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PLANEJAMENTO ESTRATÉGIC O Planejamento estratégico TÓPICO 1 PLANEJAMENTO Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 5 Planejamento estratégico 1.1 PLANEJAMENTO Planejamento significa o ato ou efeito de planejar, criar um Plano para otimizar o alcance de um determinado objetivo. Esta palavra pode abranger áreas diferentes. O planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão e administração, que está relacionada com a preparação, organização e estruturação de um determinado objetivo. É essencial na tomada de decisões e execução tarefas. Um indivíduo que utiliza o planejamento como uma ferramenta em seu trabalho demonstra um interesse em prever e organizar ações e processos que irão acontecer no futuro, aumentando a sua racionalidade e eficácia. Segundo Chiavenato (2004), o planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente as atividades que devem ser desempenhadas, além de quais objetivos serão alcançados, visando dar condições para que a empresa se organize a partir de determinadas análises a respeito da realidade atual e futura que se pretende alcançar. Desse modo, planejar significa visualizar antecipadamente as ações que irão ocorrer na empresa e que visam alcançar os objetivos propostos pela mesma. Ainda segundo Chiavenato (2004), o planejamento apresenta as seguintes características: • É um processo permanente e contínuo, ou seja, a função de planejar é realizada a todo momento na organização, sendo que é necessário estar planejando as atividades durante todo o processo empresarial; • É sempre voltado para o futuro, isto é, o planejamento visa antecipar as ações que irão ocorrer em um momento futuro, pois as ações e atitudes que acontecem no presente não necessitam de planejamento, já que estão sendo feitas. Dessa maneira, o planejamento só é eficaz se desencadear ações que irão acontecer em um momento futuro, para assim, poder antecipar essas ações diminuindo os riscos de erro; • Se preocupa com a racionalidade da tomada de decisões – é o aspecto que torna o planejamento uma ferramenta importante, visto que as atitudes e tomada de decisões são feitas em meio racional, de porte das informações que a empresa possui, sem se basear no empirismo ou em decisões emocionais; • Visa relacionar entre várias alternativas disponíveis, um determinado curso de ação, em decorrência de suas consequências futuras e das possibilidades de interferência em sua execução e realização; • É sistêmico, ou seja, o planejamento considera a empresa ou outro tipo de organização em sua totalidade; • É interativo, isto é, o planejamento deve ser flexível para poder fazer ajustes e correções que forem necessários em função do momento e das ações que desencadeiam o objetivo fruto do planejamento. Dessa forma, se ações modificarem e interferirem no planejamento de forma diferente de como o mesmo fora feito inicialmente, o mesmo deve- se adaptar a essas alterações; Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 6 Planejamento estratégico • É cíclico e contínuo, visto que, à medida que é executado o planejamento, ele passa a ser realizado, deixando a sua atuação futura para se tornar presente; • É uma técnica de mudança e inovação, onde a organização consegue introduzir mudanças e inovar gradativamente com a utilização da ferramenta de planejamento. “Aquele que não planeja, planejou seu fracasso” 1.2 Planejamento Estratégico no Brasil Atualmente, no Brasil, é impressionante o número de empresas que aproveitam algum modismo ou oportunismo de mercado existente. Essas companhias esquecem, não sabem ou simplesmente resolvem não aplicar uma das ferramentas mais importantes em qualquer organização ou empreendimento de sucesso: o planejamento. A busca desesperadora pelos lucros é tão grande que elas próprias nascem esquecendo ou deixando de lado fatores importantíssimos. Se à empresa está buscando lucros, sobrevivência, retorno sobre investimento, metas de crescimento ou participação de mercado, isso deve estar bem definido em qualquer negócio. Dica de filme: “O homem que mudou o jogo” Em “O homem que mudou o jogo”, o planejamento estratégico se mostra muito efetivo quando um treinador de Baseball adota uma tática pouco ortodoxa, com base em estatísticas, para obter sucesso no jogo e surpreende todos com uma história dramática e emocionante sobre o esporte. 1.3 COMO ELABORAR UM PLANEJAMENTO? Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 7 Planejamento estratégico 1.3.1 Clareza de objetivo O primeiro passo consiste em definir qual o estado desejado, avaliando que as verdadeiras motivações e razões para almejar determinado alvo. Para ter sucesso, é necessário ter clareza sobre o que está sendo buscado. 1.3.2 Visualizar o objetivo alcançado Parece ser brincadeira, mas enxergar a si mesmo atingindo seus objetivos é uma forma poderosa de ajudar a concretizá-los. O comportamento do ser humano é reflexo de seus pensamentos e, por isso, o ato de idealizar impulsiona a construção de hábitos favoráveis para o alcance de seu estado desejado. 1.3.3 Avaliar o estado atual Senso de análise é fundamental para a elaboração de um planejamento efetivo. Avaliar todas as variáveis que influenciam diretamente, identifique os pontos fortes e reconhecendo as fraquezas. Desse modo, pode-se fazer um melhor uso dos recursos pessoais. 1.3.4 Traçar as estratégias A partir de uma visão sistêmica, é possível estruturar os melhores caminhos para o alcance das metas determinadas, além de definir quais serão as ações assertivas para a produção dos resultados esperados. 1.3.5 Anotar Escrever ajuda a reforçar que há um objetivo desejado, além de deixar claro o cronograma a ser seguido. O planejamento dever ser descrito no papel e ficar exposto em lugar visível para que seja visto diariamente. 1.3.6 Gerenciamento de tempo Planejamento deve estar presente em todas as etapas da vida e no gerenciamento de tempo não é diferente. Sempre, ao se iniciar um projeto novo lembrar-se das experiências anteriores e de todos que estão à sua volta. Planejar significa errar menos e gerar mais eficiência no final. 1.3.7 Eficiência e Eficácia Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 8 Planejamento estratégico Eficácia: Realizar as coisas certas Eficiência: Fazer certo as coisas A eficiência consiste em fazer certo as coisas: geralmente está ligada ao nível operacional, como realizar as operações com menos recursos – menor tempo, menor orçamento, poucas pessoas, menor matéria-prima, etc... Já à eficácia consiste em fazer as coisas certas: geralmente está relacionada ao nível gerencial TÓPICO Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 9 Planejamento estratégico 2 Ferramentas de planejamento Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 10 Planejamento estratégico 2.1 PDCA – Planejar, Fazer, Checar e Agir O PDCA é uma ferramenta que ajuda os administradores a realizar um planejamento que tenha um começo e um fim, porque possui etapas a serem completadas a fim de se chegar à um resultado desejado. 2.1.1 Ciclo PDCA O ciclo PDCA é assim chamado devido ao nome em inglês de cada uma das etapas que o compõem: • P: do verbo “Plan”, ou planejar. • D: do verbo “Do”, fazer ou executar. • C: do verbo “Check”, checar, analisar ou verificar. • A: do verbo “Action”, agir de forma a corrigir eventuais erros ou falhas.conjunta e sistematicamente; • Compreenderem quais oportunidades se adaptam à atividade da empresa; • E houver equilíbrio entre oportunidades. Uma oportunidade devidamente usufruída pode proporcionar um aumento dos lucros da empresa, enquanto uma ameaça não administrada pode acarretar diminuição nos lucros previstos, ou mesmo prejuízos para a organização. 8.1.3 As ameaças classificam-se em: a) Naturais: são as incorporadas à natureza da empresa. b) Aceitáveis: são as que a empresa permite aceitar, sendo importante analisar até que ponto a situação é aceitável. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 49 Planejamento estratégico c) Inaceitáveis: são as que a companhia não se permite aceitar devido a sua incapacidade em explorar uma situação de êxito quando esta ameaça existir. Uma forma de se realizar uma análise de riscos e oportunidades é simplesmente classificar os fatores ambientais examinados em termos de níveis oportunidades potenciais. 8.1.4 Stakeholders Os stakeholders influenciam diretamente as organizações, de modo que são elementos do ambiente de ação direta. O papel que os stakeholders representam, pode mudar à medida que os ambientes organizacionais evoluem e se desenvolvem. São eles: Internos e Externos. 9 Atividades complementares (para estudo EAD) Este espaço é dedicado para atividades que lhe trarão conhecimento e experiência com a disciplina realizar fora da sala de aula é fundamental para seu desenvolvimento, o professor pode lhe pedir que entregue estas atividades como forma de avaliação, mesmo que não aconteça no estudo EAD tais atividades são fundamentais. ATIVIDADE 1 – Planeje 3 metas uma em cada área da sua vida pessoal (profissional, pessoal e educacional) e as coloque em papel de modo que pode visualizar pelo menos 2x por semana, para cada meta determine 3 objetivos (pequenas metas que farão alcançar a meta final). ATIVIDADE 2 – Crie uma pirâmide do planejamento (ver aula 3) realize em seu local de trabalho colocando os nomes envolvidos em cada área da pirâmide, caso não trabalhe faça de uma empresa que conheça o funcionamento estratégico. