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Avaliação Nutricional na Gestação Autora revisora Marília Alonso Mota Goularte Autora revisora Gabriela Chamusca Autora Juliana da Silveira Gonçalves Autora Daniela Caetano Gonçalves Objetivos Apresentação da unidade Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/924631423". Prezado aluno, nesta unidade, abordaremos os métodos de avaliação nutricional da gestante, as principais características do período da gestação, e os aspectos mais relevantes relacionados à nutrição. Estude todo o conteúdo, assista às videoaulas e realize todos os exercícios propostos para esta unidade. Bom estudo! Introdução1 1ª consulta nutricional Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/924631518". Durante a gravidez, ocorrem significativas modificações fisiológicas no organismo da mulher, resultando em um aumento das necessidades nutricionais, tanto de macronutrientes quanto de micronutrientes. Uma nutrição inadequada pode acarretar deficiências tanto para a mãe quanto para o feto, prejudicando o desenvolvimento adequado do bebê. Além disso, durante este período, o organismo materno passa por adaptações devido ao aumento de hormônios como progesterona, estrogênio, prolactina e vários hormônios placentários (Beitune et al., 2020). O período gestacional é composto por 40 semanas, divididas em três trimestres distintos, cada um com características fisiológicas, metabólicas e nutricionais específicas. No primeiro trimestre, ocorrem intensas modificações biológicas devido à divisão celular e às mudanças hormonais, sendo comuns sintomas como enjoo e vômitos. É crucial destacar que o ambiente externo não representa risco ao feto, pois a saúde do embrião depende das reservas nutricionais da mãe. Portanto, a nutrição é essencial para promover o desenvolvimento e a diferenciação dos órgãos fetais (Vitolo, 2014). Nos segundo e terceiro trimestres, a dieta da gestante, juntamente com questões como ganho de peso, ingestão alimentar, aspectos emocionais e estilo de vida, estão diretamente relacionados ao crescimento adequado e ao desenvolvimento cerebral do feto (Vitolo, 2014). É consenso na literatura que a nutrição adequada da gestante e do bebê depende de uma boa alimentação. Nesse contexto, o estado nutricional materno é um indicador de saúde e qualidade de vida, tanto para a mulher quanto para o crescimento de seu filho. O peso ao nascer reflete o tipo de nutrição que o bebê recebeu durante a gestação, uma vez que a única fonte de nutrientes para o concepto vem das reservas nutricionais e da ingestão alimentar materna (Beitune et al., 2020). Avaliação Nutricional da Gestante 2 Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/946610626". A avaliação nutricional de gestantes é realizada por meio de avaliação antropométrica, exame físico, exames laboratoriais e avaliação dietética. O monitoramento do ganho de peso durante todo o período gestacional destaca-se como um aspecto crucial dessa avaliação. Através de uma avaliação nutricional adequada, é possível (Mussoi, 2023): Identificar gestantes com risco nutricional no início da gestação, incluindo casos de baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Detectar alterações no peso, seja baixo peso ou excesso de peso, conforme a idade gestacional. Orientar de forma apropriada durante os diferentes estágios da gestação, tanto para a mãe quanto para o bebê, incluindo orientações para o parto e para a alimentação do recém-nascido. Anamnese para gestantes2.1 Estado nutricional Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/924631761". A avaliação clínica, também conhecida como anamnese, é um componente crucial na avaliação nutricional de qualquer paciente. Junto à análise de exames bioquímicos, ao conhecimento dos hábitos alimentares e às medições antropométricas, a anamnese auxilia no diagnóstico nutricional, orientando as condutas a serem adotadas (Mussoi, 2023). O processo de avaliação clínica inicia-se com a realização de uma anamnese detalhada, essencial para compreender as necessidades do paciente. É importante que o profissional crie um ambiente acolhedor, ouça atentamente e registre informações relevantes. Assim, é indispensável a organização de uma ficha de coleta de dados ou anamnese, detalhada e focada nos objetivos da consulta. Embora não exista um modelo padrão de anamnese para gestantes, algumas informações são essenciais e devem constar na ficha de avaliação (Vitolo, 2014): Informações sobre a rotina: trabalho, atividade física e atividades diárias. Hábitos, incluindo tabagismo (tipo, quantidade por dia, tempo de uso) e consumo de bebida alcoólica (tipo e frequência). Ingestão hídrica: quantidade total consumida. Padrão de sono: duração e qualidade. Hábito intestinal, avaliado conforme a escala de Bristol (Martinez; Azevedo, 2012): Tipos 1 e 2 indicam obstipação. Tipos 3 e 4 são considerados ideais, pois são mais fáceis de eliminar. Tipos 5 a 7 estão associados a tendência de diarreia ou urgência. Figura - Escala de Bristol Fonte: Adaptado de Martinez; Azevedo, 2012. Hábito