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2 @dedaaladim
SumÁrio
3Aula 10 - Primeiro Reinado
8Aula 11 - Período Regencial
12Aula 12 - Revoltas Regenciais
13Aula 13 - Segundo Reinado
20
Aula 14 - Guerra do Paraguai
 (1865-170)
25Aula 15 - Escravidão no Brasil
32Aula 16 - Proclamação da República
35Exercícios
61Gabarito
62Tabela
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3 @dedaaladim
Aula 10
PRIMEIRO REINADO
Se a independência começou com o apoio das elites 
locais, elas tiveram um tombo inicial pelo recém 
imperador Dom Pedro I, quando ele dissolveu a 
Assembleia Constituinte, mandou prender vários 
deputados e escolheu ele próprio um novo grupo 
para fazer a primeira Constituição brasileira. O 
imperador usou as palavras do rei absolutista Luís 
XIV e dizendo que queria uma constituição “digna 
dele”, o que basicamente significava que ele queria 
uma constituição que desse a si próprio poderes 
especiais, tal qual os monarcas absolutistas 
europeus. 
Dessa forma, o projeto de constituição que não 
rolou em 1823, ficou conhecido como “Constituição 
da Mandioca”, e a primeira lei brasileira foi 
OUTORGADA, ou seja, imposta pelo Rei ao povo.
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CONSTITUIÇÃO DE 1824
• Definiu o governo como monárquico, 
hereditário e constitucional.
• O Império teria uma nobreza, mas não uma 
aristocracia – existiriam títulos concedidos 
pelo Imperador (barão, duque, conde, etc) 
mas eles não seriam hereditários.
• Religião Católica Romana como oficial.
• VOTO INDIRETO E CENSITÁRIO: Indireto 
porque os eleitores votavam em um corpo 
eleitoral e esse corpo eleitoral que elegia 
os deputados. Censitário porque só podia 
ser votante, deputado ou senador quem 
atendesse a alguns requisitos, inclusive 
tivesse determinada RENDA. Ou seja, apenas 
os ricos teriam direitos políticos.
• Analfabetos podiam votar (desde que 
cumprissem os demais requisitos).
• Mulheres excluídas.
Capa da Constituição de 1824
Na imagem D. Pedro I e a coroa imperial do 
Brasil. Artista: Henrique José da Silva. 1825
• O país foi dividido em províncias cujos 
presidentes seriam nomeados pelo Imperador.
• Os senadores eram vitalícios e nomeados 
pelo imperador.
• Conselho de estado: composto por homens 
escolhidos pelo rei, tinham que ser maiores 
de 40 anos – muito para a época – e com 
fortuna maior que 800.000 réis, o que era 
bastante dinheiro.
• PODER MODERADOR: baseado na ideia de 
Benjamin Constant de que o poder executivo 
deveria ser separado do poder imperial. 
A pessoa do imperador foi considerada 
inviolável e sagrada, não estando sujeita 
a responsabilidade alguma. Ele nomeava 
senadores, podia dissolver a Câmara e 
convocar eleições para renová-la e além de 
poder APROVAR OU VETAR as decisões da 
câmara e do senado.
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CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824):
Um movimento republicano e separatista, que começou por conta 
do autoritarismo de D. Pedro e porque ele elegeu um presidente de 
província indesejado pelas elites regionais. Nada mais do que seis 
províncias apoia a rebelião: Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande 
do Norte, Piauí e Pará. A repressão foi violentíssima, com centenas 
de mortos e muitos condenados à pena de morte, inclusive o clérigo 
Frei Caneca, muito amado pela população. Tecnicamente, o Império 
venceu, mas a reputação do imperador se enfraqueceu.
Combate entre rebeldes e legalistas na luta dos Afogados. Exército Imperial do 
Brasil ataca as forças confederadas no Recife, 1824. Leandro Martins - NOSSA 
HISTÓRIA. Year 3 issue 35. São Paulo: Vera Cruz, 2006.
Bandeira da Revolta 
da Confederação do Equador
GUERRA CISPLATINA (1825)
A província cisplatina (atual Uruguai) nunca quis 
fazer parte do Brasil, e em 1825 se rebelou pois 
queria ser incorporada às Províncias Unidas do Rio 
da Prata (futura Argentina). 
Dom Pedro secou os cofres públicos reagindo a 
esse conflito porque ele acreditava que derrotar 
os argentinos seria um exemplo que acabaria 
com todos os movimentos separatistas e ideias 
republicanas do país.
Houve guerra entre Brasil e Buenos Aires, e o Brasil 
foi aniquilado nas batalhas. A Inglaterra, infeliz que 
o conflito paralisou o comércio da região, mediou um 
tratado e no final das contas a cisplatina não ficou 
nem com Brasil nem com Argentina, e assim surgiu o URUGUAI 
como país independente. Também foi liberada a navegação do Rio 
da Prata e seus afluentes, o que interessava à Inglaterra e ao Brasil.
Morte do Coronel Brandsen durante a 
Batalha de Ituzaingó. Augusto Ballerini.
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A guerra não apenas empobrece o governo, mas faz o exército ficar ainda mais insatisfeito com o 
imperador, não só porque houve recrutamento da população à força para lutar na guerra, mas porque 
tinham muitos portugueses em postos militares altos. Além disso, o exército era majoritariamente 
composto pela população simples, que sofriam com as más condições de vida e atraso do salário.
Batalha de Sarandi, Juan Manuel Blanes.
FATOR AGRAVANTE: a imagem PESSOAL de 
Dom Pedro I não era boa. Ele era tido como 
agressivo e raivoso, e traía publicamente sua 
esposa Leopoldina, que era muito popular 
entre a população.
Quando seu pai morreu, Pedro I pôde escolher 
entre voltar para Portugal e ser rei lá ou ficar 
aqui, e abdicou do trono de Portugal para 
sua filha, que mesmo sendo criança estava 
prometida em casamento para seu irmão. Mas 
esse irmão acabou dando um golpe de Estado e 
começou uma guerra de sucessão em Portugal. 
Então, para os brasileiros, Dom Pedro I se 
envolvia demais com assuntos portugueses e 
isso os desagradava.
Em 1831, a situação piorou. O imperador 
voltava de uma viagem a Minas Gerais (onde 
não tinha sido bem recebido) e os portugueses 
decidiram fazer festas em sua homenagem para 
mostrar apoio. Houve reação dos brasileiros, 
que começaram 5 dias de tumulto, incluindo a 
famosa NOITE DAS GARRAFADAS, quando 
os brasileiros atacaram os portugueses com 
garrafas e cacos de vidro.
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Houve protestos e até mesmo os comandantes 
militares mais famosos (como o futuro Duque 
de Caxias) apoiaram a revolta. Dom Pedro 
abdicou do trono no dia 7 de abril de 1831, 
deixando o trono com seu filho de 5 ANOS e 
José Bonifácio como tutor. 
Pedro voltou para Portugal, lutou no conflito 
de sucessão e conseguiu recuperar o trono 
do irmão golpista. Logo, em Portugal, ele é 
conhecido como o rei que livrou o país de 
um tirano absolutista, enquanto no Brasil 
ele mesmo foi um absolutista odiado pela 
população.
Dom Pedro I, Imperador. 
Antônio Joaquim Franco Velasco,1826.
Dona Leopoldina de Habsburgo. 
Luiz Schlappriz
Correspondência enviada por D. 
Pedro para sua então Amante 
Domitila, a Marquesa de Santos.
Enviada um ano após a morte de 
sua primeira esposa.
Marquesa de Santos, em torno dos 31 anos de 
idade, ostentando a faixa da Ordem Real de Santa 
Isabel. Francisco Pedro do Amaral c. 1829.
Segundo casamento de Pedro 1, com Amélia. Ao lado do 
imperador estão seus filhos do primeiro casamento: Pedro, 
Maria da Glória, Januária e Francisca. Jean-Baptiste Debret.
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8 @dedaaladimtrepidação e pela inquietação.
(Gilberto Freyre. Sobrados e mucambos. Apud: Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: 
uma biografia, 2018.)
O texto trata do período das Regências no Brasil (1831-1840). Entre as tensões que o 
caracterizaram, é possível citar mobilizações e rebeliões de caráter regionalista, como a :
a) Sabinada, e sociais, como os protestos anarquistas em São Paulo.
b) Farroupilha, e étnico-religiosas, como a Revolta dos Malês.
c) Revolução Constitucionalista, e de gênero, como a luta pelo voto feminino.
d) Confederação do Equador, e trabalhistas, como a greve geral no Rio de Janeiro.
e) Conjuração Baiana, e emancipacionistas, como a Inconfidência Mineira.
27 - (ENEM Libras 2017)
Constituição Política do Império do Brasil (de 25 de março de 1824) Art. 98. O Poder 
Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao 
Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que 
incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos 
demais Poderes Políticos.
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado).
A apropriação das ideias de Montesquieu no âmbito da norma constitucional citada tinha 
o objetivo de:
a) expandir os limites das fronteiras nacionais.
b) assegurar o monopólio do comércio externo.
c) legitimar o autoritarismo do aparelho estatal.
d) evitar a reconquista pelas forças portuguesas.
e) atender os interesses das oligarquias regionais.
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28 - (UECE 2022)
A derrota na Guerra da Cisplatina, o assassinato do jornalista Líbero Badaró e a Noite das 
Garrafadas foram:
a) motivos que levaram ao fim o Governo Regencial do Padre Antônio Feijó, líder político que 
havia sido ministro da Justiça no reinado de D. Pedro I.
b) causas que levaram ao golpe militar que derrubou o reinado de D. Pedro II e estabeleceu o 
regime republicano no Brasil.
c) razões que proporcionaram as condições necessárias à declaração de independência, pelo 
príncipe regente D. Pedro, com apoio das elites brasileiras.
d) eventos que impactaram negativamente na reputação do imperador D. Pedro I e levaram à 
sua abdicação ao trono, pondo fim ao primeiro reinado.
29 - (ENEM Libras 2017)
Na segunda metade do século XIX, a capoeira era uma marca da tradição rebelde da população 
trabalhadora urbana na maior cidade do Império do Brasil, que reunia escravos e livres, 
brasileiros e imigrantes, jovens e adultos, negros e brancos. O que mais os unia era pertencer 
aos porões da sociedade, e na última escala do piso social estavam os escravos africanos.
SOARES, C. E. L. Capoeira mata um. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
De acordo com o texto, um fator que contribuiu para a construção da tradição mencionada foi a:
a) elitização de ritos católicos.
b) desorganização da vida rural.
c) redução da desigualdade racial.
d) mercantilização da cultura popular.
e) diversificação dos grupos participantes.
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30 - (UNESP 2021)
Artigo 1° – Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de 
fora,ficam livres [...].
