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Ensino Médio Apostila de aulas Lucas Tadeu Marchezin 2015 1º Ano História Geral Introdução a História 1º Ano Aula 1: As regras do jogo: A construção coletiva de um contrato pedagógico Objetivos: propiciar a interação da turma com o professor, a percepção da importância do grupo e do estabelecimento de regras comuns, assim como apresentar o curso de história. Metodologia: Jogos tradicionais e análise de ficha Estrutura da Aula: 1. Em que lugar estamos. 2. Seqüência de Jogos. 3. A construção de um contrato pedagógico. 4. Apresentação do curso Planejamento da Aula 1. Em que lugar estamos. • Fala Inaugural – apresentação (Escola Villare e a construção de um Ensino Médio) • Ensino Médio como uma nova etapa – Quais as expectativas deles? • Apresentação da aula – a escolha dos jogos tradicionais como estratégia para a construção do grupo e a construção do contrato pedagógico. 2. Seqüência de Jogos. Apresentação • Jogo das mentiras Objetivos: Proporcionar um primeiro contato entre professor e alunos, colocar em pauta a questão de uma relação de confiança a ser construída. Jogos: • Pega-pega xicara Objetivos: Perceber o espaço, tomar consciência de si e dos outros. • Quem iniciou o movimento Objetivos: Perceber a necessidade de cooperação dentro de um coletivo e da relevância de certos acordos comuns. Obs: “Quem iniciou o movimento” é um jogo no qual a participação do grupo e a percepção do outro é fundamental. Este é um elemento importante Avaliação dos Jogos : Qual jogo funcionou? Por quê? Quais deram errados? O que faltou para eles funcionarem? Regras são importantes para jogar? Qual a relação do grupo em relação as regras? 3. A construção de um contrato pedagógico. • Questões para a construção de um contrato pedagógico - O grupo como coletivo (oposição a perspectiva individualista) - Coletivo e a existência de opiniões diversas: conflito natural de opiniões - Como lidar com isso? A necessidade de estabelecer regras comuns de convivência de acordo com o local (a classe) – existência de regras da instituição e de acordos de sala (em um primeiro momento apresentadas e possíveis de serem revistas) - Os espaços coletivos de discussão: liberdade de falar e necessidade de ouvir – espaço de troca. • IMPORTANTE: Contrato pedagógico e autonomia do sujeito (A regra como construção coletiva e não como imposição e coerção) • Regras gerais e acordos de sala. - Estar com os instrumentos de trabalho (caderno, estojo e livro1); - Participar das aulas (internamente e externamente); - Respeitar os horários; - Fazer as tarefas pedidas e cumprir os prazos – salientar a questão da lição de casa (IMPORTANTE); - Proibição do uso de celular - Respeitar o professor e os demais colegas (Momentos de exposição e momentos de dúvida, respeito a opinião do colega); - Saída para o banheiro e água (Regra da garrafinha e bom senso); 1 O livro não será usado em todas as aulas, quando for necessário será avisado com uma aula de antecedência 4. Apresentação do curso • Concepção do curso: A história como um fazer • Conteúdo: - Introdução a História - Pré História - Idade Antiga (Oriental e Clássica) - Idade Média - Idade Moderna - História da África -História da América Indígena - História do Brasil (período colonial) • Atividade de Sala – baseadas na análise de documentos • Tarefas: Estudo Prévio, construção de quadros sínteses e exercícios; • Plantão de dúvidas (Descoberta e gerenciamento das dúvidas) • Necessidade de organizar-se (agenda, horário escolar, tarefas) • Blog e e-mail; 1º Ano Aula 2: O Ofício do historiador Objetivos: A partir da leitura da Ficha 1 (texto de Marc Bloch e Bertold Brecht) os três elementos centrais da disciplina História: Seu objeto, seu método e sua função social. Trabalhar o processo de leitura e compreensão de textos. Metodologia: Leitura, fichamento e discussão de texto (Ficha 1: texto de March Bloch e Bertold Brecht) Estrutura da Aula: 1. Impressões sobre a História 2. Marc Bloch e a História (Leitura dirigida) 3. Os elementos da história • O objeto da História • História-problema • As fontes históricas Planejamento da Aula: 1. Impressões sobre a História • A partir da lição feita pelos alunos tentar definir um quadro com as respostas apresentadas por eles. Importante: Este quadro deve ser mantido até o final da aula para que possamos comparar as respostas iniciais com as idéias surgidas após o debate. 2. Marc Bloch, Bertold Brecht e a História (Leitura dirigida) • Contextualização do texto – ressaltar a importância de pensar um texto dentro do seu contexto histórico (comparação com a literatura) - Marc Bloch , o historiador francês - Apologia a História ou o Ofício do historiador, seu ultimo livro, redigido durante o tempo de confinamento no campo de concentração – Um livro incompleto, mas importante para a reflexão sobre o papel do historiador. - Bertold Brecht , dramaturgo alemão e poeta, forte ligação com o pensamento marxista. • Instruções para a leitura 1) Ler atentamente o texto (selecionar as dúvidas de vocabulário e conceitos) 2) Identificar os principais argumentos do texto (Isto pode ser feito em uma segunda leitura, grifando esses trechos) 3) Montar um esquema com as principais idéias do texto (este fichamento pode ser acompanhado muitas vezes por citações importantes) • Coletivização dos fichamentos dos alunos (Quais as idéias centrais do texto?) 3. Os elementos da história Análise do texto de March Bloch: • História-problema Análise do trecho 1: O Ofício do Historiador - A relação entre passado e presente no estudo da história – ponto fundamental no processo de compreensão de outras realidades históricas. - A questão da história-problema: O historiador busca compreender um determinado período histórico, mas o que leva ele a essa pesquisa (seu problema central) é despertado pelas questões presentes – O caso da história das mulheres e a revolução feminista; A história da escravidão e da resistência dos escravos e o movimento negro. - Importante: O problema do anacronismo. • O objeto da História Análise do trecho 2: A História e os homens - A História dentro do campo das ciências humanas, pois tem como objeto os homens (em sociedade) - Especificidade da história – categoria da duração – estudo das transformações das sociedades humanas no decorrer do tempo. - A História e a preocupação em compreender essas transformações. Elemento importante para se contrapor a concepção pragmática de ciência. Análise do texto de Bertold Brecht: - Quem faz a história? (noção central para a discussão do conceito de sujeito histórico); - Crítica da noção de história como a narrativa de grandes eventos (História como fruto do fazer coletivo – resultado da ação humana); - Questão importante para o reconhecimento em relação ao objeto da disciplina (o fato de se ver na história – questão central do poema – o trabalhador que tem um estranhamento em relação a história); 1º Ano Aula 3: A “arte” de contar histórias Objetivos: Debater a importância do registro do fatos passado e da construção de narrativas históricas. Discutir a relação entre Memória e História e entre registro oral e registro escrito. Discutir o papel do historiador como construtor de narrativas e o uso de fontes históricas Metodologia: Utilização de trechos do filme Narradores de Javé para desencadear a discussão. (Cap. 2 e 3; Cap. 4; Cap. 5 e 6 e Cap. 9) Estrutura da Aula: 1. Contando História 2. Memória e História 3. O historiador como narrador Planejamento da Aula: 1. Contando História • Quais as impressões iniciais dos alunos sobre o primeiro trecho do filme (Cap. 2 e 3) – O que acharam do filme?- Centralização política do poder nas mãos do Imperador (restrição dos poderes do Senado e dos magistrados) - Reestruturação do sistema tributário – instituição de funcionários pagos pelo Estado para controlar a arrecadação de impostos nas províncias de todo o império. - Investimento na construção de um vasto sistema de comunicação terrestre e da urbanização das províncias. • As conseqüências da reestruturação do Império. - Desenvolvimento das manufaturas nas províncias e do comércio (sobretudo nas províncias orientais do Império) - Pacificação das tensões sociais internas do Império – contribuíram para isso a chamada política do Pão e Circo (a distribuição de alimentos e os combates de gladiadores – comentar o papel desses espetáculos para o povo romano – a simulação de poder de decisão e superioridade) - Importante: Todas essas mudanças não alteraram a estrutura social da sociedade romana. Os patrícios continuaram o grupo social superior, seus privilégios e o poder sobre a terra foram mantidos. Por isso apoiaram a constituição do Império, na medida que garantiu a estabilidade social. 2. A construção da idéia do Império Universal. • Analise do trecho de Políbio: - O processo de expansão territorial e a construção de uma idéia de poder ilimitado - A conquista das principais civilizações do Mediterrâneo e a idéia de superioridade natural - A construção do Império e a idéia de “império universal” 3. Os símbolos do Império. • Roma como um símbolo de poder e força para a tradição ocidental • Comparação entre o Império Romano, o Império Napoleônico, a Alemanha Nazista e os EUA. 1º Ano Aula 21: O Cristianismo Objetivos: Discutir a gênese da religião cristã, suas características e especificidades em relação às demais religiões do mundo antigo. Debater a expansão do cristianismo dentro do império romano, assim como a perseguição inicial aos primeiros cristãos. Discutir o processo de institucionalização do cristianismo, a constituição da Igreja e dos dogmas cristãos e sua profunda relação com o Estado romano. Metodologia da Aula: Analise de documentos e aula expositiva. Estrutura da Aula: 1. Jesus de Nazaré: A gênese do cristianismo. 2. A expansão do cristianismo. 3. A construção da Igreja Cristã. Planejamento da Aula: 1. Jesus de Nazaré: A gênese do cristianismo. a) O cristianismo e o judaísmo. • A principal características do Judaísmo é o Monoteísmo – segundo a tradição hebraica Deus teria se revelado a Abraão e selado a primeira aliança. – Deus é considerado como entidade superior e transcendental (não possui uma representação humana, é intangível e onipotente e onipresente) • Importante: O monoteísmo hebreu tem seu pilar na relação indissociável entre povo e Deus (a concepção de povo escolhido de Deus) • O Judaismo como ortopraxis: “Conjunto de normas de origem divina que regulam toda a conduta (halakah) do crente e que o devoto judeu deve obedecer para realizar-se e, com isso, realizar um sistema de justiça no mundo” (Giovanni Filoramo. As religiões da Salvação. São Paulo, Hedra, 2005, p.36) • Com Moisés (os 10 mandamentos) temos a consolidação de formas de proceder e leis que vão ao longo da tradição se consolidando na doutrina judaica. • Dentro da doutrina judaica estaria prevista a vinda de um Messias (o ungido por Deus), o responsável pela libertação dos hebreus e que os conduziria ao mundo de Deus. – Para os membros mais ortodoxos – como os fariseus – o Messias seria alguém da linhagem real de Davi. b) O novo pacto: Jesus de Nazaré • Na época em que surge o cristianismo a região da Palestina estava sobre dominação direta dos romanos. Muitos nesse período se auto- intitularam o Messias diante da opressão romana. • Jesus de Nazaré, nascido de família humilde, se apresenta como o Messias e filho de Deus (Encarnação terrena do poder divino) • Suas pregações traziam elementos que divergiam profundamente da doutrina tradicional judaica: - A universalidade da palavra de Deus - A Historicidade do Cristianismo (não só é uma religião histórica, como a vontade de Deus se realiza historicamente rumo a salvação - Da Gênese ao Apocalipse) – Doutrina da salvação e da redenção do homem. - Doutrina baseada na piedade e na igualdade entre os homens perante Deus. • Suas pregações foram consideradas deturpações do judaismo e condenadas pelo governo romano na Palestina - Foi preso, condenado e executado (A paixão de cristo e a ratificação do carater sagrado de cristo – um dos elementos centrais do cristianismo) 2. A expansão do cristianismo. • Após a morte de Jesus de Nazaré suas idéias continuaram a ser difundidas na Palestina pelos seus discípulos – no entanto, em um primeiro momento, elas eram vistas muito mais como vertente do judaimso. • Pelas suas características – universalidade da palavra de Deus para com os homens e da possibilidade de redenção destes o cristianismo se espalha principalmente entre as camadas populares (plebe) e escravos. • Formação das primeiras comunidades cristãs (Igreja - do hebraico qahal - o povo de Deus; denominação das comunidades: ekklesias - assembléia popular) • O principal responsavel pela difusão do cristianismo foi Paulo de Tarso (seu nome original do hebraico pode ser traduzido para Saulo) – Paulo, de origem hebraica, era a princípio um arduo perseguidor dos cristãos até se converter ao cristianismo – a partir da conversão Paulo se empenhou a converter os chamados “gentios”, os povos não hebreus. • Com o crescimento do cristianismo o império romano passou a sistematicamente perseguir os cristãos. Para os romanos o aumento do cristianismo significava uma ameaça a estrutura do império, devido a: Igualdade dos homens perante a Deus , a negação da divindade do imperador , o pacifismo cristão diante da doutrina militar romana. 3. A construção da Igreja Cristã. • A Crise da estrutura imperial romana a partir do século III faz com que o cristianismo comece a se difundir cada vez mais dentro do Império Romano (devido a perspectiva de fim dos tempos) • Nesse contexto ocorreu a conversão de parte consideravel do patriciado ao Cristianismo (Formação de uma elite imperial cristã) • Imperador Constantino , primeiro imperador convertido ao cristianismo → Édito de Milão (313 d.C.) - Legalização do Cristianismo • Esse processo de aproximação entre o Estado Romano e o cristianismo está diretamente ligado a construção da Igreja Cristã: Organização da estrutura da instituição eclesiástic a (a Igreja) e homogeneização da doutrina cristã . Constantino conclama o Concílio de Nicéia (325 d.C.) - Organização dos evangelhos (Mateus, Marcos, João e Lucas) • Contúdo esse processo é acompanhado por diversas divergências sobre a doutrina cristã, expressa no processo de combate as heresias (desvios em relação a ortodoxia da fé cristã) - Arianismo (séc. IV ): Negavam a constubstancialidade de Jesus, fazendo de Cristo um homem e não um ser divino - Donatismo (séc IV e V): Para eles os sacramentos só seriam válidos se quem o ministra-se fosse digno. • Santo Agostinho (354 - 430 d.C.) e o combate as Heresias (formação de uma ortodoxia cristã embasada em um debate teológico) • Imperador Teodósio - promulgação do Édito Tessalônico (391-392 d.C. ) → Cristianismo como religião oficial do Império. • “ A transformação do cristianismo em religião de Estado teve como efeito um profundo entrelaçamento entre a igreja Católica e o poder político (...) caracterizada pela formação de um Estado crsitão. (Giovanni Filoramo. As religiões da Salvação. São Paulo, Hedra, 2005, p.73) Textos de Apoio 09. E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na recebedoria um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. 10. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente comJesus e seus discípulos. 11. E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? 12 Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. 13. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento. (Mateus 9: 09 – 13) 23. E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas. 24. E os fariseus lhe disseram: Vês? Por que fazem no sábado o que não é lícito? 25. Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam? 26. Como entrou na casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam? 27. E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. 28. Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor. (Marcos 2: 23 – 28) 1. E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; 2. E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: 3. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; 4. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; 5. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; 6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; 7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia 8. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; 9. Bem-aventurados os pacificadores, 10. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; 11. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; (Mateus 5: 1 – 11) Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã (Conritio I, 1: 17) Idade Média 1º Ano Aula 23: A Europa na Idade Média Objetivos: Discutir os impactos das invasões germânicas para a Europa sobre dominação romana, tanto na parte Ocidental, quanto Oriental. Apresentar as principais características do Império Bizantino (Império Romano do Oriente) no decorrer da Idade Média. Discutir os impactos da invasão germânica para a Europa Ocidental após a queda do Império Romano do Ocidente. Estrutura da aula: • A Idade Média e o eurocentrismo • O Império Romano do Oriente e as invasões germânicas 3. As invasões “bárbaras” e os reinos germânicos Planejamento da Aula: • A Idade Média e o eurocentrismo • 476 d.C. → Deposição de Rômulo Augustos (Considerado o ultimo Imperador Romano) - marco cronológico da “Queda do Império Romano do Ocidente”. Considerado também como o marco que divide a Idade Antiga da Idade Média. • Organização cronológica da Idade Média (séc. V ao séc. XV) – Da queda do Império Romano do Ocidente a Queda do Império Romano do Oriente (Império Bizantino) • Subdivisão da Idade Média: Alta Idade Média (séc. V ao séc. X) – formação da sociedade medieval – e Baixa Idade Média (séc. X ao séc. XV) – consolidação e transformações das relações feudais. • IMPORTANTE: A queda do Império Romano do Ocidente representa o fim da uma unidade política na parte Ocidental do Império Romano (mais especificamente na Europa Ocidental), assim como um processo de ruralização da economia dessa região (acentuado processo de êxodo urbano). Contudo, isso não se aplica a outras áreas que outrora fizeram parte do Império Romano (Como o Mediterrâneo Oriental, dominado pelo Império Bizantino e o Norte da África, conquistado após o século VIII pelos árabes). • A construção da idéia de Idade Média como parte de uma historiografia eurocêntrica. Uma História centrada nos acontecimentos dos reinos que se constituíam na Europa ocidental a partir do século V. Processo de exclusão das demais regiões. • O Império Romano do Oriente e as invasões germânicas a) Aspectos econômicos: • Controle do Marítimo (assegurava a circulação de mercadorias entre seus principais portos e as rotas que ligavam o Império ao Mar Negro, Ásia e Europa) • Controle estatal sobre a produção artesanal (através da regulação de corporações de ofício) • Controle da circulação de mercadorias (controle fiscal e estabelecimento de monopólios) • Produção agrícola (mescla de trabalho servil e trabalho livre - arrendamento de terra). b) Aspectos políticos: Principal característica: Poder político centralizado. Fusão de duas tradições legitimando o poder do imperador sobre todo o Império Romano do Ocidente. (Romana e Cristã) • Tradição Romana: Os governantes de Constantinopla se consideravam os herdeiros diretos do Império e das tradições Romanas . Em princípio, o imperador era eleito pelo Senado, pelo Exército e pelo Povo de Constantinopla. • Tradição Cristã • Título de Basileus – aquela que dispõe de autoridade total sobre os assuntos espirituais. Considerado como isapóstolos, ou seja, igual aos apóstolos, portanto o representante de Deus • Síntese: CÉSAROPAPISMO → fusão entre poder temporal e poder espiritual. • • Estabilidade da Figura do Imperador → Possibilidade de longas dinastias: Macedônicos, 192 anos (867 -1059); Camnemos, 104 (1081 -1185); Paleólogos 192 anos (1261 -1453) • Condições proibitivas para ser Imperador: Eunucos, Cegos, Hereges e Mulheres (com exceção daquelas que tomaram o poder como imperatriz ou regente) • Instabilidade de Imperadores (Disputas pelo poder): 107 Imperadores durante a História de Bizâncio, 34 de mortes naturais, 8 na guerra e 65 assassinados ou cegados. c) Estrutura do Império: • Herança da estrutura hierárquica ROMANA. • Forte controle do Estado sobre todas as instâncias da vida cotidiana – existência de uma vasta BUROCRACIA (cargos não hereditários – os eunucos) • Unidade Lingüística – GREGO (Irá no decorrer dos séculos substituir o Latim) • Unidade Religiosa – Igreja Ortodoxa d) A Igreja Ortodoxa e o Cisma do Oriente • O poder do Patriarca de Constantinopla: O bispo de Constantinopla vai no decorrer dos séculos firmando sua importância sobre outras dioceses do Oriente, como Alexandria, Antioquia e Jerusalém. • II Concílio Ecumênico – 381 d.C. – declara que o bispo de Constantinopla receberá as honras a seguir do bispo de Roma. • Papel das disputas Teológicas: O distanciamento entre as partes Ocidentais e Orientais do antigo Império Romano vão colocar em disputa tanto seu legado político (a idéia de Império Universal); quanto o religioso (a quem deveria caber o controle dos cristãos?) - Oposição entre o Bispo de Roma e do Patriarca de Constantinopla) • CISMA DO ORIENTE (1054) – Criação da Igreja Ortodoxa (subordinada ao Imperador do Império Romano do Ocidente) • As invasões “bárbaras” e os reinos germânicos • Século V – invasões germânicas e a queda do Império Romano do Ocidente. • Intensificação do processo de ruralização das comunidades européias ocidentais e do isolamento da Europa Ocidental dos principais centros econômicos do Mediterrâneo. • Nesse contexto temos a formação dos reinos germânicos e um profundo processo de reestruturação social. • Principais transformações: Políticas - Fim da unidade política. - Fragmentação do poder na Europa Ocidental (Constituição dos reinos germânicos: Reino dos Francos, Reino dos Visigodos, Reino dos Alanos, etc.) - Declínio da concepção de poder Público e constituição de relações pessoais de dependência (o comitatus germânico) Sociais: - Constituição de novas relações sociais: Mescla de elementos da cultura romana com elementos da cultura germânica. Econômicas: - Transformação das formas de organização econômicas e social: Com o fim da unidade política, teminício de um lento processo de fragmentação das rotas comerciais terrestres e, principalmente as rotas do Mar Mediterrâneo. - Declínio acentuado do comércio em quase toda a Europa Ocidental. - Início de um processo de ruralização da economia. (êxodo urbano) 1º Ano Aula 25: O Islã Objetivos: Apresentar o processo de formação do Islamismo e suas principais características, articulando a influência das religiões monoteístas e os aspectos culturais árabes na constituição dessa religião. Relacionar o processo de unificação religiosa da península arábica e o processo de unificação política, assim como à expansão árabe. Discutir o processo de cisão dentro do mundo muçulmano e a fragmentação do mundo islâmico. Debater o olhar contemporâneo sobre o mundo Islâmico. Estrutura da Aula: • A Península arábica. • A formação do Islã. • A expansão islâmica. Planejamento da Aula: • A Península arábica. • Ocupação: 4. Norte - Região sobre influência de dois grandes impérios: • Império Bizantino (Cristão) • Império Sassânida* (Zoroastrismo) *Região onde se localizam atualmente Irã e Iraque • Sul - Região sobre influência de dois reinos: • Reino de Axum - reino africano (Cristão Copta) - Costa do mar Vermelho • Iemem - reino no Sul da península. • Centro: d) Povos nômades do deserto (Beduínos) e) Povos sedentários nas regiões de Oásis - agricultores e artesãos organizados em pequenas aldeias e cidades • Característica dos povos Árabes: - Organização Tribal (pautados na lealdade familiar e orgulho dos ancestrais) - comandados em geral por um chefe guerreiro → Poder estabelecido a partir dos Oásis. - Descentralização do poder. (inexistência de uma unidade política. - Religiões Politeísta - pautado nas religiões de pastores e agricultores (adoração da Natureza) - Região marcada por diversas rotas comerciais (rotas de longa distância, contato com comerciantes indianos e chineses – rotas asiáticas – e com comerciantes africanos – nos dois casos temos a comercialização de especiarias) - Meca - principal centro urbano e comercia, local de peregrinação (a rocha negra) • A formação do Islã. • O profeta Muhammad (Maomé) - Data provável de Nascimento - 570 d.C. - aldeia de Meca. – Membro da Tribo dos Coraixitas (mercadores importantes) . Pertencia a um ramo pobre. - Casou-se com Cadija - viúva de um comerciante - e assumiu seus negócios (caravanas comerciais) - Teve contato nessas viagens com comunidades cristãs e judaicas (religiões monoteístas) - Fusão de suas tradições distintas: a tradição judaico-cristão e as tradiões árabes. - Profecias da vinda de um profeta (corrente tanto nas religiões montesinas - cristianismo e judaísmo -como entre os adivinhos árabes) - Muhammad e a revelação no deserto (A existência de um único Deus, Allah e Muhammad como o escolhido para ser seu profeta) - Delineamento de uma nova religião monoteista e a figura do Profeta como o escolhido para ratificar a verdadeira mensagem de Allah (Apropriação da tradição judaico-cristã) - Importante: Constituição da idéia de unidade através dos laços de uma comunidade islâmica - Confrontos com os mercadores de Meca (Coraixitas - visão desse novo credo ao poder da cidade como centro de peregrinação) - 622 d.C. → Muhhamad é obrigado a deixar Meca em direção a Yatrhib (Medina) - HÉGIRA (início do calendário muçulmano) - Cresce o número de seguidores do Islã (tanto em Yatrhib com entre o beduínos do deserto) → Muhhamad retorna a Meca (Aceitação do caráter sagrado da cidade - haram fundado por Abraão - local de conciliação, de paz) • A doutrina Islâmica - O monoteismo: “Tudo o que existe nos céus e na terra glorifica Allah; e Ele é o Onipotente e Onisciente. A Ele pertence o senhorio dos céus e da terra: Ele é o que dá a vida e o que ordena a morte, Ele tem poder sobre as coisas. Ele é o primeiro e o Último, o Visível e o Invisível, Ele é o Conhecedor de todas as coisas. Ele é O que criou os céus e a terra em seis dias; depois subiu ao Trono. Ele conhece tudo o que a ele ascende, Ele está convosco onde quer que vós esteja. E Allah vê tudo o que vós fazeis. É seu Reino dos céus e da terra, e a Allah todas as coisas voltam. Ele faz que a noite penetre no dia e que o dia penetre na noite, Ele conhece os pensamentos dentro de nossos corações.” (Corão. Sura 57, 1-6.) - Os cinco pilares do Islã: • Chahada ou Shahada - é a profisão de fé do islamismo: “Não há outro deus além de Allah; Muhammad é servo e mensageiro de Allah.” • Salat ou Salah - refere-se às cinco orações rituais que cada muçulmano deve realizar diariamente voltado para Meca. • Zakat ou Zakah - é o tributo religioso impropriamente traduzido como esmola. Segundo o Islão, toda riqueza provém de Allah, sendo assim aqueles que tiveram a sorte de beneficiar da sua riqueza devem por sua vez apoiar os membros mais desfavorecidos da comunidade muçulmana. • Ramadã - é o nono mês do calendário muçulmano, no qual se pratica o jejum ritual. • Hajj ou Hadj - é o nome dado à peregrinação realizada à cidade santa de Meca pelos muçulmanos. sendo obrigatória pelo menos uma vez na vida para todo o muçulmano adulto, desde que este disponha dos meios econômicos e goze de saúde. • Importante: A unidade religiosa conquistada com a expansão do islamismo permitiu a unificação política dos povos árabes. • A expansão islâmica. • Utilização do material Moderna Plus (Mapa da expansão árabe) • Liderança de Muhhamad → Unificação da Península Arábica • Morte do Profeta abre a questão de quem sucederia no comando da comunidade islâmica • A escolha do Califa (o líder da comunidade) → recai sobre os homens que estavam mais próximos do profeta nos anos da HÉGIRA. • Expansão das áreas dominadas pelos árabes (Império Sassânida e Bizantino) → Essa expansão propiciaria em dois séculos a dominação de áreas tanto no Oeste (Até a Espanha), quanto a Leste (até a Ásia Central) • A divisão do Islã (Xiitas e Sunitas) - Crise sucessória após a morte do terceiro Califa (Otman) - Ali ibn Abi Talib, primo de Muhhamad contra Mu’ awiya ibn Abi Sufyan primo do Califa Otman. - Estava em jogo a liderança tanto no campo político como religioso - o poder de Imã, chefe religioso, era reivindicado por Ali, pois era da família do profeta. - O grupo que passou a apoiar Ali e seus descendentes ficou conhecido como “Parido de Ali” - Xiitas em árabe. - Os partidários de Mu’ awiya ibn Abi Sufyan, apoiados em outros escritos sagrados - com o Suna, o livro da vida e ensinamentos de Muhhamad - Ficaram conhecidos por Sunitas. (divisão presente no islã até hoje). 1º Ano Aula 25: A formação da sociedade feudal Obs: Aula para 2 entradas Objetivos: Compreender o processo de fusão entre elementos germânicos e romanos na construção de novas relações sociais, base da sociedade medieval. Expor e discutir os principais elementos da sociedade medieval (O sistema feudal). Estrutura da aula: 1. O Feudalismo 2. A sociedade feudal Planejamento da Aula: 1. O Feudalismo • Existem algumas características gerais para definira a sociedade medieval. O conjunto dessas características forma o sistema social chamado de feudalismo. • Atenção: O feudalismo é um modelo social , nem todas as regiões da Europa desenvolveram todas essas características, ou exatamente dessa forma. • Datação: Estas características se constituíram ao longo da Alta Idade Média, principalmente entre os século VIII e XI. • Contexto Histórico: Neste período a Europa Ocidental esteve praticamente isolada das principais rotas de comércio e comunicação (Mar Mediterrâneo) devido a expansão árabe e as desavenças políticas e religiosas com o Império Romano do Oriente (Império Bizantino). • Características principais da sociedade feudal: I. Sociedade agrária (organizada economicamente esocialmente a partir dos feudos – grandes extensões de terra sob o poder da nobreza) II. Sociedade Estamental (dividida entre dois grandes grupos sociais: nobres (aristocracia rural) e servos (campesinato) III. Sociedade Teocentrica (uma concepção de mundo profundamente religiosa e organizada e controlada pela Igreja) IV. Poder político descentralizado . • IMPORTANTE: O processo de fragmentação do poder do Estado romano intensifica a constituição de relações de dependência pessoal, traço fundamental da sociedade medieval. 2. A sociedade feudal a) A formação da nobreza • Origem: fusão de famílias patrícias romanas com os chefes guerreiros germânicos a partir do século V. • Definição: A nobreza formava uma aristocracia rural, com o poder baseado na posse sobre a terra e no poder militar. • Origem do poder da nobreza na sociedade medieval: - Europa Ocidental → Economia Agrária, mas não exclusivamente (tendência a diminuição do papel do comércio) - Desagregação da Concepção de Poder Público → Transferência das responsabilidades do Estado para os senhores de Terra - consolidação do papel da nobreza na sociedade: - BENEFICIUM: Concessão de Usufruto da Terra (controle sobre ela e sobre seus produtos) - IMMUNITAS: Isenção da presença do poder real em suas terras. - BANNUM: Autoridade total do senhor em suas terras. • A formação de relações de dependência pessoais entr e nobres: - O comitatus: costume germânico baseado em juramentos de fidelidade entre guerreiros em tempos de guerra (fidelidade em troca de terras) - Do comitatus a relação de suserania e vassalagem (uma relação entre iguais, membros da nobreza) - A relação de suserania e vassalagem intensifica o processo de fragmentação e descentralização do poder política (característico do feudalismo) b) Os feudos • Origem: As grandes propriedades romana. Com a crise do escravismo no século III os patrícios passaram a conceder terras para os colonos livres cultivarem e troca de tributos – formação das Villas. • Essa estrutura fundiária e forma de organização do trabalho camponês são mantidas durante Idade Média com algumas transformações. • A nobreza mantinha sua posição social a partir da exploração dos tributos feudais. • Organização fundiária dentro do feudo: - Manso Senhorial (As terras pertencentes e administrada diretamente pelos nobres) - Manso Servil (Terras cultivadas pelo servos, compunha a maior parcela do feudo junto com as terras comunais) - Manso Comunal (Terras não cultivadas, pastos comunais, florestas e lagos) c) Os servos. (Camponeses) • Origem: Colonato (instituição romana do século IV) - Estatuto de homem livre, mas vinculado a terra. (processo hereditário) → Tentativa de solucionar o problema de escassez de mão-de-obra devido a desagregação do TRABALHO ESCRAVO (interrupção das rotas de tráfico) • Definição: Trabalhadores rurais livres, mas presos a terra e a obrigações aos senhores feudais. A relação de servidão era uma relação desigual e hierárquica entre senhores e camponeses. • DESAPARECIMENTO PROGRESSIVO DE PEQUENOS CAMPONESES COM POSSE DE TERRAS (processo de concentração fundiária da nobreza) • As obrigações dos servos: - A Corvéia: trabalho gratuito nas terras do senhor e outros serviços (o tempo variava de três dias por semana a alguns dias por ano) - A Talha: Pagamento, em forma de produtos, de parte da produção da terra do servo ao senhor. - Banalidades: Pagamento de tributos pelo uso de ferramentas pertencente ao senhor (fornos, moinhos, etc. - Censo ou Foro: Pagamento anual em dinheiro pelo uso das terras - Dízimo: tributo pago a Igreja, entrega da décima parte da produção. Importante: Os servos aceitavam esses tributos em troca de terras e, sobretudo, de proteção pelos senhores. O contexto histórico é imporante para compreender isso • Constituição dos Alódios (terras sem senhores feudais) e formação dos Vilões (camponeses livres de obrigações com um senhor feudal) 1º Ano Aula 26: A criação da Igreja e o mundo medieval Objetivos: Apresentar o processo de formação da Igreja cristã. Explicar o processo e expansão do cristianismo na Europa ocidental. Discutir o papel da Igreja Católica dentro da sociedade medieval e o processo que levou-a a se tornar uma das maiores senhoras feudais e os embates entre poder espiritual e poder temporal. Estrutura da aula 1. A construção da Igreja no mundo antigo. 2. A Igreja na sociedade feudal. Planejamento da aula: 3. A construção da Igreja no mundo antigo. • A Crise da estrutura imperial romana a partir do século III faz com que o cristianismo comece a se difundir cada vez mais dentro do Império Romano (devido a perspectiva de fim dos tempos) • Nesse contexto ocorreu a conversão de parte considerável do patriciado ao Cristianismo (Formação de uma elite imperial cristã) • Imperador Constantino , primeiro imperador convertido ao cristianismo → Édito de Milão (313 d.C.) - Legalização do Cristianismo • Esse processo de aproximação entre o Estado Romano e o cristianismo está diretamente ligado a construção da Igreja Cristã: - Organização da estrutura da instituição eclesiástica (a Igreja) - Homogeneização da doutrina cristã . • Constantino conclama o Concílio de Nicéia (325 d.C.) - Organização dos evangelhos (Mateus, Marcos, João e Lucas) • Importante: Esse processo é acompanhado por diversas divergências sobre a doutrina cristã, expressa no processo de combate as heresias (desvios em relação a ortodoxia da fé cristã) - Arianismo (séc. IV ): Negavam a constubstancialidade de Jesus, fazendo de Cristo um homem e não um ser divino - Donatismo (séc IV e V): Para eles os sacramentos só seriam válidos se quem o ministrasse fosse digno. • Santo Agostinho (354 - 430 d.C.) e o combate as Heresias (formação de uma ortodoxia cristã embasada em um debate teológico) • Imperador Teodósio - promulgação do Édito Tessalônico (391-392 d.C. ) → Cristianismo como religião oficial do Império. • “ A transformação do cristianismo em religião de Estado teve como efeito um profundo entrelaçamento entre a igreja Católica e o poder político (...) caracterizada pela formação de um Estado cristão. (Giovanni Filoramo. As religiões da Salvação. São Paulo, Hedra, 2005, p.73) 4. A Igreja e a sociedade medieval. a) A cultura Medieval. • Uma das principais características da sociedade medieval é o fato de ser considerada uma sociedade teocêntrica – uma sociedade em que a religião ocupava um papel central na vida cultural. • Século V – Queda do Império Romano do Ocidente e conversão das populações de origem germânicas (combate as religiões pagãs) • A Igreja, dentro da sociedade medieval, foi a única instituição a manter a unidade. (enquanto ocorria o processo de fragmentação política e o desaparecimento da concepção de poder público ela se organizava como instituição) – Conseqüência: controle sobre a vida cultural e a expansão da sua influência sobre a Europa medieval. • As bases teológicas: Santo Agostinho (séc V) e a Salvação pela Fé, refutação da razão greco-latina como elemento de compreensão do mundo. Oposição a idéia de revelação divina. A falibilidade da compreensão humana dessa revelação divina leva a necessidade da Fé, como único elemento para a salvação. Inspiração neoplatonista (A idéia de mundo inteligível e mundo ininteligível – A cidade de Deus e a cidade dos homens) • Teocentrismo e a visão de mundo: Analise de Mapas medievais. • O papel das artes no processo de construção dessa visão teocentrica: a música (Perotin – séc. XII, in: Hilliard Ensemble) e a iconografia. Em uma sociedade em que maior parte da população era analfabeta essas estratégias eram fundamentais. b) A Igreja como senhora feudal. • A Igreja como instituição: Processo de organização da hierarquia eclesiástica (séc. V a XI) – incorporação daestrutura administrativa do império romano. • Organização hierárquica: o Fortalecimento da figura do Bispo de Roma (Papa) sobre os outros bispados. Este processo está ligado tanto a incorporação da idéia de soberania real (conceito romano de Rex,), quanto a justificativas teológicas (O bispo de Roma como sucessor de Pedro) o Incorporação da idéia de Império Universal. o Divisão entre clero secular (Os bispados) e clero regular (Ordens religiosas) • A Igreja como senhora feudal: Ao longo da Alta Idade Média a igreja vai acumulando um vasto patrimônio: tanto bens materiais, quanto vastas porções de terras doadas por famílias nobres. • A Igreja e a ordem feudal: A construção da idéia das três ordens. A inserção da concepção teocêntrica de mundo a organização estamental da sociedade feudal. 1º Ano Aula 27: O Renascimento Comercial e Urbano. Obs: Aula para 3 entradas Objetivos: Apresentar as principais transformações sociais e econômicas que marcaram o início da Baixa Idade Média. Debater os impactos do Renascimento Urbano e Comercial para a sociedade feudal. Discutir o processo histórico denominado pelo nome de Cruzadas, assim como o papel da igreja nele e suas conseqüência. Discutir as principais características do Humanismo e da crise do século XIV. Estrutura da Aula: 1. Transformações agrárias na Europa Medieval 2. O Renascimento Urbano e Comercial 3. A Igreja e as Cruzadas 4. O Humanismo e a crise do século XIV Planejamento da aula: 1. Transformações agrárias na Europa Medieval • Baixa Idade Média (séc X – XV) – período de grandes transformações das relações no interior da sociedade feudal • Principais elementos: - Interrupção das invasões (período de relativa paz) - Aumento da Produção – inovações técnicas: � Arado de Ferro � Arroteamento (aumento da área de terras cultiváveis) � Divisão Trinaria das Terras ( 2/3 cultivadas e 1/3 em descanso - Aumento Demográfico: Século População (em milhões) IX 18 X 26 XI 34 • Conseqüência Direta: – Aumento da produção de excedente. - Tensões dentro da nobreza (a escassez de terras leva parte da nobreza – destituída de terra – a saques dentro da Europa) 2. O Renascimento Urbano e Comercial • Aumento do Excedente → Autonomia das cidades (inversão da relação entre cidade/campo – cidade como comuna – para a relação campo/cidade) • Processo de especialização no interior das cidades: a) Artesanato b) Comércio c) Bancos • Importante: A busca da nobreza pelos produtos das cidades → Gasto com ostentação/Status (exemplo do vestuário) • Monetarização das relações de troca – intensificação das relações comerciais, também denominado de Renascimento Comercial. • Cruzadas – reabertura das rotas comerciais do Mediterrâneo – intensificação do comércio e da monetarização das relações de troca. – formação feiras no entrecruzamento de rotas comerciais e, posteriormente de cidades (burgos) 3. A Igreja e as Cruzadas • Com intuito de evitar a violência desencadeada pela nobreza a Igreja buscou regulamentar a conduta dos cavaleiros: - 1054 – promulgação da A paz de Deus . (distinguia-se entre beligerantes e não- beligerantes, proibindo-se a destruição de colheitas e exigindo-se o respeito aos camponeses, aos viajantes e às mulheres) e a Trégua de Deus . (a suspensão dos combates durante o domingo e nos dias santos) A Ordem de Cavalaria e as Cruzadas • A cavalaria, como unidade de combate havia se tornado – desde o império carolíngio (séc VIII) – a principal arma nas guerras medievais. Uma carga de cavaleiros bem armados era capaz de romper qualquer linha de infantaria. • Os custos para manter um cavalo, a armadura e as armas (Lança, maça e espada) mantinha o posto de cavaleiro como privilégio da nobreza. • Dentro do contexto da Paz de Deus e da Trégua de Deus forma-se a concepção do cavaleiro como o soldado de Cristo (milles christis) – Começa a construção de um ideal de cavalaria para orientar a conduta da nobreza guerreira. O cavaleiro como protetor dos “indefesos” e da Igreja , como mantenedor da ordem. • Ramon Lull e o Libro de la Orden de Caballaria, ( 1275) – normatização da conduta de um cavaleiro. • Dois elementos se juntam para formar o conjunto de virtudes dos cavaleiros, a tradição cristã e a tradição da nobreza. Virtudes Teologais: Fé, Esperaça e Caridade; Virtudes Cardinais: Justiça, Prudência, Fortaleza e Temperança. Analise do filme Cruzadas: Capítulos 8 a 11 (Sagração de um cavaleiro, caminho s para Jerusalem) • Produção literária inspirada no ideal de cavalaria: As novelas de cavalaria (Ciclo Arturiano e Ciclo Carolingio) → Dialogo com o Cavaleiro Inexistente de Ítalo Calvino As Cruzadas: • Em 1095 o Papa Urbano II conclama a nobreza a Cruzada.(expedições militares com o objetivo de recuperar os territórios perdidos para os mulçumanos no Oriente Médio) Objetivos iniciais: Analise do Filme Cruzadas: Capítulos 1 a 5 - Motivações para os cruzados, elementos da sociedade medieval o Expansão do cristianismo (controle da Terra Santa – locais importantes para o cristianismo) o Conquista de novas terras e perdão divino (objetivo central da nobreza) As expedições: o Ao todo, entre os séculos XI e XIII foram realizadas 9 cruzadas reconhecidas pela Igreja e 2 não reconhecidas (Recurso digital da Moderna Plus) o Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096) o 1ª Cruzada (1096 – 1099) – A Cruzada dos Nobres → Conquista dos cruzados da Cidade de Jerusalém – formação de reinos cristãos no Oriente o 2ª Cruzada (1147 – 1149) – alargamento do território cristão no oriente Importante: As cruzadas e a formação dos reinos cri stãos do oriente reativam o comércio de produtos entre o ocidente (E uropa) e o oriente e África. Analise do filme Cruzada: Capítulos 13 a 15 (As relações entre cristão e muçulmanos e o ideal de cavalaria) o Perda da cidade de Jerusalém para o sultão Saladino. o 3ª Cruzada (1189 – 1192) – Cruzada dos Reis – tentativa de retomada de Jerusalém (Participam Frederico Barbaruiva – SIRG – Luis IV – França – Ricardo Coração de Leão – Inglaterra) – Ricardo consegue um acordo com Saladino – peregrinaão dos cristãos a Terra Santa o 4ª Cruzada (1202 -1204) – Cruzada Comercial – Devido às dividas dos nobres cruzados com os comerciantes venezianos a quarta cruzada é desviada para o saque de Constantinopla. Formação do reino latino o Cruzada das Crianças (1212) o 5ª Cruzada (1217 -1221) o 6ª Cruzada (1228 – 1229) o 7 ªCruzada (1248 – 1250) o 8ª Cruzada (1270) o 9ª Cruzada (1271 – 1272) Conseqüências das Cruzadas: • Conseqüência 1: Inserção da Europa nos sistemas comerciais do Oriente – África, Oriente Médio e Império Bizantino – o comércio de especiarias. (Recurso digital da Moderna Plus) • Conseqüência 2: Aumento do fluxo comercial na Europa, constituição da burguesia. 4. O Humanismo e a crise do século XIV a) O Humanismo: • A constituição das cidades (burgos) e o conjunto de transformações socioeconômicas ligadas a esse novo espaço desencadeiam um processo profundo de transformações culturais. • Fora a cultura religiosa, patrocinada pelo clero e nobreza, existiu a cultura laica(não-religiosa), a qual também pode ser entendida como “profana”: Pro(em frente); fanum(Templo), aquilo que é feito fora da Igreja (poetas, artistas, teatro de rua, música, circo, etc.). • A música medieval e o humanismo. - século XI – O Organum (Canto Gregoriano) – a música como parte da liturgia cristã (elemento da visão teocêntrica de mundo) - século XII – A escola de Notre Dame – Perotin e a evolução da música - século XII e XIII – a música e o espaço profano – o Saltarello e a dança na corte, os trovadores e as cantigas líricas (constituição da figura do indivíduo (eu lírico), elemento importante e ligado as mudanças sociais da época) - A música entreas camadas populares – canção de amigo e a canção de escárnio (A idéia do grotesco e do cômico) • A escolástica e relação entre fé e razão. - Santo Agostinho (354 – 430) teólogo cristão que dá as bases para o pensamento religioso na Idade Média – coloca a fé como principal elemento (incapacidade da razão de compreender a revelação de Deus) - Século XI – recuperação da razão como instrumento para compreender o mundo – contexto do renascimento urbano (formação de centros de estudo – as Universidades) – pensamento escolástico! - Obra de Aristóteles recuperada através de Averróis (séc XIII) – filosofo árabe – impacto no campo filosófico. - São Tomás de Aquino (1225 – 1274) – reconciliação entre fé e razão (a racionalidade da criação divina) b) A crise do século XIV: - Transformações das relações feudais • Nobreza – qual a forma de apropriação do excedente? (apropriação da produção servil – forma não produtiva) → Exploração do campesinato através de novos direitos feudais e da cobrança de tributos na forma de moedas → Aumento das tensões no campo (revoltas camponesas) - Jaqueries → Exploração das cidades → cobrança de tributos ou cartas de forais (conflitos com a liga Hanseática) - Síntese da crise do século XIV: � Terras Esgotadas/ Mini Glaciação (Fome) � Peste Negra � Guerras intermitentes (Guerra dos 100 anos) � Esgotamento das Minas de metais preciosos (crise do commércio) Idade Moderna 1º Ano Aula 28: A formação das monarquias européias. Objetivos: Discutir o processo de centralização do poder político e constituição do Estado moderno no final da Idade Média e início da Idade Moderna como resultado das profundas transformações sociais ocorridas e dos conflitos sociais desse período. Apresentar as características específicas do processo de unificação das monarquias ibéricas e os elementos que impossibilitaram que isso ocorresse no Sacro Império Romano Germânico Estrutura da Aula: 1. A crise das relações feudais. 2. A formação do Estado moderno. 