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Ensino Médio 
Apostila de aulas 
 
 
 
 
 
 
 
Lucas Tadeu Marchezin 
 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
1º Ano 
História Geral 
 
 
Introdução a História 
 
1º Ano 
Aula 1: As regras do jogo: A construção coletiva de um contrato pedagógico 
 
Objetivos: propiciar a interação da turma com o professor, a percepção da 
importância do grupo e do estabelecimento de regras comuns, assim como 
apresentar o curso de história. 
 
 
Metodologia: Jogos tradicionais e análise de ficha 
 
Estrutura da Aula: 
1. Em que lugar estamos. 
2. Seqüência de Jogos. 
3. A construção de um contrato pedagógico. 
4. Apresentação do curso 
 
Planejamento da Aula 
 
1. Em que lugar estamos. 
• Fala Inaugural – apresentação (Escola Villare e a construção de um 
Ensino Médio) 
• Ensino Médio como uma nova etapa – Quais as expectativas deles? 
• Apresentação da aula – a escolha dos jogos tradicionais como 
estratégia para a construção do grupo e a construção do contrato 
pedagógico. 
 
2. Seqüência de Jogos. 
 
Apresentação 
• Jogo das mentiras 
Objetivos: Proporcionar um primeiro contato entre professor e alunos, 
colocar em pauta a questão de uma relação de confiança a ser construída. 
 
Jogos: 
 
• Pega-pega xicara 
Objetivos: Perceber o espaço, tomar consciência de si e dos outros. 
 
• Quem iniciou o movimento 
Objetivos: Perceber a necessidade de cooperação dentro de um coletivo e 
da relevância de certos acordos comuns. 
Obs: “Quem iniciou o movimento” é um jogo no qual a participação do 
grupo e a percepção do outro é fundamental. Este é um elemento 
importante 
 
Avaliação dos Jogos : Qual jogo funcionou? Por quê? Quais deram 
errados? O que faltou para eles funcionarem? Regras são importantes para 
jogar? Qual a relação do grupo em relação as regras? 
 
3. A construção de um contrato pedagógico. 
 
• Questões para a construção de um contrato pedagógico 
- O grupo como coletivo (oposição a perspectiva individualista) 
- Coletivo e a existência de opiniões diversas: conflito natural de opiniões 
- Como lidar com isso? A necessidade de estabelecer regras comuns de 
convivência de acordo com o local (a classe) – existência de regras da 
instituição e de acordos de sala (em um primeiro momento apresentadas e 
possíveis de serem revistas) 
- Os espaços coletivos de discussão: liberdade de falar e necessidade de 
ouvir – espaço de troca. 
• IMPORTANTE: Contrato pedagógico e autonomia do sujeito (A regra 
como construção coletiva e não como imposição e coerção) 
 
• Regras gerais e acordos de sala. 
 
- Estar com os instrumentos de trabalho (caderno, estojo e livro1); 
- Participar das aulas (internamente e externamente); 
- Respeitar os horários; 
- Fazer as tarefas pedidas e cumprir os prazos – salientar a questão da lição 
de casa (IMPORTANTE); 
- Proibição do uso de celular 
- Respeitar o professor e os demais colegas (Momentos de exposição e 
momentos de dúvida, respeito a opinião do colega); 
- Saída para o banheiro e água (Regra da garrafinha e bom senso); 
 
1
 O livro não será usado em todas as aulas, quando for necessário será avisado com uma aula de 
antecedência 
 
4. Apresentação do curso 
• Concepção do curso: A história como um fazer 
• Conteúdo: 
- Introdução a História 
- Pré História 
- Idade Antiga (Oriental e Clássica) 
- Idade Média 
- Idade Moderna 
- História da África 
-História da América Indígena 
- História do Brasil (período colonial) 
• Atividade de Sala – baseadas na análise de documentos 
• Tarefas: Estudo Prévio, construção de quadros sínteses e exercícios; 
• Plantão de dúvidas (Descoberta e gerenciamento das dúvidas) 
• Necessidade de organizar-se (agenda, horário escolar, tarefas) 
• Blog e e-mail; 
 
 
 
 
 
1º Ano 
Aula 2: O Ofício do historiador 
 
Objetivos: A partir da leitura da Ficha 1 (texto de Marc Bloch e Bertold Brecht) 
os três elementos centrais da disciplina História: Seu objeto, seu método e sua 
função social. Trabalhar o processo de leitura e compreensão de textos. 
 
Metodologia: Leitura, fichamento e discussão de texto (Ficha 1: texto de 
March Bloch e Bertold Brecht) 
 
Estrutura da Aula: 
1. Impressões sobre a História 
2. Marc Bloch e a História (Leitura dirigida) 
3. Os elementos da história 
• O objeto da História 
• História-problema 
• As fontes históricas 
 
Planejamento da Aula: 
1. Impressões sobre a História 
• A partir da lição feita pelos alunos tentar definir um quadro com as 
respostas apresentadas por eles. 
 
Importante: Este quadro deve ser mantido até o final da aula 
para que possamos comparar as respostas iniciais com as idéias 
surgidas após o debate. 
 
2. Marc Bloch, Bertold Brecht e a História (Leitura dirigida) 
 
• Contextualização do texto – ressaltar a importância de pensar um 
texto dentro do seu contexto histórico (comparação com a 
literatura) 
- Marc Bloch , o historiador francês 
- Apologia a História ou o Ofício do historiador, seu ultimo livro, 
redigido durante o tempo de confinamento no campo de 
concentração – Um livro incompleto, mas importante para a 
reflexão sobre o papel do historiador. 
- Bertold Brecht , dramaturgo alemão e poeta, forte ligação com o 
pensamento marxista. 
 
 
• Instruções para a leitura 
 
1) Ler atentamente o texto (selecionar as dúvidas de vocabulário 
e conceitos) 
2) Identificar os principais argumentos do texto (Isto pode ser 
feito em uma segunda leitura, grifando esses trechos) 
3) Montar um esquema com as principais idéias do texto (este 
fichamento pode ser acompanhado muitas vezes por citações 
importantes) 
• Coletivização dos fichamentos dos alunos (Quais as idéias 
centrais do texto?) 
 
3. Os elementos da história 
 
Análise do texto de March Bloch: 
 
 
• História-problema 
Análise do trecho 1: O Ofício do Historiador 
 
- A relação entre passado e presente no estudo da história – 
ponto fundamental no processo de compreensão de outras 
realidades históricas. 
- A questão da história-problema: O historiador busca 
compreender um determinado período histórico, mas o que leva 
ele a essa pesquisa (seu problema central) é despertado pelas 
questões presentes – O caso da história das mulheres e a 
revolução feminista; A história da escravidão e da resistência dos 
escravos e o movimento negro. 
- Importante: O problema do anacronismo. 
 
• O objeto da História 
Análise do trecho 2: A História e os homens 
- A História dentro do campo das ciências humanas, pois tem 
como objeto os homens (em sociedade) 
- Especificidade da história – categoria da duração – estudo das 
transformações das sociedades humanas no decorrer do tempo. 
- A História e a preocupação em compreender essas 
transformações. Elemento importante para se contrapor a 
concepção pragmática de ciência. 
 
 
Análise do texto de Bertold Brecht: 
 
- Quem faz a história? (noção central para a discussão do conceito de sujeito 
histórico); 
- Crítica da noção de história como a narrativa de grandes eventos (História 
como fruto do fazer coletivo – resultado da ação humana); 
- Questão importante para o reconhecimento em relação ao objeto da disciplina 
(o fato de se ver na história – questão central do poema – o trabalhador que 
tem um estranhamento em relação a história); 
 
1º Ano 
Aula 3: A “arte” de contar histórias 
 
Objetivos: Debater a importância do registro do fatos passado e da construção 
de narrativas históricas. Discutir a relação entre Memória e História e entre 
registro oral e registro escrito. Discutir o papel do historiador como construtor 
de narrativas e o uso de fontes históricas 
Metodologia: Utilização de trechos do filme Narradores de Javé para 
desencadear a discussão. (Cap. 2 e 3; Cap. 4; Cap. 5 e 6 e Cap. 9) 
Estrutura da Aula: 
1. Contando História 
2. Memória e História 
3. O historiador como narrador 
Planejamento da Aula: 
1. Contando História 
• Quais as impressões iniciais dos alunos sobre o primeiro trecho 
do filme (Cap. 2 e 3) – O que acharam do filme?- Centralização política do poder nas mãos do Imperador (restrição 
dos poderes do Senado e dos magistrados) 
- Reestruturação do sistema tributário – instituição de funcionários 
pagos pelo Estado para controlar a arrecadação de impostos nas 
províncias de todo o império. 
- Investimento na construção de um vasto sistema de comunicação 
terrestre e da urbanização das províncias. 
 
• As conseqüências da reestruturação do Império. 
- Desenvolvimento das manufaturas nas províncias e do comércio 
(sobretudo nas províncias orientais do Império) 
- Pacificação das tensões sociais internas do Império – contribuíram 
para isso a chamada política do Pão e Circo (a distribuição de alimentos 
e os combates de gladiadores – comentar o papel desses espetáculos 
para o povo romano – a simulação de poder de decisão e superioridade) 
- Importante: Todas essas mudanças não alteraram a estrutura social 
da sociedade romana. Os patrícios continuaram o grupo social superior, 
seus privilégios e o poder sobre a terra foram mantidos. Por isso 
apoiaram a constituição do Império, na medida que garantiu a 
estabilidade social. 
 
2. A construção da idéia do Império Universal. 
 
• Analise do trecho de Políbio: 
- O processo de expansão territorial e a construção de uma idéia de 
poder ilimitado 
- A conquista das principais civilizações do Mediterrâneo e a idéia de 
superioridade natural 
- A construção do Império e a idéia de “império universal” 
3. Os símbolos do Império. 
• Roma como um símbolo de poder e força para a tradição ocidental 
• Comparação entre o Império Romano, o Império Napoleônico, a 
Alemanha Nazista e os EUA. 
 
1º Ano 
Aula 21: O Cristianismo 
 
Objetivos: Discutir a gênese da religião cristã, suas características e 
especificidades em relação às demais religiões do mundo antigo. Debater a 
expansão do cristianismo dentro do império romano, assim como a 
perseguição inicial aos primeiros cristãos. Discutir o processo de 
institucionalização do cristianismo, a constituição da Igreja e dos dogmas 
cristãos e sua profunda relação com o Estado romano. 
Metodologia da Aula: Analise de documentos e aula expositiva. 
Estrutura da Aula: 
1. Jesus de Nazaré: A gênese do cristianismo. 
2. A expansão do cristianismo. 
3. A construção da Igreja Cristã. 
Planejamento da Aula: 
1. Jesus de Nazaré: A gênese do cristianismo. 
 
a) O cristianismo e o judaísmo. 
 
• A principal características do Judaísmo é o Monoteísmo – segundo a 
tradição hebraica Deus teria se revelado a Abraão e selado a 
primeira aliança. – Deus é considerado como entidade superior e 
transcendental (não possui uma representação humana, é intangível 
e onipotente e onipresente) 
• Importante: O monoteísmo hebreu tem seu pilar na relação 
indissociável entre povo e Deus (a concepção de povo escolhido de 
Deus) 
• O Judaismo como ortopraxis: “Conjunto de normas de origem divina 
que regulam toda a conduta (halakah) do crente e que o devoto 
judeu deve obedecer para realizar-se e, com isso, realizar um 
sistema de justiça no mundo” (Giovanni Filoramo. As religiões da 
Salvação. São Paulo, Hedra, 2005, p.36) 
• Com Moisés (os 10 mandamentos) temos a consolidação de formas 
de proceder e leis que vão ao longo da tradição se consolidando na 
doutrina judaica. 
• Dentro da doutrina judaica estaria prevista a vinda de um Messias (o 
ungido por Deus), o responsável pela libertação dos hebreus e que 
os conduziria ao mundo de Deus. – Para os membros mais 
ortodoxos – como os fariseus – o Messias seria alguém da linhagem 
real de Davi. 
 
b) O novo pacto: Jesus de Nazaré 
 
• Na época em que surge o cristianismo a região da Palestina estava 
sobre dominação direta dos romanos. Muitos nesse período se auto-
intitularam o Messias diante da opressão romana. 
• Jesus de Nazaré, nascido de família humilde, se apresenta como o 
Messias e filho de Deus (Encarnação terrena do poder divino) 
• Suas pregações traziam elementos que divergiam profundamente da 
doutrina tradicional judaica: 
- A universalidade da palavra de Deus 
- A Historicidade do Cristianismo (não só é uma religião histórica, 
como a vontade de Deus se realiza historicamente rumo a salvação - 
Da Gênese ao Apocalipse) – Doutrina da salvação e da redenção 
do homem. 
- Doutrina baseada na piedade e na igualdade entre os homens 
perante Deus. 
• Suas pregações foram consideradas deturpações do judaismo e 
condenadas pelo governo romano na Palestina - Foi preso, 
condenado e executado (A paixão de cristo e a ratificação do carater 
sagrado de cristo – um dos elementos centrais do cristianismo) 
 
2. A expansão do cristianismo. 
• Após a morte de Jesus de Nazaré suas idéias continuaram a ser 
difundidas na Palestina pelos seus discípulos – no entanto, em um 
primeiro momento, elas eram vistas muito mais como vertente do 
judaimso. 
• Pelas suas características – universalidade da palavra de Deus para 
com os homens e da possibilidade de redenção destes o cristianismo 
se espalha principalmente entre as camadas populares (plebe) e 
escravos. 
• Formação das primeiras comunidades cristãs (Igreja - do hebraico 
qahal - o povo de Deus; denominação das comunidades: ekklesias - 
assembléia popular) 
• O principal responsavel pela difusão do cristianismo foi Paulo de 
Tarso (seu nome original do hebraico pode ser traduzido para Saulo) 
– Paulo, de origem hebraica, era a princípio um arduo perseguidor 
dos cristãos até se converter ao cristianismo – a partir da conversão 
Paulo se empenhou a converter os chamados “gentios”, os povos não 
hebreus. 
• Com o crescimento do cristianismo o império romano passou a 
sistematicamente perseguir os cristãos. Para os romanos o aumento 
do cristianismo significava uma ameaça a estrutura do império, devido 
a: Igualdade dos homens perante a Deus , a negação da divindade 
do imperador , o pacifismo cristão diante da doutrina militar romana. 
 
3. A construção da Igreja Cristã. 
 
• A Crise da estrutura imperial romana a partir do século III faz com que 
o cristianismo comece a se difundir cada vez mais dentro do Império 
Romano (devido a perspectiva de fim dos tempos) 
• Nesse contexto ocorreu a conversão de parte consideravel do 
patriciado ao Cristianismo (Formação de uma elite imperial cristã) 
• Imperador Constantino , primeiro imperador convertido ao 
cristianismo → Édito de Milão (313 d.C.) - Legalização do Cristianismo 
• Esse processo de aproximação entre o Estado Romano e o 
cristianismo está diretamente ligado a construção da Igreja Cristã: 
Organização da estrutura da instituição eclesiástic a (a Igreja) e 
homogeneização da doutrina cristã . Constantino conclama o 
Concílio de Nicéia (325 d.C.) - Organização dos evangelhos 
(Mateus, Marcos, João e Lucas) 
• Contúdo esse processo é acompanhado por diversas divergências 
sobre a doutrina cristã, expressa no processo de combate as heresias 
(desvios em relação a ortodoxia da fé cristã) 
- Arianismo (séc. IV ): Negavam a constubstancialidade de Jesus, 
fazendo de Cristo um homem e não um ser divino 
- Donatismo (séc IV e V): Para eles os sacramentos só seriam 
válidos se quem o ministra-se fosse digno. 
• Santo Agostinho (354 - 430 d.C.) e o combate as Heresias (formação 
de uma ortodoxia cristã embasada em um debate teológico) 
• Imperador Teodósio - promulgação do Édito Tessalônico (391-392 
d.C. ) → Cristianismo como religião oficial do Império. 
 
• “ A transformação do cristianismo em religião de Estado teve 
como efeito um profundo entrelaçamento entre a igreja Católica e 
o poder político (...) caracterizada pela formação de um Estado 
crsitão. (Giovanni Filoramo. As religiões da Salvação. São Paulo, 
Hedra, 2005, p.73) 
 
 
 
 
 
Textos de Apoio 
 
09. E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na recebedoria um homem, 
chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. 
10. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos 
publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente comJesus e seus discípulos. 
11. E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso 
Mestre com os publicanos e pecadores? 
12 Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, 
os doentes. 
13. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque 
eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento. 
(Mateus 9: 09 – 13) 
 
23. E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, 
caminhando, começaram a colher espigas. 
24. E os fariseus lhe disseram: Vês? Por que fazem no sábado o que não é lícito? 
25. Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e 
teve fome, ele e os que com ele estavam? 
26. Como entrou na casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os 
pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando 
também aos que com ele estavam? 
27. E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa 
do sábado. 
28. Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor. 
(Marcos 2: 23 – 28) 
 
1. E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se 
dele os seus discípulos; 
2. E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: 
3. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; 
4. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; 
5. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; 
6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; 
7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia 
8. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; 
9. Bem-aventurados os pacificadores, 
10. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; 
11. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é 
o reino dos céus; 
(Mateus 5: 1 – 11) 
 
Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria 
de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã 
(Conritio I, 1: 17) 
 
Idade Média 
1º Ano 
Aula 23: A Europa na Idade Média 
 
Objetivos: Discutir os impactos das invasões germânicas para a Europa sobre 
dominação romana, tanto na parte Ocidental, quanto Oriental. Apresentar as principais 
características do Império Bizantino (Império Romano do Oriente) no decorrer da 
Idade Média. Discutir os impactos da invasão germânica para a Europa Ocidental após 
a queda do Império Romano do Ocidente. 
 
Estrutura da aula: 
• A Idade Média e o eurocentrismo 
• O Império Romano do Oriente e as invasões germânicas 
3. As invasões “bárbaras” e os reinos germânicos 
 
Planejamento da Aula: 
 
• A Idade Média e o eurocentrismo 
 
• 476 d.C. → Deposição de Rômulo Augustos (Considerado o ultimo Imperador 
Romano) - marco cronológico da “Queda do Império Romano do Ocidente”. 
Considerado também como o marco que divide a Idade Antiga da Idade Média. 
• Organização cronológica da Idade Média (séc. V ao séc. XV) – Da queda do 
Império Romano do Ocidente a Queda do Império Romano do Oriente (Império 
Bizantino) 
• Subdivisão da Idade Média: Alta Idade Média (séc. V ao séc. X) – formação da 
sociedade medieval – e Baixa Idade Média (séc. X ao séc. XV) – consolidação e 
transformações das relações feudais. 
 
• IMPORTANTE: A queda do Império Romano do Ocidente representa o fim da 
uma unidade política na parte Ocidental do Império Romano (mais 
especificamente na Europa Ocidental), assim como um processo de ruralização 
da economia dessa região (acentuado processo de êxodo urbano). Contudo, isso 
não se aplica a outras áreas que outrora fizeram parte do Império Romano (Como 
o Mediterrâneo Oriental, dominado pelo Império Bizantino e o Norte da África, 
conquistado após o século VIII pelos árabes). 
 
• A construção da idéia de Idade Média como parte de uma historiografia 
eurocêntrica. Uma História centrada nos acontecimentos dos reinos que se 
constituíam na Europa ocidental a partir do século V. Processo de exclusão das 
demais regiões. 
 
 
 
• O Império Romano do Oriente e as invasões germânicas 
 
a) Aspectos econômicos: 
• Controle do Marítimo (assegurava a circulação de mercadorias entre 
seus principais portos e as rotas que ligavam o Império ao Mar Negro, Ásia e 
Europa) 
• Controle estatal sobre a produção artesanal (através da regulação de 
corporações de ofício) 
• Controle da circulação de mercadorias (controle fiscal e 
estabelecimento de monopólios) 
• Produção agrícola (mescla de trabalho servil e trabalho livre - 
arrendamento de terra). 
 
b) Aspectos políticos: 
 
Principal característica: Poder político centralizado. Fusão de duas tradições 
legitimando o poder do imperador sobre todo o Império Romano do Ocidente. 
(Romana e Cristã) 
 
• Tradição Romana: Os governantes de Constantinopla se consideravam os 
herdeiros diretos do Império e das tradições Romanas . Em princípio, o 
imperador era eleito pelo Senado, pelo Exército e pelo Povo de Constantinopla. 
 
• Tradição Cristã 
• Título de Basileus – aquela que dispõe de autoridade total sobre os 
assuntos espirituais. Considerado como isapóstolos, ou seja, igual aos 
apóstolos, portanto o representante de Deus 
• Síntese: CÉSAROPAPISMO → fusão entre poder temporal e poder espiritual. 
• 
• Estabilidade da Figura do Imperador → Possibilidade de longas dinastias: 
Macedônicos, 192 anos (867 -1059); Camnemos, 104 (1081 -1185); 
Paleólogos 192 anos (1261 -1453) 
• Condições proibitivas para ser Imperador: Eunucos, Cegos, Hereges e 
Mulheres (com exceção daquelas que tomaram o poder como imperatriz ou 
regente) 
• Instabilidade de Imperadores (Disputas pelo poder): 107 Imperadores durante 
a História de Bizâncio, 34 de mortes naturais, 8 na guerra e 65 assassinados 
ou cegados. 
 
c) Estrutura do Império: 
 
• Herança da estrutura hierárquica ROMANA. 
• Forte controle do Estado sobre todas as instâncias da vida cotidiana – 
existência de uma vasta BUROCRACIA (cargos não hereditários – os eunucos) 
• Unidade Lingüística – GREGO (Irá no decorrer dos séculos substituir o Latim) 
• Unidade Religiosa – Igreja Ortodoxa 
 
d) A Igreja Ortodoxa e o Cisma do Oriente 
 
• O poder do Patriarca de Constantinopla: O bispo de Constantinopla vai no 
decorrer dos séculos firmando sua importância sobre outras dioceses do 
Oriente, como Alexandria, Antioquia e Jerusalém. 
• II Concílio Ecumênico – 381 d.C. – declara que o bispo de Constantinopla 
receberá as honras a seguir do bispo de Roma. 
• Papel das disputas Teológicas: O distanciamento entre as partes Ocidentais 
e Orientais do antigo Império Romano vão colocar em disputa tanto seu 
legado político (a idéia de Império Universal); quanto o religioso (a quem 
deveria caber o controle dos cristãos?) - Oposição entre o Bispo de Roma e do 
Patriarca de Constantinopla) 
• CISMA DO ORIENTE (1054) – Criação da Igreja Ortodoxa (subordinada ao 
Imperador do Império Romano do Ocidente) 
 
 
• As invasões “bárbaras” e os reinos germânicos 
 
• Século V – invasões germânicas e a queda do Império Romano do Ocidente. 
 
• Intensificação do processo de ruralização das comunidades européias 
ocidentais e do isolamento da Europa Ocidental dos principais centros 
econômicos do Mediterrâneo. 
• Nesse contexto temos a formação dos reinos germânicos e um profundo 
processo de reestruturação social. 
 
• Principais transformações: 
 
Políticas 
- Fim da unidade política. 
- Fragmentação do poder na Europa Ocidental (Constituição dos reinos 
germânicos: Reino dos Francos, Reino dos Visigodos, Reino dos Alanos, etc.) 
- Declínio da concepção de poder Público e constituição de relações pessoais de 
dependência (o comitatus germânico) 
 
Sociais: 
- Constituição de novas relações sociais: Mescla de elementos da cultura romana 
com elementos da cultura germânica. 
 
Econômicas: 
- Transformação das formas de organização econômicas e social: Com o fim da 
unidade política, teminício de um lento processo de fragmentação das rotas 
comerciais terrestres e, principalmente as rotas do Mar Mediterrâneo. 
- Declínio acentuado do comércio em quase toda a Europa Ocidental. 
- Início de um processo de ruralização da economia. (êxodo urbano) 
1º Ano 
Aula 25: O Islã 
 
Objetivos: Apresentar o processo de formação do Islamismo e suas principais 
características, articulando a influência das religiões monoteístas e os aspectos 
culturais árabes na constituição dessa religião. Relacionar o processo de unificação 
religiosa da península arábica e o processo de unificação política, assim como à 
expansão árabe. Discutir o processo de cisão dentro do mundo muçulmano e a 
fragmentação do mundo islâmico. Debater o olhar contemporâneo sobre o mundo 
Islâmico. 
 
Estrutura da Aula: 
• A Península arábica. 
• A formação do Islã. 
• A expansão islâmica. 
 
Planejamento da Aula: 
 
• A Península arábica. 
 
• Ocupação: 
 
4. Norte - Região sobre influência de dois grandes impérios: 
• Império Bizantino (Cristão) 
• Império Sassânida* (Zoroastrismo) 
 
*Região onde se localizam atualmente Irã e Iraque 
 
• Sul - Região sobre influência de dois reinos: 
• Reino de Axum - reino africano (Cristão Copta) - Costa do mar Vermelho 
• Iemem - reino no Sul da península. 
 
• Centro: 
 
d) Povos nômades do deserto (Beduínos) 
e) Povos sedentários nas regiões de Oásis - agricultores e artesãos organizados 
em pequenas aldeias e cidades 
 
• Característica dos povos Árabes: 
 
- Organização Tribal (pautados na lealdade familiar e orgulho dos ancestrais) - 
comandados em geral por um chefe guerreiro → Poder estabelecido a partir dos 
Oásis. 
- Descentralização do poder. (inexistência de uma unidade política. 
- Religiões Politeísta - pautado nas religiões de pastores e agricultores 
(adoração da Natureza) 
- Região marcada por diversas rotas comerciais (rotas de longa distância, 
contato com comerciantes indianos e chineses – rotas asiáticas – e com 
comerciantes africanos – nos dois casos temos a comercialização de especiarias) 
- Meca - principal centro urbano e comercia, local de peregrinação (a rocha negra) 
 
• A formação do Islã. 
 
• O profeta Muhammad (Maomé) 
 
- Data provável de Nascimento - 570 d.C. - aldeia de Meca. – Membro da Tribo dos 
Coraixitas (mercadores importantes) . Pertencia a um ramo pobre. 
- Casou-se com Cadija - viúva de um comerciante - e assumiu seus negócios 
(caravanas comerciais) 
- Teve contato nessas viagens com comunidades cristãs e judaicas (religiões 
monoteístas) 
- Fusão de suas tradições distintas: a tradição judaico-cristão e as tradiões árabes. 
- Profecias da vinda de um profeta (corrente tanto nas religiões montesinas - 
cristianismo e judaísmo -como entre os adivinhos árabes) 
- Muhammad e a revelação no deserto (A existência de um único Deus, Allah e 
Muhammad como o escolhido para ser seu profeta) 
- Delineamento de uma nova religião monoteista e a figura do Profeta como o 
escolhido para ratificar a verdadeira mensagem de Allah (Apropriação da tradição 
judaico-cristã) 
- Importante: Constituição da idéia de unidade através dos laços de uma 
comunidade islâmica 
- Confrontos com os mercadores de Meca (Coraixitas - visão desse novo credo ao 
poder da cidade como centro de peregrinação) 
- 622 d.C. → Muhhamad é obrigado a deixar Meca em direção a Yatrhib (Medina) 
- HÉGIRA (início do calendário muçulmano) 
- Cresce o número de seguidores do Islã (tanto em Yatrhib com entre o beduínos 
do deserto) → Muhhamad retorna a Meca (Aceitação do caráter sagrado da cidade 
- haram fundado por Abraão - local de conciliação, de paz) 
 
• A doutrina Islâmica 
 
- O monoteismo: 
 
“Tudo o que existe nos céus e na terra glorifica Allah; e Ele é o Onipotente e 
Onisciente. 
 A Ele pertence o senhorio dos céus e da terra: Ele é o que dá a vida e o que 
ordena a morte, Ele tem poder sobre as coisas. 
 Ele é o primeiro e o Último, o Visível e o Invisível, Ele é o Conhecedor de todas as 
coisas. 
Ele é O que criou os céus e a terra em seis dias; depois subiu ao Trono. Ele 
conhece tudo o que a ele ascende, Ele está convosco onde quer que vós esteja. E 
Allah vê tudo o que vós fazeis. 
É seu Reino dos céus e da terra, e a Allah todas as coisas voltam. 
 Ele faz que a noite penetre no dia e que o dia penetre na noite, Ele conhece os 
pensamentos dentro de nossos corações.” 
(Corão. Sura 57, 1-6.) 
 
- Os cinco pilares do Islã: 
 
• Chahada ou Shahada - é a profisão de fé do islamismo: “Não há outro deus 
além de Allah; Muhammad é servo e mensageiro de Allah.” 
• Salat ou Salah - refere-se às cinco orações rituais que cada muçulmano deve 
realizar diariamente voltado para Meca. 
• Zakat ou Zakah - é o tributo religioso impropriamente traduzido como esmola. 
Segundo o Islão, toda riqueza provém de Allah, sendo assim aqueles que 
tiveram a sorte de beneficiar da sua riqueza devem por sua vez apoiar os 
membros mais desfavorecidos da comunidade muçulmana. 
• Ramadã - é o nono mês do calendário muçulmano, no qual se pratica o jejum 
ritual. 
• Hajj ou Hadj - é o nome dado à peregrinação realizada à cidade santa de 
Meca pelos muçulmanos. sendo obrigatória pelo menos uma vez na vida para 
todo o muçulmano adulto, desde que este disponha dos meios econômicos e 
goze de saúde. 
 
• Importante: A unidade religiosa conquistada com a expansão do islamismo 
permitiu a unificação política dos povos árabes. 
 
• A expansão islâmica. 
 
• Utilização do material Moderna Plus (Mapa da expansão árabe) 
• Liderança de Muhhamad → Unificação da Península Arábica 
• Morte do Profeta abre a questão de quem sucederia no comando da 
comunidade islâmica 
• A escolha do Califa (o líder da comunidade) → recai sobre os homens que 
estavam mais próximos do profeta nos anos da HÉGIRA. 
• Expansão das áreas dominadas pelos árabes (Império Sassânida e Bizantino) 
→ Essa expansão propiciaria em dois séculos a dominação de áreas tanto no 
Oeste (Até a Espanha), quanto a Leste (até a Ásia Central) 
 
• A divisão do Islã (Xiitas e Sunitas) 
 
- Crise sucessória após a morte do terceiro Califa (Otman) - Ali ibn Abi Talib, primo 
de Muhhamad contra Mu’ awiya ibn Abi Sufyan primo do Califa Otman. 
- Estava em jogo a liderança tanto no campo político como religioso - o poder de 
Imã, chefe religioso, era reivindicado por Ali, pois era da família do profeta. 
- O grupo que passou a apoiar Ali e seus descendentes ficou conhecido como 
“Parido de Ali” - Xiitas em árabe. 
- Os partidários de Mu’ awiya ibn Abi Sufyan, apoiados em outros escritos 
sagrados - com o Suna, o livro da vida e ensinamentos de Muhhamad - Ficaram 
conhecidos por Sunitas. (divisão presente no islã até hoje). 
 
1º Ano 
Aula 25: A formação da sociedade feudal 
Obs: Aula para 2 entradas 
 
Objetivos: Compreender o processo de fusão entre elementos germânicos e romanos 
na construção de novas relações sociais, base da sociedade medieval. Expor e 
discutir os principais elementos da sociedade medieval (O sistema feudal). 
 
Estrutura da aula: 
1. O Feudalismo 
2. A sociedade feudal 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. O Feudalismo 
 
• Existem algumas características gerais para definira a sociedade medieval. O 
conjunto dessas características forma o sistema social chamado de feudalismo. 
 
• Atenção: O feudalismo é um modelo social , nem todas as regiões da Europa 
desenvolveram todas essas características, ou exatamente dessa forma. 
 
• Datação: Estas características se constituíram ao longo da Alta Idade Média, 
principalmente entre os século VIII e XI. 
 
• Contexto Histórico: Neste período a Europa Ocidental esteve praticamente 
isolada das principais rotas de comércio e comunicação (Mar Mediterrâneo) 
devido a expansão árabe e as desavenças políticas e religiosas com o Império 
Romano do Oriente (Império Bizantino). 
• Características principais da sociedade feudal: 
 
I. Sociedade agrária (organizada economicamente esocialmente a partir dos 
feudos – grandes extensões de terra sob o poder da nobreza) 
II. Sociedade Estamental (dividida entre dois grandes grupos sociais: nobres 
(aristocracia rural) e servos (campesinato) 
III. Sociedade Teocentrica (uma concepção de mundo profundamente 
religiosa e organizada e controlada pela Igreja) 
IV. Poder político descentralizado . 
 
• IMPORTANTE: O processo de fragmentação do poder do Estado romano 
intensifica a constituição de relações de dependência pessoal, traço 
fundamental da sociedade medieval. 
 
2. A sociedade feudal 
 
a) A formação da nobreza 
• Origem: fusão de famílias patrícias romanas com os chefes guerreiros 
germânicos a partir do século V. 
• Definição: A nobreza formava uma aristocracia rural, com o poder baseado na 
posse sobre a terra e no poder militar. 
 
• Origem do poder da nobreza na sociedade medieval: 
- Europa Ocidental → Economia Agrária, mas não exclusivamente (tendência 
a diminuição do papel do comércio) 
- Desagregação da Concepção de Poder Público → Transferência das 
responsabilidades do Estado para os senhores de Terra 
- consolidação do papel da nobreza na sociedade: 
- BENEFICIUM: Concessão de Usufruto da Terra (controle sobre ela e sobre 
seus produtos) 
 - IMMUNITAS: Isenção da presença do poder real em suas terras. 
 - BANNUM: Autoridade total do senhor em suas terras. 
• A formação de relações de dependência pessoais entr e nobres: 
- O comitatus: costume germânico baseado em juramentos de fidelidade entre 
guerreiros em tempos de guerra (fidelidade em troca de terras) 
- Do comitatus a relação de suserania e vassalagem (uma relação entre iguais, 
membros da nobreza) 
- A relação de suserania e vassalagem intensifica o processo de fragmentação 
e descentralização do poder política (característico do feudalismo) 
 
b) Os feudos 
 
• Origem: As grandes propriedades romana. Com a crise do escravismo no 
século III os patrícios passaram a conceder terras para os colonos livres 
cultivarem e troca de tributos – formação das Villas. 
• Essa estrutura fundiária e forma de organização do trabalho camponês são 
mantidas durante Idade Média com algumas transformações. 
• A nobreza mantinha sua posição social a partir da exploração dos tributos 
feudais. 
 
• Organização fundiária dentro do feudo: 
- Manso Senhorial (As terras pertencentes e administrada diretamente 
pelos nobres) 
- Manso Servil (Terras cultivadas pelo servos, compunha a maior parcela 
do feudo junto com as terras comunais) 
- Manso Comunal (Terras não cultivadas, pastos comunais, florestas e 
lagos) 
 
 
c) Os servos. (Camponeses) 
 
• Origem: Colonato (instituição romana do século IV) - Estatuto de homem livre, 
mas vinculado a terra. (processo hereditário) → Tentativa de solucionar o 
problema de escassez de mão-de-obra devido a desagregação do TRABALHO 
ESCRAVO (interrupção das rotas de tráfico) 
• Definição: Trabalhadores rurais livres, mas presos a terra e a obrigações aos 
senhores feudais. A relação de servidão era uma relação desigual e hierárquica 
entre senhores e camponeses. 
• DESAPARECIMENTO PROGRESSIVO DE PEQUENOS CAMPONESES COM 
POSSE DE TERRAS (processo de concentração fundiária da nobreza) 
• As obrigações dos servos: 
- A Corvéia: trabalho gratuito nas terras do senhor e outros serviços (o tempo 
variava de três dias por semana a alguns dias por ano) 
- A Talha: Pagamento, em forma de produtos, de parte da produção da terra do 
servo ao senhor. 
- Banalidades: Pagamento de tributos pelo uso de ferramentas pertencente ao 
senhor (fornos, moinhos, etc. 
- Censo ou Foro: Pagamento anual em dinheiro pelo uso das terras 
- Dízimo: tributo pago a Igreja, entrega da décima parte da produção. 
Importante: Os servos aceitavam esses tributos em troca de terras e, 
sobretudo, de proteção pelos senhores. O contexto histórico é imporante para 
compreender isso 
• Constituição dos Alódios (terras sem senhores feudais) e formação dos 
Vilões (camponeses livres de obrigações com um senhor feudal) 
 
1º Ano 
Aula 26: A criação da Igreja e o mundo medieval 
 
Objetivos: Apresentar o processo de formação da Igreja cristã. Explicar o processo e 
expansão do cristianismo na Europa ocidental. Discutir o papel da Igreja Católica 
dentro da sociedade medieval e o processo que levou-a a se tornar uma das maiores 
senhoras feudais e os embates entre poder espiritual e poder temporal. 
 
Estrutura da aula 
1. A construção da Igreja no mundo antigo. 
2. A Igreja na sociedade feudal. 
 
Planejamento da aula: 
 
3. A construção da Igreja no mundo antigo. 
 
• A Crise da estrutura imperial romana a partir do século III faz com que o 
cristianismo comece a se difundir cada vez mais dentro do Império Romano 
(devido a perspectiva de fim dos tempos) 
• Nesse contexto ocorreu a conversão de parte considerável do patriciado ao 
Cristianismo (Formação de uma elite imperial cristã) 
• Imperador Constantino , primeiro imperador convertido ao cristianismo → Édito 
de Milão (313 d.C.) - Legalização do Cristianismo 
• Esse processo de aproximação entre o Estado Romano e o cristianismo está 
diretamente ligado a construção da Igreja Cristã: 
 
- Organização da estrutura da instituição eclesiástica (a Igreja) 
- Homogeneização da doutrina cristã . 
 
• Constantino conclama o Concílio de Nicéia (325 d.C.) - Organização dos 
evangelhos (Mateus, Marcos, João e Lucas) 
 
• Importante: Esse processo é acompanhado por diversas divergências sobre a 
doutrina cristã, expressa no processo de combate as heresias (desvios em 
relação a ortodoxia da fé cristã) 
 
- Arianismo (séc. IV ): Negavam a constubstancialidade de Jesus, fazendo de 
Cristo um homem e não um ser divino 
- Donatismo (séc IV e V): Para eles os sacramentos só seriam válidos se quem o 
ministrasse fosse digno. 
 
• Santo Agostinho (354 - 430 d.C.) e o combate as Heresias (formação de uma 
ortodoxia cristã embasada em um debate teológico) 
 
• Imperador Teodósio - promulgação do Édito Tessalônico (391-392 d.C. ) → 
Cristianismo como religião oficial do Império. 
 
 
• “ A transformação do cristianismo em religião de Estado teve como efeito um 
profundo entrelaçamento entre a igreja Católica e o poder político (...) 
caracterizada pela formação de um Estado cristão. (Giovanni Filoramo. As 
religiões da Salvação. São Paulo, Hedra, 2005, p.73) 
 
 
4. A Igreja e a sociedade medieval. 
 
a) A cultura Medieval. 
 
• Uma das principais características da sociedade medieval é o fato de ser 
considerada uma sociedade teocêntrica – uma sociedade em que a religião 
ocupava um papel central na vida cultural. 
• Século V – Queda do Império Romano do Ocidente e conversão das 
populações de origem germânicas (combate as religiões pagãs) 
• A Igreja, dentro da sociedade medieval, foi a única instituição a manter a 
unidade. (enquanto ocorria o processo de fragmentação política e o 
desaparecimento da concepção de poder público ela se organizava como 
instituição) – Conseqüência: controle sobre a vida cultural e a expansão da 
sua influência sobre a Europa medieval. 
 
• As bases teológicas: Santo Agostinho (séc V) e a Salvação pela Fé, refutação 
da razão greco-latina como elemento de compreensão do mundo. Oposição a 
idéia de revelação divina. A falibilidade da compreensão humana dessa 
revelação divina leva a necessidade da Fé, como único elemento para a 
salvação. Inspiração neoplatonista (A idéia de mundo inteligível e mundo 
ininteligível – A cidade de Deus e a cidade dos homens) 
 
• Teocentrismo e a visão de mundo: Analise de Mapas medievais. 
 
 
• O papel das artes no processo de construção dessa visão teocentrica: a 
música (Perotin – séc. XII, in: Hilliard Ensemble) e a iconografia. Em uma 
sociedade em que maior parte da população era analfabeta essas estratégias 
eram fundamentais. 
 
b) A Igreja como senhora feudal. 
 
• A Igreja como instituição: Processo de organização da hierarquia eclesiástica 
(séc. V a XI) – incorporação daestrutura administrativa do império romano. 
• Organização hierárquica: 
 
o Fortalecimento da figura do Bispo de Roma (Papa) sobre os outros 
bispados. Este processo está ligado tanto a incorporação da idéia de 
soberania real (conceito romano de Rex,), quanto a justificativas 
teológicas (O bispo de Roma como sucessor de Pedro) 
o Incorporação da idéia de Império Universal. 
o Divisão entre clero secular (Os bispados) e clero regular (Ordens 
religiosas) 
 
• A Igreja como senhora feudal: Ao longo da Alta Idade Média a igreja vai 
acumulando um vasto patrimônio: tanto bens materiais, quanto vastas porções 
de terras doadas por famílias nobres. 
• A Igreja e a ordem feudal: A construção da idéia das três ordens. A inserção 
da concepção teocêntrica de mundo a organização estamental da sociedade 
feudal. 
1º Ano 
Aula 27: O Renascimento Comercial e Urbano. 
Obs: Aula para 3 entradas 
 
Objetivos: Apresentar as principais transformações sociais e econômicas que 
marcaram o início da Baixa Idade Média. Debater os impactos do Renascimento 
Urbano e Comercial para a sociedade feudal. Discutir o processo histórico 
denominado pelo nome de Cruzadas, assim como o papel da igreja nele e suas 
conseqüência. Discutir as principais características do Humanismo e da crise do 
século XIV. 
 
Estrutura da Aula: 
1. Transformações agrárias na Europa Medieval 
2. O Renascimento Urbano e Comercial 
3. A Igreja e as Cruzadas 
4. O Humanismo e a crise do século XIV 
 
Planejamento da aula: 
1. Transformações agrárias na Europa Medieval 
 
• Baixa Idade Média (séc X – XV) – período de grandes transformações das 
relações no interior da sociedade feudal 
• Principais elementos: 
- Interrupção das invasões (período de relativa paz) 
- Aumento da Produção – inovações técnicas: 
 
� Arado de Ferro 
� Arroteamento (aumento da área de terras cultiváveis) 
� Divisão Trinaria das Terras ( 2/3 cultivadas e 1/3 em descanso 
 
 
 
 
 
 
- Aumento Demográfico: 
 
Século População (em milhões) 
IX 18 
X 26 
XI 34 
 
• Conseqüência Direta: 
 – Aumento da produção de excedente. 
 - Tensões dentro da nobreza (a escassez de terras leva parte da nobreza – destituída 
de terra – a saques dentro da Europa) 
 
2. O Renascimento Urbano e Comercial 
 
• Aumento do Excedente → Autonomia das cidades (inversão da relação entre 
cidade/campo – cidade como comuna – para a relação campo/cidade) 
• Processo de especialização no interior das cidades: 
a) Artesanato 
b) Comércio 
c) Bancos 
• Importante: A busca da nobreza pelos produtos das cidades → Gasto com 
ostentação/Status (exemplo do vestuário) 
• Monetarização das relações de troca – intensificação das relações comerciais, 
também denominado de Renascimento Comercial. 
• Cruzadas – reabertura das rotas comerciais do Mediterrâneo – intensificação do 
comércio e da monetarização das relações de troca. – formação feiras no 
entrecruzamento de rotas comerciais e, posteriormente de cidades (burgos) 
 
3. A Igreja e as Cruzadas 
 
• Com intuito de evitar a violência desencadeada pela nobreza a Igreja buscou 
regulamentar a conduta dos cavaleiros: 
- 1054 – promulgação da A paz de Deus . (distinguia-se entre beligerantes e não-
beligerantes, proibindo-se a destruição de colheitas e exigindo-se o respeito aos 
camponeses, aos viajantes e às mulheres) e a Trégua de Deus . (a suspensão 
dos combates durante o domingo e nos dias santos) 
 
 A Ordem de Cavalaria e as Cruzadas 
 
• A cavalaria, como unidade de combate havia se tornado – desde o império 
carolíngio (séc VIII) – a principal arma nas guerras medievais. Uma carga de 
cavaleiros bem armados era capaz de romper qualquer linha de infantaria. 
• Os custos para manter um cavalo, a armadura e as armas (Lança, maça e 
espada) mantinha o posto de cavaleiro como privilégio da nobreza. 
• Dentro do contexto da Paz de Deus e da Trégua de Deus forma-se a 
concepção do cavaleiro como o soldado de Cristo (milles christis) – Começa a 
construção de um ideal de cavalaria para orientar a conduta da nobreza guerreira. 
O cavaleiro como protetor dos “indefesos” e da Igreja , como mantenedor da 
ordem. 
• Ramon Lull e o Libro de la Orden de Caballaria, ( 1275) – normatização da 
conduta de um cavaleiro. 
• Dois elementos se juntam para formar o conjunto de virtudes dos cavaleiros, a 
tradição cristã e a tradição da nobreza. Virtudes Teologais: Fé, Esperaça e 
Caridade; Virtudes Cardinais: Justiça, Prudência, Fortaleza e Temperança. 
 
Analise do filme Cruzadas: Capítulos 8 a 11 (Sagração de um cavaleiro, caminho s 
para Jerusalem) 
 
• Produção literária inspirada no ideal de cavalaria: As novelas de cavalaria 
(Ciclo Arturiano e Ciclo Carolingio) → Dialogo com o Cavaleiro Inexistente de 
Ítalo Calvino 
 
As Cruzadas: 
 
• Em 1095 o Papa Urbano II conclama a nobreza a Cruzada.(expedições militares 
com o objetivo de recuperar os territórios perdidos para os mulçumanos no 
Oriente Médio) 
 
 Objetivos iniciais: 
 
Analise do Filme Cruzadas: Capítulos 1 a 5 - Motivações para os cruzados, 
elementos da sociedade medieval 
 
o Expansão do cristianismo (controle da Terra Santa – locais importantes para o 
cristianismo) 
o Conquista de novas terras e perdão divino (objetivo central da nobreza) 
 
As expedições: 
 
o Ao todo, entre os séculos XI e XIII foram realizadas 9 cruzadas reconhecidas 
pela Igreja e 2 não reconhecidas (Recurso digital da Moderna Plus) 
o Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096) 
o 1ª Cruzada (1096 – 1099) – A Cruzada dos Nobres → Conquista dos cruzados 
da Cidade de Jerusalém – formação de reinos cristãos no Oriente 
o 2ª Cruzada (1147 – 1149) – alargamento do território cristão no oriente 
Importante: As cruzadas e a formação dos reinos cri stãos do oriente 
reativam o comércio de produtos entre o ocidente (E uropa) e o oriente e 
África. 
 
Analise do filme Cruzada: Capítulos 13 a 15 (As relações entre cristão e 
muçulmanos e o ideal de cavalaria) 
 
o Perda da cidade de Jerusalém para o sultão Saladino. 
o 3ª Cruzada (1189 – 1192) – Cruzada dos Reis – tentativa de retomada de 
Jerusalém (Participam Frederico Barbaruiva – SIRG – Luis IV – França – 
Ricardo Coração de Leão – Inglaterra) – Ricardo consegue um acordo com 
Saladino – peregrinaão dos cristãos a Terra Santa 
o 4ª Cruzada (1202 -1204) – Cruzada Comercial – Devido às dividas dos nobres 
cruzados com os comerciantes venezianos a quarta cruzada é desviada para 
o saque de Constantinopla. Formação do reino latino 
o Cruzada das Crianças (1212) 
o 5ª Cruzada (1217 -1221) 
o 6ª Cruzada (1228 – 1229) 
o 7 ªCruzada (1248 – 1250) 
o 8ª Cruzada (1270) 
o 9ª Cruzada (1271 – 1272) 
 
Conseqüências das Cruzadas: 
• Conseqüência 1: Inserção da Europa nos sistemas comerciais do Oriente – 
África, Oriente Médio e Império Bizantino – o comércio de especiarias. 
(Recurso digital da Moderna Plus) 
• Conseqüência 2: Aumento do fluxo comercial na Europa, constituição da 
burguesia. 
 
 
 
4. O Humanismo e a crise do século XIV 
 
a) O Humanismo: 
 
• A constituição das cidades (burgos) e o conjunto de transformações 
socioeconômicas ligadas a esse novo espaço desencadeiam um processo 
profundo de transformações culturais. 
• Fora a cultura religiosa, patrocinada pelo clero e nobreza, existiu a cultura 
laica(não-religiosa), a qual também pode ser entendida como “profana”: Pro(em 
frente); fanum(Templo), aquilo que é feito fora da Igreja (poetas, artistas, teatro de 
rua, música, circo, etc.). 
 
• A música medieval e o humanismo. 
- século XI – O Organum (Canto Gregoriano) – a música como parte da liturgia 
cristã (elemento da visão teocêntrica de mundo) 
- século XII – A escola de Notre Dame – Perotin e a evolução da música 
- século XII e XIII – a música e o espaço profano – o Saltarello e a dança na 
corte, os trovadores e as cantigas líricas (constituição da figura do indivíduo (eu 
lírico), elemento importante e ligado as mudanças sociais da época) 
- A música entreas camadas populares – canção de amigo e a canção de 
escárnio (A idéia do grotesco e do cômico) 
 
• A escolástica e relação entre fé e razão. 
- Santo Agostinho (354 – 430) teólogo cristão que dá as bases para o pensamento 
religioso na Idade Média – coloca a fé como principal elemento (incapacidade da 
razão de compreender a revelação de Deus) 
- Século XI – recuperação da razão como instrumento para compreender o mundo 
– contexto do renascimento urbano (formação de centros de estudo – as 
Universidades) – pensamento escolástico! 
- Obra de Aristóteles recuperada através de Averróis (séc XIII) – filosofo árabe – 
impacto no campo filosófico. 
- São Tomás de Aquino (1225 – 1274) – reconciliação entre fé e razão (a 
racionalidade da criação divina) 
 
b) A crise do século XIV: 
 
 - Transformações das relações feudais 
• Nobreza – qual a forma de apropriação do excedente? (apropriação da 
produção servil – forma não produtiva) 
 
→ Exploração do campesinato através de novos direitos feudais e da cobrança de 
tributos na forma de moedas → Aumento das tensões no campo (revoltas 
camponesas) - Jaqueries 
→ Exploração das cidades → cobrança de tributos ou cartas de forais (conflitos 
com a liga Hanseática) 
 
- Síntese da crise do século XIV: 
 
� Terras Esgotadas/ Mini Glaciação (Fome) 
� Peste Negra 
� Guerras intermitentes (Guerra dos 100 anos) 
� Esgotamento das Minas de metais preciosos (crise do commércio) 
 
Idade Moderna 
1º Ano 
Aula 28: A formação das monarquias européias. 
 