Artigo 2° – Os importadores de escravos no Brasil incorrerão na pena corporal do artigocento 
e setenta e nove do Código Criminal, imposta aos que reduzem à escravidão pessoaslivres [...].
(Lei de 7 de novembro de 1831. https://camara.leg.br.)
A Lei de 7 de novembro de 1831, também conhecida como “Lei Feijó”,:
a) proporcionou a imediata superação da escravidão no Brasil, que se consolidou com a 
entrada maciça de imigrantes europeus a partir da década de 1870.
b) teve efeito reduzido, pois o tráfico internacional de escravos e a entrada de mão de obra africana 
no território brasileiro persistiram nos governos sucessivos do país até a metade do século XIX.
c) foi promulgada por pressão da Coroa inglesa, que determinou que navios britânicos 
apreendessem todas as embarcações suspeitas de tráfico de escravizados.
d) proibiu a escravidão no Brasil, embora a escassez de mão de obra assalariada tenha levado 
à manutenção do emprego de mão de obra de escravizados até a década de 1880.
e) resultou da guinada ocorrida no Período Regencial, quando o Brasil assumiu diretrizes liberais 
e ilustradas na condução da política econômica e no reconhecimento dos direitos humanos.
31 - (Enem PPL 2019)
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) reuniu historiadores, romancistas, poetas, 
administradores públicos e políticos em torno da investigação a respeito do caráter brasileiro. 
Em certo sentido, a estrutura dessa instituição, pelo menos como projeto, reproduzia o modelo 
centralizador imperial. Assim, enquanto na Corte localizava-se a sede, nas províncias deveria 
haver os respectivos institutos regionais. Estes, por sua vez, enviariam documentos e relatos 
regionais para a capital.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto, durante o reinado de D. Pedro II, o referido instituto objetivava:
a) construir uma narrativa de nação.
b) debater as desigualdades sociais.
c) combater as injustiças coloniais. 
d) defender a retórica do abolicionismo.
e) evidenciar uma diversidade étnica.
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32 - (IFCE 2019)
Sobre a Confederação do Equador é correto afirmar-se que:
a) limitou-se à ação de lideranças e populares pernambucanos, causa maior do seu insucesso
b) insatisfeitos com as tentativas de negociação do império, os revoltosos buscaram criar uma 
nova constituição mais democrática, mas que continuava reafirmando seu caráter monarquista.
c) foi uma das mais significativas revoltas do Segundo Reinado
d) buscava a construção de um estado independente, com capital em Recife, criticava a centralização 
do poder exaltados pelo absolutismo, conservadorismo e autoritarismo do monarca.
e) Frei Caneca foi um grande aliado de D. Pedro I, o que contribuiu para o fim do movimento 
separatista e a vitória do imperador.
33 - (Enem PPL 2018)
34 - (IFBA 2015))
O ponto de partida para o nascimento de uma cozinha brasileira foi o livro de receitas Cozinheiro 
Imperial, de 1840. Estimulava a nobreza e os ricos a acrescentarem ingredientes e pratos 
locais em suas festas. A princesa Isabel comemorou as bodas de prata com um banquete no 
qual foram servidos bolo de mandioca e canja à brasileira.
RIBEIRO, M. Fome imperial: Dom Pedro II não era um gourmet, mas ajudou a dar forma à gastronomia brasileira. Aventuras 
na História, mar. 2014 (adaptado).
O uso da culinária popular brasileira, no contexto apresentado, colaborou para:
a) enfraquecer as elites agrárias.
b) romper os laços coloniais.
c) reforçar a religião católica.
d) construir a identidade nacional.
e) humanizar o regime escravocrata.
“Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados, 
responsáveis, acontece por defeito do sistema que só há um poder ativo, onímodo, onipotente, 
perpétuo, superior a lei e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado, inviolável e 
irresponsável.”
(Trecho do Manifesto Republicano, publicado no jornal A República, do Rio de Janeiro, em dezembro de 1870).
A crítica apresentada pelo Manifesto Republicano de 1870 pode ser associada:
a) ao despotismo de Dom Pedro II, no desrespeito à Constituição imperial.
b) aos amplos e ilimitados poderes garantidos ao imperador pelo Poder Moderador.
c) à irresponsabilidade de Dom Pedro II no trato com o dinheiro e comas finanças públicas.
d) ao estado de corrupção e fraudes que envolvia Dom Pedro II e grande parte de seus assessores.
e) aos prejuízos econômicos do país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a Inglaterra.
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35 - (Enem 2019)
36 - (Enem 2018)
Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores para a Assembleia Geral, e dos membros 
dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas por eleições, elegendo a massa dos cidadãos 
ativos em assembleias paroquiais, os eleitores de província, e estes, os representantes da 
nação e província.
Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias paroquiais:
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendem os casados, os oficiais militares, 
que forem maiores de vinte e um anos, os bacharéis formados e os clérigos de ordens sacras.
II. Os filhos de famílias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem a ofícios 
públicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os guarda-livros, e primeiros caixeiros 
das casas de comércio, os criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os 
administradores das fazendas rurais e fábricas.
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio, 
ou emprego. BRASIL.
Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
De acordo com os artigos do dispositivo legal apresentado, o sistema eleitoral instituído no 
início do Império é marcado pelo(a):
a) representação popular e sigilo individual.
b) voto indireto e perfil censitário.
c) liberdade pública e abertura política.
d) ética partidária e supervisão estatal.
e) caráter liberal e sistema parlamentar.
A poetisa Emília Freitas subiu a um palanque, nervosa, pedindo desculpas por não possuir títulos 
nem conhecimentos, mas orgulhosa ofereceu a sua pena que “sem ser hábil, é, em compensação, 
guiada pelo poder da vontade”. Maria Tomásia pronunciava orações que levantavam os ouvintes. 
A escritora Francisca Clotilde arrebatava, declamando seus poemas. Aquelas “angélicas 
senhoras”, “heroínas da caridade”, levantavam dinheiro para comprar liberdades e usavam de 
seu entusiasmo a fim de convencer os donos de escravos a fazerem alforrias gratuitamente.
MIRANOA, A. Disponível em: www.opovoonline.com.br. Acesso em: 10 jun. 2015.
As práticas culturais narradas remetem, historicamente, ao movimento
a) feminista.
b) sufragista.
c) socialista.
d) republicano.
e) abolicionista.
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37 - (Enem 2015)
TEXTO I
Em todo o país a lei de 13 de maio de 1888 libertou poucos negros em relação à população de 
cor. A maioria já havia conquistado a alforria antes de 1888, por meio de estratégias possíveis. 
No entanto, a importância histórica da lei de 1888 não pode ser mensurada apenas em termos 
numéricos. O impacto que a extinção da escravidão causou numa sociedade constituída a partir 
da legitimidade da propriedade sobre a pessoa não cabe em cifras.
ALBUQUERQUE. W. O jogo da dissimulação: Abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
TEXTO II
Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro se tornou mais 
numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que antes, e com os africanos 
mais aculturados, certamente não se distinguiam muito facilmente dos libertos e dos pretos e 
pardos livres habitantes da cidade. Também já não é razoável presumir que uma pessoa de cor 
seja provavelmente cativa, pois os negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda 
parte.
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 
1990 (adaptado).
Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento destacado no Texto I que complementa os 
argumentos apresentados no Texto II é o(a):
a) variedade das estratégias de resistência dos cativos.
b) controle jurídico exercido pelos proprietários.
c) inovação social representada pela lei.
d) ineficácia prática da libertação.
e) significado político da Abolição.
38 - (FGV 2021)
A Constituição de 1824 não tinha nada de parlamentarista. De acordo com seus dispositivos, 
o Poder Executivo era chefiado pelo imperador e exercido por ministros de Estado livremente 
nomeados por ele. A prática parlamentarista foi se desenhando a partir de 1847. Naquele ano, 
um decreto criou o cargo de presidente do Conselho de Ministros, indicado pelo imperador. 
Essa personagem política passou a formar o ministério cujo conjunto constituía o Conselho 
de Ministros, ou gabinete, encarregado do Poder Executivo. Para manter-se no governo, o 
gabinete devia merecer a confiança, tanto da Câmara como do imperador.
(Boris Fausto. História do Brasil, 2012. Adaptado.)
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O sistema de governo do Segundo Reinado brasileiro era entendido e propagado, no seu período 
de vigência, como parlamentarista. Esse sistema funcionou, de 1847 a 1889, com:
a) divergências entre o partido Liberal e o Conservador sobre a legitimidade do regime 
monárquico na América Latina.
b) composição de gabinetes ministeriais sem a maioria política na Câmara dos Deputados e 
no Senado Federal.
c) oposições anticonstitucionais do governo monárquico às deliberações das Assembleias de 
representantes políticos.
d) formação pela monarquia de maiorias partidárias por meio de dissoluções frequentes da 
Câmara dos Deputados.
e) rodízio, no poder ministerial, de agremiações políticas de representantes de grupos sociais 
antagônicos.
39 - (FUVEST 2021)
A economia do Império do Brasil foi caracterizada por:
a) Prevalecimento do trabalho assalariado imigrante e investimentos estatais na indústria 
primária.
b) Desenvolvimento de relações comerciais e diplomáticas com países americanos, em 
detrimento das relações com os países europeus.
c) Conjugação entre desenvolvimento agrícola e industrial, responsável por tornar o Brasil a 
42 maior economia do mundo.
d) Crescimento progressivo da dívida externa e preponderância de uma economia 
agroexportadora.
e) Redução contínua do tráfico de escravos e políticas públicas voltadas à alfabetização e 
capacitação profissional de trabalhadores pobres.
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40 - (UFU 2020)
Os fazendeiros paulistas não se voltaram para o imigrante porque acreditavam nas virtudes 
ou na maior rentabilidade do trabalho livre, mas porque a alternativa do escravo desaparecia 
e era preciso dar uma resposta ao problema. Em 1887, menos de um ano da abolição, São 
Paulo figurava em terceiro lugar na população escrava das províncias, com 107.329 cativos, 
vindo, em primeiro, Minas Gerais (191.952) e, em segundo, o Rio de Janeiro (162.421).
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 203. (Adaptado)
Sobre o processo migratório para o Brasil no século XIX, analise as afirmativas abaixo:
I. Em um primeiro momento, iniciado em fazendas cafeeiras do interior de São Paulo, foi 
implementado o sistema de parcerias, no qual o trabalhador cultivava a terra do fazendeiro 
e parte da produção deveria ser entregue ao proprietário.
II. Foi uma política dos partidos liberal e conservador para atrair mão de obra europeia com o 
intuito de implementar minifúndios voltados à exportação de produtos agrícolas.
III. Os migranteseuropeus saíram de suas terras de origem devido ao avanço do capitalismo 
industrial, da decomposição da pequena propriedade agrária e da ruína de boa parte do 
campesinato.
