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<p>Aula 44 - Profa.</p><p>Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos -</p><p>Curso Regular</p><p>Autor:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits</p><p>de Oliveira</p><p>11 de Fevereiro de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Índice</p><p>..............................................................................................................................................................................................1) Introdução ao estudo das enfermidades do Sistema Urinário de cães e gatos - Vet para concursos 3</p><p>..............................................................................................................................................................................................2) Glomerulopatias - vet para concursos 9</p><p>..............................................................................................................................................................................................3) Insuficiência Renal Aguda 17</p><p>..............................................................................................................................................................................................4) Doença Renal Crônica 23</p><p>..............................................................................................................................................................................................5) Hiperparatireoidismo Secundário Renal 30</p><p>..............................................................................................................................................................................................6) Urolitíase 33</p><p>..............................................................................................................................................................................................7) Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos 38</p><p>..............................................................................................................................................................................................8) Infecção do Trato Urinário 43</p><p>..............................................................................................................................................................................................9) Questões Comentadas - Sistema Urinário 49</p><p>..............................................................................................................................................................................................10) Lista de Questões - Sistema Urinário 105</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2</p><p>143</p><p>1</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>Olá, pessoal, este módulo de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais vai trazer muita</p><p>informação importante sobre as principais afecções do sistema urinário de cães e gatos, para auxiliar na</p><p>jornada de vocês para aprovação no concurso desejado, objetivando sempre o sucesso. Nosso material é</p><p>composto por teoria e questões, voltado para provas objetivas e discursivas dos principais concursos.</p><p>Através desse material trazemos a vocês, alunos, uma visão direcionada e baseada em conteúdos</p><p>rotineiramente abordados em editais e provas de medicina veterinária. A forma de abordagem de nosso</p><p>curso atende tanto o aluno que está iniciando os estudos na área, como aquele que está estudando há mais</p><p>tempo, além de trazer conceitos importantes para facilitar o entendimento do conteúdo.</p><p>Para que nosso aprendizado seja mais bem fixado por vocês resolveremos e discutiremos questões</p><p>cobradas em outros concursos e algumas elaboradas por mim, especialmente para nosso curso, de forma a</p><p>levantar situações práticas que podem ser abordadas em sua prova. Dessa maneira, buscamos conduzir o</p><p>conteúdo de forma dinâmica.</p><p>Em relação à nossa metodologia de estudo, traremos as aulas em .pdf com uma leitura de fácil</p><p>compreensão e assimilação, abordando os assuntos mais cobrados em concursos passados em vários</p><p>segmantos, de forma completa e direcionada, aprofundando os assuntos mais importantes. Esse material</p><p>trará uma série de esquemas, imagens, resumos e questões com as informações que realmente importam</p><p>para sua aprovação na vaga desejada.</p><p>Você terá ainda vários canais de contato direto e pessoal com o Professor. Por meio do fórum de</p><p>dúvidas, e-mail, WhatsApp e Telegram. Dessa forma poderemos sanar juntos todas as dúvidas que surgirem</p><p>no decorrer do estudo.</p><p>Teremos ainda videoaulas que irão complementar seu estudo, com uma didática leve e</p><p>compreensível, traremos os tópicos principais dos assuntos mais pedidos em editais de concursos de</p><p>Medicina veterinária. Assim, você vai poder revisar o conteúdo e complementar seu estudo. E, é claro,</p><p>revisões pontuais para te deixar preparado para o dia da prova.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3</p><p>143</p><p>2</p><p>Essas VIDEOAULAS são um complemento ao nosso .pdf e NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE</p><p>VAMOS ANALISAR NOS NOSSOS LIVROS ELETRÔNICOS. Por vezes, haverá aulas com vários vídeos; outras</p><p>que terão videoaulas apenas em parte do conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos. Nosso foco</p><p>é, sempre, o estudo ativo!!!!</p><p>Então vamos começar e trilhar juntos a sua jornada de APROVAÇÃO no concurso desejado! Bom</p><p>estudo!! E contem comigo.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4</p><p>143</p><p>3</p><p>APRESENTAÇÃO PESSOAL</p><p>Farei agora uma apresentação pessoal, para que você me conheça melhor. Meu nome é Graziela</p><p>Kopinits de Oliveira. Sou graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco</p><p>(UFRPE). Realizei meu mestrado em Cirurgia Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e</p><p>o doutorado em Ciência Veterinária, com ênfase em cirurgia, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco</p><p>(UFRPE).</p><p>Fui docente durante sete anos na graduação, em faculdades da rede privada, nas áreas de clínica e</p><p>cirurgia de cães e gatos, aprimorando dessa forma minha didática. Além disso fui preceptora e professora de</p><p>curso de aprimoramento na área de clínica e cirurgia de pequenos animais.</p><p>Minha experiência em concurso público se deu através da realização e aprovação em concursos de</p><p>residência (UFRPE), no último concurso do Ministério da Agricultura (MAPA) - o qual, mesmo sendo</p><p>convocada, não assumi a vaga - e no cargo que exerço atualmente, como médico Veterinário (TAE) na</p><p>Universidade Federal de Alagoas (UFAL), na área de cirurgia de cães e gatos.</p><p>Tenho ainda um capítulo no livro impresso "Tratado de técnica cirúrgica veterinária", sobre técnicas</p><p>e instrumentais ortopédicos, além de apostilas e alguns artigos publicados, que me treinaram para o</p><p>desenvolvimento do material que usaremos em nosso curso.</p><p>Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei o prazer em orientá-los da</p><p>melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando para sua aprovação.</p><p>E-mail: grakopinits@gmail.com</p><p>WhatsApp: 81993706066</p><p>Telegram: @grakopinits</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5</p><p>143</p><p>4</p><p>INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS ENFERMIDADES DO SISTEMA</p><p>URINÁRIO DE CÃES E GATOS</p><p>Considerações Iniciais</p><p>Na aula de hoje vamos estudar as enfermidades do sistema urinário de cães e gatos, este conteúdo</p><p>é muito abordado nas provas que abordam o conteúdo de clínica médica e cirúrgica de pequenos animais,</p><p>sp. e Enterobacter sp.</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2021) A infecção do trato urinário (ITU), por definição, ocorre</p><p>quando bactérias podem ser isoladas na urina oriundas dos rins, ureteres ou da bexiga urinária. Assim, é</p><p>correto afirmar que:</p><p>a) Os principais microrganismos envolvidos na ITU são bactérias oriundas da microbiota intestinal, da pele,</p><p>do sistema genital, do prepúcio ou até da microbiota da uretra distal.</p><p>b) A ITU é mais frequente em gatos adultos do que em cães.</p><p>c) Nos cães a infecção por mais de uma bactéria é frequente e está associada a características específicas</p><p>como a idade do animal.</p><p>d) A região renal mais suscetível à infecção bacteriana é o córtex renal pois esta região apresenta baixo fluxo</p><p>sanguíneo renal e baixa presença de anticorpos.</p><p>e) A ITU reincidente refere-se à presença de crescimento bacteriano na urina 30 a 40 dias após o término da</p><p>terapia antimicrobiana.</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>43</p><p>143</p><p>2</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O trato urinário normalmente é um ambiente estéril,</p><p>no entanto a uretra distal apresenta micro-organismos residentes. O crescimento bacteriano em locais do</p><p>trato urogenital comumente desprovidos de microbiota é causada pela ascensão de bactérias presentes na</p><p>porção distal da uretra, originárias da própria uretra distal, do intestino, da pele e do sistema genital ou do</p><p>prepúcio, e consistem principalmente em Escherichia coli, Enterococcus sp., Staphylococcus sp.,</p><p>Streptococcus sp., Proteus sp., Klebsiella sp., Pseudomonas sp., Pasteurella sp., Corynebacterium sp. e</p><p>Enterobacter sp.</p><p>A alternativa B está incorreta. Diferente do que a proposição afirma, as infecções do trato urinário são uma</p><p>das causas mais comuns de doença nos cães, tendo menor incidência nos gatos.</p><p>A alternativa C está incorreta. A afirmação está incorreta, pois em cães, a frequência de infecção por um</p><p>único agente é muito mais comum, e quando ocorre envolvimento de mais de uma bactéria geralmente</p><p>decorre de causas como alterações anatômicas ou funcionais do trato urinário.</p><p>A alternativa D está incorreta. Na verdade, a região renal mais comumente afetada por infecção bacteriana</p><p>é a medula renal, pois apresenta menor fluxo de sangue renal e alta osmolalidade intersticial, impedindo a</p><p>resposta inflamatória e a chegada de anticorpos.</p><p>A alternativa E está incorreta. A infecção urinária reincidente ocorre quando há crescimento bacteriano na</p><p>urina 7 a 15 dias após o término do medicamento antimicrobiano. Sendo a bactéria a mesma isolada</p><p>anteriormente, na qual se baseou a antibioticoterapia anterior.</p><p>Cistite bacteriana</p><p>A cistite bacteriana é comum em cães, particularmente fêmeas, e pouco comum em gatos. Em felinos</p><p>esta infecção geralmente ocorre associada a comorbidades (diabetes mellitus, hipertireoidismo, doença</p><p>renal crônica). A cistite bacteriana pode ser classificada em esporádica, recorrente e subclínica.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>44</p><p>143</p><p>3</p><p>Cistite bacteriana esporádica</p><p>Cistite bacteriana esporádica é comum em cães, podendo também afetar gatos, sendo relatada como</p><p>infecção bacteriana vesical que ocorreu menos de três vezes nos últimos 12 meses. Nessa afecção ocorre</p><p>inflamação vesical acompanhada de sinais clínicos como disúria, estranguria, polaciúria, hematúria, periúria</p><p>e/ou alterações no odor da urina.</p><p>O diagnóstico se baseia no histórico de sinais clínicos relacionados ao trato urinário, urinálise e</p><p>urocultura com antibiograma. As amostras de urina para urocultura sempre devem ser coletadas por</p><p>cistocentese, de preferência guiada por ultrassom. Os achados de urinálise sugestivos de infecção urinária</p><p>incluem bacteriúria, hematúria e piúria. Durante o diagnóstico deve-se ainda identificar e tratar</p><p>comorbidades quando estiverem presentes.</p><p>De acordo com as diretrizes da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas de Animais de</p><p>Companhia1, cães com cistite esporádica deverão incialmente receber tratamento analgésico com anti-</p><p>inflamatórios não esteroidais, podendo iniciar a antibioticoterapia de forma empírica ou aguardar o</p><p>resultado do antibiograma. A escolha do antimicrobiano deve se basear em alta excreção renal, resultando</p><p>em concentração urinária satisfatória, sendo normalmente a amoxicilina a primeira escolha, seguida da</p><p>sulfa com trimetoprima. A duração recomendada da terapia é de 3 a 5 dias.</p><p>1 Weese, J.S. et al. International Society for Companion Animal Infectious Diseases (ISCAID) guidelines for the diagnosis and</p><p>management of bacterial urinary tract infections in dogs and cats. The Veterinary Journal, v.247, p.8-25, 2019.</p><p>CISTITE BACTERIANA</p><p>Esporádica Recorrente Subclínica</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>45</p><p>143</p><p>4</p><p>Se os resultados da cultura inicial indicarem resistência ao antibiótico empírico escolhido, o</p><p>medicamento deve ser trocado, a menos que tenha havido boa resposta clínica.</p><p>Infusão vesical de antimicrobianos ou anti-inflamatório NÃO é recomendada, pois não há evidências</p><p>de eficácia e podem desencadear infecção iatrogênica, trauma por cateterismo ou irritação da bexiga com o</p><p>fármaco infundido.</p><p>Cistite bacteriana recorrente</p><p>A cistite bacteriana recorrente ocorre quando o paciente apresenta três ou mais episódios de cistite</p><p>bacteriana clínica nos últimos 12 meses ou dois ou mais episódios nos últimos 6 meses. Pode decorrer de</p><p>uma infecção persistentes, reincidentes, reinfecções e superinfecções.</p><p>As infecções persistentes são aquelas em que mesmo após a antibioticoterapia a bactéria inicial</p><p>persiste. A cistite reincidente se dá quando o crescimento bacteriano na urina uma semana ou duas após o</p><p>término da terapia antimicrobiana ocorre, sendo a mesma bactéria inicialmente isolada. A reinfecção ocorre</p><p>quando as infecções ocorrem de modo recorrente, por bactérias diferentes. As superinfecções são</p><p>modificações de reinfecções ou de infecções persistentes em que organismos diversos colonizam, ao mesmo</p><p>tempo, o trato urinário.</p><p>O diagnóstico de cistites recorrentes deve ocorrer associado ao de causas subjacentes, uma vez que</p><p>normalmente fatores predisponentes para infecção estarão presentes. Cultura de urina e antibiograma,</p><p>colhida via cistocentese, deve ser realizada em todos os pacientes com cistite recorrente.</p><p>De acordo com Weese et al. (2019)1, o objetivo do tratamento é obter a cura clínica com mínimo</p><p>efeito adverso. A cura microbiológica é importante, mas nem sempre é conseguida. Dependendo da</p><p>gravidade dos sinais clínicos o tratamento com analgésicos (AINEs) pode ser considerado enquanto se</p><p>aguarda os resultados da urocultura. No entanto, a terapia empírica deve ser considerada, com utilização de</p><p>antimicrobiano baseada em alta excreção renal, sendo normalmente a amoxicilina a primeira escolha,</p><p>seguida da sulfa com trimetoprima. Se os antimicrobianos empíricos forem inicialmente prescritos, a terapia</p><p>deve ser de acordo com o resultado da cultura. Durações curtas (3 a 5 dias) devem ser consideradas para</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>46</p><p>143</p><p>==1365fc==</p><p>5</p><p>reinfecção, em caso de infecção persistente deve-se considerar períodos longos (7 a 14 dias). Devem ser</p><p>feitos esforços para identificar e controlar a doença base.</p><p>Cistite bacteriana subclínica</p><p>A cistite bacteriana subclínica consiste na presença de cultura bacteriana urinária positiva sem sinais</p><p>clínicos de infecção urinária. É uma afecção relativamente comum em cães e menos comum em gatos.</p><p>Ocorre comumente associada a outras doenças, mas pode não ter nenhuma comorbidade associada.</p><p>O tratamento da bacteriúria subclínica com antimicrobianos não é recomendado. O isolamento de</p><p>uma espécie bacteriana multirresistente não deve alterar a decisão de tratamento da bacteriúria subclínica.</p><p>Em casos em que organismos formadores de placas (Corynebacterium urealyticum) e produtores de urease</p><p>estão envolvidos pode ser recomendado o tratamento de curta duração com antibioticoterapia empírica,</p><p>devido à predisposição ao desenvolvimento de cistite incrustante e formação de urólito de estruvita,</p><p>respectivamente.</p><p>Pielonefrite</p><p>A pielonefrite é uma infecção do parênquima e pelve renal que pode ocorrer por infecção ascendente</p><p>ou bacteremia, tendo a família Enterobacteriaceae como principal agente envolvido. Pode ser classificada</p><p>como complicada, quando há doenças subjacentes, ou não complicada, quando não ocorre nenhuma</p><p>comorbidade.</p><p>A morbidade do paciente é alta, podendo ocorrer lesão renal grave e rápida decorrente da resposta</p><p>inflamatória à infecção. A agregação de neutrófilos dentro dos capilares e a indução de espasmo vascular</p><p>por toxinas bacterianas e/ou citocinas contribuem para a isquemia renal. Dessa forma, o diagnóstico e</p><p>tratamento precoces são essenciais.</p><p>A região medular é mais sensível à colonização do que o córtex, devido às defesas do hospedeiro</p><p>serem prejudicadas pela alta osmolalidade, baixo pH e ambiente de baixo fluxo sanguíneo.</p><p>Os sinais clínicos apresentados por pacientes com pielonefrite incluem dor abdominal dorsal, febre,</p><p>letargia, poliúria e polidipsia. A palpação renal pode resultar em dor. Urinálise e cultura urinária devem ser</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>47</p><p>143</p><p>6</p><p>realizadas, embora a cultura por pielocentese e hemocultura resultem em dados mais confiáveis. A urinálise</p><p>pode apresentar cilindrúria. Concentrações aumentadas de biomarcadores, como creatinina sérica ou</p><p>dimetilarginina simétrica sérica também podem estar presentes e indicam lesão renal. Neutrofilia com ou</p><p>sem desvio à esquerda pode estar presente no hemograma, no entanto esses achados não são específicos</p><p>para pielonefrite. A Ultrassonografia pode revelar dilatação pélvica renal, embotamento da papila renal,</p><p>detritos ecogênicos intra-renal, dilatação ureteral ou uma combinação desses achados, no entanto são</p><p>inespecíficos.</p><p>O tratamento deve ser iniciado rapidamente, de forma empírica, enquanto se aguarda os resultados</p><p>de cultura e antibiograma. A escolha do antimicrobiano inicial deve se basear na eficácia local ou regional</p><p>contra Enterobacteriaceae, sendo as fluoroquinolonas ou cefpodoxima indicados pelo ISCAID9 como</p><p>primeiras opções. Cefotaxima e ceftazidima são boas opções para administração endovenosa. Em pacientes</p><p>estáveis a terapia antimicrobiana oral é recomendada, no entanto pacientes desidratados, hipo ou</p><p>anoréxicos ou letárgico irão se beneficiar de internamento para fluidoterapia e terapia parenteral. A duração</p><p>do tratamento deve ser de 10 a 14 dias.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>48</p><p>143</p><p>1</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>1. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2022) Os distúrbios miccionais em cães e gatos</p><p>frequentemente estão associados à problemas de origem neurológica. A micção voluntária depende da</p><p>integração funcional do músculo detrusor e dos esfíncteres uretrais interno e externo. Além dos centros</p><p>de controle encefálicos, as fases de armazenamento e esvaziamento da vesícula urinária são controladas</p><p>por inervação motora, simpática e parassimpática. Sabe-se que alguns fármacos podem ser utilizados com</p><p>intuito de diminuir o impacto desses distúrbios clínicos. Assim, os fármacos que atuam no relaxamento</p><p>motor voluntário, como antagonista da função simpática, como agonista da função parassimpática, são,</p><p>respectivamente:</p><p>a. diazepam; betanecol; prazosina.</p><p>b. betanecol; prazosina; diazepam.</p><p>c. prazosina; diazepam; betanecol.</p><p>d. diazepam; prazosina; betanecol.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. A micção depende das ações coordenadas entre os</p><p>sistemas nervoso simpático, parassimpático (SP) e somático e os centros de controle central. Alguns</p><p>fármacos são indicados em casos de distúrbios miccionais em cães e gatos, entre eles, o relaxante muscular</p><p>esquelético, diazepam, atuam no relaxamento motor voluntário. Já a Prazosina é indicada em casos de</p><p>obstrução da via de saída uretral idiopática, funcional, por ser um antagonistas dos receptores adrenérgicos</p><p>α1, podem ajudar a diminuir a pressão de fechamento do esfíncter uretral interno. Parassimpaticomiméticos</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>49</p><p>143</p><p>2</p><p>podem ser iniciados se a atonia vesical secundária estiver presente, nesse caso, o betanecol, um agente</p><p>muscarínico, pode ajudar a restaurar o tônus da bexiga e facilitar o esvaziamento deste órgão.</p><p>2. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2022) As urolitíases são relativamente frequentes em</p><p>cães e causam alterações sistêmicas nesses animais. Com relação a essa afecção, assinale com V as</p><p>afirmativas verdadeiras e com F as falsas.</p><p>( ) Os urólitos são concreções de minerais, com ausência de matriz proteica que se forma no trato urinário.</p><p>( ) A bexiga é o local mais comum de formação de urólitos.</p><p>( ) A formação de urólitos de estruvita na bexiga urinária é mais provável em uma urina ácida.</p><p>( ) O exame de urina de cão com urolitíase pode revelar hematúria, piúria, bacteriúria e / ou cristalúria.</p><p>Assinale a sequência CORRETA.</p><p>a. F V V V.</p><p>b. F V F V.</p><p>c. F V V F.</p><p>d. V V V V.</p><p>e. F V F F.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.</p><p>A primeira afirmativa traz informações falsas, o urólito é definido como uma concreção sólida composta de</p><p>material cristalóide e matriz orgânica de mucoproteínas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>50</p><p>143</p><p>3</p><p>A segunda afirmativa é verdadeira, os urólitos se formam com maior frequência na bexiga urinária ou na</p><p>uretra</p><p>A terceira afirmação é falsa, uma vez que a formação de urólitos de estruvita na bexiga urinária é mais</p><p>provável em uma urina alcalina e em presença de infecção urinária.</p><p>A quarta afirmação é verdadeira, a urinálise de cão com urolitíase pode revelar hematúria, piúria, bacteriúria</p><p>e cristalúria.</p><p>3. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2022) No que se refere ao sistema urinário, analise os</p><p>itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:</p><p>I – A poliúria é um sinal clínico muito frequente em cães com síndrome de Cushing.</p><p>II – Cães gatos podem ter normalmente pouca quantidade de proteína na urina.</p><p>III – A oligúria e a oligodipsia são comuns no hipertireoidismo em cães e gatos.</p><p>a) Apenas o item I e III são verdadeiros.</p><p>b) Apenas o item II e III são verdadeiros.</p><p>c) Apenas o item III é verdadeiro.</p><p>d) Apenas os itens I e II são verdadeiros.</p><p>e) Todos os itens são verdadeiros.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.</p><p>A afirmação I é</p><p>verdadeira. As manifestações clínicas mais comuns de cães com hiperadrenocorticismo são</p><p>poliuria, polidipsia, polifagia, taquipneia, distensão abdominal, alopecia endócrina, hepatomegalia, fraqueza</p><p>muscular e hipertensão sistêmica.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>51</p><p>143</p><p>4</p><p>A afirmação II é verdadeira. O glomérulo, em pacientes saudáveis, evita a passagem de moléculas de</p><p>proteína para a urina. Apenas uma pequena quantidade proteica é eliminada.</p><p>A afirmação III é falsa. Dentre os sinais clínicos clássicos do hipertireoidismo estão a poliúria e a polidipsia.</p><p>4. (Residência em Medicina Veterinária - UFSM/2022) A micção depende de ações coordenadas entre o</p><p>sistema nervoso simpático, parassimpático e somático e entre os centros de controle central. Com relação</p><p>aos distúrbios da micção em cães e gatos, marque a alternativa correta a seguir.</p><p>a. A incompetência do mecanismo do esfíncter uretral ocorre geralmente em cadelas castradas, mas</p><p>também pode afetar cães machos e fêmeas não castrados.</p><p>b. Ao contrário dos cães, nos felinos jovens a ectopia de ureter é uma afecção muito comum, sendo o</p><p>Persa a raça mais acometida.</p><p>c. Os ureteres ectópicos são a causa mais rara de incontinência urinária em cães jovens, à qual a raça</p><p>mais predisposta é o Dálmata.</p><p>d. A associação de progesterona e prednisona é a mais indicada para a terapia da incompetência do</p><p>mecanismo do esfíncter uretral em cães e gatos.</p><p>e. No caso de pacientes que possuem bexiga hiperativa, no exame físico percebe-se a vesícula urinária</p><p>bastante distendida à palpação.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A incompetência do mecanismo do esfíncter uretral</p><p>é principalmente uma doença de cães. Os gatos suspeitos para esta enfermidade devem ser testados para o</p><p>vírus da leucemia felina, pois foram sugeridas associações entre esses dois problemas. Geralmente a doença</p><p>ocorre em cadelas castradas, mas também pode ocorrer em fêmeas intactas e cães machos. Em fêmeas</p><p>castradas, o início dos sinais clínicos pode variar desde imediatamente após a castração até 10 anos após a</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>52</p><p>143</p><p>5</p><p>cirurgia. Parece haver um risco maior em cães de raças maiores após a esterilização em comparação com</p><p>raças pequenas1.</p><p>A letra B está incorreta. Ureter ectópico é extremamente raro em gatos.</p><p>A letra C está incorreta. O ureter ectópico é a causa mais comum de incontinência urinária em cães jovens,</p><p>sendo as raças Golden Retriever, Labrador Retriever, Husky Siberiano, Terra Nova e Bulldog Inglês as mais</p><p>acometidas.</p><p>A letra D está incorreta. A terapia da incompetência do mecanismo do esfíncter uretral em cães e gatos inclui</p><p>o uso de medicamentos destinados a melhorar as pressões uretrais através dos α1-adrenoceptores, como a</p><p>fenilpropanolamina. Se houver persistência de sinais clínicos ou existirem efeitos colaterais, outro agente,</p><p>como um composto de estrogênio, deve ser considerado.</p><p>A letra E está incorreta. Animais que apresentam polaciúria apresentar bexiga hiperativa, o que resulta em</p><p>incontinência de urgência. Ao exame físico estes pacientes irão apresentar a bexiga geralmente pequena à</p><p>palpação1.</p><p>5. (Residência em Medicina Veterinária – UFPA/2022) A obstrução uretral é uma causa comum de</p><p>apresentação de cães e gatos em clínicas e hospitais veterinários. Um animal com essa emergência clínica</p><p>precisa receber atenção imediata. Sobre as obstruções uretrais, considere as seguintes afirmativas.</p><p>I. Cálculos urinários são mais comuns em cães do que em gatos.</p><p>II. Certas raças possuem predisposição à formação de cálculo, como por exemplo, os dálmatas, que</p><p>são predispostos à formação de cálculos de urato.</p><p>III. Devido a diferenças anatômicas, a obstrução uretral é mais frequente nas fêmeas.</p><p>IV. Entre os achados anormais estão uremia e hipercalemia.</p><p>Estão corretas</p><p>1 Nelson, R.W.; Couto, C. G. Small Animal Internal Medicine, 6ed. Elsevier: Missouri, 2019. 1608p.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>53</p><p>143</p><p>6</p><p>a. I e II, somente.</p><p>b. I e III, somente.</p><p>c. I, II e IV, somente.</p><p>d. II e IV, somente.</p><p>e. III e IV, somente.