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Princípios da Química e Cosmetologia

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Michele N

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G R A D U A Ç Ã O
ME. ÉRICA SIMIONATO MACHADO RIEGER
Princípios da Química 
e Cosmetologia
Híbrido
GRADUAÇÃO
Princípios 
da Química e 
Cosmetologia 
Me. Érica Simionato Machado Rieger
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; RIEGER, Érica Simionato Machado. 
Princípios da Química e Cosmetologia. Érica Simionato Ma-
chado Rieger. 
Maringá-PR.: Unicesumar, 2019. 
168 p.
“Graduação - EAD”.
1. Química. 2. Cosmetologia . 3. EaD. I. Título.
 ISBN 978-85-459-1965-0
CDD - 22 ed. 540
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná
unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Impresso por:
Coordenador de Conteúdo Lilian Rosana dos
Santos Moraes.
Designer Educacional Janaína de Souza Pontes.
Revisão Textual Cintia Prezoto Ferreira e Érica 
Fernanda Ortega.
Editoração Bruna Stefane Martins Marconato.
Ilustração Mateus Calmon.
Realidade Aumentada Kleber Ribeiro, Leandro
Naldei e Thiago Surmani.
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos 
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William 
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. 
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James 
Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação
e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de 
Permanência Leonardo Spaine; Diretoria de 
Design Educacional Débora Leite;Fukushima; 
Gerência de Projetos Especiais Daniel F. Hey; 
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo 
Ribeiro Garcia; Gerência de Curadoria 
Carolina Abdalla Normann de Freitas; 
Supervisão de Projetos Especiais Yasminn 
Talyta Tavares Zagonel; Projeto 
Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla 
Guimarães Cripaldi; Fotos Shutterstock 
PALAVRA DO REITOR
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois 
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos 
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo 
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de 
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil 
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo 
MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a 
instituição de educação precisa ter pelo menos 
três virtudes: inovação, coragem e compromisso 
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para 
os cursos de Bem-estar, metodologias ativas, as 
quais visam reunir o melhor do ensino presencial 
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-
munidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a 
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é 
importante destacar aqui que não estamos falando 
mais daquele conhecimento estático, repetitivo, 
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global, 
democratizado, transformado pelas tecnologias 
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de 
pessoas, lugares, informações, da educação por 
meio da conectividade via internet, do acesso 
wireless em diferentes lugares e da mobilidade 
dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e 
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber 
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e 
usar a tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação 
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato 
com ambientes cativantes, ricos em informações 
e interatividade. É um processo desafiador, que 
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores 
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida 
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que 
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você 
está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja 
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, 
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma 
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível 
de desenvolvimento compatível com os desafios 
que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o 
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme 
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na 
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação 
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita 
o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação 
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de 
crescimento e construção do conhecimento deve 
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos 
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas 
ao vivo e participe das discussões. Além disso, 
lembre-se que existe uma equipe de professores e 
tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao universo da cosmetologia! Como 
caráter fundamental, este livro abordará a parte introdutória desta ciên-
cia: a química. Estes novos conhecimentos (ou nem tão novos para você) 
farão toda a diferença durante seus atendimentos clínicos. Na primeira 
unidade, conheceremos sobre a história da cosmetologia: como se iniciou 
a produção e utilização dos cosméticos? Quando isso ocorreu? Quais fo-
ram os primeiros povos a utilizar-se destes produtos? Você irá descobrir! 
Ainda na Unidade 1, serão apresentados os termos que são usados na área 
química para que você entenda sobre o assunto, sendo também abordada 
a legislação dos produtos cosméticos. Comentando sobre a legislação, este 
é um tema muito importante, pois evita maiores transtornosChang (2010). 
52 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Óxidos 
São compostos formados por oxigênio e outro 
elemento químico. De regra, o oxigênio deve ser 
o mais eletronegativo, então, sabendo que somen-
te o Flúor é mais eletronegativo que o oxigênio, 
grande parte dos elementos químicos formam 
óxidos. Os óxidos mais comuns em nosso coti-
diano são a ferrugem (óxido de ferro III) e o gás 
carbônico (dióxido de carbono). 
Quanto ao seu comportamento químico, os 
óxidos podem ser classificados em ácidos, bási-
cos, neutros ou anfóteros. Óxidos ácidos reagem 
com a água e formam ácido; também reagem com 
bases e formam sal e água; geralmente se ligam 
com os ametais por ligação covalente. Os óxidos 
básicos formam uma solução básica quando rea-
gem com água ou neutralizam ácidos formando 
sal e água, geralmente se ligam aos metais. Óxidos 
anfóteros podem reagir com ácidos e bases; são 
exemplos de óxidos anfóteros o óxido de zinco e 
alumínio (MAIA; BIANCHI, 2007). Por fim, o 
óxido neutro não reage com água, base ou ácido, 
mas reage com outros compostos, por exemplo, 
a hemoglobina. São óxidos neutros N2O (Óxido 
Nitroso), NO (Óxido Nítrico) e CO (Monóxido 
de Carbono).
São exemplos de óxidos comumente utilizados 
na cosmetologia o óxido de zinco, para poma-
das dermatológicas, e o peróxido de hidrogênio 
(H2O2), a água oxigenada, em diversos cosméti-
cos. 
O antiácido utilizado para reduzir a acidez esto-
macal é um composto alcalino, que gera reação 
de neutralização.
53UNIDADE 2
A química orgânica recebe essa nomenclatura, 
pois, antigamente, de forma errônea, era definida 
como o estudo dos compostos produzidos por se-
res vivos, porém, atualmente, os compostos orgâ-
nicos também podem ser produzidos a partir de 
substâncias sintéticas. A química orgânica estuda 
os compostos derivados do elemento carbono, 
os quais são mais numerosos do que os compos-
tos inorgânicos. O carbono tem capacidade de 
compartilhar elétrons com outros átomos, e por 
essa propriedade ele é capaz de formar inúmeras 
substâncias com funções variadas (FERREIRA 
et al., 2007). 
O carbono é tetravalente, ou seja, faz quatro li-
gações simples e iguais e também possui a capaci-
dade de formar longas cadeias (GARCIA; LUCAS; 
BINATTI, 2015). A maioria dos combustíveis são 
compostos orgânicos, como o gás de cozinha, 
etanol e o petróleo (FERREIRA et al., 2007; AL-
BERTS et al., 2017). Devido à maior quantidade 
de compostos orgânicos apolares, que podem ser 
insolúveis em solventes polares (exemplo: água), 
há uma grande quantidade de solventes apolares 
(BJELDANES; SHIBAMOTO, 2014).
Funções 
Orgânicas
54 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Os elementos que formam os compostos or-
gânicos são chamados de elementos organógenos 
e são eles: carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio 
(O) e o nitrogênio (N). Em relação à quantidade 
de ligações que esses compostos conseguem fazer: 
o hidrogênio forma somente uma ligação, o oxi-
gênio duas, o nitrogênio três e o carbono quatro 
ligações (SILVA; NOGARA, 2018).
A classificação quanto ao número de carbonos 
diretamente ligados é a divisão em metílico, pri-
mário, secundário, terciário e quaternário. Carbo-
no metílico indica que o carbono não está ligado 
diretamente a nenhum outro carbono (exemplo: 
CH4); no carbono primário, o átomo de carbono 
se liga a um outro carbono (Figura 8, cor alaran-
jada); o carbono secundário possui duas ligações 
entre átomos de carbono (Figura 8, cor verde); por 
sua vez, o carbono terciário se liga a três átomos de 
carbono (Figura 8, cor vermelha); e o quaternário 
que liga-se a outros três carbonos (Figura 8, cor 
azul) (GARCIA; LUCAS; BINATTI, 2015).
C
H3C
H3C
H3C CH3
CH3
CH2
CH
Figura 8 - Representação da classificação do carbono em 
primário, secundário, terciário e quaternário
Fonte: a autora.
Outra classificação dos carbonos é referente ao 
tipo de ligação covalente, pois o carbono saturado 
apresenta apenas ligações simples, e os insatu-
rados, uma ligação dupla, tripla ou duas duplas. 
As cadeias carbônicas são classificadas em sa-
turadas – apresentam somente ligações simples 
entre carbonos – e insaturadas – apresentam, ao 
menos, uma ligação dupla ou tripla entre carbo-
nos (GARCIA; LUCAS; BINATTI, 2015). Ainda 
sobre as cadeias, também podem ser classificadas 
em abertas, quando os carbonos da extremidade 
não estão ligados (não formam anéis), e fechadas, 
quando os carbonos estão ligados e formam anéis, 
conforme podemos perceber na Figura 9.
Cadeia Aberta
Cadeia Fechada
H
H
H
H
H
H
H
H
H
HO OH
CH2H2C C
C C
C C
Figura 9 - Cadeias carbônicas abertas e fechadas 
Fonte: a autora.
Assim como a química inorgânica possui funções 
inorgânicas, a química orgânica também possui 
funções orgânicas. Com o objetivo de classificar 
os compostos orgânicos conforme suas carac-
terísticas semelhantes, dentre as várias funções 
orgânicas estudaremos sobre: hidrocarbonetos, 
funções oxigenadas e funções nitrogenadas.
Hidrocarbonetos
Os hidrocarbonetos possuem carbono e hidro-
gênio em suas estruturas, unidos por ligação 
covalente, sendo divididos em: alcanos, alcenos, 
alcinos, alcadienos, ciclanos, ciclenos e aromá-
ticos. Alcanos são hidrocarbonetos que fazem 
somente ligação simples entre os carbonos, for-
mados por cadeias abertas, e possuem fórmula 
55UNIDADE 2
geral CnH2n+2. O metano (CH4) é o alcano mais 
simples produzido a partir da decomposição 
anaeróbica de matéria vegetal. O gás natural 
é formado por metano e outros compostos 
(CHANG, 2010). Por sua capacidade de, na 
maioria das vezes, transformarem-se do esta-
do líquido para vapor, os alcanos são utilizados 
como combustíveis (PICOLO, 2014).
Os alcenos são hidrocarbonetos com uma 
única dupla ligação, que sofrem combustão fa-
cilmente. Da família dos alcenos, temos o eteno 
(CH2=CH2) e o propeno (CH3CH=CH2), popu-
larmente chamados, respectivamente, de etileno 
e propileno. São substâncias químicas bastante 
importantes, pois o etileno, além de ter a capa-
cidade de produzir polietileno (um plástico uti-
lizado para insumos farmacêuticos, construção, 
entre outras utilidades), também é capaz de for-
mar etilenoglicol (anticongelante). O propileno, 
por sua vez, pode ser utilizado na produção de 
álcool e plásticos (MOORE, 2008).
Os hidrocarbonetos alcinos possuem uma 
única tripla ligação, sua fórmula geral é CnH2n. O 
menor alcino é o etino, conhecido como acetileno 
(ORTIZ, 2018); este composto é utilizado para 
produzir a chama de isqueiros (ILHA, 2016).
Alcadienos possuem duas duplas ligações, ten-
do como fórmula geral: CnH2n-2. São exemplos 
de alcadienos o 1,4-pentadieno e 1,3-pentadieno 
(CAREY, 2011).
Os ciclanos ou cicloalcanos são formados por 
ligações simples, possuem cadeias fechadas e por 
isso contêm três ou mais carbonos em sua estru-
tura, sua fórmula molecular é CnH2n (CAREY, 
2011). Os cicloalcenos ou ciclenos possuem fór-
mula molecular CnH2n-2 e é um hidrocarboneto 
de cadeia fechada, que possui uma única dupla 
ligação (SILVA; NOGARA, 2018).
Os compostos aromáticos (hidrocarbonetos 
aromáticos) recebem esta nomenclatura devido 
aos odores que estes possuem, formam anel e es-
tão presentes nos solventes, carvão e na estrutura 
do DNA. O composto mais comum é o benzeno 
(ATKINS; JONES; LAVERMAN, 2018).
Os terpenos são formados pela união de várias 
moléculas de hidrocarbonetos e, devido essa varia-
bilidade estrutural, possuem funções diferenciadas 
(MONTEIRO; BRANDELLI, 2017). Apresentam 
dupla ligação, permitindo formar outros grupos 
funcionais, como: ácidos, fenóis, álcoois, cetonas, 
aldeídos ou éteres (FELIPE; BICAS, 2017). As 
plantas possuem uma grande quantidade deste 
composto, conhecido como óleos essenciais, o qual 
confere a elas o odor característico e são volati-
lizados pelo ar rapidamente, quando maceradas 
(VOLLHARDT; SCHORE, 2013). 
Os terpenos são responsáveis pela atração de 
insetos para dispersar o pólen da planta ou como 
seus protetores, afastando herbívoros. Essescom-
postos são utilizados na indústria química para a 
produção de perfumes, para conferir sabor aos 
alimentos, podem ser utilizados como solventes, 
comercializados seus óleos essenciais ou diluídos 
em alguns cosméticos (VOLLHARDT; SCHORE, 
2013). Como relata Corazza (2002, p. 75) “os ter-
penos podem ser incolores, amarelados (quando 
associados a carotenoides) ou esverdeados (quan-
do associados a clorofilas)”.
Os terpenos estão entre os compostos mais rea-
tivos encontrados na atmosfera. A reação dos 
terpenos com o radical hidroxila, (HO-), é muito 
rápida. Além disso, os terpenos reagem com ou-
tros agentes oxidantes na atmosfera, sobretudo 
o ozônio, O3, e o radical nitrato, NO3.
Fonte: Manahan (2013, p. 372).
56 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Os terpenos, também chamados de isoprenoídes, são derivados do isopreno e classificados conforme 
o número desse composto: Hemiterpenos possuem 1 unidade de isopreno e 5 átomos de carbono (C5), 
monoterpenos - 2 isoprenos e C10, sesquiterpenos - 3 isoprenos e C15, diterpenos - 4 isoprenos e C20, 
sesterpenos - 5 isoprenos e C25, triterpenos - 6 isoprenos e C30, por fim os tetraterpenos - 8 isoprenos 
e C40 (CAREY, 2011; MONTEIRO; BRANDELLI, 2017). Quanto às caraterísticas específicas:
• Hemiterpenos são produzidos por meio do aquecimento de algumas espécies de árvores, o que pode 
ocorrer para proteger contra o excesso de temperatura. Alguns hemiterpenos são utilizados como inse-
ticidas naturais (BRESINSKY et al., 2012) e na fabricação de cervejas, como o humulona, que confere 
o sabor amargo (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010; MARCANO; HASEGAWA, 2002). 
• Nos produtos naturais, como os óleos essenciais, estão presentes em grande quantidade os ses-
quiterpenos e monoterpenos (FELIPE; BICAS, 2017), principalmente em frutas cítricas, como a 
laranja e o limão, caracterizando seu odor marcante, como o mentol e linalol. Possuem atividade 
antimicrobiana, anti-inflamatória (MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2017), antisséptica, 
antiviral e anticancerígena. São excelentes solventes de lipídeos e penetram com facilidade no 
organismo (OLIVEIRA et al., 2016). Auxiliam na desintoxicação corporal e, os sesquiterpenos, 
aumentam os níveis de oxigênio das glândulas pineal e hipófise (CORAZZA, 2002).
• Os diterpenos e triterpenos possuem como componente principal óleo essencial e resina, o 
que confere bom desempenho na fixação de perfumes; são utilizados pelas indústrias como 
solventes, na produção de tintas, entre outras utilizações (FELIPE; BICAS, 2017). O colesterol e 
o ergosterol são triterpenos presentes nas membranas biológicas de quase todos os organismos 
(CAREY, 2011; MONTEIRO; BRANDELLI, 2017). O óleo essencial de copaíba é formado por 
diterpenos e possui ação anti-inflamatória, antifúngica e antipsoríase (GALÚCIO et al., 2016).
• Os tetraterpenos, também chamados de carotenoides, são pigmentos presentes em plantas e tam-
bém utilizados pela indústria alimentícia para conferir coloração aos alimentos. É dividido em 
carotenos e xantofilas, e alguns deles podem possuir atividade antioxidante (FELIPE; BICAS, 2017).
Os terpenos também podem ser classificados em acíclicos ou cíclico (um ou mais anéis monocíclicos, 
bicíclicos, tricíclicos) ou acíclicos (MACIEL; CORTEZ; GOMES, 2006).
O petrolato, uma mistura purificada de hidrocarbonetos derivados do petróleo (óleo bruto), é utili-
zado como produto de cuidado da pele desde 1872; exibe uma resistência à perda de vapor de água 
170 vezes maior do que o óleo de oliva. As moléculas de hidrocarbonetos presentes no petrolato 
previnem oxidação, proporcionando longo prazo de validade para esse oclusivo, considerado o pa-
drão-ouro ao qual outros ingredientes são comparados. Porém, embora também conhecido por ser 
não comedogênico, o petrolato apresenta uma textura oleosa, o que pode torná-lo cosmeticamente 
inaceitável para alguns pacientes. 
Fonte: Warren Jr. (2015, p. 1).
57UNIDADE 2
Funções Oxigenadas
Além de oxigênio, está presente o hidrogênio. As funções oxigenadas são: álcool, fenol, aldeído, cetona 
e ácido carboxílico.
Álcoois
Composto orgânico que deve conter um grupo hidroxila (OH) ligado a um átomo de carbono satura-
do (ligações simples). São anfotéricos, ou seja, podem ser bases ou ácidos (VOLLHARDT; SCHORE, 
2013) e são classificados quanto ao número de hidroxilas: monoálcool, uma hidroxila, diálcool, duas 
hidroxilas; triálcool, três hidroxilas; ou poliálcool, várias hidroxilas. Conforme Vollhardt e Schore 
(2013) relatam, outra classificação se dá quanto a posição da hidroxila:
• Álcool primário: ligado a um carbono primário (liga-se apenas a um outro carbono).
• Álcool secundário: ligado a um carbono secundário (liga-se apenas a dois outros carbonos).
• Álcool terciário: ligado a um carbono terciário (liga-se apenas a três outros carbonos).
Monoálcool
Quanto à solubilidade, o menor número de 
carbonos corresponde à maior solubilidade 
em água, pois a porção lipofílica aumenta 
conforme acrescentam-se carbonos (BAR-
BOSA, 2011). 
O etanol é utilizado desde os primórdios 
para a fabricação de bebidas. Ele é obtido 
por meio da fermentação dos açúcares, cha-
mado de fermentação alcoólica, que pode 
ocorrer através da cana-de-açúcar, milho, 
entre outros. Possui uma infinidade de funções, como: desinfetante, combustível para veículos automo-
tores, solvente, anestésica, sedativa, antisséptica para produtos de higiene pessoal e conservante em cos-
méticos (VOLLHARDT; SCHORE, 2013; BOLOGNIA; JORIZZO; SCHAFFER, 2015; BARBOSA, 2011). 
O glicerol “é um tri-álcool com 3 carbonos [...], é um líquido incolor, com gosto adocicado, sem cheiro 
e muito viscoso[...]. O nome glicerol deriva da palavra grega glykys, doce” (BEATRIZ; ARAÚJO; LIMA, 
2011, p. 306). Possui propriedades umectantes, sendo utilizado nos cosméticos para preservar a água em 
seus produtos, isso se deve pela sua capacidade de formar ligações com as moléculas de água. O óleo de 
pinho utilizado como bactericida e pelos seus poderes aromáticos é um α-terpineol (BARBOSA, 2011).
“O eritriol é um poliálcool duas vezes mais doce que a sacarose. Em doses excessivas, pode causar 
diarreia” (MAGNONI, 2012, p. 48). O xilitol também é um poliálcool com sabor adocicado, muito 
utilizado como adoçante não cancerígeno pela indústria alimentícia, ele impede a proliferação de 
bactérias presentes na cavidade bucal (MUSSATTO; ROBERTO, 2002). 
Monoálcool
H3C CH2 CH2 CH2H2C H2COH CH
OH OH OH OH OH
Diálcool Poliálcool
Álcool Primário Álcool Secundário Álcool Terciário
H3C
H3C
H3C
H3C
CH2 CH3 CH3
OH
CH
C
OH
OH
58 A Química e sua Importância na Cosmetologia
O metanol possui alto poder tóxico, é absorvido rapidamente pela pele, trato respiratório e gas-
trointestinal, causa acidose sanguínea, pela formação de dióxido de carbono, podendo levar à morte 
(KATZUNG; TREVOR, 2017).
Fenol
Apesar de sua estrutura química ser parecida com os álcoois, o fenol é uma 
outra função da química orgânica, que possui OH ligado a uma cadeia aro-
mática, conforme podemos notar na Figura 10. Fenol também dá o nome a 
uma substância volátil mais simples, obtida por meio da ligação de hidroxila 
ao anel benzênico. Sintetizado pela primeira vez através do alcatrão de hulha, 
e atualmente, no Brasil, através da oxidação do cumeno (OLIVEIRA, 2015). As 
primeiras utilizações do fenol eram para produtos de higiene, reduzir odores de 
esgotos e como antisséptico para cirurgias. Atualmente, os derivados do fenol, 
devido aos seus poderes desinfetante e anestésico, são utilizados para produtos 
de limpeza (BARBOSA, 2011).
Aldeídos e Cetonas
Aldeídos e cetonas são estruturalmente parecidos. Enquanto o álcool possui, como grupo funcional 
a hidroxila; cetonas e aldeídos possuem, no grupo funcional, a carbonila (átomo de carbono ligado a 
oxigênio por ligação dupla) (BARBOSA, 2011). Já a diferença entre aldeído e cetona está na posição 
da carbonila (Figura 11), pois a carbonila dos aldeídos é terminal (está na extremidade da cadeia), edas cetonas é secundário (carbonila deve estar entre carbonos). 
Aldeídos e cetonas podem ser obtidos mediante da oxidação de álcoois. O aldeído mais comum 
é o formaldeído, sendo utilizado para conservar materiais biológicos. Alguns tipos de aldeídos estão 
presentes nos óleos essenciais das plantas e frutas, e conferem sabor e odor a elas, por exemplo o ci-
namaldeído, obtido da canela (ATKINS; JONES; LAVERMAN, 2018).
A propanona é a cetona mais simples e é chamada de acetona, este solvente líquido é utilizado 
na fabricação de esmaltes e tintas, 
e como removedor de esmaltes. 
Inflamável, de odor caracterís-
tico, pode ser irritante à pele, 
deixando-a ressecada; aspirada 
a propanona, pode causar dores 
de cabeça, entre outros sintomas. 
Cetonas também são produzidas 
pelo organismo a partir da degra-
dação de ácidos graxos.
OH
Figura 10 - Estrutura 
molecular do fenol
Fonte: a autora.
C C C
O O
H2
H3C
H3C CH3H
CetonaAldeído
Figura 11 - Aldeído e Cetonas
Fonte: a autora.
59UNIDADE 2
Ácido Carboxílico
Os ácidos carboxílicos são compostos orgânicos que apresentam grupo funcional carboxila, sendo o 
carbono ligado ao oxigênio por ligação dupla, e ligação simples com OH. 
São ácidos fracos, bastante conhecidos e, frequentemente, encontrados nos produtos naturais. Com 
o ácido carboxílico na sua forma simples tem-se o veneno das formigas, o ácido fórmico, e o ácido 
acético do vinagre, que é formado a partir da oxidação do vinho pelo ar (CAREY, 2011). As funções 
derivadas dos ácidos carboxílicos são: sal orgânico, éter e éster.
Sal Orgânico
Em sua fórmula química, o hidrogênio do grupo 
OH é substituído por um cátion (SENAI, 2015). 
Os sais são formados a partir de uma reação de 
neutralização entre um ácido e base, que formam 
sal e água. Uma das utilizações dos sais é na pro-
dução de sabões e detergentes.
Os sais derivados de ácido graxo de cadeia 
longa, que possuem na cabeça ácido carboxílico, 
formam os sabões; e nos detergentes, a cabeça é 
formada por ácidos sulfônicos (BARROW, 1982), 
conforme a Figura 12. Sabões e detergentes for-
mam micelas com a gordura e estas são as res-
ponsáveis pela ação de limpeza (CAREY, 2011). 
Lipofílico (hidrofóbico)
Sabão
Detergente 
Hidrofílico
O
O
O
S
2+O
O
Na+
Na+
O
Laurilsulfato de Sódio
(dodecilsulfato de sódio)
Figura 12 - Estrutura molecular de sabão e detergente
Fonte: Carey (2011, p. 826-827).
Éter
O éter é formado quando há um oxigênio entre 
átomos de carbono; é mais volátil e menos solúvel 
em água com relação aos álcoois, e são inflamáveis 
(ATKINS; JONES; LAVERMAN, 2018). Esse com-
posto era utilizado como anestésico em cirurgias e 
é utilizado até hoje como solvente. O óxido de eti-
leno é utilizado na produção de cosméticos, filmes, 
tintas, resinas, entre outros (BARBOSA, 2011).
Exemplo de éter:
CH3-O-CH2-CH3
Éster
O éster é obtido por meio da união de um ácido 
carboxílico e um álcool (ATKINS; JONES; LA-
VERMAN, 2018). São compostos químicos en-
contrados no meio ambiente, em frutas e flores, 
e na gordura animal, são utilizados pela indústria 
alimentícia, na simulação de sabores, na produção 
de cosméticos, perfumes e medicamentos; alguns 
ésteres participam da produção de plásticos e tin-
tas (OLIVEIRA et al., 2014).
Funções Nitrogenadas
São aquelas que substituem um ou mais átomos 
de hidrogênio por átomos de nitrogênio. A fun-
ção nitrogenada de interesse na cosmetologia é a 
amina (GOMES; DAMAZIO, 2009).
60 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Conforme afirmam Atkins, Jo-
nes e Laverman (2018), a ami-
na é um composto orgânico 
derivado da amônia (NH3) e é 
formada quando, em substitui-
ção a um hidrogênio da forma 
molecular da amônia, participa 
um radical orgânico (metila ou 
etila). 
É dividida em primária, 
quando somente há a substitui-
ção de um hidrogênio; secundá-
ria, substituição de dois hidrogê-
nios; e terciária, três hidrogênios 
são substituídos (ATKINS; JO-
NES; LAVERMAN, 2018).
Amônia
H N
H
H
Amina
H N
H
R
Primária
H N
H
R
Secundária
H N
R
R
Terciária
N
R
R R
As aminas podem ser ácidas ou básicas e são utilizadas como anestésicos, descongestionantes e esti-
mulantes. Anfetamina, adrenalina, serotonina, epinefrina e sibutramina são exemplos de substâncias 
em que aminas estão presentes, obtendo o efeito de transmissão de impulsos nervosos, controle de 
apetite e estímulos eufóricos (VOLLHARDT; SCHORE, 2013; CAREY, 2011). A putrescina, cadaverina, 
indol e escatol são obtidos pela decomposição de material proteico e confere um odor desagradável 
em animais mortos ou pelo odor de suas fezes (BARBOSA, 2011). 
A fermentação de queijos e vinhos produzem a tiramina, a interação desta substância com medica-
mentos antidepressivos inibidores de monoamina oxidase (IMAO) pode ser fatal.
Fonte: adaptado de Sizer e Whitney (2003).
61UNIDADE 2
A bioquímica, a química da vida, é a ciência que 
estuda todo o processo químico que envolve os se-
res vivos e, como disciplina, está presente em vários 
cursos da área da saúde para descrever os processos 
em que as biomoléculas atuam. As biomoléculas a 
serem descritas neste tópico são: água, proteínas, 
carboidratos, lipídeos, vitaminas e aminoácidos.