3. As monarquias européias. Planejamento da aula: 1. A crise das relações feudais. • Nobreza – qual a forma de apropriação do excedente? (apropriação da produção servil – forma não produtiva) • Com o processo de monetarização da economia e os interesses da nobreza pelos produtos comerciais há uma mudança nas relações feudais: → Mudança nas relações de trabalho no campo: - De uma relação servo → tributo em forma de trabalho / espécie → senhor feudal - Para produtor → mercado / moeda → senhor das terras. → Aumento das tensões no campo (revoltas camponesas) - Jaqueries → Exploração das cidades → cobrança de tributos ou cartas de forais (conflitos com a liga Hanseática) • Importante: Incapacidade da nobreza em conter tais distúrbios – ordem estamental ameaçada 2. A formação do Estado moderno. • Esse processo de transformação das relações feudais e revoltas camponesas implica transformações no campo social e político. • Conseqüência: Processo de transferência de poder: Rei Nobreza para Rei (Suserano) (Vassalo) (Soberano) Nobreza (Súdito) � Nobreza transfere ao Estado o monopólio da força para conter as revoltas camponesas, em troca mantêm seus privilégios feudais sobre a terra e adentra a burocracia do Estado. � Apoio da burguesia mercantil em desenvolvimento. • Organização do estado: � Fixação do território (B u ro cra cia ) - Definição de fronteiras (limites territoriais) - Unificação de pesos e medidas � Organização da Burocracia. - Organização de um corpo de funcionários ligados diretamente ao Estado. (funcionários reais - Organização de um fisco único. (Cobrança de impostos para sustentar o Estado) - Organização de um único corpo de leis para todo o reino � Monopólio da Força – os exércitos mercenários 3. As monarquias européias. a) Processos de centralização política: • Reinos Ibéricos – reinos formados no decorrer da guerra de reconquista (séc. XI – XV) – Utilizar material Moderna Plus o Portugal: hegemonia política e econômica no séc. XV – As grandes navegações e controle das rotas comerciais da especiarias africanas e espanholas o Espanha: centralização política no séc. XV, hegemonia política e econômica durante o séc. XVI – exploração das colônias americanas (ouro e prata) b) Processo de centralização político incompleto: - Inglaterra: poder político do rei limitado pelo Parlamento, divisões religiosas internas (anglicanos, puritanos e católicos) c) Fragmentação política: - Sacro Império Romano Germânico: não ocorre processo de centralização política – tensões entre a nobreza e o imperador (desde a idade média) e a reforma protestante (séc. XVI) levam a fragmentação ainda maior dessa região. 1º Ano Aula 28: O Absolutismo Objetivos: Apresentar os principais autores e discutir as idéias que embasaram a formação do absolutismo. Apresentar um panorama geral do processo de centralização política das monarquias européias. Discutir o processo de centralização política da monarquia francesa. Estrutura da Aula: 1. Os teóricos do Absolutismo 2. A monarquia francesa Planejamento da Aula : 1. Os teóricos do Absolutismo a) Os teóricos do Estado (Construção de uma concepção teórico que justificasse o poder do Estado e o processo de centralização política) • Nicolau Maquiavel (1469 – 1527): - O príncipe: O Estado como instrumento para a construção do bem maior → Separação entre moral e política (“Os fins justificam os meios) • Thomas Hobbes (1588 – 1679). - O Leviatã: O Estado de Natureza como estado de guerra → A necessidade da constituição do Estado (abdicação da liberdade dos homens) forte e que se sobrepõe a todos. b) Os teóricos da soberania real • Jean Bodin (1530 – 1596) • Jacques Bossuet (1627 – 1704) 2. A monarquia francesa • Importante: A monarquia francesa pode ser tomada como o principal exemplo da construção do Absolutismo na Europa. • Processo de centralização político: o A guerra dos cem anos (1337 – 1453) - Causa: disputa pela sucessão da coroa francesa após a morte de Carlos IV entre o rei inglês (apoiado pelos nobres da região da Normandia e Borgonha) contra a nobreza francesa - Resultado: Vitória da nobreza francesa e constituição da dinastia dos Valois. O poder divino dos reis - Conseqüências: Início do processo de centralização política. a) Criação de um imposto real para sustentar o exercito (taile) – emancipação fiscal b) Formação de um exército real – emancipação militar (restrita) c) aumento das tensões entre o poder real, nobreza e burguesia ao longo do século XVI devido a tentativa de centralização. o A questão religiosa (séc. XVI) - Causas: Conflitos internos dentro da frança entre a nobreza católica e a burguesia calvinista (huguenotes). - Noite de São Bartolomeu (1572): Massacre de protestantes na cidade de Paris, reunidos para o casamento de Henrique de Navarra (nobre protestante) com Margarida de Médici (irmã do rei Henrique III) - O édito de Nantes (1598): Henrique de Navarra com a morte de Henrique III torna-se rei França, mas para isso abdica ao protestantismo (Paris vale uma missa). Põe fim a guerra entre católicos e protestantes com o Édito de Nantes garantindo o catolicismos como religião oficial da França, mas permitindo a liberdade de culto aos huguenotes. • O Absolutismo na França o O Cardeal Richelieu e organização do Estado Frances - Com o assassinato de Henrique IV por um fanático religioso assume o trono Luis XIII (seu filho). Como Luis XIII ainda era umacriança na época da morte do pai, o governo é exercido pelo regente Cardeal Richelieu. - Responsável pela aniquilação dos protestantes e por submeter a nobreza ao poder real. - Organização da maquina administrativa: criação dos cargos de intendentes (funcionários reais subordinados diretamente ao rei e com a função de administrar as províncias) – enfraquecimento do poder da nobreza local nas questões políticas. o Luis XIV: O rei sol - Com a morte de Luis XIII assume o trono seu filho Luis XIV, considerado o maior exemplo monarca absolutista. - Luis XIV assume o poder pleno do Estado, centralizando todas as decisões políticas e econômicas. - Economia: Através de seu ministro das finanças, Colbert, dá início a uma série de políticas mercantilistas como incentivo ao desenvolvimento de manufaturas (principalmente de produtos de luxo) e atuação incisiva no comercio exterior. - Política: Controle da nobreza através da criação do Palácio de Versalhes. (dependência da nobreza em relação ao Rei) - Cultura: Constituição de todo um aparato simbólico para realçar a sua figura como Rei Absolutista (A imagem do Rei Sol) o A sociedade francesa na época do Absolutismo (O Antigo Regime) - Sociedade estamental em que a nobreza e o clero gozavam de privilégios de origem feudal (isenção de impostos) e ocupavam os principais cargos dentro do Estado Frances. 1º Ano Aula 30: Renascimento Cultural Obs: aula para duas entradas Objetivos: A partir de uma oficina de desenho de observação sensibilizar o olhar para a decodificação das características e técnicas da pintura renascentista. Através da análise das obras do período renascentista compreender as principais características deste movimento artístico. Relacionar o desenvolvimento artístico do renascimento as transformações socioeconômicas do período. Estrutura da aula: 1. O exercício do olhar: oficina de desenho de observação. 2. A arte renascentista e seus mestres. 3. Transformações sociais e produção artística na Idade Moderna. Planejamento da Aula: 1. O exercício do olhar: oficina de desenho de observação. Objetivos: Sensibilizar através de uma atividade prática o olhar dos alunos para as técnicas e elementos da pintura e desenho Dinâmica de trabalho: Será proposto aos alunos uma série de desenhos de observação. Atividade 1: A perspectiva – desenho de objetos tridimensionais (sólidos de revolução) em uma superfície bidimensional Atividade 2: Luz e sombra e a representação de volume – desenho de um objeto envolto em pano branco sem a utilização de linhas. Análise de imagem 1: Comparação entre arte medieval e arte renascentista (quadros de madonas) Atividade 3: O corpo humano – desenho do busto humano e de sua anatomia Análise de Imagem 2: Estudos de anatomia de Leonardo da Vinci 2. A arte renascentista e seus mestres. • O Renascimento: A palavra deriva do termo em italiano Renascitá – percepção de se viver em um tempo nova (idéia do moderno) e de recuperação da cultura greco-romana (negação do período anterior, a Idade Média, considerada pelos renascentistas de Idade das Trevas). • Periodização: Itália, século XIV – bases no movimento humanista e nos elementos greco-romanos preservados nessa região. O renascimento é datado como um movimento que vai do séc. XIV ao séc. XVI • Movimento amplo que abarca as mais diversas áreas da arte e filosofia a) As características gerais do Renascimento: • Recuperação da cultura valores greco-romano (releitura) • Antropocentrismo • Universalismo (uma concepção humana de um mundo em expansão) • Racionalismo (Valorização da razão humana) • Individualismo (acentuação do eu e da figura do autor) b) A evolução técnica da arte (visuais): • A perspectiva (ponto de fuga e o uso da matemática) • Simetria das formas (equilíbrio, razão e conceito de belo) • A representação realista das formas (principalmente do corpo humano) • A utilização da luz e sombra 3. Transformações sociais e produção artística na Idade Moderna. • Relação profunda entre o renascimento Urbano e Comercial (tendo como principais centros econômicos as cidades italianas de Veneza e Genova) e o Renascimento Cultural • Burguesia mercantil e o patrocínio dos artistas renascentistas (a figura do mecenas) → a arte como elemento de status para a burguesia e representação de seus valores. • Desenvolvimento do renascimento Cultural na Europa e o comércio na Idade Moderna (séc. XIV e XV – Itália, séc. XVI – Holanda, Inglaterra, França) 1º Ano Aula 31: A Reforma Protestante: O Luteranismo Objetivos: Apresentar os principais elementos da Igreja Católica no início da Idade Moderna, sua relação com o poder temporal, sua inserção numa sociedade mercantil e o cerne de uma crise moral. A partir desses elementos discutir a crise dentro da cristandade ocidental e a reforma luterana, suas bases teológicas e a relação com as questões políticas dentro do SIRG. Estrutura da Aula: 1. A Igreja na Idade Moderna 2. Martinho Lutero e a Reforma 3. A Reforma e o SIRG Planejamento da Aula: 1. A Igreja na Idade Moderna. a) Aspectos gerais da Idade Moderna (séc. XVI) - Processo de centralização política (processo heterogêneo: tensões entre reis e nobreza) -Constituição de relações econômicas capitalistas → Renascimento Comercial (séc. XIII e XIV) →Renascimento Cultural (séc. XIII – XV) → Grandes Navegações (séc. XV e XVI) → Mercantilismo – Constituição das relações comerciais coloniais. b) A Igreja na Idade Moderna. • O envolvimento da Igreja em questões seculares (políticas) - disputas pelo controle do SIRG: Papa vs Imperador (controle sobre o bispado e pelos territórios da Igreja) • A igreja dentro das relações mercantis - Gastos com as questões políticas e com obras de arte (mecenato de artistas renascentista) - Intensificação de práticas antigas para a acumulação de riquezas → Venda de Relíquias → Simonia – venda de cargos eclesiático (perda de credibilidade devido a ações de membros da igreja sem vocação eclesiástica – caso de Alexandre VI – família Borgia) → Venda de Indulgência (derivação da doutrina das boas obras de São Tomás de Aquino) • Crise moral da Igreja – questionamento das doutrinas e da estrutura da Igreja 2. Martinho Lutero e a Reforma a) Martinho Lutero e o início da Reforma • Situação política do SIRG: unidade política sem coesão interna (disputas internas entre o Imperador e parte da nobreza) • A questão das indulgências: 1517 – o papa Leão X começa a venda de indulgência e a emissão de certificados. • Martinho Lutero (1483 – 1546): Monge agostiniano que se opõe ao representante papal, João Tetzel e a venda de indulgência – publicação das 95 teses (Análise deste documento com a sala – qual a posição do autor em relação as indulgências? Que argumento usa?) • 1520– Leão X excomunga Lutero → isso o leva a ser julgado em um tribunal laico (pela nobreza do SIRG) b) As bases teológicas da reforma • A salvação pela fé (o homem como pecador) • Livre interpretação da Bíblia (Lutero e a tradução da Bíblia para o alemão) • Supressão do clero regular, fim do celibato e negação da transubstanciação. 3. A Reforma e o SIRG • Dieta de Worms (1521) – tribunal convocado pelo Imperar Carlos V para julgar Lutero – condenado como herege – consegue fugir com apoio de parte da nobreza do SIRG (oposição ao Imperador e ao processo de centralização política no SIRG) • As revoltas Anabatistas e Lutero - Movimento camponês surgido a partir de interpretação da obra de Lutero. (1523 – 1525) - Características milenaristas e a luta por terras (oposição a nobreza) a partir de uma ótica religiosa. - Principal líder: Thomas Munzer - Condenação de Lutero dos anabatistas – massacre dos anabatistas por parte da nobreza • Dieta de Spira (1529) – A doutrina protestante é aceita dentrodo Império, mas há a proibição para que mais príncipes aderissem a reforma (Protesto dos príncipes – origem do termo protestante ) • 1555 – Liga de Samalkade – guerra contra o Imperador – vitória dos príncipes protestantes e a Paz de Augsburgo ( Cada príncipe uma religião) 1º Ano Aula 31: A Reforma Protestante: O Luteranismo Objetivos: Apresentar os principais elementos da Igreja Católica no início da Idade Moderna, sua relação com o poder temporal, sua inserção numa sociedade mercantil e o cerne de uma crise moral. A partir desses elementos discutir a crise dentro da cristandade ocidental e a reforma luterana, suas bases teológicas e a relação com as questões políticas dentro do SIRG. Estrutura da Aula: 1. A Igreja na Idade Moderna 2. Martinho Lutero e a Reforma 3. A Reforma e o SIRG Planejamento da Aula: 1. A Igreja na Idade Moderna. a) Aspectos gerais da Idade Moderna (séc. XVI) - Processo de centralização política (processo heterogêneo: tensões entre reis e nobreza) -Constituição de relações econômicas capitalistas → Renascimento Comercial (séc. XIII e XIV) →Renascimento Cultural (séc. XIII – XV) → Grandes Navegações (séc. XV e XVI) → Mercantilismo – Constituição das relações comerciais coloniais. b) A Igreja na Idade Moderna. • O envolvimento da Igreja em questões seculares (políticas) - disputas pelo controle do SIRG: Papa vs Imperador (controle sobre o bispado e pelos territórios da Igreja) • A igreja dentro das relações mercantis - Gastos com as questões políticas e com obras de arte (mecenato de artistas renascentista) - Intensificação de práticas antigas para a acumulação de riquezas → Venda de Relíquias → Simonia – venda de cargos eclesiático (perda de credibilidade devido a ações de membros da igreja sem vocação eclesiástica – caso de Alexandre VI – família Borgia) → Venda de Indulgência (derivação da doutrina das boas obras de São Tomás de Aquino) • Crise moral da Igreja – questionamento das doutrinas e da estrutura da Igreja 2. Martinho Lutero e a Reforma c) Martinho Lutero e o início da Reforma • Situação política do SIRG: unidade política sem coesão interna (disputas internas entre o Imperador e parte da nobreza) • A questão das indulgências: 1517 – o papa Leão X começa a venda de indulgência e a emissão de certificados. • Martinho Lutero (1483 – 1546): Monge agostiniano que se opõe ao representante papal, João Tetzel e a venda de indulgência – publicação das 95 teses (Análise deste documento com a sala – qual a posição do autor em relação as indulgências? Que argumento usa?) • 1520– Leão X excomunga Lutero → isso o leva a ser julgado em um tribunal laico (pela nobreza do SIRG) d) As bases teológicas da reforma • A salvação pela fé (o homem como pecador) • Livre interpretação da Bíblia (Lutero e a tradução da Bíblia para o alemão) • Supressão do clero regular, fim do celibato e negação da transubstanciação. 3. A Reforma e o SIRG • Dieta de Worms (1521) – tribunal convocado pelo Imperar Carlos V para julgar Lutero – condenado como herege – consegue fugir com apoio de parte da nobreza do SIRG (oposição ao Imperador e ao processo de centralização política no SIRG) • As revoltas Anabatistas e Lutero - Movimento camponês surgido a partir de interpretação da obra de Lutero. (1523 – 1525) - Características milenaristas e a luta por terras (oposição a nobreza) a partir de uma ótica religiosa. - Principal líder: Thomas Munzer - Condenação de Lutero dos anabatistas – massacre dos anabatistas por parte da nobreza • Dieta de Spira (1529) – A doutrina protestante é aceita dentro do Império, mas há a proibição para que mais príncipes aderissem a reforma (Protesto dos príncipes – origem do termo protestante ) • 1555 – Liga de Samalkade – guerra contra o Imperador – vitória dos príncipes protestantes e a Paz de Augsburgo ( Cada príncipe uma religião) 1º Ano Aula 31: A Reforma Protestante: Calvinismo, Reforma Anglicana e Contrarreforma Objetivos: Apresentar as principais características da reforma calvinista e sua profunda ligação com a constituição de uma ética do trabalho burguesa. Discutir o processo de reforma dentro do contexto político da Inglaterra e a formação da Igreja Anglicana. Apresentar a resposta da Igreja Católica ao movimento reformista através da contra reforma. Apresentar a reação da Igreja Católica a Reforma Protestante Estrutura da Aula: 1. A reforma Calvinista 2. A reforma Anglicana 3. A Contrarreforma Planejamento da Aula: 1. A reforma Calvinista • Figura central: João Calvino (Fra) – Publicação em 1536 de Instituião da religião cristã • Este livro é o ponto de partida para o movimento reformista calvinista • Principais princípios da reforma calvinista: - A predestinação de Deus: Os homens nascem predestinados a serem salvos ou não por Deus. São incapazes de compreender os desígnios divinos, portanto devem se contentar a servi-lo e glorificá-lo nas suas atitudes cotidianas. - A ética do trabalho: Glorificar a Deus significa exercer as funções designadas por ele através da vocação concedida por Deus aos eleitos a salvação, expresso nas atividades cotidianas, do trabalho. O sucesso no mundo do trabalho como indício da predestinação a salvação eterna. - O ascetismo: A necessidade de uma conduta moral correta, o moralismo como base da doutrina calvinista. Condenação do lucro pelo lucro, do esbanjamento. • Perseguido dentro da França, João Calvino se refugia na Suíça. A partir daí suas idéias se expandiram por toda a parte norte da Europa (França, Inglaterra, Holanda) • Profunda relação entre o calvinismo e a formação de uma ética burguesa dentro de um mundo cada vez mais mercantilizado – consolidação da idéia do self made man em oposição a idéia de nobreza (valorização do trabalho, da moral e do ascetismo expressos no sucesso material como prova de superioridade religiosa) 2. A reforma Anglicana • A monarquia inglesa: processo incompleto de centralização política da monarquia– força da nobreza inglesa através do Parlamento Inglês (órgão de origem medieval e que limitava o poder do Rei) • Henrique VIII – rei inglês casado com Catarina de Aragão (Tia de Carlos V – Imperador do SIRG e Rei da Espanha – principal figura política da época e católico) • A falta de herdeiros homens o leva a pedir a anulação do casamento ao Papa – pedido negado • 1534 – Ato de Supremacia – Henrique VIII rompe com a igreja católica e cria a Igreja Anglicana (na qual o rei era a figura máxima da hierarquia religiosa) – do ponto de vista teológico era semelhante ao catolicismo. • Separa-se de Catarina de Aragão e casa-se com sua amante Ana Bolena (da qual terá uma filha – Elizabth, futura rainha da Inglaterra) • Questão Central: Com os atos de supremacia o rei se torna a autoridade máxima dentro da Igreja e, portanto, senhor de todas as suas posses (terras). Henrique VIII da início ao processo de venda de terras para a burguesia inglesa na tentativa de arrecadar recursos e centralizar o poder. 3. A Contrarreforma • Reação da Igreja Católica - 1534 –Criação da Companhia de Jesus (Inácio de Loyola – Esp.) – formação de uma ordem religiosa que se colocava como os soldados de cristo – missão de combater a reforma e expandir o cristianismo - 1545 – Concílio de Trento o Reforma interna da Igreja: Condenação das indulgência e instituição dos seminários; o Reativação do tribunal do santo ofício; o Criação do Index (primeiro livro da proibido: A bíblia de Lutero); 1º Ano Aula 33 Obs: Aula para duas entradas Título: Grandes Navegações: a expansão do mundo. Objetivos: Apresentar o contexto histórico no qual se dá a expansão marítima européia inserindo-a no processo de ruptura da concepção de mundo que marca o início da idade moderna. Discutir a alteração das relações sociais internas dos reinos africanos com a formaçãodas rotas atlânticas do tráfico de escravos, a partir do contato com os europeus. Apresentar e debater a alteração das relações sociais internas dos reinos africanos com a formação das rotas atlânticas do tráfico de escravos, a partir do contato com os europeus. Estrutura da Aula: 1. Grandes Navegações: ruptura das representações do espaço. 2. Antecedentes: O Mediterrâneo e as rotas das especiarias. 3. Os Reinos Ibéricos e a Expansão Marítima 4. São Jorge da Mina e o sistema de feitorias 5. As Ilhas do Atlântico: sistema açucareiro e tráfico. Planejamento da Aula: 1. Grandes Navegações: ruptura das representações do espaço a) Os limites do mundo (Europa Ocidental – início do século XIV) o Visão de mundo medieval: - Oceano: espaço goegrafico visto como limite do mundo (a representação dessa idéia através do abismo e dos monstros marinhos) - Os limites do mundo conhecido pela Europa Ocidental o Ao Sul → Cabo do Bojador (África) o A Leste → Império Bizantino o A Oeste → Oceano Atlântico. - A dimensão mítica/religiosa das terras além do “mundo” conhecido - Restrições técnicas → Navegação de Cabotagem (inexistência de embarcações e instrumentos de localização e orientação que possibilitassem o afastamento da costa) • Análise da música “Quinto Império” – Antonio Nóbrega b) Grandes Navegações como ruptura. • Os mapas medievais: Mapas que representavam a concepções teológicas de mundo (não possuíam a função de localização e orientação no espaço, representações do imaginário social) • Baixa Idade Média (séc. XIII e XIV) – O aumento das relações comerciais entre Europa e a África e Ásia via rotas comerciais do mediterrâneo desencadeiam uma maior preocupação com a representação do espaço conhecido (Mas esses mapas ainda guardam dimensões simbólicas com o imaginário social muito fortes) • Importante: As Grandes Navegações podem ser consideradas como um dos elementos que produziram (como o Renascimento Cultural) uma ruptura na concepção de mundo medieval. • Século XV – Portugal dá início as Grandes Navegações em 1415 – processo ligado a todo um desenvolvimento técnico: desenvolvimento de instrumentos de orientação e localização como a bússola e o astrolábio, da produção de embarcações (absorção da tecnologia árabe) e de mapas para novas finalidades (registro de novos territórios e rotas comerciais) – este conhecimento se desenvolveu a partir de experiências praticas, sistematizadas pouco a pouco pelos navegadores portugueses. • Os portulanos: Mapas destinados a registrar as novas rotas comerciais. (Utilização de elementos geométricos e trigonometria ara traçar essas rotas no espaço) • Os mapas mundi: Mapas destinados a representar o espaço com o máximo de fidelidade. Incorporação dos novos territórios descobertas. 2. Antecedentes: O Mediterrâneo e as rotas das especiarias • Análise da lição de casa: Debate sobre os locais de origem das especiarias e sobre seu valor (a noção de produtos com grande valor e de locais distintos e distantes) → A noção de especiarias e seu papel no mundo ocidental (sabor do desconhecido e conservação dos produtos – construção de um imaginário) • Mediterrâneo como a principal área de encontro de diversas rotas comerciais continentais desde a Idade Antiga. • Alta Idade Média – interrupção do acesso europeu ao circuito mediterrânico • Cruzadas (século XI) – reintegração dos continentes em um circuito mediterrânico → África (O trigo do Egito - as rotas traansaarianas) – Ásia (a rota da seda/China – as especiarias indianas – os produtos do oriente próximo) – Europa (rotas comerciais com os reinos do Mar do Norte) • Predomínio das cidades italianas (Genova e Veneza) • 1453 – Queda de Constantinopla (Capital do Império Bizantino – Cristão Ortodoxo) para os Turcos Otomanos – diminuição dos fluxos mercantis. • Utilização 3. Os Reinos Ibéricos e a Expansão Marítima a) As Monarquias Ibéricas e a Expansão Marítima. • Constituição prematura do Aparato de Estado (formação em meio a Guerra de Reconquista) – rei como chefe Militar e responsável pela concessão de Títulos de Nobreza • Nobreza recente - no decorrer das batalhas ou como mercadores enriquecidos. • Entrepostos comerciais (parada entre os mercados do Mediterrâneo e do Mar do Norte) com capacidade técnica e científica para a navegação. (Absorção e aperfeiçoamento de técnicas de construção de embarcações e de orientação e localização) • PORTUGAL, 1415 – Tomada de Ceuta – Continuação da Reconquista e Início da Expansão (Questões envolvidas: expansão do cristianismo – pilhagem da nobreza militar – conquista de uma região estratégica da rota comercial transaariana) b) A expansão ultramarina • Passagem do Cabo do Bojador (1434) – abertura da navegação do Atlântico – Contato com as populações do Golfo da Guiné – primeiras preações de escravos, confrontos com as populações nativas (Gil Eanes Zurara – Crônicas da Guiné) • Africa: Interesse no deslocamento das rotas do Saara para a costa Atlântica – Ouro e Escravos (Avanço das áreas conhecidas pelos portugueses – os degredados e os primeiros contatos com as populações nativas) • Formação das primeiras relações de trocas de mercadorias – estendida posteriormente para a Índia e restante da Ásia. c) O sistema de feitorias e o forte de São Jorge da Mina. • Relação entre os portugueses (e os demais povos europeus) com as sociedades africanas – relação de estranhamento e de acordos de trocas – não há penetração no continente africano – A coesão dos reinos africanos e a densidade populacional impedem qualquer tentativa de dominação – os europeus tem de negociar sua permanência em território africano. Importante: O objetivo (sentido) das grandes navegações era ter acesso direto aos mercados produtores de especiarias.(Áfri ca e Ásia)- quebra do monopólio desse comércio pelo sistema Mediterrânico (Árabes/Cidades Italianas) • Deslocamento das rotas para o Atlântico – interesse dos reinos africanos na obtenção de Cavalos, armas e outros produtos de origem européia – reafirmação de seu poder – Preação de grupos inimigos nas zonas fronteiriças. • A cristianização do reino do Congo – relações diplomáticas e interesses no comércio Atlântico. • As Feitorias – (Praças comerciais militarizadas) – Forte de São Jorge da Mina (1482) – sistema que vai predominar no trato com a África Continental • Expedição de Bartolomeu Dias (Cabo da Boa Esperança) 1488 e de Vasco da Gama a Índia (1498) leva a constituição de feitorias nas zonas asiáticas produtoras de especiarias (Goa – Índia, Macau – China) – Carreira das Índias • Concorrência com o Império Espanhol (1492 – Expedição de Cristovão Colombo – descoberta da América) – Definição de áreas de poder – 1493 – Bula Inter Coetera (100-léguas da ilha de Cabo Verde) – 1494 – Tratado de Tordesilhas (300 léguas de Cabo Verde) d) As Ilhas do Atlântico , sistema açucareiro e tráfico. • Expansão Marítima e a descoberta de Ilhas no Atlântico (Madeira, Açores, Cabo Verde, São Tomé dos Príncipes) • Áreas estratégicas para a navegação – necessidade de ocupar essas terras (disputa com a Espanha) • Histórico do açúcar – A cana-de-açucar é originária da Índia – pelos persas passou a ser produzida no Oriente Médio – através dos árabes no Mediterrâneo – daí para a Península Ibérica • Século XIV grande interesse pelos principais mercados europeus (Bugres – Bélgica) e no XV (Flanders, SIRG e Inglaterra) Importante: Para ocupar estes territórios era necessário inseri-los no sentido mercantil da empresa expansionista lusitana. Portanto colonizar significava essas transformar essas ilhas em áreas produtoras de alguma especiaria – O AÇUCAR Montagem do Sistema de Produção Açucareiro: • Organização Administrativa:- Organização do sistema de Capitânias Hereditárias – Concessão de poder e terras a membros da pequena nobreza integrante da Coroa portuguesa – Capitães Donatários - Carta de Doação : Estabelecia a posse da terra sem que a Coroa abrisse mão do seu domínio. - Carta de Foral: Estabelecimento dos direitos e deveres dos Capitães Donatários em relação a Coroa e sobre suas terras. - Sistema de fisco da Coroa como forma de arrecadação da riqueza produzida • Organização da Produção açucareira (características gerais) - Regime de Terras: Grandes propriedades (latifúndios) - Monocultura voltada para a exportação - Utilização da Mão-de-obra escrava na produção de açúcar – criação de uma demanda que será abastecida pelo tráfico de escravos do continente. Anexo MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quere passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. (Fernando Pessoa) Ensino Médio 1º Ano Aula 33: O Mercantilismo e os Impérios Coloniais Objetivos: Discutir o processo de formação dos impérios coloniais ibéricos e seus limites geográficos. Relacionar a constituição desses impérios a política econômica que orientou as ações das monarquias européias na Idade Moderna, o Mercantilismo. Apresentar os principais pontos de conflito entre as monarquias européias dentro do cenário da constituição dos impérios coloniais. Estrutura da Aula: 1. A Idade Moderna e o capitalismo comercial 2. O mercantilismo 3. As disputas coloniais (séc. XV – XVII) Planejamento da Aula: 1. A Idade Moderna e o capitalismo comercial • Baixa Idade Média: Renascimento Comercial → Formação de novas relações econômicas e sociais • Idade Moderna (séc. XV ao séc. XVIII): - Transformações políticas: Formação das Monarquias Européias - Transformações Econômicas: Consolidação das relações comerciais → Capitalismo Comercial • Ligação entre processos históricos: IDADE MODERNA (Europa e a expansão e consolidação da economia mercantil) → EXPANSÃO MARÍTIMA → OS IMPÉRIOS IBÉRICOS ULTRAMARINOS → COLONIZAÇÀO DA AMÉRICA. • “A colonização européia moderna aparece, assim, em primeiro lugar como um desdobramento da expansão puramente comercial(...)” (Fernando Novais, Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial, p.67) 2. O mercantilismo • Definição: - O mercantilismo era um conjunto de políticas econômicas adotadas pelas monarquias européias. - Sua base estava na intervenção do Estado nas atividades econômicas. - Seu objetivo principal era garantir aumento das rendas dos Estados Monárquicos. • Importante: Apesar de existirem características gerais, cada monarquia adotou suas próprias políticas econômicas de caráter mercantilista. • Características Gerais do Mercantilismo - Metalismo: acumulo de metais preciosos como ouro e prata. - Balança Comercial Favorável: estimulo a exportação de bens manufaturados e desestimulo as importações, garantido assim o acumulo de metais preciosos. o Protecionismo: Criação de barreiras alfandegárias para dificultar a entrada de manufaturas estrangeiras e facilitar a entrada de matérias- primas. o Incentivo a Manufatura: para a exportação e incentivada pelo Estado através da concessão de monopólios impedindo a concorrência. - Sistema colonial: Constituição de colônias (principalmente na América) que tinham como objetivo contribuir para a auto-suficiência da metrópole a partir de relações econômicas exclusivas o Exclusivismo colonial: Garantia de uma relação comercial desigual entre metrópole e colônia. o Legislação colonial: Conjunto de leis que garantiam a exclusividade comercial entre metrópole e colônia. 3. As disputas coloniais (séc. XV – XVII) • O Império português - Séculos XV e XVI → Controle das rotas comerciais de especiarias na África e na Ásia através do sistema de feitorias (Carreira das Índias) → Colonização das possessões territoriais a América (Brasil) e montagem do sistema açucareiro. Importante: Esse processo só é possível com a ajuda financeira das grandes casas bancárias holandesas, eles também controlavam o transporte, refinamento do açúcar e comércio com a Europa. • O Império espanhol - Século XVI → Colonização das possessões territoriais a América, exploração da minas de ouro e prata no México e na Região andina. Nas demais áreas copiou o modelo português de exploração colonial a partir da montagem de sistemas de produção de especiarias para a exportação • Século XVII: a concorrência inglesa, holandesa e francesa - a partir desse século a Inglaterra, a França e a Holanda começam a disputar com as nações Ibéricas o controle das rotas comerciais marítimas e os territórios coloniais na América. - As rotas de especiarias: Criação da Companhia das Índias Orientais (Hol.) e da Criação da Companhia das Índias Orientais (Ing.) e a perda do monopólio português sobre o comércio de especiarias. - Colônias Caribenhas e na América do Norte : Conquista e colonização de colônias francesas (Ilha de Hispaniola, Guiana Francesa e América do Norte – Região do Missipi e de Quebec), inglesa (Jamaica, Guiana, América do Norte) e Holandesa (Curaçao e Suriname) 1º Ano História do Brasil 1º Ano Aula 34: O Brasil como problema histórico Objetivos: Debater a relevância do estudo da história nacional, assim como as principais implicações deste estudo. Refletir o tipo de abordagem necessários para compreender a História do Brasil e o modelo de História vigente. Apresentar uma abordagem da História do Brasil que parte da premissa de um encontro das três matrizes culturais formadoras do povo brasileiro, mas dentro de um contexto marcado por diversos conflitos e tensões. Estrutura da aula: 1. Como se deve escrever a História do Brasil? 2. Multiplicidade e complexidade da sociedade brasileira 3. Uma história de encontros, desencontros e esquecimentos. Planejamento da Aula: 1. Como se deve escrever a História do Brasil? • Qual o objeto de estudo da História do Brasil? (pergunta que traz em si uma grande questão): - História de alguma coisa (objeto de estudo) → História de um país (Estado nacional) - Duas perspectivas de abordagens contidas nessa concepção: estudo do Estado; estudo da história de um povo. 2. Multiplicidade e complexidade da sociedade brasileira • Análise de música: Viagem Maravilhosa - Questão chave: Qual a temática da música? Que elementos ela traz para pensarmos a história do Brasil? – A complexidade de compreender a História do Brasil (Multiplicidade de Povos) - A noção das matrizes culturais: concepção das três matrizes culturai formadoras o 1838 – IHGB lança um concurso com a seguinte questão: “Como se deve escrever a História do Brasil?” → Questão implícita: modelo de história nacional. (nesta é uma questão em aberto até hoje!) o Reformulação na década de 1930: Gilberto Freire, a mestiçagem como fator positivo e o mito da democracia racial 3. Uma história de encontros, desencontros e esquecimentos. • Análise de música: O canto das três raças - Questão chave: Qual a temática da música? Que elementos ela traz para pensarmos a história do Brasil? - O que valorizamos e o que não é retratado na narrativa histórica tradicional sobre o Brasil? - Valorização de uma história etnocêntrica (branca), eurocêntrica (ocidental) e elitista (vista de cima, da perspectiva empática da burguesia com as classes dominantes do passado) • Novas abordagens da História do Brasil a partir da década de 1960 – perspectiva critica, necessidade de romper esses paradigmas. – Necessidade• Qual a importância da história dentro do enredo do filme.? • Quem detêm o conhecimento da história de Javé? • Qual a função de Antonio Biá no filme? • A diferença entre o registro oral (tradição antiga e fundamental para muitas sociedades – Griôs africanos por exemplo ) e o registro escrito (O livro Historia de Herodoto – V a.C.) • As narrativas históricas e a construção de identidades coletivas – noção de patrimônio. 2. Memória e História • Analise dos Cap. 4, 5, 6 e (dependendo do tempo) 9. – Quais as diferenças entre as versões sobre a fundação de Javé? • Por que será que existem essas diferenças? • O papel da memória – a seleção parcial (conforme eles assumem sentido para as pessoas – memória individual - ou para um grupo – memória coletiva) dos acontecimentos. • História como um processo de seleção e ordenação dos fatos históricos para a construção de uma narrativa. (Questão de método) → Este processo é feito a partir da análise de fontes (documentos históricos) → construção de uma memória histórica. • Biá o historiador – os relatos das pessoas de Javé são a sua fonte (Refletir sobre as dificuldades desse processo) 3. O historiador como narrador • Biá ao construir a história de Javé é imparcial? • É possível construir uma história de modo imparcial? • O historiador como construtor ativo da narrativa histórica (dentro disso a seleção de fontes e de recortes). → Mas o processo de construção de uma narrativa histórica é feito a partir de um método científico de análise de fontes e embasado em teorias que embasam as interpretações históricas → Construção de uma verdade parcial • Os tipos de fontes históricas (documento): - Fonte escrita; - Fonte iconográfica; - Objeto de Cultura Material - História Oral (Relatos) Importante: De maneira geral o processo de análise de uma fonte histórica (documento) está ligado a análise interna (as características e significados intrínsecos do documento) e a análise externa (o contexto no qual ele foi produzido). Mas cada tipo de fonte tem um método específico para realizar a análise interna. 1º Ano Aula 4: A História e os conceitos históricos Objetivos: Reconhecer as principais características de uma determinada sociedade; Explicar os princípios gerais dos conceitos política, economia e cultura; Classificar as principais características de uma sociedade; Organizar as principais características de uma sociedade. Estrutura da Aula: 1. História e a análise das sociedades 2. Os conceitos gerais 3. A sociedade contemporânea e suas características Planejamento da Aula: 1. História e a análise das sociedades • A narração como forma tradicional de construção do discurso histórico → ato de contar uma história (personagens e suas ações) → até o século XVIII muito ligado a crônica política dos reinos . • Século XIX → constituição da história como um campo de conhecimento científico → construção de um discurso que buscava narrar à história das grandes civilizações e povos (nação) → Manutenção da crônica política, mas agora de um coletivo. • Século XX → Formação de uma perspectiva analítica das sociedades → Consolidação da preocupação em não apenas contar os fatos, mas em entender os mecanismos de funcionamento das sociedades e civilizações estudadas, assim como dos processos históricos. • Importante: No Ensino Médio enfatizamos bastante esta perspectiva analítica da história. 2. Os conceitos gerais • O que devemos saber para analisar uma sociedade? →necessidade de definir conceitos que englobem as principais características de uma determinada sociedade; • Conceitos gerais para a análise histórica: Cultura, Política e Economia • O que significam estes conceitos? • Análise da ficha 2: Conceitos gerais - Chamar a atenção para a polissemia de significados - Construir uma síntese de cada um dos conceitos trabalhados: Cultura a partir da definição 11; Economia a partir das definições 1 e 2; Política a partir 1, 2, 5 e 6. - Pensar em exemplos que se encaixem em cada campo 3. A sociedade contemporânea e suas características • Atividade: Construção de um quadro síntese da sociedade econômica. • Elementos a serem discutidos: As diferenças entre os elementos dos quadros sínteses e os elementos que transitam de um conceito para o outro. 1º Ano Aula 5: Arqueologia e Cultura Material Objetivos: Interpretar objetos de cultura material como fontes históricas; Classificar as características de um objeto de cultura material; Concluir características de uma sociedade a partir da interpretação de objetos de cultura material; Executar os procedimentos de análise de objetos de cultura material; Metodologia : Oficina de arqueologia e utilização de apresentação de Power- point com imagens de artefatos pré-históricos. Estrutura da Aula 1. Arqueologia: O estudo da cultura material 2. A Pré-História e o estudo dos objetos de cultura material Planejamento da Aula: 1. Arqueologia: O estudo da cultura material • Principal problema do estudo da Pré-história – a existência de pouquíssimas fontes históricas sobre o período – inexistência de fontes escritas (combinação entre arqueologia e a paleontologia) – Estudo da cultura material, dos fósseis encontrados e das pinturas rupestres • Oficina de arqueologia: Arqueologia da leiteira (trabalho prático de analise de um objeto do cotidiano a partir do método arqueológico) - Observação dos seguintes elementos: Material (do que é feito), Forma (quais suas características) e Função (qual o seu uso) - Como a partir destes elementos podemos extrair informações sobre a sociedade que o produziu? - Importante: Discutir a idéia de horizonte de achado e a relação entre o objeto e a sociedade que o produziu. • Proposição da atividade de sala: Análise de objetos de cultura material 2. A Pré-História e o estudo dos objetos de cultura material • Quais são as fontes documentais que permite-nos estudar a pré- história? (período anterior a invenção da escrita) - Fósseis (restos materiais preservados de antigos organismos vivos) → tanto dos ancestrais dos seres humanos, quanto dos alimentos consumidos por eles - Objetos de cultura material - Pinturas rupestres • Construção de interpretações deste período a partir da análise destas fontes (método arqueológico) • Apresentar a cronologia da Pré-História (ver doc. 2 da pág. 35) • A cronologia da pré-história foi baseada no desenvolvimento das técnicas utilizadas na construção de objetos pelas sociedades pré- históricas → Importante: problematizar esta periodização e seu caráter eurocêntrico. Pré-História 1º Ano Aula 6: A Pré-História: O período paleolítico e a dispersão do homem pelo mundo Objetivos: Apresentar o processo de evolução da espécie humana, colocando em questão o lento processo de diferenciação da nossa espécie em relação as demais espécies de animais. Discutir o processo de evolução humana e as características sociais das primeiras comunidades humanas, enfatizando o processo de produção de símbolos culturais a partir da interação com a natureza e das relações sociais constituídas por essas primeiras sociedades. Estrutura da Aula: 1. A teoria da evolução das espécies 2. O Homem como produtor de cultura 3. O período Paleolítico 4. A dispersão do homem pelo mundo Planejamento da Aula: 1. A teoria da evolução das espécies. • A preocupação em determinar a origem do homem – questão antiga, presente em muitas culturas na forma dos mitos de criação. • Descoberta de fósseis humanos e a pergunta sobre nossa origem começa a ser colocada dentro da perspectiva científica (século XIX) • A constituição de uma explicação científica no século XIX: Charles Darwin e a teoria da evolução:” A Origem das Espécies” (1859) e “A Origem do Homem e a seleção sexual” (1871) • Seleção natural e evolução humana a partir e um ancestral comum com os outros primatasde uma história do Brasil “Vista de Baixo” (um novo anglo, mais plural) 1º Ano Aula 36: América Indígena Objetivos: Discutir, a partir das diversa formas de organização social das populações nativas da América, as relações estabelecidas entre os homens (formação de relações sociais) e destes com o meio que os circunda (relações de produção das condições de vida e de sua reprodução). Nesse processo será apresentada uma dimensão geral das populações indígenas que ocupavam a América, assim como, a sua diversidade cultural.. Estrutura da Aula: 1. A Questão Indigena 2. Os povos nativos: diversidade de relações sociais 3. Homem e Natureza: As civilizações Andinas Planejamento da Aula: 1. A Questão Indigena • A presença Indígena no continente Americano (uma questão que mobiliza passado e presente) • Qual a visão que nós temos dos indígenas – Entrevista de Daniel Munduruku • Dois exemplos de como esta é uma questão atual: No ano de 2008 podem ser citados o conflito e a polêmica sobre a demarcação de terras da reserva indígena Raposo/Serra do Sol, 2011 a questão dos índios Guaranis Kaiowas (questão central é a forma distinta de organização e concepção de mundo das populações indigenas e da civilização ocidental – link com a diferença acerca da posse da terra: posse comunal da terra vs. Propriedade privada da terra – Indicação de filme: Terra Vermelha, Marco Bechis – Questão Guarani) • História do continente – história indígena. 2. Os povos nativos: diversidade de relações sociais • Conceito Chave: RELAÇÃO HOMEM → HOMEM • Ocupação de todo o continente – constituição de culturas e formas de relações sociais bem distintas: • A Agricultura - possibilidade de sedentarização - (Domesticação do Milho) → 5.700 a.C na Mesoamérica - (Domesticação da Batata → 8000 a.C. nos Andes • ESQUEMA GERAL DE ORGANIZAÇÃO: →Sociedades organizadas através de Estados (±1000 a.C.) – organizações a partir de centros urbanos. → Sociedades Nômades ou Seminômades. (Como as tribos que ocupavam o atual território brasileiro) • A Aldeia, sociedades comunais → Laços de parentesco → Reciprocidade →Unidade Básica de produção da vida material e da organização do trabalho – Os grandes constituíram-se a partir delas, subordinando-as e mantendo seu poder através dos chefes locais. • A população na América Indígena: - Mesoamérica : ± 20 milhões de habitantes (Continente e mar do Caribe) - Região Andina: ± 12 milhões - Região Amazônica e Litoral Atlântico ± 6 milhões • As etnias indígenas no território brasileiro: - principais grupos étnico-linguistico: Tupi-Guaranis (Costa atlântica); Jê (Planalto central brasileiro); Caraíbas e Aruaques (Planice Amazônica) - Comunidades semi-nomades ou nômades (como os Guaranis e ocupação de toda a região Sul do Brasil, Uruguai e Paraguai) • A Construção das Grandes Civilizações: - Os Maias – As Cidades-Estado e os reinos - Incas e Astecas – formação de Grandes Impérios (NOTA: São Impérios extremamente recentes – Inca – consolidação do poder imperial entre 1453 a 1532 / Asteca 1325 a 1521) 3. Homem e Natureza: As civilizações Andinas • Conceito Chave: RELAÇÃO HOMEM → NATUREZA • Características específicas da Cordilheira dos Andes: - Variação climáticas devido a altitude – constituição de “arquipélagos” ecológicos. • Processo de sendentarização e o desenvolvimento da agricultura em patamares diferentes • A Mita – forma de organização do trabalho → Os laços de parentesco e reciprocidade e a mobilidade de uma aldeia pela montanha • A apropriação da Mita (forma de organização do Trabalho0 pelo Império Inca (Transformação em tributação) TEXTOS DE APOIO Texto 1: Educação e sociedades comunais “Durante quase toda a história social da humanidade a prática pedagógica existiu sempre, mas imersas em outras práticas sociais anteriores. Imersa no trabalho: durante as atividades de caça, pesca e coleta, depois na agricultura e no pastoreio (...)Ali os mais velhos fazem e ensinam e os mais moços observam, repetem e aprendem. Imersa no ritual (...)num rito de iniciação, ou em outra qualquer celebração coletiva, as pessoas cantam, dançam e representam, e tudo o que fazem não apenas celebra, mas ensina. (...)Imersa nos diferentes trabalhos do viver o cotidiano da cultura(...)” (Brandão, Carlos Rodrigues. O que é educação Popular. São Paulo, Editora Brasiliense, 2006, PP. 23) Texto 2: Estado e as aldeias “O Kuraqa (chefe) Vilca Xagua queria construir um canal para irrigar seus campos. Mas dois enormes rochedos barravam a passagem (...) O senhor convocou os melhores feiticeiros(...) e ordenou que encontrassem um meio para a água pudesse achar um caminho entre as pedras. Prometeu recompensar aqueles que conseguissem e ameaçou os incapazes (...) Aqueles que ajudaram distribuiu terras e esposas, a todos os outros reservou o pior dos castigo, e foram degolados na hora (...) ‘Aquele que tudo vê’, temível executante do Inca, viera fazer o censo de todos os chupachos com seu costumeiro rigor. Da longínqua capital, Cuzco, o Umbigo do Mundo, O Filho do Sol fazia questão de zelar por tudo sem deixar escapar a menor espiga de milho nem o mais humilde tributário, pois nada deveria ser subtraído dos celeiros do estado (...) Tupac Inca desconfiava dos senhores locais e sua justiça castigava de forma exemplar quando tais abusos eram descobertos (...)” (Carmem Bernardo e Serge Gruzinsk, História do Novo Mundo, pp. 34) Raposa abre série de julgamentos importantes no STF em 2009 Julgamento será retomado em fevereiro; tendência é que seja confirmada a decisão pela saída dos arrozeiros (Estado de São Paulo, 05/01/09) BRASÍLIA - A pauta de julgamentos prevista para 2009 no Supremo Tribunal Federal (STF) indica que a Corte continuará sob os holofotes ao ter que analisar questões de grande repercussão social. Em fevereiro, na volta do recesso judiciário, será retomado o julgamento da constitucionalidade da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, iniciado e interrompido duas vezes em 2008. A tendência é que seja confirmada uma decisão pela saída de todos os produtores de arroz e famílias de agricultores brancos que se recusam deixar a área de 1,7 milhão de hectares, por discordarem da indenização oferecida pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Já foram oito votos a favor da demarcação contínua até o novo pedido de vista, do ministro Marco Aurélio Mello. Apesar de improvável, tecnicamente, entretanto, ainda é possível um decisão favorável à permanência dos não-índios dentro da reserva, pois os votos dados até agora podem ser mudados em função da posição daqueles ministros que ainda não se manifestaram. 