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Apenas a afirmativa III está incorreta, já que devido</p><p>às diferenças anatômicas os machos são mais predispostos a apresentar obstrução uretral.</p><p>6. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2022) Sobre a doença do trato urinário inferior felino,</p><p>assinale a alternativa correta:</p><p>a. Pode acometer gatos de qualquer sexo e idade, sendo mais comum em gatos com menos de 1 ano.</p><p>b. As manifestações clínicas incluem hematúria, disúria, polaciúria, periúria e/ou obstrução uretral completa</p><p>ou incompleta.</p><p>c. A uropatia obstrutiva correlaciona-se ao comprimento e ao diâmetro da uretra, sendo mais comum nos</p><p>machos; já a não obstrutiva é mais frequente nas fêmeas.</p><p>d. A etiologia das doenças do trato urinário dos felinos é multifatorial, complexa e frequentemente causada</p><p>por agentes bacterianos.</p><p>e. A obstrução prolongada resulta em azotemia pós-renal, hipoperfusão tecidual e alterações eletrolíticas</p><p>importantes, tais como hipercalemia, hiperfosfatemia e hipercalcemia.</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Em casos de DTUIF não obstrutiva os sinais clínicos</p><p>serão polaciúria, estrangúria, periúria, disúria, hematúria, vocalização durante micção, alterações humorais,</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>54</p><p>143</p><p>7</p><p>alterações na ingestão de água, diminuição da interação social. Quando ocorre obstrução o paciente poderá</p><p>apresentar além dos sinais clínicos relatados, incapacidade de urinar, lambedura compulsiva da região</p><p>perineal, congestão peniana e sinais de uremia pós-renal.</p><p>A alternativa A está incorreta. A doença do trato urinário inferior de felinos pode afetar animais de qualquer</p><p>idade, no entanto, há maior incidência em gatos com 2 a 6 anos de idade, sendo incomum em pacientes com</p><p>menos de 1 ano ou mais de 10 anos2.</p><p>A alternativa C está incorreta. A doença do trato urinário inferior de felinos pode ser do tipo obstrutiva ou</p><p>não obstrutiva. A uropatia obstrutiva se relaciona ao comprimento e ao diâmetro da uretra, sendo, dessa</p><p>forma, mais prevalente nos machos, que possuem uretra mais longa e estreita, e rara nas fêmeas. Já a doença</p><p>não obstrutiva não possui predisposição sexual2.</p><p>A alternativa D está incorreta. Embora infecções do trato urinário possam causar manifestações de doença</p><p>do trato urinário inferior de felinos, em 60 a 85% dos gatos a causa da inflamação não é identificada e a</p><p>doença é denominada idiopática2.</p><p>A alternativa E está incorreta. As alterações eletrolíticas presentes em felinos com obstrução uretral</p><p>prolongada são a hipercalemia e hipocalcemia.</p><p>7. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2021) As úlceras em cavidade oral observadas em animais</p><p>com insuficiência renal crônica devem-se à:</p><p>a) lesão cáustica, devido à produção de amônia, após a degradação da ureia salivar por bactérias.</p><p>b) isquemia de vasos da cavidade oral, induzida por vasoconstrição periférica.</p><p>c) trombose de vasos periféricos, ocasionada por liberação de citocinas pelos rins em falência.</p><p>d) gangrena úmida, devido à proliferação bacteriana na cavidade oral.</p><p>2 Jericó, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>55</p><p>143</p><p>8</p><p>e) hipotensão arterial, redução da pressão intracraniana, analgesia e miorrelaxamento.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Erosões e úlceras da mucosa oral e da língua são</p><p>manifestação da síndrome urêmica, sendo comum em cães, e menos comum em gatos. Podendo ser</p><p>causadas pela excreção de ureia na saliva e decomposição em amônia por bactérias orais. A amônia exerce</p><p>um efeito cáustico sobre a mucosa da cavidade oral. Quando é severa, a halitose urêmica pode ser detectada</p><p>clinicamente.</p><p>8. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) -Sobre as condutas na desobstrução uretral em</p><p>felinos:</p><p>I. Os objetivos do tratamento de gatos obstruídos são a correção das alterações sistêmicas com</p><p>reposição de fluido e eletrólitos e a restauração da permeabilidade do lúmen uretral, viabilizando a excreção</p><p>urinária.</p><p>II. A contenção farmacológica não deve ser feita em gatos com obstrução uretral devido ao risco</p><p>de óbito, já que são animais com graves alterações hidroeletrolíticas.</p><p>III. A massagem suave da uretra peniana ajuda a desalojar e fragmentar os tampões localizados</p><p>na uretra peniana, e a subsequente palpação da bexiga pode induzir a remoção deles.</p><p>IV. A principal complicação da cistocentese é extravasamento de urina no interior da cavidade</p><p>peritoneal, por isso não deve ser realizada em gatos com obstrução ureteral.</p><p>V. A desobstrução do lúmen uretral deve ser feita com cateter urinário estéril lubrificado, que</p><p>deve ser gentilmente introduzido na uretra peniana até o ponto da obstrução e posterior desobstrução pela</p><p>propulsão hídrica.</p><p>Sobre as afirmativas acima:</p><p>a) Apenas alternativas I está correta.</p><p>b) Apenas a afirmativa V está correta.</p><p>c) Apenas as alternativas I, III, IV e V estão corretas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>56</p><p>143</p><p>9</p><p>d) Apenas as alternativas II, III e V estão corretas.</p><p>e) Apenas as alternativas I, III e V estão corretas.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Pois as afirmativas I, III e V trazem afirmações corretas.</p><p>A afirmativa I está correta. A obstrução uretral constitui uma emergência urinária em felinos, e deve ser</p><p>tratada o mais rápido possível, para evitar consequências sistêmicas graves. O tratamento de felinos com</p><p>obstrução uretral se baseia no reestabelecimento do fluxo urinário e da patência fisiológica da uretra, além</p><p>do reestabelecimento do equilíbrio acidobásico e hidroeletrolítico, correção da azotemia e de qualquer</p><p>distúrbio causado pela obstrução.</p><p>A afirmativa II está incorreta. A sondagem uretral é bastante desconfortável e dolorida, requerendo sempre</p><p>a sedação do paciente. A preocupação deve estar na escolha dos agentes anestésicos e sedativos apropriados</p><p>para o estado geral do animal, visando minimizar as complicações anestésicas.</p><p>A afirmativa III está correta. Durante o reestabelecimento do fluxo urinário, a massagem suave da uretra</p><p>peniana deve ser realizada, pois em muitos felinos essa manobra é suficiente para expulsar tampões uretrais</p><p>ou cálculos muito pequenos. O manuseio do pênis deve ser cuidadoso para não agravar a inflamação.</p><p>Quando a massagem não é bem sucedida, a compressão suave da bexiga urinária pode ser realizada com o</p><p>mesmo objetivo.</p><p>A afirmativa IV está incorreta. A cistocentese descompressiva é indicada antes do restabelecimento da</p><p>patência da uretra, uma vez que, descomprime a vesícula urinária e alivia a dor do paciente.</p><p>A afirmativa V está correta. Em casos em que a desobstrução por cateterismo é necessária, deve-se realizar</p><p>a antissepsia cuidadosa do local e utilizar cateter estéril, para evitar infecções iatrogênicas durante o</p><p>procedimento. O cateter deve ser lubrificado e introduzido de maneira delicada, para evitar traumatismos</p><p>da parede uretral. A introdução do cateter na uretra peniana deve atingir o ponto da obstrução e a uretra</p><p>deve ser lavada copiosamente com solução salina estéril objetivando empurrar ou desfazer o plug</p><p>(hidropropulsão).</p><p>9. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) A Sobre a Doença do Trato Urinário Inferior dos</p><p>Felinos (DTUIF), avalie as afirmativas e assinale a alternativa CORRETA:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>57</p><p>143</p><p>10</p><p>I. Independente da causa de DTUIF, os sinais clínicos costumam ser polaciúria, disúria,</p><p>estrangúria, hematúria, periúria, vocalização durante as tentativas de proferir a micção e por vezes</p><p>lambedura excessiva da região inguinal e genital.</p><p>II. A cistocentese é o método de coleta de amostra de urina de eleição para urocultura devido a</p><p>mínima chance de contaminação e os microrganismos mais frequentemente isolados na urocultura de gatos</p><p>com infecção do trato urinário são Escherichia coli e Enterococcus.</p><p>III. A menor parte dos casos de DTUIF são em decorrência de cistite idiopática felina.</p><p>IV. A ruptura de uretra é uma possível complicação da DTUIF obstrutiva, e para diagnosticar esse</p><p>agravo é necessário realizar ultrassonografia abdominal.</p><p>V. Gatos obstruídos podem sofrer de diferentes graus de desidratação, acidose metabólica e</p><p>azotemia. Deve-se preconizar o uso de NaCl a 0,9%, para fluidoterapia desses pacientes, uma vez que</p><p>soluções eletrolíticas como o Ringer com lactato podem agravar essa acidose.</p><p>a) Apenas as alternativas I e II estão corretas.</p><p>b) Apenas I, III, IV e V estão corretas.</p><p>c) Apenas I, II, III e V estão corretas.</p><p>d) Apenas I, III e V estão corretas.</p><p>e) As alternativas II, III, IV e V estão corretas.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois apenas as afirmativas I e II estão corretas.</p><p>A afirmativa I está correta. As manifestações clínicas de DTUIF são inespecíficos, indicando que há lesões ao</p><p>trato urinário. Independente da etiologia, os sinais clínicos irão incluir hematúria, disúria, estrangúria,</p><p>polaciúria, periúria e/ou obstrução uretral completa ou incompleta. Pode haver ainda vocalização durante</p><p>as tentativas de proferir a micção e por vezes lambedura excessiva da região inguinal e genital indicando dor.</p><p>A afirmativa II está correta. A urina colhida por cistocentese previne que a amostra se contamine na colheita,</p><p>sendo o método de coleta mais indicado para realização de cultura urinária. A Escherichia coli, é o principal</p><p>agente etiológico isolado na urocultura de felinos, seguido do Enterococcus.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>58</p><p>143</p><p>11</p><p>A afirmativa III está incorreta. A cistite idiopática felina consiste na inflamação da vesícula urinária sem causa</p><p>detectável, e consiste na causa mais comum de DTUIF.</p><p>A afirmativa IV está incorreta. A ruptura de uretra é rara, e quando ocorre, geralmente é causada por trauma</p><p>iatrogênico, provocado pela manipulação do cateter. Sendo a cistografia ou uretrografia contrastadas os</p><p>métodos mais indicados para o diagnóstico de rupturas uretrais.</p><p>A afirmativa V está incorreta. Inicialmente para restabelecer os níveis de potássio sérico e aumentar a</p><p>volemia o NaCl a 0,9% deve ser utilizado, pois, diferente do ringer com lactato, não possui potássio em sua</p><p>composição. Após o retorno do fluxo urinário, deve-se priorizar soluções</p><p>eletrolíticas balanceadas, como o</p><p>ringer com lactato, pois apesar de possuírem pequenas quantidades de potássio, é uma solução alcalinizante,</p><p>e auxilia na correção da acidose.</p><p>10. (Residência em Medicina Veterinária – UDESC/2021) Discorra sobre o diagnóstico e o tratamento</p><p>clínico da doença renal crônica em cães.</p><p>GABARITO LIBERADO PELO CONCURSO:</p><p>• Para o diagnóstico deverá ser abordado: O diagnóstico da DRC é embasado no histórico individual e</p><p>familiar, na anamnese, nos achados do exame físico e dos exames de imagem e laboratoriais.</p><p>• Exame físico: avaliar o grau de desidratação e a presença de úlceras na cavidade oral e também realizar a</p><p>palpação abdominal (o rim esquerdo dos cães é possível de ser palpado e poderá estar diminuído de</p><p>tamanho) e o exame oftalmológico, para observar se há alterações compatíveis com retinopatia</p><p>hipertensiva, como cegueira, hemorragia, descolamento de retina e vasos tortuosos.</p><p>• Hemograma: o paciente pode apresentar anemia normocítica normocrômica não regenerativa</p><p>principalmente devido a redução da síntese de eritropoietina e a redução da expectativa de vida do</p><p>eritrócito.</p><p>• Bioquímica sérica e hemogasometria: aumento sérico da ureia e da creatinina por acúmulo dos compostos</p><p>nitrogenados não proteicos no sangue (toxinas urêmicas), hipocalcemia e hiperfosfatemia (os rins</p><p>desempenham um papel importante na excreção de fosfato/fósforo que está relacionado com o</p><p>metabolismo de cálcio), hipocalemia devido à perda urinária ou à diminuição de ingestão), acidose</p><p>metabólica (por perdas de bicarbonato e HCl).</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>59</p><p>143</p><p>12</p><p>• Urinálise: isostenúria (densidade 1,008 a 1,012) ou hipostenúria (densidade menor que 1,008) e poucos</p><p>elementos presentes no sedimento urinário. Bacteriúria poderá ser detectada. Pode haver proteinúria que</p><p>deve ter sua origem investigada/confirmada empregando-se os testes mais sensíveis e específicos, como a</p><p>determinação da razão proteína/creatinina urinária e confirmada pela avaliação sequencial.</p><p>• Exames de imagem: trazem informações importantes acerca do tamanho dos rins que podem estar</p><p>diminuídos, com formato e contorno irregulares e com pouca definição do limite córtico-medular, devido à</p><p>fibrose do parênquima renal. Também pode haver mineralização de tecidos moles e desmineralização óssea</p><p>(principalmente dos ossos do crânio) nos casos de hiperparatireoidismo secundário renal.</p><p>• Dosagem de SDMA sérico e histopatologia (embora pouco frequente) para confirmar lesões renais.</p><p>• Para o tratamento deve ser abordado: A terapia da DRC deve ser individualizada conforme o</p><p>monitoramento laboratorial e o quadro clínico apresentado. No entanto, segundo os estágios da doença, os</p><p>principais aspectos que devem ser considerados são:</p><p>• Pacientes com DRC em estágio I, II, III e IV: manter o animal hidratado (acesso livre a água) e, 12 quando</p><p>necessário, corrigir a desidratação através de fluidoterapia.</p><p>• Pacientes com DRC em estágio I, II e III: suplementação dietética com ácidos graxos ômega 3, que tendem</p><p>a reduzir a hipercolesterolemia, modular a inflamação, suprimir a coagulação, diminuir a PA, influenciar</p><p>positivamente a hemodinâmica renal, agir como antioxidante e limitar a calcificação intrarrenal.</p><p>• Proteinúria maior que 2,0 na RPCU em estágio I e maior que 0,5 em estágio II, III e IV: tratar com</p><p>moduladores da pressão intraglomerular: inibidores da ECA (ex: benazepril ou enalapril) ou bloqueadores de</p><p>canal de cálcio (anlodipino).</p><p>• Tratar a hiperfosfatemia que pode estar presente nos estágios II, III e IV mantendo as concentrações séricas</p><p>de fósforo menor que 4,5 mg/dL no estágio II, menor que 5,0 mg/dL no estágio III e menor que 6,0 mg/dL no</p><p>estágio IV (diminuindo assim o hiperparatireoidismo, a osteodistrofia e a mineralização dos tecidos moles).</p><p>Para isso reduzir o fósforo da dieta ou usar agentes quelantes de fósforo intestinal como o hidróxido de</p><p>alumínio por via oral.</p><p>• Controlar o hiperparatireoidismo secundário presente nos estágios III e IV administrando calcitriol, por via</p><p>oral. Mas só iniciar terapia quando as concentrações séricas de fósforo estiverem inferiores a 6 mg/dL.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>60</p><p>143</p><p>13</p><p>• Tratar a acidose metabólica quando presente nos estágios II, III e IV com hidratação ou agentes</p><p>alcalinizantes na dieta (somente quando o bicarbonato sanguíneo for menor que 18 mmol/L após hidratação)</p><p>ou com bicarbonato de sódio, por via oral até normalização,</p><p>• Tratar a hipocalemia dos estágios II, III e IV mantendo as concentrações séricas entre 3,5 a 5,5 mmol/L</p><p>através da suplementação com gluconato de potássio ou citrato de potássio, por via oral.</p><p>• Tratar a anemia presente nos estágios III e IV procurando manter os valores de VG entre 35 e 40% com</p><p>eritropoietina recombinante 2 a 3 vezes por semana e sulfato ferroso diariamente.</p><p>Referências Bibliográficas:</p><p>Kogika, M.M.; Waki, M.F; Martorelli, C.R. Doença renal crônica. In: JERICÓ, M.M.; ANDRADE NETO, J.P.;</p><p>KOGIKA, M.M. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. Roca, 2014. p.4194-4244.</p><p>11. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) Sobre as urolitíases em felinos, leia as afirmativas</p><p>e assinale a alternativa CORRETA:</p><p>I. Os urólitos de oxalato são frequentemente brancos e rígidos com superfície tendendo a irregular,</p><p>enquanto os de fosfato triplo são quase sempre redondos, elipsóides ou tetraédricos.</p><p>II. A urinálise tipicamente revela pH ácido em gatos com urólitos de fosfato triplo e alcalino em gatos</p><p>com urólitos de CaOx.</p><p>III. A ingestão de água por meio da dieta úmida é altamente recomendada como forma de aumentar</p><p>a diurese e reduzir a densidade urinária, o que culmina na diminuição da concentração urinária de</p><p>precursores minerais para formação de urólitos.</p><p>IV. A dissolução de cálculos de estruvita por meio de terapia com dieta coadjuvante acidificante é</p><p>uma opção não invasiva e eficaz, assim que identificado a presença de intensa cristalúria ou urólito é indicado</p><p>que o paciente utilize a dieta por uso contínuo.</p><p>V. Em gatos com hipercalcemia, a dieta rica em fibras, além do uso de glicocorticóides e alendronato</p><p>por via oral, são recomendados para corrigir os níveis séricos de cálcio e evitar a hipercalciúria, fator</p><p>predisponente para formação de urólitos de oxalato de cálcio (CaOx).</p><p>a) As questões I e II estão corretas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>61</p><p>143</p><p>==1365fc==</p><p>14</p><p>b) Apenas as questões I, III, V estão corretas.</p><p>c) Apenas as questões I, II e III estão corretas.</p><p>d) Apenas as questões I, III, V e IV estão corretas</p><p>e) Apenas as questões II e III e IV estão corretas</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. As afirmações I, III e V trazem informações corretas.</p><p>A afirmativa I está correta. Os urólitos de oxalato de cálcio geralmente são radiopacos, brancos e rígidos,</p><p>com superfície irregular ou regular, podendo ser único ou múltiplos. Já os urólitos de estruvita, ou fosfato</p><p>triplo, geralmente são redondos, elipsoides ou tetraédricos, podendo também ser único ou múltiplos.</p><p>A afirmativa II está incorreta. A urinálise de pacientes com urólitos de fosfato triplo geralmente possuem pH</p><p>alcalino, já felinos com urólitos de oxalato de cálcio apresentam a urina com pH ácido.</p><p>A afirmativa III está correta. O fator primordial no manejo alimentar de felinos com urolitíase é a ingestão</p><p>hídrica, com</p><p>objetivo de diluir a urina formada e, portanto, a quantidade dos agentes precursores minerais</p><p>seja menor. O estímulo para ingestão de água deve ser realizado, pelo tutor, por meio de enriquecimento</p><p>ambiental e alimentação com ração úmida, que possui maior quantidade de água.</p><p>A afirmativa IV está incorreta. Para dissolução de cálculos de estruvita por meio de terapia com dieta são</p><p>utilizadas rações terapêuticas que reduzem o pH urinário abaixo de 6,4 e que contenham níveis restritos de</p><p>magnésio. As dietas calculolíticas devem ser administradas por, pelo menos, um mês após a dissolução dos</p><p>cálculos de estruvita, após esse período, os cães podem retornar à alimentação normal.</p><p>A afirmativa V está correta. Em felinos com hipercalcemia, é recomendável instituir uma dieta rica em fibras</p><p>e citrato de potássio. Glicocorticoides diariamente e alendronato semanalmente são indicados, essa terapia</p><p>deve ser realizada por um mês e reavaliada conforme necessidade.</p><p>12. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) A obstrução uretral acomete com frequência gatos</p><p>machos, tendo alta casuística no Setor de Felinos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, leia as</p><p>afirmativas sobre o manejo de desobstrução do paciente felino e assinale a alternativa CORRETA:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>62</p><p>143</p><p>15</p><p>I- A cistocentese terapêutica apresenta baixo risco de rompimento vesical e deve anteceder o</p><p>procedimento de hidropropulsão, com intuito de aliviar a dor e distensão da vesícula urinária e possibilitar a</p><p>obtenção de material para urinálise e urocultura.</p><p>II- A idade precoce do gato no momento da orquiectomia, influencia no diâmetro da uretra do felino</p><p>quando adulto, sendo um fator relevante na predisposição a obstrução uretral.</p><p>III- Não há necessidade de tricotomia da região perineal em pacientes de pelo curto, coloca-se o gato</p><p>em decúbito dorsal ou lateral para o procedimento de hidropropulsão, porém antes de iniciá-lo, deve-se</p><p>fazer antissepsia delicadamente do prepúcio e a ponta do pênis. Usando luvas estéreis.</p><p>IV- Estender o pênis tracionando o prepúcio caudalmente e dorsalmente, até que esteja paralelo a</p><p>coluna vertebral, facilita a sondagem e reduz o risco de rompimento da uretra.</p><p>V- A hidropropulsão é o tratamento preconizado para reestabelecer a patência uretral, este</p><p>procedimento consiste em introduzir um cateter ou sonda até o ponto de obstrução e com este material</p><p>empurrar o tampão uretral/ureterolito até a bexiga, restabelecendo a luz uretral.</p><p>a) As questões I, II, III, V e IV estão corretas.</p><p>b) Apenas as questões I e IV estão corretas.</p><p>c) Apenas as questões I, II e IV estão corretas.</p><p>d) Apenas as questões II, IV e V estão corretas.</p><p>e) Apenas as questões II, III e V estão corretas.</p><p>Comentários</p><p>As afirmativas I e IV estão corretas, sendo a alternativa B o gabarito da questão.</p><p>A afirmativa I está correta. A cistocentese é o principal método de coleta para realização de urinálise, pois</p><p>diminui artefatos na interpretação do exame, principalmente contaminações, o que é imprescindível para</p><p>realização de cultura urinária. Além disso, a cistocentese é importante para descomprimir a bexiga antes de</p><p>realizar o cateterismo da uretra, pois diminui a dor e a distensão, reduzindo a pressão retrógrada.</p><p>A afirmativa II está incorreta. A idade no momento da castração não influencia o diâmetro da uretra e não</p><p>influencia o risco de obstrução uretral.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>63</p><p>143</p><p>16</p><p>A afirmativa III está incorreta. Todos os pacientes devem ter a região perineal tricotomizada antes da</p><p>realização da antissepsia e do cateterismo vesical para hidropropulsão.</p><p>A afirmativa IV está correta. O cateterismo deve ser realizado em condições assépticas, após exposição, a</p><p>massagem peniana poderá ajudar a expelir cálculos pequenos e tampões posicionados na ponta do pênis. A</p><p>ponta do cateter deve ser lubrificada com e inserida no orifício uretral externo. O pênis estendido até que</p><p>se posicione paralelo à coluna do animal, deslocando o prepúcio caudalmente e dorsalmente, de modo que</p><p>a uretra fique mais reta possível, facilitará a inserção do cateter.</p><p>A afirmativa V está incorreta. A hidropropulsão consiste na técnica de desobstrução uretral através da</p><p>lavagem da bexiga urinária. A sonda uretral é introduzida pela uretra e solução salina estéril é injetada com</p><p>determinada pressão, na tentativa de que os cálculos ou plugs retornem para a bexiga urinária.</p><p>13. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) Com relação às glomerulopatias em cães e gatos,</p><p>assinale a alternativa CORRETA.</p><p>a) Em cães, a principal etiologia da doença glomerular é unicamente secundária a hemoparasitose.</p><p>b) Cães e gatos com glomerulonefrite, regra geral, apresentam-se não azotêmicos.</p><p>c) O tratamento da glomerulonefrite é centrado no uso de diuréticos de alça, tais quais o citrato de</p><p>maropitant, até o aumento da produção de urina.</p><p>d) Há redução da concentração de compostos nitrogenados não proteicos no sangue como a ureia e</p><p>creatinina</p><p>e) O diagnóstico das glomerulopatias baseia-se na detecção de proteinúria glomerular a partir da relação</p><p>proteína/creatinina urinária.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Doenças glomerulares são aquelas que afetam a</p><p>estrutura e função do glomérulo. O diagnóstico deve se basear na detecção de proteinúria e na correlação</p><p>entre o valor de excreção de proteína urinária em 24 horas e a razão proteína/creatinina urinária. Segundo</p><p>Jericó (2015)2 como a creatinina é produzida em taxa contínua, é livremente filtrada pelo glomérulo e não é</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>64</p><p>143</p><p>17</p><p>secretada e nem reabsorvida pelos túbulos renais. Dividindo a concentração de proteína urinária pela de</p><p>creatinina, o volume de urina sobre a concentração de proteína em uma amostra de urina é anulado.</p><p>14. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) Sobre Cistite Esporádica em cães e gatos assinale</p><p>a alternativa incorreta:</p><p>a) A Cistite Esporádica (também denominada de infecção do trato urinário inferior simples) é caracterizada</p><p>por infecção bacteriana esporádica na vesícula urinária resultando em inflamação e sinais clínicos</p><p>compatíveis com acometimento do trato urinário inferior. Esses sinais clínicos podem incluir polaciúria,</p><p>estrangúria, disúria e hematúria.</p><p>b) Acomete com maior frequência fêmeas e machos castrados, sendo menos frequentes em machos inteiros.</p><p>Estes últimos, quando apresentam sinais clínicos de inflamação de trato urinário inferior devem ser avaliados</p><p>para a presença de prostatite bacteriana.</p><p>c) Coleta e exame de urina simples (EAS) deve ser realizado em todos os animais com suspeita de cistite</p><p>esporádica, antes da instituição do tratamento. O tratamento pode incluir anti-inflamatórios não esteroidais</p><p>para alívio dos sintomas clínicos associados à inflamação.</p><p>d) Para uma cadela fêmea, castrada, SRD, de 5 anos que apresenta pela primeira vez um quadro de Cistite</p><p>Bacteriana Esporádica, a antibioticoterapia deve ser realizada por um mínimo de 7 dias consecutivos</p><p>e) A reincidência da cistite dentro de 3 meses de um episódio anterior ou 3 ou mais episódios dentro de 1</p><p>ano descaracterizam cistite esporádica, sendo classificadas como cistite bacteriana recorrente.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. As diretrizes da International Society for Companion</p><p>Animal</p><p>Infectious Diseases (ISCAID)3 recomendam curta duração na antibioticoterapia para cistite</p><p>esporádica, indicando 5 a 7 dias de tratamento consecutivo. Este guia afirma ainda que possivelmente 3 a 5</p><p>dias de terapia antimicrobiana são suficientes para alcançar a cura clínica e microbiológica da doença.</p><p>3 Weese, J.S. ternational Society for Companion Animal Infectious Diseases (ISCAID) guidelines for the diagnosis and management</p><p>of bacterial urinary tract infections in dogs and cats. The Veterinary Journal. v.247, p.8-25, 2019.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>65</p><p>143</p><p>18</p><p>15. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2021) Cerca de 24 horas após procedimento de</p><p>desobstrução uretral em um felino, notou-se quadro de fraqueza muscular generalizada com marcante</p><p>ventroflexão de pescoço. Qual é a causa provável?</p><p>a) Hipocalcemia.</p><p>b) Hiponatremia.</p><p>c) Hipocalemia.</p><p>d) Hipocloremia.