urinário: cor, odor, presença de dor ou desconforto. A coloração da urina é um método de simples aplicação, consistindo em uma análise qualitativa da cor da urina pela qual ela é comparada de forma visual. Neste tipo de análise, há variação de 1 a 8, onde 1 se refere a uma hiper-hidratação e 8 a uma desidratação severa. Figura - Tabela de coloração de urina https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/426e999ee0be847a9d2021a76712af70.png https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/426e999ee0be847a9d2021a76712af70.png Fonte: Adaptado de Armstrong et al., 1994. Dificuldade de mastigação e/ou deglutição: Verificar ausência dentária ou outros problemas que possam interferir na alimentação Presença de queixas tipo pirose, náuseas, vômito, dor/distensão abdominal: questionar tempo e intensidade dos sintomas, assim como se há relação com a ingestão de alimentos ou medicamentos. Uso de medicamentos e suplementos: nome, frequência, efeitos colaterais já apresentados. Alergias e intolerâncias: tipo de alérgeno, cuidados para evitar crises. Acompanhamento médico: especialidade, frequência das consultas Cirurgias realizadas: tipo e motivo Doenças agudas recentes: diagnóstico, causas. Doenças crônicas em acompanhamento: endocrinopatias, cardiopatias, pneumopatias, nefropatias, hepatopatias, neoplasias. Além do acompanhamento clínico da paciente, algumas informações sociodemográficas e obstétricas da gestante são requeridas no pré-natal e podem compor a anamnese da paciente. São elas (Vitolo, 2014): Idade cronológica Cor da pele/raça Grau de escolaridade Anos de atraso escolar, em caso de gravidez em adolescentes Naturalidade Profissão Ocupação Situação marital Número de pessoas na mesma moradia Renda familiar per capita Condições de saneamento https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/33546db9e272721d943a7da075abc73e.png https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/33546db9e272721d943a7da075abc73e.png História obstétrica Não planejamento e/ou aceitação da gestação Para gestantes, é importante que a anamnese contenha outras informações pertinentes ao período gestacional, como semana gestacional, data da última menstruação (DUM) e data provável do parto (DPP) (Vitolo, 2014). Avaliação antropométrica2.2 Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/946610676". A avaliação antropométrica é idealmente iniciada no período pré-gestacional, um momento crítico nas semanas que antecedem a concepção. Assim, essa avaliação é de grande importância, pois possibilita os ajustes nutricionais necessários para um período gestacional saudável (Stephensonet al., 2018). O estado nutricional da gestante pode ser determinado por meio de (Febrasgo, 2023): da estatura materna; do peso pré-gestacional; do perímetro braquial; da altura uterina. A aferição da estatura materna é um indicador aproximado do crescimento infantil e da estrutura óssea pélvica da mãe. A avaliação postural da gestante, realizada no início da gravidez, antes da 20ª semana gestacional, é essencial para determinar a estatura corretamente. Isso se deve à alteração postural típica da gestação, que resulta em uma lordose fisiológica na região lombar, afetando a estatura. Quanto ao peso pré-gestacional, sua avaliação é crucial para determinar a necessidade de ganho de peso durante a gestação, afetando diretamente o crescimento fetal. Um peso pré- gestacional abaixo ou acima do recomendado pode levar a diversas complicações como (Febrasgo, 2023): Baixo peso ao nascer; Macrossomia, que significa nascer com peso acima do esperado; Parto prematuro; Morbimortalidade materna e perinatal. O peso pré-gestacional pode ser determinado por diferentes métodos (Febrasgo, 2023): Relato da gestante sobre seu peso até 2 meses antes da gestação (informação que depende da memória da gestante); Registro médico do peso da gestante no período de até dois meses antes da concepção; Aferição logo após a concepção (considerado o momento ideal); Aferição durante o primeiro trimestre da gestação. A classificação mais comum do estado nutricional da gestante é feita através do Índice de Massa Corporal (IMC) (Mussoi, 2023). O cálculo do IMC é feito pela fórmula: Para a medição do peso, a gestante deve estar com o mínimo de vestimentas possível e utilizar balanças calibradas. A estatura deve ser medida na primeira avaliação antropométrica, utilizando um estadiômetro (Sartorell et al., 2021). O ganho de peso total recomendado durante a gestação, baseado no estado nutricional pré- gestacional, está detalhado na tabela "IMC pré-gestacional e ganho de peso gestacional", conforme os dados para a população brasileira (Kac et al., 2021; Carrilho et al., 2023) e as diretrizes do Instituto de Medicina dos Estados Unidos (NRC, 2009). Tabela - IMC pré-gestacional e ganho de peso gestacional IMC pré-gestacional (kg/m2) Estado nutricional pré-gestacional Ganho de peso gestacional Recomendado (kg) Carrilho et al., 2023 Ganho de peso gestacional Recomendado (kg) NRC, 2009 https://observatorio.nutricao.ufrj.br/curvas