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Stephen Krashen propõe cinco hipóteses sobre a aquisição de uma segunda língua em seu livro “Principles and Practice in Second Language Acquisition” (1987): a hipótese da aquisição/aprendizagem, a do monitor, a da ordem natural, a do input compreensível e a do filtro afetivo. Observando essas hipóteses no contexto de sala de aula, é possível identificar situações em que elas se manifestam, embora nem sempre de forma isolada. As hipóteses de Krashen são observáveis na prática de ensino de línguas, especialmente a hipótese do input compreensível e a do filtro afetivo. Um exemplo são professores que oferecem material levemente acima do nível atual do aluno (input compreensível, i+1) estimulam o progresso gradual. Propiciar ambientes de baixa ansiedade, que são mais favoráveis ao aprendizado, corresponde à ideia do filtro afetivo. No entanto, a prática de ensino pode apresentar desafios, especialmente em contextos de turmas grandes ou com limitações de tempo, o que pode dificultar a observação clara de cada hipótese isoladamente. Considerando o contexto brasileiro, a hipótese do filtro afetivo é especialmente relevante, uma vez que a ansiedade, o medo de errar e a timidez são desafios comuns entre os estudantes. Muitos alunos sentem insegurança ao se expressar em uma segunda língua. Por isso, um ambiente de apoio que minimize esses fatores é crucial para o aprendizado. Além disso, a hipótese do input compreensível também tem grande importância, pois os professores brasileiros frequentemente precisam adaptar o conteúdo de forma acessível para alunos com diferentes níveis de proficiência, mesmo em uma mesma turma. Essas hipóteses ajudam a identificar práticas pedagógicas que tornam o aprendizado mais acessível e eficaz para os alunos brasileiros, mostrando a aplicabilidade do pensamento de Krashen no ensino de inglês no Brasil.