Objetivos: Discutir o processo de centralização do poder político e constituição do 
Estado moderno no final da Idade Média e início da Idade Moderna como resultado 
das profundas transformações sociais ocorridas e dos conflitos sociais desse período. 
Apresentar as características específicas do processo de unificação das monarquias 
ibéricas e os elementos que impossibilitaram que isso ocorresse no Sacro Império 
Romano Germânico 
 
Estrutura da Aula: 
 
1. A crise das relações feudais. 
2. A formação do Estado moderno. 
3. As monarquias européias. 
 
Planejamento da aula: 
 
1. A crise das relações feudais. 
• Nobreza – qual a forma de apropriação do excedente? (apropriação da 
produção servil – forma não produtiva) 
• Com o processo de monetarização da economia e os interesses da nobreza 
pelos produtos comerciais há uma mudança nas relações feudais: 
→ Mudança nas relações de trabalho no campo: 
- De uma relação servo → tributo em forma de trabalho / espécie → senhor 
feudal 
- Para produtor → mercado / moeda → senhor das terras. 
→ Aumento das tensões no campo (revoltas camponesas) - Jaqueries 
→ Exploração das cidades → cobrança de tributos ou cartas de forais (conflitos 
com a liga Hanseática) 
 
• Importante: Incapacidade da nobreza em conter tais distúrbios – ordem 
estamental ameaçada 
 
2. A formação do Estado moderno. 
 
• Esse processo de transformação das relações feudais e revoltas camponesas 
implica transformações no campo social e político. 
• Conseqüência: Processo de transferência de poder: 
 
 Rei Nobreza para Rei 
 (Suserano) (Vassalo) (Soberano) 
 
 
 
 
 Nobreza 
 (Súdito) 
 
 
� Nobreza transfere ao Estado o monopólio da força para conter as revoltas 
camponesas, em troca mantêm seus privilégios feudais sobre a terra e adentra a 
burocracia do Estado. 
� Apoio da burguesia mercantil em desenvolvimento. 
 
• Organização do estado: 
� Fixação do território 
(B
u
ro
cra
cia
) 
- Definição de fronteiras (limites territoriais) 
- Unificação de pesos e medidas 
� Organização da Burocracia. 
- Organização de um corpo de funcionários ligados diretamente ao Estado. 
(funcionários reais 
- Organização de um fisco único. (Cobrança de impostos para sustentar o 
Estado) 
- Organização de um único corpo de leis para todo o reino 
� Monopólio da Força – os exércitos mercenários 
 
3. As monarquias européias. 
 
a) Processos de centralização política: 
 
• Reinos Ibéricos – reinos formados no decorrer da guerra de reconquista (séc. 
XI – XV) – Utilizar material Moderna Plus 
o Portugal: hegemonia política e econômica no séc. XV – As grandes 
navegações e controle das rotas comerciais da especiarias 
africanas e espanholas 
o Espanha: centralização política no séc. XV, hegemonia política e 
econômica durante o séc. XVI – exploração das colônias 
americanas (ouro e prata) 
 
b) Processo de centralização político incompleto: 
 
- Inglaterra: poder político do rei limitado pelo Parlamento, divisões 
religiosas internas (anglicanos, puritanos e católicos) 
 
c) Fragmentação política: 
- Sacro Império Romano Germânico: não ocorre processo de centralização 
política – tensões entre a nobreza e o imperador (desde a idade média) e a 
reforma protestante (séc. XVI) levam a fragmentação ainda maior dessa 
região. 
1º Ano 
Aula 28: O Absolutismo 
Objetivos: Apresentar os principais autores e discutir as idéias que 
embasaram a formação do absolutismo. Apresentar um panorama geral do 
processo de centralização política das monarquias européias. Discutir o 
processo de centralização política da monarquia francesa. 
 
Estrutura da Aula: 
1. Os teóricos do Absolutismo 
2. A monarquia francesa 
 
Planejamento da Aula : 
1. Os teóricos do Absolutismo 
a) Os teóricos do Estado (Construção de uma concepção teórico que 
justificasse o poder do Estado e o processo de centralização política) 
• Nicolau Maquiavel (1469 – 1527): 
- O príncipe: O Estado como instrumento para a construção do 
bem maior → Separação entre moral e política (“Os fins justificam 
os meios) 
• Thomas Hobbes (1588 – 1679). 
- O Leviatã: O Estado de Natureza como estado de guerra → A 
necessidade da constituição do Estado (abdicação da liberdade 
dos homens) forte e que se sobrepõe a todos. 
 
b) Os teóricos da soberania real 
• Jean Bodin (1530 – 1596) 
• Jacques Bossuet (1627 – 1704) 
 
 
2. A monarquia francesa 
• Importante: A monarquia francesa pode ser tomada como o principal 
exemplo da construção do Absolutismo na Europa. 
• Processo de centralização político: 
o A guerra dos cem anos (1337 – 1453) 
- Causa: disputa pela sucessão da coroa francesa após a 
morte de Carlos IV entre o rei inglês (apoiado pelos nobres da 
região da Normandia e Borgonha) contra a nobreza francesa 
- Resultado: Vitória da nobreza francesa e constituição da 
dinastia dos Valois. 
O poder divino dos reis 
- Conseqüências: Início do processo de centralização 
política. 
 a) Criação de um imposto real para sustentar o exercito 
(taile) – emancipação fiscal 
 b) Formação de um exército real – emancipação militar 
(restrita) 
c) aumento das tensões entre o poder real, nobreza e 
burguesia ao longo do século XVI devido a tentativa de 
centralização. 
 
o A questão religiosa (séc. XVI) 
- Causas: Conflitos internos dentro da frança entre a nobreza 
católica e a burguesia calvinista (huguenotes). 
- Noite de São Bartolomeu (1572): Massacre de protestantes 
na cidade de Paris, reunidos para o casamento de Henrique de 
Navarra (nobre protestante) com Margarida de Médici (irmã do rei 
Henrique III) 
- O édito de Nantes (1598): Henrique de Navarra com a morte 
de Henrique III torna-se rei França, mas para isso abdica ao 
protestantismo (Paris vale uma missa). Põe fim a guerra entre 
católicos e protestantes com o Édito de Nantes garantindo o 
catolicismos como religião oficial da França, mas permitindo a 
liberdade de culto aos huguenotes. 
 
• O Absolutismo na França 
o O Cardeal Richelieu e organização do Estado Frances 
- Com o assassinato de Henrique IV por um fanático religioso 
assume o trono Luis XIII (seu filho). Como Luis XIII ainda era umacriança na época da morte do pai, o governo é exercido pelo 
regente Cardeal Richelieu. 
- Responsável pela aniquilação dos protestantes e por submeter a 
nobreza ao poder real. 
- Organização da maquina administrativa: criação dos cargos de 
intendentes (funcionários reais subordinados diretamente ao rei e 
com a função de administrar as províncias) – enfraquecimento do 
poder da nobreza local nas questões políticas. 
o Luis XIV: O rei sol 
- Com a morte de Luis XIII assume o trono seu filho Luis XIV, 
considerado o maior exemplo monarca absolutista. 
- Luis XIV assume o poder pleno do Estado, centralizando todas 
as decisões políticas e econômicas. 
- Economia: Através de seu ministro das finanças, Colbert, dá 
início a uma série de políticas mercantilistas como incentivo ao 
desenvolvimento de manufaturas (principalmente de produtos de 
luxo) e atuação incisiva no comercio exterior. 
 - Política: Controle da nobreza através da criação do Palácio de 
Versalhes. (dependência da nobreza em relação ao Rei) 
- Cultura: Constituição de todo um aparato simbólico para realçar 
a sua figura como Rei Absolutista (A imagem do Rei Sol) 
 
o A sociedade francesa na época do Absolutismo (O Antigo 
Regime) 
- Sociedade estamental em que a nobreza e o clero gozavam de 
privilégios de origem feudal (isenção de impostos) e ocupavam os 
principais cargos dentro do Estado Frances. 
 
1º Ano 
Aula 30: Renascimento Cultural 
Obs: aula para duas entradas 
Objetivos: A partir de uma oficina de desenho de observação sensibilizar o olhar para 
a decodificação das características e técnicas da pintura renascentista. Através da 
análise das obras do período renascentista compreender as principais características 
deste movimento artístico. Relacionar o desenvolvimento artístico do renascimento as 
transformações socioeconômicas do período. 
 
Estrutura da aula: 
1. O exercício do olhar: oficina de desenho de observação. 
2. A arte renascentista e seus mestres. 
3. Transformações sociais e produção artística na Idade Moderna. 
 
Planejamento da Aula: 
1. O exercício do olhar: oficina de desenho de observação. 
 
Objetivos: Sensibilizar através de uma atividade prática o olhar dos alunos para as 
técnicas e elementos da pintura e desenho 
Dinâmica de trabalho: Será proposto aos alunos uma série de desenhos de 
observação. 
 
Atividade 1: A perspectiva – desenho de objetos tridimensionais (sólidos de 
revolução) em uma superfície bidimensional 
 
Atividade 2: Luz e sombra e a representação de volume – desenho de um objeto 
envolto em pano branco sem a utilização de linhas. 
 
Análise de imagem 1: Comparação entre arte medieval e arte renascentista (quadros 
de madonas) 
 
Atividade 3: O corpo humano – desenho do busto humano e de sua anatomia 
 
Análise de Imagem 2: Estudos de anatomia de Leonardo da Vinci 
 
2. A arte renascentista e seus mestres. 
• O Renascimento: A palavra deriva do termo em italiano Renascitá – percepção 
de se viver em um tempo nova (idéia do moderno) e de recuperação da cultura 
greco-romana (negação do período anterior, a Idade Média, considerada pelos 
renascentistas de Idade das Trevas). 
• Periodização: Itália, século XIV – bases no movimento humanista e nos 
elementos greco-romanos preservados nessa região. O renascimento é 
datado como um movimento que vai do séc. XIV ao séc. XVI 
• Movimento amplo que abarca as mais diversas áreas da arte e filosofia 
 
a) As características gerais do Renascimento: 
• Recuperação da cultura valores greco-romano (releitura) 
• Antropocentrismo 
• Universalismo (uma concepção humana de um mundo em expansão) 
• Racionalismo (Valorização da razão humana) 
• Individualismo (acentuação do eu e da figura do autor) 
 
b) A evolução técnica da arte (visuais): 
• A perspectiva (ponto de fuga e o uso da matemática) 
• Simetria das formas (equilíbrio, razão e conceito de belo) 
• A representação realista das formas (principalmente do corpo humano) 
• A utilização da luz e sombra 
 
 
 
3. Transformações sociais e produção artística na Idade Moderna. 
• Relação profunda entre o renascimento Urbano e Comercial (tendo como 
principais centros econômicos as cidades italianas de Veneza e Genova) e o 
Renascimento Cultural 
• Burguesia mercantil e o patrocínio dos artistas renascentistas (a figura do 
mecenas) → a arte como elemento de status para a burguesia e representação 
de seus valores. 
• Desenvolvimento do renascimento Cultural na Europa e o comércio na Idade 
Moderna (séc. XIV e XV – Itália, séc. XVI – Holanda, Inglaterra, França) 
 
1º Ano 
Aula 31: A Reforma Protestante: O Luteranismo 
 
Objetivos: Apresentar os principais elementos da Igreja Católica no início da 
Idade Moderna, sua relação com o poder temporal, sua inserção numa 
sociedade mercantil e o cerne de uma crise moral. A partir desses elementos 
discutir a crise dentro da cristandade ocidental e a reforma luterana, suas 
bases teológicas e a relação com as questões políticas dentro do SIRG. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A Igreja na Idade Moderna 
2. Martinho Lutero e a Reforma 
3. A Reforma e o SIRG 
 
Planejamento da Aula: 
1. A Igreja na Idade Moderna. 
a) Aspectos gerais da Idade Moderna (séc. XVI) 
- Processo de centralização política (processo heterogêneo: tensões 
entre reis e nobreza) 
-Constituição de relações econômicas capitalistas 
 → Renascimento Comercial (séc. XIII e XIV) 
→Renascimento Cultural (séc. XIII – XV) 
 → Grandes Navegações (séc. XV e XVI) 
 → Mercantilismo – Constituição das relações comerciais coloniais. 
b) A Igreja na Idade Moderna. 
• O envolvimento da Igreja em questões seculares (políticas) 
- disputas pelo controle do SIRG: Papa vs Imperador (controle 
sobre o bispado e pelos territórios da Igreja) 
• A igreja dentro das relações mercantis 
- Gastos com as questões políticas e com obras de arte (mecenato 
de artistas renascentista) 
- Intensificação de práticas antigas para a acumulação de riquezas 
 → Venda de Relíquias 
 → Simonia – venda de cargos eclesiático (perda de credibilidade 
devido a ações de membros da igreja sem vocação eclesiástica – 
caso de Alexandre VI – família Borgia) 
 → Venda de Indulgência (derivação da doutrina das boas obras 
de São Tomás de Aquino) 
• Crise moral da Igreja – questionamento das doutrinas e da 
estrutura da Igreja 
 
2. Martinho Lutero e a Reforma 
a) Martinho Lutero e o início da Reforma 
• Situação política do SIRG: unidade política sem coesão interna 
(disputas internas entre o Imperador e parte da nobreza) 
• A questão das indulgências: 1517 – o papa Leão X começa a 
venda de indulgência e a emissão de certificados. 
• Martinho Lutero (1483 – 1546): Monge agostiniano que se opõe 
ao representante papal, João Tetzel e a venda de indulgência – 
publicação das 95 teses (Análise deste documento com a sala – 
qual a posição do autor em relação as indulgências? Que 
argumento usa?) 
• 1520– Leão X excomunga Lutero → isso o leva a ser julgado em 
um tribunal laico (pela nobreza do SIRG) 
b) As bases teológicas da reforma 
• A salvação pela fé (o homem como pecador) 
• Livre interpretação da Bíblia (Lutero e a tradução da Bíblia para o 
alemão) 
• Supressão do clero regular, fim do celibato e negação da 
transubstanciação. 
 
3. A Reforma e o SIRG 
• Dieta de Worms (1521) – tribunal convocado pelo Imperar Carlos V 
para julgar Lutero – condenado como herege – consegue fugir com 
apoio de parte da nobreza do SIRG (oposição ao Imperador e ao 
processo de centralização política no SIRG) 
• As revoltas Anabatistas e Lutero 
- Movimento camponês surgido a partir de interpretação da obra de 
Lutero. (1523 – 1525) 
- Características milenaristas e a luta por terras (oposição a nobreza) 
a partir de uma ótica religiosa. 
- Principal líder: Thomas Munzer 
- Condenação de Lutero dos anabatistas – massacre dos anabatistas 
por parte da nobreza 
• Dieta de Spira (1529) – A doutrina protestante é aceita dentrodo 
Império, mas há a proibição para que mais príncipes aderissem a 
reforma (Protesto dos príncipes – origem do termo protestante ) 
• 1555 – Liga de Samalkade – guerra contra o Imperador – vitória dos 
príncipes protestantes e a Paz de Augsburgo ( Cada príncipe uma 
religião) 
 
 
1º Ano 
Aula 31: A Reforma Protestante: O Luteranismo 
 
Objetivos: Apresentar os principais elementos da Igreja Católica no início da 
Idade Moderna, sua relação com o poder temporal, sua inserção numa 
sociedade mercantil e o cerne de uma crise moral. A partir desses elementos 
discutir a crise dentro da cristandade ocidental e a reforma luterana, suas 
bases teológicas e a relação com as questões políticas dentro do SIRG. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A Igreja na Idade Moderna 
2. Martinho Lutero e a Reforma 
3. A Reforma e o SIRG 
 
Planejamento da Aula: 
1. A Igreja na Idade Moderna. 
a) Aspectos gerais da Idade Moderna (séc. XVI) 
- Processo de centralização política (processo heterogêneo: tensões 
entre reis e nobreza) 
-Constituição de relações econômicas capitalistas 
 → Renascimento Comercial (séc. XIII e XIV) 
→Renascimento Cultural (séc. XIII – XV) 
 → Grandes Navegações (séc. XV e XVI) 
 → Mercantilismo – Constituição das relações comerciais coloniais. 
b) A Igreja na Idade Moderna. 
• O envolvimento da Igreja em questões seculares (políticas) 
- disputas pelo controle do SIRG: Papa vs Imperador (controle 
sobre o bispado e pelos territórios da Igreja) 
• A igreja dentro das relações mercantis 
- Gastos com as questões políticas e com obras de arte (mecenato 
de artistas renascentista) 
- Intensificação de práticas antigas para a acumulação de riquezas 
 → Venda de Relíquias 
 → Simonia – venda de cargos eclesiático (perda de credibilidade 
devido a ações de membros da igreja sem vocação eclesiástica – 
caso de Alexandre VI – família Borgia) 
 → Venda de Indulgência (derivação da doutrina das boas obras 
de São Tomás de Aquino) 
• Crise moral da Igreja – questionamento das doutrinas e da 
estrutura da Igreja 
 
2. Martinho Lutero e a Reforma 
c) Martinho Lutero e o início da Reforma 
• Situação política do SIRG: unidade política sem coesão interna 
(disputas internas entre o Imperador e parte da nobreza) 
• A questão das indulgências: 1517 – o papa Leão X começa a 
venda de indulgência e a emissão de certificados. 
• Martinho Lutero (1483 – 1546): Monge agostiniano que se opõe 
ao representante papal, João Tetzel e a venda de indulgência – 
publicação das 95 teses (Análise deste documento com a sala – 
qual a posição do autor em relação as indulgências? Que 
argumento usa?) 
• 1520– Leão X excomunga Lutero → isso o leva a ser julgado em 
um tribunal laico (pela nobreza do SIRG) 
d) As bases teológicas da reforma 
• A salvação pela fé (o homem como pecador) 
• Livre interpretação da Bíblia (Lutero e a tradução da Bíblia para o 
alemão) 
• Supressão do clero regular, fim do celibato e negação da 
transubstanciação. 
 
3. A Reforma e o SIRG 
• Dieta de Worms (1521) – tribunal convocado pelo Imperar Carlos V 
para julgar Lutero – condenado como herege – consegue fugir com 
apoio de parte da nobreza do SIRG (oposição ao Imperador e ao 
processo de centralização política no SIRG) 
• As revoltas Anabatistas e Lutero 
- Movimento camponês surgido a partir de interpretação da obra de 
Lutero. (1523 – 1525) 
- Características milenaristas e a luta por terras (oposição a nobreza) 
a partir de uma ótica religiosa. 
- Principal líder: Thomas Munzer 
- Condenação de Lutero dos anabatistas – massacre dos anabatistas 
por parte da nobreza 
• Dieta de Spira (1529) – A doutrina protestante é aceita dentro do 
Império, mas há a proibição para que mais príncipes aderissem a 
reforma (Protesto dos príncipes – origem do termo protestante ) 
• 1555 – Liga de Samalkade – guerra contra o Imperador – vitória dos 
príncipes protestantes e a Paz de Augsburgo ( Cada príncipe uma 
religião) 
1º Ano 
Aula 31: A Reforma Protestante: Calvinismo, Reforma Anglicana e 
Contrarreforma 
Objetivos: Apresentar as principais características da reforma calvinista e sua 
profunda ligação com a constituição de uma ética do trabalho burguesa. 
Discutir o processo de reforma dentro do contexto político da Inglaterra e a 
formação da Igreja Anglicana. Apresentar a resposta da Igreja Católica ao 
movimento reformista através da contra reforma. Apresentar a reação da Igreja 
Católica a Reforma Protestante 
Estrutura da Aula: 
1. A reforma Calvinista 
2. A reforma Anglicana 
3. A Contrarreforma 
Planejamento da Aula: 
1. A reforma Calvinista 
• Figura central: João Calvino (Fra) – Publicação em 1536 de Instituião da 
religião cristã 
• Este livro é o ponto de partida para o movimento reformista calvinista 
• Principais princípios da reforma calvinista: 
- A predestinação de Deus: Os homens nascem predestinados a 
serem salvos ou não por Deus. São incapazes de compreender os 
desígnios divinos, portanto devem se contentar a servi-lo e glorificá-lo 
nas suas atitudes cotidianas. 
- A ética do trabalho: Glorificar a Deus significa exercer as funções 
designadas por ele através da vocação concedida por Deus aos eleitos 
a salvação, expresso nas atividades cotidianas, do trabalho. O sucesso 
no mundo do trabalho como indício da predestinação a salvação eterna. 
- O ascetismo: A necessidade de uma conduta moral correta, o 
moralismo como base da doutrina calvinista. Condenação do lucro pelo 
lucro, do esbanjamento. 
• Perseguido dentro da França, João Calvino se refugia na Suíça. A partir 
daí suas idéias se expandiram por toda a parte norte da Europa (França, 
Inglaterra, Holanda) 
• Profunda relação entre o calvinismo e a formação de uma ética 
burguesa dentro de um mundo cada vez mais mercantilizado – 
consolidação da idéia do self made man em oposição a idéia de nobreza 
(valorização do trabalho, da moral e do ascetismo expressos no sucesso 
material como prova de superioridade religiosa) 
2. A reforma Anglicana 
• A monarquia inglesa: processo incompleto de centralização política 
da monarquia– força da nobreza inglesa através do Parlamento 
Inglês (órgão de origem medieval e que limitava o poder do Rei) 
• Henrique VIII – rei inglês casado com Catarina de Aragão (Tia de 
Carlos V – Imperador do SIRG e Rei da Espanha – principal figura 
política da época e católico) 
• A falta de herdeiros homens o leva a pedir a anulação do casamento 
ao Papa – pedido negado 
• 1534 – Ato de Supremacia – Henrique VIII rompe com a igreja 
católica e cria a Igreja Anglicana (na qual o rei era a figura máxima 
da hierarquia religiosa) – do ponto de vista teológico era semelhante 
ao catolicismo. 
• Separa-se de Catarina de Aragão e casa-se com sua amante Ana 
Bolena (da qual terá uma filha – Elizabth, futura rainha da Inglaterra) 
• Questão Central: Com os atos de supremacia o rei se torna a 
autoridade máxima dentro da Igreja e, portanto, senhor de todas as 
suas posses (terras). Henrique VIII da início ao processo de venda 
de terras para a burguesia inglesa na tentativa de arrecadar recursos 
e centralizar o poder. 
3. A Contrarreforma 
• Reação da Igreja Católica 
- 1534 –Criação da Companhia de Jesus (Inácio de Loyola – Esp.) – 
formação de uma ordem religiosa que se colocava como os soldados de 
cristo – missão de combater a reforma e expandir o cristianismo 
- 1545 – Concílio de Trento 
o Reforma interna da Igreja: Condenação das indulgência e instituição 
dos seminários; 
o Reativação do tribunal do santo ofício; 
o Criação do Index (primeiro livro da proibido: A bíblia de Lutero); 
 
1º Ano 
Aula 33 
Obs: Aula para duas entradas 
Título: Grandes Navegações: a expansão do mundo. 
Objetivos: Apresentar o contexto histórico no qual se dá a expansão marítima 
européia inserindo-a no processo de ruptura da concepção de mundo que marca o 
início da idade moderna. Discutir a alteração das relações sociais internas dos reinos 
africanos com a formaçãodas rotas atlânticas do tráfico de escravos, a partir do 
contato com os europeus. Apresentar e debater a alteração das relações sociais 
internas dos reinos africanos com a formação das rotas atlânticas do tráfico de 
escravos, a partir do contato com os europeus. 
 
Estrutura da Aula: 
 
1. Grandes Navegações: ruptura das representações do espaço. 
2. Antecedentes: O Mediterrâneo e as rotas das especiarias. 
3. Os Reinos Ibéricos e a Expansão Marítima 
4. São Jorge da Mina e o sistema de feitorias 
5. As Ilhas do Atlântico: sistema açucareiro e tráfico. 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. Grandes Navegações: ruptura das representações do espaço 
 
a) Os limites do mundo (Europa Ocidental – início do século XIV) 
o Visão de mundo medieval: 
- Oceano: espaço goegrafico visto como limite do mundo (a representação 
dessa idéia através do abismo e dos monstros marinhos) 
- Os limites do mundo conhecido pela Europa Ocidental 
o Ao Sul → Cabo do Bojador (África) 
o A Leste → Império Bizantino 
o A Oeste → Oceano Atlântico. 
- A dimensão mítica/religiosa das terras além do “mundo” conhecido - 
Restrições técnicas → Navegação de Cabotagem (inexistência de 
embarcações e instrumentos de localização e orientação que 
possibilitassem o afastamento da costa) 
• Análise da música “Quinto Império” – Antonio Nóbrega 
 
 
b) Grandes Navegações como ruptura. 
• Os mapas medievais: Mapas que representavam a concepções 
teológicas de mundo (não possuíam a função de localização e 
orientação no espaço, representações do imaginário social) 
• Baixa Idade Média (séc. XIII e XIV) – O aumento das relações 
comerciais entre Europa e a África e Ásia via rotas comerciais do 
mediterrâneo desencadeiam uma maior preocupação com a 
representação do espaço conhecido (Mas esses mapas ainda guardam 
dimensões simbólicas com o imaginário social muito fortes) 
• Importante: As Grandes Navegações podem ser consideradas como 
um dos elementos que produziram (como o Renascimento Cultural) 
uma ruptura na concepção de mundo medieval. 
• Século XV – Portugal dá início as Grandes Navegações em 1415 – 
processo ligado a todo um desenvolvimento técnico: desenvolvimento 
de instrumentos de orientação e localização como a bússola e o 
astrolábio, da produção de embarcações (absorção da tecnologia 
árabe) e de mapas para novas finalidades (registro de novos territórios 
e rotas comerciais) – este conhecimento se desenvolveu a partir de 
experiências praticas, sistematizadas pouco a pouco pelos navegadores 
portugueses. 
• Os portulanos: Mapas destinados a registrar as novas rotas comerciais. 
(Utilização de elementos geométricos e trigonometria ara traçar essas 
rotas no espaço) 
• Os mapas mundi: Mapas destinados a representar o espaço com o 
máximo de fidelidade. Incorporação dos novos territórios descobertas. 
 
2. Antecedentes: O Mediterrâneo e as rotas das especiarias 
 
• Análise da lição de casa: Debate sobre os locais de origem das 
especiarias e sobre seu valor (a noção de produtos com grande valor e de 
locais distintos e distantes) → A noção de especiarias e seu papel no 
mundo ocidental (sabor do desconhecido e conservação dos produtos – 
construção de um imaginário) 
 
• Mediterrâneo como a principal área de encontro de diversas rotas 
comerciais continentais desde a Idade Antiga. 
• Alta Idade Média – interrupção do acesso europeu ao circuito mediterrânico 
• Cruzadas (século XI) – reintegração dos continentes em um circuito 
mediterrânico → África (O trigo do Egito - as rotas traansaarianas) – Ásia (a 
rota da seda/China – as especiarias indianas – os produtos do oriente 
próximo) – Europa (rotas comerciais com os reinos do Mar do Norte) 
• Predomínio das cidades italianas (Genova e Veneza) 
• 1453 – Queda de Constantinopla (Capital do Império Bizantino – Cristão 
Ortodoxo) para os Turcos Otomanos – diminuição dos fluxos mercantis. 
• Utilização 
 
 
3. Os Reinos Ibéricos e a Expansão Marítima 
a) As Monarquias Ibéricas e a Expansão Marítima. 
• Constituição prematura do Aparato de Estado (formação em meio a 
Guerra de Reconquista) – rei como chefe Militar e responsável pela 
concessão de Títulos de Nobreza 
• Nobreza recente - no decorrer das batalhas ou como mercadores 
enriquecidos. 
• Entrepostos comerciais (parada entre os mercados do Mediterrâneo e 
do Mar do Norte) com capacidade técnica e científica para a 
navegação. (Absorção e aperfeiçoamento de técnicas de construção de 
embarcações e de orientação e localização) 
 
• PORTUGAL, 1415 – Tomada de Ceuta – Continuação da Reconquista e 
Início da Expansão (Questões envolvidas: expansão do cristianismo – 
pilhagem da nobreza militar – conquista de uma região estratégica da rota 
comercial transaariana) 
 
b) A expansão ultramarina 
 
• Passagem do Cabo do Bojador (1434) – abertura da navegação do 
Atlântico – Contato com as populações do Golfo da Guiné – primeiras preações 
de escravos, confrontos com as populações nativas (Gil Eanes Zurara – 
Crônicas da Guiné) 
 
 
 
 
 
• Africa: Interesse no deslocamento das rotas do Saara para a costa 
Atlântica – Ouro e Escravos (Avanço das áreas conhecidas pelos portugueses 
– os degredados e os primeiros contatos com as populações nativas) 
 
• Formação das primeiras relações de trocas de mercadorias – estendida 
posteriormente para a Índia e restante da Ásia. 
 
c) O sistema de feitorias e o forte de São Jorge da Mina. 
 
• Relação entre os portugueses (e os demais povos europeus) com as 
sociedades africanas – relação de estranhamento e de acordos de trocas – não 
há penetração no continente africano – A coesão dos reinos africanos e a 
densidade populacional impedem qualquer tentativa de dominação – os 
europeus tem de negociar sua permanência em território africano. 
Importante: O objetivo (sentido) das grandes navegações era ter acesso 
direto aos mercados produtores de especiarias.(Áfri ca e Ásia)- quebra do 
monopólio desse comércio pelo sistema Mediterrânico (Árabes/Cidades 
Italianas) 
• Deslocamento das rotas para o Atlântico – interesse dos reinos africanos na 
obtenção de Cavalos, armas e outros produtos de origem européia – reafirmação 
de seu poder – Preação de grupos inimigos nas zonas fronteiriças. 
• A cristianização do reino do Congo – relações diplomáticas e interesses no 
comércio Atlântico. 
• As Feitorias – (Praças comerciais militarizadas) – Forte de São Jorge da Mina 
(1482) – sistema que vai predominar no trato com a África Continental 
• Expedição de Bartolomeu Dias (Cabo da Boa Esperança) 1488 e de Vasco da 
Gama a Índia (1498) leva a constituição de feitorias nas zonas asiáticas 
produtoras de especiarias (Goa – Índia, Macau – China) – Carreira das Índias 
• Concorrência com o Império Espanhol (1492 – Expedição de Cristovão 
Colombo – descoberta da América) – Definição de áreas de poder – 1493 – 
Bula Inter Coetera (100-léguas da ilha de Cabo Verde) – 1494 – Tratado de 
Tordesilhas (300 léguas de Cabo Verde) 
 
d) As Ilhas do Atlântico , sistema açucareiro e tráfico. 
 
• Expansão Marítima e a descoberta de Ilhas no Atlântico (Madeira, Açores, 
Cabo Verde, São Tomé dos Príncipes) 
• Áreas estratégicas para a navegação – necessidade de ocupar essas terras 
(disputa com a Espanha) 
 
 
 
 
 
 
• Histórico do açúcar – A cana-de-açucar é originária da Índia – pelos persas 
passou a ser produzida no Oriente Médio – através dos árabes no 
Mediterrâneo – daí para a Península Ibérica 
• Século XIV grande interesse pelos principais mercados europeus (Bugres – 
Bélgica) e no XV (Flanders, SIRG e Inglaterra) 
Importante: Para ocupar estes territórios era necessário inseri-los no sentido 
mercantil da empresa expansionista lusitana. Portanto colonizar significava 
essas transformar essas ilhas em áreas produtoras de alguma especiaria – O 
AÇUCAR 
 
Montagem do Sistema de Produção Açucareiro: 
• Organização Administrativa:- Organização do sistema de Capitânias Hereditárias – Concessão de poder e 
terras a membros da pequena nobreza integrante da Coroa portuguesa – 
Capitães Donatários 
- Carta de Doação : Estabelecia a posse da terra sem que a Coroa abrisse mão 
do seu domínio. 
- Carta de Foral: Estabelecimento dos direitos e deveres dos Capitães Donatários 
em relação a Coroa e sobre suas terras. 
- Sistema de fisco da Coroa como forma de arrecadação da riqueza produzida 
• Organização da Produção açucareira (características gerais) 
- Regime de Terras: Grandes propriedades (latifúndios) 
- Monocultura voltada para a exportação 
 - Utilização da Mão-de-obra escrava na produção de açúcar – criação de uma 
demanda que será abastecida pelo tráfico de escravos do continente. 
 
 
Anexo 
MAR PORTUGUÊS 
 
Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram! 
 
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar! 
Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena. 
 
Quem quere passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu. 
(Fernando Pessoa) 
 
Ensino Médio 
 
1º Ano 
Aula 33: O Mercantilismo e os Impérios Coloniais 
Objetivos: Discutir o processo de formação dos impérios coloniais ibéricos e seus 
limites geográficos. Relacionar a constituição desses impérios a política econômica 
que orientou as ações das monarquias européias na Idade Moderna, o Mercantilismo. 
Apresentar os principais pontos de conflito entre as monarquias européias dentro do 
cenário da constituição dos impérios coloniais. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A Idade Moderna e o capitalismo comercial 
2. O mercantilismo 
3. As disputas coloniais (séc. XV – XVII) 
 
Planejamento da Aula: 
1. A Idade Moderna e o capitalismo comercial 
• Baixa Idade Média: Renascimento Comercial → Formação de novas relações 
econômicas e sociais 
• Idade Moderna (séc. XV ao séc. XVIII): 
- Transformações políticas: Formação das Monarquias Européias 
- Transformações Econômicas: Consolidação das relações comerciais → 
Capitalismo Comercial 
• Ligação entre processos históricos: IDADE MODERNA (Europa e a expansão e 
consolidação da economia mercantil) → EXPANSÃO MARÍTIMA → OS 
IMPÉRIOS IBÉRICOS ULTRAMARINOS → COLONIZAÇÀO DA AMÉRICA. 
• “A colonização européia moderna aparece, assim, em primeiro lugar como um 
desdobramento da expansão puramente comercial(...)” (Fernando Novais, 
Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial, p.67) 
 
2. O mercantilismo 
• Definição: 
- O mercantilismo era um conjunto de políticas econômicas adotadas 
pelas monarquias européias. 
- Sua base estava na intervenção do Estado nas atividades econômicas. 
- Seu objetivo principal era garantir aumento das rendas dos Estados 
Monárquicos. 
 
• Importante: Apesar de existirem características gerais, cada monarquia 
adotou suas próprias políticas econômicas de caráter mercantilista. 
 
• Características Gerais do Mercantilismo 
- Metalismo: acumulo de metais preciosos como ouro e prata. 
- Balança Comercial Favorável: estimulo a exportação de bens 
manufaturados e desestimulo as importações, garantido assim o acumulo 
de metais preciosos. 
o Protecionismo: Criação de barreiras alfandegárias para dificultar a 
entrada de manufaturas estrangeiras e facilitar a entrada de matérias-
primas. 
o Incentivo a Manufatura: para a exportação e incentivada pelo Estado 
através da concessão de monopólios impedindo a concorrência. 
- Sistema colonial: Constituição de colônias (principalmente na América) 
que tinham como objetivo contribuir para a auto-suficiência da metrópole a 
partir de relações econômicas exclusivas 
o Exclusivismo colonial: Garantia de uma relação comercial desigual 
entre metrópole e colônia. 
o Legislação colonial: Conjunto de leis que garantiam a exclusividade 
comercial entre metrópole e colônia. 
 
3. As disputas coloniais (séc. XV – XVII) 
• O Império português 
- Séculos XV e XVI 
→ Controle das rotas comerciais de especiarias na África e na Ásia através 
do sistema de feitorias (Carreira das Índias) 
→ Colonização das possessões territoriais a América (Brasil) e montagem 
do sistema açucareiro. Importante: Esse processo só é possível com a 
ajuda financeira das grandes casas bancárias holandesas, eles também 
controlavam o transporte, refinamento do açúcar e comércio com a Europa. 
 
• O Império espanhol 
- Século XVI 
→ Colonização das possessões territoriais a América, exploração da minas 
de ouro e prata no México e na Região andina. Nas demais áreas copiou o 
modelo português de exploração colonial a partir da montagem de sistemas 
de produção de especiarias para a exportação 
 
• Século XVII: a concorrência inglesa, holandesa e francesa 
- a partir desse século a Inglaterra, a França e a Holanda começam a 
disputar com as nações Ibéricas o controle das rotas comerciais marítimas 
e os territórios coloniais na América. 
- As rotas de especiarias: Criação da Companhia das Índias Orientais 
(Hol.) e da Criação da Companhia das Índias Orientais (Ing.) e a perda do 
monopólio português sobre o comércio de especiarias. 
- Colônias Caribenhas e na América do Norte : Conquista e colonização 
de colônias francesas (Ilha de Hispaniola, Guiana Francesa e América do 
Norte – Região do Missipi e de Quebec), inglesa (Jamaica, Guiana, 
América do Norte) e Holandesa (Curaçao e Suriname) 
 
 
 
 
 
 
 
1º Ano 
História do Brasil 
 
1º Ano 
Aula 34: O Brasil como problema histórico 
 
Objetivos: Debater a relevância do estudo da história nacional, assim como as 
principais implicações deste estudo. Refletir o tipo de abordagem necessários para 
compreender a História do Brasil e o modelo de História vigente. Apresentar uma 
abordagem da História do Brasil que parte da premissa de um encontro das três 
matrizes culturais formadoras do povo brasileiro, mas dentro de um contexto marcado 
por diversos conflitos e tensões. 
 
Estrutura da aula: 
 
1. Como se deve escrever a História do Brasil? 
2. Multiplicidade e complexidade da sociedade brasileira 
3. Uma história de encontros, desencontros e esquecimentos. 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. Como se deve escrever a História do Brasil? 
• Qual o objeto de estudo da História do Brasil? (pergunta que traz em si uma 
grande questão): 
- História de alguma coisa (objeto de estudo) → História de um país 
(Estado nacional) 
- Duas perspectivas de abordagens contidas nessa concepção: estudo do 
Estado; estudo da história de um povo. 
 
 
2. Multiplicidade e complexidade da sociedade brasileira 
• Análise de música: Viagem Maravilhosa 
- Questão chave: Qual a temática da música? Que elementos ela traz para 
pensarmos a história do Brasil? 
– A complexidade de compreender a História do Brasil (Multiplicidade de 
Povos) 
- A noção das matrizes culturais: concepção das três matrizes culturai 
formadoras 
o 1838 – IHGB lança um concurso com a seguinte questão: “Como se 
deve escrever a História do Brasil?” → Questão implícita: modelo de 
história nacional. (nesta é uma questão em aberto até hoje!) 
o Reformulação na década de 1930: Gilberto Freire, a mestiçagem 
como fator positivo e o mito da democracia racial 
 
3. Uma história de encontros, desencontros e esquecimentos. 
 
• Análise de música: O canto das três raças 
- Questão chave: Qual a temática da música? Que elementos ela traz para 
pensarmos a história do Brasil? 
- O que valorizamos e o que não é retratado na narrativa histórica tradicional 
sobre o Brasil? 
- Valorização de uma história etnocêntrica (branca), eurocêntrica (ocidental) e 
elitista (vista de cima, da perspectiva empática da burguesia com as classes 
dominantes do passado) 
• Novas abordagens da História do Brasil a partir da década de 1960 – 
perspectiva critica, necessidade de romper esses paradigmas. – Necessidade• Qual a importância da história dentro do enredo do filme.? 
• Quem detêm o conhecimento da história de Javé? 
• Qual a função de Antonio Biá no filme? 
 
• A diferença entre o registro oral (tradição antiga e fundamental 
para muitas sociedades – Griôs africanos por exemplo ) e o 
registro escrito (O livro Historia de Herodoto – V a.C.) 
 
• As narrativas históricas e a construção de identidades coletivas – 
noção de patrimônio. 
 
2. Memória e História 
• Analise dos Cap. 4, 5, 6 e (dependendo do tempo) 9. – Quais as 
diferenças entre as versões sobre a fundação de Javé? 
• Por que será que existem essas diferenças? 
• O papel da memória – a seleção parcial (conforme eles assumem 
sentido para as pessoas – memória individual - ou para um grupo – 
memória coletiva) dos acontecimentos. 
• História como um processo de seleção e ordenação dos fatos históricos 
para a construção de uma narrativa. (Questão de método) → Este 
processo é feito a partir da análise de fontes (documentos históricos) → 
construção de uma memória histórica. 
• Biá o historiador – os relatos das pessoas de Javé são a sua fonte 
(Refletir sobre as dificuldades desse processo) 
 
3. O historiador como narrador 
• Biá ao construir a história de Javé é imparcial? 
• É possível construir uma história de modo imparcial? 
• O historiador como construtor ativo da narrativa histórica (dentro disso a 
seleção de fontes e de recortes). → Mas o processo de construção de 
uma narrativa histórica é feito a partir de um método científico de análise 
de fontes e embasado em teorias que embasam as interpretações 
históricas → Construção de uma verdade parcial 
• Os tipos de fontes históricas (documento): 
- Fonte escrita; 
- Fonte iconográfica; 
- Objeto de Cultura Material 
- História Oral (Relatos) 
 
Importante: De maneira geral o processo de análise de uma fonte histórica 
(documento) está ligado a análise interna (as características e significados 
intrínsecos do documento) e a análise externa (o contexto no qual ele foi 
produzido). Mas cada tipo de fonte tem um método específico para realizar a 
análise interna. 
 
 
1º Ano 
Aula 4: A História e os conceitos históricos 
 
Objetivos: Reconhecer as principais características de uma determinada 
sociedade; Explicar os princípios gerais dos conceitos política, economia e 
cultura; Classificar as principais características de uma sociedade; Organizar 
as principais características de uma sociedade. 
Estrutura da Aula: 
1. História e a análise das sociedades 
2. Os conceitos gerais 
3. A sociedade contemporânea e suas características 
Planejamento da Aula: 
1. História e a análise das sociedades 
 
• A narração como forma tradicional de construção do discurso histórico 
→ ato de contar uma história (personagens e suas ações) → até o 
século XVIII muito ligado a crônica política dos reinos . 
• Século XIX → constituição da história como um campo de conhecimento 
científico → construção de um discurso que buscava narrar à história 
das grandes civilizações e povos (nação) → Manutenção da crônica 
política, mas agora de um coletivo. 
• Século XX → Formação de uma perspectiva analítica das sociedades 
→ Consolidação da preocupação em não apenas contar os fatos, mas 
em entender os mecanismos de funcionamento das sociedades e 
civilizações estudadas, assim como dos processos históricos. 
• Importante: No Ensino Médio enfatizamos bastante esta perspectiva 
analítica da história. 
 
2. Os conceitos gerais 
• O que devemos saber para analisar uma sociedade? →necessidade de 
definir conceitos que englobem as principais características de uma 
determinada sociedade; 
• Conceitos gerais para a análise histórica: Cultura, Política e 
Economia 
• O que significam estes conceitos? 
 
• Análise da ficha 2: Conceitos gerais 
- Chamar a atenção para a polissemia de significados 
- Construir uma síntese de cada um dos conceitos trabalhados: Cultura 
a partir da definição 11; Economia a partir das definições 1 e 2; Política 
a partir 1, 2, 5 e 6. 
- Pensar em exemplos que se encaixem em cada campo 
 
3. A sociedade contemporânea e suas características 
• Atividade: Construção de um quadro síntese da sociedade econômica. 
• Elementos a serem discutidos: As diferenças entre os elementos dos 
quadros sínteses e os elementos que transitam de um conceito para o 
outro. 
 
 
 
 
1º Ano 
Aula 5: Arqueologia e Cultura Material 
 
Objetivos: Interpretar objetos de cultura material como fontes históricas; 
Classificar as características de um objeto de cultura material; Concluir 
características de uma sociedade a partir da interpretação de objetos de cultura 
material; Executar os procedimentos de análise de objetos de cultura material; 
 
Metodologia : Oficina de arqueologia e utilização de apresentação de Power-
point com imagens de artefatos pré-históricos. 
 
Estrutura da Aula 
1. Arqueologia: O estudo da cultura material 
2. A Pré-História e o estudo dos objetos de cultura material 
 
Planejamento da Aula: 
1. Arqueologia: O estudo da cultura material 
 
• Principal problema do estudo da Pré-história – a existência de 
pouquíssimas fontes históricas sobre o período – inexistência de 
fontes escritas (combinação entre arqueologia e a paleontologia) – 
Estudo da cultura material, dos fósseis encontrados e das pinturas 
rupestres 
 
• Oficina de arqueologia: Arqueologia da leiteira (trabalho prático de 
analise de um objeto do cotidiano a partir do método arqueológico) 
- Observação dos seguintes elementos: Material (do que é feito), 
Forma (quais suas características) e Função (qual o seu uso) 
- Como a partir destes elementos podemos extrair informações sobre 
a sociedade que o produziu? 
- Importante: Discutir a idéia de horizonte de achado e a relação 
entre o objeto e a sociedade que o produziu. 
 
• Proposição da atividade de sala: Análise de objetos de cultura material 
 
 
2. A Pré-História e o estudo dos objetos de cultura material 
• Quais são as fontes documentais que permite-nos estudar a pré-
história? (período anterior a invenção da escrita) 
- Fósseis (restos materiais preservados de antigos organismos vivos) → 
tanto dos ancestrais dos seres humanos, quanto dos alimentos 
consumidos por eles 
- Objetos de cultura material 
- Pinturas rupestres 
• Construção de interpretações deste período a partir da análise destas 
fontes (método arqueológico) 
• Apresentar a cronologia da Pré-História (ver doc. 2 da pág. 35) 
• A cronologia da pré-história foi baseada no desenvolvimento das 
técnicas utilizadas na construção de objetos pelas sociedades pré-
históricas → Importante: problematizar esta periodização e seu caráter 
eurocêntrico. 
 
Pré-História 
1º Ano 
Aula 6: A Pré-História: O período paleolítico e a dispersão do homem pelo 
mundo 
 
Objetivos: Apresentar o processo de evolução da espécie humana, colocando 
em questão o lento processo de diferenciação da nossa espécie em relação as 
demais espécies de animais. Discutir o processo de evolução humana e as 
características sociais das primeiras comunidades humanas, enfatizando o 
processo de produção de símbolos culturais a partir da interação com a 
natureza e das relações sociais constituídas por essas primeiras sociedades. 
Estrutura da Aula: 
1. A teoria da evolução das espécies 
2. O Homem como produtor de cultura 
3. O período Paleolítico 
4. A dispersão do homem pelo mundo 
 
 
Planejamento da Aula: 
1. A teoria da evolução das espécies. 
 
• A preocupação em determinar a origem do homem – questão antiga, 
presente em muitas culturas na forma dos mitos de criação. 
• Descoberta de fósseis humanos e a pergunta sobre nossa origem começa 
a ser colocada dentro da perspectiva científica (século XIX) 
• A constituição de uma explicação científica no século XIX: Charles Darwin 
e a teoria da evolução:” A Origem das Espécies” (1859) e “A Origem do Homem 
e a seleção sexual” (1871) 
• Seleção natural e evolução humana a partir e um ancestral comum com os 
outros primatasde uma história do Brasil “Vista de Baixo” (um novo anglo, mais plural) 
1º Ano 
Aula 36: América Indígena 
 
Objetivos: Discutir, a partir das diversa formas de organização social das populações 
nativas da América, as relações estabelecidas entre os homens (formação de relações 
sociais) e destes com o meio que os circunda (relações de produção das condições 
de vida e de sua reprodução). Nesse processo será apresentada uma dimensão geral 
das populações indígenas que ocupavam a América, assim como, a sua diversidade 
cultural.. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A Questão Indigena 
2. Os povos nativos: diversidade de relações sociais 
3. Homem e Natureza: As civilizações Andinas 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. A Questão Indigena 
• A presença Indígena no continente Americano (uma questão que mobiliza 
passado e presente) 
• Qual a visão que nós temos dos indígenas – Entrevista de Daniel 
Munduruku 
 
• Dois exemplos de como esta é uma questão atual: No ano de 2008 podem 
ser citados o conflito e a polêmica sobre a demarcação de terras da reserva 
indígena Raposo/Serra do Sol, 2011 a questão dos índios Guaranis 
Kaiowas (questão central é a forma distinta de organização e concepção de 
mundo das populações indigenas e da civilização ocidental – link com a 
diferença acerca da posse da terra: posse comunal da terra vs. Propriedade 
privada da terra – Indicação de filme: Terra Vermelha, Marco Bechis – 
Questão Guarani) 
• História do continente – história indígena. 
 
2. Os povos nativos: diversidade de relações sociais 
• Conceito Chave: RELAÇÃO HOMEM → HOMEM 
• Ocupação de todo o continente – constituição de culturas e formas de 
relações sociais bem distintas: 
• A Agricultura - possibilidade de sedentarização 
- (Domesticação do Milho) → 5.700 a.C na Mesoamérica 
- (Domesticação da Batata → 8000 a.C. nos Andes 
 
• ESQUEMA GERAL DE ORGANIZAÇÃO: 
 
→Sociedades organizadas através de Estados (±1000 a.C.) – organizações 
a partir de centros urbanos. 
→ Sociedades Nômades ou Seminômades. (Como as tribos que ocupavam 
o atual território brasileiro) 
 
• A Aldeia, sociedades comunais 
→ Laços de parentesco 
→ Reciprocidade 
→Unidade Básica de produção da vida material e da organização do 
trabalho – Os grandes constituíram-se a partir delas, subordinando-as e 
mantendo seu poder através dos chefes locais. 
 
 
• A população na América Indígena: 
- Mesoamérica : ± 20 milhões de habitantes (Continente e mar do Caribe) 
 - Região Andina: ± 12 milhões 
- Região Amazônica e Litoral Atlântico ± 6 milhões 
 
• As etnias indígenas no território brasileiro: 
- principais grupos étnico-linguistico: Tupi-Guaranis (Costa atlântica); Jê 
(Planalto central brasileiro); Caraíbas e Aruaques (Planice Amazônica) 
- Comunidades semi-nomades ou nômades (como os Guaranis e ocupação 
de toda a região Sul do Brasil, Uruguai e Paraguai) 
• A Construção das Grandes Civilizações: 
- Os Maias – As Cidades-Estado e os reinos 
- Incas e Astecas – formação de Grandes Impérios (NOTA: São Impérios 
extremamente recentes – Inca – consolidação do poder imperial entre 1453 
a 1532 / Asteca 1325 a 1521) 
 
 
3. Homem e Natureza: As civilizações Andinas 
 
• Conceito Chave: RELAÇÃO HOMEM → NATUREZA 
• Características específicas da Cordilheira dos Andes: 
- Variação climáticas devido a altitude – constituição de “arquipélagos” 
ecológicos. 
• Processo de sendentarização e o desenvolvimento da agricultura em 
patamares diferentes 
• A Mita – forma de organização do trabalho → Os laços de parentesco e 
reciprocidade e a mobilidade de uma aldeia pela montanha 
• A apropriação da Mita (forma de organização do Trabalho0 pelo Império 
Inca (Transformação em tributação) 
 
 
 
TEXTOS DE APOIO 
 
Texto 1: Educação e sociedades comunais 
 
“Durante quase toda a história social da humanidade a prática pedagógica existiu 
sempre, mas imersas em outras práticas sociais anteriores. Imersa no trabalho: 
durante as atividades de caça, pesca e coleta, depois na agricultura e no pastoreio 
(...)Ali os mais velhos fazem e ensinam e os mais moços observam, repetem e 
aprendem. Imersa no ritual (...)num rito de iniciação, ou em outra qualquer celebração 
coletiva, as pessoas cantam, dançam e representam, e tudo o que fazem não apenas 
celebra, mas ensina. (...)Imersa nos diferentes trabalhos do viver o cotidiano da 
cultura(...)” 
 