Água
A célula possui 70% de sua massa em água, forne-
cendo meio para que as reações que ocorrem den-
tro das células aconteçam, e é por meio dela que as 
biomoléculas poderão percorrer e desempenhar 
suas funções vitais. Sua molécula, muito conhe-
cida, é representada como H2O, dois hidrogênios 
ligados a um oxigênio por ligação covalente, sen-
do que os dois átomos de hidrogênio podem ser 
doados para formar ligação com outras moléculas.
A Bioquímica
62 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Conforme cita Voet S., Voet J. e Pratt (2014), as características desta biomolécula são:
• É inodora e incolor.
• Utilizada como solvente, dissolvendo um largo número de substâncias.
• É polar, por isso moléculas e íons polares podem se dissolver em água, chamados de hidrofílicos.
• Substâncias hidrofóbicas são apolares, por isso insolúveis em água.
• A água expande quando é congelada, permitindo que flutue em oceanos.
• Em estado líquido, as moléculas da água apresentam-se desordenadas, e quando sólidas, or-
denadas.
Os solutos presentes no interior da célula devem estar em igual concentração no meio externo. A alta 
concentração de solutos intracelular a deixa hipertônica, e no extracelular, hipotônica. O movimento 
de passagem desses solutos do interior da célula para o meio extracelular por uma membrana semi-
permeável é chamado de difusão simples, quando não há auxílio. A osmose ocorre quando a passagem 
não é feita pelo soluto, mas sim pelo solvente (por exemplo, a água) na tentativa de dissolver o solvente 
presente no meio hipertônico (MARIEB; HOEHN, 2009).
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegia-
da - RDC 182/2017, as diferenças entre os tipos 
de água, são:
 “
Água mineral natural: é a água obtida dire-
tamente de fontes naturais ou por extração 
de águas subterrâneas, e é caracterizada pelo 
conteúdo definido e constante de determi-
nados sais minerais, oligoelementos e outros 
constituintes, considerando as flutuações 
naturais.
Água para consumo humano: água potável des-
tinada à ingestão, preparação e produção de ali-
mentos e à higiene pessoal, independentemente 
da sua origem (ANVISA, 2017).
Um íon imerso em solvente polar, como a água, 
atrai as extremidades de carga oposta dos dipo-
los do solvente. O íon é, dessa forma, circundado 
por uma ou mais camadas concêntricas de mo-
léculas de solvente orientadas. Diz-se que tais 
íons estão solvatados ou, quando solvente for a 
água, hidratados. 
(Donald Voet, Judith G. Voet e Charlotte W. Pratt)
Hipertônica é o meio em que há a maior concen-
tração de solutos, e hipotônica a menor concen-
tração, independentemente de qual meio estes 
estão localizados.
Água termal
O aquecimento da água mineral em regiões vulcânicas é denomi-
nado água termal, e, de acordo com o Código de Águas doBrasil 
(Decreto-lei nº 7.841/1945), a água termal deve conter, ao menos, 
25 ºC. Nela estão presentes minerais, como zinco, sódio e manganês 
podendo possuir efeitos hidratantes e anti-inflamatórios, prevenin-
do o envelhecimento, acne e outras alterações dermatológicas. Nos 
produtos cosméticos, estão presentes em soluções ou como veículos 
(SEGURA et al., 2010).
Água purificada
A purificação da água, segundo a ANVISA (BRASIL, 2013, p. 5), é 
“baseado na eliminação de impurezas físico-químicas, biológicas e 
microbianas até se obterem níveis preestabelecidos em compêndios 
oficiais aprovados pelas autoridades sanitárias”. Esta técnica deve ser 
utilizada pela indústria farmacêutica na produção de medicamentos 
e cosméticos, entre outras utilizações.
Água deionizada
Água livre de íons, utilizada para a produção de cosméticos e me-
dicamentos. Os íons presentes na água podem interagir com outras 
moléculas e alterar o produto final. 
Água ozonizada
O ozônio é um gás conhecido pelas suas propriedades bactericidas 
e antissépticas, já água ozonizada é enriquecida com esse compo-
nente e utilizada para tratamentos dermatológicos que necessitam 
dessas funções. 
64 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Aminoácidos
Os aminoácidos são responsáveis por formar a proteína e por possuírem, em sua estrutura, nitrogênio 
que participa da formação do DNA e RNA. São essenciais à vida, além de participar dos processos de 
produção de energia e poder agir como mensageiros químicos (VOET, D.; VOET, J.; PRATT, 2014). Após 
várias pesquisas científicas, com um grande número proteico, constatou-se que somente 20 aminoácidos 
os formavam (VOET, D.; VOET, J.; PRATT, 2013). Os aminoácidos comuns (α-aminoácidos) contêm um 
Carbono α (C α) com quatro ligações: o grupo amina (NH2) e o carboxila (COOH), hidrogênio e a cadeia 
lateral (R), sendo a última o que diferencia todos os aminoácidos (nota-se as diferenças das cadeias laterais 
nas cadeias a seguir).
Os aminoácidos são classificados em: não essenciais, pois o organismo tem a capacidade de produzi-
-los (Alanina, Glicina, Prolina, Ácido Aspártico, Ácido Glutâmico, Arginina, Asparagina, Cisteína, Glu-
tamina, Histidina, Serina, Tirosina); e essenciais, o organismo não consegue produzir, obtendo a partir 
da alimentação (Fenilalanina, Isoleucina, Leucina, Metionina, Triptofano, Valina, Lisina e Treonina).
A união de aminoácidos por ligações peptídicas são chamadas de resíduos de aminoácidos, classifi-
cados em dipeptídeos (cadeia 
formada por dois aminoáci-
dos), tripeptídeos (três ami-
noácidos formam o políme-
ro) e polipeptídeos (mais de 
três aminoácidos) (VOET, D.; 
VOET, J.; PRATT, 2013).
Conforme Gomes e Dama-
zio (2009, p.101)
 “
Os principais aminoácidos empregados na cosmetologia são fenilalanina e di-hidroxifenilalanina ou 
DOPA (precursores da melanina), prolina (que compõe o Fator de Hidratação Natural), hidroxiprolina 
(participa da molécula do colágeno) e cistina (que contém enxofre). 
Proteínas 
São macromoléculas que participam de várias funções biológicas importantes. Possuem funções es-
truturais e de sustentação, transportam substâncias (por exemplo, a hemoglobina que é uma proteína 
responsável por transportar oxigênio), regulação hormonal, função enzimática e, como sabemos, são 
formadas por polímeros de aminoácidos.
Para manter a estabilidade da biomolécula de proteína, ou seja, que ela não perca suas funções, 
deve-se controlar o pH, manter a temperatura controlada, dispersar enzimas de degradação; o contato 
com água, plástico ou vidro poderá degradar as proteínas, assim como o longo tempo de armazena-
mento (VOET, D.; VOET, J.; PRATT, 2014).
α - Aminoácidos
(fórmula geral)
H2N CH2 SHCα
H
H C
COO
OH
R
COOH
NH3
CH2
Tirosina Cisteína
CH
COO
+
NH3
+
65UNIDADE 2
A estrutura da proteína é classificada em primária, secundária, terciária e quaternária. Na estru-
tura primária da proteína, os aminoácidos estão unidos formando uma estrutura linear; a estrutura 
secundária tem formato helicoidal devido à interação entre os aminoácidos; e as estruturas terciárias 
e quaternárias formam enovelados (Figura 13).
Estrutura
primária
Estrutura
secundária
Estrutura
terciária
Estrutura
quaternária
Figura 13 - Estrutura linear, helicoidal e enovelada das proteínas
Fonte: adaptada de Sehn (2009).
As proteínas são divididas em simples e conjugadas. As proteínas simples são formadas pela união de 
aminoácidos e nenhum outro composto químico. A proteína conjugada é formada por aminoácidos 
e outro componente, chamado grupo prostético, sendo: glicoproteínas são formadas por proteína e 
açúcares (ex: imunoglobulina G); lipoproteínas, união de lipídeos e proteínas (ex: β1-Lipoproteína 
sanguínea); metaloproteínas, obtidas por meio de metais ligados a proteínas, por exemplo, ferritina 
(NELSON; COX, 2014).
Quanto à forma, as proteínas podem ser classificadas em fibrosas e globulares. Fibrosas são es-
truturais, pois dão proteção física ao organismo, por exemplo a α-queratina presente nos cabelos e 
unhas, e o colágeno em abundância na pele e tendões (DAU, 2015). Proteína globular apresenta cadeia 
polipeptídica enovelada, compacta e globular, algumas são hidrossolúveis, característica da maioria 
das enzimas (ALBERTS et al., 2017; ZAHA; BUNSELMEYER; PASSAGLIA, 2014).
A queratina é uma proteína formada por cadeia polipeptídica com formato helicoidal, composta por 
18 aminoácidos, lipídeos e minerais. O colágeno apresenta fibras fortes, insolúveis, dispostas em espiral 
(VOET, D.; VOET, J.; PRATT, 2014). As propriedades químicas das proteínas são hidratação e umectação.
As enzimas são proteínas que aceleram as reações bioquímicas (função catalizadora) e são capazes 
de transformar substâncias. Frequentemente necessitam de vitaminas e sais minerais para desempenhar 
suas funções. Na cosmética, a coenzima Q10, bromelina e papaína são empregadas a fim de aumentar a 
permeabilidade cutânea, inibir oxidação, servir de emoliente e hidratante (GOMES; DAMAZIO, 2009).
66 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Carboidratos
São chamados de hidratos de carbono, glicídios, 
amidos, açúcares ou sacarídeos, basicamente for-
mados por carbono, hidrogênio e oxigênio, apre-
sentam fórmula geral (CH2O)n e são biomoléculas 
que, quando sofrem oxidação, produzem energia 
para o organismo, estão presentes nas paredes ce-
lulares e participam da formação de DNA.
Carboidratos são formados por hidroxilas e 
aldeídos (poliidroxialdeídos) ou por hidroxilas 
e cetonas (poliidroxicetonas), conforme a Figu-
ra 14. De acordo com sua estrutura molecular, 
os carboidratos podem ser monossacarídeos ou 
oligossacarídeos. Monossacarídeos ou açúcares 
simples contém uma única ligação poliidroxial-
deído ou poliidroxicetona, são sólidos, incolores, 
hidrofílicos, doces; exemplos de monossacarídeos 
são a glicose e a frutose (NELSON; COX, 2014).
Poliidroxialdeído -
gliceraldeído
C C
C
OH
O
O
H
H
CH2OH CH2OH
CH2OH
Poliidroxicetona -
diidroxicetona
Figura 14
Fonte: a autora.
Oligossacarídeos contém dois ou mais monossa-
carídeos; a ligação é formada pela 
 “
[...] reação entre o carbono contendo o grupo 
funcional aldeídico ou cetônico [...] de um 
monossacarídeo e um dos grupos hidroxíli-
cos (OH) do outro monossacarídeo (CURY; 
TENUTA; TABCHOURY, 2017, p. 28).
Com características hidratantes e espessantes utili-
zados em máscaras oclusivas, sabonetes, produtos 
preenchedores e, até mesmo, peelings, como o áci-
do glicólico, os glicídios mais utilizados na estética 
são: amido, agarose, mel, ácido hialurônico e gomas, 
sendo a goma xantana um expopolissacarídeo, car-
boidrato de elevado peso molecular, possui função 
espessante e emulsificante de cosméticos.
 “
[...] produzido por microrganismos a partir 
de carboidratos extraídos de milho ou cana-
-de-açúcar, com ampla utilização na área de 
alimentos e uso potencial na de cosméticos 
e na exploração de petróleo (BORSCHI-
VER; ALMEIDA; ROITMAN, 2008, p. 256) 
Lipídeos
Formadosde maneira geral por carbono, hidrogê-
nio e oxigênio, são substâncias apolares, devido a 
longas cadeias de carbono e hidrogênio, insolúveis 
em água e solúveis em solventes orgânicos (ace-
tona e éter são exemplos). Os lipídeos são fontes 
energéticas para o corpo humano, participam 
do transporte de vitaminas lipossolúveis, estão 
presentes em alguns hormônios, servem de iso-
lantes térmicos, elétricos (neurônios) e mecânico 
(contra impactos), estão presentes nas membranas 
celulares e tornam impermeáveis a estrutura em 
que por ele está envolvida (SADAVA et al., 2009; 
CURY; TENUTA; TABCHOURY, 2017).
Glicerídeos são chamados popularmente de 
óleos de origem vegetal, em geral, apresentam-se 
líquidos, e gorduras de origem animal e consis-
tentes. A molécula de glicerol é formada quando 
há união de glicerol (tri-álcool) e ácidos graxos. 
Podem conter uma cadeia, de ácido graxo anexa a 
ele, sendo chamado de monoglicerídeo, quando há 
duas cadeias chama-se diglicerídeos, e três cadeias 
são os triglicerídeos (Figura 15). Destaca-se os tri-
glicerídeos, moléculas abundantes no corpo huma-
no, responsáveis pelo armazenamento de gordura 
que poderá ser utilizada como fonte energética fu-
tura (BURTIS; BRUNS, 2016; ANDERSON, 2014). 
67UNIDADE 2
+
Glicerol
3 ácidos graxos
de diferentes
comprimentos
Um triglicerídeo
formado a partir
de 1 glicerol 
+ 3 ácidos graxos
Figura 15 - Glicerol, ácido graxo livre e triglicerídeo
Fonte: Sizer e Whitney (2003, p. 136).
De uma maneira geral, o ácido graxo é derivado do ácido car-
boxílico, o que os diferencia é a quantidade de carbono: o ácido 
carboxílico possui poucos carbonos e os ácidos graxos têm uma 
cadeia longa (uma grande quantidade de carbono).
Ácido carboxílico -
Ácido etanoico
C
OH
O
H3C
H
H
H
C
Ácido graxo - Ácido Láurico
H
H
C
H
H
C
H
H
C
H
H
C
H
H
C
H
H
C
H
H
C
H
H
C
H
H
C
C
O
OH
H
H
C
As gorduras são classificadas em saturadas e insaturadas, Cis e 
Trans. Gorduras saturadas ocorrem quando as ligações de carbono 
são simples, formando cadeias saturadas (cheias) de hidrogênio; 
nessas cadeias a tendência é serem planas e compactadas, por isso 
a gordura será mais sólida. Nas gorduras insaturadas, têm-se uma 
ou mais duplas ligações na cadeia, formando cadeias tortuosas; estas 
possibilitam que as moléculas fiquem descompactadas, obtendo 
característica de óleo neste tipo de gordura. Nota-se na Figura 16 
(REECE et al., 2015; BALCH, 2005).
68 A Química e sua Importância na Cosmetologia
H
H
H
H
H
C O
O
O
O
O
O
C
C
C
C
C
H
H
H
H
H
C O
O
O
O
O
O
C
C
C
C
C
Saturada Insaturada
Figura 16 - Molécula de gordura saturada (compacta) e insaturada (tortuosa)
Fonte: Reece et al. (2015, p. 73).
Nas gorduras hidrogenadas, ocorre a quebra de 
insaturações, adição de hidrogênio, deixando a 
cadeia saturada. Este processo transforma uma 
substância, antes líquida, em pastosa, e apesar de 
ser um bom conservante, o produto final deste 
processo, a gordura hidrogenada, é potencial-
mente maléfica ao organismo, causando doenças 
cardiovasculares, hepáticas e obesidade (SIZER; 
WHITNEY, 2003). 
Os cerídeos ou ceras podem ser classificados 
como lipídeos ou éster derivado de um ácido de 
cadeia longa. Combinam-se com várias molécu-
las, como os aldeídos, álcoois e hidrocarbonetos.
São formados por meio da ligação de um áci-
do graxo a um álcool de cadeia longa, que não 
seja o glicerol. São extremamente hidrofóbicos, 
pastosos e possuem função impermeabilizante 
(DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010). 
Os fosfolipídeos estão presentes nas membra-
nas celulares, são anfipáticos (interagem com a 
água e óleo), formados mediante ligação de um 
ácido graxo e álcool.
Os esteroides são lipídeos que possuem hidro-
xila ligados a quatro anéis carbônicos; o colesterol 
é precursor de vários hormônios (ex.: sexuais, su-
prarrenal), composto de origem animal, e fixado 
entre a membrana plasmática. Pode ser produzido 
no fígado ou obtido por meio da alimentação (REE-
CE et al., 2015; TORTORA; FUNKE; CASE, 2017).
Na cosmetologia, os lipídeos são empregados 
devido à sua função hidratante, emoliente, emulsi-
ficante e por proporcionar a saponificação, proces-
so de higienização e desincruste. Os mais utiliza-
dos são o óleo de abacate, óleo de semente de uva, 
óleo de amêndoas, manteiga de karité, manteiga 
de cacau e lanolina (GOMES; DAMAZIO, 2009). 
69UNIDADE 2
Vitaminas
De grande importância para os processos biológicos, as vitaminas também estão presentes em cos-
méticos e atuam conforme as suas propriedades químicas. As vitaminas são compostos orgânicos 
que participam dos mecanismos de defesa do organismo, na regulação dos genes; atuam nas regiões 
específicas do corpo, como: olhos, cabelos, pele e órgãos internos (DAMODARAN; PARKIN; FENNE-
MA, 2010). São classificadas em hidrossolúveis (B e C) e lipossolúveis (A, D, E, K). As características 
das vitaminas, relatadas por Baynes, Dominiczak (2015), Sá (1989) e Gomes e Damazio (2009) são:
Vitamina A
• Retinol.
• Possui várias duplas ligações na cadeia de hidrocarboneto.
• Importante para o ciclo visual.
• Na falta desta vitamina, pode causar desidratação cutânea e cegueira noturna.
• Em excesso, é tóxica.
Vitamina E
• Tocoferol.
• Anel aromático ligado com grupamentos de hidrocarbonetos, éter cíclico.
• Antioxidante, função de defesa imunológica e protetora de membrana celular.
• Na falta, pode causar anemia entre outras alterações, em prematuros.
Vitamina C
• Ácido ascórbico.
• Antioxidante, participa da síntese de colágeno e neurotransmissores.
• Clareador e regenerador.
• Deficiência de vitamina C causa escorbuto.
70 A Química e sua Importância na Cosmetologia
O corpo humano é mesmo incrível, são inúmeras substâncias, com-
postos, moléculas que compõe o nosso sistema que diaria-
mente nem nos damos conta, e não somente o corpo 
humano, mas o meio ambiente e tudo o que está 
presente nele é rico em elementos químicos, 
causando macro e microfenômenos. 
Ao final desta unidade, podemos co-
nhecer um pouco mais sobre: os ácidos, 
bases, terpenos, carboidratos, lipídeos e 
outras funções orgânicas, inorgânicas e 
a bioquímica que compõem as formula-
ções terapêuticas. Agora, ao utilizarmos 
um determinado produto, saberemos um 
pouco mais sobre seus componentes, e 
poderemos elencar o melhor programa 
de tratamento. Contudo, nossos estu-
dos não acabam por aqui: seguiremos 
aprendendo sobre a química aplicada 
à pele e seus anexos, e sobre os prin-
cipais cosméticos utilizados em 
atendimento clínico. Até mais!
71
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. Sobre a fórmula molecular: H2S, assinale a alternativa correta:
a) É uma monobase. 
b) É um diácido.
c) É uma tetrabase.
d) É um triácido.
e) Nenhuma das alternativas.
2. A química orgânica está presente no alimento que comemos, em nosso orga-
nismo e no meio ambiente. Sobre ela, analise as afirmações a seguir:
I) Os aminoácidos são vitais, pois participam de funções energéticas, devido à 
sua ligação com o grupo carboxílico, formando longas cadeias.
II) Os lipídeos, encontrados somente em fontes vegetais, têm como função 
formar músculos e servir de estrutura de sustentação ao corpo humano. 
III) A água retirada de fontes termais ricas em minerais é chamada de água 
deionizada.
IV) Os aminoácidos são formados por grupo carboxila em sua estrutura química.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II está correta.
c) Apenas III está correta.
d) Apenas IV está correta.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
72
3. Sobre terpenos, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
 ) ( O odor característico das plantas se deve aos compostos terpênicos, presentes 
em grande quantidade.
 ) ( Os terpenos também servem como repelentes de insetos ou qualquer outra 
ameaça que possa atingir a planta.
 ) ( Não somente para fins aromáticos, algumas classes dos terpenos possuem 
ação de pigmentação, sendo utilizados pelaindústria alimentícia.
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) V-F-F.
c) F-F-F.
d) F-V-V.
e) F-V-F.
4. Carboidratos, lipídeos e vitaminas são essenciais para o funcionamento do corpo 
humano e podem ser produzidos pelo organismo, adquiridos por meio de dietas 
ou aplicados sobre o corpo. Sobre estes compostos, assinale a alternativa correta:
a) Os esteroides são hormônios, presentes no corpo humano e formados por 
lipídeos.
b) A queratina, responsável pela formação da pele, unhas e cabelos, é um terpe-
noide. 
c) O óleo essencial de cânfora é uma base inorgânica.
d) O retinol, utilizado como ácido retinóico em tratamentos dermatológicos, é um 
cerídeo, conferindo maciez e hidratação à pele.
e) A vitamina A possui propriedade antioxidante, função de defesa imunológica e 
protetora de membrana celular.
5. Comente sobre a escala de pH e sua importância no desenvolvimento de pro-
gramas de tratamento.
73
Princípios de Bioquímica de Lehninger
Autor: David L. Nelson, Michael M. Cox
Editora: ARTMED
Sinopse: Princípios de bioquímica de Lehninger chega a 6ª edição com a qualida-
de e os diferenciais que o tornaram um clássico na área: o texto claro e objetivo, 
as explicações cuidadosas de conceitos complexos e a compreensão dos meios 
pelos quais a bioquímica é entendida e aplicada atualmente o mantém como a 
referência ideal na área. A relevância da bioquímica nos mecanismos molecula-
res das doenças é destaque também nesta nova edição, enfocando seu papel 
fundamental nos avanços da saúde e do bem-estar humano e incorporando os 
mais recentes avanços científicos.
LIVRO
74
ALBERTS, B.; BRAY, D.; HOPKIN, K.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P. Fun-
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78
1. B.
2. D.
3. A.
4. A.
5. O Potencial Hidrogeniônico é uma escala que determina a quantidade de hidrogênio ou hidroxila presente 
em uma formulação. É importante seu estudo na cosmetologia, pois é a partir dele que a função de um 
cosmético ou produto de higiene será determinada.
79
80
81
82
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Definir as terminologias mais utilizadas para que se possa 
compreender o que está apresentado na rotulagem dos 
produtos e permita eleger a melhor opção durante a ela-
boração de um programa de tratamento. 
• Introduzir as características do sistema tegumentar e sua 
relação na administração dos produtos terapêuticos.
• Explanar sobre o processo de permeabilidade cutânea. 
• Identificar as características físico-químicas necessárias 
para a maior penetração dos ativos químicos. 
• Definir as características químicas dos produtos terapêu-
ticos.
• Orientar sobre a utilização dos princípios ativos indicados 
a cada disfunção estética.
Formulações 
Cosméticas e 
suas Funções
Sistema 
Tegumentar
Alterações Estéticas da 
Pele, Hipoderme, Cabelos 
e Lâminas Ungueais
Permeabilidade 
Cutânea
Me. Érica Simionato Machado Rieger
Aplicação Terapêutica 
dos Cosméticos
Formulações Cosméticas 
e suas Funções
Olá! Nesta terceira unidade, aprenderemos sobre 
as terminologias referentes à produção e caracte-
rísticas dos produtos cosméticos, revisaremos so-
bre o sistema tegumentar e como os ativos atuam 
no organismo e, por fim as formas de permeação 
dos cosméticos. É de fundamental importância 
abordarmos esses assuntos, pois a aplicação dos 
produtos, mesmo que externa, pode alterar de 
forma positiva ou negativa as funções fisiológicas. 
Saber em quais estruturas os cosméticos per-
meiam, quais substâncias penetram com maior 
profundidade e qual a diferença entre as funções 
dos ingredientes permitirá eleger o produto mais 
indicado de acordo com a disfunção apresentada 
pelo paciente. 
Na prática clínica, deparamo-nos com inúmeras 
disfunções, cada uma com características diferentes. 
Se não soubermos avaliar a alteração apresentada 
e não tivermos o conhecimento das funções dos 
ingredientes dos cosméticos, o tratamento será li-
mitado ou, até mesmo, ineficiente. Então, vamos 
logo começar a estudar sobre este assunto. 
Há tempos, haviam poucos tipos de cosméti-
cos (em geral, alguns cremes faciais e corporais) 
e estes atuavam superficialmente, não entregando 
resultados significativos durante a aplicação. Con-
85UNIDADE 3
tudo, com o estudo avançado da tecnologia, a constante descoberta do mecanismo de funcionamento 
do organismo e o estudo sobre os produtos farmacêuticos, houve uma expansão rápida deste mercado. 
Assim, hoje em dia, como temos medicamentos para tratar diversas patologias, temos os cosméticos 
para auxiliar no bem-estar da pele e seus anexos. 
Em contrapartida, devido a essa variedade de cosméticos, está cada vez mais difícil escolher o melhor 
produto para a queixa clínica do paciente, visto que devemos nos atentar com a indicação, contraindi-
cação, composição química e associações eletroterápicas. Além do mais, os produtos farmacológicos 
contêm várias substâncias químicas e nem todas participarão ativamente da função desejada, precisa-
mos estar atentos, também, a esta informação, pois não é somente a quantidade de ingredientes, mas 
a função de cada um deles que fará a diferença no tratamento.
Definiremos, a seguir, as principais terminologias referentes aos produtos farmacológicos.
Principais Terminologias
Princípio ativo: substância que pode “exercer atividade farmacológica ou outro efeito direto no 
diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de uma doença, podendo ainda afetar a estrutura e fun-
cionamento do organismo humano” (ANVISA/2010).
Matéria-prima: “Qualquer substância, seja ela ativa ou inativa” (ANVISA/2010) utilizada na pro-
dução do produto farmacológico.
Medicamento fitoterápico: obtido somente de “matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado 
pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância 
de sua qualidade” (ANVISA/2010).
Forma farmacêutica
 “
Estado final de apresentação que os princípios ativos farmacêuticos possuem após uma ou mais 
operações farmacêuticas definições executadas com a adição de excipientes apropriados ou sem a 
adição de excipientes, a fim de facilitar a sua utilização e obter o efeito terapêutico desejado, com 
características apropriadas a uma determinada via de administração (BRASIL, 2011, p. 9).
Os tipos de forma terapêutica são: cápsulas, comprimidos, emulsão, soluções, entre outros.
Via de administração: é o local de aplicação do produto ou medicamento. De acordo com Brasil 
(2011, p. 33-36) existem diferentes vias de administração, que a aplicação se dá: 
• Capilar: no couro cabeludo.
• Transepidérmica ou Dermatológica: “na superfície da pele e anexos cutâneos”.
• Transdérmica:“por difusão através da camada dérmica da pele para a circulação sistêmica”. 
• Inalatória: por meio do sistema respiratório, que pode desencadear efeitos sistêmico ou local.
• Intradérmica: no interior da derme.
• Intramuscular: no interior de um músculo.
• Oral: na boca.
• Subcutânea: “sob a pele (hipodérmica, subdérmica)”.
• Irrigação: “Destinado à lavagem e limpeza de feridas abertas ou cavidades do corpo”.
86 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
• Transfolicular: através do folículo piloso (MATOS, 2014).
• Transanexial: através dos anexos cutâneos (MATOS, 2014).
Posologia: são as informações referentes à “dose e duração do tratamento, dose máxima diária, vias 
de administração” (ANVISA/2003).