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Felinos que apresentem obstrução por um período</p><p>maior ou que se encontrem azotêmicos podem desenvolver diurese pós-obstrutiva importante com</p><p>hipocalemia, o que requer correção, uma vez que nesse desequilíbrio miopatias podem ser observadas, com</p><p>ventroflexão do pescoço e fraqueza muscular generalizada.</p><p>16. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2021) Sobre Insuficiência Renal Aguda (IRA), assinale V</p><p>(verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa a seguir:</p><p>( ) A IRA é uma síndrome clínica caracterizada por elevações abruptas nas concentrações séricas de ureia e</p><p>creatinina, podendo ter várias etiologias.</p><p>( ) O histórico prévio de poliúria, noctúria e polidipsia é o principal relato dos tutores de pacientes acometidos</p><p>pela IRA.</p><p>( ) A anemia normocítica normocrômica é a principal alteração encontrada no hemograma dos cães</p><p>acometidos.</p><p>( ) O principal objetivo no manejo da fase de manutenção da IRA é prover terapia de suporte adequada e</p><p>tempo para que a recuperação ocorra, sendo a fluidoterapia um fator terapêutico muito importante nesta</p><p>fase.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>66</p><p>143</p><p>19</p><p>A sequência correta é:</p><p>a) V - F - F - V.</p><p>b) V - F - V - F.</p><p>c) F - V - F – V.</p><p>d) F - V - V – F.</p><p>e) F - V - V - V.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.</p><p>A primeira afirmação está correta. a insuficiência renal aguda é a perda da função renal, de forma rápida,</p><p>independentemente da causa ou meio, gerando o acúmulo de substâncias nitrogenadas (ureia e creatinina).</p><p>É considerada a principal causa de azotemia aguda em pacientes hospitalizados. Podendo ter diversas</p><p>etiologias pré-renais, renais e pós-renais.</p><p>A segunda afirmação está incorreta. A maioria das manifestações clínicas da insuficiência renal aguda são</p><p>genéricas (vômito, hiporexia, letargia, diarreia, entre outros). E, normalmente, as alterações urinárias</p><p>(aumento ou diminuição) não são notadas pelos tutores.</p><p>A terceira afirmação está incorreta. A anemia é característica de pacientes com insuficiência renal crônica.</p><p>No hemograma de pacientes com insuficiência renal aguda os achados são inespecíficos, podendo ocorrer</p><p>leucocitose e monocitose. Em cães desidratados pode haver aumento do hematócrito e das proteínas</p><p>plasmáticas.</p><p>A quarta afirmação está correta. O objetivo na fase de manutenção do paciente é ministrar suporte</p><p>apropriado e dar tempo para que a melhora aconteça. Prevenir o avanço da lesão renal é o objetivo</p><p>primordial do tratamento, isso pode ser alcançado com fluidoterapia em todos os casos, visando melhorar a</p><p>perfusão renal.</p><p>17. (Residência em Medicina Veterinária – UPF/2021) Um canino, sem raça definida, macho, 2 anos de</p><p>idade, 10 kg de peso, não castrado, está apresentando polaciúria e disúria há um mês. Há cerca de 10 dias,</p><p>iniciou hematúria também. Ao exame físico, o animal está com as mucosas discretamente pálidas,</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>67</p><p>143</p><p>20</p><p>temperatura retal de 38,79°C, frequência cardíaca de 96 batimentos por minuto, frequência respiratória</p><p>de 36 movimentos respiratórios por minuto e algia em região hipogástrica. O hemograma evidenciou</p><p>discreta anemia. Na urinálise, confirmou-se a hematúria e a presença de leucocitúria, bacteriúria, pH</p><p>alcalino e células de descamação e de transição no sedimento urinário. Assinale a alternativa correta em</p><p>relação a esse paciente:</p><p>a) O diagnóstico presuntivo é de pielonefrite, porém é indispensável realizar ultrassonografia abdominal para</p><p>descartar a possibilidade de cistite ou urolitíase por uratos de amônia.</p><p>b) O diagnóstico presuntivo é de cistite bacteriana, porém é possível que o animal esteja apresentando</p><p>cálculo vesical de urato de amônia, sendo indicada a radiografia para visualização desse.</p><p>c) O diagnóstico presuntivo é de nefrite tóxica, porém é possível que o animal esteja apresentando cálculo</p><p>vesical de estruvita, sendo indicada a radiografia para visualização desse cálculo.</p><p>d) O diagnóstico presuntivo é de cistite bacteriana, porém é indispensável realizar radiografia e/ou</p><p>ultrassonografia abdominal para descartar a possibilidade de urólitos vesicais, como, por exemplo, estruvita.</p><p>e) O diagnóstico presuntivo é de urolitíase por oxalato de cálcio, porém a algia abdominal hipogástrica sugere</p><p>hiperplasia prostática, comum em cães dessa idade; sendo indicada uma ultrassonografia abdominal para</p><p>confirmar o aumento da próstata e visualização dos cálculos.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Em pacientes com infecção do trato urinário (cistite</p><p>bacteriana) podem apresentar manifestações clínicas de estrangúria, hematúria, polaciúria e disúria. Devido</p><p>à inflamação constante, o desconforto abdominal pode estar presente em alguns pacientes. Na urinálise, os</p><p>achados sugestivos de infecção urinária incluem bacteriúria, hematúria e piúria. A presença de células de</p><p>transição ou de descamação das vias urinárias pode ocorrer, mas não é característico da doença e este</p><p>achado pode ser encontrado na urina em condições fisiológicas, indicando reepitelização normal do</p><p>uroepitélio. Em casos de infecção do trato urinário inferior deve-se sempre realizar exames adicionais para</p><p>verificar se há presença de cálculo de estruvita, uma vez que, em cães, a formação da maioria destes é</p><p>induzida por infecção do trato urinário.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>68</p><p>143</p><p>21</p><p>18. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2021) É sabido que a Doença Renal Crônica (DRC) no cão</p><p>e no gato pode levar à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) de forma secundária, não sendo neste caso, a</p><p>hipertensão arterial primária ou essencial que causaria lesão renal, como se observa em humanos. Desta</p><p>forma, assinale um dos mecanismos que leva a perda da regulação da pressão sanguínea pelos rins, no</p><p>paciente com DRC, instalando a HAS:</p><p>a) Excreção elevada de sódio.</p><p>b) Ativação do sistema renina angiotensina-aldosterona.</p><p>c) Redução do volume plasmático.</p><p>d) Redução da resistência vascular periférica.</p><p>e) Aumento de substâncias vasodilatadoras circulantes.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. “Em cães e gatos com doença renal crônica, o rim é</p><p>responsável pelo controle da pressão sanguínea a longo prazo, por meio da regulação da excreção</p><p>de sódio</p><p>e água, da natriurese e da ação do sistema renina angiotensina aldosterona, a perda da regulação da pressão</p><p>sanguínea provoca a hipertensão arterial sistêmica, estabelecida pelos seguintes mecanismos:</p><p> Ativação do SRAA</p><p> Retenção de sódio</p><p> Expansão do volume plasmático</p><p> Ativação do sistema nervoso simpático</p><p> Diminuição de substâncias vasodilatadoras</p><p> Aumento do débito cardíaco</p><p> Aumento da resistência vascular periférica</p><p> Aumento da concentração sérica de PTH</p><p> Tratamento ou administração de eritropoetina recombinante humana.” (Jericó, 2015)</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>69</p><p>143</p><p>22</p><p>19. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) As glomerulopatias são importantes causas da</p><p>doença renal crônica em cães e podem promover o aparecimento de proteinúria. A terapia</p><p>antiproteinúrica deverá ser instituída com o emprego do seguinte fármaco:</p><p>a) pimobendam.</p><p>b) furosemida.</p><p>c) famotidina.</p><p>d) benazepril.</p><p>e) manitol.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Inibidores da enzima conversora de angiotensina</p><p>(IECA) causam diminuição da proteinúria devido à diminuição da pressão intraglomerular pelo controle da</p><p>arteríola eferente. Outros meios propostos incluem redução da perda de sulfato de heparano glomerular,</p><p>diminuição do tamanho dos poros endoteliais dos capilares glomerulares, aumento no metabolismo de</p><p>lipoproteínas, diminuição do fator de crescimento e proliferação mesangial glomerular e inibição da</p><p>degradação de bradicinina.</p><p>20. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) A acidose metabólica e a hipercalcemia são</p><p>comuns em animais com insuficiência renal aguda oligúrica, obstruções de trato urinário e uroabdomen.</p><p>Dentre os tratamentos listados, o que apresenta maior eficiência e menor efeito adverso para reduzir a</p><p>hipercalemia sanguínea é a aplicação de:</p><p>a) insulina regular associada à glicose pela via intravenosa.</p><p>b) bicarbonato de sódio para reduzir os níveis séricos de potássio.</p><p>c) gluconato de cálcio a 10% em bolus, devido ao efeito cardioprotetor</p><p>d) glicose em bolus diluída em solução ringer com lactato.</p><p>e) insulina NPH associada ao manitol 10%.</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>70</p><p>143</p><p>23</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A hipercalemia deve ser revertida por meio de</p><p>procedimentos que favoreçam a troca do potássio do compartimento extracelular para o intracelular. A troca</p><p>de compartimento pode ser acelerada com uso de glicose e insulina. A insulina ativa a Na+K+ATPase captando</p><p>potássio para dentro da célula.</p><p>21. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) A avaliação da urina, conhecida como urinálise, é</p><p>uma importante ferramenta para o clínico de pequenos animais, pois permite, dentre vários parâmetros,</p><p>avaliar a função renal do paciente. O exame completo é constituído por análise física, química e de</p><p>sedimentos. No exame físico temos a avaliação da cor, volume, odor, turbidez e densidade urinária (DU).</p><p>Assim, é importante salientar que a DU permite avaliar:</p><p>a) O grau de desidratação de um paciente.</p><p>b) A intensidade da infecção urinária.</p><p>c) A capacidade de reabsorção tubular.</p><p>d) A quantidade de proteína perdida.</p><p>e) O nível de azotemia.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A densidade da urina, é muito importante para estimar</p><p>a capacidade de concentração urinária, e reflete a ação dos túbulos renais e ductos coletores sobre o filtrado</p><p>glomerular.</p><p>22. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) Um felino de 7 anos de idade, macho não</p><p>castrado, sem raça definida e pesando 8kg foi atendido com histórico de disúria, estrangúria e hematúria</p><p>há dois dias. O tutor relatou a repetição desse quadro ao menos duas por vezes ano. O exame</p><p>ultrassonográfico revelou imagens sugestivas de inflamação vesical e alterações em parênquima renal.</p><p>Exames hematológicos estão dentro dos padrões de normalidade para a espécie. Selecione a alternativa</p><p>que contemple a próxima conduta a partir dessas informações:</p><p>a) realizar sedação para sondagem uretral, coleta de urina e lavagem vesical com solução fisiológica.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>71</p><p>143</p><p>24</p><p>b) realizar uretrostomia perineal, uso de antibiótico, anti-inflamatórios e analgésicos durante o período de</p><p>internação de 24 horas.</p><p>c) coletar urina por cistocentese, realizar sondagem uretral e instituir terapia anti-inflamatória, manter o</p><p>paciente internado e com sonda flexível.</p><p>d) realizar cistotomia para lavagem vesical e avaliação de possíveis alterações anatômicas; prescrever</p><p>metronidazol, robenacoxibe e gabapentina.</p><p>e) realizar cistostomia mantendo paciente internado por dez dias para verificação do fluxo urinário em</p><p>momentos de fechamento da sonda.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Provavelmente este paciente apresenta doença do</p><p>trato urinário inferior de felinos, dessa forma, a coleta de urina para realização de urinálise e a sondagem</p><p>para realização de lavagem vesical são indicadas com o paciente sob sedação.</p><p>23. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) As urolitíases são comumente diagnosticadas em</p><p>cães e gatos. É correto o que se afirma em:</p><p>a) cálculos de estruvita são observados principalmente em cães da raça Dálmata e em cães com doenças</p><p>hepáticas.</p><p>b) as infecções do trato urinário por bactérias produtoras de urease podem induzir a formação de cálculos</p><p>de estruvita.</p><p>c) a presença de urólitos em ureter pode levar a azotemia renal e hipercalemia.</p><p>d) para dissolução dos cálculos de oxalato de cálcio, é necessária a utilização de dietas com menor quantidade</p><p>de cálcio, e que levem a acidificação da urina.</p><p>e) o uso de dieta com a finalidade de alcalinizar a urina é uma opção terapêutica para aumentar a solubilidade</p><p>dos cristais ou cálculos de estruvita.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>72</p><p>143</p><p>25</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A maior parte dos urólitos de estruvita se forma em</p><p>decorrência de infecção do trato urinário com bactérias produtoras de urease. A urease converte a ureia em</p><p>amônia, que alcaliniza a urina e predispõe à precipitação de estruvita.</p><p>24. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2020) Um cão, diagnosticado com insuficiência renal</p><p>aguda, apresentou o débito urinário de 0,2 ml/kg/h (valor de referência: 1 a 2 ml/kg/h). O tratamento</p><p>inicial preconizado, na tentativa de restabelecimento da função renal, deve incluir:</p><p>a) fluidoterapia com solução isotônica, furosemida e dopamina (dose baixa).</p><p>b) fluidoterapia com solução isotônica, manitol e dopamina (dose alta).</p><p>c) fluidoterapia com solução hipertônica, dexametasona e furosemida.</p><p>d) fluidoterapia com solução coloide, enalapril e adrenalina (dose baixa).</p><p>e) fluidoterapia com solução coloide, manitol e noradrenalina.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Para correção da diminuição da perfusão renal, o</p><p>primeiro procedimento deverá ser a instituição da fluidoterapia, com soluções isotônicas, levando ao</p><p>aumento da perfusão sanguínea renal. A furosemida, um diurético de alça, resulta na desobstrução tubular,</p><p>aumentando o fluxo tubular e a taxa de</p><p>filtração do glomérulo. Já dopamina, uma catecolamina e um agente</p><p>vasodilatador renal, tem potencial de aumentar o fluxo renal, a filtração glomerular e a excreção renal de</p><p>sódio. Em dose baixa, a dopamina pode aumentar a formação de urina.</p><p>25. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2020) Assinale a alternativa que contém um marcador</p><p>precoce de lesão glomerular em cães:</p><p>a) Creatinina.</p><p>b) Cistatina C.</p><p>c) Gama glutamil transferase (GGT) urinária.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>73</p><p>143</p><p>26</p><p>d) Dimetilarginina simétrica (SDMA).</p><p>e) N-acetil-β-D-glucosaminidase (NAG)</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A dimetilarginina simétrica (SDMA) é um subproduto</p><p>da metilação de proteínas, que é eliminada principalmente por excreção renal, sendo um biomarcador</p><p>indireto e precoce da taxa de filtração glomerular.</p><p>26. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2020) A utilização dos inibidores da enzima conversora</p><p>de angiotensina (IECA) retarda a progressão da doença renal crônica em cães e gatos. Dentre os objetivos</p><p>que justificam o emprego dos fármacos benazepril e enalapril está:</p><p>a) Diminuir a taxa de filtração glomerular com diminuição da proteinúria.</p><p>b) Aumentar a absorção intestinal e a reabsorção tubular renal de cálcio e fosfato com melhora do</p><p>hiperparatireoidismo secundário renal.</p><p>c) Quelar o fósforo no intestino e reduzir sua absorção, com melhora da hiperfosfatemia.</p><p>d) Aumentar a pressão hidrostática intraglomerular, aumentando a filtração de creatinina e reduzindo a</p><p>azotemia.</p><p>e) Diminuir a excreção de potássio e cálcio, além de eliminação da creatinina.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O movimento transglomerular das proteínas é</p><p>influenciado pela hemodinâmica do animal, dessa forma, a proteinúria pode ser reduzida pelo bloqueio do</p><p>sistema renina angiotensina aldosterona, justificando o uso de IECA em pacientes com DRC, uma vez que</p><p>estes medicamentos dilatam a arteríola eferente diminuindo a pressão hidrostática glomerular e a perda de</p><p>proteínas através da barreira glomerular.</p><p>27. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2020) Sabendo que a lesão renal aguda (LRA) pode ser</p><p>determinada por fatores isquêmicos que culminam com declínio abrupto da taxa de filtração glomerular</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>74</p><p>143</p><p>27</p><p>e da função renal suficiente para causar IRA, assinale abaixo a alternativa que representa um destes</p><p>fatores causadores de LRA:</p><p>a) Quimioterápicos</p><p>b) Aminoglicosídeos</p><p>c) Insuficiência cardíaca congestiva</p><p>d) Leptospirose</p><p>e) Uvas frescas</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A insuficiência cardíaca congestiva causa diminuição</p><p>da taxa de filtração glomerular seja por causa da hipotensão provocada pelo baixo débito cardíaco ou</p><p>decorrente da ativação de sistemas compensatórios, que cursam com vasoconstrição renal.</p><p>28. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2020) “A insuficiência renal aguda (IRA) tem altas taxas</p><p>de morbidade e mortalidade em cães, gatos e humanos, sendo que a lesão renal aguda (LRA) representa</p><p>a grande maioria dos casos de IRA.” (JERICÓ et al., 2015, p.1369). Sabendo que a LRA pode ser determinada</p><p>por fatores isquêmicos que culminam com diminuição da taxa de filtração glomerular suficiente para</p><p>causar IRA, assinale abaixo a alternativa que representa um destes fatores causadores de LRA:</p><p>a) Aminoglicosídeos.</p><p>b) Quimioterápicos.</p><p>c) Leptospirose.</p><p>d) Insuficiência Cardíaca Congestiva.</p><p>e) Uvas frescas.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A insuficiência cardíaca congestiva causa diminuição</p><p>da taxa de filtração glomerular seja por causa da hipotensão provocada pelo baixo débito cardíaco ou</p><p>decorrente da ativação de sistemas compensatórios, que cursam com vasoconstrição renal.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>75</p><p>143</p><p>28</p><p>29. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2020) Em pacientes portadores de Doença Renal Crônica</p><p>(DRC) são frequentes alterações no metabolismo de cálcio e fósforo, com redução da excreção de fósforo</p><p>pelos rins, o que induz a um quadro de hiperfosfatemia. Nesta situação indica-se o uso de fármacos que</p><p>atuem como quelantes intestinais do fósforo. Assinale abaixo o fármaco que é indicado para o tratamento</p><p>desta alteração clínica em cães com DRC:</p><p>a) Carbonato de Cálcio.</p><p>b) Hidróxido de Potássio.</p><p>c) Hidróxido de Magnésio.</p><p>d) Hidróxido de Fósforo.</p><p>e) Carbonato de Magnésio.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Medicamentos que possuem cálcio na formulação,</p><p>como o carbonato de cálcio, são atualmente os de primeira escolha. Eles quelam o fósforo na luz intestinal,</p><p>reduzindo sua absorção no tubo digestivo.</p><p>30. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2020) Define-se por infecção urinária recidivante aquela</p><p>em que:</p><p>a. O mesmo micro-organismo é isolado poucos dias ou uma semana após descontinuação do</p><p>tratamento antimicrobiano.</p><p>b. A presença de um defeito anatômico ou neoplásico presente no trato urinário superior.</p><p>c. Há uma reinfecção urinária semanas ou meses após término do tratamento antimicrobiano.</p><p>d. Há presença de hematúria.</p><p>e. O micro-organismo original foi erradicado completamente e um novo micro-organismo está presente</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>76</p><p>143</p><p>29</p><p>A alternativa A é o gabarito da questão. A infecção urinária reincidente, ou recidivante, ocorre quando há</p><p>crescimento bacteriano na urina 7 a 15 dias após o término do medicamento antimicrobiano. Sendo a</p><p>bactéria a mesma isolada anteriormente, na qual se baseou a antibioticoterapia prévia.</p><p>31. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2020) Em cães e gatos com IRA, é de suma importância</p><p>o monitoramento:</p><p>a) Da creatinina sérica a cada 72 horas.</p><p>b) Da produção urinária, no mínimo, a cada 6 horas; a qual deve ser superior à 1mL/kg/h.</p><p>c) Dos valores séricos de ureia, pois esta é utilizada para classificação da IRA.</p><p>d) Das lesões parenquimatosas renais por meio de biopsias sucessivas.</p><p>e) Da produção e consistência das fezes.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O acompanhamento da produção urinária é essencial</p><p>para avaliação e monitoramento do paciente com insuficiência renal aguda, pois é dado importante na</p><p>determinação da progressão da doença e resposta ao tratamento. A média normal para a taxa de excreção</p><p>de urina é de 1 a 2 mℓ/kg/h. Além disso, a International Renal Interest Society recomenda que este</p><p>monitoramento seja realizado, no mínimo, a cada 6 horas.</p><p>32. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2020) A hipercalemia é um desequilíbrio eletrolítico grave</p><p>nos pacientes com injúria renal aguda oligúrica. São opções de tratamento para esses pacientes</p><p>hipercalêmicos:</p><p>a) bicarbonato de sódio, espironolactona, telmisartana.</p><p>b) gluconato de cálcio, glicose hipertônica com insulina, bicarbonato de sódio.</p><p>c) telmisartana, gluconato de cálcio e furosemida.</p><p>d) furosemida, bicarbonato de sódio e manitol.</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>77</p><p>143</p><p>30</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A hipercalemia deve ser revertida por meio de</p><p>procedimentos que favoreçam a troca do potássio do compartimento extracelular para o intracelular. A troca</p><p>de compartimento pode ser acelerada com uso de glicose e insulina. A insulina ativa a Na+K+ATPase captando</p><p>potássio para dentro da célula. O gluconato de cálcio irá fornecer proteção cardíaca aos pacientes com altos</p><p>níveis de potássio circulantes. Já o bicarbonato de sódio deve ser utilizado em pacientes com hipercalemia</p><p>associada a acidose, esta medicação vai favorecer o deslocamento do potássio para o ambiente intracelular</p><p>33. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2020) Hipertensão arterial sistêmica é uma complicação</p><p>comum nos pacientes com diagnóstico de doença renal crônica. São mecanismos envolvidos no</p><p>desenvolvimento da hipertensão:</p><p>a) ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, ativação do sistema simpático, retenção de sódio,</p><p>aumento das concentrações séricas do hormônio da paratireoide (PTH).</p><p>b) aumento da resistência vascular periférica, ativação do sistema simpático, hipergastrinemia, acidose</p><p>metabólica.</p><p>c) ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, acidose metabólica, aumento das concentrações</p><p>séricas do hormônio da paratireoide (PTH).</p><p>d) aumento da resistência vascular periférica, aumento das concentrações sérica de hormônio antidiurético</p><p>(ADH), ativação do sistema simpático.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. “Em cães e gatos com doença renal crônica, o rim é</p><p>responsável pelo controle da pressão sanguínea a longo prazo, por meio da regulação da excreção de sódio</p><p>e água, da natriurese e da ação do sistema renina angiotensina aldosterona, a perda da regulação da pressão</p><p>sanguínea provoca a hipertensão arterial sistêmica, estabelecida pelos seguintes mecanismos:</p><p> Ativação do SRAA</p><p> Retenção de sódio</p><p> Expansão do volume plasmático</p><p> Ativação do sistema nervoso simpático</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>78</p><p>143</p><p>31</p><p> Diminuição de substâncias vasodilatadoras</p><p> Aumento do débito cardíaco</p><p> Aumento da resistência vascular periférica</p><p> Aumento da concentração sérica de PTH</p><p> Tratamento ou administração de eritropoetina recombinante humana.” (Jericó, 2015)2.</p><p>34. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2020) As urolitíases são causas comuns de disúria em cães</p><p>e gatos. Em relação a essa afecção,</p><p>a) a infeção urinária por bactérias produtoras de urease é a causa da formação de cálculos de fosfato de</p><p>amônio magnesiano (estruvita) em gatos.</p><p>b) cálculos de oxalato de cálcio são mais comumente observados em cães que apresentam hipercalcemia</p><p>idiopática.</p><p>c) dietas ricas em oxalato, vitamina C e Vitamina D e doenças que acarretem hipercalcemia são fatores</p><p>relacionados a formação dos cálculos de oxalato.</p><p>d) a utilização de dietas úmidas com adição de acidificantes urinários contribui para formação de cálculos de</p><p>carbonato de cálcio em gatos.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Dietas com alto teor de cálcio, oxalato, vitamina D ou</p><p>C, afecções que cursem com hipercalcemia (como o hiperparatireoidismo primário e o linfoma) ou mobilizem</p><p>cálcio (hiperadrenocorticismo, uso prolongado de glicocorticoides) irão predispor os pacientes ao</p><p>desenvolvimento de urolitíase por oxalato de cálcio.</p><p>35. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2020) A dissinergia reflexa (ou dissinergia detrusor-uretral)</p><p>idiopática causa incontinência urinária, ocorrendo principalmente em cães machos e caracterizando-se</p><p>por:</p><p>a) relaxamento do esfíncter ureteral sem contração do músculo detrusor da bexiga.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>79</p><p>143</p><p>32</p><p>b) contração do músculo detrusor da bexiga com espasmo do esfíncter uretral.</p><p>c) lesão neurológica - traumática que acarreta flacidez do músculo detrusor da bexiga e do esfíncter uretral.</p><p>d) lesão de uretral causada por hiperplasia prostática que acarreta atonia do músculo detrusor da bexiga.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Na dissinergia reflexa ocorre a perda de sincronia</p><p>entre o esfíncter uretral externo e o músculo detrusor durante a micção, causando perda do controle</p><p>voluntário da micção devido. O esfíncter uretral externo se torna espástico e hipercontraído o que impede</p><p>que a urina seja expelida. Por outro lado, a retenção de urina irá causar distensão da vesícula urinária,</p><p>estimulando a contração do músculo detrusor, na tentativa de esvaziamento vesical.</p><p>36. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2020) A urinálise é um exame extremamente</p><p>importante na avaliação das enfermidades do trato urinário, bem como fornece informações sobre</p><p>outros sistemas. Sobre a urinálise, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada alternativa a seguir.</p><p>( ) O grau de turbidez é o reflexo das partículas na urina; em felinos, a urina normal pode ser ligeiramente</p><p>turva pela presença de glicose.</p><p>( )A densidade da urina é parte importante do exame físico e pode ser considerada indicador de função</p><p>tubular.</p><p>( )A causa mais comum de glicose na urina é a degeneração do glomérulo.</p><p>( ) O exame do sedimento urinário fornece informações sobre a localização da lesão renal.</p><p>A sequência correta é</p><p>a) F - V - F - V.</p><p>b) V - F - V - V.</p><p>c) F - V - F – F.</p><p>d) V - V - F – F.</p><p>e) F - F - V - F.