(Brandão, Carlos Rodrigues. O que é educação Popular. São Paulo, Editora Brasiliense, 2006, 
PP. 23) 
 
 
 
Texto 2: Estado e as aldeias 
 
“O Kuraqa (chefe) Vilca Xagua queria construir um canal para irrigar seus campos. 
Mas dois enormes rochedos barravam a passagem (...) O senhor convocou os 
melhores feiticeiros(...) e ordenou que encontrassem um meio para a água pudesse 
achar um caminho entre as pedras. Prometeu recompensar aqueles que 
conseguissem e ameaçou os incapazes (...) Aqueles que ajudaram distribuiu terras e 
esposas, a todos os outros reservou o pior dos castigo, e foram degolados na hora (...) 
‘Aquele que tudo vê’, temível executante do Inca, viera fazer o censo de todos os 
chupachos com seu costumeiro rigor. Da longínqua capital, Cuzco, o Umbigo do 
Mundo, O Filho do Sol fazia questão de zelar por tudo sem deixar escapar a menor 
espiga de milho nem o mais humilde tributário, pois nada deveria ser subtraído dos 
celeiros do estado (...) Tupac Inca desconfiava dos senhores locais e sua justiça 
castigava de forma exemplar quando tais abusos eram descobertos (...)” 
 
(Carmem Bernardo e Serge Gruzinsk, História do Novo Mundo, pp. 34) 
 
Raposa abre série de julgamentos importantes no STF 
em 2009 
Julgamento será retomado em fevereiro; tendência é que seja confirmada a decisão 
pela saída dos arrozeiros 
(Estado de São Paulo, 05/01/09) 
 
BRASÍLIA - A pauta de julgamentos prevista para 2009 no Supremo Tribunal Federal 
(STF) indica que a Corte continuará sob os holofotes ao ter que analisar questões de 
grande repercussão social. Em fevereiro, na volta do recesso judiciário, será retomado 
o julgamento da constitucionalidade da demarcação da reserva indígena Raposa Serra 
do Sol, em Roraima, iniciado e interrompido duas vezes em 2008. 
A tendência é que seja confirmada uma decisão pela saída de todos os produtores de 
arroz e famílias de agricultores brancos que se recusam deixar a área de 1,7 milhão 
de hectares, por discordarem da indenização oferecida pela Fundação Nacional do 
Índio (Funai). 
Já foram oito votos a favor da demarcação contínua até o novo pedido de vista, do 
ministro Marco Aurélio Mello. Apesar de improvável, tecnicamente, entretanto, ainda é 
possível um decisão favorável à permanência dos não-índios dentro da reserva, pois 
os votos dados até agora podem ser mudados em função da posição daqueles 
ministros que ainda não se manifestaram. 
 
1º Ano 
Aula 37: África: Entre a lança e a enxada 
 
Objetivos: Discutir a importância da História da África no contexto sócio-cultural 
brasileiro, levando em conta as dimensões políticas desse tema. Desconstruir a visão 
tradicional construída pela perspectiva colonialista de um continente selvagem e 
exótico. Nesse sentido será explorado a dimensão política dos reinos africanos 
anteriores ao processo de colonização (século XIX), as profundas relações 
econômicas estabelecida entre eles, e a variedade cultural que continham. 
 
Estrutura da Aula: 
 
1. Visões sobre a África 
2. As sociedades africanas 
3. As rotas de comércio africanas (encontros culturais) 
 
Planejamento de Aula: 
 
1. Visões sobre a África 
• Lei 10.639/03 de 2003 cria a obrigatoriedade do ensino de História da África e dos 
afro-descendentes. → Qual o sentido dessa Lei? Pressão do movimento Negro 
para o ensino desse conteúdo nas escolas. Consciência da dimensão política da 
História como elemento construtor de de memória e identidade. 
• A visão tradicional sobre a África: pré-conceitos sobre aHistória da África e suas 
sociedades → uma visão a partir do olhar externo – a do colonizador europeu – a 
África selvagem, primitiva, bárbara e sem História. 
• Mudança de perspectiva: novos estudos africanistas (décadas de 50 -70) → 
Contexto da descolonização dos países africanos 
• Metodologia empregada: História das tradições orais (A figura do Griot e a 
diferença da sociedade Ocidental) e a utilização do métodos arqueológicos. 
 
2. As sociedades africanas 
• Perspectiva continental VS. Diversidade regional → A dimensão da África como 
um bloco único foi construída a partir de uma visão em que prevalece a descrição 
geográfica e busca homoginzar e simplificar as relações sociais dos povos 
africanos. 
• Região mais antiga de ocupação humana: Surgimento do Homo Sapiens (± 190 mil 
anos a.C. – Período Peleolítico) → África Oriental (Região do Sahel) 
• ±10 mil a.C. – Período Neolítico – desenvolvimento das técnicas de metalurgia e 
agricultura → Constituição dos primeiros agrupamentos humanos sedentários e 
formação de sociedades mais complexas. 
• Importante: Nem todos os grupos humanos passaram pelo processo de 
sedentarização (Ex: os povos do Saara e das regiões das florestas tropicais) 
• Organização básica das sociedades africanas: Os laços de parentesco (concepção 
de família estendida, incluindo agregados e dependentes) e as relações de 
fidelidade em relação à figura do chefe de família. 
• Constituição dos primeiros núcleos urbanos: Aldeias (estruturados a partir da união 
das famílias, subordinadas a um chefe) → Base para formas mais complexas de 
organização políticas 
• Formação de formas mais complexas de organização: 
• Impérios 
- Egito antigo (Região do Nilo → séc. XXX – X a.C.) 
- Mali (Região do Sudão → séc. V – X) 
• Reinos 
- Iorubá (Região do Níger– séc. XV – XVIII) 
- Congo (Região da África Central – séc. XIV – XVIII) 
- Cidades-Estados (Constituição de confederações – como, por exemplo, 
as cidades Hauçás - Região do Sudão – e as cidades de Monomopata – 
Região do Rio Zimbábue) 
 
• Diversidade Religiosa: 
- Cristianismo – Norte da África – cristãos coptas – Egito e Etiópia 
(Expansão do império Romano – sec.II a.C.) 
- Islamismo – Norte da África, deserto do Saara e região do Sahel 
(Expansão Árabe – séc. VIII e trocas comerciais) 
- Religiões Animistas (África subsaariana e central) → Culto aos 
ancestrais e as forças da natureza (profunda relação com a tradição/ 
história e com a natureza) 
 
• A diversidade cultural e o papel da música e da dança nestas sociedades 
(espaços de comunhão entre os membros da comunidade e destes com os 
antepassados) 
• Elementos centrais: reverência à ancestralidade espiritualizada, a sacralidade 
dos tambores e o poder atribuído à fala de mobilizar forças vitais 
• Audição de manifestações musicais de origem african a (Candomblé Queto: 
Canto pra Oxum; Candomblé Angola: Zuela para Matulembê; Tambor de Mina: 
Doutrina para Ogum; Jongo de Cunha) → Fonte: 
http://www.cachuera.org.br/cachuerav02/index.php?option=com_content&view=arti
cle&id=297:diasporasmusicaisafricanasnobrasil&catid=80:escritos&Itemid=89 
 
 
3. As rotas de comércio africanas (encontros culturais) 
 
a) Um universo de trocas comerciais: 
• As rotais regionais: Trocas do excedente agrícola das aldeiais e cidades 
(complementação da dieta alimentar e produtos manufaturados – feito 
principalmente pelas mulheres nos espaços destinados a isso – mercados) 
• As grades rotas mercantis: Ligado a troca de especiarias africanas como 
sal, marfim, noz de cola, ouro e escravos. (Feito em geral por homens 
através das caravanas que cruzavam a África e as feitorias no litoral do 
oriental (Oceano Índico) e ocidental (Oceano Atlântico) 
 
- As rotas de comércio transaarianas (Com os reinos muçulmanos do Norte 
da África – papel central das populações nômades do Saara) 
- O comércio com as rotas do Oceano Índico (Com mercadores árabes e 
indianos) 
- O comércio Atlântico (a partir do século XV com os portugueses e demais 
europeus) 
 
b) A escravidão na África 
 
• O que é ser escravo? (Caracterização) 
- Escravidão como forma de exploração do trabalho 
- Transformação em propriedade – processo de desumanização 
-Transformação em um estrangeiro e alienado dos direitos de uma sociedade. 
- Baseado na Coerção e no cerceamento da liberdade 
 
• Origens – conflitos entre pequenas comunidades e linhagens 
• A Guerra como instrumento de transformação de um indivíduo livre em escravo 
(seja conflitos entre grupos, seja conflito para gerar escravos – os raptos) 
• Outras possibilidades: Escravidão como castigo penal – escravidão por 
processo de marginalização 
• A Escravidão se transforma e acompanha as mudanças das organizações 
políticas (formação de Estados e Reinos em algumas regiões como o do Congo) e 
econômica – A escravidão se integra plenamente a estrutura social dessa regiões 
(como modo de produção) 
• Qual o papel do escravo nessas sociedades? 
- Aumento da produção (mão de obra mobilizada para produção agrícola e 
artesanal) 
- Integração ao aparato de Estado (Funcionários e soldados_ - provável influencia 
dos povos islâmicos do Norte da África e da Arábia 
- O escravo como riqueza e status (fator de produção e sinônimo de poder) 
• A condição de escravo e a possibilidade de assimilação (debate sobre as 
matizas dessa integração e da hereditariedade) 
 
Importante: A constituição de um mercado ligado ao tráfico de escravos 
transformou a escravidão na África (Tanto no que diz respeito ao tráfico para o 
Norte da África, quanto o tráfico para as colônias europeias). Imposição de uma 
lógica mercantil no processo de escravização. 
 
Textos de Apoio 
 
Texto 1: Lei 10.639. FONTE: http://www.planalto.gov.br/ 
“O presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte Lei: 
 Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar 
acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B: 
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e 
particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-
Brasileira. 
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o 
estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a 
cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, 
resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política 
pertinentes à História do Brasil. 
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão 
ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de 
Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. 
 
Texto 2: Eduardo Mondlane e seus Ideais. Dilma de Melo da Silva e Nilce da Silva, 
Jornal da USP, 03 a 09/03/08 
 
“As comunidades de origem africana nas Américas, sobretudo na América 
Latina, sofrem, até hoje, de lacunas nas referência histórica que dificultam a 
construção de uma auto-imagem digna de respeito e estima. A ancestralidade 
africana milenar nos é ocultada em sala de aula, nos livros didáticos e no dia-a-
dia de nossas vidas. Nada conhecemos sobre a África e o pouco que nos 
contam é sempre motivo de deboche.” 
 
Texto 3: O mito de criação Yorubá. FONTE: http://www.orixas.com.br 
 
“Olódùmarè o ser superior dos yorubas, que vive num universo paralelo 
aonosso, conhecido como Orún, por isso Ele é também conhecido como Àjàlórú 
e Olórun "Senhor ou Rei do Òrún", que através dos Orixá por Ele criado, resolve 
incumbir um dos Òrixá (do branco), Òrínsànlá, (o grande Òrìsà) o primeiro a ser 
criado, também chamado de Obàtálá, de criar e governar o futuro Àiyé: a Terra, do 
nosso universo conhecido. Ele lhe entrega o Àpò-Iwá (a sacola da existência) o qual 
contém todas as coisas necessárias para a criação, e é aclamado como Aláàbáláàse, 
"Senhor que tem o poder de sugerire realizar". Como a tradição mandava, para 
todos, antes de iniciar a viagem ele foi consultar o oráculo de Ifá com Orúnmìlà, outro 
Orìxà, e este lhe orientou a fazer alguns sacrifícios a divindade Èxù, mas se ele já era 
orgulhoso e prepotente, mais ainda ficou, se recusou e nada fez, mas foi avisado que 
infortúnios poderiam ocorrer.(...) 
Olódùmarè delega a Odùduwà o poder de criar o Àiyé e por punição incumbe a 
Òrìsànlá de somente criar e modelar os corpos dos seres humanos no Òrún, sob sua 
supervisão e o proíbe terminantemente de nunca mais beber o emu. Odùduwà, então, 
cumpre a tradição e faz as obrigações, para se tornar o progenitor dos Yorubas, do 
Mundo : Olófin Odùduwà, o futuro Àjàlàiyé.” 
 
 
Texto 4: A escravidão na África, uma história de suas transformações. Paul l. Lovejoy. 
Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2002, pp. 55 
 
“É incorreto pensar que os africanos escravizassem seus irmãos – embora isso 
algumas vezes acontecesse. Na verdade, os africanos escravizavam os seus inimigos” 
 
1º Ano 
Aula 34: A Colonização da América Portuguesa: O Sistema Administrativo 
 
 
Objetivos: Debater a relevância do estudo da história nacional, assim como as 
principais implicações deste estudo. Apresentar o processo de montagem do aparato 
administrativo que permitiu a colonização e o controle da Coroa portuguesa sobre 
seus territórios na América. Estabelecer a relação entre esse sistema administrativo e 
os interesses mercantis portugueses, dentro da lógica de uma economia mercantil. 
Discutir as relações de poder no interior desse sistema administrativo ligando-o a 
questão da concentração fundiária. 
 
Estrutura da Aula: 
1. Sentido da Colonização e a estrutura administrativa da América Portuguesa. 
2. Os senhores da Terra 
 
Planejamento da Aula: 
 
 
1. Sentido da Colonização e o sistema administrativo da América Portuguesa. 
 
• Colonização da América Portuguesa (Brasil) → processo inserido no 
contexto do capitalismo mercantil e dentro dos interesses 
econômicos da monarquia portuguesa. 
• Construção de um sistema administrativo → criado para garantir o 
controle do território e assegurar os interesses econômicos da 
Coroa 
a) 1500 – 1530: O Sistema de Feitorias 
• Primeira atividade econômica: Exploração do Pau-Brasil atravéz do 
escambo com as populações indígenas (inexistência de vestígios de 
metais preciosos ou de produtos para o comércio) 
• Durante esses 30 anos a preocupação de Portugal estava no 
controle da Rota de Especiarias da Índia (Declínio dessa rota tem 
início a partir do século XVI) 
• Concorrência da França (Rio de Janeiro – França Antárdida – 
Maranhão) → Ameaça de perda do novo território e mudança da 
política Real em relação aos territórios na América 
 
b) 1530 – 1548: As Capitânias Hereditárias 
• Expedição de Martín Afonso de Souza (1530) → Implementação do 
Modelo das Ilhas do Atlântico 
 
Medidas administrativas: 
• Patrulhamento da costa 
• Criação de centros urbanos (Vila – como a de São Vicente) 
• Criação das 15 Capitânias Hereditárias – Pequena nobreza 
integrante do Estado lusitano - (ordem proferida por D. João III) 
• Importante: relembrar as Cartas de Doação e as de Foral 
(Sobretudo a questão das Sesmarias , poder de doação de terras 
pelos capitães a quem tivesse condição de produzir) 
 
Medidas econômicas: 
• Implementação do sistema de produção açucareiro (primeiro no 
sudeste e depois – onde se desenvolve plenamente – no nordeste – 
Bahia e Pernambuco) 
• Organização da produção através do sistema de plantation 
(Grande Propriedade, Monocultura para a Exportação, Regime de 
Trabalho Escravo) 
• Capital para a montagem desse sistema produtor de açúcar será de 
origem Holandesa (Principalmente após a expulsão dos judeus de 
Portugal) – Assim como a comércio com a Europa e o refino final do 
açúcar para a comercialização (Importante: Chamar a atenção para 
esse papel desempenhado pelos holandeses) 
 
c) 1548 – 1808: O Governo Geral 
• Fracasso do sistema administrativo das capitânias hereditárias (questão 
da dimensão das térreas e do controle régio sobre esse território) 
• Viagem de Tomé de Souza (1548) → Reestruturação administrativa – 
Criação do Governo Geral (objetivos: centralizar e organizar o processo 
de colonização – retomada sistemática das capitânias hereditárias – 
processo concluído no século XVIII) 
 
• Estrutura Administrativa do Governo Geral: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Os senhores da Terra: Relações de poder na administração colonial 
 
• Constituição de uma sociedade baseada na produção agro-exportador – nesse 
sentido a terra é uma elemento importante (não como propriedade privada mas 
como elemento produtivo) 
• O Sistema de Sesmarias – processo de organização da terra em grandes 
propriedades (concentração fundiária e centro da vida colonial) – relação entre 
a posse da terra e o poder político (organização e comando da população 
escrava e subordinação da população livre. 
• Hierarquia entre os senhores de Terra (Senhores de Engenho e lavradores) 
• As Câmaras Municipais – a administração da Vila – expressão regional do 
poder dos latifundiários. 
 
Governador Geral 
Rei 
Capitão-mor Provedor-mor Ouvidor-mor 
(Defesa do Território) (Controle das Finanças) (Manutenção dos Códices Reais ) 
1º Ano 
Aula 35: A Colonização da América Portuguesa: A montagem do sistema açucareiro. 
 
Objetivos: Apresentar o processo histórico que levou a constituição do sistema de 
produção açucareiro. Discutir suas principais características (grande propriedade e 
trabalho escravo) dentro da lógica da sociedade colonial e das relações comerciais da 
época moderna. Apresentar as relações sociais engendradas no interior da sociedade 
açucareira. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A produção de açúcar na América Portuguesa. 
2. Casa Grande & Senzala: o cotidiano da produção açucareira. 
3. O Comércio colonial: O tráfico de escravos e produção açucareira 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. A produção de açúcar na América Portuguesa. 
 
• Início da produção: Capitânia de São Vicente – Engenho dos Erasmos (1532) 
 
• Transferência da produção para as capitânias do nordeste – Maior 
disponibilidades de terras, clima adequado para a lavoura de cana e solo fértil 
(massapé) 
 
• Características gerais da produção açucareira 
- Grandes propriedades 
- Trabalho escravo (predominantemente de origem africana) 
- Monocultura voltada para a exportação 
- Capital e transporte de origem holandesa (judeus portugueses) 
 
• IMPORTANTE: O desenvolvimento da produção de açúcar leva a constituição de 
uma sociedade agrícola (diferente das colônias hispanoamericas que tem sua 
organização social baseada nos centros urbanos) → Essa característica só é 
alterada no século XVIII com a Mineração. 
• Produções secundárias a produção de açúcar: Tabaco (utilizado no comércio de 
escravos como produto de troca) e da Pecuária (Gado de corte e indústria do 
couro) 
 
 
2. Casa Grande & Senzala: o cotidiano da produção açucareira. 
 
• A produção açucareira – combinação de atividades agrícolas e industriais (Ritmos 
diferentes de trabalho) 
• Características da produção açucareira (Tomando como base os engenhos da 
Bahia): 
o Etapas da produção: Colheita – Moagem – Purificação – Purgação. 
o Trabalho agrícola: 2 meses para o plantio + 9 meses de safra 
o Trabalho nos engenhos: Entre os períodos de safra os engenhos 
funcionavam cerca de 18 a 20 horas por dia. 
 
• Organização Espacial dos Engenhos de Açúcar: → Racionalização do espaço 
produtivo. (Análise do Croqui) 
 
o A Casa Grande : Morada do senhor de Engenho, centro administrativo (muitas 
construções possuíam em anexo a casa grande uma capela e uma senzala 
em seus porões – também conhecida como senzala doméstica, possuíam 
também uma capela) 
o A Senzala 
o O fábrica de açúcar. (complexo de produção manufaturada) 
 
• Os trabalhadores livres dentro da produçãoaçucarei ra: trabalhadores 
especializados nas atividades relacionadas a produção de açúcar (Mestre de 
açúcar, purgador, caldeiro), em atividades secundárias (carpinteiros,barqueiros, 
condutores de carros de boi) ou em atividades ligadas a administração do 
engenho (Feitor, Escrivão,Caixeiro da cidade) 
 
• IMPORTANTE: No decorrer do processo de implantação da produção de açúcar 
muitos trabalhadores livres vão ser substituídos por escravos na função de 
produção do açúcar. 
 
 
• Cotidiano extremamente hierarquizado e pautado na violência – expressão de 
uma sociedade escravista (o trabalho nos engenhos entre livres e escravos, a 
utilização de privilégios como forma de controle, os feitores, etc.) 
 
• Nem todos os senhores de terra eram senhores de engenho (devido aos custos 
da montagem de um engenho). Ao entorno de um engenho existiam diversas 
propriedades que apenas plantavam cana (lavradores de cana) → Estes 
utilizavam o engenho para manufaturar a cana e produzir açúcar. 
 
 
3. O Comércio colonial: O tráfico de escravos e produção açucareira. 
 
• A produção de açúcar fazia parte de um sistema de comércio articulado entre 
Europa, África e América dentro da ordem colonial e das políticas 
mercantilista. (Açúcar, escravos e produtos manufaturados) →Utilização de 
recurso digital da Moderna Plus (As rotas africanas) 
 
• A instituição do tráfico negreiro sobre o tráfico de indígenas (rede de comércio 
já existente e altamente lucrativa) 
• O tráfico de escravos e a constituição da diáspora negra – constituição de laços 
comerciais entre os dois continentes (Análise das principais rotas a partir do 
mapa ) : tráfico do Atlântico Sul – Costa da Mina↔Salvador e Rio de Janeiro ↔ 
Congo/Angola – os grandes traficantes luso-brasileiros e Africanos (As 
embaixadas negras no vice-reino do Brasil) 
 
• Este comércio propiciava grandes lucros para os comerciantes portugueses 
(Compra do açúcar e venda de produtos manufaturados e escravos), assim 
como riqueza para a Coroa Portuguesa. 
 
1º Ano 
Obs: aula para 2 entradas 
Aula 36: A sociedade colonial 
Objetivos: Apresentar as principais características da sociedade colonial, as 
relações de poder que a constituíram, seus códigos sociais e tensões. Será 
dado especial atenção para presença negra na América Portuguesa, suas 
formas de resistência e integração na ordem colonial, assim como as 
hierarquias e relações sociais entre os estratos livres da sociedade colonial. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A sociedade colonial 
2. Entre a África e o Brasil: os escravos na colônia 
3. Homens livres na sociedade colonial 
4. A igreja no contexto da colonização 
 
Planejamento da Aula: 
 
• Música: O Canto das Três Raças – Histórica e representação dos 
agentes históricos na história. (A importância do que é ou não 
representado na nossa história, construção de uma memória coletiva) 
 
1. A sociedade colonial 
• Elementos constituintes da sociedade colonial: 
a) Recorte entre livres e escravos (dimensão étnica dessa divisão) 
b) Sociedade do Antigo Regime (a dimensão nobiliárquica em uma 
sociedade mercantil) → A compra de um título como elemento de ascensão 
social na colônia. 
 
2. Homens livres na sociedade colonial 
 
• Sociedade estamental do Antigo Regime – a identidade de 
pertencimento ao Império Portuguesa – reafirmação desses laços – as 
festas como reafirmação dessa dimensão 
• Os títulos nobiliárquico (o poder dos símbolos da nobreza) – inserção 
como funcionário da Coroa Portuguesa. 
• Os homens livres pobres – população marginalizada nessa ordem 
colonial – o pouco espaço para a figura do artesão 
• Os capitães do mato e os roceiros – marginalização dentro da sociedade 
colonial 
 
3. Entre a África e o Brasil: os escravos na colônia. 
a) Os africanos na sociedade escravista 
• Jogo do pega-rabo 
Instruções: Os alunos devem estar dispostos em círculo na aula. 
Participam dois jogadores por vez. Cada jogador deve ter ao entorno da 
cintura uma corda amarrada (rabo). O objetivo do jogo é agarrar o rabo do 
adversário sem que ele faça o mesmo. Os jogadores devem sempre ter 3 
apoios no chão ao se movimentar. 
 
Objetivos: Simular a movimentação do jogo de capoeira em nível baixo, 
desenvolvendo a noção espacial da roda e a dimensão de jogo de defesa e 
ataque, simulação e esquiva. 
 
• O corpo como documento histórico e a capoeira enquanto registro da 
história dos negros no Brasil →Reflexão sobre movimento: nível, tipo de 
movimentação, significado do movimento. 
 
• Relação entre áfrica e Brasil: Laços culturais - A manutenção de 
tradições africanas na América Portuguesa – forma de manutenção de 
uma identidade e resistência a condição de escravidão 
 
 
b) A diáspora negra e a cultura afro-brasileira 
• O trafico de escravos e a constituição de uma diáspora negra 
(análise dos dados sobre a escravidão) 
• Além da força de trabalho, o que mais trouxeram esses escravos 
africanos? (tradições culturais africanas e formação de uma cultura 
diaspórica – cultura afro-brasileira) 
• O que conhecemos da cultura afro-brasileira? É necessário conhecer 
esta cultura? (A questão do preconceito racial e a lei 10.639) 
• O candomblé e a visão cosmográfica dos povos africanos na 
América → Conto: “Poderes pra todos”, in:Contos e lendas afro-
brasileiros: A criação do Mundo. Reginaldo Prandi. São Paulo: 
Companhia das Letras, pp. 99 – 113. 
 
c) Resistência negra e escravidão 
 
As formas mais comum de resistência a escravidão: 
• Sabotagem a produção e o banzo 
• Revoltas de escravos (como no documento analisado) 
• A fuga e formação de Mocambos e Quilombos 
• Quilombo dos Palmares (1605 – 1694) – Alagoas (Serra da 
Barriga) 
- Estimativa de uma população de 20.000 habitantes (formado por 
escravos africanos e brasileiros fugidos dos engenhos da região, 
populações indígenas e alguns brancos livres pobres) 
- Organização política e social diretamente influenciada pela 
tradição africana – Reino formado pela congregação de diversos 
povoados 
- economia agrária e grande troca de produtos com as vilas e 
fazendas da região. 
- 1692 – 1694 → Depois de diversas expedições fracassadas o 
governo geral contrata Domingos Jorge Velho (bandeirante 
paulista) para acabar com o quilombo 
- Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares – Importância dessas 
personagens históricas para o movimento negro 
 
4. A Igreja no contexto da colonização 
 
• A Igreja → Integração entre Estado Português e a Igreja (o padroado) – 
agente da empresa colonial 
• A construção da Igreja na América (Clero Secular e Clero Regular) 
 
a) A igreja na sociedade Colonial 
 
• A Igreja como elemento de manutenção da ordem cristã – dimensão da 
moral e controle das poucas escolas no período colonial 
• Controle das praticas religiosas, combate aos hereges (Tribunal da 
Santa Inquisição e das praticas sincréticas) 
• Constituição da Igreja como instituição economicamente e politicamente 
importante: 
 
 -Estrutura interna: Bispado e Paróquia 
- Aquisição de bens ( a mão morta) – bens em espécie e em terras 
- Participação na economia colonial (aquisição de engenhos e 
minas) 
 - Participação nas principais instanciais políticas 
b) A Igreja e a catequização 
• A missão catequizadora das igrejas – contexto da Reforma Protestante 
na Europa e da busca por novos fiéis 
• Na América portuguesa e hispânica prevaleceram a atuação das 
ordens religiosas no processo de catequização das populações 
indígenas. 
 - As ordens mais atuantes: 
 Franciscanos 
 Dominicanos 
 Agostinianos 
 Jesuítas (criados por Inácio de Loyola em 1540) 
• O papel das Ordens Religiosas no Novo Mundo: A conversão dos 
Índios 
• Ordens nas fronteiras da colonização (processo de catequização) 
-As artes e a língua como ferramentas de contato ( a transculturação e 
a formação de um sincretismo, embate de perspectivas de mundo 
diversas.) 
- As Reduções : tentativa de construção de um homem “civilizado”para 
depois de um cristão (reduções como reserva de mão-de-obra e de 
contingente militar, caso Brasileiro) 
 
 
 
 
 
 
 
 
2º Ano 
História Geral 
 
2º Ano 
Aula 1: As regras do jogo: A construção coletiva de um contrato pedagógico 
 
Objetivos: Discutir as concepções educacionais da Escola Villare e os 
pressupostos que constituem o projeto do Ensino Médio. Retomar os acordos 
de sala e a perspectiva de um contrato pedagógico construído coletivamente 
ao longo do curso. Apresentar o curso de História do 2º Ano. 
Estrutura da Aula: 
1. Em que lugar estamos. 
2. O contrato pedagógico 
3. Apresentação do curso. 
 
Planejamento da Aula 
 
1. Em que lugar estamos. 
• Apresentação e discussão do curta: Escola Democrática 
• Análise do filme: 
- Impressões gerais. (Qual a imagem de escola expressa no vídeo? 
Vocês concordam com esta concepção de escola apresentada no 
vídeo?) 
- Existe relação entre esta concepção de escola e a Villare? 
- Trecho 1: A relação dos alunos com o conhecimento (oposição a 
perspectiva conteudista do conhecimento ) 
- Trecho 2: O trabalho do professor e a relação com aluno (respeito 
e dialogo ) 
- Trecho 3: A construção do conhecimento (oposição a uma 
perspectiva conteudista, busca por uma formação acadêmica forte – 
demanda interna e externa ) 
 
• Fala Inaugural – 2º Ano – dificuldades e perspectivas em relação a 
Escola Villare → Que elementos são importantes para a construção 
de uma proposta pedagógica como esta? (importância dos acordos 
de sala ) →levantamento junto aos alunos de que elementos são 
importantes para a construção de um contrato de sal a (pedir para 
alguém anotar e mandar por e-mail ) 
 
 
 
2. O contrato pedagógico 
 
• Questões para a construção de um contrato pedagógico 
- O grupo como coletivo (oposição a perspectiva individualista) 
- Coletivo e a existência de opiniões diversas : conflito natural de opiniões 
- Como lidar com isso? A necessidade de estabelecer regras comuns de 
convivência de acordo com o local (a classe) – existência de regras da 
instituição e de acordos de sala (em um primeiro momento apresentadas 
e possíveis de serem revistas) 
- Os espaços coletivos de discussão : liberdade de falar e necessidade 
de ouvir – espaço de troca. 
• IMPORTANTE: Contrato pedagógico e autonomia do sujeito (A 
regra como construção coletiva e não como imposição e coerção ) 
 
 
• Regras gerais e acordos de sala. 
 
- Estar com os instrumentos de trabalho (caderno, estojo e livro2); 
- Participar das aulas (internamente e externamente); 
- Respeitar os horários; 
- Fazer as tarefas pedidas e cumprir os prazos – salientar a questão da lição 
de casa (IMPORTANTE); 
- Proibição do uso de celular; 
- Respeitar o professor e os demais colegas (Momentos de exposição e 
momentos de dúvida, respeito a opinião do colega); 
- Participação na sala de aula (Gerenciamento das dúvidas – o que deve ser 
perguntado em sala e o que deve ser reservado para o plantão) 
- Saída para o banheiro e água (Regra da garrafinha e bom senso); 
 
 
3. Apresentação do curso 
• Concepção do curso: A história como uma investigação científica 
(Pesquisa) 
 
• Conteúdo: 
História Geral 
- Idade Moderna (Séculos XVII e XVIII) 
- Idade Contemporânea (Século XIX e início do XX) 
História do Brasil e América Hispânica 
- Idade Moderna (Período Colonial) 
- Idade Contemporânea (Século XIX) 
 
• Atividade de Sala (análise textos historiográficos); 
- 1º Bimestre: análise individual de textos historiográficos; 
- 2º Bimestre: comparação e relação entre textos historiográficos; 
 
2
 O livro não será usado em todas as aulas, quando for necessário será avisado com uma aula de 
antecedência 
- 3º Bimestre: produção de texto (artigo científico) a partir da análise 
de textos historiográficos e fonte documental (em etapas) 
- 4º Bimestre: produção de texto (artigo científico) a partir da análise 
de textos historiográficos e fonte documental; 
• Tarefas: Estudo Prévio, exercícios e compreensão de conceitos-
chaves; 
• Plantão de dúvidas (Descoberta e gerenciamento das dúvidas) 
• Necessidade de organizar-se (agenda, horário escolar, tarefas) 
• Blog e e-mail 
 
 
 
2º Ano 
Aula 2: O Antigo Regime 
 
Objetivos: Rever e sistematizar com os alunos as principais características da 
sociedade européia na Idade Moderna, também denominada pela 
nomenclatura de Antigo Regime. Desenvolver a capacidade de coleta de 
informação e produção de resumo. 
Importante: 2 entradas 
Estrutura da Aula: 
1. A Europa na Idade Moderna (séc. XV – séc. XVII) 
2. Os Estados Absolutistas 
3. Uma economia mercantil 
4. A sociedade européia no Antigo Regime 
Planejamento da Aula: 
1. A Europa na Idade Moderna (séc. XV – séc. XVII) 
• Idade Moderna como um período que congrega elemento s da 
sociedade feudal da Idade Média e da nascente socie dade 
capitalista, característica da Idade Contemporânea. 
• Principais eventos entre o século XV e XVII: 
- Cul.: Renascimento Artístico e Reforma Protestante; 
- Pol.: Centralização do poder monárquico e constituição das 
monarquias absolutistas; 
- Econ.: Mercantilismo e economia colonial; 
 
2. Os Estados Absolutistas 
• Século XIV – Crise da sociedade feudal 
- Resultado das transformações sociais da Baixa Idade Média – 
Renascimento Comercial e Urbano 
- Revoltas camponesas – dificuldade da nobreza em manter o controle 
social 
 
 
 
 
 
 
 
• Centralização política 
- transferência do poder político entre a nobreza e o rei 
 
 Rei Nobreza para Rei 
 (Suserano) (Vassalo) (Soberano) 
 
 
 Nobreza 
 (Súdito) 
- Apoio da burguesia comercial, vantagens econômicas decorrentes da 
centralização do poder, unificação territorial e de pesos e medidas. 
 - IMORTANTE: Processo heterogêneo de centralização do poder 
político na Europa. 
 
• O absolutismo 
- Teóricos do absolutismo 
o Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes (teóricos do Esta do) → 
Análise da imagem do livro Leviatã de Hobbes 
o Jacques Bossuet e Jean Bodin (teóricos do poder rea l) → 
Análise do texto de Jean Bodin 
 
 IMPORTANTE: A formação de monarquias absolutistas foi decorrência do 
processo de centralização política, levado as ultimas conseqüências pelos Rei. 
Entretanto, nem todas as monarquias chegaram a se consolidar como 
monarquias absolutistas. O grande exemplo de monarquia absolutista foi a 
França de Luis XIV. 
 
3. Uma economia mercantil 
• Renascimento Comercial (Séc. XI e XIV) – reestruturação da antigas 
rotas comerciais européias e da Europa com a África e o Oriente 
(reabertura das rotas comerciais do Mediterrâneo) 
• Expansão Marítima (séc. XV) 
- Acesso direto as áreas produtoras de especiarias (África e Ásia) 
- Controle das rotas comerciais por portugueses e e spanhóis (séc. 
XV e XVI) 
- Formação de feitorias (praças de comércio fortificadas) na África e na 
Ásia e de colônias produtoras de especiarias na América. 
• Mercantilismo (políticas econômicas) 
o Definição: 
- O mercantilismo era um conjunto de políticas econômicas 
adotadas pelas monarquias européias. 
(B
u
ro
cra
cia
) 
(P
o
d
e
r P
o
l.) 
- Sua base estava na intervenção do Estado nas atividades 
econômicas. 
- Seu objetivo principal era garantir aumento das rendas dos 
Estados Monárquicos. 
 
o Características Gerais do Mercantilismo 
- Metalismo: acumulo de metais preciosos como ouro e prata. 
- Balança Comercial Favorável : estimulo a exportação de bens 
manufaturados e desestimulo as importações, garantido assim o 
acumulo de metais preciosos. 
o Protecionismo: Criação de barreiras alfandegárias para dificultar 
a entrada de manufaturas estrangeiras e facilitar a entrada de 
matérias-primas.o Incentivo a Manufatura: para a exportação e incentivada pelo 
Estado através da concessão de monopólios impedindo a 
concorrência. 
- Sistema colonial: Constituição de colônias (principalmente na 
América) que tinham como objetivo contribuir para a auto-suficiência 
da metrópole a partir de relações econômicas exclusivas 
o Exclusivismo colonial: Garantia de uma relação comercial 
desigual entre metrópole e colônia. 
o Legislação colonial: Conjunto de leis que garantiam a 
exclusividade comercial entre metrópole e colônia. 
 
4. A sociedade européia no Antigo Regime. 
• Uma sociedade agrária (A maior parte da população vivia no campo, as 
maiores cidades do período eram Londres – 1 milhão de habitantes no 
séc. XVIII – e Paris – algo em torno de meio milhão de habitantes no 
mesmo período) 
• Contradições da sociedade do Antigo Regime: congregação de 
elementos antigos (sociedade feudal) como elementos novos (sociedade 
capitalista) 
• Estrutura social estamental (do ponto de vista jurídico) – manutenção 
dos privilégios feudais da nobreza e do clero, tais como isenção fiscal. 
• Relações sociais capitalistas – Sociedade cada vez mais baseada nas 
relações capitalistas (baseadas nas trocas mercantis e monetárias), 
como por exemplo a venda de títulos de nobreza, de terras, o 
surgimento do trabalho livre assalariado. 
 
 
 
 
 
Lição de casa: Instruções para a leitura da ficha 1 
• 1ª Leitura: Dúvidas de vocabulários; 
• 2ª Leitura: Grifo dos trechos mais importantes (conceitos e informações 
mais relevantes) 
• Resolução das questões propostas (elementos para a compreensão do 
texto e resumo) 
 
2º Ano 
Aula 3: Revoluções Inglesas: As causas da Revolução 
 
Objetivo: A partir da análise das principais transformações pelas quais passou 
a Inglaterra no início da Idade Moderna (séc. XV – XVII) identificar as principais 
causas que desencadearam a Revolução Puritana. 
 
Estrutura da Aula: 
1. O conceito de burguesia 
2. A monarquia inglesa na Idade Moderna 
3. As transformações sociais 
a) A terra como propriedade privada 
b) Novas idéias e novos valores 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. O conceito de burguesia 
 
• Burguesia: Termo que tem seu significado alterado no decorrer da 
história; 
• Idade Média: Categoria jurídica do direito feudal → definido pelo local 
de nascimento (burgo) 
• Idade Moderna: Referente a atividade econômica: mer cador → 
ligação direta com consolidação do capitalismo mercantil 
• Idade Contemporânea: Conceito sociológico: definiçã o de uma 
classe específica dentro do sistema capitalista (origem na teoria 
marxista) 
2. A monarquia inglesa na Idade Moderna 
• Poder limitado da monarquia inglesa no início da Id ade Moderna 
- O Parlamento: Tinha como função limitar o poder real (criação de 
novos impostos e convocação do exército), era dividido entre Câmara 
dos Nobres e Câmara dos Comuns 
 
Origem: Em 1215 os nobres ingleses impõem ao rei João Sem-Terra a 
Magna Carta (documento que estabelecia limites ao poder real) e o 
Grande Conselho (composto pelos nobres ingleses. Em 1265, novo 
confronto entre o rei (Henrique III) e os nobres (apoiados pela crescente 
burguesia mercantil) leva a imposição das Provisões e estatutos de 
Oxford e a ampliação do Grande Conselho em 1295, chamado de 
Parlamento (contendo as duas casas e incorporando a burguesia 
mercantil na Câmara do Comuns) 
 
- Common Law: Direito consuetudinário 
Origem: Costumes que regulamentavam as relações feudais (essa 
idéia de um direito comum a todos e fruto de uma antiga tradição é 
importantíssimo para os eventos que desencadearam a Rev. Inglesa) 
 
• A Dinastia Tudor 
- Henrique VIII (1509 – 1547) 
o Reforma Anglicana: questões dinásticas (divórcio) levam o rei a 
romper com o papado. Criação da Igreja Anglicana (O rei como 
chefe supremo da Igreja) 
Conseqüências: 1ª Aquisição das terras da Igreja na Inglaterra 
2ª Divisão religiosa dentro da Inglaterra 
(católicos, anglicanos e puritanos) 
o Perda da influência no continente europeu : Sucessivos 
confrontos com os Habsburgos – Espanha e SIRG – e com os Valois 
– França. As derrotas levam ao endividamento da Coroa. 
o Crise dinástica : A morte de Henrique VIII leva a um situação de 
tensão entre os herdeiros e uma disputa interna na Inglaterra. 
Assumem o trono Eduardo VI (1547 – 1553), Maria Tudor (1553 – 
1558) e finalmente Elisabeth I que se consolida no poder (1558 – 
1603). 
-Elisabeth I (1558 – 1603): 
 
Análise de filme: Cap. 1, 2 e 3 do DVD Elizabeth e a era de ouro 
 
o Política interna visando buscar um equilíbrio entre as forças 
atuantes tanto no campo político, quanto no campo r eligioso. 
o Política externa defensiva (consolidação da Inglaterra como ilha) – 
apoio a independência das Províncias Unidas (Holanda) do SIRG e 
ocupação da Irlanda (para evitar um possível ataque da Espanha) → 
o Incentivo ao desenvolvimento da manufatura inglesa (indústria 
têxtil) 
o Construção de uma vasta marinha mercantil e militar – buscava 
consolidar a hegemonia mar do norte e ocupação da América. 
o Consolidação da Inglaterra como potência marítima: 1588 – 
Vitória sobre a Invencível Armada . → Cap. 17 e 18 do DVD 
Elizabeth e a era de ouro 
 
3. As transformações sociais 
a) A terra como propriedade privada 
o Reforma Anglicana e venda de terras eclesiástica: Henrique VIII 
para sustentar seu governo e guerras iniciou um processo de venda 
das terras da Igreja 
Importante: As terras desde a Idade Média eram consideradas 
posse da nobreza e não mercadoria, a venda de terras dá inicio ao 
processo de desestruturação dessa antiga relação entre nobreza e 
o controle das terras, possibilitando o acesso da terra a outros 
grupos sociais. 
o Relações capitalistas no campo: A transformação da terra em 
mercadoria (valor monetário e possível de alienação) e a 
consolidação de uma produção agrícola voltada para o mercado 
(desenvolvimento das manufaturas começa a determinar o sentido 
da produção agrícola) transforma as relações de produção no 
campo. 
o A sociedade inglesa no séc. XVI e XVII 
- Os Pares (Nobreza aristocrata e tradicional – lento processo de 
desmilitarização e de poder político) 
- A Gentry (Nobreza de status – através da compra de títulos – e 
proprietária de terras → diretamente responsável pelas transformações 
da produção agrícola inglesa, em geral tinha sua fortuna originária de 
outras atividades econômicas) 
- Os Yolmens : Camponeses proprietários de pequenas e médias 
propriedades ou arrendatários enobrecidos. 
 
b) Novas idéias e novos valores 
o O Puritanismo : Profundamente influenciado pelo calvinismo o 
puritanismo buscava uma retidão moral e simplificação da Igreja. A 
doutrina da predestinação, assim como a crítica a estrutura da 
Igreja Anglicana e da Corte consideradas corrompias, assim como a 
idéia de Reforma destas instituições forneceram uma importante 
força as idéia radicais que desembocam na Revolução Inglesa. 
o O direito consuetudinário : O uso da lei baseada em uma suposta 
tradição de direitos que suplantavam o poder real e embasavam 
ideais de liberdade. 
o Ceticismo: O desenvolvimento de uma corrente de pensamento 
que questionava as estruturas de interpretação da realidade 
(Francis Bacon) serve como substrato para o questionamento 
político na medida que se difunde na sociedade inglesa. 
 
 
2º Ano 
Aula 4: Revoluções Inglesas: A Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa. 
 
Objetivo: Apresentar e debater os principais eventos que marcaram o embate 
entre a realeza britânica e o Parlamento durante a Revolução Puritana,a 
República de Cromwell e da Revolução Gloriosa. Analisar tais eventos a partir 
da perspectiva da luta de classe e a consolidação ao longo do processo da 
ideologia burguesa na Inglaterra. 
Estrutura da Aula: 
 
1. Os reis Stuart 
a) Jaime I e a crise de confiança 
b) Carlos I e Parlamento 
 
1. A Revolução Puritana. 
a) Carlos I e a Revolução Puritana 
b) New Model Arm 
Planejamento da Aula: 
 
1. Os reisStuart 
 
a) Jaime I e a crise de confiança 
o 1602 – A morte de Elisabeth I sem deixar herdeiros abre uma 
crise dinástica . 
o Assume o trono seu primo Jaime (rei das Escócia) como Jaime I 
(1603 – 1625) 
o Situação da monarquia inglesa: A monarquia não possuía um 
exército , dependia dos nobres e do Parlamento ; não tinha 
autonomia financeira e nem uma burocracia estruturada. 
o Crise de confiança: O fato do monarca ser escocês, as 
extravagâncias da corte e da Igreja Anglicana levam a uma perda 
de confiança em relação ao poder Real 
o Tentativa de imposição de uma monarquia absolutista : 
Aumento da perseguição aos protestantes (o rei buscava fortalecer 
a Igreja Anglicana), aumento forçado dos impostos e dissolução do 
Parlamento em 1610 até 1621 (Jaime I impôs a prerrogativa do 
poder real baseado na teoria do direito divino dos reis) 
 
 
b) Carlos I e Parlamento 
 
o Carlos I (1625 – 1642) assume o trono e da continuidade a 
tentativa de implantação de uma política absolutist a. 
o 1628 – O Parlamento em reação a política de Carlos I tenta 
impor o Bill of Right (Petição de direitos) – subordinação do rei a 
aprovação do Parlamento para questões como criação de 
impostos, aumento de impostos e convocação do exército) 
o Carlos I dissolve o Parlamento e impõe uma política absolutista 
(de 1629 até 1640) 
o Política do reino de Carlos I foi dirigida pelo arc ebispo Willian 
Laud (responsável por uma política religiosa que restringia a 
liberdade de culto e buscava ampliar o poder da Igreja Anglicana) e 
o Conde de Strafford (responsável pela articulação política dentro 
da corte de Carlos I, instaurou uma forte repressão a oposição ao 
rei, responsável também pela criação de novos impostos como o 
ship Money) 
o Aumento de impostos e criação de novos impostos 
o Controle dos cercamentos (tentativa de evitar mobilidades sociais 
– aumento do descontentamento da gentry) 
o Colonização violenta da Irlanda. 
o Resultado destas políticas: Aumento da tensão entre o Rei e o 
Parlamento, organização da oposição. 
 
2. A Revolução Puritana. 
 
a) Carlos I e a Revolução Puritana 
• Disparadores da Revolução Puritana 
- 1638 - Tentativa de expansão do anglicaismo para a 
Escócia. Revolta da nobreza escocesa (em sua grande 
maioria presbiteriana) e invasão da Inglaterra em 1 639. → A 
invasão escocesa só é contida com o auxílio da Gent ry e da 
burguesia mercantil (o que deixa claro a fragilidade da 
monarquia inglesa e a dependência desse grupo social. 
- 1640 - Revolta irlandesa contra a dominação ingle sa → sem 
recursos próprios e com os pedidos de empréstimos negados 
pela burguesia inglesa Carlos I é obrigado a convocar o 
Parlamento novamente. 
- Pressão da Câmara dos Comuns ( Gentry ) para que o 
rei aceitasse o Bill of Right. Carlos I sede a pressão do 
Parlamento e aceita parte de suas reivindicações, entre elas a 
condenação a morte do Conde de Strafford e o fim de impostos 
como o ship Money. 
 - 1642 – O Parlamento se nega a permitir o controle de um 
exército permanente pelo Rei; em represália Carlos I ordena a 
prisão e execução de cinco membros do Parlamento. Início da 
Revolução Puritana 
 
b) New Model Army e a Revolução Puritana 
 
• Revolução Puritana (1642 – 1648) 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Nas primeiras batalhas ficou evidente a força do exército real, 
liderado pela nobreza, experiente militarmente. 
• A situação começa a mudar quando assume o comando 
militar das tropas do Parlamento Oliver Cromwell (membro da 
Gentry puritana e do Parlamento) 
• Formação do New Model Army (Novo Modelo de Exército) → 
institui a promoção por mérito e incentiva a liberdade de 
discussão no interior das tropas , estabelecendo a tolerância 
política e religiosa (engajamento dos soldados por uma causa e 
capacidade tática do alto comando). 
• 1648 – vitória das forças do Parlamento sobre o exé rcito real 
– prisão de Carlos I 
 
 
Exército Real VS. Exército Parlamentar 
Composição: Nobreza/Pares Composição: Parte da Gentry e Yolmens 
(Cavaleiros) (Cabeças Redondas) 
2º Ano 
Aula 5: Revoluções Inglesas: A República de Cromwell e a Revolução 
Gloriosa. 
 
Objetivos: Reconhecer as principais características da República de Cromwell. 
Explicar as principais medidas políticas adotadas por Cromwell e suas 
repercuções. Comparar os processos revolucionários da Revolução Puritana 
com a da Revolução Gloriosa. 
Estrutura da Aula: 
1. A República de Cromwell. 
2. A Restauração e a Revolução Gloriosa. 
Planejamento da Aula: 
1. A República de Cromwell. (1649 -1658) 
• 1649 – julgamento de Carlos I e execução do rei. Importante: 
Pensar no significado da execução de um rei dentro do contexto 
europeu da época – idéia de ruptura . → com a execução de 
Carlos I é instaurada uma República tendo Oliver Cr omwell 
como chefe do executivo. 
 
• Organização dos setores populares em torno de uma idéia de 
uma República mais igualitária (pensamento radical) 
- Os Levellers (Niveladores) – formado pelos setores populares 
do exército Parlamentar pretendiam: 
o Formar, no exército, um Conselho Central , integrados 
por indivíduos eleitos pelos regimentos 
o Exigir a proteção da pequena propriedade e restrição 
das grandes propriedades 
o Separação entre o Estado e a Igreja 
o República com o direito de voto estendido a todos 
acesso ao Parlamento a qualquer cidadão. 
- Diggers (Escavadores) – de origem camponesa , seguindo o 
pensamento radical do Niveladores, reivindicavam o fim da 
propriedade da terra e distribuição dela entre os c idadãos 
(similar a idéia de Reforma Agrária) 
• Ambos os movimentos foram reprimidos violentamente por 
Oliver Cromwell, garantindo a manutenção da ordem s ocial 
vigente e os interesse da Gentry e da Burguesia mer cantil e 
manufatureira . 
• 1650 – Criação a Comunidade Britânica (Commonwelalt h) – 
resolução dos conflitos com Escócia, Irlanda e País de Gales. 
• 1651 – Atos de Navegação – monopólio do transporte de 
produtos para a Inglaterra e exportados por ela de navios ingleses 
→ guerra com os países baixos (Holanda). Vitória da Inglaterra 
garante a supremacia britânica sobre o comércio europeu. 
• 1653 – Cromwell dissolve o parlamento e assume como Lorde 
Protetor da Inglaterra. 
 
• Atividade: Exercício da pág. 354 
 
• 1658 – Oliver Cromwell morre e seu filho, Richard, assume 
seu posto , porém sem o apoio do exército e da burguesia e 
Gentry inglesa é deposto em 1660 . 
 
