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Endodontia Stefany Zonato 4° termo TXXIV Tratamento endodôntico Quando eu devo realizar um tratamento endodôntico? · Inflamação da polpa (pulpite) · Numa situação de infecção pulpar · Caso de trauma dental · Indicação protética/estética · Quando o dente já recebeu um tratamento endodôntico porem houve insucesso Endodonto: dentina, cavidade pulpar e polpa (dentro do dente) Etapas de tratamento: -Abertura coronária -Odontometria do canal -Preparo do canal -Irrigação do canal -Obturação do canal Preparo dos dentes para o laboratório -Proteger o ápice do dente com algodão -Confecção dos troqueis Quais as consequências de uma infecção dental? Início da endodontia começa com a formação da carie no esmalte, que passa para dentina e chega até câmara pulpar, quando chega até o forame apical causando infecção e/ou necrose. Evolução da carie: · Polpa sadia · Pulpite reversível; · Pulpite irreversível; · Alterações periapicais; Etapas operatórias do tratamento endodôntico: · Anestesia · Abertura coronária · Preparo químico-mecanico · Medicação intracanal; · Obturação do canal · Selamento coronário · Sucesso Sistema de canais radiculares: Canal principal Cavidade pulpar: Câmara pulpar Canal radicular Forame apical (limite CDC (canal dentina cemento) 1mm pra dentro Apresenta muitas variações anatômicas O forame apical geralmente não coincide com o final da raiz Sistema de canais radiculares Anatomia interna · Canal principal · Canal colateral · Canal lateral (sai do canal principal e desemboca no periodonto lateral no terço cervical ou médio) · Canal secundário (parte o canal acessório) · Canal acessório · Canal recorrente (sai do canal principal e a ele volta) · Interconduto ou intercanais (comunicam dois canais que estão presentes na mesma raiz) · Delta apicais (várias saídas foraminais) · Canais reticulares (3 ou mais canais por meio de ramificações) · Cavo inter-radicular (bifurcação) CANAL PRINCIPAL: é o mais importante, ele passa normalmente pelo eixo dentário e alcança sem interrupção o ápice radicular. CANAL COLATERAL: segue um percurso paralelo ao canal principal, podendo alcançar independentemente o ápice (é menos calibroso que o canal principal). CANAL LATERAL: liga o canal principal à superfície externa do dente (periodonto lateral) no terço cervical ou médio. CANAL SECUNDÁRIO: sai do canal principal na sua porção apical e termina na região periapical do dente. CANAL RECORRENTE: sai do canal principal e a ele volta, o trajeto é feito só em dentina. INTERCONDUTO OU INTERCANAL: é um canal que coloca em comunicação dois canais principais (está localizado em dentina, não atinge a região de cemento). DELTA APICAL: são múltiplas ramificações que saem do canal principal terminando na zona apical com múltiplos forames. CANAIS RETICULARES: resultado do entrelaçamento de 3 ou mais canais, por meio de ramificações do intercanal, apresentando aspecto reticulado. OCORRE em raízes achatadas com dois canais: incisivos inferiores e raízes de molares CAVO INTER RADICULAR: coloca em contato a câmara pulpar com o ligamento periodontal nas regiões de bifurcação e trifurcação. Qual a diferença do canal lateral e secundário? Instrumentais endodônticos Limas endodônticas: Normas No cabo vem o numero As limas são compostas por: Cabo – intermediário ou haste – cursor ou stop - parte ativa - ponta Ponta ativa sempre vai ter 16mm Comprimento da lima de acordo com o tamanho do dente 21mm (intermediário curto) ,25mm (intermediário médio) ou 31mm (intermediário longo) D16 = D0 + 0.32mm Aumento de 0.02 a cada Ponta ou guia de penetração (ativa ou inativa) Limas das series especiais (rosa, cinza, roxo) 6, 8, 10. (Limas das series especiais não autoclavam, usando apenas uma vez e lixo) Limas da primeira série (branco, amarelo, vermelho, azul, verde, preto)15, 20, 25, 30, 35,40. Limas da segunda série (branco, amarelo, vermelho, azul, verde, preto)45, 50, 55, 60, 70, 80. Limas de terceira série (branco, amarelo, vermelho, azul, verde, preto) 90, 100, 110, 120, 130, 140. Limas tipo k. (mais utilizada) quadrado não pintado · Possui na série especial: 06, 08 e 10; secção quadrangular