IV. A Lei de Terras facilitou o acesso de ex-escravos à posse de terra, dificultou, no entanto, o 
mesmo acesso aos imigrantes europeus.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
A) Apenas II e IV.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas III e IV.
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41 - (ENEM 2015)
Essas imagens de D. Pedro II foram feitas no início dos anos de 1850, pouco mais de uma década 
após o Golpe da Maioridade. Considerando o contexto histórico em que foram produzidas e os 
elementos simbólicos destacados, essas imagens representavam um:
a) jovem maduro que agiria de forma irresponsável.
b) imperador adulto que governaria segundo as leis.
c) líder guerreiro que comandaria as vitórias militares.
d) soberano religioso que acataria a autoridade papal.
e) monarca absolutista que exerceria seu autoritarismo.
42 - (Enem PPL 2018)
Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas criadas ou recriadas, em geral, previam a presença 
de meninas, mas se atrapalhavam na hora de colocar a ideia em prática. Na província do 
Rio de Janeiro, várias tentativas foram feitas e todas malsucedidas: colocar rapazes e moças 
em dias alternados e, em 1874, em prédios separados. Para complicar, na Assembleia, um 
grupo de deputados se manifestava contrário ao desperdício de verbas para uma instituição 
“desnecessária”, e a sociedade reagia contra a ideia de coeducação.
VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de 
educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003(adaptado).
As dificuldades retratadas estavam associadas ao seguinte aspecto daquele contexto histórico:
a) Formação enciclopédica dos currículos.
b) Restrição do papel da mulher à esfera privada.
c) Precariedade de recursos na educação formal.
d) Vinculação da mão de obra feminina às áreas rurais.
e) Oferta reduzida de profissionais do magistério público.
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43 - (IFBA 2017)
O Período Regencial é considerado como um dos mais agitados da História do Brasil. A 
Independência ainda era recente e os debates acerca do grau de autonomia das Províncias eram 
muito presentes. Sobre esse contexto e as revoltas dele decorrentes, marque V para Verdadeiro 
e F para Falso. Em seguida, assinale a alternativa que representa a sequência correta:
( ) O grupo político dos liberais exaltados defendiam, dentre outras ideias, uma maior 
autonomia das Províncias.
( ) A Revolta dos Malês, que ocorreu em Salvador, 1835, demonstrou às elites o poder 
de contestação de africanos e escravos, desencadeando no aumento da repressão aos 
revoltosos.
( ) A Sabinada e a Cabanagem foram exemplos dos poucos movimentos ocorridos no Brasil 
durante a Regência. As demais Províncias vivenciaram esse período sem conflitos.
( ) Nesse período, o chamado Ato Adicional estabeleceu a criação das Assembleias Provinciais 
e da Regência Una, eletiva e temporária.
( ) A Farroupilha, que durou cerca de 10 anos, foi um movimento do período regencial que 
resultou na Independência do Rio Grande do Sul e sua união com o Uruguai.
A sequência correta é:
A) V, V, F, V, F.
B) V, F, F, V, V.
C) F, V, F, V, V.
D) F, F, F, V, V.
E) V, V, F, F, F
44 - (Enem PPL 2019)
Uns viam na abdicação uma verdadeira revolução, sonhando com um governo de conteúdo 
republicano; outros exigiam o respeito à Constituição, esperando alcançar, assim, a 
consolidação da Monarquia. Para alguns, somente uma Monarquia centralizada seria capaz 
de preservar a integridade territorial do Brasil; outros permaneciam ardorosos defensores 
de uma organização federativa, à semelhança da jovem República norte-americana. Havia 
aqueles que imaginavam que somente um Poder Executivo forte seria capaz de garantir 
e preservar a ordem vigente; assim como havia os que eram favoráveis à atribuição de 
amplas prerrogativas à Câmara dos Deputados, por entenderem que somente ali estariam 
representados os interesses das diversas províncias e regiões do Império.
MATTOS, I. R.; GONÇALVES, M. A. O Império da boa sociedade: a consolidação do Estado imperial brasileiro. São Paulo: 
Atual, 1991 (adaptado).
O cenário descrito revela a seguinte característica política do período regencial:
a) Instalação do regime parlamentar.
b) Realização de consultas populares.
c) Indefinição das bases institucionais.
d) Limitação das instâncias legislativas.
e) Radicalização das disputas eleitorais.
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45 - (Enem 2021))
TEXTO II
A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente 
destinada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois 
das dez horas, os escravos conhecidos popularmente como “tigres” levavam tubos ou barris 
de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio.
KARASCH. M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1950. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2000.
A ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano nas 
cidades no Brasil nos séculos XVIII e XIX caracterizada pela
a) valorização do trabalho braçal.
b) reiteração das hierarquias sociais.
c) sacralização das atividades laborais.
d) superação das exclusões econômicas.
e) ressignificação das heranças religiosas.
TEXTO I
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46 - (IFBA 2017)
Chamamos de Segundo Reinado o período da História do Brasil que compreende 49 anos, 
entre 1840 a 1889, quando a monarquia constitucional parlamentarista vigente foi derrubada 
pela proclamação da república. Foi uma época de grande progresso cultural e de grande 
significância para o Brasil, com o crescimento e a consolidação da nação brasileira e como 
importante membro entre as nações americanas. Denota-se nesta época a solidificação do 
Exército e da Marinha e mudanças profundas na esfera social, como a gradativa libertação 
dos escravos negros e o incentivo da imigração europeia para se juntar à força de trabalho 
brasileira. As artes visuais, a literatura e o teatro afloraram neste período. Embora muito 
influenciados por estilos europeus que variavam desde o neoclassicismo ao romantismo, 
cada conceito era adaptado para criar uma cultura genuinamente brasileira. Sobre o Segundo 
Reinado Brasileiro, assinale a alternativa CORRETA.
a) Na economia destaca-se a produção cafeeira, principalmente na região sudeste onde a 
maior parte dos lucros da exportação foi investida na montagem de fábricas, as quais eram 
incentivadas pelas leis protecionistas brasileiras.
b) A política interna do período foi marcada pela estabilidade, uma vez que, não houve nenhuma 
revolta ou rebelião durante o período contra o imperador ou com ideias separatistas e 
republicanas.
c) Na política externa podemos destacar a Questão Christie entre Brasil e Inglaterra, as 
questões relativas à Bacia Platina envolvendo em especial a navegação na região e a Guerra 
do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança.
d) No campo das artes podemos destacar as figuras dos pintores Vítor Meireles e Pedro 
Américo, os quais sem apoio da coroa desenvolveram uma arte inovadora, trazendo ao 
Brasil as ideias das vanguardas europeias, em especial o impressionismo.
e) A abolição dos escravos ocorreu de maneiragradual com a aprovação de leis que limitavam 
o trabalho escravo, culminando com a Lei Áurea, a qual garantiu indenização aos senhores 
de escravos e um auxílio aos recém-libertos.
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Gabarito
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34 - b
35 - b
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39 - d
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41 - b
42 - b
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PERÍODO REGENCIAL
• Regência Trina Provisória (1831): Francisco de Lima 
e Silva, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e José 
Joaquim Carneiro de Campos.
• Regência Trina Permanente (1831-1834): José da 
Costa Carvalho, João Bráulio Muniz e Francisco de 
Lima e Silva.
• Regência Una de Feijó (1835-1837).
• Regência Una de Araújo Lima (1837-1840).
O período entre a abdicação de D Pedro I e o início do 
reinado de D Pedro II é chamado de Regência, pois 
o país foi regido por figuras políticas em nome do 
imperador até sua maioridade ser antecipada em 1840. 
Quando Dom Pedro I abdicou e saiu do Brasil, seu filho 
e herdeiro Pedro II tinha apenas 5 anos incompletos.
O período regencial foi um dos mais movimentados e 
importantes da história política do Brasil. As maiores 
questões discutidas na época eram a centralização do 
poder, a quantidade de autonomia que as províncias 
deveriam ter, a organização das forças armadas e a 
unidade territorial, afinal foi um período com muitas 
revoltas separatistas. 
Diogo Antônio Feijó, regente 
do Brasil, por Miguelzinho Dutra
Pedro de Araujo Lima,1835. 
Desconhecido.
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NÃO HAVIA CONSENSO entre as 
classes dominantes sobre 
QUAL TIPO DE GOVERNO seria 
melhor para seus interesses.
Restauradores ou Caramurus: 
defendiam a volta de D Pedro I, 
centralismo e autoritarismo
Liberais Moderados ou Chimangos: 
Um grupo muito diverso, mas 
especialmente a elite do RJ, SP e 
MG. Eles queriam uma monarquia 
que atendesse os interesses da elite 
agroexportadora e buscavam manter 
a unidade territorial.
Liberais Exaltados ou Jurujubas: 
Elite do nordeste e Rio Grande 
do Sul – defendiam a autonomia 
das províncias e o fim das 
instituições absolutistas (como o 
poder moderador e os senadores 
vitalícios). Alguns falavam até em 
federalismo ou República.
DIVISÃO 
POLÍTICA
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REFORMAS INSTITUCIONAIS QUE OCORRERAM NO PERÍODO 
REGENCIAL:
1832: código de Processo Criminal. Deu maiores poderes aos juízes de 
paz, figuras muito importantes nas comunidades, eram quem faziam os 
registros, casamentos, prendiam e julgavam pequenas infrações. Também 
instituiu o júri e habeas corpus.
ATO ADICIONAL DE 1834: alterou a constituição 
de 1824, dando mais autoridade para as províncias. 
Determinou que o poder moderador não poderia ser 
usado durante a regência, e o conselho de estado 
foi trocado por assembleias provinciais com maiores 
poderes, descentralizando o governo.
A promulgação do Ato Adicional à 
Constituição. Óleo sobre tela de 1934 
(Crédito: Antônio Parreiras/Museu Antônio 
Parreiras, Niterói)
Primeiros uniformes 
da Guarda Nacional.
Figurinos dos oficiais do comando superior. 
Domínio público, Biblioteca Nacional Digital
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Nas eleições para a regência única em 1835 venceu o Padre 
Feijó, liberal. Pouco tempo depois ele renunciou por pressões 
do Congresso, que o acusou de não empregar energia suficiente 
para reprimir os farrapos (um dos membros da rebelião era seu 
primo). Nas eleições que se seguiram venceu Pedro de Araújo 
Lima, futuro Marquês de Olinda e senhor de engenho em 
Pernambuco. 
Os historiadores consideram que no início da regência houve 
uma Maré Liberal com maior autonomia provincial e depois 
um regresso conservador, que voltou atrás e retomou a 
centralização do poder. Uma das primeiras leis nesse sentido 
consistiu em uma “interpretação” do Ato Adicional, que retirava 
das províncias várias de suas liberdades, especialmente a 
nomeação de funcionários públicos.
Diogo Antônio Feijó. Litografia 
de Sébastien Auguste Sisson.
