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Profª Drª Maria Teresa de Souza Barboza PROCESSO COLETIVO Ação coletiva: sentença e liquidação no processo coletivo. Coisa julgada nas ações coletivas. Ajuizada ação coletiva para defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, pelos legitimados extraordinários, cabe ao juiz proferir a sentença, que poderá ser procedente ou improcedente. Os efeitos da coisa julgada nas ações coletivas tratadas pelo CDC (Lei n. 8.078/90), no art. 103, estão relacionados aos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos, previstos no art. 81, § único. CDC, art. 103, a seguir transcrito: “Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada: I – ‘erga omnes’, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81; II – ‘ultra partes’, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81; III – ‘erga omnes’, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81”. Sentença e coisa julgada nas ações coletivas O efeito da coisa julgada na ação coletiva de proteção a direito difuso será “erga omnes”, isto é, valerá para todas as pessoas se a ação for julgada procedente ou improcedente pela análise de mérito com provas adequadamente produzidas (CDC, art. 103, I e III). Se a sentença for procedente, todos os consumidores se aproveitam da sentença definitiva, inclusive para fazer pleitos individuais. Se a sentença for improcedente, não admitirá a propositura de nova ação coletiva, mas poderão ser ajuizadas ações individuais, Se a sentença for improcedente por insuficiência de provas, esta não produz efeito “erga omnes” e poderá a ação coletiva ser novamente proposta por qualquer dos legitimados do art. 82, inclusive a própria entidade que promoveu a ação anterior. Importante que no fundamento da sentença conste expressamente a insuficiência de provas. Se não constar, deve a autora opor embargos de declaração para obter expressamente na sentença essa declaração. Coisa julgada nas ações coletivas de proteção aos direitos difusos CDC, art. 103, § 1º dispõe: “Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe”. Ação coletiva julgada improcedente com avaliação das provas produzidas, não impede que o consumidor ajuíze sua própria ação, isto é, poderá o consumidor propor ação individual com idêntico fundamento. A coisa julgada da ação coletiva negativa (sentença improcedente) não atinge o consumidor individual, o que justifica-se pela: Legitimidade para propositura da ação coletiva: como ela é autônoma não há como atingir negativamente o direito individual daquele que não participou do feito. Lógica do sistema de aproveitar o resultado positivo da ação: efeito positivo da sentença beneficiar o consumidor individual visa trazer resultado benéfico para toda a coletividade. Relação das ações coletivas de direito difuso com o direito individual do consumidor O efeito da coisa julgada na ação coletiva de proteção a direito coletivo será “ultra partes”, isto é, atingirá pessoas integrantes do grupo, categoria ou classe, se a ação for julgada procedente ou improcedente pela análise de mérito com provas adequadamente produzidas (CDC, arts. 103, II, e 82, § único, II). Com relação ao direito coletivo, convém lembrar que o objeto é indivisível e os titulares estão ligados entre si por uma relação jurídica ou estão ligados ao sujeito passivo por uma relação jurídica, o que justifica os efeitos da coisa julgada “ultra partes”, em função dessa dupla característica da relação jurídica, que envolve titulares entre si ou com a parte contrária, e da indivisibilidade do objeto, beneficiando os consumidores que pertencem à Associação, ao Sindicato, à classe, ou ainda beneficiam todos os clientes de um mesmo banco, os usuários de um mesmo serviço essencial etc. Se a ação for julgada improcedente com avaliação das provas produzidas, da mesma maneira o efeito é “ultra partes” e impede a propositura de nova ação coletiva, mas não fica impedido o ajuizamento de ações individuais. Se a sentença for improcedente por insuficiência de provas, esta não produz efeito e poderá a ação coletiva ser novamente proposta por qualquer dos legitimados do art. 82, inclusive a própria entidade que promoveu a ação anterior. Importante que no fundamento da sentença conste expressamente a insuficiência de provas. Se não constar, deve a autora opor embargos de declaração para obter expressamente na sentença essa declaração. Coisa julgada nas ações coletivas de proteção aos direitos coletivos CDC, art. 103, § 1º dispõe: “Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe”. Ação coletiva julgada improcedente com avaliação das provas produzidas, não impede