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SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 
1. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS ....................................................... 4 
2. PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL APÓS A 
REFORMA PREVIDENCIÁRIA ............................................................. 5 
2.1 Auxílio doença ....................................................................................... 5 
2.2 Aposentadoria por invalidez, aposentadoria por incapacidade 
permanente..... ................................................................................................... 7 
2.3 Aposentadoria por idade ........................................................................ 9 
2.4 Aposentadoria híbrida .......................................................................... 14 
2.5 Pensão por morte ................................................................................ 15 
2.6 Auxílio reclusão ................................................................................... 19 
2.7 Aposentadoria Especial ....................................................................... 21 
2.8 Salário Família ..................................................................................... 25 
2.9 Salário-Maternidade ............................................................................ 27 
2.10 Auxílio-acidente ................................................................................... 29 
2.11 Abono anual ........................................................................................ 30 
2.12 Serviço Social ...................................................................................... 31 
2.12 Habilitação ou reabilitação profissional ................................................ 31 
2.13 Benefício de prestação continuada – loas ........................................... 32 
2.14 Aposentadoria da pessoa com deficiência por tempo de Contribuição 35 
2.15 Aposentadoria da pessoa com deficiência por idade........................... 37 
2.16 Aposentadoria por tempo de contribuição ........................................... 38 
3 CRITÉRIO QUANTITATIVO DAS RENDAS MENSAIS DOS 
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS APÓS A EC 103 ......................... 42 
4 DECISÃO PREVIDENCIÁRIA RECENTE DO STF ............................. 43 
5 DECISÃO PREVIDENCIÁRIA RECENTE DO STJ ............................. 45 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 47 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Prezado aluno! 
 
 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o 
tema tratado. 
 O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos 
ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não 
hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de 
atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
4 
 
 
1. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 
 
 
 Benefício previdenciário é um valor pago mensalmente pelo INSS 
(Previdência Social) aos segurados (pessoas que contribuíram durante um 
período com o RGPS (Regime Geral da Previdência Social). 
Existem alguns requisitos para que o segurado tenha direito de receber 
esse benefício, os quais estão instituídos em lei e se modificam de acordo com 
cada espécie de benefício existente. 
Existem além dos benefícios sociais alguns benefícios que são os 
chamados benefícios assistenciais. 
Os benefícios chamados assistenciais previstos na LOAS (Lei Orgânica 
da Assistência Social – Lei n.8.742/1993), este tipo de benefício não possui 
caráter contributivo, assim ainda que a pessoa não seja um segurado ou nunca 
tenha contribuído, cumprindo os demais requisitos poderá se beneficiar dos 
benefícios assistenciais, com o fim de garantir o mínimo existencial ao cidadão. 
No Brasil para que o cidadão faça parte da lista de segurados ele precisa 
contribuir de forma privada ou fazer parte do Regime Geral de Previdência Social 
(RGPS), que é um seguro social que objetiva garantir cobertura ao segurado nas 
situações de adversidade como: doença, invalidez, desemprego, morte, bem 
como o salário-maternidade e aposentadoria por idade. 
Ainda segundo STRAZZI (2020) a Previdência Social possui caráter 
contributivo, dessa forma só poderão receber o benefício ou auxílio 
previdenciário, aqueles que contribuíram mensalmente, através das diversas 
formas de contribuição existentes, ainda assim estes contribuintes precisam 
estar dentro do período de graça para que consigam receber os benefícios 
necessários. 
No entanto, quando se fale sobre os benefícios assistenciais, pode-se 
dizer que é um direito constitucional o qual se encontra descrito no art. 203 da 
Constituição Federal de 1988. 
 
 
5 
 
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por 
objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à 
velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência 
e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa 
portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios 
de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, 
conforme dispuser a lei. (BRASIL, 1988) 
 
 
A principal característica do benefício assistencial é que ele é comum a 
todos os cidadãos, os quais não necessitam de contribuição, nem carência, 
buscando garantir as pessoas mais carentes o mínimo existencial. 
 
2. PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL APÓS A 
REFORMA PREVIDENCIÁRIA 
 
O sistema previdenciário é muito novo e visa dar garantias ao trabalhador 
que impedido de trabalhar por condições alheias a sua vontade pode por um 
período de tempo ser beneficiado até que se encontre em situação de voltar ao 
trabalho. 
 
2.1 Auxílio doença 
 
O auxílio doença se encontra instituído na Constituição Federal, art. 201, 
inciso I onde busca garantir a cobertura em casos de doença, invalidez, morte e 
idade avançada. 
Ainda existem outros institutos que vão versar sobre o auxílio doença o 
qual segundo ALVES (2020) é um benefício que assegura o benefício social em 
caso de incapacidade em decorrência de doenças, acidente de trabalho ou 
acidente de qualquer natureza que deixe o empregado incapaz ao trabalho ou a 
suas atividades habituais por mais de 15 dias consecutivos. 
 
 
6 
 
 
Nos casos de auxílio doença ou aposentadoria por invalidez o art. 25 da 
Lei 8.213 de 1991 em seu inciso I versa que possui um período de carência de 
12 contribuições mensais. 
Ainda o art. 26, inciso II da supracitada lei traz duas exceções relativas ao 
período de carência. Independe de carência a concessão das seguintes 
prestações (caput), já o inciso II vai dizer que o auxílio-doença e aposentadoria 
por invalidez em casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença 
profissional ou do trabalho, assim como nos casos de segurado que, após se 
tornar filiado ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções as 
quais seconforme dispõe o art. 199-A, § 1º, do 
Decreto 3.048/1999. (ALVES, 2020. p. 200) 
 
No caso de aposentadoria de pessoa com deficiência por idade, não se 
aplica a tabela que corresponde à regra de transição prevista no art. 142 da Lei 
8.213/1991 para os benefícios de aposentadoria por tempo de contribuição e por 
idade garantida aos segurados com deficiência. 
 
38 
 
Existe ainda a possibilidade de aposentadoria por idade hibrida ou mista 
para pessoa contribuinte com deficiência a qual é cabível nos casos em que o 
segurado, ao completar 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher, não 
conseguiu a comprovar o tempo mínimo necessário de atividade rural, mas 
completou a carência do benefício mediante a soma do tempo de atividade rural 
com a atividade urbana, conforme se permite no art. 48, § 3º, da Lei 8.213/1991. 
Nos casos de aposentadoria híbrida aplica-se a idade rural como requisito 
para obtenção do benefício, sendo considerada 60 anos, se homem e 55 anos, 
se mulher (art. 70-C, §2º, do Decreto 3.048/1999), sendo necessário para a 
aplicação deste artigo que a pessoa tenha trabalhado na condição de deficiente 
tanto no trabalho rural quanto no urbano (art. 418, I e IV, da IN 
INSS/Pres77/2015.Sendo que o benefício irá cessar com a morte do segurado 
(a). 
O cálculo para se encontrar o salário-base do benefício é o mesmo da 
pessoa com deficiência, o qual se encontra supracitado (arts. 8º e 9º, I da Lei 
8.213, art. 29 da Lei 8.213/1991). 
No caso de aposentadoria de pessoa contribuinte com deficiência se 
aplica o fator previdenciário (art. 9º, I, da LC 142/ 2013), sendo facultativo ao 
contribuinte nestes casos optar pela aposentadoria que lhe seja mais vantajosa 
(art. 9º, V, da LC 142/2013 e art. 70-G do Decreto 3048/1999). 
Não estando obrigado a se afastar da atividade que exerça na condição 
de pessoa com deficiência (art. 429 da IN 77/2015). (ALVES, 2020) 
 
2.16 Aposentadoria por tempo de contribuição 
 
Com a reforma previdenciária, a aposentadoria por tempo de contribuição 
foi extinta (EC 103), permanecerá em vigor somente para os segurados 
amparados pela regra de transição, estando instituída no art. 201, §, inciso I e § 
8º da Constituição Federal se 1988. 
 
 
 
39 
 
 
Ainda existem outras normativas que versam sobre este instituto as quais 
são: arts. 52 a 56 da Lei 8.213/1991, arts. 56 a 63 do Decreto 3.048/1999 e arts. 
234 a 238 da IN INSS/Pres 77/2015. 
Estando, a carência nos casos de aposentadoria por tempo de 
contribuição prevista no art. 25, II, da Lei 8.213/1991, a qual consiste em 180 
contribuições mensais para os inscritos no sistema a partir da Lei 8.213/1991. 
No entanto, aos filiados antes da Lei 8.213/1991 aplica-se a tabela de 
transição de carência elencada no art. 142 da Lei citada. 
Deve-se observar o art. 55 da Lei 8.213/1991 e art. 60 do Decreto 
3.048/1999, que traz uma lista de situações em que se considerará tempo de 
contribuição para fins de aposentadoria por tempo de contribuição, deve-se 
observar que nãos e admite a prova que seja exclusivamente testemunhal, com 
exceção das situações onde exista impossibilidade de fazer prova por outra 
forma (caso fortuito ou força maior). 
 Assim, observa-se nesses casos quanto a aposentadoria integral: 35 
anos de contribuição, se homem e 30 anos de contribuição, se mulher, nos casos 
de aposentadoria proporcional conta-se 5 anos a menos para ambos, é o caso 
dos professores que possuem o benefício de 5 anos a menos, tendo que 
comprovar serviço efetivo no magistério. 
No caso da aposentadoria por tempo de contribuição se retira o fator 
previdenciário, no entanto segue o que está estabelecido no art. 29-C da Lei 
8.213/1991. (ALVES, 2020) 
Ainda, de acordo com a Súmula 272 do STJ, está sujeito, o trabalhador 
rural, na condição de segurado especial, à contribuição obrigatória, sobre a 
produção rural que for comercializada. 
Assim, faz jus somente a aposentadoria por tempo de serviço, nos casos 
em que recolher contribuições facultativas. 
 
Ademais, via regra, na forma do art. 21, § 2º, da Lei 8.212/1991, não 
terão direito a aposentadoria por tempo de contribuição o segurado 
contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de 
trabalho com empresa ou equiparado, e o segurado facultativo, que 
optaram pelo regime simplificado de recolhimento, ou seja, arrecadam 
11% sobre o salário mínimo (em vez de 20%), ou 5% sobre o salário 
 
40 
 
mínimo, no caso do microempreendedor individual, e do segurado 
facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao 
trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que 
pertencente a família de baixa renda. 
Entretanto, é ressalvado o direito de complementar o recolhimento (9% 
ou 15%) com os respectivos juros legais para que possam se 
aposentar por tempo de contribuição. (ALVES, 2020. p. 212) 
 
 
Alves, ainda observa: Para a aposentadoria proporcional, para o período 
faltante para alcançar o tempo de contribuição exigido anterior à data da 
promulgação da EC 20, aplica-se um adicional (chamado de pedágio) de 40%. 
Critério. (ALVES, 2020) 
Após a data da entrada em vigor da EC 103observa-se que o art. 19 da 
EC 103 institui que até que a que lei estabeleça os critérios específicos osbre o 
tempo de contribuição a que se refere o inciso I do § 7º do art. 201 da 
Constituição Federal, o segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social 
após a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional será aposentado 
aos 62 anos de idade, se mulher, e aos 65 anos de idade, se homem, com 15 
anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, 
se homem. 
 No caso dos professores filiados, o art. 19, § 1º, II, da EC 103, versa 
que para se aposentar por tempo de contribuição deverá ter 57 
anos de idade, se mulher e 60 anos de idade, se homem, tendo 
ainda que comprovar 25 anos de contribuição exclusiva no 
magistério, ensino fundamental e médio. 
Conforme os requisitos da regra de transição no caso de filiados antes da 
entrada em vigor da EC 103/2019, ALVES (2020) traz: 
_ A Regra da aposentadoria por pontos (art. 15 da EC 103): tempo 
mínimo de contribuição será 35 anos se homem, e 30 anos de contribuição se 
mulher. 
_ Somando-se a idade ao tempo de contribuição os pontos deverão somar 
86 pontos, se mulher, e 96 pontos, se homem. 
_ Não existindo a exigência de uma idade mínima para essa regra de 
transição. 
 