REFORMA DA GUARDA 
NACIONAL: os oficiais 
passaram a ser escolhidos 
pelo governo central ou 
presidentes de província, 
aumentando as exigências de 
renda para ocupar os postos. 
A hierarquia também foi 
reforçada, e a Guarda Nacional 
tinha que fazer a manutenção 
da ordem e a defesa dos 
grupos dominantes, enquanto 
o Exército arbitrava as 
disputas, garantia as fronteiras 
e mantinha a estabilidade 
geral do país.
Foi para tentar acabar com a maré conservadora que os liberais fizeram o golpe da maioridade e 
aceleraram a chegada de Dom Pedro II ao poder. Dessa forma, mesmo com 14 anos, Pedro foi 
emancipado e considerado apto a tomar o trono brasileiro. 
O ato de coroação de Dom Pedro II. François-René Moreau, 1842
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Aula 12
REVOLTAS REGENCIAIS
Houve muitas revoltas durante o período regencial, e como já disse o historiador Boris Fausto, elas 
não se enquadram em uma moldura única: elas tinham a ver com as dificuldades da vida cotidiana e 
as incertezas da organização política, mas cada uma delas tinha seus motivos, provinciais ou locais. 
A maior parte das revoltas ocorreu depois do Ato Adicional de 1834. Isso porque a liberdade que as 
províncias ganharam foi uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que atendeu o desejo de muitas 
pessoas, essa autonomia incentivou as disputas entre as elites regionais pelo controle das províncias. 
As 5 mais famosas revoltas regenciais foram: Farroupilha, Revolta dos Malês, Cabanagem, 
Sabinada e Balaiada.
PARÁ
1835 - 1840
Brigas da elite local 
sobre a nomeação do 
presidente da província
Negros, mestiço
e índigenas
Supressão pelo Governo
Central, mais 20% 
da população morta 
e Belém destruída 
Escravizados lutaram,
mas não ganharam
abolição
1837 - 1838
BAHIA
Classe média
e comerciantes
Reação dos liberais
exaltados à centralização 
regencial
Batalha corpo a 
corpocom mais de 
1.800 mortos
Escravizados nacionais
teriam liberdade
1835
SALVADOR
Repressão religiosa
das autoridades locais. 
Inspirada na Independência 
do Haiti
Africanos libertos
e malês (africanos
muçulmanos)
Denúncia do movimento
por três libertos e
repressão violenta
Escravidão foi
o motivador
1838 - 1840
MARANHÃO
Artesãos, camponeses
e balaios
Supressão violenta
por parte do governo
Se tivesse sucesso,
haveria abolição
Crise econômica 
e disputa da elite local 
pelo poder
1836 - 1845
RIO GRANDE
DO SUL
Grandes fazendeiros
e camadas médias
urbanas (elite)
Um grande acordo
Não havia intenção
de abolir a escravidão
Impostos abusivos, 
desejo maior de 
autonomia e separação
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Aula 13
SEGUNDO REINADO
Pedro I do Brasil .Simplício Rodrigues 
de Sá, c. 1830.
Dom Pedro II do Brasil, 1876. 
Fotografia de Mathew Benjamin Brady
Reflexão: como Dom Pedro II foi envelhecido 
em suas representações para passar a ideia 
de maturidade e sabedoria, e não de um 
adolescente que se tornava Imperador.
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Nada se 
assemelha mais 
a um Saquarema 
(conservador) 
do que um Luzia 
(liberal) no 
poder.
Holanda Cavalcanti
Litografia de August Off, 1877
IMPORTANTE: há muito debate entre 
historiadores sobre as diferenças entre 
os partidos. Mas é importante lembrar 
que a política desse período em grande 
parte não se fazia para a realização de 
grandes objetivos ideológicos. Chegar 
ao poder significava conseguir prestígio 
social e benefícios para si próprio esua 
gente, e não transformar a sociedade e 
fazer grandes reformas. Conservadores 
e liberais usavam os mesmos recursos 
para conseguir vencer as eleições, como 
a violência e concessão de favores. 
Ambos eram da elite e ambos queriam 
a manutenção da ordem e hierarquia 
social e a continuação da escravidão.
• CONSERVADORES: proprietários rurais, 
burocratas do governo, alguns comerciantes 
preocupados com as agitações urbanas. Elite 
do Nordeste e Rio de Janeiro. Queriam maior 
centralização, eram favoráveis ao poder 
moderador.
• LIBERAIS: proprietários rurais e profissionais 
liberais. São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande 
do Sul. Queriam menos centralização (mais 
autonomiza para províncias), criticavam 
o poder moderador, queriam ampliar a 
representação política e pensavam mais na 
opinião pública.
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15 @dedaaladim
Parlamentarismo às avessas: Para diminuir as disputas 
entre liberais e conservadores, Dom Pedro II fazia uso do 
poder moderador para dissolver gabinetes, fazer nomeações 
e reorganizar com frequência o corpo político, revezando 
liberais e conservadores no poder. Tem esse nome pois o 
imperador comandava “de cima para baixo” e o Legislativo 
acabava subordinado ao poder Executivo, ao contrário do 
sistema parlamentar tradicional.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: ainda era apenas a elite 
que participava da política, e ainda assim de forma limitada. 
Muitos grupos sociais como a burguesia cafeeira e a classe 
média urbana começaram a pensar que a monarquia não era 
compatível com o aumento da representação política. Assim, 
ideias republicanas começam a crescer.
Caricatura do imperador Dom Pedro II, publicada em 
“O Mequetrefe”,1878. Cândido Aragonez de Faria
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16 @dedaaladim
REVOLUÇÃO PRAIEIRA: 
ÚLTIMA REBELIÃO 
PROVINCIAL (1848, 
Pernambuco)
• Se inspirou nas revoluções liberais que 
ocorriam na Europa na mesma época.
• Tem esse nome pois os liberais se reuniam 
na Rua da Praia, em Recife.
• A revolta começou quando D. Pedro II 
substituiu o presidente da província 
(liberal) por um ex-regente extremamente 
conservador.
• Os rebeldes queriam formar uma nova 
Constituinte para alterar a Constituição 
brasileira de 1824, colocando liberdade de 
imprensa, acabando com o poder moderador 
e o cargo vitalício de senador, instaurando 
voto livre e universal, etc.
• Houve luta armada e violenta repressão 
imperial: vários líderes foram mortos ou 
presos, mas acabaram sendo anistiados em 
1851.
• A derrota do movimento marcou a vitória 
total do império sobre o regionalismo.
Revolução de Fevereiro de 1848. O evento histórico 
que transformou a França em República influenciou os 
acontecimentos no Brasil. Óleo sobre tela (275 x 630 
cm) de Henri Félix Emmanuel Philippoteaux. Domínio 
público, Museu Carnavalet, Paris
Diário Novo, anúncio publicado em 
19/10/1848. Imagem: Divulgação
Membros da elite, trabalhadores e escravos 
numa cena de rua em frente ao Convento do 
Carmo, Recife. Litografia de Luís Schlappriz, 
década de 1860. Domínio público, Biblioteca 
Nacional Digital
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ECONOMIA DO SEGUNDO REINADO: O CAFÉ 
O café, assim como o açúcar, não é nativo do Brasil, mas se adaptou muito bem à nossa terra e 
clima. O café veio para o Brasil no final do século XVIII e se estabeleceu como principal produto 
de exportação no século XIX.
A melhor região para plantio era o Vale 
do Paraíba, entre RJ, SP e um pouco 
de Minas Gerais e o Oeste Paulista. 
Começou uma grande briga por terras, 
especialmente em São Paulo.
A mão de obra cafeeira era de escravizados 
e de imigrantes. Com a lenta abolição da 
escravidão, o governo começa a fazer 
políticas públicas de incentivo à vinda 
de imigrantes, especialmente italianos e 
alemães.
Grupo de pessoas, possivelmente escravizadas, 
na colheita de café em fazenda não identificada. 
Ferrez, Marc. c. 1882.
Fazenda de Quititi. Leuzinger, Georges. c. 1855
Partida para a colheita do café com carro de boi. 
Ferrez, Marc. c 1885.
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IMIGRAÇÃO:
• LEI DE TERRAS (1850): as terras públicas 
seriam vendidas e não doadas. Isso servia 
não só para acabar com as brigas, mas para 
que os imigrantes que chegavam tivessem 
que trabalhar para os grandes cafeicultores, 
pois não teriam dinheiro para comprar sua 
própria terra. 
• 1ª forma de imigração foi o sistema de parceria, 
que era quase que uma forma de servidão: o 
futuro patrão pagava a viagem dos imigrantes, 
que já chegavam endividados e a dívida só 
ia aumentando, tornando aquelas pessoas 
reféns dos patrões e em situação precária. 
• Depois do fracasso do sistema de parceria 
surge a Imigração Subvencionada, na qual o 
custo da viagem e primeira hospedagem dos 
imigrantes era pago pelo governo.
• A maior parte dos imigrantes não se 
conformava com as condições de vida e 
voltavam. O Governo Italiano chegou a 
divulgar que São Paulo era inóspita e insalubre 
e desaconselhou a imigração para o Brasil. 
Enquanto isso, o Brasil criou a SOCIEDADE 
PROMOTORA DA IMIGRAÇÃO e começou 
a publicar folhetos em alemão e italiano 
mostrando as vantagens da imigração (sem 
mencionar a existência da escravidão).
• A crise econômica que atingiu muitos 
italianos depois da unificação da Itália e o 
pagamento do transporte e hospedagem 
pelo governo brasileiro fizeram milhares de 
pessoas se interessarem pela imigração. Ou 
seja: a esmagadora maioria dos imigrantes 
vinha para o Brasil fugir da pobreza em seu 
país, mas continuavam pobres por aqui. 
• Além da mão de obra, a política pública 
de incentivo à imigração também tinha dois 
objetivos: ocupar o sul do Brasil para que 
sua posse não fosse contestada e, o mais 
importante: embranquecimento da população.
Propaganda na Alemanha para atrair imigrantes para a 
América do Sul, em especial para Santa Catarina.
Poster italiano para imigrantes com destino ao Brasil.
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Observação importante: por mais que o 
hábito de tomar café fosse popular no Brasil, 
o consumo interno não era suficiente para o 
tanto que era produzido, então a cafeicultura 
sempre dependeu da exportação. Além disso, 
a Inglaterra sempre foi consumidora de chá, e 
tinha várias colônias que já exportavam café. 
Isso foi importante, porque o Brasil dependia 
essencialmente da Inglaterra para conseguir 
créditos e empréstimos, e tinha uma enorme 
dívida com os bancos ingleses. 
O crescimento do café somado ao declínio do 
açúcar vai transferir definitivamente o polo 
econômico do Brasil (que era no Nordeste) para 
a região sudeste, onde se encontra até hoje. 