https://dataverse.nutricao.ufrj.br/dataverse/curvas_openaccess/ https://dataverse.nutricao.ufrj.br/dataverse/curvas_openaccess/ https://observatorio.nutricao.ufrj.br/projects/view/6 https://observatorio.nutricao.ufrj.br/projects/view/6 Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/946610716". A análise dietética é realizada para coletar informações sobre os padrões de ingestão alimentar de um indivíduo. Na prática clínica, essa avaliação é efetuada por meio de inquéritos alimentares, que incluem entrevistas e questionários destinados a identificar o consumo alimentar, tanto em termos de quantidade quanto de qualidade. Além disso, a avaliação dietética tem como objetivos analisar: Número de refeições; Composição das refeições; Grupo e quantidade de alimentos presentes; Uso de refrigerantes, café e chás, bebidas alcoólicas; Alimentos ricos em lipídios; Ingestão de doces, chocolates; Utilização de edulcorantes; Tabus, hábitos alimentares; Alergias e/ou intolerâncias; Modificações alimentares. As gestantes têm necessidades nutricionais específicas de macro e micronutrientes, o que exige uma avaliação individual do consumo de alimentos e suplementos alimentares. Isso permite ao nutricionista personalizar as orientações nutricionais para cada gestante (Bertin et al., 2006). A dieta deve ser analisada tanto qualitativamente (tipos de alimentos consumidos e sua qualidade nutricional) quanto quantitativamente (quantidades de alimentos e nutrientes consumidos). Existem diversos métodos para avaliar a dieta, mas não há um padrão ouro específico para gestantes. Portanto, é essencial que o nutricionista esteja familiarizado com as vantagens e desvantagens de cada método para fazer a melhor escolha, de acordo com o objetivo da avaliação (Bertin et al., 2006). Os métodos de avaliação dietética podem ser divididos em várias categorias (Mussoi, 2023): 1. Métodos retrospectivos: Valiam o consumo alimentar passado, seja do dia anterior ou de um período mais extenso. Suas vantagens incluem facilidade de aplicação, exigência de pouco tempo do entrevistado (10 a 30 minutos), não modificação do hábito alimentar, simplicidade no treinamento do entrevistador e na compreensão por parte do entrevistado. As desvantagens residem na dependência da memória do entrevistado, dificuldades em estimar porções consumidas e na inadequação para caracterizar a dieta habitual, comprometendo a análise de causalidade. Exemplos incluem o recordatório de 24 horas, a história dietética e o questionário de frequência alimentar. 2. Métodos prospectivos: Registram o consumo alimentar no presente. Entre as vantagens, destacam-se a capacidade de medir o consumo atual, proporcionar uma avaliação mais precisa do consumo individual e não depender da memória do entrevistado. As desvantagens incluem a possível omissão de dados pelos pacientes e a indução de mudanças no hábito alimentar devido à auto-observação. Exemplos são o diário alimentar, o método de pesagem direta e a análise de duplicata alimentar. Quadro - Principais vantagens e desvantagens de cada método Positivos Negativos Diário alimentar (ou registro alimentar) Informação quantitativa Não depende da memória Estimativa mais exata do consumo alimentar Pode modificar os hâbitos alimentares Omissão no registro de certos alimentos Requermaior cooperação do entrevistado: necessidade de motivação Recordatório alimentar de 24 horas Estimativa quantitativa e qualitativa Rápido e de fácil administração Baixo custo Exige pouco esforço do entrevistado Erros nas estimativas das porções Depende da memória Omissão ou esquecimento no registro de certos alimentos Pode não representar a ingestão habitual História dietética Entrevista detalhada sobre o padrão alimentar Avaliação da ingestão habitual de todos os nutrientes Depende da memória Alto custo Maior tempo para a realização da entrevista Questionário de frequência alimentar Baixo custo e fácil aplicação Caracteriza a dieta habitual Aplicação para um grande número de pessoas Lista incompleta dos alimentos Agrupamento de forma inadequada Requer memória de hábitos do passado Erros na estimativa da frequência e das porções Fonte: Adaptado de Holanda e Barros Filho (2006). A realização do exame físico é essencial, pois complementa a avaliação nutricional ao fornecer elementos adicionais que podem sustentar hipóteses relativas ao diagnóstico nutricional. É crucial começar registrando a impressão sobre o estado geral do paciente por meio da observação e do relato fornecido pelo mesmo. Os indicadores clínicos, quando usados isoladamente, apresentam limitações, especialmente por serem pouco sensíveis às variações ocorridas durante a gestação. Portanto, o ideal é combiná-los com outros indicadores, como antropometria e exames laboratoriais bioquímicos (Mussoi, 2023). O exame físico deve ser conduzido de maneira sistemática e progressiva, iniciando-se pela cabeça e progredindo até a região plantar. O processo começa com o exame do cabelo, seguido dos olhos, narinas, face, boca (incluindo lábios, dentes e língua), pescoço (examinando a tireoide), tórax e abdome, membros