Reação adversa: “Qualquer resposta a um medicamento que seja prejudicial, não-intencional, e que 
ocorra nas doses normalmente utilizadas, em seres humanos, para profilaxia, diagnóstico e tratamento 
de doenças; ou para a modificação de uma função fisiológica” (RDC 140/2003).
Principais Componentes dos Cosméticos
Aqui, serão apresentados os principais compo-
nentes presentes nos cosméticos e suas funções:
Aditivos: substâncias adicionadas ao produto 
para garantir a validade ou para alterar suas ca-
racterísticas: são os corantes, os aromatizantes e 
conservantes. 
Conservantes:“evitam a deterioração do 
produto” (WICHROWSKI, 2007, p. 58) causada 
por bactérias, fungos ou pela oxidação. Exemplo: 
metilparabeno, propilparabeno, formaldeído e 
álcool benzílico.
Veículo: tipo de excipiente, formado por subs-
tâncias responsáveis por carrear os ativos no in-
terior da pele, podendo ser líquido, semissólido 
ou sólido. 
 “
Possuem a função de estabilizar e preservar 
o aspecto e as características físico-químicas 
da fórmula [...] Em geral, os excipientes são 
terapeuticamente inertes, inócuos nas quan-
tidades adicionadas e não devem prejudi-
car a eficácia terapêutica do medicamento 
(BRASIL, 2012, p. 17-18).
São exemplos: “água, álcool, óleo, propilenoglicol, gel, 
sérum, suspensão, emulsão ou pó” (MATOS, 2014).
Veículo vetorial: 
 “
[...] estruturas projetadas para carrear ativos 
hidrossolúveis ou lipossolúveis até as ca-
madas mais profundas da epiderme. São li-
possomos, nanoesferas e silanóis (GOMES; 
DAMAZIO, 2009, p. 141).
Umectante: garantem a umidade do produto e, 
devido ao seu potencial higroscópico, propor-
cionam a hidratação da superfície cutânea (GO-
MES; DAMAZIO, 2009). São exemplos: glicerina, 
d-pantenol e propilenoglicol.
Tensoativo ou Surfactante: 
 “
[...] substância química que apresenta 
regiões de polaridade distintas em sua 
estrutura e que, portanto, consegue pro-
mover a remoção de moléculas apolares 
e pouco polares no processo de lavagem 
com água (GARCIA; LUCAS; BINATTI, 
2015, p. 133)”. 
Podem possuir propriedades específicas, como: 
detergentes, emulsificantes, antissépticos, espes-
santes e emolientes.
Antioxidantes: no cosmético, “impedem o desencadeamento de reações quí-
micas evitando a deterioração (oxidação) do produto” (WICHROWSKI, 2007, p. 
58). Exemplo: metabissulfito de sódio e o EDTA.
Corretivo de pH: substância com a capacidade de corrigir o pH do produto final 
de acordo com a necessidade, sendo possível corrigir a acidez ou alcalinidade. Exem-
plo: Hidróxido de sódio, ácido cítrico e trietanolamina (VILA; MIRANDA, 2013).
Formas de Apresentação dos Produtos 
Cosméticos
Os cosméticos podem se apresentar nas formas: sólida (pó), líquidas (emulsões, es-
pumas e óleos) e semissólidas (creme e gel). A seguir, definiremos as características 
de alguns produtos cosméticos que podem ser frequentes em sua prática clínica:
Creme: 
 “
Forma farmacêutica semissólida que consiste de uma emulsão, formada por 
uma fase lipofílica e uma fase aquosa. Contém um ou mais princípios ativos dis-
solvidos ou dispersos em uma base apropriada e é utilizado normalmente para 
aplicação externa na pele ou nas membranas mucosas (BRASIL, 2011, p. 32).
Os cremes podem apresentar finalidade hidratante, nutritiva, antienvelhecimento, 
antioxidante, queratolítico ou emoliente, sendo que devem ser aplicados à noite, 
devido a sua maior absorção neste período (GOMES; DAMAZIO, 2009). 
Emplasto:
 “
Forma farmacêutica semissólida para aplicação externa. Consiste de uma base 
adesiva contendo um ou mais princípios ativos distribuídos em uma camada 
uniforme num suporte apropriado feito de material sintético ou natural. Desti-
nado a manter o princípio ativo em contato com a pele, atuando como protetor 
ou como agente queratolítico (BRASIL, 2011, p. 32). 
Emulsão:
 “
Forma farmacêutica líquida de um ou mais princípios ativos que consiste de um 
sistema de duas fases que envolvem pelo menos dois líquidos imiscíveis e na qual 
um líquido é disperso na forma de pequenas gotas (fase interna ou dispersa) através 
de outro líquido (fase externa ou contínua) (BRASIL, 2011, p. 25). 
88 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
As emulsões são classificadas quanto à quantidade 
de água (A) e óleo (O) presente na formulação: 
A/O: menor presença de água, deixando um 
aspecto pegajoso e a secagem lenta do produto.
O/A: menor presença de óleo, resultando em 
secagem rápida e toque seco.
A/O/A ou O/A/O: tipo de emulsão múltipla, 
onde a fase interna de uma gotícula contém gotí-
culas menores da substância contrária (Figura 1). 
Exemplo: na emulsão A/O, contém maior quanti-
dade de óleo e gotículas de água; dentro das mo-
léculas de água possui uma fração menor de óleo.
Nesta figura, temos os exemplos de emulsão 
simples 1 – O/A; emulsão simples 2 – A/O; emul-
são múltipla 3 – A/O/A; e emulsão múltipla 4 
– O/A/O.
O
O AA
A
A1
A2
O
O
O
Em
ul
sõ
es
 m
úl
tip
la
s
Em
ul
sõ
es
 s
im
pl
es
1 2
3 4
Figura 1 - Representação de emulsões simples e múltiplas 
Fonte: Pereira e Garcia-Rojas (2015, p. 156).
Gel: 
 “
Forma farmacêutica semissólida com um 
ou mais princípios ativos, que contém um 
agente gelificante para fornecer firmeza a 
uma solução ou dispersão coloidal (BRA-
SIL, 2011, p. 32). 
Sérum: 
 “
[...] forma cosmética em soro, com textu-
ra leve e concentração de princípios ativos 
geralmente maior que os cosméticos ha-
bituais. Possui grande teor de água e uma 
pequeníssima quantidade de óleo(MATOS, 
2014, p. 42). 
Óleo: “Líquido gorduroso solúvel em éter e in-
solúvel em água” (BRASIL, 2011, p. 27), nos cos-
méticos são utilizados para garantir emoliência, 
hidratação ou servir de carreador para princípios 
ativos. Sua classificação se dá quanto à origem: 
naturais obtidos por meio de vegetais, naturais 
obtidos por meio de animais, modificados ou 
sintéticos. 
Óleos naturais de origem vegetal são extraídos 
de plantas, como a amêndoa, o abacate, a semente 
de uva, entre outros. Os óleos naturais de origem 
animal são obtidos mediante animais, sendo re-
presentados pela banha e esqualeno. Por outro 
lado, os óleos modificados são transformados 
em laboratório para ter uma maior aceitação na 
indústria cosmética, e compõe este grupo o palmi-
tato de acetila e isononanoato de cetoestearila. Por 
fim, os óleos sintéticos são produzidos totalmente 
em laboratório e derivados do petróleo (GOMES; 
DAMAZIO, 2009).
Gomes e Damazio (2009) também relatam que 
a ação emoliente dos óleos ocorre devido à sua ca-
pacidade de dissolver-se com o material graxo das 
glândulas sebáceas, que amolece o estrato córneo. 
E a hidratação obtida por este composto se deve à 
camada lipídica que se forma na superfície da pele 
e impede a evaporação da água do interior da pele. 
Os óleos produzidos possuem entre 8 a 22 átomos 
de carbono para garantir difusão na superfície da 
pele, visto que os poros não conseguem absorver 
substâncias de alto peso molecular.
89UNIDADE 3
Óleos vegetais e essenciais: com inúmeras 
funções e muito utilizados na área da cosmeto-
logia por sua alta capacidade de penetração e 
terapêutica, os óleos vegetais e essenciais serão 
descritos na próxima unidade.
Loção: podem ser utilizadas na limpeza 
(devido ao potencial hidratante, detergente e 
umectante)ou pós-limpeza, com finalidade tô-
nica calmante, adstringente, cicatrizante, revita-
lizante e antisséptica. Equilibram o pH cutâneo, 
diminuem poros (loção tônica adstringente) e 
promovem vasoconstrição (GOMES; DAMA-
ZIO, 2009).
Elixir: “Solução hidroalcoólica de sabor agra-
dável e adocicado, contendo princípio(s) ativo(s) 
dissolvido(s)” (BRASIL, 2011, p. 27).
Espuma:
 “
Forma farmacêutica que consiste de um 
grande volume de gás disperso em um lí-
quido, geralmente contendo uma ou mais 
substâncias ativas (BRASIL, 2011, p. 26). 
Pó: “[...] qualquer substância sólida, reduzida a 
pequenas partículas” (FONSECA; PRISTA, 2000, 
p. 2). Contém “um ou mais princípios ativos secos 
e com tamanho de partícula reduzido, com ou 
sem excipientes” (BRASIL, 2011, p. 31).
Sabão: atua na decomposição da gordura, re-
move as impurezas por arraste e é formado, na 
grande maioria, por tensoativos, material oleoso 
e sódio (GOMES; DAMAZIO, 2009).
A utilização de solventes orgânicos para a higienização cutânea pode causar ressecamento da pele 
e até dermatites, geralmente são produtos hidroalcoólicos.
Sabonete: “[...] derivada da ação de uma so-
lução de álcali em gorduras ou óleos de origem 
animal ou vegetal. Destinado à aplicação na super-
fície cutânea” (BRASIL, 2011, p. 24). Os sabonetes 
em barra, geralmente, possuem pH entre 9 a 12, e 
nos sabonetes líquidos, o pH é entre 5 a 7.
Demaquilante: remove a maquiagem devido 
à sua ação emoliente obtida por meio de uma fase 
oleosa (GOMES; DAMAZIO, 2009).
Máscaras cosméticas: utilizadas com finali-
dade hidratante, secativa, tensora, nutritiva, cal-
mante, clareadora, antioxidante e queratolítica. As 
máscaras cosméticas podem ser aplicadas em vá-
rias regiões do corpo (GOMES; DAMAZIO, 2009).
Argilas: obtidas por meio da trituração das ro-
chas. Existem várias cores de argila e cada uma é 
responsável por uma função no organismo, isto se dá 
devido à presença de oligoelementos (cálcio, mag-
nésio, ferro, selênio, zinco etc.). As argilas possuem 
elétrons livres e energia radiônica, assim podem 
doar e receber energia (GOMES; DAMAZIO, 2009).
Xampu: “Solução ou suspensão, contendo 
um ou mais princípios ativos, para aplicação na 
superfície do couro cabeludo” (BRASIL, 2011, p. 
31). Remove o sebo, suor e células descamativas 
do cabelo e couro cabeludo. 
 “
Contém detergentes, agentes espumantes, 
condicionadores, encorpadores, opacifica-
dores, amaciantes, quelantes, fragrâncias, 
conservantes e aditivos especiais (BOLOG-
NIA; JORIZZO; SCHAFFER, 2015, p. 2484).
90 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
Condicionador: produto cremoso responsá-
vel por devolver 
 “
[...] aos cabelos alguns elementos naturais 
e suas características como, por exemplo, a 
oleosidade natural, o brilho e maciez que 
normalmente são perdidos com o uso de 
shampoo (STAMPACCHIO, 2010, p. 29).
Desodorante: reduzem ou ocultam o odor cor-
poral desagradável, como exemplo o bicarbonato 
de sódio, triclosan ou o etanol.
Antiperspirante: atua no controle da secreção 
das glândulas sudoríparas, reduzindo a ejeção do 
conteúdo na superfície da pele, ou seja, a transpi-
ração (WILKINSON; MOORE, 1990). Cloridra-
tos de alumínio e zircônio são exemplos de ativos 
utilizados em antiperspirante.
Perfume: compostos por óleos essenciais, 
agentes fixadores, álcool e água, são cosméticos 
utilizados para adicionar aroma ao corpo.
Batom: proporciona coloração aos lábios. 
Os ativos mais utilizados são: cera branca de 
abelha, pigmento, óleo de rícino, óleo hidro-
genado (BOLOGNIA; JORIZZO; SCHAFFER, 
2015).
Esmalte: 
 “
[...] destinado a cobrir temporariamente, 
por meio de uma camada de pigmento, 
a lâmina ungueal natural e consiste em 
pigmentos suspensos em um solvente vo-
látil ao qual agentes formadores de um 
filme foram adicionados (BOLOGNIA; 
JORIZZO; SCHAFFER, 2015, p. 2487).
Funções dos Cosméticos
Cada princípio ativo possui função e contraindicação. A seguir, aprenderemos quais são as propriedades 
mais importantes dos cosméticos para nossos atendimentos clínicos.
Hidratantes: participam de mecanismos de re-
tenção de água na cútis, por meio da umectação, 
oclusão e/ou hidratação ativa, e, de acordo com 
Borges e Scorza (2016), diferenciam-se:
• A hidratação por oclusão ocorre devi-
do à fração oleosa contida na formulação, 
formam um filme na superfície da pele 
que evita a perda de água do seu interior. 
Exemplos de ativos oclusivos: óleo mineral 
e vegetal, silicones.
• Na hidratação por umectação, os com-
ponentes da formulação possuem capaci-
dade higroscópica, ou seja, captam a água 
do ambiente e à retém na superfície da pele, 
sem penetrar no estrato córneo. Exemplos 
de ativos umectantes: ácido hialurônico, 
extrato de aloe vera, colágeno e elastina.
• A hidratação ativa é concebida devido às 
substâncias potencialmente higroscópicas 
que permeiam na camada córnea e permi-
tem a retenção de água. Exemplos de ativos 
hidratantes ativos: ureia e PCA-Na.
Emoliente: 
 “
São geralmente lipídios e óleos com a fun-
ção de preencher as fendas entre os corneó-
citos descamantes, ocasionando uma pele 
com uma aparência de textura mais macia e 
maior elasticidade (ALAM; GLADSTONE; 
TUNG, 2010). 
Causam o amolecimento da camada córnea, sen-
do exemplos a manteiga de manga e karité, óleo 
de amêndoas e semente de uva.
91UNIDADE 3
Antioxidante: na pele, os pro-
dutos com essa propriedade-
doam um elétron para o radical 
livre e impedem a deterioração 
celular (Figura 2). Exemplo: chá 
verde, coenzima Q10, vitamina 
C (MATOS, 2014).
Tensores: atuam na musculatura e, por vezes, na 
derme, promovendo efeito lifting e regenerador 
dérmico. Exemplo: DMAE, Raffermine, Tensine 
(MATOS, 2014).
Estimulante da Lipólise: capacidade do ativo 
em liberar, da molécula de triacilglicerol presente 
no adipócito, ácidos graxos livres e glicerol, que 
serão utilizados no organismo como fonte ener-
gética.
Antibióticos: inibem ou destroem microrga-
nismos responsáveis pelo processo de infecção. 
Exemplo: mupirocina, eritromicina, clorexidina 
(BEGA, 2014). 
Adstringente: remove excesso de sebo da pele 
e, consequentemente, contraem os poros. Podem 
estar presentes em diversas formas de apresenta-
ção, como: máscaras, tônicos, sabonetes (MATOS, 
2014). Exemplo: taninos, polifenóis, zinco e extra-
to de hamamélis (Figura 3).
Figura 3 - Hamamélis
Radical livre Antioxidante
Elétron 
desemparelhado
Figura 2 - Antioxidantes interagem com radicais livres doando seus elétrons
Desincrustante: elimina o excesso de sebo e su-
jidades da pele. Exemplo: lauril éter sulfato de sódio.
Anti-inflamatório: ativo com capacidade de 
controlar a inflamação e reduzir os efeitos que ela 
causa, como hiperemia, dor e desconforto (BEGA, 
2014).
Antifúngico: atua na destruição ou redução de 
fungos. Exemplo: própolis e cetoconazol.
Queratolítico: provoca o amolecimento da ce-
ratina e despegamento ou separação das diferentes 
camadas celulares que constituem a camada córnea 
(esfoliação). Exemplo: ácido retinóico, ácido salicí-
lico, enxofre (FONSECA; PRISTA, 2000).
Matificante: reduz o aspecto brilhoso da pele 
por absorverem, em suas partículas, o conteúdo 
sebáceo (MATOS, 2014).
Cicatrizante: possui propriedades regenerado-
ras, por exemplo o extrato de calêndula, copaíba e 
pantenol.
Despigmentante: interfere 
nos processos em que há a par-
ticipação da melanina (Figura 
4), na quelação de cobre e ferro 
ou renovação da epiderme. Por 
exemplo, a hidroquinona e áci-
do retinóico (MATOS, 2014).
Fotoprotetores: reduzem “os 
efeitos deletérios dos raios solares 
por sua capacidade de interagir 
com a radiação existente” (COR-
TEZ et al., 2016, p. 2268). São 
classificados em filtros físicos, 
químicos ou combinados. Figura 4 - Produção de melanina pelo melanócito 
O filtro solar físico contém, em sua formulação, substâncias que formam filme sob a pele que 
refletem a radiação ultravioleta, por isso possuem baixo potencial alergênico, porém torna a 
pele com coloração esbranquiçada, são exemplos:dióxido de titânio e o óxido de zinco.
Por outro lado, o filtro solar químico absorve a radiação ultravioleta, evitando a 
penetração desta. São exemplos de filtros solares químicos o Octil Dimetil PABA, 
Salicilato de Trietanolamina e o p-metoxicinamato de Octila.
Esfoliantes: podem ser classificados como físicos, mecânicos, biológicos ou enzi-
máticos e químicos. Os esfoliantes físicos possuem pequenos grânulos, como a semente 
de apricot. A esfoliação mecânica é obtida por meio de equipamentos, como o peeling 
de diamante e peeling de cristal. Por sua vez, os esfoliantes biológicos ou enzimáticos 
são enzimas naturais, como bromelina (retirada do abacaxi) e a papaína (obtida do 
mamão). Por fim, os esfoliantes químicos são representados pelos ácidos, como o sali-
cílico e glicólico. Este último tipo de esfoliante pode atingir camadas mais profundas 
da epiderme, dependendo do ativo, da concentração e da forma de apresentação do 
produto. Os três primeiros (físico, mecânico e enzimático) removem a camada córnea 
da epiderme, que é a mais superficial.
Desbridante: remove o “tecido morto ou danificado, corpos estranhos e microrga-
nismos que comprometem os mecanismos de defesa locais e atrasam a cicatrização” 
(FOSSUM, 2014, p. 197). Exemplo: colagenase.
Formas de Apresentação das Embalagens
As formas de apresentação das embalagens, segundo Brasil (2011, p. 38-48), são as seguintes:
Ampola: frasco selado hermeticamente e indicado para uma única dose.
Bisnaga: tubo achatado indicado para armazenamento de substâncias semissólidas.
Envelope: “recipiente de material flexível formado por duas lâminas seladas” (BRASIL, 2011, p. 40). 
Frasco: “recipiente normalmente de formato tubular, com um gargalo estreito e de fundo plano ou 
côncavo” (BRASIL, 2011, p. 42). Pode conter um aplicador, gotejador ou ser em spray.
Pote: “recipiente largo com formato normalmente cilíndrico, de fundo plano e com gargalo curto e 
largo” (BRASIL, 2011, p. 47). É indicado para o armazenamento de substâncias sólidas ou semissólidas. 
Caso queira aprofundar-se no assunto, outras informações importantes quanto à manipulação e 
conservação dos produtos farmacêuticos estão disponíveis no site da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA).
94 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
O sistema tegumentar é formado pela pele e ane-
xos cutâneos, e apresenta funções complexas e 
muito importantes, como: a proteção contra im-
pactos mecânicos, microrganismos e radiação ul-
travioleta, impermeabilizar a superfície da pele, 
participar da regulação da temperatura corporal 
e da sensibilidade cutânea. 
Pele
A pele é o maior órgão do corpo humano e possui 
pH de, aproximadamente, 5,5. É dividida em duas 
camadas: a epiderme e a derme, formadas por 
conjunto de células diferenciadas. Na epiderme, 
constam os queratinócitos, melanócitos, células 
de Langerhans e células de Merkel e é formada 
pelas camadas: basal, espinhosa, granulosa, lúcida 
e córnea (Figura 5). 
Sistema 
Tegumentar
95UNIDADE 3
Além de proteger a pele contra microrganismos, 
é na epiderme que há a formação do manto hi-
drolipídico. Este é formado pela produção das 
glândulas sebáceas e sudoríparas, que formam 
um filme sob a pele, impedindo a perda de água. 
Outra forma de manter a hidratação da pele é por 
meio do Fator de Hidratação Cutânea (NMF), que 
contém moléculas higroscópicas com capacidade de 
reter água, aumentando a hidratação, e estão presen-
tes no interior das células da camada córnea (Figura 
6). No entanto, apesar dessas funções elementares, a 
espessura da epiderme interfere na permeabilidade 
dos produtos cosméticos, dificultando a passagem 
dos fármacos e ação do tratamento. 
A derme é formada por tecido conjuntivo e 
nela estão dispostos os fibroblastos, células res-
ponsáveis por produzir colágeno e elastina. Esta 
camada é vascularizada e fornece nutrição e su-
porte estrutural para a pele (Figura 7).
Pelo
Estrato córneo
Estrato granuloso
Estrato lúcido
Estrato espinhoso
Estrato basal
Glândulas sebáceas
Músculo eretor do pelo
Derme
Figura 5 - Composição da pele
Figura 6 - Reposição de água na pele desidratada
96 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
Anexos da Pele
Glândulas sebáceas
As glândulas sebáceas (Figura 8) estão anexas ao 
folículo piloso e secretam um conteúdo oleoso, o 
sebo. Com funções de proteção contra determina-
das bactérias e retenção de água para o interior da 
pele, propiciando a hidratação, a presença de sebo 
na superfície da pele é valiosa na manutenção da 
saúde cutânea. 
As glândulas sebáceas são responsáveis pelas 
características cutâneas, sendo que a classificação 
dos tipos de pele se devem à hiperfunção ou hi-
pofunção das glândulas.
Músculo 
eretor do 
pelo
Poro Raiz do pelo
Epiderme
Eixo do pelo
Glândula 
sebácea
Bulbo capilar
Artéria
Veia
Papila do 
pelo
Glândulas 
sudoríparas
Figura 8 - Glândula sebácea anexa ao folículo piloso
Glândulas sudoríparas
O suor produzido pelas glândulas sudoríparas 
(Figura 9) desemboca na superfície da pele e tem 
por objetivo resfriar e manter o controle da tem-
peratura, interferindo na hidratação cutânea. 
Glândula 
Sudorípara
Figura 9 - Glândula sudorípara 
Pelos
Os pelos estão presentes em grande parte da 
extensão cutânea; são estruturas sensoriais, de 
proteção e estão associados à imagem pessoal, 
representando força e poder. É por meio dos pelos 
Epiderme
Derme
Tecido 
subcutâneo
Figura 7 - Localização anatômica da derme
que sentimos o leve toque, como de um inseto, que temos a proteção 
contra microrganismos e partículas estranhas. 
Os pelos são formados por três camadas epiteliais: a cutícula, o 
córtex e a medula (Figura 10) e crescem por meio de folículos pilosos. 
Sua haste é formada a partir da união de α-queratina, minerais e água. 
A α-queratina capilar é composta por aminoácidos, sendo a 
queratina “sensível aos produtos alcalinos e oxidantes e é estável em 
pH 4 e 8” (WICHROWSKI, 2007, p. 24). A coloração dos pelos se dá 
pela presença de melanócitos na matriz do bulbo, que diferenciam 
a tonalidade do fio de acordo com a produção destas células.
Bainha radicular epitelial
Bainha radicular epitelial
Bainha radicular 
interna
Bainha radicular 
interna
Bainha radicular 
externa
Bainha radicular 
externa
Bainha radicular 
dérmica
Bainha radicular 
dérmica
Medula
Córtex
Cutícula do pelo
Bulbo
Vasos sanguíneos
Papila do pelo
Pelo matriz
Melanócito
Cutícula do pelo
Córtex
Medula
Figura 10 - Anatomia do pelo
Lâminas ungueais
As unhas (Figura 11), ou também chamadas de lâminas ungueais, 
auxiliam no ato de pegar objetos e realizar movimentos finos. São 
formadas por queratina dura e semitransparente. A anatomia da 
unha conta com raiz, corpo, leito ungueal, bordas ungueais, epo-
níqueo (cutícula) e lúnula.
98 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
Hipoderme
Abaixo da derme repousa a hi-
poderme, também chamada de 
tela subcutânea, que é compos-
ta de várias células, os adipóci-
tos. Possui funções de proteção 
contra choques físicos, é isolan-
te térmico e reserva energética. 
Formada por tecido conjunti-
vo frouxo, a hipoderme está 
presente em maior quantidade 
no sexo feminino e armazena a 
maioria dos triglicerídeos. Veja 
na imagem a seguir (Figura 12):
Epiderme
Poros
Pele Humana
Derme
Hipoderme
Músculo
Glândula 
sebácea
Glândula 
sudorípara
Folículo capilar
Adipócitos
Figura 12 - Pele Humana
Borda livre
Borda livre
Dobra lateral
Dobra lateral
Lúnula
Lúnula
Dobra 
proximal
Dobra 
proximal
Linha de sorriso
Placa 
ungueal
Placa 
ungueal
Cutícula 
(eponíquio)
Matriz 
(raiz da unha)
 
Raiz da unha
Matriz 
Anatomia da Unha
Hiponíquio
Epiderme
DermeFalange distal
Eponíquio 
(cutícula)
Pterígio
Leito 
ungueal
Figura 11 - Anatomia da unha
99UNIDADE 3
A função de barreira da pele impede a penetração 
de agentes patógenos e evita a perda de água, po-
rém, para a ação efetiva dos cosméticos, este obstá-
culo faz toda a diferença, visto que esses produtos, 
mesmoentre forne-
cedores e clientes destes produtos. Na Unidade 2, com o tema “A química e 
sua importância na cosmetologia”, serão abordadas as funções inorgânicas 
(ácido, base, sal e óxido), a escala de pH e sua influência nas funções dos 
cosméticos, as funções orgânicas e a química da vida ou bioquímica, que 
abordará as características dos lipídeos, carboidratos, vitaminas, proteínas e 
a água. A Unidade 3 foi formulada para definir as principais características 
da pele e seus anexos, a influência deles na permeação dos cosméticos e 
as principais alterações da pele, hipoderme, cabelos e lâminas ungueais. 
A penúltima unidade apresenta um dos principais temas abordados na 
terapêutica clínica: os óleos essenciais e vegetais, compostos capazes de 
alterar de forma efetiva as disfunções orgânicas sem grandes recursos. 
Por fim, na Unidade 5, os princípios ativos frequentemente utilizados nos 
atendimentos terapêuticos foram elencados e expostos de maneira simples 
e pontual. Sem mais, espero que você se identifique com este livro e com 
o tema apresentado, porém não esqueça de aprofundar seus estudos com 
outros livros, sites e artigos científicos. Tenha em mente que o conhecimento 
nunca se esgota e está em constante renovação.
Bom estudo!