41 
 
_ A cada ano trabalhado será acrescido mais 1 ponto, até que se atinja o 
limite de 100 pontos, se mulher e 105 pontos, se homem. (§ 1º, art. 15, EC 103) 
 Se professor as regras de transição mudam: 
_ Comprovados 25 anos de contribuição, se mulher e 30 anos de 
contribuição, se homem. (no efetivo magistério) 
_ Somando-se a idade ao tempo de contribuição obter o total de 81 
pontos, se mulher, e 91 pontos, se homem. 
_ Serão acrescidos a partir de 1º de janeiro de 2020, 1 ponto para cada 
ano até atingir o limite de 92 pontos se mulher, e 100 pontos, se homem. 
 Existe também a regra de transição da idade mínima progressiva 
somada ao tempo de contribuição (art. 16 da EC 103), aos 
segurados que preencham os seguintes requisitos: 
 
_ A idade mínima de 56 anos, se mulher e 61 anos, se homem. 
_ 30 anos de contribuição, se mulher e 35 anos de contribuição, se 
homem. 
_ Sendo que a partir de 1º de janeiro de 2020, será a idade acrescida de 
seis meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade, se mulher, e 65 anos de 
idade, se homem. (art. 16, § 1º, da EC 103). 
 Para os professores a regra muda: 
_ Terá o tempo reduzido em 5 anos nos casos em que comprovar o tempo 
de contribuição efetivo no magistério. 
_ Sendo que a partir de 1º de janeiro de 2020, serão acrescidos seis 
meses, a cada ano, às idades previstas no inciso II do caput, até atingirem 57 
anos, se mulher, e 60 anos, se homem. (art. 16, § 2º, da EC 103). 
 Ainda existe a regra detransição do pedágio de 50% (art. 17 da EC 
103). Essa regra de transição vale como garantida para os casos 
de segurado que, na data da entrada em vigor da EC 103, somar 
com mais de 28 anos de contribuição, se mulher, e mais de 33 
anos, se homem. Nesses casos: 
 
42 
 
_ Terá que pagar o pedágio correspondente a 50%, relativo ao tempo que 
faltaria para atingir 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de 
contribuição, se homem. 
_ Não existe a exigência de idade mínima. 
_ Anos de contribuição, somados a 50 % de pedágio. (No item 2.3 que 
fala sobre a aposentadoria por idade explica como irá funcionar esta soma) 
 Ainda a regra de transição do pedágio 100% (art. 20 da EC 103) 
_ Nesse caso há a exigência da idade mínima de 57 anos de idade se 
mulher, e 60 anos de idade, se homem. (Também no item 2.3 você vai encontrar 
a explicação de como será esse cálculo.) 
O benefício irá cessar com a morte do segurado (a). 
Nesses casos a base de cálculo é o salário de benefício, onde a regra 
consiste em 100% do valor do “Salário de Benefício” o qual será multiplicado 
pelo Fator Previdenciário. Esse cálculo está previsto no art. 29 da Lei 
8.213/1991.16 (se encontra exemplificado no item 2.3) (ALVES, 2020) 
 
 
3 CRITÉRIO QUANTITATIVO DAS RENDAS MENSAIS DOS BENEFÍCIOS 
PREVIDENCIÁRIOS APÓS A EC 103 
 
A EC 103 traz em seu artigo 26, uma nova fórmula de cálculo da renda 
mensal inicial, as quais compreendem a duas alíquotas, sendo para algumas 
espécies 100% e outras 60%, com acréscimo de 2% a cada ano pago após 
completar 20 anos de contribuição, dependendo da espécie de benefício e anos 
de contribuição. 
ALVES (2020) vai dizer que caso a média resulte em valor menor que o 
do benefício poderá ser excluída, desde que se mantenha o tempo mínimo de 
contribuição exigido, os quais uma vez excluído não poderá ser usado em 
nenhum outro benefício. 
Nos casos dos benefícios com alíquota de 60% mais 2% que serão 
somados após os 20 anos de contribuição. (Conforme se demostra o cálculo no 
item 2.3) 
 
43 
 
A seguir uma lista dos benefícios que se utilizarão desta fórmula de 
cálculo a parti da EC 103/ 2019: Regra de transição da aposentadoria por pontos; 
Regra de transição da idade mínima progressiva + tempo de contribuição; Regra 
de transição da aposentadoria por idade; Aposentadoria por incapacidade 
permanente por doenças degenerativa ou acidente de natureza extralaboral; 
 Já os segurados filiados após a EC 103; Aposentadoria especial 20 e 25 
anos, que possuam os benefícios com alíquota de 60% mais 2% após 15 anos 
de contribuição Aposentadoria especial 15 anos. 
Observação: Em todas as aposentadorias de mulheres (observa-se a 
regra de transição). 
No caso dos benefícios com alíquota de 100% Regra de transição do 
pedágio de 100%; Aposentadoria por incapacidade permanente quando decorrer 
de acidente de trabalho, doença profissional e doença do trabalho. (ALVES, 
2020) 
 
4 DECISÃO PREVIDENCIÁRIA RECENTE DO STF 
 
A visão monocular não era vista pelo INSS como deficiência, no entanto 
conforme estudado no item 2.2, “ o art. 2º da Lei Complementar n. 142/2013 
regulamenta a aposentadoria da pessoa com deficiência no RGPS, versa que se 
considera pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo 
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. 
 O novíssimo entendimento do STF conforme citado por STRAZZI (2021), 
diz que: 
Em 23 de março de 2021, foi publicada a Lei n. 14.126 (em vigor desde 
a data de sua publicação), que classifica a visão monocular como 
deficiência sensorial, do tipo visual, para todos os efeitos legais. 
 
O autor do Projeto de Lei, Senador Rogério Carvalho (PT-SE), é 
monocular e explicou que muitas pessoas ficam impedidas de trabalhar 
quando são acometidas pela condição, pois certas profissões exigem 
a percepção de profundidade. Por exemplo: motoristas profissionais, 
pilotos de avião, cirurgiões etc. 
 
Profissionais que precisam de visão de profundidade e de acuidade 
visual, não podem ser monoculares. (STRAZZI, 2021) 
 
 
44 
 
Diante disso, a visão monocular passa a ser entendida como uma 
deficiência entrando no rol das deficiências sensoriais (art. 2º, § 2º da Lei 
13.146/2015), a qual deverá ser reconhecida através de avaliação 
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. 
Podendo caber: aposentadoria; LOAS, BPC; até mesmo isenção do 
imposto de renda). 
Ainda STRAZZI (2021) traz que, esse tipo de benefício deverá seguir 
alguns critérios, os quais se encontram elencados no art. 3º da LC n. 142/ 2013, 
os quais irão variar de acordo com o grau de deficiência. 
_ 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 (vinte) 
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave; 
_ 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 (vinte 
e quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; 
_ 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 (vinte 
e oito) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve; ou 
_ 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos 
de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que 
cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a 
existência de deficiência durante igual período. 
_ Regulamento do Poder Executivo definirá as deficiências grave, 
moderada e leve para os fins desta Lei Complementar. 
Segue uma jurisprudência a respeito da visão monocular. 
 
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. INCAPACIDADE PARCIAL 
E DEFINITIVA RECONHECIDA EM PERÍCIA. OCORRÊNCIA DE 
LESÃO MÍNIMA. DIREITO À CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. 
 
1. Caso em que o Tribunal regional reformou a sentença concessiva 
de aposentadoria por invalidez, tendo em vista que a visão monocular 
não necessariamente geraria incapacidade. 
 
2. No acórdão recorrido há o reconhecimento da lesão e da 
incapacidade parcial e definitiva para o labor: “Quanto ao requisito de 
incapacidade laboral, o laudo médico pericial de fls. 55/56, informou 
que o autor, 58 anos à época da perícia, apresenta trauma penetrante 
no olho direito há mais de vinte anos, visão monocular, (…), concluindo 
pela existência parcial e definitiva da incapacidade, há 
aproximadamente 20 anos” Entretanto, o benefício foi negado por não 
 
45 
 
se vislumbrar “necessariamente”, redução da capacidade para o 
trabalho. 
 
3. Sabe-se que o magistrado não está adstrito ao laudo pericial, 
podendo, em decisão fundamentada, decidir de forma diversa. 
Entretanto, no caso dos autos, o argumento utilizado para infirmar a 
perícia, qual seja, a visão de um olho seria suficiente para o exercício 
da atividade de agricultor, não encontra guarida na jurisprudência do 
STJ, que entende devido o benefício quando houver redução da 
capacidade laborativa, ainda que mínima. 
 
4. Nesse sentido, os seguintes precedentes: AgInt no AREsp 
1.280.123/RS, Rel. Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe 
3/10/2018 e REsp 1.109.591/SC, Rel. Ministro Celso Limongi 
(Desembargador Convocado do TJ/SP), Terceira Seção, DJe 
8/9/2010. 
 
5. Recurso Especial provido. (g.n.) 
 
(STJ, REsp n. 1828609/AC, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, 
Julgamento: 20/08/2019, Publicação: 19/09/2019) 
 
 
5 DECISÃO PREVIDENCIÁRIA RECENTE DO STJ 
 
O STJ no dia 10 de março de 2021 tomou uma importante decisão que se 
tratava da devolução de valores recebidos de boa-fé, a título de benefício 
previdenciário, por força de interpretação errônea, má aplicação da lei ou erro da 
Administração da Previdência Social (Tema 979 - STJ). 
Assim, o Superior Tribunal de Justiça publicou, no dia 23/04/2021, um 
acórdão de mérito do Recurso Especial 1.381.734/RN, a respeito da controvérsia 
repetitiva exposta: 
 
Tema 979: Situação do tema: Acórdão publicado 
 
Questão submetida a julgamento: Devolução ou não de valores 
recebidos de boa-fé, a títulode benefício previdenciário, por força de 
interpretação errônea, má aplicação da lei ou erro da Administração da 
Previdência Social. 
Tese firmada: Com relação aos pagamentos indevidos aos segurados 
decorrentes de erro administrativo (material ou operacional), não 
embasado em interpretação errônea ou equivocada da lei pela 
Administração, são repetíveis, sendo legítimo o desconto no percentual 
de até 30% (trinta por cento) de valor do benefício pago ao 
segurado/beneficiário, ressalvada a hipótese em que o segurado, 
diante do caso concreto, comprova sua boa-fé objetiva, sobretudo com 
demonstração de que não lhe era possível constatar o pagamento 
indevido. 
 
