem: definitivo 
· Desvantagem: demora, alto custo, risco de contaminação alto 
· Sorológico 
· Vantagens: rápido, barato, fácil interpretação, padronizado mundialmente
· Desvantagens: nem todo animal positivo é positivo (vacina por exemplo), nem negativo é negativo (período de incubação)
· Muitos tipos de exames sorológicos, o material varia de acordo com o tipo, pode ser: leite, soro sanguíneo, sêmen
· Depois que surge o Problema do Governo, foram selecionadas/padronizadas algumas técnicas, com critérios:
· Prova do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) 
· Prova de triagem provas altamente sensíveis que vai apontar quaisqueralterações (não necessariamente positivo para brucelose)
· Soro de sangue
· Necessidade de curso de formação para permissão de realização do teste
· Simples, rápido e com alta sensibilidade
· IgM e IgG
· Teste do 2-mercaptoetanol (2-ME)
· Prova confirmatória após prova de triagem, necessidade de fazer prova confirmatória (pode dar inconclusiva – faz teste de fixação de complemento ou pode repetir o teste 30 a 60 dias depois, se der inconclusivo novamente precisa abater)
· Realizado somente por laboratórios credenciados (feita em paralelo com a aglutinação lenta em tubos)
· IgG
· Teste de fixação de complemento 
· Se a prova confirmatória der inconclusiva ou transito internacional de animais, necessidade de teste de fixação de complemento
· Teste do anel em leite (Ring test)
· Teste em propriedades leiteiras 
· Como diferenciar o positivo da vacina e o positivo brucelose (anticorpos da vacina ou da infecção)? Os animais são autorizados (por lei) em fêmeas bov em idade de 3 a 8 meses, então, se vacinada no momento correto, depois de 24 meses, os anticorpos que podem ser detectados no exame após 24 meses significa que foi infectado. Antes de completar 24 não é possível saber se é infecção ou vacinação (lei diz que só pode ser feita sorologia em fêmeas acima de 24 meses)
· Não se vacina macho
· Fêmeas não vacinadas ou macho podem fazer sorologia a partir de 8 meses de idade (para não ter interferência da imunidade passiva)
· Sorologia 15 dias antes e depois de parir, o exame não é válido
VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE
· Obrigatória pra toda fêmea bovina estando ela na idade de 3 a 8 meses 
· Vacina B19
· Vacina atenuada (por 19 vezes)
· Dose única 
· Reduzida virulência (para um bovino, não humanos – principal forma de infecção em humanos é a vacina)
· Estável 
· 70% de proteção
· 7 anos
· Não tem ação curativa
· Persistência de anticorpos (motivo de prazos para fazer exame após 24 meses)
· Profilaxia 
· Obrigatória para fêmeas de 3 a 8 meses
· Médico Veterinário cadastrado (que pode delegar para um peão que estará sob a responsabilidade do veterinário – podendo ser responsável caso o peão fique doente)
· B19
· Marcação animais (com V na face direita da face + sigla do ano)
· Uso proibido macho ou fêmeas acima de 8 meses
· Comprovação que a vacina foi realizada
· Doença profissional
· CUIDADO veterinária, tratadores, magarefes, laboratorista.
· Sempre usar protetor facial, luva e proteção, ao encher a seringa usando sem proteção, uma microgotícula pode cair na conjuntival, infectando o indivíduo
· Controle 
· Rebanhos livres:
· CUIDADO compra de animais, divisas, água, vacinação
· Testes sorológicos a intervalos regulares (2 a 6 meses)
· Sacrifício dos animais reatores até dois resultados negativos sucessivos para todo o plantel
· Quarentena para fêmeas que tenham abortado ou parido, reintroduzida ao rebanho após 2 resultados negativos
· Adotar a mesma conduta para animais que participaram de feiras e exposição, ou animais recém adquiridos 
· Programa de biossegurança 
· Vacinação

Mais conteúdos dessa disciplina