CURRÍCULO DOS PROFESSORES
Me. Érica Simionato Machado Rieger
Mestre em Promoção da Saúde pelo Centro Universitário de Maringá na área de concentração 
Envelhecimento Ativo (2014), especialista em Estética Facial e Corporal (Unicesumar) e graduada 
em tecnologia em Estética e Cosmética (Unicesumar). Possui experiência docente em nível 
superior nas disciplinas de Anatomia Humana; Biossegurança, Imunologia e Microbiologia; 
Fundamentos da Nutrição; Fundamentos da Beleza, Estética, Ética Profissional e Responsa-
bilidade Civil; Projeto Integrador I, II e III; Técnicas de Maquiagem e Embelezamento Pessoal; 
Terapia Capilar; Terapias Complementares; Bioestatística e Epidemiologia. Em nível técnico, 
experiências nas disciplinas de Eletroterapia; Estética Facial; Farmacologia; Microbiologia e 
Imunologia. Na especialização, atuou como docente no módulo de Auriculoterapia. Possui 
experiência docente nos cursos de Estética e Cosmética, Podologia, Fonoaudiologia, Enfer-
magem e Farmácia e atua em atendimentos clínicos de estética e cosmetologia. 
Currículo Lattes disponível em: .
Introdução 
à Química 
e Cosmetologia
13
A Química e sua 
Importância na 
Cosmetologia
43
Aplicação 
Terapêutica 
dos Cosméticos
83
Aromaterapia 
na Saúde Integral
119
Glossário
141
105 Processo inflamatório da pele
Utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience 
para visualizar a 
Realidade Aumentada.
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Me. Érica Simionato Machado Rieger
• Destacar a importância do conhecimento sobre química 
para a compreensão da formação dos princípios ativos. 
• Descrever os primeiros relatos da aplicação dos cosméti-
cos no corpo humano, para que haja uma reflexão sobre 
a evolução desses produtos e de sua aplicabilidade para 
promover o cuidado, o bem-estar e a saúde do homem 
contemporâneo.
• Apresentar a visão geral sobre a química, de modo que 
possibilite compreender o processo de formulação de 
produtos, fornecendo bases sólidas para experiências 
clínicas com substâncias farmacológicas.
• Descrever as normas reguladoras para produção e utili-
zação dos cosméticos, a fim de que haja a manipulação 
adequada destes, por profissionais competentes.
História da Química 
Aplicada à Cosmetologia
Conceitos Básicos 
Sobre Química
Legislação 
da Cosmetologia
Introdução à Química 
e Cosmetologia 
História da Química 
Aplicada à Cosmetologia
Olá! Nesta primeira etapa dos seus estudos, você 
precisará conhecer um pouco mais sobre a área 
da química e da cosmetologia. Talvez você ques-
tione o motivo de aprender sobre química neste 
curso de graduação, então vou te explicar! Para 
tratar as diversas disfunções, contamos com re-
cursos manuais, eletroterápicos e cosmiátricos. 
Os cosméticos são produtos formados a partir de 
compostos químicos, cuja ação está relacionada 
ao tipo e à quantidade de princípios ativos. 
Lembra da tabela periódica que foi apresen-
tada a você no ensino médio? É a partir dela que 
vamos estudar sobre a cosmetologia. Os elemen-
tos químicos presentes na tabela periódica são os 
mesmos que formam o seu creme facial, o medica-
mento que lhe foi prescrito ou mesmo o alimento 
que você ingere. Compreender as substâncias quí-
micas permite avaliar o creme indicado para cada 
tipo de pele, encontrar o medicamento com ação 
específica na patologia a ser tratada e possibilita 
escolher o cosmético adequado para utilizar em 
associação com um equipamento eletroestético. 
15UNIDADE 1
As substâncias químicas presentes nos cos-
méticos, de uma maneira geral, possuem duas 
funções: atuar diretamente no tratamento ou pre-
venção de uma disfunção, chamado de princípio 
ativo, ou garantir meio adequado para a ação dos 
princípios ativos, que são os demais componentes 
da fórmula. Então, para eleger o princípio ativo 
ou o melhor princípio ativo, você deverá ter o 
conhecimento sobre a composição química dos 
ativos farmacológicos. 
É comum, conforme vamos estudando sobre o 
assunto, surgirem outras perguntas, como: quando 
houve a primeira utilização desses produtos pelo 
homem? Qual a importância do conhecimento 
sobre eles em um atendimento clínico? Quais ca-
racterísticas principais dos ativos farmacológicos 
devemos conhecer para eleger o melhor produto? 
Em quais áreas do corpo humano irão penetrar?
 São vários os questionamentos acerca dos co-
nhecimentos sobre química e cosmetologia, mas 
fique tranquilo: ao longo desta unidade, iniciare-
mos a descoberta deste incrível mundo dos ativos 
farmacológicos – descrevo-os como incrível, pois 
se você souber as características químicas de cada 
um, existirá uma infinidade de tratamentos e al-
terações orgânicas que você conseguirá intervir, 
basta estudar sobre o assunto! Vamos lá?
Muitos se identificam com esta ciência, mas 
acredito que uma grande parte tenha medo e, 
até mesmo, aversão a ela. De fato, tudo na vida 
ocorre com a participação da química, é por meio 
da união dos vários elementos químicos que há 
a formação do corpo humano, e as reações que 
acontecem no seu organismo se devem a esses 
compostos (MATOS, 2014). 
O ar, as árvores e a água são formados pela quí-
mica, porém de forma errônea, muitas pessoas a 
veem como algo negativo. Você já deve ter ouvido 
algum destes comentários: “não coma este alimen-
to porque é cheio de ingredientes químicos”, ou “o 
produto X é ruim, pois tem bastante química”. Na 
verdade, o que essas pessoas querem dizer é sobre 
os compostos produzidos em laboratório, as subs-
tâncias sintéticas, o que não reflete a real função 
da química. Esta ciência estuda a constituição, as 
propriedades e transformações das substâncias 
(AMARAL, 1995), ou seja, ela analisa quais ele-
mentos químicos estão presentes na substância 
estudada, suas características (cor, consistência, 
forma) e como ocorre suas modificações (caso 
um composto se ligue a outro, qual o resultado?), 
e não meramente produzir produtos sintéticos. 
A química possibilita o desenvolvimento da 
sociedade, uma vez que, ao analisar todas as subs-
tâncias existentes na natureza, descobre-se suas 
funções e permite a criação e a transformação des-
tas, por exemplo, artigos de higiene, medicamen-
tos, instrumentos tecnológicos e equipamentos.
Nos cursos da área da saúde, essa disciplina bá-
sica tem a função de nortear os futuros profissio-
nais quanto ao funcionamento químico normal 
do organismo, as alterações que ocorrem durante 
um processo de doença, as substâncias químicas 
que podem ser utilizadas para melhorar o quadro 
clínico do paciente ou, até mesmo, produzir a cura, 
além de estimular a investigação científica por 
parte dos acadêmicos.
Os órgãos, o sangue e a pele também são for-
mados por compostosque tópicos, devem adentrar nas camadas 
da pele para desempenharem suas funções. 
Na aplicação tópica, o fármaco pode fixar-se 
na superfície cutânea, penetrar na camada córnea, 
permear nas camadas mais profundas da pele ou 
serem absorvidos na corrente sanguínea produ-
zindo efeitos sistêmicos. Contudo, a absorção na 
corrente sanguínea não deve ocorrer em produtos 
cosméticos. 
Como vimos no início desta unidade, os fár-
macos penetram em diferentes vias, sendo que 
os cosméticos possuem maior facilidade nas vias 
transepidérmica, transfolicular e transanexial.
A utilização da via transepidérmica (penetra-
ção através da epiderme) é mais lenta, visto que 
para o cosmético penetrar dependerá da espes-
sura da epiderme, da condição da hidratação e 
oleosidade da pele, da região de aplicação e do 
pH. Apesar destes entraves, a aplicação tópica é 
eficiente, pois há uma redução de riscos e a segu-
rança da atuação do produto no local aplicado.
Permeabilidade 
Cutânea
100 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
As glândulas sudoríparas também servem de 
via de penetração, a transanexial (anexos cutâ-
neos) e a via transfolicular (folículo pilossebáceo), 
que é mais rápida, em relação à transepidérmica 
(MATOS, 2014). 
De acordo com Matos (2014), algumas caracte-
rísticas dos cosméticos possibilitam a permeação 
com maior facilidade nas camadas mais profun-
das da pele, como: 
• Álcool.
• Água.
• Moléculas menores que 0,8 nanômetros.
• Substâncias hidrossolúveis.
• Substâncias de baixo peso molecular li-
possolúveis.
• Maior concentração de princípio ativo.
• Substâncias iônicas.
• Maior tempo de permanência do fármaco 
na pele.
• Tipo de veículo (pH, viscosidade, veículos 
vetoriais).
101UNIDADE 3
Neste tópico, vamos descobrir quais são as condi-
ções normais da pele e seus anexos, as características 
das alterações mais frequentes e os cosméticos indi-
cados, assim, saberemos escolher a melhor estratégia 
de tratamento das diversas alterações estéticas.
Alterações Faciais e suas 
Indicações Cosméticas
O tecido tegumentar da região facial é fixado aos 
músculos desse local, diferentemente da pele de 
outros locais do corpo humano; devido a isso, 
cada vez que realizamos algum movimento, este 
traciona a cútis, favorecendo o aparecimento das 
linhas de expressões e, consequentemente, o enve-
lhecimento antecipado, em relação a outros locais.
 Dependendo da fase da vida, da genética ou 
dos alimentos que ingerimos, a pele do rosto pode 
sofrer alterações, que são tratadas, muitas vezes, 
com o uso do cosmético adequado. 
Alterações Estéticas 
da Pele, Hipoderme, 
Cabelos e Lâminas 
Ungueais
102 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
Tipos de pele
A presença de uma camada espessa da epiderme, 
a hiperatividade das glândulas sebáceas anexas ao 
folículo piloso ou a vascularização acentuada na 
derme são determinantes na distinção cutânea.
Podemos perceber que a pele das pessoas, nota-
mos principalmente na face, é diferente umas das 
outras. Ela pode apresentar-se oleosa, descamati-
va, avermelhada, com manchas ou pequenos vasos 
sanguíneos. Então, para que o tratamento atue de 
forma específica, basicamente, a pele é classificada 
em quatro tipos: normal ou eudérmica, oleosa ou 
lipídica, seca ou alipídica e mista. Além desta clas-
sificação dos tipos de pele, temos os subtipos que 
são: acneica, sensível e desidratada. Estas classifica-
ções possibilitarão um tratamento exclusivo ao pa-
ciente, visto que, quando definirmos o tipo de pele, 
elencaremos cosméticos específicos e individuais. 
Não devemos tratar uma pele oleosa com os 
mesmos cosméticos para uma pele seca, pois o 
resultado desejado não será o alcançado.
Pele normal ou eudérmica
Neste tipo de pele, há a concentração adequada de produção e eli-
minação de sebo e suor pelas glândulas sudoríparas e sebáceas, a 
quantidade de queratinócitos apresenta-se apropriada, resultando 
em espessura ideal, poros pouco dilatados, brilho e textura agradá-
veis. É o tipo de pele ideal, e os tratamentos visam tornar os demais 
tipos e subtipos em uma pele eudérmica. Quanto aos produtos 
cosméticos indicados para esse tipo de pele, devem ser aqueles sem 
alto poder adstringente ou oleoso (MATOS, 2014) e é indicado para 
higienização emulsões de limpeza para não agredir a pele.
Pele oleosa ou lipídica
Possui produção exacerbada de sebo pelas glândulas sebáceas, dilatando os poros para a grande de-
manda de evasão deste conteúdo oleoso e deixando um brilho excessivo na pele. 
A abundante oleosidade propicia, também, que os queratinócitos permaneçam aderidos na su-
perfície cutânea, tornando-a espessa e irregular, os sinais do envelhecimento ficam menos visíveis e 
pode estimular a formação de “tampões” nos óstios cutâneos, obstruindo estas estruturas e formando 
os comedões. 
A produção pelas glândulas sudoríparas permanece normal e, devido à camada lipídica que se 
forma na superfície da pele, ocorre a retenção de água, permanecendo hidratada.
Figura 13 - Estrutura da pele normal
103UNIDADE 3
Os cosméticos indicados devem conter:
• Maior quantidade de água em relação ao óleo (O/A), sendo que o óleo vegetal é o mais indicado, 
por ser biodegradável, permitindo a respiração cutânea.
• Produtos antissépticos para controlar oleosidade.
• Matificantes para reduzir o brilho desagradável.
• Queratolíticos, a fim de dissolver ou destruir a camada córnea, diminuindo a espessura da pele 
e tornando-a mais regular.
• Podem apresentar na forma de séruns, pós e géis (MATOS, 2014).
• Para higienização, utilizar sabonete líquido.
Figura 14 - Aspectos da pele oleosa
O sebo serve de proteção à pele, e se, ao longo do dia, você lavar várias vezes o rosto ou o couro 
cabeludo com um produto detergente (exemplo: sabonete e xampu), ocasionará o efeito rebote que 
é a produção exagerada de sebo para promoção da proteção cutânea.
Pele seca ou alipídica
Pele seca ou alipídica não deve ser confundida com pele desidratada. Na pele seca, há deficiência na 
produção de conteúdo oleoso pelas glândulas sebáceas e produção normal pelas glândulas sudoríparas, 
e na pele desidratada, produção ineficiente das glândulas sudoríparas.
A pele alípidica é sem brilho, devido à hipofunção das glândulas sebáceas, e fina, visto que, pela falta de 
oleosidade, os queratinócitos não estão bem aderidos. A pele com menor espessura possibilita que os sinais 
do envelhecimento sejam mais visíveis, e as pessoas com esse tipo de pele aparentam uma idade superior.
Apesar de não ter influência na produção pelas glândulas sudoríparas, a falta de um conteúdo 
oleoso na superfície cutânea, frequentemente, a torna desidratada e descamativa, pois não há retenção 
de água em suas camadas. 
104 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
Os cosméticos para a pele seca e desidratada devem conter ingredientes à base de óleo vegetal e 
hidratantes. Mousse, loção, creme ou leite são indicados para a higienização da pele (MATOS, 2014). 
Lembrando que se deve ter cautela no tratamento, pois a utilização frequente de produtos oleosos pode 
tornar uma pele seca em oleosa.
Figura 15 - Aspectos da pele seca
Pele mista
Na pele mista, a testa, nariz e queixo é delimitada e chamada de zona T, podendo estender-se para as 
bochechas (abaixo dos olhos); possui características diferentes do restante do rosto, como ser oleosa 
na zona T e seca ou normal nas demais regiões. As indicações cosméticas devem seguir conforme a 
região de aplicação.
Subtipos de pele: acneica e sensível 
A acne é formada em peles com excessiva produção de sebo e também pela presença da bactéria 
propionibacteruim acnes. Os cosméticos indicados dependem do grau acneico, sendo que podem 
ser aplicados: anti-inflamatórios, antissépticos, queratolíticos, matificantes, calmantes e cicatrizantes.
As formulações terapêuticas contam com inúmeros ingredientes químicos, e cada um deles possuem 
uma função principalmente, quando a presença e quantidade de água e óleo no produto influenciarão 
no resultado do tratamento.A maior quantidade de água em relação ao óleo (A/O) são, de maneira 
geral, ideais para peles oleosas e produtos com alto teor de óleo e quantidade menor de água (O/A), 
indicados para uma pele seca, porém com cautela.
105UNIDADE 3
Saudável Acne Comedão Pápula Pústula
Figura 16 - Tipos de acne
A pele sensível pode apresentar vascularização 
acentuada, tornando-a quente e avermelhada, e 
hiperfunção das terminações nervosas cutâneas, 
deixando-a sensível à dor (Figura 17). Anti-infla-
matórios e produtos livres de álcool são os mais 
adequados para esse subtipo de pele. Figura 17 - Aspecto da pele sensível
Transtornos de Pigmentação Cutânea
A pigmentação da pele é dependente da quantidade de liberação de 
melanina produzida pelos melanócitos, influenciada pelo sangue e 
carotenoides presentes no corpo, a espessura da pele, entre outros 
fatores. Tanto a falta quanto a produção excessiva de melanina 
modificam a coloração da pele.
Melanodermias 
As melanodermias são manchas de coloração acastanhada que ocorre 
devido à condição genética, medicação, exposição à radiação ultra-
violeta, após a inflamação, atritos contínuos, disfunções hepáticas e 
endócrinas. Os cosméticos utilizados para reduzir a extensão ou o tom 
da coloração da mancha, os despigmentantes, devem atuar inibindo 
a melanogênese, a transferência dos melanossomas para os querati-
nócitos, quelar íons de cobre e ferro e/ou renovar a epiderme, como 
os ativos: ácido mandélico, ácido ascórbico, hidroquinona (MATOS, 
2014). Além dos cosméticos despigmentantes, é necessário o uso de 
filtro solar para prevenir a formação de novas manchas e/ou reduzir 
a coloração das que estão presentes.
Processo inflamatório da pele
106 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
Alterações Corporais e suas Indicações Cosméticas
As alterações corporais, como gordura localizada, celulite e estrias, frequentemente, causam transtornos 
psicológicos e podem estar associadas à má alimentação, falta de atividade física, gestações, heredita-
riedade e falta de tratamento estético e cosmético. A seguir, serão abordadas as características destas 
alterações e os cosméticos indicados.
Os cuidados básicos para todos os tipos de pele seguem nesta ordem: limpeza, tonificação, hidra-
tação e fotoproteção.
Gordura localizada e celulite
A distribuição irregular do tecido adiposo é cha-
mada de gordura localizada ou adiposidade loca-
lizada, enquanto a celulite é denominada como 
fibroedema geloide ou hidrolipodistrofia ginoide. 
São fatores desencadeantes destes distúrbios: a he-
reditariedade, alterações posturais, falta de ativi-
dade física, tabagismo, etilismo, alimentação ina-
dequada, alterações da circulação sanguínea, entre 
outros fatores. Os cosméticos utilizados devem 
atuar estimulando a hiperemia local ou a lipólise. 
A lipólise - quebra dos triglicerídeos (presentes 
no adipócito) em ácido graxo e glicerol, permite a 
liberação de ácidos graxos na corrente sanguínea, 
e estes são utilizados como fonte energética. Os 
hiperemiantes aumentam a circulação sanguínea 
causando a vermelhidão da pele, a hiperemia. Des-
te incremento na circulação, espera-se que, após 
a lipólise, “os resíduos sejam carreados por essas 
vias potencializadas” (BORGES; SCORZA, 2016).
Os ativos utilizados para o tratamento da adi-
posidade localizada e fibroedema geloide são: 
cafeína, hera, metilxantinas e xantogosil. 
Estrias
A estria é o resultado da distensão excessiva das 
fibras elásticas e colágenas, que acabam sendo 
rompidas. Podem ocorrer devido à distensão 
rápida de crescimento, ganho de peso, genética, 
hormônios, desidratação cutânea, entre outros 
fatores. Os princípios ativos mais utilizados são: 
arnica, óleo de rosa mosqueta e vitamina B5.
Alterações Capilares e suas Indicações Cosméticas
O couro cabeludo apresenta, aproximadamente, 100 mil folículos pilosos e cada um encontra-se em 
uma fase de crescimento distinta. O cabelo desempenha funções importantes, porém, devido a vários 
fatores, alguns apresentam-se descoloridos, tingidos ou alisados quimicamente, e não somente a haste, 
mas também o couro cabeludo podem ser oleosos ou ressecados.
Ressecamento capilar
O couro cabeludo ressecado (xerose) apresenta-se 
nesta condição devido à baixa produção de sebo 
das glândulas sebáceas, com consequente resseca-
mento dos fios. Nestes casos, diminuir a frequência 
de lavagem e optar por xampus e condicionadores 
hidratantes poderá aliviar os sintomas.
Oleosidade capilar
A produção exacerbada de sebo pelas glândulas 
sebáceas, a lavagem incorreta dos cabelos e couro 
cabeludo, o estresse, hábitos alimentares inadequa-
dos e a falta de atividade física são fatores que po-
dem tornar tanto a haste quanto o couro cabeludo 
oleoso. Além de melhorar as condições alimentares, 
incluir na rotina diária atividades físicas e minimi-
zar o estresse, o uso de cosméticos adstringentes, 
com fração reduzida de óleo na formulação, pode 
auxiliar na redução da oleosidade capilar.
Corantes e descorantes
A busca pela mudança de coloração e corte dos 
cabelos é frequente, porém, no caso da colora-
ção ou descoloração dos fios, a saúde capilar 
é afetada caso não haja um acompanhamento 
contínuo.
Os corantes capilares são substâncias químicas 
capazes de alterar a cor natural dos fios e podem 
ser compostos de ativos vegetais ou sintéticos. O 
corante vegetal mais conhecido para a tintura de 
pelos é a hena (2-hidroxi-1,4-naftoquinona), que 
torna a fibra capilar avermelhada. Outros corantes 
são: sais de chumbo e prata, nitrofenilenodiami-
nas e nitrofenóis.
Os descorantes removem a coloração dos ca-
belos, sendo que o produto mais comum é a água 
oxigenada.
Cabelos com alisamento
Os alisantes capilares agem nas ligações dissulfeto, 
causando seu rompimento e tornando a fibra capi-
lar lisa. Os ativos utilizados são: hidróxido de sódio 
e guanidina, tioglicolatos e bissulfato de sódio. 
Por fim, a hidratação e nutrição semanal, quin-
zenal ou mensal dos fios ressecados, tingidos, des-
coloridos ou alisados quimicamente é necessária. 
Nos cabelos oleosos, devem ser utilizados produ-
tos adstringentes, desengordurantes e hidrantes 
(evitar aplicação no couro cabeludo).
108 Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
Alterações da Lâmina Ungueal e Estruturas Relacionadas e 
suas Indicações Cosméticas
A saúde dos pés e das mãos influencia no estado geral do organismo. A unha encravada, micose e 
rachaduras são alterações que causam dor e desconforto, por isso, veremos as formas de tratamento 
para essas disfunções.
Onicocriptose 
É conhecida como unha encravada e “ocorre 
quando uma porção da lâmina ungueal cresce 
por dentro do sulco ungueal lateral” (BOLOG-
NIA; JORIZZO; RAPINI, 2011, p. 26), deixando 
o tecido de granulação exposto, causando dor, 
liberação de exsudato e edema. Frequentemen-
te ocorre no hálux é desencadeado por calçados 
apertados, forma inadequada de cortar a unha, 
hereditariedade ou traumas consecutivos no lo-
cal. Em casos brandos da onicocriptose, pode ser 
colocado algodão (para direcionar o crescimento 
ungueal) ou, em casos graves, intervenção cirúr-
gica e/ou medicamentosa. Fenol, corticosteroides, 
mupirocina, eritromicina, policresuleno, neomi-
cina e própolis são ativos utilizados durante e/ou 
após o tratamento da onicocriptose (BEGA, 2014).
Calo e calosidades
O espessamento da epiderme, por atrito ou pres-
são contínua, forma o calo e calosidades. Calçados 
apertados, marcha irregular e pressões repetidas na 
região podem desencadear seu surgimento, assim 
o tratamento de calos e calosidades conta com a 
suspensão do uso de calçados apertados, e aplicação 
de medicamentos, como ácido salicílico e lático.
Fissuras 
A perda de água e da capacidade de elasticidade 
em conjunto com o espessamento da epiderme 
formam fendas na pele – as fissuras que, popu-
larmente, são chamadas de rachaduras. Para esta 
podopatia, é indicado ureia e vitaminas.
Onicomicose 
A infecção fúngica da lâmina ungueal é chamada 
de onicomicose, estandopresentes fungos que 
se alimentam de queratina, e, com o ambiente 
escuro, quente e úmido, esses microrganismos 
se proliferam. Secar a região e higienizar corre-
tamente os calçados previnem o surgimento da 
doença, porém, em casos que essa patologia já 
está instalada, os medicamentos com bifonazol, 
amorolfina e óleo essencial de tea tree são indi-
cados (BEGA, 2014).
Paroníquia
Pode ser desencadeada por bactérias ou fungos, 
causando vermelhidão, sensibilidade, edema, dor 
e pus. Os medicamentos utilizados são: clotrima-
zol e óleo de tea tree.
109UNIDADE 3
Tínea pedis
A tinea pedis, conhecida como pé de atleta, é uma 
infecção fúngica dos espaços interdigitais e das plan-
tas dos pés que causam dor, odor e coceira. A inter-
venção medicamentosa conta com bifonazol é óleo 
essencial de tea tree, cravo e mirra (BEGA, 2014).
Como você pode notar, esta unidade foi exten-
sa e complexa, porém servirá de base para seus 
atendimentos clínicos. É natural, à medida em que 
vamos iniciando nossa carreira profissional, ter-
mos que nos aprofundar em cada um dos assuntos 
abordados. Essa jornada está apenas começando!
Veremo-nos na próxima unidade, até mais!
110
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. Sobre o tópico 1 “Formulações cosméticas e suas funções”, assinale Verdadeiro 
(V) ou Falso (F):
 ) ( Matéria-prima e princípio ativo são sinônimos, ou seja, são substâncias químicas 
que irão atuar no tratamento ou prevenção de uma disfunção.
 ) ( Emulsão e líquido são formulações farmacêuticas diferentes.
 ) ( Na via de administração transdérmica, o fármaco é administrado sob a pele 
(hipodérmica, subdérmica).
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) V-F-F.
c) F-F-F.
d) F-V-V.
e) F-V-F.
2. Sobre o sistema tegumentar, assinale a alternativa correta:
a) Glândulas sudoríparas estão anexas ao folículo piloso e secretam um conteúdo 
oleoso.
b) A epiderme é vascularizada e nutrida por oxigênio e inúmeros nutrientes.
c) Os pelos têm função sensorial.
d) A unha possui apenas função estética.
e) A hipoderme é formada por tecido conjuntivo frouxo.
111
3. Sobre o tópico 1 “Formulações cosméticas e suas funções”, analise as afirma-
tivas a seguir:
I) O desodorante reduz a secreção das glândulas sudoríparas, diminuindo a 
transpiração.
II) O sérum é um produto que contém gel em sua formulação.
III) Na hidratação oclusiva, são adicionadas substâncias higroscópicas que retém 
a água do meio ambiente nas camadas mais profundas da pele.
IV) Óleos também têm função emoliente. 
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I, II e III estão corretas.
b) Apenas II está correta.
c) Apenas IV está correta.
d) Apenas I, III e IV estão corretas.
e) Todas alternativas estão corretas.
4. Conforme o conteúdo sobre as alterações estéticas, assinale Verdadeiro (V) ou 
Falso (F):
 ) ( Mesmo na pele normal, poros e óstios estão presentes.
 ) ( Couro cabeludo oleoso não precisa de hidratação.
 ) ( Ácido salicílico e lático são indicados para o tratamento de calos e calosidades.
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) V-F-F.
c) F-F-F.
d) F-V-V.
e) V-F-V.
5. Explane sobre a função de permeabilidade cutânea.
112
Cosmetologia
Autor: Maria de Fátima Lima Pereira
Editora: Difusão
Sinopse: o livro “Cosmetologia” faz parte da série Curso de Estética, organizada 
por Maria de Fátima Lima Pereira e surge em um momento em que a qualidade 
de vida e o bem-estar estão no topo das pautas. O cuidado com a beleza e com 
a saúde tornou-se parte do cotidiano de quem busca, a cada dia, profissionais 
especializados em tratamentos estéticos. Escrito por profissionais altamente 
conceituados, o livro contribui para o aprendizado de quem quer ingressar 
no mercado de estética e serve como guia para profissionais que já ganham a 
vida cuidando da aparência, saúde e bem-estar das pessoas no que se refere 
à Cosmetologia.