1º Ano Aula 37: África: Entre a lança e a enxada Objetivos: Discutir a importância da História da África no contexto sócio-cultural brasileiro, levando em conta as dimensões políticas desse tema. Desconstruir a visão tradicional construída pela perspectiva colonialista de um continente selvagem e exótico. Nesse sentido será explorado a dimensão política dos reinos africanos anteriores ao processo de colonização (século XIX), as profundas relações econômicas estabelecida entre eles, e a variedade cultural que continham. Estrutura da Aula: 1. Visões sobre a África 2. As sociedades africanas 3. As rotas de comércio africanas (encontros culturais) Planejamento de Aula: 1. Visões sobre a África • Lei 10.639/03 de 2003 cria a obrigatoriedade do ensino de História da África e dos afro-descendentes. → Qual o sentido dessa Lei? Pressão do movimento Negro para o ensino desse conteúdo nas escolas. Consciência da dimensão política da História como elemento construtor de de memória e identidade. • A visão tradicional sobre a África: pré-conceitos sobre aHistória da África e suas sociedades → uma visão a partir do olhar externo – a do colonizador europeu – a África selvagem, primitiva, bárbara e sem História. • Mudança de perspectiva: novos estudos africanistas (décadas de 50 -70) → Contexto da descolonização dos países africanos • Metodologia empregada: História das tradições orais (A figura do Griot e a diferença da sociedade Ocidental) e a utilização do métodos arqueológicos. 2. As sociedades africanas • Perspectiva continental VS. Diversidade regional → A dimensão da África como um bloco único foi construída a partir de uma visão em que prevalece a descrição geográfica e busca homoginzar e simplificar as relações sociais dos povos africanos. • Região mais antiga de ocupação humana: Surgimento do Homo Sapiens (± 190 mil anos a.C. – Período Peleolítico) → África Oriental (Região do Sahel) • ±10 mil a.C. – Período Neolítico – desenvolvimento das técnicas de metalurgia e agricultura → Constituição dos primeiros agrupamentos humanos sedentários e formação de sociedades mais complexas. • Importante: Nem todos os grupos humanos passaram pelo processo de sedentarização (Ex: os povos do Saara e das regiões das florestas tropicais) • Organização básica das sociedades africanas: Os laços de parentesco (concepção de família estendida, incluindo agregados e dependentes) e as relações de fidelidade em relação à figura do chefe de família. • Constituição dos primeiros núcleos urbanos: Aldeias (estruturados a partir da união das famílias, subordinadas a um chefe) → Base para formas mais complexas de organização políticas • Formação de formas mais complexas de organização: • Impérios - Egito antigo (Região do Nilo → séc. XXX – X a.C.) - Mali (Região do Sudão → séc. V – X) • Reinos - Iorubá (Região do Níger– séc. XV – XVIII) - Congo (Região da África Central – séc. XIV – XVIII) - Cidades-Estados (Constituição de confederações – como, por exemplo, as cidades Hauçás - Região do Sudão – e as cidades de Monomopata – Região do Rio Zimbábue) • Diversidade Religiosa: - Cristianismo – Norte da África – cristãos coptas – Egito e Etiópia (Expansão do império Romano – sec.II a.C.) - Islamismo – Norte da África, deserto do Saara e região do Sahel (Expansão Árabe – séc. VIII e trocas comerciais) - Religiões Animistas (África subsaariana e central) → Culto aos ancestrais e as forças da natureza (profunda relação com a tradição/ história e com a natureza) • A diversidade cultural e o papel da música e da dança nestas sociedades (espaços de comunhão entre os membros da comunidade e destes com os antepassados) • Elementos centrais: reverência à ancestralidade espiritualizada, a sacralidade dos tambores e o poder atribuído à fala de mobilizar forças vitais • Audição de manifestações musicais de origem african a (Candomblé Queto: Canto pra Oxum; Candomblé Angola: Zuela para Matulembê; Tambor de Mina: Doutrina para Ogum; Jongo de Cunha) → Fonte: http://www.cachuera.org.br/cachuerav02/index.php?option=com_content&view=arti cle&id=297:diasporasmusicaisafricanasnobrasil&catid=80:escritos&Itemid=89 3. As rotas de comércio africanas (encontros culturais) a) Um universo de trocas comerciais: • As rotais regionais: Trocas do excedente agrícola das aldeiais e cidades (complementação da dieta alimentar e produtos manufaturados – feito principalmente pelas mulheres nos espaços destinados a isso – mercados) • As grades rotas mercantis: Ligado a troca de especiarias africanas como sal, marfim, noz de cola, ouro e escravos. (Feito em geral por homens através das caravanas que cruzavam a África e as feitorias no litoral do oriental (Oceano Índico) e ocidental (Oceano Atlântico) - As rotas de comércio transaarianas (Com os reinos muçulmanos do Norte da África – papel central das populações nômades do Saara) - O comércio com as rotas do Oceano Índico (Com mercadores árabes e indianos) - O comércio Atlântico (a partir do século XV com os portugueses e demais europeus) b) A escravidão na África • O que é ser escravo? (Caracterização) - Escravidão como forma de exploração do trabalho - Transformação em propriedade – processo de desumanização -Transformação em um estrangeiro e alienado dos direitos de uma sociedade. - Baseado na Coerção e no cerceamento da liberdade • Origens – conflitos entre pequenas comunidades e linhagens • A Guerra como instrumento de transformação de um indivíduo livre em escravo (seja conflitos entre grupos, seja conflito para gerar escravos – os raptos) • Outras possibilidades: Escravidão como castigo penal – escravidão por processo de marginalização • A Escravidão se transforma e acompanha as mudanças das organizações políticas (formação de Estados e Reinos em algumas regiões como o do Congo) e econômica – A escravidão se integra plenamente a estrutura social dessa regiões (como modo de produção) • Qual o papel do escravo nessas sociedades? - Aumento da produção (mão de obra mobilizada para produção agrícola e artesanal) - Integração ao aparato de Estado (Funcionários e soldados_ - provável influencia dos povos islâmicos do Norte da África e da Arábia - O escravo como riqueza e status (fator de produção e sinônimo de poder) • A condição de escravo e a possibilidade de assimilação (debate sobre as matizas dessa integração e da hereditariedade) Importante: A constituição de um mercado ligado ao tráfico de escravos transformou a escravidão na África (Tanto no que diz respeito ao tráfico para o Norte da África, quanto o tráfico para as colônias europeias). Imposição de uma lógica mercantil no processo de escravização. Textos de Apoio Texto 1: Lei 10.639. FONTE: http://www.planalto.gov.br/ “O presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B: "Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro- Brasileira. § 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. Texto 2: Eduardo Mondlane e seus Ideais. Dilma de Melo da Silva e Nilce da Silva, Jornal da USP, 03 a 09/03/08 “As comunidades de origem africana nas Américas, sobretudo na América Latina, sofrem, até hoje, de lacunas nas referência histórica que dificultam a construção de uma auto-imagem digna de respeito e estima. A ancestralidade africana milenar nos é ocultada em sala de aula, nos livros didáticos e no dia-a- dia de nossas vidas. Nada conhecemos sobre a África e o pouco que nos contam é sempre motivo de deboche.” Texto 3: O mito de criação Yorubá. FONTE: http://www.orixas.com.br “Olódùmarè o ser superior dos yorubas, que vive num universo paralelo aonosso, conhecido como Orún, por isso Ele é também conhecido como Àjàlórú e Olórun "Senhor ou Rei do Òrún", que através dos Orixá por Ele criado, resolve incumbir um dos Òrixá (do branco), Òrínsànlá, (o grande Òrìsà) o primeiro a ser criado, também chamado de Obàtálá, de criar e governar o futuro Àiyé: a Terra, do nosso universo conhecido. Ele lhe entrega o Àpò-Iwá (a sacola da existência) o qual contém todas as coisas necessárias para a criação, e é aclamado como Aláàbáláàse, "Senhor que tem o poder de sugerire realizar". Como a tradição mandava, para todos, antes de iniciar a viagem ele foi consultar o oráculo de Ifá com Orúnmìlà, outro Orìxà, e este lhe orientou a fazer alguns sacrifícios a divindade Èxù, mas se ele já era orgulhoso e prepotente, mais ainda ficou, se recusou e nada fez, mas foi avisado que infortúnios poderiam ocorrer.(...) Olódùmarè delega a Odùduwà o poder de criar o Àiyé e por punição incumbe a Òrìsànlá de somente criar e modelar os corpos dos seres humanos no Òrún, sob sua supervisão e o proíbe terminantemente de nunca mais beber o emu. Odùduwà, então, cumpre a tradição e faz as obrigações, para se tornar o progenitor dos Yorubas, do Mundo : Olófin Odùduwà, o futuro Àjàlàiyé.” Texto 4: A escravidão na África, uma história de suas transformações. Paul l. Lovejoy. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2002, pp. 55 “É incorreto pensar que os africanos escravizassem seus irmãos – embora isso algumas vezes acontecesse. Na verdade, os africanos escravizavam os seus inimigos” 1º Ano Aula 34: A Colonização da América Portuguesa: O Sistema Administrativo Objetivos: Debater a relevância do estudo da história nacional, assim como as principais implicações deste estudo. Apresentar o processo de montagem do aparato administrativo que permitiu a colonização e o controle da Coroa portuguesa sobre seus territórios na América. Estabelecer a relação entre esse sistema administrativo e os interesses mercantis portugueses, dentro da lógica de uma economia mercantil. Discutir as relações de poder no interior desse sistema administrativo ligando-o a questão da concentração fundiária. Estrutura da Aula: 1. Sentido da Colonização e a estrutura administrativa da América Portuguesa. 2. Os senhores da Terra Planejamento da Aula: 1. Sentido da Colonização e o sistema administrativo da América Portuguesa. • Colonização da América Portuguesa (Brasil) → processo inserido no contexto do capitalismo mercantil e dentro dos interesses econômicos da monarquia portuguesa. • Construção de um sistema administrativo → criado para garantir o controle do território e assegurar os interesses econômicos da Coroa a) 1500 – 1530: O Sistema de Feitorias • Primeira atividade econômica: Exploração do Pau-Brasil atravéz do escambo com as populações indígenas (inexistência de vestígios de metais preciosos ou de produtos para o comércio) • Durante esses 30 anos a preocupação de Portugal estava no controle da Rota de Especiarias da Índia (Declínio dessa rota tem início a partir do século XVI) • Concorrência da França (Rio de Janeiro – França Antárdida – Maranhão) → Ameaça de perda do novo território e mudança da política Real em relação aos territórios na América b) 1530 – 1548: As Capitânias Hereditárias • Expedição de Martín Afonso de Souza (1530) → Implementação do Modelo das Ilhas do Atlântico Medidas administrativas: • Patrulhamento da costa • Criação de centros urbanos (Vila – como a de São Vicente) • Criação das 15 Capitânias Hereditárias – Pequena nobreza integrante do Estado lusitano - (ordem proferida por D. João III) • Importante: relembrar as Cartas de Doação e as de Foral (Sobretudo a questão das Sesmarias , poder de doação de terras pelos capitães a quem tivesse condição de produzir) Medidas econômicas: • Implementação do sistema de produção açucareiro (primeiro no sudeste e depois – onde se desenvolve plenamente – no nordeste – Bahia e Pernambuco) • Organização da produção através do sistema de plantation (Grande Propriedade, Monocultura para a Exportação, Regime de Trabalho Escravo) • Capital para a montagem desse sistema produtor de açúcar será de origem Holandesa (Principalmente após a expulsão dos judeus de Portugal) – Assim como a comércio com a Europa e o refino final do açúcar para a comercialização (Importante: Chamar a atenção para esse papel desempenhado pelos holandeses) c) 1548 – 1808: O Governo Geral • Fracasso do sistema administrativo das capitânias hereditárias (questão da dimensão das térreas e do controle régio sobre esse território) • Viagem de Tomé de Souza (1548) → Reestruturação administrativa – Criação do Governo Geral (objetivos: centralizar e organizar o processo de colonização – retomada sistemática das capitânias hereditárias – processo concluído no século XVIII) • Estrutura Administrativa do Governo Geral: 2. Os senhores da Terra: Relações de poder na administração colonial • Constituição de uma sociedade baseada na produção agro-exportador – nesse sentido a terra é uma elemento importante (não como propriedade privada mas como elemento produtivo) • O Sistema de Sesmarias – processo de organização da terra em grandes propriedades (concentração fundiária e centro da vida colonial) – relação entre a posse da terra e o poder político (organização e comando da população escrava e subordinação da população livre. • Hierarquia entre os senhores de Terra (Senhores de Engenho e lavradores) • As Câmaras Municipais – a administração da Vila – expressão regional do poder dos latifundiários. Governador Geral Rei Capitão-mor Provedor-mor Ouvidor-mor (Defesa do Território) (Controle das Finanças) (Manutenção dos Códices Reais ) 1º Ano Aula 35: A Colonização da América Portuguesa: A montagem do sistema açucareiro. Objetivos: Apresentar o processo histórico que levou a constituição do sistema de produção açucareiro. Discutir suas principais características (grande propriedade e trabalho escravo) dentro da lógica da sociedade colonial e das relações comerciais da época moderna. Apresentar as relações sociais engendradas no interior da sociedade açucareira. Estrutura da Aula: 1. A produção de açúcar na América Portuguesa. 2. Casa Grande & Senzala: o cotidiano da produção açucareira. 3. O Comércio colonial: O tráfico de escravos e produção açucareira Planejamento da Aula: 1. A produção de açúcar na América Portuguesa. • Início da produção: Capitânia de São Vicente – Engenho dos Erasmos (1532) • Transferência da produção para as capitânias do nordeste – Maior disponibilidades de terras, clima adequado para a lavoura de cana e solo fértil (massapé) • Características gerais da produção açucareira - Grandes propriedades - Trabalho escravo (predominantemente de origem africana) - Monocultura voltada para a exportação - Capital e transporte de origem holandesa (judeus portugueses) • IMPORTANTE: O desenvolvimento da produção de açúcar leva a constituição de uma sociedade agrícola (diferente das colônias hispanoamericas que tem sua organização social baseada nos centros urbanos) → Essa característica só é alterada no século XVIII com a Mineração. • Produções secundárias a produção de açúcar: Tabaco (utilizado no comércio de escravos como produto de troca) e da Pecuária (Gado de corte e indústria do couro) 2. Casa Grande & Senzala: o cotidiano da produção açucareira. • A produção açucareira – combinação de atividades agrícolas e industriais (Ritmos diferentes de trabalho) • Características da produção açucareira (Tomando como base os engenhos da Bahia): o Etapas da produção: Colheita – Moagem – Purificação – Purgação. o Trabalho agrícola: 2 meses para o plantio + 9 meses de safra o Trabalho nos engenhos: Entre os períodos de safra os engenhos funcionavam cerca de 18 a 20 horas por dia. • Organização Espacial dos Engenhos de Açúcar: → Racionalização do espaço produtivo. (Análise do Croqui) o A Casa Grande : Morada do senhor de Engenho, centro administrativo (muitas construções possuíam em anexo a casa grande uma capela e uma senzala em seus porões – também conhecida como senzala doméstica, possuíam também uma capela) o A Senzala o O fábrica de açúcar. (complexo de produção manufaturada) • Os trabalhadores livres dentro da produçãoaçucarei ra: trabalhadores especializados nas atividades relacionadas a produção de açúcar (Mestre de açúcar, purgador, caldeiro), em atividades secundárias (carpinteiros,barqueiros, condutores de carros de boi) ou em atividades ligadas a administração do engenho (Feitor, Escrivão,Caixeiro da cidade) • IMPORTANTE: No decorrer do processo de implantação da produção de açúcar muitos trabalhadores livres vão ser substituídos por escravos na função de produção do açúcar. • Cotidiano extremamente hierarquizado e pautado na violência – expressão de uma sociedade escravista (o trabalho nos engenhos entre livres e escravos, a utilização de privilégios como forma de controle, os feitores, etc.) • Nem todos os senhores de terra eram senhores de engenho (devido aos custos da montagem de um engenho). Ao entorno de um engenho existiam diversas propriedades que apenas plantavam cana (lavradores de cana) → Estes utilizavam o engenho para manufaturar a cana e produzir açúcar. 3. O Comércio colonial: O tráfico de escravos e produção açucareira. • A produção de açúcar fazia parte de um sistema de comércio articulado entre Europa, África e América dentro da ordem colonial e das políticas mercantilista. (Açúcar, escravos e produtos manufaturados) →Utilização de recurso digital da Moderna Plus (As rotas africanas) • A instituição do tráfico negreiro sobre o tráfico de indígenas (rede de comércio já existente e altamente lucrativa) • O tráfico de escravos e a constituição da diáspora negra – constituição de laços comerciais entre os dois continentes (Análise das principais rotas a partir do mapa ) : tráfico do Atlântico Sul – Costa da Mina↔Salvador e Rio de Janeiro ↔ Congo/Angola – os grandes traficantes luso-brasileiros e Africanos (As embaixadas negras no vice-reino do Brasil) • Este comércio propiciava grandes lucros para os comerciantes portugueses (Compra do açúcar e venda de produtos manufaturados e escravos), assim como riqueza para a Coroa Portuguesa. 1º Ano Obs: aula para 2 entradas Aula 36: A sociedade colonial Objetivos: Apresentar as principais características da sociedade colonial, as relações de poder que a constituíram, seus códigos sociais e tensões. Será dado especial atenção para presença negra na América Portuguesa, suas formas de resistência e integração na ordem colonial, assim como as hierarquias e relações sociais entre os estratos livres da sociedade colonial. Estrutura da Aula: 1. A sociedade colonial 2. Entre a África e o Brasil: os escravos na colônia 3. Homens livres na sociedade colonial 4. A igreja no contexto da colonização Planejamento da Aula: • Música: O Canto das Três Raças – Histórica e representação dos agentes históricos na história. (A importância do que é ou não representado na nossa história, construção de uma memória coletiva) 1. A sociedade colonial • Elementos constituintes da sociedade colonial: a) Recorte entre livres e escravos (dimensão étnica dessa divisão) b) Sociedade do Antigo Regime (a dimensão nobiliárquica em uma sociedade mercantil) → A compra de um título como elemento de ascensão social na colônia. 2. Homens livres na sociedade colonial • Sociedade estamental do Antigo Regime – a identidade de pertencimento ao Império Portuguesa – reafirmação desses laços – as festas como reafirmação dessa dimensão • Os títulos nobiliárquico (o poder dos símbolos da nobreza) – inserção como funcionário da Coroa Portuguesa. • Os homens livres pobres – população marginalizada nessa ordem colonial – o pouco espaço para a figura do artesão • Os capitães do mato e os roceiros – marginalização dentro da sociedade colonial 3. Entre a África e o Brasil: os escravos na colônia. a) Os africanos na sociedade escravista • Jogo do pega-rabo Instruções: Os alunos devem estar dispostos em círculo na aula. Participam dois jogadores por vez. Cada jogador deve ter ao entorno da cintura uma corda amarrada (rabo). O objetivo do jogo é agarrar o rabo do adversário sem que ele faça o mesmo. Os jogadores devem sempre ter 3 apoios no chão ao se movimentar. Objetivos: Simular a movimentação do jogo de capoeira em nível baixo, desenvolvendo a noção espacial da roda e a dimensão de jogo de defesa e ataque, simulação e esquiva. • O corpo como documento histórico e a capoeira enquanto registro da história dos negros no Brasil →Reflexão sobre movimento: nível, tipo de movimentação, significado do movimento. • Relação entre áfrica e Brasil: Laços culturais - A manutenção de tradições africanas na América Portuguesa – forma de manutenção de uma identidade e resistência a condição de escravidão b) A diáspora negra e a cultura afro-brasileira • O trafico de escravos e a constituição de uma diáspora negra (análise dos dados sobre a escravidão) • Além da força de trabalho, o que mais trouxeram esses escravos africanos? (tradições culturais africanas e formação de uma cultura diaspórica – cultura afro-brasileira) • O que conhecemos da cultura afro-brasileira? É necessário conhecer esta cultura? (A questão do preconceito racial e a lei 10.639) • O candomblé e a visão cosmográfica dos povos africanos na América → Conto: “Poderes pra todos”, in:Contos e lendas afro- brasileiros: A criação do Mundo. Reginaldo Prandi. São Paulo: Companhia das Letras, pp. 99 – 113. c) Resistência negra e escravidão As formas mais comum de resistência a escravidão: • Sabotagem a produção e o banzo • Revoltas de escravos (como no documento analisado) • A fuga e formação de Mocambos e Quilombos • Quilombo dos Palmares (1605 – 1694) – Alagoas (Serra da Barriga) - Estimativa de uma população de 20.000 habitantes (formado por escravos africanos e brasileiros fugidos dos engenhos da região, populações indígenas e alguns brancos livres pobres) - Organização política e social diretamente influenciada pela tradição africana – Reino formado pela congregação de diversos povoados - economia agrária e grande troca de produtos com as vilas e fazendas da região. - 1692 – 1694 → Depois de diversas expedições fracassadas o governo geral contrata Domingos Jorge Velho (bandeirante paulista) para acabar com o quilombo - Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares – Importância dessas personagens históricas para o movimento negro 4. A Igreja no contexto da colonização • A Igreja → Integração entre Estado Português e a Igreja (o padroado) – agente da empresa colonial • A construção da Igreja na América (Clero Secular e Clero Regular) a) A igreja na sociedade Colonial • A Igreja como elemento de manutenção da ordem cristã – dimensão da moral e controle das poucas escolas no período colonial • Controle das praticas religiosas, combate aos hereges (Tribunal da Santa Inquisição e das praticas sincréticas) • Constituição da Igreja como instituição economicamente e politicamente importante: -Estrutura interna: Bispado e Paróquia - Aquisição de bens ( a mão morta) – bens em espécie e em terras - Participação na economia colonial (aquisição de engenhos e minas) - Participação nas principais instanciais políticas b) A Igreja e a catequização • A missão catequizadora das igrejas – contexto da Reforma Protestante na Europa e da busca por novos fiéis • Na América portuguesa e hispânica prevaleceram a atuação das ordens religiosas no processo de catequização das populações indígenas. - As ordens mais atuantes: Franciscanos Dominicanos Agostinianos Jesuítas (criados por Inácio de Loyola em 1540) • O papel das Ordens Religiosas no Novo Mundo: A conversão dos Índios • Ordens nas fronteiras da colonização (processo de catequização) -As artes e a língua como ferramentas de contato ( a transculturação e a formação de um sincretismo, embate de perspectivas de mundo diversas.) - As Reduções : tentativa de construção de um homem “civilizado”para depois de um cristão (reduções como reserva de mão-de-obra e de contingente militar, caso Brasileiro) 2º Ano História Geral 2º Ano Aula 1: As regras do jogo: A construção coletiva de um contrato pedagógico Objetivos: Discutir as concepções educacionais da Escola Villare e os pressupostos que constituem o projeto do Ensino Médio. Retomar os acordos de sala e a perspectiva de um contrato pedagógico construído coletivamente ao longo do curso. Apresentar o curso de História do 2º Ano. Estrutura da Aula: 1. Em que lugar estamos. 2. O contrato pedagógico 3. Apresentação do curso. Planejamento da Aula 1. Em que lugar estamos. • Apresentação e discussão do curta: Escola Democrática • Análise do filme: - Impressões gerais. (Qual a imagem de escola expressa no vídeo? Vocês concordam com esta concepção de escola apresentada no vídeo?) - Existe relação entre esta concepção de escola e a Villare? - Trecho 1: A relação dos alunos com o conhecimento (oposição a perspectiva conteudista do conhecimento ) - Trecho 2: O trabalho do professor e a relação com aluno (respeito e dialogo ) - Trecho 3: A construção do conhecimento (oposição a uma perspectiva conteudista, busca por uma formação acadêmica forte – demanda interna e externa ) • Fala Inaugural – 2º Ano – dificuldades e perspectivas em relação a Escola Villare → Que elementos são importantes para a construção de uma proposta pedagógica como esta? (importância dos acordos de sala ) →levantamento junto aos alunos de que elementos são importantes para a construção de um contrato de sal a (pedir para alguém anotar e mandar por e-mail ) 2. O contrato pedagógico • Questões para a construção de um contrato pedagógico - O grupo como coletivo (oposição a perspectiva individualista) - Coletivo e a existência de opiniões diversas : conflito natural de opiniões - Como lidar com isso? A necessidade de estabelecer regras comuns de convivência de acordo com o local (a classe) – existência de regras da instituição e de acordos de sala (em um primeiro momento apresentadas e possíveis de serem revistas) - Os espaços coletivos de discussão : liberdade de falar e necessidade de ouvir – espaço de troca. • IMPORTANTE: Contrato pedagógico e autonomia do sujeito (A regra como construção coletiva e não como imposição e coerção ) • Regras gerais e acordos de sala. - Estar com os instrumentos de trabalho (caderno, estojo e livro2); - Participar das aulas (internamente e externamente); - Respeitar os horários; - Fazer as tarefas pedidas e cumprir os prazos – salientar a questão da lição de casa (IMPORTANTE); - Proibição do uso de celular; - Respeitar o professor e os demais colegas (Momentos de exposição e momentos de dúvida, respeito a opinião do colega); - Participação na sala de aula (Gerenciamento das dúvidas – o que deve ser perguntado em sala e o que deve ser reservado para o plantão) - Saída para o banheiro e água (Regra da garrafinha e bom senso); 3. Apresentação do curso • Concepção do curso: A história como uma investigação científica (Pesquisa) • Conteúdo: História Geral - Idade Moderna (Séculos XVII e XVIII) - Idade Contemporânea (Século XIX e início do XX) História do Brasil e América Hispânica - Idade Moderna (Período Colonial) - Idade Contemporânea (Século XIX) • Atividade de Sala (análise textos historiográficos); - 1º Bimestre: análise individual de textos historiográficos; - 2º Bimestre: comparação e relação entre textos historiográficos; 2 O livro não será usado em todas as aulas, quando for necessário será avisado com uma aula de antecedência - 3º Bimestre: produção de texto (artigo científico) a partir da análise de textos historiográficos e fonte documental (em etapas) - 4º Bimestre: produção de texto (artigo científico) a partir da análise de textos historiográficos e fonte documental; • Tarefas: Estudo Prévio, exercícios e compreensão de conceitos- chaves; • Plantão de dúvidas (Descoberta e gerenciamento das dúvidas) • Necessidade de organizar-se (agenda, horário escolar, tarefas) • Blog e e-mail 2º Ano Aula 2: O Antigo Regime Objetivos: Rever e sistematizar com os alunos as principais características da sociedade européia na Idade Moderna, também denominada pela nomenclatura de Antigo Regime. Desenvolver a capacidade de coleta de informação e produção de resumo. Importante: 2 entradas Estrutura da Aula: 1. A Europa na Idade Moderna (séc. XV – séc. XVII) 2. Os Estados Absolutistas 3. Uma economia mercantil 4. A sociedade européia no Antigo Regime Planejamento da Aula: 1. A Europa na Idade Moderna (séc. XV – séc. XVII) • Idade Moderna como um período que congrega elemento s da sociedade feudal da Idade Média e da nascente socie dade capitalista, característica da Idade Contemporânea. • Principais eventos entre o século XV e XVII: - Cul.: Renascimento Artístico e Reforma Protestante; - Pol.: Centralização do poder monárquico e constituição das monarquias absolutistas; - Econ.: Mercantilismo e economia colonial; 2. Os Estados Absolutistas • Século XIV – Crise da sociedade feudal - Resultado das transformações sociais da Baixa Idade Média – Renascimento Comercial e Urbano - Revoltas camponesas – dificuldade da nobreza em manter o controle social • Centralização política - transferência do poder político entre a nobreza e o rei Rei Nobreza para Rei (Suserano) (Vassalo) (Soberano) Nobreza (Súdito) - Apoio da burguesia comercial, vantagens econômicas decorrentes da centralização do poder, unificação territorial e de pesos e medidas. - IMORTANTE: Processo heterogêneo de centralização do poder político na Europa. • O absolutismo - Teóricos do absolutismo o Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes (teóricos do Esta do) → Análise da imagem do livro Leviatã de Hobbes o Jacques Bossuet e Jean Bodin (teóricos do poder rea l) → Análise do texto de Jean Bodin IMPORTANTE: A formação de monarquias absolutistas foi decorrência do processo de centralização política, levado as ultimas conseqüências pelos Rei. Entretanto, nem todas as monarquias chegaram a se consolidar como monarquias absolutistas. O grande exemplo de monarquia absolutista foi a França de Luis XIV. 3. Uma economia mercantil • Renascimento Comercial (Séc. XI e XIV) – reestruturação da antigas rotas comerciais européias e da Europa com a África e o Oriente (reabertura das rotas comerciais do Mediterrâneo) • Expansão Marítima (séc. XV) - Acesso direto as áreas produtoras de especiarias (África e Ásia) - Controle das rotas comerciais por portugueses e e spanhóis (séc. XV e XVI) - Formação de feitorias (praças de comércio fortificadas) na África e na Ásia e de colônias produtoras de especiarias na América. • Mercantilismo (políticas econômicas) o Definição: - O mercantilismo era um conjunto de políticas econômicas adotadas pelas monarquias européias. (B u ro cra cia ) (P o d e r P o l.) - Sua base estava na intervenção do Estado nas atividades econômicas. - Seu objetivo principal era garantir aumento das rendas dos Estados Monárquicos. o Características Gerais do Mercantilismo - Metalismo: acumulo de metais preciosos como ouro e prata. - Balança Comercial Favorável : estimulo a exportação de bens manufaturados e desestimulo as importações, garantido assim o acumulo de metais preciosos. o Protecionismo: Criação de barreiras alfandegárias para dificultar a entrada de manufaturas estrangeiras e facilitar a entrada de matérias-primas.o Incentivo a Manufatura: para a exportação e incentivada pelo Estado através da concessão de monopólios impedindo a concorrência. - Sistema colonial: Constituição de colônias (principalmente na América) que tinham como objetivo contribuir para a auto-suficiência da metrópole a partir de relações econômicas exclusivas o Exclusivismo colonial: Garantia de uma relação comercial desigual entre metrópole e colônia. o Legislação colonial: Conjunto de leis que garantiam a exclusividade comercial entre metrópole e colônia. 4. A sociedade européia no Antigo Regime. • Uma sociedade agrária (A maior parte da população vivia no campo, as maiores cidades do período eram Londres – 1 milhão de habitantes no séc. XVIII – e Paris – algo em torno de meio milhão de habitantes no mesmo período) • Contradições da sociedade do Antigo Regime: congregação de elementos antigos (sociedade feudal) como elementos novos (sociedade capitalista) • Estrutura social estamental (do ponto de vista jurídico) – manutenção dos privilégios feudais da nobreza e do clero, tais como isenção fiscal. • Relações sociais capitalistas – Sociedade cada vez mais baseada nas relações capitalistas (baseadas nas trocas mercantis e monetárias), como por exemplo a venda de títulos de nobreza, de terras, o surgimento do trabalho livre assalariado. Lição de casa: Instruções para a leitura da ficha 1 • 1ª Leitura: Dúvidas de vocabulários; • 2ª Leitura: Grifo dos trechos mais importantes (conceitos e informações mais relevantes) • Resolução das questões propostas (elementos para a compreensão do texto e resumo) 2º Ano Aula 3: Revoluções Inglesas: As causas da Revolução Objetivo: A partir da análise das principais transformações pelas quais passou a Inglaterra no início da Idade Moderna (séc. XV – XVII) identificar as principais causas que desencadearam a Revolução Puritana. Estrutura da Aula: 1. O conceito de burguesia 2. A monarquia inglesa na Idade Moderna 3. As transformações sociais a) A terra como propriedade privada b) Novas idéias e novos valores Planejamento da Aula: 1. O conceito de burguesia • Burguesia: Termo que tem seu significado alterado no decorrer da história; • Idade Média: Categoria jurídica do direito feudal → definido pelo local de nascimento (burgo) • Idade Moderna: Referente a atividade econômica: mer cador → ligação direta com consolidação do capitalismo mercantil • Idade Contemporânea: Conceito sociológico: definiçã o de uma classe específica dentro do sistema capitalista (origem na teoria marxista) 2. A monarquia inglesa na Idade Moderna • Poder limitado da monarquia inglesa no início da Id ade Moderna - O Parlamento: Tinha como função limitar o poder real (criação de novos impostos e convocação do exército), era dividido entre Câmara dos Nobres e Câmara dos Comuns Origem: Em 1215 os nobres ingleses impõem ao rei João Sem-Terra a Magna Carta (documento que estabelecia limites ao poder real) e o Grande Conselho (composto pelos nobres ingleses. Em 1265, novo confronto entre o rei (Henrique III) e os nobres (apoiados pela crescente burguesia mercantil) leva a imposição das Provisões e estatutos de Oxford e a ampliação do Grande Conselho em 1295, chamado de Parlamento (contendo as duas casas e incorporando a burguesia mercantil na Câmara do Comuns) - Common Law: Direito consuetudinário Origem: Costumes que regulamentavam as relações feudais (essa idéia de um direito comum a todos e fruto de uma antiga tradição é importantíssimo para os eventos que desencadearam a Rev. Inglesa) • A Dinastia Tudor - Henrique VIII (1509 – 1547) o Reforma Anglicana: questões dinásticas (divórcio) levam o rei a romper com o papado. Criação da Igreja Anglicana (O rei como chefe supremo da Igreja) Conseqüências: 1ª Aquisição das terras da Igreja na Inglaterra 2ª Divisão religiosa dentro da Inglaterra (católicos, anglicanos e puritanos) o Perda da influência no continente europeu : Sucessivos confrontos com os Habsburgos – Espanha e SIRG – e com os Valois – França. As derrotas levam ao endividamento da Coroa. o Crise dinástica : A morte de Henrique VIII leva a um situação de tensão entre os herdeiros e uma disputa interna na Inglaterra. Assumem o trono Eduardo VI (1547 – 1553), Maria Tudor (1553 – 1558) e finalmente Elisabeth I que se consolida no poder (1558 – 1603). -Elisabeth I (1558 – 1603): Análise de filme: Cap. 1, 2 e 3 do DVD Elizabeth e a era de ouro o Política interna visando buscar um equilíbrio entre as forças atuantes tanto no campo político, quanto no campo r eligioso. o Política externa defensiva (consolidação da Inglaterra como ilha) – apoio a independência das Províncias Unidas (Holanda) do SIRG e ocupação da Irlanda (para evitar um possível ataque da Espanha) → o Incentivo ao desenvolvimento da manufatura inglesa (indústria têxtil) o Construção de uma vasta marinha mercantil e militar – buscava consolidar a hegemonia mar do norte e ocupação da América. o Consolidação da Inglaterra como potência marítima: 1588 – Vitória sobre a Invencível Armada . → Cap. 17 e 18 do DVD Elizabeth e a era de ouro 3. As transformações sociais a) A terra como propriedade privada o Reforma Anglicana e venda de terras eclesiástica: Henrique VIII para sustentar seu governo e guerras iniciou um processo de venda das terras da Igreja Importante: As terras desde a Idade Média eram consideradas posse da nobreza e não mercadoria, a venda de terras dá inicio ao processo de desestruturação dessa antiga relação entre nobreza e o controle das terras, possibilitando o acesso da terra a outros grupos sociais. o Relações capitalistas no campo: A transformação da terra em mercadoria (valor monetário e possível de alienação) e a consolidação de uma produção agrícola voltada para o mercado (desenvolvimento das manufaturas começa a determinar o sentido da produção agrícola) transforma as relações de produção no campo. o A sociedade inglesa no séc. XVI e XVII - Os Pares (Nobreza aristocrata e tradicional – lento processo de desmilitarização e de poder político) - A Gentry (Nobreza de status – através da compra de títulos – e proprietária de terras → diretamente responsável pelas transformações da produção agrícola inglesa, em geral tinha sua fortuna originária de outras atividades econômicas) - Os Yolmens : Camponeses proprietários de pequenas e médias propriedades ou arrendatários enobrecidos. b) Novas idéias e novos valores o O Puritanismo : Profundamente influenciado pelo calvinismo o puritanismo buscava uma retidão moral e simplificação da Igreja. A doutrina da predestinação, assim como a crítica a estrutura da Igreja Anglicana e da Corte consideradas corrompias, assim como a idéia de Reforma destas instituições forneceram uma importante força as idéia radicais que desembocam na Revolução Inglesa. o O direito consuetudinário : O uso da lei baseada em uma suposta tradição de direitos que suplantavam o poder real e embasavam ideais de liberdade. o Ceticismo: O desenvolvimento de uma corrente de pensamento que questionava as estruturas de interpretação da realidade (Francis Bacon) serve como substrato para o questionamento político na medida que se difunde na sociedade inglesa. 2º Ano Aula 4: Revoluções Inglesas: A Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa. Objetivo: Apresentar e debater os principais eventos que marcaram o embate entre a realeza britânica e o Parlamento durante a Revolução Puritana,a República de Cromwell e da Revolução Gloriosa. Analisar tais eventos a partir da perspectiva da luta de classe e a consolidação ao longo do processo da ideologia burguesa na Inglaterra. Estrutura da Aula: 1. Os reis Stuart a) Jaime I e a crise de confiança b) Carlos I e Parlamento 1. A Revolução Puritana. a) Carlos I e a Revolução Puritana b) New Model Arm Planejamento da Aula: 1. Os reisStuart a) Jaime I e a crise de confiança o 1602 – A morte de Elisabeth I sem deixar herdeiros abre uma crise dinástica . o Assume o trono seu primo Jaime (rei das Escócia) como Jaime I (1603 – 1625) o Situação da monarquia inglesa: A monarquia não possuía um exército , dependia dos nobres e do Parlamento ; não tinha autonomia financeira e nem uma burocracia estruturada. o Crise de confiança: O fato do monarca ser escocês, as extravagâncias da corte e da Igreja Anglicana levam a uma perda de confiança em relação ao poder Real o Tentativa de imposição de uma monarquia absolutista : Aumento da perseguição aos protestantes (o rei buscava fortalecer a Igreja Anglicana), aumento forçado dos impostos e dissolução do Parlamento em 1610 até 1621 (Jaime I impôs a prerrogativa do poder real baseado na teoria do direito divino dos reis) b) Carlos I e Parlamento o Carlos I (1625 – 1642) assume o trono e da continuidade a tentativa de implantação de uma política absolutist a. o 1628 – O Parlamento em reação a política de Carlos I tenta impor o Bill of Right (Petição de direitos) – subordinação do rei a aprovação do Parlamento para questões como criação de impostos, aumento de impostos e convocação do exército) o Carlos I dissolve o Parlamento e impõe uma política absolutista (de 1629 até 1640) o Política do reino de Carlos I foi dirigida pelo arc ebispo Willian Laud (responsável por uma política religiosa que restringia a liberdade de culto e buscava ampliar o poder da Igreja Anglicana) e o Conde de Strafford (responsável pela articulação política dentro da corte de Carlos I, instaurou uma forte repressão a oposição ao rei, responsável também pela criação de novos impostos como o ship Money) o Aumento de impostos e criação de novos impostos o Controle dos cercamentos (tentativa de evitar mobilidades sociais – aumento do descontentamento da gentry) o Colonização violenta da Irlanda. o Resultado destas políticas: Aumento da tensão entre o Rei e o Parlamento, organização da oposição. 2. A Revolução Puritana. a) Carlos I e a Revolução Puritana • Disparadores da Revolução Puritana - 1638 - Tentativa de expansão do anglicaismo para a Escócia. Revolta da nobreza escocesa (em sua grande maioria presbiteriana) e invasão da Inglaterra em 1 639. → A invasão escocesa só é contida com o auxílio da Gent ry e da burguesia mercantil (o que deixa claro a fragilidade da monarquia inglesa e a dependência desse grupo social. - 1640 - Revolta irlandesa contra a dominação ingle sa → sem recursos próprios e com os pedidos de empréstimos negados pela burguesia inglesa Carlos I é obrigado a convocar o Parlamento novamente. - Pressão da Câmara dos Comuns ( Gentry ) para que o rei aceitasse o Bill of Right. Carlos I sede a pressão do Parlamento e aceita parte de suas reivindicações, entre elas a condenação a morte do Conde de Strafford e o fim de impostos como o ship Money. - 1642 – O Parlamento se nega a permitir o controle de um exército permanente pelo Rei; em represália Carlos I ordena a prisão e execução de cinco membros do Parlamento. Início da Revolução Puritana b) New Model Army e a Revolução Puritana • Revolução Puritana (1642 – 1648) • Nas primeiras batalhas ficou evidente a força do exército real, liderado pela nobreza, experiente militarmente. • A situação começa a mudar quando assume o comando militar das tropas do Parlamento Oliver Cromwell (membro da Gentry puritana e do Parlamento) • Formação do New Model Army (Novo Modelo de Exército) → institui a promoção por mérito e incentiva a liberdade de discussão no interior das tropas , estabelecendo a tolerância política e religiosa (engajamento dos soldados por uma causa e capacidade tática do alto comando). • 1648 – vitória das forças do Parlamento sobre o exé rcito real – prisão de Carlos I Exército Real VS. Exército Parlamentar Composição: Nobreza/Pares Composição: Parte da Gentry e Yolmens (Cavaleiros) (Cabeças Redondas) 2º Ano Aula 5: Revoluções Inglesas: A República de Cromwell e a Revolução Gloriosa. Objetivos: Reconhecer as principais características da República de Cromwell. Explicar as principais medidas políticas adotadas por Cromwell e suas repercuções. Comparar os processos revolucionários da Revolução Puritana com a da Revolução Gloriosa. Estrutura da Aula: 1. A República de Cromwell. 2. A Restauração e a Revolução Gloriosa. Planejamento da Aula: 1. A República de Cromwell. (1649 -1658) • 1649 – julgamento de Carlos I e execução do rei. Importante: Pensar no significado da execução de um rei dentro do contexto europeu da época – idéia de ruptura . → com a execução de Carlos I é instaurada uma República tendo Oliver Cr omwell como chefe do executivo. • Organização dos setores populares em torno de uma idéia de uma República mais igualitária (pensamento radical) - Os Levellers (Niveladores) – formado pelos setores populares do exército Parlamentar pretendiam: o Formar, no exército, um Conselho Central , integrados por indivíduos eleitos pelos regimentos o Exigir a proteção da pequena propriedade e restrição das grandes propriedades o Separação entre o Estado e a Igreja o República com o direito de voto estendido a todos acesso ao Parlamento a qualquer cidadão. - Diggers (Escavadores) – de origem camponesa , seguindo o pensamento radical do Niveladores, reivindicavam o fim da propriedade da terra e distribuição dela entre os c idadãos (similar a idéia de Reforma Agrária) • Ambos os movimentos foram reprimidos violentamente por Oliver Cromwell, garantindo a manutenção da ordem s ocial vigente e os interesse da Gentry e da Burguesia mer cantil e manufatureira . • 1650 – Criação a Comunidade Britânica (Commonwelalt h) – resolução dos conflitos com Escócia, Irlanda e País de Gales. • 1651 – Atos de Navegação – monopólio do transporte de produtos para a Inglaterra e exportados por ela de navios ingleses → guerra com os países baixos (Holanda). Vitória da Inglaterra garante a supremacia britânica sobre o comércio europeu. • 1653 – Cromwell dissolve o parlamento e assume como Lorde Protetor da Inglaterra. • Atividade: Exercício da pág. 354 • 1658 – Oliver Cromwell morre e seu filho, Richard, assume seu posto , porém sem o apoio do exército e da burguesia e Gentry inglesa é deposto em 1660 . 