 
46 
 
Anotações Nugep: 
Modulação dos efeitos: "Tem-se de rigor a modulação dos efeitos 
definidos neste representativo da controvérsia, em respeito à 
segurança jurídica e considerando o inafastável interesse social que 
permeia a questão sub examine, e a repercussão do tema que se 
amolda a centenas de processos sobrestados no Judiciário. Desse 
modo somente deve atingir os processos que tenham sido distribuídos, 
na primeira instância, a partir da publicação deste acórdão." (Acórdão 
publicado no DJe de 23/4/2021). 
Afetado na sessão do dia 09/08/2017 (Primeira Seção). 
Vide Controvérsia 4/STJ. 
Vide Tema 692/STJ. 
 
O Tema 692/STJ diferencia-se deste, pois, de acordo com o Ministro 
Relator: "Ressalte-se que a referida controvérsia é distinta da 
solucionada no julgamento do Tema n. 692, vinculado ao Recurso 
Especial Repetitivo 1.401.560/MT, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. p/ 
Acórdão Min. Ari Pargendler, no qual a Primeira Seção firmou o 
entendimento de que "a reforma da decisão que antecipa a tutela 
obriga o autor da ação a devolver os benefícios previdenciários 
indevidamente recebidos" (decisão publicada no DJe de 16/08/2017). 
Informações complementares: Há determinação de suspensão 
nacional de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos 
(Art. 1.037, II, CPC). (acórdão publicado no DJe de 16/08/2017). 
 
REsp 1381734/RN 
Tribunal de origem: TRF5 
Relator: Min. Benedito Gonçalves 
Data de afetação: 16/08/2017 
Data de julgamento de mérito: 10/03/2021 
Data de publicação do acórdão de mérito: 23/04/2021 
 
 
 
Assim, no Tema 979, a tese foi firmada mediante os seguintes termos: 
“Relativo, aos pagamentos indevidos aos segurados resultantes de erro 
administrativo (material ou operacional), os quais não foram fundamentados em 
interpretação equivocada da lei pela Administração, os quais são repetíveis, 
sendo legítimo o desconto no percentual de até 30% (trinta por cento) de valor 
do benefício pago ao segurado/beneficiário, exceto nas hipóteses em que o 
segurado, no caso concreto, caso comprove boa-fé objetiva, sobretudo com 
demonstração de que não lhe era possível constatar o pagamento indevido.” 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALVES, Hélio Gustavo. Guia prático dos benefícios previdenciários: de 
acordo com a Reforma Previdenciária. EC 103/2019. 1 ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2020. 
 
BRASIL. Devolução de valores recebidos de boa-fé, a título de benefício 
previdenciário, por força de interpretação errônea, má aplicação da lei ou 
erro da Administração da Previdência Social (Tema 979 - STJ). Disponível 
em: acesso maio de 2021. 
 
BRASIL, Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991. Disponível em: 
 Acesso em: maio 
2021. 
 
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Disponível 
em: Acesso 
em: maio 2021. 
 
BRASIL, Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, Disponível em: 
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1993 acesso em maio de 2021. 
 
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. LAZZARI, João Batista. Manual de Direito 
Previdenciário. 23 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020. 
 
MORAES, Geórgia. MUGNATTO, SILVIA. Governo aponta aumento da 
expectativa de vida para justificar reforma da Previdência. Fonte: Agência 
Câmara de Notícias. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/552342-
https://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/jurisprudencia/recurso-repetitivo-e-repercussao-geral/
https://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/jurisprudencia/recurso-repetitivo-e-repercussao-geral/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1993
https://www.camara.leg.br/noticias/552342-governo-aponta-aumento-da-expectativa-de-vida-para-justificar-reforma-da-previdencia/
 
48 
 
governo-aponta-aumento-da-expectativa-de-vida-para-justificar-reforma-da-
previdencia/ acesso: maio de 2021. 
 
STRAZZI, Alessandra. Benefício Previdenciário: O que é e quais existem 
atualmente [INSS]. Disponível em: acesso em maio 
de 2021. 
 
STRAZZI, Alessandra. Novas Regras do BPC: o que você precisa saber em 
2021. Disponível em: 
acesso em maio de 2021. 
 
STRAZZI, Alessandra. Visão Monocular: Top 3 Direitos Previdenciários. 
Disponível em: acesso em maio de 2021. 
 
https://www.camara.leg.br/noticias/552342-governo-aponta-aumento-da-expectativa-de-vida-para-justificar-reforma-da-previdencia/
https://www.camara.leg.br/noticias/552342-governo-aponta-aumento-da-expectativa-de-vida-para-justificar-reforma-da-previdencia/
https://www.desmistificando.com.br/beneficio-previdenciario/
https://www.desmistificando.com.br/novas-regras-bpc/
https://www.desmistificando.com.br/visao-monocular-aposentadoria
https://www.desmistificando.com.br/visao-monocular-aposentadoriaencontram especificadas na lista que será elaborada pelos Ministérios 
da Saúde e da Previdência Social, a cada 3 (três) anos, de acordo alguns 
critérios: de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator critérios 
estes que confira especificidade e gravidade os quais mereçam tratamento 
particularizado. 
ALVES (2020) vai dizer que esta lista supracitada ainda não existe, sendo 
assim, como exceção, aquelas doenças as quais não dependem de carência são 
as seguintes: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose 
múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e 
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose 
anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte 
deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (Aids) ou 
contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada 
(art. 151 da Lei 8.213/1991). 
Podendo ainda caso haja à perda da qualidade de segurado, a fim de 
resgatar a carência exigida, conforme já se encontra pacificado na jurisprudência 
é possível retroagir a data do início da doença e a data de início da incapacidade 
ao período em que ainda era segurado do INSS. 
O fato de a incapacidade existir desde a época em que estava vinculado 
ao RGPS, faz com que o auxílio doença seja devido ao contribuinte ainda que 
não possua mais vínculo. 
 
7 
 
Via de regra, quando a incapacidade do segurado ultrapassar 15 dias 
consecutivos, será encaminhado à perícia médica do INSS, onde será submetido 
à avaliação pericial por profissional médico integrante dos quadros ou 
conveniados do INSS. 
 Caso o segurado não tenha condições de comparecer à perícia médica 
do INSS, ressalvados os casos em que for possível se admitir o reconhecimento 
da incapacidade pela recepção da documentação médica do segurado nos 
moldes do art. 75-A do Decreto 3.048/1999. 
Ainda o art. 60 da Lei 8.213/1991 e o art. 72 do Decreto 3.048/1999 
instituem que o auxílio-doença será devido ao segurado empregado a partir do 
16.º dia do afastamento, exceto o doméstico. 
 Quanto aos demais segurados, será devido a partir da data do início da 
incapacidade, ou seja, será devido a partir da data de entrada do requerimento, 
quando requerido após o 30.º dia do afastamento. 
Conforme versa ALVES (2020), o auxílio doença cessa quando: Ocorre a 
recuperação do segurado para as atividades habituais e profissionais; ocorre a 
reabilitação, a partir de emissão de certificado de conclusão para o exercício de 
outra atividade; quando o beneficiado não se recupera, ou não se torne capaz 
de assumir outra posição no trabalho, ocorre a conversão do auxílio-doença em 
aposentadoria por invalidez. 
Caso o segurado não concorde com a perícia do médico pode recorrer 
administrativamente, se não tiver sucesso, judicialmente. 
 
 
 
2.2 Aposentadoria por invalidez, aposentadoria por incapacidade 
permanente 
 
A chamada aposentadoria por invalidez ou incapacidade permanente está 
instituída no art. 201, inciso da Constituição Federal, está também previsto em 
outros institutos normativos Lei 8.213/1991, arts. 42 a 47; Decreto 3.048/1999, 
arts. 43 a 50; e Instrução Normativa INSS/Pres 77/2015, arts. 213 a 224. 
 
8 
 
 A aposentadoria por invalidez é um dos benefícios previdenciários, o qual 
é concedido ao segurado que, tenha cumprido a carência exigida e que tenha se 
tornado incapaz profissionalmente por doença física, mental, acidente de 
trabalho ou de qualquer natureza, não tendo condições de exercer qualquer 
outra atividade, nem por meio do programa de habilitação ou reabilitação 
profissional. (ALVES, 2020) 
Uma vez que se entenda que essa incapacidade é definitiva, observa-se 
a carência mínima de 12 contribuições mensais conforme institui o art. 25 da Lei 
n. 8.213/1991. 
No entanto ALVES (2020) traz duas exceções a exigência de carência são 
elas: a primeira é a citada no item anterior, ou seja, as doenças que fazem parte 
da lista elaborada pelo Ministério da Saúde, a segunda hipótese é no caso de a 
pessoa já ter perdido o período de carência, mas a doença ou invalidez exista já 
desde a época em que era segurado, pode fazer o requerimento da 
aposentadoria por invalidez desde que consiga provar a existência da doença 
desde a época em que ainda era segurado. 
Devendo sempre passar por perícia médica feita por perito do INSS, onde 
cessará o benefício com a morte do segurado, ou caso haja recuperação parcial 
ou total que o possibilite exercer alguma atividade laboral, deverá passar por um 
processo de reabilitação para o retorno ao trabalho. 
 
 
O art. 49 do Decreto 3.048/1999 define que, na cessação da 
aposentadoria por invalidez, uma vez verificada a recuperação da 
capacidade de trabalho, será aplicada a prestação de readaptação da 
seguinte forma: 
 
I – quando a recuperação for total e ocorrer dentro de cinco anos 
contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-
doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará: 
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar 
à função que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma 
da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o 
certificado de capacidade fornecido pela previdência social; ou 
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-
doença e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; e 
 
II – quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto 
no inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o 
exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a 
aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: 
 
9 
 
a) pelo seu valor integral, durante seis meses contados da data em que 
for verificada a recuperação da capacidade; 
b) com redução de 50%, no período seguinte de seis meses; e 
c) com redução de 75%, também por igual período de seis meses, ao 
término do qual cessará definitivamente. (ALVES, 2020. p. 68) 
 
Conforme o art. 50 do Decreto 3.048/1999 caso o segurado retorne à 
atividade, pode requerer, a qualquer tempo, novo benefício previdenciário, sendo 
esse processamento normal. 
O benefício previdenciário nos casos de aposentadoria por invalidez 
poderá alcançar 100% do valor do benefício conforme versa o art. 33 da Lei n. 
8.213/91, podendo haver um aumento de 25% no salário para os casos em que 
o segurado necessite de assistência de outra pessoa, sendo essa porcentagem 
extinta quando o benefício previdenciário for revertido em pensão por morte, 
conforme versa o art. 44 da Lei n. 8.213/91. 
 