Nesse meio tempo, o Brasil vai passar por uma 
fase desenvolvimento industrial, a ERA MAUÁ 
(1850-60):
• O nome vem do grande impulsionador do 
período, o empresário Irineu Evangelista de 
Souza, Barão de Mauá.
• Houve grande desenvolvimento da malha 
ferroviária brasileira (com investimentos da 
Inglaterra ou dinheiro emprestado deles).
• Houve desenvolvimento também do telégrafo 
e foram instalados cabos submarinos para 
permitir comunicações diretas entre Brasil 
e Europa, além de gás canalizado para 
iluminação pública das grandes cidades, 
a criação da companhia de navegação no 
Amazonas, instalação de bondes no Rio de 
Janeiro e outros empreendimentos.
No meio disso tudo,estoura a Guerra 
do Paraguai.
 Barão de Mauá - Assembléia Geral Legislativa 
Galeria dos Representantes da Nação (1861) 
São Pedro do Sul. Litografia de Sisson.
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Aula 14
GUERRA DO PARAGUAI (1865-1870)
A guerra mais violenta da história da América 
do Sul! E a guerra mais violenta que ocorreu 
no mundo entre a Guerra de Secessão dos 
Estados Unidos e a Primeira Guerra Mundial.
IMPORTANTE: uma guerra cheia 
de controvérsias historiográficas! 
Atualmente, a historiografia inclusive 
prefere chamar o conflito de “Guerra 
da Tríplice Aliança” para romper com 
a culpabilização do Paraguai por todo 
o conflito.
Países envolvidos: Paraguai, Brasil, 
Uruguai e Argentina (e Inglaterra 
esteve envolvida indiretamente).
Cópia do original de Victor Meirelles: a Batalha Naval 
do Riachuelo, por Oscar Pereira da Silva
A região platina em 1864. As áreas 
sombreadas são territórios disputados.
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ANTECEDENTES
O PARAGUAI era comandado pela família Lopez desde sua 
independência e Francisco Solano Lopez governava de forma ditatorial 
(mas oficialmente era um presidente vitalício). O país estava em grande 
crescimento econômico e estava desenvolvendo também suas forças 
militares. 
O URUGUAI tinha um governo apoiado por Lopez: Partido dos Blancos. 
Os blancos tinham acordos de navegação com o Paraguai (que não tem 
acesso ao mar), e tanto Brasil quanto Argentina eram favoráveis ao 
grupo rival dos Blancos - os Colorados.
O governo da ARGENTINA era apoiado pelos colorados, enquanto 
Lopez apoiava os federalistas, um grupo rival. 
BRASIL: estava em pleno segundo reinado, e tinha muitíssimo interesse 
na bacia platina e suas rotas comerciais. 
Batalha de Lomas Valentinas, por Diógenes Hequet Batalha de Curupaiti periódico: Cabichuí, 
ano 10, N. 40, 23 de Setembro de 1867
O interior do Forte de Curuzu, por Cándido López
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A GUERRA
Em 1864 estoura uma guerra civil no Uruguai: 
Blancos x Colorados. O Brasil intervém e 
ajuda os colorados a derrotarem os Blancos, o 
que é condenado pelo Paraguai, que faz uma 
retaliação e confisca vários navios brasileiros. 
Em novembro de 1964 é sequestrado o barco 
que transportava o presidente da província de 
Mato Grosso, que acaba morrendo numa prisão 
paraguaia. Semanas depois disso, o exército 
paraguaio invadiu o Mato Grosso. Isso não era 
esperado, achavam que o Paraguai atacaria pelo 
sul do Brasil, e o centro oeste do Brasil tinha 
dificuldade de comunicação com o resto do país.
Como o Paraguai era extremamente 
militarizado, já enviou de cara um exército 
treinado e numeroso, e por isso o Brasil sofreu 
muitas derrotas no início da guerra (até porque 
quem lutou primeiro eram os fazendeiros 
e habitantes locais das primeiras cidades 
atacadas). Dessa forma, a Guerra vai obrigar o 
Brasil a aumentar e modernizar seu exército. 
Em seguida, as forças de Solano López foram 
em direção ao Rio Grande do Sul e ao Uruguai. 
Solano enviou milhares de soldados para o 
Uruguai com o objetivo de socorrer os blancos 
na guerra contra o Brasil e os colorados. Isso 
fez o Uruguai entrar na guerra, pois foi invadido 
pelo Paraguai. Além disso, Lopez pediu ao 
presidente argentino permissão para passar 
por lá com seu exército. O presidente negou o 
pedido, visto que os argentinos eram aliados 
aos colorados. Por isso, Solano Lopez declara 
guerra à Argentina e a invade. 
Assim surge a Tríplice Aliança, formada por 
Brasil, Argentina, e os colorados uruguaios, 
para lutar contra os paraguaios. 
Uma coisa que mudou eternamente a história do 
Brasil foi a criação do grupo de Voluntários da 
Pátria, que mobilizou quase 200 mil pessoas, 
inclusive com vários ESCRAVIZADOS que 
lutaram com a promessa de liberdade depois 
da guerra. 
Guerra do Paraguai (1864-70). Uma unidade de 
cavalaria paraguaia (à esquerda) é atacada por 
um soldado montado aliado (à direita). Após 
os primeiros anos de guerra, os paraguaios 
eram obrigados a comer seus cavalos para 
sobreviverem. Nos últimos anos do conflito, 
também faltavam homens. Extraído de Harper’s 
New Monthly Magazine, Vol. 40 (1870).
Português: Mapa da Batalha do Avaí. José Maria da 
Silva Paranhos (1845-1912), Barão do Rio Branco.
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Desenho de Ângelo Agostini, Vida Fluminense, 11 de 
junho de 1870. In SALLES, Ricardo. A Guerra do Paraguai: 
Memórias e Imagens. Rio de Janeiro: Edições Biblioteca 
Nacional, 2003, p. 191.
Nisso entra também a Inglaterra, que 
estava com seus negócios parados por 
causa da guerra e decidiu começar a 
ganhar dinheiro com ela, investindo nos 
exércitos e emprestando dinheiro para 
os países da tríplice aliança. O Brasil já 
tinha uma enorme dívida com a Inglaterra 
que só cresceu, e a Argentina também se 
endividou. 
O Brasil venceu muitas batalhas, as 
mais famosas foram as do Riachuelo e 
do Tuiuti. Grandes líderes brasileiros da 
guerra foram o Duque de Caxias (que 
abandonou a guerra no fim e foi para um 
cargo administrativo por não ver sentido 
na matança) e o conde D’Eu (que o 
substituiu), marido da princesa Isabel.
A Tríplice Aliança acaba vencendo a 
guerra e matando Francisco Solano 
Lopez em 1870.
Momento decisivo da batalha naval do Riachuelo quando 
Barroso põe a pique o Jejui. Almirante Trajano Augusto de 
Carvalho, 1865.
Soldados uruguaios entrincheirados 
 durante a batalha de Tuiuti. 
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FIM DA GUERRA E 
CONSEQUÊNCIAS 
O número de mortos da guerra não é preciso, 
mas estima-se que o Brasil perdeu cerca de 50 
mil soldados e a Argentina 18 mil. Já o Paraguai 
teve mais de 100 mil mortos – alguns falam 
em até 300 mil, o que era basicamente 1/3 da 
sua população, e vai causar uma paralisação 
no desenvolvimento do país, além das perdas 
materiais e territoriais. 
Não só o Paraguai teve atraso econômico 
por causa das mortes e da perda da guerra, 
mas Brasil e Argentina também, por causa 
do comércio interrompido, gastos militares e 
dívidas que fizeram com a Inglaterra.
A consequência da guerra para Argentina e 
Uruguai foi a consolidação definitiva de seus 
territórios e governos. A disputa entre blancos 
e colorados acabou no Uruguai, enquanto os 
federalistas argentinos foram derrotados.
Prisioneiros de guerra paraguaios no início da Guerra do Paraguai. 
Os soldados do andar superior são brasileiros. Bate & Cia, 1866
Após a guerra, os combatentes ex-escravizados 
evidenciaram ainda mais a contradição da 
escravidão no país, e o exército brasileiro 
passou a defender a abolição da escravidão.
O exército também sofreu uma decepção: 
voltou ao Brasil como herói, mas não recebeu 
o reconhecimento, benefícios e a participação 
política desejada. Spoiler: em breve eles farão 
um golpe e tirarão o imperador do poder.
Mangrulho argentino e Hospital de sangue Brasileiro 
em Tuiuti. Bate & Cia, 1866
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Aula 15
ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Castigo de Escravo. Jacques Arago 1839
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Bula Dum Diversas: 1452 – Papa dá a Portugal 
o direito de conquistar territórios pagãos e 
escravizar suas populações:
(...) outorgamos por estes documentos 
presentes, com a nossa Autoridade 
Apostólica, permissão plena e livre 
para invadir, buscar, capturar e subjugar 
sarracenos e pagãos e outros infiéis e 
inimigos de Cristo onde quer que se 
encontrem, assim como os seus reinos, 
ducados, condados, principados, e 
outros bens [...] e para reduzir as suas 
pessoas à escravidão perpétua. Escravidão no Brasil, Jean-Baptiste Debret
A execução da punição do chicote; 
Negros ao tronco. Jean-Baptiste 
Debret 1835.
O Brasil era um país ESCRAVISTA: com escravizados sendo 
parte considerável da população e estando envolvidos na 
atividade econômica principal.
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Escravidão em África. O Tratado, ilustração gravada vintage. 
Journal des Voyage, Travel Journal, (1880-81).
Algumas características:
• Tráfico de escravizados pelos navios 
negreiros: altamente lucrativo.
• “Escravos de ganho”.
• Escravizados eram muitas vezes mão de obra 
especializada.
• Alforria: a compra da liberdade. Entretanto, 
mesmo quando o escravizado tinha dinheiro 
para comprá-la, o dono tinha que concordar.
• Formas de violência contra as pessoas 
escravizadas: violência cultural, religiosa, 
linguística, castigos físicos, negligência e até 
mesmo violência sexual.
• Houve inúmeras formas de resistência: 
suicídio, aborto, organizações de escravizados, 
revoltas e rebeliões, quilombos, capoeira.
Fotografia tirada clandestinamente por Marc Ferrez, 1882.
Babá brincando com criança em 
Petrópolis, clicada em 1899 por 
Jorge Henrique Papf.
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Lilia Schwarcz
Heloisa M. Starling
O quilombo significou uma alternativa concreta à ordem escravista – 
e, por isso, tornou-se um problema real e bastante amedrontador para 
a sociedade colonial e para as autoridades, que precisavam combatê-
lo de modo sistemático. Mas, ao mesmo tempo, o quilombo era parte 
da sociedade que o reprimia, em função dos diversos vínculos que 
tinha com os diferentes setores desta. Tais vínculos, de natureza muito 
variada, incluíam a criação de toda sorte de relações comerciais com as 
popula ções vizinhas, a formação de redes mais ou menos complexas 
para obtenção de informações e, como não poderia deixar de ser, 
 o cultivo de um sem-número de laços afetivos e amorosos que 
se entrecruzavam nas periferias urbanas e nas fazendas.