superiores (observando unhas e a região palmar) e inferiores (examinando quadríceps, joelho, tornozelo e região plantar), além da pele e dos sistemas cardiovascular, neurológico, respiratório e gastrointestinal. Esse procedimento permite a identificação de potenciais carências nutricionais na gestante, conforme os "Sinais clínicos de carências nutricionais" descritos por Mussoi (2023). Quadro - Sinais clínicos de carências nutricionais Sinais Nutrientes Olhos Cegueira noturna Palidez conjuntival Carência de vitamina A Carência de vitamina A Carência de ferro Lábios Queilose angular e língua inflamada (glossite) Carência de riboflavina Glândulas Bócio Carência de iodo Palidez cutâneo-mucosa, fraqueza, fadiga ao menor esforço físico, susceptibilidade aumentada aos processos infecciosos Anemia ferropriva Carência de ferro Gengivas esponjosas, que sangram com facilidade, e pequenas hemorragias cutâneas Carência de vitamina C Fonte: Elaborado pela autora (2023). Exame físico2.4 Avaliação Bioquímica2.5 Exames bioquímicos Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/924632210". Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/946610761". A análise dos exames bioquímicos complementa a avaliação clínica. É uma etapa essencial para identificar deficiências que possam influenciar algum resultado estético ou clínico, assim como monitorar a adequação da terapia nutricional. De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) no 306/2003 e com a Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991, o nutricionista pode solicitar exames laboratoriais necessários à avaliação, à prescrição e ao acompanhamento da evolução nutricional do cliente-paciente. Porém, segundo o CFN, o nutricionista deverá considerar o cliente-paciente globalmente, respeitando suas condições clínicas, individuais, socioeconômicas e religiosas, desenvolvendo a assistência integrada junto à equipe multiprofissional; considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da equipe multiprofissional, definindo com estes, sempre que pertinente, outros exames laboratoriais; atuar considerando o cliente- paciente globalmente, desenvolvendo a assistência integrada à equipe multidisciplinar; respeitar os princípios da bioética e solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas tenham sido aprovados cientificamente. A resolução na íntegra está disponível no link abaixo. Link: sisnormas.cfn.org.br:8081 [http://sisnormas.cfn.org.br:8081/viewPage.html?id=306] Os exames bioquímicos desempenham um papel crucial na avaliação do estado nutricional da gestante. Contudo, é vital levar em consideração as mudanças fisiológicas inerentesà gestação, incluindo a hemodiluição fisiológica. Dentro do acompanhamento pré-natal, certos exames laboratoriais são considerados obrigatórios (Brasil, 2023). Tipagem sanguínea; Hemograma; Eletroforese de hemoglobina; Glicemia (glicemia de jejum e curva glicêmica); Exame de cultura de urina com antibiograma; Exame preventivo de câncer de colo de útero; Sorologia para sífilis; Teste HIV; Sorologia para hepatite B; Toxoplasmose. A seguir, serão destacados os principais exames laboratoriais relevantes ao estado nutricional e ao cuidado nutricional da gestante. A realização do exame de tipagem sanguínea é essencial, pois, se a mulher possui sangue Rh negativo e o pai é Rh positivo, existe o risco de o feto desenvolver eritroblastose fetal. Esse exame deve ser feito na primeira consulta pré-natal e repetido entre a 26ª e a 28ª semana de gestação. Mulheres com Rh negativo recebem uma dose profilática de imunoglobulina Rho(D), uma medida preventiva importante para evitar a condição. Link: www.msdmanuals.com [https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e- obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9- natais/avalia%C3%A7%C3%A3o-da-paciente-obst%C3%A9trica] http://sisnormas.cfn.org.br:8081/viewPage.html?id=306 http://sisnormas.cfn.org.br:8081/viewPage.html?id=306 https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/avalia%C3%A7%C3%A3o-da-paciente-obst%C3%A9trica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/avalia%C3%A7%C3%A3o-da-paciente-obst%C3%A9trica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/avalia%C3%A7%C3%A3o-da-paciente-obst%C3%A9trica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-gestante-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/avalia%C3%A7%C3%A3o-da-paciente-obst%C3%A9trica O hemograma tem como objetivo identificar deficiências de ferro e anemia, avaliando a hemoglobina. Durante a gestação, ocorre a hiperplasia eritroide na medula óssea, levando a um aumento desproporcional do volume plasmático, resultando em hemodiluição (Friel, 2022). O nível de hemoglobina deve ser superior a 11 g/dL. É também fundamental monitorar o número total de leucócitos, que deve ser inferior a 15.000, e o de plaquetas, que deve ser superior a 100.000 (Ramão; Snyder, 2022). Caso a hemoglobina esteja abaixo de 12,5 g/dL no início da gestação, é recomendável iniciar um tratamento profilático. Adicionalmente, baixos níveis de plaquetas necessitam