A EC 103 traz no art. 26, § 3º, II, que, no caso de aposentadoria por 
incapacidade permanente, quando decorrer de acidente de trabalho, 
de doença profissional e de doença do trabalho, o valor do benefício 
continua sendo 100% da média. Caso contrário, ou seja, nos benefícios 
de origem não acidentários, será de 60%, mais 2% para cada ano de 
contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, até o 
máximo de 100%, conforme o art. 26, § 2º, III, da EC. (ALVES, 2020. 
p. 71) 
 
A carência no caso de aposentadoria por invalidez ou incapacidade para 
o trabalho se dá por meio de 12 contribuições mensais com exceção do caso em 
que houver acidente ou das doenças as quais se encontram elencadas no art. 
151 da Lei 8.213 de 1991. 
 
2.3 Aposentadoria por idade 
 
A aposentadoria por idade também se encontra no art. 201, inciso I da 
CF/88, além de outras normativas que tratam do assunto são elas: arts. 48 a 51 
da Lei 8.213/1991, arts. 51 a 55 do Decreto 3.048/1999 e Instrução Normativa 
INSS/Pres 77/2015, em seus arts. 225 a 233. 
 
 
10 
 
A Reforma da Previdência alterou o art. 201 §§ 7 º inciso I e II e 8° da 
Constituição Federal de 1988. 
 
201. (...) § 7º (...) 
I – 65 anos de idade, se homem, e 62 anos de idade, se mulher, 
observado tempo mínimode contribuição; 
II – 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, para 
os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em 
regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o 
garimpeiro e o pescador artesanal. 
 
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido 
em cinco anos, para o professor que comprove tempo de efetivo 
exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio fixado em lei complementar. (BRASIL, 1988) 
 
 
Um dos motivos para a reforma previdenciária é relativo a crise fiscal do 
setor público, onde a expectativa de vida dos brasileiros segundo o IBGE, 
aumentou levando em conta que em 1940 a expectativa de vida era de 45 anos, 
hoje, a expectativa de vida é de 76 anos e conforme o IBGE em 2042 a 
expectativa de vida será de 80 anos, a expectativa de vida é baseada na 
sobrevida, ou seja, o tempo de vida que os brasileiros vivem depois dos 65 anos. 
Assim, entende-se que daqui a 30 anos o Brasil irá ter o triplo de 
aposentados que tem hoje, e o número de contribuintes irá diminuir, assim, a 
partir de 2024, irá aumentar a idade para se aposentar que hoje é de 65 anos se 
homem e 62 se mulher em 4 anos toda vez que a expectativa de vida aumentar. 
(MORAES. MUGNATTO, 2019) 
O período de carência para pagamento no caso de aposentadoria por 
idade é de 180 contribuições e 65 anos de idade se for homem, e 60 anos se for 
mulher, no caso de trabalhadores em regime de economia familiar, 60 anos para 
homens e 55 para mulher. 
Regra de transição para mulher: 
Até a EC 60 anos de idade 15 anos de contribuição 
A partir de 01/01/2020 60 anos e 6 meses de 
idade 
15 anos de contribuição 
A partir de 01/01/2021 61 anos de idade 15 anos de contribuição 
 
11 
 
A partir de 01/01/2022 61 anos e 6 meses de idade 15 anos de contribuição 
A partir de 01/01/2023 62 anos de idade 15 anos de contribuição 
 
 
 
 
Nos casos de aposentadoria por idade, o art. 25, II, da Lei de Benefícios 
define um período de carência 180 contribuições, para segurados inscritos antes 
da Lei 8.213/1991, ou seja, até 24.07.1991, devem seguir a tabela de transição 
descrita no art. 142 do mesmo diploma. 
 
Com relação ao preenchimento da carência + idade, há uma 
divergência da posição do INSS para com o entendimento dos 
Tribunais, pois, para o INSS, é obrigatório que a carência seja 
preenchida concomitantemente com a idade. 
 
Importante ressaltar que o STJ, no REsp 1.412.566-RS, e a Turma 
Nacional de Uniformização (TNU), através da Súmula 44,4 entendem 
que não há a obrigatoriedade do preenchimento dos requisitos 
carência + idade concomitantemente. (ALVES, 2020. p. 74) 
 
 
 
Após a reforma da previdência o critério material para homem é de 65 
anos, e, para mulher, 62 anos de idade. Já para os segurados que exercem 
atividade rural em regime de economia familiar, o critério material é de 55 anos 
para a mulher e 60 anos de idade para o homem. 
Destarte, o artigo 18 da EC 103 trata especificamente sobre a regra da 
nova aposentadoria por idade, assim como traz a respectiva norma de transição, 
onde, o (a) segurado (a) filiado (a) ao Regime Geral de Previdência Social até a 
data de entrada em vigor da Emenda Constitucional da Reforma da Previdência 
poderá aposentar-se nos casos em que preencherem, cumulativamente, os 
seguintes requisitos: 
 _ 60 anos de idade, se mulher. 
_ 65 anos de idade, se homem, e 
_ respectivamente: 15 anos de contribuição para ambos os sexos. 
 Para o homem, não há regra de transição na idade, mantendo então a 
exigência de 65 anos de idade, mais 15 anos de contribuição. 
Já o segurado que se filiar após a data da Emenda Constitucional, terá de 
contribuir para o INSS por 20 anos. 
 
12 
 
Para a mulher, a partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 anos será 
acrescida em seis meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade. (ALVES, 
2020) 
A data em que se inicia a aposentadoria se encontra no art. 49 da Lei 
8.213 de 1991. 
 
Art. 49. A aposentadoria por idade será devida: 
I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir: 
a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa 
data ou até 90 (noventa) dias depois dela; ou 
b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do 
emprego ou quando for requerida após o prazo previsto na alínea "a"; 
II - para os demais segurados, da data da entrada do requerimento. 
(BRASIL, 1991) 
 
 
Ainda, o art. 54 do Decreto 3.048/1999, trata da possibilidade da empresa 
requerer o pedido de aposentadoria, assim o artigo estabelece que é de 
responsabilidade da empresa o direito de requerer a aposentadoria por idade, 
no entanto existem alguns requisitos para que a empresa venha requerer este 
tipo de benefício previdenciário ao seu empregado que é: 
_ Que o segurado tenha cumprido a carência. 
_ Ter completado 70 anos de idade, se do sexo masculino, ou 65, se do 
sexo feminino. 
Assim, a aposentadoria é a chamada aposentadoria compulsória, sendo, 
garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista, 
considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente 
anterior à do início da aposentadoria. 
A aposentadoria compulsória é questionada pela doutrina como 
inconstitucional, uma vez que tira o direito do trabalhador de buscar por um 
salário de aposentadoria maior. 
Ocorrendo a cessação do benefício apenas com a morte do segurado. 
Sendo então extinta a aposentadoria por idade, tornando-se cumulativo o 
tempo de contribuição e a idade do beneficiário. 
Segundo a EC 103 existe um novo cálculo para que a pessoa possa 
aposentar, chamado regra de transição, que é um período de contribuição que 
 
13 
 
deverá ser cumprido a mais para que a pessoa se aposente com um salário 
menor. Segue uma tabela para que possa entender melhor como funciona a 
regra de transição. 
Pedágio de 50%: 
Tempo 
contribuição 
exigido antes da 
reforma 
Tempo que você 
possuía 
Tempo que 
faltava para se 
aposentar 
Tempo que precisa 
completar após a 
reforma 
30 anos 28 anos 2 anos 31 anos 
30 anos 29 anos 1 ano 30 anos 6 meses 
35 anos 33 anos 2 anos 36 anos 
35 anos 34 anos 1 ano 35 anos e 6 meses 
 
Já no caso do pedágio de 100%: 
Tempo 
contribuição 
exigido antes da 
reforma 
Tempo que você 
possuía 
Tempo que 
faltava para se 
aposentar 
Tempo que 
precisa completar 
após a reforma 
30 anos 28 anos 2 anos 32 anos 
30 anos 29 anos 1 ano 31 anos 
35 anos 33 anos 2 anos 37 anos 
35 anos 34 anos 1 ano 36 anos 
 
Ainda aquele segurado que tiver se tornado filiado antes da reforma existe 
a possibilidade de se aposentar por idade fazendo os cálculos certos de acordo 
com o interesse do segurado e as novas regras de transição. 
É necessário, conforme supracitado que o homem tenha 65 anos de idade 
e a mulher 60, ambos devem ter 15 anos de contribuição. 
O INSS fará o cálculo pegando todos os salários recebidos pelo segurado 
desde julho de 1994 até a data da entrada do requerimento do benefício, excluir-
se-á os 20% dos salários menores restando apenas 80 % dos maiores salários 
de contribuição do segurado filiado. 
 
14 
 
Após se calcula o salário base, sendo que a partir do salário base será 
feito o cálculo do benefício que o segurado irá receber, caso o benefício não seja 
interessante ao segurado ele poderá continuar trabalhando e a cada 1 ano ou 12 
meses trabalhado será aumentado aos 80% mais 1% para ajudar a melhorar o 
cálculo levando o segurado a conseguir um salário de aposentadoria melhor. 
 
2.4 Aposentadoria híbrida 
 
A reforma previdenciária alterou o instituto da aposentadoria híbrida, 
através do Decreto 10.410/20, sendo uma aposentadoria que cumula o tempo 
trabalhado em zona rural e urbana para que o trabalhador segurado possa se 
aposentar, bastante discutida nos tribunais a aposentadoria híbrida está 
instituída no art.48 §3º da Lei n. 8.213/1991, o Superior Tribunal de Justiça 
julgou em Tema Repetitivo 1.007, em 14 de agosto de 2019 que é concebível a 
aposentadoria híbrida sem a necessidade de recolhimento para os serviços 
rurais anteriores a 1991. (ALVES, 2020) 
 
Vale ressaltar que a TNU, ao julgar o Pedilef 0001508-
05.2009.4.03.6318-SP, havia decidido pela concessão da 
aposentadoria híbrida mediante a comprovação do exercício de 
atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento 
administrativo, ainda que de forma descontínua, contrariando a 
jurisprudência do STJ, que tem admitido a possibilidade do cômputo 
de período rural antes da Lei 8.213/1991. (ALVES, 2020. p. 78) 
 
 
Conforme se lê o art. 50 da Lei 8.213/1991 alude que a aposentadoria por 
idade incidirá numa renda mensal de 70% do salário de benefício, mais 1% 
deste, por grupo de 12 contribuições, o qual não poderá ultrapassar 100% do 
salário de benefício. 
Sendo que o fator previdenciário irá garantir ao segurado a maior renda, 
que será calculado por meio de média aritmética, a partir dos salários de 
contribuição e suas remunerações, atualizados monetariamente. 
 
Para o segurado homem que complementar os requisitos idade + 
carência após a promulgação da EC 103, portanto, o valor do benefício 
de aposentadoria corresponderá a 60% da média aritmética 
 
15 
 
correspondente a 100% do período contributivo desde a competência 
julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela 
competência, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano 
de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição. 
(ALVES, 2020. p. 79) 
 
Assim, de acordo com a Reforma Previdenciária os homens só vão 
receber 100 % do salário de contribuição se tiverem contribuído por 40 anos e 
as mulheres 35 anos. 
 
