Prévia do material em texto
Prof. Msc. Marcos Alves Lima FORMAÇÃO RETICULAR FORMAÇÃO RETICULAR CONCEITO E ESTRUTURA: É UMA AGREGAÇÃO DIFUSA DE NEURÔNIOS; OCUPA A PARTE CENTRAL DO TRONCO ENCEFÁLICO; INESPECÍFICO; NEURÔNIOS POLIMODAIS; POSSUI GRANDE REVERBERAÇÃO; NEURÔNIOS DE ALTA FREQUENCIA; ESTRUTURA PRIMITIVA. NÚCLEOS DA FORMAÇÃO RETICULAR: NÚCLEOS DA RAFE – SEROTONINA; NÚCLEO CERULEUS – NORADRENALINA; SUBSTÂNCIA CINZENTA PERIAQUEDUTAL – ENDORFINA ÁREA TEGMENTAR VENTRAL - DOPAMINA FORMAÇÃO RETICULAR FUNÇÕES: 1- CONTROLE DA ATIVIDADE ELÉTRICA CORTICAL: S.A.R.A. (SISTEMA ATIVADOR RETICULAR ASCENDENTE) IMPULSOS SENSORIAIS QUE CHEGAM AO SNC PELOS NERVOS ESPINHAIS E CRANIANOS PASSAM PELA F.R. E ATIVAM O S.A.R.A. 2- REGULAÇÃO DO SONO: MECANISMOS CAUSADORES DA VIGÍLIA: ESTÍMULOS ATIVAM CAUSANDO - PORÇÃO MEDIAL DA F.R. - NERVOS SENSORIAIS DE TODO O CORPO SARA VIGÍLIA - ÁREAS CORTICAIS - REGIÕES LATERAIS DO HIPOTÁLAMO FORMAÇÃO RETICULAR - MECANISMOS CAUSADORES DO SONO: ESTÍMULOS NÚCLEO DA RAFE (BULBO) SEROTONINA (INIBITÓRIA) F.R. TÁLAMO HIPOTÁLAMO SONO CÓRTEX LÍMBICO 3 – CONTROLE EFERENTE DA SENSIBILIDADE: ATENÇÃO SELETIVA 4 – CONTROLE DA MOTRICIDADE SOMÁTICA: - ÁREAS MOTORAS DO CÓRTEX CEREBRAL ATRAVÉS DAS VIAS CÓRTICO-RETÍCULO-ESPINHAL CONTROLAM A ATIVIDADE VOLUNTÁRIA (APENDICULAR E AXIAL PROX.) - CEREBELO TÔNUS EQUILÍBRIO FORMAÇÃO RETICULAR 5 – CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: - CENTROS SUPRA SEGMENTARES MAIS IMPORTANTES P/ O CONTROLE DA SNA SÃO: SIST.LÍMBICO/ HIPOTÁLAMO 6 – CONTROLE NEUROENDÓCRINO: - ESTÍMULOS ELÉTRICOS DA F.R. (MESENCÉFALO) LIBERAM ACTH E HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO 7 – CONTROLE DA RESPIRAÇÃO: (SIMPLIFICADO) - GRAU DE DISTENÇÃO DOS ALVÉOLOS CHEGAM AO CENTRO RESPIRATÓRIO (F.R.BULBO) POR FIBRAS AFERENTES GERAIS DO NERVO VAGO. - PARTE DORSAL INSPIRAÇÃO - PARTE VENTRAL EXPIRAÇÃO - FIBRAS RETÍCULO-ESPINHAIS FAZEM SINAPSES C/ NEURÔNIOS MOTORES CERVICAL E TORÁCICA(NERVO FRÊNICO E INTERCOSTAIS) FORMAÇÃO RETICULAR 8 – CONTROLE VASOMOTOR: - CENTRO VASOMOTOR(F.R.BULBO) REGULA O CALIBRE DOS VASOS - REGULAÇÃO DA P.A., ATRAVÉS DE RESPOSTA EFERENTE 9 – LESÕES DA F.R.: - CÓRTEX CEREBRAL É INCAPAZ DE FUNCIONAR POR SI SÓ DE MANEIRA CONSCIENTE - ESSE DEPENDE DE IMPULSOS ATIVADORES QUE RECEBE DA F.R. - LESÃO: COMA (PERDA TOTAL DA CONSCIÊNCIA) FORMAÇÃO RETICULAR CONEXÕES DA FORMAÇÃO RETICULAR CÉREBRO (CÓRTEX) VIAS TALÂMICAS E NÚCLEOS DOS NERVOS EXTRA-TALÂMICAS CRANIANOS TÁLAMO E HIPOTÁLAMO SISTEMA LÍMBICO FR CEREBELO MEDULA (FIBRAS RETÍCULO-ESPINHAIS) FIBRAS RAFE-ESPINHAIS TRACTO RETÍCULO-ESPINHAL CÓRTEX CEREBRAL TÁLAMO ESTRIADO CEREBELO PÁLIDO NÚCLEO SUBTALÂMICO SUBSTÂNCIA NEGRA NÚCLEO NÚCLEO FORMAÇÃO TECTO VESTIBULAR RUBRO RETICULAR MEDULA MÚSCULO Excitação Inibição Síndrome Hipocinética Hipertônica (Doença de Parkinson) Quadro Clínico: -Hipocinesia -Hipotonia da dinâmica -Hipertonia da estática - Tremor de repouso Síndrome Hipercinética Hipotônica (Coreo-atetose) Quadro Clínico: -Hipercinesia -Hipertonia da dinâmica - Hipotonia da estática ESQUEMA FUNCIONAL DO CÓRTEX CEREBELAR ++ + + + + + _ + + + _ _ _ CÉLULAS GRANULARES FIBRAS MUSGOSAS CÉLULA EM CESTO CÉLULA DE PURKINGE CÉLULA DE GOLGI NÚCLEOS CEREBELARES FIBRAS TREPADEIRAS CEREBELO -TAXIADOR DO MOVIMENTO -MAESTRO SENSÓRIO MOTOR -COMPARA E CORRIGE MOVIMENTOS ERRÔNEOS FUNÇÕES: -MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO E POSTURA -CONTROLE DO TÔNUS MUSCULAR -CONTROLE DOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS -PLANEJAMENTO DO MOVIMENTO -CORREÇÃO DO MOVIMENTO -APRENDIZAGEM MOTORA CEREBELO AFERENCIAS CEREBELARES: -VIA VESTÍBULO CEREBELAR: TRANSMITEM MENSAGENS QUE SINALIZAM OS MOVIMENTOS CEFÁLICOS. -TRACTO ESPINOCEREBELAR POSTERIOR: PROPRIOCEPÇÃO DOS MS, MI E HEMIMETADE DA PARTE INFERIOR DO TRONCO (HOMOLATERAL) -TRACTO ESPINOCEREBELAR ANTERIOR: FUSO E OTG DO MI E HEMITRONCO INFERIOR CONTRALATERAL. -TRACTO ESPINOCEREBELAR ROSTRAL: FUSO E OTG DOS MÚSCULOS DO MS E PORÇÃO SUPERIOR DO TRONCO CONTRALATERALMENTE. -TRACTO CUNEOCEREBELAR: FUSO E OTG DO MS E MI HOMOL. -VIA PONTO CEREBELAR: ESTÍMULOS CEREBRAIS. -VIA OLIVOCEREBELAR: EQUILÍBRIO DE CABEÇA E PESCOÇO CEREBELO EFERENCIAS CEREBELARES: CONEXÕES COM O NÚCLEO RUBRO CONEXÕES COM A FORMAÇÃO RETICULAR CONEXÕES COM O TÁLAMO CONEXÕES COM OS NÚCLEOS VESTIBULARES NÚCLEOS CEREBELARES: NÚCLEO INTERPÓSITO (EMBOLIFORME E GLOBOSO) - RUBRO – ATIVAM OS MOTONEURÔNIOS INFERIORES - TÁLAMO – CÓRTEX = AFERÊNCIAS DOS MMII NÚCLEO FASTIGIAL - NÚCLEOS VESTIBULARES - FORMAÇÃO RETICULAR = TÔNUS GERAL NÚCLEO DENTEADO - RUBRO E TÁLAMO Quadro Clínico: A - Ataxia Cerebelar: 1- Dissinergia ou Assinergia Muscular - Decomposição de movimento - Disdiadococinesia - Dismetrias 2 – Tremor de intenção 3 – Distasia e Disbasia 4 – Disartria 5 – Nistagmo B – Hipotonia generalizada Acidente Vascular Encefálico FASES TÔNICAS DO AVC Recomendações da para a prevenção e tratamento do AVC isquémico Tradução portuguesa pelo Grupo de Estudo das Doenças Vasculares Cerebrais da Sociedade Portuguesa de Neurologia Referência Recomendações 1. Doentes com AVC devem ser transportados sem demora ao hospital mais próximo que tenha U.AVC ou cuidados organizados do AVC agudo (Nível I) 2. Assim que se suspeitar, os doentes ou acompanhantes devem chamar a Emergência Médica (112) (Nível III) 3. Doentes com hemorragia subaracnoideia devem ser referenciados a centro com neurocirurgia e neurorradiologia e com cuidados neurointensivos (Nível I) 6 pilares na abordagem do AVC • Exames para confirmar o diagnóstico e permitir a tomada de decisões terapêuticas; • Tratamento das condições gerais que influenciam o prognóstico funcional a longo prazo (pressão arterial, temperatura corporal, glicemia); • Tratamento específico dirigido a aspectos particulares da patogenia do AVC, como seja a recanalização do vaso ocluído ou a prevenção dos mecanismos que conduzem à morte neuronal (neuroprotecção); • Profilaxia e tratamento das complicações, tanto médicas (aspiração, infecções, úlceras de decúbito, trombose venosa profunda ou embolismo pulmonar) como neurológicas (transformação hemorrágica, edema com efeito de massa ou convulsões); • Prevenção secundária precoce, para reduzir a incidência da recorrência precoce de novo AVC; • Reabilitação precoce. Testes diagnósticos de urgência Recomendações 1. A TAC cerebral é o exame diagnóstico mais importante na suspeita de AVC para diferenciar entre isquemia e hemorragia (Nível IV) 2. A imagem vascular (ultrassons, A-TC e A-RM) dá na fase aguda informação adicional sobre a patência dos vasos cerebrais e cervicais, devendo ser um complemento do estudo logo nesta fase 3. A RM / A-RM pode substituir a TAC se usada correctamente, particularmente utilizando sequências em T2* para identificar pequenas hemorragias (Nível II) Reabilitação Recomendações Todo o doente deve ter acesso a avaliação para reabilitação · A reabilitação deve