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Pedagogia – EaD Sociologia, Sociedade e Educação 2020/2 Atividade 4 Nome do(a) estudante Turma: 1JP Nome do(a) estudante: Turma:JP Prezados (as) alunos (as): Nessa UNIDADE IV estudamos as Temáticas da Sociologia: individualismo, mundo do trabalho e vulnerabilidade social; exclusão, violência e pobreza. Agora vamos fazer a atividade avaliativa. Recomendo que releiam o texto da unidade IV antes de responder as questões. Bons estudos! INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO EXERCÍCIO A partir do texto de cada questão criem um novo texto dissertativo relacionando-o a um aspecto da realidade atual (vocês poderão utilizar textos de livros, artigos científicos, reportagens de jornais ou revistas. Não é necessário resumir, apenas se baseiem nos textos indicados em cada questão). Sigam os critérios abaixo na construção de cada questão: Respondam as questões seguindo os seguintes critérios para cada uma: Cada grupo pode ser composto de no máximo 5 pessoas e apenas um aluno(a) envia o exercício pronto com os nomes completos dos(as) alunos(as) do grupo. Sigam as instruções abaixo na construção do texto de cada questão: -Coloquem o título (que vocês criarem) de acordo com o tema de cada questão (texto 1 e 2) (valor=1,0 ponto). Façam a Introdução (valor= 3,0), o desenvolvimento (valor=3,0) e a conclusão (valor=3,0) do seu texto. Total = 10,0 pontos cada questão. Não é necessário escrever: Introdução, desenvolvimento e conclusão no decorrer do texto. É o que o texto deve conter. - Mínimo de 15 linhas. QUESTÃO 01 Texto 1: Educação: o caminho para o sucesso Este artigo discute, em linhas gerais, a questão da mobilidade social entre as classes menos favorecidas. Recorrendo ao professor José Pastore, sociólogo que discute a problemática da mobilidade, a autora do artigo concluiu que a educação é o fator principal para a mobilidade ascendente entre as classes menos favorecidas: Educação: o caminho para o sucesso “No Brasil a educação tem um peso muito importante na mobilidade social. Entre as pessoas que sobem na sociedade, cerca de 60% subiram por causa da educação. Então, quando comparadas com seus pais, elas estão numa posição melhor e a educação teve um peso bastante expressivo”, revela Pastore. O estudo empreendido pelo sociólogo data do ano de 2000, mesmo assim o sociólogo acredita que hoje – das cerca de 85 milhões de pessoas que estão no mercado de trabalho – a metade tenha nível educacional e renda superiores a de seus pais. A história de Marialva, retratada pela jornalista Fernanda Galvão na publicação citada, ilustra bem esse fato. Marialva Pereira da Silva, que nasceu no meio rural e estudou numa escola pública de São Sebastião. Numa cidade onde, de acordo com o IBGE, menos de 1% dos moradores fazem curso superior, ela conseguiu passar para Pedagogia na Universidade de Brasília. A única dos dez irmãos a chegar tão longe. É a própria Marialva quem confessa: “Nas famílias, ainda é comum ver os pais acharem que se o filho terminou o segundo grau e arrumou um emprego mais ou menos, já está bom demais. Na época eu saí no jornalzinho e todo mundo comentava: ‘A Marialva, estudante da Escola São Paulo, passou no vestibular da UnB. A filha da dona Senhorinha e do seu Boa foi aprovada.’ Desde então, virei referência.” Mesmo com alguns de seus familiares desacreditando de um futuro reservado à maioria de seus pares, Marialva perseguiu seus propósitos. Hoje Marialva leciona em São Sebastião e diz aos alunos que todos podem chegar à universidade, se quiserem. Alunos pobres podem contar com alguns programas para facilitar o acesso ao nível superior. Pelo menos um cursinho pré-vestibular oferece bolsas de estudos: 200 por semestre. “(…) Os brasileiros não percebem que a nossa sociedade é muito móvel, tem muita mobilidade. É ascendente, principalmente porque o grosso da mobilidade se dá na base da pirâmide. O Brasil é um país que, além de ter aumentado as oportunidades educacionais formais, tem uma profusão de cursinhos de todas as naturezas, que permitem dar uma qualificação decisiva na mobilidade social”, destaca o sociólogo José Pastore. “Quando eu comecei a fazer faculdade, pensei: ‘Meu Deus: o que eu vou fazer naquela UnB com aquele tanto de gente que eu não conheço? Nem roupa pra ir eu tenho.’ Só que, quando você chega lá, a roupa é o de menos. É claro que vai um povo muito chique, mas tem gente que vai de chinelo e bermuda e é muito inteligente. Assim você começa a ver as coisas de outro modo. Você vê que é uma pessoa como qualquer outra, que também é capaz”, confessa a professora Marialva. REFERÊNCIA: GALVÃO, Fernanda. Educação: o caminho para o sucesso. Séries de Reportagens Bom dia Distrito Federal – Globo Comunidade. Brasília, Distrito Federal, 14 fev. 2008. Disponível em: .Acesso em: 4 mar. 2010. QUESTÃO 02 Texto 2: Os impactos da pobreza na educação escolar No Brasil, o direito à educação é algo recente e o acesso à escola pelas parcelas mais pobres e marginalizadas da população, incluindo os índios, os negros, os imigrantes e as mulheres, só começou a se concretizar nas últimas décadas do século XX. O tratamento dado à educação dos pobres deixou um legado que pode ser visto, nos dias de hoje, nos baixos índices de aprendizagem escolar dos alunos em condição de pobreza (IOSIF, 2007). Nesse contexto, a desigualdade social se traduz em desigualdade escolar. Em uma sociedade onde a pobreza e desigualdade são muito evidentes, preocupa não só a injustiça social, mas também as consequências que essas desigualdades irão trazer aos indivíduos. Crianças nascidas nesse círculo de pobreza têm a maior probabilidade de se tornarem as unidades familiares pobres de amanhã. A condição de pobre faz com que essas crianças e jovens não frequentem adequadamente a escola, tenham necessidade de trabalhar e abandonem seus sonhos de um futuro melhor e mais humano. O que causa maior preocupação em relação a essa situação é a possibilidade dessas crianças, ao se tornarem adultos, não conseguirem romper com o círculo vicioso da pobreza e desigualdade, que resulta na visão de caridade, com o “envergonhamento” do sujeito, e de juventude pobre como sinônimo de criminalidade. A pobreza não constitui uma identidade, mas uma condição, e não é uma condição natural, mas fruto amargo de complexas dinâmicas da sociedade, devendo ser enfrentada e superada. Por isso, ao tratar a pobreza, é preciso também tratar a desigualdade. Nos currículos, a pobreza tem sido vista como carência, sendo a carência material resultado das carências de conhecimento, de competências, carências de valores, hábitos e moralidades. E, assim, a escola não tem assumido o seu papel de proporcionar o pleno conhecimento da realidade, inclusive, da condição social dos seus alunos, mostrando as condições históricas e sociais que resultaram na desigualdade social. [...] Nesse contexto, a educação precisa ir além das salas de aula, superando a visão do pobre como apenas um número nas escolas, buscando-se novas práticas que valorizem os alunos e que os estimulem na aprendizagem e construção de novos conhecimentos, tendo a escola, por sua vez, o compromisso com a democratização do saber. A educação pode ser um importante elemento para compreensão e enfrentamento da pobreza, pode colaborar para que todos tenham iguais direitos de aprender, de conhecer e ser conhecido, de valorizar e ser valorizado, pois traz consigo a utopia de um mundo mais justo, de saberes que dialogam, de heranças que se repartem, firma um compromisso, a luta e a esperança. O caminho a ser trilhado no processo de efetivação do direito à educação de qualidade para todos os cidadãos brasileiros, independente da classe social a que pertencem, é longo e árduo. Ainda que houvesse uma perspectiva promissora com a promulgação da Lei 13.005/14 (Plano Nacional de Educação), que amplia os investimentos em educação para 10% do PIB, até 2024, o quadro geral que condiciona as políticas atuais, nesteano de 2017, aponta para limitações sérias no presente e num futuro próximo. Em decorrência do processo de escolarização pública no Brasil, o desafio de assegurar educação de qualidade para todos precisa estar articulado com o processo de enfrentamento à desigualdade social e a busca de uma sociedade mais justa. Contudo, reafirma-se a necessidade de romper com a visão da pobreza somente pelo viés educacional, que mascara toda a sua complexidade como