2.5 Pensão por morte 
 
O instituto da pensão por morte se encontra no art. 201, inciso V, da CF e 
também em outras normas que são: os arts. 74 a 79 da Lei 8.213/1991, arts. 105 
a 115 do Decreto 3.048/1999 e a Instrução Normativa 77/2015, em seus arts. 
121 a 135, ainda os arts. 364 a 380, que são específicos sobre o tema. 
Sendo, a pensão por morte um benefício o qual substitui a renda do (a) 
segurado (a) ao (s) dependente s), visando à conservação da rentabilidade 
familiar. 
A concessão da pensão por morte independe de carência, devendo estar 
dentro do período da qualidade de segurado, no entanto não se exige o período 
de carência para a concessão da pensão por morte, conforme dispõe o art. 26, 
I, da Lei 8.213/1991. 
No entanto a Lei 13.135/2015 trouxe algumas limitações as quais estão 
listadas na Lei 8.213/1991, no at. 77, § 2º, V, letras a, b e c, bem como no § 2-
A: Se na data do óbito o segurado não tenha ao menos 18 contribuições mensais 
ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de dois 
anos antes da data do óbito do segurado, a pensão por morte será somente por 
quatro meses. (ALVES, 2020) 
Segue um quadro explicando por quanto tempo terá direito o beneficiário 
em casos de pensão por morte conforme versa a Reforma da Previdência: 
Idade do(a) 
pensionista 
Até 
21 
De 
21 a 26 
De 27 a 
29 
De 30 
a 40 
De 41 
a 43 
A partir 
de 44 
 
16 
 
Prazo de 
recebimento 
da pensão 
por morte 
Por 3 
anos 
Por 6 
anos 
Por 10 
anos 
Por 15 
anos 
Por 20 
anos 
 
Vitalícia 
 
Há exceção para os prazos supra aos cônjuges ou companheiros 
inválidos ou com deficiências, se o óbito do segurado decorrer de 
acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do 
trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuições 
mensais ou da comprovação de dois anos de casamento ou de união 
estável, pois o § 2o-A do art. 77 da Lei 8.213/1991 mantém o benefício 
da pensão por morte. (ALVES, 2020. p.86) 
 
 
 
A ocorrência de morte ou pela sua presunção se dá conforme preveem os 
arts. 74, III, e 78 da Lei 8.213/1991. 
Em casos onde a morte presumida do segurado, esta deverá ser 
declarada pela autoridade judicial competente, depois de seis meses de 
ausência, sendo concedida pensão provisória, observadas as formas de 
concessão. 
Em casos em que exista a prova do desaparecimento do segurado em 
decorrência de acidente, desastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus à 
pensão provisória, independentemente da declaração de ausentes e do prazo 
de seis meses. 
O benefício da pensão por morte sofreu alterações na reforma 
previdenciária quanto a sua cessação, os arts. 74, 76 e 77 da Lei 8.213/1991. 
Assim, a regra é a mesma dos casos supracitados. 
No caso de pessoa condenada criminalmente por sentença com trânsito 
em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa 
desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, perde o direito ao benefício 
de pensão por morte, ressalvados os absolutamente incapazes e os 
inimputáveis. 
Aquele companheiro (a) se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou 
fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim 
exclusivo de constituir benefício previdenciário, perde o direito ao benefício, 
 
17 
 
sendo apuradas em processo judicial, se houve fraude no qual será assegurado 
o direito ao contraditório e à ampla defesa. 
Se o segurado desaparecido reaparecer, a pensão por morte cessa, não 
havendo necessidade da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé. 
Havendo, possibilidade do segurado falecido estar obrigado por 
determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex- 
companheiro (a), a pensão por morte será devida a este pelo tempo que restar 
da obrigação. 
 
 
Caso tenha indícios de autoria, coautoria ou participação do 
dependente (ressalvados os absolutamente incapazes e os 
inimputáveis) em homicídio, ou em tentativa desse crime, cometido 
contra a pessoa do segurado, será possível a suspensão provisória de 
sua parte no benefício de pensão por morte, mediante processo 
administrativo próprio, respeitados a ampla defesa e o contraditório, e 
serão devidas, em caso de absolvição, todas as parcelas corrigidas 
desde a data da suspensão, bem como a reativação imediata do 
benefício, conforme prevê o art. 77, § 7º, da Lei 8.213/1991. (ALVES, 
2020. pp. 89,90) 
 
 
A Reforma Previdenciária feita pela Lei 13.183/2015, incluiu no art. 77, § 
6º, da Lei 8.213/1991, a permissão ao dependente com deficiência intelectual ou 
mental ou com deficiência grave a possibilidade de cumular a pensão por morte 
com o exercício profissional remunerado, inclusive na condição de 
microempreendedor individual. 
O valor mensal da pensão por morte não poderá ser inferior a 1 salário 
mínimo conforme institui o art. 75 da Lei n. 8.213/ 91 sendo o valor pago aos 
dependentes 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou 
daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu 
falecimento. 
Entretanto o art. 77 da Lei supracitada institui que a pensão por morte 
será dividida entre os todos os pensionistas em partes iguais. 
A EC 103 alterou o art. 23 que versa que, a família passa a ter direito a 
50% da aposentadoria do segurado falecido ou daquela a que teria direito se 
fosse aposentado por incapacidade permanente, com acréscimo de 10% por 
dependente, até o limite de 100%. (ALVES, 2020) 
 
18 
 
Os valores divididos por cotas aos dependentes, conforme a reforma 
previdenciária não mais será reversível aos demais dependentes. 
Somente se houver dependente inválido ou com deficiência intelectual, 
mental ou grave, é que o valor da pensão por morte será equivalente a 100% da 
aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse 
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo 
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
 Não havendo mais dependente inválido ou com deficiência intelectual, 
mental ou grave, o valor da pensão será recalculado na formado disposto no 
caput e no § 1º do art. 23 da EC 103, ou seja, as cotas por dependente cessarão 
com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes, 
preservado o valor de 100% da pensão por morte quando o número de 
dependentes remanescente for igual ou superior a cinco. 
Não podendo o valor recebido pelos dependentes ser inferior a um salário 
mínimo, essa regra é a mesma para os servidores públicos federais. 
Ainda, o art. 24 da EC 103 versa que é vedada a acumulação de mais de 
uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvadas as 
pensões do mesmo instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis, 
na forma do art. 37 da Constituição Federal. 
 
O texto da Reforma da Previdência admite a cumulação à luz do § 2º 
do art. 24 da EC (a seguir descrito), nos seguintes casos: 
 
I – pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um 
regime de Previdência Social com pensão por morte concedida por 
outro regime de Previdência Social ou com pensões decorrentes das 
atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição 
Federal; 
 
II – pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um 
regime de Previdência Social com aposentadoria concedida no âmbito 
do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de 
Previdência Social ou com proventos de inatividade decorrentes das 
atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição 
Federal; ou 
 
III – pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os 
arts. 42 e 142 da Constituição Federal com aposentadoria concedida 
no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio 
de Previdência Social. 
 
 
19 
 
Assim, havendo hipóteses de acumulações na pensão por morte, é 
garantida a percepção do valor integral do benefício mais vantajoso e de uma 
parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de acordo 
com o que se segue: 
_ 60% do valor que exceder um salário mínimo, até o limite de dois 
salários mínimos; 
_ 40% do valor que exceder dois salários mínimos, até o limite de três 
salários mínimos; 
_ 20% do valor que exceder três salários mínimos, até o limite de quatro 
salários mínimos; e 
 
_ 10% do valor que exceder quatro salários mínimos. (ALVES, 2020) 
2.6 Auxílio reclusão 
 
O auxílio reclusão se encontra elencado no art. 201, inciso I da CF/88, 
está também disciplinado em outras normativas, são elas: art. 80 da Lei 
8.213/1991, e disciplinado no Decreto 3.048/1999, arts. 116 a 119, e na Instrução 
Normativa INSS/Pres 77/2015, em seus arts. 381 a 395. 
O auxílio reclusão depende de carência, conforme se lê no art. 25, IV, da 
Lei 8213/1991, 24 contribuições mensais. A redação dada pela Lei 13.846, de 
2019, alterou o art. 27-A da Lei 8.213/1991, o qual versa que na hipótese de 
perda da qualidade de segurado, para fins da concessão do auxílio-reclusão, o 
segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, 
com metade da carência exigida, ou seja, 12 contribuições mensais. 
Assim, o auxílio-reclusão, após o cumprimento da carência exigida, é 
devido aos dependentes do (a) segurado (a) recolhido à prisão em regime 
fechado, desde que este tenha baixa renda e não receba remuneração da 
empresa, nem esteja em gozo de auxílio-doença, de pensão por morte, de 
salário--maternidade, de aposentadoria ou de abono de permanência em 
serviço. 
 
20 
 
Devendo ser requerido com certidão judicial que ateste a prisão, sendo 
necessária a manutenção da para a manutenção do benefício, ainda, o art. 117, 
§ 1º, do Decreto 3.048/1999 estabelece que o beneficiário deverá apresentar a 
cada 3 (três) meses atestado de que o segurado continua detido ou recluso, 
firmado pela autoridade competente. 
 
A média apurada deve, portanto, ser de valor igual ou inferior àquela 
prevista no art. 13 da Emenda Constitucional 20, de 15 de dezembro 
de 1998, corrigido pelos índices de reajuste aplicados aos benefícios 
do RGPS, que na data da publicação desta obra está em valor de R$ 
1.364,43, conforme dispõe o art. 5º da Portaria 9 do Ministério da 
Fazenda, de 15 de janeiro de 2019. (ALVES, 2020. p. 100) 
 
 
 
Podendo, o benefício auxílio reclusão cessar: 
_ Na extinção da última cota individual; 
_ Concessão da aposentadoria no período de privação da liberdade; 
_ Óbito do segurado; 
_ Na emancipação ou com a maior idade dos filhos dependentes ou a 
eles equiparados, salvo se inválidos, havendo a extinção no caso de cessar a 
invalidez; 
_ Na soltura do segurado preso. 
Podendo, ainda ocorrer a suspensão do auxílio-reclusão ocorre diante de 
algumas hipóteses: 
_ No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do 
segurado, será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que 
esteja ainda mantida a qualidade de segurado, conforme dispõe o at. 117, § 2º, 
do Decreto 3.048/1999; 
_ Caso não ocorra a apresentação trimestral do atestado de prisão 
firmado pela autoridade competente; Livramento condicional, cumprimento de 
pena em regime aberto ou prisão-albergue. Da fuga e da suspensão do 
benefício. (ALVES, 2020) 
 