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 50 Planejamento estratégico ATIVIDADE 3 – Utilize o 5w 2h para planejar o aniversário de um ente querido, determinando todas as perguntas referentes as atividades necessárias para um aniversário, realize pelo menos 3 tarefas distintas. ATIVIDADE 4 - Dentro da análise de SWOT escolha um dos casos e aponte os fatores: a) uma sorveteria com estoques baixos no verão (Administração) b) A produção acima da planejado (Qualidade) c) A entrega em várias rotas (Logística) d) O alto custo de produtos de EPI comprados para empresa (Segurança de trabalho) Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 51 Planejamento estratégico 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAVALCANTE, Sérgio Lopes. Planejamento e Controle da Produção. Manuais CNI. PRADO, Jonas Reginaldo. Iniciação à Administração. Coleção Para Entender. Editora Global. Revista Exame edição Maio 2015. Como montar um planejamento estratégico www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://conceito.de/planeamentoestrategico http://blog.dino.com.br/9-filmes-com-bons-exemplos-de- planejamento www.infojobs.com.br www.infoescola.com/administracao_/eficiencia-e-eficacia Rosa, Cláudio Afrânio. Como elaborar um plano de negócio / Organizado por Flávio Lúcio Brito; colaboradores Haroldo Mota de Almeida, Luiz Antônio Nolasco dos Santos, Mauro de Souza Henriques. - Belo Horizonte: SEBRAE/MG, 2004. 98 p. Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. FERNANDES, Bruno Henrique Rocha; BERTON, Luiz Hamilton. Administração estratégica: da competência empreendedora à avaliação de desempenho. São Paulo: Saraiva, 2005. FISCHMANN, Adalberto Américo; ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Planejamento estratégico na prática. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1991. WRIGHT, Peter; et al. Administração estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000. MAXIMIANO, Antonio Cezar Amaru. Teoria Geral da Administração: da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000. OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças. Estratégia Empresarial e Vantagem Competitiva: como estabelecer implementar e avaliar. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2001. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de Planejamento estratégico: conceitos, metodologias e práticas. 19 ed. São Paulo: Atlas, 2003. SAMPAIO, Carlos Alberto Cioce. Gestão organizacional estratégica para o desenvolvimento sustentável. Itajaí: Editora da Univale, 2000. http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://www.ehow.com.br/planejamento-negocios-curto-medio-longo-prazo/ http://conceito.de/planeamento-estrategico http://conceito.de/planeamento-estrategico http://conceito.de/planeamento-estrategico http://www.infojobs.com.br/ http://www.infoescola.com/administracao_/eficiencia-e-eficacia http://www.infoescola.com/administracao_/eficiencia-e-eficacia http://www.infoescola.com/administracao_/eficiencia-e-eficacia http://www.infoescola.com/administracao_/eficiencia-e-eficacia http://www.infoescola.com/administracao_/eficiencia-e-eficacia http://www.infoescola.com/administracao_/eficiencia-e-eficacia http://www.infoescola.com/administracao_/eficiencia-e-eficaciaÉ uma metodologia usada para a melhoria contínua de processos e solução de problemas nas empresas. Seu escopo de utilização é tão amplo que a ISO 9001:2015 recomenda a utilização da metodologia. Esse método é utilizado para solucionar problemas que não são facilmente visualizados. Geralmente, esses problemas também já sofreram diversas tentativas falhas de solução. Sua finalidade é acelerar e aperfeiçoar as atividades de uma empresa. • Identificando os problemas. • Analisando suas causas e as possíveis soluções. É um processo interativo que, a cada repetição, pode melhorar o resultado. Tem efeito acumulativo. É o método de uso contínuo de maior sucesso na resolução de problemas. 2.1.2 Etapas do PDCA Etapas PDCA 1- Planejar 2- Executar 3- Verificar 4- Agir 1- Planejar Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 11 Planejamento estratégico Um projeto bem elaborado é primordial para o ciclo PDCA, pois impede falhas futuras e gera um enorme ganho de tempo. Pautar o planejamento de acordo com a missão, visão e os valores da empresa, estabelecendo metas e objetivos e definindo o melhor caminho para atingi-los. 2- Executar Implementação do plano e execução do processo. Os dados do processo devem ser mapeados para análise e avaliação dos resultados. 3- Verificar É o estágio do ciclo PDCA onde são identificadas possíveis brechas no projeto. As metas alcançadas e resultados obtidos são mensurados através dos dados coletados e do mapeamento de processos ao final da execução. A checagem pode e deve ser feita de duas maneiras: • Paralelamente à execução, de modo a ter certeza que o trabalho está sendo bem feito • Ao final dela, para uma análise estatística mais abrangente que permita os ajustes e acertos necessários. 4- Agir A “última” etapa, na qual são aplicadas ações corretivas de modo a estar sempre e continuamente aperfeiçoando o projeto. É simultaneamente fim e começo, pois após uma minuciosa apuração do que tenha causado erros anteriores, todo o ciclo PDCA é refeito com novas diretrizes e parâmetros. Análise dos resultados obtidos (resultados x parâmetros estabelecidos) Deve ser avaliado se houve alguma diferença dos resultados É a única etapa opcional do ciclo. Ciclo PDCA Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 12 Planejamento estratégico 2.1.3 Utilização do PDCA O PDCA é uma ferramenta muito versátil que pode ser utilizada para os mais diversos fins, inclusive em qualquer atividade do dia a dia. Pode ser utilizado principalmente para os seguintes fins: Melhoria de processos Organizar e melhorar um processo e suas atividades. Tratativa de não conformidades Organizar a tratativa de não conformidades, evoluindo o processo e consequentemente tornando-o mais eficiente; Desenvolvimento de um novo produto As etapas do PDCA podem servir como base para construir de forma sistematizada de um novo produto. Utilizando o PDCA durante essa construção, é mais fácil considerar o que é preciso para que o produto atenda padrões de qualidade. Implantação de padrões A utilização do PDCA ajuda na padronização efetiva, pois passando por todas as etapas do ciclo é possível, ao final, saber se a implantação de um padrão foi eficaz ou é necessário retornar ao início do ciclo e realizar mudanças no que havia sido definido. 2.1.4 Aplicação do PDCA Para fazer um PDCA, deve-se seguir as quatro etapas de forma sistêmica e rigorosa para que se, ao final do ciclo, o resultado esperado não for atingido, o mesmo seja reiniciado. Não há restrições quanto a quantidade de vezes que o ciclo pode ser executado. O maior desafio durante o uso da ferramenta é não permitir que a sua utilização seja engolida pela rotina de trabalho. Por exemplo, realizando a etapa de planejamento com pressa por falta de tempo. O problema disso é que se qualquer uma das etapas falhar, a ferramenta não funciona. As etapas são totalmente dependentes umas das outras. É necessário realizar cada etapa do ciclo com dedicação e utilizar o tempo que for necessário. Erros mais comuns na aplicação do PDCA 1- Análise superficial Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 13 Planejamento estratégico É comum durante a etapa de planejamento que a ansiedade por resolver rapidamente o problema ou a vontade colocar em prática as ideias atrapalhe na hora de analisar o problema e pensar nas ações que devem ser executadas. O melhor a fazer nesse cenário é contar o com ferramentas de apoio (5 Porquês, Diagrama de Ishikawa e 5W2H). Realizar o planejamento em grupo, envolvendo pessoas que têm contato direto com o processo abordado, assim diferentes percepções serão levantadas e poderão ser consideradas. 2- Falta de qualificação É importante verificar se há a necessidade de alguma qualificação para a execução do que foi planejado. Não adianta idealizar um plano de ação incrível sendo que as pessoas que irão executar as ações não têm o conhecimento necessário ou experiência para executá- las. 3- Verificação imprecisa Ao avaliar e verificar os resultados do que foi executado é importante que os critérios escolhidos sejam muito claros. Muitas vezes, os resultados (tanto positivos quanto negativos) ficam mascarados porque os controles e formas de avaliação não são escolhidos adequadamente. Quando isso acontece, a aplicação do PDCA falha, pois os resultados da etapa de verificação são a entrada para etapa posterior, o agir/atuar. 