2. A Restauração e a Revolução Gloriosa. • A realeza e a dinastia Stuart são restaurada , o Parlamento é restaurado também • Assume o trono Carlos II (1660 – 1685), filho de Ca rlos I → Educado na França absolutista de Luis XIV ele reinicia a política centralizadora do pai, mas tentando atender os inte resses da Gentry e da burguesia inglesa . • Parlamento dividido em dois grupos nesse período: - Tories (conservadores a favor da monarquia) - Whigs (Liberais) • Com a morte de Carlos II, assume seu irmão com o nome de Jaime II → Sua insistência na constituição de uma monarquia absolutista e a aproximação dos católicos leva a un ião do Parlamento contra o rei e sua deposição em 1688 • 1688 – Revolução Gloriosa – para evitar nova guerra civil o Parlamento eleva ao trono Guilherme de Orange (princioe de origem holandesa) e o obriga a assinnar o Bill of Right e a se subordinar ao parlamento. 2º Ano Aula 6: Iluminismo Objetivo: Discutir as principais características do Iluminismo, assim como suas principais críticas ao Antigo Regime. Determinar quais foram suas bases e seus principais pensadores, assim como as principais idéias. Estrutura da Aula: 1. Uma definição sobre o Iluminismo 2. Antigo Regime e o pensamento escolástico 3. O século XVII: As bases do Iluminismo 4. O século das luzes Planejamento da Aula: 1. Uma definição sobre o Iluminismo a) Análise da Ficha 2: I. Definição de esclarecimento: Utilização da razão → instrumento para conhecer a realidade (Ousar saber)– 1° Parágrafo II. questão central: o Oposição aos dogmas (verdade impostas) – 2° e 3° Parágrafos o Liberdade de pensar – 4° Parágrafo b) Definições sobre o Iluminismo • Metáfora da luz (razão) e das trevas (ignorância) → recuperada da perspectiva renascentista. Mas como oposição a sociedade e pensamento do ANTIGO REGIME. • Iluminismo: Constituição de novos paradigmas de conhecimento , ruptura com os valores e estruturas filosóficas exi stentes → Ousar saber • Século XVIII ficou conhecido pelo nome de século das luzes devido ao surgimento de um conjunto de pensadores e doutrinas filosóficas chamadas de Iluminismo. • Caráter pedagógico do Iluminismo → Produção literária como forma de expansão do esclarecimento. 2. Antigo Regime e o pensamento escolástico • Cultura na Idade Moderna (Filosofia): Controle da I greja sobre a forma de pensar (Apesar do chamado Renascimento Cultural, resultado da Contrarreforma e das guerras de religião – séc. XVI) • As universidades → Instituições educacionais controladas pela Igreja • Hegemonia do pensamento escolástico dentro dessas instituições. • Escolástica: - Definição: pensamento filosófico desenvolvido no final da Idade Média por São Tomás de Aquino (sec. XIII) e que tentava conciliar fé e razão dentro de um sistema de pensamento → Profundamente influenciado pela filosofia aristotélica. - Características gerais: o Princípio de legitimidade: A verdade revelada nas escrituras e nas obras filosóficas. o Analise racional dos texto s: razão e investigação intelectual como forma de analise dos textos e compreensão do mundo. 3. O século XVII: As bases do Iluminismo • Constituição no século XVII de duas correntes de pensamento importantes para o desenvolvimento o Iluminismo: Racionalismo e o Empirismo → ambas as correntes são fruto da discussão sobre o processo de formação da razão humana e se opunham a escolática • René Descartes (FRA, 1596 – 1650) – “O discurso do método” – 1637 → tentativa de construção de uma ciência universal e um método verdadeiro → utilização da dúvida para alcançar o princípio de um pensamento verdadeiro – desconstrução a verdade pelos sentidos, desconstrução da verdade matemática, desconstrução da própria realidade e: “(...) Mas, logo em seguida, adverti que enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: Eu Penso, Logo Existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não poderiam abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulos como o primeiro principio da Filosofia que procurava (...)” • Racionalismo: corrente de pensamento baseada na uti lização da razão e do método dedutivo (do geral para o particu lar), baseado em idéias inatas • Isaac Newton (ING, 1642 – 1727) → “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural" – 1687 • Superação do paradoxo de Zenon – questionamento dos limites da observação de fenômenos como forma de compreendê-los →Newton desenvolve instrumentos matemáticos para resolvê-lo (conceito de limite e desenvolvimento do calculo de integral e derivada) • Construção de leis universais da mecânica – raciona lidade do mundo natural, relações universais sem a necessidad e de mediações . 1ª Lei: Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele. 2ª Lei: A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida. 3ª Lei: A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas. • John Locke (ING, 1632 – 1704) → “Ensaio acerca do entendimento humano” – 1690 - refutação da idéia de princípios inatos, concepção de um método indutivo (do particular para o geral ) como processo de formação da razão humana de um indivíduo, valorização de suas experiências como forma de aprendizado. • Empirismos: corrente de pensamento baseada na utili zação da experiência e do método indutivo (do particular par a o geral). 4. O século das luzes. Os filósofos e suas obras • Voltaire (François-Marie Arouet, FRA, 1694 - 1778) → Filósofo e polemista , em seus diversos livros e panfletos fez crítica a sociedade do Antigo Regime, sobretudo ao Estado e a Igreja → Critico do pensamento escolástico e defensor das liberdades individuais: “Posso F = m . a (Energia/alma) (Matéria/ corpo) (movimento) não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” • “Candido, o otimista” (1758) – critica a partir das aventuras de Candido (protagonista) da perspectiva escolástica sobre o mundo. • A Enciclopédia (1750 – 1772) – organizada por dois autores iluministas: Diderot e D’ Alambert, contou com a participação dos principais pensadores da época como Voltaire, Montesquieu e Rosseau - síntese da concepção iluminista do saber (organização em verbetes, forma racional para consulta, caráter pedagógico do livro) → pode ser considerada também um dos primeiros empreendimentos editoriais em larga escala 2º Ano Aula 7: Iluminismo: A questão do Estado Objetivo: Apresentar as principais correntes do liberalismo econômico e sua crítica ao mercantilismo. Contextualizar esta doutrina econômica no contexto do desenvolvimento do Iluminismo. Apresentar e debater as principais teorias políticas desenvolvidas no período sobre o Estado e a legitimidade do poder político. Estrutura da aula: 1. O pensamento político: O contrato social 2. O poder do Estado e a questão da política. Planejamento da aula: 1. O pensamento político: O contrato social • Objetivo: Discussão a partir dos trechos das obras de Hobbes, Locke e Rosseau sobre as origens do Estado e a questão do contrato social , formulada pelo primeiro e retrabalhada pelos outros dois pensadores. • Importante: Contextualizar o pensamento de cada um deles em relação ao momento histórico em que escreveram. • Thomas Hobbes (1588 – 1679): Criação da idéia de Estado de Natureza, de leis naturais (como a liberdade) e da formulação de um contrato social (abdicação da liberdade individual para conseguir coesão social.IMPORTANTE: Hobbes escreve seu livro Leviatã dentro do contexto da Revolução Puritana (1642 – 1648). • John Locke (1632 – 1704): Definição do Estado de Natureza como origem de leis naturais (Vida, liberdade e propriedade ) invioláveis. Constituição de livre acordo de um contrato social para constituição do estado (arbitro de disputas ), mas subordinação do Estado as leis naturais . IMPORTANTE: A obra de Locke, Segundo tratado sobre o governo civil (1689) é escrita no contexto da Revolução Gloriosa (1688) e da constituição de uma monarquia parlamentar. • Jean-Jacque Rosseau (1712 – 1778): Defesa da liberdade natural do homem perante as imposições sociais e desigualdades constituídas socialmente . Concebe o Estado como representação da vontade popular . IMPORTANTE: A obra de Rosseau, Do contrato social (1762) foi escrita dentro do contexto da monarquia absolutista francesa e seu governo arbitrário. 2. O poder do Estado e a questão da política. • A crítica ao Estado absolutista engendrou a formulaçã o de novos modelos políticos , derivados do pensamento iluminista • Barão de Montesquieu (1689 - 1755): Jurista e historiador da antiguidade clássica formulou em seu livro “O espírito da leis” (1748) o princípio da subordinação do Estado a Lei (Constitucionalismo) e a idéia de tripartição do poder. • Voltaire: Seus escritos políticos deram base para a idéia do Despotismo Esclarecido (junção do poder despótico com o pensamento iluminista – administração racionaldo Estado) • Jean-Jacque Rosseau: Defesa de um governo democrático baseado na vontade popular 2º Ano Aula 8: A colonização Inglesa e a Independência dos EUA Objetivos: Apresentar os principais aspectos da colonização inglesa no continente americano. Destacar as especificidades desta empresa colonizadora e a variedade de posturas adotadas pela coroa inglesa no decorrer do tempo, variando também conforme o espaço. ATENÇÃO: 2 ENTRADAS Estrutura de Aula: 1. A formação das colônias inglesa na América do Norte 2. Os conceitos de república e federalismo 3. Independência das treze colônias (EUA) Planejamento de Aula 1. A formação das colônias inglesas na América do Norte a) Presença Inglesa no Caribe • América: domínio espanhol e português • Sistema de Porto Único Espanhol → centralização das exportações de minério e especiarias • Pirataria e a guerra de Corso : primeira tentativa inglesa de inserção no Sistema Colonial → Séc. XVI: dinastia Tudor • Presença Inglesa no Caribe: Jamaica e outras ilhas (séc XVII e XVIII) b) A constituição das colônias inglesas • 1584 – primeira tentativa, colonização no reinado de El izabeth (Virginia) – região Sul, 117 homens e fracasso devido as condições – Historia da Pocahontas e John Smith (Dia de Ação de Graça) • 1590 – Nova tentativa e formação dos primeiros núcleos urbanos na região da Virgínia • Séc XVII – Jaime I cria em 1607 a Companhia de Londres para a colonização da Virginia – Cidade de Jamestown – consolidação da colonização na América Inglesa. • 1620 – Colonização de Massachutts – Companhia Plymouth e a ocupação das áreas mais ao norte – Constituição das colônias de puritanos emigrados devido aos conflitos religiosos na Inglaterra - Mayflower e os puritanos → Mito de fundação norte americano . (os pais puritanos e idéia da terra prometida) • Material da Moderna Plus (A formação dos Estados Unidos) - Massachusetts - New Hámpshire - Rhode Island - Connecticut Outras colonias: -New York - Pensilvania - New Jersey - Delawere - Maryland - Virgínia - Carolina do Sul - Carolina do Norte - Geórgia IMPORANTE: Ao longo do processo de colonização se c onsolida uma profunda diferença entre as colônias do Sul e do No rte. • Utilização de quadro síntese para comparação • Colônias do Sul : Clima tropical e produção de algodão para abastecer as manufaturas inglesas. Produção dentro das características da plantation (grandes propriedades, monocultura e trabalho escravo) • Colônias do Norte: Clima temperado, formação de pequenas propriedades, geralmente voltadas para o abastecimento do mercado interno. Formação de manufaturas nos centros urbanos e de um forte sistema de comércio com áreas da América Hispânica (comércio triangular de Run , Escravos e Melaço) →possivel graças liberdade do mercatilismo inglês para essa região (situação relativamente periférica até o século XVIII) 2. Os conceitos de República e Federalismo a) O conceito de República • Leitura inicial e dúvidas de vocabulário • Identificação dos principais argumentos (2ª leitura) • Questões-chave: - Qual o significado do conceito? - Qual a definição de República na Antiguidade? - Compare a definição antiga e moderna de República. b) O conceito de Federalismo • Leitura inicial e dúvidas de vocabulário • Identificação dos principais argumentos (2ª leitura) • Questões-chave: - Quais os dois significados do termo federalismo? - Sobre quais princípios e como se organiza um Estado federal? - Qual a diferença entre Estado soberano e Estado federal? 3. Independência das treze colônias (EUA) a) A independência das treze colônias como mudança de paradigma • Mudança e a colocação de novas perspectivas (o que, por quê, como) • Processo de Independência como mudança – questões colocadas pela independência da primeira colônia de sua metró pole : o que é independência/dependência? O que é liberdade? Quem é livre? O que somos, ou o questionamento entre identidade nacional e identidade com a Coroa européia) b) O processo de independência • Contexto europeu: - Inglaterra e a Revolução Industrial (busca pela expansão do mercado consumidor e de produtores de matéria prima) - Disputa entre potencias rivais (França) • As causas da independêcia I. Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763) Inglaterra vs. França - Participação dos colonos (tomada de consciência de sua força) - Paz de Paris (1763 – França perde varias possessões para Inglaterra, Inclusive o vale do Mississipi) - Conseqüência da guerra: Endurecimento do Pacto Colonial (para cobrir as dividas de guerra) II. Leis Inglesas (Intolerantes) - 1764, Lei do Açúcar (taxação do melaço importado das colônias espanholas) - 1765, Lei do Selo (Tentativa de conter a difusão da Literatura Iluminista) - Imposto sobre o Chá (episódio da Noite do chá de Boston) – Leis Intolerantes – reação inglesa ao ataque dos colonos. III. Guerra de Independência (1776 – 1781) • 1º Congresso da Filadélfia – 1774 - ( recusa das Leis Intolerantes ) – carta ao Parlamento Inglesa pedindo a revogação das Leis Intolerantes. Não há ainda a idéia de independência – primeira reunião das coloônias • 2º Congresso da Filadélfia – 1776 - (Proclamação da Independência ) – devido a recusa do Parlamento de atender as reivindicações dos colonos. • George Washington e Thomas Jefferson – proclamação da independência – 4 de julho de 1776 (colocação do que é liberdade) • IMPORTANTE: Comparação com as idéias de liberdades expressas por John Locke e Rousseau e base do liberalismo político. • Em 1776 tem início os conflitos envolvendo o exército dos colonos (liderados por George Washington) e o exército inglês → Guerra de independência (1776 – 1781) • A união dos colonos, a distancia entre o campo de batalha e a Inglaterra, assim como o apoio de Espanha e França a luta dos colonos faz com que a Inglaterra seja derrotada e aceite a independência das suas colônias em 1781 • As colônias formam uma República organizada como Federação e regida por uma mesma Constituição . Idade Contemporânea Século XIX 2º Ano Aula 09: Revoluções Industrial: A Inglaterra no séc. XVIII Objetivo: Debater o significado da expressão Revolução Industrial e suas implicações. Contextualizar os alunos acerca das condições econômicas e sociais da Inglaterra o século XVIII, sobretudo em relação as transformações no mundo do trabalho, tanto no que diz respeito ao trabalho artesanal, quanto no campo. Estrutura da Aula: 1. A Revolução Industrial como Revolução 2. A Inglaterra no séc. XVIII (aspectos econômicos) 3. Trabalho camponês e trabalho artesanal Planejamento da Aula: 1. A Revolução Industrial como Revolução • Local: Inglaterra • Marco cronológico: - 1750 - Periodização tradicional (invenção das primeiras máquinas movidas a vapor – principalmente na industria textil e na mineração) - 1790 – Consolidação da Revolução Industrial na Inglaterra Importante: Cada uma destas datas tem por traz uma visão diferente sobre a Revolução Industrial: a 1ª valoriza os aspectos técnicos, já a 2ª os aspect os sociais. • Questão central: O processo de industrialização na Inglaterra foi realmente uma Revolução? • Importante: A questão das transformações das relações sociais serão o enfoque das aulas sobre a Revolução Industrial. 2. A Inglaterra no séc. XVIII (aspectos econômicos) Aspectos Técnicos Aspectos Sociais (Evolução técnica) (Transformação das relações sociais) • Pergunta chave: Por que a Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra e não em outro país? (conjunto de fatores bastante específicos) 1) Sistema político liberal – monarquiaparlamentar (resultado das Revoluções Inglesas – séc. XVII) 2) Capital primitivo acumulado (decorrentes do comércio de manufaturas) 3) Extensa marinha comercial e militar 4) Produção agrícola capitalista (propriedade privada da terra e produção para o mercado 5) Exército de mão-de-obra de reserva (população expulsa do campo pelos cercamentos) 6) Extensas jazidas de carvão e ferro (Matriz energética e matéria prima para a Rev. Industrial) 7) Fontes de matéria-prima (sobretudo as colônias produtoras de algodão) 3. Trabalho camponês e trabalho artesanal • Importante: Para compreender o impacto social da revolução é preciso compreender as formas tradicionais de traba lho na Inglaterra e suas transformações no decorrer do séc ulo XVIII. a) O trabalho camponês • Relações tradicionais de produção agrícola (Predominante até o século XVI) - A terra como posse da nobreza – subordinação da população camponesa e cobrança de tributos. - Trabalho servil e arrendamento de terra por parte da nobreza – estabelecimento de obrigações entre nobres e camponeses. - Produção voltada para o abastecimento local – principal local de venda (circulação das mercadorias): os mercados das cidades. • Transformações na relação de produção e circulação de produtos agrícolas (séc XVI - séc. XVIII) : - Propriedade privada da terra (cercamentos) : Processo lento em que a terra é transformada em mercadoria, tem início com a Reforma Anglicana e a venda das terras da igreja. Tem início o processo de cercamento das terras comunais. IMPORTANTE: O processo de cercamentos teve como efeito também a expulsão de parte considerável da população camponesa (expropriação dos meios de produção). Isso leva a sua migração para os principais cidades em busca de trabalho. - Consolidação da pratica de arrendamento de terras e do trabalho assalariado no campo : Desestruturação das antigas relações entre senhores e servos. Introdução de novas relações de trabalho como o trabalho assalariado (por jornada de trabalho semanal e sua maioria - Produção voltada para o mercado : Organização da produção segundo as demandas do mercado, tanto para o abastecimento das manufaturas (como a criação de ovelhas – lã – ou algodão nas colônias), quanto da produção de alimentos (trigo,cevada, etc.). Surgimento da figura do atravessador, especulação dos preços dentro do mercado inglês e europeu (compras antecipadas de grão, estocagem de produtos para forçar aumento de preço, exportação de produtos para mercados com preços mais atraentes) • Os motins da fome: Reação popular as transformações no campo. - A economia moral : Concepção das relações de troca de mercadorias baseadas no bem-estar da comunidade,em trocas diretas entre produtores e consumidores, pautado por uma idéia de equidade e de justiça moral. - Os levantes populares : o Século XVIII – período marcado por sucessivas más colheitas e crises de abastecimento, assim como pela inflação dos produtos agrícolas. o Levantes populares registrados em: 1709, 1740, 1756 /57, 1766/67, 1773, 1782, 1795, 1801. o Caracterizado pela ação direta e organização da multidão em torno da questão dos preços dos alimentos – sobretudo nas aldeias e centros urbanos regionais. o Buscavam fixar os preços de alimentos a preços populares nos mercados – legitimavam as suas ações na suposta ilegalidade da prática de venda antecipada de cereais e demais produtos e na especulação do preço dos alimentos (por parte de agricultores, moleiros e padeiros) – essa concepção era em parte pela legislação sobre os tempos de escassez do tempo de Elizabeth I e Carlos I (Book of Orders, 1630) o Apoio durante boa parte desse período das autoridades locais – existência de relações paternalistas entre a gentry e autoridades locais e a população urbana e camponesa o Final do século XVIII essa noção de legitimidade de uma economia moral é superada pela noção de economia política (liberalismo) → Impacto dos acontecimentos da Rev. Francesa (medo de qualquer tipo de levante popular) e da ideologia de mercado sobre a elite agrária inglesa (noção de livre comércio) b) O trabalho artesanal Definição : Trabalho onde o trabalhador possui o domínio de tod o o processo de produção pelo trabalhador. Principais características: • Domínio da técnica necessária para a produção de todas etapas do produto manufaturado (saber/fazer ) • Propriedade das ferramentas para produzir e controle do processo de produção (controle dos meios de produção ) • Controle da venda dos produtos produzidos (circulação) • Controle do tempo e da rotina de trabalho . • Não havia uma separação nítida entre local de trabalho e moradia (oficina e casa eram muitas vezes uma mesma habitaç ão) • O aprendizado do ofício estava ligado a relação entre mestre e aprendiz . Transformações nas relações de trabalho artesanal (Devido ao desenvolvimento da manufatura na Inglaterra): • Sistema Puting-out: - Racionalização da produção - Separação entre produção e circulação (surgimento da figura do atravessador – controle do preço da mercadoria) Produção artesanal Atravessador Mercado (Grande comerciante) (Artesão) (Consumidor) 2º Ano Aula 10: Revoluções Industrial: O surgimento das fábricas Objetivo: Apresentar os fatores que, combinados, permitiram o desenvolvimento da revolução industrial na Inglaterra. Discutir as transformações no universo do trabalho decorrentes do surgimento das fábricas. Apresentar e debater as implicações da implantação do sistema fabril e do trabalho assalariado em larga escala para a consolidação do sistema capitalista. Para tanto será desenvolvido os conceitos de valor de uso/valor de troca, força de trabalho e mais-valia. Estrutura da Aula: 1. O surgimento das fábricas e das máquinas. 2. Trabalho assalariado, lucro e mais-valia. Planejamento da Aula: 1. O surgimento das fábricas e das máquinas. • Revolução industrial: - Relações de trabalho: Representou a desestruturação do trabalho artesanal, substituído pelo trabalho assal ariado . - Relações de produção: Alteração da forma tradicional do trabalho artesanal e do espaço de trabalho → surgimento da fábrica e introdução das máquinas. • O surgimento das fábricas. LEMBRETE: Colocar novamente na lousa as principais características do trabalho artesanal - Início do processo: difusão do sistema puting-out (séc. XVII e XVIII) IMPORTANTE: Perda do controle da venda dos seus produtos por parte do artesão. (CIRCULAÇÃO ) I. As fábricas: o Os lucros resultantes do comércio de manufaturas l evam grandes comerciantes e mestres artesãos enriquecidos a investirem na produção de manufaturas e em formas de produção mais rentáveis . o Montagem de um sistema produtivo que combina a força de trabalho. (Fábrica) o Utilização de trabalho assalariado em larga escala. (Força de trabalho disponível nas cidades → camponeses que migraram devido aos cercamentos ) IMPORTANTE: O trabalho assalariado significou a perda do controle sobre as ferramentas de trabalho (MEIOS DE PRODUÇÃO) e do produto final do trabalho , já que ambos pertenciam agora ao dono da fábrica. II. As máquinas: A necessidade de aumentar o número de produtos produzidos em menos tempo leva a introdução paulatina de inovações técnicas . Os novos mecanismos de produção buscavam imitar o trabalho humano, mas em um ritmo e escala de produção maior. Esse processo ocorre primeiro na industria têxtil : o 1764 - James Hargreaves, na Grã-Bretanha, inventa a fiadora "spinning Jenny ", uma máquina de fiar rotativa que permitia a um único artesão fiar oito fios de u ma só vez. o 1765 - James Watt , na Grã-Bretanha, introduz o condensador na máquina de Newcomen, componente que aumenta consideravelmente a eficiência do motor a vapor. o 1780 - Edmund Cartwright , Grã-Bretanha, patenteia o primeiro tear a vapor. IMPORTANTE:(O homem como um animal também, grandes conflito com os valores religiosos da época) 2. A evolução do Homem e a produção de cultura • Questão central: Quais as diferenças entre nós e os demais animais? Quando elas surgiram? Como as surgiram? a) A evolução humana: Aspectos biológicos e sociais. • As principais categorias distintivas: � Bipedia/Polegar opositor (auxilio no processo de caça, desenvolvimento da capacidade de produção de objetos) � Dentição (Capacidade de lacerar e triturar objetos, variação da alimentação – diversificação dos alimentos) � Desenvolvimento Cerebral (Capacidade intelectual superior, desenvolvimento da linguagem – produção de objetos e significados) → Site: http://www.nhm.ac.uk/nature-online/life/human-origins/hominid- skulls/index.html b) Produção de Cultura (produção de objetos e significados) • A produção de objetos – a produção de símbolos (significados) • O desenvolvimento da linguagem e a transmissão de conhecimento • A natureza e a construção da figura do sagrado (a construção das relações totêmicas – personificação da natureza) 3. O período Paleolítico • Características gerais do Paleolítico (trecho inicial de Guerra do Fogo – Capítulos de 1 a 5): - Pequenos agrupamentos humanos - Sociedade caçadora e coletora - Nômade e extremamente dependente as condições naturais - Sem divisão social do trabalho - Produção de instrumentos a partir de pedras lascadas - Grande avanço técnico do período – a produção do Fogo (Alimentação, aquecimento, proteção) 4. A dispersão do homem pelo mundo • Paleolítico → Comunidades de caçadores e coletores →Grupos nômades • Rotas de migração dos homens → Dispersão dos homens pelo globo (capacidade de adaptação aos mais diferentes climas) →Material Moderna Plus (Migrações humanas) 1º Ano Aula 7: A Pré-História: Do período Paleolítico ao Neolítico Objetivos: Discutir os impactos do desenvolvimento das técnicas de produção agrícola e domesticação de animais para os grupos humanos do período neolítico. Trabalhar o conceito de modo de produção (no sentido de produção dos elementos necessários para a vida) e de excedente. Metodologia: Aula expositiva e análise de imagens Estrutura da Aula: 1. A “Revolução Neolítica”. 2. Do Paleolítico ao Neolítico: os impactos sociais da agricultura. 3. As pinturas rupestres: o olhar sobre o mundo Planejamento da Aula: 1. A “Revolução Neolítica”. • ± de 10 mil a.C. – desenvolvimento das técnicas de produção agrícola • Observação dos ciclos naturais e a domesticação de determinadas plantas de rico valor nutritivo (fontes de carboidrato) e domesticação de animais (fonte de proteínas) → Material Moderna Plus (Origens da Agricultura) - Oriente Médio e Região Mediterrânica: Trigo, Cevada, Paniço (na zona mediterrânica destaca-se a plantação de oliveiras) - Ásia: Arroz - América: Milho e tubérculos (como a batata e a mandioca) • Processo de desenvolvimento desigual dessas técnicas ao redor do mundo - Oriente Médio e África: 8 mil a.C. - Europa: 6.500 mil a.C. - Ásia (Índia e China): 7 mil a.C. - América: 4.500 a.C. • Segundo pesquisas, é provável que a agricultura tenha sido a princípio uma atividade feminina – Nota: Nas sociedades pré- históricas as mulheres desempenhavam um papel importante, sendo muitas vezes associadas a figura divina de uma Deusa. Isso explica-se devido a relação entre a figura feminina e a fertilidade. • O desenvolvimento da agricultura permite ao homem pela primeira vez sair da condição de subsistência e produzir mais do que o necessário para sobreviver (excedente agrícola) • Criação de um laço profundo entre os ciclos naturais e o homem, agora como cultivador (Analise dos cantos de trabalho) • Surge a necessidade de contar o tempo e organizar o trabalho agrícola. Começa-se a se desenvolver os primeiros calendários. 2. Do Paleolítico ao Neolítico: os impactos sociais da agricultura. • Com o desenvolvimento das técnicas agrícolas se processam grandes transformações: - novas tecnologias: cerâmica (armazenamento da produção agrícola), arado de pedra ou madeira, roda (transporte). - processo de sedentarização (a produção do próprio alimento permite a fixação de populações em um território) – formação de pequenos núcleos urbanos. Importante: O domínio da agricultura não significa necessariamente a sendentarização, provavelmente muitas comunidades mantiveram-se como nômades ou semi- nômades. - Aumento demográfico (necessidade de reestruturar a relações sociais e de aumentar a produção agrícola) Quadro Resumo Paleolítico Neolítico Coletores e Caçadores Agricultores e Pastores Nômades Sedentários Pequenos grupos Núcleos urbanos Sem grande divisão social Divisão social do trabalho 3. As pinturas rupestres: o olhar sobre o mundo a) Etapas da análise de uma imagem • Descrição (processo de decomposição da imagem) - Quais são os elementos presentes nela? - Como eles estão dispostos na imagem? - Eles estabelecem alguma relação entre si? - Que cores são utilizadas na composição da imagem? • Interpretação da imagem (construção de hipóteses) - A partir dos elementos levantados na descrição, qual o significado da imagem? - Qual o objetivo do autor da imagem ao produzi-la? - Quais características da sociedade que produziu esta imagem podem ser deduzidas a partir da análise da imagem? b) A pintura rupestre como reprodução da concepção de mundo pré- histórica. 1º Ano Aula 8: A Pré-História: Período Neolítico (O surgimento do Estado) Objetivos: Apresentar o processo de divisão social do trabalho no interior dos grupos humanos neolíticos, a constituição de grupos sociais e de hierarquias no interior dessas comunidades, assim como o processo de constituição do Estado como instituição organizadora e instrumento de apropriação do excedente por parte dos grupos sociais no poder. Metodologia: Aula expositiva Estrutura da Aula: 1. O surgimento dos grupos sociais. 2. A constituição dos Estados. Planejamento da Aula: 1. O surgimento dos grupos sociais. • Aumento demográfico – formação de núcleos urbanos próximo a áreas favoráveis a agricultura (regiões em que as características geográficas favoreciam a agricultura) → Material Moderna Plus (Primeiras Cidades) • Com o crescimento das aldeias começa a se intensificar a especialização dentro do universo do trabalho - camponeses - artesãos - comerciantes (a partir do momento que se estabelecem ligações entre núcleos urbanos) - guerreiros (proteção do território e a execução da guerra) - sacerdotes (ligação com o mundo espiritual) • A divisão social do trabalho se constitui com a separação entre trabalho manual (a produção do excedente) de trabalho intelectual – processo ligado à apropriação do excedente por uma classe dominante (Guerreiros e Sacerdotes) • As culturas de irrigação: formação de núcleos urbanos nos vales de grandes rios (processo natural de irrigação das áreas de várzeas devido ao ciclo de cheias e seca desses rios) - África: Vale do rio Nilo – 3.200 a.C. - Mesopotâmia (Oriente Médio): Vale dos rios Tigre e Eufrates – 3.200 a.C. - Índia: Vale do rio Indo – 2.500 a.C. - China: Vale do rio Huang (Amarelo) – 2.000 a.C. • No caso do continente americano temos a formação de grandes civilizações em áreas com características diferentes, como na região Andina e na Mesoamérica – por volta de 2.000 a.C. 2. A constituição dos Estados. • Com a formação de grupos dominantes começa a se constituir um sistema de controle e coerção (formação de um corpo administrativo – burocracia – e do monopólio da força – exército) • O desenvolvimento da escrita – registro da produção e da arrecadação do Estado (depois utilizada para outros fins) • Processo de centralização do poder – construção de Estados centralizados – figura do governante ou do sacerdote (intima relação entre religião e poderA introdução das máquinas nas fábricas permitiu a contratação de mão-de-obra cada vez meno s especializadas já que os trabalhadores passaram apenas a operar as máquinas que produziam os produtos (SABER/FAZER ) III. O Trabalho assalariado • A industrialização leva a generalização do trabalho assalariado IMPORTANTE: Desestruturação do trabalho artesanal (com o sistema fabril) criaram um enorme exército de reserva de mão-de-obra (trabalhadores que possuíam apenas a sua força de trabalho) • Questão chave: Quais as principais características do trabalho assalariado? a) A diferença entre força de trabalho (capacidade humana de produzir algo) e trabalho (resultado do trabalho humano, natureza transformada) b) Trabalho assalariado: trabalho em troca de dinheiro → venda da força de trabalho (transformação da capacidade de produzir em mercadoria). Conseqüentemente o trabalhador perde o controle do que produz (o resultado do emprego da sua força de trabalho é apropriado pelo empregador) • Questão chave: O que determina o valor da força de trabalho (salário)? c) O que determina o valor da força de trabalho (salário) é o valor dos artigos necessários para a produção e reproduçã o da força de trabalho (comida, moradia, educação, transporte, etc. do trabalhador e de sua família) IV. O espaço fabril e a disciplinarização do corpo. o A máquina e alienação do trabalhador – repetição do movimento – o tempo determinado pela máquina e não pelo trabalhador. o A disciplina dentro da fábrica – tempo mecânico se sobrepondo ao tempo biológico → Supressão da tradição camponesa e artesã (Fim da segunda-feira santa) o A arquitetura da fábrica e o condicionamento do cor po (o processo de disciplinarização do trabalhador) → Organização do espaço e da rotina como forma de controlar o trabalhador. o Trabalho de campo: Observação do espaço da escola e comparação com o espaço da fábrica – século XVIII e a consolidaçãod e formas de controle sobre os homens. o A criação de espaços e instrumentos de disciplinariza ção : A fábrica, a escola e o hospital. 2. Valor, mais-valia e lucro. • Questão chave: Para a burguesia a industrialização representou um aumento da sua riqueza? • Para responder a essa questão precisamos determinar se a industrialização aumentou o lucro dessa classe . Portanto devemos nos perguntar de onde vem o lucro em uma sociedade industrializada? I. O valor a) A relação de oferta e procura, observada a longo praz o, não leva a alteração de um valor geral de uma dada mercadoria. b) Para determinar a origem do lucro é preciso antes compreender o que confere a uma determinada mercadoria seu valor geral . c) Um determinado produto possui dois tipos de valor : valor de uso (determinado pelas características do produto) e valor de troca (valor expresso na relação de troca das mercadorias). - Questão chave 1: O que permite a troca de produtos com características diferentes (valores de uso diferent es)? - Necessidade de um elemento comum para possibilitar essa troca. - Questão chave 2: Qual o elemento comum expresso no valor de troca? d) Elemento comum de todas as mercadorias: São produtos do trabalho humano , portanto o que confere valor aos produtos é o trabalho humano. - Questão chave: Como quantificar isso? - Através da quantidade de tempo socialmente necessário de produção. - Síntese: VALOR = QUANTIDADE DE TEMPO TRABALHO (Socialmente necessário) II. A mais-valia e a origem do lucro a) Tendo discutido a questão da origem do valor das mercadorias, voltemos para a questão do lucro b) Elementos que compõem a produção industrial - Meios de produção : Máquinas, galpão da fábrica, energia, matéria prima (por serem gastos constates chamaremos de Capital Constante ) – IMPORTANTE: Todos estes elementos são resultados de trabalhos humanos a anterior ( trabalho morto ) e portanto possuem valor (custo para o dono da fábrica) e vão agregar valor a mercadoria produzida. - Salários : determinado, como vimos pelo valor dos bens necessários para produção e reprodução da força de trabalho . (Como esse valor pode variar por conta de uma série de fatores econômicos e políticos, denominamos de Capital Variável ) c) Ao vender sua força de trabalho ao longo da sua jornada de trabalho , o trabalhador produz valor que é apropriado pelo empregador . Nele estão compensados os custos da produção, o valor dos salários e o lucro . Ex: Um trabalhador tem uma jornada de trabalho de 12 horas. Recebe por dia 2 reais (valor de sua força de trabalho), os custos para a produção são de 4 reais por dia. Ele produz por hora 2 reais. Em três horas ele paga, através do emprego da sua força de trabalho, os custos do salário (CV) os custos da produção (CC), mas ainda trabalha mais 9 horas, produzindo mais 18 reais apropriados pelo empregador (trabalho não remunerado ou mais- valia) d) Valor de uma mercadoria = Capital Constante + Ca pital Variavel + Lucro (Mais-valia) 2º Ano Aula 11: Revoluçãos Industrial: O movimento operário Objetivo: Debater a implantação de uma disciplina de trabalho dentro do ambiente fabril através da coerção do corpo, do tempo e do espaço. Debater a constituição de uma sociedade do controle, comparando com ouros espaços surgidos nesse período: a escola, a fábrica e o hospital. Estrutura da Aula: 1. O conceito de classe 2. As cidades industriais inglesas. 3. As condições de trabalho na Inglaterra industrial. 4. A formação do movimento operário. Planejamento da Aula: 1. O conceito de classe • Qual a origem do conceito de classe → origem romana (classificação por propriedade) • Idade Média e Idade Antiga → construção de uma sociedade estamental (utilização de outros termos como ordem, Estado, grau, etc.) • Transformações históricas → Revolução Industrial, Independência dos EUA e Revolução Francesa →Desestruturação da ordem estamental, necessidade de utilizar um novo conceit o: Classe • Classe: grupo social determinado por aspectos socioeconômicos. 2. As cidades industriais inglesas. • Passagem do século XVIII para o século XIX → Migração para os centros industriais (como Liverpool e Manchester) e para Londres da população camponesa (cercamentos) e de pequenas cidades do interior (desestruturação do trabalho artesanal) • Rápido aumento demográfico nos centros urbanos (Análise dos gráficos) e adensamento populacional (maior número de pessoa em um mesmo espaço) → MUDANÇA DA PAISAGEM URBANA • Questão central : Onde viviam os trabalhadores e em que condições? • A formação dos bairros operários → Precariedade das habitações, inexistência de redes de saneamento, pauperização das condições de vida dos trabalhadores. (Análise das imagens) • Constituição de uma segregação sócioespacial no interior da cidade (Relação de classe construindo o espaço da cidade) • A formação da multidão – idéia da modernidade e do anonimato (interessante pensar a dupla visão que isso causa para os observadores da época – a idéia de mudança e de uma decadência da sociedade) 3. As condições de trabalho na Inglaterra industrial. • Questão central: Quais eram as condições de trabalho durante a Revolução Industrial? • Utilização dos filmes Daens e Germinal e de textos de época para caracterizar as condições de trabalho no início da Revolução Industrial. • Características gerais das condições da classe trab alhadora na Inglaterra: o Extensas jornadas de trabalho o Baixos Salários o Exploração do trabalho feminino e infantil o Inexistência de descanso remunerado e de direitos trabalhistas o Péssimas condições de trabalho e constantes multas 4. A formação do movimento operário. • As tradições de organização, reivindicação e pensament o radical dos trabalhadores inglesas: - O pensamento radical protestante - A idéia de direito do cidadão inglês (CommonLaw) - Os motins da fome (ação direta e organizada) • O Movimento Ludista - Movimento organizado dos artesãos em oposição as transformações causadas pela introdução do sistema fabril e pauperização das condições de vida. - Características gerais : Organização coletiva e acão direta dos trabalhadores. • A formação dos sindicatos - Origem : Organização de caixas de mútua-ajuda → ajuda aos operários acidentados ou doentes para se transformar em fundo de greve. - Formação dos sindicatos: Organização de trabalhadores para reivindicar melhores condições de trabalho . - Forma de atuação: GREVE - Interrupção da produção como forma de pressionar os empregadores IMPORTANTE: Os sindicatos representam a formação de uma consciência de classe entre os trabalhadores. - The Peterloo (1819) : Exército inglês que estavam na França foram trazidos para a Inglaterra para conter as greves em Manchester. Massacre dos trabalhadores ingleses na praça St Peter. • O Movimento Cartista (1ª metade do século XIX) - Movimento social dos trabalhadores ingleses reivindicando reformas sociais (Carta ao Parlamento) : o Sufrágio universal masculino(o direito de todos os homens ao voto); o Voto secreto através da cédula; o Eleição anual; o Igualdade entre os direitos eleitorais; o Participação de representantes da classe operária n o parlamento; o E que os parlamentos fossem remunerados. 2º Ano Aula 12: Revolução Francesa: O Antigo regime na França Objetivos: Apresentar as contradições e tensões sociais da sociedade francesa no final do século XVIII, discutir os elementos que levaram a crise da monarquia francesa nas décadas de 1770 e 1780, apresenta os fatos que culminaram na convocação dos Estados Gerais e desencadearam a Revolução Francesa. Estrutura da Aula: 1. O Antigo Regime na França 2. A crise da monarquia francesa (1770 – 1780) 3. A convocação dos Estados Gerais Planejamento da Aula: 1. O Antigo Regime na França Importante: Contradições da sociedade francesa: Do ponto de vista jurídico e político estava organizada de maneira estamental , do ponto de vista social e econômico através de relações capitalistas (mercantil). a) A sociedade francesa • Juridicamente e politicamente estava dividida em tr ês Estados (organização social derivada da Idade Média): 1º Estado (o Clero); 2º Estado (Nobreza); 3º Estado (A plebe, ou o povo Frances) • O 1º e 2º Estado possuíam diversos privilégios feudai s (taxas e tributos) assim como poder político e acesso a corte real. • Importante: Estavam isentos também dos impostos do Estado . Correspondiam a aproximadamente a 3% da sociedade francesa da época. • 1º Estado: O Clero (sustentado pelos impostos eclesiáticos como o dízimo e dos rendimentos da Igreja) - Alto Clero (origem nobre, possuíam o domínio político da Igreja) - Baixo Clero (formado por integrantes das camadas populares, ocupavam as paróquias no interior e em algumas cidades) • 2º Estado: A Nobreza (sustentada pelos direitos feudais sobre o campesinato livre e por pensões do Estado) - Nobreza de Espada (Famílias de linhagens antigas, podia ser tanto provincial como membro da corte) - Nobreza Togada (Formada por membros da burguesia que haviam adquirido títulos de nobreza, parte do Estado frances como funcionários reais) • 3º Estado: O povo francês (correspondia a 97% da população francesa) • Importante: O 3º Estado era formado por grupos muito distintos socialmente. - Burguesia o Alta burguesia (formada pelos grandes comerciantes ligados principalmente exportação de produtos manufaturados e banqueiros) o Pequena burguesia (formada principalmente por comerciantes, profissionais liberais, artesãos e funcionários públicos) - Trabalhadores urbanos assalariados (Chamados também de Sans Coulottes) - Camponeses (pequenos proprietários ou arrendatários) � Analise das Gravuras : Discutir a relação entre os Estados franceses e a percepção do 3º Estado sobre tal situação. Pergunta chave: • Síntese: Grande descompasso entre a estrutura socio econômica francesa (relações de classe e capitalistas) e a ordem estamental do Antigo Regime. Fortalecimento do sentimento de exploração por parte do chamado 3º Estado em relação a monarquia e o 1º e 2º Estado. b) A economia francesa • Economia organizada através de uma forte política mercantilista controlada por um Estado centralizador (monarquia absolutista) • Economia ainda majoritariamente rural . Possuia um campesinato livre , na maior parte das vezes donos das terras, mas subordinadas aos direitos feudais . • Desenvolvimento no século XVIII de uma forte indústria manufatureira (produtos de luxo) • As principais cidades possuíam grandes centros manufatureiros (Paris, Toulon, Marselha) • Séc. XVIII – Disputa com a Inglaterra pelo controle do comércio internacional. 2. A crise da monarquia francesa (1770 – 1780) • Décadas de 1770 e 1780 : crise da economia francesa e aumento das tensões sociais. • Elementos da crise: � A questão fiscal (descompasso da balança comercial francesa e endividamento do Estado) - Gastos excessivos para sustentar o 1º e o 2º Estado (Corte), agravado pela isenção destes Estados dos impostos r eais . - Balança comercial deficitária . - Aumento dos impostos e tributos feudais (reação da nobreza diante da crise, aumento da exploração do campesinato) � Desastre da política externa francesa : Dívidas contraídas pelo Estado francês em guerras como a Guerra dos 7 anos (1756 – 1763) e da Guerra de Independência dos EUA (1776 – 1781) � Declínio da produção de alimentos (década de 1780 devido a alteração das condições climáticas.) Consequencias: - Escassez de alimentos - Alta dos preços - Fome 3. A convocação dos Estados Gerais • Reinado de Luis XVI (1774-1791) → Tentativas para conter os problemas financeiros fracassam sucessivamente . • 1774 – Luis XVI nomeia para o cargo de ministro das finanças Anne Robert Jacques Turgot →inspirado nos pressupostos teóricos do iluminismo e do liberalismo econômico, Turgot propõe uma série de reformas econômicas, inclusive do ponto de vista fi scal . Pressão da nobreza e do clero levam o rei a demiti-lo em 1776 . • 1776 – Jacque Necker é nomeado ministro das finança s por Luis XVI → Necker, embora menos radical que Turgot, também pro põe reformas na estrutura fiscal francesa . Em 1781 é demitido pelo rei , também por pressão do clero e da nobreza. • 1781 – 1788 – “Ciranda dos Ministros” – sucessão de ministros das finanças sem conseguir resolver os problemas econômicos da França. • Questão Central: Para solucionar a crise econômica francesa era preciso acabar com os privilégios do 1º e 2º Estado, algo que o Rei não ousava e nem tinha intenção de fazer (lembrete: estes grupos sociais sustentavam o estado absolutista) • 1788 – Necker é nomeado novamente ministro das fina nças – para resolver esse impasse propõe ao rei a convocação dos Estados Gerais (assembléia de origem feudal e que tinha a função de aconselhar o rei – ultima convocação fora em 1614) 2º Ano Aula 13: Revolução Francesa: A Assembléia Nacional Objetivos: Apresentar os principais eventos que marcaram a primeira fase da Revolução Francesa. Discutir as transformações desencadeadas pela Revolução Francesa dentro da sociedade francesa, assim como os grupos políticos ativos dentro desse período. Estrutura da Aula: 1. As fases da Revolução Francesa 2. O Conceito de Revolução 3. Os Estados Gerais e a Revolução 4. A Assembléia Nacional Planejamento da Aula: 1. As fases da Revolução Francesa • Os períodos da Revolução Francesa: - Assembléia Nacional (1789 – 1792) - Convenção Nacional (1792 – 1795) - Diretório (1795 – 1799) 2. O Conceito de Revolução • O termo refere-se à tomada ilegal, usualmente violenta, do poder que produz uma mudança fundamental nas instituições de governo .