questão social, política e econômica. Nessa perspectiva, questiona-se a representação moralizante e reducionista sobre pobreza e desigualdade social, pois os pobres não são assim constituídos por escolha, e evita-se responsabilizar a escola pela solução do problema produzido em contextos sociais, políticos e econômicos, para além do ambiente escolar. REFERÊNCIA: SIMÕES, Regina Duarte. Os impactos da pobreza na educação escolar. Pensar a educação em pauta: 2017. Disponível em https://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/os-impactos-da-pobreza-na-educacao-escolar/. Acesso em Acesso em 01 de jul. de 2020. Mobilidade social: O que a educação tem a ver com isto? O termo mobilidade social significa o deslocamento de indivíduos ou grupos entre posições socioeconômicas diferentes. No Brasil a educação é um dos fatores primordiais na ascendência dos indivíduos na hierarquia social. Segundo dados do estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em quesito especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNA entre 1996 e 2014), a escolarização teve papel decisivo na melhora da mobilidade dos cidadãos brasileiros. Neste modelo de pesquisa, as pessoas responderam qual era a escolaridade e a ocupação dos seus pais quando os entrevistados tinham apenas 15 anos, permitindo estimar sua renda. O estudo demonstrou que houve redução na desigualdade de oportunidades e indicou também que os filhos de pais pobres viram aumentar as suas chances de ter uma renda maior que a dos seus pais. Logo, apontou-se que o Brasil progrediu em relação à mobilidade social. O estudante deverá enriquecer o seu currículo para melhorar suas oportunidades no mercado de trabalho. Pode-se citar como exemplos: atividades extracurriculares, estágios supervisionados, trabalhos voluntários e cursos de idiomas. Estes serão diferenciais relevantes para a conquista de uma vaga de emprego na área pretendida dentro da área de sua formação. Apesar da escolarização ser um dos principais fatores na ascendência de mobilidade social, o aumento substancial de alunos em cursos de graduação não garante sua boa colocação no mercado de trabalho. O diferencial e a qualidade das universidades, são fatores que influenciam diretamente nas oportunidades que o graduando terá na vida pós formado. A inserção no mercado de trabalho por meio de curso de graduação ainda é um dos meios mais acessíveis de ascendência social no Brasil. Investir na educação é o caminho para acabar com a pobreza no país Quando pensamos em crianças pobres nos preocupamos mais com fome e abandono do que com notas escolares. No entanto, a má qualidade do ensino se tornou um dos principais efeitos da pobreza no Brasil, pois há uma ligação direta entre a educação que nossas crianças recebem e seu status socioeconômico. A maioria dos alunos de baixa renda frequentam escolas públicas, enquanto crianças com melhores condições financeiras recebem uma melhor formação em instituições privadas. Mesmo seguindo uma grade escolar, que é padrão, há uma enorme diferença do ensino privado para o público, devido inúmeros fatores, desde verbas para investimento em materiais e capacitação dos professores. Esbarramos ainda com o alto índice de evasão. A maioria dos estudantes brasileiros que chegam a se formar simplesmente não aprendem o suficiente para garantir oportunidades de sucesso na vida adulta. Se não investirmos nos jovens brasileiros agora, daremos continuidade a um lamentável ciclo de pobreza que impede o progresso e o desenvolvimento de todo o país. Quando falamos sobre igualdade de oportunidades na educação, falamos sobre eliminar a pobreza e garantir mais justiça social. Nossa prioridade devem ser soluções que proporcionem educação de qualidade para milhões de crianças em todos os níveis sociais. Nada disso será possível sem verdadeiros investimentos em nosso povo, e assegurar uma educação de qualidade para todos é o passo mais importante a ser dado em direção a um futuro melhor. Somente assim as crianças brasileiras estarão preparadas para sonhar e solucionar os principais problemas do país. Uma boa base de educação é o caminho para um futuro melhor e consequentemente para a diminuição da pobreza. image1.png image2.png