2.1.5 O Balanced Scorecard e a Gestão Estratégica O Balanced Scorecard é um Sistema de Gestão que traduz a estratégia de uma empresa em objetivos, medidas, metas e iniciativas de fácil entendimento pelos participantes da organização. O BSC é considerado um sistema balanceado de gestão da estratégia porque promove o equilíbrio entre as principais variáveis estratégicas: • Equilíbrio entre os objetivos de curto e longo prazos. • Equilíbrio entre o foco interno e o ambiente externo da organização. • Equilíbrio entre medidas financeiras e medidas de capital intelectual. • Equilíbrio entre os indicadores de ocorrência (lagg indicators) e os indicadores de tendência (leading indicators). 2.1.6 As perspectivas do Balanced Scorecard refletem a Estratégia da Empresa Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 14 Planejamento estratégico De acordo com a metodologia do BSC, a missão e visão da empresa precisam ser traduzidas em objetivos e medidas que reflitam os interesses e as expectativas de seus principais stakeholders e que possam ser agrupadas em quatro perspectivas diferentes: • Financeira: Demonstra se a execução da estratégia está contribuindo para a melhoria dos resultados financeiros, em especial o lucro líquido, o retorno sobre o investimento, a criação de valor econômico e a geração de caixa; • Cliente: Avalia se a proposição de valor da empresa para os clientes-alvo está produzindo os resultados esperados em termos de satisfação de clientes, conquista de novos clientes, retenção de clientes, lucratividade de clientes e participação de mercado; • Processos Internos: Identifica se os principais processos de negócios definidos na cadeia de valor da empresa estão contribuindo para a geração de valor percebido pelos clientes e atingimento dos objetivos financeiros da empresa; • Aprendizagem e Conhecimento: Verifica se a aprendizagem, a obtenção de novos conhecimentos e o domínio de competência no nível do indivíduo, do grupo e das áreas de negócios que estão desempenhando o papel de viabilizadores das três perspectivas anteriores. • Assessoritec – FormandoProfissionais de Sucesso Página 15 Planejamento estratégico TÓPICO 3 3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 16 Planejamento estratégico 3.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Planejamento estratégico é um conceito comum no âmbito da administração, que significa o ato de pensar e fazer planos de uma maneira estratégica. O planejamento estratégico é um importante componente do planejamento empresarial, que facilita de forma substancial a gestão de uma empresa. Pensar e fazer planos de uma maneira estratégica é essencial no contexto do empreendedorismo, porque facilita na determinação de objetivos e estratégias para alcançar esses objetivos. Planejar estrategicamente significa usar os recursos disponíveis de forma eficiente, aumentando a produtividade de um indivíduo ou empresa. A gestão do tempo é crucial para qualquer empresa, pois é um dos recursos mais valiosos à nossa disposição. A gestão estratégica dos riscos também é uma área importante para qualquer empresa. Estratégia: é uma palavra com origem no termo grego strategia, que significa Plano, método, manobras ou estratagemas usados para alcançar um objetivo ou resultado específico. Existem tipos de Planejamento que fazem parte do Planejamento Estratégico: Planejamento Estratégico Financeiro: O planejamento financeiro também pode ser incluído em uma forma de planejamento estratégico. É de grande importância para a empresa, sendo que remete para a previsão das receitas e despesas, criando uma estimativa dos meios financeiros que serão necessários para o futuro e manutenção da empresa. Planejamento Estratégico de Marketing: No âmbito do marketing, o planejamento estratégico ajuda na elaboração de estratégias e resolução de alguns problemas da empresa. Muitas vezes uma empresa não consegue criar e satisfazer necessidades no mercado, porque não planeja estrategicamente. Alguns problemas que podem surgir em empresas sem um planejamento estratégico adequado são: falta de posicionamento, políticas de preços inadequados, falhas de comunicação, canais de distribuição pouco eficientes, etc. Estratégia Empresarial: No contexto organizacional, o planejamento estratégico é usado para melhorar a produtividade e os resultados da empresa. Muitas empresas se distinguem umas das outras através de estratégias de marketing, que têm como objetivo melhorar o posicionamento da organização no mercado onde atua. A estratégia de marketing pode levar ao sucesso ou fracasso de uma empresa, ela pode criar oportunidades interessantes que fomentam o crescimento e a rentabilidade da empresa. Em um mundo cada vez mais competitivo, é essencial que as empresas tenham Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 17 Planejamento estratégico uma boa estratégia competitiva e corporativa. A estratégia competitiva é uma forma de atuação onde uma empresa está em competição com outras e age em resposta às suas estratégias. Este tipo de estratégia pretende conferir vantagens à empresa em relação aos seus concorrentes. Uma área importante na estratégia empresarial é a capacidade de definir metas. A importância do Planejamento Estratégico: Fala-se muito em Planejamento Estratégico como meta de organização dos órgãos públicos. Mas o que é planejamento estratégico? Para que serve esta ferramenta de administração, tão difundida nos meios acadêmicos. Sabe-se que o planejamento estratégico é uma atividade administrativa que tem como objetivo direcionar os rumos da instituição e dar a ela sustentabilidade, produzindo respostas consistentes a questões fundamentais como: Onde estamos? (Análise da situação atual) onde queremos chegar? (Estabelecimento de Metas, Objetivos) como vamos fazer para chegar lá? (Como atingir estas Metas, Objetivos). Elementos do Planejamento Estratégico: • Análise de ambiente (ou diagnóstico organizacional); • Definição dos princípios e valores da organização; • Declaração da missão; • Visão de Futuro (montagem de cenários); • Definição das metas, objetivos; • Elaboração das ações (projetos e atividades); • Definição dos indicadores e parâmetros; Implementação; • Avaliação; Revisão. Existem três níveis de planejamento: Estratégico, Tático e Operacional. Planejamento Estratégico: O planejamento estratégico é considerado como sendo o planejamento de longo alcance, no qual o horizonte de tempo é maior do que um ano, é muito comum nas empresas brasileiras encontrarmos planejamentos da ordem de cinco anos. Devido ao seu planejamento temporal longo, o planejamento estratégico opera com dados que são continuamente incompletos e imprecisos. Planejamento Tático: O planejamento tático envolve um horizonte de tempo intermediário, geralmente um ano ou menos. Planejamento Operacional: O planejamento operacional é considerado a tomada de decisão de curto prazo, normalmente feita em horas, dias ou semanas. Neste último tipo, normalmente encontramos dados muito acurados e precisos, e seus métodos devem ser capazes de manipular um grande volume de dados. 3.2 O processo do planejamento estratégico O conceito de planejamento estratégico tem-se tornado excepcionalmente importante nos círculos empresariais hoje, em grande parte devido à crescente complexidade dos Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 18 Planejamento estratégico ambientes tanto interno como externo, assim como à sofisticação cada vez maior da administração. 3.3 Quem faz o planejamento estratégico As decisões sobre o planejamento estratégico, por seu significado para a empresa, são de responsabilidade dos administradores de linha e não dos assessores especiais de planejamento. Os assessores de planejamento, se os houver, estejam centralizados ou descentralizados, desempenham um papel importante ajudando os administradores de linha, sobretudo ao fornecer análise ambiental. Em grandes empresas diversificadas, o planejamento estratégico pode abranger vários níveis da estrutura, incluindo: • O presidente e outros membros da alta administração; • Os gerentes gerais das subsidiárias, como os gerentes de divisão e presidentes regionais; • Gerentes funcionais das subsidiarias, que chefiam áreas funcionais como marketing, fabricação e finanças e devem apoiar sua estratégia; • Gerentes dos principais departamentos operacionais, que têm responsabilidade de desempenhar seu papel no plano estratégico geral. Dica de leitura Autores: Wunderlich, Mauricio Site, Editora Ser Mais 3.3.1 Componentes do Planejamento Estratégico O quadro abaixo mostra os componentes básicos da administração estratégica, que inclui não só o processo de planejamento: Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 19 Planejamento estratégico 3.4 Estudo de caso A estratégia da Ford (Americana) Motor Company para enfrentar o Mercado Comum Europeu de 1992 começou quando Henry Ford II visitou suas fábricas europeias em 1967. Ele encorajou sua empresa alemã e britânica a cooperar e a não competir entre si. A Ford produzia carros na Europa desde a década de 1920, quando criou seu primeiro carro europeu, o Capri; produziu seu primeiro carro alemão, o Fiesta; e construiu uma fábrica muito bem-sucedida na Espanha. Por volta de 1989, os britânicos e alemães coordenavam o projeto dos carros europeus da Ford, e a Inglaterra, a Bélgica, a Alemanha e a Espanha compartilhavam as operações de montagem em 23 fábricas na Europa. O modelo da expansão da Ford foi um sucesso baseado em suas estratégias de levar seus carros para mercados onde tinha a necessidade de conhecer e saber detalhes sobre seu público algo, por serestratégia da Ford conquistar os clientes lançou modelos específicos em países ou regiões assim conquistando o apreço os consumidos e fidelidade. 