 
21 
 
2.7 Aposentadoria Especial 
 
A carência nos casos de aposentadoria especial é de 180 contribuições 
mensais (Lei n. 8.213/1991) uma vez cumprida a carência exigida, ela, será 
devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, que 
deverá ter trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, sujeito a condições especiais 
que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 
Basta a comprovação de que a sua atividade estava listada nos Decretos 
53.831/1964 e 83.080/1979, uma vez que a exposição de risco era presumida, 
com exceção dos agentes ruído e calor, cujos níveis devem ser comprovados 
por meio de laudo técnico, de forma habitual e permanente. 
Ocorrendo de a atividade exercida pelo segurado não estar listada nos 
Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979, o trabalhador terá que comprovar a 
exposição aos agentes agressivos, conforme entendimento jurisprudencial pelo 
efeito repetitivo do REsp 1.306.113, 
Ademais, esta exposição a agentes agressivos deve ser de forma habitual 
e permanente (Lei 9.023/1995, de 28.04.1995). (ALVES, 2020) 
Devendo o formulário padrão ser preenchido pelo empregador, conforme 
a lei 9.528/97, versando sobre as informações dos agentes nocivos que existam 
nos ambientes a qual o trabalhador foi exposto de forma habitual, permanente, 
não ocasional, nem intermitente. 
Esse formulário deve ser entregue ao trabalhador e em um futuro o que 
vai valer é o que estiver nas mãos do trabalhador. 
 Para segurados filiados após a Reforma da Previdência O art. 19, § 1º, 
inciso I, da EC 103 trata das alterações do critério material da aposentadoria 
especial, incluindo limite de idade como exigência para a concessão dos 
benefícios, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. 
Dessa forma, o segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social 
após a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional terá que ter o 
tempo especial por completo, do contrário, será aposentado somente aos 62 
anos de idade, se mulher, e aos 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de 
 
22 
 
tempo de contribuição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, se 
homem. 
Podendo, quanto aos segurados que comprovem o exercício de 
atividades com fundada exposição a agentes químicos, físicos e biológicos que 
sejam prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, durante, no mínimo, 
15, 20 ou 25 anos, nos termos do disposto nos arts. 57 e 58 da Lei 8.213, de 24 
de julho de 1991, poderão se aposentar quando cumpridos os requisitos tempo 
de serviço especial mais a idade mínima, para homens e mulheres. 
 No caso dos segurados filiados antes da Reforma da Previdência (EC 
103), a aposentadoria irá somar os tempos de serviço especial e comum, porém 
na modalidade de aposentadoria por pontos.Sendo suas atividades exercidas com efetiva exposição a agentes 
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses 
agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação, na 
forma dos arts. 57 e 58 da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, os quais poderão 
aposentar-se quando o total da soma resultante da sua idade e do tempo de 
contribuição e o tempo de efetiva exposição forem, respectivamente, conforme 
se demonstra no quadro abaixo. (ALVES, 2020) 
 
Tempo de atividade 
especial. 
Idade mínima. Idade mínima + tempo 
de contribuição. 
15 anos de contribuição 
e efetiva exposição. 
55 anos de idade 66 pontos 
20 anos de contribuição 
e efetiva exposição. 
58 anos de idade 76 pontos 
25 anos de contribuição 
e efetiva exposição. 
60 anos de idade 86 pontos 
 
 
 
Assim, o art. 19, § 1º, inciso I, da EC 103 trouxe alterações ao critério 
material da aposentadoria especial, incluindo limite de idade como exigência 
para a concessão dos benefícios, vedada a caracterização por categoria 
 
23 
 
profissional ou ocupação, de forma que o filiado ao RGPS após ter entrado em 
vigor a EC terá que ter o tempo especial completado, caso não tenha terá de 
esperar a idade de 62 anos de idade e 15 de contribuição, se mulher e 65 anos 
de idade e 20 anos de contribuição, se homem. 
Já os segurados inscritos no Regime Geral de Previdência Social antes 
da Reforma Previdenciária (EC 103), a aposentadoria irá somar os tempos de 
serviço especial e comum, porém na modalidade de aposentadoria por pontos. 
Assim sendo, o art. 21 da EC 103 garante ao segurado que tenha se filiado 
ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor da 
Emenda Constitucional o qual suas atividades tenham sido exercidas com 
efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, 
ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria 
profissional ou ocupação, na forma dos arts. 57 e 58 da Lei 8.213, de 24 de julho 
de 1991. (ALVES, 2020) 
O critério temporal se encontra elencado no art. 57, § 2° da Lei 8.213/91, 
o qual versa sobre o critério da aposentadoria especial que será o mesmo da 
aposentadoria por idade de que fala o art. 49. 
Será suspensa a aposentadoria especial caso o funcionário esteja 
trabalhando com agentes nocivos, será notificado e após 60 dias não cessando 
o trabalho a aposentadoria será suspensa (Decreto 3.048/1999, art. 69, 
parágrafo único), caso consiga comprovar que não exerce atividade exposto a 
agentes nocivos à saúde poderá ter seu benefício reativado. (ALVES, 2020) 
Quanto a cessação da aposentadoria especial o art. 57, § 8º versa: Aplica-
se o disposto no art. 468 ao segurado aposentado nos termos deste artigo que 
continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes 
nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. (Incluído pela Lei 
9.732, de 11.12.1998.) 
A empresa deve manter os laudos atualizados, os quais deve preencher 
abrangendo as atividades exercidas pelo trabalhador e fornecer ao trabalhador 
o laudo no momento da rescisão do contrato, cópia autêntica, no momento em 
que o trabalhador solicitar, assim, o documento que terá maior credibilidade é o 
que foi entregue ao trabalhador, sendo considerados prova plena. 
 
24 
 
 
 
O art. 58, § 3º, da Lei 8.213/1991 penaliza as empresas que: não 
mantiverem os laudos técnicos atualizados com referência aos agentes 
nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores, ou 
emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo 
com o respectivo laudo. 
 
As empresas que assim agirem estarão sujeitas à penalidade prevista 
no art. 133 da Lei 8.213/1991. Perfil Profissiográfico Previdenciário 
(PPP) O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é o documento 
com o histórico laboral do trabalhador, protocolo instituído pelo INSS. 
Entre outras informações, ele deve conter o resultado das avaliações 
ambientais, o nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das 
avaliações ambientais, os resultados de monitoração biológica e os 
dados administrativos correspondentes. 
O trabalhador ou seu preposto terá acesso às informações prestadas 
pela empresa sobre o seu PPP, podendo ainda solicitar a retificação 
de informações quando em desacordo com a realidade do ambiente de 
trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de 
Estado responsável pela Previdência Social. (ALVES, 2020. p. 130) 
 
Devendo a empresa fornecer o PPP ao empegado no prazo de 30 dias da 
rescisão do seu contrato de trabalho, sob pena de sujeição às sanções previstas 
na legislação aplicável, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) e o 
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) servem para diminuir ou eliminar os 
agentes agressivos aos quais o trabalhador está exposto. 
A MP 1.729/1998, convertida na Lei 9.732/1998, que alterou o art. 58, § 
1º, incluindo o texto nos termos da legislação trabalhista, passou a exigir a 
demonstração da eficácia do EPI conforme a NR 15 do MTE e IN INSS/ Pres 77, 
art. 279, § 6º. 
Versa a Súmula 9 da TNU: “O uso de Equipamento de Proteção Individual 
(EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não 
descaracteriza o tempo de serviço especial prestado”. 
 Caso o trabalhador entenda que o PPP não é condizente com as 
realidades laborais, terá de tentar com outras provas demonstrar que as 
informações contidas no PPP são irreais, podendo solicitar a empresa 
empregadora: 
 
Comprovar se o EPI foi entregue e se era ou é eficaz: PPRA – 
Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (NR 09) e ficha de 
Entrega do EPI: para verificar que os EPI foram devidamente entregues 
de acordo com sua necessidade;PCMSO – Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional (NR07) e Prontuários Médicos: para 
 
25 
 
verificar que havia exames periódicos necessários para prevenção de 
doenças ocupacionais conforme os agentes agressivos da atividade. 
 
FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos: 
para verificar se os agentes químicos utilizados foram devidamente 
anotados na FISPQ para a prevenção da utilização dos EPIs corretos. 
Nesse sentido, em que pese ser o PPP o documento hábil para 
verificação da eficácia dos EPIs, sem dúvida alguma, diante da gama 
de outros documentos da época que forem contrários à informação do 
PPP, este deve ser considerado nulo e devem prevalecer as 
informações do PPRA – Programa de Prevenção dos Riscos 
Ambientais (NR 09), ficha de Entrega do EPI, PCMSO – Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional (NR07), Prontuários Médicos, 
FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos e 
outros existentes. (ALVES, 2020. p. 133) 
 
 
Caso a empresa, se negue a retificar o PPP, poderá ser realizada a 
comprovação sobre a ineficácia do EPI com outros meios de provas. 
Ainda, o art. 57, § 5º, da Lei 8.213/1991 versa que o tempo de trabalho 
exercido sob condições especiais os quais sejam ou venham a ser consideradas 
prejudiciais à saúde ou à integridade física deverá ser somado, após a respectiva 
conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo os 
critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para 
efeito de concessão de qualquer benefício. (ALVES, 2020) 
Quando o segurado exerce funções comuns e especiais no decorrer da 
sua vida laboral, existe uma fórmula de conversão de aposentadoria de especial 
para comum, assim, o art. 70 do Decreto 3.048/1999 regula a fórmula de 
conversão. 
A fórmula de conversão será aplicada apenas para a época em que o 
segurado exerceu a atividade de serviço especial. 
 
 
2.8 Salário Família 
 
Os arts. 65 a 70 da lei 8.213/91 disciplinam sobre o benefício salário 
família, ainda assim existem outras normativas as quais vão tratar deste instituto 
e estão elencadas nos arts. 81 a 92 do Decreto 3.048/1999, com previsão 
constitucionalno art. 7º, XII “Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XII - salário-
 
26 
 
família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos 
da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) ”, e art. 201, 
IV: 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime 
Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação 
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro 
e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos 
segurados de baixa renda; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) (BRASIL, 1988) 
 
O salário família é devido aos trabalhadores de baixa renda, na proporção 
do respectivo número de filhos ou equiparados, conforme versa o § 2º, art. 16 da 
Lei 8.213/1991, limitado o pagamento aos 14 anos de idade, salvo se inválido, 
conforme disposto no art. 66 da mesma Lei, a qual é editada anualmente com 
valor atualizado. 
O salário família independe de carência, conforme disciplina o art. 26, I, 
da Lei 8.213/1991 uma vez que foi criado pela Lei 4.266/1963 com o objetivo de 
atender o segurado de baixa renda, que tenha filho (s) ou equiparado (s) menor 
(es) de 14 anos de idade ou inválido (s) independentemente da idade, o qual 
seja inscrito na Previdência Social como segurado empregado, inclusive o 
doméstico e o trabalhador avulso, que receberá uma quota fixa por filho. 
Cabendo também o salário família aos aposentados por invalidez ou por 
idade, os demais aposentados com 65 anos de idade ou mais, se do sexo 
masculino, ou 60 anos ou mais, se do sexo feminino, ou seja, o salário-família, 
será pago juntamente com a aposentadoria. 
De acordo com o art. 84 do Decreto 3.048/2019 o pagamento da 
prestação previdenciária salário-família será devido a partir da data: 
_ Da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da 
documentação relativa ao equiparado; 
_ A apresentação atestado de vacinação obrigatória, bem como a 
apresentação anualmente até completar 6 anos de idade; 
_ Comprovação semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, 
a partir dos 7 anos de idade. 
 