que o consumidor ajuíze sua própria ação, isto é, poderá o consumidor propor ação individual com idêntico fundamento. A coisa julgada da ação coletiva negativa (sentença improcedente) não atinge o consumidor individual, o que justifica-se pela: Legitimidade para propositura da ação coletiva: como ela é autônoma não há como atingir negativamente o direito individual daquele que não participou do feito. Lógica do sistema de aproveitar o resultado positivo da ação: efeito positivo da sentença beneficiar o consumidor individual visa trazer resultado benéfico para toda a coletividade Relação das ações coletivas de direito coletivo com o direito individual do consumidor No caso de procedência do pedido, o efeito da coisa julgada na ação coletiva de proteção a direito individual homogêneo será “erga omnes”, para beneficiar todas as vítimas e seus legítimos sucessores (CDC, art. 103, III). Se a ação for julgada improcedente, o efeito da coisa julgada só atinge aqueles que tiverem ingressado como litisconsorte na ação coletiva proposta pelo legitimado do art. 82 do CDC, não produzindo qualquer efeito em relação às vítimas e sucessores que não integraram a lide. Na ação coletiva para defesa dos direitos individuais homogêneos pressupõe a possibilidade/faculdade de ingresso da vítima ou sucessores no polo ativo da ação, como litisconsorte facultativo, como dispõe o CDC, art. 94, abaixo: “Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor”. Nos casos de direitos individuais homogêneos, o CDC não faz referência a improcedência por insuficiência de provas, donde se conclui que está vedado o ajuizamento de nova demanda, ainda que o resultado da ação coletiva expressamente reconheça a insuficiência da prova produzida, restando apenas a via individual. Coisa julgada nas ações coletivas de proteção aos direitos individuais homogêneos (1/2) Nos casos de direitos individuais homogêneos, o CDC não faz referência a improcedência por insuficiência de provas, donde se conclui que está vedado o ajuizamento de nova demanda, ainda que o resultado da ação coletiva expressamente reconheça a insuficiência da prova produzida, restando apenas a via individual. Para o exercício do direito individual pelo consumidor-vítima ou seus sucessorespor meio do ajuizamento de ação individual, deve ser observado o disposto no CDC, art. 103, § 2º, abaixo: “§ 2º Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual”. Coisa julgada nas ações coletivas de proteção aos direitos individuais homogêneos (2/2) A questão da amplitude da coisa julgada na ação coletiva tem relação direta com a extensão do dano, que se este é nacional a amplitude é nacional. As normas e os princípios do CDC são firmes, claros e coerentes ao dizer que os efeitos “erga omnes” da coisa julgada na ação coletiva estendem-se a todo o território nacional, gerando conteúdo formal adequado e condizente com os princípios e normas constitucionais e para além dos limites de competência territorial do órgão prolator da decisão. É inadmissível que, consumidores paulistas não sejam violados por decisão de Vara Cível de Comarca de cidade do interior da Justiça Estadual de São Paulo, mas se permita que o mesmo ato abusivo atinja consumidores de outros Estados-membros. Transcreve-se a jurisprudência abaixo: “O efeito ‘erga omnes’ da coisa julgada material na ação civil pública será de âmbito nacional, regional ou local conforme a extensão e a indivisibilidade do dano ou ameaça de dano, atuando no plano dos fatos e litígios concretos, por meio, principalmente, das tutelas condenatória, executiva e mandamental, que lhe asseguram eficácia prática, diferentemente da ação declaratória de inconstitucionalidade, que faz coisa julgada material ‘erga omnes’ no âmbito da vigência espacial da lei ou ato normativo impugnado” (REsp 557.646/DF, rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 13-4-2004, DJ, 30-6-2004, p. 314). Abrangência territorial da coisa julgada na ação coletiva Configura-se a litispendência entre duas ações pela ocorrência da tríplice identidade (CPC, art. 337, VI, e §§ 1º a 3º): das partes, do objeto (pedido) e da causa de pedir (próxima e remota). Não caracteriza a litispendência entre ação coletiva de proteção ao direito difuso, coletivo ou individual homogêneo com a ação individual, vez que as partes não são as mesmas (na ação coletiva o autor corresponde ao legitimado extraordinário e na ação individual é um particular) e o objeto das ações são distintas (na ação individual o objeto é o ressarcimento do dano, enquanto que na ação coletiva o objeto é diverso), apesar da causa de pedir e o réu serem os mesmos. Quanto ao