de investigação, pois podem indicar problemas no sistema imunológico e afetar o feto (Friel, 2022). O limite superior para o número de leucócitos durante a gestação é maior do que em mulheres não grávidas. Em vez do intervalo normal de 10.000 a 11.000, ele aumenta para até 15.000. A análise de formas jovens de leucócitos é essencial para a suspeita de infecções (Ramão; Snyder, 2022). Tabela - Hemograma: valores de referência para gestantes Hemograma Não gestante Gestantes Hemácias 4.0 a 5.4 3.6 -4.4 Hemoglobina (g/dL) 11.3 a 16.3 > 11 g/dL Hematócrito (%) 36 a 48 0-12 semanas ≥33% 13-28 semanas ≥31,5% 29-40 semanas ≥33% VCM (FL) 77 a 92 HCM (PG) 27 a 32 CHCM (g/dL) 30 a 35 Leucócitos totais 4.0 a 11.0 6,5% Ação - Solicitar TOTG24-28 semana Iniciar tratamento Fonte: Adaptado de Zajdenverg et al., 2023. O teste de TSH durante a gestação é crucial para a investigação do hipotireoidismo. O TSH, produzido pelas células tireotróficas da hipófise, tem como função se ligar aos receptores na superfície das células tireoidianas, estimulando a produção dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Valores de referência elevados de TSH geralmente indicam uma diminuição na quantidade de hormônios tireoidianos circulantes, o que pode ser interpretado erroneamente como um excesso de hormônios tireoidianos (Silverthorn, 2017). Na gestação pode ocorrer uma sobrecarga metabólica, principalmente no primeiro trimestre (até a 20ª semana), devido à demanda do concepto. A tireoide fetal se torna madura em torna da 20ª semana, sendo necessário a transferência hormonal da mãe (Febrasgo, 2022). Tabela - Referência dos exames TSH e diagnóstico clínico na gestação TSH T4L Diagnóstico ATPO Thyroid-stimulating hormone (TSH)2.5.3 HIPOTIREOIDISMO DIAGNOSTICADO PREVIAMENTE À GESTAÇÃO ≤2,5 mUI/L Não solicitar (Resultado não modificará a conduta) Hipotireoidismo adequadamente tratado na gestação Não solicitar (Resultado não modificará a conduta) >2,5 mUI/L Hipotireoidismo não adequadamente tratado na gestação DIAGNÓSTICO NA GESTAÇÃO >10,0 mUI/L Não solicitar (Resultado não modificará a conduta) Hipotireoidismo clínico Não solicitar (Resultado não modificará a conduta) >4,0 e ≤10,0 mUI/L Dentro dos valores de referência informados pelo laboratório Hipotireoidismo subclínico Não solicitar (Conduta proposta no HSC independe do ATPO) >4,0 e ≤10,0 mUI/L Abaixo do limite inferior da referência informado pelo laboratório Hipotireoidismo clínico Não solicitar (Resultado não modificará a conduta) >2,5 até ≤4,0 mUI/L Dentro dos valores de referência informados pelo laboratório Eutireoidismo Caso ATPO+ (acima do limite superior da referência informado pelo laboratório), considerar tratamento ≤2,5 Não solicitar (Resultado não modificará a conduta) Eutireoidismo Não solicitar (Resultado não modificará a condutaproposta para o 1º trimestre na maioria das pacientes) Fonte: Febrasgo, 2022 O ferro desempenha funções cruciais no corpo, como o transporte de oxigênio, síntese de DNA e metabolismo muscular (OMS, 2020). Ele é essencial para a formação da parte heme da hemoglobina e está envolvido em várias funções proteicas. Seus níveis são determinantes para o diagnóstico diferencial de anemias, hemocromatose e hemosiderose (Grotto, 2010). O ferro e a hemossiderina, esta última localizada principalmente na medula óssea, baço e fígado, Ferro e ferritina2.5.4 são componentes da proteína ferritina, sendo que a regulação do ferro no organismo envolve sua absorção, transporte, metabolismo e perda (OMS, 2020). A deficiência de ferro é a principal causa de anemia e representa a forma mais comum desta condição em todo o mundo. Entre as gestantes, a prevalência de anemia chega a 40% (OMS, 2020), devido ao aumento do volume sanguíneo durante a gestação, que eleva as necessidades de ferro. Portanto, é importante monitorar os níveis de ferro, especialmente em torno da 30ª semana de gestação, quando o volume sanguíneo atinge um platô. Para mulheres, o valor de referência do ferro é de 90 µg/dL (Rodrigues; Jorge, 2010). A ferritina é usada na investigação de anemia ferropriva e hemocromatoses. Normalmente, cerca de 20% do ferro corporal está ligado à ferritina, servindo como um estoque intracelular. O ferro restante circula livremente ou está ligado a hemoglobina, mioglobina, transferrina ou enzimas (Grotto, 2010). Durante a gestação, é vital que a gestante mantenha níveis adequados de ferritina para assegurar estoques suficientes de ferro para si mesma e para o bebê. Os valores de referência de ferritina para mulheres variam entre 5 a 150 µg/L (OMS, 2020). A avaliação do perfil lipídico inclui a medição dos níveis de colesterol total, suas frações (HDL, LDL, VLDL) e triglicerídeos. Esta análise é fundamental para a avaliação do risco de doença cardíaca coronariana (DCC) e para o diagnóstico e monitoramento de pacientes com hiperlipidemia, seja ela primária ou secundária (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2017). No corpo humano, dois terços do colesterol circulante são esterificados e ligam-se a lipoproteínas, como HDL, LDL, IDL e