3.4.1 Missão Organizacional As organizações simplesmente não podem sobreviver se não souberem o que querem e para onde vão. A missão organizacional define o propósito fundamental e único que a organização tenta seguir e identificar seus produtos ou serviços e clientes. Assim a missão identifica a razão-de-ser da organização, isto é, o que ela representa. Tanto as organizações lucrativas como as não-lucrativas precisam especificar com muita clareza sua missão. 3.4.2 Objetivos Organizacionais Definir missão da organização Estabelecer Objetivos Identificar alternativas Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 20 Planejamento estratégico Os objetivos são os resultados ou metas para os quais todas as atividades organizacionais são direcionadas. Os objetivos são uma parte importante do planejamento eles se tornam o foco na direção das estratégias. As organizações em geral têm vários objetivos amplos, a longo prazo e abrangentes, entre eles a lucratividade, a fatia de mercado, boas relações como os empregados, e outros. 3.4.3 Como a Missão afeta os Objetivos A missão organizacional identifica a função que a organização pretende desempenhar dentro de seu sistema social ou econômico. Primeiro a de identificar a missão básica, depois, porém é que serão determinados os objetivos, estratégias, programas e diretrizes específicas a serem desenvolvidos. Peter Drucker identificou algumas áreas em que uma empresa deveria estabelecer objetivos, e essas áreas são: Posição de Mercado: Uma empresa deve decidir qual é o produto (ou produtos) que deseja vender e o tipo de cliente que pretende atingir. Deve, também, escolher a porção de mercado que deseja abranger. Produtividade: Esse é o índice dos insumos e saídas de produtos (inputs e outputs) de uma organização. Quais são as entradas de mão-de-obra, equipamentos e finanças necessários para se chegar ao produto final (output)? Recursos Físicos e Financeiros: Como a organização vai gerar e utilizar os recursos financeiros? Os objetivos devem ser elaborados em relação a fábrica, ao equipamento e ao fornecedor de matéria-prima. Lucratividade: Os objetivos de lucro são importantes para atingir outros objetivos, incluindo: • Inovação: Há necessidade de produtos e serviços novos e inovadores. Embora se corra um certo risco ao ser o primeiro com algo novo, há também um potencial de grandes recompensas. • Desempenho e desenvolvimento de executivos: Tanto as organizações grandes como as pequenas devem estabelecer objetivos relacionados à qualidade do desempenho e conseguir o desenvolvimento de administradores em todos os níveis. • Desempenho e atitudes dos trabalhadores: Em todas as organizações os empregados do nível operacional fazem a maior parte do trabalho de rotina. Portanto, estabelecer objetivos em relação a fatores como produção por empregado, qualidade do produto e nível de satisfação dos empregados iria beneficiar a administração que procure a eficácia. • Responsabilidade pública e social: Boicotes do público e atos do governo atingem as empresas que não adotam e implementam objetivos públicos e sociais. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 21 Planejamento estratégico TÓPICO 4 Impementar a estratégia Controle e Avaliação Implementação e controle estratégico Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 22 Planejamento estratégico 4 OBJETIVOS E METAS 4.1 OBJETIVOS E METAS Para entender qual a diferença entre objetivo e Meta é preciso acompanhar os conceitos a seguir: 4.1.1 O que são objetivos? Objetivos são resultados que se buscam atingir, podendo ser de longo, médio ou curto prazo. 4.1.2 O que são Metas? Metas giram em torno de associações a itens como um alvo, uma direção, um norte a ser perseguido. A definição mais clara é que o Objetivo deve estar contido em uma Meta. O quadro a seguir apresenta uma definição bem clara e objetiva, é complementada por alguns autores que defendem que toda meta deve ser SMART. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 23 Planejamento estratégico Parece fácil estabelecer Metas que sejam realmente SMART, mas cada ponto apresenta suas dificuldades que devem ser evitadas, conforme pode-se ver a seguir: • Específica: A Meta deve deixar claro o que estamos tratando e de como ela será medida. É comum, nas empresas, encontrarmos pessoas com diferentes conceitos sobre uma mesma Meta ou de como a informação será coletada; • Mensurável: toda Meta deve poder ser medida, seja de forma quantitativa ou qualitativa. Antes de se definir o valor desejado, é importante conhecer a situação atual e o histórico daquilo que será medido, além de se estabelecer as ações que lhe permitirão eliminar o gap existente entre o cenário presente e o projetado para o futuro; • Atribuível: toda Meta deve ter apenas um dono e isso deve ficar claro para todos os envolvidos. Não são raras as vezes em que encontramos organizações que não deixam claro de quem é a responsabilidade sobre uma Meta ou mesmo que a colocam sobre a responsabilidade de mais de uma pessoa, isso invariavelmente compromete o resultado final; • Realista: aqui é aquele ponto em que não devemos deixar nem a rédea frouxa e nem muito puxada. Metas fáceis ou impossíveis de serem alcançadas se tornam rapidamente desestimulantes para todos os envolvidos; • Limitada no Tempo: uma Meta não é alcançada da noite para o dia, tornandose necessário definir um prazo para seu atendimento. Como a melhoria dos resultados dificilmente dá saltos, é importante quebrar o prazo em períodos menores, o que permite o acompanhamento da evolução passo- a-passo e a identificação dos desvios a tempo de agir sobre eles Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 24 Planejamento estratégico 4.1.3 Formulação de Objetivos e Metas Sabe-se bem que todo planejamento estratégico deve conter objetivos e metas. O conceito de ambos os termos ainda é bastante confundido. Para Rodrigues et al (2009), os objetivos são entendidos por resultados quantitativos e qualitativos desejados pela empresa. Os autores ainda mencionam que metas são resultados quantitativos mensuráveis a se realizarem em prazo estipulado especificamente, ou seja, a meta mensura o que o objetivo deseja alcançar em forma de números. Os objetivos e metas têm papel fundamental no planejamento estratégico. Ao se estabelecerem prazos e quantificarem os resultados, os objetivos e metas tornam o planejamento mais fácil de ser executado. É importante atentar-se que os objetivos, assim como as estratégias, devem atender as necessidades da organização. Os objetivos e metas devem ser tangíveis e não um sonho no imaginário do executivo. Segundo o entendimento de Rodrigues et al (2009), os objetivos podem ser classificados segundo natureza, forma e prazo. Referente à natureza, os objetivos podem ser gerais ou específicos. Quanto à forma, eles podem ser quantitativos ou qualitativos e, por fim, em relação ao prazo, de curto ou longo prazo. Para Ansoff (1990, p.58), os objetivos de longo prazo têm papel determinante dentro da organização: Mas, para permanecer rentável a longo prazo, a empresa precisa continuar renovando a si mesma, novos recursos devem ser aplicados e novos produtos e mercados precisam ser desenvolvidos. Norton e Kaplan (1997) afirmam que as metas também devem ser ambiciosas e indicarem o grau de superação para empresa, bem como entendidas por todaa organização. Thompson e Strickland (2002, apud RODRIGUES et al, 2009) fazem um importante adendo ao tema. Os autores ensinam que os objetivos do ponto de vista empresarial, possuem dois conteúdos: financeiro e estratégico. Quanto ao financeiro, sua importância repousa no sentido de assegurar recursos para a sobrevivência em curto prazo. Em face ao conteúdo estratégico, desempenham papel importante na construção do hoje em prol do sucesso futuro. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 25 Planejamento estratégico 4.1.4 Manter o Foco Manter-se focado e evitar desviar-se dos objetivos finais. Para isso, deve seguir-se efetivamente o planejamento e colocar anotações perto da sua mesa e no seu celular, relembrando o que se ganha com a concretização de suas metas. 4.1.5 Prepare-se para as Oportunidades Investir continuamente em capacitação. Fazer cursos, ir a congressos dentro da área de atuação, manter o networking ativo e estar pronto para aproveitar as oportunidades quando elas chegarem. 4.1.6 Conhecer os Pontos Fortes Descubrir quais as principais habilidades e competências técnicas e comportamentais. 