LIVRO
Para aqueles que queiram aprofundar seus conhecimentos sobre a regulamen-
tação relacionada aos produtos cosméticos, como as boas práticas na fabricação, 
embalagem, rotulagem, denominações, produtos permitidos e restritos, devem 
visitar periodicamente o portal da Agência de Vigilância Sanitária.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
WEB
https://apigame.unicesumar.edu.br/getlinkidapp/3/507
113
ALAM, M.; GLADSTONE, H. B.; TUNG, R. C. Dermatologia Cosmética. Elsevier: Rio de Janeiro, 2010.
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 140, de 29 de maio de 2003. Minis-
tério da Saúde, 2003. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/. Acesso em: 26 abr. 2019.
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 17, de 16 de abril de 2010. Dispõe 
sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: http://portal.
anvisa.gov.br. Acesso em: 26 abr. 2019.
BEGA, A. Tratado de podologia. 2. ed. rev. e ampl. São Caetano do Sul: Yendis, 2014. 
BOLOGNIA, J. L.; JORIZZO, J. L.; RAPINI, R. P. Dermatologia. 2. ed. Tradução de Renata Scavone de Oliveira 
et al. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
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Medicamentos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011.
CORTEZ, D. A. G.; MACHADO, É. S.; VERMELHO, S. C. S. D.; TEIXEIRA, J. J. V.; CORTEZ, L. E. R. O conheci-
mento e a utilização de filtro solar por profissionais da beleza. Ciência & Saúde Coletiva, 2016, Rio de Janeiro, 
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FONSECA, A.; PRISTA, L. V. N. Manual de terapêutica dermatológica e cosmetologia. São Paulo: Roca, 2000.
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http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0017_16_04_2010.pdf/b9a8a293-f04c-45d1-ad4c-19e3e8bee9fa
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114
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PEREIRA, L. J. B.; GARCIA-ROJAS, E. E. Emulsões múltiplas: formação e aplicação em microencapsulamento 
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STAMPACCHIO, H. A essência do cabelo perfeito. São Paulo: Baraúna, 2010.
VILA, M. A. B.; MIRANDA, E. G. Cosmética para peluquería. Madrid: Paraninfo, 2013.
WICHROWSKI, L. Terapia capilar: uma abordagem complementar. Porto Alegre: Ed. Alcance, 2007.
WILKINSON, J. B.; MOORE, R. J. Cosmetología de Harry. Tradução de Marta A Rodriguez Navarro e Dario 
Rodriguez Devesa. Madrid: Diaz de Santos, 1990. 
115
1. E.
2. C.
3. C.
4. E.
5. A seleção do que será absorvido pelo organismo é a função da permeabilidade cutânea, e esta é de grande 
importância, visto que componentes maléficos são barrados por ela quando há a tentativa de penetração.
116
117
118
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Apresentar a diferença entre óleos vegetais e óleos es-
senciais.
• Apresentar as características químicas dos óleos vegetais 
e essenciais. 
• Explanar sobre os óleos vegetais e essenciais mais utiliza-
dos na prática clínica.
Introdução 
à Aromaterapia
Óleos 
Essenciais
Óleos 
Vegetais
Me. Érica Simionato MachadoRieger
Aromaterapia 
na Saúde Integral
Introdução à 
Aromaterapia
A utilização de plantas medicinais para o tra-
tamento de doenças, como culto religioso, para 
fins estéticos e tratamentos para o bem-estar do 
homem é conhecida desde tempos muito antigos. 
Eram empregadas por meio de chás, emplastos ou 
inalação, assim como relata Andrei e Del Comune 
(2005, p. 58):
 “
Nos rituais que envolviam fogueiras, muitas 
vezes os homens queimavam plantas aro-
máticas e descobriam que sua fumaça pro-
vocava ora sonolência, ora revigoramento, 
e outras sensações, evidenciando desta for-
ma algumas de suas propriedades curativas. 
Observando os efeitos da “fumaça” sobre 
a mente, a humanidade passou a atribuir 
poder à mesma.
Percebe-se que os benefícios da utilização das 
plantas curativas são valiosos, pois, apesar da evo-
lução da indústria farmacêutica com medicamen-
tos potentes à base de matérias-primas sintéticas, 
atualmente há uma grande procura por técnicas 
menos agressivas e com resultados efetivos, como 
a aromaterapia.
121UNIDADE 4
A aromaterapia é uma medicina natural, preventiva e curativa, que 
tem como função tratar diversas patologias com a utilização do aroma 
das plantas e seus óleos mediante mecanismos de inalação, aplicação 
tópica e banhos terapêuticos. Seu termo foi utilizado e difundido pela 
primeira vez pelo químico francês René Maurice de Gatefossé, em 
1964 (ANDREI; DEL COMUNE, 2005).
Apesar da resistência de algumas pessoas na utilização de terapias 
complementares, a aromaterapia é uma ciência comprovada. As célu-
las nervosas especializadas no reconhecimento do aroma, que estão 
localizadas na cavidade nasal, codificam o odor dos óleos essenciais 
e transmitem informação para outras células nervosas do sistema 
nervoso central, conhecidas como sistema límbico. Este sistema, pou-
co compreendido, armazena informações emocionais (memórias) 
que podem ser evocadas quando sentimos um determinado aroma, 
desencadeando uma reação fisiológica, como aumento da pressão 
sanguínea, estímulo do sistema digestório, respiratório e promoção 
do relaxamento (LEVERT; ROTHFELD, 1997).
Esses óleos essenciais extraídos das plantas são responsáveis pelo 
estímulo fisiológico e, devido à variedade das plantas, há uma quan-
tidade significativa de óleos essenciais que, por meio da sinergia, 
podem formar blends, tornando possível inúmeras combinações e 
funções no organismo.
A medicina complementar visa auxiliar os tratamentos da medicina 
convencional e promove a saúde por meio de técnicas, como a 
aromaterapia, shiatsu, yoga, acupuntura, auriculoterapia, cromo-
terapia, entre outras técnicas.
122 Aromaterapia na Saúde Integral
Os óleos essenciais conferem o aroma da planta e 
participam de funções importantes a ela, como o 
metabolismo e conservação. São sensíveis à lumi-
nosidade, voláteis (em contato com o ar evaporam 
facilmente), não necessariamente untuosos e são 
extremamente concentrados, ou seja, os resulta-
dos desejados são obtidos com frações pequenas 
de óleo essencial. Podem ser extraídos do caule, 
folhas, flores, raiz, casca ou outras partes de uma 
planta (CORAZZA, 2002) por meio de métodos 
de extração, como: extração por meio de solventes 
orgânicos, prensagem a frio, destilação a vapor, 
enfleurage (Figura 1), entre outros.
São compostos químicos formados por álcoois, 
fenóis, aldeídos, terpenos e ésteres e, dependendo 
do composto e quantidade dos grupos funcio-
nais, temos as funções antissépticas, bactericida, 
anti-inflamatória, expectorante, relaxante, entre 
outras. Os fatores como clima, localização e pro-
cesso de cultivo, manejo da colheita e método da 
extração interferem na sua composição química 
e consequente eficácia (CORAZZA, 2002).
Óleos 
Essenciais
123UNIDADE 4
A nomenclatura dos óleos essenciais é dada de 
acordo com a planta em que foi extraído, como o 
óleo essencial de limão, retirado da casca do fruto. 
É importante que você saiba que os óleos pro-
duzidos em laboratório não são óleos essenciais, 
e sim essências, que não possuem propriedades 
terapêuticas, somente aromáticas. 
Os óleos essenciais devem ser acondicionados 
em frasco de vidro escuro, em lugar fresco e seco, 
longe da luminosidade, para evitar a oxidação e 
transformação em resina (CORAZZA, 2002). 
Para a aplicação na pele, são necessários cosméti-
cos carreadores, como óleos vegetais, creme sem 
princípios ativos e não iônico, argilas ou gel não 
iônico (AMARAL, 2016). 
A alta concentração dos óleos essenciais pode 
torná-los tóxicos ou sensibilizantes, apesar da planta 
não ser, como o óleo essencial de mostarda, arruda, 
erva-doce, bergamota, cravo, canela, pinho e junípe-
ro. Não somente a aplicação tópica, mas a inalação de 
óleos essenciais pode desencadear dores de cabeça, 
náuseas e alergias (ANDREI; DEL COMUNE, 2005).
Figura 1 - Técnica de enfleurage
Alguns óleos possuem valor alto de mercado, e isto se deve à forma de extração, como é o caso do 
óleo essencial de rosas que, para se obter 1 litro, são necessários 3.500 kg de pétalas. 
Fonte: adaptado de Amaral (2016).
124 Aromaterapia na Saúde Integral
Devido à sua fragrância e suas propriedades an-
timicrobianas e antioxidantes, os óleos essenciais 
são utilizados na fabricação de perfumes, alimen-
tos, medicamentos e cosméticos (SILVEIRA et 
al., 2012), sendo frequentemente empregado na 
prática clínica de diversas profissões, por meio de 
massagens, infusões, inalação, aplicação tópica, 
escalda pés, assepsia bucal, gargarejo, compressas 
e banhos terapêuticos. Suas funções fisiológicas 
são indicadas para o tratamento de acne, hipercro-
mias, fibroedema geloide, adiposidade localizada, 
oleosidade e ressecamento capilar, onicomicose, 
pé de atleta, fissura plantar, entre outros. 
Os óleos essenciais devem ser utilizados com 
cautela. Gestantes, crianças e idosos, principal-
mente, possuem contraindicações específicas.
Principais Óleos Essenciais Utilizados no Atendimento 
Terapêutico
ALECRIM
Nome científico: Rosmarinus officinalis
Composição química: 
 “
[...] hidrocarbonetos monoterpênicos, ésteres 
terpênicos, linalol, verbinol, terpineol, 3-oc-
tanona e acetato de isobornila, dentre outros 
compostos (RIBEIRO et al., 2012, p. 688).
Propriedades: antifúngico, cicatrizante, antis-
séptico e vasodilatador. 
BERGAMOTA 
Nome científico: Citrus bergamia
Composição química: “linalol, acetato de li-
nalil, pineno, acetato de linalila, nerol, aceta-
to de nerila, geraniol, bergapteno, terpineol, 
dipenteno” (ANDREI; DEL COMUNE, 2005).
Propriedades: cicatrizante, bactericida, an-
tisséptico e analgésico. 
125UNIDADE 4
CANELA
Nome científico: Cinnamomum zeylanicum
Composição química: 
 “
eugenol, ácido cinâmico, aldeído benzênico, 
aldeído cinâmico, benzoato de benzila, fur-
furol, safrol, cimeno, dipenteno, felandreno, 
pineno” (ANDREI; DEL COMUNE, 2005).
Propriedades: analgésico, ativa a circulação 
sanguínea e antisséptico.
CRAVO
Nome científico: Eugenia caryophyllus
Composição química: eugenol, β-Cariofileno, 
α-Humuleno, acetato de eugenila, óxido de 
cariofileno (AFFONSO et al., 2012).
Propriedades: anestésico, analgésico, fungici-
da, bactericida e anti-inflamatório.
CEDRO 
Nome científico: Juniperus virginiana L.
Composição química: “α e β – cedreno, 
tuiopseno, cupareno, cedrol e widrol” 
(MONTEIRO, 2015, p. 9).
Propriedades: regenerador celular, estimu-
lante da circulação, revitalizante, expecto-
rante, adstringente e antisséptico.
EUCALIPTO 
Nome científico: Eucalyptus globulus
Composição química: “1,8 – cineol, α – pineno, 
limoneno e α – terpineol” (MONTEIRO, 2015, p. 8).
Propriedades: tônico e descongestionante.
126 Aromaterapia na Saúde Integral
LARANJA AMARGA
Nome científico: Citrus aurantium
Composição química: d-limoneno, flavo-
noides, cumarinas, triterpenos, vitamina C, 
caroteno, pectina, linalila e linalol (OLIVEIRA 
et al., 2017).
Propriedades: anti-inflamatório, antissépti-
co, adstringente, sedativo, estimulante do 
metabolismo e tônico.
SÂNDALO
Nomecientífico: Amyris balsamifera
Composição química: “cis-α-santalol, α-santalal, cis-
-βsantalol, α-curcumeno, α-santaleno, α-transberga-
moteno, β-curcumeno, β-santaleno, epi-β-santaleno, 
santeno, (z)-α-trans-bergamotol, bisabolol, lanceol, 
β-santalal” (FERREIRA, 2014 p. 34).
Propriedades: desintoxicante, hidratante e relaxante.
LAVANDA 
Nome científico: Lavandula angustifolia
Composição química: “linalol, acetato de 
linalilo, cineol, cânfora e borneol” (MONTEI-
RO, 2015, p. 11).
Propriedades: antisséptico, calmante, anti-
-inflamatório e cicatrizante.
TEA TREE 
Nome científico: Melaleuca alternifolia
Composição química: 
 “
[...] terpinen-4-ol, 1,8-cineol γ-terpineol, α-terpineno, 
α-pineno, sabineno, p-cimeno, terpinoleno, α-terpi-
neol, aromadendreno, viridifloreno, δ-cadineno, glo-
bulol, viridiflorol (FERREIRA, 2014 p.31).
Propriedades: bactericida, antiviral, cicatrizante, anti-
fúngico, antioxidante e anti-inflamatório.
Apesar dos benefícios dos óleos essenciais, é necessário cuidado na manipulação, pois são poucos que 
podem ser aplicados diretamente sob a pele, alguns são tóxicos e existem contraindicações e dosagens 
de uso. Ao desejar trabalhar com este ramo da aromaterapia, deve-se aprofundar os conhecimentos 
científicos. 
TOMILHO 
Nome científico: Thymus vulgaris
Composição química: 
 “
[...] timol, p-cimeno, carvacrol, linalol, γ-ter-
pineno, β-mirceno, geraniol, terpineol, terpi-
neno-4-ol (FERREIRA, 2014).
Propriedades: antioxidante, anti-inflamatório 
e antisséptico.
128 Aromaterapia na Saúde Integral
Também chamados de óleos carreadores ou base, 
os óleos vegetais são utilizados na aromaterapia 
para diluir os óleos essenciais e carregá-los para 
o interior da pele. São obtidos, geralmente, por 
meio de prensagem a frio da planta, e possuem 
como características contrárias aos óleos essen-
ciais o aroma menos marcante e menor volatili-
dade. Em função do caráter emoliente e serem 
ricos em vitaminas, ácidos graxos e nutrientes, os 
óleos vegetais conferem hidratação por oclusão 
parcial e umectação, flexibilidade e maciez à pele 
(CORAZZA, 2002; AMARAL, 2016). 
No óleo extravirgem, a primeira prensagem é 
realizada à temperatura ambiente; e no óleo vir-
gem, a prensagem posterior ocorre em, aproxi-
madamente, 70 ºC.
Fonte: adaptado de Ramalho e Suarez (2013).
Óleos 
Vegetais
129UNIDADE 4
Os óleos vegetais são compostos lipídicos que permitem a liberação lenta dos óleos essenciais para o 
interior da pele. A concentração máxima de óleo essencial é de 2% em óleo vegetal. Óleos vegetais não 
devem ser confundidos com óleos minerais, pois, apesar de serem mais untuosos que os óleos essenciais, 
os óleos vegetais possuem características semelhantes à pele e não deixam aspecto oleoso como os óleos 
minerais; estes impedem a absorção dos óleos essenciais e não são biodegradáveis (AMARAL, 2016).
Alguns dos óleos vegetais mais utilizados nos atendimentos terapêuticos são os de: amêndoas doces, 
semente de uva, argan, jojoba e rosa mosqueta.
Principais Óleos Vegetais Utilizados na Prática Clínica
SEMENTE DE UVA
Nome científico: Vitis vinifera
Composição química: linoleico, oleico, pal-
mítico, esteárico (ROCKENBACH et al., 2010).
Propriedades: hidratante e regenerador.
AMÊNDOAS DOCES 
Nome científico: Prunus amygdalus dulcis
Composição química: ácido oleico, linoleico, 
palmítico (GIWA; OGUNBONA, 2014).
Propriedades: emoliente.
ARGAN 
Nome científico: Argania spinosa
Composição química: ácido oleico e linoleico, 
carotenos, tocoferóis, álcoois triterpênicos, 
esteróis, xantofilas (ARAÚJO, 2015).
Propriedades: regenerador e hidratante.
ROSA MOSQUETA
Nome científico: Rosa rubiginosa
Composição química: ácidos graxos poli-in-
saturados, ácido oleico, linoleico, linolêni-
co, ácido palmítico, palmitoleico, esteárico, 
láurico, mirístico, araquidônico, gadoleico, 
behênico (SANTOS; VIEIRA; KAMADA, 2009).
Propriedades: regenerador, anti-inflamatório 
e antioxidante.
JOJOBA 
Nome científico: Simmondsia chinensis
Composição química: ésteres de cadeia longa, 
ácidos e álcoois monoinsaturados (BIGON, 2015)
Propriedades: anti-inflamatório, cicatrizante e 
regenerador.
131
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. A aromaterapia é um ramo da terapia complementar e é utilizada desde os 
primórdios para o tratamento de doenças de ordem física e psicológica. Sobre 
ela, assinale a alternativa correta.
a) A aromaterapia é a ciência que estuda somente a ação dos óleos essenciais.
b) Óleos essenciais são idênticos aos óleos vegetais.
c) Somente os óleos essenciais trazem benefícios à pele, os óleos vegetais não 
possuem ação efetiva no tecido cutâneo.
d) Os óleos essenciais não produzem efeitos sistêmicos, somente no local em 
que foi aplicado.
e) A aromaterapia é explicada por meio do seu efeito no sistema límbico.
2. Sobre o conteúdo de óleos essenciais e vegetais, leia.
I) Os óleos essenciais podem ser extraídos de diversas partes de uma planta.
II) Os óleos essenciais somente são responsáveis pelo aroma da planta, não 
possuem outra função para ela.
III) A produção dos óleos essenciais é complexa, necessitando de poucas quan-
tidades da planta desejada para a sua produção.
IV) Óleos vegetais são extremamente voláteis.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
132
3. Na prática clínica de muitas profissões, os óleos essenciais são requisitados. 
Sobre eles, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
 ) ( Óleos essenciais são obtidos por meio das plantas, por isso não são tóxicos.
 ) ( Óleos essenciais, também chamados de essência, são produtos de origem 
vegetal.
 ) ( Lavanda, bergamota e alecrim, de acordo com esta unidade, são óleos essen-
ciais cicatrizantes.
Assinale a alternativa correta.
a) V-V-V.
b) V-F-F.
c) F-F-V.
d) F-V-V.
e) V-F-V.
4. Atualmente, há uma procura maior por tratamentos menos agressivos, sendo 
que a aromaterapia é indicada para estes casos, visando complementar os 
tratamentos da medicina convencional. Sobre óleos, assinale Verdadeiro (V) 
ou Falso (F):
 ) ( Óleo mineral e vegetal podem ser utilizados na diluição de óleos essenciais, 
pois facilitam sua penetração.
 ) ( De acordo com esta unidade, óleos essenciais de tomilho e tea tree são an-
tioxidantes.
 ) ( A concentração mínima de óleo essencial é de 2% em óleo vegetal.
Assinale a alternativa correta.
a) V-V-V.
b) V-F-F.
c) F-F-F.
d) F-V-F.
e) V-F-V.
5. Quais os benefícios dos óleos vegetais frente aos óleos minerais?
133
Terapia Integrativa: Ioga, Naturopatia, Psicologia e Ayurveda
Autor: Ilan Segre
Editora: Agora Editora
Sinopse: em uma época em que a saúde se tornou uma das maiores preocupa-
ções do ser humano, são poucos os que conseguem levar uma vida plena. De 
um lado, o ritmo de vida frenético facilita o aparecimento de distúrbios, como a 
depressão e insônia. De outro, a alimentação desregrada envia para dentro do 
organismo conservantes, hormônios e pesticidas. Então, tratamo-nos com remé-
dios, o que acaba intoxicando o corpo e tornando-o cada vez mais frágil. Como sair 
desse círculo vicioso? Ilan Segre mostra, neste livro, que a saúde está ao alcance 
de todos. Usando um discurso crítico e partindo de sua longa experiência com 
ioga, ayurveda e naturopatia, o autor alinha essas três ciências à sua formação 
de psicólogo e propõe um novo caminho para aqueles que almejam o bem-estar 
físico e mental. Além disso, analisa casos de pacientes que atendeu na Índia uti-
lizando sua abordagem integrada e mostra que a terapia integrativa é capaz de 
curar moléstias e aliviar sintomas de doenças graves, como esclerose múltipla.
LIVRO
Perfume - A História de um Assassino
Ano: 2006
Sinopse: França, século XVIII: Jean Baptiste Grenouille – um gênio, um monstro, 
um assassino – notoriamente obcecado por odores. Nascido com um dom subli-
me – uma capacidadeabsoluta de percepção de odores, ele vive para detectar 
qualquer cheiro no planeta. Contudo, ele próprio não exala nenhum odor. Ele 
se torna aprendiz de um proeminente perfumista, que lhe ensina a antiga arte 
de extrair perfumes de óleos e ervas preciosas. Até que um dia ele sente um 
cheiro que o levará a uma aterrorizante busca pelo perfume mais poderoso do 
mundo: feito da essência de jovens virgens. Um filme tenso e intrigante.
Comentário: este filme “tenso e intrigante” revela, por meio da imagem, o poder 
do aroma. Também mostra as técnicas de extração dos óleos, conhecimento 
este que muitas pessoas não têm acesso.
FILME
134
AFFONSO, R. S.; RENNÓ, M. N.; SLANA, G. B. C. A.; FRANÇA, T. C. C. Aspectos Químicos e Biológicos do 
Óleo Essencial de Cravo da Índia. Revista Virtual Química, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 146-161, mar./abr. 2012. 
Disponível em: http://rvq.sbq.org.br/imagebank/pdf/v4n2a05.pdf. Acesso em: 26 mar. 2019.
AMARAL, F. Técnicas de aplicação de óleos essenciais: terapias de saúde e beleza. São Paulo: Cengage 
Learning, 2016.
ANDREI, P.; DEL COMUNE, A. P. Aromaterapia e suas aplicações. Cadernos: Centro Universitário S. Ca-
milo, São Paulo, v. 11, n. 4, p. 57-68, out./dez. 2005. Disponível em: http://www.saocamilo-sp.br/. Acesso em: 
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ARAÚJO, L. A. Desenvolvimento de formulações cosméticas contendo óleos vegetais para a proteção 
e reparação capilar. 2015. 106 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de 
Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2015. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/. 
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BIGON, J. P. Óleos vegetais como novos coestabilizadores para reações de polimerização em miniemul-
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Campinas, 2015. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/. Acesso em: 26 mar. 2019.
CORAZZA, S. Aromacologia: uma ciência de muitos cheiros. 3. ed. São Paulo: Senac, 2002.
FERREIRA, A. R. A. Uso de óleos essenciais como agentes terapêuticos. 87 f. Dissertação (Mestrado) - Curso 
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Acesso em: 26 mar. 2019. 
http://www.saocamilo-sp.br/pdf/cadernos/36/07_aromaterapia.pdf
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-04052015-154442/pt-br.php
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135
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http://150.165.111.246/revistasaudeeciencia/index.php/RSC-UFCG/article/view/467/294
http://rvq.sbq.org.br/imagebank/pdf/v5n1a02.pdf
http://rvq.sbq.org.br/imagebank/pdf/v5n1a02.pdf
136
1. E.
2. C.
3. C.
4. D.
5. Os óleos vegetais são menos pegajosos e biodegradáveis em relação aos óleos minerais.
137
138
139
140
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Explanar as características e funções dos princípios ativos 
mais utilizados na cosmetologia.
• Elucidar as formas de obtenção dos ativos farmacológicos. 
• Conceituar as substâncias ativas mais comuns nos cos-
méticos/dermocosméticos.
Princípios Ativos que 
Iniciam com Letra “A”
Princípios Ativos que 
 Iniciam com Letra “B-H”
Princípios Ativos que 
Iniciam com Letra “M-Z”
Me. Érica Simionato Machado Rieger
Glossário
Princípios Ativos que 
Iniciam com Letra “A”
Olá!
Nesta última unidade, conheceremos mais sobre os 
ativos farmacológicos utilizados na cosmetologia. 
Apesar de não ser fácil memorizarmos todos 
estes que serão apresentados, precisamos ter a 
consciência que é fundamental estudarmos para 
conseguirmos desenvolver nossos planos de trata-
mento, por isso este é somente o início dos estudos 
sobre os princípios ativos. 
Ácido Glicólico
A cadeia do ácido glicólico possui dois carbo-
nos, é formado por um grupamento hidroxila e 
é solúvel em água. Diferentes concentrações de 
ácido glicólico alteram o pH da solução; em uma 
concentração de 70%, o pH é próximo de 0,6; já 
em 5%, o pH é 1,7 (NADIN; GUTERRES, 1999), 
sendo que a função e permeação do ácido está 
relacionada à sua concentração. Derivado da ca-
na-de-açúcar, esse ácido é indicado para reduzir 
a coesão dos corneócitos, promovendo um pro-
cesso de esfoliação.
143UNIDADE 5
Ácido Hialurônico
Este polissacarídeo glicosaminoglicano tem propriedades hidratante e lubrificante da pele, humor 
vítreo, cordão umbilical e tecidos conectivos, pode ser obtido da fermentação de bactérias (SALLES 
et al., 2011). Na pele, este ácido liga-se à água, sendo capaz de manter a elasticidade cutânea (FIGUEI-
REDO et al., 2010 on-line), possui ação cicatrizante e, diferentemente de outros ácidos, o hialurônico 
não tem função descamativa e sim hidratante.
Ácido Lático
A cadeia do ácido lático contém três carbonos, é formada por um grupamento hidroxila, sendo que 
este ácido é solúvel em água. “Derivado da fermentação da dextrose do milho, o ácido poli-L-láctico é 
uma molécula pesada (140 k Dalton), cristalina, [...] sob hidrólise tecidual não-enzimática, se degrada 
a monômeros de ácido láctico” (SILVA; CARDOSO, 2013, on-line). Possui ação umectante, esfoliante, 
clareador e rejuvenescedor cutâneo.
Ácido Mandélico
Derivado do ácido glicólico, o ácido mandélico é obtido por meio da hidrólise de amêndoas amargas. É 
um α-hidroxiácido com baixo peso molecular, que é absorvido lentamente pela pele, assim reduz riscos 
e proporciona segurança durante a aplicação. A concentração indicada é de 10 a 30% em pH de 3,5, 
sendo as funções: antisséptica, clareadora, renovadora da camada córnea, antimicrobiana e auxilia na 
cicatrização (BORGES; SCORZA, 2016).
Ácido Retinoico
O ácidoretinoico “é um metabólito ativo da vitamina A, que regula a taxa de crescimento e diferen-
ciação de vários tipos celulares” (COELHO et al., 2003 on-line). É encontrado em vegetais ricos em 
betacaroteno e apresenta fórmula molecular C20H25O. É indicado nas concentrações de 5 a 12% para 
esfoliação dos corneócitos, clareamento e estímulo do colágeno (YOKOMIZO et al., 2013, on-line).
Ácido Salicílico
Este beta-hidroxiácido apresenta-se na forma de pó branco solúvel em solventes apolares e é inodoro 
(OLIVEIRA; RESENDE FILHO; ANDRADE, 2011). “Formulado a 20 ou 30% em solução alcoólica 
e a 40 ou 50% sob forma de pasta para aplicação em membros superiores. Tem ação queratolítica” 
(YOKOMIZO et al., 2013, on-line), bacteriostática e fungicida (BORGES; SCORZA, 2016).
144 Glossário
Ácido Tranexâmico
Fármaco análogo sintético do aminoácido lisina 
(PINTO et al., 2016 on-line), antifibrinolítica, atua 
na produção de melanina, sendo utilizada como 
potente clareador.