VLDL, enquanto um terço permanece na forma livre. Aproximadamente 70% do colesterol total está fixo em depósitos teciduais, como na pele, tecido adiposo e células musculares, com o restante circulando de forma móvel no sangue, entre o fígado e outros tecidos (Silverthor, 2017). Durante a gestação, é observado um aumento fisiológico no perfil lipídico, resultante das mudanças hormonais típicas desse período. A alteração mais significativa é o aumento progressivo nos níveis de triglicerídeos e VLDL, podendo quadruplicar até o final do terceiro trimestre (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2017). Valores aumentados hipercolesterolemia idiopática hiperlipoproteinemias estados obstrutivos biliares Doença de von Gierke hipotireoidismo (fator importante, especialmente em mulheres de meia-idade em diante) nefrose doença pancreática gravidez, uso de medicamentos (esteroides, hormônios, diuréticos etc.) jejum muito prolongado que induza cetose Valores diminuídos Perfil lipídico2.5.5 dano hepático hipertireoidismo desnutrição doenças mieloproliferativas anemias crônicas terapia com cortisona ou ACTH hipobetalipoproteinemia o abetalipoproteinemia Doença de Tangier processos inflamatórios crônicos e medicamentos (alopurinol, tetraciclina, eritromicina, isoniazida, inibidores da MAO, androgênios, cloropropramida, climifeno, fenformin, clofibrato, azatioprina, kanamicina, neomicina, estrogênios orais, colestiramina, agentes hipocolesterolemiantes como lovastatina, sinvastatina, pravastatina, atorvastatina e similares). Tabela - Valores de referência de colesterol CLASSIFICAÇÃO VALOR DE REFERÊNCIA Desejáveis Até 200 mg/dL Limítrofes De 200 a 239 mg/dL Elevados Superior a 240 mg/dL Fonte: Elaborado pela autora. Para gestantes, os valores de referência recomendados para o colesterol variam de 180 a 280 mg/dL, enquanto para os triglicerídeos, o valor de referência recomendado é de até 250 mg/dL. O exame de urina de 24 horas é considerado o padrão-ouro para avaliação de proteinúria e, em conjunto com dados clínicos, é utilizado para identificar pré-eclâmpsia. Considera-se proteinúria quando os valores são de 300 mg ou mais em urina coletada durante 24 horas. Para um diagnóstico mais ágil, pode-se utilizar a análise de uma amostra isolada de urina, avaliando a relação proteinúria/creatinina igual ou superior a 0,3 mg/dl. Urina2.5.6 Durante a gestação, a dosagem de albumina pode servir como um exame complementar para identificar possíveis alterações renais, caracterizadas por uma diminuição na excreção de albumina na urina (National Center for Biotechnology Information, 2023). Hipoalbuminemia é diagnosticada quando o valor da albumina está abaixo de 3,5 g/dL. Essa redução nos níveis de albumina pode levar ao aumento da retenção de líquidos, causando edema (inchaço). Albumina2.5.7 A dosagem de proteínas totais representa a soma de todas as proteínas presentes no plasma, incluindo as principais: albumina, transferrina, pré-albumina e proteína transportadora de retinol. Esse exame é empregado tanto na avaliação do estado nutricional quanto na função Proteínas totais2.5.8 renal. Durante a gestação, na presença de edema e sinais clínicos específicos, torna-se importante diferenciar uma insuficiência renal de uma pré-eclâmpsia (Sampaio et al., 2012). Tabela - Proteínas totais Proteína Valor de referência Albumina >3,5 mg/dl Transferrina 200 a 400 mg/dl Proteína transportadora do retinol 3 a 5 mEq/d Pré-albumina >20 mg/dl Fonte: Elaborado pela autora (2023). Avaliação da altura uterina2.6 Altura uterina Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/924632313".Esta avaliação tem como objetivo verificar o crescimento normal do feto, detectar possíveis desvios no crescimento fetal e identificar suas causas. Assim, permite que o profissional de saúde ofereça as orientações necessárias para o ajuste do crescimento fetal (Accioly; Saunders; Lacerda, 2012). Para realizar essa avaliação, é empregado um gráfico que correlaciona a altura uterina com a idade gestacional em semanas. Os pontos de corte para a normalidade são definidos pelos percentis 10 e 90. Além disso, é essencial o acompanhamento contínuo desse gráfico e a interpretação adequada da evolução do traçado (Accioly; Saunders; Lacerda, 2012). 1. Crescimento normal: ocorre quando o traçado evolui entre a curva superior e inferior; 2. Sugestivo para maior que a idade gestacional: Traçado acima da curva superior com a mesma inclinação; 3. Sugestivo para menor que a idade gestacional: Traçado abaixo da curva inferior com a mesma inclinação; 4. Macrossomia, gestação múltiplas, polidrâmnio: Traçado acima da curva superior com inclinação maior que a curva do percentil 90. Neste caso é necessário encaminhar a gestante para pré-natal de alto risco; 5. Restrição de crescimento intrauterino: Traçado abaixo da curva inferior com inclinação persistente abaixo do percentil 10. Neste caso é necessário encaminhar a gestante para pré-natal de alto risco. Figura - Curva de altura uterina Fonte: Brasil, 2023 (p. 23) Esta avaliação é crucial para a identificação