• Revolução vista como um processo , construído a partir de uma série de eventos que culminam na transformação do regime político (revolução política ) ou, quando mais profunda, culminam em transformações das relações sociais (revoluções sociais ) • Revolução Francesa como paradigma para o conceito contemporâneo de revolução (superação do sentido de revolução como ciclo) 3. Os Estados Gerais e a Revolução • 1788/89 – Convocação dos Estados Gerais – eleição para os representantes de cada Estado mobilizam a França (processo de mobilização política dentro do 3º Estado) • Importante: As votações dentro dos Estados G erais era realizadas através do voto por Estado • Análise do texto: O que é o terceiro Estado[ • Mobilização política dos integrantes do 3º Estado • Pressão para o aumento do número de representantes do 3º Estado (elevado para o número de 600 representantes) • Maio de 1789 – Abertura dos Estado Gerais → Reivindicação dos 3º Estado para a implantação do sistema de votação por cabeça . • Recusa do Rei Luis XVI as reivindicações do 3º Esta do • Junho de 1789 – em resposta ao rei realiza-se o Juramento da Sala de Pela – reunião do 3º Estado e de membros simpatizantes dos outros dois estados e o comprometimento em criar uma Carta Constitucional para a França • Luis XVI determina o fechamento dos Estados Gerais, mobiliza as tropas e ordena a prisão dos membros do 3º Estad o. • Reação popular as medidas tomadas pelo Rei : • Análise das imagens: O despertar do 3º Estado - Cidade: levante dos sans coulottes (trabalhadores urbanos assalariados) em Paris, apoio aos representantes do 3º Estado → 14 de julho de 1789 – tomada da Bastilha (depósito de armas e símbolo do poder absolutista) • Análise das imagens: Os Sans-Coulotes e A Queda da Bastilha - Campo: Grande Medo - Levante camponês contra a nobreza e a Igreja nas provinciais. • Análise do Texto : A queima dos senhorios eclesiásticos Importante: O apoio popular aos representantes do 3º Estado e suas reivindicações permite confrontar as forças reais. O 3º Estado se auto- proclama Assembléia Nacional e assume o poder político da França, assim como a incumbência de construir uma Constituição para o país. O Rei é obrigado a ceder devido a pressão popular. 4. A Assembléia Nacional (1789 -1792) • As primeiras medidas revolucionárias : � 1789: - Abolição dos direitos feudais (medida implementada para conter os levantes camponeses) - Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão Elementos para a análise de documento: o Caráter ecumênico e universal expresso no documento. o A questão da nação: elemento novo dentro do cenário político – quebra da idéia de identidade em relação ao monarca – dimensão do poder como expressão popular. o Os direitos naturais e a questão da liberdade, da igualdade jurídica e da preservação da propriedade. � 1790: Constituição Civil do Clero – processo de laicização do estado francês e subordinação da Igreja ao Estado • Os grupos políticos dentro da Assembléia Nacional • Importante: No decorrer dos anos de 1789 e 1791 a Assembléia Nacional foi controlada pelos Girondinos . • 1791 – 1ª Constituição francesa (Influência direta do programa político Girondino): Instituição da Monarquia Constitucional. Estabelecimento do voto censitário. Girondinos Planície Jacobinos (Direita) (Centro) (Esquerda) (Grande burguesia) (Pequena burguesia) Programa Político Radicais República Programa Político Conservadores Monarquia Constitucional 2º Ano Aula 14: Revolução Francesa: A Convenção Nacional e o Diretório Objetivos: Apresentar os principais eventos que marcaram a segunda e terceira fase da Revolução Francesa. Discutir os efeitos das guerras contra a Coligação das monarquias absolutistas e as transformações desencadeadas pela ascensão ao poder dos Jacobinos durante o período. Estrutura da Aula: 1. A contra-revolução e a queda da Assembléia Nacional 2. A Convenção Nacional (1792-1795) 3. O Diretório (1795 – 1799) Planejamento da Aula: 1. A contra-revolução e a queda da Assembléia Nacional • Emigração da nobreza → Medo das conseqüências da Revolução Francesa. • Organização de movimentos contra-revolucionário. - Interno: Revolta da Vendéia (revolta camponesa organizada pela nobreza provincial e do clero) - Externo: Coligação das monarquias absolutistas (nobreza emigrada + monarquias absolutistas européias) – invasão do território francês e derrotas seguidas dos exércitos revolucionários. • Situação agravada pela tentativa de fuga de Luis XV I – aumento das tensões dentro da Assembléia Nacional – perda do controle político por parte dos Girondinos. 2. A Convenção Nacional (1792-1795) • Declaração da “Pátria em perigo” – mobilização total da população francesa em nome da Revolução (alistamento em massa, confisco de cereais para abastecer as tropas) • Início da hegemonia política dos jacobinos e radicalização da Revolução Francesa → Amplo apoio dos sans-coulottes (absorção dos anseios políticos deste grupo pelos jacobinos) • Instituição da política do Terror: perseguição, prisão e execução dos contra-revolucionários e inimigos políticos . (A guilhotina) • Dissolução da Assembléia Nacional e criação da Conv enção Nacional (elaboração de uma nova Constituição ) • Organização política: - Executivo organizado a partir de comitês eleitos : Comitê de Salvação Pública e Comitê de Segurança Pública (Controlado pelas lideranças jacobinas : Danton, Robespierre , Marat e Saint-Just) - 1793 – Nova Constituição – República popular e sufrágio masculino (inspirada em Rosseau) • Principais medidas dos jacobinos: - Julgamento e execução pública de Luis XVI e da famí lia real - Organização do exército revolucionário (Guarda Nacional → o povo em armas – exército baseado na meritocracia ) →A Marselhesa (análise da letra) e vitória na Batalha de Valmy – a partir daí inversão da situação da guerra. • Análise da Música: A marselhesa - Reforma agrária → Confisco das terras da Igreja e da nobreza emigrada - Lei do Máximus – congelamento dos preços e dos salários. • Análise de Texto: A Lei do Máximo - Criação de um novo sistema de medidas (racionalização do espaço – sistema métrico) e um novo calendário (laicização do tempo) • Processo de radicalização da revolução e de central ização do poder nas mãos dos Jacobinos (Figura política de Robespierre) → Perseguição a membros da Gironda e moderados entre os Jacobinos – isolamento de Robespierre. • Importante: O limite da ação radical dos jacobinos era a propriedade privada . Isso leva a perda do apoio dos Sans-Coulottes que pressionavam por medidas mais radicais na busca da igualdade econômica. • 1794 – Queda de Robespierre, julgamento e execução pública 3. O Diretório (1795 – 1799) • Formação de um governo de orientação liberal e sem nenhum apoio político significativo (formado pelos remanescentes da Gironda e membros mais conservadores entre os Jacob inos ) • 1795 - 3ª Constituição Francesa - Voto censitário (retomada da divisão entre cidadãos ativos e passivos) - Parlamento bicameral - Poder executivo governado por um conselho de 5 dire tores eleitos • Crise econômica crônica (processo inflacionário) • Crise Institucional : constantes insurreições contra o Diretório - 1796 – Conjura dos Iguais (Graco Babeuf) - Insurreições monarquistas • A única instituição que contava com prestígio e apoio popular era o exército revolucionário – destaque para um jovem general francês – Napoleão Bonaparte . • Articulação de um golpe de Estado por parte da burguesia: necessidade de estabilidade econômica e política (paz) → golpe de 18 de Brumário de Napoleão Bonaparte derruba o Dire tório . 2º Ano Aula 15: O período napoleônico e o Congresso de Viena (1799 – 1815) Obs: Aulapara duas entradas Objetivos: Discutir o processo político que levou a ascensão de Napoleâo Bonaparte ao poder. Debater as principais reformas políticas realizadas durante seu governo e a construção da sua imagem, primeiro como herói da Revolução e depois como Imperador. Discutir os impactos geopolíticos das guerras napoleônicas, assim como suas conseqüências para a Europa após a sua queda. Apresentar as principais diretrizes do Congresso de Viena e da restauração. Estrutura da Aula: 1. Napoleão Bonaparte e a carreira aberta ao talento 2. O 18 de Brumário e o período do Consulado 3. O império 4. As guerras napoleônicas 5. O Congresso de Viena e a Restauração Planejamento da Aula: 1. Napoleão Bonaparte e a carreira aberta ao talento. • Séc. XIX e o mito de Napoleão Bonaparte → personificação da idéia de self made man (a carreira aberta ao trabalho) – ideal liberal de ascensão social devido ao mérito e ao trabalho. • Napoleão Bonaparte como um homem da Revolução : ascensão social ligada as guerras travadas pelo exército rev olucionário Frances (mérito e coragem em batalha) – de oficial de artilharia foi promovido a general aos 24 ano (Durante a República Jacobina) → Destaca-se na Campanha da Itália e do Egito. • Análise das imagens de Napoleão como herói da Revol ução. (imagens 1 e 2) • Importante: A construção da imagem de Napoleão Bonaparte como herói da revolução e como líder – utilização e mobilização da opinião pública – elementos fundamentais para compreender o processo de centralização do poder empreendido por ele. 2. O período do Consulado (1799 – 1804) • Constituição de 1799 – início de um processo de centralização do poder político nas mãos de Napoleão Bonaparte • Instauração do Consulado no lugar do poder executiv o (a princípio formado por três cônsules) • Processo de centralização política: consulado trino → consulado uno (Napoleão Bonaparte: controle do poder executivo e das forças armadas) • 1802 – O Senado transforma Napoleão Bonaparte em cônsul vitalício • Reformas administrativas : - Reestruturação da administração pública francesa (divisão do território em 82 departamentos) → administradores escolhidos diretamente pelo poder central - Organização das finanças públicas (controle da inflação): o Criação do Banco da França e do Franco (controle monetário ) o Reorganização e centralização da cobrança de impost os o Incentivo ao desenvolvimento industrial (Apoio da burguesia francesa) - Criação do ensino público para formar mão-de-obra especializada (Liceu de Artes e Escola Politécnica) - Elaboração do Código Civil (Napoleônico) – consolidação das reformas implantadas pela Revolução Francesa (como a reforma agrária – apoio da população camponesa) 3. O império • 1804 – Através de um plebiscito Napoleão é aclamado Imperador → A cerimônia de auto-coroação (poder concedido por ele mesmo – quebra da tradição e subordinação a Igreja) • Análise das imagens 3 e 4 e comparação das imagens de Napoleão Bonaparte. • Organização de uma coligação anti-francesa : - Monarquias Absolutistas européias : temor que os ideais revolucionários se espalhassem e levassem a derrubada dos regimes absolutistas. - Inglaterra : Destruição de um possível rival econômico. 4. As guerras napoleônicas (1804 – 1815) • Diante da ameaça estrangeira o exército Frances assume uma posição ofensiva → Campanha da Prússia e da Itália – conquista de novos territórios baseados em campanhas rápidas. (ataque e saque ) • Apoio de parte da população local as tropas napoleô nicas (insatisfação com as monarquias absolutistas) – reestruturação administrativa dessas regiões e implantação dos valores e reformas sociais da Revolução Francesa nos territór ios dominados . • 1805 – Batalha de Trafalgar (marítima) – derrota da marinha francesa inviabiliza os planos de Napoleão de invadir a Inglaterra (seu principal rival). • Análise de mapa 2 da imagem 5. • 1806 – Instituição do Bloqueio Continental (imposição de um embargo econômico a Inglaterra) • Objetivos: Isolar a Inglaterra economicamente e enfraquecê-la para poder invadi-la (baseado no controle militar que a França tinha do continente) • 1808 – Invasão da Península Ibérica (as tropas napoleônicas derrubam as monarquias portuguesa e espanhola – o trono de ambas é passado ao irmão de Napoleão, José Bonaparte) • Insurreição espanhola – primeiras derrotas das tropas napoleônicas. Importante: A França não consegue suprir as necessidades de produtos industriais da Europa , o que leva muitos países a desafiar o Bloqueio Continental • 1812 – A Rússia quebra o bloqueio continental – país eminentemente agrícola e dependente da produção industrial inglesa → Resposta francesa, invasão da Rússia com um exército de 600 mil homens • As tropas russas utilizaram-se da tática de guerrilha, forçando a entrada do exército frances em seu território (destruição dos campo e plantações para enfraquecer o exército invasor) • 1813 – Após tomar Moscou, Napoleão é obrigado a recuar (devido a chegada do inverno russo e da falta de mantimentos) →Ataque dos exércitos russo e duras perdas no exérci to napoleônico (Napoleão perde mais de 500 mil homens. • 1814 – O exército russo invade a França em perseguição a Napoleão e toma a cidade de Paris (Napoleão é exilado na ilha de Alba – Mediterrâneo .) • 1815 – Napoleão foge da ilha e retorna a França, assumindo o poder novamente (governo dos 100 dias) – formação de uma nova coligação anti-francesa e derrota de Napoleão na Batalha de Walterloo – ele é exilado mais uma vez, na Ilha de Santa Helena (atlântico) 5. O Congresso de Viena e a Restauração • 1815 – A derrota de Napoleão Bonaparte encerra o período das guerras napoleônicas. Na França a monarquia é restaurada (Luis XVIII – irmão de Luis XVI) • Importante: As guerras napoleônicas tinham alterado profundamente o mapa europeu , destituído monarquias, reorganizado administrativamente e juridicamente e abolido os direitos feudais em tais regiões. • Realização do Congresso de Viena (1815) : Reunião dos países vencedores para definir o destino da França e do restante da Europa (Inglaterra, Rússia, França, Áustria e Prússia) • Princípios das decisões do Congresso de Viena - Restauração: restauração das monarquias absolutistas e das fronteiras anteriores a Revolução Francesa - Princípio de legitimidade: garantia de legitimidade dos reis sobre seus reinos – defesa incondicional do absolutismo • Análise do mapa 3. - Concerto europeu : manutenção do equilíbrio europeu o Acordo mútuo entre os países participantes para evitar um novo conflito de ordem continental o Manutenção das fronteiras francesa, nova constituição francesa de caráter absolutista e pequenas indenizações de guerra Formação da Santa Aliança (Aliança militar entre Prússia, Rússia, Inglaterra e Austria) – oposição aos ideiais nacionalistas e liberais – devido a esses pressupostos a 2º Ano Aula 16: O liberalismo e as Revoluções Liberais (1820 – 1830) Obs: Aula para 2 entradas Objetivos: Recuperar as bases históricas do pensamento liberal e suas principais características, tanto na sua vertente política, quanto econômica. Estabelecer a relação entre esta corrente de pensamento e o contexto histórico em que ela se constitui. Comparar o pensamento liberal do século XIX com a emergência do pensamento neoliberal do século XX. Debater a atuação da burguesia, enquanto classe revolucionária, nos levantes de 1820 e 1830, assim como a utilização do pensamento liberal para justificar tal atuação. Estrutura da Aula: 1. As bases históricas do liberalismo a) O liberalismo econômico b) O liberalismo político 2. As Revoluções Liberais (1820 – 1830) a) Os levantes de 1820 b) Os levantes de 1830 Planejamento da Aula: 1. As bases históricas do liberalismo • Liberalismo :Correntedo pensamento desenvolvida no século XVIII – dentro do contexto iluminista – e que se opunha as características do Antigo Regime , tanto do ponto de vista econômico (mercantilismo ), quanto político (absolutismo ). • Possuí, portanto, duas vertentes : - liberalismo econômico; -liberalismo político; • Origem do pensamento liberal: Inglaterra, século XVII John Locke (1632 – 1704) → Concepção da sociedade como reunião de indivíduos livremente associados (contrato social ) → O Estado como resultado do contrato social , tendo como dever assegurar os direitos naturais do homem (direito a vida, a liberdade e a propriedade ) →Desenvolvimento da idéia do trabalho ( individual ) como elemento criador da propriedade privada , considerada por ele como origem da riqueza e direito inalienável do homem. a) O liberalismo econômico • Contexto histórico: Desenvolvimento comercial inglês (séc. XVII e XVIII) e Revolução Industrial (séc. XVIII e XIX) • Escola fisiocrata francesa (séc. XVIII): Defendia que a riqueza de uma nação se originava da produção agrícola e que somente o livre comércio poderia gerar riquezas para a nação . Oposição as intervenções do Estado na economia (pratica mercantilista) – “Lassez faire, lassez passer” • Adam Smith (ING, 1723 – 1790) – “A riqueza das nações” (1776) – desenvolvimento da economia como ciência – tentativa de compreensão de “leis econômicas” → Defesa da lei de oferta e procura como reguladora do comércio e responsável pelo desenvolvimento da nação – via a atuação individual como parte de um sistema econômico mais amplo. Defendia a não intervenção do Estado em assuntos econômicos. • Thomas Malthus (ING, 1766 – 1823) – “Ensaio sobre a população” (1803) - Tinha como princípio fundamental a hipótese de que as populações humanas crescem em progressão geométrica , enquanto os meios de subsistência tenderiam a crescer apenas em progressão aritmética . Malthus estudou possibilidades de restringir esse crescimento populacional. • David Ricardo (ING, 1772 – 1823) – “Princípio da Economia Política e tributação” (1817) – responsável pelo desenvolvimento da idéia de valor-trabalho e defesa do trabalho assalariado e do salário de subsistência como regulador social e econômico (questão da mais valia) → ponto fundamental para a economia moderna e para o desenvolvimento industrial. b) O liberalismo político • Jeremy Betham (ING, 1748 – 1832) - Princípios de Moral e de Legislação (1789) – defesa do utilitarismo como critério para a existência das instituições (mas a dimensão da utilidade dentro da concepção individualista de sociedade ) • John Stuart Mill ( ING, 1806 – 1873) – “Princípios da Economia Política” (1848) – defesa incondicional do individualismo e da liberdade individual . • Decorrências do liberalismo político: crítica as monarquias absolutistas . IMPORTANTE: Lição de casa comparando liberalismo e neoliberalismo 2. As Revoluções Liberais (1820 – 1830) • Revolução Francesa – Modelo de ação revolucionária para a burguesia (liberal) e para as camadas populares • Formação de organizações secretas revolucionárias (idéia de fomentar levantes insurrecionais e tomada do poder através da mobilização popular) • Objetivo comum de todos os dissidentes : fim das monarquias absolutistas. a) Os levantes de 1820 • Movimentos insurrecionais entre 1820 – 1822: - Espanha, Portugal, França (tentativa de instituição de monarquias constitucionais ); - Itália, Rússia e Grécia (levantes de caráter nacionalista contra a dominação territorial de um império supra-nacional ) • Destaque para a Revolução Liberal do Porto (POR) e a luta de independência da Grécia contra o Império Turco Otomano. b) Os levantes de 1830 • Movimentos insurrecionais entre 1829 – 1834 (o epicentro foi novamente a França) • A Revolução de 1830 na França: - 1815 – 1830: A dinastia dos Bourbons foi restaurada na França (Luis XVIII – 1815 até 1824 – e Carlos X – 1824 até 1830) - Durante o reinado de Carlos X há uma tentativa de reviver as práticas absolutistas dos reis Bourbons . Criação de um antagonismo entre o Rei e a burguesia liberal – isso culmina nas Ordenações de Julho (1830) – censura a imprensa, dissolução da Câmara, governo através de decretos reais - Julho de 1830 : reação popular e da burguesia liberal radical (republicanos) contra as medidas de Carlos X – formação de barricadas pelas ruas de Paris. - A Dinastia dos Bourbons é derrubada – medo de uma radicalização do processo leva a alta burguesia (li beral conservadora) a levar ao poder Luis Felipe de Orlea ns (primo de Carlos X). Luis Felipe, rei pelo apoio da alta burguesia passa a ser conhecida como Rei Burguês – Instituição de uma monaqruia parlamentar liberal - Importante 1: A revolução de 1830 marca a separação entre liberais conservadores (alta burguesia ) e liberais radicais (pequena burguesia, republicana e fortemente influenciada pelas idéias jacobinas.) - Importante 2: Na revolução de 1830 temos, pela primeira vez, a atuação do movimento operário de maneira organizada e consciente de sua força. • Movimentos revolucionários de caráter liberal radic al em outras partes da Europa : Belgica, Polônia (emancipação de impérios), Estados Alemães e Italianos (unificação) 2º Ano Aula17: O romantismo e o socialismo utópico Objetivos: Discutir o impacto das transformações ocorridas nas primeiras décadas do século XIX para o imaginário europeu. Analisar e debater a expressão, no campo das artes, deste novo imaginário através do movimento romântico. Compreender o processo de formação das chamadas utopias românticas e sua relação com os autores denominados socialistas utópicos. Estrutura da aula: 1. A dupla revolução a as imagens do instável 2. Romantismo e as utopias românticas 3. O socialismo utópico Planejamento da aula: 1. A dupla revolução a as imagens do instável • 1789 – 1848 → Período de profundas transformações sociais, políticas e econômicas na Europa. (Impacto da dupla revolução ) • Crise das estruturas sociais do antigo regime – desestruturação das relações sociais (quebra de paradigmas – Ruína do mundo existente) • Sensação de viver em um mundo instável – representava tanto a perda de referências sólidas , quanto de que esse era um momento em que tudo parecia possível. • Revolução Industrial: Análise da ficha 8: Frankestein, Mary Shelley, 1831 - Revolução industrial e progresso técnico → a questão do potencial de criação humana (razão iluminista presente na descrição da ciência e no anseio de Frankstein de dar vida a um corpo inanimado) - A crítica aos impactos do progresso técnico e a raz ão humana → O horror de Frankestein diante de sua criatura, a falibilidade da razão humana. • A era das revoluções (1789 – 1848): Análise das obras de Goya e de Delacroix - A liberdade guia o povo (1830) → O quadro de Delacroix como síntese do movimento revolucionário . A liberdade representada como uma mulher do povo (uma deusa desnuda como as entidades gregas, mas parte do povo Frances). O pedestal de cadáveres (elemento da luta), a presença das diversas classes sociais. A multidão de fundo, o elemento popular na revolução. - Desastre de la guerra (1810 -1815) : Goya e a descrição diante do horror das invasões napoleônicas (os impactos da guerra). Torções e feições dos espanhóis em agonia contra a impessoalidade e anonimato dos soldados napoleônicos. 2. Romantismo e as utopias românticas • Importante: As artes como linguagens (assim como as línguas e a matemática, as artes são linguagens: um conjuntos de signos constituídos historicamente que servem para nomear o mundo, conferindo significado a ele, e servindo como suporte para os homens se expressarem ) → Arte como meio pelo qual se expressão as representações sociais• Dentro desse contexto histórico marcado por profundas transformações forma-se uma nova concepção de arte: O Romantismo (Como expressar essa sensação de instabilidade que pairava no ar?) • Romantismo e a oposição ao racionalismo e universalismo do Iluminismo → O papel da imaginação (idealização), do subjetivismo (processo de interiorização e a força das emoções) e do individualismo (a idéia do gênio criador) • Análise da música romântica: Ludwig van Beethoven (1770 – 1827) e a 9ª Sinfonia • As utopias românticas : O sentimento de se viver em um mundo em transformação (forças históricas), assim como a valorização do poder da imaginação (dos indivíduos) leva a criação das utopias românticas (busca pela resolução das questões do mundo) - Utopias do povo-nação (o nacionalismo messiânico) - Utopias sociais (os socialistas utópicos e seus projetos alternativos de sociedade) 3. O socialismo utópico • Socialismo: no século XIX esse termo englobava uma série de idéias que tinham em comum a crítica a sociedade capitalis ta e burguesa . • Socialismo utópico : Termo pejorativo criado por Karl Marx para denominar alguns pensadores socialistas . • Importante: Foram os primeiros a construir uma crítica e uma ação prática contra a sociedade capitalista industrial (construção de alternativas para essa sociedade, profundamente ins pirados pela a idéia das utopias românticas ) • Conde de Saint-Simon (FRA,1760 – 1825) - Primeiro pensador a estabelecer uma crítica socied ade industrial - Partindo de um modelo iluminista de pensamento formulou um modelo de sociedade baseado no mérito e não no capi tal • Charles Fourier (FRA, 1772 – 1837) - Percepção da divisão social do trabalho , inerente do processo de industrialização, e do poder da organização da força de trabalho (elemento associativo ) - Busca em equilibrar a busca pela felicidade humana e progres so técnico - Proposta de criação dos Falanstérios : sociedade alternativa, coletiva e autônoma (complexo agro-industrial) • Robert Owen (ING, 1771 – 1858) - Rico industrial inglês e crítico do modelo de industrial ização empregado na Inglaterra (sobretudo no que diz respeito as condições de trabalho dos assalariados) - Organização de um sistema cooperativado de produção industrial (Experiências na fábrica de New Lenark – ING – e na fazenda New Harmony – EUA) - Essas duas experiências a princípio funcionaram , mas os fracassos posteriores são resultado tanto do boicote externo , quanto da dificuldade em transformar as relações de trabalho. Importante: O limite das idéias utópicas está na construção de sociedades alternativas sem transformar a sociedade como um todo. 2º Ano Aula 18: O Anarquismo Objetivos: Através da análise e discussão de textos anarquistas definir os aspectos gerais do pensamento anarquista e dos dois principais teóricos e revolucionári0os da primeira metade do século XIX, Proudhon e Bakunin. Estrutura da Aula: 1. O Anarquismo e a recusa do Estado 2. O pensamento de Jean- Pierre Proudhon 3. O pensamento de Mikhail Bakunin Planejamento da Aula: 1. O Anarquismo e a recusa do Estado Análise do texto 1: • Sentido morfológico : an = sem; archon = governo • Senso comum: bagunça, desordem • Sentido político : sem necessidade de governo • Dentro do anarquismo há uma diversidade de proposta s e formas de pensar a organização da sociedade . Importante: O elemento comum entre os anarquistas é a noção de que qualquer forma de Estado é nociva e desnecessária . 2. O pensamento de Jean- Pierre Proudhon • Dados biográficos: Frances, viveu a infância no campo e tornou-se posteriormente artesão (tipografia). Pensador autodidata. Esta experiência é fundamental para sua concepção de liberdade baseada no pequeno produtor. Análise do texto 2: • Crítica da propriedade dos meios de produção (impossibilidade de igualdade em uma sociedade baseada na produção) – idéia da autonomia dos produtores. • Para Proudhon só é possível liberdade em uma socied ade igualitária – para ele a propriedade dos meios de produção é um r oubo (uma apropriação ilegal de um direto de todos os homens ) Propostas de organização social: “Do princípio federativo”(1863): • Os indivíduos deveriam fazer acordos entre si em base de igualdade . • Sociedade composta por grupos cooperativos de indiv íduos livres . • Composta de artesãos, pequenos proprietários e pequenos comerciantes, profissionais liberais. • Forma de organização econômica: Banco do povo (micro-crédito) 3. O pensamento de Mikhail Bakunin • Dados biográficos : Filho da aristocracia russa, na juventude recebeu treinamento militar. Devido a oposição ao regime czarista russo vai estudar na Alemanha (universidade de Berlim). Contato com a filosofia alemã (Hegel) e o pensamento radical alemão (esquerda hegueliana). Atuação a partir de 1848 em diversas revoltas e levantes. Análise do texto 3: • Crítica radical ao Estado das formas de autoridades impostas socialmente . • Proposição da ação direta como forma de atuação política • Coletivismo: A Sociedade só poderá ser reconstruída quando a CLASSE OPERÁRIA tiver tomado o CONTROLE DA ECONOMIA por meio de uma REVOLUÇÃO SOCIAL , tiver DESTRUÍDO OS APARELHOS DE ESTADO e reorganizado a produção com base na propriedade coletiva controlada pela ASSOCIAÇÃO DE TRABALHADORES . 2º Ano Aula 19: O Marxismo (Socialismo Científico) Objetivos: Discutir as bases do materialismo histórico dialético desenvolvido por Karl Marx e Frederich Engels. Destacar o papel central do conceito de práxis e luta de classe dentro das idéias dos autores. Inserir o desenvolvimento do materialismo histórico dialético no contexto histórico do século XIX e na biografia dos dois autores. Estrutura da Aula: 1. Karl Marx e Frederich Engels 2. As bases teóricas 3. O materialismo histórico dialético Planejamento da Aula: 1. Karl Marx e Frederich Engels • O marxismo (ou socialismo científico) é uma corrente de pensamento dentro das idéias socialistas do século XIX diretamente ligada as obras de de Karl Marx e Frederich Engels Karl Marx (1818 – 1883) - Ascendência judaica (cultura marginalizada dentro dos Estados alemães). - Sua família valorizava a educação como forma de ascensão social. (funcionário do estado - Pai converteu-se ao cristianismo para poder assumir o cargo de Juiz.) - Marx foi mandado ao atingir a maioridade para Universidade de Bohn. (Vida boêmia: participava do Clube da Taverna e do Clubes de Duelo - Filhos da burguesia contra filhos da Aristocracia) - Devido ao seu modo de vida seu pai transferiu-o para a Universidade de Berlim → Nesta universidade toma contato com a Filosofia de Hegel e com a juventude radical (Heguelianos de esquerda) – Ao se formar tenta ingressar na carreira acadêmica - Suas posições políticas o atrapalham e levam-no a d esistir dessa profissão e passa atuar como jornalista (década de 1840 ) – Gazeta Renana (contato com questões materiais e reflexão sobre as transformações pela qual passava a Europa ) → Contato com Frederich Engels (futuro parceiro) Frederich Engels (1820 – 1895) - Filho de um grande empresário do Ferro alemão . - Mandado pelo pai a Inglaterra para conhecer o processo de industrialização. Observação direta da classe operária. - Escreve a partir dessa experiência dois livros: • Crítica à Economia Política (1844) • Situação da Classe operária na Inglaterra . (1845) Marx e Engles e o socialismo científico: Desenvolvem a crítica mais bem elaborada da sociedade capitalista pensando seu pro cesso de formação e suas contradições, assim como a possibilidade de tr ansformação desta sociedade pelos trabalhadores. Para tanto desenvolv em um método de análise conhecido como materialismo histórico dialético . • Principal obra de Marx: O capital (Obra inacabada em 3 vol. – primeiro volume editado em 1862) 2. Asbases teóricas Importante: O materialismo histórico dialético é desenvolvido a partir da crítica radical (na raiz) de uma série de teorias e movimentos políticos no qual estavam inseridos tanto Marx como Engels. (contexto histórico ) a) O socialismo (movimentos políticos e teorias críticas a sociedade capitalista) -O socialismo utópico - Movimento operário inglês (a experiência de form ação dos sindicatos) - O movimento socialista: Louis-Auguste Blanqui e a s tentativas revolucionárias de construção da ditadura do prolet ariado b) A economia política - Liberalismo econômico (Adam Smith, Ricardo, Malth us) - Liberalismo Político (Bethan e Stuart Mill) c) A filosofia alemã (dialética) • Na universidade de Berlim Marx tomou contato coma filosofia de Hegel (Dialética) • Hegel e a tentativa de compreensão da história da f ilosofia → construção de uma filosofia da história (reflexão de como a história se desenvolve ): • Característica da Filosofia da História de Hegel: - História é composta de conflitos e contradições . - O desenvolvimento da história é o desenvolvimento d a Razão. - História dos Povos = História do Espírito dos povos . - Espírito absoluto = Estado da Liberdade = Fim da Hi stória . • Desenvolvimento de um método filosófico: A dialética (uma nova lógica para compreender o desenvolvimento da história) Visão Comum e Lógica Formal: – princípio de identidade: as coisas são. Lógica dialética de Hegel: – princípio da contradição: as coisas são no Tempo, as coisas tornam-se. – Relação entre tese, antítese, síntese: Semente é negação da árvore. Síntese: Uma lógica baseada no movimento (tempo) e na contra dição • A dialética de Marx (O conceito de práxis) Conceito de práxis (análise das teses sobre Feuerbach - 1845): - Novas relações materiais: Introdução das relações capitalistas na Europa - Crítica a divisão do trabalho: manual / intelectual - Trabalho: práxis humana (processo criador e transformador ) 3. O materialismo histórico dialético • Definição: Método para compreensão da sociedade desenvolvido no decorrer das obras de Marx e Engels. - Materialismo: Baseado na compreensão das relações sociais dos seres humanos. - Histórico: Tais relações sociais se desenvolvem dentro de um processo histórico. - Dialético : Este processo histórico se dá dentro de uma lógica dialética (mas dentro da concepção de dialética de Marx ) Conceito de Luta de Classe (Análise do Manifesto Comunista - 1848) – Elemento que constitui como motor da história (as contradições 2º Ano Aula 20: A Primavera dos Povos e Napoleão III Objetivos: Apresentar os eventos que formaram em seu conjunto a Primavera dos Povos. Discutir as conseqüências do fracasso dos movimentos revolucionários na Europa, enfatizando a expansão do capitalismo após 1848 e a radicalização da luta de classe entre burguesia e proletário. Debater a ascensão ao poder de Napoleão III na França e a constituição do 2º Império, ressaltando a utilização da política de massa como instrumento político por parte de Luis Bonaparte. Estrutura da Aula: 1. A Primavera dos Povos. 2. A República Francesa. 3. Napoleão III e o 2º Império. Planejamento da Aula: 1. A Primavera dos Povos. • Situação instável na Europa após os levantes de1830 Causas: - Expansão das áreas industrializadas na Europa Ocide ntal (central): formação de uma classe operária e formação das primeiras associações de trabalhadores (principalmente na França ) inspiradas na experiência dos trabalhadores ingleses e nas idéias socialistas (influencia das idéias de Proudhon, Owen e Blanqui) - Organização da pequena burguesia radical (republicana ) contra as monarquias européias (oposição as monarquias absolutistas da Europa central e defesa do sufrágio universal – principalmente na França) - Formação de movimentos nacionalistas na Europa Central (organizados principalmente pela pequena burguesia radical – republicana) • Primavera dos Povos (1848): Tendo como epicentro novamente a França , explode em questões de meses diversas revoltas na Europa central . Todos os movimentos tem vitórias rápidas e monarquias absolutistas são destronadas, repúblicas proclamadas e Estados nacio nais são proclamados. • Resultados: Em menos de 1 ano (com exceção das França) estes movimentos revolucionários são facilmente vencidos e a ordem política é restabelecida na Europa (manutenção das fronteiras e dos impérios) Causas: - A maior parte desses movimentos não contou com o apoio da população camponesa (maioria da população). - Os operários ainda constituíam uma pequena parcela da população na maior parte da Europa , não estavam ainda organizados e nem possuíam um conjunto de propostas políticas claras. - Importante: A burguesia diante da radicalização dos movimentos revolucionários preferiu abandonar as reivindicaçõe s políticas e apoiar as monarquias para manter a ordem social →desde que as monarquias se comprometessem a defender uma política liberal do ponto de vista econômico e protegesse seus interesses. (medo do movimento operário e das idéias socialistas) 2. A República Francesa. • Insurreição popular na França (Fevereiro de 1848) → Formação de barricadas nas ruas de Paris e deposição de Luis Felipe I – O rei burguês • Instalação de um governo provisório (formado por republicanos e socialistas) – instituição de sufrágio universal e criação de uma Assembléia Constituinte (dominada pelo partido da Ordem → aliança entre conservadores e membros da classe média ) • Levante popular em Julho de 1848 em Paris (Socialistas e republicanos radicais ) → Violenta repressão do General Cavaignac . (1.500 mortos) • Após as revoltas é promulgada a Constituição francesa (em grande parte cópia da Constituição dos EUA) e criada a 2ª República francesa . • Eleições presidenciais: Candidato dos republicanos moderados, dos socialistas, dos católicos (General Cavaignac) e Luis Napoleão • Vitória de Luis Napoleão (Uso da propaganda política – utilização da figura do tio - e apoio maciço do campesinato – 5.500.000 votos) 3. Napoleão III e o 2º Império. • Presidência de Luis Bonaparte – medidas populares, como pensões (para as massas ) e incentivo ao desenvolvimento da burguesia (processo de industrialização ) como forma de angariar o apoio popular. • 1851 – Luis Napoleão através da organização de um plebisci to consegue o direito de construir uma nova Constituiç ão (a qual conferia amplos poderes ao presidente e extensão de mandato para 10 anos) • 1852 – através de novo plebiscito é aclamado imperador (Napoleão III ) • 2º Império Frances (1852 – 1870) - Incapacidade de estabilizar a economia francesa - Política externa agressiva: envolvimento na Guerra da Criméia (1854), intervenção na Itália (1858), intervenção no México (1862) – indicação do Arquiduque Maximilan para o trono de imperador mexicano (acaba fuzilado) - Endividamento da França e perda do prestigio de Nap oleão . 2º Ano Aula 21: A expansão da Revolução Industrial Objetivos: Apresentar as principais mudanças no campo econômico que marcaram o período de 1870 a 1914. Estrutura da Aula: 1. O capitalismo monopolista 2. As novas áreas industrializadas Planejamento da Aula: 1. O capitalismo monopolista • 1848 – 1870 → Expansão das áreas industrializadas • Conseqüências: - Fim da hegemonia britânica sobre a produção industrial mundial. - Aumento da concorrência entre as indústrias (Disputa por acesso a matérias-primas e mercado consumidor ) - Processo de concentração de capital (grandes empresas ). Formação de: o Trustes (fusão de empresas do mesmo setor ), o Cartéis (Associação de empresas do mesmo setor com objetivo de controlar o mercado ) o Holdings (empresas envolvidas no mesmo ramo de produçãoe controladas por uma empresa do mercado financeiro - SA) - Associação entre o Estado e burguesia → Apoio dos governos nacionais ao processo de industrialização → Ação política visando garantir os elementos necessários para o desenvolvi mento industrial: o Disputa por mercados como questão nacional o Expansão do mercado consumidor e das fontes de matéria- prima) 2. As novas áreas industrializadas • Europa: França (2º Império); Prússia (Reinos germânicos); Piemonte- Sardenha (Reinos italianos); Bélgica . • Estados Unidos (após 1865 – Guerra de Secessão) • Japão (Era Meiji – processo de centralização política do Império e modernização acelerada) • Consequências: - Disputa em escala mundial por mercados consumidores e fontes de matéria-prima ; - 1870 – 1814 → Processo de expansão violenta das áreas ligadas a produção capitalista (abertura e conquista de mercados ) → Denominado de Neocolonialismo ou Imperialismo 2º Ano Aula 22: História da América – A expansão dos EUA e a Guerra de Secessão Objetivos: Em primeiro lugar apresentar o processo de consolidação do Estado- Nacional estadunidense, assim como a expansão do seu território. Em segundo lugar, demonstrar o aguçamento das tenções entre a região sul e norte que desembocaram na eclosão da Guerra de Secessão. Analisar os resultados deste embate e sua importância na consolidação dos EUA. Estrutura da Aula: 1. Os EUA após a independência 2. Expansão para o Oeste 3. Guerra de Secessão Planejamento de Aula: 1. Os EUA após a independência • 1776 – 1783 - Guerra de Independência dos EUA (As treze colônias3, mais território anexados pelas lutas pós-independência) • 1787 - Criação de uma Constituição republicana e federalis ta4 → Cada Estado da Federação tinha a permissão de ter sua própria Constituição, desde que estivesse de acordo com a Carta Constitucional dos EUA 3 13 colônias: Vermont, New Hampshire, Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, Nova Iorque, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Georgia. 4 Federalismo: forma de governo em que um conjunto de estados independentes se unificam em torno de um governo, sem perderem sua autonomia. • Formação de duas tendências partidárias : defensores de uma autonomia maior dos Estados (origem do Partido Democrata ) e defensores de um governo central forte (origem do Partido Republicano ) • Afirmação da independência dos EUA (início do séc. XIX): 1823 – Doutrina Monroe (Consolidação dos territórios independentes e contexto das independência dos EUA) 2. Expansão dos EUA a) Transformações sociais (séc. XIX) • Desenvolvimento da economia norte americana (1776 – 1880): Desenvolvimento do comércio e de pequenas industrias nos Estados do Norte. Aumento da produção de algodão nos Estados d o Sul. • Aumento demográfico: Imigração européia (irlandeses, italianos, alemães, etc.) → Em 1790 a pop. era de 4 milhões , em 1860 ela já era de 31 milhões . • Discurso ideológico: Construção da idéia do Destino Manifesto (Legitimação da expansão e conquista territorial , formado a partir de uma lógica religiosa protestante e com elementos nacionalistas ) → Analise da frase de Sullivan e do quadro progresso americano (aproximação com o imperialismo Europeu) • Consequências: A junção desses elementos levam ao processo de expansão territorial . b) A marcha para o Oeste Importante: Utilização do material digital Moderna Plus • 1803 – Território da Lousiana é comprados da França (Louisiana) • 1819 – O território da Florida é comprado da Espanha • 1845 -1848 - Guerra contra o México e anexação de toda a parte N orte deste país . • 1846 – Anexação do Oregon (comprado da Inglaterra) • Marcha para o Oeste : febre do Ouro e em 1862 o Homestead Act (160 acres de terra para quem ocupasse por 5 anos) 3. Guerra de Secessão a) As diferenças entre Sul e Norte dos EUA Norte Sul Industrial Produção voltada para o mercado interno Mão-de-obra livre e assalariada Pequena propriedade e policultura Agrícola Monocultura ligada ao mercado externo (britânico) Mão-de-obra escrava Grande propriedade • Pontos de conflitos entre os estados do Sul e do No rte - Tarifas Alfandegárias (Os estados do norte queriam tarifas alfandegárias altas para proteger sua produção industrial e garantir o mercado interno) - Escravidão (A abolição da escravidão era defendida por grande parte dos Estados do norte →questões humanitárias e interesses econômicos como liberação de capital) • Aumento das tensões entre os Estados do Sul e do No rte → Questões relativas a abolição e a taxas alfandegárias movimentaram a corrida presidencial no final da década de 1860 . → Análise do discurso de Abraham Lincon sobre a Casa Dividida , 16 de Junho de 1958 (Lincon era candidato pelo partido republicano, o qual apoiava a abolição da escravidão e o aumento das taxas alfandegária. b) Guerra de secessão (1861-1865) • 1860 – Abraham Lincoln é eleito presidente dos EUA (primeiro presidente do Norte) • Dezembro de 1860 – Secessão da Carolina do Sul , acompanhada no ano seguinte por mais 9 estados: Alabama, Geórgia, Florida, Mississipi, Louisiana, Texas, Virgínia, Arkansas e Carolina do Norte (formação dos Estados Confederados , presidente Jefferson Davis, capital em Richmond, Virgínia) • 1861 – Início da Guerra de Secessão União vs Confederados (Generais Grant e Sherman) (General Lee) • Janeiro de 1863 – entra em vigor a Proclamação de Emancipação (fim da escravidão nos Estados do Sul – intenção de estruturar a economia sulista) • A supremacia industrial do Norte leva a derrota dos E stados Confederados em Abril de 1865 c) Conseqüências • 600.000 mortes (primeiro conflito a usar as tecnologias da Revolução industrial na guerra) • Reunificação territorial • Desenvolvimento Industrial – prevalece o modelo de desenvolvimento do Norte apoiado na industrialização e na proteção do mercado interno • Abolição da escravidão em toda a União →Entretanto isso não significou a inserção do negro na sociedade americana (Leis de segregação racial no Sul, racismo e perseguição aos negros – Klu Kux Klan) 2º Ano Aula 23: Unificação Alemã e Italiana Objetivos: Debater o processo de consolidação do capitalismo no continente Europeu e sua relação profunda com o processo de unificação da Alemanha e da Itália, assim como o desenvolvimento do nacionalismo como discurso legitimador desse processo de unificação. Estrutura da Aula: 1. A unificação alemã 2. A unificação italiana 3. A Comuna de Paris Planejamento da aula: 1. A unificação alemã • Antecedentes: - Situação política: A região do antigo Sacro Império Romano → profunda fragmentação política e área sobre a influência do Império austro-húngaro - Situação econômica : A principal potência regional era o Reino da Prússia → Processo acelerado de industrialização (Estado como fomentador do desenvolvimento industrial – investimentos, principalmente no setor bélico – Via prussiana ) → Necessidade de mercado consumidor para os produtos prussianos (motor do processo de unificação ) • A unificação : - 1834 – Formação da Zollverein (união alfandegária ) – esforços da diplomacia prussiana em busca de mercados consumidores - O Império Austro-húngaro (excluído originalmente da Zollveirein) força a sua entrada através da ameaça de guerra (medo de que a Prússia se tornasse uma potência regional e ameaçasse a sua hegemonia sobre a região) - Desenvolvimento industrial e militar da Prússia (1830 – 1860) → Política orquestrada pelo chanceler Otto Von Bismarck - Discurso nacionalista:Junção do povo germânico em um único Estado. - 1864 – Guerra dos 2 ducados (Contra a Dinamarca) – anexação de províncias germânicas no Norte. - 1866 – Guerra das 7 semanas (contra o Império Austro Hungaro) – unificação de quase toda a Alemanha (resistiram apenas os Estados germânicos do Sul) - 1870 – Guerra Franco-Prussiana (origem na disputa sobre o trono espanhol) – vitória esmagadora da Prússia sobre o exército Frances. - Unificação da Alemanha. 2. A unificação italiana • Antecedentes: - Situação política: Fragmentação política da Itália → Principais empecilhos a unificação: Norte (sobre influência do Império Austro Húngaro) e Centro (Estado Papais) - Vertentes do nacionalismo italiano (perspectivas de unificação ): Republicanos (Revolucionários como Garibaldi e Mazini ) e Monarquista (Perspectiva defendida pelo Conde de Cavour – unificação sob a hegemonia do reino de Piemonte-Sardenha →reino em franco processo de industrialização ) • A unificação: - Década de 1860 – início das lutas pela unificação → Desembarque de Garibaldi e seus homens no Sul da It ália (Conquista de Parma, Módena, Sicilia e parte dos Estados Papais) → Pressão da burguesia industrial (Norte) pela unificação (Jornal Rissurgimento ) → As forças de Garibaldi e de Pimeonte-Sardenha se junta m em prol da unificação → Luta contra os austríacos pela unificação do Norte (apoio de Napoleão III e do exército Frances) → Luta contra os Estados Papais e contra os franceses (em 1870 Napoleão III retira suas tropas da Itália por causa da Guerra Franco- Prussiana) - 1871 – Unificação da Itália . 3. A comuna de Paris • 1870 - Derrota dos franceses na Batalha de Sedan : Prisão de parte do exército Frances e de Napoleão III → Invasão do exército prussiano (cerco a Paris ) • 1871 – armistício entre a França e Alemanha : Acordo humilhante para a França - pesadas indenizações de guerra, anexação pela Alemanha da Alsacia e Lorena, desmobilização do exército Fra nces (com exceção da Guarda Nacional de Paris ) • A questão do desarmamento da Guarda Nacional faz expl odir a Comuna de Paris (Episódio da tentativa de roubo dos canhões de Montmartre) • A comuna de Paris dura ao todo 72 dias – principal questão dos comunnards: como articular as funções de Estado, com uma perspectiva de governo descentralizado e popular em um contexto de guerra? (cerco prussiano e guerra contra o governo de Versalhes) • Organização do governo através de eleições de deleg ados distritais (autogestão do governo pelos trabalhadores ) • Principais decretos da Comuna: - Extinção do exército (cidadão em armas) - Equiparação salarial de todos os cargos públicos ao dos trabalhadores. - Todas as funções organizativas elegíveis e revogáveis – inclusive os Juizes. - Mudança na educação: Proposta integral formação técnica, política e cultural. - Abolição das dívidas - Autogestão das fábricas abandonadas • A derrota da Comuna : Enquanto a Comuna se estruturava politicamente o governo de Versalhes reorganiza o exército, com apo io do governo prussiano e inicia guerra contra a Comuna → ataque a Paris (21 de maio); em 10 dias o exército Frances toma cidade de Paris, 20 mil comunnards são fuziladas e outros milhares presos e deportados. • Importante : A Comuna como grande mudança dentro da concepção de Revolução . A questão de uma revolução proletária e da construção de uma nova forma de governo e de sociedade a parti r da ação revolucionária do proletariado . Superação dos paradigmas da Revolução Francesa como movimento político. 