Trecho retirado de “Brasil: uma biografia”
Após ter sido uma das maiores traficantes de 
pessoas escravizadas, a Inglaterra passará, no 
final do século XVIII, a combater a escravidão. 
MOTIVOS:
• Questão humanitária.
• Pensamento iluminista.
• Transformação nas formas de trabalho 
pós-revolução Industrial.
• Interesse no aumento do mercado 
consumidor e fontes de matéria prima e mão 
de obra barata.
• Diminuir a competição do açúcar brasileiro 
com o de suas colônias que haviam abolido a 
escravidão.
• O fim do tráfico faria aquela enorme 
quantidade de dinheiro ser investida em 
outros mercados.
A INGLATERRA E A ESCRAVIDÃO
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LEI PARA INGLÊS VER
Desde a chegada da corte no Brasil em 1808, a Inglaterra já pressionava a Coroa pelo fim da 
escravidão, e sendo Portugal de certa forma dependente da Inglaterra, esse pedido não poderia 
ser ignorado. Por isso, em 1810 e 1815 são feitos tratados que deveriam, em teoria, acabar com o 
tráfico de escravos da Costa africana para o Brasil. Na prática, não apenas nada foi cumprido como, 
com medo do fim do tráfico, a 
elite passou a comprar ainda 
mais escravizados, achando 
que em breve esse comércio se 
encerraria. 
PROCESSO DE ABOLIÇÃO
O Brasil foi o último país da América a abolir a escravidão. O grande medo da 
elite era que, se um escravizado é liberto pelo seu senhor, isso geraria respeito 
e obediência, enquanto a liberdade pela lei poderia dar aos escravizados a 
perigosa ideia de que eles são pessoas com direitos! Além disso, o fim da 
escravidão geraria uma perda patrimonial dos senhores, e possível pedido de 
indenização daqueles que passaram anos sendo tratados como objetos. 
Dom Pedro II se viu numa situação complicada: muitos queriam a manutenção 
da escravidão e muitos queriam a abolição, e ele não podia perder o apoio 
de ninguém. Dessa forma, o fim da escravidão no Brasil se deu de forma 
LENTA E GRADUAL. Assim, Pedro podia dizer à Inglaterra que os estava 
obedecendo-os e manter o apoio da elite que queria a escravidão.
O jantar. Passatempos depois 
do jantar. Jean-Baptiste Debret 
1834
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LEIS QUE ABOLIRAM 
LENTAMENTE A ESCRAVIDÃO
1810: Lei Feijó (para Inglês ver).
1845: Lei Bill Aberdeen (INGLESA) - permitiu à Inglaterra barrar 
navios negreiros vindos para a América, e eles seriam julgados 
em tribunais ingleses.
1850: Lei Eusébio de Queirós – de fato acabou com o tráfico negreiro 
e impediu que chegassem escravizados africanos ao Brasil, mas 
como os que já estavam aqui seguiam escravizados, o tráfico 
de pessoas passou a ser interno, especialmente os decadentes 
senhores de engenho nordestinos vendendo seus escravizados 
para a elite paulista e carioca.
1871: Lei do Ventre Livre - bebês nascidos a partir da lei seriam “livres”, 
mas com um detalhe: ou o senhor libertava a criança aos 6 anos 
e ganhava uma indenização ou só a libertava aos 21 anos.
1885: Lei dos Sexagenários - libertava os escravizados maiores de 60 
anos. Essa lei foi uma chacota, não só porque a expectativa de vida 
dos escravos era baixíssima, mas porque era um alívio econômico 
para os senhores não ter de sustentar os escravizados idosos. 
1888: Lei Áurea: liberdade sem restrições, sem indenizações (nem 
para os senhores nem para as vítimas) e sem inserção do negro 
na sociedade.
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PÓS ABOLIÇÃO: muitos ex escravizados 
se tornaram dependentes de seus antigos 
senhores. As atividades antes realizadas por 
eles sofrem até hoje grande estigma e eram 
vistas como inferiores. Além disso, a população 
negra não tinha nenhum direito social, nenhum 
patrimônio e, sem serem alfabetizados, 
não tinham direitos políticos. A forma como 
a abolição ocorreu solidificou o racismo 
que até hoje existe na nossa sociedade. O 
preconceito alimenta a desigualdade social, e a 
desigualdade social alimenta o preconceito
Podemos ver racismo inclusive na forma como 
a Princesa Isabel (que assinou a Lei Áurea) foi 
endeusada como bondosa e libertadora, sendo 
que a abolição não ocorreu por altruísmo da 
Coroa e sim por mobilização da sociedade - 
especialmente da população negra do Brasil. 
Nesse sentido, destacam-se nomes como 
Zumbi dos Palmares, Dandara, Luis Gama, 
Andre Rebouças, Maria Firmina dos Reis, Maria 
Tomásia e tantos outros.
Negros de Porto Alegre em 1895. Herr Colembusch
Antonio Luiz Ferreira. Missa campal celebrada em ação de graças pela Abolição 
da Escravatura no Brasil, 1888. Campo de São Cristóvão, Rio de Janeiro-RJ
Reflexão: ninguém admite ser racista, mas as pessoas brancas 
gostariam de ser tratadas como uma pessoa negra é tratada no Brasil?
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Aula 16
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
O resumo da história é: o Segundo Reinado 
vai cair porque Dom Pedro II vai perder o apoio 
de todas as camadas que o apoiavam no poder, 
especialmente a elite, o exército e a Igreja.
ELITE: vai deixar de apoiar o Império pelo 
baque econômico que levaram com a abolição 
da escravidão - ainda mais porque não houve 
indenização a eles. Além disso, muitos queriam 
maior participação política, coisa que era 
incompatível com a monarquia brasileira. 
EXÉRCITO: já estavam descontentes pós-
guerra do Paraguai, eram a favor da abolição da 
escravidão e, mais importante, vão começar a se 
organizar politicamente e querer participar do 
governo, coisa que não cabia na monarquia que 
o Brasil tinha. Dentro do exército vão crescer 
as ideias positivistas e republicanas, tanto que 
serão eles a instaurar a república no país.
IGREJA: de acordo com a Constituição de 
1824, o Estado tinha o direito de definir muita 
coisa dentro da igreja, como indicar bispos e 
arcebispos e validar os decretos eclesiásticos. 
A Igreja queria prestar obediência somente ao 
papa, e não ao imperador. O próprio papa vai 
emitir um decreto (Bula Syllabus) criticando a 
interferência do Estado na Igreja e condenando 
a maçonaria (uma organização muito influente 
no Brasil). Essa bula não foi reconhecida pelo 
imperador, e houve um conflito (a chamada 
Questão Religiosa) quando o Bispo de Olinda 
foi preso por obedecer a bula e até o Vaticano 
interveio para libertá-lo. Essa crise foi a cereja 
no bolo para a Igreja romper com Dom Pedro II, 
tanto que o Bispo diz na saída da cadeia que “a 
crise abalou o trono, mas deixou o altar de pé”.
Capa da Constituição da República 
do Brasil, de 1891.
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Além disso, crescia o republicanismo no 
Brasil, que ficou marcado pelo surgimento do 
PRP (Partido Republicano Paulista) em 1873 
e pelo crescimento do positivismo dentro das 
forças armadas. 
Com o apoio da elite, no dia 15 de novembro 
de 1889 os militares, liderados pelo Marechal 
Deodoro da Fonseca, fazem um golpe de 
Estado e instalam a República no Brasil. Dom 
Pedro II, Princesa Isabel e o resto da família 
real são mandados para exílio na Europa. 
 Entrega da mensagem à D. Pedro II, pelo Major Solon, no 
dia 6 de novembro de 1889. Urias Antonio da Silveir, 1890.
Proclamação da República, por Henrique Bernardelli. 
Na imagem, o presidente do Brasil, marechal 
Deodoro da Fonseca (1889-1891). Tela de 1890.
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Eu queria dar a esta data a denominação 
seguinte: 15 de novembro do primeiro ano da 
República; mas não posso, infelizmente, fazê-lo. 
Por ora, a cor do Governo é puramente militar e 
deverá ser assim. O fato foi deles, deles só, porque 
a colaboração do elemento civil foi quase nula. 
O povo assistiu bestializado, atônito, surpreso, 
sem conhecer que significava. Muitos acreditavam 
sinceramente estar vendo uma parada.
NÃO HOUVE PARTICIPAÇÃO POPULAR:
Proclamação da República. Benedito Calixto, 1893.
Aristides Lobo
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36 @dedaaladim
2 - (UNESP 2021)
Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos 
conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma 
necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da 
violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também 
para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas 
do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da 
Palavra, 2013 (adaptado).
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a):
a) expressão do valor das festividades da população pobre.
b) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
c) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
d) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
e) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.
O quilombo significou uma alternativa concreta à ordem escravista – e, por isso, tornou-se um 
problema real e bastante amedrontador para a sociedade colonial e para as autoridades, que 
precisavam combatê-lo de modo sistemático. Mas, ao mesmo tempo, o quilombo era parte da 
sociedade que o reprimia, em função dos diversos vínculos que tinha com os diferentes setores 
desta. Tais vínculos, de natureza muito variada, incluíam a criação de toda sorte de relações 
comerciais com as populações vizinhas, a formação de redes mais ou menos complexas para 
obtenção de informações e, como não poderia deixar de ser, o cultivo de um sem-número de 
laços afetivos e amorosos que se entrecruzavam nas periferias urbanas e nas fazendas.
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018.)
Os quilombos existentes no Brasil colonial podem ser caracterizados como espaços
a) de permanência provisória, a que os fugitivos re corriam até que conseguissem alforria ou 
pudessem escapar para países vizinhos, onde a escravidão já havia sido abolida.
b) tolerados pelos organismos policiais e repressivos da colônia, pois continham áreas 
importantes de produção de alimentos, que contribuíam para alimentação dos escravizados.
c) articulados à ordem estabelecida da sociedade colonial, pois resultavam da lógica do 
escravismo e, ao mesmo tempo, mantinham conexões regulares com comunidades e 
cidades próximas.
d) de refúgio, que conseguiam sustentar-se e garantir a sobrevivência daqueles que neles se 
abrigavam, a partir da autossuficiência econômica e do completo isolamento.
e) de extrema violência, cujos moradores sofriam tanto com os ataques sistemáticos de 
bandeirantes quanto com a tirania dos chefes, que reproduziam internamente a lógica 
escravista da sociedade.