precoce de gestantes com hipertensão. As diretrizes para interpretar os valores da pressão arterial durante a gestação, visando o diagnóstico de hipertensão, são as seguintes (Accioly; Saunders; Lacerda, 2012): Sinal de alerta para hipertensão gestacional: aumento de pelo menos 30 mmHg na pressão sistólica e/ou de pelo menos 15 mmHg na pressão diastólica em relação aos valores pré-gestacionais. Na ausência de dados sobre a pressão arterial pré- Avaliação da pressão arterial2.7 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/8c833ca416996e15214079df277cb2a1.png https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/8c833ca416996e15214079df277cb2a1.png gestacional, deve-se utilizar os valores até a 16ª semana de gestação. Nestas circunstâncias, o acompanhamento pré-natal deve ser mais frequente. Níveis de pressão arterial ≥ 140 mmHg sistólica e ≥ 90 mmHg diastólica verificados em duas ocasiões, com intervalo de 4 horas entre as medições. Pressão arterial diastólica ≥ 110 mmHg em uma única medição. Embora a proteinúria e o edema sejam sinais associados à pressão arterial que devem ser avaliados, atualmente o edema por si só não é mais considerado um critério diagnóstico para a síndrome hipertensiva na gravidez, dado que pode ter outras causas. No entanto, é extremamente importante observar os sinais de edema patológico (Report of the National, 2000). Essa síndrome está ligada a desfechos clínicos adversos de morbimortalidade materna e fetal, tornando a detecção precoce fundamental para reduzir o risco desses desfechos (Accioly; Saunders; Lacerda, 2012). O edema é bastante comum no final da gestação, devido às alterações fisiológicas como retenção de sódio induzida por hormônio e aumento do útero que comprime intermitentemente a veia cava inferior, obstruindo a saída das veias femorais (Accioly; Saunders; Lacerda, 2012). No entanto é fundamental, identificar o edema patológico, visto que podem estar associados a desfechos clínicos desfavoráveis para mãe e bebê. Para isso, o profissional deve seguir as orientações da tabela a seguir para a interpretação de edema durante a gestação: Quadro - Interpretação de edema durante a gestação Achados Notação Conduta Ausência de edema (-) Acompanhamento do pré-natal conforme calendário de rotina Apenas edema de tornozelo, sem hipertensão e aumento súbito de peso (+) Avaliar associação com postura, aumento de temperatura ou tipo de calçado Edema limitado aos membros inferiores com hipertensão e com aumento de peso e/ou proteinúria positiva (++) Aumentar repouso em decúbito lateral esquerdo. Verificar presença de sinais de pré-eclâmpsia grave. Avaliar movimentação fetal. Encaminhar para pré- natal de alto risco e deve ser avaliada pelo médico. Edema generalizado ou que já se manifesta ao acordar, acompanhado ou não de hipertensão ou aumento de peso súbito (+++) Suspeita de pré-eclâmpsia ou outras intercorrências. Gestante deve ser avaliada pelo médico e encaminhada para o pré-natal de alto risco. Edema unilateral de membros inferiores, acompanhado de dor (+++) Suspeita de trombose. Gestante deve ser avaliada pelo médico e encaminhada para o pré-natal de alto risco. Fonte: Adaptada de Accioly; Saunders; Lacerda (2012). Avaliação do edema2.8 Recapitulando A avaliação nutricional de gestantes merece atenção especial devido às numerosas mudanças fisiológicas que ocorrem durante esse período. O nutricionista deve estar preparado para conduzir uma avaliação abrangente, que englobe anamnese, exame físico, exames laboratoriais e avaliação antropométrica. A anamnese, essencial na primeira consulta nutricional do pré-natal, tem como objetivo coletar todas as informações relevantes até o momento. Embora não exista um questionário padronizado para a anamnese gestacional, algumas informações são cruciais, incluindo rotina diária, histórico de gestações anteriores, hábitos de tabagismo ou consumo de álcool, ingestão hídrica, padrão de sono e hábitos intestinais e urinários. A avaliação antropométrica é vital, começando com a determinação do IMC pré-gestacional para classificar o estado nutricional e estabelecer a recomendação de ganho de peso durante a gestação. Ao longo do acompanhamento nutricional, o profissional deve monitorar o ganho de peso gestacional utilizando as curvas atuais para a população brasileira, conforme as orientações do Ministério da Saúde. Essas curvas permitem que o nutricionista acompanhe o progresso do ganho de peso e oriente sobre a manutenção ou ajuste necessário. A avaliação física complementa a avaliação nutricional, podendo sinalizar riscos de deficiências nutricionais. Os exames laboratoriais são cruciais para identificar tais deficiências e minimizar o risco de complicações durante a gestação. Para a avaliação dietética, é essencial que o profissional selecione o método mais adequado, considerando as vantagens e desvantagens de cada um, para garantir uma análise precisa da ingestão alimentar da gestante. Autoria Autora revisora Graduação em nutrição pela Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul (2007), Especialista em