da ponta ativa; · 15 e 40 da primeira série; secção quadrangular da ponta ativa; · 45-80 da segunda série; secção triangular com ponta ativa; · 90-140 da terceira série; secção triangular com ponta ativa; · Ponta ativa Limas tipo k flex. (só existe da primeira série) quadrado pintado · Só existem da primeira série, com secção triangular; · 15-40 da primeira série; · A ponta é inativa (anotar quantas vezes usou sua lima) Anatomia e abertura coronária Incisivo central superior Inclinação no sentido palatino e mesio distal Comprimento médio: 22,60mm Inclinação: 15° V-P e 3° M-D Raízes: 1-100% Canal radicular: 1-100% -Radiografia por vestibular e pela proximal Irrompimento: entre 7 e 8 anos Termino da rizogênese: entre 9-10 anos Raiz- única, reta em 90% Canal radicular: 1-100% Secção transversal: circular Considerações clínicas Presença do ombro palatino (saliência dentinária interna no terço cervical na face palatina do canal radicular) -Presença de divertículos pulpares no teto Remover o ombro palatino e remover essa área retentiva que é o -Ombro palatino/lingual -Cotovelo de dentina -Proeminência dentinária Teremos 2 divertículos pulpares (vestibular e proximal) Vamos acessar a câmera pulpar A forma de contorno da abertura é semelhante à forma externa da coroa (com a base do triangulo voltada para a borda incisal) Abertura coronária Uma abertura coronária vai facilitar a entrada da lima endodôntica Puff- um pouquinho de cimento extravasado (através do forame) Incisivo lateral superior Comprimento médio: 23,10mm Característica Apresenta curvatura (dilaceração) apical voltada para distal ou disto palatino Irrompimento entre 8e 9 anos Termino da rizogênese entre 10-11 anos -Também tem divertículos -Também tem ombro palatino Canino superior Forma de contorno oval ou elíptica Comprimento médio: 26,40mm Inclinações 17° V-P e 6° M-D Irrompimento entre 11 e 12 anos Termino da rizogênese entre 13-15 anos Raiz única, longa, reta Áreas de embolsamento O canal no1/3 apical é bem delgado, mas no 1/3 médio e 1/3 cervical é muito amplo com áreas de embolsamento Incisivos central inferior Comprimento médio de 20,80 Inclinação 0° M-D 15° V-L Presença de 2 canais em mais ou menos 50% Necessidade da remoção de parte do cíngulo e ombro lingual (facilitando o acesso para encontrarmos) Irrompimento entre 6 e 7 anos Termino de rizogênese entre 9 e 8 anos de idade Raiz única Canal radicular -Poderão apresentar bifurcação na parte mais larga da raiz devido ao grande achatamento que possui Incisivo lateral inferior Cumprimento médio de 22,60mm Inclinações 0° M-D e 10° V-L O canal radicular pode apresentar bifurcação na parte mais larga da raiz devido ao grande achatamento que possui Canino inferior Comprimento médio 25,00mm Inclinações De todos os dentes anteriores superiores é o único que pode apresentar 2 raízes Entre 9 e 10 anos Entre 12 e 14 anos Raízes reta ou levemente curva para distal ou vestibular, achatados no sentido mesiodistal Etapas operatórias do tratamento endodôntica -Abertura coronária · Alta rotação com LED Acesso a cavidade pulpar, é a etapa cirúrgica inicial do tratamento endodôntico Remover todo o tecido cariado e restaurações antes de atingir a câmera pulpar -Conhecimento de anatomia -Visão clinica dos dentes -Interpretação Etapas da abertura coronária · Zona ou área de eleição · Direção de trepanação · Forma de contorno do dente · Forma de conveniência ou desgaste compensatório O limite da abertura coronária deverá incluir no seu interior Todos os divertículos, todas as saliências e todas as áreas retentivas-Pomada anestésica -Pinça clinica normal -Material para anestesiar -Sonda exploradora nº5 -Espelho clinico (primeiro plano) -Explorador endodôntico -Colher de dentina de haste longa fina -Sonda endodôntica Brocas usadas para abertura 1014 – Incisivos superiores sup. Incisivos laterais sup. 1012- Incisivos centrais inf. Incisivos laterais inf. 3080 (todos os dentes anteriores superiores/inferiores Zona ou ponta de eleição para os incisivos é a face palatina (sup) -Direção de trepanação (trajetória a ser seguida com a broca, observando a inclinação do dente no arco) Em dentes unir radiculares (utilizar broca esférica diamantado número 1012 ou 1014) 1º Perpendicular á face palatina/lingual 2ºParelela ao longo eixo do dente (em incisivos e caninos) Tamanho médio da coroa 10,0mm Iniciar na metade do comprimento da coroa 5mm A broca esférica vai tirar o divertículo Forma de contorno É a forma cavitaria de acesso a cavidade pulpar, removendo o teto da câmera pulpar, incluindo os cornos pulpares para eliminar toda e qualquer área retentiva Incisivos centrais e lateral superiores e inferiores: forma triangular Caninos superiores e inferiores: forma oval Forma de conveniência ou desgaste compensatório Consiste na remoção dentinaria em pontos estratégicos da câmera pulpar Objetivo: facilitar o acesso do instrumento Com ombro palatino a lima fica presa na entrada do canal Acesso coronário incisivos superiores Forma de contorno Forma de conveniência Etapas de acesso (dentes anteriores superiores e inferiores) Irrigação do sistema de canais radiculares em biopulpectomia e necropulpectomia Biopulpectomia: tratamento de canal com polpa ainda viva Necropulpectomia: tratamento de canal com polpa morta Preparo químico-mecânico Consiste em obter um acesso direto a união CDC, preparando o canal dentinario para posterior Se não fizermos uma boa irrigação e sobrar algumas bactérias esse canal vai reinventar Preparo químico-mecânico · Alargar · Modelar · Desinfectar Finalidade do preparo biomecânico Limpeza · Ação mecânica dos instrumentos endodônticos · Fluxo e refluxo da solução irrigadora (ação física) · Ação química de soluções irrigadoras Moldagem · Ação mecânica dos instrumentos endodônticos A irrigação pode ser definida como sendo o procedimento endodôntico que visa a remoção dos detritos existentes no interior da cavidade pulpar É o ato de limpar o canal radicular pelo movimento e renovação frequente de liquido em seu interior A limpeza do sistema de canais radiculares é realizada mediante procedimentos de preparo químico mecânico que inclui a limpeza e moldagem dos canais radiculares e a aplicação de soluções químicas desinfetantes 40% a 60% das paredes internas do canal principal ficam sem ser tocadas pelo instrumento 50% dos sistemas de canais radiculares não são trocados pelos instrumentos endodônticos durante o preparo biomecânico. A escolha técnica de instrumentação e soluções irrigadas que permitam a neutralização bacteriana e inativação das toxinas, sem interferir no processo de cicatrização Polpa viva inflamada: dissolução de tecido pulpar Polpa infectada: eliminar microrganismos Terapia endodôntica: objetivo de remover a polpa, inteira ou não para fazer limpeza e obturação. biopulpectomia · Contaminação é superficial · Capacidade de dissolver tecidos · Istmos e ramificações impedir infecção (contaminação) O principal objetivo da terapia endodôntica necropulpectomia · Promover efeito mecânico e químicos de descontaminação Ausência de irrigação · Material na luz do canal · Presença de raspas de dentina · Plug de dentina no ápice · Extravasamento de material do Peri ápice Objetivo de irrigação · Movimentar, solubilizar e remover partículas teciduais ou estranhos liberadas pelo instrumental · Reduzir o número de microrganismo da cavidade pulpar · Facilitar o contato de fármacos aplicados no canal · Facilitar a instrumentação Aspectos físicos da irrigação Calibre É o diâmetro da cânula de irrigação que pode ser externo e in terno Quanto menor o calibre maior a profundidade Pressão de irrigação É a pressão exercida no embolo da seringa e que se transmite a cânula (depende da capacidade da seringa) Aprofundamento O quanto a cânula é introduzida no canal Espaço de refluxo É o espaço existente entre a cânula e a parede do canal Refluxo É o retorno da solução injetada no canal Turbilhonamento É o movimento do liquido injetado no canal Pressão apical É a pressão exercida pelo liquido irrigado na região apical Suspenção de fragmentos · Impedir a sedimentação · Evitar a obstrução do canal Propriedades das soluções irrigadoras Lubrificante Entre parede destinaria e instrumental endodôntico Irrigantes primários Hipoclorito de sódio (NaOCI) · Principal solução irrigadora (parte orgânica) · Baixa