 
2. A Restauração e a Revolução Gloriosa. 
• A realeza e a dinastia Stuart são restaurada , o Parlamento é 
restaurado também 
• Assume o trono Carlos II (1660 – 1685), filho de Ca rlos I → 
Educado na França absolutista de Luis XIV ele reinicia a política 
centralizadora do pai, mas tentando atender os inte resses da 
Gentry e da burguesia inglesa . 
• Parlamento dividido em dois grupos nesse período: 
- Tories (conservadores a favor da monarquia) 
- Whigs (Liberais) 
• Com a morte de Carlos II, assume seu irmão com o nome de 
Jaime II → Sua insistência na constituição de uma monarquia 
absolutista e a aproximação dos católicos leva a un ião do 
Parlamento contra o rei e sua deposição em 1688 
• 1688 – Revolução Gloriosa – para evitar nova guerra civil o 
Parlamento eleva ao trono Guilherme de Orange (princioe de 
origem holandesa) e o obriga a assinnar o Bill of Right e a se 
subordinar ao parlamento. 
2º Ano 
Aula 6: Iluminismo 
 
Objetivo: Discutir as principais características do Iluminismo, assim como suas 
principais críticas ao Antigo Regime. Determinar quais foram suas bases e 
seus principais pensadores, assim como as principais idéias. 
Estrutura da Aula: 
1. Uma definição sobre o Iluminismo 
2. Antigo Regime e o pensamento escolástico 
3. O século XVII: As bases do Iluminismo 
4. O século das luzes 
 
Planejamento da Aula: 
1. Uma definição sobre o Iluminismo 
 
a) Análise da Ficha 2: 
 
I. Definição de esclarecimento: Utilização da razão → instrumento para 
conhecer a realidade (Ousar saber)– 1° Parágrafo 
 
II. questão central: 
o Oposição aos dogmas (verdade impostas) – 2° e 3° Parágrafos 
o Liberdade de pensar – 4° Parágrafo 
 
b) Definições sobre o Iluminismo 
• Metáfora da luz (razão) e das trevas (ignorância) → recuperada da 
perspectiva renascentista. Mas como oposição a sociedade e 
pensamento do ANTIGO REGIME. 
 
• Iluminismo: Constituição de novos paradigmas de conhecimento , 
ruptura com os valores e estruturas filosóficas exi stentes → Ousar 
saber 
 
• Século XVIII ficou conhecido pelo nome de século das luzes devido ao 
surgimento de um conjunto de pensadores e doutrinas filosóficas 
chamadas de Iluminismo. 
 
• Caráter pedagógico do Iluminismo → Produção literária como 
forma de expansão do esclarecimento. 
 
2. Antigo Regime e o pensamento escolástico 
 
• Cultura na Idade Moderna (Filosofia): Controle da I greja sobre a 
forma de pensar (Apesar do chamado Renascimento Cultural, resultado 
da Contrarreforma e das guerras de religião – séc. XVI) 
• As universidades → Instituições educacionais controladas pela 
Igreja 
• Hegemonia do pensamento escolástico dentro dessas instituições. 
• Escolástica: 
- Definição: pensamento filosófico desenvolvido no final da Idade Média 
por São Tomás de Aquino (sec. XIII) e que tentava conciliar fé e razão 
dentro de um sistema de pensamento → Profundamente influenciado 
pela filosofia aristotélica. 
- Características gerais: 
o Princípio de legitimidade: A verdade revelada nas escrituras e nas 
obras filosóficas. 
o Analise racional dos texto s: razão e investigação intelectual como 
forma de analise dos textos e compreensão do mundo. 
 
 
3. O século XVII: As bases do Iluminismo 
• Constituição no século XVII de duas correntes de pensamento 
importantes para o desenvolvimento o Iluminismo: Racionalismo e o 
Empirismo → ambas as correntes são fruto da discussão sobre o 
processo de formação da razão humana e se opunham a escolática 
 
• René Descartes (FRA, 1596 – 1650) – “O discurso do método” – 1637 
→ tentativa de construção de uma ciência universal e um método 
verdadeiro → utilização da dúvida para alcançar o princípio de um 
pensamento verdadeiro – desconstrução a verdade pelos sentidos, 
desconstrução da verdade matemática, desconstrução da própria 
realidade e: “(...) Mas, logo em seguida, adverti que enquanto eu queria assim 
pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse 
alguma coisa. E, notando que esta verdade: Eu Penso, Logo Existo, era tão firme 
e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não 
poderiam abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulos como o primeiro 
principio da Filosofia que procurava (...)” 
 
• Racionalismo: corrente de pensamento baseada na uti lização da 
razão e do método dedutivo (do geral para o particu lar), baseado 
em idéias inatas 
 
• Isaac Newton (ING, 1642 – 1727) → “Princípios Matemáticos da 
Filosofia Natural" – 1687 
 
• Superação do paradoxo de Zenon – questionamento dos limites da 
observação de fenômenos como forma de compreendê-los →Newton 
desenvolve instrumentos matemáticos para resolvê-lo (conceito de 
limite e desenvolvimento do calculo de integral e derivada) 
 
• Construção de leis universais da mecânica – raciona lidade do 
mundo natural, relações universais sem a necessidad e de 
mediações . 
 
1ª Lei: Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento 
uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele 
estado por forças imprimidas sobre ele. 
2ª Lei: A mudança de movimento é proporcional à força motora 
imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é 
imprimida. 
3ª Lei: A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações 
mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a 
partes opostas. 
 
 
 
 
 
 
 
• John Locke (ING, 1632 – 1704) → “Ensaio acerca do entendimento 
humano” – 1690 - refutação da idéia de princípios inatos, concepção 
de um método indutivo (do particular para o geral ) como processo de 
formação da razão humana de um indivíduo, valorização de suas 
experiências como forma de aprendizado. 
 
• Empirismos: corrente de pensamento baseada na utili zação da 
experiência e do método indutivo (do particular par a o geral). 
 
4. O século das luzes. 
 
 
Os filósofos e suas obras 
 
• Voltaire (François-Marie Arouet, FRA, 1694 - 1778) → Filósofo e 
polemista , em seus diversos livros e panfletos fez crítica a sociedade 
do Antigo Regime, sobretudo ao Estado e a Igreja → Critico do 
pensamento escolástico e defensor das liberdades individuais: “Posso 
F = m . a 
(Energia/alma) (Matéria/ corpo) 
(movimento) 
não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até 
a morte o direito de você dizê-las.” 
• “Candido, o otimista” (1758) – critica a partir das aventuras de Candido 
(protagonista) da perspectiva escolástica sobre o mundo. 
 
• A Enciclopédia (1750 – 1772) – organizada por dois autores iluministas: 
Diderot e D’ Alambert, contou com a participação dos principais 
pensadores da época como Voltaire, Montesquieu e Rosseau - síntese 
da concepção iluminista do saber (organização em verbetes, forma 
racional para consulta, caráter pedagógico do livro) → pode ser 
considerada também um dos primeiros empreendimentos editoriais em 
larga escala 
 
2º Ano 
Aula 7: Iluminismo: A questão do Estado 
 
Objetivo: Apresentar as principais correntes do liberalismo econômico e sua 
crítica ao mercantilismo. Contextualizar esta doutrina econômica no contexto 
do desenvolvimento do Iluminismo. Apresentar e debater as principais teorias 
políticas desenvolvidas no período sobre o Estado e a legitimidade do poder 
político. 
Estrutura da aula: 
1. O pensamento político: O contrato social 
2. O poder do Estado e a questão da política. 
Planejamento da aula: 
1. O pensamento político: O contrato social 
• Objetivo: Discussão a partir dos trechos das obras de Hobbes, Locke e 
Rosseau sobre as origens do Estado e a questão do contrato social , 
formulada pelo primeiro e retrabalhada pelos outros dois pensadores. 
• Importante: Contextualizar o pensamento de cada um deles em relação 
ao momento histórico em que escreveram. 
• Thomas Hobbes (1588 – 1679): Criação da idéia de Estado de 
Natureza, de leis naturais (como a liberdade) e da formulação de um 
contrato social (abdicação da liberdade individual para conseguir 
coesão social.IMPORTANTE: Hobbes escreve seu livro Leviatã dentro 
do contexto da Revolução Puritana (1642 – 1648). 
• John Locke (1632 – 1704): Definição do Estado de Natureza como 
origem de leis naturais (Vida, liberdade e propriedade ) invioláveis. 
Constituição de livre acordo de um contrato social para 
constituição do estado (arbitro de disputas ), mas subordinação do 
Estado as leis naturais . IMPORTANTE: A obra de Locke, Segundo 
tratado sobre o governo civil (1689) é escrita no contexto da Revolução 
Gloriosa (1688) e da constituição de uma monarquia parlamentar. 
• Jean-Jacque Rosseau (1712 – 1778): Defesa da liberdade natural do 
homem perante as imposições sociais e desigualdades 
constituídas socialmente . Concebe o Estado como representação 
da vontade popular . IMPORTANTE: A obra de Rosseau, Do contrato 
social (1762) foi escrita dentro do contexto da monarquia absolutista 
francesa e seu governo arbitrário. 
 
2. O poder do Estado e a questão da política. 
• A crítica ao Estado absolutista engendrou a formulaçã o de 
novos modelos políticos , derivados do pensamento iluminista 
• Barão de Montesquieu (1689 - 1755): Jurista e historiador da 
antiguidade clássica formulou em seu livro “O espírito da leis” (1748) 
o princípio da subordinação do Estado a Lei 
(Constitucionalismo) e a idéia de tripartição do poder. 
• Voltaire: Seus escritos políticos deram base para a idéia do 
Despotismo Esclarecido (junção do poder despótico com o 
pensamento iluminista – administração racionaldo Estado) 
• Jean-Jacque Rosseau: Defesa de um governo democrático 
baseado na vontade popular 
 
2º Ano 
Aula 8: A colonização Inglesa e a Independência dos EUA 
 
Objetivos: Apresentar os principais aspectos da colonização inglesa no 
continente americano. Destacar as especificidades desta empresa colonizadora 
e a variedade de posturas adotadas pela coroa inglesa no decorrer do tempo, 
variando também conforme o espaço. 
 
ATENÇÃO: 2 ENTRADAS 
 
Estrutura de Aula: 
 
1. A formação das colônias inglesa na América do Norte 
2. Os conceitos de república e federalismo 
3. Independência das treze colônias (EUA) 
 
Planejamento de Aula 
 
 
1. A formação das colônias inglesas na América do Norte 
 
a) Presença Inglesa no Caribe 
 
• América: domínio espanhol e português 
• Sistema de Porto Único Espanhol → centralização das exportações de 
minério e especiarias 
• Pirataria e a guerra de Corso : primeira tentativa inglesa de inserção no 
Sistema Colonial → Séc. XVI: dinastia Tudor 
• Presença Inglesa no Caribe: Jamaica e outras ilhas (séc XVII e 
XVIII) 
 
 
b) A constituição das colônias inglesas 
 
• 1584 – primeira tentativa, colonização no reinado de El izabeth 
(Virginia) – região Sul, 117 homens e fracasso devido as condições – 
Historia da Pocahontas e John Smith (Dia de Ação de Graça) 
• 1590 – Nova tentativa e formação dos primeiros núcleos urbanos 
na região da Virgínia 
• Séc XVII – Jaime I cria em 1607 a Companhia de Londres para a 
colonização da Virginia – Cidade de Jamestown – consolidação da 
colonização na América Inglesa. 
• 1620 – Colonização de Massachutts – Companhia Plymouth e a 
ocupação das áreas mais ao norte – Constituição das colônias de 
puritanos emigrados devido aos conflitos religiosos na Inglaterra -
Mayflower e os puritanos → Mito de fundação norte americano . (os 
pais puritanos e idéia da terra prometida) 
 
• Material da Moderna Plus (A formação dos Estados Unidos) 
- Massachusetts 
- New Hámpshire 
- Rhode Island 
 - Connecticut 
 
Outras colonias: 
 -New York 
 - Pensilvania 
 - New Jersey 
 - Delawere 
 - Maryland 
 - Virgínia 
 - Carolina do Sul 
 - Carolina do Norte 
 - Geórgia 
 
IMPORANTE: Ao longo do processo de colonização se c onsolida uma 
profunda diferença entre as colônias do Sul e do No rte. 
 
• Utilização de quadro síntese para comparação 
 
• Colônias do Sul : Clima tropical e produção de algodão para abastecer 
as manufaturas inglesas. Produção dentro das características da 
plantation (grandes propriedades, monocultura e trabalho escravo) 
• Colônias do Norte: Clima temperado, formação de pequenas 
propriedades, geralmente voltadas para o abastecimento do mercado 
interno. Formação de manufaturas nos centros urbanos e de um forte 
sistema de comércio com áreas da América Hispânica (comércio 
triangular de Run , Escravos e Melaço) →possivel graças liberdade do 
mercatilismo inglês para essa região (situação relativamente periférica 
até o século XVIII) 
 
2. Os conceitos de República e Federalismo 
a) O conceito de República 
• Leitura inicial e dúvidas de vocabulário 
• Identificação dos principais argumentos (2ª leitura) 
• Questões-chave: 
- Qual o significado do conceito? 
- Qual a definição de República na Antiguidade? 
- Compare a definição antiga e moderna de República. 
 
b) O conceito de Federalismo 
 
• Leitura inicial e dúvidas de vocabulário 
• Identificação dos principais argumentos (2ª leitura) 
• Questões-chave: 
- Quais os dois significados do termo federalismo? 
- Sobre quais princípios e como se organiza um Estado federal? 
- Qual a diferença entre Estado soberano e Estado federal? 
 
3. Independência das treze colônias (EUA) 
 
a) A independência das treze colônias como mudança de paradigma 
• Mudança e a colocação de novas perspectivas (o que, por quê, 
como) 
• Processo de Independência como mudança – questões colocadas 
pela independência da primeira colônia de sua metró pole : o que é 
independência/dependência? O que é liberdade? Quem é livre? O que 
somos, ou o questionamento entre identidade nacional e identidade com 
a Coroa européia) 
 
 
 
b) O processo de independência 
 
• Contexto europeu: 
- Inglaterra e a Revolução Industrial (busca pela expansão do 
mercado consumidor e de produtores de matéria prima) 
 - Disputa entre potencias rivais (França) 
 
• As causas da independêcia 
 
I. Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763) 
 Inglaterra vs. França 
 
- Participação dos colonos (tomada de consciência de sua força) 
- Paz de Paris (1763 – França perde varias possessões para 
Inglaterra, Inclusive o vale do Mississipi) 
- Conseqüência da guerra: Endurecimento do Pacto Colonial (para 
cobrir as dividas de guerra) 
 
II. Leis Inglesas (Intolerantes) 
- 1764, Lei do Açúcar (taxação do melaço importado das colônias 
espanholas) 
- 1765, Lei do Selo (Tentativa de conter a difusão da Literatura 
Iluminista) 
- Imposto sobre o Chá (episódio da Noite do chá de Boston) – Leis 
Intolerantes – reação inglesa ao ataque dos colonos. 
 
III. Guerra de Independência (1776 – 1781) 
 
• 1º Congresso da Filadélfia – 1774 - ( recusa das Leis Intolerantes ) – 
carta ao Parlamento Inglesa pedindo a revogação das Leis Intolerantes. 
Não há ainda a idéia de independência – primeira reunião das coloônias 
• 2º Congresso da Filadélfia – 1776 - (Proclamação da Independência ) – 
devido a recusa do Parlamento de atender as reivindicações dos colonos. 
• George Washington e Thomas Jefferson – proclamação da 
independência – 4 de julho de 1776 (colocação do que é liberdade) 
 
• IMPORTANTE: Comparação com as idéias de liberdades expressas por 
John Locke e Rousseau e base do liberalismo político. 
 
• Em 1776 tem início os conflitos envolvendo o exército dos colonos 
(liderados por George Washington) e o exército inglês → Guerra de 
independência (1776 – 1781) 
• A união dos colonos, a distancia entre o campo de batalha e a Inglaterra, 
assim como o apoio de Espanha e França a luta dos colonos faz com que a 
Inglaterra seja derrotada e aceite a independência das suas colônias em 
1781 
• As colônias formam uma República organizada como Federação e 
regida por uma mesma Constituição . 
 
 
 
 
Idade Contemporânea 
Século XIX 
2º Ano 
Aula 09: Revoluções Industrial: A Inglaterra no séc. XVIII 
 
Objetivo: Debater o significado da expressão Revolução Industrial e suas 
implicações. Contextualizar os alunos acerca das condições econômicas e 
sociais da Inglaterra o século XVIII, sobretudo em relação as transformações 
no mundo do trabalho, tanto no que diz respeito ao trabalho artesanal, quanto 
no campo. 
Estrutura da Aula: 
1. A Revolução Industrial como Revolução 
2. A Inglaterra no séc. XVIII (aspectos econômicos) 
3. Trabalho camponês e trabalho artesanal 
Planejamento da Aula: 
1. A Revolução Industrial como Revolução 
• Local: Inglaterra 
• Marco cronológico: 
- 1750 - Periodização tradicional (invenção das primeiras máquinas 
movidas a vapor – principalmente na industria textil e na mineração) 
- 1790 – Consolidação da Revolução Industrial na Inglaterra 
 
Importante: Cada uma destas datas tem por traz uma visão diferente sobre a 
Revolução Industrial: a 1ª valoriza os aspectos técnicos, já a 2ª os aspect os 
sociais. 
 
• Questão central: O processo de industrialização na Inglaterra foi 
realmente uma Revolução? 
 
 
 
 
 
 
• Importante: A questão das transformações das relações sociais serão o 
enfoque das aulas sobre a Revolução Industrial. 
 
 
2. A Inglaterra no séc. XVIII (aspectos econômicos) 
Aspectos Técnicos Aspectos Sociais 
(Evolução técnica) (Transformação das relações sociais) 
 
• Pergunta chave: Por que a Revolução Industrial aconteceu na 
Inglaterra e não em outro país? (conjunto de fatores bastante 
específicos) 
 
1) Sistema político liberal – monarquiaparlamentar (resultado das 
Revoluções Inglesas – séc. XVII) 
2) Capital primitivo acumulado (decorrentes do comércio de 
manufaturas) 
3) Extensa marinha comercial e militar 
4) Produção agrícola capitalista (propriedade privada da terra e produção 
para o mercado 
5) Exército de mão-de-obra de reserva (população expulsa do campo 
pelos cercamentos) 
6) Extensas jazidas de carvão e ferro (Matriz energética e matéria prima 
para a Rev. Industrial) 
7) Fontes de matéria-prima (sobretudo as colônias produtoras de 
algodão) 
 
3. Trabalho camponês e trabalho artesanal 
• Importante: Para compreender o impacto social da revolução é 
preciso compreender as formas tradicionais de traba lho na 
Inglaterra e suas transformações no decorrer do séc ulo XVIII. 
 
a) O trabalho camponês 
 
• Relações tradicionais de produção agrícola (Predominante até o 
século XVI) 
 
- A terra como posse da nobreza – subordinação da população 
camponesa e cobrança de tributos. 
- Trabalho servil e arrendamento de terra por parte da nobreza – 
estabelecimento de obrigações entre nobres e camponeses. 
- Produção voltada para o abastecimento local – principal local de 
venda (circulação das mercadorias): os mercados das cidades. 
 
• Transformações na relação de produção e circulação de produtos 
agrícolas (séc XVI - séc. XVIII) : 
- Propriedade privada da terra (cercamentos) : Processo lento em que 
a terra é transformada em mercadoria, tem início com a Reforma 
Anglicana e a venda das terras da igreja. Tem início o processo de 
cercamento das terras comunais. 
 
IMPORTANTE: O processo de cercamentos teve como efeito também a 
expulsão de parte considerável da população camponesa (expropriação 
dos meios de produção). Isso leva a sua migração para os principais 
cidades em busca de trabalho. 
 
- Consolidação da pratica de arrendamento de terras e do trabalho 
assalariado no campo : Desestruturação das antigas relações entre 
senhores e servos. Introdução de novas relações de trabalho como o 
trabalho assalariado (por jornada de trabalho semanal e sua maioria 
- Produção voltada para o mercado : Organização da produção 
segundo as demandas do mercado, tanto para o abastecimento das 
manufaturas (como a criação de ovelhas – lã – ou algodão nas colônias), 
quanto da produção de alimentos (trigo,cevada, etc.). Surgimento da 
figura do atravessador, especulação dos preços dentro do mercado 
inglês e europeu (compras antecipadas de grão, estocagem de produtos 
para forçar aumento de preço, exportação de produtos para mercados 
com preços mais atraentes) 
 
• Os motins da fome: Reação popular as transformações no 
campo. 
- A economia moral : Concepção das relações de troca de 
mercadorias baseadas no bem-estar da comunidade,em trocas 
diretas entre produtores e consumidores, pautado por uma idéia de 
equidade e de justiça moral. 
 
- Os levantes populares : 
o Século XVIII – período marcado por sucessivas más colheitas 
e crises de abastecimento, assim como pela inflação dos 
produtos agrícolas. 
o Levantes populares registrados em: 1709, 1740, 1756 /57, 
1766/67, 1773, 1782, 1795, 1801. 
o Caracterizado pela ação direta e organização da multidão em 
torno da questão dos preços dos alimentos – sobretudo nas 
aldeias e centros urbanos regionais. 
o Buscavam fixar os preços de alimentos a preços 
populares nos mercados – legitimavam as suas ações na 
suposta ilegalidade da prática de venda antecipada de cereais 
e demais produtos e na especulação do preço dos alimentos 
(por parte de agricultores, moleiros e padeiros) – essa 
concepção era em parte pela legislação sobre os tempos de 
escassez do tempo de Elizabeth I e Carlos I (Book of Orders, 
1630) 
o Apoio durante boa parte desse período das autoridades locais 
– existência de relações paternalistas entre a gentry e 
autoridades locais e a população urbana e camponesa 
o Final do século XVIII essa noção de legitimidade de uma 
economia moral é superada pela noção de economia 
política (liberalismo) → Impacto dos acontecimentos da Rev. 
Francesa (medo de qualquer tipo de levante popular) e da 
ideologia de mercado sobre a elite agrária inglesa (noção de 
livre comércio) 
 
b) O trabalho artesanal 
Definição : Trabalho onde o trabalhador possui o domínio de tod o o 
processo de produção pelo trabalhador. 
Principais características: 
• Domínio da técnica necessária para a produção de todas etapas do 
produto manufaturado (saber/fazer ) 
• Propriedade das ferramentas para produzir e controle do processo de 
produção (controle dos meios de produção ) 
• Controle da venda dos produtos produzidos (circulação) 
• Controle do tempo e da rotina de trabalho . 
• Não havia uma separação nítida entre local de trabalho e moradia 
(oficina e casa eram muitas vezes uma mesma habitaç ão) 
• O aprendizado do ofício estava ligado a relação entre mestre e 
aprendiz . 
 
Transformações nas relações de trabalho artesanal (Devido ao 
desenvolvimento da manufatura na Inglaterra): 
• Sistema Puting-out: 
- Racionalização da produção 
- Separação entre produção e circulação (surgimento da figura do 
atravessador – controle do preço da mercadoria) 
 
 
 
 
 
Produção artesanal Atravessador Mercado 
(Grande comerciante) (Artesão) (Consumidor) 
2º Ano 
Aula 10: Revoluções Industrial: O surgimento das fábricas 
 
Objetivo: Apresentar os fatores que, combinados, permitiram o 
desenvolvimento da revolução industrial na Inglaterra. Discutir as 
transformações no universo do trabalho decorrentes do surgimento das 
fábricas. Apresentar e debater as implicações da implantação do sistema fabril 
e do trabalho assalariado em larga escala para a consolidação do sistema 
capitalista. Para tanto será desenvolvido os conceitos de valor de uso/valor de 
troca, força de trabalho e mais-valia. 
Estrutura da Aula: 
1. O surgimento das fábricas e das máquinas. 
2. Trabalho assalariado, lucro e mais-valia. 
Planejamento da Aula: 
 
 
1. O surgimento das fábricas e das máquinas. 
 
• Revolução industrial: 
- Relações de trabalho: Representou a desestruturação do 
trabalho artesanal, substituído pelo trabalho assal ariado . 
- Relações de produção: Alteração da forma tradicional do 
trabalho artesanal e do espaço de trabalho → surgimento da 
fábrica e introdução das máquinas. 
• O surgimento das fábricas. 
LEMBRETE: Colocar novamente na lousa as principais 
características do trabalho artesanal 
- Início do processo: difusão do sistema puting-out (séc. XVII e 
XVIII) 
IMPORTANTE: Perda do controle da venda dos seus produtos por 
parte do artesão. (CIRCULAÇÃO ) 
 
I. As fábricas: 
o Os lucros resultantes do comércio de manufaturas l evam 
grandes comerciantes e mestres artesãos enriquecidos a 
investirem na produção de manufaturas e em formas de 
produção mais rentáveis . 
o Montagem de um sistema produtivo que combina a força 
de trabalho. (Fábrica) 
o Utilização de trabalho assalariado em larga escala. (Força 
de trabalho disponível nas cidades → camponeses que 
migraram devido aos cercamentos ) 
 
IMPORTANTE: O trabalho assalariado significou a perda do 
controle sobre as ferramentas de trabalho (MEIOS DE 
PRODUÇÃO) e do produto final do trabalho , já que ambos 
pertenciam agora ao dono da fábrica. 
 
II. As máquinas: A necessidade de aumentar o número de 
produtos produzidos em menos tempo leva a introdução 
paulatina de inovações técnicas . Os novos mecanismos de 
produção buscavam imitar o trabalho humano, mas em um ritmo e 
escala de produção maior. Esse processo ocorre primeiro na 
industria têxtil : 
o 1764 - James Hargreaves, na Grã-Bretanha, inventa a 
fiadora "spinning Jenny ", uma máquina de fiar rotativa 
que permitia a um único artesão fiar oito fios de u ma 
só vez. 
o 1765 - James Watt , na Grã-Bretanha, introduz o 
condensador na máquina de Newcomen, componente 
que aumenta consideravelmente a eficiência do motor a 
vapor. 
o 1780 - Edmund Cartwright , Grã-Bretanha, patenteia o 
primeiro tear a vapor. 
 
IMPORTANTE:(O homem como um animal também, grandes conflito com 
os valores religiosos da época) 
 
 
2. A evolução do Homem e a produção de cultura 
 
• Questão central: Quais as diferenças entre nós e os demais animais? 
Quando elas surgiram? Como as surgiram? 
 
a) A evolução humana: Aspectos biológicos e sociais. 
• As principais categorias distintivas: 
� Bipedia/Polegar opositor (auxilio no processo de caça, 
desenvolvimento da capacidade de produção de objetos) 
� Dentição (Capacidade de lacerar e triturar objetos, variação da 
alimentação – diversificação dos alimentos) 
� Desenvolvimento Cerebral (Capacidade intelectual superior, 
desenvolvimento da linguagem – produção de objetos e significados) 
→ Site: http://www.nhm.ac.uk/nature-online/life/human-origins/hominid-
skulls/index.html 
 
b) Produção de Cultura (produção de objetos e significados) 
• A produção de objetos – a produção de símbolos (significados) 
• O desenvolvimento da linguagem e a transmissão de conhecimento 
• A natureza e a construção da figura do sagrado (a construção das 
relações totêmicas – personificação da natureza) 
 
3. O período Paleolítico 
• Características gerais do Paleolítico (trecho inicial de Guerra do Fogo – 
Capítulos de 1 a 5): 
- Pequenos agrupamentos humanos 
- Sociedade caçadora e coletora 
- Nômade e extremamente dependente as condições naturais 
- Sem divisão social do trabalho 
- Produção de instrumentos a partir de pedras lascadas 
- Grande avanço técnico do período – a produção do Fogo (Alimentação, 
aquecimento, proteção) 
 
4. A dispersão do homem pelo mundo 
• Paleolítico → Comunidades de caçadores e coletores →Grupos 
nômades 
• Rotas de migração dos homens → Dispersão dos homens pelo globo 
(capacidade de adaptação aos mais diferentes climas) →Material 
Moderna Plus (Migrações humanas) 
 
 
1º Ano 
Aula 7: A Pré-História: Do período Paleolítico ao Neolítico 
 
Objetivos: Discutir os impactos do desenvolvimento das técnicas de produção 
agrícola e domesticação de animais para os grupos humanos do período 
neolítico. Trabalhar o conceito de modo de produção (no sentido de produção 
dos elementos necessários para a vida) e de excedente. 
 
Metodologia: Aula expositiva e análise de imagens 
 
Estrutura da Aula: 
1. A “Revolução Neolítica”. 
2. Do Paleolítico ao Neolítico: os impactos sociais da agricultura. 
3. As pinturas rupestres: o olhar sobre o mundo 
 
Planejamento da Aula: 
 
 
1. A “Revolução Neolítica”. 
• ± de 10 mil a.C. – desenvolvimento das técnicas de produção 
agrícola 
• Observação dos ciclos naturais e a domesticação de 
determinadas plantas de rico valor nutritivo (fontes de carboidrato) 
e domesticação de animais (fonte de proteínas) → Material 
Moderna Plus (Origens da Agricultura) 
- Oriente Médio e Região Mediterrânica: Trigo, Cevada, Paniço 
(na zona mediterrânica destaca-se a plantação de oliveiras) 
- Ásia: Arroz 
- América: Milho e tubérculos (como a batata e a mandioca) 
• Processo de desenvolvimento desigual dessas técnicas ao redor 
do mundo 
- Oriente Médio e África: 8 mil a.C. 
- Europa: 6.500 mil a.C. 
- Ásia (Índia e China): 7 mil a.C. 
- América: 4.500 a.C. 
• Segundo pesquisas, é provável que a agricultura tenha sido a 
princípio uma atividade feminina – Nota: Nas sociedades pré-
históricas as mulheres desempenhavam um papel importante, 
sendo muitas vezes associadas a figura divina de uma Deusa. 
Isso explica-se devido a relação entre a figura feminina e a 
fertilidade. 
• O desenvolvimento da agricultura permite ao homem pela 
primeira vez sair da condição de subsistência e produzir mais do 
que o necessário para sobreviver (excedente agrícola) 
• Criação de um laço profundo entre os ciclos naturais e o homem, 
agora como cultivador (Analise dos cantos de trabalho) 
• Surge a necessidade de contar o tempo e organizar o trabalho 
agrícola. Começa-se a se desenvolver os primeiros calendários. 
 
 
2. Do Paleolítico ao Neolítico: os impactos sociais da agricultura. 
• Com o desenvolvimento das técnicas agrícolas se processam 
grandes transformações: 
- novas tecnologias: cerâmica (armazenamento da produção 
agrícola), arado de pedra ou madeira, roda (transporte). 
- processo de sedentarização (a produção do próprio alimento 
permite a fixação de populações em um território) – formação de 
pequenos núcleos urbanos. Importante: O domínio da agricultura 
não significa necessariamente a sendentarização, provavelmente 
muitas comunidades mantiveram-se como nômades ou semi-
nômades. 
- Aumento demográfico (necessidade de reestruturar a relações 
sociais e de aumentar a produção agrícola) 
 
Quadro Resumo 
 
Paleolítico Neolítico 
Coletores e Caçadores Agricultores e Pastores 
Nômades Sedentários 
Pequenos grupos Núcleos urbanos 
Sem grande divisão social Divisão social do trabalho 
 
 
3. As pinturas rupestres: o olhar sobre o mundo 
a) Etapas da análise de uma imagem 
• Descrição (processo de decomposição da imagem) 
- Quais são os elementos presentes nela? 
- Como eles estão dispostos na imagem? 
- Eles estabelecem alguma relação entre si? 
- Que cores são utilizadas na composição da imagem? 
• Interpretação da imagem (construção de hipóteses) 
- A partir dos elementos levantados na descrição, qual o 
significado da imagem? 
- Qual o objetivo do autor da imagem ao produzi-la? 
- Quais características da sociedade que produziu esta imagem 
podem ser deduzidas a partir da análise da imagem? 
b) A pintura rupestre como reprodução da concepção de mundo pré-
histórica. 
 
1º Ano 
Aula 8: A Pré-História: Período Neolítico (O surgimento do Estado) 
 
Objetivos: Apresentar o processo de divisão social do trabalho no interior dos 
grupos humanos neolíticos, a constituição de grupos sociais e de hierarquias 
no interior dessas comunidades, assim como o processo de constituição do 
Estado como instituição organizadora e instrumento de apropriação do 
excedente por parte dos grupos sociais no poder. 
Metodologia: Aula expositiva 
Estrutura da Aula: 
1. O surgimento dos grupos sociais. 
2. A constituição dos Estados. 
 
Planejamento da Aula: 
1. O surgimento dos grupos sociais. 
• Aumento demográfico – formação de núcleos urbanos próximo a 
áreas favoráveis a agricultura (regiões em que as características 
geográficas favoreciam a agricultura) → Material Moderna Plus 
(Primeiras Cidades) 
• Com o crescimento das aldeias começa a se intensificar a 
especialização dentro do universo do trabalho 
- camponeses 
- artesãos 
- comerciantes (a partir do momento que se estabelecem ligações 
entre núcleos urbanos) 
- guerreiros (proteção do território e a execução da guerra) 
- sacerdotes (ligação com o mundo espiritual) 
 
• A divisão social do trabalho se constitui com a separação entre 
trabalho manual (a produção do excedente) de trabalho intelectual 
– processo ligado à apropriação do excedente por uma classe 
dominante (Guerreiros e Sacerdotes) 
 
• As culturas de irrigação: formação de núcleos urbanos nos vales 
de grandes rios (processo natural de irrigação das áreas de 
várzeas devido ao ciclo de cheias e seca desses rios) 
- África: Vale do rio Nilo – 3.200 a.C. 
- Mesopotâmia (Oriente Médio): Vale dos rios Tigre e Eufrates – 
3.200 a.C. 
- Índia: Vale do rio Indo – 2.500 a.C. 
- China: Vale do rio Huang (Amarelo) – 2.000 a.C. 
• No caso do continente americano temos a formação de grandes 
civilizações em áreas com características diferentes, como na 
região Andina e na Mesoamérica – por volta de 2.000 a.C. 
 
2. A constituição dos Estados. 
• Com a formação de grupos dominantes começa a se constituir um 
sistema de controle e coerção (formação de um corpo 
administrativo – burocracia – e do monopólio da força – exército) 
• O desenvolvimento da escrita – registro da produção e da 
arrecadação do Estado (depois utilizada para outros fins) 
• Processo de centralização do poder – construção de Estados 
centralizados – figura do governante ou do sacerdote (intima 
relação entre religião e poderA introdução das máquinas nas fábricas 
permitiu a contratação de mão-de-obra cada vez meno s 
especializadas já que os trabalhadores passaram apenas a 
operar as máquinas que produziam os produtos (SABER/FAZER ) 
 
III. O Trabalho assalariado 
 
• A industrialização leva a generalização do trabalho assalariado 
 
IMPORTANTE: Desestruturação do trabalho artesanal (com o 
sistema fabril) criaram um enorme exército de reserva de mão-de-obra 
(trabalhadores que possuíam apenas a sua força de trabalho) 
 
• Questão chave: Quais as principais características do trabalho 
assalariado? 
 
a) A diferença entre força de trabalho (capacidade humana de 
produzir algo) e trabalho (resultado do trabalho humano, 
natureza transformada) 
b) Trabalho assalariado: trabalho em troca de dinheiro → venda da 
força de trabalho (transformação da capacidade de produzir em 
mercadoria). Conseqüentemente o trabalhador perde o controle 
do que produz (o resultado do emprego da sua força de trabalho 
é apropriado pelo empregador) 
 
• Questão chave: O que determina o valor da força de trabalho 
(salário)? 
 
c) O que determina o valor da força de trabalho (salário) é o valor 
dos artigos necessários para a produção e reproduçã o da 
força de trabalho (comida, moradia, educação, transporte, etc. 
do trabalhador e de sua família) 
 
IV. O espaço fabril e a disciplinarização do corpo. 
o A máquina e alienação do trabalhador – repetição do 
movimento – o tempo determinado pela máquina e não pelo 
trabalhador. 
o A disciplina dentro da fábrica – tempo mecânico se 
sobrepondo ao tempo biológico → Supressão da tradição 
camponesa e artesã (Fim da segunda-feira santa) 
o A arquitetura da fábrica e o condicionamento do cor po (o 
processo de disciplinarização do trabalhador) → Organização 
do espaço e da rotina como forma de controlar o trabalhador. 
o Trabalho de campo: Observação do espaço da escola e 
comparação com o espaço da fábrica – século XVIII e a 
consolidaçãod e formas de controle sobre os homens. 
o A criação de espaços e instrumentos de disciplinariza ção : 
A fábrica, a escola e o hospital. 
 
2. Valor, mais-valia e lucro. 
 
• Questão chave: Para a burguesia a industrialização representou 
um aumento da sua riqueza? 
 
• Para responder a essa questão precisamos determinar se a 
industrialização aumentou o lucro dessa classe . Portanto 
devemos nos perguntar de onde vem o lucro em uma sociedade 
industrializada? 
 
I. O valor 
 
a) A relação de oferta e procura, observada a longo praz o, não 
leva a alteração de um valor geral de uma dada mercadoria. 
b) Para determinar a origem do lucro é preciso antes compreender 
o que confere a uma determinada mercadoria seu valor geral . 
c) Um determinado produto possui dois tipos de valor : valor de 
uso (determinado pelas características do produto) e valor de 
troca (valor expresso na relação de troca das mercadorias). 
- Questão chave 1: O que permite a troca de produtos com 
características diferentes (valores de uso diferent es)? 
- Necessidade de um elemento comum para possibilitar essa 
troca. 
- Questão chave 2: Qual o elemento comum expresso no 
valor de troca? 
 
d) Elemento comum de todas as mercadorias: São produtos do 
trabalho humano , portanto o que confere valor aos produtos é o 
trabalho humano. 
 - Questão chave: Como quantificar isso? 
 - Através da quantidade de tempo socialmente necessário de 
produção. 
- Síntese: VALOR = QUANTIDADE DE TEMPO TRABALHO 
(Socialmente necessário) 
 
 
II. A mais-valia e a origem do lucro 
 
a) Tendo discutido a questão da origem do valor das mercadorias, 
voltemos para a questão do lucro 
b) Elementos que compõem a produção industrial 
- Meios de produção : Máquinas, galpão da fábrica, energia, 
matéria prima (por serem gastos constates chamaremos de 
Capital Constante ) – IMPORTANTE: Todos estes elementos são 
resultados de trabalhos humanos a anterior ( trabalho morto ) 
e portanto possuem valor (custo para o dono da fábrica) e vão 
agregar valor a mercadoria produzida. 
- Salários : determinado, como vimos pelo valor dos bens 
necessários para produção e reprodução da força de 
trabalho . (Como esse valor pode variar por conta de uma série de 
fatores econômicos e políticos, denominamos de Capital 
Variável ) 
c) Ao vender sua força de trabalho ao longo da sua jornada de 
trabalho , o trabalhador produz valor que é apropriado pelo 
empregador . Nele estão compensados os custos da 
produção, o valor dos salários e o lucro . 
Ex: Um trabalhador tem uma jornada de trabalho de 12 horas. 
Recebe por dia 2 reais (valor de sua força de trabalho), os custos 
para a produção são de 4 reais por dia. Ele produz por hora 2 
reais. Em três horas ele paga, através do emprego da sua força 
de trabalho, os custos do salário (CV) os custos da produção 
(CC), mas ainda trabalha mais 9 horas, produzindo mais 18 reais 
apropriados pelo empregador (trabalho não remunerado ou mais-
valia) 
d) Valor de uma mercadoria = Capital Constante + Ca pital 
Variavel + Lucro (Mais-valia) 
 
 
2º Ano 
Aula 11: Revoluçãos Industrial: O movimento operário 
 
Objetivo: Debater a implantação de uma disciplina de trabalho dentro do 
ambiente fabril através da coerção do corpo, do tempo e do espaço. Debater a 
constituição de uma sociedade do controle, comparando com ouros espaços 
surgidos nesse período: a escola, a fábrica e o hospital. 
Estrutura da Aula: 
1. O conceito de classe 
2. As cidades industriais inglesas. 
3. As condições de trabalho na Inglaterra industrial. 
4. A formação do movimento operário. 
Planejamento da Aula: 
1. O conceito de classe 
• Qual a origem do conceito de classe → origem romana 
(classificação por propriedade) 
• Idade Média e Idade Antiga → construção de uma sociedade 
estamental (utilização de outros termos como ordem, Estado, grau, 
etc.) 
• Transformações históricas → Revolução Industrial, Independência 
dos EUA e Revolução Francesa →Desestruturação da ordem 
estamental, necessidade de utilizar um novo conceit o: Classe 
• Classe: grupo social determinado por aspectos 
socioeconômicos. 
 
2. As cidades industriais inglesas. 
• Passagem do século XVIII para o século XIX → Migração para os 
centros industriais (como Liverpool e Manchester) e para Londres 
da população camponesa (cercamentos) e de pequenas cidades do 
interior (desestruturação do trabalho artesanal) 
• Rápido aumento demográfico nos centros urbanos (Análise dos 
gráficos) e adensamento populacional (maior número de pessoa 
em um mesmo espaço) → MUDANÇA DA PAISAGEM URBANA 
• Questão central : Onde viviam os trabalhadores e em que 
condições? 
• A formação dos bairros operários → Precariedade das habitações, 
inexistência de redes de saneamento, pauperização das condições 
de vida dos trabalhadores. (Análise das imagens) 
• Constituição de uma segregação sócioespacial no interior da 
cidade (Relação de classe construindo o espaço da cidade) 
• A formação da multidão – idéia da modernidade e do anonimato 
(interessante pensar a dupla visão que isso causa para os 
observadores da época – a idéia de mudança e de uma 
decadência da sociedade) 
 
3. As condições de trabalho na Inglaterra industrial. 
• Questão central: Quais eram as condições de trabalho durante a 
Revolução Industrial? 
• Utilização dos filmes Daens e Germinal e de textos de época para 
caracterizar as condições de trabalho no início da Revolução 
Industrial. 
• Características gerais das condições da classe trab alhadora na 
Inglaterra: 
 
o Extensas jornadas de trabalho 
o Baixos Salários 
o Exploração do trabalho feminino e infantil 
o Inexistência de descanso remunerado e de direitos 
trabalhistas 
o Péssimas condições de trabalho e constantes multas 
 
4. A formação do movimento operário. 
• As tradições de organização, reivindicação e pensament o 
radical dos trabalhadores inglesas: 
- O pensamento radical protestante 
- A idéia de direito do cidadão inglês (CommonLaw) 
- Os motins da fome (ação direta e organizada) 
• O Movimento Ludista 
- Movimento organizado dos artesãos em oposição as 
transformações causadas pela introdução do sistema fabril e 
pauperização das condições de vida. 
- Características gerais : Organização coletiva e acão direta dos 
trabalhadores. 
• A formação dos sindicatos 
- Origem : Organização de caixas de mútua-ajuda → ajuda aos 
operários acidentados ou doentes para se transformar em fundo de 
greve. 
- Formação dos sindicatos: Organização de trabalhadores para 
reivindicar melhores condições de trabalho . 
- Forma de atuação: GREVE - Interrupção da produção como forma de 
pressionar os empregadores 
IMPORTANTE: Os sindicatos representam a formação de uma 
consciência de classe entre os trabalhadores. 
- The Peterloo (1819) : Exército inglês que estavam na França foram 
trazidos para a Inglaterra para conter as greves em Manchester. 
Massacre dos trabalhadores ingleses na praça St Peter. 
• O Movimento Cartista (1ª metade do século XIX) 
- Movimento social dos trabalhadores ingleses reivindicando reformas 
sociais (Carta ao Parlamento) : 
o Sufrágio universal masculino(o direito de todos os homens 
ao voto); 
o Voto secreto através da cédula; 
o Eleição anual; 
o Igualdade entre os direitos eleitorais; 
o Participação de representantes da classe operária n o 
parlamento; 
o E que os parlamentos fossem remunerados. 
2º Ano 
Aula 12: Revolução Francesa: O Antigo regime na França 
 
Objetivos: Apresentar as contradições e tensões sociais da sociedade 
francesa no final do século XVIII, discutir os elementos que levaram a crise da 
monarquia francesa nas décadas de 1770 e 1780, apresenta os fatos que 
culminaram na convocação dos Estados Gerais e desencadearam a Revolução 
Francesa. 
Estrutura da Aula: 
1. O Antigo Regime na França 
2. A crise da monarquia francesa (1770 – 1780) 
3. A convocação dos Estados Gerais 
 
Planejamento da Aula: 
1. O Antigo Regime na França 
 
Importante: Contradições da sociedade francesa: Do ponto de vista 
jurídico e político estava organizada de maneira estamental , do ponto de 
vista social e econômico através de relações capitalistas (mercantil). 
 
a) A sociedade francesa 
• Juridicamente e politicamente estava dividida em tr ês Estados 
(organização social derivada da Idade Média): 1º Estado (o Clero); 
2º Estado (Nobreza); 3º Estado (A plebe, ou o povo Frances) 
• O 1º e 2º Estado possuíam diversos privilégios feudai s (taxas e 
tributos) assim como poder político e acesso a corte real. 
• Importante: Estavam isentos também dos impostos do Estado . 
Correspondiam a aproximadamente a 3% da sociedade francesa 
da época. 
• 1º Estado: O Clero (sustentado pelos impostos eclesiáticos como o 
dízimo e dos rendimentos da Igreja) 
- Alto Clero (origem nobre, possuíam o domínio político da Igreja) 
- Baixo Clero (formado por integrantes das camadas populares, 
ocupavam as paróquias no interior e em algumas cidades) 
• 2º Estado: A Nobreza (sustentada pelos direitos feudais sobre o 
campesinato livre e por pensões do Estado) 
- Nobreza de Espada (Famílias de linhagens antigas, podia ser tanto 
provincial como membro da corte) 
- Nobreza Togada (Formada por membros da burguesia que haviam 
adquirido títulos de nobreza, parte do Estado frances como 
funcionários reais) 
 
• 3º Estado: O povo francês (correspondia a 97% da população 
francesa) 
• Importante: O 3º Estado era formado por grupos muito distintos 
socialmente. 
- Burguesia 
o Alta burguesia (formada pelos grandes comerciantes ligados 
principalmente exportação de produtos manufaturados e 
banqueiros) 
o Pequena burguesia (formada principalmente por comerciantes, 
profissionais liberais, artesãos e funcionários públicos) 
- Trabalhadores urbanos assalariados (Chamados também de Sans 
Coulottes) 
- Camponeses (pequenos proprietários ou arrendatários) 
 
 
� Analise das Gravuras : Discutir a relação entre os Estados franceses e 
a percepção do 3º Estado sobre tal situação. Pergunta chave: 
 
• Síntese: Grande descompasso entre a estrutura socio econômica 
francesa (relações de classe e capitalistas) e a ordem estamental 
do Antigo Regime. Fortalecimento do sentimento de exploração por 
parte do chamado 3º Estado em relação a monarquia e o 1º e 2º Estado. 
 
b) A economia francesa 
• Economia organizada através de uma forte política mercantilista 
controlada por um Estado centralizador (monarquia absolutista) 
• Economia ainda majoritariamente rural . Possuia um campesinato 
livre , na maior parte das vezes donos das terras, mas subordinadas 
aos direitos feudais . 
• Desenvolvimento no século XVIII de uma forte indústria manufatureira 
(produtos de luxo) 
• As principais cidades possuíam grandes centros manufatureiros (Paris, 
Toulon, Marselha) 
• Séc. XVIII – Disputa com a Inglaterra pelo controle do comércio 
internacional. 
 
2. A crise da monarquia francesa (1770 – 1780) 
• Décadas de 1770 e 1780 : crise da economia francesa e aumento 
das tensões sociais. 
• Elementos da crise: 
� A questão fiscal (descompasso da balança comercial francesa e 
endividamento do Estado) 
- Gastos excessivos para sustentar o 1º e o 2º Estado (Corte), 
agravado pela isenção destes Estados dos impostos r eais . 
- Balança comercial deficitária . 
- Aumento dos impostos e tributos feudais (reação da nobreza 
diante da crise, aumento da exploração do campesinato) 
� Desastre da política externa francesa : Dívidas contraídas pelo 
Estado francês em guerras como a Guerra dos 7 anos (1756 – 1763) 
e da Guerra de Independência dos EUA (1776 – 1781) 
� Declínio da produção de alimentos (década de 1780 devido a 
alteração das condições climáticas.) 
Consequencias: 
- Escassez de alimentos 
- Alta dos preços 
- Fome 
 
3. A convocação dos Estados Gerais 
• Reinado de Luis XVI (1774-1791) → Tentativas para conter os 
problemas financeiros fracassam sucessivamente . 
• 1774 – Luis XVI nomeia para o cargo de ministro das finanças Anne 
Robert Jacques Turgot →inspirado nos pressupostos teóricos do 
iluminismo e do liberalismo econômico, Turgot propõe uma série de 
reformas econômicas, inclusive do ponto de vista fi scal . Pressão da 
nobreza e do clero levam o rei a demiti-lo em 1776 . 
• 1776 – Jacque Necker é nomeado ministro das finança s por Luis 
XVI → Necker, embora menos radical que Turgot, também pro põe 
reformas na estrutura fiscal francesa . Em 1781 é demitido pelo rei , 
também por pressão do clero e da nobreza. 
• 1781 – 1788 – “Ciranda dos Ministros” – sucessão de ministros das 
finanças sem conseguir resolver os problemas econômicos da França. 
 
• Questão Central: Para solucionar a crise econômica francesa era 
preciso acabar com os privilégios do 1º e 2º Estado, algo que o Rei não 
ousava e nem tinha intenção de fazer (lembrete: estes grupos sociais 
sustentavam o estado absolutista) 
 
• 1788 – Necker é nomeado novamente ministro das fina nças – para 
resolver esse impasse propõe ao rei a convocação dos Estados 
Gerais (assembléia de origem feudal e que tinha a função de aconselhar 
o rei – ultima convocação fora em 1614) 
2º Ano 
Aula 13: Revolução Francesa: A Assembléia Nacional 
 
Objetivos: Apresentar os principais eventos que marcaram a primeira fase da 
Revolução Francesa. Discutir as transformações desencadeadas pela 
Revolução Francesa dentro da sociedade francesa, assim como os grupos 
políticos ativos dentro desse período. 
Estrutura da Aula: 
1. As fases da Revolução Francesa 
2. O Conceito de Revolução 
3. Os Estados Gerais e a Revolução 
4. A Assembléia Nacional 
 
Planejamento da Aula: 
1. As fases da Revolução Francesa 
• Os períodos da Revolução Francesa: 
- Assembléia Nacional (1789 – 1792) 
- Convenção Nacional (1792 – 1795) 
- Diretório (1795 – 1799) 
 
2. O Conceito de Revolução 
• O termo refere-se à tomada ilegal, usualmente violenta, do poder que 
produz uma mudança fundamental nas instituições de governo .• Revolução vista como um processo , construído a partir de uma 
série de eventos que culminam na transformação do regime político 
(revolução política ) ou, quando mais profunda, culminam em 
transformações das relações sociais (revoluções sociais ) 
• Revolução Francesa como paradigma para o conceito 
contemporâneo de revolução (superação do sentido de revolução 
como ciclo) 
 
3. Os Estados Gerais e a Revolução 
• 1788/89 – Convocação dos Estados Gerais – eleição para os 
representantes de cada Estado mobilizam a França (processo de 
mobilização política dentro do 3º Estado) 
• Importante: As votações dentro dos Estados G erais era 
realizadas através do voto por Estado 
• Análise do texto: O que é o terceiro Estado[ 
• Mobilização política dos integrantes do 3º Estado 
• Pressão para o aumento do número de representantes do 3º 
Estado (elevado para o número de 600 representantes) 
• Maio de 1789 – Abertura dos Estado Gerais → Reivindicação dos 
3º Estado para a implantação do sistema de votação por cabeça . 
• Recusa do Rei Luis XVI as reivindicações do 3º Esta do 
• Junho de 1789 – em resposta ao rei realiza-se o Juramento da 
Sala de Pela – reunião do 3º Estado e de membros simpatizantes 
dos outros dois estados e o comprometimento em criar uma Carta 
Constitucional para a França 
• Luis XVI determina o fechamento dos Estados Gerais, mobiliza 
as tropas e ordena a prisão dos membros do 3º Estad o. 
• Reação popular as medidas tomadas pelo Rei : 
• Análise das imagens: O despertar do 3º Estado 
 
- Cidade: levante dos sans coulottes (trabalhadores urbanos 
assalariados) em Paris, apoio aos representantes do 3º Estado → 14 de 
julho de 1789 – tomada da Bastilha (depósito de armas e símbolo do 
poder absolutista) 
• Análise das imagens: Os Sans-Coulotes e A Queda da Bastilha 
 
- Campo: Grande Medo - Levante camponês contra a nobreza e a 
Igreja nas provinciais. 
• Análise do Texto : A queima dos senhorios eclesiásticos 
 
Importante: O apoio popular aos representantes do 3º Estado e suas 
reivindicações permite confrontar as forças reais. O 3º Estado se auto-
proclama Assembléia Nacional e assume o poder político da França, 
assim como a incumbência de construir uma Constituição para o país. O 
Rei é obrigado a ceder devido a pressão popular. 
 