Ácido Tricloroacético
É formado pela combinação de átomos de car-
bono, cloro, oxigênio e hidrogênio. Possui ação 
de desnaturalização, precipitação e destruição de 
“verrugas por coagulação química do tecido afeta-
do, clinicamente se observa um aplanamento das 
lesões” (HARRIS RICARDO et al., 2010, on-line).
Ácidos Graxos Essenciais
O ácido linoleico (ômega6 ou n-6) e o ácido li-
nolênico (á-linolênico - ômega3 ou n-3) não são 
produzidos pelos mamíferos, por isso essenciais, 
que participam do controle das funções celulares, 
tais como manter
 “
[...] a integridade e fluidez das membranas, 
atividade das enzimas de membrana e sín-
tese de eicosanóides como as prostaglandi-
nas, leucotrienos e tromboxanos. Estes, por 
sua vez, possuem capacidade de modificar 
reações inflamatórias e imunológicas, alte-
rando funções leucocitárias e acelerando o 
processo de granulação tecidual (MANHE-
ZI; BACHION; PEREIRA, 2008, p. 621).
Estes ácidos graxos essenciais “mantém o meio 
úmido para cicatrização de feridas, são bacterios-
táticos e umectantes” (BEGA, 2014, p. 100).
Alfa-hidroxiácidos (AHA)
“Apresentam um grupo carboxila terminal [...] e 
cadeia carbônica de comprimento variável” (NA-
DIN; GUTERRES, 1999, p. 7). Obtido por meio 
da cana-de-açúcar, frutas e iogurte, é formado por 
um complexo de ácidos: glicólico, láctico, málico, 
tartárico e cítrico. Possui ação descamativa e emo-
liente (NADIN; GUTERRES, 1999).
Algas Marinhas
Obtida por meio de várias espécies e contém 
vitaminas, minerais, proteínas e baixo teor de 
gorduras. As algas marinhas (Figura 1) possuem 
propriedades antioxidante, esfoliante, protetor da 
radiação UVA e UVB, estimula a síntese de colá-
geno, regeneração dos tecidos e inibe a formação 
da melanina; estas funções são dependentes do 
tipo de alga (FONSECA, 2016, on-line).
Figura 1 - Algas Marinhas
145UNIDADE 5
Alginato de Cálcio 
O alginato é extraído das algas marrons e é uti-
lizado pela indústria farmacêutica, cosmética ou 
alimentícia. Possui propriedades 
 “
[...] espessante, estabilizante de emulsões e 
de espuma, agente de encapsulação, agente 
de gelificação, agente de formação de filmes 
e de fibras sintéticas, entre outras possibili-
dades (FANI, 2013, p. 34). 
O alginato de cálcio é um “produto absorvente in-
dicado no tratamento de feridas sangrantes, com 
exsudato, esfacelo, com ou sem infecção” (SILVA; 
ALMEIDA; ROCHA, 2014, p. 53).
Aloe Vera
Mais conhecida como babosa (Figura 2), do 
interior desta planta é retirado um gel mucila-
ginoso rico em água, vitaminas, minerais, ami-
noácidos, enzimas e carboidratos. Possui ativi-
dade anti-inflamatória, cicatrizante, calmante e 
regeneradora (FREITAS; RODRIGUES; GAS-
PI, 2014, on-line).
Amorolfina
Antifúngico derivado das morfolinas que “atua 
satisfatoriamente sobre dermatofitoses e candi-
doses humanas” (RIVITTI, 2014, p. 656).
Argila Branca
Este mineral terroso é composto por “silicato de 
alumínio hidratado, alumínio, enxofre, ferro, boro, 
potássio e cálcio” (SILVA, 2011, p. 32), possui ação cla-
readora, cicatrizante, hidratante e sebo controladora.
Argila Preta
Constituída na maior porção de 
 “
[...] alumínio e silício, porém contém também 
ferro; titânio; silicato de alumínio e magné-
sio; carbonato de cálcio e magnésio; óxido 
de silício, zinco e ferro; e enxofre (SILVA, 
2011, p. 32). 
Possui efeitos desintoxicante, rejuvenescedor, cla-
reador, cicatrizante e sebo controladora.
Figura 2 - Aloe Vera
146 Glossário
Argila Rosa
Argila rosa é rica em “silicato de alumínio hidra-
tado, óxido de ferro e óxido de cobre” (SILVA, 
2011, p. 32) e possui ação cicatrizante e suavizante 
(BALDUINO, 2016).
Argila Verde
Presente o “óxido de ferro associado ao cálcio, 
magnésio, potássio, manganês, fósforo, zinco, 
cobre, alumínio, silício, selênio, cobalto e mobi-
lidênio” (SILVA, 2011, p. 32). Possui “ação ads-
tringente, tonificante, estimulante, secativa, bac-
tericida, analgésica e cicatrizante” (BALDUINO, 
2016, p.10).
Arnica
A arnica montana (Figura 3) é formada por lac-
tonas sesquiterpênicas, óleo essencial, ácidos 
fenólicos, glicosídeos flavonóicos, cumarinas e 
fitosteróis, possui atividade anti-inflamatória, 
antiedematosa, analgésica e estimulante da cir-
culação sanguínea (FERREIRA, 2010a).
Figura 3 - Arnica Montana
147UNIDADE 5
Barbatimão
O barbatimão (Figura 4) é uma planta comum do 
cerrado que contém tanino
 “
[...]alcalóides, amido, flavonóides, pró-
-antocianidinas, matérias resinosas, mu-
cilaginosas, corantes e saponinas. [...] 
Amplamente utilizado como antisséptico, 
anti-inflamatório, hemostático, antiedema-
togênico, antioxidante, antidiabético, ads-
tringente, antihipertensivo, analgésico, cica-
trizante e antimicrobiano e no tratamento 
de várias infecções cutâneas (PEREIRA; 
MORENO; CARVALHO, 2013, p. 128-130).
Princípios Ativos que 
Iniciam com Letra “B-H”
148 Glossário
Beta-glucan
Polissacarídeo, presente na parede celular de fun-
gos, leveduras e cereais, melhora a atividade imu-
nológica da pele, tem efeito anti-inflamatório e an-
titumoral (MAGNANI; CASTRO-GÓMEZ, 2008).
Bifonazol
Da família dos azóis, com fórmula química 
C22H18N2, é um antifúngico, com amplo espectro 
de ação indicado para tratamento de dermato-
fitoses, candidíases cutâneas e tinea versicolor, 
também contra leveduras (CARRILLO-MUNÕZ, 
2010; GRAYSON et al., 2010). 
Cafeína 
 “
A cafeína é uma substância psicoativa presente 
em várias plantas, como nos grãos de café 
e cacau, folhas de chá, frutos do guaraná, 
chocolate, entre outros (ROMEIRO; DEL-
GADO, 2012, p. 20).
Este alcaloide é semelhante à purina, xantina e áci-
do úrico (TAVARES; SAKATA, 2012), possuindo 
propriedades antioxidante e lipolítica. 
Clorexidina
Biguanida catiônica, também conhecida como 
gluconato ou digluconato de clorexidina, tem 
fórmula química: C28H42Cl2N10O7. Possui função 
antisséptica, bactericida e bacteriostática e, devi-
do a sua afinidade com a pele e mucosas, pode 
ser utilizada por adultos e recém-nascidos. Pode 
ocasionar fotossensibilidade, dermatite de contato 
e toxicidade (AMORAS, 2013).
Colagenase
Enzimas que estimulam a quebra do colágeno, 
ou seja, é um debridante enzimático (BEGA, 
2014) “estimulando, indiretamente, a formação 
do tecido de granulação e, posteriormente, a ree-
pitelização” (FERREIRA et al., 2003, p. 47). São 
utilizadas para o debridamento de ferimentos 
(tecidos necrosados), tratamento de Contratura 
de Dupuytren, 
 “
[...] isolamento de células endoteliais de 
cérebro, estudos de células tronco, células 
cardíacas, da pele, do tecido ocular, tanto 
em humanos quanto em modelos animais 
diversos (ZIMMER et al., 2009, p. 132).
Figura 4 - Barbatimão
149UNIDADE 5
Dimetilaminoetanol
“Apresenta a fórmula estrutural CH3NHCH2-(CH2)2OH. Sua forma de bitartarato é uma das comer-
cializadas e apresenta a fórmula molecular C4H11NO.C4H6O6” (ROCHA JÚNIOR et al., 2007, p. 60) 
e é utilizado para a prevenção do envelhecimento precoce, aumenta a firmeza da pele e hidratação e 
possui ação antirrugas(TADINI, 2009).
O DMAE (dimetilaminoetanol) é uma substância naturalmente encontrada em peixes marinhos, tais 
como sardinha e salmão, além de ser também produzido em pequenas quantidades no cérebro humano 
(Kassandra Azevedo Tadini)
Enxofre
Este elemento químico é representado pelo símbolo S e é encontrado em áreas vulcânicas e águas termais. “É 
um sólido amarelo pálido, inodoro, sem sabor, insolúvel em água, quebradiço e mau condutor de eletricidade” 
(PEIXOTO, 2002, p. 51). O enxofre (Figura 5) é um mineral indispensável para síntese de queratina, está 
presente no metabolismo das proteínas e possui efeito antisséptico, cicatrizante, antioxidante, antibacteriano 
e antifúngico (WICHROWSKI, 2007; OLIVEIRA, 2014; SANTOS, 2011).
Figura 5 - Enxofre
Formol
Também chamado de formaldeído, metanal ou ácido fórmico, apresenta fórmula molecular CH2O 
(MOREIRA, 2015), é um líquido incolor altamente tóxico utilizado como antisséptico, antibacteriano, 
antifúngico, antiviral e conservante.
150 Glossário
Fenol
Também conhecido como ácido carbólico, é obtido 
a partir do coaltar, possui odor característico (YO-
KOMIZO et al., 2013) e suas funções são: 
 “
[...] antipruriginoso, antisséptico, anestési-
co e levemente antifúngico. [...] Também se 
utiliza em proporções mais elevadas, como 
cáustico, em tratamentos esfoliantes e ru-
befacientes (GAMONAL et al., 1999, p. 41).
Hera
A planta Hedera Helix (Figura 6) possui ação anti-
celulítica, emoliente, cicatrizante, analgésica e des-
congestionante. É constituída por 
 “
[...] glicosídeos, heredina, saponinas, hede-
rosaponina, pectina, tanino, resina, flavo-
noides, rutina, quercitina, iodo, ácido ca-
feico, ácido fórmico, ácido málico, esteróis, 
clorogênico e ácidos terpênicos (COSTA, 
2017, p. 77).
Hidroquinona
A hidroquinona é um composto fenólico en-
contrado “na natureza como hidroquinona β-D-
-glicopiranosido (arbutina), nas folhas de várias 
plantas tais como “uva ursi” e algumas variedades 
da pêra” (GARCÍA, 2004). É um agente despig-
mentante, que 
 “
[...] atua na biossíntese da melanina por ini-
bição enzimática da oxidação da tirosina 
(di-hidroxifenilalanina), precursora da me-
lanina, e na supressão de outros processos 
metabólicos dos melanócitos. [...] Também 
provoca mudanças estruturais nas mem-
branas das organelas dos melanócitos, ace-
lerando a degradação dos melanossomas 
(BORGES; SCORZA, 2016, p. 166).
Figura 6 - Hedera Helix
151UNIDADE 5
Metilxantinas
As metilxantinas são alcalóides presentes em plan-
tas, possuem função amina e atuam no “sistema 
nervoso central, cardiovascular, renal, digestório e 
imunológico e, também, sobre o metabolismo de 
carboidratos e lipídeos” (SIMÕES et al., 2017, s.p). 
Teobromina, teofilina e cafeína são alcaloides 
da família das metilxantinas, um dos principais 
grupos constituintes das folhas de chá. A cafeína 
(1,3,7-trimetilxantina) é o mais comum dentre os 
três, sendo encontrada, principalmente, em chás, 
cafés, produtos de cacau e bebidas à base de cola.
Fonte: ALVES e BRAGAGNOLO (2002, p.237).
Princípios Ativos que 
Iniciam com Letra “M-Z”
152 Glossário
Mupirocina 
Antibiótico “produzido pela fermentação da cultura de Pseudomonas fluorescens [...] e com uma estru-
tura química particular, formada por uma cadeia lateral de ácidos graxos ligada ao ácido mônico por 
uma ligação do tipo éster” (FERREIRA, 2010b, p. 25), indicado para tratamento de foliculite, infecções 
cutâneas, queimaduras, impetigo e úlcera de perna. Utilizado no combate de estafilococos, “P. aeruginosa, 
estreptococos, fungos, anaeróbios e Enterobacteriaceae” (YAGIELA et al., 2011, s.p). 
Neomicina 
Antimicrobiano de amplo espectro, utilizada de forma tópica ou oral para infecções cutâneas, ocu-
lares, em mucosas ou no trato gastrointestinal (SANTOS; TORRIANI; BARROS, 2013; BRUNTON; 
HILAL-DANDAN; KNOLLMANN, 2017).
A neomicina é indicada para o tratamento de feridas contaminadas, “dermatoses infectadas, quei-
maduras, infectadas, cortes, úlceras cutâneas, impetigo, furúnculos e otite externa”.
Fonte: Silva, Almeida e Rocha (2014, p. 55).
Nicotinato de Metila
“Éster do álcool metílico e do ácido nicotínico, com característica polar, muito solúvel em água e álcool 
etílico” (BRASIL, 2005, s.p.). Promove o aquecimento do tecido cutâneo por promover a “vasodilatação 
periférica, aumentando o metabolismo local” (BORGES; SCORZA, 2016, p. 622).
Pantenol
A provitamina B5 é um “álcool biologicamente ativo” (CAMARGO JUNIOR, 2006), indicado para o 
tratamento de “feridas, hematomas, cicatrizes, úlceras dérmicas e de pressão, queimaduras térmicas, 
incisões/distensão pós-operatórias e dermatoses” (DRAELOS, 2016, on-line). 
153UNIDADE 5
Papaína
“A papaína é uma mistura complexa de enzimas 
proteolíticas e peroxidases presente no látex do 
vegetal carica papaya (mamão papaia)” (FER-
REIRA et al., 2005) (Figura 7). Possui 
 “
[...] forma de um pó que varia do branco ao 
bege amarelado, com odor característico e 
leve sabor de pepsina. É solúvel em água e 
glicerol e, praticamente, insolúvel em álcool, 
éter e clorofórmio (MONETTA, 1987, p. 66) 
É “utilizada para efetuar o debridamento enzimá-
tico” (BEGA, 2014, p. 111), tem ação anti-inflama-
tória e bactericida.
O ácido pantotênico; ao aumentar a síntese lipídica da pele, ocorre melhora na barreira cutânea, 
resultando na melhoria da cicatrização de feridas. Além disso, pantenol promove a reepitelização 
epidérmica e a proliferação de fibroblastos, efeitos que colaboram na cicatrização de feridas. Adicio-
nalmente, o pantenol tem se mostrado útil para aumentar a penetração de ativos na pele.
(Zoe Diana Draelos) 
Figura 7 - Mamão Papaia
Policresuleno
Antibacteriano, antifúngico e antiprotozoário (BEGA, 2014) que acelera o processo de cicatrização de feridas.
 “
Apresenta atividade hemostática por ocasionar coagulação das proteínas do sangue e favorecer a con-
tração das fibras musculares dos vasos sanguíneos de pequeno calibre. Apresenta capacidade de des-
bridamento químico seletivo. [...] Sua acidez em conjunto com as propriedades coagulantes, confere 
ao policresuleno atividade antimicrobiana para estafilococos, estreptococos e Candida albicans. A 
ação desbridante e antimicrobiana do policresuleno o tornam importante agente nos processos de 
cicatrização (FROEHNER JUNIOR et al., 2014, p. 92).
154 Glossário
Própolis
 “Constituído por uma mistura de diversas resinas 
vegetais, o qual é coletado por abelhas em plantas 
comumente visitadas por estes insetos” (BIANCHI-
NI; BEDENDO, 1998, s.p.). Possui “propriedades 
antibacteriana, antifúngica, antiviral, anti-inflama-
tória, hepatoprotetora, antioxidante, antitumoral, 
imunomodulatória” (LUSTOSA et al., 2008, p. 449).
Vitamina C
 “A vitamina C ou, simplesmente, ácido ascórbico 
(AA) é vitamina hidrossolúvel e termolábil” (MA-
NELA-AZULAY et al., 2003, p. 265). 
 “
Sua estrutura contém um grupo hidróxi-enó-
lico, tautômero da α-hidroxicetona [...] e as 
melhores fontes de vitamina C são frutas 
frescas (particularmente frutas cítricas, 
tomates e pimentão verde), batata assada 
e verduras (FIORUCCI; SOARES; CAVA-
LHEIRO, 2003, p. 5). 
Possui: 
 “
[...] efeito anti-inflamatório, podendo ser usado 
em tratamento de dermatoses inflamatórias, 
doenças autoimunes e doenças fotossensibi-
lizantes. O ácido ascórbico possui a proprie-
dade de estimular a síntese de colágeno, em 
um tratamento tópico prolongado de ácido 
ascórbico pode resultar na ativação da sín-
tese de fibroblastos e diminuir as cicatrizes 
causadas pela idade, principalmente na região 
peri-orbital. [...] Tem um importante papel na 
síntese da barreira lipídica do estrato córneo 
(ceramidas) (VIDAL; FREITAS, 2015, s.p). 
A deficiência da vitamina C causa escorbuto, en-
fermidade caracterizada por sangramento da 
gengiva, dificuldade na cicatrização de feridas, 
fadiga e anemia, e que pode ser fatal. 
Fonte: Cunha et al. (2014, p. 140).
A composição química da própolis inclui flavo-
noides [...], ácidos aromáticos e ésteres,aldeí-
dos e cetonas, terpenóides e fenilpropanóides 
[...], esteróides, aminoácidos, polissacarídeos, 
hidrocarbonetos, ácidos graxos e vários outros 
compostos em pequenas quantidades. Há tam-
bém na sua constituição elementos inorgânicos 
como o cobre, manganês, ferro, cálcio, alumínio, 
vanádio e silício.
(Sarah R. Lustosa, Alexandre B. Galindo, Lívio C. 
C. Nunes, Karina P. Randau e Pedro J. Rolim Neto)
Ureia
 “
A ureia, um composto orgânico cristalino, de 
cor branca, inodoro, tóxico, higroscópico 
altamente solúvel em água, é considerada 
como um composto nitrogenado não protei-
co (NNP), sendo classificada quimicamente 
como amida (MAIONCHI et al., 2014, p. 1). 
As propriedades da ureia são: hidratante, esfo-
liante, emoliente, ceratolítico e antimicrobiano, 
depende da concentração do ativo (BEGA, 2014; 
GAMONAL et al., 1999).
155UNIDADE 5
Vitamina E
Conhecido como tocoferol, “existem oito formas naturais de vitamina E que podem ser classificadas em 
dois grupos segundo a cadeia lateral da molécula, saturada ou insaturada” (POMPEU, 2014, p. 18). Este 
poderoso antioxidante é capaz de prevenir o envelhecimento precoce, alterações no DNA e proteção 
contra as doenças crônicas não transmissíveis (SANTOS; OLIVEIRA, 2014).
A vitamina E é possivelmente uma das vitaminas mais interessantes na luta contra o envelhecimento 
cutâneo, tendo importante papel ao proteger a membrana da peroxidação lipídica causada pelos 
radicais livres.
Fonte: Santos e Oliveira (2014, p. 84).
Zinco
O zinco (Figura 8) está presente na natureza, 
como água, solo e fontes alimentares; é essencial 
à vida, já que 
 “
[...] participa de muitas reações do metabolis-
mo celular, incluindo processos fisiológicos, 
tais como função imune, defesa antioxidan-
te, crescimento e desenvolvimento (MA-
FRA; COZZOLINO, 2004, p. 80). 
Nos cosméticos, produz efeito anti-inflamatório, 
cicatrizante e antifúngico. Figura 8 - Zinco
O zinco é um metal onipresente importante para a estabilidade e atividade de enzimas necessárias 
para a replicação do DNA, para a transcrição de genes e para a síntese de proteínas. 
(Murad Alam, Hayes B. Gladstone e Rebecca C. Tung)
156 Glossário
Meus parabéns, com garra e determinação você concluiu todas as 
cinco unidades! Não foram dias fáceis, muitas horas de estudos, 
renúncias, mas que fizeram de você um merecedor desta conquista. 
Contudo, não pense que o caminho findou, na verdade, ele apenas 
está começando! Com estes conhecimentos, você já está apto para 
aprofundar sobre a química e a cosmetologia, e saiba que elas anda-
rão junto com a sua profissão, por isso nunca esqueça de se atualizar! 
No mais, deixo aqui meu abraço e minha torcida para que seu 
caminho seja de muito sucesso e que você colha os frutos desta linda 
profissão que escolheu!
157
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. O ácido hialurônico possui função: 
a) Descamativa.
b) Debridante.
c) Esfoliante.
d) Hidratante.
e) Antisséptica.
2. De acordo com o tópico Princípios Ativos que Iniciam com Letra “M-Z”, o própolis 
possui função:
a) Antisséptica.
b) Antifúngica.
c) Oxidante.
d) Secativa.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
3. De acordo com o tópico Princípios Ativos que Iniciam com Letra “A”, a argila 
branca é conhecida por suas propriedades:
I) Clareadora.
II) Hidratante.
III) Anti-inflamatória.
IV) Comedogênica.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
158
4. Sobre as características do enxofre, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
 ) ( É um sólido amarelo e inodoro.
 ) ( Possui função cicatrizante.
 ) ( É um ótimo condutor de eletricidade.
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) V-V-F.
c) F-F-F.
d) F-V-V.
e) V-F-V.
5. Quanto às funções fisiológicas, diferencie a Vitamina C e E.
159
Cosmetologia
Autor: Amanda Luizetto dos Santos,Daniel Antunes Junior,Hélio Mastrandéa,Ho-
da Nahas,Marcos Moisés Gonçalves,Maria Alice Marques,Rosangela Barzinski 
Gonzalez,Sheila Martins Ferreira Gonçalves,Valéria Maria de Souza Antunes, 
Maria de Fátima Lima Pereira
Editora: Difusão Editora
Sinopse: a série Curso de Estética surge em um momento em que a qualidade 
de vida e o bem-estar estão no topo das pautas. A busca por profissionais espe-
cializados em tratamentos estéticos e cuidados com a beleza tornou-se parte do 
cotidiano das pessoas. Neste livro, os autores abordam temas como: Mercado 
cosmético e bem-estar; Legislação de cosméticos; Cosméticos ecologicamente 
corretos; Química cosmética; Componentes de uma formulação cosmética; 
Permeação cutânea e facilitadores de permeação; Fabricação de cosméticos; 
Estudos de segurança e eficácia; Introdução e princípios ativos aplicados a acne 
e discromias; Hidratantes; Nutricosméticos; Glicação; e Introdução e princípios 
ativos aplicados à hidrolipodistrofia ginoide.
LIVRO
160
ALAM, M.; GLADSTONE, H. B.; TUNG, R. C. Dermatologia Cosmética. Elsevier: Rio de Janeiro, 2010.
ALVES, A. B.; BRAGAGNOLO, N. Determinação simultânea de teobromina, teofilina e cafeína em chás 
por cromatografia líquida de alta eficiência. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v. 
38, n. 2, p. 237-243, jun. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/. Acesso em: 15 abr. 2019. 
AMORAS, L. S. Uso da clorexidina na medicina: revisão de literatura. 2013. 36 f. Monografia (Especialização) 
- Curso de Endodontia, Universidade Estadual de Campinas, Piracicaba, 2013.
BALDUINO, A. P. Z. Estudo da Caracterização e composição de argilas de uso cosmético. 2016. 76 f. 
Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Aplicadas à Saúde, Universidade Federal de Goiás, Jataí, 2016. 
Disponível em: http://posagronomia.jatai.ufg.br/. Acesso em: 26 mar. 2019.
BEGA, A. Tratado de podologia. 2. ed. rev. e ampl. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.
BIANCHINI, L.; BEDENDO, I. P. Efeito antibiótico do própolis sobre bactérias fitopatogênicas. Scientia agricola, 
Piracicaba, v. 55, n. 1, p. 149-152, jan./abr. 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/. Acesso em: 27 mar. 2019. 
BORGES, F. S.; SCORZA, F. A. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. São Paulo: Phorte, 2016.
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cotinato de metila. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2005. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/*. 
Acesso em: 29 abr. 2019. 
BRUNTON, L. L.; HILAL-DANDAN, R.; KNOLLMANN, B. C. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de 
Goodman & Gilman. 13. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
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dos seus efeitos hidratantes na pele humana por bioengenharia cutânea. 2006. 153 f. Dissertação (Mes-
trado) - Curso de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006.
CARRILLO-MUNÕZ, A. J.; TUR-TUR, C.; HERNÁNDEZ-MOLINA, J. M.; SANTOS, P.; CÁRDENES, D.; 
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COELHO, S. M.; CORBO, R.; BUESCU, A.; CARVALHO D. P.; VAISMAN, M. Ácido retinóico: uma terapia 
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logia, São Paulo, v. 47, n. 2, p. 190-197, abr. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/. Acesso em: 26 mar. 2019.
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http://posagronomia.jatai.ufg.br/up/217/o/Disserta%C3%A7%C3%A3o_-_Ana_Paula_Zen%C3%B3bia_Balduino_-_2016.pdf
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PINTO, M. A.; SILVA, J. G.; CHEDID, A. D.; CHEDID,químicos, mas quando 
precisamos de tratamento, por exemplo frente 
a uma acidez sanguínea, como intervir? Como 
agir quando a pele apresenta fissuras? Quais me-
dicamentos devem ser prescritos quando se tem 
uma doença? Para todos esses exemplos de casos 
clínicos, hoje, temos a possibilidade de tratar, pois 
houve, e ainda há, estudos sobre a química tanto 
dos organismos quanto dos fármacos. Entender os 
conceitos básicos e aprofundar seus conhecimen-
tos permitirão que o aprendizado dessa ciência se 
torne mais divertido.
16 Introdução à Química e Cosmetologia
A química existe desde o desenvolvimento da 
humanidade, sendo os primeiros relatos da uti-
lização dessa ciência pelos gregos antigos. Na 
China, há também registros do desenvolvimento 
de elixires para longevidade em tempos muito 
antigos, e, nessa época, a química era vista como 
mágica e misticismo realizado por alquimistas 
(FONSECA; SANTOS, 2012), há associação, até 
mesmo, com bruxaria. 
O conhecimento não científico dos povos pri-
mitivos sobre o uso de plantas para o tratamento 
de doenças revela o início da fitoterapia, sendo 
esta ciência utilizada até hoje, e definida como a 
utilização de plantas medicinais para o tratamento 
de doenças (NOGUEIRA; MONTANARI; DON-
NICIA, 2009). Isto demonstra que a utilização de 
substâncias químicas existe desde os primórdios, 
com o início da fitoterapia, porém por meio de 
um conhecimento sem bases científicas, ou seja, 
sem grandes explicações, apenas notavam-se os 
benefícios da aplicação.
No Brasil, a utilização de plantas místicas para 
prevenção do mal olhado, para benzer e para tra-
tamento de doenças persistem até os dias de hoje 
e ocorre, principalmente, na região amazônica 
por povos indígenas e afro-brasileiros, sendo que 
os benefícios se devem ao caráter químico dos 
componentes das plantas (FERREIRA; TAVA-
RES-MARTINS, 2016). 