27 
 
O benefício será devido, conforme estabelece o art. 82 do Decreto 
3.048/1999, c/c a IN INSS/Pres 77/2015, art. 361, o qual salário-família será pago 
mensalmente a partir do mês em que for apresentada à empresa, ou ao sindicato 
dos trabalhadores avulsos, ou ao INSS, a documentação supracitada. (ALVES, 
2020) 
Para que se mantenha o salário-família é necessário que se cumpram 
alguns requisitos como: apresentar a caderneta de vacinação dos filhos até 6 
anos de idade no mês de novembro; semestralmente nos meses de maio e 
novembro comprovação de frequência escolar para os filhos acima de 7 anos de 
idade. 
 
O art. 88 do Decreto 3.048/1999 regulamenta que a cessação do 
benefício ocorre nas seguintes hipóteses: 
a) quando o menor atingir a idade de 14 anos; 
b) quando terminar a relação de emprego ou o contrato com o 
sindicato; 
c) quando ocorrer a morte do segurado/filho ou equiparado, a contar 
do mês seguinte ao do óbito; 
d) quando cessar a invalidez do filho ou equiparado, a contar do mês 
seguinte ao da cessação da invalidez. ( BRASIL, 1999) 
 
As cotas do salário-família não serão incorporadas ao salário ou ao 
benefício. 
 
2.9 Salário-Maternidade 
 
O instituto salário-maternidade é constitucional pois está previsto no art. 
201, inciso II da CF/88 e também existem outras normativas que regulam este 
assunto: arts. 340 a 358 da IN 77/2015, arts. 93 a 103 do Decreto 3.048/1999, 
nos arts. 71 a 73 da Lei 8213/1991. 
O salário-maternidade é devido ao segurado (a) da Previdência Social, ao 
longo de 120 dias na ocorrência de adoção, ou devido à segurada da Previdência 
Social, durante 120 dias, com início no período entre 28 dias antes do parto e a 
data de ocorrência deste. 
No caso das seguradas empregadas, inclusive as domésticas e as 
trabalhadoras avulsas, independe de carência. 
 
28 
 
 
Já quando se fala em contribuintes individuais, seguradas especiais e 
facultativas, depende de dez contribuições mensais, conforme a Lei 9.876/1999, 
que alterou o art. 25 da Lei 8.213/1991. 
De acordo com a permissão da IN 77/15, art. 344, § 2º, a mãe adotiva não 
perde o direito de receber o salário-maternidade caso a mãe biológica tenha 
recebido o benefício. 
Já no termo de guarda para fins de adoção o salário-maternidade é 
devido, quando a (o) segurada (o), tiver empregos concomitantes, fará jus ao 
salário-maternidade relativo a cada emprego, conforme previsão do art. 98 do 
Decreto 3.048/1999. 
Caso haja, o falecimento da segurada (o) que obtiver o direito de receber 
o salário-maternidade, o benefício será pago, ao cônjuge ou companheiro 
sobrevivente, caso possua a qualidade de segurado, exceto no caso do 
falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao 
salário-maternidade, conforme reza o art. 71-B da Lei 8.213/1991. 
Ocorrendo o parto antecipado ou ainda que ocorra parto de natimorto 
(comprovado mediante certidão de óbito), a segurada terá direito aos 120 dias 
previstos em lei, sem necessidade de avaliação médico-pericial pelo INSS. 
(ALVES, 2020). 
Quando a mãe adotiva adota uma criança de até 1 ano de idade o salário-
maternidade será de 120 dias, para os casos em que a criança adotada tiver 
entre 1 ano a 4 anos o período do salário-maternidade é de 60 dias, já para o 
caso de adotar crianças entre 4 e 8 anos, o salário-maternidade será de 30 dias. 
(ALVES, 2020) 
O salário-maternidade dura até o término do tempo de recebimento 
conforme supracitado, ou pela morte da (o) segurada (o). 
Não podendo o salário-maternidade ser cumulado com o benefício por 
incapacidade, sendo o pagamento de benefício por incapacidade suspenso até 
o fim do salário-maternidade ou adiado por 120 dias. (art. 102 do Decreto 
3.048/1999) 
 
29 
 
Assim, o salário-maternidade é um instituto garantido por lei, por um 
período em que os pais possam se adaptar com a chegada de mais um membro 
da família. 
 
2.10 Auxílio-acidente 
 
O auxílio-acidente é regulamentado pelas seguintes normas: Essa 
espécie de benefício é regulada pelos arts. 86 da Lei 8.213/1991, 104 do Decreto 
3.048/1999 e 333 a 339 da IN INSS/Pres 77/2015.Conforme versa o art. 26, 
inciso I, da Lei 8.213/1991 este benefício independe de carência. 
O auxílio-acidente é um benefício que é pago mensalmente ao segurado 
acidentado em forma de indenização. 
O segurado que sofrer alguma lesão em consequência de acidente de 
qualquer natureza do qual resulte sequela que implique redução da capacidade 
para o trabalho que o segurado habitualmente exercia, conforme dispõe o art. 86 
da Lei 8.213/1991. 
Exceto os trabalhadores domésticos, o trabalhador avulso e o segurado 
especial que não têm direito ao auxílio-acidente. 
 
 
O art. 104 do Decreto 3.048/1999 ressalta o critério material para obter 
o direito ao auxílio-acidente, vejamos: 
a) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam; 
b) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam 
e exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que 
exerciam na época do acidente; ou 
c) impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam na época 
do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de 
reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do 
INSS. (ALVES, 2020. p. 165) 
 
 
Conforme tese fixada pelo STJ, REsp 1.109.591-SC, a diminuição da 
capacidade laboral, ainda que mínima, dará direito ao auxílio-acidente, recursos 
repetitivos que resultaram no Tema 416: Para concessão do auxílio-acidente, a 
lei impõe a existência de lesão, que seja decorrente de acidente do trabalho, a 
qualimplique na diminuição da capacidade para o trabalho habitualmente 
exercido. 
 
30 
 
O art. 86, § 4º da Lei 8.213/1991 exemplifica sobre a perda da audição 
que para a concessão do benefício auxílio-acidente somente se dará se além da 
comprovação de reconhecimento da causa de a perda ser devida ao trabalho, 
ainda há de se comprovar que a perda da capacidade auditiva impede que 
consiga exercer o trabalho que habitualmente exercia. 
Suspende-se o auxílio-acidente, geralmente, nos casos em que o auxílio-
doença que tenha dado abertura para o recebimento do auxílio-acidente seja 
concedido, até o fim deste voltando a receber o auxílio-acidente com o término 
do auxílio doença (art. 104 § 6º, do Decreto 3.048/1999.) 
O contribuinte facultativo e o contribuinte individual, não terá direito ao 
auxílio-acidente, assim, conseguindo o primeiro julgado favorável do Brasil, no 
Juizado Especial Federal do TRF-4 5009204-59.2014.404.7205-SC. 
Ainda conforme versa a Medida Provisória 905/2019 o valor do auxílio—
acidente deverá corresponder a 50% do benefício de aposentadoria por invalidez 
a qual o segurado teria direito, sendo devido enquanto permanecerem as 
sequelas que provoquem a redução da capacidade para o trabalho a qual 
habitualmente exercia, ou na véspera do início de qualquer aposentadoria ou até 
a data do óbito do segurado. 
Assim, após a EC 103 o cálculo da renda mensal passará a ser de 60% 
mais 2% a cada ano contribuído contados após 20 anos de contribuição. 
(ALVES, 2020) 
 
2.11 Abono anual 
 
Previsto na Constituição Federal, art. 201, § 6º, o abono anual possui 
ainda outras normativas que tratam do assunto: art. 40 da Lei 8.213/1991, bem 
como no art. 120 do Decreto 3.048/1999 e no art. 396, § 1º, da IN INSS/Pres 
77/2015. 
Sendo, o abono anual uma renda extra devida ao segurado e ao 
dependente da Previdência Social o qual, durante o ano, percebeu auxílio-
 
31 
 
doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte 
ou auxílio-reclusão. 
O objetivo do abono anual é assegurar ao contribuinte do INSS ou seu 
dependente uma gratificação de Natal, no fim do ano, semelhante ao 13º salário 
ou gratificação natalina previstos na Lei 4.090, de 1962. 
Sendo calculado o abono anula em 1 (um) 12 (doze) avos ao valor do 
benefício, o qual é pago em duas parcelas agosto e novembro. (ALVES, 2020) 
 
2.12 Serviço Social 
 
O benefício serviço social, se encontra previsto nos arts: 88 da Lei 
8.213/1991 e no art. 161 do Decreto 3.048/1999, é um benefício que independe 
de carência. 
A finalidade do serviço social é atender a sociedade buscando orientar na 
busca dos direitos previdenciários, apoiando o cidadão na tramitação dos 
procedimentos necessários. 
Sendo dada prioridade de atendimento aos segurados em benefício por 
incapacidade temporária, bem como atenção especial a aposentados e 
pensionistas. 
O instituto serviço social foi criado com o objetivo de ajudar aquelas 
pessoas que nunca contribuíram com a previdência social. 
 
2.12 Habilitação ou reabilitação profissional 
 
Este instituto se encontra previsto 89 a 93 da Lei 8.213/1991, nos arts. 
136 a 141 do Decreto 3.048/1999, nos arts. 398 a 406 da IN 77/2015 e na MP 
905, arts. 19 a 24. 
Como no instituto do serviço social, esse instituto não possui tempo de 
carência, conforme versa o art. 26, IV, da Lei 8.213/1991. 
O art. 62 da Lei 8.213/1991 estabelece que o segurado em gozo de 
auxílio-doença, o qual não existe possibilidade de recuperação com o fim de 
 
32 
 
retornar à atividade habitual, necessitará sujeitar-se a processo de reabilitação 
profissional para o exercício de outra atividade. 
 
A Instrução Normativa INSS/Pres 77/2015, no seu art. 399, determina 
quais segurados poderão ser encaminhados para o programa de 
reabilitação profissional: 
I – o segurado em gozo de auxílio-doença, acidentário ou 
previdenciário; 
II – o segurado sem carência para a concessão de auxílio-doença 
previdenciário, incapaz para o trabalho; 
III – o segurado em gozo de aposentadoria por invalidez; 
IV – o segurado em gozo de aposentadoria especial, por tempo de 
contribuição ou idade que, em atividade laborativa, tenha reduzida sua 
capacidade funcional em decorrência de doença ou acidente de 
qualquer natureza ou causa; 
V – o dependente do segurado; e 
VI – as Pessoas com Deficiência (PcD). Os elementos que ensejam a 
reabilitação profissional são: segurado que esteja recebendo auxílio-
doença; impossibilitado de obter uma recuperação para voltar a 
trabalhar na mesma atividade; enquanto não houver a reabilitação do 
segurado o auxílio-doença não poderá ser cessado; segurado após 
passar pelo processo de reabilitação profissional deverá ser 
capacitado para exercer outra atividade que lhe garanta a subsistência. 
(ALVES, 2020. p. 175) 
 
 
Nos dizeres de ALVES, 2020: O objetivo da reabilitação previdenciária é 
reintegrar ao mercado de trabalho os trabalhadores incapacitados total ou 
parcialmente para a atividade profissional que exercia. 
Assim, o benefício só poderá ser interrompido quando o segurado estiver 
habilitado para desempenhar uma nova função que o permita garantir sua 
subsistência, ou nos casos em que o INSS entender que não existe recuperação 
e o aposente por invalidez. 
Trata-se das situações onde o segurado que sofreu acidente não possa 
continuar exercendo a mesma atividade que exercia anteriormente, o qual 
passará por treinamento para que assuma nova função na empresa, vale lembrar 
que o auxílio-acidente será devido até o remanejamento deste segurado. 
 