4. A Assembléia Nacional (1789 -1792) 
• As primeiras medidas revolucionárias : 
� 1789: 
- Abolição dos direitos feudais (medida implementada para 
conter os levantes camponeses) 
- Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão 
Elementos para a análise de documento: 
o Caráter ecumênico e universal expresso no documento. 
o A questão da nação: elemento novo dentro do cenário 
político – quebra da idéia de identidade em relação ao 
monarca – dimensão do poder como expressão 
popular. 
o Os direitos naturais e a questão da liberdade, da 
igualdade jurídica e da preservação da propriedade. 
 
� 1790: Constituição Civil do Clero – processo de laicização 
do estado francês e subordinação da Igreja ao Estado 
 
• Os grupos políticos dentro da Assembléia Nacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Importante: No decorrer dos anos de 1789 e 1791 a Assembléia 
Nacional foi controlada pelos Girondinos . 
• 1791 – 1ª Constituição francesa (Influência direta do programa 
político Girondino): Instituição da Monarquia Constitucional. 
Estabelecimento do voto censitário. 
 
Girondinos 
Planície 
Jacobinos 
(Direita) 
(Centro) 
(Esquerda) 
(Grande burguesia) (Pequena burguesia) 
Programa Político 
Radicais 
República 
Programa Político 
Conservadores 
Monarquia Constitucional 
2º Ano 
Aula 14: Revolução Francesa: A Convenção Nacional e o Diretório 
 
Objetivos: Apresentar os principais eventos que marcaram a segunda e 
terceira fase da Revolução Francesa. Discutir os efeitos das guerras contra a 
Coligação das monarquias absolutistas e as transformações desencadeadas 
pela ascensão ao poder dos Jacobinos durante o período. 
Estrutura da Aula: 
1. A contra-revolução e a queda da Assembléia Nacional 
2. A Convenção Nacional (1792-1795) 
3. O Diretório (1795 – 1799) 
Planejamento da Aula: 
1. A contra-revolução e a queda da Assembléia Nacional 
• Emigração da nobreza → Medo das conseqüências da Revolução 
Francesa. 
• Organização de movimentos contra-revolucionário. 
- Interno: Revolta da Vendéia (revolta camponesa organizada pela 
nobreza provincial e do clero) 
- Externo: Coligação das monarquias absolutistas (nobreza emigrada 
+ monarquias absolutistas européias) – invasão do território francês e 
derrotas seguidas dos exércitos revolucionários. 
• Situação agravada pela tentativa de fuga de Luis XV I – aumento das 
tensões dentro da Assembléia Nacional – perda do controle político 
por parte dos Girondinos. 
 
2. A Convenção Nacional (1792-1795) 
• Declaração da “Pátria em perigo” – mobilização total da população 
francesa em nome da Revolução (alistamento em massa, confisco de 
cereais para abastecer as tropas) 
• Início da hegemonia política dos jacobinos e radicalização da 
Revolução Francesa → Amplo apoio dos sans-coulottes (absorção 
dos anseios políticos deste grupo pelos jacobinos) 
• Instituição da política do Terror: perseguição, prisão e execução dos 
contra-revolucionários e inimigos políticos . (A guilhotina) 
• Dissolução da Assembléia Nacional e criação da Conv enção 
Nacional (elaboração de uma nova Constituição ) 
 
• Organização política: 
- Executivo organizado a partir de comitês eleitos : Comitê de 
Salvação Pública e Comitê de Segurança Pública (Controlado pelas 
lideranças jacobinas : Danton, Robespierre , Marat e Saint-Just) 
- 1793 – Nova Constituição – República popular e sufrágio 
masculino (inspirada em Rosseau) 
• Principais medidas dos jacobinos: 
- Julgamento e execução pública de Luis XVI e da famí lia real 
- Organização do exército revolucionário (Guarda Nacional → o 
povo em armas – exército baseado na meritocracia ) →A Marselhesa 
(análise da letra) e vitória na Batalha de Valmy – a partir daí inversão da 
situação da guerra. 
• Análise da Música: A marselhesa 
- Reforma agrária → Confisco das terras da Igreja e da nobreza 
emigrada 
- Lei do Máximus – congelamento dos preços e dos salários. 
 
• Análise de Texto: A Lei do Máximo 
 
- Criação de um novo sistema de medidas (racionalização do espaço 
– sistema métrico) e um novo calendário (laicização do tempo) 
• Processo de radicalização da revolução e de central ização do poder 
nas mãos dos Jacobinos (Figura política de Robespierre) → 
Perseguição a membros da Gironda e moderados entre os Jacobinos – 
isolamento de Robespierre. 
• Importante: O limite da ação radical dos jacobinos era a 
propriedade privada . Isso leva a perda do apoio dos Sans-Coulottes 
que pressionavam por medidas mais radicais na busca da igualdade 
econômica. 
 
• 1794 – Queda de Robespierre, julgamento e execução pública 
 
3. O Diretório (1795 – 1799) 
• Formação de um governo de orientação liberal e sem nenhum 
apoio político significativo (formado pelos remanescentes da 
Gironda e membros mais conservadores entre os Jacob inos ) 
• 1795 - 3ª Constituição Francesa 
- Voto censitário (retomada da divisão entre cidadãos ativos e 
passivos) 
- Parlamento bicameral 
- Poder executivo governado por um conselho de 5 dire tores 
eleitos 
• Crise econômica crônica (processo inflacionário) 
• Crise Institucional : constantes insurreições contra o Diretório 
- 1796 – Conjura dos Iguais (Graco Babeuf) 
 - Insurreições monarquistas 
• A única instituição que contava com prestígio e apoio popular era o 
exército revolucionário – destaque para um jovem general francês 
– Napoleão Bonaparte . 
• Articulação de um golpe de Estado por parte da burguesia: 
necessidade de estabilidade econômica e política (paz) → golpe de 
18 de Brumário de Napoleão Bonaparte derruba o Dire tório . 
2º Ano 
Aula 15: O período napoleônico e o Congresso de Viena (1799 – 1815) 
 
Obs: Aulapara duas entradas 
 
Objetivos: Discutir o processo político que levou a ascensão de Napoleâo 
Bonaparte ao poder. Debater as principais reformas políticas realizadas 
durante seu governo e a construção da sua imagem, primeiro como herói da 
Revolução e depois como Imperador. Discutir os impactos geopolíticos das 
guerras napoleônicas, assim como suas conseqüências para a Europa após a 
sua queda. Apresentar as principais diretrizes do Congresso de Viena e da 
restauração. 
Estrutura da Aula: 
1. Napoleão Bonaparte e a carreira aberta ao talento 
2. O 18 de Brumário e o período do Consulado 
3. O império 
4. As guerras napoleônicas 
5. O Congresso de Viena e a Restauração 
Planejamento da Aula: 
1. Napoleão Bonaparte e a carreira aberta ao talento. 
 
• Séc. XIX e o mito de Napoleão Bonaparte → personificação da 
idéia de self made man (a carreira aberta ao trabalho) – ideal liberal 
de ascensão social devido ao mérito e ao trabalho. 
• Napoleão Bonaparte como um homem da Revolução : ascensão 
social ligada as guerras travadas pelo exército rev olucionário 
Frances (mérito e coragem em batalha) – de oficial de artilharia foi 
promovido a general aos 24 ano (Durante a República Jacobina) → 
Destaca-se na Campanha da Itália e do Egito. 
• Análise das imagens de Napoleão como herói da Revol ução. 
(imagens 1 e 2) 
• Importante: A construção da imagem de Napoleão Bonaparte 
como herói da revolução e como líder – utilização e mobilização 
da opinião pública – elementos fundamentais para compreender o 
processo de centralização do poder empreendido por ele. 
 
 
2. O período do Consulado (1799 – 1804) 
 
• Constituição de 1799 – início de um processo de centralização do 
poder político nas mãos de Napoleão Bonaparte 
• Instauração do Consulado no lugar do poder executiv o (a princípio 
formado por três cônsules) 
• Processo de centralização política: consulado trino → consulado 
uno (Napoleão Bonaparte: controle do poder executivo e das forças 
armadas) 
• 1802 – O Senado transforma Napoleão Bonaparte em cônsul 
vitalício 
• Reformas administrativas : 
- Reestruturação da administração pública francesa (divisão do 
território em 82 departamentos) → administradores escolhidos 
diretamente pelo poder central 
- Organização das finanças públicas (controle da inflação): 
o Criação do Banco da França e do Franco (controle monetário ) 
o Reorganização e centralização da cobrança de impost os 
o Incentivo ao desenvolvimento industrial (Apoio da burguesia 
francesa) 
- Criação do ensino público para formar mão-de-obra especializada 
(Liceu de Artes e Escola Politécnica) 
- Elaboração do Código Civil (Napoleônico) – consolidação das 
reformas implantadas pela Revolução Francesa (como a reforma 
agrária – apoio da população camponesa) 
3. O império 
 
• 1804 – Através de um plebiscito Napoleão é aclamado Imperador → 
A cerimônia de auto-coroação (poder concedido por ele mesmo – quebra 
da tradição e subordinação a Igreja) 
 
• Análise das imagens 3 e 4 e comparação das imagens de Napoleão 
Bonaparte. 
 
• Organização de uma coligação anti-francesa : 
- Monarquias Absolutistas européias : temor que os ideais 
revolucionários se espalhassem e levassem a derrubada dos regimes 
absolutistas. 
- Inglaterra : Destruição de um possível rival econômico. 
 
 
 
4. As guerras napoleônicas (1804 – 1815) 
• Diante da ameaça estrangeira o exército Frances assume uma 
posição ofensiva → Campanha da Prússia e da Itália – conquista 
de novos territórios baseados em campanhas rápidas. (ataque e 
saque ) 
• Apoio de parte da população local as tropas napoleô nicas 
(insatisfação com as monarquias absolutistas) – reestruturação 
administrativa dessas regiões e implantação dos valores e 
reformas sociais da Revolução Francesa nos territór ios 
dominados . 
• 1805 – Batalha de Trafalgar (marítima) – derrota da marinha 
francesa inviabiliza os planos de Napoleão de invadir a Inglaterra 
(seu principal rival). 
 
• Análise de mapa 2 da imagem 5. 
 
• 1806 – Instituição do Bloqueio Continental (imposição de um 
embargo econômico a Inglaterra) 
• Objetivos: Isolar a Inglaterra economicamente e enfraquecê-la 
para poder invadi-la (baseado no controle militar que a França tinha 
do continente) 
• 1808 – Invasão da Península Ibérica (as tropas napoleônicas 
derrubam as monarquias portuguesa e espanhola – o trono de 
ambas é passado ao irmão de Napoleão, José Bonaparte) 
• Insurreição espanhola – primeiras derrotas das tropas 
napoleônicas. 
Importante: A França não consegue suprir as necessidades de 
produtos industriais da Europa , o que leva muitos países a desafiar o 
Bloqueio Continental 
 
• 1812 – A Rússia quebra o bloqueio continental – país 
eminentemente agrícola e dependente da produção industrial inglesa 
→ Resposta francesa, invasão da Rússia com um exército de 600 
mil homens 
• As tropas russas utilizaram-se da tática de guerrilha, forçando a 
entrada do exército frances em seu território (destruição dos campo e 
plantações para enfraquecer o exército invasor) 
• 1813 – Após tomar Moscou, Napoleão é obrigado a recuar 
(devido a chegada do inverno russo e da falta de mantimentos) 
→Ataque dos exércitos russo e duras perdas no exérci to 
napoleônico (Napoleão perde mais de 500 mil homens. 
• 1814 – O exército russo invade a França em perseguição a 
Napoleão e toma a cidade de Paris (Napoleão é exilado na ilha de 
Alba – Mediterrâneo .) 
• 1815 – Napoleão foge da ilha e retorna a França, assumindo o 
poder novamente (governo dos 100 dias) – formação de uma nova 
coligação anti-francesa e derrota de Napoleão na Batalha de 
Walterloo – ele é exilado mais uma vez, na Ilha de Santa Helena 
(atlântico) 
 
 
5. O Congresso de Viena e a Restauração 
• 1815 – A derrota de Napoleão Bonaparte encerra o período das guerras 
napoleônicas. Na França a monarquia é restaurada (Luis XVIII – irmão 
de Luis XVI) 
• Importante: As guerras napoleônicas tinham alterado 
profundamente o mapa europeu , destituído monarquias, reorganizado 
administrativamente e juridicamente e abolido os direitos feudais em tais 
regiões. 
• Realização do Congresso de Viena (1815) : Reunião dos países 
vencedores para definir o destino da França e do restante da Europa 
(Inglaterra, Rússia, França, Áustria e Prússia) 
• Princípios das decisões do Congresso de Viena 
- Restauração: restauração das monarquias absolutistas e das 
fronteiras anteriores a Revolução Francesa 
- Princípio de legitimidade: garantia de legitimidade dos reis sobre 
seus reinos – defesa incondicional do absolutismo 
• Análise do mapa 3. 
- Concerto europeu : manutenção do equilíbrio europeu 
o Acordo mútuo entre os países participantes para evitar um 
novo conflito de ordem continental 
o Manutenção das fronteiras francesa, nova constituição 
francesa de caráter absolutista e pequenas indenizações 
de guerra 
Formação da Santa Aliança (Aliança militar entre Prússia, Rússia, Inglaterra e 
Austria) – oposição aos ideiais nacionalistas e liberais – devido a esses 
pressupostos a 
2º Ano 
Aula 16: O liberalismo e as Revoluções Liberais (1820 – 1830) 
Obs: Aula para 2 entradas 
 
Objetivos: Recuperar as bases históricas do pensamento liberal e suas 
principais características, tanto na sua vertente política, quanto econômica. 
Estabelecer a relação entre esta corrente de pensamento e o contexto histórico 
em que ela se constitui. Comparar o pensamento liberal do século XIX com a 
emergência do pensamento neoliberal do século XX. Debater a atuação da 
burguesia, enquanto classe revolucionária, nos levantes de 1820 e 1830, assim 
como a utilização do pensamento liberal para justificar tal atuação. 
 
Estrutura da Aula: 
1. As bases históricas do liberalismo 
a) O liberalismo econômico 
b) O liberalismo político 
2. As Revoluções Liberais (1820 – 1830) 
a) Os levantes de 1820 
b) Os levantes de 1830 
 
Planejamento da Aula: 
1. As bases históricas do liberalismo 
• Liberalismo :Correntedo pensamento desenvolvida no século XVIII – 
dentro do contexto iluminista – e que se opunha as características 
do Antigo Regime , tanto do ponto de vista econômico 
(mercantilismo ), quanto político (absolutismo ). 
• Possuí, portanto, duas vertentes : 
- liberalismo econômico; 
-liberalismo político; 
• Origem do pensamento liberal: Inglaterra, século XVII 
John Locke (1632 – 1704) 
→ Concepção da sociedade como reunião de indivíduos livremente 
associados (contrato social ) 
→ O Estado como resultado do contrato social , tendo como dever 
assegurar os direitos naturais do homem (direito a vida, a liberdade 
e a propriedade ) 
→Desenvolvimento da idéia do trabalho ( individual ) como elemento 
criador da propriedade privada , considerada por ele como origem da 
riqueza e direito inalienável do homem. 
 
a) O liberalismo econômico 
• Contexto histórico: Desenvolvimento comercial inglês (séc. XVII e 
XVIII) e Revolução Industrial (séc. XVIII e XIX) 
• Escola fisiocrata francesa (séc. XVIII): Defendia que a riqueza de 
uma nação se originava da produção agrícola e que somente o livre 
comércio poderia gerar riquezas para a nação . Oposição as 
intervenções do Estado na economia (pratica mercantilista) – “Lassez 
faire, lassez passer” 
• Adam Smith (ING, 1723 – 1790) – “A riqueza das nações” (1776) – 
desenvolvimento da economia como ciência – tentativa de 
compreensão de “leis econômicas” → Defesa da lei de oferta e 
procura como reguladora do comércio e responsável pelo 
desenvolvimento da nação – via a atuação individual como parte de 
um sistema econômico mais amplo. Defendia a não intervenção do 
Estado em assuntos econômicos. 
• Thomas Malthus (ING, 1766 – 1823) – “Ensaio sobre a população” 
(1803) - Tinha como princípio fundamental a hipótese de que as 
populações humanas crescem em progressão geométrica , enquanto 
os meios de subsistência tenderiam a crescer apenas em 
progressão aritmética . Malthus estudou possibilidades de restringir 
esse crescimento populacional. 
• David Ricardo (ING, 1772 – 1823) – “Princípio da Economia Política e 
tributação” (1817) – responsável pelo desenvolvimento da idéia de 
valor-trabalho e defesa do trabalho assalariado e do salário de 
subsistência como regulador social e econômico (questão da mais 
valia) → ponto fundamental para a economia moderna e para o 
desenvolvimento industrial. 
 
b) O liberalismo político 
• Jeremy Betham (ING, 1748 – 1832) - Princípios de Moral e de 
Legislação (1789) – defesa do utilitarismo como critério para a 
existência das instituições (mas a dimensão da utilidade dentro da 
concepção individualista de sociedade ) 
• John Stuart Mill ( ING, 1806 – 1873) – “Princípios da Economia Política” 
(1848) – defesa incondicional do individualismo e da liberdade 
individual . 
• Decorrências do liberalismo político: crítica as monarquias 
absolutistas . 
 
IMPORTANTE: Lição de casa comparando liberalismo e neoliberalismo 
 
2. As Revoluções Liberais (1820 – 1830) 
• Revolução Francesa – Modelo de ação revolucionária para a 
burguesia (liberal) e para as camadas populares 
• Formação de organizações secretas revolucionárias (idéia de 
fomentar levantes insurrecionais e tomada do poder através da 
mobilização popular) 
• Objetivo comum de todos os dissidentes : fim das monarquias 
absolutistas. 
a) Os levantes de 1820 
• Movimentos insurrecionais entre 1820 – 1822: 
- Espanha, Portugal, França (tentativa de instituição de 
monarquias constitucionais ); 
- Itália, Rússia e Grécia (levantes de caráter nacionalista contra a 
dominação territorial de um império supra-nacional ) 
• Destaque para a Revolução Liberal do Porto (POR) e a luta de 
independência da Grécia contra o Império Turco Otomano. 
 
b) Os levantes de 1830 
• Movimentos insurrecionais entre 1829 – 1834 (o epicentro foi 
novamente a França) 
• A Revolução de 1830 na França: 
- 1815 – 1830: A dinastia dos Bourbons foi restaurada na França 
(Luis XVIII – 1815 até 1824 – e Carlos X – 1824 até 1830) 
- Durante o reinado de Carlos X há uma tentativa de reviver as 
práticas absolutistas dos reis Bourbons . Criação de um 
antagonismo entre o Rei e a burguesia liberal – isso culmina nas 
Ordenações de Julho (1830) – censura a imprensa, dissolução 
da Câmara, governo através de decretos reais 
- Julho de 1830 : reação popular e da burguesia liberal radical 
(republicanos) contra as medidas de Carlos X – formação de 
barricadas pelas ruas de Paris. 
- A Dinastia dos Bourbons é derrubada – medo de uma 
radicalização do processo leva a alta burguesia (li beral 
conservadora) a levar ao poder Luis Felipe de Orlea ns (primo de 
Carlos X). Luis Felipe, rei pelo apoio da alta burguesia passa a 
ser conhecida como Rei Burguês – Instituição de uma monaqruia 
parlamentar liberal 
- Importante 1: A revolução de 1830 marca a separação entre 
liberais conservadores (alta burguesia ) e liberais radicais 
(pequena burguesia, republicana e fortemente influenciada pelas 
idéias jacobinas.) 
- Importante 2: Na revolução de 1830 temos, pela primeira vez, a 
atuação do movimento operário de maneira organizada e 
consciente de sua força. 
• Movimentos revolucionários de caráter liberal radic al em outras 
partes da Europa : Belgica, Polônia (emancipação de impérios), Estados 
Alemães e Italianos (unificação) 
 
 
2º Ano 
Aula17: O romantismo e o socialismo utópico 
Objetivos: Discutir o impacto das transformações ocorridas nas primeiras 
décadas do século XIX para o imaginário europeu. Analisar e debater a 
expressão, no campo das artes, deste novo imaginário através do movimento 
romântico. Compreender o processo de formação das chamadas utopias 
românticas e sua relação com os autores denominados socialistas utópicos. 
 
Estrutura da aula: 
1. A dupla revolução a as imagens do instável 
2. Romantismo e as utopias românticas 
3. O socialismo utópico 
Planejamento da aula: 
1. A dupla revolução a as imagens do instável 
• 1789 – 1848 → Período de profundas transformações sociais, 
políticas e econômicas na Europa. (Impacto da dupla revolução ) 
• Crise das estruturas sociais do antigo regime – desestruturação das 
relações sociais (quebra de paradigmas – Ruína do mundo existente) 
• Sensação de viver em um mundo instável – representava tanto a 
perda de referências sólidas , quanto de que esse era um momento 
em que tudo parecia possível. 
• Revolução Industrial: Análise da ficha 8: Frankestein, Mary Shelley, 1831 
- Revolução industrial e progresso técnico → a questão do 
potencial de criação humana (razão iluminista presente na descrição 
da ciência e no anseio de Frankstein de dar vida a um corpo inanimado) 
- A crítica aos impactos do progresso técnico e a raz ão humana → 
O horror de Frankestein diante de sua criatura, a falibilidade da razão 
humana. 
• A era das revoluções (1789 – 1848): Análise das obras de Goya e de 
Delacroix 
- A liberdade guia o povo (1830) → O quadro de Delacroix como 
síntese do movimento revolucionário . A liberdade representada 
como uma mulher do povo (uma deusa desnuda como as entidades 
gregas, mas parte do povo Frances). O pedestal de cadáveres 
(elemento da luta), a presença das diversas classes sociais. A multidão 
de fundo, o elemento popular na revolução. 
- Desastre de la guerra (1810 -1815) : Goya e a descrição diante do 
horror das invasões napoleônicas (os impactos da guerra). Torções e 
feições dos espanhóis em agonia contra a impessoalidade e anonimato 
dos soldados napoleônicos. 
 
2. Romantismo e as utopias românticas 
• Importante: As artes como linguagens (assim como as línguas e a 
matemática, as artes são linguagens: um conjuntos de signos 
constituídos historicamente que servem para nomear o mundo, 
conferindo significado a ele, e servindo como suporte para os 
homens se expressarem ) → Arte como meio pelo qual se 
expressão as representações sociais• Dentro desse contexto histórico marcado por profundas transformações 
forma-se uma nova concepção de arte: O Romantismo (Como 
expressar essa sensação de instabilidade que pairava no ar?) 
• Romantismo e a oposição ao racionalismo e universalismo do 
Iluminismo → O papel da imaginação (idealização), do subjetivismo 
(processo de interiorização e a força das emoções) e do 
individualismo (a idéia do gênio criador) 
• Análise da música romântica: Ludwig van Beethoven (1770 – 1827) e 
a 9ª Sinfonia 
• As utopias românticas : O sentimento de se viver em um mundo em 
transformação (forças históricas), assim como a valorização do poder 
da imaginação (dos indivíduos) leva a criação das utopias românticas 
(busca pela resolução das questões do mundo) 
- Utopias do povo-nação (o nacionalismo messiânico) 
- Utopias sociais (os socialistas utópicos e seus projetos alternativos 
de sociedade) 
 
3. O socialismo utópico 
• Socialismo: no século XIX esse termo englobava uma série de idéias 
que tinham em comum a crítica a sociedade capitalis ta e burguesa . 
• Socialismo utópico : Termo pejorativo criado por Karl Marx para 
denominar alguns pensadores socialistas . 
• Importante: Foram os primeiros a construir uma crítica e uma ação 
prática contra a sociedade capitalista industrial (construção de 
alternativas para essa sociedade, profundamente ins pirados pela a 
idéia das utopias românticas ) 
 
• Conde de Saint-Simon (FRA,1760 – 1825) 
- Primeiro pensador a estabelecer uma crítica socied ade industrial 
- Partindo de um modelo iluminista de pensamento formulou um 
modelo de sociedade baseado no mérito e não no capi tal 
• Charles Fourier (FRA, 1772 – 1837) 
- Percepção da divisão social do trabalho , inerente do processo de 
industrialização, e do poder da organização da força de trabalho 
(elemento associativo ) 
- Busca em equilibrar a busca pela felicidade humana e progres so 
técnico 
- Proposta de criação dos Falanstérios : sociedade alternativa, coletiva e 
autônoma (complexo agro-industrial) 
• Robert Owen (ING, 1771 – 1858) 
- Rico industrial inglês e crítico do modelo de industrial ização 
empregado na Inglaterra (sobretudo no que diz respeito as condições de 
trabalho dos assalariados) 
- Organização de um sistema cooperativado de produção industrial 
(Experiências na fábrica de New Lenark – ING – e na fazenda New 
Harmony – EUA) 
- Essas duas experiências a princípio funcionaram , mas os fracassos 
posteriores são resultado tanto do boicote externo , quanto da 
dificuldade em transformar as relações de trabalho. 
Importante: O limite das idéias utópicas está na construção de 
sociedades alternativas sem transformar a sociedade como um todo. 
 
2º Ano 
Aula 18: O Anarquismo 
Objetivos: Através da análise e discussão de textos anarquistas definir os 
aspectos gerais do pensamento anarquista e dos dois principais teóricos e 
revolucionári0os da primeira metade do século XIX, Proudhon e Bakunin. 
Estrutura da Aula: 
1. O Anarquismo e a recusa do Estado 
2. O pensamento de Jean- Pierre Proudhon 
3. O pensamento de Mikhail Bakunin 
 
Planejamento da Aula: 
1. O Anarquismo e a recusa do Estado 
Análise do texto 1: 
• Sentido morfológico : an = sem; archon = governo 
• Senso comum: bagunça, desordem 
• Sentido político : sem necessidade de governo 
• Dentro do anarquismo há uma diversidade de proposta s e formas de 
pensar a organização da sociedade . Importante: O elemento comum 
entre os anarquistas é a noção de que qualquer forma de Estado é 
nociva e desnecessária . 
 
2. O pensamento de Jean- Pierre Proudhon 
 
• Dados biográficos: Frances, viveu a infância no campo e tornou-se 
posteriormente artesão (tipografia). Pensador autodidata. Esta experiência 
é fundamental para sua concepção de liberdade baseada no pequeno 
produtor. 
 
Análise do texto 2: 
• Crítica da propriedade dos meios de produção (impossibilidade de 
igualdade em uma sociedade baseada na produção) – idéia da autonomia 
dos produtores. 
• Para Proudhon só é possível liberdade em uma socied ade igualitária – 
para ele a propriedade dos meios de produção é um r oubo (uma 
apropriação ilegal de um direto de todos os homens ) 
 
Propostas de organização social: 
“Do princípio federativo”(1863): 
• Os indivíduos deveriam fazer acordos entre si em base de igualdade . 
• Sociedade composta por grupos cooperativos de indiv íduos livres . 
• Composta de artesãos, pequenos proprietários e pequenos comerciantes, 
profissionais liberais. 
• Forma de organização econômica: Banco do povo (micro-crédito) 
 
3. O pensamento de Mikhail Bakunin 
• Dados biográficos : Filho da aristocracia russa, na juventude recebeu 
treinamento militar. Devido a oposição ao regime czarista russo vai estudar 
na Alemanha (universidade de Berlim). Contato com a filosofia alemã 
(Hegel) e o pensamento radical alemão (esquerda hegueliana). Atuação a 
partir de 1848 em diversas revoltas e levantes. 
 
Análise do texto 3: 
• Crítica radical ao Estado das formas de autoridades impostas 
socialmente . 
• Proposição da ação direta como forma de atuação política 
• Coletivismo: A Sociedade só poderá ser reconstruída quando a CLASSE 
OPERÁRIA tiver tomado o CONTROLE DA ECONOMIA por meio de uma 
REVOLUÇÃO SOCIAL , tiver DESTRUÍDO OS APARELHOS DE ESTADO 
e reorganizado a produção com base na propriedade coletiva controlada 
pela ASSOCIAÇÃO DE TRABALHADORES . 
 
 
 
2º Ano 
Aula 19: O Marxismo (Socialismo Científico) 
Objetivos: Discutir as bases do materialismo histórico dialético desenvolvido 
por Karl Marx e Frederich Engels. Destacar o papel central do conceito de 
práxis e luta de classe dentro das idéias dos autores. Inserir o desenvolvimento 
do materialismo histórico dialético no contexto histórico do século XIX e na 
biografia dos dois autores. 
Estrutura da Aula: 
1. Karl Marx e Frederich Engels 
2. As bases teóricas 
3. O materialismo histórico dialético 
Planejamento da Aula: 
1. Karl Marx e Frederich Engels 
• O marxismo (ou socialismo científico) é uma corrente de pensamento 
dentro das idéias socialistas do século XIX diretamente ligada as obras 
de de Karl Marx e Frederich Engels 
Karl Marx (1818 – 1883) 
- Ascendência judaica (cultura marginalizada dentro dos Estados alemães). 
- Sua família valorizava a educação como forma de ascensão social. 
(funcionário do estado - Pai converteu-se ao cristianismo para poder assumir o 
cargo de Juiz.) 
- Marx foi mandado ao atingir a maioridade para Universidade de Bohn. (Vida 
boêmia: participava do Clube da Taverna e do Clubes de Duelo - Filhos da 
burguesia contra filhos da Aristocracia) 
- Devido ao seu modo de vida seu pai transferiu-o para a Universidade de 
Berlim → Nesta universidade toma contato com a Filosofia de Hegel e com a 
juventude radical (Heguelianos de esquerda) – Ao se formar tenta ingressar 
na carreira acadêmica 
- Suas posições políticas o atrapalham e levam-no a d esistir dessa 
profissão e passa atuar como jornalista (década de 1840 ) – Gazeta Renana 
(contato com questões materiais e reflexão sobre as transformações pela 
qual passava a Europa ) → Contato com Frederich Engels (futuro parceiro) 
Frederich Engels (1820 – 1895) 
- Filho de um grande empresário do Ferro alemão . 
- Mandado pelo pai a Inglaterra para conhecer o processo de 
industrialização. Observação direta da classe operária. 
- Escreve a partir dessa experiência dois livros: 
• Crítica à Economia Política (1844) 
• Situação da Classe operária na Inglaterra . (1845) 
 
Marx e Engles e o socialismo científico: Desenvolvem a crítica mais bem 
elaborada da sociedade capitalista pensando seu pro cesso de formação e 
suas contradições, assim como a possibilidade de tr ansformação desta 
sociedade pelos trabalhadores. Para tanto desenvolv em um método de 
análise conhecido como materialismo histórico dialético . 
• Principal obra de Marx: O capital (Obra inacabada em 3 vol. – primeiro 
volume editado em 1862) 
 
2. Asbases teóricas 
Importante: O materialismo histórico dialético é desenvolvido a partir da 
crítica radical (na raiz) de uma série de teorias e movimentos políticos no 
qual estavam inseridos tanto Marx como Engels. (contexto histórico ) 
a) O socialismo (movimentos políticos e teorias críticas a sociedade 
capitalista) 
-O socialismo utópico 
 - Movimento operário inglês (a experiência de form ação dos sindicatos) 
- O movimento socialista: Louis-Auguste Blanqui e a s tentativas 
revolucionárias de construção da ditadura do prolet ariado 
 
b) A economia política 
- Liberalismo econômico (Adam Smith, Ricardo, Malth us) 
- Liberalismo Político (Bethan e Stuart Mill) 
 
c) A filosofia alemã (dialética) 
• Na universidade de Berlim Marx tomou contato coma filosofia de Hegel 
(Dialética) 
• Hegel e a tentativa de compreensão da história da f ilosofia → 
construção de uma filosofia da história (reflexão de como a história 
se desenvolve ): 
• Característica da Filosofia da História de Hegel: 
- História é composta de conflitos e contradições . 
- O desenvolvimento da história é o desenvolvimento d a Razão. 
- História dos Povos = História do Espírito dos povos . 
- Espírito absoluto = Estado da Liberdade = Fim da Hi stória . 
• Desenvolvimento de um método filosófico: A dialética (uma nova 
lógica para compreender o desenvolvimento da história) 
 
Visão Comum e Lógica Formal: 
 – princípio de identidade: as coisas são. 
 
Lógica dialética de Hegel: 
 – princípio da contradição: as coisas são no Tempo, as coisas 
tornam-se. 
– Relação entre tese, antítese, síntese: Semente é negação da 
árvore. 
 
Síntese: Uma lógica baseada no movimento (tempo) e na contra dição 
 
• A dialética de Marx (O conceito de práxis) 
Conceito de práxis (análise das teses sobre Feuerbach - 1845): 
- Novas relações materiais: Introdução das relações capitalistas na 
Europa 
- Crítica a divisão do trabalho: manual / intelectual 
- Trabalho: práxis humana (processo criador e transformador ) 
 
 
3. O materialismo histórico dialético 
• Definição: Método para compreensão da sociedade desenvolvido no 
decorrer das obras de Marx e Engels. 
- Materialismo: Baseado na compreensão das relações sociais dos 
seres humanos. 
- Histórico: Tais relações sociais se desenvolvem dentro de um 
processo histórico. 
- Dialético : Este processo histórico se dá dentro de uma lógica 
dialética (mas dentro da concepção de dialética de Marx ) 
Conceito de Luta de Classe (Análise do Manifesto Comunista - 1848) – 
Elemento que constitui como motor da história (as contradições 
 
2º Ano 
Aula 20: A Primavera dos Povos e Napoleão III 
 
Objetivos: Apresentar os eventos que formaram em seu conjunto a Primavera 
dos Povos. Discutir as conseqüências do fracasso dos movimentos 
revolucionários na Europa, enfatizando a expansão do capitalismo após 1848 e 
a radicalização da luta de classe entre burguesia e proletário. Debater a 
ascensão ao poder de Napoleão III na França e a constituição do 2º Império, 
ressaltando a utilização da política de massa como instrumento político por 
parte de Luis Bonaparte. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A Primavera dos Povos. 
2. A República Francesa. 
3. Napoleão III e o 2º Império. 
 
Planejamento da Aula: 
1. A Primavera dos Povos. 
• Situação instável na Europa após os levantes de1830 
Causas: 
- Expansão das áreas industrializadas na Europa Ocide ntal (central): 
formação de uma classe operária e formação das primeiras associações 
de trabalhadores (principalmente na França ) inspiradas na experiência dos 
trabalhadores ingleses e nas idéias socialistas (influencia das idéias de 
Proudhon, Owen e Blanqui) 
- Organização da pequena burguesia radical (republicana ) contra as 
monarquias européias (oposição as monarquias absolutistas da Europa 
central e defesa do sufrágio universal – principalmente na França) 
- Formação de movimentos nacionalistas na Europa Central (organizados 
principalmente pela pequena burguesia radical – republicana) 
• Primavera dos Povos (1848): Tendo como epicentro novamente a 
França , explode em questões de meses diversas revoltas na Europa central . 
Todos os movimentos tem vitórias rápidas e monarquias absolutistas são 
destronadas, repúblicas proclamadas e Estados nacio nais são 
proclamados. 
• Resultados: Em menos de 1 ano (com exceção das França) estes 
movimentos revolucionários são facilmente vencidos e a ordem política é 
restabelecida na Europa (manutenção das fronteiras e dos impérios) 
Causas: 
- A maior parte desses movimentos não contou com o apoio da população 
camponesa (maioria da população). 
- Os operários ainda constituíam uma pequena parcela da população na 
maior parte da Europa , não estavam ainda organizados e nem possuíam um 
conjunto de propostas políticas claras. 
- Importante: A burguesia diante da radicalização dos movimentos 
revolucionários preferiu abandonar as reivindicaçõe s políticas e apoiar 
as monarquias para manter a ordem social →desde que as monarquias se 
comprometessem a defender uma política liberal do ponto de vista 
econômico e protegesse seus interesses. (medo do movimento operário e 
das idéias socialistas) 
 
2. A República Francesa. 
• Insurreição popular na França (Fevereiro de 1848) → Formação de 
barricadas nas ruas de Paris e deposição de Luis Felipe I – O rei burguês 
• Instalação de um governo provisório (formado por republicanos e 
socialistas) – instituição de sufrágio universal e criação de uma 
Assembléia Constituinte (dominada pelo partido da Ordem → aliança 
entre conservadores e membros da classe média ) 
• Levante popular em Julho de 1848 em Paris (Socialistas e 
republicanos radicais ) → Violenta repressão do General Cavaignac . 
(1.500 mortos) 
• Após as revoltas é promulgada a Constituição francesa (em grande 
parte cópia da Constituição dos EUA) e criada a 2ª República francesa . 
• Eleições presidenciais: Candidato dos republicanos moderados, dos 
socialistas, dos católicos (General Cavaignac) e Luis Napoleão 
• Vitória de Luis Napoleão (Uso da propaganda política – utilização da 
figura do tio - e apoio maciço do campesinato – 5.500.000 votos) 
 
3. Napoleão III e o 2º Império. 
• Presidência de Luis Bonaparte – medidas populares, como pensões 
(para as massas ) e incentivo ao desenvolvimento da burguesia 
(processo de industrialização ) como forma de angariar o apoio popular. 
• 1851 – Luis Napoleão através da organização de um plebisci to 
consegue o direito de construir uma nova Constituiç ão (a qual conferia 
amplos poderes ao presidente e extensão de mandato para 10 anos) 
• 1852 – através de novo plebiscito é aclamado imperador (Napoleão III ) 
• 2º Império Frances (1852 – 1870) 
- Incapacidade de estabilizar a economia francesa 
- Política externa agressiva: envolvimento na Guerra da Criméia (1854), 
intervenção na Itália (1858), intervenção no México (1862) – indicação do 
Arquiduque Maximilan para o trono de imperador mexicano (acaba 
fuzilado) 
- Endividamento da França e perda do prestigio de Nap oleão . 
 
 
2º Ano 
Aula 21: A expansão da Revolução Industrial 
 
Objetivos: Apresentar as principais mudanças no campo econômico que 
marcaram o período de 1870 a 1914. 
 
Estrutura da Aula: 
1. O capitalismo monopolista 
2. As novas áreas industrializadas 
Planejamento da Aula: 
1. O capitalismo monopolista 
 
• 1848 – 1870 → Expansão das áreas industrializadas 
 
• Conseqüências: 
- Fim da hegemonia britânica sobre a produção industrial mundial. 
- Aumento da concorrência entre as indústrias (Disputa por acesso 
a matérias-primas e mercado consumidor ) 
- Processo de concentração de capital (grandes empresas ). 
Formação de: 
o Trustes (fusão de empresas do mesmo setor ), 
o Cartéis (Associação de empresas do mesmo setor com 
objetivo de controlar o mercado ) 
o Holdings (empresas envolvidas no mesmo ramo de produçãoe controladas por uma empresa do mercado financeiro - 
SA) 
- Associação entre o Estado e burguesia → Apoio dos governos 
nacionais ao processo de industrialização → Ação política visando 
garantir os elementos necessários para o desenvolvi mento 
industrial: 
o Disputa por mercados como questão nacional 
o Expansão do mercado consumidor e das fontes de matéria-
prima) 
 
 
 
2. As novas áreas industrializadas 
• Europa: França (2º Império); Prússia (Reinos germânicos); Piemonte-
Sardenha (Reinos italianos); Bélgica . 
• Estados Unidos (após 1865 – Guerra de Secessão) 
• Japão (Era Meiji – processo de centralização política do Império e 
modernização acelerada) 
 
• Consequências: 
- Disputa em escala mundial por mercados consumidores e fontes 
de matéria-prima ; 
- 1870 – 1814 → Processo de expansão violenta das áreas ligadas a 
produção capitalista (abertura e conquista de mercados ) → 
Denominado de Neocolonialismo ou Imperialismo 
 
 
2º Ano 
Aula 22: História da América – A expansão dos EUA e a Guerra de Secessão 
 
Objetivos: Em primeiro lugar apresentar o processo de consolidação do Estado-
Nacional estadunidense, assim como a expansão do seu território. Em segundo lugar, 
demonstrar o aguçamento das tenções entre a região sul e norte que desembocaram 
na eclosão da Guerra de Secessão. Analisar os resultados deste embate e sua 
importância na consolidação dos EUA. 
 
Estrutura da Aula: 
 
1. Os EUA após a independência 
2. Expansão para o Oeste 
3. Guerra de Secessão 
 
Planejamento de Aula: 
 
1. Os EUA após a independência 
 
• 1776 – 1783 - Guerra de Independência dos EUA (As treze colônias3, mais 
território anexados pelas lutas pós-independência) 
• 1787 - Criação de uma Constituição republicana e federalis ta4 → Cada 
Estado da Federação tinha a permissão de ter sua própria Constituição, desde 
que estivesse de acordo com a Carta Constitucional dos EUA 
 
3
 13 colônias: Vermont, New Hampshire, Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, Nova Iorque, 
Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Georgia. 
4
 Federalismo: forma de governo em que um conjunto de estados independentes se unificam em torno 
de um governo, sem perderem sua autonomia. 
 
• Formação de duas tendências partidárias : defensores de uma autonomia 
maior dos Estados (origem do Partido Democrata ) e defensores de um 
governo central forte (origem do Partido Republicano ) 
• Afirmação da independência dos EUA (início do séc. XIX): 1823 – Doutrina 
Monroe (Consolidação dos territórios independentes e contexto das 
independência dos EUA) 
 
2. Expansão dos EUA 
 
a) Transformações sociais (séc. XIX) 
 
• Desenvolvimento da economia norte americana (1776 – 1880): 
Desenvolvimento do comércio e de pequenas industrias nos Estados do 
Norte. Aumento da produção de algodão nos Estados d o Sul. 
• Aumento demográfico: Imigração européia (irlandeses, italianos, alemães, 
etc.) → Em 1790 a pop. era de 4 milhões , em 1860 ela já era de 31 milhões . 
• Discurso ideológico: Construção da idéia do Destino Manifesto 
(Legitimação da expansão e conquista territorial , formado a partir de uma 
lógica religiosa protestante e com elementos nacionalistas ) → Analise da 
frase de Sullivan e do quadro progresso americano (aproximação com o 
imperialismo Europeu) 
 
• Consequências: A junção desses elementos levam ao processo de expansão 
territorial . 
 
b) A marcha para o Oeste 
Importante: Utilização do material digital Moderna Plus 
• 1803 – Território da Lousiana é comprados da França (Louisiana) 
• 1819 – O território da Florida é comprado da Espanha 
• 1845 -1848 - Guerra contra o México e anexação de toda a parte N orte 
deste país . 
• 1846 – Anexação do Oregon (comprado da Inglaterra) 
• Marcha para o Oeste : febre do Ouro e em 1862 o Homestead Act (160 
acres de terra para quem ocupasse por 5 anos) 
 
3. Guerra de Secessão 
a) As diferenças entre Sul e Norte dos EUA 
 
Norte Sul 
Industrial 
Produção voltada para o mercado 
interno 
Mão-de-obra livre e assalariada 
Pequena propriedade e policultura 
Agrícola 
Monocultura ligada ao mercado 
externo (britânico) 
Mão-de-obra escrava 
Grande propriedade 
 
• Pontos de conflitos entre os estados do Sul e do No rte 
- Tarifas Alfandegárias (Os estados do norte queriam tarifas alfandegárias altas para 
proteger sua produção industrial e garantir o mercado interno) 
- Escravidão (A abolição da escravidão era defendida por grande parte dos Estados 
do norte →questões humanitárias e interesses econômicos como liberação de capital) 
• Aumento das tensões entre os Estados do Sul e do No rte → Questões 
relativas a abolição e a taxas alfandegárias movimentaram a corrida presidencial no 
final da década de 1860 . → Análise do discurso de Abraham Lincon sobre a Casa 
Dividida , 16 de Junho de 1958 (Lincon era candidato pelo partido republicano, o qual 
apoiava a abolição da escravidão e o aumento das taxas alfandegária. 
 
b) Guerra de secessão (1861-1865) 
• 1860 – Abraham Lincoln é eleito presidente dos EUA (primeiro presidente do 
Norte) 
• Dezembro de 1860 – Secessão da Carolina do Sul , acompanhada no ano 
seguinte por mais 9 estados: Alabama, Geórgia, Florida, Mississipi, Louisiana, 
Texas, Virgínia, Arkansas e Carolina do Norte (formação dos Estados 
Confederados , presidente Jefferson Davis, capital em Richmond, Virgínia) 
• 1861 – Início da Guerra de Secessão 
 União vs Confederados 
 (Generais Grant e Sherman) (General Lee) 
 
• Janeiro de 1863 – entra em vigor a Proclamação de Emancipação (fim da 
escravidão nos Estados do Sul – intenção de estruturar a economia sulista) 
• A supremacia industrial do Norte leva a derrota dos E stados Confederados 
em Abril de 1865 
 
c) Conseqüências 
• 600.000 mortes (primeiro conflito a usar as tecnologias da Revolução industrial 
na guerra) 
• Reunificação territorial 
• Desenvolvimento Industrial – prevalece o modelo de desenvolvimento do 
Norte apoiado na industrialização e na proteção do mercado interno 
• Abolição da escravidão em toda a União →Entretanto isso não significou a 
inserção do negro na sociedade americana (Leis de segregação racial no 
Sul, racismo e perseguição aos negros – Klu Kux Klan) 
 
2º Ano 
Aula 23: Unificação Alemã e Italiana 
 
Objetivos: Debater o processo de consolidação do capitalismo no continente 
Europeu e sua relação profunda com o processo de unificação da Alemanha e 
da Itália, assim como o desenvolvimento do nacionalismo como discurso 
legitimador desse processo de unificação. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A unificação alemã 
2. A unificação italiana 
3. A Comuna de Paris 
 
Planejamento da aula: 
 
1. A unificação alemã 
• Antecedentes: 
- Situação política: A região do antigo Sacro Império Romano → 
profunda fragmentação política e área sobre a influência do Império 
austro-húngaro 
- Situação econômica : A principal potência regional era o Reino da 
Prússia 
→ Processo acelerado de industrialização (Estado como fomentador 
do desenvolvimento industrial – investimentos, principalmente no setor 
bélico – Via prussiana ) 
→ Necessidade de mercado consumidor para os produtos 
prussianos (motor do processo de unificação ) 
 
• A unificação : 
- 1834 – Formação da Zollverein (união alfandegária ) – esforços da 
diplomacia prussiana em busca de mercados consumidores 
- O Império Austro-húngaro (excluído originalmente da Zollveirein) 
força a sua entrada através da ameaça de guerra (medo de que a 
Prússia se tornasse uma potência regional e ameaçasse a sua 
hegemonia sobre a região) 
- Desenvolvimento industrial e militar da Prússia (1830 – 1860) → 
Política orquestrada pelo chanceler Otto Von Bismarck 
- Discurso nacionalista:Junção do povo germânico em um único 
Estado. 
- 1864 – Guerra dos 2 ducados (Contra a Dinamarca) – anexação de 
províncias germânicas no Norte. 
- 1866 – Guerra das 7 semanas (contra o Império Austro Hungaro) – 
unificação de quase toda a Alemanha (resistiram apenas os Estados 
germânicos do Sul) 
- 1870 – Guerra Franco-Prussiana (origem na disputa sobre o trono 
espanhol) – vitória esmagadora da Prússia sobre o exército Frances. 
- Unificação da Alemanha. 
 
2. A unificação italiana 
• Antecedentes: 
- Situação política: Fragmentação política da Itália → Principais 
empecilhos a unificação: Norte (sobre influência do Império Austro 
Húngaro) e Centro (Estado Papais) 
- Vertentes do nacionalismo italiano (perspectivas de unificação ): 
Republicanos (Revolucionários como Garibaldi e Mazini ) e 
Monarquista (Perspectiva defendida pelo Conde de Cavour – 
unificação sob a hegemonia do reino de Piemonte-Sardenha →reino 
em franco processo de industrialização ) 
 
• A unificação: 
- Década de 1860 – início das lutas pela unificação 
→ Desembarque de Garibaldi e seus homens no Sul da It ália 
(Conquista de Parma, Módena, Sicilia e parte dos Estados Papais) 
→ Pressão da burguesia industrial (Norte) pela unificação (Jornal 
Rissurgimento ) 
→ As forças de Garibaldi e de Pimeonte-Sardenha se junta m em 
prol da unificação 
→ Luta contra os austríacos pela unificação do Norte (apoio de 
Napoleão III e do exército Frances) 
→ Luta contra os Estados Papais e contra os franceses (em 1870 
Napoleão III retira suas tropas da Itália por causa da Guerra Franco- 
Prussiana) 
- 1871 – Unificação da Itália . 
 
 
3. A comuna de Paris 
• 1870 - Derrota dos franceses na Batalha de Sedan : Prisão de parte do 
exército Frances e de Napoleão III → Invasão do exército prussiano 
(cerco a Paris ) 
• 1871 – armistício entre a França e Alemanha : Acordo humilhante para 
a França - pesadas indenizações de guerra, anexação pela Alemanha 
da Alsacia e Lorena, desmobilização do exército Fra nces (com 
exceção da Guarda Nacional de Paris ) 
• A questão do desarmamento da Guarda Nacional faz expl odir a 
Comuna de Paris (Episódio da tentativa de roubo dos canhões de 
Montmartre) 
• A comuna de Paris dura ao todo 72 dias – principal questão dos 
comunnards: como articular as funções de Estado, com uma 
perspectiva de governo descentralizado e popular em um contexto de 
guerra? (cerco prussiano e guerra contra o governo de Versalhes) 
• Organização do governo através de eleições de deleg ados distritais 
(autogestão do governo pelos trabalhadores ) 
 
• Principais decretos da Comuna: 
- Extinção do exército (cidadão em armas) 
- Equiparação salarial de todos os cargos públicos ao dos trabalhadores. 
- Todas as funções organizativas elegíveis e revogáveis – inclusive os Juizes. 
- Mudança na educação: Proposta integral formação técnica, política e cultural. 
- Abolição das dívidas 
- Autogestão das fábricas abandonadas 
 
• A derrota da Comuna : Enquanto a Comuna se estruturava politicamente o 
governo de Versalhes reorganiza o exército, com apo io do governo 
prussiano e inicia guerra contra a Comuna → ataque a Paris (21 de 
maio); em 10 dias o exército Frances toma cidade de Paris, 20 mil 
comunnards são fuziladas e outros milhares presos e deportados. 
• Importante : A Comuna como grande mudança dentro da concepção 
de Revolução . A questão de uma revolução proletária e da construção 
de uma nova forma de governo e de sociedade a parti r da ação 
revolucionária do proletariado . Superação dos paradigmas da Revolução 
Francesa como movimento político. 
 