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>80</p><p>143</p><p>33</p><p>A primeira afirmação está incorreta. A turbidez urinária é o reflexo da quantidade de células, cilindros,</p><p>bactérias e/ou cristais. A urina de cães e gatos costuma ser límpida a discretamente turva. A glicosúria,</p><p>quando presente reflete aumento da glicose sanguínea ou deficiência na reabsorção tubular renal.</p><p>A segunda afirmação está correta. A densidade urinária é a relação entre a massa do volume urinário e a</p><p>massa de um mesmo volume de água destilada, sendo uma parte importante do exame físico da urina, por</p><p>ser um excelente indicador da habilidade de concentração urinária do túbulo renal.</p><p>A terceira afirmação está incorreta. A principal causa de glicosúria é a hiperglicemia, e quando o aumento</p><p>de glicose é causado por problemas renais, está relacionado com a incapacidade de reabsorção tubular.</p><p>A quarta afirmação está correta. A avaliação do sedimento urinário permite identificar a origem da</p><p>proteinúria e desta forma, a localização da lesão renal é possível.</p><p>37. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2020) Sobre Cistite Idiopática Felina (CIF), assinale V</p><p>(verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa a seguir.</p><p>( ) Em gatos com CIF, os tampões uretrais são a causa mais comum de obstrução em machos.</p><p>( ) Os neurônios aferentes da bexiga de gatos com CIF exibem uma clara diminuição na excitabilidade aos</p><p>estímulos físicos e químicos se comparados aos de felinos não afetados.</p><p>( ) A sondagem uretral com cateteres rígidos e por um período mínimo de 48 horas está indicada em 99%</p><p>dos casos de obstrução uretral, pois é um procedimento seguro que não causa sequelas aos pacientes.</p><p>( ) Os sinais clínicos da CIF podem ocorrer com remissões e recidivas e parecem ser intensificados por fatores</p><p>internos e externos ao paciente, como fatores ambientais estressantes, por exemplo.</p><p>A sequência correta é</p><p>a) V - F - F – V.</p><p>b)</p><p>por isso, é importante que você esteja atento para este tema.</p><p>Questões sobre doença renal aguda e crônica, urolitíase e infecções urinárias sempre estão</p><p>presentes. Aqui nesse tema é importante se atentar também para os consensos do Colégio Americano de</p><p>Medicina Veterinária Interna e da International Society of Feline Medicine, além das diretrizes do</p><p>International Renal Interest Society, pois a tendência atual dos concursos de Medicina Veterinária é abordar</p><p>essas diretrizes nas questões de provas. Então, vamos iniciar nosso estudo desse assunto e focar e nos</p><p>aprofundar no que for mais importante para seu sucesso no concurso almejado.</p><p>Você vai perceber que este livro traz, no decorrer do texto e ao final, diversas questões de concursos</p><p>passados na área de Clínica Médica de Cães e Gatos, meu objetivo é praticarmos e entendermos juntos os</p><p>assuntos cobrados, para que você esteja preparado no dia da sua prova. Mesmo que as questões discutidas</p><p>não sejam do seu concurso pretendido, é importante que você treine, pois, a resolução de questões ajuda a</p><p>fixar o conteúdo.</p><p>Antes de iniciarmos precisamos relembrar alguns termos para facilitar o entendimento das questões</p><p>relacionadas ao sistema urinário.</p><p> Disúria: dor ou desconforto ao urinar, podendo ocorrer dificuldade na micção;</p><p>Estrangúria: esforço prolongado e doloroso durante micção, com esforço abdominal, sem</p><p>eliminação de urina, ou com eliminação de urina em jatos finos ou gotas com sinais de dor;</p><p> Polaquiúria: aumento da frequência de micção;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6</p><p>143</p><p>==1365fc==</p><p>5</p><p> Oligosúria: diminuição da frequência de micção;</p><p> Iscúria: incapacidade de eliminar a urina, podendo ser parcial ou completa;</p><p> Incontinência urinária: incapacidade de armazenamento de urina;</p><p> Noctúria: eliminação da urina durante o sono;</p><p>Poliuria: aumento na produção de urina em 24hs;</p><p>Oligúria: diminuição na produção de urina em 24hs;</p><p>Anúria: ausência de produção de urina ou produção mínima de urina;</p><p>Agora vamos nos aprofundar!</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFF/2013) Os termos técnicos que se referem à presença de sangue</p><p>na urina, à ausência de micção por retenção urinária, à ausência de produção de urina, à micção</p><p>extremamente dolorosa na qual a urina flui gota a gota e à intoxicação endógena pelo excesso de ureia,</p><p>são, respectivamente:</p><p>a) hematúria, iscúria, anúria, estrangúria e uremia.</p><p>b) hematúria, uremia, anúria, iscúria e disúria.</p><p>c) hemoglobinúria, iscúria, uremia, estrangúria e disúria.</p><p>d) hematúria, enurese, iscúria, estrangúria e uremia.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.</p><p>Hematúria é o termo técnico utilizado para se referir à presença de sangue na urina.</p><p>Iscúria se refere à supressão ou retenção da urina.</p><p>Anúria é utilizado para ausência de produção e eliminação de urina.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7</p><p>143</p><p>6</p><p>Estrangúria é o termo utilizado para manifestação frequente de urinar acompanhado de dificuldade na</p><p>expulsão da urina e de dores, com urina fluindo por gotejamento.</p><p>Uremia se refere a síndrome causada principalmente pelo acúmulo de ureia endógena no sangue que leva à</p><p>intoxicação.</p><p>Gostaria de deixar um convite a vocês: SIGAM NOSSO PERFIL DO INSTAGRAM e visitem nossa</p><p>PÁGINA NA WEB, ESPECÍFICOS SOBRE RESIDÊNCIA NA ÁREA DE SAÚDE. Lá teremos diversas informações</p><p>úteis e artigos, tudo visando te auxiliar para alcançar a aprovação. Aproveitem!</p><p>Instagram: @estrategia.saude</p><p>@vetgraziela</p><p>Site: https://linkme.bio/estrategia.saude/</p><p>Boa aula!</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8</p><p>143</p><p>1</p><p>Glomerulopatias</p><p>As glomerulopatias são afecções de função e/ou estrutura do glomérulo renal. Podendo ser primária</p><p>(quando a lesão glomerular inicia a injúria renal) ou secundária (quando a lesão glomerular é decorrente de</p><p>uma doença sistêmica ou local, sem origem no glomérulo). É uma doença comum em cães e menos comum</p><p>em gatos.</p><p>Embora a proteinúria seja uma característica das lesões glomerulares, ela não é exclusiva desta</p><p>doença, podendo ser originada por outras causas. Desta forma, o diagnóstico da causa da proteinúria é</p><p>essencial para o sucesso da terapia. O consenso da International Renal Interest Society1 dividiu os pacientes</p><p>com glomerulopatias em classes de acordo com as principais manifestações clínicas da doença, visando</p><p>facilitar o diagnóstico dessa doença, e consequentemente o tratamento.</p><p>Classificação de cães com doença glomerular1:</p><p> Nível I: Proteinúria renal persistente sem hipoalbuminemia ou azotemia:</p><p>Nível I-A: Proteinúria renal subclínica persistente, assintomática, sem alterações renais</p><p>identificáveis;</p><p>Nível I-B - Proteinúria renal persistente com hipertensão, com ou sem evidência de dano ao</p><p>órgão alvo;</p><p> Nível II - Proteinúria renal associada a hipoalbuminemia, mas sem azotemia:</p><p>Nível II-A - Proteinúria renal persistente com hipoalbuminemia, com ou sem complicações ou</p><p>sequelas associadas (principalmente edema e eventos tromboembólicos), mas sem hipertensão ou</p><p>azotemia;</p><p>1 IRIS Canine GN Study Group Diagnosis Subgroup. Consensus Recommendations for the Diagnostic Investigation of Dogs with</p><p>Suspected Glomerular Disease. J Vet Intern Med. v.27, S19–S26, 2013</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9</p><p>143</p><p>2</p><p>Nível II-B - Proteinúria renal persistente com hipoalbuminemia, com ou sem complicações ou</p><p>sequelas associadas (principalmente edema e eventos tromboembólicos), além de hipertensão (com</p><p>ou sem evidência de dano ao órgão alvo), mas sem azotemia;</p><p> Nível III - Proteinúria renal associada à azotemia renal:</p><p>Nível III-A - Proteinúria renal com azotemia renal, sem hipertensão ou hipoalbuminemia;</p><p>Nível III-B - Proteinúria renal com azotemia renal e hipertensão (com ou sem evidência de</p><p>lesão a órgão alvo), mas sem hipoalbuminemia;</p><p>Nível III-C - Proteinúria renal com azotemia renal e hipoalbuminemia com o sem complicações</p><p>ou sequelas (principalmente edema e tromboembolismo), que muitas vezes (mas nem sempre) são</p><p>acompanhados por hipertensão (com ou sem evidência de lesão de órgão-alvo).</p><p>Lesões glomerulares na maioria das vezes estão relacionada à deposição de imunocomplexo na</p><p>parede do capilar do glomérulo (glomerulonefrite), no entanto, causas não imunomediadas também podem</p><p>levar à doença glomerular (amiloidose, glomeruloesclerose).</p><p>O esquema abaixo traz as recomendações para o diagnóstico de glomerulopatias de acordo com o</p><p>consenso da International Renal Interest Society1.</p><p>Além dos testes citados, alguns casos irão necessitar de exames de imagem e biopsia renal para</p><p>obtenção do diagnóstico.</p><p>Diagnóstico de</p><p>glomerulopatias</p><p>Histórico</p><p>abrangente</p><p>Exame físico</p><p>completo</p><p>Aferição da</p><p>pressão</p><p>arterial</p><p>sistêmica</p><p>Urinálise</p><p>Exames de</p><p>sangue</p><p>Testes para</p><p>doenças</p><p>específicas</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10</p><p>143</p><p>3</p><p>A doença glomerular atinge animais de qualquer idade, sendo mais prevalente nos de meia idade a</p><p>idosos. Os sinais clínicos são variáveis e relacionados ao nível de proteinúria e com a doença de base,</p><p>V - F - V - F.</p><p>c) F - V - F – V.</p><p>d) F - V - V – F.</p><p>e) F - V - V - V.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>81</p><p>143</p><p>34</p><p>A primeira afirmação está correta. A causa mais comum de obstrução uretral nos gatos machos com cistite</p><p>idiopática é a presença de tampões uretrais. Nos felinos machos, a uretra é longa e estreita, e possui pontos</p><p>onde há diminuição do diâmetro luminal, predispondo ao alojamento desses tampões.</p><p>A segunda afirmação está incorreta. A inflamação neurogênica que ocorre na CIF tem início com a</p><p>EXCITAÇÃO de fibras sensoriais de neurônios aferentes (fibras-C).</p><p>A terceira afirmação está incorreta. Alguns felinos obstruídos não irão necessitar de cateterização para que</p><p>a desobstrução seja bem sucedida, a simples massagem peniana ou compressão delicada da bexiga urinária</p><p>podem ser procedimentos bem sucedidos para restituir a patência uretral e que devem ser tentados antes</p><p>da sondagem. Além disso, quando a sondagem for necessária é preciso que seja realizada de forma</p><p>cuidadosas, pois pode resultar em complicações como infecção retrógrada, ruptura iatrogênica, inflamação</p><p>e consequente estenose do lúmen uretral.</p><p>A quarta afirmação está correta. A CIF é uma doença que apresenta períodos de remissão e recidiva, que se</p><p>intensificam quando o animal é submetido a situações de estresse, como alteração brusca no ambiente.</p><p>38. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2020) A administração de anti-inflamatórios não</p><p>esteroides a cães têm sido associada à falência renal aguda. Isso se deve:</p><p>a) ao aumento da taxa de filtração glomerular, que pode gerar aumento da quantidade de plasma, com</p><p>consequente edema e sobrecarga de filtração pelos rins.</p><p>b) à diminuição da síntese de prostaglandina nos rins, responsável pela manutenção do fluxo sanguíneo. Isso</p><p>ocasiona uma constrição da arteríola aferente, que leva à redução da perfusão renal e necrose.</p><p>c) à ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que provoca aumento da quantidade de plasma,</p><p>com consequente edema e sobrecarga de filtração renal.</p><p>d) à ativação do aparelho justaglomerular, que aumenta a produção de eritropoietina. Esta atua na medula</p><p>óssea, aumentando a produção de células sanguíneas. Como consequência, há aumento do plasma e</p><p>sobrecarga de filtração renal.</p><p>e) à diminuição da ativação da mácula densa, que é responsável, junto com a cicloxigenase 1, pela pressão</p><p>sanguínea renal. Isso ocasiona uma diminuição do fluxo sanguíneo renal.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>82</p><p>143</p><p>35</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. AINES produzem lesão renal aguda principalmente</p><p>por mecanismos hemodinâmicos relacionados à redução na síntese de prostaglandinas. As prostaglandinas</p><p>renais são substâncias que estimulam a vasodilatação, mantendo o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração</p><p>glomerular. O uso de anti-inflamatórios não esteroidais inibe a síntese de prostaglandinas, reduzindo a taxa</p><p>de filtração glomerular, causando vasoconstrição da arteríola aferente, levando à isquemia renal, que pode</p><p>culminar em necrose de papila renal.</p><p>39. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2020) As infecções do trato urinário inferior são processos</p><p>comuns na rotina da clínica de pequenos animais, entretanto, esses processos podem ter complicações se</p><p>o tratamento com antimicrobiano não for realizado corretamente. Quanto ao tratamento com</p><p>antimicrobianos nesses processos, é correto afirmar:</p><p>a) O antimicrobiano deve ter alta taxa de excreção renal, de modo a atingir concentrações elevadas na bexiga.</p><p>b) As quinolonas devem ser evitadas em animais idosos, por levarem à necrose tubular aguda.</p><p>c) No caso de urina com pH alcalino recomenda-se o uso de acidificantes urinários para potencializar a ação</p><p>do antimicrobiano.</p><p>d) As cefalosporinas de terceira geração são a primeira linha de tratamento para infecções por Proteus spp.</p><p>e) No tratamento das infecções complicadas ou recorrentes, o uso do antimicrobiano deve perdurar por duas</p><p>semanas</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A decisão para a escolha do antimicrobiano deve ser</p><p>baseada na taxa de excreção renal do fármaco, devendo ser utilizado o que tiver a taxa mais alta e,</p><p>consequentemente, que resulte em elevada concentração urinária.</p><p>40. (Residência em Medicina Veterinária – UFPR/2020) No que diz respeito a diagnóstico e manejo da</p><p>doença renal crônica (DRC) em felinos, de acordo com as diretrizes de consenso da Sociedade Internacional</p><p>de Medicina Felina, publicadas em 2016, assinale a alternativa correta.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>83</p><p>143</p><p>36</p><p>a) Informações clínicas como perda de peso, alteração do tamanho renal, desidratação, oligúria, polidipsia e</p><p>hipotensão sistêmica são alterações sugestivas de DRC.</p><p>b) Embora frequentemente sejam avaliadas em conjunto, a ureia é preferível à creatinina sérica como</p><p>marcador da taxa de filtração glomerular (TFG), pois sua concentração é diretamente relacionada à TFG e é</p><p>menos afetada por fatores não renais.</p><p>c) Na rotina clínica, a associação da concentração de dimetilarginina simétrica com o aumento da</p><p>concentração urinária é utilizada para diagnóstico e avaliação da progressão da DRC.</p><p>d) Diferentemente da creatinina, a dimetilarginina simétrica (SDMA) possui correlação diretamente linear</p><p>com a taxa de filtração glomerular, e seu uso no diagnóstico e estadiamento da DRC substitui outros</p><p>marcadores, podendo ser utilizado como único teste de triagem.</p><p>e) A hipocalemia pode contribuir ou causar sinais clínicos, como letargia, inapetência, constipação e fraqueza</p><p>muscular, mas não foi identificada como um fator de risco para a progressão da DRC.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão De acordo com as diretrizes de consenso sobre o</p><p>diagnóstico e gestão da doença renal crônica felina (Sparkes et al., 20164) a doença renal crônica em felinos</p><p>pode levar causar a diurese excessiva de potássio, que pode ser agravada por uma redução na ingestão de</p><p>potássio, vômito e troca transcelular. A hipocalemia pode causar ou contribuir para manifestações clínicas,</p><p>como letargia, inapetência, constipação e fraqueza muscular, e pode contribuir para o desenvolvimento de</p><p>acidose, mas não foi identificada como um fator de risco para a progressão ou consequências da doença</p><p>renal crônica.</p><p>41. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) A pielonefrite bacteriana pode ser definida como uma infecção da pelve e do parênquima renal.</p><p>Comentários:</p><p>4 Sparkes, A.H. et al. ISFM Consensus Guidelines on the Diagnosis and Management of Feline Chronic Kidney Disease. Journal of</p><p>Feline Medicine and Surgery. v. 18, p.219–239, 2016.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>84</p><p>143</p><p>37</p><p>A pielonefrite é uma inflamação que envolve a pelve renal, mas também o parênquima renal. Geralmente</p><p>causada por ascensão de microrganismos do trato urinário inferior para a pelve e parênquima renal, podendo</p><p>menos comumente ser resultado de disseminação hematogênica para o rim. Portanto a afirmativa é</p><p>verdadeira.</p><p>42. (Residência em Medicina</p><p>Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) Em cães poliúria e polidpsia pode ser sinais clínicos de pielonefrite bacteriana.</p><p>Comentários:</p><p>As manifestações clínicas associadas à pielonefrite não são específicas, mas geralmente causa dor abdominal,</p><p>alterações na micção (disúria, poliúria, alteração macroscópica da urina) e aumento da ingestão de água</p><p>(polidipsia). Portanto a afirmativa é verdadeira.</p><p>43. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) Uma lesão de neurônio motor inferior pode promover distensão da bexiga e dificuldade para esvaziá-la</p><p>por manobra de compressão.</p><p>Comentários:</p><p>Na lesão do neurônio motor inferior, o esvaziamento da bexiga por compressão manual é fácil e em caso de</p><p>lesão do NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR, o esvaziamento vesical por compressão manual apresenta maiores</p><p>dificuldades por uma maior resistência. Portanto a afirmativa é falsa.</p><p>44. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) O fosfato de amônio magnésio forma um urólito que normalmente está associado a infecções urinárias.</p><p>Comentários:</p><p>Urólitos de estruvita são formados por magnésio, amônia e fosfato, tendo a infecção do trato urinário com</p><p>bactérias produtoras de urease como principal causa para sua formação. Portanto a afirmativa é verdadeira.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>85</p><p>143</p><p>38</p><p>45. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) Os dálmatas apresentam falhas metabólicas no transporte e na conversão do ácido úrico em alantoína e</p><p>por isso formam cálculos de urato.</p><p>Comentários:</p><p>Cálculo de urato de amônio são formados quando há aumento de ácido úrico na urina, em urina ácida,</p><p>quando há deficiência na capacidade de converter ácido úrico em alantoína, ou por maior absorção de ácido</p><p>úrico pelos rins. Cães da raça dálmata são mais predispostos ao desenvolvimento desse tipo de urólito, devido</p><p>a deficiências no transporte hepático de ácido úrico e à redução da reabsorção tubular proximal e da secreção</p><p>de ácido úrico no túbulo distal. Portanto a afirmativa é verdadeira.</p><p>46. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) A resistência a terapia diurética com furosemida se dá pelo fato dela atuar na porção descendente da alça</p><p>de Henle e ser então dependente do filtrado glomerular.</p><p>Comentários:</p><p>A furosemida age no ramo ASCENDENTE da alça de Henle, portanto, a eficácia de sua ação depende do</p><p>fármaco alcançar o lúmen tubular. Portanto a afirmativa é falsa.</p><p>47. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) O manitol é contraindicado em um paciente com falência renal aguda sem cardiopatia.</p><p>Comentários:</p><p>O manitol é contraindicado em pacientes desidratados ou hiper-hidratados, pois há risco de distúrbios</p><p>hemodinâmicos sistêmicos e edema pulmonar. Portanto a afirmativa é falsa.</p><p>48. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) Na espécie felina, a anorexia, doença renal crônica e uso de diuréticos podem ocasionar hipercalemia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>86</p><p>143</p><p>39</p><p>Comentários:</p><p>A causa mais comum de hipercalemia em felinos é a obstrução uretral. Gatos com doença renal crônica, uso</p><p>de diuréticos e anorexia tem maior probabilidade de desenvolver HIPOCALEMIA. Portanto a afirmativa é</p><p>falsa.</p><p>49. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) O betanecol é um fármaco recomendado em casos de atonia intestinal.</p><p>Comentários:</p><p>O betanecol é um fármaco parassimpatomimético que estimula os receptores muscarínicos melhorando a</p><p>contratilidade da BEXIGA URINÁRIA, indicado em casos de atonia do músculo detrusor. Portanto a afirmativa</p><p>é falsa.</p><p>50. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) A presença de cilindrúria (granulosos) é comum quadros crônicos de doença renal.</p><p>Comentários:</p><p>Os achados da sedimentoscopia, com destaque para a cilindrúria, são altamente relevantes para o</p><p>diagnóstico de doença renal. Portanto a afirmativa é verdadeira.</p><p>51. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) Os urólitos de oxalato de cálcio apresentam mais frequente ocorrência quando existe infecção do trato</p><p>urinário.</p><p>Comentários:</p><p>Os fatores que promovem a formação de cálculos de oxalato de cálcio incluem a hipercalcemia, o uso de</p><p>substâncias calciuréticas, o hiperadrenocorticismo e as dietas com baixo índice de sódio, alta umidade ou</p><p>alta concentração proteica. Portanto a afirmativa é falsa.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>87</p><p>143</p><p>40</p><p>52. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) O potássio sérico deve ser sempre monitorado em pacientes com doença renal crônica, pois na maioria</p><p>das vezes está elevado colocando em risco a vida do animal.</p><p>Comentários:</p><p>O potássio sérico geralmente está DIMINUÍDO em pacientes com doença renal crônica. Portanto a afirmativa</p><p>é falsa.</p><p>53. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) A proteinúria quase sempre está associada a lesão glomerular.</p><p>Comentários:</p><p>Embora a lesão glomerular seja a principal causa de proteinúria RENAL, esta alteração urinária pode também</p><p>ser ocasionada por lesão tubular renal e por causas pré-renais, como o aumento da pressão hidrostática e o</p><p>aumento da concentração sérica de proteínas de baixo peso molecular. Portanto a afirmativa é falsa.</p><p>54. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) A E. coli é uma das bactérias mais comuns em casos de infecção do trato urinário.</p><p>Comentários:</p><p>As principais fontes de infecção do trato urinário consistem em bactérias provenientes da uretra distal, pele</p><p>ou do intestino, sendo a Escherichia coli um dos principais agentes envolvidos nesse tipo de infecção.</p><p>Portanto a afirmativa é verdadeira.</p><p>55. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2019) Sobre urolitíase canina, assinale a alternativa</p><p>INCORRETA:</p><p>a) Urólitos de xantina podem ocorrer em animais em uso de alopurinol.</p><p>b) Urólitos de oxalato de cálcio se formam em pH urinário ácido.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>88</p><p>143</p><p>41</p><p>c) Alta concentração urinária (urina com densidade elevada) predispõe a cristalização e precipitação de</p><p>cristais, sendo o aumento da ingestão hídrica uma das formas de prevenção dos urólitos.</p><p>d) Urólitos de estruvita são secundários principalmente a infecções de trato urinário por bactérias</p><p>produtoras</p><p>de urease, como E. coli, que acidificam a urina.</p><p>e) Animais com desvio portossistêmico e cães da raça Dálmata são predispostos a formação de urólitos de</p><p>urato de amônio.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. A maior parte dos urólitos de estruvita se forma</p><p>em decorrência de infecção do trato urinário com bactérias produtoras de urease (Haemophilus influenzae,</p><p>Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Serratia sp, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus</p><p>epidermidis). A urease converte a ureia em amônia, que ALCALINIZA a urina e predispõe à precipitação de</p><p>estruvita.</p><p>56. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A injúria renal aguda é uma síndrome clínica</p><p>caracterizada por aumentos abruptos da creatinina sérica e do nitrogênio uréico sanguíneo (BUN)</p><p>(azotemia). Azotemia pré-renal surge da diminuição da perfusão renal e retenção de resíduos</p><p>nitrogenados; azotemia pós-renal resulta de obstrução do trato urinário ou uroabdomen. Sobre as causas</p><p>da Injuria renal aguda é CORRETO afirmar que:</p><p>a) Isquemia renal ou exposição a nefrotoxinas provoca lesão que varia de degeneração a necrose e é</p><p>referido como nefrose ou necrose tubular aguda.</p><p>b) A Privação do fornecimento de sangue, se for curta, resulta em diminuição da produção de energia</p><p>celular e perda de integridade celular. Túbulos com alta taxa de atividade metabólica correm maior risco de</p><p>lesão durante a entrega de oxigênio.</p><p>c) Na IRA sempre irá ocorrer uma falha excretora grave apesar da mínima ou nenhuma lesão microscópica.</p><p>Vários fatores podem contribuir para azotemia e oligúria em incluindo obstrução tubular intraluminal (por</p><p>exemplo, cilindros, detritos celulares, inchaço tubular), extraluminais obstrução tubular (por exemplo,</p><p>edema intersticial, infiltrados) e falha na filtração primária (por exemplo, arteriolar aferente vasoconstrição,</p><p>vasodilatação arteriolar eferente, diminuição da permeabilidade glomerular).</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>89</p><p>143</p><p>42</p><p>d) Antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) podem resultar em isquemia renal pela ativação da produção</p><p>renal de prostaglandinas vasodilatadoras que mantem o fluxo sanguíneo renal durante a desidratação. As</p><p>verdadeiras nefrotoxinas exercem seus efeitos deletérios diretamente no rim após a ligação às membranas</p><p>celulares tubulares.</p><p>e) A desidratação concomitante a IRA também pode aumentar a gravidade da lesão após isquemia renal ou</p><p>exposição a nefrotoxinas, em parte porque a desidratação ativa a vasodilatação renal, o que pode contribuir</p><p>para danos isquêmicos adicionais.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A lesão renal tubular aguda apresenta uma patogenia</p><p>complexa que está relacionada sobretudo a isquemia e à ação direta de agentes nefrotóxicos nas células</p><p>tubulares. O dano celular ocorre em cascata com vasoconstrição e isquemia renal agravando a lesão, levando</p><p>à perda de características funcionais e estruturais que culminam com a morte celular (necrose).</p><p>57. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A incapacidade de eliminação de íons de potássio</p><p>durante os processos obstrutivos das vias urinárias em cães e gatos representa uma ameaça para a vida</p><p>dos pacientes, promovendo arritmias cardíacas evidenciadas no eletrocardiograma. Quando há risco</p><p>iminente de óbito do animal por parada cardíaca induzida pelos distúrbios de condução, recomenda-se:</p><p>a) Somete fluidoterapia;</p><p>b) Desobstrução do lúmen uretral e fluidoterapia;</p><p>c) Cistocentese;</p><p>d) Administração de gluconato de cálcio, desobstrução do lúmen uretral e fluidoterapia;</p><p>e) Diálise peritoneal.