objeto das ações coletivas, Rizzato Nunes explica que: “Nas ações coletivas para defesa dos direitos difusos e coletivos ‘lato sensu’, os objetos são indivisíveis e elas resolvem-se em obrigação de fazer ou não fazer em benefício dos consumidores indeterminados (difuso) ou determináveis (coletivo), mas remanescendo indivisíveis. Na ação coletiva de proteção ao direito individual homogêneo, o objeto é o da fixação da responsabilidade com condenação genérica (art. 95) ), liquidável por habilitação dos interessados” (Curso de direito do consumidor . Disponível em: Minha Biblioteca, (13ª edição). Editora Saraiva, 2018, p. 897). Litispendência da ação coletiva com a ação individual Apesar de não induzir à litispendência quando em curso ação coletiva e ação individual, a sentença proferida na ação coletiva gera efeitos na ação individual. Para os consumidores que propuserem ações individuais para poderem se beneficiar dos efeitos da coisa julgada “ultra partes” e “erga omnes” das ações coletivas de proteção ao direito coletivo “lato sensu” e direito individual homogêneo, devem requerer a suspensão da ação individual, conforme prevê o CDC, art. 104, a seguir: “Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada ‘erga omnes’ ou ‘ultra partes’ a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva”. O objetivo é dar efetividade ao princípio da economia processual, com o julgamento da ação coletiva que possa beneficiar todos os consumidores individuais e evitar decisões conflitantes, em especial a da procedência da ação coletiva com a da improcedência da individual. Efeitos especiais da sentença (1/2) A contagem do prazo de 30 dias para o requerimento de suspensão da ação individual pelo consumidor, inicia-se pela prova de sua ciência real e inequívoca nos autos da ação coletiva. Não basta a publicação do edital previsto no CDC, art. 94, e/ou a divulgação em órgãos de comunicação. Deve haver intimação pessoal do consumidor. Como intimar o consumidor? Cabe ao réu, que o mesmo na ação coletiva e na individual, requerer na ação coletiva a intimação do consumidor ou sucessor que lhe está movendo a ação individual, para que, no prazo de 30 dias, contados da intimação, esse consumidor ou sucessor requeiram a suspensão do processo individual. A intimação do consumidor é ônus do réu. Requerida a suspensão pelo consumidor deve o juiz deferir. Se devidamente intimado, o consumidor não requerer a suspensão da ação individual, será atingido pela prejudicialidade, isto é, não se beneficiará dos efeitos da sentença procedente proferida na ação coletiva. Efeitos especiais da sentença (2/2) A continência entre duas ações caracteriza-se pela ocorrência da identidade de partes e das causas de pedir, sendo que o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o da outra (CPC, art. 56). Não há continência entre as ações coletivas tratadas pelo CDC e as ações individuais, uma vez que apenas a causa de pedir pode ser a mesma. Rizzato Nunes explica a diferença entre o objeto da ação coletiva e da ação individual, a seguir: “Nas ações coletivas para defesa dos direitos difusos e coletivos ‘lato sensu’, os objetos são indivisíveis e elas resolvem-se em obrigação de fazer ou não fazer de afetação aos consumidores indeterminados (difuso) ou determináveis (coletivo), mas remanescendo indivisíveis. Na ação coletiva de proteção ao direito individual homogêneo, o objeto é o da fixação da responsabilidade com condenação genérica (art. 95), liquidável por habilitação dos interessados” (Curso de direito do consumidor . Disponível em: Minha Biblioteca, (13ª edição). Editora Saraiva, 2018, p. 899). Continência A liquidação de sentença nas ações coletivas está prevista no CDC, art. 95, que dispõe: “Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados”. A sentença é genérica e certa, isto é, o pedido inicial pode ser genérico, o que significa que cabe ao magistrado na sentença fixar o valor devido (CPC, art. 324). O pedido é, então, genérico, mas certo. Na ação coletiva, a sentença é certa e genérica, mas ilíquida, demandando liquidação. O juiz julga a ação procedente e apenas fixa a responsabilidade do réu pelos danos causados. Os valores a serem pagos advirão da fase posterior de liquidação. Nas ações coletivas, a liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima e seus sucessores ou pelos legitimados, como dispõe o CDC, art. 97, a seguir: “Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82”. Liquidação de sentença nas ações coletivas “Ocorre que, o valor indenizatório nas ações de indenização por danos morais somente será arbitrado pelo Magistrado no momento da prolação da