iniciar-se precocemente após o AVC (Nível I). Os doentes com deficiência devem ter acesso a cuidados estruturados, incluindo assistência institucional · A reabilitação deve ser proporcionada por uma equipa multidisciplinar numa unidade de AVC (Nível I) · A intensidade e a duração da reabilitação devem ser optimizadas para cada doente; devem usar-se métodos recentes de reabilitação (p. ex. treino repetitivo de tarefas e uso forçado do segmento envolvido), complementando os métodos estabelecidos(Nível I) · Os doentes com sequelas crónicas de AVC devem receber apoio no seu ambiente social. Isto inclui acesso a um médico de família, avaliação ambulatória em serviços de reabilitação, prevenção secundária e apoio sócio-psicológico (Nível I) AVC AVC AVC AVC AVC Traumatismo Cranio-encefálico O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro, não de natureza degenerativa ou congênita, mas causada por uma força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, que resulta em comprometimento das habilidades cognitivas ou do funcionamento físico. Pode também resultar no distúrbio do funcionamento comportamental ou emocional. Este pode ser temporário ou permanente e provocar comprometimento funcional parcial ou total, ou mau ajustamento psicológico. O TCE pode ser provocado por acidente de trânsito (60 a 70%), quedas (20%) e outras causas mais raras como agressões e projétil de arma de fogo. Os pacientes vítimas de TCE são a quarta principal causa de mortalidade nos EUA nos últimos 40 anos, enquanto que entre as pessoas de 1 a 45 anos se encontram em primeiro lugar. A mortalidade dos pacientes vítimas de TCE está em torno de 40% e não está limitada somente aos países desenvolvidos, sendo o TCE bastante presente em todo mundo. Infelizmente, mais da metade das mortes por TCE ocorre no local do trauma, sem tempo hábil para reanimação. CONCEITO O TCE constitui qualquer agressão que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. É a causa de morte mais freqüente entre os 2 e 42 anos de idade. INCIDÊNCIA A incidência de TCE é maior para homens que para mulheres em mais de 2:1. Mais de 50% dos pacientes com TCE está entre as idades de 15 e 24 anos . FISIOPATOLOGIA As lesões primárias ocorrem segundo a biomecânica que determina o trauma. As lesões secundárias ocorrem segundo alterações estruturais encefálicas decorrentes da lesão primária bem como de alterações sistêmicas decorrentes do traumatismo. O objetivo principal do tratamento é evitar ou minimizar as lesões cerebrais secundárias TIPOS DE TCE •Traumatismos cranianos fechados: quando não há ferimentos no crânio ou existe apenas uma fratura linear. Estes podem ser subdivididos em: concussão (aquele sem qualquer lesão estrutural macroscópica do cérebro), e aquele com destruição do parênquima cerebral onde há edema, contusão, laceração ou hemorragia. •Concussão é uma breve perda de consciência depois do traumatismo sendo atribuída por uma desconexão funcional entre o tronco cerebral e os hemisférios e geralmente recobre a consciência antes de 6 horas; Fratura com afundamento do crânio: o pericrânio está íntegro, porém um fragmento do osso fraturado está afundado e comprime ou lesiona o cérebro; Fratura exposta do crânio: indica que os tecidos pericranianos foram lacerados e que existe uma comunicação direta entre o couro cabeludo lesionado e o parênquima cerebral através dos fragmentos ósseos afundados ou estilhaçados e da dura lacerada.