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Inicialmente deve-se instituir a fluidoterapia intensa</p><p>para diminuir a hipercalemia, além disso, como o paciente apresenta alteração de ritmo cardíaco, deve-se</p><p>administrar o gluconato de cálcio por via endovenosa, pois este fármaco trata os efeitos cardiovasculares da</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>90</p><p>143</p><p>43</p><p>hiperpotassemia. Assim que o paciente estiver hemodinamicamente estável a desobstrução uretral deve ser</p><p>realizada.</p><p>58. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A cistite idiopática felina (CIF) é um processo</p><p>inflamatório estéril que causa sinais de doença do trato urinário inferior. A fisiopatologia da CIF ainda não</p><p>está bem compreendida, no entanto é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) Os gatos com CIF mostraram ter estimulação da ativação de resposta de estresse, particularmente no</p><p>sistema nervoso simpático.</p><p>b) A ativação do SNS pode aumentar a permeabilidade epitelial e tornar possível que agentes nocivos na</p><p>urina tenham acesso a neurônios aferentes sensoriais resultando em dor e inflamação.</p><p>c) Gatos com CIF apresentam aumento da atividade da tirosina hidroxilase no tronco encefálico e no</p><p>hipotálamo e o aumento da liberação de norepinefrina e outros metabólitos de catecolaminas durante o</p><p>estresse, em comparação com gatos normais.</p><p>d) A excreção urinária de glicosaminoglicano (GAG), uma fina camada que cobre e protege o urotélio na</p><p>bexiga, está aumentada em alguns gatos com CIF em comparação com gatos sadios.</p><p>e) A inflamação neurogênica é iniciada pela excitação de neurônios aferentes sensoriais das fibras C e</p><p>mediada por neuropeptídios, como substância P.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Felinos com cistite idiopática apresentam</p><p>DIMINUIÇÃO da excreção urinária de glicosaminoglicanos em comparação a gatos sadios.</p><p>59. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) Em relação ao manejo terapêutico da doença renal</p><p>crônica (DRC) em gatos é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) Gatos com DRC e com pressão arterial sistêmica sistólica persistentemente superior a 160mmHg devem</p><p>ser tratados para hipertensão. A redução clínica da hipertensão é alcançada de modo mais eficaz utilizando-</p><p>se o bloqueador de canais de cálcio anlodipino.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>91</p><p>143</p><p>44</p><p>b) Quando um gato com DRC e hiperfosfatemia não ingere ração com restrição de proteínas, os quelantes</p><p>intestinais de fosfato constituem uma boa opção. Entretanto para serem eficazes, deverão ser administrados</p><p>até duas horas após uma refeição.</p><p>c) O uso de eritropoietina deve ser considerado em gatos com DRC e anemia, com hematócrito inferior a</p><p>24%, e sempre associada a administração de ferro.</p><p>d) A hipopotassemia em gatos com DRC pode ser corrigida através de suplementação oral de gluconato de</p><p>potássio ou através da suplementação de cloreto de potássio pelas vias endovenosa ou subcutânea.</p><p>e) Se um gato com DRC não estiver ingerindo calorias suficientes por conta própria ou se desgaste muscular</p><p>e náuseas tiverem sido identificados, então deve ser considerada uma sonda de alimentação de modo</p><p>proativo para melhorar a qualidade de vida, em vez de ser apenas uma medida de resgate.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O uso de eritropoetina em felinos deve ser</p><p>considerada em gatos com anemia constante sintomática associada à DRC ou se o hematócrito for</p><p>persistentemente menor do que 20%, a suplementação de ferro é geralmente recomendada, mas não</p><p>obrigatória, para garantir que a deficiência de ferro não contribua para a anemia.</p><p>60. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A doença do trato urinário inferior dos felinos</p><p>(DTUIF) é caracterizada por manifestações</p><p>clínicas tais como: hematúria, disúria e polaquiúria. De acordo</p><p>com as afirmativas abaixo e marque a resposta CORRETA:</p><p>I- Somente em 2% dos casos de cistite em felinos há envolvimento de um microrganismo em sua</p><p>patogênese.</p><p>II- O processo inflamatório é mediado por neurotransmissores liberados por fibras nervosas,</p><p>determinando um caráter neurogênico.</p><p>III- Gatos parecem apresentar uma diminuição na excreção de glicosaminoglicanos, substância que</p><p>tem papel fundamental no controle da permeabilidade do epitélio vesical.</p><p>IV- Estudos têm demonstrado que os pacientes portadores de DTUIF possuem uma diminuição no</p><p>número de fibras nervosas na lâmina própria da vesícula urinária.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>92</p><p>143</p><p>45</p><p>a) Somete as afirmativas I e II e IV estão corretas;</p><p>b) Somete as afirmativas I, II e III estão corretas;</p><p>c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas;</p><p>d) Somente a afirmativa III está correta;</p><p>e) As afirmativas I, III e IV estão incorretas.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.</p><p>A afirmativa I está correta. Doença do trato urinário inferior de felinos raramente são causadas por</p><p>infecções, sendo o percentual menor do que 2% dos casos.</p><p>A afirmativa II está correta. A inflamação neurogênica que ocorre na CIF tem início com a excitação de fibras</p><p>sensoriais de neurônios aferentes (fibras-C).</p><p>A afirmativa III está correta. Felinos com doença do trato urinário inferior apresentam diminuição da</p><p>excreção urinária de glicosaminoglicanos, o que aumenta a suscetibilidade de inflamação vesical por ação</p><p>dos elementos urinários nas camadas subepiteliais.</p><p>A afirmativa IV está incorreta. Há evidências de AUMENTO DE FIBRAS SIMPÁTICAS na vesícula urinária de</p><p>felinos com doença do trato urinário inferior, com provável ação do sistema nervoso simpático no</p><p>desenvolvimento da doença.</p><p>61. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2019) Dentre as enfermidades do trato urinário mais</p><p>comuns entre os gatos jovens, está a cistite intersticial felina ou cistite idiopática felina. Assinale a</p><p>alternativa incorreta:</p><p>a) A principal causa de cistite intersticial felina é comportamental, sendo identificadas na anamnese situações</p><p>causadoras de estresse e mudança de hábito para o animal, como a introdução de novos animais, mudanças</p><p>no ambiente em que vive ou na dieta.</p><p>b) As manifestações clínicas da doença incluem estrangúria, polaciúria e disúria.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>93</p><p>143</p><p>46</p><p>c) A realização de urinálise é importante, sendo a hematúria um dos achados mais comumente observados</p><p>no exame.</p><p>d) O tratamento da cistite intersticial felina inclui a prescrição de anti-inflamatórios e antibióticos, além da</p><p>mudança dietética com a introdução de ração específica.</p><p>e) Uma das principais consequências da cistite intersticial felina é a obstrução do trato urinário, por</p><p>sedimentos ou coágulos.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. Grande parte dos animais apresentando cistite</p><p>idiopática terão a forma autolimitante da doença, nesses casos o tratamento recomendado é preventivo,</p><p>com enriquecimento ambiental, redução de fatores estressores, mudança alimentar e estímulo para</p><p>consumo hídrico. Em alguns casos o uso de ansiolíticos e antidepressivos está indicado. Em pacientes não</p><p>obstruídos que apresentem sintomatologia clínica, há indicação para medicamentos que diminuam a dor e</p><p>a inflamação (analgésicos e AINES), tratamento do espasmo uretral (fármacos antiespasmódicos) e</p><p>suplementação com glicosaminoglicanos. Pacientes com obstrução uretral, além das medidas já citadas,</p><p>deverão ter o equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico restabelecido e a patência urinária garantida através</p><p>da desobstrução uretral. Antibioticoterapia só é necessária em casos em que a cultura da urina for positiva.</p><p>62. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2019) Sobre os diuréticos e o seu sítio de ação, é correto</p><p>afirmar:</p><p>a) Espironolactona é o principal antagonista da aldosterona, atua no túbulo contornado proximal e é</p><p>considerada um diurético poupador de potássio como a acetazolamida.</p><p>b) Furosemida é um sialurético potente, que atua no sistema de cotransporte de Na+ /K+ /2Cl – na alça de</p><p>Henle e que leva à perda de potássio.</p><p>c) A glicose e o manitol são utilizados na prática clínica como diuréticos de alça e atuam poupando potássio</p><p>e sódio.</p><p>d) Os diuréticos tiazídicos, tais como a flumetiazida e a meticlotiazida, atuam na excreção de cloreto e na</p><p>absorção de potássio e sódio, por isso são considerados saluréticos moderados.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>94</p><p>143</p><p>47</p><p>e) Os inibidores da anidrase carbônica, tais como acetazolamida e diclorfenamida, atuam na porção do</p><p>túbulo contornado distal e convertem o ácido carbônico em bicarbonato e, assim, regulam a troca de sódio.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A Furosemida é um diurético de alça com início de</p><p>ação rápido e de curta duração. Sua ação se dá pela inibição do sistema cotransportador de Na+K+2Cl–</p><p>localizado na membrana celular luminal do ramo ascendente da alça de Henle. Causando ainda aumento da</p><p>secreção tubular distal de potássio.</p><p>63. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2019) Os gatos são frequentemente acometidos por</p><p>enfermidades das vias urinárias. Considerando aquelas decorrentes da formação de urólitos, é correto</p><p>afirmar:</p><p>a) Os urólitos de estruvita formam-se em urina supersaturada com magnésio, amônia e fósforo e pH abaixo</p><p>de 6,5, na presença de bactérias produtoras de urease.</p><p>b) O risco de formação de urólitos de oxalato de sódio aumenta com a idade, em parte pelo aumento do pH</p><p>que ocorre na urina de gatos idosos.</p><p>c) Os urólitos de oxalato de cálcio são frequentes nos gatos, não respondem à dissolução medicamentosa</p><p>ou dieta calculolítica, necessitando de remoção mecânica, podendo esta ser cirúrgica.</p><p>d) A acidificação da ração com DL metionina, associada ao estímulo para consumo de água, é fundamental</p><p>para manter o pH neutro, aumentar o volume de urina e a diurese e diminuir a concentração de</p><p>precursores de urólitos.</p><p>e) Os urólitos mais frequentemente encontrados em gatos são, atualmente, os de oxalato de sódio e podem</p><p>estar presentes na bexiga, nos rins e nos ureteres.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Urólito de oxalato de cálcio é o tipo mais comum de</p><p>urolitíase em felinos, levando muitas vezes à obstrução urinária. A dissolução terapêutica desse tipo de</p><p>cálculo não é possível, nem por dieta e nem por medicação, sendo necessária a remoção mecânica deste,</p><p>por métodos cirúrgicos ou não invasivos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>95</p><p>143</p><p>48</p><p>64. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2019) A lesão renal aguda se desenvolve em três fases</p><p>distintas – indução, manutenção e recuperação. Desta feita, baseado em Jericó (2017) afirmamos que:</p><p>a) A fase de manutenção se notabiliza por ausência de lesões no parênquima renal estabelecida, porém a</p><p>taxa de filtração glomerular (TGF) já se encontra baixa, o que resulta em azotemia progressiva e uremia.</p><p>b) Na fase de recuperação, as disfunções tubulares e glomerulares e, assim, o balanço hidroeletrolítico</p><p>já</p><p>não são preocupações importantes.</p><p>c) A fase de indução é caracterizada por depleção de ATP intracelular e ausência de lesões das células</p><p>epiteliais tubulares e das células endoteliais, porém a função renal começa a declinar.</p><p>d) Durante a fase de manutenção, as taxas do aumento progressivo das concentrações séricas de ureia e</p><p>creatinina e da produção de ácidos fixos independem das causas da lesão renal aguda e das complicações</p><p>metabólicas da insuficiência renal aguda.</p><p>e) Nenhuma das alternativas anteriores.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Essa questão é inteiramente baseada em Jericó</p><p>(2015)2, dessa forma, a justificativas para as alternativas foram retiradas deste texto, sem que modificações</p><p>fossem realizadas.</p><p>A letra A está incorreta. “Na fase de manutenção, as lesões do parênquima renal já estão estabelecidas, a</p><p>TFG se mantém baixa, o que resulta em azotemia progressiva e uremia.”</p><p>A letra B está incorreta. “No início da fase de recuperação ainda existem disfunções tubulares e glomerulares</p><p>e, assim, o balanço hidroeletrolítico continua a merecer atenção máxima.”</p><p>A letra C está incorreta. “A fase de indução é caracterizada por depleção de ATP intracelular e predomínio</p><p>de lesões subletais das células epiteliais tubulares e das células endoteliais, com declínio da função renal.”</p><p>A letra D está incorreta. “Durante a fase de manutenção, as taxas do aumento progressivo das concentrações</p><p>séricas de ureia e creatinina (azotemia) e da produção de ácidos fixos (acidose metabólica), estão</p><p>relacionadas com as causas da lesão renal aguda e às complicações metabólicas da insuficiência renal aguda.”</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>96</p><p>143</p><p>49</p><p>65. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2019) Para o tratamento de um gato com doença do</p><p>trato urinário inferior, você resolve prescrever amitriptilina. Nesse contexto, você iria justificar seu uso</p><p>aos presentes no consultório dizendo:</p><p>a) Que se trata de um antidepressivo tetracíclico que têm se mostrado benéfico no tratamento da cistite</p><p>intersticial devido à sua propriedade agonista colinérgica.</p><p>b) Que se trata de uma droga de efeito em curto prazo e que trará benefício mais rápido ao paciente.</p><p>c) Que é uma droga que não representa grandes riscos de efeitos colaterais.</p><p>d) Que essa droga proporciona alguns benefícios e, dentre estes, se incluem entre os principais a capacidade</p><p>anti-inflamatória (por conta da estabilização de mastócitos) e analgésica.</p><p>e) Nenhuma das justificativas anteriores atendem corretamente.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Este fármaco é um antidepressivo tricíclico, que atua</p><p>impedindo a recaptação de serotonina e, em menor grau, de noradrenalina. Além disso, possui efeitos anti-</p><p>inflamatórios, anticolinérgicos, analgésicos, anti-histamínicos e simpatolíticos.</p><p>66. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS/2019 - modificado) Assinale com V (verdadeiro) ou F</p><p>(falso) as afirmações abaixo:</p><p>( ) O emprego de metilprednisolona é indicado no manejo da cistite idiopática felina.</p><p>Comentários</p><p>O uso de anti-inflamatórios esteroidais em felinos com cistite idiopática NÃO TEM SIDO RECOMENDADO,</p><p>por não apresentar efeitos benéficos nesses pacientes. Anti-inflamatórios não esteroidais por outro lado, são</p><p>indicados, pois promovem a redução da inflamação vesical e melhora do quadro, no entanto, devem ser</p><p>prescritos com cautela e a hidratação do paciente deve ser garantida, para evitar o desenvolvimento de lesão</p><p>renal secundária. Portanto a afirmativa é falsa.</p><p>67. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS/2019 - modificado) Assinale com V (verdadeiro) ou F</p><p>(falso) as afirmações abaixo:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>97</p><p>143</p><p>50</p><p>( ) A obstrução uretral em felinos frequentemente está associada à dilatação de ureteres e de pelve renal.</p><p>Comentários</p><p>Com a obstrução uretral, há dilatação da vesícula urinária além da sua capacidade fisiológica, levando ao</p><p>aumento da pressão intravesical, dessa forma a urina retida ascende causando dilatação de ureteres e pelve</p><p>renal. Portanto a afirmativa é verdadeira.</p><p>68. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS/2019 - modificado) Assinale com V (verdadeiro) ou F</p><p>(falso) as afirmações abaixo:</p><p>( ) A terapia de pacientes com obstrução uretral demanda cistocentese para conforto e agressiva terapia para</p><p>suplementação de potássio.</p><p>Comentários</p><p>Animais com obstrução uretral normalmente apresentam um quadro de hipercalemia, dessa forma não se</p><p>deve suplementar potássio nesses pacientes. Portanto a afirmativa é falsa.</p><p>69. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) A gastropatia urêmica manifestada em pacientes</p><p>com Doença Renal Crônica, se desenvolve devido a:</p><p>a) Elevação das concentrações de angiotensina II.</p><p>b) Hipomotilidade gástrica.</p><p>c) Acidose metabólica.</p><p>d) Aumento da circulação de gastrina.</p><p>e) Hiperparatireoidismo secundário.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O rim é responsável pela metabolização de</p><p>aproximadamente 40% da gastrina circulante. Quando há lesão renal crônica, os níveis de gastrina circulante</p><p>aumentam, por diminuição da metabolização e excreção desta. Gerando um estímulo direto para secreção</p><p>de ácido gástrico e aumento da liberação de histamina na mucosa gástrica pelos mastócitos, levando ao</p><p>desenvolvimento da gastropatia urêmica. Esses mecanismos causam ulceração gastrointestinal e necrose</p><p>isquêmica da mucosa gástrica.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>98</p><p>143</p><p>51</p><p>70. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) No caso de um felino portador de Doença Renal</p><p>Crônica em estágio II, que apresenta quadro de hipertensão arterial sistêmica indica-se como tratamento:</p><p>a) Anlodipino.</p><p>b) Benazepril.</p><p>c) Hidralazina.</p><p>d) Enalapril.</p><p>e) Pimobendan.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Bloqueadores dos canais de cálcio, como o anlodipino,</p><p>são indicados pelas diretrizes da IRIS (2019)5 paras o tratamento da hipertensão arterial sistêmica em felinos</p><p>com lesão renal crônica em estágio II.</p><p>71. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2019) Qual é a enzima cujo aumento de concentração na</p><p>urina é considerado marcador mais sensível e precoce de injúria renal tubular aguda em comparação à</p><p>urinálise e à detecção da azotemia?</p><p>a) Creatinina.</p><p>b) Gama-glutamil transferase.</p><p>c) Fosfatase alcalina.</p><p>d) Urease.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A enzima gama- glutamil transferase se localiza no</p><p>citoplasma das células do epitélio em escova dos túbulos renais proximais e da alça de Henle e desenvolvem</p><p>sua função no transporte e manutenção das reservas de aminoácidos das células. Esta enzima geralmente</p><p>não sofre filtração glomerular, aumentando a quantidade e sendo detectada na urina poucas horas após a</p><p>lesão renal.</p><p>5 International Renal Interest Society (IRIS), Treatment recommendations for Cats with Chronic Kidney Disease, 2019.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>99</p><p>143</p><p>52</p><p>72. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2019) Leia o relato do caso a seguir. Foi atendido em um</p><p>hospital veterinário um cão de nove anos, com emagrecimento discreto de evolução de</p><p>três meses.</p><p>Segundo o tutor, o paciente aumentou a ingestão de água e a produção de urina. O cão apresentara</p><p>erliquiose já tratada há seis meses. Os exames laboratoriais demostraram creatinina sérica de 1,3 mg/dL</p><p>razão proteína e creatinina urinária limítrofe de 0,4, cilindrúria (cilindros hialinos) e isostenúria. Ao exame</p><p>ultrassonográfico dos rins, verificou-se perda discreta da definição córtico-medular.</p><p>Diante do exposto, o paciente foi enquadrado no estágio I da doença renal crônica. Neste caso, a fim de</p><p>evitar a progressão da doença e promover a nefroproteção, a recomendação e sua justificativa devem ser:</p><p>a) instituir tratamento antiproteinúrico precoce com bloqueadores dos canais de cálcio, independente da</p><p>creatinina, pois tais fármacos apresentam como vantagem a não interferência na taxa de filtração glomerular</p><p>e na azotemia.</p><p>b) instituir tratamento antiproteinúrico precoce com inibidores da enzima conversora de angiotensina,</p><p>independente da creatinina, pois tais fármacos apresentam como vantagem a não interferência na taxa de</p><p>filtração glomerular e na azotemia.</p><p>c) monitorar a proteinúria e, caso seja intensificada, instituir tratamento antiproteinúrico com inibidores da</p><p>enzima conversora de angiotensina, avaliando a creatinina, pois tais fármacos promovem diminuição da taxa</p><p>de filtração glomerular com agravamento da azotemia.</p><p>d) monitorar a proteinúria e, caso seja intensificada, instituir tratamento antiproteinúrico com inibidores da</p><p>enzima conversora de angiotensina, avaliando a creatinina, pois tais fármacos promovem aumento da taxa</p><p>de filtração glomerular com melhora da azotemia.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Cães em estágio I com proteinúria limítrofe requerem</p><p>monitoramento rigoroso. Doenças concomitantes deverão ser diagnosticadas e tratadas. A terapia para</p><p>redução da proteinúria deve ser realizada com inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e uma</p><p>dieta terapêutica para paciente renal. O uso de IECA deve ser acompanhado pelo monitoramento da</p><p>creatinina, pois tais fármacos promovem diminuição da taxa de filtração glomerular, podendo agravar a</p><p>azotemia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>100</p><p>143</p><p>53</p><p>73. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2019) Na fisiopatogenia da cistite idiopática, as</p><p>anormalidades na vesícula urinária, no sistema nervoso central e no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal</p><p>culminam com as manifestações clínicas dessa doença multifatorial. Na cistite idiopática, o estresse e as</p><p>alterações ambientais causam na vesícula urinária:</p><p>a) imunossupressão e infecção bacteriana.</p><p>b) cálculos de estruvita em maior frequência.</p><p>c) síntese de catecolaminas aumentada e inflamação.</p><p>d) neoplasias em maior frequência.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Agentes causadores de estresse e as alterações</p><p>ambientais vão estimular a liberação de hormônio adrenocorticotrófico. Este irá agir no córtex da adrenal</p><p>aumentando a secreção de cortisol. Ao mesmo tempo, o estresse estimula o sistema nervoso simpático, que</p><p>sintetiza e libera catecolaminas, que sensibilizam as fibras C dos gânglios da raiz dorsal, liberando substância</p><p>P (peptídeo neurotransmissor sensorial), que ao interagir com receptores teciduais resulta em inflamação</p><p>neurogênica (ativação de mastócitos, vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e espasmos).</p><p>74. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2019) Infecções bacterianas do trato urinário (ITUs)</p><p>ocorrem em aproximadamente 14% dos cães durante toda sua vida, sendo variável a idade de início.</p><p>Fêmeas castradas e cães idosos estão sob risco maior de infecção, e a idade média em que é estabelecido</p><p>o diagnóstico varia de 7 a 8 anos. Em relação às ITUs em cães e gatos, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O agente bacteriano mais comumente isolado é a Klebsiella, a qual responde por aproximadamente 50%</p><p>de todos os isolados, seguida por Escherichia coli e Proteus.</p><p>b) As ITUs que ocorrem em pacientes com enfermidades como diabete melito, doença renal crônica, distúrbio</p><p>da micção ou alterações anatômicas não são consideradas infecções complicadas.</p><p>c) De acordo com a literatura, a ITU recidivante é caracterizada pelo isolamento do mesmo microrganismo</p><p>mais de uma vez com tratamento, apesar da suscetibilidade in vitro ao antibiótico utilizado.</p><p>d) A pielonefrite pode ser desconsiderada como consequência de uma ITU em cães e gatos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>101</p><p>143</p><p>54</p><p>e) ITUs bacterianas são menos comuns em gatos do que em cães, afetando de 1% a 3% os felinos</p><p>apresentados em instituições de referência.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Embora infecção urinária seja comum em cães, em</p><p>felinos esta doença raramente ocorre, tendo uma prevalência muito baixa nessa espécie.</p><p>75. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2019) Foi atendido no Hospital Veterinário do Unesc um</p><p>felino, macho, com 2 anos de idade, e histórico de anuria há cerca de 24 horas. De acordo com o tutor, o</p><p>animal apresentou quadros de disúria, hematúria e polaciúria na última semana. Ao exame físico</p><p>apresentou sensibilidade moderada em abdômen caudal, e durante inspeção do pênis, observou-se a</p><p>presença de um tampão uretral.</p><p>Considerando o caso clínico apresentado, avalie as afirmações a seguir:</p><p>I. Os tampões uretrais ou plugs, são compostos por matriz proteica (muco, células, etc.) e cristais</p><p>(principalmente estruvita). Geralmente estão associados com processos inflamatórios da bexiga.</p><p>II. A obstrução uretral é uma das complicações da doença do trato urinário inferior dos felinos</p><p>(DTUIF), principalmente em gatos machos, castrados, obesos e que vivem confinados no interior das</p><p>residências.</p><p>III. Os felinos podem apresentar disúria, hematúria, vocalização, letargia, dor e/ou agressividade. A</p><p>bexiga está sempre cheia e dolorida à palpação; e os animais podem estar desidratados e bradicárdicos</p><p>devido à hipocalemia. Desse modo a avaliação de eletrólitos é sempre importante.</p><p>IV. No geral, verifica-se alcalose metabólica e azotemia pós-renal.</p><p>V. Em relação aos urólitos de oxalato de cálcio, o uso de alimentação terapêutica de dissolução e/ou</p><p>aumento de ingestão hídrica são suficientes para a resolução do quadro clínico.</p><p>Assinale a opção que apresenta os itens corretos:</p><p>a) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.</p><p>b) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.</p><p>c) Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas.</p><p>d) Somente as afirmativas III, IV e V estão corretas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>102</p><p>143</p><p>55</p><p>e) Somente as afirmativas I e II estão corretas.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão.</p><p>A afirmativa I está correta. A DTUIF ocorre secundariamente a inflamação vesical e uretral, iniciada por uma</p><p>série de fatores. Normalmente levando à formação de plugs e cristais que se alojam no trato urinário inferior</p><p>de gatos.</p><p>A afirmativa II está correta. Alguns fatores parecem predispor ao desenvolvimento da doença, como</p><p>sedentarismo, obesidade e estresse. Além disso, gatos machos possuem o lúmem uretral mais longo e</p><p>estreito que fêmeas, o que facilita a obstrução desse canal.</p><p>A afirmativa III está incorreta. A alteração eletrolítica mais importante na DTUIF é a HIPERCALEMIA.</p><p>A afirmativa IV está incorreta. Felinos com DTUIF apresentam ACIDOSE METABÓLICA,</p><p>devido à</p><p>impossibilidade de excreção do íon hidrogênio por via urinária.</p><p>A afirmativa V está incorreta. A dissolução terapêutica do cálculo de oxalato de cálcio não é possível, nem</p><p>por dieta e nem por medicação, sendo necessária a remoção mecânica deste, por métodos cirúrgicos ou não</p><p>invasivos.</p><p>76. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2018) Em relação às consequências gastrointestinais</p><p>decorrentes da uremia no paciente acometido de doença renal crônica, é comum o desenvolvimento de</p><p>um quadro de gastropatia urêmica. Assinale abaixo a alternativa que explica o mecanismo de formação</p><p>desta gastropatia:</p><p>a) A redução da excreção de histamina pelos rins induz aumento da secreção de HCl.</p><p>b) A redução da eliminação da gastrina pelos rins faz com que esta estimule a secreção gástrica de Hcl.</p><p>c) A hipertensão arterial sistêmica secundária à doença renal crônica induz à vasoconstricção das artérias</p><p>gástricas.</p><p>d) Na doença renal crônica ocorre ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona que estimula a</p><p>liberação de catecolaminas ocasionando redução do fluxo sanguíneo gástrico.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>103</p><p>143</p><p>56</p><p>e) A elevação da excreção de gastrina pelos glomérulos e consequente redução deste hormônio na circulação,</p><p>estimula a secreção de HCl e histamina.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O rim é responsável pela metabolização de</p><p>aproximadamente 40% da gastrina circulante. Quando há lesão renal crônica, os níveis de gastrina circulante</p><p>aumentam, por diminuição da metabolização e excreção desta. Gerando um estímulo direto para secreção</p><p>de ácido gástrico e aumento da liberação de histamina na mucosa gástrica pelos mastócitos, levando ao</p><p>desenvolvimento da gastropatia urêmica. Esses mecanismos causam ulceração gastrointestinal e necrose</p><p>isquêmica da mucosa gástrica.</p><p>77. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2018) Todas as doenças abaixo podem provocar</p><p>distúrbios glomerulares importantes, exceto:</p><p>a) Leishmaniose visceral.</p><p>b) Dirofilariose.</p><p>c) Erliquiose.</p><p>d) Piometra.</p><p>e) Lúpus discoide.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão. O Lúpus eritematoso discoide consiste em uma</p><p>afecção dermatológica imunomediada, benigna, diferenciada da forma sistêmica pela ausência de</p><p>manifestações extra tegumentares. Dessa forma, embora o Lúpus eritematoso sistêmico provoque distúrbio</p><p>glomerular, o Lúpus discoide causa apenas lesões dermatológicas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>104</p><p>143</p><p>1</p><p>LISTA DE QUESTÕES</p><p>1. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2022) Os distúrbios miccionais em cães e gatos</p><p>frequentemente estão associados à problemas de origem neurológica. A micção voluntária depende da</p><p>integração funcional do músculo detrusor e dos esfíncteres uretrais interno e externo. Além dos centros</p><p>de controle encefálicos, as fases de armazenamento e esvaziamento da vesícula urinária são controladas</p><p>por inervação motora, simpática e parassimpática. Sabe-se que alguns fármacos podem ser utilizados com</p><p>intuito de diminuir o impacto desses distúrbios clínicos. Assim, os fármacos que atuam no relaxamento</p><p>motor voluntário, como antagonista da função simpática, como agonista da função parassimpática, são,</p><p>respectivamente:</p><p>a) diazepam; betanecol; prazosina.</p><p>b) betanecol; prazosina; diazepam.</p><p>c) prazosina; diazepam; betanecol.</p><p>d) diazepam; prazosina; betanecol.</p><p>2. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2022) As urolitíases são relativamente frequentes em</p><p>cães e causam alterações sistêmicas nesses animais. Com relação a essa afecção, assinale com V as</p><p>afirmativas verdadeiras e com F as falsas.</p><p>( ) Os urólitos são concreções de minerais, com ausência de matriz proteica que se forma no trato urinário.</p><p>( ) A bexiga é o local mais comum de formação de urólitos.</p><p>( ) A formação de urólitos de estruvita na bexiga urinária é mais provável em uma urina ácida.</p><p>( ) O exame de urina de cão com urolitíase pode revelar hematúria, piúria, bacteriúria e / ou cristalúria.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>105</p><p>143</p><p>2</p><p>Assinale a sequência CORRETA.</p><p>a) F V V V.</p><p>b) F V F V.</p><p>c) F V V F.</p><p>d) V V V V.</p><p>e) F V F F.</p><p>3. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2022) No que se refere ao sistema urinário, analise os</p><p>itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:</p><p>I – A poliúria é um sinal clínico muito frequente em cães com síndrome de Cushing.</p><p>II – Cães gatos podem ter normalmente pouca quantidade de proteína na urina.</p><p>III – A oligúria e a oligodipsia são comuns no hipertireoidismo em cães e gatos.</p><p>a) Apenas o item I e III são verdadeiros.</p><p>b) Apenas o item II e III são verdadeiros.</p><p>c) Apenas o item III é verdadeiro.</p><p>d) Apenas os itens I e II são verdadeiros.</p><p>e) Todos os itens são verdadeiros.</p><p>4. (Residência em Medicina Veterinária - UFSM/2022) A micção depende de ações coordenadas entre o</p><p>sistema nervoso simpático, parassimpático e somático e entre os centros de controle central. Com relação</p><p>aos distúrbios da micção em cães e gatos, marque a alternativa correta a seguir.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>106</p><p>143</p><p>3</p><p>a. A incompetência do mecanismo do esfíncter uretral ocorre geralmente em cadelas castradas, mas</p><p>também pode afetar cães machos e fêmeas não castrados.</p><p>b. Ao contrário dos cães, nos felinos jovens a ectopia de ureter é uma afecção muito comum, sendo o</p><p>Persa a raça mais acometida.</p><p>c. Os ureteres ectópicos são a causa mais rara de incontinência urinária em cães jovens, à qual a raça</p><p>mais predisposta é o Dálmata.</p><p>d. A associação de progesterona e prednisona é a mais indicada para a terapia da incompetência do</p><p>mecanismo do esfíncter uretral em cães e gatos.</p><p>e. No caso de pacientes que possuem bexiga hiperativa, no exame físico percebe-se a vesícula urinária</p><p>bastante distendida à palpação.</p><p>5. (Residência em Medicina Veterinária – UFPA/2022) A obstrução uretral é uma causa comum de</p><p>apresentação de cães e gatos em clínicas e hospitais veterinários. Um animal com essa emergência clínica</p><p>precisa receber atenção imediata. Sobre as obstruções uretrais, considere as seguintes afirmativas.</p><p>I. Cálculos urinários são mais comuns em cães do que em gatos.</p><p>II. Certas raças possuem predisposição à formação de cálculo, como por exemplo, os dálmatas, que</p><p>são predispostos à formação de cálculos de urato.</p><p>III. Devido a diferenças anatômicas, a obstrução uretral é mais frequente nas fêmeas.</p><p>IV. Entre os achados anormais estão uremia e hipercalemia.</p><p>Estão corretas</p><p>a) I e II, somente.</p><p>b) I e III, somente.</p><p>c) I, II e IV, somente.</p><p>d) II e IV, somente.</p><p>e) III e IV, somente.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>107</p><p>143</p><p>4</p><p>6. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2022) Sobre a doença do trato urinário inferior felino,</p><p>assinale a alternativa correta:</p><p>a. Pode acometer gatos de qualquer sexo e idade, sendo mais comum em gatos com menos de 1 ano.</p><p>b. As manifestações clínicas incluem hematúria, disúria, polaciúria, periúria e/ou obstrução uretral completa</p><p>ou incompleta.</p><p>c. A uropatia obstrutiva correlaciona-se ao comprimento e ao diâmetro da uretra, sendo mais comum nos</p><p>machos; já a não obstrutiva é mais frequente nas fêmeas.</p><p>d. A etiologia das doenças do trato urinário dos felinos é multifatorial, complexa e frequentemente causada</p><p>por agentes bacterianos.</p><p>e. A obstrução prolongada resulta em azotemia pós-renal, hipoperfusão tecidual e alterações eletrolíticas</p><p>importantes, tais como hipercalemia, hiperfosfatemia e hipercalcemia.</p><p>7. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2021) A infecção do trato urinário (ITU), por definição,</p><p>ocorre quando bactérias podem ser isoladas na urina oriundas dos rins, ureteres ou da bexiga urinária.</p><p>Assim, é correto afirmar que:</p><p>a) Os principais microrganismos envolvidos na ITU são bactérias oriundas da microbiota intestinal, da pele,</p><p>do sistema genital, do prepúcio ou até da microbiota da uretra distal.</p><p>b) A ITU é mais frequente em gatos adultos do que em cães.</p><p>c) Nos cães a infecção por mais de uma bactéria é frequente e está associada a características específicas</p><p>como a idade do animal.</p><p>d) A região renal mais suscetível à infecção bacteriana é o córtex renal pois esta região apresenta baixo fluxo</p><p>sanguíneo renal e baixa presença de anticorpos.</p><p>e) A ITU reincidente refere-se à presença de crescimento bacteriano na urina 30 a 40 dias após o término da</p><p>terapia antimicrobiana.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>108</p><p>143</p><p>5</p><p>8. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2021) As úlceras em cavidade oral observadas em animais</p><p>com insuficiência renal crônica devem-se à:</p><p>a) lesão cáustica, devido à produção de amônia, após a degradação da ureia salivar por bactérias.</p><p>b) isquemia de vasos da cavidade oral, induzida por vasoconstrição periférica.</p><p>c) trombose de vasos periféricos, ocasionada por liberação de citocinas pelos rins em falência.</p><p>d) gangrena úmida, devido à proliferação bacteriana na cavidade oral.</p><p>e) hipotensão arterial, redução da pressão intracraniana, analgesia e miorrelaxamento.</p><p>9. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) -Sobre as condutas na desobstrução uretral em</p><p>felinos:</p><p>I. Os objetivos do tratamento de gatos obstruídos são a correção das alterações sistêmicas com</p><p>reposição de fluido e eletrólitos e a restauração da permeabilidade do lúmen uretral, viabilizando a excreção</p><p>urinária.</p><p>II. A contenção farmacológica não deve ser feita em gatos com obstrução uretral devido ao risco</p><p>de óbito, já que são animais com graves alterações hidroeletrolíticas.</p><p>III. A massagem suave da uretra peniana ajuda a desalojar e fragmentar os tampões localizados</p><p>na uretra peniana, e a subsequente palpação da bexiga pode induzir a remoção deles.</p><p>IV. A principal complicação da cistocentese é extravasamento de urina no interior da cavidade</p><p>peritoneal, por isso não deve ser realizada em gatos com obstrução ureteral.</p><p>V. A desobstrução do lúmen uretral deve ser feita com cateter urinário estéril lubrificado, que</p><p>deve ser gentilmente introduzido na uretra peniana até o ponto da obstrução e posterior desobstrução pela</p><p>propulsão hídrica.</p><p>Sobre as afirmativas acima:</p><p>a) Apenas alternativas I está correta.</p><p>b) Apenas a afirmativa V está correta.</p><p>c) Apenas as alternativas I, III, IV e V estão corretas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>109</p><p>143</p><p>6</p><p>d) Apenas as alternativas II, III e V estão corretas.</p><p>e) Apenas as alternativas I, III e V estão corretas.</p><p>10. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) A Sobre a Doença do Trato Urinário Inferior dos</p><p>Felinos (DTUIF), avalie as afirmativas e assinale a alternativa CORRETA:</p><p>I. Independente da causa de DTUIF, os sinais clínicos costumam ser polaciúria, disúria,</p><p>estrangúria, hematúria, periúria, vocalização durante as tentativas de proferir a micção e por vezes</p><p>lambedura excessiva da região inguinal e genital.</p><p>II. A cistocentese é o método de coleta de amostra de urina de eleição para urocultura devido a</p><p>mínima chance de contaminação e os microrganismos mais frequentemente isolados na urocultura de gatos</p><p>com infecção do trato urinário são Escherichia coli e Enterococcus.</p><p>III. A menor parte dos casos de DTUIF são em decorrência de cistite idiopática felina.</p><p>IV. A ruptura de uretra é uma possível complicação da DTUIF obstrutiva, e para diagnosticar esse</p><p>agravo é necessário realizar ultrassonografia abdominal.</p><p>V. Gatos obstruídos podem sofrer de diferentes graus de desidratação, acidose metabólica e</p><p>azotemia. Deve-se preconizar o uso de NaCl a 0,9%, para fluidoterapia desses pacientes, uma vez que</p><p>soluções eletrolíticas como o Ringer com lactato podem agravar essa acidose.</p><p>a) Apenas as alternativas I e II estão corretas.</p><p>b) Apenas I, III, IV e V estão corretas.</p><p>c) Apenas I, II, III e V estão corretas.</p><p>d) Apenas I, III e V estão corretas.</p><p>e) As alternativas II, III, IV e V estão corretas.</p><p>11. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) Sobre as urolitíases em felinos, leia as afirmativas</p><p>e assinale a alternativa CORRETA:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>110</p><p>143</p><p>7</p><p>I. Os urólitos de oxalato são frequentemente brancos e rígidos com superfície tendendo a irregular,</p><p>enquanto os de fosfato triplo são quase sempre redondos, elipsóides ou tetraédricos.</p><p>II. A urinálise tipicamente revela pH ácido em gatos com urólitos de fosfato triplo e alcalino em gatos</p><p>com urólitos de CaOx.</p><p>III. A ingestão de água por meio da dieta úmida é altamente recomendada como forma de aumentar</p><p>a diurese e reduzir a densidade urinária, o que culmina na diminuição da concentração urinária de</p><p>precursores minerais para formação de urólitos.</p><p>IV. A dissolução de cálculos de estruvita por meio de terapia com dieta coadjuvante acidificante é</p><p>uma opção não invasiva e eficaz, assim que identificado a presença de intensa cristalúria ou urólito é indicado</p><p>que o paciente utilize a dieta por uso contínuo.</p><p>V. Em gatos com hipercalcemia, a dieta rica em fibras, além do uso de glicocorticóides e alendronato</p><p>por via oral, são recomendados para corrigir os níveis séricos de cálcio e evitar a hipercalciúria, fator</p><p>predisponente para formação de urólitos de oxalato de cálcio (CaOx).</p><p>a) As questões I e II estão corretas.</p><p>b) Apenas as questões I, III, V estão corretas.</p><p>c) Apenas as questões I, II e III estão corretas.</p><p>d) Apenas as questões I, III, V e IV estão corretas</p><p>e) Apenas as questões II e III e IV estão corretas</p><p>12. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) A obstrução uretral acomete com frequência gatos</p><p>machos, tendo alta casuística no Setor de Felinos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, leia as</p><p>afirmativas sobre o manejo de desobstrução do paciente felino e assinale a alternativa CORRETA:</p><p>I- A cistocentese terapêutica apresenta baixo risco de rompimento vesical e deve anteceder o</p><p>procedimento de hidropropulsão, com intuito de aliviar a dor e distensão da vesícula urinária e possibilitar a</p><p>obtenção de material para urinálise e urocultura.</p><p>II- A idade precoce do gato no momento da orquiectomia, influencia no diâmetro da uretra do felino</p><p>quando adulto, sendo um fator relevante na predisposição a obstrução uretral.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>111</p><p>143</p><p>8</p><p>III- Não há necessidade</p><p>de tricotomia da região perineal em pacientes de pelo curto, coloca-se o gato</p><p>em decúbito dorsal ou lateral para o procedimento de hidropropulsão, porém antes de iniciá-lo, deve-se</p><p>fazer antissepsia delicadamente do prepúcio e a ponta do pênis. Usando luvas estéreis.</p><p>IV- Estender o pênis tracionando o prepúcio caudalmente e dorsalmente, até que esteja paralelo a</p><p>coluna vertebral, facilita a sondagem e reduz o risco de rompimento da uretra.</p><p>V- A hidropropulsão é o tratamento preconizado para reestabelecer a patência uretral, este</p><p>procedimento consiste em introduzir um cateter ou sonda até o ponto de obstrução e com este material</p><p>empurrar o tampão uretral/ureterolito até a bexiga, restabelecendo a luz uretral.</p><p>a) As questões I, II, III, V e IV estão corretas.</p><p>b) Apenas as questões I e IV estão corretas.</p><p>c) Apenas as questões I, II e IV estão corretas.</p><p>d) Apenas as questões II, IV e V estão corretas.</p><p>e) Apenas as questões II, III e V estão corretas.</p><p>13. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) Com relação às glomerulopatias em cães e gatos,</p><p>assinale a alternativa CORRETA.</p><p>a) Em cães, a principal etiologia da doença glomerular é unicamente secundária a hemoparasitose.</p><p>b) Cães e gatos com glomerulonefrite, regra geral, apresentam-se não azotêmicos.</p><p>c) O tratamento da glomerulonefrite é centrado no uso de diuréticos de alça, tais quais o citrato de</p><p>maropitant, até o aumento da produção de urina.</p><p>d) Há redução da concentração de compostos nitrogenados não proteicos no sangue como a ureia e</p><p>creatinina</p><p>e) O diagnóstico das glomerulopatias baseia-se na detecção de proteinúria glomerular a partir da relação</p><p>proteína/creatinina urinária.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>112</p><p>143</p><p>9</p><p>14. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2021) Sobre Cistite Esporádica em cães e gatos assinale</p><p>a alternativa incorreta:</p><p>a) A Cistite Esporádica (também denominada de infecção do trato urinário inferior simples) é caracterizada</p><p>por infecção bacteriana esporádica na vesícula urinária resultando em inflamação e sinais clínicos</p><p>compatíveis com acometimento do trato urinário inferior. Esses sinais clínicos podem incluir polaciúria,</p><p>estranguria, disúria e hematúria.</p><p>b) Acomete com maior frequência fêmeas e machos castrados, sendo menos frequentes em machos inteiros.</p><p>Estes últimos, quando apresentam sinais clínicos de inflamação de trato urinário inferior devem ser avaliados</p><p>para a presença de prostatite bacteriana.</p><p>c) Coleta e exame de urina simples (EAS) deve ser realizado em todos os animais com suspeita de cistite</p><p>esporádica, antes da instituição do tratamento. O tratamento pode incluir anti-inflamatórios não esteroidais</p><p>para alívio dos sintomas clínicos associados à inflamação.</p><p>d) Para uma cadela fêmea, castrada, SRD, de 5 anos que apresenta pela primeira vez um quadro de Cistite</p><p>Bacteriana Esporádica, a antibioticoterapia deve ser realizada por um mínimo de 7 dias consecutivos</p><p>e) A reincidência da cistite dentro de 3 meses de um episódio anterior ou 3 ou mais episódios dentro de 1</p><p>ano descaracterizam cistite esporádica, sendo classificadas como cistite bacteriana recorrente.</p><p>15. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2021) Cerca de 24 horas após procedimento de</p><p>desobstrução uretral em um felino, notou-se quadro de fraqueza muscular generalizada com marcante</p><p>ventroflexão de pescoço. Qual é a causa provável?</p><p>a) Hipocalcemia.</p><p>b) Hiponatremia.</p><p>c) Hipocalemia.</p><p>d) Hipocloremia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>113</p><p>143</p><p>10</p><p>16. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2021) Sobre Insuficiência Renal Aguda (IRA), assinale V</p><p>(verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa a seguir:</p><p>( ) A IRA é uma síndrome clínica caracterizada por elevações abruptas nas concentrações séricas de ureia e</p><p>creatinina, podendo ter várias etiologias.</p><p>( ) O histórico prévio de poliúria, noctúria e polidipsia é o principal relato dos tutores de pacientes acometidos</p><p>pela IRA.</p><p>( ) A anemia normocítica normocrômica é a principal alteração encontrada no hemograma dos cães</p><p>acometidos.</p><p>( ) O principal objetivo no manejo da fase de manutenção da IRA é prover terapia de suporte adequada e</p><p>tempo para que a recuperação ocorra, sendo a fluidoterapia um fator terapêutico muito importante nesta</p><p>fase.</p><p>A sequência correta é:</p><p>a) V - F - F - V.</p><p>b) V - F - V - F.</p><p>c) F - V - F – V.</p><p>d) F - V - V – F.</p><p>e) F - V - V - V.</p><p>17. (Residência em Medicina Veterinária – UPF/2021) Um canino, sem raça definida, macho, 2 anos de</p><p>idade, 10 kg de peso, não castrado, está apresentando polaciúria e disúria há um mês. Há cerca de 10 dias,</p><p>iniciou hematúria também. Ao exame físico, o animal está com as mucosas discretamente pálidas,</p><p>temperatura retal de 38,79°C, frequência cardíaca de 96 batimentos por minuto, frequência respiratória</p><p>de 36 movimentos respiratórios por minuto e algia em região hipogástrica. O hemograma evidenciou</p><p>discreta anemia. Na urinálise, confirmou-se a hematúria e a presença de leucocitúria, bacteriúria, pH</p><p>alcalino e células de descamação e de transição no sedimento urinário. Assinale a alternativa correta em</p><p>relação a esse paciente:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>114</p><p>143</p><p>11</p><p>a) O diagnóstico presuntivo é de pielonefrite, porém é indispensável realizar ultrassonografia abdominal para</p><p>descartar a possibilidade de cistite ou urolitíase por uratos de amônia.</p><p>b) O diagnóstico presuntivo é de cistite bacteriana, porém é possível que o animal esteja apresentando</p><p>cálculo vesical de urato de amônia, sendo indicada a radiografia para visualização desse.</p><p>c) O diagnóstico presuntivo é de nefrite tóxica, porém é possível que o animal esteja apresentando cálculo</p><p>vesical de estruvita, sendo indicada a radiografia para visualização desse cálculo.</p><p>d) O diagnóstico presuntivo é de cistite bacteriana, porém é indispensável realizar radiografia e/ou</p><p>ultrassonografia abdominal para descartar a possibilidade de urólitos vesicais, como, por exemplo, estruvita.</p><p>e) O diagnóstico presuntivo é de urolitíase por oxalato de cálcio, porém a algia abdominal hipogástrica sugere</p><p>hiperplasia prostática, comum em cães dessa idade; sendo indicada uma ultrassonografia abdominal para</p><p>confirmar o aumento da próstata e visualização dos cálculos.</p><p>18. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2021) É sabido que a Doença Renal Crônica (DRC) no cão</p><p>e no gato pode levar à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) de forma secundária, não sendo neste caso, a</p><p>hipertensão arterial primária ou essencial que causaria lesão renal, como se observa em humanos. Desta</p><p>forma, assinale um dos mecanismos que leva a perda da regulação da pressão sanguínea pelos rins, no</p><p>paciente com DRC, instalando a HAS:</p><p>a) Excreção elevada de sódio.</p><p>b) Ativação do sistema renina angiotensina-aldosterona.</p><p>c) Redução do volume plasmático.</p><p>d) Redução da resistência vascular periférica.</p><p>e) Aumento de substâncias vasodilatadoras circulantes.</p><p>19. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) As glomerulopatias são importantes causas da</p><p>doença renal crônica em cães e podem promover o aparecimento de proteinúria. A terapia</p><p>antiproteinúrica deverá ser instituída com o emprego do seguinte fármaco:</p><p>a) pimobendam.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza</p><p>Vieria</p><p>115</p><p>143</p><p>12</p><p>b) furosemida.</p><p>c) famotidina.</p><p>d) benazepril.</p><p>e) manitol.</p><p>20. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) A acidose metabólica e a hipercalcemia são</p><p>comuns em animais com insuficiência renal aguda oligúrica, obstruções de trato urinário e uroabdomen.</p><p>Dentre os tratamentos listados, o que apresenta maior eficiência e menor efeito adverso para reduzir a</p><p>hipercalemia sanguínea é a aplicação de:</p><p>a) insulina regular associada à glicose pela via intravenosa.</p><p>b) bicarbonato de sódio para reduzir os níveis séricos de potássio.</p><p>c) gluconato de cálcio a 10% em bolus, devido ao efeito cardioprotetor</p><p>d) glicose em bolus diluída em solução ringer com lactato.</p><p>e) insulina NPH associada ao manitol 10%.</p><p>21. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) A avaliação da urina, conhecida como urinálise, é</p><p>uma importante ferramenta para o clínico de pequenos animais, pois permite, dentre vários parâmetros,</p><p>avaliar a função renal do paciente. O exame completo é constituído por análise física, química e de</p><p>sedimentos. No exame físico temos a avaliação da cor, volume, odor, turbidez e densidade urinária (DU).</p><p>Assim, é importante salientar que a DU permite avaliar:</p><p>a) O grau de desidratação de um paciente.</p><p>b) A intensidade da infecção urinária.</p><p>c) A capacidade de reabsorção tubular.</p><p>d) A quantidade de proteína perdida.</p><p>e) O nível de azotemia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>116</p><p>143</p><p>13</p><p>22. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) Um felino de 7 anos de idade, macho não</p><p>castrado, sem raça definida e pesando 8kg foi atendido com histórico de disúria, estrangúria e hematúria</p><p>há dois dias. O tutor relatou a repetição desse quadro ao menos duas por vezes ano. O exame</p><p>ultrassonográfico revelou imagens sugestivas de inflamação vesical e alterações em parênquima renal.</p><p>Exames hematológicos estão dentro dos padrões de normalidade para a espécie. Selecione a alternativa</p><p>que contemple a próxima conduta a partir dessas informações:</p><p>a) realizar sedação para sondagem uretral, coleta de urina e lavagem vesical com solução fisiológica.</p><p>b) realizar uretrostomia perineal, uso de antibiótico, anti-inflamatórios e analgésicos durante o período de</p><p>internação de 24 horas.</p><p>c) coletar urina por cistocentese, realizar sondagem uretral e instituir terapia anti-inflamatória, manter o</p><p>paciente internado e com sonda flexível.</p><p>d) realizar cistotomia para lavagem vesical e avaliação de possíveis alterações anatômicas; prescrever</p><p>metronidazol, robenacoxibe e gabapentina.</p><p>e) realizar cistostomia mantendo paciente internado por dez dias para verificação do fluxo urinário em</p><p>momentos de fechamento da sonda.</p><p>23. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2021) As urolitíases são comumente diagnosticadas em</p><p>cães e gatos. É correto o que se afirma em:</p><p>a) cálculos de estruvita são observados principalmente em cães da raça Dálmata e em cães com doenças</p><p>hepáticas.</p><p>b) as infecções do trato urinário por bactérias produtoras de urease podem induzir a formação de cálculos</p><p>de estruvita.</p><p>c) a presença de urólitos em ureter pode levar a azotemia renal e hipercalemia.</p><p>d) para dissolução dos cálculos de oxalato de cálcio, é necessária a utilização de dietas com menor quantidade</p><p>de cálcio, e que levem a acidificação da urina.</p><p>e) o uso de dieta com a finalidade de alcalinizar a urina é uma opção terapêutica para aumentar a solubilidade</p><p>dos cristais ou cálculos de estruvita.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>117</p><p>143</p><p>14</p><p>24. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2020) Um cão, diagnosticado com insuficiência renal</p><p>aguda, apresentou o débito urinário de 0,2 ml/kg/h (valor de referência: 1 a 2 ml/kg/h). O tratamento</p><p>inicial preconizado, na tentativa de restabelecimento da função renal, deve incluir:</p><p>a) fluidoterapia com solução isotônica, furosemida e dopamina (dose baixa).</p><p>b) fluidoterapia com solução isotônica, manitol e dopamina (dose alta).</p><p>c) fluidoterapia com solução hipertônica, dexametasona e furosemida.</p><p>d) fluidoterapia com solução coloide, enalapril e adrenalina (dose baixa).</p><p>e) fluidoterapia com solução coloide, manitol e noradrenalina.</p><p>25. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2020) Assinale a alternativa que contém um marcador</p><p>precoce de lesão glomerular em cães:</p><p>a) Creatinina.</p><p>b) Cistatina C.</p><p>c) Gama glutamil transferase (GGT) urinária.</p><p>d) Dimetilarginina simétrica (SDMA).</p><p>e) N-acetil-β-D-glucosaminidase (NAG)</p><p>26. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS/2020) A doença renal crônica (DRC) em cães e gatos</p><p>resulta da perda gradativa e irreversível de néfrons, que culmina no comprometimento das funções</p><p>metabólica, endócrina e excretória dos rins. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo,</p><p>sobre essa enfermidade.</p><p>( ) Na doença renal crônica, ocorre maior possibilidade de se observar isostenúria e poucos elementos</p><p>presentes no sedimento urinário.</p><p>( ) No estágio I da doença, os animais não apresentam azotemia renal, mas alterações nos marcadores de</p><p>lesão renal.</p><p>( ) No estágio II da doença, a hipopotassemia já pode ser observada.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>118</p><p>143</p><p>15</p><p>( ) Nos estágios III e IV, ocorre apenas a hipertensão arterial sistêmica.</p><p>A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:</p><p>a) F – V – V – F.</p><p>b) V – F – F – V.</p><p>c) F – V – F – F.</p><p>d) F – F – V – V.</p><p>e) V – V – V – F.</p><p>27. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2020) A utilização dos inibidores da enzima conversora</p><p>de angiotensina (IECA) retarda a progressão da doença renal crônica em cães e gatos. Dentre os objetivos</p><p>que justificam o emprego dos fármacos benazepril e enalapril está:</p><p>a) Diminuir a taxa de filtração glomerular com diminuição da proteinúria.</p><p>b) Aumentar a absorção intestinal e a reabsorção tubular renal de cálcio e fosfato com melhora do</p><p>hiperparatireoidismo secundário renal.</p><p>c) Quelar o fósforo no intestino e reduzir sua absorção, com melhora da hiperfosfatemia.</p><p>d) Aumentar a pressão hidrostática intraglomerular, aumentando a filtração de creatinina e reduzindo a</p><p>azotemia.</p><p>e) Diminuir a excreção de potássio e cálcio, além de eliminação da creatinina.</p><p>28. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2020) Sabendo que a lesão renal aguda (LRA) pode ser</p><p>determinada por fatores isquêmicos que culminam com declínio abrupto da taxa de filtração glomerular</p><p>e da função renal suficiente para causar IRA, assinale abaixo a alternativa que representa um destes</p><p>fatores causadores de LRA:</p><p>a) Quimioterápicos</p><p>b) Aminoglicosídeos</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>119</p><p>143</p><p>16</p><p>c) Insuficiência cardíaca congestiva</p><p>d) Leptospirose</p><p>e) Uvas frescas</p><p>29. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2020) “A insuficiência renal aguda (IRA) tem altas taxas</p><p>de morbidade e mortalidade em cães, gatos e humanos, sendo que a lesão renal aguda (LRA) representa</p><p>a grande maioria dos casos de IRA.” (JERICÓ et al., 2015,p.1369). Sabendo que a LRA pode ser determinada</p><p>por fatores isquêmicos que culminam com diminuição da taxa de filtração glomerular suficiente para</p><p>causar IRA, assinale abaixo a alternativa que representa um destes fatores causadores de LRA:</p><p>a) Aminoglicosídios.</p><p>quando presente. Podendo alguns pacientes permanecerem assintomáticos. A manifestações clínicas da</p><p>glomerulopatia podem ser inespecíficas (anorexia, perda de peso, letargia, vômito) ou relacionados com a</p><p>doença renal crônica ou uremia (poliúria, polidipsia, anorexia, vômito e hálito fétido). Normalmente a lesão</p><p>renal aguda não ocorre em animais com doença glomerular.</p><p>Quando o quadro de perda proteica pela urina avança, pode ocorrer derrames cavitários (ascite),</p><p>edemas, e sinais de tromboembolismo (dispneia, pulso periférico diminuído ou ausente, perda funcional</p><p>em membros). Pacientes com hipertensão arterial sistêmica podem desenvolver lesão ao órgão alvo com</p><p>sinais clínicos compatíveis com o órgão afetado.</p><p>O exame físico pode demonstrar sinais inespecíficos, como baixo escore corporal, ou mais específicos</p><p>para lesão renal, como ulcerações orais, membranas mucosas pálidas ou desidratação. O aspecto renal à</p><p>palpação também vai depender da progressão da doença, podendo o rim estar firme, pequenos e irregulares</p><p>(doença renal crônica) ou normal a aumentado (início da glomerulopatia). Aferição da pressão arterial</p><p>geralmente é necessária, e muitos pacientes vão estar hipertensos.</p><p>A proteinúria é um marcador importante de doença glomerular, sua origem, duração e magnitude</p><p>devem sempre ser investigadas. A relação proteína/creatinina urinária (RPC) é uma informação importante</p><p>para diagnosticar lesão glomerular, pois indica a magnitude da perda proteica. A RPC urinária menor que 0,5</p><p>é considerada normal, mas valores acima de 1,0 são considerados anormais ou patológicos.</p><p>Urinálise e em alguns casos, urocultura deve ser realizados. Hemograma e bioquímica sanguínea são</p><p>importantes para avaliar o estado geral do paciente. Animais com doença glomerular geralmente irão</p><p>apresentar a hipoalbuminemia devido à perda de proteínas pela urina, podendo estar acompanhada de</p><p>dislipidemia e/ou hipercolesterolemia. Exames imaginológicos da região abdominal permitem avaliar o</p><p>tamanho, a forma e a ecogenicidade dos rins.</p><p>A Biopsia renal é indicada aos casos de proteinúria renal persistente, quando métodos menos</p><p>invasivos para diagnóstico complementar não revelarem a causa da proteinúria. Através desse exame é</p><p>possível identificar a forma da glomerulopatia, e classificar a glomerulonefrite.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11</p><p>143</p><p>4</p><p>Glomerulonefrite</p><p>A glomerulonefrite é um processo degenerativo ou inflamatório glomerular, normalmente iniciada</p><p>por depósito de imunocomplexos, podendo ser do tipo membranosa, membranoproliferativa e</p><p>proliferativa, distribuindo-se nos glomérulos de forma difusa, focal, global ou segmentar. Diversos</p><p>imunocomplexos podem se alojar no capilar glomerular, com a imunoglobulina G (IgG), imunoglobulina A</p><p>(IgA) e imunoglobulina M (IgM), estas podem estar acompanhadas do sistema complemento (C3), mas os</p><p>antígenos dificilmente são identificados.</p><p>A deposição de imunocomplexos irá acarretar lesão glomerular e consequente proteinúria. Deposição</p><p>de imunoglobulinas, complemento ou ambos na parede do capilar glomerular irá resultar em lesões na</p><p>membrana, proteinúria e recrutamento de células inflamatórias. Ocorre então ativação e agregação</p><p>plaquetária por causa do dano endotelial e reação antígeno-anticorpo, que vai promover a liberação de</p><p>mediadores. Esses mediadores vão gerar ativação e proliferação de células mesangiais e endoteliais,</p><p>espasmo vascular e hipercoagulabilidade local. Neutrófilos e macrófagos irão migrar e se depositar nos</p><p>glomérulos em resposta aos mediadores solúveis (componentes do complemento, fator de ativação</p><p>plaquetária, fator de crescimento derivado de plaquetas e eicosanóides).</p><p>Os neutrófilos ativados irão liberar espécies reativas de oxigênio e proteinases e os macrófagos irão</p><p>produzir proteinases, agentes oxidantes, eicosanoides, fatores de crescimento, citocinas, fragmentos de</p><p>complemento, e fatores de coagulação. A contínua liberação de mediadores inflamatórios leva ao</p><p>desenvolvimento de esclerose glomerular, isquemia dos túbulos e doença tubulointersticial, que pode</p><p>culminar com o desenvolvimento de insuficiência renal crônica.</p><p>Doenças inflamatórias, infecciosas, neoplásicas, genéticas, congênitas, medicamentosas, tóxicas e</p><p>hormonais podem estar associadas à deposição glomerular de complexos imunes em cães e gatos. Em alguns</p><p>casos a afecção que causou a origem do antígeno não é identificada, nesses casos a glomerulonefrite é citada</p><p>como idiopática.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12</p><p>143</p><p>==1365fc==</p><p>5</p><p>Glomerulonefrite membranosa</p><p>Na glomerulonefrite membranosa ocorre proteinúria significativa devido ao depósito de</p><p>imunocomplexos, principalmente IgG, na região subepitelial da membrana basal glomerular. Ocorre</p><p>espessamento da membrana basal glomerular sem aumento de celularidade.</p><p>Glomerulonefrite proliferativa</p><p>A glomerulonefrite proliferativa é também conhecida como endocapilar ou mesangial, sua</p><p>característica é o depósito de quatro ou mais células mononucleares ou mesangiais por área, geralmente</p><p>acompanhada da expansão da matriz mesangial.</p><p>Glomerulonefrite membranoproliferativa</p><p>Na glomerulonefrite membranoproliferativa o depósito de imunocomplexos torna a membrana</p><p>basal glomerular espessada e com alta densidade celular.</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – USP/2019) As glomerulonefrites (GN) imunomediadas ocorrem</p><p>com maior frequência devido à deposição de imunocomplexos solúveis no glomérulo. Tendo em vista essa</p><p>informação, considere as seguintes afirmações:</p><p>I. As GN ocorrem em associação com infecções agudas em cães e gatos, como nos casos de piometra,</p><p>dirofilariose, lúpus eritematosos sistêmico e neoplasias de infecção pelo vírus da leucemia felina e vírus da</p><p>peritonite infecciosa felina.</p><p>II. As GN têm diversas apresentações microscópicas, tais como as GN proliferativa, membranosa e</p><p>membranoproliferativa, sendo as lesões glomerulares difusas, focais, globais ou segmentares.</p><p>III. Nas GN, ocorrem depósito seletivo de imunocomplexos nos capilares glomerulares, estímulo à</p><p>fixação de complemento; lesão da membrana basal pela liberação de proteinases de neutrófilos, metabólitos</p><p>do ácido araquidônico e espécimes reativas de oxigênio.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13</p><p>143</p><p>6</p><p>Está correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.</p><p>A afirmativa I está incorreta. A alternativa I traz algumas informações equivocadas, já que as</p><p>glomerulonefrites podem ser resultantes de infecções tanto agudas quanto crônicas. Além disso, outras</p><p>etiologias podem desencadear a doença, como as neoplasias, as alterações hormonais, as inflamações, os</p><p>fatores genéticos ou mesmo ser idiopática. Dentre as etiologias citadas, algumas não consistem em causas</p><p>infecciosas: os lúpus sistêmicos são de origem inflamatória, e os tumores que são de origem neoplásica. As</p><p>neoplasias mais comumente envolvidas no desenvolvimento de glomerulonefrites são leucemia linfocítica,</p><p>osteossarcoma, carcinoma de células de transição, linfoma e adenocarcinoma broncogênico.</p><p>A afirmativa II está correta. As apresentações microscópicas resultantes da formação ou depósito de</p><p>imunocomplexos no glomérulo podem ser do tipo membranosa, membranoproliferativa e proliferativa,</p><p>distribuindo-se nos glomérulos</p><p>b) Quimioterápicos.</p><p>c) Leptospirose.</p><p>d) Insuficiência Cardíaca Congestiva.</p><p>e) Uvas frescas.</p><p>30. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2020) Em pacientes portadores de Doença Renal Crônica</p><p>(DRC) são frequentes alterações no metabolismo de cálcio e fósforo, com redução da excreção de fósforo</p><p>pelos rins, o que induz a um quadro de hiperfosfatemia. Nesta situação indica-se o uso de fármacos que</p><p>atuem como quelantes intestinais do fósforo. Assinale abaixo o fármaco que é indicado para o tratamento</p><p>desta alteração clínica em cães com DRC:</p><p>a) Carbonato de Cálcio.</p><p>b) Hidróxido de Potássio.</p><p>c) Hidróxido de Magnésio.</p><p>d) Hidróxido de Fósforo.</p><p>e) Carbonato de Magnésio.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>120</p><p>143</p><p>17</p><p>31. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2020) Define-se por infecção urinária recidivante aquela</p><p>em que:</p><p>a) O mesmo micro-organismo é isolado poucos dias ou uma semana após descontinuação do</p><p>tratamento antimicrobiano.</p><p>b) A presença de um defeito anatômico ou neoplásico presente no trato urinário superior.</p><p>c) Há uma reinfecção urinária semanas ou meses após término do tratamento antimicrobiano.</p><p>d) Há presença de hematúria.</p><p>e) O micro-organismo original foi erradicado completamente e um novo micro-organismo está presente</p><p>32. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2020) Segundo as diretrizes do ACVIM para tratamento</p><p>e prevenção da urolitíase canina e felina, em relação aos nefrólitos, deve-se proceder da seguinte forma:</p><p>a) Realizar a nefrectomia preventiva.</p><p>b) Realizar a nefrostomia, ainda que o nefrólito não esteja causando dor, infecções e /ou obstrução do fluxo</p><p>urinário.</p><p>c) Realizar antibioticoterapia preventiva.</p><p>d) Reduzir a ingestão hídrica.</p><p>e) Somente os nefrólitos que causem dor, infecções, compressão do parênquima e/ou obstrução do fluxo</p><p>urinário, deve-se considerar a realização da nefrostomia/nefrectomia.</p><p>33. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2020) Atualmente, a hipótese que melhor explica a</p><p>fisiopatologia da cistite idiopática felina (CIF) sugere que a doença pode resultar de múltiplas alterações</p><p>da bexiga urinária, do sistema nervoso central e do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Na cistite idiopática,</p><p>o estresse e as alterações ambientais causam na vesícula urinária:</p><p>a) Neoplasias em maior frequência.</p><p>b) Elevado número de mastócitos e inflamação.</p><p>c) Imunossupressão e infecção bacteriana.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>121</p><p>143</p><p>18</p><p>d) Cálculos de estruvita em maior frequência.</p><p>e) Cálculos de oxalato de cálcio.</p><p>34. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2020) Em cães e gatos com IRA, é de suma importância</p><p>o monitoramento:</p><p>a) Da creatinina sérica a cada 72 horas.</p><p>b) Da produção urinária, no mínimo, a cada 6 horas; a qual deve ser superior à 1mL/kg/h.</p><p>c) Dos valores séricos de ureia, pois esta é utilizada para classificação da IRA.</p><p>d) Das lesões parenquimatosas renais por meio de biopsias sucessivas.</p><p>e) Da produção e consistência das fezes.</p><p>35. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2020) A hipercalemia é um desequilíbrio eletrolítico grave</p><p>nos pacientes com injúria renal aguda oligúrica. São opções de tratamento para esses pacientes</p><p>hipercalêmicos:</p><p>a) bicarbonato de sódio, espironolactona, telmisartana.</p><p>b) gluconato de cálcio, glicose hipertônica com insulina, bicarbonato de sódio.</p><p>c) telmisartana, gluconato de cálcio e furosemida.</p><p>d) furosemida, bicarbonato de sódio e manitol.</p><p>36. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2020) Hipertensão arterial sistêmica é uma complicação</p><p>comum nos pacientes com diagnóstico de doença renal crônica. São mecanismos envolvidos no</p><p>desenvolvimento da hipertensão:</p><p>a) ativação do sistema renina-angiotensinaaldosterona, ativação do sistema simpático, retenção de sódio,</p><p>aumento das concentrações séricas do hormônio da paratireoide (PTH).</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>122</p><p>143</p><p>19</p><p>b) aumento da resistência vascular periférica, ativação do sistema simpático, hipergastrinemia, acidose</p><p>metabólica.</p><p>c) ativação do sistema renina-angiotensinaaldosterona, acidose metabólica, aumento das concentrações</p><p>séricas do hormônio da paratireoide (PTH).</p><p>d) aumento da resistência vascular periférica, aumento das concentrações sérica de hormônio antidiurético</p><p>(ADH), ativação do sistema simpático.</p><p>37. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2020) As urolitíases são causas comuns de disúria em cães</p><p>e gatos. Em relação a essa afecção,</p><p>a) a infeção urinária por bactérias produtoras de urease é a causa da formação de cálculos de fosfato de</p><p>amônio magnesiano (estruvita) em gatos.</p><p>b) cálculos de oxalato de cálcio são mais comumente observados em cães que apresentam hipercalcemia</p><p>idiopática.</p><p>c) dietas ricas em oxalato, vitamina C e Vitamina D e doenças que acarretem hipercalcemia são fatores</p><p>relacionados a formação dos cálculos de oxalato.</p><p>d) a utilização de dietas úmidas com adição de acidificantes urinários contribui para formação de cálculos de</p><p>carbonato de cálcio em gatos.</p><p>38. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2020) A dissinergia reflexa (ou dissinergia detrusor-uretral)</p><p>idiopática causa incontinência urinária, ocorrendo principalmente em cães machos e caracterizando-se</p><p>por:</p><p>a) relaxamento do esfíncter ureteral sem contração do músculo detrusor da bexiga.</p><p>b) contração do músculo detrusor da bexiga com espasmo do esfíncter uretral.</p><p>c) lesão neurológica - traumática que acarreta flacidez do músculo detrusor da bexiga e do esfíncter uretral.</p><p>d) lesão de uretral causada por hiperplasia prostática que acarreta atonia do músculo detrusor da bexiga.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>123</p><p>143</p><p>20</p><p>39. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2020) A urinálise é um exame extremamente</p><p>importante na avaliação das enfermidades do trato urinário, bem como fornece informações sobre</p><p>outros sistemas. Sobre a urinálise, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada alternativa a seguir.</p><p>( ) O grau de turbidez é o reflexo das partículas na urina; em felinos, a urina normal pode ser ligeiramente</p><p>turva pela presença de glicose.</p><p>( )A densidade da urina é parte importante do exame físico e pode ser considerada indicador de função</p><p>tubular.</p><p>( )A causa mais comum de glicose na urina é a degeneração do glomérulo.</p><p>( ) O exame do sedimento urinário fornece informações sobre a localização da lesão renal.</p><p>A sequência correta é</p><p>a) F - V - F - V.</p><p>b) V - F - V - V.</p><p>c) F - V - F – F.</p><p>d) V - V - F – F.</p><p>e) F - F - V - F.</p><p>40. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2020) Sobre Cistite Idiopática Felina (CIF), assinale V</p><p>(verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa a seguir.</p><p>( ) Em gatos com CIF, os tampões uretrais são a causa mais comum de obstrução em machos.</p><p>( ) Os neurônios aferentes da bexiga de gatos com CIF exibem uma clara diminuição na excitabilidade aos</p><p>estímulos físicos e químicos se comparados aos de felinos não afetados.</p><p>( ) A sondagem uretral com cateteres rígidos e por um período mínimo de 48 horas está indicada em 99%</p><p>dos casos de obstrução uretral, pois é um procedimento seguro que não causa sequelas aos pacientes.</p><p>( ) Os sinais clínicos da CIF podem ocorrer com remissões e recidivas e parecem ser intensificados</p><p>por fatores</p><p>internos e externos ao paciente, como fatores ambientais estressantes, por exemplo.</p><p>A sequência correta é</p><p>a) V - F - F – V.</p><p>b) V - F - V - F.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>124</p><p>143</p><p>21</p><p>c) F - V - F – V.</p><p>d) F - V - V – F.</p><p>e) F - V - V - V.</p><p>41. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2020) A administração de anti-inflamatórios não</p><p>esteroides a cães têm sido associada à falência renal aguda. Isso se deve:</p><p>a) ao aumento da taxa de filtração glomerular, que pode gerar aumento da quantidade de plasma, com</p><p>consequente edema e sobrecarga de filtração pelos rins.</p><p>b) à diminuição da síntese de prostaglandina nos rins, responsável pela manutenção do fluxo sanguíneo. Isso</p><p>ocasiona uma constrição da arteríola aferente, que leva à redução da perfusão renal e necrose.</p><p>c) à ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que provoca aumento da quantidade de plasma,</p><p>com consequente edema e sobrecarga de filtração renal.</p><p>d) à ativação do aparelho justaglomerular, que aumenta a produção de eritropoietina. Esta atua na medula</p><p>óssea, aumentando a produção de células sanguíneas. Como consequência, há aumento do plasma e</p><p>sobrecarga de filtração renal.</p><p>e) à diminuição da ativação da mácula densa, que é responsável, junto com a cicloxigenase 1, pela pressão</p><p>sanguínea renal. Isso ocasiona uma diminuição do fluxo sanguíneo renal.</p><p>42. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2020) As infecções do trato urinário inferior são processos</p><p>comuns na rotina da clínica de pequenos animais, entretanto, esses processos podem ter complicações se</p><p>o tratamento com antimicrobiano não for realizado corretamente. Quanto ao tratamento com</p><p>antimicrobianos nesses processos, é correto afirmar:</p><p>a) O antimicrobiano deve ter alta taxa de excreção renal, de modo a atingir concentrações elevadas na bexiga.</p><p>b) As quinolonas devem ser evitadas em animais idosos, por levarem à necrose tubular aguda.</p><p>c) No caso de urina com pH alcalino recomenda-se o uso de acidificantes urinários para potencializar a ação</p><p>do antimicrobiano.</p><p>d) As cefalosporinas de terceira geração são a primeira linha de tratamento para infecções por Proteus spp.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>125</p><p>143</p><p>22</p><p>e) No tratamento das infecções complicadas ou recorrentes, o uso do antimicrobiano deve perdurar por duas</p><p>semanas</p><p>43. (Residência em Medicina Veterinária – UFPR/2020) No que diz respeito a diagnóstico e manejo da</p><p>doença renal crônica (DRC) em felinos, de acordo com as diretrizes de consenso da Sociedade Internacional</p><p>de Medicina Felina, publicadas em 2016, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Informações clínicas como perda de peso, alteração do tamanho renal, desidratação, oligúria, polidipsia e</p><p>hipotensão sistêmica são alterações sugestivas de DRC.</p><p>b) Embora frequentemente sejam avaliadas em conjunto, a ureia é preferível à creatinina sérica como</p><p>marcador da taxa de filtração glomerular (TFG), pois sua concentração é diretamente relacionada à TFG e é</p><p>menos afetada por fatores não renais.</p><p>c) Na rotina clínica, a associação da concentração de dimetilarginina simétrica com o aumento da</p><p>concentração urinária é utilizada para diagnóstico e avaliação da progressão da DRC.</p><p>d) Diferentemente da creatinina, a dimetilarginina simétrica (SDMA) possui correlação diretamente linear</p><p>com a taxa de filtração glomerular, e seu uso no diagnóstico e estadiamento da DRC substitui outros</p><p>marcadores, podendo ser utilizado como único teste de triagem.</p><p>e) A hipocalemia pode contribuir ou causar sinais clínicos, como letargia, inapetência, constipação e fraqueza</p><p>muscular, mas não foi identificada como um fator de risco para a progressão da DRC.</p><p>44. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) A pielonefrite bacteriana pode ser definida como uma infecção da pelve e do parênquima renal.</p><p>45. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) Em cães poliúria e polidpsia pode ser sinais clínicos de pielonefrite bacteriana.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>126</p><p>143</p><p>23</p><p>46. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) Uma lesão de neurônio motor inferior pode promover distensão da bexiga e dificuldade para esvaziá-la</p><p>por manobra de compressão.</p><p>47. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO.</p><p>( ) O fosfato de amônio magnésio forma um urólito que normalmente está associado a infecções urinárias.</p><p>48. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO.</p><p>( ) Os dálmatas apresentam falhas metabólicas no transporte e na conversão do ácido úrico em alantoína e</p><p>por isso formam cálculos de urato.</p><p>49. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) A resistência a terapia diurética com furosemida se dá pelo fato dela atuar na porção descendente da alça</p><p>de Henle e ser então dependente do filtrado glomerular.</p><p>50. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) O manitol é contraindicado em um paciente com falência renal aguda sem cardiopatia.</p><p>51. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) Na espécie felina, a anorexia, doença renal crônica e uso de diuréticos podem ocasionar hipercalemia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>127</p><p>143</p><p>24</p><p>52. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2020) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) O betanecol é um fármaco recomendado em casos de atonia intestinal.</p><p>53. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2019) As glomerulonefrites (GN) imunomediadas ocorrem</p><p>com maior frequência devido à deposição de imunocomplexos solúveis no glomérulo. Tendo em vista essa</p><p>informação, considere as seguintes afirmações:</p><p>I. As GN ocorrem em associação com infecções agudas em cães e gatos, como nos casos de piometra,</p><p>dirofilariose, lúpus eritematosos sistêmico e neoplasias de infecção pelo vírus da leucemia felina e vírus da</p><p>peritonite infecciosa felina.</p><p>II. As GN têm diversas apresentações microscópicas, tais como as GN proliferativa, membranosa e</p><p>membranoproliferativa, sendo as lesões glomerulares difusas, focais, globais ou segmentares.</p><p>III. Nas GN, ocorrem depósito seletivo de imunocomplexos nos capilares glomerulares, estímulo à</p><p>fixação de complemento; lesão da membrana basal pela liberação de proteinases de neutrófilos, metabólitos</p><p>do ácido araquidônico e espécimes reativas de oxigênio.</p><p>Está correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>54. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2021) A lesão renal aguda causa declínio abrupto na taxa</p><p>de filtração glomerular, resultando em azotemia. A respeito</p><p>do assunto, considere as seguintes</p><p>afirmativas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>128</p><p>143</p><p>25</p><p>I- A azotemia pode ser classificada em pré-renal, renal intrínseca e pós-renal. Essa classificação é</p><p>definida de acordo com os níveis de ureia e creatinina.</p><p>II- Azotemia pré-renal é resultado de déficit hemodinâmico, sem estar associada com alterações</p><p>morfológicas nos rins.</p><p>III- Na azotemia renal intrínseca, os rins estão morfologicamente e funcionalmente normais.</p><p>IV- A azotemia pós-renal ocorre por exemplo em decorrência de obstruções do trato urinário inferior.</p><p>V- O termo síndrome urêmica refere-se ao aumento das concentrações séricas de ureia e creatinina.</p><p>Estão corretas as alternativas:</p><p>a) I e V.</p><p>b) II e V.</p><p>c) II e IV.</p><p>d) I e IV.</p><p>e) I e III.</p><p>55. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A insuficiência renal crônica (IRC) ocorre quando</p><p>os mecanismos compensatórios não são mais capazes de manter as principais funções excretórias,</p><p>regulatórias e endócrinas em pacientes DRC. O diagnóstico de IRC é realizado quando essas anormalidades</p><p>estiverem presentes por 3 meses ou mais e sua causa geralmente é difícil de ser determinada. Sobre esta</p><p>doença é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) Néfrons são lentamente destruídos e substituídos por tecido fibroso, enquanto os néfrons intactos sofrem</p><p>hipertrofia na tentativa de manter a Taxa de Filtração Glomerular (TFG).</p><p>b) O hiperparatiroidismo secundário se desenvolve na tentativa de manter as concentrações plasmáticas de</p><p>sódio e potássio, que são espoliados pelo alto fluxo tubular.</p><p>c) Perda de peso progressiva, poliúria e polidipsia, anemia não-regenerativa e rins pequenos e irregulares</p><p>são achados da Doença Renal Crônica.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>129</p><p>143</p><p>26</p><p>d) A ultrassonografia deve ser solicitada e geralmente evidência corticais renais hiperecóicas com perda da</p><p>definição córtico-medular.