A química, como conhecemos atualmente, é 
chamada de química moderna, tendo Robert Boy-
le (1627-1691) como um dos responsáveis pelo 
seu desenvolvimento (GUTH, 2013). Este irlandês 
com experiência também em física descobriu, em 
um de seus estudos, um padrão de comportamen-
to dos gases quando comprimidos e publicou o 
trabalho “Origem e peso do ar”, em que Mariot-
te descobriu o mesmo padrão (GOTHCHALK, 
2005), sendo chamada Lei de Boyle-Mariote. A 
partir dos estudos deste pesquisador, a química 
deixou de ser um misticismo e passou a ser cha-
mada de ciência, com técnicas comprovadas.
No Brasil, foi em Pernambuco, no Seminário 
de Olinda, a primeira aula de química do ensino 
superior e, em 1918, a abertura de cursos para 
formação em químicos, sendo a área mais antiga 
a química industrial (NETO, 2017).
Para facilitar os estudos, a química é dividida 
em duas grandes áreas: pura e aplicada, de onde 
ramificam as outras áreas. A química pura pesqui-
sa as substâncias e suas transformações químicas, 
dividindo-se em: química orgânica, inorgânica, 
analítica e físico-química. A química aplicada 
estuda os materiais e métodos adequados para 
a formulação de produtos químicos (AMARAL, 
1995), dividindo-se em: bioquímica, química far-
macêutica e química tecnológica ou industrial. A 
Figura 1 elucida as áreas da química.
A geração do impulso nervoso, a digestão, a contração muscular e o metabolismo são situações que 
podem ser descritas em termos químicos, assim como suas condições anormais e patológicas e seus 
tratamentos. Todas essas diferentes funções envolvem interações complexas entre as moléculas. 
Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 24).
17UNIDADE 1
QUÍMICA
PURA
Analítica
Orgânica
Inorgânica
Físico-
química
QUÍMICA
APLICADA
Química
Farmacêutica
Química
Tecnológica 
ou Industrial
Bioquímica
QUÍMICA
PURA
Analítica
Orgânica
Inorgânica
Físico-
química
QUÍMICA
APLICADA
Química
Farmacêutica
Química
Tecnológica 
ou Industrial
Bioquímica
Figura 1 - Representação das áreas da química
Fonte: a autora.
A divisão das áreas da química é realizada somente para facilitar o aprendizado e a pesquisa, porém 
o estudo das funções dos elementos e substâncias químicas dependem de todas as áreas da química, 
acrescentado por outros ramos da ciência, como a física, a biologia e a matemática. Iremos descobrir 
o motivo ao longo desta unidade.
Você já teve a curiosidade de saber do que um de-
terminado objeto é formado? Ou de quantos com-
ponentes ele é formado? O ramo científico que 
quantifica os componentes dos materiais ou subs-
tâncias e os nomeia é a Química Analítica. Nela os 
cientistas estudam a quantidade e qualidade de 
substâncias e/ou elementos químicos presentes 
em determinado material estudado (MOORE, 
2008). Foi por meio desta área que hoje sabemos 
que proteínas são importantes para a formação do 
corpo humano e a quantidade diária necessária, 
também o motivo de que o tabaco faz mal para a 
saúde, entre muitos outros saberes, que só podem 
ser conhecidos por estudarmos essa ciência.
A química analítica é dividida em análise qua-
litativa e quantitativa. A análise qualitativa iden-
tifica os tipos de elementos, íons, moléculas que 
constituem a amostra pesquisada; e a quantitativa 
define a quantidade destes componentes. Quando 
descobre-se um novo material, o ideal é realizar 
primeiro um estudo qualitativo, para verificar 
quais são seus componentes e, posteriormente, 
uma análise quantitativa dos componentes, ou 
seja, irá definir a quantidade destes elementos 
(DIAS et al., 2016). Algumas etapas são realizadas 
para a análise quantitativa de uma determinada 
substância, são elas, em sequência:
 “
Seleção do método, obtenção de uma 
amostra representativa, preparo da amos-
tra, definição de réplicas da amostra, dis-
solução da amostra, eliminação de inter-
ferentes, medição de uma propriedade do 
analito, cálculo dos resultados, estimativa 
de confiabilidade dos resultados (MERCÊ, 
2012, p. 37-38).
18 Introdução à Química e Cosmetologia
Na físico-química, a matéria é estudada tanto 
pelas suas propriedades físicas como químicas 
(PANITZ, 2003) com o propósito de determinar 
o comportamento de um sistema químico (MOO-
RE, 2008). Para entendermos as transformações 
da matéria, por exemplo, como uma substância 
química pode evaporar, precisamos conhecer tam-
bém sobre suas propriedades físicas, que seriam 
a concentração, forças intermoleculares, tempera-
tura, entre outras. A físico-química é subdividida 
em Termodinâmica; Cinética Química; e Estrutura 
Molecular e Atômica, e percebemos a forte relação 
entre essas duas ciências ao analisarmos a tabela 
periódica, a qual descreve as características físicas 
e químicas dos elementos. De fato, a química inte-
rage não somente com a física, mas também com a 
biologia e a matemática e é por meio desta relação 
com outras áreas que podemos estudar profun-
damente as substâncias e suas transformações e 
desenvolver tecnologias cada vez mais avançadas 
(VOLLHARDT; SCHORE, 2013).
A divisão entre química orgânica e inorgânica 
foi proposta, em 1777, pelo químico sueco Tor-
bern Olof Bergman (SENAI, 2015). Este definiu 
que a matéria extraída de seres vivos seria estuda-
da pela química orgânica e os compostos minerais 
estudados pela química inorgânica.
A química inorgânica estuda sobre todos os 
compostos existentes, exceto compostos que pos-
suem átomos de carbono, os quais são investiga-
dos pela química orgânica (SENAI, 2015; GOMES; 
DAMAZIO, 2009). A química inorgânica vem 
evoluindo ao longo do tempo exponencialmente, 
e este crescimento é percebido, principalmente, 
em áreas que as pesquisas impactam mais como 
“a física da matéria condensada, a ciência dos ma-
teriais e a química do meio ambiente” (WELLER 
et al., 2017). A química inorgânica direciona seus 
estudos para quatro substâncias: ácidos, bases, 
sais e óxidos.
Um mineral é um sólido de ocorrência natural 
com um arranjo atômico altamente ordenado 
e uma composição química homogênea e defi-
nida (mas não necessariamente fixa). Minerais 
são frequentemente formados por processos 
inorgânicos.M. F. Uso de ácido tranexâmico no trauma: uma análise 
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YOKOMIZO, V. M. F.; BENEMOND, T. M. H.; CHISAKI, C.; BENEMOND, P. H. Peelings químicos: revisão e 
aplicação prática. Surg Cosmet Dermatol, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, 2013.
YOKOMIZO, V. M. F.; BENEMOND, T. M. H.; CHISAKI, C.; BENEMOND, P. H. Peelings quími-
cos: revisão e aplicação prática. Surg Cosmet Dermatol, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, 2013. Disponível em: 
http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/253/Peelings-quimicos--revisao-e-aplicacao-pratica. 
Acesso em: 29 abr. 2019.
* Ao clicar no link, na versão digital, você será direcionado ao site com o conteúdo na íntegra.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942012000300011&lng=en&nrm=iso
166
1. D.
2. B.
3. A.
4. B.
5. A vitamina C possui efeito anti-inflamatório e estimula a síntese de colágeno, já a vitamina E é antioxidante.
167
168 Glossário
CONCLUSÃO
Caro(a) aluno(a), a química e a cosmetologia são áreas que necessitam de muita 
atenção e dedicação ao estudá-las, porém, para aqueles que se interessam, nunca 
será monótono, sempre haverá um novo conhecimento, uma nova fórmula ou um 
novo princípio ativo, precisamos apenas ter coragem e força para permanecermos 
neste caminho da ciência. 
Para revisarmos, na Unidade 1, discutimos sobre a história da química e cos-
metologia, as nomenclaturas utilizadas, bem como a legislação dos produtos 
cosméticos. As funções inorgânicas, as funções orgânicas e a bioquímica foram 
abordadas na Unidade 2. Por sua vez, na Unidade 3, a definição de conceitos da 
cosmetologia, as características do sistema tegumentar, a permeabilidade cutânea 
e as alterações estéticas da pele, hipoderme, cabelos e lâminas ungueais foram 
discutidas. Na Unidade 4, sobre a aromaterapia, foram abordadas as características 
dos óleos vegetais e essenciais (leia mais sobre eles, provavelmente fará diferença 
na sua prática clínica) e, por último, na Unidade 5, foram apresentadas as carac-
terísticas, origem e estrutura química dos principais princípios ativos utilizados 
na cosmetologia.
Ao final da leitura deste livro, espero que você tenha gostado e se identificado 
com estes estudos, pois será muito importante para elaboração dos seus protocolos 
de atendimento. No entanto, não pare por aqui! Pegue seus produtos cosméticos, 
leia as embalagens, pesquise nos artigos científicos, livros ou bula os princípios 
ativos presentes e suas funções. Sempre que houver um novo princípio ativo, 
anote e faça seu próprio glossário, assim será mais fácil de aprender. E lembre-se 
de sempre se atualizar, pois a área da cosmetologia está em constante renovação, 
alguns cosméticos já foram utilizados antigamente para outras funções, assim o 
conhecimento sempre se renova.
Desejo que você colha os frutos de sua dedicação! 
Grande abraço,
Prof. Érica Simionato Machado Rieger
	C
	Capa_Princípios da Química e Cosmetologia_2019
	AVA_Principios da Quimica e Cosmetologia_2019
	_30j0zll
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	Introdução à Química 
e Cosmetologia 
	A Química e sua 
Importância na 
Cosmetologia
	Aplicação Terapêutica dos Cosméticos
	Aromaterapia 
na Saúde Integral
	Glossário
	Processo inflamatório da pele
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	Botão 1:(Cornelis Klein e Barbara Dutrow)
A química orgânica estuda sobre compostos que 
contêm carbono em suas cadeias, sendo que estes 
são mais numerosos que os compostos inorgâni-
cos. São formados, por meio do elemento carbono, 
os hidrocarbonetos, álcoois, éster, éter, aldeídos, 
cetonas e aminas. Sobre este ramo da química, 
veremos de maneira aprofundada na próxima 
unidade. 
A química farmacêutica investiga, planeja e 
desenvolve novos fármacos utilizados para o tra-
tamento de patologias, seus estudos abrangem 
áreas da “química, bioquímica, biologia molecu-
lar, fisiologia e farmacologia” (MENEZES, 2005, 
on-line). Esta ciência correlaciona os estudos das 
substâncias e suas ações sobre o organismo, por 
isso os cientistas deste ramo devem ter pensamen-
to crítico e serem criativos.
A bioquímica, a química da vida, é uma ciência 
comum nos cursos da área da saúde. Seu objetivo 
é investigar os fatores determinantes para a for-
mação e função de todos os organismos biológi-
cos. Estudos bioquímicos foram os responsáveis 
por descobrir que o funcionamento de todos os 
organismos vivos é semelhante (NELSON; COX, 
2014). Esta ciência estuda as biomoléculas, como 
os carboidratos, lipídios, vitaminas, proteínas, o 
metabolismo, enzimas, entre outros.
19UNIDADE 1
A química industrial é responsável por transfor-
mar elementos já existentes na natureza em mate-
riais que facilitem o cotidiano da população. São 
exemplos de produtos fabricados pela indústria 
química: alimentos, vestuários, artigos de constru-
ção, objetos plásticos, medicamentos, cosméticos, 
ou seja, uma infinidade de itens que utilizamos no 
dia a dia e não nos damos conta. Ela também trans-
forma substâncias químicas, que não poderíamos 
utilizar diretamente (por exemplo, ácido sulfúrico, 
soda, formol), em produtos propícios para o uso, 
como: cosméticos, perfumes, medicamentos, ar-
tigos de limpeza (GAUTO; ROSA, 2013). A saber, 
segundo o estudo de Oliveira (2005), a indústria 
química brasileira, em 2004, apresentou um fatu-
ramento expressivo, sendo US$ 3,4 bilhões obtidos 
por meio de produtos de higiene pessoal. Você já 
deve ter percebido que todas as áreas da química, 
devido ao seu caráter investigativo, descritivo e ex-
perimental, são relevantes para a evolução tecnoló-
gica. O impacto econômico dessa ciência é notável, 
por isso as pesquisas devem ser estimuladas. 
Por fim, além de ser explicada por meio de vá-
rias áreas da química, a cosmetologia também faz 
parte dos estudos da física, biologia e matemática. 
Ela estuda desde a formulação de um cosmético 
até a sua aplicação final (RIBEIRO, 2010) e teve 
seus primeiros relatos pelos povos primitivos, que 
faziam o uso de produtos naturais para ornamen-
tar seus corpos, como um culto de cunho religioso 
(KADUNC et al., 2012). 
A saber, ainda fazemos uso, atualmente, de vá-
rios produtos utilizados nos tempos mais antigos 
O estudo da bioquímica mostra como o conjunto de moléculas inanimadas que constituem os orga-
nismos vivos interagem para manter e perpetuar a vida exclusivamente pelas leis físicas e químicas 
que regem o universo inanimado. 
Fonte: Nelson e Cox (2014, p. 1).
da história. Um exemplo é o emulsificante Cold 
Cream, desenvolvido pelo médico Claudius Galen 
por volta de 180 d.C.: esse produto à base de cera 
de abelha é utilizado como veículo cosmético até 
hoje. A expansão da indústria cosmética ocorreu 
no final do século XX com a criação de produtos 
para o embelezamento de corpo, e rosto e para 
prevenção do envelhecimento. 
 “
O termo cosmecêutico foi introduzido por 
Albert Kligman, em 1938, quando o con-
gresso americano aprovou o Food, Drug and 
Cosmetic Act, que, pelo seu estatuto, definia 
um produto tópico como medicamento ou 
cosmético (KADUNC et al., 2012).
Os cuidados com a beleza e a saúde do corpo são 
uma preocupação antiga que vigora até os dias 
atuais. É um desejo do homem ter uma boa saúde, 
porém não somente ser saudável, a busca pela 
valorização, bem-estar e autoestima também são 
desejáveis. Para alcançar esses objetivos, a cosme-
tologia e a química são ciências que complemen-
tam nossos tratamentos clínicos, por isso grande 
importância em estudá-los.
O conhecimento dessas ciências, segundo Ri-
beiro (2006), é fundamental, pois proporciona 
ao profissional da saúde subsídio para entender 
as mudanças das estruturas do corpo humano, 
quando tratadas com esses produtos, pois os cos-
mecêuticos afetam, de maneira considerável, a 
estrutura da pele mediante seus componentes 
químicos.
20 Introdução à Química e Cosmetologia
A fim de compreendermos as formulações dos 
produtos cosméticos ou farmacológicos, precisa-
mos, primeiramente, conhecer os conceitos bási-
cos sobre a química, assim, o profissional saberá 
o que existe na formulação escolhida e permitirá 
entregar resultados mais satisfatórios e reduzir o 
risco de efeitos danosos ao cliente/paciente. 
Quando preciso comprar um produto e não 
tenho experiência sobre sua eficácia, o correto é 
ler a sua composição química, que está descrita na 
embalagem, porém, para interpretar as informa-
ções, preciso ter conhecimentos básicos sobre es-
tes ingredientes. Neste tópico, vamos descobrir as 
nomenclaturas mais utilizadas e seus significados.
• Macroscópico: estruturas ou fenômenos 
que vemos sem auxílio de instrumentos ou 
equipamentos de ampliação. Ao vermos 
a nossa pele, enxergamos essa estrutura 
macroscópica.
• Microscópico: estruturas ou fenômenos 
que não temos condições de visualizá-los 
sem o auxílio de equipamentos. Como no 
exemplo acima, as estruturas que compõe a 
nossa pele não podem ser vistas a olho nu.
Conceitos Básicos 
sobre Química
21UNIDADE 1
• Matéria: é tudo aquilo que possui massa e ocupa um lugar no espaço, é formada por um con-
junto de átomos. São exemplos de matéria: o corpo humano, o ar, a água e os cosméticos. 
• Átomo: unidade elementar da matéria, é formado por núcleo e elétrons e sua função é cons-
tituir a matéria. O átomo é uma partícula extremamente pequena e pode se ligar para formar 
moléculas. A junção de dois átomos, ou de três átomos, pode parecer insignificante, porém as 
funções e características dessas composições poderão ser extremamente diferentes.
• Propriedades da matéria: são as características apresentadas, que diferem uma das outras, 
como: ponto de fusão e ebulição, cor, densidade, solubilidade, tenacidade, dureza, impermea-
bilidade, combustão, divisibilidade, comprimento, elasticidade, inércia, massa, volume e com-
pressibilidade.
• Estados físicos da matéria: a matéria pode apresentar-se sob forma sólida, líquida ou gasosa. 
• Gás ou vapor: a matéria não possui forma física definida ou volume, sua forma será defini-
da, somente se colocada em um recipiente (Figura 2). Suas moléculas não possuem coesão 
(Figura 3).
• Líquido: não contém forma física definida, mas possui volume. Assim como o gás, a matéria 
líquida toma forma conforme o recipiente que ela é colocada, e suas moléculas apresentam-se 
pouco distanciadas.
• Sólido: sua forma física e volume são bem definidos, as moléculas apresentam-se coesas. 
Um desafio para os químicos é modificar a composição ou a estrutura das moléculas de uma maneira 
controlada, criando novas substâncias com propriedades diferentes.
Fonte: Brown et al. (2005, p. 4).
Figura 2 - Definição quanto à forma e volume dos estados sólido, líquido e gasoso da matéria
22 Introdução à Química e Cosmetologia
Como você pôde notar na Figura 2, o diamante possui forma e volume definidos; a água não possui 
forma definida, somente volume; e o gás não possui forma e volume definidos.
Figura 3 - Coesão entre as moléculas nos estados sólidos, líquidos e gasosos
• Corpo da matéria: é uma porção limitada da matéria (exemplo: o caule de uma árvore).
• Objeto: é o resultado da transformação do corpo da matéria (exemplo: uma cadeira). Matéria, 
corpo e objeto estão representados na Figura 4.
Na Figura a seguir, a árvore representa a matéria, o caule representa o corpoda matéria e a cadeira o objeto.
Figura 4 - Demonstração sobre a matéria, corpo e objeto
23UNIDADE 1
Figura 5 - Tabela periódica atual
• Compostos: combinação de dois ou mais elementos diferentes, pode ser dividido por meio 
de reações químicas. A água é um composto, formado pela união de Hidrogênio e Oxigênio 
(H2O). A diferença entre compostos está entre os tipos de átomos presentes e ao arranjo que 
estes fazem (BROWN et al., 2005). A esta explicação, segue o exemplo com a Figura 6, o catecol 
é um composto orgânico que, quando sofre uma reação de oxidação, gera a benzoquinona, 
utilizado como antisséptico tópico. 
Já o resorcinol é um componente 
ácido utilizado como queratolítico, 
suas características químicas estão 
associadas ao fenol. As duas fórmu-
las químicas apresentam os mes-
mos componentes, porém ligações 
diferentes e, consequentemente, 
funções biológicas distintas.
• Substâncias: qualquer matéria com característica e propriedade constante, ou seja, definida. 
Independentemente das variáveis, como temperatura e pressão, suas características são preserva-
das. Existem inúmeras substâncias, por exemplo: a água destilada, o etanol e o cloreto de sódio.
• Mistura: resultado da união de duas ou mais substâncias, que, obrigatoriamente, devem con-
servar suas características. 
• Elementos: substância que não pode ser dividida por reação química. Os elementos são repre-
sentados pela primeira letra em maiúsculo e, quando há, a segunda minúscula. São conhecidos, 
atualmente, 118 elementos, sendo que estes estão ordenados na tabela periódica (Figura 5). São 
exemplos: hidrogênio (H), cálcio (Ca), potássio (K) e zinco (Zn).
Não metais Metal Gases Nobres
Lantanoides
Actinoides
Metaloide
Halogênios
Metais alcalinos
Metais de transição
Metais alcalinos
terrosos
Catecol Resorcinol
Figura 6 - Moléculas de Catecol e Resorcinol
24 Introdução à Química e Cosmetologia
• Molécula: espécime química formada com, pelo menos, dois átomos. 
• Massa: é representada pela quantidade e tipo de átomos que constituem a matéria (PIRES, 2008). 
Para materiais sólidos, sua medida é expressa, na maioria das vezes, em gramas. Para medições 
mais precisas, é indicado a verificação em uma balança analítica (MERCÊ, 2012).
• Volume: é o espaço ocupado pela matéria, essa medida é utilizada para materiais líquidos, assim 
o valor é expresso em litros ou mililitros (MERCÊ, 2012).
• Mol: unidade de medida de uma matéria (molécula, átomos, íons). Essa unidade de medida é 
comparada com uma dezena, dúzia ou centena. “Assim como o quilograma é uma quantidade 
padrão da grandeza massa, o mol é uma quantidade padrão da grandeza quantidade de matéria” 
(SILVA, ROCHA-FILHO, 1995).
• Massa atômica: é a massa de um único átomo, que seria a massa de um único elemento químico 
e é medida em g/mol (MERCÊ, 2012).
• Massa molecular: “somatório das massas atômicas de todos os átomos que compõe uma 
molécula, expressa em g/mol” (MERCÊ, 2012).
• Energia: é a capacidade de desempenhar uma atividade. Todos os seres vivos precisam de 
energia para o seu bom funcionamento.
• Energia química: “é uma forma de energia armazenada nas unidades estruturais das substân-
cias químicas [...]. Quando elas participam de reações químicas, a energia química é liberada, 
armazenada ou convertida” (CHANG; GOLDSBY, 2013).
• Eletrólitos: “substâncias cujas moléculas dissociam, ou se partem em íons” (LEWIS et al., 2013).
• Íons: átomo que pode ter carga positiva ou negativa.
• Cátions: íons com carga positiva, por exemplo: Na+ (sódio) e K+ (potássio).
• Ânions: íons com carga negativa, por exemplo: cloro (Cl-) e iodeto (I-).
Agora ficou fácil entender como se dá a formação do corpo humano: os átomos se unem e formam as 
moléculas. Várias moléculas se organizam e constituem as células; estas formam os tecidos; e, por fim, 
25UNIDADE 1
os órgãos, que unidos a outros órgãos chamamos de sistema. O trabalho entre eles permite as funções 
orgânicas, como respiração, excreção, digestão, entre outras. Esse esquema está representado na Figura 7.
Como você pode ver, na sequência, temos o átomo, a célula, o organismo formado por sistemas e 
o resultado desta união: o corpo humano.
Figura 7 - Constituição do corpo humano
26 Introdução à Química e Cosmetologia
Agora que já temos uma base teórica sobre quí-
mica e cosmetologia, e somado às nossas expe-
riências diárias, é correto afirmar que os produtos 
químicos podem nos ajudar a restabelecer a saúde 
ou podem ser os causadores de uma doença, isto 
dependerá do tipo de produto, a quantidade apli-
cada e a frequência de uso. 
A Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o 
órgão do Ministério da Saúde que tem por objetivo 
 “
[...] proteger e promover a saúde da popula-
ção, por intermédio do controle sanitário da 
produção e da comercialização de produtos e 
serviços submetidos à vigilância sanitária, in-
cluindo os cosméticos (BRASIL, 2007, on-line)
As empresas que desejam produzir, importar ou 
armazenar produtos cosméticos devem seguir a 
legislação tanto de fabricação quanto registro e 
autorização da ANVISA. 
Para que as indústrias utilizem de normas claras 
para a produção de produtos e, consequentemente, 
estes não causem efeitos danosos na pessoa que os 
aplica, as leis são importantes. Em forma de Reso-
luções, a Diretoria Colegiada determina as regras, a 
fim de representar a população e tomar decisões. A 
Legislação 
da Cosmetologia
27UNIDADE 1
Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que dispõe da definição de produtos cosméticos é a RDC 211, de 
14 de julho de 2005, que os agrupa com os produtos de higiene pessoal e perfumes, e os caracteriza como:
 “
Preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do 
corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas 
da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência 
e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado (BRASIL, 2005, on-line).
Algumas das primeiras Resoluções que tratam sobre cosméticos são do Grupo Mercado Comum 
(GMC) MERCOSUL Nº. 07/05 “Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes”, 
36/04 “Rotulagem Obrigatória Geral para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes” e 
36/99 “Rotulagem Específica para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes”.
Apesar dos cosméticos serem utilizados para regiões externas, não exclui a possibilidade de que esses 
produtos causam uma reação contrária ao organismo, por isso a ANVISA classifica as preparações 
quanto ao seu Grau de Risco 1 e 2:
 “
Grau 1: são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes com propriedades básicas ou elemen-
tares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas 
quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto.
Grau 2: são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que possuem indicações específicas, 
cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cui-
dados, modo e restrições de uso (BRASIL, 2015, on-line).
28 Introdução à Química e Cosmetologia
São produtos pertencentes ao Grau de Risco 1 e 2, os seguintes:
Quadro 1 - Produtos de grau 1
TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 1
Água de colônia, 
Água perfumada, 
Perfume e extrato aromático
Lápis para lábios, olhos e sobrancelhas
Amolecedor de cutícula (não cáustico)
Lenço umedecido (exceto os com ação antisséptica 
e/ou outros benefícios específicos que justifiquem 
a comprovação prévia)
Aromatizante bucal Loção tônica facial (exceto para pele acneica)
Base facial/corporal,
Batom labial e brilho labial,
Blush/rouge,
Corretivo facial (sem finalidade fotoprotetora)
Máscara para cílios
Condicionador/creme rinse/
Enxaguatório capilar (exceto os com ação an-
tiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios es-
pecíficos que justifiquemcomprovação prévia)
Máscara corporal (com finalidade exclusiva de lim-
peza e/ou hidratação)
Creme, loção e gel para o rosto (sem ação fo-
toprotetora da pele e com finalidade exclusiva 
de hidratação)
Máscara facial (exceto para pele acneica, peeling 
químico e/ou outros benefícios específicos que jus-
tifiquem a comprovação prévia)
Creme, loção, gel e óleo esfoliante (“peeling”) 
mecânico, corporal e/ou facial Modelador/fixador para sobrancelhas
Creme, loção, gel e óleo para as mãos (sem ação 
fotoprotetora, sem indicação de ação protetora 
individual para o trabalho, como equipamento 
de proteção individual - EPI - e com finalidade 
exclusiva de hidratação e/ou refrescância)
Neutralizante para permanente e alisante
Creme, loção, gel e óleos para as pernas (com 
finalidade exclusiva de hidratação e/ou refres-
cância)
Pó facial (sem finalidade fotoprotetora)
Creme, loção, gel e óleo para limpeza facial (ex-
ceto para pele acneica)
Produtos para banho/imersão: sais, óleos, cápsulas 
gelatinosas e banho de espuma
Creme, loção, gel e óleo para o corpo (exceto 
os com finalidade específica de ação antiestrias, 
ou anticelulite, sem ação fotoprotetora da pele 
e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou 
refrescância)
Produtos para barbear (exceto os com ação antis-
séptica)
29UNIDADE 1
Creme, loção, gel e óleo para os pés (com finali-
dade exclusiva de hidratação e/ou refrescância)
Produtos para fixar, modelar e/ou embelezar os ca-
belos: fixadores, laquês, reparadores de
pontas, óleo capilar, brilhantinas, mousses, cremes 
e géis para modelar e assentar os cabelos,
restaurador capilar, máscara capilar e umidificador 
capilar
Delineador para lábios, olhos e sobrancelhas Produtos para pré-barbear (exceto os com ação 
antisséptica)
Demaquilante Produtos pós-barbear (exceto os com ação antis-
séptica)
Dentifrício (exceto os com flúor, os com ação 
antiplaca, anticárie, antitártaro, com indicação 
para dentes sensíveis e os clareadores quími-
cos)
Protetor labial sem fotoprotetor
Depilatório mecânico/epilatório Removedor de esmalte
Desodorante axilar (exceto os com ação anti-
transpirante)
Sabonete abrasivo/esfoliante mecânico (exceto os 
com ação antisséptica ou esfoliante químico)
Desodorante colônia Sabonete facial e/ou corporal (exceto os com ação 
antisséptica ou esfoliante químico)
Desodorante corporal (exceto desodorante 
íntimo)
Sabonete desodorante (exceto os com ação antis-
séptica)
Desodorante pédico (exceto os com ação an-
titranspirante) Secante de esmalte
Enxaguatório bucal aromatizante (exceto os 
com flúor, ação antisséptica e antiplaca) Sombra para as pálpebras
Esmalte, verniz, brilho para unhas Talco/pó (exceto os com ação antisséptica)
Fitas para remoção mecânica de impureza da 
pele
Xampu (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/
ou outros benefícios específicos que justifiquem a 
comprovação prévia).