1 - (Enem 2018)
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4 - (Enem digital 2020)
[...] as irmandades de negros eram espaços permitidos dentro da legalidade, nos quais o escravo 
podia manifestar-se fora de suas relações de trabalho. [...] Em certo sentido, era através da 
religião católica que o escravo encontrava algum lenitivo para sua situação. Tudo indica que 
a permissão para a criação das irmandades de negros tenha sido dada com o intuito de obter 
melhores resultados na cristianização dos escravos [...]. Paradoxalmente, os negros utilizaram as 
irmandades para resguardar valores culturais, em especial suas crenças religiosas. [...] Tudo leva 
a crer que, a partir da realidade vivida naquela época, bem como considerando as dificuldades, o 
negro recriou e reinterpretou a cultura dominante, adequando-a à sua maneira de ser.
(Ana Lúcia Valente. “As irmandades de negros: resistência e repressão”. In: Horizonte, v. 9, no 21, 2011.)
Segundo o excerto, as irmandades religiosas de negros, no Brasil colonial, eram
a) organizações culturais destinadas à difusão do catolicismo e, paralelamente, à valorização 
do sincretismo religioso.
b) confrarias em que era proibido, por ordens metropolitanas, o contato direto entre escravizados.
c) templos em que era permitida, pelas autoridades coloniais, a realização de cultos religiosos 
de origem africana.d) espaços de imposição de princípios europeus aos escravizados e, simultaneamente, de 
manifestação de traços culturais de matriz africana.
e) instituições de apoio e auxílio aos escravizados, criadas e mantidas por meio da atuação 
catequizadora dos jesuítas espanhóis.
3 - (Enem 2018)
Lei n. 3 353, de 13 de maio de 1888 A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade 
o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia-
Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil. 
Art. 2º: Revogam-se as disposições em contrário. Manda, portanto, a todas as autoridades, a 
quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir 
e guardar tão inteiramente como nela se contém.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º ano da Independência e do 
Império. Princesa Imperial Regente. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 6 fev. 2015 (adaptado).
Um dos fatores que levou à promulgação da lei apresentada foi o(a)
a) abandono de propostas de imigração.
b) fracasso do trabalho compulsório.
c) manifestação do altruísmo britânico.
d) afirmação da benevolência da Corte.
e) persistência da campanha abolicionista.
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5 - (Enem digital 2020)
Lei n. 3 353, de 13 de maio de 1888 A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade 
o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia-
Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil. 
Art. 2º: Revogam-se as disposições em contrário. Manda, portanto, a todas as autoridades, a 
quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir 
e guardar tão inteiramente como nela se contém.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º ano da Independência e do 
Império. Princesa Imperial Regente. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 6 fev. 2015 (adaptado).
Um dos fatores que levou à promulgação da lei apresentada foi o(a):
a) abandono de propostas de imigração.
b) fracasso do trabalho compulsório.
c) manifestação do altruísmo britânico.
d) afirmação da benevolência da Corte.
e) persistência da campanha abolicionista.
[...] A noite de 12 de novembro de 1823 ficou conhecida como a Noite da Agonia, marcada 
pela invasão, ordenada por D. Pedro I, do plenário da Assembleia Constituinte, provocando 
sua dissolução. No dia seguinte, o Imperador impôs medidas de vigilância sobre reuniões 
políticas e até prisão para quem se envolvesse em polêmicas públicas. Pouco mais de 4 meses 
depois, no dia 25 de março do ano seguinte, era outorgada a Constituição Política do Império 
do Brasil.
Como consequência dessas atitudes de D. Pedro I:
a) ocorreu um movimento revolucionário, republicano e separatista em algumas províncias do 
Nordeste brasileiro, denominado Confederação do Equador.
b) explodiu, em Salvador, a Conjuração baiana, ou revolta dos Alfaiates, que pretendia a 
separação da província da Bahia do restante do Brasil.
c) em julho de 1824, os estancieiros gaúchos rebelaram-se contra o império, proclamando a 
autonomia política da província e a criação da República Juliana.
d) eclodiu a Revolução Pernambucana, ou Revolução dos Padres, motivada pelos ideais 
iluministas, com apoio internacional dos Estados Unidos.
6 - (UECE 2022)
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7 - (ENEM 2016)
Com seu manto real em verde e amarelo, as cores 
da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que 
lembravam também os tons da natureza do “Novo 
Mundo”, cravejado de estrelas representando o 
Cruzeiro do Sul e, finalmente, com o cabeção de 
penas de papo de tucano em volta do pescoço, 
D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. O 
monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos 
de café e tabaco, coroado como um César em meio 
a coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se 
em sinônimo da nacionalidade.
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, 
um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 
(adaptado).
No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras 
e alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era
a) exaltar o modelo absolutista e despótico.
b) valorizar a mestiçagem africana e nativa.
c) reduzir a participação democrática e popular.
d) mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.
e) obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.
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9 - (Enem (Libras) 2017)
Ao regressar de Minas, D. Pedro I tentou entrar no Rio como nas festas anteriores, que 
referendavam sua soberania. Contudo, as tropas não enfileiraram, não houve parada militar, 
o imperador não se pôde alinhar com seu povo em armas. No decorrer de março, os tumultos 
estendiam-se da noite para o dia, espalhando o medo pela cidade e a impressão de um 
iminente tumulto.
Souza, I. L. C. Pátria coroada: o Brasil como corpo político autônomo (1780-1831). São Paulo: UNESP, 1999, p. 343 (fragmento).
O texto demonstra instabilidades que antecederam à abdicação de D. Pedro I ao trono, em 
1831. Ao longo do Primeiro Reinado, incluem-se como principais motivos do desgaste político 
do imperador:
a) o absolutismo de D. Pedro I devido ao poder moderador; a interferência na política de 
conciliação; o envolvimento do Brasil em movimentos de independências na América 
Espanhola e a Guerra do Paraguai.
b) as reações contrárias à independência do Brasil; as revoltas regenciais caudilhistas; os 
atritos políticos entre conservadores e liberais.
c) a crise da sucessão do trono português; a Revolução Farroupilha; a crise econômico-
financeira; as regências e o golpe da maioridade. 
d) o absolutismo do imperador; o envolvimento de D. Pedro I com a sucessão do trono 
português; a Guerra da Cisplatina e a crise econômico-financeira.
e) a Revolução Liberal do Porto, o parlamentarismo às avessas; a crise econômico-financeira 
e o movimento republicano.
8 - (UFGD 2022)
O major Schaeffer recebeu do governo de D. Pedro I promessas de recompensa financeira 
para cada imigrante recrutado. Para obter maior lucro, montou uma rede de subagentes 
espalhados pela Alemanha a fim de angariar colonos e soldados para emigração. Os alemães 
que aceitavam vir para o sul do país achavam que receberiam 50 hectares de terra, vacas, bois 
e cavalos, auxílio de um franco por pessoa no primeiro ano e de 50 cêntimos no segundo; além 
da isenção de impostos nos primeiros dez anos, liberação do serviço militar, nacionalização 
imediata e liberdade de culto. Entretanto, no decorrer dos anos, vários desses compromissos 
nunca foram cumpridos.
A Hora. Caderno especial: 192 anos de colonização alemã no RS. Disponível em: https://issuu.com. Acesso em: 8 set. 2016 
(adaptado).
Considerando a conjuntura histórica da primeira metade do século XIX, essa política imigratória 
tinha como objetivo:
a) legitimar a utilização do trabalho livre.
b) garantir a ocupação dos territórios platinos.
c) possibilitar a aplicação da reforma fundiária.
d) promover o incremento do comércio fronteiriço.
e) assegurar a modernização das frentes agrícolas.
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11 - (FCMSCSP 2021)
10 - (ENEM 2016 SEGUNDA APLICAÇÃO)
Segundo a charge, os últimos anos daMonarquia foram marcados por:
a) debates promovidos em espaços públicos, 
contando com a presença da família real.
b) atividades intensas realizadas pelo 
Conde D’Eu, numa tentativa de salvar o 
regime monárquico.
c) revoltas populares em escolas, com o 
intuito de destituir o monarca do poder e 
coroar o seu genro.
d) críticas oriundas principalmente da 
imprensa, colocando em dúvida a 
continuidade do regime político.
e) dúvidas em torno da validade das 
medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o Conde D’Eu assumisse o governo.
Observe a litografia de Jean-Baptiste 
Debret, intitulada Empregado do governo 
saindo a passeio, de 1835.
A imagem, produzida durante o 
Brasil Império, mostra duas características 
da sociedade colonial que persistiram após 
a independência política:
a) a cordialidade e o servilismo.
b) a desigualdade social e a harmonia das raças.
c) a informalidade e a religiosidade.
d) o privilégio do setor público e o autoritarismo.
e) o patriarcalismo e o escravismo.
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13 - (PUC-RS 2021)
12 - ( ENEM PPL 2020)
Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam contra o arbítrio do governo também eram 
proprietários de escravos. Levavam seu protesto às autoridades policiais pelo recrutamento 
sem permissão. Conseguimos levantar, em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio 
de Janeiro, 140 casos de escravos aprisionados e remetidos à Corte para serem enviados aos 
campos de batalha.
SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai. Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.
Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto destaca o descontentamento com 
a mobilização para a Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos
a) pais, pela separação forçada dos filhos.
b) cativos, pelo envio compulsório ao conflito.
c) religiosos, pela diminuição da frequência aos cultos.
d) oficiais, pelo despreparo militar dos novos recrutas.
e) senhores, pela perda do investimento em mão de obra.
A abdicação de D. Pedro I do trono de Imperador do Brasil, em 1831, estava relacionada:
a) às exigências de atrelamento da economia brasileira à portuguesa, por parte da elite 
portuguesa unificada após a Revolução do Porto.
b) aos interesses do Império Inglês em expandir sua área de influência econômica e política no 
Brasil, liberando-o da dependência histórica da economia portuguesa.
c) às reformas liberalizantes impostas pelo ministério dos Marqueses, que limitaram o poder 
constitucional de D. Pedro I.
d) à política excessivamente centralista do monarca e aos conflitos entre os seus apoiadores 
políticos lusitanos e os grandes proprietários de terras que formavam a elite local.
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14 - (Enem 2017)
Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio da compra 
com pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra 
para os trabalhadores escravos que conquistavam a liberdade.
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.
O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de:
a) reforma agrária.
b) expansão mercantil.
c) concentração fundiária.
d) desruralização da elite.
e) mecanização da produção.
15 - (IFBA 2020)
Sobre os movimentos indicados no mapa, 
podemos afirmar:
a) Foram rebeliões nativistas. Observa-se que 
tais movimentos expressaram a insatisfação 
dos colonos com a administração colonial.
b) Foram rebeliões ocorridas no período 
regencial, motivadas pela falta de um 
governo forte e pela pobreza da maioria 
da população.
c) Foram movimentos que defendiam a instituição da República e o fim da escravidão no 
Brasil.
d) Foram movimentos integrados, desse modo, todos tinham o interesse de instituir uma 
monarquia parlamentarista no Brasil.
e) Foram movimentos separatistas, ou seja, lutavam pela separação da colônia da metrópole 
portuguesa.