 
2º Ano 
Aula 24: O Neocolonialismo 
Objetivos: Apresentar as principais mudanças no campo econômico que 
marcaram o período de 1870 a 1914. Relacionar tais mudanças a política 
expansionista dos países europeus, dos EUA e do Japão em relação ao 
continente africano e asiático. Discutir os pressupostos ideológicos construídos 
pelos europeus para sustentar tal dominação e os conflitos gerados por essas 
disputas (a paz armada) 
Estrutura da Aula: 
3. O Neocolonialismo 
4. A partilha da África e da Ásia 
5. A paz armada 
 
Planejamento da Aula: 
3. O Neocolonialismo 
 
• 1870 – 1814 → Processo de expansão violenta das áreas ligadas a 
produção capitalista (abertura e conquista de mercados) 
→Denominado de Neocolonialismo ou Imperialismo 
 
a) Objetivos: 
- Conquista do monopólio de mercados consumidores ; 
- Domínio de áreas produtoras de matéria prima ; 
 
b) Mecanismos utilizados: 
- Aplicação do capital financeiro (empresas estrangeiras); 
- Política da Canhoneira (utilização da força bélica para forçar para 
subordinar áreas não integradas ao mercado internacional) 
- Domínio colonial sobre regiões na África e na Ásia pelas potências 
européias. 
 
• Importante: Prevalecem nas disputas por colônias os interesses de 
Inglaterra e França . Alemanha e Itália (devido a unificação tardia) se 
vêem prejudicadas nesse processo . 
 
c) O discurso ideológico 
• Objetivo: Legitimar a dominação das nações industrializadas sobre 
as colônias. 
• O discurso do progresso : Construção de uma idéia superioridade das 
nações industrializada baseada em aspectos tecnológicos. A 
colonização vista como instrumento civilizador. (imposição dos valores 
ocidentais) 
• O discurso racista: Construção de uma idéia de superioridade das 
nações européias baseada no conceito de raça (fenótipo) e da 
apropriação de elementos da teoria da evolução. 
• Construção da idéia do Fardo do Homem Branco 
 
• Análise da ficha : Diferenciação entre colonialismo (capitalismo 
mercantil ) e neocolonialismo ( capitalismo industrial ) 
 
 
4. A partilha da África e da Ásia 
 
a) A Partilha da África 
• Presença européia na África (séc. XV – XVIII ): Limitava-se as regiões 
costeiras e se dava, sobretudo, através de acordos com os reinos 
africanos. 
• Século XIX : O desenvolvimento das armas de fogo permite aos 
europeus subordinar os reinos africanos . → primeiro passo se dá 
com a conquista do Congo Belga em 1876. 
• Disputas entre as nações européias por possessões na África levam a 
realização da do Congresso de Berlim (1885) – Criação de 
protetorados e fronteiras artificiais (pautadas nos interesses 
europeus e não nas relações culturais dos povos africanos) 
• Imposição da cultura ocidental sobre os povos afric anos (análise da 
charge) 
 
b) A partilha da Ásia 
• Índia: a jóia do império britânico 
- séc. XV – XVIII → Comércio feito através de feitorias entre a 
Europa e os estados indianos. 
- 1763 → Início da dominação inglesa através da Companhia das 
Índias Orientais (séc. XIX – controle inglês sobre toda a região) 
- Proibição a manufatura local (imposição para forçar a importação de 
produtos ingleses) e produção de ópio (para a exportação) 
- 1857 – Revolta dos Cipaios → levante contra a dominação inglesa, 
acaba sendo contido e a Índia passa a ser administrada diretamente 
pela Coroa inglesa (Protetorado ). 
 
• A China 
- Império Chinês : região isolada do comércio internacional até o 
século XIX (visto pelas nações industrializadas como um mercado 
consumidor em potencial) 
- Companhia das Índias Orientais : a introdução e comercialização do 
ópio para a China (primeiro passo para a abertura do mercado chinês) 
- 1842 – Guerra do Ópio →Reação a presença dos ingleses e do comércio 
de ópio – revolta esmagada pela marinha inglesa (os chineses são 
obrigados a abrir seu mercado aos produtos estrangeiros e Hong Kong 
é cedida aos ingleses ) 
- Importante: A partir da guerra do Ópio o mercado chinês passa a ser 
disputa de maneira acirrada pelas principais nações industrializadas. 
- 1900 – Guerra dos Boxers (Sociedade dos Punhos Unidos) – levante 
contra a presença estrangeira na China – esmagado pelos exércitos 
ingleses, russos, japoneses, alemães, franceses e a mericanos . 
 
5. A Europa e a paz armada 
 
• Europa ( 1870 –1914): Período de relativa estabilidade dentro do 
continente europeu → Denominado também pelo nome de Belle Epoque 
• Esta estabilidade deve ser entendida como uma paz armada → aumento 
das tensões entre as potências européias devido as disputas 
coloniais . 
• Características da paz armada: 
- Corrida armamentista (preparação para um eventual conflito) 
- Acordos de mútua proteção em caso de guerra (Utilização do material 
da Moderna Plus ) 
 
• 1882 – Formação da Triplice Aliança (Alemanha, Imp. Áustro-Hungaro e 
Itália – depois acrescida pela entrada do Imp. Turco) 
• 1904 – Formação da Entente Cordial (Inglaterra e França – acrescida 
posteriormente pela Rússia) 
 
• Principais conflitos e zonas de tensão: 
- Questão Marroquina (1904): Disputa pelo Marrocos envolvendo de um 
lado ING e FRA e do outro a ALE. 
- Questão Balcânica : Região dominada parte pelo Império Austro-
Hungaro e parte pelo Império Turco. Tensões ligadas a movimentos 
separatistas (pan-eslavistas) apoiados pelo Império Russo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2º Ano 
História do Brasil 
 
 
2º Ano 
Aula 25: União Ibérica e Invasões Hoandesas 
Objetivos: Discutir os principais eventos políticos que marcaram a Europa 
entre os séculos XVI e XVII, o advento da União Ibérica dentro do contexto 
gera a casa dos Habsburgo e os resultados desse processo para a América 
Portuguesa com a invasão holandesa. Por fim, apontar as conseqüências da 
restauração portuguesa e da presença holandesa na colônia. 
 
Estrutura da Aula: 
1. O contexto europeu e a União Ibérica 
2. A invasão holandesa 
3. Os resultados da guerra contra a Holanda 
 
Planejamento da Aula: 
1. O contexto europeu e a União Ibérica 
• A casa dos Habsburgos: Dinastia mais poderosa na Europa do século 
XVI e XVII → Reis de Espanha, Sacro Império Germânico e casas reais 
na Europa Central →Reis profundamente católicos e aliados do Papa 
- Carlos V (1500 – 1556) 
- Felipe II (1556 – 1598) 
• Reforma Protestante – guerras religiosas entre protestantes e católicos 
• Confronto entre a casa dos Habsburgo e Flandres (Holanda) 
- motivos religiosos (Flandres era uma região predominantemente 
calvinista) 
- motivos econômico (tentativa de controle pelos Habsburgo do principal 
centro econômico europeu no século XVI e XVII) 
- Resultado desses conflitos: Separação de Flandres (Holanda) dos 
domínios dos Habsburgo. 
• União Ibérica ( 1580 – 1640) 
- D. Sebastião – monarca português profundamente católico – 
decide promover uma cruzada contra os reinos muçulmanos do 
Norte da África 
- 1578 – Batalha de Alcácer Quibir – desaparecimento de D. 
Sebastião – crise dinástica em Portugal (D. Sebastião não possuía 
herdeiros) 
- 1580 – Invasão de Portugal por Felipe II da Espanha e uniã o das 
Coroas Ibéricas (1580 até 1640) 
- 1640 – Movimento da nobreza lusitana, apoiada pela burgues ia e 
liderado pelo duque de Bragança restabelece a autonomia da 
monarquia portuguesa – Início da dinastia de Bragan ça com D. 
João IV. 
 
2. A invasão holandesa 
a) A invasão 
• IMPORTANTE: Os conflitos entre Espanha (Habsburgo) e Flandres 
(Holanda) levam a restrição da participação dos hol andeses no 
comércio de açúcar na América Portuguesa após a Uni ão Ibérica 
• Sentido-se prejudicado por essa conjuntura política os holandeses 
atacam em 1595 feitorias portuguesas na África e sa queiam 
Salvador (Bahia) em 1604. 
• 1605 – O rei espanhol proíbe qualquer participação holandesa nos 
negócios açucareiros. 
• 1624 – Criação da Companhia das Índias Ocidentais (sociedade 
anônima bancada pelos comerciantes holandeses ligados ao comércio 
do açúcar) 
- Criada para executar atividades militares - ocupar a área produtora 
de açúcar. 
- 1624 – Ataque frustrado a Salvador (rechaçado pelas tropas 
portuguesas) 
- 1630 – Ataque a Olinda (Pernabuco) – conquista da área 
açucareira em Pernambuco e outras áreas do nordeste . 
- Ataque a feitorias africanas na África (controle do tráfico de 
escravos) 
• A resistência portuguesa a invasão holandesa foi montada a partir da 
capitania da Bahia e mobilizou as demais capitânias 
b) Ocupação holandesa 
• Governo de Mauricio de Nassau (1637 – 1644) 
- Nobre holandês mandado para administrar as possessões holandesas 
na América Portuguesa 
- Aliança com os senhores de engenho – ponto essencial para a 
dominação holandesa (concessão de créditos para a expansão da 
produção de açúcar) 
- Reestruturação da cidade de Recife (sede do governo holandês em 
Pernambuco) 
- Os altos custos do governo de Mauricio de Nassau (principalmente 
a concessão de créditos) levam a Companhia das Índias Ocidentais a 
mudar a sua política em relação à zona açucareira o cupada . 
 - 1644 – Retorno de Mauricio de Nassau a Holanda 
• As guerras brasílicas 
- 1640 – fim da União Ibérica e intensificação das tropas 
portuguesas para expulsar os holandeses 
- Perda do apoio dos senhores de engenho a dominação holandesa 
(resultado da política de cobrança dos créditos por parte da Companhia 
das Índias Ocidentais) 
- 1654 – Expulsão dos holandeses - fragilidade as tropas holandesas 
devido aos conflitos europeus no qual a Holanda estava envolvida na 
época. 
 
3. Os resultados da guerra contra a Holanda 
• Fim das relações comerciais entre Holanda e Portuga l 
• Perda do controle português das rotas de especiaria s da Ásia 
(Domínio inglês e holandês a partr o séc. XVII) 
• Concorrência holandesa e de outros países europeus no comércio do 
açúcar (produção nas ilhas do caribe) e queda do preço do açúcar 
• Intensificação do controle metropolitano (tentativa de reaver os 
custos da restauração portuguesa e das guerras holandesas) 
- Guerras dos Mascates (1709) – conflito que exemplifica o aumento 
do controle metropolitano sobre a colônia. 
- Causa: Emancipação da Vila de Recife em relação a Olinda. 
 
 
 
- Resultado: Intervenção da metrópole a favor de Recife, alçada a 
categoria de Vila . 
Recife 
(Centro do poder mercantil 
português) 
Olinda 
(Sede do poder da aristocracia 
açucareira) 
VS 
2º Ano 
Aula 26: Expansão territorial e atividades econômicas 
Objetivos: Debater o processo de constituição do chamado “território 
brasileiro”, problematizando e diferenciando a construção de fronteiras legais 
entre as monarquias ibéricas e a ocupação de fato da áreas que constituíram a 
América Portuguesa. Para isso será dado enfoque as atividades econômicas 
que propiciaram a expansão das áreas ocupadas pelos portugueses na 
América. 
Estrutura da Aula: 
1. O conceito de território e a ocupação da América Portuguesa 
2. As drogas do sertão e a Região Norte 
3. A pecuária 
4. O mito das bandeiras e a mineração 
5. Os tratados e fronteiras legais 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. O conceito de território e a ocupação da América Portuguesa (séc. XVI ao 
XVIII) 
• Território: Apropriação real ou abstrata do espaço através do 
trabalho humano 
• “O espaço é a prisão original, o território é a prisão que os homens 
constroem para si” (Claude Raffestin, Por uma geografia do poder) 
• Comparação entre as áreas ocupadas pelos portugueses no século XVI 
e XVIII 
• Importante: A expansão das áreas ocupadas pela colonização 
portuguesa se deve a apropriação do espaço através de 
determinadas atividades econômicas (processo de int eriorização) 
 
2. As drogas do sertão e a Região Norte 
• A ocupação da região norte deve-se a dois fatores: 
- As missões religiosas das ordens católicas (processo de 
catequização indígena) 
- A exploração das drogas do sertão : Produtos extraídos da floresta 
(Baunilha, salsaparrilha, castanha do Pará, etc.) Amazônica pelas 
populações indígenas e exportados para a Europa (relação com os 
colonos baseada no escambo e altamente condenada pelos jesuítas) 
• Criação de núcleos urbanos para garantir exploração das drogas do 
sertão – 1616 – fundação de Belém do Pará 
• Para garantir a defesa organização administrativa da par te norte da 
sua colônia Portugalpolítico) 
• A formação de grandes impérios – anexação de territórios e 
subordinação de outros povos 
 
 
1º Ano 
Aula 09: Pré-História: As sociedades indígenas na América 
 
Objetivos: Discutir, a partir das diversa formas de organização social das populações 
nativas da América, as relações estabelecidas entre os homens (formação de relações 
sociais) e destes com o meio que os circunda (relações de produção das condições 
de vida e de sua reprodução). Nesse processo será apresentada uma dimensão geral 
das populações indígenas que ocupavam a América, assim como, a sua diversidade 
cultural.. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A Questão Indígena (o olhar sobre o outro) 
2. Os povos nativos: diversidade de relações sociais 
3. Homem e Natureza: As civilizações Andinas 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. A Questão Indígena 
• Análise da ficha: Ritos corporais dos Nacirema. 
- Quais rituais são descritos? 
- Há alguma semelhança entre os Nacirema e nós? 
- Apresentação do texto (a importância da compreensão da diferença – o 
olhar antropológico) 
• A presença Indigena no continente Americano (uma questão que mobiliza 
passado e presente) 
• Dois exemplos de como esta é uma questão atual: No ano de 2008 podem 
ser citados os conflitos na Bolivia e a polêmica sobre a demarcação de 
terras da reserva indigena Raposo/Serra do Sol (questão central é a forma 
distinta de organização e concepçãod e mundo das populações indigenas e 
da civilização ocidental – link com a diferença acerca da posse da terra: 
posse comunal da terra vs. Propriedade privada da terra – Indicação de 
filme: Terra Vermelha, Marco Bechis – Questão Guarani) 
• História do continente – história indígena. 
 
2. Os povos nativos: diversidade de relações sociais 
• Conceito Chave: RELAÇÃO HOMEM → HOMEM 
• Ocupação de todo o continente – constituição de culturas e formas de 
relações sociais bem distintas: 
• A Agricultura - possibilidade de sedentarização 
- (Domesticação do Milho) → 5.700 a.C na Mesoamérica 
- (Domesticação da Batata → 8000 a.C. nos Andes 
 
• ESQUEMA GERAL DE ORGANIZAÇÃO: 
 
→Sociedades organizadas através de Estados (±1000 a.C.) – organizações 
a partir de centros urbanos. 
→ Sociedades Nômades ou Seminômades. (Como as tribos que ocupavam 
o atual território brasileiro) 
 
• A Aldeia, sociedades comunais 
→ Laços de parentesco 
→ Reciprocidade 
→Unidade Básica de produção da vida material e da organização do 
trabalho – Os grandes constituíram-se a partir delas, subordinando-as e 
mantendo seu poder através dos chefes locais. 
 
 
• A população na América Indígena: 
- Mesoamérica : ± 20 milhões de habitantes (Continente e mar do Caribe) 
 - Região Andina: ± 12 milhões 
- Região Amazônica e Litoral Atlântico ± 6 milhões 
 
• As etnias indígenas no território brasileiro: 
- principais grupos étnico-linguistico: Tupi-Guaranis (Costa atlântica); Jê 
(Planalto central brasileiro); Caraíbas e Aruaques (Planice Amazônica) 
- Comunidades semi-nomades ou nômades (como os Guaranis e ocupação 
de toda a região Sul do Brasil, Uruguai e Paraguai) 
• A Construção das Grandes Civilizações: 
- Os Maias – As Cidades-Estado e os reinos 
- Incas e Astecas – formação de Grandes Impérios (NOTA: São Impérios 
extremamente recentes – Inca – consolidação do poder imperial entre 1453 
a 1532 / Asteca 1325 a 1521) 
 
 
3. Homem e Natureza: As civilizações Andinas 
 
• Conceito Chave: RELAÇÃO HOMEM → NATUREZA 
• Características específicas da Cordilheira dos Andes: 
- Variação climáticas devido a altitude – constituição de “arquipélagos” 
ecológicos. 
• Processo de sendentarização e o desenvolvimento da agricultura em 
patamares diferentes 
• A Mita – forma de organização do trabalho → Os laços de parentesco e 
reciprocidade e a mobilidade de uma aldeia pela montanha 
• A apropriação da Mita (forma de organização do Trabalho0 pelo Império 
Inca (Transformação em tributação) 
 
 
 
 
 
História Antiga 
Antiguidade Oriental 
1º Ano 
Aula 10: O Egito Antigo: Sociedade de classes 
 
Obs: Aula para duas entradas 
 
Objetivos: Apresentar as principais características da sociedade egípcia, 
tomando-a como exemplo do processo de formação do Estado e constituição 
de uma sociedade de classe. Discutir a profunda relação entre homem e 
natureza na constituição da agricultura de irrigação e o papel do Estado na 
apropriação do excedente (conceito de despotismo oriental) Apresentar a 
estrutura social egípcia e seus aspectos culturais. 
 
Metodologia: Aula expositiva, Debate de trecho do documentário “O mundo 
se ninguém” e apresentação de Power-point 
 
Estrutura da Aula: 
1. Um pouco de Cronologia: A Antiguidade Oriental. 
2. Despotismo Oriental e as primeiras civilizações 
3. O Egito antigo e o Nilo. 
4. O poder faraônico e a sociedade egípcia. 
5. O Egito antigo: características sociais e culturais. 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. Um pouco de Cronologia: A Antiguidade Oriental. 
IMPORTANTE: Construir a linha do tempo da História Antiga 
• ±5000 a.C. – desenvolvimento da escrita (indício da formação do 
Estado) – marco do início da Idade Antiga. 
• Divisão da Idade Antiga em dois blocos (separação baseada em 
espaços geográficos distintos) 
- Antiguidade Oriental: Região do norte da África e Oriente Médio 
(inclui as civilizações do Egito e da Mesopotâmia) 
- Antiguidade Clássica: Região Mediterrânica (inclui as civilizações 
da Grécia e de Roma) 
 
IMPORTANTE: Utilização do Google Earth para caracterizar cada uma 
destas regiões, com especial ênfase na região do Crescente Fértil 
 
• O fascínio que sentimos por essas sociedades antigas baseia-se 
sobretudo na monumentalidade de suas edificações. 
• Trecho do Documentário: “O mundo sem ninguém” (Parte 3) – a 
questão da monumentalidade e longevidade desses monumentos 
frente a nossa sociedade do consumo. 
• Lição de casa: Utilização do Google Earth e visitação de alguns dos 
principais monumentos da antiguidade oriental 
 
 
2. Despotismo Oriental e as primeiras civilizações. 
 
• Despotismo oriental : Um modelo explicativo criado para caracterizar as 
sociedades da Antiguidade Oriental – Origem no termo Modo de produção 
asiático. 
• Importante: Os modelos explicativos são importantes no estudo de 
História, no entanto deve ser visto com cuidado, pois há diversas 
especificidades que os modelos não dão conta. 
• Características do Despotismo Oriental 
Política: 
o Poder centralizado 
o Estado teocrático 
 
Economia: 
o Sociedade agrícola baseada na cultura de irrigação (próximo a 
grandes rios) 
o Controle do Estado sobre as terras destinadas a agricultura 
o Servidão Coletiva 
 
Sociedade: 
o Religiões politeísta 
o Concepção cíclica de mundo 
 
3. O Egito antigo e o Nilo. 
• A ocupação do vale do Rio Nilo - período Neolítico (5.000 .aC.) – 
populações nômades provenientes da África e Ásia em busca de 
terras férteis em meio ao processo de desertificação do Norte da 
África. 
• Trecho do documentário: “Construindo um Império” (Parte 1) 
• O vale do rio Nilo: região propícia para o desenvolvimento da 
agricultura – processo natural de fertilização das margens dos rios – 
facilitando assim o desenvolvimento das atividades agrícolas. 
• A formação dos nomos – aldeias autônomas localizadas nas 
margens do Nilo – estruturada a partir da agricultura de irrigação 
(sistemas de diques e canais utilizados para aumentar e controlar as 
áreas de inundação do Nilo) 
• Unificação dessas aldeias formando dois grandes reinos (ou 
confederações) – o Alto Egito (Vale do rio Nilo), e o Baixo Egito 
(região do Delta) 
• 3.100 – unificação das duas coroas por Namer (Menés) primeiro 
governante do Egito a se intitular faraó. 
 
4. O poder faraônico e a sociedade egípcia. 
• Estrutura de governo extremamente hierarquizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Poder do faraó baseado no controle quase exclusivo sobre a terra 
(portanto sobre a agricultura) e na sua dimensão divina (ele era 
identificadocria o Estado de Grão Pará e Maranhão com 
governo-geral próprio – unificado ao Estado do Brasil somente em 
1774. 
• Maranhão - A ocupação do Maranhão se deve a uma outra atividade 
econômica – o algodão . Características semelhantes a da produção de 
açúcar (Plantation ) 
• Conflitos coloniais : Revolta de Beckman (1684) 
- Contexto Histórico: Restauração portuguesa (1640) e o fim da 
invasão holandesa (1654) – aumento da exploração da metrópole 
sobre a colônia. 
- Causa: Insatisfação dos colonos com a Companhia do Grão-Pa rá 
e Maranhão e o preço dos produtos (companhia criada pelo governo 
português e que monopolizava a compra do algodão e venda de 
produtos metropolitanos – inclusive de escravos) 
- Movimento liderado por dois irmãos: Manuel e Tomás Backman . 
Forte repressão da Coroa e prisão dos principais lí deres . Mas em 
contrapartida, para acalmar os ânimos na região, a Coroa portuguesa 
extinguiu a companhia. 
 
3. A pecuária 
a) O sertão nordestino 
• Criação de gado para abastecer as áreas produtoras de açúcar. 
(Gado de corte e leiteiro industrias do charque e do couro) 
• Expansão da zona criadora de gado ao longo do sertã o 
nordestino e vale do rio São Francisco. 
• Mescla de trabalho livre e trabalho escravo 
b) A fronteira Sul 
• Expansão da pecuária a partir da capitânia de São P aulo – rápida 
adaptação do gado bovino a região dos pampas (extensas planícies 
recobertas de gramíneas) 
• Interesses da Coroa portuguesa na ocupação da front eira Sul: 
Área de litígio entre as coroas Ibéricas . Disputa pela foz do Rio da 
Prata. 
• Constituição da pecuária e da indústria do charque (exportação 
para as minas do altiplano boloviano) 
• Criação da Colônia de Sacramento na foz do Rio da Prata 
 
4. O mito das bandeiras e a mineração 
• A vila de São Paulo de Piratininga 
 – criação do povoado em 1554 (povoamento realizado por padres 
jesuítas – Padre Antonio Nóbrega e Padre Anchieta) 
- 1561 – São Paulo ganha o status de vila 
- Área periférica da América Portuguesa 
- Economia de subsistência e produção de trigo (serviu como 
centro de abastecimento para as tropas portuguesas nas guerras 
holandesas) 
- forte presença de elementos indígenas . (incorporação e conflitos 
na relação entre colonos, população indígena e missionários) → 
Cultura híbrida. 
 
 
• As bandeiras paulistas 
- Definição: Expedições militares voltadas para a exploração do 
interior da colônia , formada por colonos portugueses de São Paulo, 
mestiços e populações indígenas aliadas. 
- Fator Geográfico: A rede hidrográfica de São Paulo facilitava o 
processo de exploração do interior da colônia . 
- Importante: As bandeiras correspondiam a atividades econômicas 
marginais dentro do cotidiano da vila de São Paulo de Piratininga 
Bandeira de apresamento: Captura de índios para o trabalho escravo, 
sobretudo para abastecer a economia paulista (confronto com as 
missões jesuíticas) 
Bandeira de prospecção: Busca de minas de metais e pedras 
preciosas 
- O sonho do Eldorado (comparação com a América Espanhola) 
- 1693 – Antônio Rodrigues Arzão: descoberta do ouro de aluvião 
na região de Minas Gerais 
- 1718 – Pascoal Moreira Cabral: descoberta de ouro n a região de 
Goiás e Mato Grosso 
Bandeiras como expedições mercenárias: Domingos Jorge Velho e a 
destruição do Quilombo dos Palmares 
- Importante: As Bandeiras constituíram a abertura de rotas para o 
interior da colônia, mas não foi responsável pela o cupação desse 
território. 
 
5. Os tratados e fronteiras legais 
• Século XVIII e XIX: tentativa de estabelecer novos limites das 
colônias ibéricas 
- 1750 – Tratado de Madri (Anexação da região Norte e Centro Oeste) 
- 1777 – Tratado de Santo Idelfonso 
- 1801 – Tratado de Badajoz (Definição da foz do Rio da Prata) 
 
2º Ano 
Aula 27: A mineração na América Portuguesa (Aspectos econômicos e 
políticos) 
 
Objetivos: Discutir o papel das bandeiras paulistas na ocupação do interior da 
colônia portuguesa e sua relação com a descoberta das jazidas de metais e 
pedras preciosas. Debater o impacto da exploração destas jazidas para a 
colônia e para a metrópole. Apresentar as principais características políticas e 
econômicas da sociedade mineradora, assim como as conseqüências da 
atividade mineradora para a dinâmica social da colônia. 
Estrutura da Aula: 
1. A descoberta do Ouro 
2. A Coroa e a exploração das minas 
3. As relações sociais nas Minas Gerais 
 
Planejamento da Aula: 
1. A descoberta do Ouro 
• Final do século XVII – Bandeira de Fernão Dias (1674) descobre 
a rota para a região de Minas Gerais 
• 1693 – descoberta de ouro de aluvião na região de M inas Gerais 
– bandeira de Antonio Rodriguez Arzão → início do fluxo de 
paulistas para a região (mineração nos ribeirões) 
• 1898 – Antônio Dias de Oliveira descobre jazidas de ouro na 
região onde será fundada posteriormente Ouro Preto 
• Início do séc. XVIII → A descoberta das minas de ouro 
desencadeiam uma onda de migração (Bahia, Rio de Janeiro e 
outras províncias) e de imigração (principalmente de Portugal): 
cerca de 10 mil pessoas por ano. 
• Este fluxo de pessoas leva a formação de núcleos urbanos , mas 
ainda sem o controle da Coroa . 
 
• 1708 – Guerra dos emboabas 
Origem: Conflito pelo controle da região das minas ente pau listas 
(pioneiros na exploração da área e que queriam manter o controle 
exclusivo da região) e os chamados emboabas (migrantes 
estabelecidos na área e grandes comerciantes ligado s ao 
abastecimento das minas) 
Resultado: Os paulistas derrotados abandonaram a região em 
busca de outras jazidas, descobrindo-as na região d e Goiás e Mato 
Grosso (processo de ocupação da região Centro-Oeste) 
Conseqüências: Em resposta a Guerra dos Emboabas a Coroa 
decidiu criar instituições administrativas para con trolar a região . 
 
2. A Coroa e a exploração das minas 
• Criação de instituições administrativas : processo de centralização 
do poder e controle da extração do ouro pela Coroa . 
• Principais medidas: 
- Separação da capitania do Rio de Janeiro da região formada por 
Minas Gerais/São Paulo (capitânia independente) 
- Criação de núcleo urbanos com status de vila (normatização e 
controle da população mineradora) 
- Constituição do aparelho administrativo fiscal (mecanismo de 
controle da produção mineradora e da arrecadação do ouro por parte da 
Coroa) 
o Regimento de terras (organização das áreas mineradoras) – 
privilégios de acesso a concessões das minas pela quantidade de 
escravos. 
o Impostos reais (arrecadação da quinta parte, ou quinto real) 
- Cobrança por batéia (cobrado pelo número de escravos) – 
suspenso devido a diversas revoltas 
- Criação das casas de fundição (Arrecadação de todo o ouro 
extraído e retirada de 20% para a Coroa, o restante era fundido 
em barras com selo real) 
Objetivo: Evitar o contrabando e garantir a arrecadação da 
Coroa. 
• 1720 - Revolta de Vila Rica (ou Revolta de Felipe do Santos) 
- Motivos: Oposição a criação da casa de fundição na vila de V ila 
Rica (Apoio de grandes comerciantes, mineradores e de setores 
populares) 
- Reação da Coroa: Conde de Assumar comandando 1500 homens 
acaba com o motim – Filipe dos Santos (líder popular do levante) é 
preso e executado. 
• Conseqüências: Aumento do controle real sobre a região 
- Criação da capitânia de Minas Gerais 
- Estipulação de uma arrecadação anual para cada cida de como 
quinto real – 100 arrobas (1500 kg) →pago normalmente até 1762 (nos 
anos seguintes a Coroa iria impor a cobrança violenta da cota as 
cidades – Derrama) 
- 1763 – Transferência da sede do vice-reino para o Rio de Janeiro 
 
3. As relações sociais nas Minas Gerais 
• Conseqüências da mineração: Processo de interiorização da 
colonização e interligação da economia colonial → redes de 
abastecimento das áreas mineradoras: 
- São Paulo (produção de alimentos – trigo) 
- Bahia/Pernambuco (produçãode alimentos – pecuária – e escravos) 
- Rio de Janeiro (produtos manufaturados e escravos) 
• Região marcada pela opulência (luxo) e pela miséria → riqueza 
concentrada nas mãos de uma minoria (atravessadores de gêneros 
alimentícios, grandes mineradores e funcionários reais) 
• Alto custo de subsistência : grande número de trabalhadores livres 
e miseráveis (inflação dos preços na área) 
• Utilização de mão-de-obra escrava nas minas (os escravos 
compunham mais da metade da população das áreas mineradoras) 
• Formação de grandes centros urbanos : Vila Rica (Ouro Preto), 
Mariana, Sabará, São João del Rei, etc. 
• Sociedade urbana → Cultura hibrida (mescla de elementos 
portugueses e africanos, erudito e popular, sacro e profano) – traço 
comum não só na região das minas, mas em toda a colônia. 
 
2º Ano 
Aula 28: A Crise do Antigo Sistema Colonial 
 
Objetivos: Apresentar os processos históricos que levaram a desestruturação 
do Antigo Regime e seus impactos na relação entre Portugal e o Brasil, assim 
como a eclosão dos primeiros movimentos separatistas. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A crise do Antigo Sistema Colonial 
2. O Iluminismo e a Reforma Pombalina 
3. Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana 
 
Planejamento da Aula: 
1. A crise do Antigo Sistema Colonial 
• Questão Central: O século XVIII é marcado pela Crise do Antigo 
Sistema Colonial. 
• Impacto das grandes transformações sociais que marcaram esse 
período (Iluminismo, Revolução Industrial e Revolução France sa) 
• O declínio do império português 
o Período de redefinição do equilíbrio de forças no plano 
internacional 
- séc. XV e XVI – supremacia de Portugal e Espanha 
- séc. XVII e VIII – supremacia de Holanda, Inglaterra e França 
o A situação de Portugal nesse contexto: 
- Diplomacia de neutralidade (salvaguardar as colônias) 
- Estreitamento das relações com a Inglaterra (Tratado de 
Methuen - 1703 ) 
o Acordos comerciais (exportação de vinho e importação de 
tecidos) 
o Acordos políticos e militares (Proteção em relação a França 
e Espanha – dinastia do Boubons) 
Consequencia: Aumento da dependência portuguesa em relação a 
Inglaterra (devido ao processo de industrialização e o descompasso da 
balança comercial portuguesa) 
 
2. O Iluminismo e a Reforma Pombalina 
• Sec. XVIII: Constituição de uma percepção dentro de Portugal de uma 
situação de decadência e atraso em relação aos demais países 
europeus. (Perda de possessões coloniais e crise econômica) 
• 1750 - Coroação de D. José I – nomeação do Marquês de Pombal 
como ministro real. 
• Marquês de Pombal: Fortemente influenciado pelas idéias 
iluministas (racionalização da máquina administrativa e despotis mo 
esclarecido ) 
• Reformas Pombalinas: 
Objetivos: Reorganizar a administração portuguesa sobre 
princípios racionais 
- Criação de Companhias de Comércio (Grão Pará e Maranhão, 
Pernambuco) 
- Desenvolvimento de manufaturas e da produção agríco la 
- Consolidação das fronteiras coloniais 
- 1750 – expulsão dos Jesuítas de confiscos dos bens da orde m em 
território português 
- Reforma da educação – criação de escolas laicas 
• 1777 – Com a morte de D. José I assume o trono sua esposa D. 
Maria. → Pombal é deposto parte de suas reformas interrompid as. 
 
4. Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana 
• Contexto político: Movimento Iluminista, Independência dos EUA 
Revolução Francesa – Crise do Antigo Regime . 
• Conseqüências na América Portuguesa: Formação de movimentos 
separatistas na colônia . 
 
 
a) A inconfidência mineira (1789) 
• Região das minas, segunda metade do séc. XVIII: Declínio da 
extração de ouro. Dificuldade em pagar o quinto rea l. 
• Ameaça de realização da derrama por parte das autoridades 
portuguesa (Ameaça que recaia principalmente sobre a elite 
colonial das regiões mineradores - maiores devedor es) 
• Influencia das idéias iluministas e contestação do antigo regime 
→ A maior parte dos inconfidentes havia estudado na Europa e 
tiveram acesso a estas obras . 
• 1788 - Formação de planos de insurgência contra a Coroa (a ser 
deflagrado quando começasse a derrama ) 
• Programa dos inconfidentes: 
- Independência da capitânia de Minas Gerais 
- Proclamação de uma república (modelo dos EUA) 
• 1789 – Delação de Silvério dos Reis – prisão de todos os 
envolvidos na Inconfidência. 
• Os lideres são degredados (como Tomáz Antonio Gonzaga) , 
com exceção do alferes José Joaquim da Silva dos Re is, 
conhecido pelo nome de Tiradentes . (Construção posterior de 
sua imagem como herói da nação – final do séc. XIX e início do 
XX) 
 
b) Conjuração baiana (1798) 
• Bahia, séc. XVIII: Declínio da produção de açúcar e do poder 
político da elite regional (acentuado após a mudança da sede do 
governo-geral para o RJ) 
• Movimento fortemente inspirado na Revolução Frances a 
(República Jacobina ) e de caráter popular (ampla participação 
de escravos negros e libertos ) 
• Programa dos conjurados: 
- Independência da capitânia da Bahia 
- Proclamação de uma República 
- Abolição da escravidão 
• 1789 – Lançamento de um panfleto conclamando o povo a 
revolta. Os líderes do movimento foram preso, quatro 
enforcados e os demais degredados. 
2º Ano 
Aula 29: A Crise do Antigo Sistema Colonial 
 
Objetivos: Apresentar os processos históricos que levaram a desestruturação 
do Antigo Regime e seus impactos na relação entre Portugal e o Brasil, assim 
como a eclosão dos primeiros movimentos separatistas. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A crise do Antigo Sistema Colonial 
2. O Iluminismo e a Reforma Pombalina 
3. Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana 
 
Planejamento da Aula: 
1. A crise do Antigo Sistema Colonial 
• Questão Central: O século XVIII é marcado pela Crise do Antigo 
Sistema Colonial. 
• Impacto das grandes transformações sociais que marcaram esse 
período (Iluminismo, Revolução Industrial e Revolução France sa) 
• O declínio do império português 
o Período de redefinição do equilíbrio de forças no plano 
internacional 
- séc. XV e XVI – supremacia de Portugal e Espanha 
- séc. XVII e VIII – supremacia de Holanda, Inglaterra e França 
o A situação de Portugal nesse contexto: 
- Diplomacia de neutralidade (salvaguardar as colônias) 
- Estreitamento das relações com a Inglaterra (Tratado de 
Methuen - 1703 ) 
o Acordos comerciais (exportação de vinho e importação de 
tecidos) 
o Acordos políticos e militares (Proteção em relação a França 
e Espanha – dinastia do Boubons) 
Consequencia: Aumento da dependência portuguesa em relação a 
Inglaterra (devido ao processo de industrialização e o descompasso da 
balança comercial portuguesa) 
 
2. O Iluminismo e a Reforma Pombalina 
• Sec. XVIII: Constituição de uma percepção dentro de Portugal de uma 
situação de decadência e atraso em relação aos demais países 
europeus. (Perda de possessões coloniais e crise econômica) 
• 1750 - Coroação de D. José I – nomeação do Marquês de Pombal 
como ministro real. 
• Marquês de Pombal: Fortemente influenciado pelas idéias 
iluministas (racionalização da máquina administrativa e despotis mo 
esclarecido ) 
• Reformas Pombalinas: 
Objetivos: Reorganizar a administração portuguesa sobre 
princípios racionais 
- Criação de Companhias de Comércio (Grão Pará e Maranhão, 
Pernambuco) 
- Desenvolvimento de manufaturas e da produção agríco la 
- Consolidação das fronteiras coloniais 
- 1750 – expulsão dos Jesuítas de confiscos dos bens da orde m em 
território português 
- Reforma da educação – criação de escolas laicas 
• 1777 – Com a morte de D. José I assume o trono sua esposa D. 
Maria. → Pombal é deposto parte de suas reformas interrompid as. 
 
4. Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana 
• Contexto político: Movimento Iluminista, Independência dos EUA 
Revolução Francesa – Crise do Antigo Regime . 
• Conseqüências na América Portuguesa: Formação de movimentosseparatistas na colônia . 
 
 
c) A inconfidência mineira (1789) 
• Região das minas, segunda metade do séc. XVIII: Declínio da 
extração de ouro. Dificuldade em pagar o quinto rea l. 
• Ameaça de realização da derrama por parte das autoridades 
portuguesa (Ameaça que recaia principalmente sobre a elite 
colonial das regiões mineradores - maiores devedor es) 
• Influencia das idéias iluministas e contestação do antigo regime 
→ A maior parte dos inconfidentes havia estudado na Europa e 
tiveram acesso a estas obras . 
• 1788 - Formação de planos de insurgência contra a Coroa (a ser 
deflagrado quando começasse a derrama ) 
• Programa dos inconfidentes: 
- Independência da capitânia de Minas Gerais 
- Proclamação de uma república (modelo dos EUA) 
• 1789 – Delação de Silvério dos Reis – prisão de todos os 
envolvidos na Inconfidência. 
• Os lideres são degredados (como Tomáz Antonio Gonzaga) , 
com exceção do alferes José Joaquim da Silva dos Re is, 
conhecido pelo nome de Tiradentes . (Construção posterior de 
sua imagem como herói da nação – final do séc. XIX e início do 
XX) 
 
d) Conjuração baiana (1798) 
• Bahia, séc. XVIII: Declínio da produção de açúcar e do poder 
político da elite regional (acentuado após a mudança da sede do 
governo-geral para o RJ) 
• Movimento fortemente inspirado na Revolução Frances a 
(República Jacobina ) e de caráter popular (ampla participação 
de escravos negros e libertos ) 
• Programa dos conjurados: 
- Independência da capitânia da Bahia 
- Proclamação de uma República 
- Abolição da escravidão 
• 1789 – Lançamento de um panfleto conclamando o povo a 
revolta. Os líderes do movimento foram preso, quatro 
enforcados e os demais degredados. 
 
2º Ano 
Aula 30: O Período Joanino (1808 – 1820) 
 
Objetivos: Narrar os episódios que propiciaram a vinda da família real portuguesa 
para o Brasil dentro do contexto das guerras napoleônicas. Discutir as transformações 
e os impactos da transferência do estado lusitano para a colônia. Apontar os 
elementos que levaram ao retorno de D. João VI a Portugal e a deflagração da 
independência do Brasil. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A vinda da família real 
2. A interiorização da metrópole 
3. A revolução dos Portos e o fim do período Joanino 
 
Planejamento da Aula: 
1. A vinda da família real 
• 1806 – Bloqueio Continental (contexto das guerras napoleônicas) 
• 1808 – Invasão napoleônica – fuga da família real portuguesa e da corte 
para a colônia americana (com a proteção da Inglaterra) 
• Período Joanino – presença da corte portuguesa na colônia (1808 – 1821) 
• O fim do Pacto colonial 
- 1808 – Abertura dos Portos (As nações amigas) – medida que atende aos 
interesses ingleses . 
5. Necessidade de pensar esse tratado como um momento de Ruptura – 
Fim do pacto colonial e superação da condição de co lônia 
(liberdade de comércio para as elites coloniais) 
- 1810 – Tratados com a Inglaterra 
• Tratado de Aliança e Comércio (24% as nações estrangeiras, 16% a 
produtos portugueses e 15% a produtos ingleses ) 
• Tratado de Aliança e Amizade (Privilégios aos ingleses e restrição 
do tráfico de escravos ) 
• Fim das restrições as colônias a produção manufatur eira. 
 
2. A interiorização da metrópole 
• A transferência do estado português para a colônia 
• Constituição no Rio de Janeiro das instituições do Estado português 
• Criação do banco do Brasil (para regular o tesouro real e as finanças 
portuguesas) 
• Transferência de toda a burocracia metropolitana 
- Exército 
- Estado Maior português 
- Suprema Corte 
• 1815 – Com a derrota de Napoleão Bonaparte e a realização do Congresso de 
Viena o Brasil é elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves 
• A política externa Joanina 
• Intervenção na Guiana Francesa (retaliação a França) 
• Intervenção na região do Rio da Prata (1811 e em 1816) – antiga ambição 
portuguesa 
• 1821 – Anexação da província cisplatina (Uruguai) 
 
• A Revolução Pernambucana (1817) 
• Causas: 
- Insatisfação em relação a transferência do eixo p olítico para o sudeste 
(RJ); 
- Declínio da produção açucareira e os altos custos da manutenção da 
corte e de suas campanhas militares ; 
• Início da revolta em Pernambuco e expansão para Alagoas, Para íba e Rio 
Grande do Norte 
• Com o apoio popular nessas províncias os revoltosos procl amaram uma 
República 
• Intervenção das tropas reais dissolve os revoltosos em 2 meses 
 
3. A revolução dos Portos e o fim do período Joanino 
• 1820 – Revolução dos Portos (Portugal) – de caráter liberal e 
antiabsolutista – liderada pela burguesia portuguesa ; 
• Formação das Cortes (assembléia constitucional ) para a constituição de 
uma monarquia constitucionalista. 
Exigência do retorno de D. João VI – diante da pressão ele retorna em 1821, 
deixando seu filho, D. Pedro, como príncipe regente doBrasil. 
 
2º Ano 
Aula 31: O processo de independência e o primeiro reinado (1822 – 1831) 
Nota: Aula para duas entradas 
Objetivos: Discutir as principais questões relativas ao processo de emancipação e da 
construção do Estado nacional. Neste sentido ressaltar as discussões e tensões entre 
os poderes locais o poder central, entre as perspectivas acerca da forma de governo e 
os primeiros passos na constituição de uma identidade nacional. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A independência do Brasil (1822) 
2. A constituição do Estado brasileiro 
3. A confederação do Equador 
4. O conceito de nação e as representações da independência 
5. A abdicação de D. Pedro I 
 
Planejamento da aula: 
1. A independência do Brasil (1822) 
• 1821 - Volta de D. João VI para Portugal 
- Cortes de Lisboa → Perspectiva de restituição das estruturas coloniais 
(exclusivismo colonial) 
- Os representantes da colônia deixam em protesto as cor tes de Lisboa 
- Pressão para a volta do príncipe regente D. Pedro I 
 
Análise da carta de José Bonifácio 
 
• 1822 – Proclamação da Independência 
- Apoio da elite aristocrata e escravista 
- Defesa das estruturas monárquicas (diferença das independências da 
América Hispânica) 
• Guerra de Independência 
- Resistência de regiões ligadas ao comércio com Port ugal (Salvador – BA e 
no Pará) 
- Formação de um exército mercenário e manutenção da unidade territo rial . 
• Homologação da Independência 
- 1824 (EUA): Contexto da doutrina Monroe 
- 1824 (POR): Pagamento de uma quantia de 2 milhões de lib ras (empréstimos 
em bancos ingleses) e garantia de que nenhuma outra colônia se juntaria a o 
Brasil (questão de Benguela) 
- 1826 (ING): Renovação dos acordos de 1810 
 
2. A constituição do Estado brasileiro 
• Principais questões em discussão (formato de govern o) 
- Estado liberal vs. Estado absolutista 
- Federalismo vs. Centralismo 
• 1823 – Formação da Assembléia Constituinte 
Constituição da Mandioca (Projeto de Constituição ) – proposta dos irmãos 
Andrada. 
Síntese do projeto: 
- Soberania do poder legislativo (o Imperador não poderia dissolver o 
legislativos) 
- Limitação do poder executivo : Não possuía poder de veto sobre as decisões do 
legislativo 
 
- Sistema de voto censitário e indireto 
Eleitor Alqueire de Mandioca 5 
Eleitor de 1º Nivel 150 
Eleitor de 2º Nivel 250 
Deputado 500 
Senador 1.000 
 
• 1824 – Dissolução da Assembléia e outorgação da Constituiç ão por D. 
Pedro I 
 
• Divisão em quatro poderes: 
- Judiciário 
- Legislativo 
- Executivo (Imperador) 
- Moderador (De posse do Imperador, permitia a inte rvenção nos demais 
poderes) 
• Instituição de uma nobreza (instituída pelo governo e não hereditária ) 
• Catolicismo – religião oficial do Estado 
• Voto indireto e censitário 
• Criação do conselho de Estado 
 
3. A Confederação do Equador (1824) – a questão da unidade territorial 
• Perspectiva “antilusitana” e federalista →Oposição ao texto centralizador 
da Constituição 
• Principais líderes:Cipriano Barata e Frei Caneca 
 
5
 1 alqueire equivale a 24.200 m quadrados. 
• Formação de uma junta governamental (apoio de outras províncias do 
nordeste) 
• Forte repressão do governo do RJ . 
 
4. O conceito de nação e as representações da independência 
• Definição do conceito de nação de Benedict Anderson 
- Comunidade política (coletivo pautado em relações políticas) imaginada 
(pois não é uma relação pessoal), soberana (pois possui seu próprio governo – 
Estado) e limitada (possui um território com fronteiras definidas) 
• Diferenciação entre Estado nacional e Monarquias da Idade Moderna → 
relação entre povo soberano e seu Estado ao invés de súditos de um 
monarca. 
• Discurso político para legitimar essa ideia → nacionalismo (construção de 
uma identidade nacional ) 
• Processo de independência como marco de fundação pa ra ex-colônias 
• Análise dos quadros da independência do Brasil e da figura de D. Pedro I 
 
5. A abdicação de D. Pedro I 
Fatores internos: 
• Instabilidade política : Conflito entre partidários da independência (brasileiros) 
e da reunificação (portugueses) →Importante lembrar que D. Pedro I era 
herdeiro do trono português 
• Crise da Cisplatina (1825 – 1828) : Pesados gastos públicos 
• Crise Econômica (1828) : Instalação da falência do Banco do Brasil 
Fatores externos: 
• 1826 – Morte de D. João VI → Crise sucessória do trono português 
(envolvimento de D. Pedro nesta discussão) 
• 1831 – Devido a pressão de D. Pedro I é obrigado a abdicar em favor de 
seu filho (Na época era de menor de idade) 
 
 
 
2º Ano 
Aula 32: Colonização espanhola 
 
Objetivos: Demonstrar as especificidades da colonização da América Hispânica e 
suas principais características; dando ênfase nos aspectos econômicos (tanto a 
produção colonial, quanto às formas de trabalho compulsório empregado) 
 
Estrutura de Aula: 
1. Economia Colonial 
2. Administração Colonial 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. Economia Colonial 
a) Mineração (bullion, bullionismo) 
 
• Produção de ouro e prata na América Hispânica (1503 – 1660) 
- 186 mil quilos de ouro 
- 16 milhões de quilos de prata 
- Espiral de preços (inflação na Europa) 
• Urbanização e mineração (ocupação de zonas interiores) 
 
• 1545 - Minas de Potosi (Bolívia) – descoberta das minas e inicio da ocupação 
 
• 1573 a vila de Potosi conta com uma população de 120 mil habitante s 
 
b) Lavoura Tropical 
 
• Região das Antilhas (Ilhas) e parte da América do S ul 
• Principais Produtos: 
- Açúcar 
- Tabaco 
- Anil 
- Cacau 
 
 
c) Formas de trabalho compulsório 
 
• Escravidão (Indígena, mas principalmente Negra) - Trabalho nas lavouras 
(Principalmente Antilhas e Venezuela) 
• Encomienda (instituição de origem Ibérica) - Posse das populações 
indígenas (direito de usufruto de seu trabalho, argumento reli gioso ) 
• Mita (instituição de origem Pré-Colombiana) - Tributo Sazonal em forma de 
Trabalho (arregimentação do trabalho) 
 
 
2. Administração Colonial 
a) Divisão administrativa (Recurso digital da Moderna plus ) 
• Vice-Reinos 
- Nova Espanha 
- Peru 
- Nova Granada 
- Rio da Prata (1776) 
 
• Capitanias 
- Cuba 
- Guatemala 
- Venezuela 
- Chile 
 
 
b) Principais órgãos administrativos 
 
Órgãos responsáveis pela política Colonial 
• 1503 – Casa de contratação de Sevilha (organização do fluxo comercial) 
• 1524 – Conselho Real e Supremo das Índias (idealizador da política 
colonial) 
 Órgãos Coloniais 
• Vice-Reinos e Capitanias (órgãos administrativos) 
• Audiências (órgão judicial) 
• Cabildo (órgão político regional, câmara municipal) 
 
Hierarquia da administração colonial espanhola 
• Chapetones ou Peninsulares : Homens nascidos na Espanha e mandados 
pelo Rei para assumir os principais cargos da administração colonial. 
• Criollos : Elite colonial nascida na colônia (poder local), proibida de 
assumir os principais cargos administrativos da col ônia . 
 
Características da política colonial Hispânica. 
• Forte domínio Metropolitano (rígida legislação colonila) 
• Sistema de Porto Único : 
- Portos Americanos: Vera Cruz (México) ;Tierra Firme (Panamá); 
- Porto Belo (Istmo) Porto na Espanha (Cadiz/Sevilha) 
 
2º Ano 
Aula 33: A independência da América Hispânica (América do Sul) 
Objetivos: Discutir o processo de independência das colônias hispânicas, tendo como 
ênfase a independência das Colônias da América do Sul. Debater o processo de 
formação dos Estados Nacionais, suas especificidades e a questão das identidades 
nacionais desencadeadas pelas guerras de independência. 
 