2º Ano Aula 24: O Neocolonialismo Objetivos: Apresentar as principais mudanças no campo econômico que marcaram o período de 1870 a 1914. Relacionar tais mudanças a política expansionista dos países europeus, dos EUA e do Japão em relação ao continente africano e asiático. Discutir os pressupostos ideológicos construídos pelos europeus para sustentar tal dominação e os conflitos gerados por essas disputas (a paz armada) Estrutura da Aula: 3. O Neocolonialismo 4. A partilha da África e da Ásia 5. A paz armada Planejamento da Aula: 3. O Neocolonialismo • 1870 – 1814 → Processo de expansão violenta das áreas ligadas a produção capitalista (abertura e conquista de mercados) →Denominado de Neocolonialismo ou Imperialismo a) Objetivos: - Conquista do monopólio de mercados consumidores ; - Domínio de áreas produtoras de matéria prima ; b) Mecanismos utilizados: - Aplicação do capital financeiro (empresas estrangeiras); - Política da Canhoneira (utilização da força bélica para forçar para subordinar áreas não integradas ao mercado internacional) - Domínio colonial sobre regiões na África e na Ásia pelas potências européias. • Importante: Prevalecem nas disputas por colônias os interesses de Inglaterra e França . Alemanha e Itália (devido a unificação tardia) se vêem prejudicadas nesse processo . c) O discurso ideológico • Objetivo: Legitimar a dominação das nações industrializadas sobre as colônias. • O discurso do progresso : Construção de uma idéia superioridade das nações industrializada baseada em aspectos tecnológicos. A colonização vista como instrumento civilizador. (imposição dos valores ocidentais) • O discurso racista: Construção de uma idéia de superioridade das nações européias baseada no conceito de raça (fenótipo) e da apropriação de elementos da teoria da evolução. • Construção da idéia do Fardo do Homem Branco • Análise da ficha : Diferenciação entre colonialismo (capitalismo mercantil ) e neocolonialismo ( capitalismo industrial ) 4. A partilha da África e da Ásia a) A Partilha da África • Presença européia na África (séc. XV – XVIII ): Limitava-se as regiões costeiras e se dava, sobretudo, através de acordos com os reinos africanos. • Século XIX : O desenvolvimento das armas de fogo permite aos europeus subordinar os reinos africanos . → primeiro passo se dá com a conquista do Congo Belga em 1876. • Disputas entre as nações européias por possessões na África levam a realização da do Congresso de Berlim (1885) – Criação de protetorados e fronteiras artificiais (pautadas nos interesses europeus e não nas relações culturais dos povos africanos) • Imposição da cultura ocidental sobre os povos afric anos (análise da charge) b) A partilha da Ásia • Índia: a jóia do império britânico - séc. XV – XVIII → Comércio feito através de feitorias entre a Europa e os estados indianos. - 1763 → Início da dominação inglesa através da Companhia das Índias Orientais (séc. XIX – controle inglês sobre toda a região) - Proibição a manufatura local (imposição para forçar a importação de produtos ingleses) e produção de ópio (para a exportação) - 1857 – Revolta dos Cipaios → levante contra a dominação inglesa, acaba sendo contido e a Índia passa a ser administrada diretamente pela Coroa inglesa (Protetorado ). • A China - Império Chinês : região isolada do comércio internacional até o século XIX (visto pelas nações industrializadas como um mercado consumidor em potencial) - Companhia das Índias Orientais : a introdução e comercialização do ópio para a China (primeiro passo para a abertura do mercado chinês) - 1842 – Guerra do Ópio →Reação a presença dos ingleses e do comércio de ópio – revolta esmagada pela marinha inglesa (os chineses são obrigados a abrir seu mercado aos produtos estrangeiros e Hong Kong é cedida aos ingleses ) - Importante: A partir da guerra do Ópio o mercado chinês passa a ser disputa de maneira acirrada pelas principais nações industrializadas. - 1900 – Guerra dos Boxers (Sociedade dos Punhos Unidos) – levante contra a presença estrangeira na China – esmagado pelos exércitos ingleses, russos, japoneses, alemães, franceses e a mericanos . 5. A Europa e a paz armada • Europa ( 1870 –1914): Período de relativa estabilidade dentro do continente europeu → Denominado também pelo nome de Belle Epoque • Esta estabilidade deve ser entendida como uma paz armada → aumento das tensões entre as potências européias devido as disputas coloniais . • Características da paz armada: - Corrida armamentista (preparação para um eventual conflito) - Acordos de mútua proteção em caso de guerra (Utilização do material da Moderna Plus ) • 1882 – Formação da Triplice Aliança (Alemanha, Imp. Áustro-Hungaro e Itália – depois acrescida pela entrada do Imp. Turco) • 1904 – Formação da Entente Cordial (Inglaterra e França – acrescida posteriormente pela Rússia) • Principais conflitos e zonas de tensão: - Questão Marroquina (1904): Disputa pelo Marrocos envolvendo de um lado ING e FRA e do outro a ALE. - Questão Balcânica : Região dominada parte pelo Império Austro- Hungaro e parte pelo Império Turco. Tensões ligadas a movimentos separatistas (pan-eslavistas) apoiados pelo Império Russo. 2º Ano História do Brasil 2º Ano Aula 25: União Ibérica e Invasões Hoandesas Objetivos: Discutir os principais eventos políticos que marcaram a Europa entre os séculos XVI e XVII, o advento da União Ibérica dentro do contexto gera a casa dos Habsburgo e os resultados desse processo para a América Portuguesa com a invasão holandesa. Por fim, apontar as conseqüências da restauração portuguesa e da presença holandesa na colônia. Estrutura da Aula: 1. O contexto europeu e a União Ibérica 2. A invasão holandesa 3. Os resultados da guerra contra a Holanda Planejamento da Aula: 1. O contexto europeu e a União Ibérica • A casa dos Habsburgos: Dinastia mais poderosa na Europa do século XVI e XVII → Reis de Espanha, Sacro Império Germânico e casas reais na Europa Central →Reis profundamente católicos e aliados do Papa - Carlos V (1500 – 1556) - Felipe II (1556 – 1598) • Reforma Protestante – guerras religiosas entre protestantes e católicos • Confronto entre a casa dos Habsburgo e Flandres (Holanda) - motivos religiosos (Flandres era uma região predominantemente calvinista) - motivos econômico (tentativa de controle pelos Habsburgo do principal centro econômico europeu no século XVI e XVII) - Resultado desses conflitos: Separação de Flandres (Holanda) dos domínios dos Habsburgo. • União Ibérica ( 1580 – 1640) - D. Sebastião – monarca português profundamente católico – decide promover uma cruzada contra os reinos muçulmanos do Norte da África - 1578 – Batalha de Alcácer Quibir – desaparecimento de D. Sebastião – crise dinástica em Portugal (D. Sebastião não possuía herdeiros) - 1580 – Invasão de Portugal por Felipe II da Espanha e uniã o das Coroas Ibéricas (1580 até 1640) - 1640 – Movimento da nobreza lusitana, apoiada pela burgues ia e liderado pelo duque de Bragança restabelece a autonomia da monarquia portuguesa – Início da dinastia de Bragan ça com D. João IV. 2. A invasão holandesa a) A invasão • IMPORTANTE: Os conflitos entre Espanha (Habsburgo) e Flandres (Holanda) levam a restrição da participação dos hol andeses no comércio de açúcar na América Portuguesa após a Uni ão Ibérica • Sentido-se prejudicado por essa conjuntura política os holandeses atacam em 1595 feitorias portuguesas na África e sa queiam Salvador (Bahia) em 1604. • 1605 – O rei espanhol proíbe qualquer participação holandesa nos negócios açucareiros. • 1624 – Criação da Companhia das Índias Ocidentais (sociedade anônima bancada pelos comerciantes holandeses ligados ao comércio do açúcar) - Criada para executar atividades militares - ocupar a área produtora de açúcar. - 1624 – Ataque frustrado a Salvador (rechaçado pelas tropas portuguesas) - 1630 – Ataque a Olinda (Pernabuco) – conquista da área açucareira em Pernambuco e outras áreas do nordeste . - Ataque a feitorias africanas na África (controle do tráfico de escravos) • A resistência portuguesa a invasão holandesa foi montada a partir da capitania da Bahia e mobilizou as demais capitânias b) Ocupação holandesa • Governo de Mauricio de Nassau (1637 – 1644) - Nobre holandês mandado para administrar as possessões holandesas na América Portuguesa - Aliança com os senhores de engenho – ponto essencial para a dominação holandesa (concessão de créditos para a expansão da produção de açúcar) - Reestruturação da cidade de Recife (sede do governo holandês em Pernambuco) - Os altos custos do governo de Mauricio de Nassau (principalmente a concessão de créditos) levam a Companhia das Índias Ocidentais a mudar a sua política em relação à zona açucareira o cupada . - 1644 – Retorno de Mauricio de Nassau a Holanda • As guerras brasílicas - 1640 – fim da União Ibérica e intensificação das tropas portuguesas para expulsar os holandeses - Perda do apoio dos senhores de engenho a dominação holandesa (resultado da política de cobrança dos créditos por parte da Companhia das Índias Ocidentais) - 1654 – Expulsão dos holandeses - fragilidade as tropas holandesas devido aos conflitos europeus no qual a Holanda estava envolvida na época. 3. Os resultados da guerra contra a Holanda • Fim das relações comerciais entre Holanda e Portuga l • Perda do controle português das rotas de especiaria s da Ásia (Domínio inglês e holandês a partr o séc. XVII) • Concorrência holandesa e de outros países europeus no comércio do açúcar (produção nas ilhas do caribe) e queda do preço do açúcar • Intensificação do controle metropolitano (tentativa de reaver os custos da restauração portuguesa e das guerras holandesas) - Guerras dos Mascates (1709) – conflito que exemplifica o aumento do controle metropolitano sobre a colônia. - Causa: Emancipação da Vila de Recife em relação a Olinda. - Resultado: Intervenção da metrópole a favor de Recife, alçada a categoria de Vila . Recife (Centro do poder mercantil português) Olinda (Sede do poder da aristocracia açucareira) VS 2º Ano Aula 26: Expansão territorial e atividades econômicas Objetivos: Debater o processo de constituição do chamado “território brasileiro”, problematizando e diferenciando a construção de fronteiras legais entre as monarquias ibéricas e a ocupação de fato da áreas que constituíram a América Portuguesa. Para isso será dado enfoque as atividades econômicas que propiciaram a expansão das áreas ocupadas pelos portugueses na América. Estrutura da Aula: 1. O conceito de território e a ocupação da América Portuguesa 2. As drogas do sertão e a Região Norte 3. A pecuária 4. O mito das bandeiras e a mineração 5. Os tratados e fronteiras legais Planejamento da Aula: 1. O conceito de território e a ocupação da América Portuguesa (séc. XVI ao XVIII) • Território: Apropriação real ou abstrata do espaço através do trabalho humano • “O espaço é a prisão original, o território é a prisão que os homens constroem para si” (Claude Raffestin, Por uma geografia do poder) • Comparação entre as áreas ocupadas pelos portugueses no século XVI e XVIII • Importante: A expansão das áreas ocupadas pela colonização portuguesa se deve a apropriação do espaço através de determinadas atividades econômicas (processo de int eriorização) 2. As drogas do sertão e a Região Norte • A ocupação da região norte deve-se a dois fatores: - As missões religiosas das ordens católicas (processo de catequização indígena) - A exploração das drogas do sertão : Produtos extraídos da floresta (Baunilha, salsaparrilha, castanha do Pará, etc.) Amazônica pelas populações indígenas e exportados para a Europa (relação com os colonos baseada no escambo e altamente condenada pelos jesuítas) • Criação de núcleos urbanos para garantir exploração das drogas do sertão – 1616 – fundação de Belém do Pará • Para garantir a defesa organização administrativa da par te norte da sua colônia Portugalpolítico) • A formação de grandes impérios – anexação de territórios e subordinação de outros povos 1º Ano Aula 09: Pré-História: As sociedades indígenas na América Objetivos: Discutir, a partir das diversa formas de organização social das populações nativas da América, as relações estabelecidas entre os homens (formação de relações sociais) e destes com o meio que os circunda (relações de produção das condições de vida e de sua reprodução). Nesse processo será apresentada uma dimensão geral das populações indígenas que ocupavam a América, assim como, a sua diversidade cultural.. Estrutura da Aula: 1. A Questão Indígena (o olhar sobre o outro) 2. Os povos nativos: diversidade de relações sociais 3. Homem e Natureza: As civilizações Andinas Planejamento da Aula: 1. A Questão Indígena • Análise da ficha: Ritos corporais dos Nacirema. - Quais rituais são descritos? - Há alguma semelhança entre os Nacirema e nós? - Apresentação do texto (a importância da compreensão da diferença – o olhar antropológico) • A presença Indigena no continente Americano (uma questão que mobiliza passado e presente) • Dois exemplos de como esta é uma questão atual: No ano de 2008 podem ser citados os conflitos na Bolivia e a polêmica sobre a demarcação de terras da reserva indigena Raposo/Serra do Sol (questão central é a forma distinta de organização e concepçãod e mundo das populações indigenas e da civilização ocidental – link com a diferença acerca da posse da terra: posse comunal da terra vs. Propriedade privada da terra – Indicação de filme: Terra Vermelha, Marco Bechis – Questão Guarani) • História do continente – história indígena. 2. Os povos nativos: diversidade de relações sociais • Conceito Chave: RELAÇÃO HOMEM → HOMEM • Ocupação de todo o continente – constituição de culturas e formas de relações sociais bem distintas: • A Agricultura - possibilidade de sedentarização - (Domesticação do Milho) → 5.700 a.C na Mesoamérica - (Domesticação da Batata → 8000 a.C. nos Andes • ESQUEMA GERAL DE ORGANIZAÇÃO: →Sociedades organizadas através de Estados (±1000 a.C.) – organizações a partir de centros urbanos. → Sociedades Nômades ou Seminômades. (Como as tribos que ocupavam o atual território brasileiro) • A Aldeia, sociedades comunais → Laços de parentesco → Reciprocidade →Unidade Básica de produção da vida material e da organização do trabalho – Os grandes constituíram-se a partir delas, subordinando-as e mantendo seu poder através dos chefes locais. • A população na América Indígena: - Mesoamérica : ± 20 milhões de habitantes (Continente e mar do Caribe) - Região Andina: ± 12 milhões - Região Amazônica e Litoral Atlântico ± 6 milhões • As etnias indígenas no território brasileiro: - principais grupos étnico-linguistico: Tupi-Guaranis (Costa atlântica); Jê (Planalto central brasileiro); Caraíbas e Aruaques (Planice Amazônica) - Comunidades semi-nomades ou nômades (como os Guaranis e ocupação de toda a região Sul do Brasil, Uruguai e Paraguai) • A Construção das Grandes Civilizações: - Os Maias – As Cidades-Estado e os reinos - Incas e Astecas – formação de Grandes Impérios (NOTA: São Impérios extremamente recentes – Inca – consolidação do poder imperial entre 1453 a 1532 / Asteca 1325 a 1521) 3. Homem e Natureza: As civilizações Andinas • Conceito Chave: RELAÇÃO HOMEM → NATUREZA • Características específicas da Cordilheira dos Andes: - Variação climáticas devido a altitude – constituição de “arquipélagos” ecológicos. • Processo de sendentarização e o desenvolvimento da agricultura em patamares diferentes • A Mita – forma de organização do trabalho → Os laços de parentesco e reciprocidade e a mobilidade de uma aldeia pela montanha • A apropriação da Mita (forma de organização do Trabalho0 pelo Império Inca (Transformação em tributação) História Antiga Antiguidade Oriental 1º Ano Aula 10: O Egito Antigo: Sociedade de classes Obs: Aula para duas entradas Objetivos: Apresentar as principais características da sociedade egípcia, tomando-a como exemplo do processo de formação do Estado e constituição de uma sociedade de classe. Discutir a profunda relação entre homem e natureza na constituição da agricultura de irrigação e o papel do Estado na apropriação do excedente (conceito de despotismo oriental) Apresentar a estrutura social egípcia e seus aspectos culturais. Metodologia: Aula expositiva, Debate de trecho do documentário “O mundo se ninguém” e apresentação de Power-point Estrutura da Aula: 1. Um pouco de Cronologia: A Antiguidade Oriental. 2. Despotismo Oriental e as primeiras civilizações 3. O Egito antigo e o Nilo. 4. O poder faraônico e a sociedade egípcia. 5. O Egito antigo: características sociais e culturais. Planejamento da Aula: 1. Um pouco de Cronologia: A Antiguidade Oriental. IMPORTANTE: Construir a linha do tempo da História Antiga • ±5000 a.C. – desenvolvimento da escrita (indício da formação do Estado) – marco do início da Idade Antiga. • Divisão da Idade Antiga em dois blocos (separação baseada em espaços geográficos distintos) - Antiguidade Oriental: Região do norte da África e Oriente Médio (inclui as civilizações do Egito e da Mesopotâmia) - Antiguidade Clássica: Região Mediterrânica (inclui as civilizações da Grécia e de Roma) IMPORTANTE: Utilização do Google Earth para caracterizar cada uma destas regiões, com especial ênfase na região do Crescente Fértil • O fascínio que sentimos por essas sociedades antigas baseia-se sobretudo na monumentalidade de suas edificações. • Trecho do Documentário: “O mundo sem ninguém” (Parte 3) – a questão da monumentalidade e longevidade desses monumentos frente a nossa sociedade do consumo. • Lição de casa: Utilização do Google Earth e visitação de alguns dos principais monumentos da antiguidade oriental 2. Despotismo Oriental e as primeiras civilizações. • Despotismo oriental : Um modelo explicativo criado para caracterizar as sociedades da Antiguidade Oriental – Origem no termo Modo de produção asiático. • Importante: Os modelos explicativos são importantes no estudo de História, no entanto deve ser visto com cuidado, pois há diversas especificidades que os modelos não dão conta. • Características do Despotismo Oriental Política: o Poder centralizado o Estado teocrático Economia: o Sociedade agrícola baseada na cultura de irrigação (próximo a grandes rios) o Controle do Estado sobre as terras destinadas a agricultura o Servidão Coletiva Sociedade: o Religiões politeísta o Concepção cíclica de mundo 3. O Egito antigo e o Nilo. • A ocupação do vale do Rio Nilo - período Neolítico (5.000 .aC.) – populações nômades provenientes da África e Ásia em busca de terras férteis em meio ao processo de desertificação do Norte da África. • Trecho do documentário: “Construindo um Império” (Parte 1) • O vale do rio Nilo: região propícia para o desenvolvimento da agricultura – processo natural de fertilização das margens dos rios – facilitando assim o desenvolvimento das atividades agrícolas. • A formação dos nomos – aldeias autônomas localizadas nas margens do Nilo – estruturada a partir da agricultura de irrigação (sistemas de diques e canais utilizados para aumentar e controlar as áreas de inundação do Nilo) • Unificação dessas aldeias formando dois grandes reinos (ou confederações) – o Alto Egito (Vale do rio Nilo), e o Baixo Egito (região do Delta) • 3.100 – unificação das duas coroas por Namer (Menés) primeiro governante do Egito a se intitular faraó. 4. O poder faraônico e a sociedade egípcia. • Estrutura de governo extremamente hierarquizada • Poder do faraó baseado no controle quase exclusivo sobre a terra (portanto sobre a agricultura) e na sua dimensão divina (ele era identificadocria o Estado de Grão Pará e Maranhão com governo-geral próprio – unificado ao Estado do Brasil somente em 1774. • Maranhão - A ocupação do Maranhão se deve a uma outra atividade econômica – o algodão . Características semelhantes a da produção de açúcar (Plantation ) • Conflitos coloniais : Revolta de Beckman (1684) - Contexto Histórico: Restauração portuguesa (1640) e o fim da invasão holandesa (1654) – aumento da exploração da metrópole sobre a colônia. - Causa: Insatisfação dos colonos com a Companhia do Grão-Pa rá e Maranhão e o preço dos produtos (companhia criada pelo governo português e que monopolizava a compra do algodão e venda de produtos metropolitanos – inclusive de escravos) - Movimento liderado por dois irmãos: Manuel e Tomás Backman . Forte repressão da Coroa e prisão dos principais lí deres . Mas em contrapartida, para acalmar os ânimos na região, a Coroa portuguesa extinguiu a companhia. 3. A pecuária a) O sertão nordestino • Criação de gado para abastecer as áreas produtoras de açúcar. (Gado de corte e leiteiro industrias do charque e do couro) • Expansão da zona criadora de gado ao longo do sertã o nordestino e vale do rio São Francisco. • Mescla de trabalho livre e trabalho escravo b) A fronteira Sul • Expansão da pecuária a partir da capitânia de São P aulo – rápida adaptação do gado bovino a região dos pampas (extensas planícies recobertas de gramíneas) • Interesses da Coroa portuguesa na ocupação da front eira Sul: Área de litígio entre as coroas Ibéricas . Disputa pela foz do Rio da Prata. • Constituição da pecuária e da indústria do charque (exportação para as minas do altiplano boloviano) • Criação da Colônia de Sacramento na foz do Rio da Prata 4. O mito das bandeiras e a mineração • A vila de São Paulo de Piratininga – criação do povoado em 1554 (povoamento realizado por padres jesuítas – Padre Antonio Nóbrega e Padre Anchieta) - 1561 – São Paulo ganha o status de vila - Área periférica da América Portuguesa - Economia de subsistência e produção de trigo (serviu como centro de abastecimento para as tropas portuguesas nas guerras holandesas) - forte presença de elementos indígenas . (incorporação e conflitos na relação entre colonos, população indígena e missionários) → Cultura híbrida. • As bandeiras paulistas - Definição: Expedições militares voltadas para a exploração do interior da colônia , formada por colonos portugueses de São Paulo, mestiços e populações indígenas aliadas. - Fator Geográfico: A rede hidrográfica de São Paulo facilitava o processo de exploração do interior da colônia . - Importante: As bandeiras correspondiam a atividades econômicas marginais dentro do cotidiano da vila de São Paulo de Piratininga Bandeira de apresamento: Captura de índios para o trabalho escravo, sobretudo para abastecer a economia paulista (confronto com as missões jesuíticas) Bandeira de prospecção: Busca de minas de metais e pedras preciosas - O sonho do Eldorado (comparação com a América Espanhola) - 1693 – Antônio Rodrigues Arzão: descoberta do ouro de aluvião na região de Minas Gerais - 1718 – Pascoal Moreira Cabral: descoberta de ouro n a região de Goiás e Mato Grosso Bandeiras como expedições mercenárias: Domingos Jorge Velho e a destruição do Quilombo dos Palmares - Importante: As Bandeiras constituíram a abertura de rotas para o interior da colônia, mas não foi responsável pela o cupação desse território. 5. Os tratados e fronteiras legais • Século XVIII e XIX: tentativa de estabelecer novos limites das colônias ibéricas - 1750 – Tratado de Madri (Anexação da região Norte e Centro Oeste) - 1777 – Tratado de Santo Idelfonso - 1801 – Tratado de Badajoz (Definição da foz do Rio da Prata) 2º Ano Aula 27: A mineração na América Portuguesa (Aspectos econômicos e políticos) Objetivos: Discutir o papel das bandeiras paulistas na ocupação do interior da colônia portuguesa e sua relação com a descoberta das jazidas de metais e pedras preciosas. Debater o impacto da exploração destas jazidas para a colônia e para a metrópole. Apresentar as principais características políticas e econômicas da sociedade mineradora, assim como as conseqüências da atividade mineradora para a dinâmica social da colônia. Estrutura da Aula: 1. A descoberta do Ouro 2. A Coroa e a exploração das minas 3. As relações sociais nas Minas Gerais Planejamento da Aula: 1. A descoberta do Ouro • Final do século XVII – Bandeira de Fernão Dias (1674) descobre a rota para a região de Minas Gerais • 1693 – descoberta de ouro de aluvião na região de M inas Gerais – bandeira de Antonio Rodriguez Arzão → início do fluxo de paulistas para a região (mineração nos ribeirões) • 1898 – Antônio Dias de Oliveira descobre jazidas de ouro na região onde será fundada posteriormente Ouro Preto • Início do séc. XVIII → A descoberta das minas de ouro desencadeiam uma onda de migração (Bahia, Rio de Janeiro e outras províncias) e de imigração (principalmente de Portugal): cerca de 10 mil pessoas por ano. • Este fluxo de pessoas leva a formação de núcleos urbanos , mas ainda sem o controle da Coroa . • 1708 – Guerra dos emboabas Origem: Conflito pelo controle da região das minas ente pau listas (pioneiros na exploração da área e que queriam manter o controle exclusivo da região) e os chamados emboabas (migrantes estabelecidos na área e grandes comerciantes ligado s ao abastecimento das minas) Resultado: Os paulistas derrotados abandonaram a região em busca de outras jazidas, descobrindo-as na região d e Goiás e Mato Grosso (processo de ocupação da região Centro-Oeste) Conseqüências: Em resposta a Guerra dos Emboabas a Coroa decidiu criar instituições administrativas para con trolar a região . 2. A Coroa e a exploração das minas • Criação de instituições administrativas : processo de centralização do poder e controle da extração do ouro pela Coroa . • Principais medidas: - Separação da capitania do Rio de Janeiro da região formada por Minas Gerais/São Paulo (capitânia independente) - Criação de núcleo urbanos com status de vila (normatização e controle da população mineradora) - Constituição do aparelho administrativo fiscal (mecanismo de controle da produção mineradora e da arrecadação do ouro por parte da Coroa) o Regimento de terras (organização das áreas mineradoras) – privilégios de acesso a concessões das minas pela quantidade de escravos. o Impostos reais (arrecadação da quinta parte, ou quinto real) - Cobrança por batéia (cobrado pelo número de escravos) – suspenso devido a diversas revoltas - Criação das casas de fundição (Arrecadação de todo o ouro extraído e retirada de 20% para a Coroa, o restante era fundido em barras com selo real) Objetivo: Evitar o contrabando e garantir a arrecadação da Coroa. • 1720 - Revolta de Vila Rica (ou Revolta de Felipe do Santos) - Motivos: Oposição a criação da casa de fundição na vila de V ila Rica (Apoio de grandes comerciantes, mineradores e de setores populares) - Reação da Coroa: Conde de Assumar comandando 1500 homens acaba com o motim – Filipe dos Santos (líder popular do levante) é preso e executado. • Conseqüências: Aumento do controle real sobre a região - Criação da capitânia de Minas Gerais - Estipulação de uma arrecadação anual para cada cida de como quinto real – 100 arrobas (1500 kg) →pago normalmente até 1762 (nos anos seguintes a Coroa iria impor a cobrança violenta da cota as cidades – Derrama) - 1763 – Transferência da sede do vice-reino para o Rio de Janeiro 3. As relações sociais nas Minas Gerais • Conseqüências da mineração: Processo de interiorização da colonização e interligação da economia colonial → redes de abastecimento das áreas mineradoras: - São Paulo (produção de alimentos – trigo) - Bahia/Pernambuco (produçãode alimentos – pecuária – e escravos) - Rio de Janeiro (produtos manufaturados e escravos) • Região marcada pela opulência (luxo) e pela miséria → riqueza concentrada nas mãos de uma minoria (atravessadores de gêneros alimentícios, grandes mineradores e funcionários reais) • Alto custo de subsistência : grande número de trabalhadores livres e miseráveis (inflação dos preços na área) • Utilização de mão-de-obra escrava nas minas (os escravos compunham mais da metade da população das áreas mineradoras) • Formação de grandes centros urbanos : Vila Rica (Ouro Preto), Mariana, Sabará, São João del Rei, etc. • Sociedade urbana → Cultura hibrida (mescla de elementos portugueses e africanos, erudito e popular, sacro e profano) – traço comum não só na região das minas, mas em toda a colônia. 2º Ano Aula 28: A Crise do Antigo Sistema Colonial Objetivos: Apresentar os processos históricos que levaram a desestruturação do Antigo Regime e seus impactos na relação entre Portugal e o Brasil, assim como a eclosão dos primeiros movimentos separatistas. Estrutura da Aula: 1. A crise do Antigo Sistema Colonial 2. O Iluminismo e a Reforma Pombalina 3. Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana Planejamento da Aula: 1. A crise do Antigo Sistema Colonial • Questão Central: O século XVIII é marcado pela Crise do Antigo Sistema Colonial. • Impacto das grandes transformações sociais que marcaram esse período (Iluminismo, Revolução Industrial e Revolução France sa) • O declínio do império português o Período de redefinição do equilíbrio de forças no plano internacional - séc. XV e XVI – supremacia de Portugal e Espanha - séc. XVII e VIII – supremacia de Holanda, Inglaterra e França o A situação de Portugal nesse contexto: - Diplomacia de neutralidade (salvaguardar as colônias) - Estreitamento das relações com a Inglaterra (Tratado de Methuen - 1703 ) o Acordos comerciais (exportação de vinho e importação de tecidos) o Acordos políticos e militares (Proteção em relação a França e Espanha – dinastia do Boubons) Consequencia: Aumento da dependência portuguesa em relação a Inglaterra (devido ao processo de industrialização e o descompasso da balança comercial portuguesa) 2. O Iluminismo e a Reforma Pombalina • Sec. XVIII: Constituição de uma percepção dentro de Portugal de uma situação de decadência e atraso em relação aos demais países europeus. (Perda de possessões coloniais e crise econômica) • 1750 - Coroação de D. José I – nomeação do Marquês de Pombal como ministro real. • Marquês de Pombal: Fortemente influenciado pelas idéias iluministas (racionalização da máquina administrativa e despotis mo esclarecido ) • Reformas Pombalinas: Objetivos: Reorganizar a administração portuguesa sobre princípios racionais - Criação de Companhias de Comércio (Grão Pará e Maranhão, Pernambuco) - Desenvolvimento de manufaturas e da produção agríco la - Consolidação das fronteiras coloniais - 1750 – expulsão dos Jesuítas de confiscos dos bens da orde m em território português - Reforma da educação – criação de escolas laicas • 1777 – Com a morte de D. José I assume o trono sua esposa D. Maria. → Pombal é deposto parte de suas reformas interrompid as. 4. Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana • Contexto político: Movimento Iluminista, Independência dos EUA Revolução Francesa – Crise do Antigo Regime . • Conseqüências na América Portuguesa: Formação de movimentos separatistas na colônia . a) A inconfidência mineira (1789) • Região das minas, segunda metade do séc. XVIII: Declínio da extração de ouro. Dificuldade em pagar o quinto rea l. • Ameaça de realização da derrama por parte das autoridades portuguesa (Ameaça que recaia principalmente sobre a elite colonial das regiões mineradores - maiores devedor es) • Influencia das idéias iluministas e contestação do antigo regime → A maior parte dos inconfidentes havia estudado na Europa e tiveram acesso a estas obras . • 1788 - Formação de planos de insurgência contra a Coroa (a ser deflagrado quando começasse a derrama ) • Programa dos inconfidentes: - Independência da capitânia de Minas Gerais - Proclamação de uma república (modelo dos EUA) • 1789 – Delação de Silvério dos Reis – prisão de todos os envolvidos na Inconfidência. • Os lideres são degredados (como Tomáz Antonio Gonzaga) , com exceção do alferes José Joaquim da Silva dos Re is, conhecido pelo nome de Tiradentes . (Construção posterior de sua imagem como herói da nação – final do séc. XIX e início do XX) b) Conjuração baiana (1798) • Bahia, séc. XVIII: Declínio da produção de açúcar e do poder político da elite regional (acentuado após a mudança da sede do governo-geral para o RJ) • Movimento fortemente inspirado na Revolução Frances a (República Jacobina ) e de caráter popular (ampla participação de escravos negros e libertos ) • Programa dos conjurados: - Independência da capitânia da Bahia - Proclamação de uma República - Abolição da escravidão • 1789 – Lançamento de um panfleto conclamando o povo a revolta. Os líderes do movimento foram preso, quatro enforcados e os demais degredados. 2º Ano Aula 29: A Crise do Antigo Sistema Colonial Objetivos: Apresentar os processos históricos que levaram a desestruturação do Antigo Regime e seus impactos na relação entre Portugal e o Brasil, assim como a eclosão dos primeiros movimentos separatistas. Estrutura da Aula: 1. A crise do Antigo Sistema Colonial 2. O Iluminismo e a Reforma Pombalina 3. Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana Planejamento da Aula: 1. A crise do Antigo Sistema Colonial • Questão Central: O século XVIII é marcado pela Crise do Antigo Sistema Colonial. • Impacto das grandes transformações sociais que marcaram esse período (Iluminismo, Revolução Industrial e Revolução France sa) • O declínio do império português o Período de redefinição do equilíbrio de forças no plano internacional - séc. XV e XVI – supremacia de Portugal e Espanha - séc. XVII e VIII – supremacia de Holanda, Inglaterra e França o A situação de Portugal nesse contexto: - Diplomacia de neutralidade (salvaguardar as colônias) - Estreitamento das relações com a Inglaterra (Tratado de Methuen - 1703 ) o Acordos comerciais (exportação de vinho e importação de tecidos) o Acordos políticos e militares (Proteção em relação a França e Espanha – dinastia do Boubons) Consequencia: Aumento da dependência portuguesa em relação a Inglaterra (devido ao processo de industrialização e o descompasso da balança comercial portuguesa) 2. O Iluminismo e a Reforma Pombalina • Sec. XVIII: Constituição de uma percepção dentro de Portugal de uma situação de decadência e atraso em relação aos demais países europeus. (Perda de possessões coloniais e crise econômica) • 1750 - Coroação de D. José I – nomeação do Marquês de Pombal como ministro real. • Marquês de Pombal: Fortemente influenciado pelas idéias iluministas (racionalização da máquina administrativa e despotis mo esclarecido ) • Reformas Pombalinas: Objetivos: Reorganizar a administração portuguesa sobre princípios racionais - Criação de Companhias de Comércio (Grão Pará e Maranhão, Pernambuco) - Desenvolvimento de manufaturas e da produção agríco la - Consolidação das fronteiras coloniais - 1750 – expulsão dos Jesuítas de confiscos dos bens da orde m em território português - Reforma da educação – criação de escolas laicas • 1777 – Com a morte de D. José I assume o trono sua esposa D. Maria. → Pombal é deposto parte de suas reformas interrompid as. 4. Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana • Contexto político: Movimento Iluminista, Independência dos EUA Revolução Francesa – Crise do Antigo Regime . • Conseqüências na América Portuguesa: Formação de movimentosseparatistas na colônia . c) A inconfidência mineira (1789) • Região das minas, segunda metade do séc. XVIII: Declínio da extração de ouro. Dificuldade em pagar o quinto rea l. • Ameaça de realização da derrama por parte das autoridades portuguesa (Ameaça que recaia principalmente sobre a elite colonial das regiões mineradores - maiores devedor es) • Influencia das idéias iluministas e contestação do antigo regime → A maior parte dos inconfidentes havia estudado na Europa e tiveram acesso a estas obras . • 1788 - Formação de planos de insurgência contra a Coroa (a ser deflagrado quando começasse a derrama ) • Programa dos inconfidentes: - Independência da capitânia de Minas Gerais - Proclamação de uma república (modelo dos EUA) • 1789 – Delação de Silvério dos Reis – prisão de todos os envolvidos na Inconfidência. • Os lideres são degredados (como Tomáz Antonio Gonzaga) , com exceção do alferes José Joaquim da Silva dos Re is, conhecido pelo nome de Tiradentes . (Construção posterior de sua imagem como herói da nação – final do séc. XIX e início do XX) d) Conjuração baiana (1798) • Bahia, séc. XVIII: Declínio da produção de açúcar e do poder político da elite regional (acentuado após a mudança da sede do governo-geral para o RJ) • Movimento fortemente inspirado na Revolução Frances a (República Jacobina ) e de caráter popular (ampla participação de escravos negros e libertos ) • Programa dos conjurados: - Independência da capitânia da Bahia - Proclamação de uma República - Abolição da escravidão • 1789 – Lançamento de um panfleto conclamando o povo a revolta. Os líderes do movimento foram preso, quatro enforcados e os demais degredados. 2º Ano Aula 30: O Período Joanino (1808 – 1820) Objetivos: Narrar os episódios que propiciaram a vinda da família real portuguesa para o Brasil dentro do contexto das guerras napoleônicas. Discutir as transformações e os impactos da transferência do estado lusitano para a colônia. Apontar os elementos que levaram ao retorno de D. João VI a Portugal e a deflagração da independência do Brasil. Estrutura da Aula: 1. A vinda da família real 2. A interiorização da metrópole 3. A revolução dos Portos e o fim do período Joanino Planejamento da Aula: 1. A vinda da família real • 1806 – Bloqueio Continental (contexto das guerras napoleônicas) • 1808 – Invasão napoleônica – fuga da família real portuguesa e da corte para a colônia americana (com a proteção da Inglaterra) • Período Joanino – presença da corte portuguesa na colônia (1808 – 1821) • O fim do Pacto colonial - 1808 – Abertura dos Portos (As nações amigas) – medida que atende aos interesses ingleses . 5. Necessidade de pensar esse tratado como um momento de Ruptura – Fim do pacto colonial e superação da condição de co lônia (liberdade de comércio para as elites coloniais) - 1810 – Tratados com a Inglaterra • Tratado de Aliança e Comércio (24% as nações estrangeiras, 16% a produtos portugueses e 15% a produtos ingleses ) • Tratado de Aliança e Amizade (Privilégios aos ingleses e restrição do tráfico de escravos ) • Fim das restrições as colônias a produção manufatur eira. 2. A interiorização da metrópole • A transferência do estado português para a colônia • Constituição no Rio de Janeiro das instituições do Estado português • Criação do banco do Brasil (para regular o tesouro real e as finanças portuguesas) • Transferência de toda a burocracia metropolitana - Exército - Estado Maior português - Suprema Corte • 1815 – Com a derrota de Napoleão Bonaparte e a realização do Congresso de Viena o Brasil é elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves • A política externa Joanina • Intervenção na Guiana Francesa (retaliação a França) • Intervenção na região do Rio da Prata (1811 e em 1816) – antiga ambição portuguesa • 1821 – Anexação da província cisplatina (Uruguai) • A Revolução Pernambucana (1817) • Causas: - Insatisfação em relação a transferência do eixo p olítico para o sudeste (RJ); - Declínio da produção açucareira e os altos custos da manutenção da corte e de suas campanhas militares ; • Início da revolta em Pernambuco e expansão para Alagoas, Para íba e Rio Grande do Norte • Com o apoio popular nessas províncias os revoltosos procl amaram uma República • Intervenção das tropas reais dissolve os revoltosos em 2 meses 3. A revolução dos Portos e o fim do período Joanino • 1820 – Revolução dos Portos (Portugal) – de caráter liberal e antiabsolutista – liderada pela burguesia portuguesa ; • Formação das Cortes (assembléia constitucional ) para a constituição de uma monarquia constitucionalista. Exigência do retorno de D. João VI – diante da pressão ele retorna em 1821, deixando seu filho, D. Pedro, como príncipe regente doBrasil. 2º Ano Aula 31: O processo de independência e o primeiro reinado (1822 – 1831) Nota: Aula para duas entradas Objetivos: Discutir as principais questões relativas ao processo de emancipação e da construção do Estado nacional. Neste sentido ressaltar as discussões e tensões entre os poderes locais o poder central, entre as perspectivas acerca da forma de governo e os primeiros passos na constituição de uma identidade nacional. Estrutura da Aula: 1. A independência do Brasil (1822) 2. A constituição do Estado brasileiro 3. A confederação do Equador 4. O conceito de nação e as representações da independência 5. A abdicação de D. Pedro I Planejamento da aula: 1. A independência do Brasil (1822) • 1821 - Volta de D. João VI para Portugal - Cortes de Lisboa → Perspectiva de restituição das estruturas coloniais (exclusivismo colonial) - Os representantes da colônia deixam em protesto as cor tes de Lisboa - Pressão para a volta do príncipe regente D. Pedro I Análise da carta de José Bonifácio • 1822 – Proclamação da Independência - Apoio da elite aristocrata e escravista - Defesa das estruturas monárquicas (diferença das independências da América Hispânica) • Guerra de Independência - Resistência de regiões ligadas ao comércio com Port ugal (Salvador – BA e no Pará) - Formação de um exército mercenário e manutenção da unidade territo rial . • Homologação da Independência - 1824 (EUA): Contexto da doutrina Monroe - 1824 (POR): Pagamento de uma quantia de 2 milhões de lib ras (empréstimos em bancos ingleses) e garantia de que nenhuma outra colônia se juntaria a o Brasil (questão de Benguela) - 1826 (ING): Renovação dos acordos de 1810 2. A constituição do Estado brasileiro • Principais questões em discussão (formato de govern o) - Estado liberal vs. Estado absolutista - Federalismo vs. Centralismo • 1823 – Formação da Assembléia Constituinte Constituição da Mandioca (Projeto de Constituição ) – proposta dos irmãos Andrada. Síntese do projeto: - Soberania do poder legislativo (o Imperador não poderia dissolver o legislativos) - Limitação do poder executivo : Não possuía poder de veto sobre as decisões do legislativo - Sistema de voto censitário e indireto Eleitor Alqueire de Mandioca 5 Eleitor de 1º Nivel 150 Eleitor de 2º Nivel 250 Deputado 500 Senador 1.000 • 1824 – Dissolução da Assembléia e outorgação da Constituiç ão por D. Pedro I • Divisão em quatro poderes: - Judiciário - Legislativo - Executivo (Imperador) - Moderador (De posse do Imperador, permitia a inte rvenção nos demais poderes) • Instituição de uma nobreza (instituída pelo governo e não hereditária ) • Catolicismo – religião oficial do Estado • Voto indireto e censitário • Criação do conselho de Estado 3. A Confederação do Equador (1824) – a questão da unidade territorial • Perspectiva “antilusitana” e federalista →Oposição ao texto centralizador da Constituição • Principais líderes:Cipriano Barata e Frei Caneca 5 1 alqueire equivale a 24.200 m quadrados. • Formação de uma junta governamental (apoio de outras províncias do nordeste) • Forte repressão do governo do RJ . 4. O conceito de nação e as representações da independência • Definição do conceito de nação de Benedict Anderson - Comunidade política (coletivo pautado em relações políticas) imaginada (pois não é uma relação pessoal), soberana (pois possui seu próprio governo – Estado) e limitada (possui um território com fronteiras definidas) • Diferenciação entre Estado nacional e Monarquias da Idade Moderna → relação entre povo soberano e seu Estado ao invés de súditos de um monarca. • Discurso político para legitimar essa ideia → nacionalismo (construção de uma identidade nacional ) • Processo de independência como marco de fundação pa ra ex-colônias • Análise dos quadros da independência do Brasil e da figura de D. Pedro I 5. A abdicação de D. Pedro I Fatores internos: • Instabilidade política : Conflito entre partidários da independência (brasileiros) e da reunificação (portugueses) →Importante lembrar que D. Pedro I era herdeiro do trono português • Crise da Cisplatina (1825 – 1828) : Pesados gastos públicos • Crise Econômica (1828) : Instalação da falência do Banco do Brasil Fatores externos: • 1826 – Morte de D. João VI → Crise sucessória do trono português (envolvimento de D. Pedro nesta discussão) • 1831 – Devido a pressão de D. Pedro I é obrigado a abdicar em favor de seu filho (Na época era de menor de idade) 2º Ano Aula 32: Colonização espanhola Objetivos: Demonstrar as especificidades da colonização da América Hispânica e suas principais características; dando ênfase nos aspectos econômicos (tanto a produção colonial, quanto às formas de trabalho compulsório empregado) Estrutura de Aula: 1. Economia Colonial 2. Administração Colonial Planejamento da Aula: 1. Economia Colonial a) Mineração (bullion, bullionismo) • Produção de ouro e prata na América Hispânica (1503 – 1660) - 186 mil quilos de ouro - 16 milhões de quilos de prata - Espiral de preços (inflação na Europa) • Urbanização e mineração (ocupação de zonas interiores) • 1545 - Minas de Potosi (Bolívia) – descoberta das minas e inicio da ocupação • 1573 a vila de Potosi conta com uma população de 120 mil habitante s b) Lavoura Tropical • Região das Antilhas (Ilhas) e parte da América do S ul • Principais Produtos: - Açúcar - Tabaco - Anil - Cacau c) Formas de trabalho compulsório • Escravidão (Indígena, mas principalmente Negra) - Trabalho nas lavouras (Principalmente Antilhas e Venezuela) • Encomienda (instituição de origem Ibérica) - Posse das populações indígenas (direito de usufruto de seu trabalho, argumento reli gioso ) • Mita (instituição de origem Pré-Colombiana) - Tributo Sazonal em forma de Trabalho (arregimentação do trabalho) 2. Administração Colonial a) Divisão administrativa (Recurso digital da Moderna plus ) • Vice-Reinos - Nova Espanha - Peru - Nova Granada - Rio da Prata (1776) • Capitanias - Cuba - Guatemala - Venezuela - Chile b) Principais órgãos administrativos Órgãos responsáveis pela política Colonial • 1503 – Casa de contratação de Sevilha (organização do fluxo comercial) • 1524 – Conselho Real e Supremo das Índias (idealizador da política colonial) Órgãos Coloniais • Vice-Reinos e Capitanias (órgãos administrativos) • Audiências (órgão judicial) • Cabildo (órgão político regional, câmara municipal) Hierarquia da administração colonial espanhola • Chapetones ou Peninsulares : Homens nascidos na Espanha e mandados pelo Rei para assumir os principais cargos da administração colonial. • Criollos : Elite colonial nascida na colônia (poder local), proibida de assumir os principais cargos administrativos da col ônia . Características da política colonial Hispânica. • Forte domínio Metropolitano (rígida legislação colonila) • Sistema de Porto Único : - Portos Americanos: Vera Cruz (México) ;Tierra Firme (Panamá); - Porto Belo (Istmo) Porto na Espanha (Cadiz/Sevilha) 2º Ano Aula 33: A independência da América Hispânica (América do Sul) Objetivos: Discutir o processo de independência das colônias hispânicas, tendo como ênfase a independência das Colônias da América do Sul. Debater o processo de formação dos Estados Nacionais, suas especificidades e a questão das identidades nacionais desencadeadas pelas guerras de independência. Estrutura da aula: 1. As colônias espanholas na Crise do Antigo Regime. 