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16 - (Enem digital 2020)
Depois da Independência, em 1822, o país enfrentaria problemas que com frequência 
emergiram durante a formação dos Estados nacionais da América Latina. Em muitas regiões 
do Brasil, essas divergências foram acompanhadas de revoltas, inclusive contra o imperador D. 
Pedro I. Com a abdicação deste, em 1831, o país atravessaria tempos ainda mais turbulentos 
sob o regime regencial.
REIS, J. J. Rebelião escrava no Brasil: a história do Levante dos Malês em 1835. São Paulo: Cia. das Letras, 2003 (adaptado).
A instabilidade política no país, ao longo dos períodos mencionados, foi decorrente da(s):?
a) disputas entre as tendências unitarista e federalista.
b) tensão entre as forças do Exército e Marinha nacional.
c) dinâmicas demográficas nas fronteiras amazônica e platina.
d) extensão do direito de voto aos estrangeiros e ex-escravos.
e) reivindicações da ex-metrópole nas esferas comercial e diplomática.
17 - (FUVEST 2022))
A revolta dos Malês, ocorrida em Salvador em 1835:
a) foi uma revolta organizada por escravizados e libertos, contra a escravidão e a imposição 
da religião católica.
b) expressava as aspirações de liberdade dos escravos urbanos impedidos de comprar as 
suas cartas de alforria.
c) externava a indignação da população urbana branca com as práticas da violência e dos 
castigos públicos.
d) reivindicava mais autonomia para as províncias, contrapondo-se à política centralizadora 
empregada pelos gestores imperiais.
e) fracassou em decorrência das dificuldades encontradas na arregimentação de escravos dos 
engenhos do Recôncavo.
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18 - (Enem 2016))
A África Ocidental é conhecida pela dinâmica das suas mulheres comerciantes, caracterizadas 
pela perícia, autonomia e mobilidade. A sua presença, que fora atestada por viajantes e por 
missionários portugueses que visitaram a costa a partir do século XV, consta também na ampla 
documentação sobre a região. A literatura é rica em referências às grandes mulheres como as 
vendedoras ambulantes, cujo jeito para o negócio, bem como a autonomia e mobilidade, é tão 
típico da região.
HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agência feminina e representações em mudança na Guiné (séculos XIX 
e XX). In: PANTOJA. S. (Org.). Identidades, memórias e histórias em terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006.
A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da África Ocidental pode ser relacionada 
a uma característica marcante das cidades no Brasil escravista nos séculos XVIII e XIX, que se 
observa pela:
a) restrição à realização do comércio ambulante por africanos escravizados e seus descendentes.
b) convivência entre homens e mulheres livres, de diversas origens, no pequeno comércio.
c) presença de mulheres negras no comércio de rua de diversos produtos e alimentos.
d) dissolução dos hábitos culturais trazidos do continente de origem dos escravizados.
e) entrada de imigrantes portugueses nas atividades ligadas ao pequeno comércio urbano.
19 - (UFU 2019)
“[...] foi o mais notável movimento popular do Brasil. O único em que as camadas mais inferiores 
da população conseguiram ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade. [...] 
primeira insurreição popular que passou da simples agitação para uma tomada efetiva de 
poder.” 
PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução Política do Brasil e outros estudos.São Paulo: Brasiliense, 1975. p. 69. (Adaptado)
A citação acima diz respeito à Cabanagem, uma das principais revoltas ocorridas no chamado 
Período Regencial Brasileiro. Acerca desse movimento, é correto afirmar que 
a) ocorreu na cidade de Salvador, em 1835, com significativa participação de africanos 
escravizados de origem muçulmana. O levante durou menos de 24 horas e foi duramente 
reprimido. Os revoltosos sobreviventes foram mortos, presos ou degradados.
b) ocorreu no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841 e foi liderado por homens pobres (com 
apoio de escravos, de vaqueiros e mesmo de alguns fazendeiros) que enfrentaram grandes 
proprietários de terra, comerciantes e autoridades políticas.
d) ocorreu na província da Bahia entre os anos de 1837 e 1838. Seu objetivo era, dentre 
outros, a criação de uma república de caráter transitório até que Dom Pedro II alcançasse a 
maioridade.
d) ocorreu na província do Grão-Pará, entre 1835 e 1840, em decorrência da exploração sofrida 
pelos trabalhadores submetidos a um regime de trabalho de semiescravidão. Esses foram 
violentamente reprimidos e aproximadamente 30 mil pessoas morreram assassinadas por 
tropas imperiais e em incêndios.
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20 - (UNESP 2021)
No que dizia respeito ao Estado a ser construído, genericamente o modelo disponível era 
aquele que prevalecia no mundo ocidental. Tratava-se de organizar um aparato político-
administrativo com jurisdição sobre um território definido, que exercia as competências 
de ditar as normas que deveriam regrar todos os aspectos da vida na sociedade, cobrar 
compulsoriamente tributos para financiá-lo e às suas políticas, exercer o poder punitivo para 
aqueles que não respeitassem as normas por ele ditadas.
(Miriam Dolhnikoff. História do Brasil império, 2019.)
O texto refere-se à organização política do Brasil após a independência, em 1822. O novo 
Estado brasileiro foi baseado em padrões:
a) federalistas e garantia completa autonomia às províncias.
b) liberais e contava com sistema político representativo.
c) absolutistas e fundava-se no exercício dos três poderes pelo imperador.
d) elitistas e era controlado apenas pelos portugueses residentes no país.
e) democráticos e permitia a ampla participação da população brasileira.
21 - (Enem PPL 2021)
No Império do Brasil, apesar do apego a certo ideário do Antigo Regime, as ideias e práticas 
políticas inéditas que se moldaram e se redefiniram naquela conjuntura acabaram por converter 
a Coroa em Estado e fizeram com que a política deixasse os círculos palacianos privados 
para emprestar uma nova dimensão à praça pública. Por conseguinte, o novo império não 
mais podia fugir à obrigação de conduzir a sociedade, fazendo-se reger por uma Constituição, 
ainda que outorgada, e articulando-se por meio de uma divisão de poderes que respeitasse, 
a princípio, pelo menos, a participação daqueles considerados cidadãos.
NEVES, L. M. B. P. O governo de D. João: tensões entre ideias liberais e práticas do Antigo Regime. In: CARVALHO, J. M.; 
CAMPOS, A. P. (Org.). Perspectiva da cidadania no Brasil Império. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
Com base no texto, na formação do Estado brasileiro prevaleceram ideias e práticas derivadas 
dos princípios:
a) iluministas.
b) federalistas.
c) republicanos.
d) democráticos.
e) abolicionistas.
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22 - (PUC-RS 2014)
Depois de declarada a Independência do Brasil, foi necessário dar uma ordenação legal ao 
novo país por meio da sua primeira constituição. Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar 
que:
a) O primeiro projeto de constituição recebeu o nome de Constituição da Mandioca, porque 
estabelecia que, para votar ou se eleger, a pessoa deveria comprovar uma renda mínima, 
equivalente a determinada quantidade de alqueires plantados desse vegetal.
b) A Assembleia Legislativa reunida em 1823 para elaborar a primeira Constituição do 
Brasil foi dissolvida por D. Pedro I, por ter proposto um projeto que privilegiava os grandes 
proprietários de terra e excluía os pobres da participação política.
d) A primeira Constituição do Brasil foi outorgada por D. Pedro I e estabelecia o voto censitário 
e a formação de quatro poderes – Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador –, ficando os 
dois últimos sob controle do Imperador.
d) A primeira Constituição brasileira, estabelecida em 25 de março de 1824, instituiu 
uma monarquia hereditária no Brasil e o catolicismo como religião oficial do novo País, 
subordinando a Igreja ao controle do Estado.
e) Instituído pela Constituição outorgada de 1824, o Poder Moderador garantia a D. Pedro I o 
direito de nomear ministros, dissolver a Assembleia Legislativa, controlar as Forças Armadas e 
nomear os presidentes das províncias, favorecendo a concentração de poderes no Imperador.
23 - (Enem 2021)
Durante os anos de 1854-55, o governo brasileiro – por meio de sua representação diplomática 
em Londres – e os livre-cambistas ingleses – nas colunas do Daily News e na Câmara dos 
Comuns – aumentaram a pressão pela revogação da Lei Aberdeen. O governo britânico, 
entretanto, ainda receava que, sem um tratado anglo-brasileiro satisfatório para substituí-la, 
não haveria nada que impedisse os brasileiros de um dia voltarem aos seus velhos hábitos.
As tensões diplomáticas expressas no texto indicam o interesse britânico em:
a) estabelecer jurisdição conciliadora.
b) compartilhar negócios marítimos.
c) fomentar políticas higienistas.
d) manter a proibição comercial.
e) promover o negócio familiar.
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24 - (FMP 2022)
Leia a reportagem sobre o lançamento do quadrinho Rocha Navegável. 
Lançada no final de 2020 pela editora baiana RV, a HQ Rocha Navegável, de Fábio Costa e 
Igor Souza, mistura fatos ocorridos em Salvador com uma viagem histórica e espiritual, onde os 
malês são peças fundamentais. Na história, o espírito dos revoltosos cobra a existência de um 
monumento a eles no Campo da Pólvora, local que no passado abrigou uma vala comum, onde 
os escravizados mortos eram atirados. O local foi cemitério para muitos dos malês mortos na 
revolta de 1835.
“Resistência: Revolta dos Malês completa 186 anos mais lembrada do que nunca”. Jornal Correio. Edição de 25 jan. 2021. 
Disponível em: . Acesso em: 29 jul. 2021.
De acordo com o descrito na reportagem, a exigência de um monumento no local onde foram 
enterrados os rebeldes malês se justifica como uma:
a) melhoria urbana da cidade de Salvador.
b) homenagem ao regente Diogo Antônio Feijó.
c) crítica à violência dos movimentos abolicionistas.
d) contestação da memória oficial sobre o movimento.
e) reverência aos soldados brasileiros mortos na ocasião.
25 - (ENEM 2021)
No anúncio publicado na segunda metade 
do século XIX, qual a estratégia de 
resistência escrava apresentada?
a) Criação de relações de trabalho.
b) Fundação de territórios quilombolas.
c) Suavização da aplicação de normas.
d) Regularização das funções remuneradas.
e) Constituição de economia de subsistência.
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26 - (FAMERP 2021)
[…] período de tão frequentes conflitos sociais e de cultura entre grupos da população — 
conflitos complexos com aparência de simplesmente políticos — que todo ele se distingue 
pela

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