Estrutura da aula: 
1. As colônias espanholas na Crise do Antigo Regime. 
2. As Guerras de Independência 
 
Planejamento da aula: 
 
1. As colônias espanholas na Crise do Antigo Regime. 
• Situação periférica da Espanha em relação as princi pais monarquias 
européias (Inglaterra e França) – Monarquia Absolutista e com uma economia 
agrária 
• Dinastia Bourbon – Carlos III e a Reforma administrativa (baseado nas idéias 
Iluministas e na preocupação de racionalizar as estruturas econômicas do Império) 
– arrecadação de tributos e controle da administração 
• Tensões internas – descontentamento da elite Criolla ( em relação aos 
chapetones e a Coroa) e da população pobre (a questão da terras e dos tributos 
para as populações indigenas e questão da liberdade para os escravos negros) 
• Independência dos EUA (1776) 
• Levantes criollos e populares (Levante de Tupac Amaru – Peru – 1780/1781 ) 
 
2. As Guerras de Independência 
a) O contexto histórico 
• 1808 - Invasão Napoleônica a Península Ibérica e deposição do rei 
espanhol (José Bonaparte é declarado rei de Espanha) – Crise de 
legitimidade. 
• 1810 - Formação da junta governamental de Cadiz (ESP) → Reação nas 
colônias e formação de juntas governamentais nos pr incipais cabildos 
(elite Criolla). 
 
b) Independência de Nova Granada (Colômbia, Panamá, Venezuela e Equador) 
• 1811 – Lutas pela Independência da Venezuela por Franscisco Miranda 
• 1812 – Forte repressão espanhola e um terremoto abalam o movimen to 
(uso político por parte da Igreja ) → com a deportação de Miranda , o jovem 
Simón Bolívar assume o comando das tropas . 
• 1813 – Devido a pressão das tropas realistas Simon Bolívar é obriga do a 
fugir da Venezuela e se exila no Haiti . (retomada da luta por independência) 
• Análise de documento: Carta da Jamaica, Simón Bolívar (1815) 
• Retorno à Venezuela - Independência em 1819 
 
 
c) Independência do Rio da Prata 
• 1806-1807 – Tentativa de invasão inglesa a Buenos Aires (Os invasores 
são rechaçados por tropas criollas ) 
• 1810 – Formação da junta governamental de Buenos Aires (1811 
consolidação da Independência do Vice Reino do Prata – Paraguai consolida a 
junta governamental sob as ordens de Gaspar Rodriguez Francia, inicio do 
fechamento) 
• 1812 – Chile proclama independência (em 1814 as tropas realistas vindas do 
Peru retomam o controle) 
• 1815 – O Uruguai torna-se independente sob a liderança de José Gervasio 
Artigas 
• 1816 – (Argentina) – Congresso de Tacumán e o rompimento definitivo 
com a Espanha (exercito de San Martin) 
• 1817 – Exercito de San Martin atravessa os Andes e liberta o Chile , quem 
assume o poder é Bernardo O´Higgis - (1817 – 1820) Preparação para a 
campanha do Peru 
 
d) O Vice reino do Peru 
• Centro do Poder Espanhol na América do Sul 
• 1820 – Ataques de Bolívar e de San Martin 
• 1821- A capital Lima é tomada 
• 1822 – Em Guaiquil San Martin entrega suas tropas a Bolíva r e exila-se 
na Europa (Fim das guerras de Independência na América do Sul ) 
 
2º Ano 
Aula 34: História da América – A formação dos Estados Nacionais na América Latina. 
 
Objetivos: Apresentar um panorama da situação da América Latina pós-
independencia, expor os projetos unitaristase a fragmentação da América hispânica, 
tendo como objetivo principal demonstrar o processo de formação dos Estados 
nacionais. 
 
Estrutura de Aula: 
 
1. Projetos Unitaristas 
a) Bolívar e a Grã-Colombia 
b) Buenos Aires e as Províncias Unidas do Prata 
2. Caudilhismo e fragmentação da América hispânica 
3. Representação social e os libertadores da América 
 
Planejamento de Aula: 
 
 
1. Projetos Unitaristas 
Panorama político pós independência: 
• Herança das estruturas coloniais (Exército, Igreja ) e do reformismo dos 
Reis Bourbons. 
• Necessidade de se estruturar politicamente os Estados independentes . 
• Embate político pós-independência influenciado pela s idéias e modelos 
Europeus → Monarquia constitucional inglesa (sobretudo para os setores 
mais conservadores) ou República derivada do modelo da Revolução 
Francesa e da estrutura federalista dos EUA (setores liberais). 
• Prevalece Estados com sistemas de governo republicanos . 
• A questão central passa a ser: A manutenção da unidade territorial e poder 
político centralizado (Centralismo – posição defendida por Bolívar) vs. 
Fragmentação territorial e descentralização do poder político 
(Federalismo) 
 
a) Bolívar e a Grã-Colombia 
- 1819 – Independência de Nova Granada (Colômbia, Venezuela e Equador) → 
Bolivar e o projeto unitarista 
- 1826 – Congresso do Panamá (Bolívar apresenta a sua tese de uma grande 
América) 
- 1830 – Morte de Bolívar e desmembramento da Grã-Colombia 
 
b) Buenos Aires e as Províncias Unidas do Prata 
- 1811 – com a independência do vice-reinado do Prata há a divisão e perda 
de controle de Buenos Aires do Paraguai (Rodriguez Francia), Uruguai 
(Artigas) , e do Auto Peru (Bolívia, Peru, Chile) 
 
 
2. Situação da América latina no pós-independência 
• Questão central: Por que os projetos unitaristas não deram certo? 
• Resposta está nas transformações econômicas e políticas advindas das 
guerras de independência . 
a) Política 
• Desarticulação das estruturas políticas coloniais 
• Questão da legitimidade dos governos (de onde provem o poder do 
Estado?) 
• Principais correntes políticas (1810 – 1860): Conservadores (Centralismo ) 
vs. Liberais (Federalismo ) 
• Um novo grupo proveniente das guerras de independência : os Caudilhos 
→ provenientes do movimento de militarização e do campo e ruralizarão 
da sociedade ; 
• Surgimento de lideres regionais com rede de poder estabelecido nas 
alianças pessoais . 
 
b) Economia 
• Destruição e desestruturação das zonas de produção econômicas em 
decorrência das guerras de independência. 
• Entrada dos produtos ingleses nos mercados dos Esta dos latino-
americanos (1809) Rio da Prata, (1817) Cuba e Porto Rico, (1818) Chile, 
(1821) Peru e Chile. 
• Endividamento destes países devido a aquisição de c réditos no 
estrangeiro 
 
3. Representação social e os libertadores da América 
• O conceito de representação social 
- Representação: Apresentar de novo ; 
- Representação social : Formas (ideias, conceitos) socialmente 
construídas (resultado das relações sociais) utiliz adas pelos indivíduos 
para compreender o mundo que o cerca. 
- Representação social e história: caráter histórico das representações 
sociais (constituído nas relações sociais) → rearticulação da narrativa 
histórica e construção de novas representações soci ais. 
• Análise dos quadros do “Libertadores da América” →Construção do caráter 
heroico de Bolivar e San Martin quando os problemas internos dos Estados 
Nacionais da América Hispânica tinham se resolvidos 
• Hugo Chaves e a reapropriação da imagem de Bolívar (Como herói, como 
Revolucionário e parte da retórica anti-imperialista) 
 
 
2º Ano 
Aula 35: História do Brasil – A regência (1831 – 1840) 
Obs: Aula para 3 entradas 
 
Objetivos: Debater os principais eventos do período regencial, tendo como 
ponto de partida os conflitos ligados a construção de uma unidade política 
baseada no conceito de Estado-nação. Investigar os principais atores e forças 
políticas ligadas a esse processo, assim como os diversos projetos de Estado 
ligado a esses grupos. Nesse sentido daremos ênfase primeiro a 
caracterização das forças políticas e sua atuação no governo regencial. Após 
isso, trabalharemos com os movimentos e insurreições que colocaram em 
questão (total ou parcial) o projeto de unidade política do estado brasileiro. 
Encerraremos com a restituição do Imperador e o golpe da maioridade. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A instituição da regência e os grupos políticos 
2. O avanço liberal 
3. As revoltas regenciais 
4. Consolidação da unidade imperial 
5. A construção da nação 
 
Planejamento da aula: 
1. A instituição da regência e os grupos políticos. 
• 1831 – D. Pedro I abdica em nome de seu filho para assumir o trono 
Português (Por ser menor de idade - 5 anos – D. Pedro II não poderia 
assumir o trono até completar 18 anos ) 
• Formação de um governo regencial até a maioridade d o imperador 
(O governo regencial assumia a função de poder executivo em nome 
do imperador, o poder moderador ficava a cargo do l egislativo ) 
• Primeiro período do governo regencial: Regência Trina (1831 – 
1835) - Regência provisória (1831): Franscisco da Silva, Nicolau 
campos Vergueiro e Carneiro de Campos - Regência trina (1831 – 
1835): Franscisco da Silva,Bráulio Muniz, Costa Carvalho 
• Estrutura de classe das elites políticas 
a) Elite da corte: formado principalmente pelos funcionários do Estado 
(remanescentes da corte de D. João VI e parte da comunidade 
lusitana que havia permanecido no Brasil) 
• denominados de restauradores: Defendiam a reunificação do 
Brasil ao reino de Portugal por D. Pedro I . Perdem a força após a 
morte de D. Pedro I em 1834 e se unem ao grupo dos 
conservadores 
b) Grandes proprietários de terra e escravistas: grupo formado 
principalmente pela elite nordestina e ligados em g rande parte aos 
comerciantes internacionais. (exportação de açúcar e tráfico de 
escravos) 
• Denominados de conservadores: Buscavam a manutenção das 
estruturas sociais de poder (tanto política,quanto econômica), 
durante a regência passam a defender um governo cada vez mais 
centralizado. 
c) Elite agrária do Rio de Janeiro e São Paulo (grupo social em 
ascensão , formado por tropeiros e produtores agrícolas para o 
mercado interno, assim como os primeiros cafeiculto res ) + 
Camadas médias urbanas (profissionais liberais) e forças milicianas 
locais 
• Denominados de liberais : Um grupo bastante heterogêneo que 
possuía como elemento comum , no campo político, a defesa de 
uma maior autonomia das províncias , pautada em órgãos locais 
de poder e sustentados pela tributação provincial. 
• Síntese do período de 1831 – 1834: Período de intensa disputa 
entre os grupos políticos devido a projetos diferentes para o 
Estado brasileiro. Aos poucos os liberais vão impondo 
mudanças na estrutura de governo. 
 
2. O avanço liberal 
a) Antecedentes: 
• 1831: Criação da Guarda Nacional – milícias locais sob o comando das 
elites regionais (formação do coronelato e regionalização da força 
pública) 
• 1832: Código de Processo Criminal: Aos juízes de paz (escolhidos 
pelas elites locais) era entregue o controle do aparelho policial 
b) O ato adicional (1834) 
• É instituída a regência una 
• Autonomia das províncias (criação das Assembléias Provinciais ) 
• Eliminação do Conselho de Estado 
• Suspensão do Poder Moderador 
 
3. As revoltas regenciais 
Aspectos gerais: 
• São processos heterogêneos , mas que em seu conjunto demonstram 
que a unidade territorial foi constituída através de viol entos 
embates entre forças locais e governo imperial . 
• Muitas delas tiveram como início como levantes das elites locais e 
tornaram-se movimentos populares → em todos os casos em que 
isso acontece temos o afastamento das elites locais das lutas . 
•Análise a partir do quadro síntese 
 
a) Revolta dos Malês (Bahia, 1835) 
• Cidade de Salvador e Recôncavo Baiano – região tradicionalmente 
ligada a produção de açúcar, população formada majoritariamente 
por escravos e negros libertos. (Mais de 80% da população) 
• Malês →escravos sudaneses (muçulmanos, letrados e com fortes 
laços comunitários apesar da escravidão) 
• 1834/35 – organização de uma conspiração para organizar um 
levante dos escravos malês e tomar a cidade de Salvador (estavam 
excluídos todos os escravos e negros não muçulmanos) 
• O movimento explode no dia 25 de Janeiro de 1835 (forte repressão 
por parte das autoridades – medo de um novo Haiti) 
 
 
b) Cabanagem (Pará, 1835 – 1840) 
• A região constituía, desde a independência, um foco de resistência 
ao governo central →Oposição das elites locais aos presidentes de 
província impostos pela regência 
• Com o ato adicional (1834) e a truculência do presidente da província 
Bernardo Lobo e Souza a elite regional apoiada pelas camadas 
populares (cabanos – população ribeirinha) depõem o governo. 
• A radicalização do processo, devido a participação popular, levam a 
uma divisão do movimento e o afastamento das elites locais – 
Eduardo Angelim (jornalista radical) assume a liderança dos cabanos 
e proclama a independência do Pará. 
• Aliança entre as tropas enviadas pela regência e as elites locais 
(Guarda Nacional) levam a derrota a Cabanagem, assim como a 
prisão e execução dos envolvidos. 
 
c) Balaiada (Maranhão, 1838 – 1841) 
• Movimento heterogêneo – inicia-se como uma disputa de líderes 
locais pelo poder da província 
• O envolvimento das camadas populares (Como o líder Manoel 
Francisco dos anjos, artesão de cestos) leva a um afastamento das 
elites locais e a radicalização do movimento – busca de melhores 
condições de vida 
• A falta de um movimento unificado e a forte repressão do poder 
central levaram ao controle do movimento e pacificação da província. 
 
d) Sabinada (Bahia 1837 – 1838) 
• Situação de Salvador na Regência: perda da importância política no 
cenário nacional. 
• 1837 – A insatisfação em relação ao governo regencial 
(principalmente ligado ao recrutamento para a Guerra dos Farrapos) 
leva a um levante urbano da população de Salvador 
• Movimento liderado por Franscisco Sabino da Rocha Vieira (médico-
cirurgião) → Proclamação da República Baiana (até a maioridade do 
imperador – caráter legitimista) 
• Movimento reprimido pelas 
 
e) Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1835 – 1845) 
• Características da ocupação da região Sul (área fronteiriça) 
- Economia: Pecuária e produção de charque – controlada por 
grandes proprietários de terras e criadores de gado no Rio Grande 
do Sul e Uruguai (estancieiros) 
- Político: Interesses do governo brasileiro em manter a influência 
sobre a Região do Prata (Uruguai), consolidada pela defesa da 
fronteira pelos estancieiros gaúchos (comandantes de milícias locais) 
• Origem da Guerra dos Farrapos: movimento organizado e liderado 
pelos grandes estancieiros 
• Motivos: 
- Maior autonomia em relação ao poder central (RJ) 
-Proteção a importação do charque argentino 
- Extinção da taxa cobrada sobre o gado proveniente das fazendas 
no Uruguai. 
• A Revolta: 
- Liderados por Bento Gonçalves os estancieiros do rio Grande do Sul 
tomam a cidade de Porto Alegre e proclamam a República de Piratini 
(Participação de Giusepe Garibaldi) 
- O movimentos se expande para Santa Catariana e em 1839 é 
proclamada a República Juliana. 
- Importante: A força dos farrapos estava justamente nas miliciais 
controladas pelos estancieiros gaúchos 
• Fim dos Conflitos (1845): 
- Mobilização de forças da guarda nacional de outras regiões e 
recrutamento em todo o Brasil – Vitórias militares. 
- Acordo de Paz e concessões aos líderes farrapos 
o Perdão imperial aos líderes farrapos. 
o Incorporação dos exército farrapo ao exército nacional. 
o Medidas protecionistas a importação do charque. 
 
4. Consolidação da unidade imperial 
• (1835 – 1840) – Período da Regência Una → caracterizado pelo 
enfraquecimento dos liberais no governo regencial (entre 1835 e 1837 a 
regência é ocupada pelo Padre Feijó. A incapacidade de conter as 
revoltas regências leva-o a renuncia em 1837) 
• (1837 – 1840) – Política do regresso (conservador e centralizador ) – 
regência de Pedro Araujo Lima. 
• 1840 – Lei de interpretação do Ato Adicional (Limitação da autonomia 
das Províncias, restabelecimento do Conselho de Est ado ) 
• 1840 – Golpe da Maioridade (elevação ao trono de D. Pedro II e 
restabelecimento do poder moderador ) → curiosamente o golpe da 
maioridade foi uma articulação liberal a tentativa de retomar seu prestígio 
político. 
• 1841 – Reforma do Código de Processo Criminal e da Guarda Nacional 
• Síntese do período: Processo de centralização do poder político em 
torno da monarquia , fortalecimento do Estado e manutenção da 
unidade territorial. 
 
5. A construção da nação 
• Questão central: O que é a nação brasileira? (questão de identidade) 
• Poder do Estado →Representação da Nação 
 (Questão de legitimidade) 
• Importante: Nação como comunidade política imagina (criação histórica 
e não algo natural) 
• Principais problemas (século XIX) 
- Parte da população era formada por escravo e não era considerada como 
parte da nação brasileira (mais de 50%) 
- A população de origem indígena não se via como integrante da nação 
brasileira e nem possuía este estatuto perante ao Estado (outra relação de 
identidade e concepção de território) 
- Parte considerável da população livre era excluída da ação política devido 
ao caráter censitário do voto. 
• Tentativas de construção de uma identidade. 
- Criação do IHGB (1838) → Produção intelectual com o objetivo de definir a 
geografia e a história nacional. 
- Em 1840 o IHGB promove um concurso sobre um plano para a construção 
da História nacional →vencido pelo naturalista alemão Carl Von Martius 
- Von Martius e a construção de uma idéia de história baseada nos 
pressupostos românticos (a historio do povo), a formação da concepção das 
três matrizes étnicas brasileiras e a defesa da monarquia (questão da 
civilização e da instituição política) 
- O Romantismo brasileiro e a construção de uma identidade em prosa e 
verso – Gonçalves Dias, José de Alencar, etc. (o movimento indigeanista) 
- Franscisco Adolfo Varnhagen : autor de História Geral do Brasil (1854 – 
1857) – construção da cronologia política da história nacional e da idéia das 
bases nacionais no período colonial (ancestralidade da nação) 
 
 
2º Ano 
História do Brasil 
Aula 36: O Segundo Reinado (1840 – 1889): A política no 2º Império e o Café. 
 
Objetivos: Discutir o panorama político que caracterizou o 2º Reinado, denominado 
tradicionalmente pelo termo Parlamentarismo as avessas, ressaltando o processo de 
centralização política levado a cabo pelo imperador D. Pedro II. Apresentar a 
constituição da produção cafeeira, suas etapas e principais características tanto na 
região do Vale do Paraíba, quanto do Oeste Paulista. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A política no 2º Império 
2. O Café e a economia brasileira 
a) A cafeicultura no Vale do Paríba 
b) O Oeste paulista 
Planejamento da Aula: 
1. A política no 2º Império. 
• 1840 – Golpe da Maioridade (restituição da figura do Imperador) e “Política do 
Regresso” (Processo de centralização política) 
- Restabelecimento do Conselho de Estado 
- Modificação do Código de Processo Criminal (1841) → o aparelho 
administrativo/judiciário volta ser controlado pelo poder central 
- Modificação da Guarda Nacional (O oficialato passa a ser indicado pelo 
poder central ) → responsável apenas pela manutenção da ordem e defesa 
interna → passa a ser do Exército a responsabilidade de proteger as fronteiras 
e atuação em questões internacionais.• Reorganização das elites e do poder político (reação ao processo de 
centralização iniciado por D. Pedro II) 
- 1842 → Levantes Liberais (Elite agrária de SP, MG e RJ) 
- 1848 → Revolução Praiera (Encabeçado pelo Jornal liberal Diário Novo 
localizado na R. da Praia em Recife) – Movimento de caráter 
predominantemente liberal e urbano (Mas com traços do socialismo 
oweanista e proudhonista ) 
o Caráter antilusitano (controle do comércio) 
o Defensores do federalismo e da abolição do poder Moderador 
o Defesa do Sufrágio Universal 
• A estrutura política (“Parlamentarismo as avessas ”) 
- Formação do Partido conservador (Elites do Norte, Nordeste e burocracia 
da Corte) e do Partido Liberal (Elites de SP, MG e RS) 
- 1847 → Criação do Conselho de Ministros (escolhido pelo Poder 
Executivo, seria presidido pelo presidente do Conselho e deveria contar com o 
apoio do Imperador e da Câmara) 
- Importante: O Imperador tinha, através do Poder Moderador, a 
possibilidade de dissolver o Conselho de Ministros sempre que desejasse. 
Por isso esse sistema de governo foi chamado de parlamentarismo as 
avessas. 
- Conselho de Ministros → Espaço de disputa entre Liberais e 
Conservadores ao longo do 2º Império . Uso por parte do Imperador do 
Conselho de ministro para manipular os dois partidos . Foram 36 gabinetes 
em 50 anos. (média de 1 ano e três meses) 
 
2. O Café e economia brasileira 
• 1727 – introdução das primeiras mudas de Café no Pará (Francisco de Melo 
Palheta) – inicialmente o Café foi plantado como planta ornamental ou em 
pequena escala. 
• 1760 – Primeiras fazendas de Café para a exportação ao entorno do Rio de 
Janeiro (Toda a área ao entorno da capital é transformada em plantações de 
Café) 
a) A cafeicultura no Vale do Paraíba. 
• O café se torna no decorrer do século XIX o principal produto de exportação 
do país (principais compradores: EUA e Europa) 
• A produção cafeeira necessitava de investimentos sign ificativos ( agricultura 
perene/quatro anos para a primeira colheita) e de terras em abundancia (plantio 
intinerante) 
• Expansão da produção cafeeira para a Região do Vale do Paraíba fluminense 
(principal centro: Vassouras) e posteriormente paulista (principal centro: Bananal) 
• Produção cafeeira dentro da estrutura de plantation 
- Grandes propriedades 
- Mão-de-obra escrava 
- Monocultura voltada para a exportação (produção escoada pelo porto do Rio 
de Janeiro e depois pelo porto de Santos) →comissários: figura central que 
atuava como mediador entre o produtor de café e as empresas de exportação de 
café (controladas pelo capital estrangeiro) 
• Constituição de uma poderosa elite cafeicultora na região do Vale do Paraíba, 
com transito na corte imperial (poder político) e possuidora de títulos de 
nobreza (Os Barões do Café) 
 
b) O Oeste Paulista. 
• Expansão das áreas ocupadas pelas plantações de caf é a partir de 1850 
(Região Oeste do Estado de São Paulo → Campinas, Rio Claro, Araraquara, 
Catanduva, Piraçununga, Riberão Preto) 
• Importante: A expansão da produção do café no Oeste paulista se dá dentro 
de novos parâmetros econômicos, já dentro da lógica capitalista . 
• Disponibilidade de terras para a expansão cafeeira (Características 
geográficas favoráveis → Planalto paulista e a Terra Roxa ) 
• Disponibilidade de Capitais (capital liberado como fim do tráfico de escravos) 
• Introdução de novas tecnologias na produção do café (arado e despolpadora) e 
no transporte (construção da malha ferroviária) 
• Introdução de mão-de-obra livre imigrante . 
 
2º Ano 
História do Brasil 
Aula 37: O Segundo Reinado (1840 – 1889): O fim do tráfico de escravos e a Lei de 
Terras 
 
Objetivos: Apresentar o processo que levou ao fim do tráfico de escravo, as 
implicações desta medida, assim como sua profunda ligação com a Lei de Terras, 
promulgada no mesmo ano. Debater a questão da transferência do trabalho escravo 
para o trabalho livre dentro do contexto do cativeiro da terra. Relacionar toda essa 
conjuntura ao processo de imigração. 
 
Estrutura da Aula: 
1. O café e a cultura afro-caipira 
2. O fim do tráfico de escravos 
3. A Lei de Terras 
4. Trabalho livre e imigração 
 
Planejamento da Aula: 
1. O Café e a cultura afro-caipira 
• Século XVIII e XIX → Importante fluxo de escravos para a região sudeste: séc. 
XVIII (região das Minas Gerais) e séc. XIX (plantações de café do Vale do 
Paraíba fluminense e paulista) 
• Escravos provindos de uma mesma região : África centro-meridional 
(Angola, Congo e Moçambique) e pertencentes a um mesmo grande grupo 
étnico (Banto: mas com grande diversidade interna) 
• Constituição de manifestações culturais banto na região de Minas Gerais, 
Rio de Janeiro e São Paulo → Como estas manifestações se desenvolveram 
predominantemente nas áreas rurais (principalmente nas regiões de 
produção de café) podemos denominá-las de manifestações afro-caipiras. 
• Duas dimensões destas manifestações : uma intra-comunitário (de terreiro , 
ex: jongo, batuque, candombe) e outra para a execução pública (de cortejo . 
Ex: Reisados, congadas, etc.) 
• Observação do vídeo do grupo Cachuera! (link: 
http://www.cachuera.org.br/cachuerav02/index.php?option=com_content&view=arti
cle&id=129:ingomasbatuquesdeterreiro-&catid=78:osfiosdatrama&Itemid=59) 
 
• Características gerais destas manifestações: reverência à ancestralidade 
espiritualizada, a sacralidade dos tambores e o pod er atribuído à fala de 
mobilizar forças vitais. 
 
• Análise de letra de Jongo, prática do Jongo. (procurar letra e música) 
 
2. O fim do tráfico de escravos 
Importante: O trabalho escravo era a base da economia brasileira desde o período 
colonial. O tráfico de escravos com as colônias portuguesas na África era fundamental 
para manter o mercado brasileiro abastecido de mão-de-obra escrava. 
 
a) A Inglaterra e o tráfico de escravos 
• Séc. XVIII → A Inglaterra desempenhou papel central no tráfico de 
escravos , controlando diversas rotas de comércio e abastecendo 
principalmente as colônias espanholas e suas colônias na América do Norte. 
• Séc. XIX → Torna-se a principal nação a se opor ao tráfico de escravos 
(contrária ao comércio de escravos e não a escravidão de maneira geral) 
Motivos: 
- Interesses coloniais britânicos na África (O tráfico de escravos afetava as 
atividades comerciais locais) 
- Interesse em liberar o capital preso no tráfico de escravos para o consumo 
de seus produtos industrializados (Contexto da Revolução Industrial) 
• Pressão inglesa no século XIX para o fim do tráfico de escravos para o 
Brasil (Sistema Atlântico Sul) → Tal pressão aparece em diversos tratados 
comerciais entre Brasil e Inglaterra neste período 
- 1810 – Tratado de Comércio e Amizade (Assinado por D. João VI) 
- 1831 – Acordo para ratificar a independência do Brasil em troca da 
extinção do tráfico de escravos em 15 anos (Assinado por D. Pedro I e sem 
eficácia – lei para inglês ver) 
• 1845 – Parlamento inglês decreta o ato Bill Alberdeen (Autorização do 
governo inglês para autuar e afundar qualquer navio negreiro encontrado) 
b) A questão da mão-de-obra e a lei Eusébio de Quei róz 
• Conseqüências da pressão inglesa pelo fim do tráfico de escravos: 
- Aumento do número de escravos traficados na década de 1840 
(possibilidade do fim do tráfico e expansão da economia cafeeira. 
- Aumento dos preços dos escravos (1843 – 1847 um escravo custava 
550$000 já em 1850 – 1857 ele passa a custar 1:177$000) 
• 1850 – O governo brasileiro aprova a lei Eusébio de Queiroz (Fim do tráfico 
de escravos) 
• Conseqüências da Lei Eusébio de Queiroz: 
- Liberação do capital aplicado no tráfico de escravos (principalmente a partir 
de 1870) 
Importante: O escravo era considerado como mercadoria na ordem 
colonial, ou seja, como renda capitalizada (nº de escravos como indicativo da 
riqueza deum senhor) 
- Crise de mão-de-obra (A expansão da lavoura cafeeira criou uma demanda 
por mão-de-obra. O fim do tráfico de escravos coloca em xeque o modelo 
escravista e, a longo prazo, condena a própria escravidão) → Soluções 
paliativas: Tráfico interprovincial (Das províncias do Norte e Nordeste para o 
Sul) e criação de fazendas de procriação. 
• Como resolver a questão da falta de mão-de-obra para a lavoura cafeeira em 
expansão? →Introdução do trabalho livre. 
• Questão chave: “Enquanto o trabalho escravo se baseava na vontade do 
senhor, o trabalho livre teria que se basear na vontade do trabalhador” (José 
de Souza Martins. O cativeiro da terra. pp. 18) 
• Síntese: 
- Para o ex-escravo a liberdade era não trabalhar (para alguém) 
- Para o trabalhador livre, seu trabalho é condição de liber dade (ideal da 
carreira aberta ao trabalho e a possibilidade de ascensão social através do 
trabalho) 
• Resolução da questão da mão-de-obra: Imigração européia (Espanhóis, 
Portugueses, Italianos, Alemães, etc.) 
 
3. A Lei de Terras 
• Antecedentes da Lei de Terras 
- Período Colonial: Aquisição de terras a partir da doação da Coroa (Sistema de 
Semarias ) → modelo fundiário baseado na grande propriedade 
Importante: Diferenciar posse de propriedade privada (a terra não possuía valor 
enquanto mercadoria) 
- Período pós-independência (1822 – 1850): A inexistência de uma legislação 
específica levou ao processo de aquisição de terras através de quatro formas: 
Doação, herança, compra e ocupação (principalmente por trabalhadores livres 
pobres) 
• 1850 - Aprovação da Lei de Terras (instituição da propriedade privada da 
terra) → Homologação das sesmarias como títulos de proprieda de. 
• Análise do Documento 
a) Preambulo → Qual o objetivo da Lei? (legislação sobre as terras devolutas, 
pertencentes ao império) 
b) Artigo 1º → O que diz? Como se dava a aquisição de terras antes? Como se 
dá a aquisição d aterra a partir dessa lei (Instituição da propriedade privada da 
terra) 
c) Artigo 2º → O que determina esse artigo? Quais as medidas punitivas? 
(Proteção da propriedade privada – a partir da lei só seria considerado 
proprietário da terra quem tivesse a escritura da terra – documento de compra 
– construção de um instrumento legal contra diversos posseiros – este artigo 
dá margem ao processo de grilagem de terras ligado a falsificação de 
documentos) 
d) Artigo 15º → Com relação a aquisição de novas terras, o que diz? (Instrumento 
que facilitava o processo de concentração fundiária.) 
• Objetivos da Lei de Terras: 
- Impedir o acesso a terra de ex-escravos, homens liv res e imigrantes. 
- Manutenção do poder dos grandes fazendeiros sobre a terra e, portanto, 
sobre a mão-de-obra (Cativeiro da terra) 
 
4. Trabalho livre e imigração 
• 1846 - 1º experiência com trabalhadores livres imigrantes → 364 famílias 
suíças e alemãs trazidas pela Vergueiro & Cia 
• Implantação do sistema de parceria: A viagem do colono e sua família eram 
pagas pelo proprietário da fazenda e era concedido a eles uma parcela das 
terras para cultivar mudas de café. Em troca deveriam dar uma parcela da 
produção (metade da 1ª colheita), mais a divida contraída pela viagem e 
estadia (corrigida em geral com 6% de juros) 
• Nas fazendas em que se implantaram o sistema de parceria coabitaram 
trabalhadores imigrantes e escravos. 
• 1856 – Sublevação dos colonos da fazenda - processo seguido em outras 
regiões (insatisfação dos colonos em relação as condições de trabalho, ao 
tratamento dado a eles pelos cafeicultores, e as dívidas contraídas) 
• Década de 1870 – intensificação do problema da falta de mão-de-obra para 
a produção cafeeira (avanço da campanha abolicionista) 
• Atuação do governo imperial e incentivo a imigração (Imigração 
subvencionada pelo governo) 
• Introdução do sistema de colonato : 
- Pagamento fixo pelo trato do café (salário) 
- Pagamento adicional proporcional a quantidade de café colhido 
- Produção direta de alimentos como meio de vida e possibilidade de 
comercializar o excedente agrícola pelos próprios trabalhadores (Parte do 
processo de plantio do café) 
Imigração européia e o discurso eugenista do branqueamento da população 
(Contexto do século XIX) 
2º Ano 
História do Brasil 
Aula 38: O Segundo Reinado (1840 – 1889): A crise da Monarquia 
Objetivos: Debater as principais transformações sociais e políticas nas ultimas 
décadas do século XIX. Apresentar os principais conflitos nos quais o governo imperial 
se viu envolvido. Destacar a formação de novas forças políticas na sociedade 
brasileira, assim como apontar os principais fatores que levaram a crise da monarquia 
e a proclamação da República. 
 
Estrutura da Aula 
1. Capitalismo e Modernização 
2. A Guerra do Paraguai e o exército 
3. Movimento Republicano e abolicionista 
 
Planejamento da Aula: 
1. Capitalismo e Modernização 
• 1844 – Tarifa Alves Branco : elevação das tarifas alfandegária a produtos 
importados, 30% a produtos sem similares e 60% a produtos similares aos 
nacionais (retaliação a preção inglesa contra o tráfico, abolida em 1860 por 
pressão dos cafeicultores) 
• (1850 – 1875) Desenvolvimento de setores industriais ligados a pr odução 
cafeeira e no setor de serviços e infra-estrutura. → Surto industrial 
• Abundância de capital disponível no mercado: 
- Capital liberado pelo fim do tráfico de escravos 
- Capital estrangeiro (sobretudo inglês) 
• Montagem da malha ferroviária (ligada a expansão da produção de café) 
Importante: 1852: Decreto de privilégio de zona (concessão de terras marginais 
as ferrovias) e garantias de juros (concessão de créditos) 
 
- Ferrovia Santos/Jundiaí (1868) – Companhia São Paulo Railway (capital 
estrangeiro) 
- Companhia Paulista de Estradas de Ferro / Companhia Sorocabana/ 
Companhia Mogiana,etc. (capital cafeeiro) 
• Barão de Maua e o surto industrial → Irineu Evangelista de Souza, 
trabalhava em uma empresa importadora inglesa da qual tornou-se 
posteriormente sócio → a partir de empréstimos ingleses montou diversas 
empresas como uma fundição de ferro, uma empresa de navios a vapor, 
serviço de iluminação a gás, ferrovias e bancos. →Com a perda do apoio do 
governo imperial e a crise finaceira de 1875 pede falência. 
 
2. A Guerra do Paraguai e o exército 
a) Antecedentes: 
• O Paraguai no séc. XIX: 
- Separação da região da República Unida do Prata → movimento liderado por 
Gaspar Francia e apoiado pelas elites rurais regionais (caudilhos) → Contexto 
da fragmentação política da América Latina. 
- Economia: Estatização da economia baseada na produção agrícol a de 
erva mate (fazendas do Estado controladas pela elite aristocrata regional) 
- Política: Ditadura personalista (Formalmente uma república): Gaspar 
Francia → Carlos Lopes (responsável pelo início da modernização do 
Paraguai) e Solano Lopes 
• Os conflitos políticos na América do Sul 
- década de 1850 : fim dos atritos entre o Império Brasileiro e a Repú blica 
argentina 
- Disputa de fronteiras entre Brasil e Paraguai (Fronteira do Mato Grosso e 
acesso ao rio Paraguai) 
- Impasse político entre Paraguai e Argentina (Navegação pelo Rio da 
Prata e cobrança de tarifas alfandegárias) 
 
b) A guerra (1864 – 1870): 
• 1864 – Ataque paraguaio ao território brasileiro (início da Guerra do 
Paraguai) 
• 1865 – Formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) → 
Comando exercido inicialmente pela Argentina e depois passado para o Brasil. 
• Organização de um exército regular no Brasil (formação de um grupo de 
oficiais e modernização dos equipamentos) → a necessidade de mais 
homens no front leva ao recrutamento forçado nas ci dades e de escravos 
(com a promessa de alforria ao final da guerra) 
• 1870 – Vitória da Tríplice Aliança e destruição do Paraguai (pop. paraguaia 
em 1864: 406 mil hab.; pop. Paraguai em 1870: 231 milhab.) 
• Importante: Entre as principais consequências da Guerra do Paraguai para o 
Brasil podemos destacar a crise econômica devido ao custo da guerra e a 
formação de um corpo de oficiais do exército profundamente influenciados 
pelo positivismo e republicanismo. 
 
3. Movimento Republicano e abolicionista 
a) O Republicanismo 
• Movimento republicano (séc XIX) → Restrito basicamente ao ambiente 
urbano e restrito ao grupo social dos profissionais liberais e camadas 
médias. 
• 1873 → Fundação do Partido Republicano Paulista (PRP): Partido formado 
basicamente pela elite cafeicultora do Oeste paulista 
- insatisfação por não ter poder político dentro da estrutura imperial. 
- Perspectiva política liberal e federalista. 
- Discurso modernizador 
 
b) A abolição da escravidão 
• Processo gradual – tem início com o fim do tráfico negreiro e se intensifica 
nas ultimas décadas do século XIX. 
• Pressão da opinião pública para o fim da escravidão 
• 1871 – Lei do Ventre Livre (escravos nascidos a partir dessa data seriam 
considerados livres, entretanto, como indenização ao senhor deveriam 
trabalhar até os 21 anos ou pagar uma taxa.) 
• Década de 1880: organização do movimento abolicionista e aumento da 
pressão pelo fim da escravidão. (compra de alforrias, organização de fugas 
em massa de escravos) 
• 1884 – Lei do Sexagenário 
• 1888 – Abolição da Escravidão 
 
Síntese do período (1840 – 1888): Processo gradual de isolamento da monarquia 
brasileira. Fortalecimento da oposição republicana através da formação do PRP (elite 
econômica) e da organização do Exército (após a guerra do Paraguai). A abolição da 
escravidão faz com que o imperador perca o apoio da s elites escravocratas do 
Nordeste e do Vale do Paraíba. 
 
• 1889 – Proclamação da República 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3º Ano 
História Geral 
 
 
 
 
Idade Contemporânea 
Século XX 
 
3º ano 
História Geral 
Aula 01: O fim da Belle Époque 
 
Objetivos: Apresentar um panorama da sociedade européia na passagem do 
século XIX para o XX. Estabelecer a relação entre os conflitos gerados pela 
política imperialista do século XIX e a constituição da Paz armada. Apresentar 
os principais fatos que marcaram a 1ª Guerra Mundial, assim como discutir os 
principais impactos do fim da 1ª Guerra Mundial e dos acordos de paz. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A Europa e a paz armada 
2. A 1ª Guerra Mundial e a crise da civilização europeia 
3. O fim da guerra e os acordos de paz 
Planejamento da Aula: 
 
6. A Europa e a paz armada 
 
• Europa (1870 – 1914): 
o Unificação alemã e italiana → acirramento das disputas por 
mercados consumidores e fontes de matéria prima (Contexto do 
capitalismo monopolista) 
o Belle Époque → Período de relativa estabilidade dentro do 
continente europeu 
 
• Imperialismo e a paz armada 
 
o Imperialismo → Disputas por possessões coloniais (Partilha da África e 
Ásia) → ampliação dos mercados consumidores e fontes de matéria 
prima. 
o Europa: aumento da tensão entre as potências europeias → disputas 
coloniais → paz armada 
o Características da paz armada: 
- Corrida armamentista (preparação para um eventual conflito) 
- Acordos de mútua proteção em caso de guerra (Utilização do material 
da Moderna Plus ) 
 
• Principais conflitos e zonas de tensão: 
- Questão Marroquina (1904): Disputa pelo Marrocos envolvendo de um 
lado ING e FRA e do outro a ALE. 
- Questão Balcânica: Região dominada parte pelo Império Austro-
Hungaro e parte pelo Império Turco. Tensões ligadas a movimentos 
separatistas (pan-eslavistas) apoiados pelo Império Russo. 
 
 
7. A 1ª Guerra Mundial e a crise da civilização européia 
• Estopim da Guerra: Assassinato do Arquiduque Ferdinand em Sarajevo 
(Bósnia), herdeiro do Império austro-hungaro por separatistas pan-
eslavistas (1914) – (Vídeo do material da Moderna Plus ) → Pressão 
austríaca para a punição dos envolvidos leva a invasão da Sérvia. 
Reação russa dá início a 1ª Guerra Mundial. 
a) 1ª Fase: Guerra de movimento (1914) 
b) 2ª Fase : Guerra de Trincheiras (1915 – 1918) 
• Utilização das novas tecnologias bélicas (metralhadoras, canhões e 
armas químicas) e impasse de forças entre as nações envolvidas 
(formação das trincheiras) 
• Números altíssimos de baixas em ambas as frentes sem que houvesse 
qualquer avanço →Elemento importante para a crise dos idéias de 
progresso e civilização da burguesia européia. 
• Revolução Russa (1917) e fim do frente oriental. A Itália rompe com a 
ALE e o Império austro-húngaro 
• 1918 – Entrada dos EUA na guerra ao lado da Entente Cordial (FRA e 
ING) permite a vitória sobre a Tríplice Aliança. 
8. O fim da guerra e os acordos de Paz 
• 1818 – A paz de Versalhes 
- Proposta conciliadora dos EUA para os acordos de paz é rejeitada pela 
França e Inglaterra (14 ponto de Wilson) 
- Alemanha é considerada culpada pela guerra e é imposto um severo 
tratado de paz: 
o Pagamento de uma grande indenização (endividamento alemão); 
o Perdas territoriais (Alsácia e Lorena são reintegradas a França); 
o Proibição de recompor as forças armadas; 
Importante: Os acordos de paz criaram um forte sentimento de 
ressentimento em relação aos vencedores, tanto na Alemanha, quanto 
na Itália. 
• Conseqüências da 1ª Guerra Mundial 
- Fim dos impérios multinacionais (Russo, turco e austro-húngaro). 
- Criação de um órgão supra-nacional para mediar futuros conflitos: A 
Liga das Nações. 
 
3º ano 
História Geral 
Aula 03: Revolução Russa 
Obs: Aula para duas entradas 
 
Objetivos: Discutir o processo que levou a eclosão da Revoluçã o Russa, 
analisar o papel desempenhado pelos grupos político s de esquerda nesse 
processo, em especial o Partido Bolchevique. Aponta r os principais fatos 
e acontecimentos que levaram a formação e consolida ção da URSS 
(União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), assi m como apresentar um 
panorama das conseqüências desse processo na URSS e no mundo . 
 
Estrutura da Aula: 
1. A Rússia czarista 
2. A Revolução Russa 
3. A URSS 
 
Planejamento da Aula: 
1. A Rússia czarista 
• Organização política (séc. XIX e XX): 
- Regime Absolutista (Dinastia Romanov) 
- Apoio dos Boiardos (nobreza russa que detinha o monopólio da terra e 
controle sobre a população camponesa) 
- Apoio da Igreja Cristã Ortodoxa 
• Processo de modernização russa (Final do século XIX, iniciado pelo 
Czar Alexandre ) 
- 1861 – Estatuto de Emancipação (fim legal da servidão) 
- Processo de industrialização (a partir da entrada do capital estrangeiro) 
– circunscrito a algumas cidades apenas (como São Petersburgo, nova 
capital do império) 
• Oposição dos movimentos de contestação ao absolutis mo russo 
- Os niilistas : movimento baseado na ação direta e no terrorismo 
(assassinato do czar Alexandre II em 1881); 
- Os liberais: Composto por setores médios da população, defendiam a 
implantação de um governo liberal (dentro do modelo europeu de 
monarquia parlamentar ou república liberal) e o desenvolvimento russo a 
partir da industrialização; 
- O Partido social-democrata russo: Formado por exilados russos, 
expulsos por se oporem ao regime czaristas. Inspiração nos ideais 
socialista e no modelo de partido social-democrata alemão (partido de 
massas) 
Importante : Em 1903 há um racha dentro do partido social-democrata 
russo devido a questão de como realizar a revolução na Russia. 
Formaram-se dois grupos: 
- Bolcheviques : Liderados por Vladimir Lenin, defendiam um processo 
revolucionário que conduzisse diretamente a uma sociedade socialista 
- Mencheviques: Liderados por Martov e Plekhanov, defendiam um 
processo por etapas para da Revolução, passando pela instituição de 
um governo liberal e burguês, para só depois realizar uma Revolução 
Socialista. 
 
• Antecedentes da revolução: Guerra Russo-Japonesa e a 
Revolução de 1905 
- 1905 - Disputa pelo controle da Manchúria (China) e Coréia → 
Contexto da política imperialistae da luta por recursos naturais → 
Guerra Russo-Japonesa 
- Derrota russa e situação de miséria da população → 
Manifestação pacífica liderada por membros da Igrej a Ortodoxa 
→ Repressão violenta do czar Nicolau II (Blody Sunda y) (trecho 
do filme Encouraçado Potenkin de Serguei Eisenstein) 
- Revolução de 1905 – Revolta de membros do exército e 
formação do soviete de São Petesburgo (grande conselho 
operário) 
- Consequências: 
o Movimento controlado pelo governo czarista. 
o São feitas algumas concessões aos liberais como a criação 
da Duma (assembléia) → Com o passar dos anos o regime 
czarista retoma sua política centralizadora e vai endurecendo 
novamente sua posição política. 
 
2. A Revolução Russa (1917) 
• Conseqüências da participação da Rússia na 1ª Guerr a Mundial : 
- Desgaste do governo czarista 
- Crise econômica 
- Precariedade do exército russo na frente oriental (grande 
número de baixas, falta de recursos e armas, deserções em massa) 
- Aumento da insatisfação popular em relação ao regim e 
• Revolução de Fevereiro de 1917 
- Derrubada do governo czarista 
- Formação de um governo de Kerensky : caráter liberal e com 
apoio de certos setores de esquerda (os mencheviques por 
exemplo) 
- Manutenção da Rússia na guerra e oposição a qualque r 
reforma social até o final do conflito. 
• Revolução de Outubro de 1917 
- Oposição do partido bolchevique a política do governo de 
Kerensky 
- Retorno de Vladimir Lenin a Rússia e organização do partido 
para uma revolução socialista (Publicação das teses de Abril e o 
programa bolchevique de paz, terra e pão) 
- Os bolcheviques começam a ganhar o apoio da população e 
passam a comandar o processo revolucionário. 
- Organização dos conselhos dos comissários do povo 
(sovietes) tanto nas cidades como no campo – participação ativa 
dos bolcheviques nestes conslehos. 
- 7 de novembro de 1917 – tomada do Palácio de Inverno 
(derrubada do governo de Kerensky e instituição de um governo 
socialista) – (Trecho do filme Outubro de Serguei Eisenstein) 
 
 
 
3. A URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) 
• 1917 – Acordo de paz entre Alemanha e o governo soc ialista 
russo (fim da frente oriental e perda territorial da Rússia) 
• 1918 – Formação da União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas (URSS) – Governo de Lenin 
 
• Guerra Civil (1917 – 1921) 
Exército Vermelho 
(organizado a partir da guarda vermelha e liderado por Leon Trtsky) 
Vs. 
Exército Branco 
(Exército formado pelos grupos conservadores (união de czaristas e 
liberais – apoiado pelas potências européias) 
• Política adotada durante o período: Comunismo de Guerra 
(Mobilização total da população e controle estatal de todos os setores da 
economia) 
• 1921 – Necessidade de reconstrução da economia Russ a após o fim 
da guerra →Introdução da NEP (Nova Política Econômica): 
manutenção de alguns elementos capitalistas para o desenvolvimento 
do país (recuo estratégico segundo Lenin) 
- Liberdade de comércio interno, 
- Liberdade de salário aos trabalhadores, 
- Autorização para o funcionamento de empresas part iculares 
- Permissão de entrada de capitais estrangeiros par a a 
reconstrução do país. 
• Fundação da III associação Internacional do Trabalh o (Comunista e 
em oposição a II internacional social-democrata) 
• 1924 – Morte de Vladimir Lenin (resultado de um AVC em 1921) → 
Questão central: Sucessão da direção do partido comunista russo e da 
URSS. 
• Disputa política: 
 
 
Stalin 
Secretário geral do partido 
(Defesa da consolidação da Revolução) 
Vs. 
Leon Trotsky 
Comandante do exército vermelho 
(Defesa da revolução permanente) 
• Vitória de Stalin e programa de consolidação da revolução em um único 
Estado: 
- Coletivização das terras 
- Planos qüinqüenais e metas para a industrialização acelerada 
- Governo totalitário e perseguição a oposição dentro do partido 
 
3º ano 
História Geral 
Aula 04: Os loucos anos 20 e a Crise de 1929 
 
Objetivos: Apresentar os impactos causados pela 1ª Guerra Mundial e pela 
Revolução Russa , assim como a crise da civilização burguesa. Debater o 
surgimento de novos valores, tanto estéticos quanto de sociedade a partir das 
vanguardas artísticas. Apresentar os elementos que desencadearam a crise de 
1929 e suas conseqüências para a economia norte-americana e mundial. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A crise da sociedade burguesa e as vanguardas artísticas 
2. As causas da crise de 1929 
3. O grande recessão e o New Deal 
 
Planejamento da Aula: 
1. A crise da sociedade burguesa e as vanguardas artísticas 
• Os impactos da 1ª Guerra Mundial – a questão do declínio da 
experiência diante da guerra – crise do ideal burguês de progresso . (Análise 
do texto de Walter Benjamin) 
• As vanguardas modernas → expressão de um ideal de ruptura com os 
valores estética burguesa do século XIX 
- Picasso: A quebra da forma (O cubismo e a forma tridimensional) 
- Duchamp: A quebra do conceito de arte (Ready Made e arte como 
conceito) 
- Dali: A quebra do racionalismo e do ideal de progre sso técnico 
 
2. As causas da crise de 1929 
• A economia norte-americana no século XX 
- política imperialista (consolidação da sua hegemonia política e 
econômica sobre a América Central – exemplo da ação da United Fruit 
Company) → Big Stick : slogan usado pelo presidente Theodore 
Roosevelt para descrever o estilo de diplomacia empregada como 
corolário da Doutrina Monroe , Roosevelt tomou o termo emprestado de 
um provérbio africano, "fale com suavidade e tenha à mão um grande 
porrete”, usou pela primeira vez em 1901 (Fonte: wikepedia) 
- desenvolvimento industrial acelerado pós 1918 →conseqüências da 
1ª Guerra Mundial (EUA eram neste momento responsáveis por 42% da 
produção mundial e maior credor internacional – 11 bilhões de dólares) 
• Desenvolvimento econômico dos EUA na década de 1920 
- Aumento da demanda de produtos industrializados n orte-
americanos (Devido a destruição causada pela 1ª Guerra Mundial e a 
desestruturação temporária dos parques industriais europeus ) 
- Expansão de crédito (Mercado interno dinâmico – aumento do preço 
das ações na bolsa de valores e capitação de créditos devido a 
perspectiva de crescimento e lucro imediato) 
- Boom industrial 
 
• Crises da economia capitalista e política liberal 
- Crises cíclicas do capitalismo (1873, 1895, 1920 – 1921) → 
Consolidação da idéia de que tais crises eram momentâneas e 
passageiras 
- Governos republicanos de forte influência liberal →Crença no livre 
mercado e sua auto-regulação (Postura ferrenha de não intervenção na 
economia – liberalismo ortodoxo ) 
 
• Fatores da crise de 1929: 
- Externos: recuperação dos mercados europeus 
- Internos: desigualdade na distribuição da renda (estabilidade 
salarial) 
• Análise do gráfico 1 
 
• Síntese: A junção destes fatores levaram a um processo de 
superprodução (estimulado pela especulação financei ra) 
acompanhado por um longo período de subconsumo (devido a 
diminuição da demanda externa e a diminuição do poder de compra do 
mercado interno, devido a má distribuição de renda). 
 