2. As Guerras de Independência Planejamento da aula: 1. As colônias espanholas na Crise do Antigo Regime. • Situação periférica da Espanha em relação as princi pais monarquias européias (Inglaterra e França) – Monarquia Absolutista e com uma economia agrária • Dinastia Bourbon – Carlos III e a Reforma administrativa (baseado nas idéias Iluministas e na preocupação de racionalizar as estruturas econômicas do Império) – arrecadação de tributos e controle da administração • Tensões internas – descontentamento da elite Criolla ( em relação aos chapetones e a Coroa) e da população pobre (a questão da terras e dos tributos para as populações indigenas e questão da liberdade para os escravos negros) • Independência dos EUA (1776) • Levantes criollos e populares (Levante de Tupac Amaru – Peru – 1780/1781 ) 2. As Guerras de Independência a) O contexto histórico • 1808 - Invasão Napoleônica a Península Ibérica e deposição do rei espanhol (José Bonaparte é declarado rei de Espanha) – Crise de legitimidade. • 1810 - Formação da junta governamental de Cadiz (ESP) → Reação nas colônias e formação de juntas governamentais nos pr incipais cabildos (elite Criolla). b) Independência de Nova Granada (Colômbia, Panamá, Venezuela e Equador) • 1811 – Lutas pela Independência da Venezuela por Franscisco Miranda • 1812 – Forte repressão espanhola e um terremoto abalam o movimen to (uso político por parte da Igreja ) → com a deportação de Miranda , o jovem Simón Bolívar assume o comando das tropas . • 1813 – Devido a pressão das tropas realistas Simon Bolívar é obriga do a fugir da Venezuela e se exila no Haiti . (retomada da luta por independência) • Análise de documento: Carta da Jamaica, Simón Bolívar (1815) • Retorno à Venezuela - Independência em 1819 c) Independência do Rio da Prata • 1806-1807 – Tentativa de invasão inglesa a Buenos Aires (Os invasores são rechaçados por tropas criollas ) • 1810 – Formação da junta governamental de Buenos Aires (1811 consolidação da Independência do Vice Reino do Prata – Paraguai consolida a junta governamental sob as ordens de Gaspar Rodriguez Francia, inicio do fechamento) • 1812 – Chile proclama independência (em 1814 as tropas realistas vindas do Peru retomam o controle) • 1815 – O Uruguai torna-se independente sob a liderança de José Gervasio Artigas • 1816 – (Argentina) – Congresso de Tacumán e o rompimento definitivo com a Espanha (exercito de San Martin) • 1817 – Exercito de San Martin atravessa os Andes e liberta o Chile , quem assume o poder é Bernardo O´Higgis - (1817 – 1820) Preparação para a campanha do Peru d) O Vice reino do Peru • Centro do Poder Espanhol na América do Sul • 1820 – Ataques de Bolívar e de San Martin • 1821- A capital Lima é tomada • 1822 – Em Guaiquil San Martin entrega suas tropas a Bolíva r e exila-se na Europa (Fim das guerras de Independência na América do Sul ) 2º Ano Aula 34: História da América – A formação dos Estados Nacionais na América Latina. Objetivos: Apresentar um panorama da situação da América Latina pós- independencia, expor os projetos unitaristase a fragmentação da América hispânica, tendo como objetivo principal demonstrar o processo de formação dos Estados nacionais. Estrutura de Aula: 1. Projetos Unitaristas a) Bolívar e a Grã-Colombia b) Buenos Aires e as Províncias Unidas do Prata 2. Caudilhismo e fragmentação da América hispânica 3. Representação social e os libertadores da América Planejamento de Aula: 1. Projetos Unitaristas Panorama político pós independência: • Herança das estruturas coloniais (Exército, Igreja ) e do reformismo dos Reis Bourbons. • Necessidade de se estruturar politicamente os Estados independentes . • Embate político pós-independência influenciado pela s idéias e modelos Europeus → Monarquia constitucional inglesa (sobretudo para os setores mais conservadores) ou República derivada do modelo da Revolução Francesa e da estrutura federalista dos EUA (setores liberais). • Prevalece Estados com sistemas de governo republicanos . • A questão central passa a ser: A manutenção da unidade territorial e poder político centralizado (Centralismo – posição defendida por Bolívar) vs. Fragmentação territorial e descentralização do poder político (Federalismo) a) Bolívar e a Grã-Colombia - 1819 – Independência de Nova Granada (Colômbia, Venezuela e Equador) → Bolivar e o projeto unitarista - 1826 – Congresso do Panamá (Bolívar apresenta a sua tese de uma grande América) - 1830 – Morte de Bolívar e desmembramento da Grã-Colombia b) Buenos Aires e as Províncias Unidas do Prata - 1811 – com a independência do vice-reinado do Prata há a divisão e perda de controle de Buenos Aires do Paraguai (Rodriguez Francia), Uruguai (Artigas) , e do Auto Peru (Bolívia, Peru, Chile) 2. Situação da América latina no pós-independência • Questão central: Por que os projetos unitaristas não deram certo? • Resposta está nas transformações econômicas e políticas advindas das guerras de independência . a) Política • Desarticulação das estruturas políticas coloniais • Questão da legitimidade dos governos (de onde provem o poder do Estado?) • Principais correntes políticas (1810 – 1860): Conservadores (Centralismo ) vs. Liberais (Federalismo ) • Um novo grupo proveniente das guerras de independência : os Caudilhos → provenientes do movimento de militarização e do campo e ruralizarão da sociedade ; • Surgimento de lideres regionais com rede de poder estabelecido nas alianças pessoais . b) Economia • Destruição e desestruturação das zonas de produção econômicas em decorrência das guerras de independência. • Entrada dos produtos ingleses nos mercados dos Esta dos latino- americanos (1809) Rio da Prata, (1817) Cuba e Porto Rico, (1818) Chile, (1821) Peru e Chile. • Endividamento destes países devido a aquisição de c réditos no estrangeiro 3. Representação social e os libertadores da América • O conceito de representação social - Representação: Apresentar de novo ; - Representação social : Formas (ideias, conceitos) socialmente construídas (resultado das relações sociais) utiliz adas pelos indivíduos para compreender o mundo que o cerca. - Representação social e história: caráter histórico das representações sociais (constituído nas relações sociais) → rearticulação da narrativa histórica e construção de novas representações soci ais. • Análise dos quadros do “Libertadores da América” →Construção do caráter heroico de Bolivar e San Martin quando os problemas internos dos Estados Nacionais da América Hispânica tinham se resolvidos • Hugo Chaves e a reapropriação da imagem de Bolívar (Como herói, como Revolucionário e parte da retórica anti-imperialista) 2º Ano Aula 35: História do Brasil – A regência (1831 – 1840) Obs: Aula para 3 entradas Objetivos: Debater os principais eventos do período regencial, tendo como ponto de partida os conflitos ligados a construção de uma unidade política baseada no conceito de Estado-nação. Investigar os principais atores e forças políticas ligadas a esse processo, assim como os diversos projetos de Estado ligado a esses grupos. Nesse sentido daremos ênfase primeiro a caracterização das forças políticas e sua atuação no governo regencial. Após isso, trabalharemos com os movimentos e insurreições que colocaram em questão (total ou parcial) o projeto de unidade política do estado brasileiro. Encerraremos com a restituição do Imperador e o golpe da maioridade. Estrutura da Aula: 1. A instituição da regência e os grupos políticos 2. O avanço liberal 3. As revoltas regenciais 4. Consolidação da unidade imperial 5. A construção da nação Planejamento da aula: 1. A instituição da regência e os grupos políticos. • 1831 – D. Pedro I abdica em nome de seu filho para assumir o trono Português (Por ser menor de idade - 5 anos – D. Pedro II não poderia assumir o trono até completar 18 anos ) • Formação de um governo regencial até a maioridade d o imperador (O governo regencial assumia a função de poder executivo em nome do imperador, o poder moderador ficava a cargo do l egislativo ) • Primeiro período do governo regencial: Regência Trina (1831 – 1835) - Regência provisória (1831): Franscisco da Silva, Nicolau campos Vergueiro e Carneiro de Campos - Regência trina (1831 – 1835): Franscisco da Silva,Bráulio Muniz, Costa Carvalho • Estrutura de classe das elites políticas a) Elite da corte: formado principalmente pelos funcionários do Estado (remanescentes da corte de D. João VI e parte da comunidade lusitana que havia permanecido no Brasil) • denominados de restauradores: Defendiam a reunificação do Brasil ao reino de Portugal por D. Pedro I . Perdem a força após a morte de D. Pedro I em 1834 e se unem ao grupo dos conservadores b) Grandes proprietários de terra e escravistas: grupo formado principalmente pela elite nordestina e ligados em g rande parte aos comerciantes internacionais. (exportação de açúcar e tráfico de escravos) • Denominados de conservadores: Buscavam a manutenção das estruturas sociais de poder (tanto política,quanto econômica), durante a regência passam a defender um governo cada vez mais centralizado. c) Elite agrária do Rio de Janeiro e São Paulo (grupo social em ascensão , formado por tropeiros e produtores agrícolas para o mercado interno, assim como os primeiros cafeiculto res ) + Camadas médias urbanas (profissionais liberais) e forças milicianas locais • Denominados de liberais : Um grupo bastante heterogêneo que possuía como elemento comum , no campo político, a defesa de uma maior autonomia das províncias , pautada em órgãos locais de poder e sustentados pela tributação provincial. • Síntese do período de 1831 – 1834: Período de intensa disputa entre os grupos políticos devido a projetos diferentes para o Estado brasileiro. Aos poucos os liberais vão impondo mudanças na estrutura de governo. 2. O avanço liberal a) Antecedentes: • 1831: Criação da Guarda Nacional – milícias locais sob o comando das elites regionais (formação do coronelato e regionalização da força pública) • 1832: Código de Processo Criminal: Aos juízes de paz (escolhidos pelas elites locais) era entregue o controle do aparelho policial b) O ato adicional (1834) • É instituída a regência una • Autonomia das províncias (criação das Assembléias Provinciais ) • Eliminação do Conselho de Estado • Suspensão do Poder Moderador 3. As revoltas regenciais Aspectos gerais: • São processos heterogêneos , mas que em seu conjunto demonstram que a unidade territorial foi constituída através de viol entos embates entre forças locais e governo imperial . • Muitas delas tiveram como início como levantes das elites locais e tornaram-se movimentos populares → em todos os casos em que isso acontece temos o afastamento das elites locais das lutas . •Análise a partir do quadro síntese a) Revolta dos Malês (Bahia, 1835) • Cidade de Salvador e Recôncavo Baiano – região tradicionalmente ligada a produção de açúcar, população formada majoritariamente por escravos e negros libertos. (Mais de 80% da população) • Malês →escravos sudaneses (muçulmanos, letrados e com fortes laços comunitários apesar da escravidão) • 1834/35 – organização de uma conspiração para organizar um levante dos escravos malês e tomar a cidade de Salvador (estavam excluídos todos os escravos e negros não muçulmanos) • O movimento explode no dia 25 de Janeiro de 1835 (forte repressão por parte das autoridades – medo de um novo Haiti) b) Cabanagem (Pará, 1835 – 1840) • A região constituía, desde a independência, um foco de resistência ao governo central →Oposição das elites locais aos presidentes de província impostos pela regência • Com o ato adicional (1834) e a truculência do presidente da província Bernardo Lobo e Souza a elite regional apoiada pelas camadas populares (cabanos – população ribeirinha) depõem o governo. • A radicalização do processo, devido a participação popular, levam a uma divisão do movimento e o afastamento das elites locais – Eduardo Angelim (jornalista radical) assume a liderança dos cabanos e proclama a independência do Pará. • Aliança entre as tropas enviadas pela regência e as elites locais (Guarda Nacional) levam a derrota a Cabanagem, assim como a prisão e execução dos envolvidos. c) Balaiada (Maranhão, 1838 – 1841) • Movimento heterogêneo – inicia-se como uma disputa de líderes locais pelo poder da província • O envolvimento das camadas populares (Como o líder Manoel Francisco dos anjos, artesão de cestos) leva a um afastamento das elites locais e a radicalização do movimento – busca de melhores condições de vida • A falta de um movimento unificado e a forte repressão do poder central levaram ao controle do movimento e pacificação da província. d) Sabinada (Bahia 1837 – 1838) • Situação de Salvador na Regência: perda da importância política no cenário nacional. • 1837 – A insatisfação em relação ao governo regencial (principalmente ligado ao recrutamento para a Guerra dos Farrapos) leva a um levante urbano da população de Salvador • Movimento liderado por Franscisco Sabino da Rocha Vieira (médico- cirurgião) → Proclamação da República Baiana (até a maioridade do imperador – caráter legitimista) • Movimento reprimido pelas e) Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1835 – 1845) • Características da ocupação da região Sul (área fronteiriça) - Economia: Pecuária e produção de charque – controlada por grandes proprietários de terras e criadores de gado no Rio Grande do Sul e Uruguai (estancieiros) - Político: Interesses do governo brasileiro em manter a influência sobre a Região do Prata (Uruguai), consolidada pela defesa da fronteira pelos estancieiros gaúchos (comandantes de milícias locais) • Origem da Guerra dos Farrapos: movimento organizado e liderado pelos grandes estancieiros • Motivos: - Maior autonomia em relação ao poder central (RJ) -Proteção a importação do charque argentino - Extinção da taxa cobrada sobre o gado proveniente das fazendas no Uruguai. • A Revolta: - Liderados por Bento Gonçalves os estancieiros do rio Grande do Sul tomam a cidade de Porto Alegre e proclamam a República de Piratini (Participação de Giusepe Garibaldi) - O movimentos se expande para Santa Catariana e em 1839 é proclamada a República Juliana. - Importante: A força dos farrapos estava justamente nas miliciais controladas pelos estancieiros gaúchos • Fim dos Conflitos (1845): - Mobilização de forças da guarda nacional de outras regiões e recrutamento em todo o Brasil – Vitórias militares. - Acordo de Paz e concessões aos líderes farrapos o Perdão imperial aos líderes farrapos. o Incorporação dos exército farrapo ao exército nacional. o Medidas protecionistas a importação do charque. 4. Consolidação da unidade imperial • (1835 – 1840) – Período da Regência Una → caracterizado pelo enfraquecimento dos liberais no governo regencial (entre 1835 e 1837 a regência é ocupada pelo Padre Feijó. A incapacidade de conter as revoltas regências leva-o a renuncia em 1837) • (1837 – 1840) – Política do regresso (conservador e centralizador ) – regência de Pedro Araujo Lima. • 1840 – Lei de interpretação do Ato Adicional (Limitação da autonomia das Províncias, restabelecimento do Conselho de Est ado ) • 1840 – Golpe da Maioridade (elevação ao trono de D. Pedro II e restabelecimento do poder moderador ) → curiosamente o golpe da maioridade foi uma articulação liberal a tentativa de retomar seu prestígio político. • 1841 – Reforma do Código de Processo Criminal e da Guarda Nacional • Síntese do período: Processo de centralização do poder político em torno da monarquia , fortalecimento do Estado e manutenção da unidade territorial. 5. A construção da nação • Questão central: O que é a nação brasileira? (questão de identidade) • Poder do Estado →Representação da Nação (Questão de legitimidade) • Importante: Nação como comunidade política imagina (criação histórica e não algo natural) • Principais problemas (século XIX) - Parte da população era formada por escravo e não era considerada como parte da nação brasileira (mais de 50%) - A população de origem indígena não se via como integrante da nação brasileira e nem possuía este estatuto perante ao Estado (outra relação de identidade e concepção de território) - Parte considerável da população livre era excluída da ação política devido ao caráter censitário do voto. • Tentativas de construção de uma identidade. - Criação do IHGB (1838) → Produção intelectual com o objetivo de definir a geografia e a história nacional. - Em 1840 o IHGB promove um concurso sobre um plano para a construção da História nacional →vencido pelo naturalista alemão Carl Von Martius - Von Martius e a construção de uma idéia de história baseada nos pressupostos românticos (a historio do povo), a formação da concepção das três matrizes étnicas brasileiras e a defesa da monarquia (questão da civilização e da instituição política) - O Romantismo brasileiro e a construção de uma identidade em prosa e verso – Gonçalves Dias, José de Alencar, etc. (o movimento indigeanista) - Franscisco Adolfo Varnhagen : autor de História Geral do Brasil (1854 – 1857) – construção da cronologia política da história nacional e da idéia das bases nacionais no período colonial (ancestralidade da nação) 2º Ano História do Brasil Aula 36: O Segundo Reinado (1840 – 1889): A política no 2º Império e o Café. Objetivos: Discutir o panorama político que caracterizou o 2º Reinado, denominado tradicionalmente pelo termo Parlamentarismo as avessas, ressaltando o processo de centralização política levado a cabo pelo imperador D. Pedro II. Apresentar a constituição da produção cafeeira, suas etapas e principais características tanto na região do Vale do Paraíba, quanto do Oeste Paulista. Estrutura da Aula: 1. A política no 2º Império 2. O Café e a economia brasileira a) A cafeicultura no Vale do Paríba b) O Oeste paulista Planejamento da Aula: 1. A política no 2º Império. • 1840 – Golpe da Maioridade (restituição da figura do Imperador) e “Política do Regresso” (Processo de centralização política) - Restabelecimento do Conselho de Estado - Modificação do Código de Processo Criminal (1841) → o aparelho administrativo/judiciário volta ser controlado pelo poder central - Modificação da Guarda Nacional (O oficialato passa a ser indicado pelo poder central ) → responsável apenas pela manutenção da ordem e defesa interna → passa a ser do Exército a responsabilidade de proteger as fronteiras e atuação em questões internacionais.• Reorganização das elites e do poder político (reação ao processo de centralização iniciado por D. Pedro II) - 1842 → Levantes Liberais (Elite agrária de SP, MG e RJ) - 1848 → Revolução Praiera (Encabeçado pelo Jornal liberal Diário Novo localizado na R. da Praia em Recife) – Movimento de caráter predominantemente liberal e urbano (Mas com traços do socialismo oweanista e proudhonista ) o Caráter antilusitano (controle do comércio) o Defensores do federalismo e da abolição do poder Moderador o Defesa do Sufrágio Universal • A estrutura política (“Parlamentarismo as avessas ”) - Formação do Partido conservador (Elites do Norte, Nordeste e burocracia da Corte) e do Partido Liberal (Elites de SP, MG e RS) - 1847 → Criação do Conselho de Ministros (escolhido pelo Poder Executivo, seria presidido pelo presidente do Conselho e deveria contar com o apoio do Imperador e da Câmara) - Importante: O Imperador tinha, através do Poder Moderador, a possibilidade de dissolver o Conselho de Ministros sempre que desejasse. Por isso esse sistema de governo foi chamado de parlamentarismo as avessas. - Conselho de Ministros → Espaço de disputa entre Liberais e Conservadores ao longo do 2º Império . Uso por parte do Imperador do Conselho de ministro para manipular os dois partidos . Foram 36 gabinetes em 50 anos. (média de 1 ano e três meses) 2. O Café e economia brasileira • 1727 – introdução das primeiras mudas de Café no Pará (Francisco de Melo Palheta) – inicialmente o Café foi plantado como planta ornamental ou em pequena escala. • 1760 – Primeiras fazendas de Café para a exportação ao entorno do Rio de Janeiro (Toda a área ao entorno da capital é transformada em plantações de Café) a) A cafeicultura no Vale do Paraíba. • O café se torna no decorrer do século XIX o principal produto de exportação do país (principais compradores: EUA e Europa) • A produção cafeeira necessitava de investimentos sign ificativos ( agricultura perene/quatro anos para a primeira colheita) e de terras em abundancia (plantio intinerante) • Expansão da produção cafeeira para a Região do Vale do Paraíba fluminense (principal centro: Vassouras) e posteriormente paulista (principal centro: Bananal) • Produção cafeeira dentro da estrutura de plantation - Grandes propriedades - Mão-de-obra escrava - Monocultura voltada para a exportação (produção escoada pelo porto do Rio de Janeiro e depois pelo porto de Santos) →comissários: figura central que atuava como mediador entre o produtor de café e as empresas de exportação de café (controladas pelo capital estrangeiro) • Constituição de uma poderosa elite cafeicultora na região do Vale do Paraíba, com transito na corte imperial (poder político) e possuidora de títulos de nobreza (Os Barões do Café) b) O Oeste Paulista. • Expansão das áreas ocupadas pelas plantações de caf é a partir de 1850 (Região Oeste do Estado de São Paulo → Campinas, Rio Claro, Araraquara, Catanduva, Piraçununga, Riberão Preto) • Importante: A expansão da produção do café no Oeste paulista se dá dentro de novos parâmetros econômicos, já dentro da lógica capitalista . • Disponibilidade de terras para a expansão cafeeira (Características geográficas favoráveis → Planalto paulista e a Terra Roxa ) • Disponibilidade de Capitais (capital liberado como fim do tráfico de escravos) • Introdução de novas tecnologias na produção do café (arado e despolpadora) e no transporte (construção da malha ferroviária) • Introdução de mão-de-obra livre imigrante . 2º Ano História do Brasil Aula 37: O Segundo Reinado (1840 – 1889): O fim do tráfico de escravos e a Lei de Terras Objetivos: Apresentar o processo que levou ao fim do tráfico de escravo, as implicações desta medida, assim como sua profunda ligação com a Lei de Terras, promulgada no mesmo ano. Debater a questão da transferência do trabalho escravo para o trabalho livre dentro do contexto do cativeiro da terra. Relacionar toda essa conjuntura ao processo de imigração. Estrutura da Aula: 1. O café e a cultura afro-caipira 2. O fim do tráfico de escravos 3. A Lei de Terras 4. Trabalho livre e imigração Planejamento da Aula: 1. O Café e a cultura afro-caipira • Século XVIII e XIX → Importante fluxo de escravos para a região sudeste: séc. XVIII (região das Minas Gerais) e séc. XIX (plantações de café do Vale do Paraíba fluminense e paulista) • Escravos provindos de uma mesma região : África centro-meridional (Angola, Congo e Moçambique) e pertencentes a um mesmo grande grupo étnico (Banto: mas com grande diversidade interna) • Constituição de manifestações culturais banto na região de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo → Como estas manifestações se desenvolveram predominantemente nas áreas rurais (principalmente nas regiões de produção de café) podemos denominá-las de manifestações afro-caipiras. • Duas dimensões destas manifestações : uma intra-comunitário (de terreiro , ex: jongo, batuque, candombe) e outra para a execução pública (de cortejo . Ex: Reisados, congadas, etc.) • Observação do vídeo do grupo Cachuera! (link: http://www.cachuera.org.br/cachuerav02/index.php?option=com_content&view=arti cle&id=129:ingomasbatuquesdeterreiro-&catid=78:osfiosdatrama&Itemid=59) • Características gerais destas manifestações: reverência à ancestralidade espiritualizada, a sacralidade dos tambores e o pod er atribuído à fala de mobilizar forças vitais. • Análise de letra de Jongo, prática do Jongo. (procurar letra e música) 2. O fim do tráfico de escravos Importante: O trabalho escravo era a base da economia brasileira desde o período colonial. O tráfico de escravos com as colônias portuguesas na África era fundamental para manter o mercado brasileiro abastecido de mão-de-obra escrava. a) A Inglaterra e o tráfico de escravos • Séc. XVIII → A Inglaterra desempenhou papel central no tráfico de escravos , controlando diversas rotas de comércio e abastecendo principalmente as colônias espanholas e suas colônias na América do Norte. • Séc. XIX → Torna-se a principal nação a se opor ao tráfico de escravos (contrária ao comércio de escravos e não a escravidão de maneira geral) Motivos: - Interesses coloniais britânicos na África (O tráfico de escravos afetava as atividades comerciais locais) - Interesse em liberar o capital preso no tráfico de escravos para o consumo de seus produtos industrializados (Contexto da Revolução Industrial) • Pressão inglesa no século XIX para o fim do tráfico de escravos para o Brasil (Sistema Atlântico Sul) → Tal pressão aparece em diversos tratados comerciais entre Brasil e Inglaterra neste período - 1810 – Tratado de Comércio e Amizade (Assinado por D. João VI) - 1831 – Acordo para ratificar a independência do Brasil em troca da extinção do tráfico de escravos em 15 anos (Assinado por D. Pedro I e sem eficácia – lei para inglês ver) • 1845 – Parlamento inglês decreta o ato Bill Alberdeen (Autorização do governo inglês para autuar e afundar qualquer navio negreiro encontrado) b) A questão da mão-de-obra e a lei Eusébio de Quei róz • Conseqüências da pressão inglesa pelo fim do tráfico de escravos: - Aumento do número de escravos traficados na década de 1840 (possibilidade do fim do tráfico e expansão da economia cafeeira. - Aumento dos preços dos escravos (1843 – 1847 um escravo custava 550$000 já em 1850 – 1857 ele passa a custar 1:177$000) • 1850 – O governo brasileiro aprova a lei Eusébio de Queiroz (Fim do tráfico de escravos) • Conseqüências da Lei Eusébio de Queiroz: - Liberação do capital aplicado no tráfico de escravos (principalmente a partir de 1870) Importante: O escravo era considerado como mercadoria na ordem colonial, ou seja, como renda capitalizada (nº de escravos como indicativo da riqueza deum senhor) - Crise de mão-de-obra (A expansão da lavoura cafeeira criou uma demanda por mão-de-obra. O fim do tráfico de escravos coloca em xeque o modelo escravista e, a longo prazo, condena a própria escravidão) → Soluções paliativas: Tráfico interprovincial (Das províncias do Norte e Nordeste para o Sul) e criação de fazendas de procriação. • Como resolver a questão da falta de mão-de-obra para a lavoura cafeeira em expansão? →Introdução do trabalho livre. • Questão chave: “Enquanto o trabalho escravo se baseava na vontade do senhor, o trabalho livre teria que se basear na vontade do trabalhador” (José de Souza Martins. O cativeiro da terra. pp. 18) • Síntese: - Para o ex-escravo a liberdade era não trabalhar (para alguém) - Para o trabalhador livre, seu trabalho é condição de liber dade (ideal da carreira aberta ao trabalho e a possibilidade de ascensão social através do trabalho) • Resolução da questão da mão-de-obra: Imigração européia (Espanhóis, Portugueses, Italianos, Alemães, etc.) 3. A Lei de Terras • Antecedentes da Lei de Terras - Período Colonial: Aquisição de terras a partir da doação da Coroa (Sistema de Semarias ) → modelo fundiário baseado na grande propriedade Importante: Diferenciar posse de propriedade privada (a terra não possuía valor enquanto mercadoria) - Período pós-independência (1822 – 1850): A inexistência de uma legislação específica levou ao processo de aquisição de terras através de quatro formas: Doação, herança, compra e ocupação (principalmente por trabalhadores livres pobres) • 1850 - Aprovação da Lei de Terras (instituição da propriedade privada da terra) → Homologação das sesmarias como títulos de proprieda de. • Análise do Documento a) Preambulo → Qual o objetivo da Lei? (legislação sobre as terras devolutas, pertencentes ao império) b) Artigo 1º → O que diz? Como se dava a aquisição de terras antes? Como se dá a aquisição d aterra a partir dessa lei (Instituição da propriedade privada da terra) c) Artigo 2º → O que determina esse artigo? Quais as medidas punitivas? (Proteção da propriedade privada – a partir da lei só seria considerado proprietário da terra quem tivesse a escritura da terra – documento de compra – construção de um instrumento legal contra diversos posseiros – este artigo dá margem ao processo de grilagem de terras ligado a falsificação de documentos) d) Artigo 15º → Com relação a aquisição de novas terras, o que diz? (Instrumento que facilitava o processo de concentração fundiária.) • Objetivos da Lei de Terras: - Impedir o acesso a terra de ex-escravos, homens liv res e imigrantes. - Manutenção do poder dos grandes fazendeiros sobre a terra e, portanto, sobre a mão-de-obra (Cativeiro da terra) 4. Trabalho livre e imigração • 1846 - 1º experiência com trabalhadores livres imigrantes → 364 famílias suíças e alemãs trazidas pela Vergueiro & Cia • Implantação do sistema de parceria: A viagem do colono e sua família eram pagas pelo proprietário da fazenda e era concedido a eles uma parcela das terras para cultivar mudas de café. Em troca deveriam dar uma parcela da produção (metade da 1ª colheita), mais a divida contraída pela viagem e estadia (corrigida em geral com 6% de juros) • Nas fazendas em que se implantaram o sistema de parceria coabitaram trabalhadores imigrantes e escravos. • 1856 – Sublevação dos colonos da fazenda - processo seguido em outras regiões (insatisfação dos colonos em relação as condições de trabalho, ao tratamento dado a eles pelos cafeicultores, e as dívidas contraídas) • Década de 1870 – intensificação do problema da falta de mão-de-obra para a produção cafeeira (avanço da campanha abolicionista) • Atuação do governo imperial e incentivo a imigração (Imigração subvencionada pelo governo) • Introdução do sistema de colonato : - Pagamento fixo pelo trato do café (salário) - Pagamento adicional proporcional a quantidade de café colhido - Produção direta de alimentos como meio de vida e possibilidade de comercializar o excedente agrícola pelos próprios trabalhadores (Parte do processo de plantio do café) Imigração européia e o discurso eugenista do branqueamento da população (Contexto do século XIX) 2º Ano História do Brasil Aula 38: O Segundo Reinado (1840 – 1889): A crise da Monarquia Objetivos: Debater as principais transformações sociais e políticas nas ultimas décadas do século XIX. Apresentar os principais conflitos nos quais o governo imperial se viu envolvido. Destacar a formação de novas forças políticas na sociedade brasileira, assim como apontar os principais fatores que levaram a crise da monarquia e a proclamação da República. Estrutura da Aula 1. Capitalismo e Modernização 2. A Guerra do Paraguai e o exército 3. Movimento Republicano e abolicionista Planejamento da Aula: 1. Capitalismo e Modernização • 1844 – Tarifa Alves Branco : elevação das tarifas alfandegária a produtos importados, 30% a produtos sem similares e 60% a produtos similares aos nacionais (retaliação a preção inglesa contra o tráfico, abolida em 1860 por pressão dos cafeicultores) • (1850 – 1875) Desenvolvimento de setores industriais ligados a pr odução cafeeira e no setor de serviços e infra-estrutura. → Surto industrial • Abundância de capital disponível no mercado: - Capital liberado pelo fim do tráfico de escravos - Capital estrangeiro (sobretudo inglês) • Montagem da malha ferroviária (ligada a expansão da produção de café) Importante: 1852: Decreto de privilégio de zona (concessão de terras marginais as ferrovias) e garantias de juros (concessão de créditos) - Ferrovia Santos/Jundiaí (1868) – Companhia São Paulo Railway (capital estrangeiro) - Companhia Paulista de Estradas de Ferro / Companhia Sorocabana/ Companhia Mogiana,etc. (capital cafeeiro) • Barão de Maua e o surto industrial → Irineu Evangelista de Souza, trabalhava em uma empresa importadora inglesa da qual tornou-se posteriormente sócio → a partir de empréstimos ingleses montou diversas empresas como uma fundição de ferro, uma empresa de navios a vapor, serviço de iluminação a gás, ferrovias e bancos. →Com a perda do apoio do governo imperial e a crise finaceira de 1875 pede falência. 2. A Guerra do Paraguai e o exército a) Antecedentes: • O Paraguai no séc. XIX: - Separação da região da República Unida do Prata → movimento liderado por Gaspar Francia e apoiado pelas elites rurais regionais (caudilhos) → Contexto da fragmentação política da América Latina. - Economia: Estatização da economia baseada na produção agrícol a de erva mate (fazendas do Estado controladas pela elite aristocrata regional) - Política: Ditadura personalista (Formalmente uma república): Gaspar Francia → Carlos Lopes (responsável pelo início da modernização do Paraguai) e Solano Lopes • Os conflitos políticos na América do Sul - década de 1850 : fim dos atritos entre o Império Brasileiro e a Repú blica argentina - Disputa de fronteiras entre Brasil e Paraguai (Fronteira do Mato Grosso e acesso ao rio Paraguai) - Impasse político entre Paraguai e Argentina (Navegação pelo Rio da Prata e cobrança de tarifas alfandegárias) b) A guerra (1864 – 1870): • 1864 – Ataque paraguaio ao território brasileiro (início da Guerra do Paraguai) • 1865 – Formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) → Comando exercido inicialmente pela Argentina e depois passado para o Brasil. • Organização de um exército regular no Brasil (formação de um grupo de oficiais e modernização dos equipamentos) → a necessidade de mais homens no front leva ao recrutamento forçado nas ci dades e de escravos (com a promessa de alforria ao final da guerra) • 1870 – Vitória da Tríplice Aliança e destruição do Paraguai (pop. paraguaia em 1864: 406 mil hab.; pop. Paraguai em 1870: 231 milhab.) • Importante: Entre as principais consequências da Guerra do Paraguai para o Brasil podemos destacar a crise econômica devido ao custo da guerra e a formação de um corpo de oficiais do exército profundamente influenciados pelo positivismo e republicanismo. 3. Movimento Republicano e abolicionista a) O Republicanismo • Movimento republicano (séc XIX) → Restrito basicamente ao ambiente urbano e restrito ao grupo social dos profissionais liberais e camadas médias. • 1873 → Fundação do Partido Republicano Paulista (PRP): Partido formado basicamente pela elite cafeicultora do Oeste paulista - insatisfação por não ter poder político dentro da estrutura imperial. - Perspectiva política liberal e federalista. - Discurso modernizador b) A abolição da escravidão • Processo gradual – tem início com o fim do tráfico negreiro e se intensifica nas ultimas décadas do século XIX. • Pressão da opinião pública para o fim da escravidão • 1871 – Lei do Ventre Livre (escravos nascidos a partir dessa data seriam considerados livres, entretanto, como indenização ao senhor deveriam trabalhar até os 21 anos ou pagar uma taxa.) • Década de 1880: organização do movimento abolicionista e aumento da pressão pelo fim da escravidão. (compra de alforrias, organização de fugas em massa de escravos) • 1884 – Lei do Sexagenário • 1888 – Abolição da Escravidão Síntese do período (1840 – 1888): Processo gradual de isolamento da monarquia brasileira. Fortalecimento da oposição republicana através da formação do PRP (elite econômica) e da organização do Exército (após a guerra do Paraguai). A abolição da escravidão faz com que o imperador perca o apoio da s elites escravocratas do Nordeste e do Vale do Paraíba. • 1889 – Proclamação da República 3º Ano História Geral Idade Contemporânea Século XX 3º ano História Geral Aula 01: O fim da Belle Époque Objetivos: Apresentar um panorama da sociedade européia na passagem do século XIX para o XX. Estabelecer a relação entre os conflitos gerados pela política imperialista do século XIX e a constituição da Paz armada. Apresentar os principais fatos que marcaram a 1ª Guerra Mundial, assim como discutir os principais impactos do fim da 1ª Guerra Mundial e dos acordos de paz. Estrutura da Aula: 1. A Europa e a paz armada 2. A 1ª Guerra Mundial e a crise da civilização europeia 3. O fim da guerra e os acordos de paz Planejamento da Aula: 6. A Europa e a paz armada • Europa (1870 – 1914): o Unificação alemã e italiana → acirramento das disputas por mercados consumidores e fontes de matéria prima (Contexto do capitalismo monopolista) o Belle Époque → Período de relativa estabilidade dentro do continente europeu • Imperialismo e a paz armada o Imperialismo → Disputas por possessões coloniais (Partilha da África e Ásia) → ampliação dos mercados consumidores e fontes de matéria prima. o Europa: aumento da tensão entre as potências europeias → disputas coloniais → paz armada o Características da paz armada: - Corrida armamentista (preparação para um eventual conflito) - Acordos de mútua proteção em caso de guerra (Utilização do material da Moderna Plus ) • Principais conflitos e zonas de tensão: - Questão Marroquina (1904): Disputa pelo Marrocos envolvendo de um lado ING e FRA e do outro a ALE. - Questão Balcânica: Região dominada parte pelo Império Austro- Hungaro e parte pelo Império Turco. Tensões ligadas a movimentos separatistas (pan-eslavistas) apoiados pelo Império Russo. 7. A 1ª Guerra Mundial e a crise da civilização européia • Estopim da Guerra: Assassinato do Arquiduque Ferdinand em Sarajevo (Bósnia), herdeiro do Império austro-hungaro por separatistas pan- eslavistas (1914) – (Vídeo do material da Moderna Plus ) → Pressão austríaca para a punição dos envolvidos leva a invasão da Sérvia. Reação russa dá início a 1ª Guerra Mundial. a) 1ª Fase: Guerra de movimento (1914) b) 2ª Fase : Guerra de Trincheiras (1915 – 1918) • Utilização das novas tecnologias bélicas (metralhadoras, canhões e armas químicas) e impasse de forças entre as nações envolvidas (formação das trincheiras) • Números altíssimos de baixas em ambas as frentes sem que houvesse qualquer avanço →Elemento importante para a crise dos idéias de progresso e civilização da burguesia européia. • Revolução Russa (1917) e fim do frente oriental. A Itália rompe com a ALE e o Império austro-húngaro • 1918 – Entrada dos EUA na guerra ao lado da Entente Cordial (FRA e ING) permite a vitória sobre a Tríplice Aliança. 8. O fim da guerra e os acordos de Paz • 1818 – A paz de Versalhes - Proposta conciliadora dos EUA para os acordos de paz é rejeitada pela França e Inglaterra (14 ponto de Wilson) - Alemanha é considerada culpada pela guerra e é imposto um severo tratado de paz: o Pagamento de uma grande indenização (endividamento alemão); o Perdas territoriais (Alsácia e Lorena são reintegradas a França); o Proibição de recompor as forças armadas; Importante: Os acordos de paz criaram um forte sentimento de ressentimento em relação aos vencedores, tanto na Alemanha, quanto na Itália. • Conseqüências da 1ª Guerra Mundial - Fim dos impérios multinacionais (Russo, turco e austro-húngaro). - Criação de um órgão supra-nacional para mediar futuros conflitos: A Liga das Nações. 3º ano História Geral Aula 03: Revolução Russa Obs: Aula para duas entradas Objetivos: Discutir o processo que levou a eclosão da Revoluçã o Russa, analisar o papel desempenhado pelos grupos político s de esquerda nesse processo, em especial o Partido Bolchevique. Aponta r os principais fatos e acontecimentos que levaram a formação e consolida ção da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), assi m como apresentar um panorama das conseqüências desse processo na URSS e no mundo . Estrutura da Aula: 1. A Rússia czarista 2. A Revolução Russa 3. A URSS Planejamento da Aula: 1. A Rússia czarista • Organização política (séc. XIX e XX): - Regime Absolutista (Dinastia Romanov) - Apoio dos Boiardos (nobreza russa que detinha o monopólio da terra e controle sobre a população camponesa) - Apoio da Igreja Cristã Ortodoxa • Processo de modernização russa (Final do século XIX, iniciado pelo Czar Alexandre ) - 1861 – Estatuto de Emancipação (fim legal da servidão) - Processo de industrialização (a partir da entrada do capital estrangeiro) – circunscrito a algumas cidades apenas (como São Petersburgo, nova capital do império) • Oposição dos movimentos de contestação ao absolutis mo russo - Os niilistas : movimento baseado na ação direta e no terrorismo (assassinato do czar Alexandre II em 1881); - Os liberais: Composto por setores médios da população, defendiam a implantação de um governo liberal (dentro do modelo europeu de monarquia parlamentar ou república liberal) e o desenvolvimento russo a partir da industrialização; - O Partido social-democrata russo: Formado por exilados russos, expulsos por se oporem ao regime czaristas. Inspiração nos ideais socialista e no modelo de partido social-democrata alemão (partido de massas) Importante : Em 1903 há um racha dentro do partido social-democrata russo devido a questão de como realizar a revolução na Russia. Formaram-se dois grupos: - Bolcheviques : Liderados por Vladimir Lenin, defendiam um processo revolucionário que conduzisse diretamente a uma sociedade socialista - Mencheviques: Liderados por Martov e Plekhanov, defendiam um processo por etapas para da Revolução, passando pela instituição de um governo liberal e burguês, para só depois realizar uma Revolução Socialista. • Antecedentes da revolução: Guerra Russo-Japonesa e a Revolução de 1905 - 1905 - Disputa pelo controle da Manchúria (China) e Coréia → Contexto da política imperialistae da luta por recursos naturais → Guerra Russo-Japonesa - Derrota russa e situação de miséria da população → Manifestação pacífica liderada por membros da Igrej a Ortodoxa → Repressão violenta do czar Nicolau II (Blody Sunda y) (trecho do filme Encouraçado Potenkin de Serguei Eisenstein) - Revolução de 1905 – Revolta de membros do exército e formação do soviete de São Petesburgo (grande conselho operário) - Consequências: o Movimento controlado pelo governo czarista. o São feitas algumas concessões aos liberais como a criação da Duma (assembléia) → Com o passar dos anos o regime czarista retoma sua política centralizadora e vai endurecendo novamente sua posição política. 2. A Revolução Russa (1917) • Conseqüências da participação da Rússia na 1ª Guerr a Mundial : - Desgaste do governo czarista - Crise econômica - Precariedade do exército russo na frente oriental (grande número de baixas, falta de recursos e armas, deserções em massa) - Aumento da insatisfação popular em relação ao regim e • Revolução de Fevereiro de 1917 - Derrubada do governo czarista - Formação de um governo de Kerensky : caráter liberal e com apoio de certos setores de esquerda (os mencheviques por exemplo) - Manutenção da Rússia na guerra e oposição a qualque r reforma social até o final do conflito. • Revolução de Outubro de 1917 - Oposição do partido bolchevique a política do governo de Kerensky - Retorno de Vladimir Lenin a Rússia e organização do partido para uma revolução socialista (Publicação das teses de Abril e o programa bolchevique de paz, terra e pão) - Os bolcheviques começam a ganhar o apoio da população e passam a comandar o processo revolucionário. - Organização dos conselhos dos comissários do povo (sovietes) tanto nas cidades como no campo – participação ativa dos bolcheviques nestes conslehos. - 7 de novembro de 1917 – tomada do Palácio de Inverno (derrubada do governo de Kerensky e instituição de um governo socialista) – (Trecho do filme Outubro de Serguei Eisenstein) 3. A URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) • 1917 – Acordo de paz entre Alemanha e o governo soc ialista russo (fim da frente oriental e perda territorial da Rússia) • 1918 – Formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) – Governo de Lenin • Guerra Civil (1917 – 1921) Exército Vermelho (organizado a partir da guarda vermelha e liderado por Leon Trtsky) Vs. Exército Branco (Exército formado pelos grupos conservadores (união de czaristas e liberais – apoiado pelas potências européias) • Política adotada durante o período: Comunismo de Guerra (Mobilização total da população e controle estatal de todos os setores da economia) • 1921 – Necessidade de reconstrução da economia Russ a após o fim da guerra →Introdução da NEP (Nova Política Econômica): manutenção de alguns elementos capitalistas para o desenvolvimento do país (recuo estratégico segundo Lenin) - Liberdade de comércio interno, - Liberdade de salário aos trabalhadores, - Autorização para o funcionamento de empresas part iculares - Permissão de entrada de capitais estrangeiros par a a reconstrução do país. • Fundação da III associação Internacional do Trabalh o (Comunista e em oposição a II internacional social-democrata) • 1924 – Morte de Vladimir Lenin (resultado de um AVC em 1921) → Questão central: Sucessão da direção do partido comunista russo e da URSS. • Disputa política: Stalin Secretário geral do partido (Defesa da consolidação da Revolução) Vs. Leon Trotsky Comandante do exército vermelho (Defesa da revolução permanente) • Vitória de Stalin e programa de consolidação da revolução em um único Estado: - Coletivização das terras - Planos qüinqüenais e metas para a industrialização acelerada - Governo totalitário e perseguição a oposição dentro do partido 3º ano História Geral Aula 04: Os loucos anos 20 e a Crise de 1929 Objetivos: Apresentar os impactos causados pela 1ª Guerra Mundial e pela Revolução Russa , assim como a crise da civilização burguesa. Debater o surgimento de novos valores, tanto estéticos quanto de sociedade a partir das vanguardas artísticas. Apresentar os elementos que desencadearam a crise de 1929 e suas conseqüências para a economia norte-americana e mundial. Estrutura da Aula: 1. A crise da sociedade burguesa e as vanguardas artísticas 2. As causas da crise de 1929 3. O grande recessão e o New Deal Planejamento da Aula: 1. A crise da sociedade burguesa e as vanguardas artísticas • Os impactos da 1ª Guerra Mundial – a questão do declínio da experiência diante da guerra – crise do ideal burguês de progresso . (Análise do texto de Walter Benjamin) • As vanguardas modernas → expressão de um ideal de ruptura com os valores estética burguesa do século XIX - Picasso: A quebra da forma (O cubismo e a forma tridimensional) - Duchamp: A quebra do conceito de arte (Ready Made e arte como conceito) - Dali: A quebra do racionalismo e do ideal de progre sso técnico 2. As causas da crise de 1929 • A economia norte-americana no século XX - política imperialista (consolidação da sua hegemonia política e econômica sobre a América Central – exemplo da ação da United Fruit Company) → Big Stick : slogan usado pelo presidente Theodore Roosevelt para descrever o estilo de diplomacia empregada como corolário da Doutrina Monroe , Roosevelt tomou o termo emprestado de um provérbio africano, "fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete”, usou pela primeira vez em 1901 (Fonte: wikepedia) - desenvolvimento industrial acelerado pós 1918 →conseqüências da 1ª Guerra Mundial (EUA eram neste momento responsáveis por 42% da produção mundial e maior credor internacional – 11 bilhões de dólares) • Desenvolvimento econômico dos EUA na década de 1920 - Aumento da demanda de produtos industrializados n orte- americanos (Devido a destruição causada pela 1ª Guerra Mundial e a desestruturação temporária dos parques industriais europeus ) - Expansão de crédito (Mercado interno dinâmico – aumento do preço das ações na bolsa de valores e capitação de créditos devido a perspectiva de crescimento e lucro imediato) - Boom industrial • Crises da economia capitalista e política liberal - Crises cíclicas do capitalismo (1873, 1895, 1920 – 1921) → Consolidação da idéia de que tais crises eram momentâneas e passageiras - Governos republicanos de forte influência liberal →Crença no livre mercado e sua auto-regulação (Postura ferrenha de não intervenção na economia – liberalismo ortodoxo ) • Fatores da crise de 1929: - Externos: recuperação dos mercados europeus - Internos: desigualdade na distribuição da renda (estabilidade salarial) • Análise do gráfico 1 • Síntese: A junção destes fatores levaram a um processo de superprodução (estimulado pela especulação financei ra) acompanhado por um longo período de subconsumo (devido a diminuição da demanda externa e a diminuição do poder de compra do mercado interno, devido a má distribuição de renda). • Ano de 1929: O prolongamento desta situação leva a diversas empresas a decretarem falênci a → O medo da crise se espalha e leva ao crash da bolsa de Nova York (queda drástica das ações) →Análise do gráfico 2 e 3 3. O grande recessão e o New Deal • Crash da bolsa de Nova York →efeito dominó em toda economia mundial (década de 1930 – recessão mundial) → (análise do gráfico 3) • Economia dos EUA – desemprego em massa, falência de empregos, crise da produção agrícola. • 1933 – eleição do presidente Roosevelt →Concessão por parte do Congresso de autonomia total para conter a crise • Implementação de um plano de contenção da crise (inspirado na idéia de Estado de Bem Estar Social de John M. Kaynes) – New Deal - Repatriaçãocomo divindade, como um Deus – e posteriormente como filho de um Deus – na terra.) Dimensão teocrática do poder faraônico. →Análise de imagem ( a figura de Ramsés II) • Poder sobre a terra garantia o poder sobre a maior parte da população. Forma principal de trabalho do Egito Antigo era a servidão coletiva . Os trabalhadores camponeses cultivavam as terras e, nos períodos de cheia do Nilo executavam obras públicas (Canais de irrigação, templos, etc.) em nome do faraó. → Análise de imagem (camponeses egípicios) • Havia também o trabalho escravo, reservado, sobretudo para trabalhos extremamente árduos, como por exemplo, a exploração das minas. • Papel central da burocracia egípcia na cobrança dos tributos. A figura do “puxador e corda” e o desenvolvimento dos cálculos de área. • O poder dos faraós não foi absoluto durante todo o período do império egípcio. As lutas internas com os nomarcas (formação de uma nobreza local) e o crescimento do poder dos sacerdotes (a reforma de Akhenaton como um exemplo de tentativa de romper com esse domínio – data) Faraó Burocracia Sacerdotes Nomarcas (Esfera local) 5. O Egito antigo: características sociais e culturais. • A construção do panteão egípcio se dá a partir da junção de divindades locais (dos nomos). Possivelmente essas divindades são de origem totêmicas daí sua característica antropozoomófica (representadas como animais, homens fundidos a animais e homens – forma mais rara) • A formação de uma concepção cíclica de mundo – a influência dos ciclos naturais do Nilo. O Faraó e a manutenção das chuvas e da prosperidade do Egito. • A mumificação – prática para preservar o corpo em uma outra etapa da vida (prática a princípio restrita ao faraó, mas depois estendida aos altos funcionários capazes de custear os custos dos processos) → Análise de imagem (O peso da alma) • Uma produção vasta de conhecimento (Matemática, astronomia, medicina, etc.) imbuídas de uma profunda concepção mágica do universo (conhecimento empírico a fórmulas místicas e rituais.) 