2.13 Benefício de prestação continuada – loas 
 
Instituto constitucional amparado pelo art. 203, inciso V, bem como outas 
normativas que tratam do assunto: Lei Orgânica da Assistência Social 8.742, de 
 
33 
 
7 de dezembro de 1993; art. 34 da Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso; e a 
Instrução Normativa INSS/Pres 77/2015 em seus arts. 42, § 4º, 409 e 762. 
De acordo com o art. 20, §3 º, da Lei 8.742/1993 e o art. 203, inciso V da 
Constituição Federal, uma das finalidades da assistência social é a garantia de 
um salário mínimo pago mensalmente a pessoa que não contribuiu com o RGPS, 
mas que precisa garantir o mínimo existencial, mas se encontra impedido por 
deficiência, ou pessoa idosa por exemplo que comprove não possuir meios de 
subsistência. 
Assim, não existe período de carência para que se garanta este tipo de 
benefício, no entanto exige-se que se comprove a hipossuficiência própria ou 
familiar conforme os critérios que se seguem: 
_ a pessoa com deficiência. 
 _ que possua renda inferior a um quarto do salário mínimo. 
_ o art. 1º do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) reduziu a idade mínima 
de concessão para 60 anos de idade, para homens e mulheres. 
Já a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), considera 
pessoa com deficiência aquela que possui alguma deficiência a longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, a qual, pode interromper sua 
participação plena e efetiva em meio a sociedade em igualdade de condições 
com as demais pessoas, conforme o art. 20, § 2º, da Lei 8.742/1993. 
Assim, o INSS revê a cada 2 (dois) anos se a pessoa continua dentro dos 
requisitos fazendo jus ao recebimento do benefício, conforme o art. 21 da LOAS 
prevê: O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada dois anos 
para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem. 
Assim, a concessão do benefício assistencial ao deficiente fica sujeito à 
avaliação da deficiência bem como do grau de impedimento de que trata o art. 
20, § 2º, da Lei 8.742/1993, assim, a pessoa com deficiência que possua 
deficiência que a impede de trabalhar de longo prazo independentemente se a 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, onde, em interação com um ou 
mais impedimentos, pode interromper sua participação plena e efetiva na 
sociedade em igualdade de condiçõescom as demais pessoas. 
 
34 
 
O art. 21-A, § 2º, da Lei 8.742/1993, versa que a contratação de pessoa 
com deficiência na função de aprendiz não acarreta a suspensão do BPC, mas 
limitado a dois anos o recebimento conjunto da remuneração e do benefício. 
Ainda, o art. 21-A, caput, da Lei 8.742/1993, versa que o BPC será 
suspenso pelo órgão que o concedeu quando o segurado com deficiência 
desempenhar atividade remunerada, inclusive na condição de 
microempreendedor individual. 
 Se encontra previsto no § 3º do art. 20 da Lei 8.742/1993, que se entende 
incapaz de prover a sua própria manutenção, ou seja, que se encontre em estado 
de miserabilidade, seja a pessoa idosa ou com deficiência cuja renda mensal per 
capita do grupo familiar for inferior a um quarto do salário mínimo. 
 
Ocorre que esse critério objetivo para verificação da miserabilidade foi 
declarado parcialmente inconstitucional, sem pronúncia de nulidade do 
art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993, pelo STF, vigorando atualmente o 
entendimento de que a definição dos critérios a serem observados para 
a concessão do benefício assistencial depende de apurado estudo e 
deve ser verificada de acordo com as reais condições sociais e 
econômicas de cada candidato à beneficiário, não sendo o critério 
objetivo de renda per capita o único legítimo para se aferir a condição 
de miserabilidade (Rcl 4.374, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, 
julgado em 18.04.2013, Acórdão Eletrônico DJe-173, Divulg 
03.09.2013, Public 04.09.2013). (ALVES, 2020. p. 184) 
 
 
 
No entanto, a Lei 13.146/2015, a qual aprovou o Estatuto da Pessoa com 
Deficiência, em seu art. 20, § 11, da Lei 8.742/1993 passando a prever de forma 
expressa que para que se conceda esse benefício pode-se utilizar outros 
elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar bem 
como da situação de vulnerabilidade, flexibilizando assim o critério da renda 
mensal familiar inferior a um quarto do salário mínimo. 
 
 
A Turma Nacional de Uniformização publicou a Súmula 79, com 
entendimento de que, nas ações em que se postula benefício 
assistencial, é necessária a comprovação das condições 
socioeconômicas do autor por laudo de assistente social, por auto de 
constatação lavrado por oficial de justiça ou, inviabilizados os referidos 
meios, por prova testemunhal. (ALVES, 2020. p. 186) 
 
 
 
35 
 
 
O benefício do LOAS previsto na Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993 e 
alterado pela Lei 12.435, de 6 de julho de 2011, visa a proteção social, à garantia 
da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, a proteção 
à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice, bem como o 
amparo às crianças e aos adolescentes carentes, a promoção à integração ao 
mercado de trabalho e a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência 
e a promoção de sua integração à vida comunitária. (art. 2º) 
O início do Loas, conforme prevê a Lei 8.742/1993, se dá a partir do 
requerimento administrativo, o qual deverá ser revisado pelo menos a cada dois 
anos, conforme art. 21, caput, da Lei 8.742/1993, onde se verificará a 
necessidade de manutenção do benefício. 
Sendo cessado o benefício com a morte do segurado, caso cesse a 
deficiência, ou com a renda fora do critério de miserabilidade. 
Possui índole personalíssima, não podendo ser cumulado com nenhum 
outro benefício (art. 20, § 4º). 
No entanto, a Medida Provisória n. 898/2019 criou o abono natalino (13º 
salário) do Programa Bolsa Família e também estendeu seu pagamento aos 
beneficiários do BPC. (STRAZZI, 2021) 
 
2.14 Aposentadoria da pessoa com deficiência por tempo de Contribuição 
 
O instituto da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com 
deficiência se encontra no art. 201, §1º da Constituição Federal, também em 
outras normativas as quais são: Lei Complementar 142/2013, arts. 70-A a 70-I 
do Decreto 3.048/1999, incluídos pelo Decreto 8.145/2013, e arts. 413 a 432 da 
Instrução Normativa INSS/ Pres 77/2015. 
No caso de aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com 
deficiência, deverá ser cumprida a carência de 180 contribuições, não sendo 
necessário comprovar também seu grau de deficiência, mas conforme o artigo 
70 – A do Decreto 3.048/1999, o deficiente passará por perícia médica. 
 
36 
 
Podendo, o tempo de contribuição ser diminuído de acordo com o grau da 
deficiência: leve, moderada ou grave. 
Neste caso, a perda da qualidade de segurado não irá implicar no 
indeferimento do benefício, conforme o art. 3º, § 1º, da Lei 10.666/2003, 
devendo, o segurado contar com a carência e o tempo de contribuição 
correspondente ao seu grau de deficiência na data do requerimento do benefício. 
(ALVES, 2020) 
Nos casos de homens com deficiência grave o tempo de contribuição para 
aposentar é de 25 anos, sendo uma deficiência moderada o tempo é de 29 anos, 
se a deficiência for leve, o tempo de contribuição é de 33 anos. 
No caso das mulheres, que tiverem uma deficiência grave, o tempo de 
contribuição para aposentar é de 20 anos, se a deficiência for moderada, o tempo 
de contribuição deverá ser de 24 anos e no caso de uma deficiência leve o tempo 
de contribuição deverá ser de 28 anos. 
Ainda conforme o que versa o art. 70 – F, § 2º do Decreto 3048 de 1999, 
é vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para 
fins de concessão da aposentadoria especial por exposição aos agentes nocivos 
à saúde e a integridade física. 
Ao que se entende que, o tempo de contribuição especial por exposição 
a agente nocivos à saúde converte-se em tempo de contribuição do deficiente, 
mas quanto ao tempo de contribuição do deficiente, este não se converte em 
tempo de contribuição para aposentadoria especial por exposição a agente 
nocivos à saúde. 
Cessando o benefício com a morte do segurado conforme supracitado 
possui caráter personalíssimo. 
Para se calcular a aposentadoria nestes casos, os arts. 8° e 9°, I, da Lei 
8.213/1991 estabelece que será calculado conforme versa o art. 29 da Lei 
8.213/1991, sendo feito o cálculo por média aritmética simples onde os 80% dos 
maiores salários de contribuição do segurado, descartando os 20% dos menores 
salários de contribuição. 
Assim, se aplica o cálculo do fator previdenciário, se este resultar em um 
valor mensal mais elevado (art. 9º, I, LC 142/2013), que institui que a contagem 
 
37 
 
mútua do tempo de contribuição enquanto segurado com deficiência juntamente 
à filiação ao RGPS, ao regime próprio de previdência do servidor público ou a 
regime de previdência militar, necessitando os regimes compensar-se 
financeiramente. 
Podendo o segurado optar pela espécie de aposentadoria mais vantajosa 
(art. 9º, V, da LC 142/ 2013 e art. 70 – G do Decreto 3.048/ 1999), não estando 
o segurado aposentado obrigado a se afastar do seu trabalho, que exerça como 
deficiente, conforme o art. 429 da IN INSS/Pres 77/2015. (ALVES, 2020) 
 
 
2.15 Aposentadoria da pessoa com deficiência por idade 
 
A aposentadoria da pessoa com deficiência por idade, se encontra 
também previsto no § 1º do art. 201 da Constituição Federal de 1988, ainda 
assim existem outras normativas que tratam do assunto. 
A Lei Complementar 142/2013, arts. 70-A a 70- I do Decreto 3.048/1999, 
incluídos pelo Decreto 8.145/2003, e arts. 413 a 432 da Instrução Normativa 
INSS/Pres 77/2015. 
Devendo cumprir as 180 contribuições relativas ao tempo de carência, e 
os demais requisitos como idade mínima de 60 anos, se homem e 55 anos, se 
mulher, independentemente do grau de deficiência. 
 
Nessa espécie de prestação previdenciária, também diferentemente da 
aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência, 
os segurados que aderiram ao Plano Simplificado da Previdência 
Social (alíquota de 11%) têm direito a aposentadoria por idade da 
pessoa com deficiência, desde que complemente a contribuição 
mensal para alíquota integral,

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