4.1.7 Buscar Evolução Além de potencializar os pontos fortes, é fundamental eliminar comportamentos e crenças limitadores, que sabotam a produtividade, o foco nas tarefas e o alcance pleno dos resultados. 4.1.8 Ser positivo Ser otimista e acreditar que os objetivos são alcançáveis são atitudes que mantém a firmeza e a confiança na realização dos propósitos de vida. Também é importante eliminar pensamentos negativos e afastar-se dos comentários ruins que podem gerar desmotivação. 4.1.9 Manter-se Determinado Manter-se confiante na realização dos objetivos, acredititando na capacidade de realização e seguir em frente. Comprometer-se com a realização de cada meta e fazer o que for possível para alcançar os sonhos. Metas: • Mensuráveis • Atingíveis • Relevantes • Temporais Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 26 Planejamento estratégico TÓPICO 5 5 Definindo tarefas no planejamento Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 27 Planejamento estratégico 5 Definindo tarefas no planejamento Penetração de Mercado: a meta associada a esse exemplo ocorre quando se deseja aumentar o “market-share” da empresa, ou seja, a participação de mercado. Um exemplo hipotético para uma indústria de sucos de laranja pode ser “conquistar 25% do mercado de suco de laranja, na região centro-oeste, até 2019”. Para isso, a empresa estabelece objetivos de “desenvolver nova embalagem para o produto até jan/2018”, e ainda “implantar sistema de distribuição computadorizada em todas as regionais a cada 2 meses até jun/2018 e ampliar a capacidade produtiva da planta de Abaeté em 10% até jul/2018”. Manutenção de Mercado: a meta associada a esse caso ocorre quando a empresa está satisfeita com sua situação atual e a performance da companhia. Um exemplo de meta seria “manter a participação de mercado nos níveis atuais (30%) para os próximos 2 anos”. Expansão de Mercado: a meta associada a este exemplo é parecida com o caso de penetração de mercado, só que aqui se foca um mercado novo para o produto. Exemplo para uma empresa que atua só na região sudeste: “conquistar 40% do mercado do Nordeste em 3 anos”. Diversificação: ocorre quando a empresa se move para um novo e diferente mercado com novos produtos, devido a estagnação de seu mercado atual ou ainda pelo fato de não haver mais possibilidades de crescimento no mesmo. Utilização de capacidade: quando existe capacidade ociosa e se deseja aumentar a força de vendas total em relação à força de vendas parcial. Percentagem específica de lucros: quando existe a consideração de sucesso do produto. Muitas firmas usam essa meta para o seu programa de marketing. Quando um produto não atinge essa meta, ele passa a deixar de ser rentável. Utilizando o 5w 2h n execução de tarefas para alcance de objetivos e metas O 5W2H é, na verdade, um checklist de atividades específicas que devem ser desenvolvidas com o máximo de clareza e eficiência por todos os envolvidos em um projeto. Essa sopa de caracteres corresponde, na verdade, às iniciais (em inglês) das sete diretrizes que, quando bem estabelecidas, eliminam quaisquer dúvidas que possam aparecer ao longo de um processo ou de uma atividade. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 28 Planejamento estratégico Maximização do lucro: o foco da maximização é o valor da moeda ao invés do valor representado pela porcentagem sobre vendas. Estabelecer produtividade e retorno sobre patrimônio: é outro tipo de meta financeira e inclui a produtividade dos ativos e o retorno sobre o patrimônio. Taxas elevadas sobre ativos, altos retornos sobre ativos maximizam a produtividade dos ativos usados para gerar vendas e retorno. Quanto mais altas as taxas, melhor o desempenho. O retorno sobre o patrimônio é o fator-chave que os investidores consideram ao analisar um investimento. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 29 Planejamento estratégico TÓPICO 6 6 ESTRATÉGIA DE AMBIENTE Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 30 Planejamento estratégico 6.1 ANALISE DE AMBIENTE O processo de administração começa com a análise do ambiente, isto é, com o processo de monitorar o ambiente organizacional para identificar os riscos e as oportunidades presentes e futuras, que possam influenciar a capacidade das empresas de atingir suas metas. Antes de iniciar uma análise de ambiente a empresa precisa saber aonde ela pretende estar no futuro (visão), quais os caminhos deverão percorrer para atingir seu objetivo (missão) e quais os seus princípios (valores). 6.1.1 Visão A visão oferece um quadro em perspectiva “o que somos”, “o que fazemos” e “para onde vamos”. Ela apresenta o rumo e aonde a organização quer chegar no longo prazo. Uma estratégia eficaz inicia com a visão do rumo que a organização quer seguir. Para Fernandes e Berton (2005), algumas empresas trabalham também com o conceito de visão. A grosso modo trata-se de responder “aonde a organização quer chegar”, enquanto a missão delimita sua atuação no negócio escolhido. Vamos observar o caso da TIM Sul, sua visão é “ser a melhor opção para o cliente e referência no negócio de comunicação”. O Boticário define sua visão como “ser reconhecido por colaboradores, parceiros, clientes e segmento em que atua como uma das mais importantes referencias mundiais em beleza e fazer com que suas ações para a preservação da vida estabeleçam uma forte identificação com a sociedade”. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 31 Planejamento estratégico 6.1.2 Missão A missão é a determinação do motivo central do planejamento estratégico, ou seja, corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar. “Portanto, a missão representa a razão de ser da empresa”. (OLIVEIRA, 2005). A missão deve provocar, nas pessoas, a imaginação, ou seja, deve-se utilizar de metáforas buscando construir algo grande, que valha a pena empenhar esforços. Deve responder à pergunta mais básica que uma organização pode se propor; “para que existimos”? Esta está distante do dia-a-dia da organização, mas dá sentido às ações diárias. Outras perguntas também devem ser respondidas pela missão: Qual o nosso negócio? Quem é o cliente? O que tem valor para o cliente? A resposta para estas perguntas deve estar contemplada na missão organizacional.A missão, além de ser agente da comunicação interna, a missão deve ser veículo de comunicação externa, o que, muitas vezes, é feito por meio de slogans. Alguns exemplos de missão, apresentados por Fernandes e Berton (2005, p.144). Merck (Industria Farmacêutica) “Preservar e melhorar a vida do ser humano”. Jonhson & Jonhson (Industria Farmacêutica) “Aliviar a dor e a doença”. 3M (Instrumentos para escritório) “Resolver de modo inovador problemas pendentes”. Disney (Entretenimento) “Tornar as pessoas felizes”. Irmãs da Caridade (Congregação fundada por Madre Tereza de Calcutá” “Levar alegria e ternura ao próximo”. Fernandes e Berton (2005, p.146) sugerem que, ao lermos uma missão, “devemos ser capazes de identificar o que a organização faz”. Entretanto, algumas empresas não trabalham com essa distinção entre visão e missão e consideram a ideia de missão de uma forma ampla, englobando os dois significados. 6.1.3 Valores Representam as características, os conceitos, a metodologia de trabalho que uma organização procura e quer preservar e multiplicar. Em outras palavras, tem ligação direta com os bons costumes e com a ética em suas ações. Para serem seguidos, os valores precisam atender os seguintes critérios: 1- Serem claros e objetivos, permitindo a compreensão de todos 2- Serem públicos para toda a organização, clientes e sociedade 3- Serem obrigatórios, todos os sócios e colaboradores devem seguir à risca Exemplos: Coca-Cola Inovação; Liderança; Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 32 Planejamento estratégico Responsabilidade; Integridade; Paixão; Colaboração; Diversidade; Qualidade. Banco Itaú Só é bom para a gente, se for bom para o cliente; Simples Sempre; Fanáticos por performance; Pensamos e agimos como donos; Gente é tudo para a gente; Ética é inegociável; O melhor argumento é o que vale. Para a realização de analises de ambiente foram desenvolvidas algumas técnicas que auxiliam na análise e interpretação das situações atuais e projetam soluções para o futuro, que são: 6.1.4 Analise de Mercado Para realizar uma análise mais detalhada do portfólio, a posição dos produtos no mercado e a posição do mercado em que se encontram estes produtos, temos a Matriz BCG: 6.1.5 Analise de Ambiente Para realizar uma análise de ambiente interno e externo podemos utilizar a Analise SWOT: 6.1.6 Análise SWOT Em seu desenvolvimento a Análise SWOT divide-se em dois ambientes: o interno e o externo. O primeiro ambiente se refere basicamente a própria organização e conta com as forças e fraquezas que a mesma possui. Já o segundo ambiente refere-se às questões externas, ou seja, questões de força maior, que estão fora do controle da empresa. As forças e fraquezas são avaliadas a partir do momento atual da organização. Elas serão seus pontos fracos, recursos, experiências, conhecimentos e habilidades. As oportunidades e