sentença, quando já encerrada a instrução, quando, então, serão apurados todos os elementos que permitirão uma justa estimativa,levando em consideração: a) a natureza específica da ofensa sofrida; b) a intensidade real, concreta, efetiva do sofrimento da vítima; c) a repercussão da ofensa, no meio social em que vive o ofendido; d) a existência de dolo — má-fé — por parte do ofensor, na prática do ato danoso e o grau de sua culpa; e) a situação econômica do ofensor; f) a capacidade e a possibilidade real e efetiva do ofensor voltar a ser responsabilizado pelo mesmo fato danoso; g) a prática anterior do ofensor relativa ao mesmo fato danoso, ou seja, se ele já cometeu a mesma falta; h) as práticas atenuantes realizadas pelo ofensor visando diminuir a dor do ofendido. Liquidação de sentença nas ações coletivas – Jurisprudência (1/2) Por isso, a petição inicial, para estar correta, deve conter pedido genérico (art. 324 do CPC), sendo que o valor da causa é sempre mera estimativa para fins fiscais, apenas não podendo ser exagerado. No caso dos autos, a petição inicial apresentada às fls. 08/12 continha — como contém — pedido determinado quanto aos danos materiais — R$ 710,00 (fls. 11), não se mostrando desarrazoado o valor de R$ 1.000,00. Ademais, o pedido de ressarcimento dos danos morais apresentado de forma genérica não implicará cerceamento ao direito de defesa da ré-agravada, que poderá discutir a incidência ou não do ressarcimento dos prejuízos morais sofridos. De outro lado, mesmo que a parte apresente pedido certo, este é feito por mera estimativa, não vinculando o Magistrado aos seus limites, já que, como dito, a indenização do dano moral tem características muito diversas daquela relativa aos danos materiais. O caráter satisfativo- punitivo de sua base implica fixação somente ao final da instrução. Por isso o valor somente será fixado após regular instrução da lide, no momento da prolação da sentença. Assim, se o quantum virá a ser fixado pelo Estado-juiz, mediante a conjugação de todos os parâmetros acima esposados, o pedido deveria ter sido mesmo — como o foi — apresentado de forma genérica” (AI 968.797-6, j. 22-11-2001, v. u., 4ª Câm. do 1º TAC, Rel. Rizzato Nunes). Liquidação de sentença nas ações coletivas – Jurisprudência (2/2) Nas ações coletivas julgadas procedentes, a liquidação de sentença deve ser promovida pela vítima e seus sucessores ou legitimados previsto no CDC, art. 82, com observância às regras do CPC, arts. 509 a 512, que dispõem sobre a liquidação de sentença. Distribuição da ação de liquidação individual: a liquidação de sentença se dá por artigos, em liquidações individualizadas por meio de requerimento de habilitação dos interessados, vítimas e sucessores, estes devem provar o nexo de causalidade entre o acidente e o dano sofrido pela vítima, assim como do montante dos danos sofridos. Quando o consumidor intenta a liquida, deve pagar custas no ato da distribuição, exceto se tiver direito e pleiteie isenção como beneficiário da assistência judiciária gratuita. Para que a liquidação e execução de sentença seja promovida pelos legitimados do art. 82, necessário se faz que tenham sido liquidados os danos das vítimas individualizadamente, pois, caso contrário, não há o que executar, já que a sentença é genérica e ilíquida (CDC, art. 97, “in fine”). Para o cumprimento de sentença devem ser observadas as regras do CPC, arts. 513 e ss. Ação de liquidação individual (1/2) Como dispõe o CDC, art. 98 e §§, a seguir: “Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções. § 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou não do trânsito em julgado. § 2° É competente para a execução o juízo: I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de execução individual; II - da ação condenatória, quando coletiva a execução”. Jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo, a seguir: “AÇÃO COLETIVA — SENTENÇA GENÉRICA — PROPOSITURA DE LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO INDIVIDUAL REFERENTE A DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS — TAXA JUDICIÁRIA — CUSTAS INICIAIS DEVIDAS — Na liquidação de sentença genérica, proferida em ação coletiva, visando à reparação dos danos individualmente sofridos, inaugura-se novo processo, com nova distribuição, sendo, pois, devida a taxa judiciária, nos moldes do art. 4º da Lei paulista n. 11.608/2003. Inaplicabilidade do art. 18 da Lei n. 7.347/85 (LACP) — RECURSO DESPROVIDO” (Agravo de instrumento n. 990.10.552389-7, rel. Des. Sérgio Shimura, 23ª Câmara de Direito Privado, TJSP, j. 6-4-2011, m. v.). Ação de liquidação individual (2/2) OBRIGADA E ATÉ A PRÓXIMA!