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Universidade Federal do Ceará 
UFC VIRTUAL 
Portfólio 07 
 
 
A importância do uso da técnica do estudo dirigido aplicado ao ensino de Física 
 
O estudo dirigido é uma metodologia ativa que visa promover uma aprendizagem mais autônoma e 
eficaz, especialmente em disciplinas que demandam compreensão conceitual e aplicação prática, como 
a Física. Essa técnica orienta o estudante por meio de questões, exercícios ou atividades previamente 
planejadas pelo professor, o que facilita o entendimento e o desenvolvimento de habilidades analíticas. 
De acordo com SANTANA; DA SILVA; VERNIZZI “esse estudo aponta ao aluno os caminhos para 
se tornarem pesquisadores autônomos, com a possibilidade de elaborar ou construir seu próprio 
conhecimento”. Sua aplicação no ensino de Física contribui para um aprendizado mais profundo e 
estruturado, permitindo que os alunos construam o conhecimento a partir de suas próprias 
investigações, guiadas pelo material de estudo. 
 
O estudo dirigido promove uma aprendizagem ativa, pois incentiva os alunos a buscarem respostas, 
explorarem conceitos e resolverem problemas de forma independente, embora com orientação do 
professor. Segundo Ausubel (1968), a aprendizagem significativa ocorre quando o aluno se envolve 
ativamente com o conteúdo, relacionando novas informações com conhecimentos prévios. No ensino 
de Física, onde os conceitos muitas vezes são abstratos, essa prática auxilia os alunos a formarem uma 
base sólida para o entendimento de fenômenos físicos. 
 
Na Física a resolução de problemas é uma habilidade essencial, e o estudo dirigido favorece o 
desenvolvimento dessa competência. Ao proporcionar atividades organizadas e sequenciais, o 
professor ajuda o aluno a entender não só o conceito em si, mas também a aplicação prática desse 
conhecimento. Como apontam Souza e Moreira (2013, p. 72), "o estudo dirigido permite que o aluno 
se aproprie gradualmente dos conceitos, o que facilita a resolução de problemas complexos e o 
entendimento da física em sua totalidade". 
 
Este tipo de estudo também permite que cada aluno aprenda no seu ritmo, focando em suas dificuldades 
específicas. Isso é fundamental em uma disciplina como a Física. Este tipo de metodologia, conforme 
Vygotsky (1998), “cria uma “zona de desenvolvimento proximal”, onde o professor fornece ajuda 
apenas no necessário, permitindo que o aluno alcance a compreensão e autonomia gradualmente”. 
 
O estudo dirigido também pode aumentar a motivação dos alunos, pois eles percebem que podem 
avançar em seu ritmo, compreendendo os conteúdos de forma mais consistente. Ao perceberem um 
progresso claro em sua capacidade de resolver problemas físicos, os estudantes tornam-se mais 
engajados no aprendizado, o que é essencial para o sucesso nas disciplinas. Como afirma Almeida 
(2015), "o engajamento dos alunos é diretamente proporcional à capacidade de compreensão 
progressiva dos conceitos; o estudo dirigido facilita esse processo ao dividir o aprendizado em etapas 
atingíveis" (p. 35). 
 
Um dos grandes desafios do ensino de Física é conectar teoria e prática de forma eficiente. O estudo 
dirigido facilita essa integração ao incluir atividades práticas, experimentos, o que ajuda o aluno a ver 
a aplicação dos conceitos em situações reais. Para Piaget (1974), o aprendizado é reforçado pela ação, 
e a contextualização dos conteúdos faz com que o estudante experimente o conhecimento, não apenas 
o memorize. Esse estudo é uma técnica que enriquece o processo de ensino-aprendizagem da Física, 
pois permite que o aluno desenvolva autonomia, habilidades de resolução de problemas e maior 
motivação. Além disso, ele auxilia na compreensão da interconexão entre teoria e prática, essencial 
para a internalização dos conceitos físicos. Essa técnica, portanto, não apenas complementa o ensino, 
mas pode ser uma ferramenta indispensável para um aprendizado significativo. 
 
Referências 
Almeida, M. E. B. (2015). Educação e ensino de ciências: Metodologias e práticas. São Paulo: Editora 
Cultura Acadêmica. 
 
Ausubel, D. P. (1968). Educational Psychology: A cognitive view. New York: Holt, Rinehart and 
Winston. 
 
Piaget, J. (1974). A psicologia da inteligência. Rio de Janeiro: Zahar. 
 
Souza, H., & Moreira, M. (2013). Metodologias no ensino de física: teoria e prática. Porto Alegre: 
Edipucrs. 
 
Vygotsky, L. S. (1998). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes. 
 
SANTANA, Rogério Joaquim; DA SILVA, Regina Matias; VERNIZZI, Mario Alberto Zambrana. 
ESTUDO DIRIGIDO, UM MÉTODO ATIVO. 
 
LANDO, Janice Cassia. O estudo dirigido no ensino de Matemática no Brasil (1955-1966)(CO). 
In: XIII CONFERÊNCIA INTERAMERICANA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. 2011.

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