Nutrição Materno Infantil pelo Hospital Moinhos de Vento (2009), título de especialista em nutrição clínica pela ASBRAN (2011) e Mestre em Ciências Médicas: Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010). Atualmente atendo consultório com atuação especializada em pediatria principalmente nas áreas de disfagia, aversão alimentar, terapia nutricional, alergias alimentares, introdução alimentar e educação alimentar. Docente convidada de cursos de pós graduação em nutrição materno infantil. Lattes: lattes.cnpq.br [http://lattes.cnpq.br/9346789722229921] Marília Alonso Mota Goularte Autora revisora Bacharel em Nutrição pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Estado (UNIRIO). Mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é Gabriela Chamusca http://lattes.cnpq.br/9346789722229921 http://lattes.cnpq.br/9346789722229921 coordenadora e professora de Pós-Graduação, de cursos de especialização, na modalidade presencial e à distância. Atua como nutricionista em atendimento clínico em consultório, assessoria e consultoria nutricional para empresas. Experiência na área de Nutrição e Educação Física com ênfase em bioquímica, metabolismo, estresse oxidativo, nutrição esportiva, suplementação, fitoterapia, nutrição na gestação e emagrecimento. Lattes: lattes.cnpq.br [http://lattes.cnpq.br/1760932927468866] Autora Formação e Minicurrículo: Nutricionista.Doutorado e mestrado em Ciências da Saúde pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Nutrição - ASBRAN. Especialização em Nutrição Clínica, Fitoterapia Clínica e Nutrição Aplicada à Estética. Docente de cursos de aperfeiçoamento/extensão e especialização em diferentes instituições. Nutricionista clínica, estética e personal Diet.. Lattes: lattes.cnpq.br [http://lattes.cnpq.br/7430301819265687] Juliana da Silveira Gonçalves Autora Possui graduação em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo – Campus Ipiranga (2002), especialização em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP (2003), doutorado e pós-doutorado em Ciências (Biologia Celular e Tecidual) pela Universidade de São Paulo (2010). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Campus Baixada Santista). Tem experiência na área de Nutrição, com ênfase em Nutrição Clínica e Esportiva. Sua linha de pesquisa atual estuda estratégias nutricionais e suplementos alimentares envolvidos com o aumento da síntese proteica muscular em condições patológicas e fisiológicas. Link: lattes.cnpq.br [http://lattes.cnpq.br/5735514073305152] Daniela Caetano Gonçalves Glossário Ação de gerar ou de ser gerado, através da junção de um espermatozoide com um óvulo; fecundação. Fonte: dicio.com.br [https://www.dicio.com.br/concepcao/] é formado por quatro anéis pirrólicos ligados entre si por um átomo de ferro. O átomo de ferro no grupo heme liga-se aos quatro nitrogênios no centro do anel protoporfirínico (que são os quatro anéis pirrólicos sem o ferro). Fonte: biomedicinapadrao.com.br [https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/12/hemoglobina-e-grupo- Concepção Heme http://lattes.cnpq.br/1760932927468866 http://lattes.cnpq.br/1760932927468866 http://lattes.cnpq.br/7430301819265687 http://lattes.cnpq.br/7430301819265687 http://lattes.cnpq.br/5735514073305152 http://lattes.cnpq.br/5735514073305152 https://www.dicio.com.br/concepcao/ https://www.dicio.com.br/concepcao/ https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/12/hemoglobina-e-grupo-heme.html#:~:text=A%20capacidade%20da%20hemoglobina%20se%20ligar%20ao%20oxig%C3%AAnio,s%C3%A3o%20os%20quatro%20an%C3%A9is%20pirr%C3%B3licos%20sem%20o%20ferro%29 https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/12/hemoglobina-e-grupo-heme.html#:~:text=A%20capacidade%20da%20hemoglobina%20se%20ligar%20ao%20oxig%C3%AAnio,s%C3%A3o%20os%20quatro%20an%C3%A9is%20pirr%C3%B3licos%20sem%20o%20ferro%29 heme.html#:~:text=A%20capacidade%20da%20hemoglobina%20se%20ligar%20ao%20oxig%C3 %AAnio,s%C3%A3o%20os%20quatro%20an%C3%A9is%20pirr%C3%B3licos%20sem%20o%20fer ro%29] . O termo representa a elevação do volume de plasma sanguíneo em relação aos glóbulos vermelhos, isso resulta na diminuição da concentração desses glóbulos na circulação. Fonte: dicionarioinformal.com.br [https://www.dicionarioinformal.com.br/hemodilui%C3%A7%C3%A3o/] É um teste padrão que serve de comparação por parte de outros testes, com a finalidade de avaliar a exatidão dos mesmos, em resultados que nos assegurem o máximo de acertos de forma a estabelecer o diagnóstico real. Fonte: dicio.com.br [https://www.dicio.com.br/padrao-ouro/] Hemodiluição Padrão ouro Bibliografia ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E. M. A. Nutrição em obstetrícia e pediatria. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. ARMSTRONG, L. E.; MARESH, C. M.; CASTELLANI, J. W.; BERGERON, M. F.; KENEFICK, R. W.; LAGASSE, K. E.; RIEBE, D. Urinary indices of hydration status. International Journal of Sports Nutrition, v. 4, n. 3, p. 265-79, 1994. ATALAH, E.; CASTILLO, C.; CASTRO, R.; ALDEA, A. 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