• Ano de 1929: O prolongamento desta situação leva a diversas 
empresas a decretarem falênci a → O medo da crise se espalha e leva 
ao crash da bolsa de Nova York (queda drástica das ações) →Análise 
do gráfico 2 e 3 
 
 
3. O grande recessão e o New Deal 
 
• Crash da bolsa de Nova York →efeito dominó em toda economia 
mundial (década de 1930 – recessão mundial) → (análise do gráfico 3) 
• Economia dos EUA – desemprego em massa, falência de empregos, 
crise da produção agrícola. 
• 1933 – eleição do presidente Roosevelt →Concessão por parte do 
Congresso de autonomia total para conter a crise 
• Implementação de um plano de contenção da crise (inspirado na idéia 
de Estado de Bem Estar Social de John M. Kaynes) – New Deal 
- Repatriaçãocomo divindade, como um Deus – e posteriormente 
como filho de um Deus – na terra.) Dimensão teocrática do poder 
faraônico. →Análise de imagem ( a figura de Ramsés II) 
• Poder sobre a terra garantia o poder sobre a maior parte da 
população. Forma principal de trabalho do Egito Antigo era a 
servidão coletiva . Os trabalhadores camponeses cultivavam as 
terras e, nos períodos de cheia do Nilo executavam obras públicas 
(Canais de irrigação, templos, etc.) em nome do faraó. → Análise de 
imagem (camponeses egípicios) 
• Havia também o trabalho escravo, reservado, sobretudo para 
trabalhos extremamente árduos, como por exemplo, a exploração 
das minas. 
• Papel central da burocracia egípcia na cobrança dos tributos. A 
figura do “puxador e corda” e o desenvolvimento dos cálculos de 
área. 
• O poder dos faraós não foi absoluto durante todo o período do 
império egípcio. As lutas internas com os nomarcas (formação de 
uma nobreza local) e o crescimento do poder dos sacerdotes (a 
reforma de Akhenaton como um exemplo de tentativa de romper 
com esse domínio – data) 
Faraó 
Burocracia Sacerdotes 
Nomarcas 
(Esfera local) 
 
 
5. O Egito antigo: características sociais e culturais. 
• A construção do panteão egípcio se dá a partir da junção de 
divindades locais (dos nomos). Possivelmente essas divindades são 
de origem totêmicas daí sua característica antropozoomófica 
(representadas como animais, homens fundidos a animais e homens 
– forma mais rara) 
• A formação de uma concepção cíclica de mundo – a influência dos 
ciclos naturais do Nilo. O Faraó e a manutenção das chuvas e da 
prosperidade do Egito. 
• A mumificação – prática para preservar o corpo em uma outra etapa 
da vida (prática a princípio restrita ao faraó, mas depois estendida 
aos altos funcionários capazes de custear os custos dos processos) 
→ Análise de imagem (O peso da alma) 
• Uma produção vasta de conhecimento (Matemática, astronomia, 
medicina, etc.) imbuídas de uma profunda concepção mágica do 
universo (conhecimento empírico a fórmulas místicas e rituais.) 
 
1º Ano 
Aula 11: Os povos da Mesopotâmia 
 
Objetivos: Apresentar e discutir a validade e limites de modelos explicativos 
como o do Despotismo Oriental para compreender as civilizações da 
Antiguidade Oriental. Localizar e caracterizar as principais civilizações da 
Mesopotâmia. 
 
Metodologia: Aula expositiva, análise de trechos do Código de Hamurabi 
 
Estrutura da Aula: 
1. A mesopotâmia: região entre rios e as primeiras civilizações 
2. O império babilônico e o Código de Hamurabi 
 
Planejamento da aula: 
 
1. A mesopotâmia: região entre rios. 
• Mesopotâmia - denominação de um espaço geográfico –as 
planícies ao entorno dos rios Tigre e Eufrates. 
• Região fértil, porém aberta para a migração de povos (no 
entroncamento dos continentes – Europa, África e Ásia) 
• Marcada por grandes inundações – necessidade de sociedades 
bem organizadas para se aproveitar dos fatores naturais 
(construção de diques e canais de irrigação) 
• Agricultura → sedentarização → organização do Estado 
(cidades-estado) 
• As civilizações da Mesopotâmia: 
- Os sumérios (±3500 a.c.) – Sul da Mesopotâmia constituição 
das primeiras cidades-estado (invenção da escrita cuneiforme, 
registro mais antigo de escrita – constituição de cidades-estado 
em torno dos zigurates – templos); 
- Os acádios (± 2000 a.c.) – Norte da Mesopotâmia; 
- Os amoritas (± 2000 a.c.) – criação de cidades-estado – Cidade 
da Babilônia; 
• Organização similar a do império egípcio (Despotismo oriental) – 
diferença em relação a estrutura teocrática → Os reis eram vistos 
como representantes da vontade divina e não divindades (ver 
Código de Hamurabi) 
 
2. O império babilônico e o Código de Hamurabi 
• Formação do império babilônico (1.792 a.C) 
• Hamurabi é primeiro rei conhecido do Império Babilônico – 
responsável pela criação do Código e Hamurabi – o código de lei 
preservado na integra mais antigo. 
• A lei como instância da vontade divina, viabilizada pela a ação dos 
reis (salientar esta questão) 
 
 
1º Ano 
Aula 12: Fenícios e Hebreus 
 
Objetivos: A partir da análise das características de Hebreus e Fenícios será 
analisado os elementos tanto de ordem econômica quanto social, enfatizando 
nesse ultimo caso os aspecto da justiça, dos códigos legais, e da religião. 
 
Metodologia: Aula expositiva, material digital Moderna Plus, análise de 
documento; 
 
Estrutura da aula: 
1. Os fenícios e comércio mediterrânico 
2. Os Hebreus e o Monoteísmo. 
3. Justiça no Mundo Antigo: Os dez mandamentos 
 
Planejamento da Aula: 
 
 
3. Os fenícios e o comércio mediterrânico. 
• Local: Região onde atualmente está localizado o Líbano 
• Características naturais: 
- Região pouco propícia para a atividade agrícola. 
- Abundância de madeira (comercialização e construção de 
embarcações) 
• Economia: Comércio como atividade econômica principal. 
(elemento que os diferenciava dos demais povos da Antiguidade 
Oriental) – Controle o comércio no Mediterrâneo Oriental. (Material 
digital da Moderna Plus 
• Política: Organizavam-se através cidades-estado (criação de 
entrepostos comerciais ao longo da costa do Mediterrâneo – 
fundação de Cartago) 
• Cultura: Difusão do alfabeto fonético (os egípcios são os primeiros 
a criarem um alfabeto fonético) – ligado as necessidades comerciais 
dos fenícios 
 
 
4. Os Hebreus e o Monoteísmo. 
• Povo de origem semita – originalmente habitavam a região próximo 
a cidade de Ur na Babilônia. 
• Local: Região da Palestina (Migração para o Norte. Segundo a 
tradição hebraica foram conduzidos pó Abraão) 
• Importante: Único povo monoteísta de toda a Antiguidade 
→Análise de texto (A 1ª Aliança de Abraão) 
- Crença na existência de um único Deus, imaginado como 
transcendental 
- constituição da auto-imagem de povo escolhido 
- construção de uma concepção histórica do mundo (da gênese 
até o fim dos tempos – a chegada do messias) 
 
• A construção do Monoteísmo e a sociedade hebraica (o papel 
dos profetas) 
 
- Abraão - Constituição do monoteísmo, migração para a região da 
Palestina 
- Noé - A mitologia do Dilúvio e a metáfora da purificação 
- Moisés – Retorno a Palestina, Os dez mandamentos como códigos 
de lei. 
 
• O monoteísmo hebreu constitui uma exceção dentro da Idade Antiga (O 
que levou a uma relação bastante tensa entre hebreus e as demais 
civilizações contemporâneas a eles: dominação babilônica, egípcia e 
romana) 
 
• Economia: Atividades agrícolas e de pastoreio 
• Organização do(s) Estado(s) hebreu: 
- período dos juízes (início do processo de formação do Estado hebreu) 
- período dos monarcas (Davi e Salomão) 
 
 
5. Justiça no Mundo Antigo: Os dez mandamentos 
 
Objetivos: Discutir o conceito de justiça presente nos “dez mandamentos” 
salientando os elementos de ordem divina e de ordem social. 
• A justiça dentro da sociedade hebraica possuía duas dimensões 
- A lei como dimensão sagrada; 
- A lei como organização social; 
 
 
 
Antiguidade Clássica 
1º Ano 
Aula 13: A criação da Grécia 
Objetivos: Discutir o lugar que a história da Grécia ocupa em nosso imaginário 
e no discurso historiográfico sobre as “origens” da civilização Ocidental. 
Debater o processo de ocupação da península balcânica e as primeiras formas 
de organização social dos gregos durante o período pré-homérico e homérico, 
salientando a ligação entre os “gregos” e o mundo “oriental”. 
 
Metodologia da Aula: Aula expositiva, debate coletivo: discussão sobre o 
papel da Grécia no nosso imaginário. 
 
Estrutura da aula: 
1. A Grécia antiga e o ocidente 
2. Uma história dos gregos? 
3. A ocupação da península Balcânica 
 
Planejamento da aula: 
 
1. A Grécia antiga e o ocidente. 
• Por que estudamos a Grécia antiga? →O que sabemos sobre a 
Grécia antiga? – perguntas para chamar atenção para o quanto 
valorizamos a história da Grécia (utilizar o livro didático como 
exemplo) 
• Construção de um discurso historiográfico que valorizade Capital (cobrança dos empréstimos) 
- Diminuição das importações 
- Investimentos públicos (obras de grande porte com o intuito de 
estimluar as industriais e criar empregos) 
- Estado de bem estar social 
3º ano 
História Geral 
Aula 04: O Nazifascismo 
 
Objetivos: Debater a crise do modelo político liberal e os elementos que 
possibilitaram a ascensão de regimes totalitários na Europa, sobretudo o 
fascismo italiano e o nazismo alemão. Apresentar o panorama que precedeu a 
eclosão da 2ª Guerra Mundial, em especial o conflito político-militar conhecido 
por Guerra Civil Espanhola. Apresentar os principais episódios da 2ª Guerra 
Mundial e suas conseqüências para a reorganização mundial pós 1945. 
 
Estrutura da aula: 
1. Os Regimes totalitários europeus 
 
Planejamento da Aula: 
1. Os Regimes totalitários europeus 
a) Itália 
• Situação pós-guerra (1918) 
- Crise econômica (impacto da guerra) 
- Situação política instável (governo fraco de coalizão entre Partido 
Socialista Italiano e Partido Popular) 
- Sentimento de humilhação devido aos resultados da 1 ª Guerra 
Mundial 
• 1919 – Criação do Partido Fascista (criado por Benito Mussolini, ex-
anarquista) → exploração dos elementos citados para mobilizar 
quadros para o partido : formação de brigadas armadas (os 
esquadrões de camisas negras). (Análise do símbolo fascista) 
• Características gerais: 
- Totalitarismo (Estado como síntese da nação) 
- Autoritarismo (autoridade inviolável do líder da nação) 
- Corporativismo (O Estado como intermediário dos conflitos de 
classe) 
- Nacionalismo (Exaltação extremada dos ideais da nação) → 
baseado no ideal romântico de nação (exaltação da fé e do auto-
sacrifício) 
- Anticomunismo e Antiliberalismo (Fascismo como única via política) 
- Militarismo (Exaltação da guerra como forma de construir uma nação 
forte) 
• 1921 – Eleição italiana (Fascistas conseguem diversas cade iras no 
parlamento) 
• 1922 – Marcha sobre Roma (Mobilização em massa dos quadros do 
partido, pressão política sobre o Rei Vitor Emanuel) →Benito Mussolini 
se torna chanceler da Itália (formação de um gabinete fascista) 
• 1924 – eleições fraudadas deram maioria aos fascistas no 
parlamento italiano (processo de aparelhamento do Estado e 
perseguição a oposição pelos camisas negras – assassinato do 
deputado Matteoti) 
• 1925 – Benito Mussolini se auto-proclama Duce 
- Tentativa de reanimar a indústria italiana e constr uir uma máquina 
de guerra. 
b) Alemanha 
• Situação pós-guerra 
- Crise financeira 
o Dívida de guerra → em 1923 sem poder saudar as dívidas a 
Alemanha foi invadida pela França (posteriormente a divida foi 
suspensa) 
o Impacto da crise de 1929 → processo inflacionário (em 1932 a 
inflação chegou a 400% ao mês) 
- Situação política instável (governo fraco e sem apoio popular da 
República de Weimar) 
• Fundação do Partido Nazista (Partido nacional socialistas dos 
trabalhadores alemães) → Formação de uma brigada armada do 
partido: a AS (sessão de assalto) 
• 1923 – Putsh de Munique (tentativa fracassada de tomada de poder – 
inspiração na Marcha de Roma) 
- Na prisão Hitler escreve o Mein Kampf (Análise de trechos) 
o Doutrina arianista (concepção racista e pensamento anti-
semista) 
o Defesa do Espaço Vital Alemão (defesa da expansão territorial 
alemã e da anexação dos povos germânicos) 
 
• 1929 – Crise econômica mundial e reflexo na economia alemã → 
ascensão do partido nazista dentro do Parlamento al emão. 
• 1932 – Hitler força o presidente Hildenburg a torná-lo cha nceler da 
Alemanha (pressão das brigadas do partido para nomeação de Hitler) 
→ Processo de tomada do poder pelos nazistas . 
• 1933 - Incêndio do Reichstag (Parlamento alemão) → Nazistas 
culpabilizam a esquerda alemã 
- Criação da Gestapo (política política) e da SS (sessão de 
segurança – brigada do partido fiel a Hitler e utilizada para 
estabelecer controle direto do partido e da Alemanha) 
- Hitler anuncia a criação do 3º Reich 
• 1934 – Morte de Hildenburg, Hitler se declara o Fuher 
- Reestruturação econômica da Alemanha a partir da intervenção do 
Estado e do rearmamento da alemão (construção da máquina de 
guerra alemã) 
- Mobilização da população alemã através da utilização dos meios 
de comunicação e de eventos públicos (Análise dos discursos de 
Hitler) 
 
3º ano 
História Geral 
Aula 05: A 2ª Guerra Mundial 
 
Objetivos: Apresentar o panorama que precedeu a eclosão da 2ª Guerra 
Mundial, em especial o conflito político-militar conhecido por Guerra Civil 
Espanhola. Apresentar os principais episódios da 2ª Guerra Mundial e suas 
conseqüências para a reorganização mundial pós 1945. 
 
Estrutura da aula: 
2. Guerra Civil Espanhola e o prelúdio da 2ª Guerra 
3. A 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945) 
 
Planejamento da Aula: 
2. Guerra Civil Espanhola e o prelúdio da 2ª Guerra 
a) A guerra civil Espanhola 
• 1931 – Fim da monarquia espanhola e instituição do regime 
republicano 
• 1936 – Frente única de esquerda ganha a disputa pre sidencial 
(polarização social da Espanha entre setores republicanos e 
conservadores →Gen. Franco) 
Governo Republicano vs. Falange 
(Conflito militar entre 1936 à 1939) 
• Formação de brigadas internacionais para apoiar a República 
Espanhola → Com o apoio das forças soviéticas é organizado o 
exército republicano (em 1939 os soviéticos abandonaram a luta 
devido a um acordo com a Alemanha ) 
• Apoio das forças alemãs e italianas a Falange Espan hola 
• Ensaio da 2ª Guerra Mundial → Material Moderna Plus (discurso de 
Hindenburg) e Análise do quadro Guernica 
• Vitória das forças do General Franco → instituição de um regime 
fascista 
 
 
b) O Avanço do nazifacismo (década de 1930) 
• 1936 - Formação do Eixo (aliança entre Itália e Alemanha e, 
posteriormente do Japão) 
• Início de um processo de anexações territoriais (Utilização dos 
recursos da Moderna Plus – Mapa das anexações) 
-Alemanha: 
o 1936 – Áustria e Renânia 
o 1938 – Tchecoslováquia 
o 1939 – Polônia 
- Itália 
• 1935 – Etiópia 
 
• 1939 – Pacto germânico-soviético de não agressão 
 
3. A 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945) 
 
a) O avanço do Eixo (1939 – 1941) 
• Avanço das tropas do Eixo sobre as nações européias e norte da África 
→ Utilização da tática da guerra relâmpago (Blitzkrig er) – 
combinação de bombardeios (Luftwaffe) acompanhado pelo avanço da 
divisão de lindados (Panzers) - (Utilização dos recursos da Moderna 
Plus – Mapa das anexações ) 
• Inglaterra – combate aéreo entre RAF e Luftwaffe 
• Avanço nazista sobre as colônias africanas (Etiópia , Líbia e Egito) 
• Expansão dos japoneses sobre o Pacífico → Material Moderna Plus 
• Hitler dá início a solução final (extermínio em massa dos judeus) 
 
b) Reação dos aliados (1941 – 1945) 
• 1941 - Rompimento do acordo de não agressão entre A lemanha e 
URSS → Avanço alemão sobre três frentes: Moscou, Leningrad o e 
Stalingrado (Trecho do filme Círculo de Fogo) → Os russos contêm o 
avanço alemão e contra atacam após o inverno (formação da primeira 
frente contra o Eixo) 
• 1941 – Ataque japonês a Pear Habor (disputa do Pacífico) → Entrada 
dos EUA na guerra (apoio aos aliados na Europa e combate no Pacífico) 
- Material Moderna Plus – Reação norte-americana ) 
• 1943 – Conferência de Teerã (organização da ofensiv a dos aliados) 
→ Ataque em três frentes: Russa - Leste (1ª frente a entrar em 
Moscou), Itália - Sul (após a retomada da África), Normandia – Norte 
(Desembarque do dia D – Trecho do Resgate do soldado Rayan ) 
• 1945 – Capitulação da Itália e, posteriormente, der rota dos alemães 
(invasão russa a Berlim e suicídio do Estado Maior Alemão) 
• 1945 – EUA lança as duas bombas nucleares sobre Hir oshima e 
Nagasaki (Japão) – Fim da 2ª Guerra Mundial. (Material Moderna 
Plus – Destruição de Hiroshima) 
 
3º ano 
História Geral 
Aula 06: A Guerraa Grécia 
antiga como o berço da civilização ocidental. 
• Necessidade de compreender as relações entre a formação dos 
gregos e da cultura greco-romana diretamente ligada ao 
Mediterrâneo e as relações com outras civilizações (como Egito e 
mesopotâmia) → Comparação das esculturas gregas e egípcias 
(processo lento de diferenciação e formação de uma cultura 
única) 
 
2. Uma história dos gregos? 
• Divisão tradicional da história grega: 
- Pré-Homérico (XX – XIII a.C.) → Chegada dos Jônios, Eólios e 
Aqueus (Dominação Miscênica) 
- Homérico (XIII – VIII a.C.) →Formação dos genos / chegada dos 
Dórios 
- Arcaico (VIII – VI a.C.) →Formação das cidades-estado (poléis) 
- Clássico (VI – IV a.C.) → Auge das cidades-estado e eu dclínio 
(Guerras Médicas e do Peloponeso) 
- Helenístico (IV – II a.C.) → Império de Alexandre o Grande 
 
• Importante: Falamos em história grega, no entanto é preciso lembrar 
que nunca houve uma unidade política entre os povos que se 
estabeleceram na região. Mesmo do ponto de vista cultural havia 
grandes diferenças. Elemento unificador → língua comum. 
 
3. Ocupação da Península Balcânica 
- Pré-Homérico: migração de povos indo-europeus como os Aqueus 
(séc. XX – XVIII a.C.); Eólios (séc. XVIII – XV a.C.) e Jônios (séc. 
XVIII – XV a.C.) → Mapa da Moderna Plus (Migrações Indo-Europeu) 
• Domínio cultural e econômico da civilização cretense → civilização 
marcadamente influenciada pelas civilizações orientais. 
• Características gerais de civilização cretense: 
- Estado teocrático (poder centralizado na figura real e legitimado 
pela ascendência da casa real de Minos) 
- Sociedade palaciana (Economia controlada diretamente pelo 
Estado →o papel central do palácio de Cnossos) 
- Principal atividade econômica: Comércio (ligado as rotas mercantis 
do Mediterrâneo, principalmente ao comércio com o Egito) 
- Culto religioso ligado a figura da grande deusa . 
• Declínio do poder cretense e ascendência do poder a queu → O 
mito do minotauro como representação desse processo. (ver anexo) 
• A chegada dos Dórios – povo indo-europeu e de caráter guerreiro 
(séc XVIII) desestrutura as sociedades gregas da época levando a 
grandes migrações ( processo conhecido como 1ª diáspora grega) 
• Rearticulação das relações culturais e rearticulação das 
organizações sociais (temos pouca informação do período qu 
precede esses acontecimentos) 
• Principais fontes do período Homérico: os poemas épicos da Ilíada e 
Odisséia 
 
 
Textos de apoio 
O Mito do Minotauro 
 
Conta o mito que ele nasceu em função de um desrespeito de seu pai 
ao deus dos mares, Poseidon. O rei Minos, antes de tornar-se rei de Creta, 
havia feito um pedido ao deus para que ele se tornasse o rei. Poseidon 
aceita o pedido, porém pede em troca que Minos sacrificasse, em sua 
homenagem, um lindo touro branco que sairia do mar. Ao receber o animal, 
o rei ficou tão impressionado com sua beleza que resolveu sacrificar um 
outro touro em seu lugar, esperando que o deus não percebesse. 
Muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o 
mortal. Faz com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo 
touro. Isso não só aconteceu como também ela acabou ficando grávida do 
animal. Nasceu desta união o Minotauro. Desesperado e com muito 
medo, Minos solicitou a Dédalos que este construísse um labirinto gigante 
para prender a criatura. O labirinto foi construído no subsolo do palácio de 
Minos, na cidade de Cnossos, em Creta. 
Após vencer e dominar, numa guerra, os atenienses , que haviam 
matado Androceu (filho de Minos), o rei de Creta ordenou que fossem 
enviados todo ano sete rapazes e sete moças de Atenas para serem 
devorados pelo Minotauro. 
Após o terceiro ano de sacrifícios, o herói grego Teseu resolve apresentar-
se voluntariamente para ir à Creta matar o Minotauro. Ao chegar na ilha, 
Ariadne (filha do rei Minos) apaixona-se pelo herói grego e resolve ajudá-
lo, entregando-lhe um novelo de lã para que Teseu pudesse marcar o 
caminho na entrada e não se perder no grandioso e perigoso labirinto. 
Tomando todo cuidado, Teseu escondeu-se entre as paredes do labirinto e 
atacou o monstro de surpresa. Usou uma espada mágica, que havia 
ganhado de presente de Ariadne, colocando fim aquela terrível criatura. O 
herói ajudou a salvar outros atenienses que ainda estavam vivos dentro 
do labirinto. Saíram do local seguindo o caminho deixado pelo novelo de 
lã. 
 
 
1º Ano 
Aula 14: A pólis e o mundo grego. 
 
Objetivos: Discutir o processo de constituição da polis grega, das 
comunidades aristocráticas patriarcais (os genos), até a organização plena das 
cidades-estado. Definir o conceito de cidade-estado e sua dispersão pela 
região do Mediterrâneo (Magna Grécia) acompanhado da cultura grega. A 
partir da analise de trechos de documentos extraídos das peças de teatro 
gregas discutir o conceito de cidadania. 
 
Metodologia da Aula: Aula expositiva, análise de textos historiográficos, uso 
do jogo grepólis. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A constituição dos genos 
2. A formação da Polis 
3. A Magna Grécia (Dispersão da cultura grega) 
 
Planejamento da Aula: 
4. A constituição dos genos. 
 
• Século XIII a.C. – Início do Período Homérico (XIII – VIII a.C.) →Chegada 
dos Dórios (ultimo dos quatro povos que formariam a civilização grega) 
• Constituição de núcleos urbanos (aldeias) → sociedade organizada ao 
redor de famílias patriarcais (lideradas por um chefe guerreiro) e 
aristocráticas (sustentadas pelo poder sobre a terra) – os genos 
• Esses núcleos devem ser pesados com oikos (casa ou família) → unidade 
econômica e social (noção de família estendida, englobando tanto escravos 
como servos e estrangeiros residentes nas terras de uma mesma família. 
• Convívio dentro dos genos de escravos (mas que ainda não constituíam a 
maioria) e homens livres a serviço do chefe guerreiro (demiurgos – artesão 
qualificado – e tetas) 
• Formação de associações entre diferentes genos – encontro e deliberação 
dos chefes guerreiros – aristocracia – e deliberações em conjunto nas 
assembléias (o restante da população livre participava desses eventos mas 
não deliberava) → A guerra de Tróia como principal exemplo 
• A escolha, por mérito militar, de um rei dentro da aristocracia. 
 
5. A formação das polis 
 
• Período Arcaico (Séc. VIII – VI a.C.) → formação das polis (dentro de um 
contexto de crise social) 
• Aumento demográfico : 
 → Escassez de terras acompanhado pelo questionamento do poder da 
aristocracia que dominava as principais terras das antigas comunidades 
(genos). 
→ Alteração das relações sociais: De relações diretas dentro dos genos 
(concepção de relações familiares dentro do oikos) para relações indiretas 
dentro da nova forma de organização social nas polis 
 
 
 
 
 
 
• Definição: Cidades–estado (Pólis) “Ela pode ser definida como uma 
‘comunidade autônoma politicamente ’, (...), ainda que estes 
conceitos não exprimam perfeitamente todas as suas características, 
pois além de sua independência política a polis ideal deveria ser auto-
suficiente no pano econômico .” (Maria Beatriz B. Florenzano, O 
Mundo antigo: economia e socieda. São Paulo: Brasiliense, 1982, pp. 
24) 
 
• Importante: A concepção de cidade-estado não está ligada 
necessariamente a idéia de núcleo urbano, mas sim a reunião da 
comunidade dos cidadãos (o coletivo) . 
Genos Cidades -estado (Pólis) 
(Aumento demográfico) 
 
• Utilização do jogo Grepolis (simulação do mundo grego – baseado no 
conceito de cidade-estado grega e suas características): Jogo e 
realidade histórica. → Representação da polis grega e da fragmentação 
política (universo político grego) 
 
• “Do ponto de vista material, para que existisse deveria ter 
essencialmente um local central onde se situassem os edifícios públicos 
e religiosos e onde se realizassem as reuniões dos cidadãos, a ágora . 
Uma acrópole (cidade alta) também era necessáriacomo medida 
defensiva da comunidade. Afora esses dois itens, cada cidade-estado 
se desenvolvia de modo diferente, tinha dimensões diversas, etc.” 
(Maria Beatriz B. Florenzano, O Mundo antigo: economia e socieda. 
São Paulo: Brasiliense, 1982, pp. 24) 
 
• Análise do espaço da Pólis - Utilização do jogo Grepolis e da planta da 
planta da Acrópole de Atenas. 
 
6. Cidade-Estado e o conceito de cidadania 
 
• Consolidação do conceito de cidadania → Uma idéia de igualdade 
dentro dos membros de uma comunidade política (polis) → Análise 
dos trechos de As Rãs e Édipo Rei (discutir o papel do teatro dentro 
da sociedade grega e função do coro dentro do teatro grego) 
• Ser cidadão – dentro da concepção grega significava participar da 
vida política da polis (Sófocles, por exemplo, exerceu vários cargos 
públicos dentro da cidade de Atenas) e ser capaz de se armar e 
defender a cidade nos períodos de guerra – o exército de 
cidadãos – os hoplitas (Ésquilo lutou em batalhas importantes das 
Guerras Médicas – Maratona e Salamina, isso aparece em sua peça 
Os Persas – inscrição do seu túmulo “Aqui jaz Ésquilo, filho de 
Eufórion. Nascido em Atenas, morreu nas planícies fecundas de 
Gela. A aldeia famosa de Maratona e o persa de longa caeleira dirão 
se ele foi bravo: eles viram!”) 
• IMPORTANTE: A idéia de cidadania era restrita a um grupo bem 
definido dentro da polis (homens livres, maiores de idade, filhos de 
pais nascidos na cidade). Estavam excluídos da categoria de 
cidadãos: Mulheres, crianças, estrangeiros e escrav os (eles não 
faziam parte da comunidade política ou não eram vistos como 
portadores da razão elemento importante para a atuação política. 
 
Texto de Apoio 
 
Coro: Ah! Sofro males sem conta.Todo o meu povo está exposto ao flagelo e 
meu pensamento não possui arma que nos permita uma defesa. Os frutos 
desta nobre terra não crescem mais à luz e felizes nascimentos (...). E a 
cidade perece nessas mortes sem conta. Nenhuma piedade a seus filhos que 
jazem no chão: eles também são portadores da morte (...). 
 
Édipo: Ouço as suas preces e a essas preces sou eu que respondo. Saibas 
escutar e acolher as minhas palavras. (...) Falo aqui como homem alheio ao 
relato que ele acaba de ouvir, alheio ao próprio crime; eu não poderia sozinho 
levar adiante minha investigação, a menos que dispusesse de algum indício; e, 
como sou de fato um dos últimos inscritos nesta cidade, é a vós, é a todos os 
tebanos, que dirijo solenemente meu apelo. 
 
 
1º Ano 
Aula 15: O Período Clássico: Cidadania, Democracia e Escravidão 
Objetivos: Construir um quadro comparativo entre os processos históricos que 
levaram a constituição das cidades-estado de Atenas e Esparta, analisando as 
diferenças políticas, sociais e econômicas nesses dois exemplos de polis 
grega. Discutir a relação entre a consolidação do estatuto de cidadão, a 
construção da democracia grega (ateniense) e a instituição em massa do 
trabalho escravo. 
 
Metodologia: Análise de imagem, análise de trechos das peças teatrais 
gregas, aula expositiva. 
Estrutura da Aula: 
1. A Magna Grécia 
2. A cultura grega 
3. Esparta e Atenas: dois modelos de polis. 
4. Democracia e Escravidão. 
Planejamento da Aula: 
1. A Magna Grécia (Dispersão da cultura grega) 
• Período Clássico 
• Processo contínuo de aumento demográfico → escassez de 
alimentos para abastecer, insuficiência e terras. →Unidade das 
cidades-estado ameaçadas. 
• Formação de novas cidades-estado →as colônias (Sul da Itália, 
Costa da África e Planalto da Anatólia) 
• As colônias não mantinham necessariamente o vinculo com as suas 
cidades de origem, porém algumas funcionavam como entrepostos 
comerciais, abastecendo as cidades-estado de origem e 
desenvolvendo o comércio grego no Mediterrâneo. 
• Dispersão da cultura grega no Mediterrâneo (2ª diáspora grega) 
 
 
 
2. A cultura grega 
 
• Passagem do Período Arcaico para o Período Clássico: 
→ Desenvolvimento das cidades-estado 
→Consolidação de uma língua comum 
→ Desenvolvimento da chamada cultura grega: desenvolvimento de varias 
áreas do saber (de maneira geral a cultura grega – preservada ao longo 
dos séculos – é considerada a base na qual se constituiria a cultura 
ocidental posteriormente. (Leitura do cap. 5.3) 
 
• Importante: A través da análise de imagens relembrar que a cultura grega, 
por sua vez, deve muita a cultura das civilizações consideradas ocidentais) 
• Ponto central: desenvolvimento da Filosofia (construção de uma 
interpretação racional do mundo 
• Antropocentrismo em oposição de uma interpretação mítica de mundo 
(O exemplo da comédia As Rãs de Aristófanes – representação caricatural 
de Dionísio) 
 
 
3. Esparta e Atenas: dois modelos de polis. 
 
Esparta: 
 
• Local: Planície do Peloponeso 
• Origem: Cidade fundada pelos Dórios 
• Estrutura sócio-econômica: 
- Economia agrícola – sociedade aristocrática (poder baseado na posse 
da terra) 
- Produção agrícola baseada no trabalho escravo e na população local 
subordinada pelos espartanos 
• Estratificação social e características sociais: 
- Espartanos (cidadãos) 
- Periecos (homens livres sem direitos políticos) 
- Hilotas (escravos e população submetida a sevidão) 
 
- Sociedade espartana militarizada (Xonofóbica e lacônica) →Utilização 
do trecho inicial de 300 (Ou material on-line da Moderna Plus) 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Estrutura Política 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenas : 
 
• Local: Região litorânea, Ática. 
• Origem: Fundada pelos Jônios 
• Desenvolvimento socioeconômico 
 
- Desenvolvimento Econômico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Desenvolvimento Político: 
(As mudanças econômicas levaram a disputa política entre a Aristocracia e os 
Demiurgos – comerciantes – com o apoio dos Gorgóis – camponeses) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Para a consolidação do regime democrático foi preciso instituir 
diversas mudanças na sociedade ateniense (atuação dos 
legisladores): 
Diarquia Gerusia 
Exército Assembléia Popular 
Economia Agrícola 
Economia agrícola organizada 
Para trocas comerciais 
 
(Relações mercantis com 
outras polis – colônias) 
(Concentração de terras nas 
mãos da aristocracia, aumento 
da importância dos demiurgos) 
Governo aristocrático (Governo Tirânico Democracia 
(Conflito como debate político) 
 
- 610 a.C. – Dracon institui um código de leis escritas 
- 594 a.C. – Sólon reformou as leis de Dracon – entre outras 
medidas acaba com a escravidão por dívida (elemento necessário 
para separar e definir o estatuto de cidadão e de escravo) 
- 510 a.C. – Clistenes implementa a democracia em Atenas 
 
o Cristalização da sociedade grega: 
- Atenienses (cidadãos) 
- Metecos (estrangeiros) 
- Escravos 
 
 
 
4. Democracia e Escravidão. 
 
Características gerais da democracia grega: 
• Democracia direta (Os cidadãos representavam a si mesmos nas 
assembléias) 
• Os cargos públicos eram rotativos e escolhidos através de sorteios 
(critica a noção de meritocracia, em tese todo cidadão seria capaz de 
assumir tais funções) 
• O ostracismo como mecanismo para a defesa do sistema (exílio de 10 
anos do cidadão considerado uma ameaça, manutenção de suas 
propriedades no momento que esse retornasse) 
• Pergunta central: o que permitia o cidadão se dedicar a vida política? 
→ a introdução em massa de escravos (concepção do ócio produtivo, 
desvalorização do trabalho manual) 
• As cidades-estado gregas se consolidaram no período clássico como 
sociedades escravistas (ou seja, baseadas na mão-de-obra escrava) 
• Escravos oriundos de guerras e posteriormente vindos do tráfico de 
escravos. (Porém em uma dimensão bem inferior ao império romano) 
 
1º Ano 
Aula 16: As guerras do período Clássico e o Império Helenístico. 
Objetivos: Discutir os principais confrontos do período clássico (As Guerras 
Médicas e do Peloponeso), a construção de uma concepção de unidade grega 
baseada na oposição civilização e barbárie e o declínio das cidades-estado. 
Apresentaras principais características do Império Helenistico e sua relação 
profunda com a cultura Oriental. 
 
Metodologia: Aula expositiva e análise de documento. 
Estrutura da Aula: 
1. As guerras do período Clássico 
2. O Período Helenistico. 
 
Planejamento da Aula: 
1. As guerras do período Clássico 
 
a) As Guerras Médicas (490 – 448 a.C.) 
• Expansão do Império Persa (fusão de Medos e Persas) → Século VI 
a.C. Utilização dos recursos da Moderna Plus (Mapa da expansão 
persa) 
 
• Características gerais: 
- Sociedade Palaciana 
- Poder despótico 
- Expansão militar e construção de uma rede de poder através do 
pagamento de tributos e manutenção das elites locais no poder 
 
• Início dos conflitos: Expansão territorial em direção ao mar Egeu (ataque 
as cidades gregas e invasão da península balcânica)- Utilização dos 
recursos da Moderna Plus (Mapa das Guerras Médicas e Trecho dos 
300 de Esparta) 
 
Guerras Médicas 
Cidades-Estado gregas VS. Império Persa 
• Aliança militar entre as polis gregas: Liga de Delos (comandada por 
Atenas) 
 
• Episódios da Guerra: 
- 300 de Esparta (combate no desfiladeiro das Temóplidas) 
- Batalha de Maratona 
- Batalha de Salamina (Vitória dos gregos, o que significou a 
manutenção da autonomia dessas cidades) 
 
• Heródoto e a narração das guerras Méicas (o discurso da unidade da Hélade 
contra os bárbaros) – análise de texto 
 
b) Guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C.) 
 
• Fim das guerras médicas – manutenção da Liga de Delos (hegemonia 
de Atenas sobre as outras cidades) 
• Esparta e a fundação da liga do Peloponeso 
• Utilização dos recursos da Moderna Plus (Mapa das Guerras Médicas) 
 
Liga de Delos VS. Liga do Peloponeso 
 
• Vitória de Esparta, mas enfraquecimento das cidades-estado como um 
todo. 
• Conquista das cidades-estado por Filipe da Macedônia. 
 
2. O Período Helenistico. 
• Macedônia – reino situado ao norte das cidades-estado (possuía uma 
economia agrícola e uma forte influência da cultura das polis) 
• O rei Felipe II da Macedônia conquista em 366 a.C. as cidades-gregas 
→ com sua morte assume a coroa seu filho Alexandre 
• Alexandre havia sido educado por Aristóteles (um dos maiores filósofos 
gregos) 
• Alexandre inicia uma das maiores expansões territoriais da história 
(Conquista a região da Mesopotâmia, o Egito e marcha até as margens 
do rio Indu) - Utilização dos recursos da Moderna Plus (Mapa do Império 
de Alexandre Mágno) 
 
• O Helenismo: 
- O império de Alexandre foi construído a partir da incorporação de 
novos territórios, mas sem alterar as estrutura de poder local (cobrança 
de tributos) 
- Fusão de elementos da cultura grega e das culturas orientais 
• 394 a.C. – Morte de Alexandre – fragmentação do seu império. 
1º Ano 
Aula 17: Roma: a monarquia e a sociedade romana 
Objetivos: Construir um panorama da história de Roma, apontando os 
principais tópicos que serão tratados nas aulas. Discutir as características 
políticas e sociais da sociedade romana durante a Monarquia. 
Estrutura da Aula: 
1. A História de Roma: organização cronológica 
• Cronologia: processo de organização dos fatos históricos no tempo 
→ cronologia de Roma baseada em sua história política (formas de 
governo) 
• Os períodos da história romana (construir uma linha do tempo): 
- Monarquia (750 – 509 a.C.) 
- República (509 – 27 a.C.) 
- Império (27 a.C. – 476 d.C.) 
• A história de Roma e a cronologia da História Geral (utilização dos 
marcos cronológicos de Roma como divisão entre a Idade Antiga e 
Idade Média – 476 d.C., queda do Império Romano do Ocidente – e 
como divisão entre a Idade Média e Idade Moderna – 1453, queda do 
Império Romano do Oriente. 
 
2. A fundação da cidade-estado. 
a) A península itálica no séc. VIII a.C 
• Região ocupada por povos distintos e fragmentada do ponto de vista 
político. 
- Região Sul (Gregos) 
- Região Central (Latinos e Sabinos) 
- Região Norte (Etruscos) 
b) A fundação de Roma e o mito fundador 
• Fundação: pequena aldeia de origem latina na região do Lácio 
• Importante: Ocupava uma posição estratégica, pois estava 
localizada em um cruzamento das principais rotas comerciais entre 
as cidades-estado do Sul e as do Norte 
• O mito fundador: construído a posteriori e transcrito por Virgílio 
- Gênese de Roma em Enéias, príncipe troiano refugiado na Itália – 
seus descendentes teriam fundado a cidade – Gêmeos Rômulo e 
Remo (filhos de Réia Silvia e o deus Marte) → papel do mito – 
ressignificação da história da cidade, valorização do caráter militar e 
do poder de Roma construídos posteriormente. 
 
3. A monarquia: aspectos sociais e políticos. 
a) Organização social 
• Sociedade agrária e aristocrata: controle social baseado no controle 
da terra) 
• Grupos sociais: 
- Patrícios (composto pelas famílias proprietárias de terras) 
- Plebeus (composto por camponeses detentores de pequenas 
propriedades) 
- Clientes (composto por indivíduos dependentes das famílias 
patrícias) 
- Escravos (prisioneiros de guerra) 
Obs: No período da Monarquia haviam pouquíssimos escravos em 
Roma. 
 
b) Organização política: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Senado: Conselho de anciões formado pelos representantes das 
principais famílias patrícias. Tinha como função assessorar o Rei e 
limitar seu poder. 
• Durante o período de Monarquia (750 – 509 a.C.) Roma teve 7 
reis. Os três últimos eram de origem etrusca. 
• Dominação etrusca: 
- Crescimento da cidade; 
- Consolidação do domínio da região do Lácio; 
- Fortalecimento do poder político dos patrício; 
• 509 a.C. → Conflito entre o rei Tarquínio e a elite patrícia leva a 
deposição do rei e a extinção do regime monárquico 
Rei 
Senado 
1º Ano 
Aula 18: Roma: a república aristocrática 
Objetivos: Discutir a constituição da república romana e sua estrutura 
aristocrática. Debater as características do direito romano, sobretudo a 
consolidação a concepção de público e privado. Apresentar o processo de 
expansão territorial romano e relacioná-lo a consolidação da república 
aristocrática. 
Estrutura da Aula: 
1. A república romana. 
2. O direito romano: entre público e o privado 
3. A expansão territorial 
 
Planejamento da Aula: 
1. A república romana. 
• 509 aC – Conflitos entre o rei Tarquínio e os patrícios leva a deposição 
do rei e o fim da monarquia. 
• República: o termo provém da expressão latina res publicus – governo 
da coisa pública. 
• Estrutura do governo republicano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Magistrados: Encarregados pelas assembléias para exercer o poder executivo 
em nome delas. O cargo mais importante dos magistrados era o de Consul . 
Eram sempre eleitos em número de 2 e exerciam o cargo por 1 ano. 
• Em momentos de crise o Senado poderia conceder o poder total ao cônsul por 
um período provisório (6 meses), estes estados de exceção era chamado de 
ditadura. 
Senado 
Comício Tribal Comício Centurial 
(Composto pelos membros das 
principais famílias patrícia) 
(Patrícios) (Patrícios e plebeus engajados 
no exército) 
• Importante: A república consolidou o poder da arist ocracia rural 
(patrícios), os proprietários de terras e escravos. 
• As revoltas da plebe (insatisfeita com tal situação a plebe se organizou, 
ameaçando constituir uma outra cidade apartada de Roma se não fosse 
concedido direitos políticos) 
• 494 a.C. – Criação dos tribunos da Plebe (representação dos plebeus no 
Senado, direito a veto a determinações que afetassem a plebe) – inicialmente 
em número de 2, depois aumentado para 10. 
• 450 a.C. - Criação da lei da 12 Tábuas (base do direito romano) 
• 445 a.C. – Lei Canuléia (direito a casamento de plebeus e patrícios) – muitas 
famílias plebéias tinha enriquecido mas não possuíam direitos políticos. 
 
2. A expansão territorial 
• Durante o período da república Roma se consolida como uma potência bélica n 
península itálica – formação das legiões romanas (exército formado por 
plebeus e comandado pelos patrícios) → Análise dos trechosde filmes sobre o 
Exército Romano 
• 275 a.C. – consolidação do controle sobre toda a península itálica. 
• Avanço sobre as ilhas da Sicília (área estratégica: produtora de trigo e controle 
do Mediterrâneo) → área controlada por outra poderosa cidade-estado: 
Cartago. 
• Guerras Púnicas (264 – 146 a.C.) 
Roma VS Cartago 
• Vitória sobre Cartago (controle do norte da África e da Península Ibérica), 
vitória sobre o reino da Macedônia (controle de toda a parte oriental do 
Mediterrâneo) 
• Hegemonia de Roma sobre o Mediterrâneo - Utilização de material da Moderna 
Plus – Expansão romana séc. II e I a.C. 
1º Ano 
Aula 19: A crise da República 
 
Objetivos: Discutir o conceito de trabalho como elemento constituinte das 
relações humanas, assim como o conceito de luta de classe. Discutir as 
contradições geradas pela expansão romana e as lutas sociais que 
desencadearam a crise do sistema republicano em Roma. 
Obs: Esta é uma aula para duas entradas. 
 
Metodologia: Analise de textos e documentos 
 
Estrutura da Aula: 
1. As conseqüências da expansão romana 
2. Os elementos da crise da República 
3. As ditaduras e a crise da República 
 
Planejamento da Aula: 
 
1. As conseqüências da expansão romana. 
• Conseqüência da expansão romana. 
- processo de concentração fundiária pelos patrícios – As terras 
conquistadas era de propriedade do Estado (Ager publicus), porém 
essas terras eram muitas vezes cedidas a quem tivesse condição de 
ocupá-las – formação de grandes latifúndios patrícios 
- Aumento do número de escravos – as populações vencidas nas 
guerras foram escravizadas – aumento significativo do número de 
escravos. 
 
Alteração das relações de trabalho 
 
 
 
Camponês livre (plebeu) Trabalhador escravo 
- Controle do comércio em todo o Mediterrâneo - A unidade política 
de Roma vai garantir o crescimento das redes de comércio do 
Mediterrâneo. Isso trouxe duas conseqüências diretas: 
a) A organização de uma produção agrícola para a comercialização – 
baseada em grandes propriedades e no trabalho escravo 
b) Formação de um novo grupo social ligado as transações econômicas 
– Os cavaleiros, ou noblitas (comerciantes enriquecidos) 
 
 
2. Os elementos da crise da República 
 
a) A crise agrária 
• Com as mudanças nas relações de trabalho a plebe vai sendo cada vez 
mais marginalizada dentro da sociedade romana (criação de um 
ambiente de instabilidade política – a plebe perde espaço dentro da 
sociedade romana, mas ao mesmo tempo continuava sendo importante 
para a formação do exército romano) 
• Os irmãos Graco: Os tribunos da Plebe Caio e Tibério Graco 
propuseram medidas para diminuir as tensões sociais dento da 
República. 
o Tibério Graco (143 a.C.): Lei Agrária: distribuião do ager 
publicus para a plebe. 
o Caio Graco: Lei Agrária, Diminuição do preço do trigo, 
Expansão da cidadania romana. 
→ As propostas dos dois são rejeitadas pela elite patrícia no 
Senado e eles são perseguidos e assassinados. 
 
b) Espartacos e as revoltas escravistas. 
• Roma durante o período da república transforma-se em uma sociedade 
escravista. 
• Os escravos tinham as mais variadas procedências (não era uma 
questão étnica) e exerciam as mais variadas atividades, tanto nas áreas 
agrícolas, quanto urbanas. 
• Os escravos eram em sua maior parte provenientes das guerras de 
conquista. Mas com o aumento da demanda por escravos cria-se redes 
de tráfico de escravos no interior do império romano 
• Sociedade escravista organizada a partir da coação e da violência. 
- Trechos ilustrativos do romance Espartacus de Howard Fast: 
o As minas e trabalho escravo (pag. 61-62) 
o Os escravos (pág 65) 
o A velha e o general (pag.230 – 231) 
 
• As revoltas de escravos 
- Revolta da Sicíia (136 – 133 a.C.)- derrubada do governo local e 
estabelecimento de uma monarquia, escravização dos povos 
subordinados. 
- Revolta de Espartacos (76 – 73 a.C.) – Revolta de gladiadores no sul 
da península Itálica, mobilização de outros escravos – formação de um 
exército de 60 mil homens – Mobilização das legiões romanas sob o 
comando do gen. Crasso 
o Análise de Documento: A visão romana sobre 
Espartacos – O medo de uma revolta de escravos. 
 
3. A crise da República. 
• A crise das instituições da República 
- Questionamento dos poderes do Senado (insatisfação política por 
parte da plebe - marginalizados dentro da sociedade romana - e dos 
cavaleiros – busca de maior espaço político dentro da sociedade 
romana) → Constantes acusações de corrupção dentro da República. 
- Crescimento do prestígio dos generais romanos e atuação cada vez 
mais intensa do exército em questões políticas (manipulação da plebe) 
- Tensões sociais → Instabilidade política. 
• As ditaduras 
- Em meio a instabilidade política Caio Mario (general romano com 
grande popularidade entre a plebe) assume o poder como Ditador. (106 
– 100 a.C.) 
o Implementação de reformas com grande apelo popular 
(como, por exemplo, a instituição do soldo no exército 
romano) 
o Apoio popular e manutenção do poder como Ditador, acima 
das ordens do Senado romano 
- Com o apoio dos patrícios Cornélio Sila (general romano, antigo 
auxiliar de Caio Mario) inicia um guerra contra as forças de Caio Mario. 
- Após derrotar Caio Mario, assume – com o apoio patrício – a posição 
de ditador (89 – 79 a.C.), por conta da idade avançada, renuncia ao 
posto em 79 a.C. 
 
• Os triunviratos 
 
- Para evitar novas disputas internas o Senado cria o chamado 
triunvirato, formado pelos três grandes generais da época. 
- 1º Triunvirato: 
o Crasso 
o Pompeu 
o Julio César 
- Após a morte de Crasso, inicia-se uma guerra entre as forças de Julio 
César e Pompeu. César vence-o em 46 a.C. e torna-se ditador vitalício. 
- O Senado, inconformado com o processo de centralização do poder 
levado a cabo por César arma uma conspiração e o assassina (Brutus, 
patrício e filho adotivo de César) 
- Após a morte de César forma-se o 2º Triunvirato 
o Marco Antônio (general romano e braço direito de César) 
o Otávio (Sobrinho de César) 
o Lépido (Banqueiro romano e pessoa influente dentro da 
sociedade romana) 
- Lépido foi em pouco tempo afastado do triunvirato, o que deu início a 
disputa entre as forças de Marco Antônio e Otávio. 
- Otávio derrotou Marco Antônio em 31 a.C. no Egito. Após a derrota de 
Marco Antonio dá início ao processo de centralização do poder. 
- Em 27 a.C. declarasse Príncipes (o primeiro dos cidadãos), 
Augustos (Divino) e Imperator (Autoridade suprema); colocando fim a 
República. 
1º Ano 
Aula 20: O Império romano 
 
Objetivos: Caracterizar as principais alterações com a instauração do sistema 
de governo imperial em Roma por Otávio Augusto. Discutir a consolidação da 
concepção de império a partir dos testemunhos romanos. Debater o alcance da 
idéia e dos símbolos do império dentro do mundo contemporâneo. 
Obs: Aula para duas entradas 
Metodologia: Aula expositiva, análise de documentos, análise de imagens, 
análise de trechos do filme: “Gladiador”. 
 
Estrutura da Aula: 
1. A instauração do Império: mudanças políticas e sociais. 
2. A construção da idéia do Império Universal. 
3. Os símbolos do Império. 
 
Planejamento da Aula 
 
1. A instauração do Império: mudanças políticas e sociais. 
• 27 a.C. – Otávio assume o título de Imperador, iniciando uma 
reorganização da estrutura do Estado Romano. 
• Reestruturação do exército: 
- Profissionalização do exército (fim da obrigação do serviço militar 
dos pequenos camponeses, controle do exército pelo imperador). 
- Fim das grandes expansões. 
- Consolidação das fronteiras. (consolidação do poder sobre toda a 
zona ao entorno do Mediterrâneo – chamado de maré nostrum) 
 
 
 
• Reestruturação político-administrativa 
- Aproximação política com as elites provinciais do Império (abertura 
dos principais cargos políticos – Senado e magistraturas - as 
grandes famílias provincianas)

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