Fortalecedor de unhas
Xampu condicionador (exceto os com ação antique-
da, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que 
justifiquem comprovação prévia).
Kajal -
Fonte: Brasil (2015, on-line).
30 Introdução à Química e Cosmetologia
Quadro 2 - Produtos de grau 2
TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 2
Água oxigenada 10 a 40 volumes (incluídas as 
cremosas exceto os produtos de uso medicinal)
Esfoliante “peeling” químico
Antitranspirante axilar Esmalte para unhas infantil
Antitranspirante pédico Fixador de cabelo infantil
Ativador/ acelerador de bronzeado Lenços umedecidos para higiene infantil
Batom labial e brilho labial infantil Maquiagem com fotoprotetor
Bloqueador solar/antissolar Produto de limpeza/higienização infantil
Blush/rouge infantil Produto para alisar e/ou tingir os cabelos
Bronzeador Produto para área dos olhos (exceto os de maquia-
gem e/ou ação hidratante e/ou demaquilante)
Bronzeador simulatório Produto para evitar roer unhas
Clareador da pele Produto para ondular os cabelos
Clareador para as unhas químico Produto para pele acneica
Clareador para cabelos e pelos do corpo Produto para rugas
Colônia infantil Produto protetor da pele infantil
Condicionador anticaspa/antiqueda Protetor labial com fotoprotetor
Condicionador infantil Protetor solar
Dentifrício anticárie Protetor solar infantil
Dentifrício antiplaca Removedor de cutícula
Dentifrício antitártaro Removedor de mancha de nicotina químico
Dentifrício clareador/clareador dental químico Repelente de insetos
Dentifrício para dentes sensíveis Sabonete antisséptico
Dentifrício infantil Sabonete infantil
Depilatório químico Sabonete de uso íntimo
Descolorante capilar Talco/amido infantil.
Desodorante antitranspirante axilar Talco/pó antisséptico
Desodorante antitranspirante pédico Tintura capilar temporária/progressiva/permanente
Desodorante de uso íntimo Tônico/loção capilar
Enxaguatório bucal antiplaca Xampu anticaspa/antiqueda
31UNIDADE 1
Enxaguatório bucal antisséptico Xampu colorante
Enxaguatório bucal infantil Xampu condicionador anticaspa/antiqueda
Enxaguatório capilar anticaspa/antiqueda Xampu condicionador infantil
Enxaguatório capilar infantil Xampu infantil
Enxaguatório capilar colorante/ tonalizante -
Fonte: Brasil (2015, on-line).
Outras resoluções que abordam assuntos sobre produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são: 
a RDC nº 69, de março de 2016, que trata sobre filtros solares e normatiza a concentração e o princípio 
ativo permitidos em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes; e a RDC nº 48, de março de 2006, 
que apresenta as substâncias que não podem ser utilizadas em Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e 
Perfumes. Todas as Resoluções estão disponíveis no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e são 
de fácil acesso, lembrando que as atualizações quanto às normas devem ser monitoradas constantemente.
A importância da ANVISA não só transcende a permissão ou não da utilização de substâncias quí-
micas para o preparo de produtos, mas também previne que os consumidores sejam enganados 
por seus fornecedores, é o caso do Parecer Técnico nº 3, de 29 de junho de 2001, que recomenda 
que os produtos cosméticos que contenham a vitamina C (ácido ascórbico), em sua composição, 
como estabilizante de formulação (sem concentrações ideais para fins de hidratação, clareamento 
ou protetor de radicais livres), não pode ter seu nome realçado na rotulagem do produto. 
Fonte: Brasil (2001, on-line).
Por fim, regras claras na manipulação e comercialização de produtos cosméticos são de grande impor-
tância para o consumidor, pois previne de danos físicos ou estéticos, e ao fornecedor por servir de bases 
legais para seu trabalho. Os setores responsáveis pelo cuidado pessoal e bem-estar, como a estética e a 
cosmética, a podologia e as terapias integrativas e complementares, estão em constante crescimento, 
haja visto anualmente o crescimento de produtos para essas finalidades. Assim, a normatização deve 
crescer com o mesmo padrão.
A química é parte fundamental do nosso dia a dia: ela participa de todas as funções do nosso 
organismo e, até mesmo, da natureza. Um produto cosmético também é formado pela união de com-
postos químicos, e entender seus conceitos permitirá a formulação de protocolos terapêuticos mais 
satisfatórios ao seu paciente/cliente. Na próxima unidade, aprofundaremos nossos conhecimentos sobre 
as substâncias químicas, vamos lá?!
32
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução
1. Assinale a alternativa correta que revela a função dos estudos sobre química:
a) A química, seja ela pura ou aplicada, tem a função de estudar somente sobre 
materiais sintéticos produzidos em laboratório, como: detergentes, sabão, 
produtos de limpeza.
b) Além de estudar sobre as características químicas do corpo humano, os fenô-
menos que ocorre nele e os compostos químicos também são exemplos de 
estudo deste ramo.
c) Essa ciência surgiu a pouco tempo, tendo como seus primeiros estudos os 
cosméticos.
d) A química inorgânica estuda sobre as caraterísticas químicas dos minerais, 
principalmentedaqueles produzidos a partir do carbono.
e) Todas as alternativas estão corretas.
2. Sobre seus conhecimentos acerca da história e divisões das subdivisões da 
química, leia a seguir:
I) A termodinâmica é estudada pela bioquímica e tem função de determinar o 
comportamento de um sistema químico.
II) A divisão entre química orgânica e inorgânica foi realizada por Robert Boyle, 
em 1777.
III) A química farmacêutica investiga, planeja e desenvolve novos fármacos utili-
zados para o tratamento de doenças, é muito utilizada por profissionais da 
saúde.
IV) A análise qualitativa identifica os tipos de elementos, íons, moléculas que cons-
tituem a amostra pesquisada e faz parte de um dos ramos da química pura.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas III e IV estão corretas.
d) Apenas I e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
33
3. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) as sentenças a seguir:
 ) ( Matéria é uma substância que não pode ser dividida por reação química.
 ) ( Os estados físicos da matéria são: elasticidade, massa e volume.
 ) ( Na solubilização, as partículas estão mais espaçadas em relação às matérias 
sólidas.
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) F-F-F.
c) V-F-F.
d) F-V-V.
e) F-F-V.
4. Quanto à classificação dos produtos de higiene pessoal, perfume e cosméticos, 
assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
 ) ( Creme, loção, gel e óleo esfoliante (“peeling”) mecânico, corporal e/ou facial são 
classificados como Grau 1 de risco.
 ) ( Antitranspirante pédico e produto para pele acneica são classificados como 
Grau 2 de risco.
 ) ( Loção tônica facial e amolecedor de cutícula são classificados como Grau 1 
de risco.
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) F-F-F.
c) V-F-F.
d) F-V-V.
e) F-F-V.
5. Apresente a diferença entre os produtos de higiene, perfumes e cosméticos 
Grau 1 e 2, regulamentados pela ANVISA.
34
Química: a ciência central
Autor: Theodore L. Brown, H. Eugene Lemay Jr, Bruce E. Bursten, Julia R. Burdge
Editora: Pearson Prentice Hall
Sinopse: Química: a ciência central traz uma nova maneira de aprender química, 
que desmistifica o tema ao aproximá-lo da realidade do dia a dia e ao oferecer 
ferramentas de aplicação eficientes. Essa forma inovadora de tratar a disciplina 
também reflete na linguagem clara e objetiva, nas diversas seções que permeiam 
o texto e abordam o assunto sobre um ponto de vista prático - como “A química 
no trabalho” e “A química e a vida” - e na estratégia de resolução de problemas 
em etapas, na maioria dos exercícios (seções “Como fazer” e “Pratique”). A di-
dática do texto é complementada pelo site exclusivo que acompanha a obra, 
trazendo recursos, como filmes, modelos 3-D e animações (em inglês). Essas 
características fazem de Química: a ciência central uma obra fundamental para 
todos os estudantes de química geral, não só em cursos de química, mas tam-
bém de física, engenharia e ciências biomédicas.
LIVRO
35
AMARAL, L. A química. São Paulo: Edições Loyola, 1995.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Parecer Técnico nº 3, de 29 de junho 
de 2001. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br. Acesso em: 18 mar. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da diretoria colegiada 
- RDC nº 211, de 14 de julho de 2005. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/legislacao/?inheritRedi-
rect=true#/visualizar/27564. Acesso em: 18 mar. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de controle de qualidade de 
produtos cosméticos. Brasília: Anvisa, 2007. Disponível em: https://www.crq4.org.br/. Acesso em: 18 mar. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da diretoria colegiada - 
RDC nº 7, de 10 de fevereiro de 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/. Acesso em: 16 out. 2018.
BROWN, T. L.; LEMAY JR, H. E.; BURSTEN, B. E.; MATOS, R. M. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005.
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Janeiro: Elsevier, 2012.
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_assetEntryId=109373&_101_type=content&_101_groupId=106351&_101_urlTitle=publicacao-cosmeticos-parecer-tecnico-n-3-de-29-de-junho-de-2001-atualizado-em-28-6-2004-&inheritRedirect=true
https://www.crq4.org.br/downloads/guia_cosmetico.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2015/rdc0007_10_02_2015.pdf
36
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PIRES, A. S. T. Evolução das ideias da física. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2008.
RIBEIRO, C. J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São Paulo: Phamabooks, 2006.
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WELLER, M.; OVERTON, T.; ROURKE, J.; ARMSTRONG, F. Química Inorgânica. 6. ed. São Paulo: Bookman, 2017.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322005000400016&lng=en&nrm=iso
37
1. B.
2. C.
3. E.
4. A.
5. Diferenças se dão quanto à necessidade ou não de comprovação inicial e informações detalhadas quanto 
ao modo de uso e restrições de uso, indicações específicas, características que exigem comprovação de 
segurança e/ou eficácia, informações e cuidados.
38
39
40
41
42
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Possibilitar a compreensão das funções inorgânicas, or-
gânicas e a bioquímica. 
• Definir potencial de hidrogênio (pH) e suas propriedades 
em um produto terapêutico.
• Elucidar a característica química das substâncias mais 
importantes para a cosmetologia, norteando quanto às 
principais características dos produtos terapêuticos.
Funções 
Inorgânicas
Funções 
Orgânicas
A Bioquímica
Me. Érica Simionato Machado Rieger
A Química e sua 
Importância na 
Cosmetologia
Funções 
Inorgânicas
Como vimos na Unidade 1, as pesquisas na área 
química ocorrem desde tempos imemoriais e são 
realizadas até os dias de hoje, revelando a impor-
tância dessa ciência para a humanidade. 
A cada ano, surgem novos compostos químicos 
ou compostos nem tão novos, porém com funções 
diferentes do original; isto só é possível graças aos 
cientistas que, incansavelmente, pesquisam sobre 
os elementos e substâncias químicas. 
Nesta unidade, exploraremos sobre três áreas 
da química: a primeira, química inorgânica, res-
ponsável por descrever as propriedades, estruturas, 
transformações e classificação dos compostos que 
não possuem carbono em sua cadeia, antigamente 
chamada de química mineral; também estudare-
mos sobre a química orgânica, todos os processos 
envolvidos pelos compostos em que está presen-
te o elemento carbono; e, por fim, exploraremos 
sobre a bioquímica, que estuda as características, 
funções e transformações da água, vitaminas, lipí-
deos, carboidratos, proteínas e aminoácidos. 
Desejo que você aproveite essas informações, 
assim, possibilitará um atendimento clínico per-
sonalizado e trará segurança a você, futuro pro-
fissional!
45UNIDADE 2
Antes de definir as funções inorgânicas, precisamos conhecer sobre a Teoria de Arrhenius, que descreve 
sobre a dissociação eletrolítica. Você já fez o experimento de acender uma lâmpada em um recipiente 
com água e sal? Ao colocarmos em um recipiente sal dissolvido em água (NaCl + H2O), e repousarmos 
os fios de uma lâmpada, ela irá acender, pois esse tipo de solução conduz corrente elétrica. Porém, se 
colocarmos em um recipiente água e açúcar (H2O + C12H22O11), a lâmpada não irá acender, pois não 
há condutibilidade elétrica (Figura 1). Esta propriedade de condução de elétrons se deve à presença 
de íons. Na solução salina, há íons livres que possuem capacidade de transportar cargas e fazer que a 
luz acenda, diferentemente da solução com sacarose (açúcar).
Na+ Cl- aquoso
(Lâmpada acende)
C12H22O11 aquoso
(Lâmpada não acende)
Na+ Cl- aquoso
(Lâmpada acende)
C12H22O11 aquoso
(Lâmpada não acende)
Figura 1 - Representação da condutibilidade elétrica (ou ausência dela) em soluções distintas
Fonte: Portal de Estudos em Química (2009, on-line)1.
Conforme vemos na Figura 1, em soluções salinas há condutibilidade elétrica, e ausência desta pro-
priedade em solução com sacarose.
Este fenômeno foi descrito, pela primeira vez, pelo químico sueco Svante August Arrhenius, que 
percebeu a capacidade de condução de energia elétrica por algumas substâncias químicas dissolvidas na 
água. Os ácidos são compostos químicos que liberam íons H+ (Hidrogênio) quando dissolvidos em água, 
e bases são substâncias que liberam ânions OH- (Hidroxila) quando diluídas em água (MOORE, 2008). 
Após esta descoberta de Arrhenius, as soluções foram divididas em: eletrolítica ou iônica; e não 
eletrolítica ou molecular. A solução eletrolítica ou iônica possui a capacidade de conduzir a corrente 
elétrica; no exemplo da solução salina, os íons presentes no sódio (Na+) e cloro (Cl-) sofrem ação da 
polaridade da água que os separa (Figura 2), resultando em cargas livres na solução que serão as res-
ponsáveis por transportar os elétrons, fazendo, com que a lâmpada acenda.
Há algum tempo, quando houve a divisão entre os elementos orgânicos e inorgânicos, a química orgâ-
nica seria responsável por estudar os compostos de origem vegetal e animal, e a química inorgânica 
exploraria sobre o reino mineral. No entanto, alguns compostos orgânicos podem ser produzidos 
em laboratório, não sendo procedentes somente do reino vegetal ou animal, por isso a classificação 
quanto à presença ou ausência de carbono é mais eficaz e utilizada.
46 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Solução de cloreto de Sódio
Cristal de cloreto 
de Sódio Moléculas de
água
Processo de dissociação
Cátion hidratado
de Sódio Na+
Ânion hidratado
de Cloro Cl-
H2O
1
1
2
2
Figura 2 - Demonstração da ação da água sobre os íons
No entanto, na solução com sacarose, as moléculas possuem ligação 
covalente estável e carga elétrica neutra, ou seja, a água não consegue 
dissociar essa molécula e não há a liberação de íons que transpor-
tariam a carga elétrica, dessa forma, a lâmpada não irá acender. A 
este tipo de solução chamamos de não eletrolítica ou molecular.
Um outro composto capaz de acender uma lâmpada quando dis-
solvido na água é o HCl (ácido clorídrico), porém este é não iônico. 
De uma maneira diferente da solução salina, a água, após separar 
as moléculas de HCl, irá transformá-las em íons. A esta reação de 
formação de cargas se dá o nome de ionização (Figura 3). Mediante 
essas informações, na Figura 4, podemos perceber a maneira que se 
comportam as soluções eletrolíticas e não eletrolíticas.
47UNIDADE 2
HCl(aq)
(Lâmpada acende)
Figura 3 - Representação da condutibilidade elétrica 
em soluções com HCl
Fonte: Portal de Estudos em Química (2009, on-line)1.
Íons dissolvidos
(NaCl) Íons dissolvidos
(Água pura)
Moléculas Dissolvidas
(Açúcar)
Vários Íons Poucos Íons Sem Íons
Não eletrolítica
Não eletrolítica
Solução eletrolítica
(fraca)
Eletrolítica
Eletrolítica
Alta condutividade Baixa condutividade Sem condutividade
Solução eletrolítica
(forte)
Eletrólito é uma substância cuja solução 
aquosa conduz uma corrente elétrica
Não eletrólito é uma substância cuja 
solução aquosa não conduz uma corrente elétrica
A separação entre cargas elétricas é nomeada 
como dissociação iônica. 
À formação de cargas elétricas, dá-se o nome 
de ionização.
Figura 4 - Comportamento das soluções eletrolíticas e não eletrolíticas
Diante disso, agora estamos preparados para estudar sobre as funções inorgânicas que são os ácidos, 
bases, sais e óxidos. 
48 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Ácidos
Os ácidos estão presentes em nosso cotidiano seja 
em produtos de limpeza, nos medicamentos e, 
até mesmo, em plantas. Podemos utilizá-los para 
inúmeras funções, basta estudar sobre eles que sa-
beremos como aplicá-los. A seguir, começaremos 
classificando-os.
A primeira classificação dos ácidos levava em 
conta as substâncias que obtinham sabor azedo, 
hoje em dia, temos maneiras mais seguras para 
determinar a acidez ou basicidade. Segundo a de-
finição de Arrhenius, ácidos são compostos que, 
quando em contato com a água, formam íons hi-
drogênio (H+) (GUTH, 2013). A essa formação 
de um íon, chama-se ionização. 
Os ácidos são classificados quanto: à presença 
de oxigênio, ao número de hidrogênios ionizáveis, 
ao número de elementos químicos, à volatilidade 
e estabilidade. 
No que se refere à presença de oxigênio, os áci-
dos são classificados em hidrácidos e oxiácidos. Os 
hidrácidos são ácidos que não possuem oxigênio 
em sua estrutura química, por exemplo, o ácido 
clorídrico (HCl), e os oxiácidos são ácidos com 
presença de oxigênio em sua estrutura, por exem-
plo, ácidonítrico (HNO3) (SALGADO et al., 2012).
Em relação ao número de hidrogênios ionizá-
veis, ou seja, a quantidade de hidrogênios que uma 
molécula libera quando é colocada na água, os 
ácidos são classificados como monoácido, diáci-
do, triácido ou tetrácido. O monoácido libera um 
hidrogênio (exemplo: HCl), o diácido libera dois 
hidrogênios (exemplo: H2SO4), o triácido libera 
três hidrogênios (exemplo: H3PO4) e o tetrácido 
libera quatro hidrogênios (exemplo: H4P2O7).
Os ácidos podem ser binários, ternários e qua-
ternários, e esta classificação determina o número 
de elementos químicos. Binários são ácidos com-
postos por dois elementos químicos, por exemplo, 
o ácido clorídrico (HCl) é formado por Hidrogê-
nio e Cloro. Os ternários são ácidos compostos 
por três elementos químicos, por exemplo, o ácido 
nítrico (HNO3) que é formado por Hidrogênio, 
Nitrogênio e Oxigênio. Quaternários são ácidos 
compostos por quatro elementos químicos, por 
exemplo, o Ácido fulmínico (HCNO), o qual é 
obtido mediante a união de Hidrogênio, Carbono, 
Nitrogênio e Oxigênio.
Quanto à volatilidade, os ácidos são classi-
ficados em voláteis e fixos. Os ácidos voláteis, 
aqueles que facilmente evaporam, possuem 
ponto de ebulição abaixo de 100 ºC, e os áci-
dos fixos possuem ponto de ebulição acima de 
100 ºC. Por fim, com relação à estabilidade, ou 
seja, a facilidade da molécula permanecer na 
sua forma de origem, os ácidos são classificados 
em estáveis e instáveis.
Agora que aprendemos sobre a classificação 
dos ácidos, precisamos descobrir quando um áci-
do é forte ou fraco, assim saberemos qual será sua 
função e concentração ideal. A facilidade de um 
ácido ionizar em água é chamada de força ácida, 
sendo determinada pelo grau de ionização (α). 
Quando a grande maioria das moléculas de um 
ácido em solução se rompe e forma íons H+, o 
ácido é classificado como forte. Quando o ácido, 
em solução, libera poucos íons H+, é classificado 
como fraco. 
O cálculo do grau de ionização leva em con-
sideração o número de moléculas ionizadas e 
totais, sendo que ácidos fortes se ionizam mais 
que 50%, ácidos moderados entre 5 a 50% e ácido 
fraco menor que 5%. Por exemplo, o HCl tem a 
capacidade de liberar uma grande quantidade de 
íons de H+ quando dissolvido na água, portanto 
é um ácido forte. O ácido acético é um ácido fra-
co, pois, quando adicionado na água, a grande 
maioria conserva-se na forma molecular (SILVA; 
NOGARA, 2018). 
49UNIDADE 2
Alguns ácidos inorgânicos estão presentes na preparação de medicamentos e cosméticos, por 
exemplo o ácido clorídrico (HCl).
Força ácida é diferente de concentração:
• A força se refere ao potencial de ionização ou quebra que alguns ácidos e bases sofrem. 
• A concentração se refere à quantidade de ácidos ou bases que você possui inicialmente 
Fonte: Moore (2008, p. 193).
Bases ou Hidróxidos
As bases ou hidróxidos são compostos iônicos, possuem gosto amargo e são formadas por metais unidos 
com uma hidroxila (ROBAIANA, 2000). Em solução aquosa, sofrem dissociação e libera como único 
ânion OH- (hidroxila) (MAIA; BIANCHI, 2007). Por exemplo, o NaOH (hidróxido de sódio), quando 
dissolvido em água, dissocia-se em Na+ OH-, posteriormente, os íons hidróxidos unem-se com hidrogê-
nio (diminuindo sua quantidade na solução) com a finalidade de formar água (RAE SIEGFRIED, 2010). 
Em relação à força básica, ela está diretamente relacionada à solubilidade de suas moléculas. Uma 
base forte tem a capacidade de dissociar-se completamente em água, liberando íons OH- para se ligarem 
rapidamente em H+. As bases fracas não possuem alta capacidade de solubilidade, não liberam em 
grande quantidade OH-, permanecendo na solução mais moléculas do que íons (APPLEGATE, 2012).
As bases são classificadas em monobases, quando há apenas uma hidroxila (por exemplo: NaOH), 
dibases contém duas OH- (exemplo: Mg(OH)2), tribases formadas com três OH- (exemplo: Al(OH)3), 
tetrabases possuem quatro OH- (exemplo: Pb(OH)4) (MAIA; BIANCHI, 2007).
As bases também estão presentes na cosmetologia, como o Hidróxido de potássio (KOH), utiliza-
do na fabricação de sabonetes, e o Hidróxido de alumínio (Al(OH)3), utilizado para corrigir pH dos 
cosméticos; e sobre esta função, estudaremos a seguir.
Escala de pH
Conhecer a acidez ou basicidade de um produto cosmético é fundamental para os tratamentos clí-
nicos, pois quanto mais ácido, menos agradável será a sensação. Para definir a acidez ou alcalinidade 
de uma solução, é realizado o cálculo do Potencial Hidrogeniônico (pH), que define a quantidade 
do íon hidrogênio ou hidroxila em uma solução, indicando sua acidez, neutralidade ou alcalinidade.
Os resultados são expressos em uma escala de pH de 0 a 14, sendo que as soluções com pH abaixo 
de 7 são consideradas ácidas (possuem mais H+), igual a 7 são neutras (possuem a mesma quantidade 
de H+ e OH-) e acima de 7 são consideradas básicas (possuem mais OH-), conforme está representado 
na Figura 5 (GUTH, 2013). 
50 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Quanto mais hidrogênio liberado por um ácido em uma solução, mais forte ele será e menor será seu 
pH. O contrário ocorrerá se o composto for uma base, menos íon hidrogênio e mais hidróxido estarão 
presentes e o pH será maior. Em nosso organismo, quando há um excesso de ácido no organismo, íons 
de bicarbonato (HCO3) são liberados pelos rins; quando estamos em um meio excessivamente básico, 
ácido carbônico é liberado (H2CO3); este mecanismo é conhecido como sistema tampão (MOORE, 2008).
Figura 6 - pHmetro Figura 7 - Papel indicador ácido-base
Ácido Neutro Alcalino
H+ íon OH- íon
Escala de pH
A
Cartela de cores indicadora universal de ph
Ácido de bateria
Ácido estomacal
Vinagre Tomate
Café preto
Urina
Água
Água do mar
Comprimido 
para má digestão
Solução de
Amônia
Água com
sabão
Alvejante
Limpador
de canos
Bicarbonato
de SódioSuco de Laranja
Figura 5 - Escala do Potencial Hidrogeniônico
No mercado, para expressar o pH de uma substância química, são comercializados o pHmetro (Figura 
6), aparelho eletrônico que quantifica de forma precisa o pH, e o papel indicador ácido-base (Figura 7), 
que muda de cor conforme a acidez ou alcalinidade.
51UNIDADE 2
Sais
A união do cátion (H+) do ácido e ânion (OH-) da base provoca a formação de H2O, uma substância 
neutra; a este tipo de reação chama-se neutralização. O sal é obtido por meio do ânion provido da 
ionização do ácido e do cátion da base. Sais são compostos com um cátion diferente de H+ e um ânion 
diferente de OH- (MAIA; BIANCHI, 2007) e é o resultado de uma reação de neutralização. Exemplos 
de sais: Cloreto de Sódio (NaCl), o sal de cozinha; Sulfato de Magnésio (MgSO4), laxante.
Se você retirar, de uma solução, a molécula responsável pela acidez (H+) e a alcalinidade (OH-) – o 
que ocorre na reação de neutralização (a formação de água) – o meio ficará neutro.
Todos os sais em temperatura ambiente são sólidos e são classificados em neutros, ácidos e básicos. Os 
sais neutros são obtidos através da combinação de uma base forte e um ácido forte (H+ + OH-, resulta 
em H2O), por exemplo CaF2. Os sais ácidos são resultado da combinação de um ácido forte e uma base 
fraca (hidroxilas não conseguem formar água e neutralizar o hidrogênio), exemplo NaHSO4. Os sais 
básicos são obtidos por meio da união de um ácido fraco e uma base forte (maior número de hidroxila 
em relação ao hidrogênio), por exemplo Al(OH)Cl2 (FATIBELLO-FILHO et al., 2006). 
Os sais são importantes compostos utilizados na produção de produtos dermatológicos, como 
o bicarbonato de sódio (NaHCO3), estando, dentre uma de suas funções, a neutralização de ácidos. 
Também são exemplos o cloreto de amônio (NH4Cl) presente em máscaras e produtos descolorantes 
e o sulfato de sódio (Na2SO4) para loções desincrustantes faciais.
O equilíbrio entre a concentração e pH dos ácidos e bases permite o funcionamento adequado do 
nosso organismo e, consequentemente, a promoção da saúde do indivíduo.
Fonte: adaptado de

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