ameaças Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 33 Planejamento estratégico serão as previsões de futuro que estão ligadas direto ou indiretamente aos fatores externos. Esta analise pode ser usada na logística, qualidade e administração Forças: Está relacionado as vantagens que a empresa possui em relação aos concorrentes. Pode-se dizer que são as aptidões mais fortes da empresa. Para ajudar a defini-las, é possível fazer uso de algumas perguntas: - Quais as melhores atividades? - Quais os melhores recursos? - Qual a maior vantagem competitiva? - Qual o nível de engajamento dos clientes? O principal aspecto é a vantagem competitiva que tais forças podem trazer para o negócio. Quanto mais vantagem em relação à concorrência ela trouxer, mais relevante ela será para a Análise SWOT. Fraquezas: As fraquezas são as aptidões que interferem ou prejudicam de algum modo o andamento do negócio. É muito importante haver sinceridade nesta etapa da análise. Pode-se encontrar as fraquezas de acordo com as seguintes perguntas: - A mão-de-obra é capacitada? - Existem lacunas de treinamento? - Por que a concorrência foi escolhida? - Por quê meu engajamento não funciona? As fraquezas encontradas precisam ser examinadas e observadas de forma isolada, para que assim, seja possível nulificar os problemas que ocasionam. Se não for possível corrigir as fraquezas a curto prazo, o ideal é que sejam estudados métodos para minimizar seus efeitos ou tentar contorná-los de modo que se tornem forças relevantes para o negócio. Ameaças: Ao contrário das oportunidades, as ameaças são forças externas que influenciam negativamente a empresa. Devem ser tratadas com muita cautela, pois podem prejudicar não somente o planejamento estratégico da companhia, como também, diretamente em seus resultados. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 34 Planejamento estratégico Oportunidades: São forças externas que influenciam positivamente a empresa. Não existe controle sobre essas forças, pois elas podem ocorrer de diversas formas, como por exemplo - mudanças na política econômica do governo, alterações em algum tributo, investimentos externos, ampliação do crédito ao consumidor, etc., porém, podem ser feitas pesquisas ou planejamentos que preveem o acontecimento desses fatos. Nesse contexto, o ambiente organizacional contempla todos os fatores, tanto internos como externos à organização, que podem influenciar o progresso obtido através da realização de objetivos da organização. Exemplos de variáveis ambientais que devem ser monitoradas durante a análise do ambiente são apresentados a seguir: Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 35 Planejamento estratégico TÓPICO 7 7 GERENCIAMENTO DA ESTRATÉGIA Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 36 Planejamento estratégico 7.1 GESTÃO ESTRATÉGICA Pode-se dizer que a administração estratégica se trata de um conjunto de diretrizes, opções e valores que os participantes da alta administração determinam para a empresa conseguir ter um desenvolvimento de longo prazo. As estratégias corporativas servem para que a organização possa se antever aos problemas que podem ocorrer no meio do caminho, visando também diminuir os riscos de insucesso da mesma. Normalmente, esses pontos da administração estratégica são encontrados na missão e visão de cada empresa. Como tipos de estratégia, podem ser citadas a redução de custos, ou a internacionalização, por exemplo. Em resumo, para uma empresa ser "estratégica" basta se preparar para enfrentar e vencer os desafios, assim como enxergar as ameaças e oportunidades que ainda não existem. 7.1.1 Concentração A concentração é a estratégia seguida por uma empresa que opera em uma única linha de produtos ou serviços ex.: Mc Donald’s, Polaroid. As vantagens da concentração incluem a relativa simplicidade da administração, clareza de objetivos e um foco organizacional único. Naturalmente, é perigoso uma firma colocar todos os seus ovos em uma única cesta. 7.1.2 Integração Horizontal Embora semelhante à concentração, a integração horizontal dela difere porque normalmente envolve a aquisição de outra firma cujos produtos ou serviços sejam semelhantes. Assim, o objetivo é aumentar a participação no mercado através de estabelecimentos adicionais. 7.1.3 Integração Vertical A integração vertical é a estratégia de se estender regressivamente o âmbito de uma empresa levando-a a assumir uma atividade ou função de suprimento ou voltando-a Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 37 Planejamento estratégicoprospectivamente para o usuário final. A integração regressiva consegue uma fonte de suprimento confiável. Ex. uma grande empresa jornalística, também possui uma fábrica de papel. Uma grande vantagem da integração prospectiva ou voltada para frente é proporcionar maior controle do canal de distribuição. Exemplos de integração prospectiva incluem: um editor que possui uma cadeia de livrarias, ou uma confecção que possui lojas para a venda de produtos. A principal desvantagem da integração vertical é a administração mais complexa e a exigência de mais capital. 7.1.4 Diversificação Diversificação é a estratégia de entrar em um negócio diferente do atual. A vantagem é maior proteção devida a divisão de riscos ou a escolha de indústria com ciclos opostos. A desvantagem associada à diversificação, especialmente quando voltada para campos não relacionados, é complicar um pouco a administração. 7.1.5 Estratégia de restringir os gastos A estratégia de restringir os gastos é muito usada para cuidar de uma empresa com desempenho fraco e trazê-la de volta a um nível satisfatório. Os problemas que causam esse desempenho negativo devem ser identificados e atacados, como por exemplo: uma administração fraca, mercados mutáveis, aumento da concorrência ou produtos ultrapassados. Essa estratégia pode focalizar a substituição a atenção para a transferência de administradores, controle de custos, a eliminação de segmentos não-lucrativos ou recursos de alguns segmentos para outros. 7.1.6 Estratégia de despojamento As estratégias de despojamento ou liquidação são usadas quando a organização perdeu sua força. Nesse caso, significa uma decisão para romper o segmento. O despojamento significa vender a empresa ou um de seus componentes. Liquidação significa terminar a existência das empresas, ou fechando a empresa ou dispondo seu ativo. 7.1.7 Fusões e Alianças estratégicas As fusões são bastante usadas pelas empresas quando vão introduzir um novo produto ou aceitar um trabalho que não podem realizar sozinhas, ou entrar em um mercado novo, ou privatizar empresas governamentais. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 38 Planejamento estratégico Um tipo de estratégia relativamente novo e que ajuda a fortalecer as pequenas empresas é a aliança estratégica, em objetivo comum. Que duas ou mais companhias cooperam para atingir um 7.1.8 O processo de implementação da administração estratégica Atualmente o maior desafio de qualquer organização, independentemente do seu tamanho é ter competitividade e sobrevida diante de um mercado tão acirrado. Essa realidade Contemporânea que vivemos atualmente exige das empresas e organizações algumas práticas que demonstrem uma administração mais eficiente, eficaz e que também seja mais efetiva em relação ao futuro da companhia. Para um melhor entendimento, vamos explicar por etapas como funciona o processo da administração estratégica: Etapa 1 - Execução de uma análise do ambiente: A metodologia da administração estratégica se inicia com a análise do ambiente, ou seja, com o intuito de identificar os riscos e as oportunidades atuais e futuras através do procedimento de monitorar os ambientes organizacionais. Nesse aspecto, o ambiente organizacional engloba todos os fatores, tanto internos como externos à organização, que possam influenciar o progresso obtido através da realização dos objetivos da empresa. Aqui se fazem necessários que os administradores compreendam qual o propósito da análise do ambiente, reconhecendo seus vários níveis existentes e entendendo as recomendações das normas para realizar uma análise de ambiente efetiva. Etapa 2 - Estabelecimento de uma diretriz organizacional: A segunda etapa do processo de administração estratégica é o estabelecimento da diretriz organizacional, ou simplesmente a definição da meta da empresa. Comumente, há dois indicadores que norteiam a direção que uma organização deve seguir, eles são: a missão e os objetivos organizacionais (ambos definidos no planejamento estratégico). A missão organizacional é a finalidade da companhia, ou basicamente, a razão da sua Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 39 Planejamento estratégico existência. Já os objetivos são as metas da organização. É importante levarmos em conta que também existem outros dois indicadores estabelecidos pelas empresas, que são: a visão (aspiração do que a empresa ensejam ser ou se tornar futuramente) e os valores (os princípios que norteiam a organização e as diferenciam das outras). Etapa 3 - Formulação de uma estratégia organizacional: A terceira etapa do processo é a formulação da estratégia. De acordo com Chandler, estratégia seria a determinação das metas e objetivos a longo prazo, junto à adoção de linhas de ação e alocação de recursos para o alcance desses objetivos. A estrutura da organização deve seguir as estratégias adotadas e não o contrário. O enfoque central da administração estratégica não somente da definição da estratégia em si, mas também em saber como lidar satisfatoriamente com a concorrência. Assim que o ambiente tenha sido analisado e a diretriz definida, a administração estratégica é capaz de traçar rumos alternativos que venham a garantir o sucesso da empresa. Etapa 4 - Implementação da estratégia organizacional: A quarta etapa da administração estratégica culmina na execução de ações desenvolvidas a partir das etapas anteriores ao processo de gestão da estratégia (controle e administração da estratégia empresarial). Sem uma implementação efetiva da estratégia, as empresas tornam-se incapazes de colher os proventos do estabelecimento de uma diretriz organizacional, de uma análise dos ambientes (interno e externo) e da formulação da estratégia em si, sendo assim, torna-se impossível desenvolver um planejamento eficaz que venha a surtir um efeito positivo na organização. A implementação deve ser feita com base na administração participativa, sendo bem recebida por todos os integrantes da organização, desde a alta administração até as bases operacionais da mesma. Etapa 5 - Controle e Gestão estratégica: O controle estratégico se trata de um método diferenciado de controle organizacional que se concentra na avaliação e monitoração do processo de planejamento e administração estratégica, visando sempre melhorá-los e assegurar o seu funcionamento mais próximo do adequado. A implantação de um controle estratégico na organização é orientada pelo estabelecimento de medidas de acompanhamento que possam dar garantias de avaliação. Sua função principal é ajudar os gestores para que os objetivos anteriormente definidos sejam cumpridos da melhor forma possível. De forma resumida, gestão estratégica trata-se de avaliar os resultados, comparar com o que foi planejado, e se necessário, tomar ações corretivas visando o alcance dos objetivos propostos. 7.1.9 Características e benefícios da administração estratégica Por ser um processo contínuo de determinação da missão e objetivos da organização, principalmente em seu contexto interno e externo, a administração estratégica apresenta certas características, tais como evolutiva, moderna, sistêmica e interativa, visando maximizar os resultados junto as lideranças e a administração participativas. Na sua Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 40 Planejamento estratégico característica evolutiva seus princípios se apresentam sempre em constante evolução, desde o delineamento dos modelos de administração, até o controle estratégico em si. Na característica moderna, a administração estratégica considera todos os conceitos e princípios fornecidos pela ciência humana. Por outro lado, na sua característica sistêmica sua divisão se apresenta estruturada,pois suas partes são integrantes de um todo que evolui com o passar do tempo, levando em consideração uma ciência mais exata. A administração estratégica promove o ajustamento entre as mudanças nos fatores ambientais externos e internos da organização, buscando uma maior satisfação dos Stakeholders envolvidos no negócio. Uma administração estratégica de qualidade poderá proporcionar a empresa inúmeros benefícios, dentre os quais podem ser citados: modelos de gestão simplificados, flexíveis e sustentáveis, maior conhecimento sobre as capacidades individuais dos colaboradores, uma melhor postura organizacional em relação às expectativas atuais e futuras do mercado, maior motivação, comprometimento e qualidade por parte dos funcionários e por fim, maior amplitude de atuação nos resultados da empresa. É importante lembrar que para obter o máximo de sucesso na administração estratégica, a empresa deve ter uma abordagem administrativa ampla e integrada, associada a competência estratégica e a administração participativa, baseadas num processo contínuo. 7.1.10 Intenção Estratégica A intenção estratégica é fundamental, pois contém a ideologia central da empresa, ou seja, os alicerces da estratégia que são: o Negócio, a Missão, os Princípios / Valores, e a Visão de Futuro. 7.1.11 Gestão da Estratégia de Negócios Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 41 Planejamento estratégico Em um sentido geral, estratégia é a definição dos grandes objetivos e linhas de ação estabelecidas nos planos empresariais ou governamentais. Tática, em complemento, definiria de forma mais detalhada como atingir esses objetivos. Considerando o cenário atual de competição globalizada, a expectativa de vida e prosperidade das organizações é determinada pela sua capacidade de se adaptar ao ambiente em evolução contínua. A necessidade de sobreviver e prosperar neste cenário de constantes mudanças requer que as vantagens competitivas também sejam revistas e melhoradas e isto têm exigido às empresas a criação estruturada da Estratégia e a A estratégia também está diretamente relacionada com o Modelo de Negócios da empresa. Ele é o elemento central da estratégia, e deve ser singular, ou seja, diferenciado da concorrência, pois busca uma vantagem competitiva sustentável. O Modelo de Negócios deve responder questões como: Qual é o nosso negócio? Quem são os clientes que queremos focar? Quais os produtos/serviços vamos oferecer? Como vamos entregar de maneira eficiente e diferenciada “Um modelo de negócios descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização”. – Alexander Osterwalder “Uma Empresa somente consegue superar seus oponentes se for capaz de estabelecer uma diferença que consiga preservar. A Empresa deve entregar maior valor para seus Clientes, ou criar um valor comparável a um custo mais baixo, ou fazer ambos. ” – Michael Porter É importante saber que sem uma contínua gestão da estratégia para identificar o que é essencial e manter o foco, o sucesso do passado não vai garantir o êxito no futuro. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 42 Planejamento estratégico 7.1.12 Planejamento e Gestão estratégica De acordo com Peter Drucker “Toda organização opera sobre uma teoria do negócio, isto é, um conjunto de hipóteses a respeito de qual é o seu negócio, quais os seus objetivos, como ela define resultados, quem são seus clientes e a que eles dão valor e pelo que pagam”, isto significa que o principal desafio da gestão estratégica é converter a teoria e as hipóteses sobre os negócios em valor para todos os Stakeholders (acionistas, empregados, clientes, fornecedores, credores e os membros da comunidade). A essência da gestão estratégica é elaborar, por meio de uma abordagem inovadora e criativa, uma estratégia competitiva que assegure o êxito da organização nos negócios atuais, ao mesmo tempo em que constrói as competências essenciais necessárias para o sucesso do negócio de amanhã. A gestão estratégica é um processo contínuo porque a estratégia realizada de uma organização nem sempre coincide com a estratégica pretendida, devido às constantes mudanças verificadas na sociedade e no ambiente dos negócios. Assim, a gestão estratégica precisa realizar um contínuo monitoramento dos resultados da organização, para executar as constantes adaptações da empresa, requeridas pelo seu meio ambiente. De acordo com Lean Fahay, “a mudança é a preocupação central da gestão estratégica: a mudança no meio ambiente, a mudança dentro da empresa e a mudança em como a empresa estabelece elos entre a estratégia e a empresa”. 7.1.13 Princípios da organização orientada para a estratégia Conforme definidos por Robert Kaplan e David Norton, os criadores da metodologia Balanced Scorecard, estes são os princípios-chave para alinhar os sistemas de mensuração e gestão com a estratégia: • Mobilizar a mudança por meio da liderança executiva; • Traduzir a estratégia em termos operacionais; • Alinhar a organização com a estratégia; • Motivar para transformar a estratégia em tarefa de todos; e • Gerenciar para converter a estratégia em processo contínuo. 7.1.14 Benefícios da gestão estratégica para a empresa Além de procurar viabilizar o objetivo dos acionistas de obter uma taxa de retorno superior à média do mercado e de atender às expectativas dos demais stakeholders, a gestão estratégica pode contribuir, por exemplo, para a consecução dos seguintes benefícios: Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 43 Planejamento estratégico 7.1.15 Conjunto de Conceitos de Estratégia integrados Conjunto de ideias a respeito da estratégia que Kaplan e Norton incorporaram na metodologia Balanced Scorecard e que serão de grande utilidade na criação dos mapas estratégicos e na comunicação da estratégia para os colaboradores da organização: 1. A estratégia é um processo contínuo: significa reconhecer que o processo da estratégia se inicia com a definição da missão e, de forma contínua, deve ser desdobrado para as ações dos colaboradores da organização, que têm seus objetivos individuais alinhados a ela. O processo é contínuo porque ele é monitorado constantemente pelos diferentes sistemas gerenciais da empresa. 