1º Ano Aula 11: Os povos da Mesopotâmia Objetivos: Apresentar e discutir a validade e limites de modelos explicativos como o do Despotismo Oriental para compreender as civilizações da Antiguidade Oriental. Localizar e caracterizar as principais civilizações da Mesopotâmia. Metodologia: Aula expositiva, análise de trechos do Código de Hamurabi Estrutura da Aula: 1. A mesopotâmia: região entre rios e as primeiras civilizações 2. O império babilônico e o Código de Hamurabi Planejamento da aula: 1. A mesopotâmia: região entre rios. • Mesopotâmia - denominação de um espaço geográfico –as planícies ao entorno dos rios Tigre e Eufrates. • Região fértil, porém aberta para a migração de povos (no entroncamento dos continentes – Europa, África e Ásia) • Marcada por grandes inundações – necessidade de sociedades bem organizadas para se aproveitar dos fatores naturais (construção de diques e canais de irrigação) • Agricultura → sedentarização → organização do Estado (cidades-estado) • As civilizações da Mesopotâmia: - Os sumérios (±3500 a.c.) – Sul da Mesopotâmia constituição das primeiras cidades-estado (invenção da escrita cuneiforme, registro mais antigo de escrita – constituição de cidades-estado em torno dos zigurates – templos); - Os acádios (± 2000 a.c.) – Norte da Mesopotâmia; - Os amoritas (± 2000 a.c.) – criação de cidades-estado – Cidade da Babilônia; • Organização similar a do império egípcio (Despotismo oriental) – diferença em relação a estrutura teocrática → Os reis eram vistos como representantes da vontade divina e não divindades (ver Código de Hamurabi) 2. O império babilônico e o Código de Hamurabi • Formação do império babilônico (1.792 a.C) • Hamurabi é primeiro rei conhecido do Império Babilônico – responsável pela criação do Código e Hamurabi – o código de lei preservado na integra mais antigo. • A lei como instância da vontade divina, viabilizada pela a ação dos reis (salientar esta questão) 1º Ano Aula 12: Fenícios e Hebreus Objetivos: A partir da análise das características de Hebreus e Fenícios será analisado os elementos tanto de ordem econômica quanto social, enfatizando nesse ultimo caso os aspecto da justiça, dos códigos legais, e da religião. Metodologia: Aula expositiva, material digital Moderna Plus, análise de documento; Estrutura da aula: 1. Os fenícios e comércio mediterrânico 2. Os Hebreus e o Monoteísmo. 3. Justiça no Mundo Antigo: Os dez mandamentos Planejamento da Aula: 3. Os fenícios e o comércio mediterrânico. • Local: Região onde atualmente está localizado o Líbano • Características naturais: - Região pouco propícia para a atividade agrícola. - Abundância de madeira (comercialização e construção de embarcações) • Economia: Comércio como atividade econômica principal. (elemento que os diferenciava dos demais povos da Antiguidade Oriental) – Controle o comércio no Mediterrâneo Oriental. (Material digital da Moderna Plus • Política: Organizavam-se através cidades-estado (criação de entrepostos comerciais ao longo da costa do Mediterrâneo – fundação de Cartago) • Cultura: Difusão do alfabeto fonético (os egípcios são os primeiros a criarem um alfabeto fonético) – ligado as necessidades comerciais dos fenícios 4. Os Hebreus e o Monoteísmo. • Povo de origem semita – originalmente habitavam a região próximo a cidade de Ur na Babilônia. • Local: Região da Palestina (Migração para o Norte. Segundo a tradição hebraica foram conduzidos pó Abraão) • Importante: Único povo monoteísta de toda a Antiguidade →Análise de texto (A 1ª Aliança de Abraão) - Crença na existência de um único Deus, imaginado como transcendental - constituição da auto-imagem de povo escolhido - construção de uma concepção histórica do mundo (da gênese até o fim dos tempos – a chegada do messias) • A construção do Monoteísmo e a sociedade hebraica (o papel dos profetas) - Abraão - Constituição do monoteísmo, migração para a região da Palestina - Noé - A mitologia do Dilúvio e a metáfora da purificação - Moisés – Retorno a Palestina, Os dez mandamentos como códigos de lei. • O monoteísmo hebreu constitui uma exceção dentro da Idade Antiga (O que levou a uma relação bastante tensa entre hebreus e as demais civilizações contemporâneas a eles: dominação babilônica, egípcia e romana) • Economia: Atividades agrícolas e de pastoreio • Organização do(s) Estado(s) hebreu: - período dos juízes (início do processo de formação do Estado hebreu) - período dos monarcas (Davi e Salomão) 5. Justiça no Mundo Antigo: Os dez mandamentos Objetivos: Discutir o conceito de justiça presente nos “dez mandamentos” salientando os elementos de ordem divina e de ordem social. • A justiça dentro da sociedade hebraica possuía duas dimensões - A lei como dimensão sagrada; - A lei como organização social; Antiguidade Clássica 1º Ano Aula 13: A criação da Grécia Objetivos: Discutir o lugar que a história da Grécia ocupa em nosso imaginário e no discurso historiográfico sobre as “origens” da civilização Ocidental. Debater o processo de ocupação da península balcânica e as primeiras formas de organização social dos gregos durante o período pré-homérico e homérico, salientando a ligação entre os “gregos” e o mundo “oriental”. Metodologia da Aula: Aula expositiva, debate coletivo: discussão sobre o papel da Grécia no nosso imaginário. Estrutura da aula: 1. A Grécia antiga e o ocidente 2. Uma história dos gregos? 3. A ocupação da península Balcânica Planejamento da aula: 1. A Grécia antiga e o ocidente. • Por que estudamos a Grécia antiga? →O que sabemos sobre a Grécia antiga? – perguntas para chamar atenção para o quanto valorizamos a história da Grécia (utilizar o livro didático como exemplo) • Construção de um discurso historiográfico que valorizade Capital (cobrança dos empréstimos) - Diminuição das importações - Investimentos públicos (obras de grande porte com o intuito de estimluar as industriais e criar empregos) - Estado de bem estar social 3º ano História Geral Aula 04: O Nazifascismo Objetivos: Debater a crise do modelo político liberal e os elementos que possibilitaram a ascensão de regimes totalitários na Europa, sobretudo o fascismo italiano e o nazismo alemão. Apresentar o panorama que precedeu a eclosão da 2ª Guerra Mundial, em especial o conflito político-militar conhecido por Guerra Civil Espanhola. Apresentar os principais episódios da 2ª Guerra Mundial e suas conseqüências para a reorganização mundial pós 1945. Estrutura da aula: 1. Os Regimes totalitários europeus Planejamento da Aula: 1. Os Regimes totalitários europeus a) Itália • Situação pós-guerra (1918) - Crise econômica (impacto da guerra) - Situação política instável (governo fraco de coalizão entre Partido Socialista Italiano e Partido Popular) - Sentimento de humilhação devido aos resultados da 1 ª Guerra Mundial • 1919 – Criação do Partido Fascista (criado por Benito Mussolini, ex- anarquista) → exploração dos elementos citados para mobilizar quadros para o partido : formação de brigadas armadas (os esquadrões de camisas negras). (Análise do símbolo fascista) • Características gerais: - Totalitarismo (Estado como síntese da nação) - Autoritarismo (autoridade inviolável do líder da nação) - Corporativismo (O Estado como intermediário dos conflitos de classe) - Nacionalismo (Exaltação extremada dos ideais da nação) → baseado no ideal romântico de nação (exaltação da fé e do auto- sacrifício) - Anticomunismo e Antiliberalismo (Fascismo como única via política) - Militarismo (Exaltação da guerra como forma de construir uma nação forte) • 1921 – Eleição italiana (Fascistas conseguem diversas cade iras no parlamento) • 1922 – Marcha sobre Roma (Mobilização em massa dos quadros do partido, pressão política sobre o Rei Vitor Emanuel) →Benito Mussolini se torna chanceler da Itália (formação de um gabinete fascista) • 1924 – eleições fraudadas deram maioria aos fascistas no parlamento italiano (processo de aparelhamento do Estado e perseguição a oposição pelos camisas negras – assassinato do deputado Matteoti) • 1925 – Benito Mussolini se auto-proclama Duce - Tentativa de reanimar a indústria italiana e constr uir uma máquina de guerra. b) Alemanha • Situação pós-guerra - Crise financeira o Dívida de guerra → em 1923 sem poder saudar as dívidas a Alemanha foi invadida pela França (posteriormente a divida foi suspensa) o Impacto da crise de 1929 → processo inflacionário (em 1932 a inflação chegou a 400% ao mês) - Situação política instável (governo fraco e sem apoio popular da República de Weimar) • Fundação do Partido Nazista (Partido nacional socialistas dos trabalhadores alemães) → Formação de uma brigada armada do partido: a AS (sessão de assalto) • 1923 – Putsh de Munique (tentativa fracassada de tomada de poder – inspiração na Marcha de Roma) - Na prisão Hitler escreve o Mein Kampf (Análise de trechos) o Doutrina arianista (concepção racista e pensamento anti- semista) o Defesa do Espaço Vital Alemão (defesa da expansão territorial alemã e da anexação dos povos germânicos) • 1929 – Crise econômica mundial e reflexo na economia alemã → ascensão do partido nazista dentro do Parlamento al emão. • 1932 – Hitler força o presidente Hildenburg a torná-lo cha nceler da Alemanha (pressão das brigadas do partido para nomeação de Hitler) → Processo de tomada do poder pelos nazistas . • 1933 - Incêndio do Reichstag (Parlamento alemão) → Nazistas culpabilizam a esquerda alemã - Criação da Gestapo (política política) e da SS (sessão de segurança – brigada do partido fiel a Hitler e utilizada para estabelecer controle direto do partido e da Alemanha) - Hitler anuncia a criação do 3º Reich • 1934 – Morte de Hildenburg, Hitler se declara o Fuher - Reestruturação econômica da Alemanha a partir da intervenção do Estado e do rearmamento da alemão (construção da máquina de guerra alemã) - Mobilização da população alemã através da utilização dos meios de comunicação e de eventos públicos (Análise dos discursos de Hitler) 3º ano História Geral Aula 05: A 2ª Guerra Mundial Objetivos: Apresentar o panorama que precedeu a eclosão da 2ª Guerra Mundial, em especial o conflito político-militar conhecido por Guerra Civil Espanhola. Apresentar os principais episódios da 2ª Guerra Mundial e suas conseqüências para a reorganização mundial pós 1945. Estrutura da aula: 2. Guerra Civil Espanhola e o prelúdio da 2ª Guerra 3. A 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945) Planejamento da Aula: 2. Guerra Civil Espanhola e o prelúdio da 2ª Guerra a) A guerra civil Espanhola • 1931 – Fim da monarquia espanhola e instituição do regime republicano • 1936 – Frente única de esquerda ganha a disputa pre sidencial (polarização social da Espanha entre setores republicanos e conservadores →Gen. Franco) Governo Republicano vs. Falange (Conflito militar entre 1936 à 1939) • Formação de brigadas internacionais para apoiar a República Espanhola → Com o apoio das forças soviéticas é organizado o exército republicano (em 1939 os soviéticos abandonaram a luta devido a um acordo com a Alemanha ) • Apoio das forças alemãs e italianas a Falange Espan hola • Ensaio da 2ª Guerra Mundial → Material Moderna Plus (discurso de Hindenburg) e Análise do quadro Guernica • Vitória das forças do General Franco → instituição de um regime fascista b) O Avanço do nazifacismo (década de 1930) • 1936 - Formação do Eixo (aliança entre Itália e Alemanha e, posteriormente do Japão) • Início de um processo de anexações territoriais (Utilização dos recursos da Moderna Plus – Mapa das anexações) -Alemanha: o 1936 – Áustria e Renânia o 1938 – Tchecoslováquia o 1939 – Polônia - Itália • 1935 – Etiópia • 1939 – Pacto germânico-soviético de não agressão 3. A 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945) a) O avanço do Eixo (1939 – 1941) • Avanço das tropas do Eixo sobre as nações européias e norte da África → Utilização da tática da guerra relâmpago (Blitzkrig er) – combinação de bombardeios (Luftwaffe) acompanhado pelo avanço da divisão de lindados (Panzers) - (Utilização dos recursos da Moderna Plus – Mapa das anexações ) • Inglaterra – combate aéreo entre RAF e Luftwaffe • Avanço nazista sobre as colônias africanas (Etiópia , Líbia e Egito) • Expansão dos japoneses sobre o Pacífico → Material Moderna Plus • Hitler dá início a solução final (extermínio em massa dos judeus) b) Reação dos aliados (1941 – 1945) • 1941 - Rompimento do acordo de não agressão entre A lemanha e URSS → Avanço alemão sobre três frentes: Moscou, Leningrad o e Stalingrado (Trecho do filme Círculo de Fogo) → Os russos contêm o avanço alemão e contra atacam após o inverno (formação da primeira frente contra o Eixo) • 1941 – Ataque japonês a Pear Habor (disputa do Pacífico) → Entrada dos EUA na guerra (apoio aos aliados na Europa e combate no Pacífico) - Material Moderna Plus – Reação norte-americana ) • 1943 – Conferência de Teerã (organização da ofensiv a dos aliados) → Ataque em três frentes: Russa - Leste (1ª frente a entrar em Moscou), Itália - Sul (após a retomada da África), Normandia – Norte (Desembarque do dia D – Trecho do Resgate do soldado Rayan ) • 1945 – Capitulação da Itália e, posteriormente, der rota dos alemães (invasão russa a Berlim e suicídio do Estado Maior Alemão) • 1945 – EUA lança as duas bombas nucleares sobre Hir oshima e Nagasaki (Japão) – Fim da 2ª Guerra Mundial. (Material Moderna Plus – Destruição de Hiroshima) 3º ano História Geral Aula 06: A Guerraa Grécia antiga como o berço da civilização ocidental. • Necessidade de compreender as relações entre a formação dos gregos e da cultura greco-romana diretamente ligada ao Mediterrâneo e as relações com outras civilizações (como Egito e mesopotâmia) → Comparação das esculturas gregas e egípcias (processo lento de diferenciação e formação de uma cultura única) 2. Uma história dos gregos? • Divisão tradicional da história grega: - Pré-Homérico (XX – XIII a.C.) → Chegada dos Jônios, Eólios e Aqueus (Dominação Miscênica) - Homérico (XIII – VIII a.C.) →Formação dos genos / chegada dos Dórios - Arcaico (VIII – VI a.C.) →Formação das cidades-estado (poléis) - Clássico (VI – IV a.C.) → Auge das cidades-estado e eu dclínio (Guerras Médicas e do Peloponeso) - Helenístico (IV – II a.C.) → Império de Alexandre o Grande • Importante: Falamos em história grega, no entanto é preciso lembrar que nunca houve uma unidade política entre os povos que se estabeleceram na região. Mesmo do ponto de vista cultural havia grandes diferenças. Elemento unificador → língua comum. 3. Ocupação da Península Balcânica - Pré-Homérico: migração de povos indo-europeus como os Aqueus (séc. XX – XVIII a.C.); Eólios (séc. XVIII – XV a.C.) e Jônios (séc. XVIII – XV a.C.) → Mapa da Moderna Plus (Migrações Indo-Europeu) • Domínio cultural e econômico da civilização cretense → civilização marcadamente influenciada pelas civilizações orientais. • Características gerais de civilização cretense: - Estado teocrático (poder centralizado na figura real e legitimado pela ascendência da casa real de Minos) - Sociedade palaciana (Economia controlada diretamente pelo Estado →o papel central do palácio de Cnossos) - Principal atividade econômica: Comércio (ligado as rotas mercantis do Mediterrâneo, principalmente ao comércio com o Egito) - Culto religioso ligado a figura da grande deusa . • Declínio do poder cretense e ascendência do poder a queu → O mito do minotauro como representação desse processo. (ver anexo) • A chegada dos Dórios – povo indo-europeu e de caráter guerreiro (séc XVIII) desestrutura as sociedades gregas da época levando a grandes migrações ( processo conhecido como 1ª diáspora grega) • Rearticulação das relações culturais e rearticulação das organizações sociais (temos pouca informação do período qu precede esses acontecimentos) • Principais fontes do período Homérico: os poemas épicos da Ilíada e Odisséia Textos de apoio O Mito do Minotauro Conta o mito que ele nasceu em função de um desrespeito de seu pai ao deus dos mares, Poseidon. O rei Minos, antes de tornar-se rei de Creta, havia feito um pedido ao deus para que ele se tornasse o rei. Poseidon aceita o pedido, porém pede em troca que Minos sacrificasse, em sua homenagem, um lindo touro branco que sairia do mar. Ao receber o animal, o rei ficou tão impressionado com sua beleza que resolveu sacrificar um outro touro em seu lugar, esperando que o deus não percebesse. Muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o mortal. Faz com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Isso não só aconteceu como também ela acabou ficando grávida do animal. Nasceu desta união o Minotauro. Desesperado e com muito medo, Minos solicitou a Dédalos que este construísse um labirinto gigante para prender a criatura. O labirinto foi construído no subsolo do palácio de Minos, na cidade de Cnossos, em Creta. Após vencer e dominar, numa guerra, os atenienses , que haviam matado Androceu (filho de Minos), o rei de Creta ordenou que fossem enviados todo ano sete rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro. Após o terceiro ano de sacrifícios, o herói grego Teseu resolve apresentar- se voluntariamente para ir à Creta matar o Minotauro. Ao chegar na ilha, Ariadne (filha do rei Minos) apaixona-se pelo herói grego e resolve ajudá- lo, entregando-lhe um novelo de lã para que Teseu pudesse marcar o caminho na entrada e não se perder no grandioso e perigoso labirinto. Tomando todo cuidado, Teseu escondeu-se entre as paredes do labirinto e atacou o monstro de surpresa. Usou uma espada mágica, que havia ganhado de presente de Ariadne, colocando fim aquela terrível criatura. O herói ajudou a salvar outros atenienses que ainda estavam vivos dentro do labirinto. Saíram do local seguindo o caminho deixado pelo novelo de lã. 1º Ano Aula 14: A pólis e o mundo grego. Objetivos: Discutir o processo de constituição da polis grega, das comunidades aristocráticas patriarcais (os genos), até a organização plena das cidades-estado. Definir o conceito de cidade-estado e sua dispersão pela região do Mediterrâneo (Magna Grécia) acompanhado da cultura grega. A partir da analise de trechos de documentos extraídos das peças de teatro gregas discutir o conceito de cidadania. Metodologia da Aula: Aula expositiva, análise de textos historiográficos, uso do jogo grepólis. Estrutura da Aula: 1. A constituição dos genos 2. A formação da Polis 3. A Magna Grécia (Dispersão da cultura grega) Planejamento da Aula: 4. A constituição dos genos. • Século XIII a.C. – Início do Período Homérico (XIII – VIII a.C.) →Chegada dos Dórios (ultimo dos quatro povos que formariam a civilização grega) • Constituição de núcleos urbanos (aldeias) → sociedade organizada ao redor de famílias patriarcais (lideradas por um chefe guerreiro) e aristocráticas (sustentadas pelo poder sobre a terra) – os genos • Esses núcleos devem ser pesados com oikos (casa ou família) → unidade econômica e social (noção de família estendida, englobando tanto escravos como servos e estrangeiros residentes nas terras de uma mesma família. • Convívio dentro dos genos de escravos (mas que ainda não constituíam a maioria) e homens livres a serviço do chefe guerreiro (demiurgos – artesão qualificado – e tetas) • Formação de associações entre diferentes genos – encontro e deliberação dos chefes guerreiros – aristocracia – e deliberações em conjunto nas assembléias (o restante da população livre participava desses eventos mas não deliberava) → A guerra de Tróia como principal exemplo • A escolha, por mérito militar, de um rei dentro da aristocracia. 5. A formação das polis • Período Arcaico (Séc. VIII – VI a.C.) → formação das polis (dentro de um contexto de crise social) • Aumento demográfico : → Escassez de terras acompanhado pelo questionamento do poder da aristocracia que dominava as principais terras das antigas comunidades (genos). → Alteração das relações sociais: De relações diretas dentro dos genos (concepção de relações familiares dentro do oikos) para relações indiretas dentro da nova forma de organização social nas polis • Definição: Cidades–estado (Pólis) “Ela pode ser definida como uma ‘comunidade autônoma politicamente ’, (...), ainda que estes conceitos não exprimam perfeitamente todas as suas características, pois além de sua independência política a polis ideal deveria ser auto- suficiente no pano econômico .” (Maria Beatriz B. Florenzano, O Mundo antigo: economia e socieda. São Paulo: Brasiliense, 1982, pp. 24) • Importante: A concepção de cidade-estado não está ligada necessariamente a idéia de núcleo urbano, mas sim a reunião da comunidade dos cidadãos (o coletivo) . Genos Cidades -estado (Pólis) (Aumento demográfico) • Utilização do jogo Grepolis (simulação do mundo grego – baseado no conceito de cidade-estado grega e suas características): Jogo e realidade histórica. → Representação da polis grega e da fragmentação política (universo político grego) • “Do ponto de vista material, para que existisse deveria ter essencialmente um local central onde se situassem os edifícios públicos e religiosos e onde se realizassem as reuniões dos cidadãos, a ágora . Uma acrópole (cidade alta) também era necessáriacomo medida defensiva da comunidade. Afora esses dois itens, cada cidade-estado se desenvolvia de modo diferente, tinha dimensões diversas, etc.” (Maria Beatriz B. Florenzano, O Mundo antigo: economia e socieda. São Paulo: Brasiliense, 1982, pp. 24) • Análise do espaço da Pólis - Utilização do jogo Grepolis e da planta da planta da Acrópole de Atenas. 6. Cidade-Estado e o conceito de cidadania • Consolidação do conceito de cidadania → Uma idéia de igualdade dentro dos membros de uma comunidade política (polis) → Análise dos trechos de As Rãs e Édipo Rei (discutir o papel do teatro dentro da sociedade grega e função do coro dentro do teatro grego) • Ser cidadão – dentro da concepção grega significava participar da vida política da polis (Sófocles, por exemplo, exerceu vários cargos públicos dentro da cidade de Atenas) e ser capaz de se armar e defender a cidade nos períodos de guerra – o exército de cidadãos – os hoplitas (Ésquilo lutou em batalhas importantes das Guerras Médicas – Maratona e Salamina, isso aparece em sua peça Os Persas – inscrição do seu túmulo “Aqui jaz Ésquilo, filho de Eufórion. Nascido em Atenas, morreu nas planícies fecundas de Gela. A aldeia famosa de Maratona e o persa de longa caeleira dirão se ele foi bravo: eles viram!”) • IMPORTANTE: A idéia de cidadania era restrita a um grupo bem definido dentro da polis (homens livres, maiores de idade, filhos de pais nascidos na cidade). Estavam excluídos da categoria de cidadãos: Mulheres, crianças, estrangeiros e escrav os (eles não faziam parte da comunidade política ou não eram vistos como portadores da razão elemento importante para a atuação política. Texto de Apoio Coro: Ah! Sofro males sem conta.Todo o meu povo está exposto ao flagelo e meu pensamento não possui arma que nos permita uma defesa. Os frutos desta nobre terra não crescem mais à luz e felizes nascimentos (...). E a cidade perece nessas mortes sem conta. Nenhuma piedade a seus filhos que jazem no chão: eles também são portadores da morte (...). Édipo: Ouço as suas preces e a essas preces sou eu que respondo. Saibas escutar e acolher as minhas palavras. (...) Falo aqui como homem alheio ao relato que ele acaba de ouvir, alheio ao próprio crime; eu não poderia sozinho levar adiante minha investigação, a menos que dispusesse de algum indício; e, como sou de fato um dos últimos inscritos nesta cidade, é a vós, é a todos os tebanos, que dirijo solenemente meu apelo. 1º Ano Aula 15: O Período Clássico: Cidadania, Democracia e Escravidão Objetivos: Construir um quadro comparativo entre os processos históricos que levaram a constituição das cidades-estado de Atenas e Esparta, analisando as diferenças políticas, sociais e econômicas nesses dois exemplos de polis grega. Discutir a relação entre a consolidação do estatuto de cidadão, a construção da democracia grega (ateniense) e a instituição em massa do trabalho escravo. Metodologia: Análise de imagem, análise de trechos das peças teatrais gregas, aula expositiva. Estrutura da Aula: 1. A Magna Grécia 2. A cultura grega 3. Esparta e Atenas: dois modelos de polis. 4. Democracia e Escravidão. Planejamento da Aula: 1. A Magna Grécia (Dispersão da cultura grega) • Período Clássico • Processo contínuo de aumento demográfico → escassez de alimentos para abastecer, insuficiência e terras. →Unidade das cidades-estado ameaçadas. • Formação de novas cidades-estado →as colônias (Sul da Itália, Costa da África e Planalto da Anatólia) • As colônias não mantinham necessariamente o vinculo com as suas cidades de origem, porém algumas funcionavam como entrepostos comerciais, abastecendo as cidades-estado de origem e desenvolvendo o comércio grego no Mediterrâneo. • Dispersão da cultura grega no Mediterrâneo (2ª diáspora grega) 2. A cultura grega • Passagem do Período Arcaico para o Período Clássico: → Desenvolvimento das cidades-estado →Consolidação de uma língua comum → Desenvolvimento da chamada cultura grega: desenvolvimento de varias áreas do saber (de maneira geral a cultura grega – preservada ao longo dos séculos – é considerada a base na qual se constituiria a cultura ocidental posteriormente. (Leitura do cap. 5.3) • Importante: A través da análise de imagens relembrar que a cultura grega, por sua vez, deve muita a cultura das civilizações consideradas ocidentais) • Ponto central: desenvolvimento da Filosofia (construção de uma interpretação racional do mundo • Antropocentrismo em oposição de uma interpretação mítica de mundo (O exemplo da comédia As Rãs de Aristófanes – representação caricatural de Dionísio) 3. Esparta e Atenas: dois modelos de polis. Esparta: • Local: Planície do Peloponeso • Origem: Cidade fundada pelos Dórios • Estrutura sócio-econômica: - Economia agrícola – sociedade aristocrática (poder baseado na posse da terra) - Produção agrícola baseada no trabalho escravo e na população local subordinada pelos espartanos • Estratificação social e características sociais: - Espartanos (cidadãos) - Periecos (homens livres sem direitos políticos) - Hilotas (escravos e população submetida a sevidão) - Sociedade espartana militarizada (Xonofóbica e lacônica) →Utilização do trecho inicial de 300 (Ou material on-line da Moderna Plus) • Estrutura Política Atenas : • Local: Região litorânea, Ática. • Origem: Fundada pelos Jônios • Desenvolvimento socioeconômico - Desenvolvimento Econômico: • Desenvolvimento Político: (As mudanças econômicas levaram a disputa política entre a Aristocracia e os Demiurgos – comerciantes – com o apoio dos Gorgóis – camponeses) o Para a consolidação do regime democrático foi preciso instituir diversas mudanças na sociedade ateniense (atuação dos legisladores): Diarquia Gerusia Exército Assembléia Popular Economia Agrícola Economia agrícola organizada Para trocas comerciais (Relações mercantis com outras polis – colônias) (Concentração de terras nas mãos da aristocracia, aumento da importância dos demiurgos) Governo aristocrático (Governo Tirânico Democracia (Conflito como debate político) - 610 a.C. – Dracon institui um código de leis escritas - 594 a.C. – Sólon reformou as leis de Dracon – entre outras medidas acaba com a escravidão por dívida (elemento necessário para separar e definir o estatuto de cidadão e de escravo) - 510 a.C. – Clistenes implementa a democracia em Atenas o Cristalização da sociedade grega: - Atenienses (cidadãos) - Metecos (estrangeiros) - Escravos 4. Democracia e Escravidão. Características gerais da democracia grega: • Democracia direta (Os cidadãos representavam a si mesmos nas assembléias) • Os cargos públicos eram rotativos e escolhidos através de sorteios (critica a noção de meritocracia, em tese todo cidadão seria capaz de assumir tais funções) • O ostracismo como mecanismo para a defesa do sistema (exílio de 10 anos do cidadão considerado uma ameaça, manutenção de suas propriedades no momento que esse retornasse) • Pergunta central: o que permitia o cidadão se dedicar a vida política? → a introdução em massa de escravos (concepção do ócio produtivo, desvalorização do trabalho manual) • As cidades-estado gregas se consolidaram no período clássico como sociedades escravistas (ou seja, baseadas na mão-de-obra escrava) • Escravos oriundos de guerras e posteriormente vindos do tráfico de escravos. (Porém em uma dimensão bem inferior ao império romano) 1º Ano Aula 16: As guerras do período Clássico e o Império Helenístico. Objetivos: Discutir os principais confrontos do período clássico (As Guerras Médicas e do Peloponeso), a construção de uma concepção de unidade grega baseada na oposição civilização e barbárie e o declínio das cidades-estado. Apresentaras principais características do Império Helenistico e sua relação profunda com a cultura Oriental. Metodologia: Aula expositiva e análise de documento. Estrutura da Aula: 1. As guerras do período Clássico 2. O Período Helenistico. Planejamento da Aula: 1. As guerras do período Clássico a) As Guerras Médicas (490 – 448 a.C.) • Expansão do Império Persa (fusão de Medos e Persas) → Século VI a.C. Utilização dos recursos da Moderna Plus (Mapa da expansão persa) • Características gerais: - Sociedade Palaciana - Poder despótico - Expansão militar e construção de uma rede de poder através do pagamento de tributos e manutenção das elites locais no poder • Início dos conflitos: Expansão territorial em direção ao mar Egeu (ataque as cidades gregas e invasão da península balcânica)- Utilização dos recursos da Moderna Plus (Mapa das Guerras Médicas e Trecho dos 300 de Esparta) Guerras Médicas Cidades-Estado gregas VS. Império Persa • Aliança militar entre as polis gregas: Liga de Delos (comandada por Atenas) • Episódios da Guerra: - 300 de Esparta (combate no desfiladeiro das Temóplidas) - Batalha de Maratona - Batalha de Salamina (Vitória dos gregos, o que significou a manutenção da autonomia dessas cidades) • Heródoto e a narração das guerras Méicas (o discurso da unidade da Hélade contra os bárbaros) – análise de texto b) Guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C.) • Fim das guerras médicas – manutenção da Liga de Delos (hegemonia de Atenas sobre as outras cidades) • Esparta e a fundação da liga do Peloponeso • Utilização dos recursos da Moderna Plus (Mapa das Guerras Médicas) Liga de Delos VS. Liga do Peloponeso • Vitória de Esparta, mas enfraquecimento das cidades-estado como um todo. • Conquista das cidades-estado por Filipe da Macedônia. 2. O Período Helenistico. • Macedônia – reino situado ao norte das cidades-estado (possuía uma economia agrícola e uma forte influência da cultura das polis) • O rei Felipe II da Macedônia conquista em 366 a.C. as cidades-gregas → com sua morte assume a coroa seu filho Alexandre • Alexandre havia sido educado por Aristóteles (um dos maiores filósofos gregos) • Alexandre inicia uma das maiores expansões territoriais da história (Conquista a região da Mesopotâmia, o Egito e marcha até as margens do rio Indu) - Utilização dos recursos da Moderna Plus (Mapa do Império de Alexandre Mágno) • O Helenismo: - O império de Alexandre foi construído a partir da incorporação de novos territórios, mas sem alterar as estrutura de poder local (cobrança de tributos) - Fusão de elementos da cultura grega e das culturas orientais • 394 a.C. – Morte de Alexandre – fragmentação do seu império. 1º Ano Aula 17: Roma: a monarquia e a sociedade romana Objetivos: Construir um panorama da história de Roma, apontando os principais tópicos que serão tratados nas aulas. Discutir as características políticas e sociais da sociedade romana durante a Monarquia. Estrutura da Aula: 1. A História de Roma: organização cronológica • Cronologia: processo de organização dos fatos históricos no tempo → cronologia de Roma baseada em sua história política (formas de governo) • Os períodos da história romana (construir uma linha do tempo): - Monarquia (750 – 509 a.C.) - República (509 – 27 a.C.) - Império (27 a.C. – 476 d.C.) • A história de Roma e a cronologia da História Geral (utilização dos marcos cronológicos de Roma como divisão entre a Idade Antiga e Idade Média – 476 d.C., queda do Império Romano do Ocidente – e como divisão entre a Idade Média e Idade Moderna – 1453, queda do Império Romano do Oriente. 2. A fundação da cidade-estado. a) A península itálica no séc. VIII a.C • Região ocupada por povos distintos e fragmentada do ponto de vista político. - Região Sul (Gregos) - Região Central (Latinos e Sabinos) - Região Norte (Etruscos) b) A fundação de Roma e o mito fundador • Fundação: pequena aldeia de origem latina na região do Lácio • Importante: Ocupava uma posição estratégica, pois estava localizada em um cruzamento das principais rotas comerciais entre as cidades-estado do Sul e as do Norte • O mito fundador: construído a posteriori e transcrito por Virgílio - Gênese de Roma em Enéias, príncipe troiano refugiado na Itália – seus descendentes teriam fundado a cidade – Gêmeos Rômulo e Remo (filhos de Réia Silvia e o deus Marte) → papel do mito – ressignificação da história da cidade, valorização do caráter militar e do poder de Roma construídos posteriormente. 3. A monarquia: aspectos sociais e políticos. a) Organização social • Sociedade agrária e aristocrata: controle social baseado no controle da terra) • Grupos sociais: - Patrícios (composto pelas famílias proprietárias de terras) - Plebeus (composto por camponeses detentores de pequenas propriedades) - Clientes (composto por indivíduos dependentes das famílias patrícias) - Escravos (prisioneiros de guerra) Obs: No período da Monarquia haviam pouquíssimos escravos em Roma. b) Organização política: • Senado: Conselho de anciões formado pelos representantes das principais famílias patrícias. Tinha como função assessorar o Rei e limitar seu poder. • Durante o período de Monarquia (750 – 509 a.C.) Roma teve 7 reis. Os três últimos eram de origem etrusca. • Dominação etrusca: - Crescimento da cidade; - Consolidação do domínio da região do Lácio; - Fortalecimento do poder político dos patrício; • 509 a.C. → Conflito entre o rei Tarquínio e a elite patrícia leva a deposição do rei e a extinção do regime monárquico Rei Senado 1º Ano Aula 18: Roma: a república aristocrática Objetivos: Discutir a constituição da república romana e sua estrutura aristocrática. Debater as características do direito romano, sobretudo a consolidação a concepção de público e privado. Apresentar o processo de expansão territorial romano e relacioná-lo a consolidação da república aristocrática. Estrutura da Aula: 1. A república romana. 2. O direito romano: entre público e o privado 3. A expansão territorial Planejamento da Aula: 1. A república romana. • 509 aC – Conflitos entre o rei Tarquínio e os patrícios leva a deposição do rei e o fim da monarquia. • República: o termo provém da expressão latina res publicus – governo da coisa pública. • Estrutura do governo republicano • Magistrados: Encarregados pelas assembléias para exercer o poder executivo em nome delas. O cargo mais importante dos magistrados era o de Consul . Eram sempre eleitos em número de 2 e exerciam o cargo por 1 ano. • Em momentos de crise o Senado poderia conceder o poder total ao cônsul por um período provisório (6 meses), estes estados de exceção era chamado de ditadura. Senado Comício Tribal Comício Centurial (Composto pelos membros das principais famílias patrícia) (Patrícios) (Patrícios e plebeus engajados no exército) • Importante: A república consolidou o poder da arist ocracia rural (patrícios), os proprietários de terras e escravos. • As revoltas da plebe (insatisfeita com tal situação a plebe se organizou, ameaçando constituir uma outra cidade apartada de Roma se não fosse concedido direitos políticos) • 494 a.C. – Criação dos tribunos da Plebe (representação dos plebeus no Senado, direito a veto a determinações que afetassem a plebe) – inicialmente em número de 2, depois aumentado para 10. • 450 a.C. - Criação da lei da 12 Tábuas (base do direito romano) • 445 a.C. – Lei Canuléia (direito a casamento de plebeus e patrícios) – muitas famílias plebéias tinha enriquecido mas não possuíam direitos políticos. 2. A expansão territorial • Durante o período da república Roma se consolida como uma potência bélica n península itálica – formação das legiões romanas (exército formado por plebeus e comandado pelos patrícios) → Análise dos trechosde filmes sobre o Exército Romano • 275 a.C. – consolidação do controle sobre toda a península itálica. • Avanço sobre as ilhas da Sicília (área estratégica: produtora de trigo e controle do Mediterrâneo) → área controlada por outra poderosa cidade-estado: Cartago. • Guerras Púnicas (264 – 146 a.C.) Roma VS Cartago • Vitória sobre Cartago (controle do norte da África e da Península Ibérica), vitória sobre o reino da Macedônia (controle de toda a parte oriental do Mediterrâneo) • Hegemonia de Roma sobre o Mediterrâneo - Utilização de material da Moderna Plus – Expansão romana séc. II e I a.C. 1º Ano Aula 19: A crise da República Objetivos: Discutir o conceito de trabalho como elemento constituinte das relações humanas, assim como o conceito de luta de classe. Discutir as contradições geradas pela expansão romana e as lutas sociais que desencadearam a crise do sistema republicano em Roma. Obs: Esta é uma aula para duas entradas. Metodologia: Analise de textos e documentos Estrutura da Aula: 1. As conseqüências da expansão romana 2. Os elementos da crise da República 3. As ditaduras e a crise da República Planejamento da Aula: 1. As conseqüências da expansão romana. • Conseqüência da expansão romana. - processo de concentração fundiária pelos patrícios – As terras conquistadas era de propriedade do Estado (Ager publicus), porém essas terras eram muitas vezes cedidas a quem tivesse condição de ocupá-las – formação de grandes latifúndios patrícios - Aumento do número de escravos – as populações vencidas nas guerras foram escravizadas – aumento significativo do número de escravos. Alteração das relações de trabalho Camponês livre (plebeu) Trabalhador escravo - Controle do comércio em todo o Mediterrâneo - A unidade política de Roma vai garantir o crescimento das redes de comércio do Mediterrâneo. Isso trouxe duas conseqüências diretas: a) A organização de uma produção agrícola para a comercialização – baseada em grandes propriedades e no trabalho escravo b) Formação de um novo grupo social ligado as transações econômicas – Os cavaleiros, ou noblitas (comerciantes enriquecidos) 2. Os elementos da crise da República a) A crise agrária • Com as mudanças nas relações de trabalho a plebe vai sendo cada vez mais marginalizada dentro da sociedade romana (criação de um ambiente de instabilidade política – a plebe perde espaço dentro da sociedade romana, mas ao mesmo tempo continuava sendo importante para a formação do exército romano) • Os irmãos Graco: Os tribunos da Plebe Caio e Tibério Graco propuseram medidas para diminuir as tensões sociais dento da República. o Tibério Graco (143 a.C.): Lei Agrária: distribuião do ager publicus para a plebe. o Caio Graco: Lei Agrária, Diminuição do preço do trigo, Expansão da cidadania romana. → As propostas dos dois são rejeitadas pela elite patrícia no Senado e eles são perseguidos e assassinados. b) Espartacos e as revoltas escravistas. • Roma durante o período da república transforma-se em uma sociedade escravista. • Os escravos tinham as mais variadas procedências (não era uma questão étnica) e exerciam as mais variadas atividades, tanto nas áreas agrícolas, quanto urbanas. • Os escravos eram em sua maior parte provenientes das guerras de conquista. Mas com o aumento da demanda por escravos cria-se redes de tráfico de escravos no interior do império romano • Sociedade escravista organizada a partir da coação e da violência. - Trechos ilustrativos do romance Espartacus de Howard Fast: o As minas e trabalho escravo (pag. 61-62) o Os escravos (pág 65) o A velha e o general (pag.230 – 231) • As revoltas de escravos - Revolta da Sicíia (136 – 133 a.C.)- derrubada do governo local e estabelecimento de uma monarquia, escravização dos povos subordinados. - Revolta de Espartacos (76 – 73 a.C.) – Revolta de gladiadores no sul da península Itálica, mobilização de outros escravos – formação de um exército de 60 mil homens – Mobilização das legiões romanas sob o comando do gen. Crasso o Análise de Documento: A visão romana sobre Espartacos – O medo de uma revolta de escravos. 3. A crise da República. • A crise das instituições da República - Questionamento dos poderes do Senado (insatisfação política por parte da plebe - marginalizados dentro da sociedade romana - e dos cavaleiros – busca de maior espaço político dentro da sociedade romana) → Constantes acusações de corrupção dentro da República. - Crescimento do prestígio dos generais romanos e atuação cada vez mais intensa do exército em questões políticas (manipulação da plebe) - Tensões sociais → Instabilidade política. • As ditaduras - Em meio a instabilidade política Caio Mario (general romano com grande popularidade entre a plebe) assume o poder como Ditador. (106 – 100 a.C.) o Implementação de reformas com grande apelo popular (como, por exemplo, a instituição do soldo no exército romano) o Apoio popular e manutenção do poder como Ditador, acima das ordens do Senado romano - Com o apoio dos patrícios Cornélio Sila (general romano, antigo auxiliar de Caio Mario) inicia um guerra contra as forças de Caio Mario. - Após derrotar Caio Mario, assume – com o apoio patrício – a posição de ditador (89 – 79 a.C.), por conta da idade avançada, renuncia ao posto em 79 a.C. • Os triunviratos - Para evitar novas disputas internas o Senado cria o chamado triunvirato, formado pelos três grandes generais da época. - 1º Triunvirato: o Crasso o Pompeu o Julio César - Após a morte de Crasso, inicia-se uma guerra entre as forças de Julio César e Pompeu. César vence-o em 46 a.C. e torna-se ditador vitalício. - O Senado, inconformado com o processo de centralização do poder levado a cabo por César arma uma conspiração e o assassina (Brutus, patrício e filho adotivo de César) - Após a morte de César forma-se o 2º Triunvirato o Marco Antônio (general romano e braço direito de César) o Otávio (Sobrinho de César) o Lépido (Banqueiro romano e pessoa influente dentro da sociedade romana) - Lépido foi em pouco tempo afastado do triunvirato, o que deu início a disputa entre as forças de Marco Antônio e Otávio. - Otávio derrotou Marco Antônio em 31 a.C. no Egito. Após a derrota de Marco Antonio dá início ao processo de centralização do poder. - Em 27 a.C. declarasse Príncipes (o primeiro dos cidadãos), Augustos (Divino) e Imperator (Autoridade suprema); colocando fim a República. 1º Ano Aula 20: O Império romano Objetivos: Caracterizar as principais alterações com a instauração do sistema de governo imperial em Roma por Otávio Augusto. Discutir a consolidação da concepção de império a partir dos testemunhos romanos. Debater o alcance da idéia e dos símbolos do império dentro do mundo contemporâneo. Obs: Aula para duas entradas Metodologia: Aula expositiva, análise de documentos, análise de imagens, análise de trechos do filme: “Gladiador”. Estrutura da Aula: 1. A instauração do Império: mudanças políticas e sociais. 2. A construção da idéia do Império Universal. 3. Os símbolos do Império. Planejamento da Aula 1. A instauração do Império: mudanças políticas e sociais. • 27 a.C. – Otávio assume o título de Imperador, iniciando uma reorganização da estrutura do Estado Romano. • Reestruturação do exército: - Profissionalização do exército (fim da obrigação do serviço militar dos pequenos camponeses, controle do exército pelo imperador). - Fim das grandes expansões. - Consolidação das fronteiras. (consolidação do poder sobre toda a zona ao entorno do Mediterrâneo – chamado de maré nostrum) • Reestruturação político-administrativa - Aproximação política com as elites provinciais do Império (abertura dos principais cargos políticos – Senado e magistraturas - as grandes famílias provincianas)