tensão superficial · Neutralização de produtos tóxicos · Bactericida · Ph Clorexidina (CHX) · Amplo espectro de ação contra gram-anaeróbicas · Substantividade · Biocompatibilidade Técnica de irrigação: Irrigação simples: · seringa de irrigação e cânulas aspiradoras. Se dá pelo fluxo e refluxo feito com a pressão no êmbolo da seringa. · easy clean: acopla no motorzinho · 30 seg no canal · 3 minutos manual · uso único · estéril biopulpectomia: · hipoclorito de sódio 1% · limpeza final EDTA 30 segundos (easy clean) · limpeza final soro fisiológico 30 seg (easy clean) necropulpectomia: · hipoclorito de sódio 2,5% · limpeza final EDTA 39 seg (easy clean) · limpeza final hipoclorito 30 segundos (easy clean) · limpeza final soro 30 segundos (easy clean) Retratamentos: canal feito, porém, deu errado · Secagem após irrigação Odontometria: · Método para determinar o limite apical de trabalho (CRT - comprimento real de trabalho), onde realizaremos o preparo químico-mecânico (PQM). Limite ideal - 1mm aquém do ápice radiográfico. Tudo que colocamos dentro do canal precisa ser medido. · CAD - comprimento aparente do dente. · CTP - comprimento de trabalho provisória. CTP = CAD - 3mm. · IAI - instrumento apical inicial: o primeiro instrumento escolhido, ao acaso que se prende às paredes do canal dentário, no limite CDC ou seja q mm aquém do ápice radiográfico, no CRT. É este instrumento que iniciará o preparo do batendo apical. · picote sempre voltado para incisal ou oclusal. Objetivo da Odontometria: obter o CRT, IAI e a referência para o PQM. A referência é onde está tocando o STOP Limas para Odontometria: · de acordo com o comprimento do dente: 21, 25, 31 · Diâmetro: devemos testar várias limas fazendo movimentos oscilatórios até que uma se ajuste. obs: nunca tocar com luva no stop ou na parte ativa da lima. Preparo químico-mecânico Odontometria Método para determinar o limite apical de trabalho (CRT) onde realizaremos o preparo químico-mecânico (PQM) Método de ingle (método radiográfico) Uma lupa Uma régua transparente Radiografia do dente Métodos Radiográficos (laboratório) e eletrônicos Limite ideal 1mm dentro do canal ( aquém do ápice radiográfico) Odontometria com localizador Tudo que colocamos dentro do canal precisa ser medido CRT IAI (instrumento apical inicial) Qual o objetivo dá Odontometria? CRT IAI Referência Passo a passo (método radiográfico) CAD (comprimento aparente do dente) 25mm CTP (comprimento de trabalho provisório) margem de segurança para colocar a lima dentro do canal sem ultrapassar o forame) CTP=CAD-3mm Qual comprimento de lima escolher para Odontometria? De acordo com o comprimento do dente Qual comprimento da lima vou usar? Diâmetros da ponta Dois movimentos que não deve fazer com a lima -Empurrar ou enfiar a lima dentro do canal nem retirar a lima do canal puxando Vamos descer a lima oscilando (com delicadeza) até encontrar resistência no CTProvisórioCTP por tentativas-Não manchar a estrutura dentária -Adesividade às paredes do canal -Força coesiva -Insolúvel nos fluidos teciduais e na saliva -Solúvel ou reabsorvível nos tecidos periapicais -Impermeável no canal -Biocompatibilidade -Atividade antimicrobiana Propriedades -Citotoxicidade baixa adesividade Técnicas de assentamento cone principal -Clássica (levasse o cone principal "lambuzado" (envolvido) Utilizamos cimentos biológicos (preencher um canal com cimento lambuzar todo o cone Pode e deve extravasar (utilizado) -Biológica controlada ( o assentamento do cone principal no canal radicular, se dá com o cone envolto pelo cimento endodôntico exceto na sua extremidade apical) esse cimento não pode extravasar (não utilizado) Clássica Levar cimento no canal antes do cone principal: -Com uma lima anterior ao IM -Com espaçador (instrumentos sem parte ativa – lisos) (para abrir espaço para o cone auxiliar entrar) -Com um cone que não iremos usar -Com lentulo Condensadores verticais Condensam a guta a frio Limpeza da câmera pulpar com uma bolinha de algodão embebida no álcool 70 TERMINANDO O CORTE DA GUTA PERCHA, E LIMPEZA DA CAMERA PULPAR E AJUSTE OCLUSAL image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image1.png image2.png