2. A estratégia é uma hipótese: significa reconhecer que o movimento da empresa de sua situação atual para o destino estratégico é algo inédito para a organização e marcado pelas incertezas existentes tanto no âmbito da sociedade como do ambiente competitivo. 3. A estratégia consiste em termos estratégicos complementares: significa reconhecer que a estratégia é desdobrada em termas estratégicos para estimular a análise, os debates de novas ideias e a imaginação dos colaboradores. Esses temas permitem determinar prioridades da organização em temas conflitantes como, por exemplo, a ênfase no curto ou longo prazo, ou ainda a busca de crescimento das vendas versus a rentabilidade. 4. A estratégia equilibra forças contraditórias: significa reconhecer que o objetivo de toda estratégia é a criação de valor para o acionista. Entretanto, esse objetivo somente será atingido se a empresa conseguir gerar, em primeiro lugar, valor para os clientes, e em seguida, para os colaboradores e demais interessados no negócio. 5. A estratégia descreve uma proposição de valor diferenciada: significa reconhecer que a organização precisa fazer uma escolha sobre qual segmento de clientes é mais importante para ela e, a partir daí, desenvolver uma proposta de valor diferenciada, que estimule esses clientes a fazer negócios com a empresa. 6. A estratégia alinha as atividades internas com a proposição de valor: significa reconhecer que a proposta de valor somentechegará até os clientes se os processos internos de negócio e as atividades internas da organização estiverem alinhados a ela. 7. A estratégia transforma os ativos intangíveis: significa reconhecer que a perspectiva do aprendizado e conhecimento é o fundamento de toda a estratégia e do processo de criação de valor. O desafio para os executivos é promover um alinhamento entre os recursos humanos, a tecnologia da informação, o clima organizacional e a estratégia de diferenciação para os clientes. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 44 Planejamento estratégico 7.1.16 Principais obstáculos à implementação da Estratégia Apenas 10% das estratégias são implementadas. • Barreira da Visão: Apenas 5% dos colaboradores entendem a estratégia. • Barreira da Motivação: Apenas 25% dos executivos tem incentivos associados à estratégia. • Barreira Cultural: 85% dos executivos dedicam menos de uma hora por mês discutindo estratégia. • Barreira de Orçamento: 60% das empresas não estabelecem um link entre o orçamento e a estratégia. E a partir das iniciativas são preparados os Planos de Ação com diversas manobras táticas que serão desdobradas em ações operacionais. Cada Plano de ação deverá ter um responsável, um cronograma e um orçamento. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 45 Planejamento estratégico TÓPICO 8 8 Estratégias para organizações Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 46 Planejamento estratégico 8.1 Organizações Características Organizacionais: participação no mercado; qualidade dos produtos e fluxo de caixa/investimento de capital bruto. Comportamento do mercado e do consumidor: segmentação do mercado; tamanho do mercado; desenvolvimento de novo mercado e lealdade do comprador. Fornecedor: principais mudanças na disponibilidade de matérias-primas. Estrutura Industrial: taxa de mudanças tecnológicas em produtos ou processos; grau de diferenciação do produto; estrutura de preço/custo da indústria e economia de escala. Social, Econômico e Político: Tendências; taxas de juros; disponibilidade de energia e governo e legalmente impostos. Os administradores devem compreender o propósito da análise do ambiente, reconhecer os vários níveis existentes no ambiente organizacional e entender as recomendações das normas para realizar uma análise do ambiente. Embora os procedimentos usados para realizar uma análise do ambiente difiram muito de organização para organização, muitas empresas têm a mesma razão principal para executar tal análise. Em geral, seu propósito é avaliar o ambiente organizacional de modo que a administração possa reagir adequadamente e aumentar o sucesso organizacional. 8.1.1 Análise do Ambiente Interno O ambiente interno é o nível de ambiente da organização que está dentro da organização e normalmente tem implicação imediata e específica na administração da organização. A análise interna tem por finalidade colocar em evidência as deficiências e qualidades da empresa que está sendo analisada, ou seja, os pontos fortes e fracos da empresa deverão ser determinados diante da sua atual posição produto-mercado. Essa análise deve tomar como perspectiva para comparação as outras empresas do seu setor de atuação, sejam elas concorrentes diretas ou apenas concorrentes potenciais. Para o estabelecimento dos pontos fortes, fracos e neutros da companhia, o executivo deverá analisar uma série de aspectos importantes do ambiente interno, tais como: Aspectos organizacionais: rede de comunicação; estrutura da organização; registro dos sucessos; hierarquia de objetivos; política, procedimentos e regras e habilidades da equipe administrativa. • A companhia delega autoridade de forma apropriada? • A estrutura organizacional da companhia é apropriada? • As tarefas e metas de desempenho estão claramente entendidas pelos trabalhadores? Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 47 Planejamento estratégico Aspectos do pessoal: relações trabalhistas; práticas de recrutamento; programas de treinamento; sistema de avaliação de desempenho; sistema de incentivos; rotatividade e absenteísmo. • Os programas de treinamento são adequados? • Os procedimentos para recrutamento e seleção de empregados podem ser melhorados? • Nosso sistema de avaliação de desempenho é justo e preciso? Aspectos de marketing: segmentação do mercado; estratégia do produto, preço, promoção e distribuição. • A pesquisa de mercado é usada para se obter melhores vantagens? • As propagandas são usadas de forma eficiente e efetiva? • A companhia pode melhorar o sistema de distribuição do produto? Aspectos de produção: Layout das instalações da fábrica; pesquisa e desenvolvimento; uso de tecnologia; aquisição de matéria-prima; controle de estoques e uso de subcontratação. • A organização pode melhorar seu nível de tecnologia? • O fluxo de trabalho dentro da fábrica pode ser mais eficiente? • A organização pode diminuir sua taxa de rejeição? Aspectos financeiros: liquidez; lucratividade; atividades e oportunidades de investimentos. • Uma análise do relatório de receitas da companhia pode indicar melhorias passíveis de serem feitas? • Uma análise do balanço pode indicar melhorias passíveis de serem feitas? • A análise de ponto de equilíbrio pode ser usada para melhor alinhar custos em função dos lucros? A análise do ambiente interno ou autoanálise requer muita isenção de ânimo e imparcialidade no julgamento, pois qualquer tentativa de encobrir fraquezas ou desempenhos insatisfatórios poderá comprometer toda a estratégia futura. A avaliação pode ser conduzida por pessoas da própria organização envolvidas com o planejamento estratégico, ou através de consultores externos. O importante é incorporar o exercício de autoanálise à rotina operacional para que ele funcione efetivamente como uma ferramenta de administração estratégica. Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 48 Planejamento estratégico 8.1.2 Análise do ambiente externo A análise do ambiente externo permite a uma organização identificar oportunidades, ameaças e questões estratégicas que poderão afetar seus fatores-chaves de sucesso. Uma vez identificadas as forças ambientais que afetarão o desempenho de uma empresa como um todo, ficará mais fácil a tarefa de minimizar o impacto e direcionar os esforços para os resultados. Esta análise tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a sua atual posição produtomercado e, também, quanto à sua posição desejada no futuro. As oportunidades podem ser: a) Naturais: as oportunidades naturais são as incorporadas à natureza da empresa. b) De evolução: as oportunidades de evolução são proporcionadas à empresa através da formação e consolidação gradativa de condições e circunstâncias que tenderão a concretizar uma vantagem definida e concreta. c) Sinérgicas: as oportunidades sinérgicas proporcionam situações complementares e adicionais para a empresa. Normalmente, provocam modificações na estrutura organizacional e exigem novo setor de conhecimento. d) De inovação: as oportunidades de inovação normalmente modificam as características econômicas fundamentais e a capacidade da empresa; requerem grande esforço, recursos de primeira classe e dispêndios em pesquisa e desenvolvimento. Deve-se considerar que as oportunidades certas serão escolhidas se: • Foco residir na maximização de oportunidades e não na minimização das ameaças e de riscos; • Todas as principais oportunidades forem analisadas