</p><p>e) A restrição da ingestão de proteínas é há muito tempo a base do tratamento da Doença Renal Crônica,</p><p>devendo ser moderada para que não haja catabolismo muscular.</p><p>56. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) A presença de cilindrúria (granulosos) é comum quadros crônicos de doença renal.</p><p>57. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) Os urólitos de oxalato de cálcio apresentam mais frequente ocorrência quando existe infecção do trato</p><p>urinário.</p><p>58. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) O potássio sérico deve ser sempre monitorado em pacientes com doença renal crônica, pois na maioria</p><p>das vezes está elevado colocando em risco a vida do animal.</p><p>59. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO:</p><p>( ) A proteinúria quase sempre está associada a lesão glomerular.</p><p>60. (Residência em Medicina Veterinária – UFLA/2019) Analise as afirmativas abaixo e coloque (V) para</p><p>VERDADEIRO e (F) para FALSO</p><p>( ) A E. coli é uma das bactérias mais comuns em casos de infecção do trato urinário.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>130</p><p>143</p><p>27</p><p>61. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2019) Sobre urolitíase canina, assinale a alternativa</p><p>INCORRETA:</p><p>a) Urólitos de xantina podem ocorrer em animais em uso de alopurinol.</p><p>b) Urólitos de oxalato de cálcio se formam em pH urinário ácido.</p><p>c) Alta concentração urinária (urina com densidade elevada) predispõe a cristalização e precipitação de</p><p>cristais, sendo o aumento da ingestão hídrica uma das formas de prevenção dos urólitos.</p><p>d) Urólitos de estruvita são secundários principalmente a infecções de trato urinário por bactérias produtoras</p><p>de urease, como E. coli, que acidificam a urina.</p><p>e) Animais com desvio portossistêmico e cães da raça Dálmata são predispostos a formação de urólitos de</p><p>urato de amônio.</p><p>62. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A injúria renal aguda é uma síndrome clínica</p><p>caracterizada por aumentos abruptos da creatinina sérica e do nitrogênio uréico sanguíneo (BUN)</p><p>(azotemia). Azotemia pré-renal surge da diminuição da perfusão renal e retenção de resíduos</p><p>nitrogenados; azotemia pós-renal resulta de obstrução do trato urinário ou uroabdomen. Sobre as causas</p><p>da Injuria renal aguda é CORRETO afirmar que:</p><p>a) Isquemia renal ou exposição a nefrotoxinas provoca lesão que varia de degeneração a necrose e é</p><p>referido como nefrose ou necrose tubular aguda.</p><p>b) A Privação do fornecimento de sangue, se for curta, resulta em diminuição da produção de energia</p><p>celular e perda de integridade celular. Túbulos com alta taxa de atividade metabólica correm maior risco de</p><p>lesão durante a entrega de oxigênio.</p><p>c) Na IRA sempre irá ocorrer uma falha excretora grave apesar da mínima ou nenhuma lesão microscópica.</p><p>Vários fatores podem contribuir para azotemia e oligúria em incluindo obstrução tubular intraluminal (por</p><p>exemplo, cilindros, detritos celulares, inchaço tubular), extraluminais obstrução tubular (por exemplo,</p><p>edema intersticial, infiltrados) e falha na filtração primária (por exemplo, arteriolar aferente vasoconstrição,</p><p>vasodilatação arteriolar eferente, diminuição da permeabilidade glomerular).</p><p>d) Antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) podem resultar em isquemia renal pela ativação da produção</p><p>renal de prostaglandinas vasodilatadoras que mantem o fluxo sanguíneo renal durante a desidratação. As</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>131</p><p>143</p><p>28</p><p>verdadeiras nefrotoxinas exercem seus efeitos deletérios diretamente no rim após a ligação às membranas</p><p>celulares tubulares.</p><p>e) A desidratação concomitante a IRA também pode aumentar a gravidade da lesão após isquemia renal ou</p><p>exposição a nefrotoxinas, em parte porque a desidratação ativa a vasodilatação renal, o que pode contribuir</p><p>para danos isquêmicos adicionais.</p><p>63. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A incapacidade de eliminação de íons de potássio</p><p>durante os processos obstrutivos das vias urinárias em cães e gatos representa uma ameaça para a vida</p><p>dos pacientes, promovendo arritmias cardíacas evidenciadas no eletrocardiograma. Quando há risco</p><p>iminente de óbito do animal por parada cardíaca induzida pelos distúrbios de condução, recomenda-se:</p><p>a) Somete fluidoterapia;</p><p>b) Desobstrução do lúmen uretral e fluidoterapia;</p><p>c) Cistocentese;</p><p>d) Administração de gluconato de cálcio, desobstrução do lúmen uretral e fluidoterapia;</p><p>e) Diálise peritoneal.</p><p>64. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A cistite idiopática felina (CIF) é um processo</p><p>inflamatório estéril que causa sinais de doença do trato urinário inferior. A fisiopatologia da CIF ainda não</p><p>está bem compreendida, no entanto é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) Os gatos com CIF mostraram ter estimulação da ativação de resposta de estresse, particularmente no</p><p>sistema nervoso simpático.</p><p>b) A ativação do SNS pode aumentar a permeabilidade epitelial e tornar possível que agentes nocivos na</p><p>urina tenham acesso a neurônios aferentes sensoriais resultando em dor e inflamação.</p><p>c) Gatos com CIF apresentam aumento da atividade da tirosina hidroxilase no tronco encefálico e no</p><p>hipotálamo e o aumento da liberação de norepinefrina e outros metabólitos de catecolaminas durante o</p><p>estresse, em comparação com gatos normais.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>132</p><p>143</p><p>29</p><p>d) A excreção urinária de glicosaminoglicano (GAG), uma fina camada que cobre e protege o urotélio na</p><p>bexiga, está aumentada em alguns gatos com CIF em comparação com gatos sadios.</p><p>e) A inflamação neurogênica é iniciada pela excitação de neurônios aferentes sensoriais das fibras C e</p><p>mediada por neuropeptídios, como substância P.</p><p>65. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) Em relação ao manejo terapêutico da doença renal</p><p>crônica (DRC) em gatos é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) Gatos com DRC e com pressão arterial sistêmica sistólica persistentemente superior a 160mmHg devem</p><p>ser tratados para hipertensão. A redução clínica da hipertensão é alcançada de modo mais eficaz utilizando-</p><p>se o bloqueador de canais de cálcio anlodipino.</p><p>b) Quando um gato com DRC e hiperfosfatemia não ingere ração com restrição de proteínas, os quelantes</p><p>intestinais de fosfato constituem uma boa opção. Entretanto para serem eficazes, deverão ser administrados</p><p>até duas horas após uma refeição.</p><p>c) O uso de eritropoietina deve ser considerado em gatos com DRC e anemia, com hematócrito inferior a</p><p>24%, e sempre associada a administração de ferro.</p><p>d) A hipopotassemia em gatos com DRC pode ser corrigida através de suplementação oral de gluconato de</p><p>potássio ou através da suplementação de cloreto de potássio pelas vias endovenosa ou subcutânea.</p><p>e) Se um gato com DRC não estiver ingerindo calorias suficientes por conta própria ou se desgaste muscular</p><p>e náuseas tiverem sido identificados, então deve ser considerada uma sonda de alimentação de modo</p><p>proativo para melhorar a qualidade de vida, em vez de ser apenas uma medida de resgate.</p><p>66. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A doença do trato urinário inferior dos felinos</p><p>(DTUIF) é caracterizada por manifestações clínicas tais como: hematúria, disúria e polaquiúria. De acordo</p><p>com as afirmativas abaixo e marque a resposta CORRETA:</p><p>I- Somente em 2% dos casos de cistite em felinos há envolvimento de um microrganismo em sua</p><p>patogênese.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>133</p><p>143</p><p>30</p><p>II- O processo inflamatório é mediado por neurotransmissores liberados por fibras nervosas,</p><p>determinando um caráter neurogênico.</p><p>III- Gatos parecem apresentar uma diminuição na excreção de glicosaminoglicanos, substância que</p><p>tem papel fundamental no controle da permeabilidade do epitélio vesical.</p><p>IV- Estudos têm demonstrado que os pacientes portadores de DTUIF possuem uma diminuição no</p><p>número de fibras nervosas na lâmina própria da vesícula urinária.</p><p>a) Somete as afirmativas I e II e IV estão corretas;</p><p>b) Somete as afirmativas I, II e III estão corretas;</p><p>c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas;</p><p>d) Somente a afirmativa III está correta;</p><p>e) As afirmativas I, III e IV estão incorretas.</p><p>67. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2019) Dentre as enfermidades do trato urinário mais</p><p>comuns entre os gatos jovens, está a cistite intersticial felina ou cistite idiopática felina. Assinale a</p><p>alternativa incorreta:</p><p>a) A principal causa de cistite intersticial felina é comportamental, sendo identificadas na anamnese situações</p><p>causadoras de estresse e mudança de hábito para o animal, como a introdução de novos animais, mudanças</p><p>no ambiente em que vive ou na dieta.</p><p>b) As manifestações clínicas da doença incluem estrangúria, polaciúria e disúria.</p><p>c) A realização de urinálise é importante, sendo a hematúria um dos achados mais comumente observados</p><p>no exame.</p><p>d) O tratamento da cistite intersticial felina inclui a prescrição de anti-inflamatórios e antibióticos, além da</p><p>mudança dietética com a introdução de ração específica.</p><p>e) Uma das principais consequências da cistite intersticial felina é a obstrução do trato urinário, por</p><p>sedimentos ou coágulos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>134</p><p>143</p><p>==1365fc==</p><p>31</p><p>68. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2019) Sobre os diuréticos e o seu sítio de ação, é correto</p><p>afirmar:</p><p>a) Espironolactona é o principal antagonista da aldosterona, atua no túbulo contornado proximal e é</p><p>considerada um diurético poupador de potássio como a acetazolamina.</p><p>b) Furosemida é um sialurético potente, que atua no sistema de cotransporte de Na+ /K+ /2Cl – na alça de</p><p>Henle e que leva à perda de potássio.</p><p>c) A glicose e o manitol são utilizados na prática clínica como diuréticos de alça e atuam poupando potássio</p><p>e sódio.</p><p>d) Os diuréticos tiazídicos, tais como a flumetiazida e a meticlotiazida, atuam na excreção de cloreto e na</p><p>absorção de potássio e sódio, por isso são considerados saluréticos moderados.</p><p>e) Os inibidores da anidrase carbônica, tais como acetazolamina e diclorfenamida, atuam na porção do</p><p>túbulo contornado distal e convertem o ácido carbônico em bicarbonato e, assim, regulam a troca de sódio.</p><p>69. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2019) Os gatos são frequentemente acometidos por</p><p>enfermidades das vias urinárias. Considerando aquelas decorrentes da formação de urólitos, é correto</p><p>afirmar:</p><p>a) Os urólitos de estruvita formam-se em urina supersaturada com magnésio, amônia e fósforo e pH abaixo</p><p>de 6,5, na presença de bactérias produtoras de urease.</p><p>b) O risco de formação de urólitos de oxalato de sódio aumenta com a idade, em parte pelo aumento do pH</p><p>que ocorre na urina de gatos idosos.</p><p>c) Os urólitos de oxalato de cálcio são frequentes nos gatos, não respondem à dissolução medicamentosa</p><p>ou dieta calculolítica, necessitando de remoção mecânica, podendo esta ser cirúrgica.</p><p>d) A acidificação da ração com DL metionina, associada ao estímulo para consumo de água, é fundamental</p><p>para manter o pH neutro, aumentar o volume de urina e a diurese e diminuir a concentração de</p><p>precursores de urólitos.</p><p>e) Os urólitos mais frequentemente encontrados em gatos são, atualmente, os de oxalato de sódio e podem</p><p>estar presentes na bexiga, nos rins e nos ureteres.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>135</p><p>143</p><p>32</p><p>70. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2019) A lesão renal aguda se desenvolve em três fases</p><p>distintas – indução, manutenção e recuperação. Desta feita, baseado em Jericó (2017) afirmamos que:</p><p>a) A fase de manutenção se notabiliza por ausência de lesões no parênquima renal estabelecida, porém a</p><p>taxa de filtração glomerular (TGF) já se encontra baixa, o que resulta em azotemia progressiva e uremia.</p><p>b) Na fase de recuperação, as disfunções tubulares e glomerulares e, assim, o balanço hidroeletrolítico já</p><p>não são preocupações importantes.</p><p>c) A fase de indução é caracterizada por depleção de ATP intracelular e ausência de lesões das células</p><p>epiteliais tubulares e das células endoteliais, porém a função renal começa a declinar.</p><p>d) Durante a fase de manutenção, as taxas do aumento progressivo das concentrações séricas de ureia e</p><p>creatinina e da produção de ácidos fixos independem das causas da lesão renal aguda e das complicações</p><p>metabólicas da insuficiência renal aguda.</p><p>e) Nenhuma das alternativas</p><p>anteriores.</p><p>71. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2019) Para o tratamento de um gato com doença do</p><p>trato urinário inferior, você resolve prescrever amitriptilina. Nesse contexto, você iria justificar seu uso</p><p>aos presentes no consultório dizendo:</p><p>a) Que se trata de um antidepressivo tetracíclico que têm se mostrado benéfico no tratamento da cistite</p><p>intersticial devido à sua propriedade agonista colinérgica.</p><p>b) Que se trata de uma droga de efeito em curto prazo e que trará benefício mais rápido ao paciente.</p><p>c) Que é uma droga que não representa grandes riscos de efeitos colaterais.</p><p>d) Que essa droga proporciona alguns benefícios e, dentre estes, se incluem entre os principais a capacidade</p><p>anti-inflamatória (por conta da estabilização de mastócitos) e analgésica.</p><p>e) Nenhuma das justificativas anteriores atendem corretamente.</p><p>72. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS/2019 - modificado) Assinale com V (verdadeiro) ou F</p><p>(falso) as afirmações abaixo:</p><p>( ) O emprego de metilprednisolona é indicado no manejo da cistite idiopática felina.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>136</p><p>143</p><p>33</p><p>73. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS/2019 - modificado) Assinale com V (verdadeiro) ou F</p><p>(falso) as afirmações abaixo:</p><p>( ) A obstrução uretral em felinos frequentemente está associada à dilatação de ureteres e de pelve renal.</p><p>74. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS/2019 - modificado) Assinale com V (verdadeiro) ou F</p><p>(falso) as afirmações abaixo:</p><p>( ) A terapia de pacientes com obstrução uretral demanda cistocentese para conforto e agressiva terapia para</p><p>suplementação de potássio.</p><p>75. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) A gastropatia urêmica manifestada em pacientes</p><p>com Doença Renal Crônica, se desenvolve devido a:</p><p>a) Elevação das concentrações de angiotensina II.</p><p>b) Hipomotilidade gástrica.</p><p>c) Acidose metabólica.</p><p>d) Aumento da circulação de gastrina.</p><p>e) Hiperparatireoidismo secundário.</p><p>76. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) No caso de um felino portador de Doença Renal</p><p>Crônica em estágio II, que apresenta quadro de hipertensão arterial sistêmica indica-se como tratamento:</p><p>a) Anlodipino.</p><p>b) Benazepril.</p><p>c) Hidralazina.</p><p>d) Enalapril.</p><p>e) Pimobendan.</p><p>77. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2019) Qual é a enzima cujo aumento de concentração na</p><p>urina é considerado marcador mais sensível e precoce de injúria renal tubular aguda em comparação à</p><p>urinálise e à detecção da azotemia?</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>137</p><p>143</p><p>34</p><p>a) Creatinina.</p><p>b) Gama-glutamil transferase.</p><p>c) Fosfatase alcalina.</p><p>d) Urease.</p><p>78. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2019) Leia o relato do caso a seguir. Foi atendido em um</p><p>hospital veterinário um cão de nove anos, com emagrecimento discreto de evolução de três meses.</p><p>Segundo o tutor, o paciente aumentou a ingestão de água e a produção de urina. O cão apresentara</p><p>erliquiose já tratada há seis meses. Os exames laboratoriais demostraram creatinina sérica de 1,3 mg/dL</p><p>razão proteína e creatinina urinária limítrofe de 0,4, cilindrúria (cilindros hialinos) e isostenúria. Ao exame</p><p>ultrassonográfico dos rins, verificou-se perda discreta da definição córticomedular.</p><p>Diante do exposto, o paciente foi enquadrado no estágio I da doença renal crônica. Neste caso, a fim de</p><p>evitar a progressão da doença e promover a nefroproteção, a recomendação e sua justificativa devem ser:</p><p>a) instituir tratamento antiproteinúrico precoce com bloqueadores dos canais de cálcio, independente da</p><p>creatinina, pois tais fármacos apresentam como vantagem a não interferência na taxa de filtração glomerular</p><p>e na azotemia.</p><p>b) instituir tratamento antiproteinúrico precoce com inibidores da enzima conversora de angiotensina,</p><p>independente da creatinina, pois tais fármacos apresentam como vantagem a não interferência na taxa de</p><p>filtração glomerular e na azotemia.</p><p>c) monitorar a proteinúria e, caso seja intensificada, instituir tratamento antiproteinúrico com inibidores da</p><p>enzima conversora de angiotensina, avaliando a creatinina, pois tais fármacos promovem diminuição da taxa</p><p>de filtração glomerular com agravamento da azotemia.</p><p>d) monitorar a proteinúria e, caso seja intensificada, instituir tratamento antiproteinúrico com inibidores da</p><p>enzima conversora de angiotensina, avaliando a creatinina, pois tais fármacos promovem aumento da taxa</p><p>de filtração glomerular com melhora da azotemia.</p><p>79. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2019) Na fisiopatogenia da cistite idiopática, as</p><p>anormalidades na vesícula urinária, no sistema nervoso central e no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal</p><p>culminam com as manifestações clínicas dessa doença multifatorial. Na cistite idiopática, o estresse e as</p><p>alterações ambientais causam na vesícula urinária:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>138</p><p>143</p><p>35</p><p>a) imunossupressão e infecção bacteriana.</p><p>b) cálculos de estruvita em maior frequência.</p><p>c) síntese de catecolaminas aumentada e inflamação.</p><p>d) neoplasias em maior frequência.</p><p>80. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2019) Infecções bacterianas do trato urinário (ITUs)</p><p>ocorrem em aproximadamente 14% dos cães durante toda sua vida, sendo variável a idade de início.</p><p>Fêmeas castradas e cães idosos estão sob risco maior de infecção, e a idade média em que é estabelecido</p><p>o diagnóstico varia de 7 a 8 anos. Em relação às ITUs em cães e gatos, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O agente bacteriano mais comumente isolado é a Klebsiella, a qual responde por aproximadamente 50%</p><p>de todos os isolados, seguida por Escherichia coli e Proteus.</p><p>b) As ITUs que ocorrem em pacientes com enfermidades como diabete melito, doença renal crônica, distúrbio</p><p>da micção ou alterações anatômicas não são consideradas infecções complicadas.</p><p>c) De acordo com a literatura, a ITU recidivante é caracterizada pelo isolamento do mesmo microrganismo</p><p>mais de uma vez com tratamento, apesar da suscetibilidade in vitro ao antibiótico utilizado.</p><p>d) A pielonefrite pode ser desconsiderada como consequência de uma ITU em cães e gatos.</p><p>e) ITUs bacterianas são menos comuns em gatos do que em cães, afetando de 1% a 3% os felinos</p><p>apresentados em instituições de referência.</p><p>81. (Residência em Medicina Veterinária – UNESC/2019) Foi atendido no Hospital Veterinário do Unesc um</p><p>felino, macho, com 2 anos de idade, e histórico de anúria há cerca de 24 horas. De acordo com o tutor, o</p><p>animal apresentou quadros de disúria, hematúria e polaciúria na última semana. Ao exame físico</p><p>apresentou sensibilidade moderada em abdômen caudal, e durante inspeção do pênis, observou-se a</p><p>presença de um tampão uretral.</p><p>Considerando o caso clínico apresentado, avalie as afirmações a seguir:</p><p>I. Os tampões uretrais ou plugs, são compostos por matriz proteica (muco, células, etc.) e cristais</p><p>(principalmente estruvita). Geralmente estão associados com processos inflamatórios da bexiga.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>139</p><p>143</p><p>36</p><p>II. A obstrução uretral é uma das complicações da doença do trato urinário inferior dos felinos</p><p>(DTUIF), principalmente em gatos machos, castrados, obesos e que vivem confinados no interior das</p><p>residências.</p><p>III. Os felinos podem apresentar</p><p>disúria, hematúria, vocalização, letargia, dor e/ou agressividade. A</p><p>bexiga está sempre cheia e dolorida à palpação; e os animais podem estar desidratados e bradicárdicos</p><p>devido à hipocalemia. Desse modo a avaliação de eletrólitos é sempre importante.</p><p>IV. No geral, verifica-se alcalose metabólica e azotemia pós-renal.</p><p>V. Em relação aos urólitos de oxalato de cálcio, o uso de alimentação terapêutica de dissolução e/ou</p><p>aumento de ingestão hídrica são suficientes para a resolução do quadro clínico.</p><p>Assinale a opção que apresenta os itens corretos:</p><p>a) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.</p><p>b) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.</p><p>c) Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas.</p><p>d) Somente as afirmativas III, IV e V estão corretas.</p><p>e) Somente as afirmativas I e II estão corretas.</p><p>82. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2018) Em relação às consequências gastrointestinais</p><p>decorrentes da uremia no paciente acometido de doença renal crônica, é comum o desenvolvimento de</p><p>um quadro de gastropatia urêmica. Assinale abaixo a alternativa que explica o mecanismo de formação</p><p>desta gastropatia:</p><p>a) A redução da excreção de histamina pelos rins induz aumento da secreção de HCl.</p><p>b) A redução da eliminação da gastrina pelos rins faz com que esta estimule a secreção gástrica de Hcl.</p><p>c) A hipertensão arterial sistêmica secundária à doença renal crônica induz à vasoconstricção das artérias</p><p>gástricas.</p><p>d) Na doença renal crônica ocorre ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona que estimula a</p><p>liberação de catecolaminas ocasionando redução do fluxo sanguíneo gástrico.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>140</p><p>143</p><p>37</p><p>e) A elevação da excreção de gastrina pelos glomérulos e consequente redução deste hormônio na circulação,</p><p>estimula a secreção de HCl e histamina.</p><p>83. (Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2018) Todas as doenças abaixo podem provocar</p><p>distúrbios glomerulares importantes, exceto:</p><p>a) Leishmaniose visceral.</p><p>b) Dirofilariose.</p><p>c) Erliquiose.</p><p>d) Piometra.</p><p>e) Lúpus discoide.</p><p>84. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2013) Os termos técnicos que se referem à presença de</p><p>sangue na urina, à ausência de micção por retenção urinária, à ausência de produção de urina, à micção</p><p>extremamente dolorosa na qual a urina flui gota a gota e à intoxicação endógena pelo excesso de ureia,</p><p>são, respectivamente:</p><p>a) hematúria, iscúria, anúria, estrangúria e uremia.</p><p>b) hematúria, uremia, anúria, iscúria e disúria.</p><p>c) hemoglobinúria, iscúria, uremia, estrangúria e disúria.</p><p>d) hematúria, enurese, iscúria, estrangúria e uremia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>141</p><p>143</p><p>38</p><p>GABARITO</p><p>1 - E</p><p>2 - B</p><p>3 - D</p><p>4 - A</p><p>5 - C</p><p>6 - B</p><p>7 – A</p><p>8 – A</p><p>9 – E</p><p>10 – A</p><p>11 – B</p><p>12 – B</p><p>13 – E</p><p>14 – D</p><p>15 – C</p><p>16 – A</p><p>17 – D</p><p>18 – B</p><p>19 – D</p><p>20 – A</p><p>21 – C</p><p>22 – A</p><p>23 – B</p><p>24 – A</p><p>25 – D</p><p>26 – E</p><p>27 – A</p><p>28 – C</p><p>29 – D</p><p>30 – A</p><p>31 – A</p><p>32 – E</p><p>33 – B</p><p>34 – B</p><p>35 – B</p><p>36 – A</p><p>37 – C</p><p>38 – B</p><p>39 – A</p><p>40 – A</p><p>41 – B</p><p>42 – A</p><p>43 – E</p><p>44 – V</p><p>45 – V</p><p>46 – F</p><p>47 – V</p><p>48 – V</p><p>49 – F</p><p>50 – F</p><p>51 – F</p><p>52 – F</p><p>53 – D</p><p>54 – C</p><p>55 – B</p><p>56 – V</p><p>57 – F</p><p>58 – F</p><p>59 – F</p><p>60 – V</p><p>61 – D</p><p>62 – A</p><p>63 – D</p><p>64 – D</p><p>65 – C</p><p>66 – B</p><p>67 – D</p><p>68 – B</p><p>69 – C</p><p>70 – E</p><p>71 – D</p><p>72 – F</p><p>73 – V</p><p>74 – F</p><p>75 – D</p><p>76 – A</p><p>77 – B</p><p>78 - C</p><p>79 - C</p><p>80 - E</p><p>81 - E</p><p>82 - B</p><p>83 - E</p><p>84 - A</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>142</p><p>143</p><p>de forma difusa, focal, global ou segmentar.</p><p>A afirmativa III está correta. Glomerulopatia imunogênica ocorre por depósito de imunocomplexos, que irá</p><p>causar lesão glomerular e consequente proteinúria. Deposição de imunoglobulinas, complemento ou ambos</p><p>na parede do capilar glomerular irá resultar em lesões na membrana, proteinúria e recrutamento de células</p><p>inflamatórias. Ocorre então ativação e agregação plaquetária por causa do dano endotelial e reação</p><p>antígeno-anticorpo, que vai promover a liberação de mediadores. Esses mediadores vão gerar ativação e</p><p>proliferação de células mesangiais e endoteliais, espasmo vascular e hipercoagulabilidade local. Neutrófilos</p><p>e macrófagos irão migrar e se depositar nos glomérulos em resposta aos mediadores solúveis (componentes</p><p>do complemento, fator de ativação plaquetária, fator de crescimento derivado de plaquetas e eicosanóides).</p><p>Os neutrófilos ativados irão liberar espécies reativas de oxigênio e proteinases e os macrófagos irão produzir</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>14</p><p>143</p><p>7</p><p>proteinases, agentes oxidantes, eicosanoides, fatores de crescimento, citocinas, fragmentos de</p><p>complemento, e fatores de coagulação</p><p>Tratamento das glomerulonefritres</p><p>O tratamento das glomerulonefrites se baseia em parar o estímulo antigênico e suas consequências.</p><p>Quando a doença primária é identificada, seu tratamento deverá ser instituído o mais rápido possível. Planos</p><p>terapêuticos individualizados, com ajustes de acordo com a gravidade e progressão da doença glomerular</p><p>devem ser traçados. A magnitude da proteinúria, avaliada pela RPC na urina, deve ser usado para direcionar</p><p>a terapia.</p><p>A utilização de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) tem sido muito recomendada,</p><p>pois altera a hemodinâmica renal, diminuindo a proteinúria, através da redução da pressão intraglomerular</p><p>pelo controle da arteríola eferente. Podendo ser utilizado o enalapril ou o benazepril.</p><p>Terapia anti-inflamatória pode ser benéfica em alguns pacientes, mas o fármaco deve ser escolhido</p><p>de forma cuidadosa, para não piorar a lesão renal. O uso de imunossupressores é controverso, e deve ser</p><p>avaliado individualmente e baseado na patogênese imunomediada, devendo ser selecionados com base na</p><p>gravidade e progressão da doença de base. O tratamento da hipertensão arterial, quando presente, é</p><p>essencial para evitar a lesão aos órgãos alvos e a proteinúria, e se baseia na utilização de vasodilatadores,</p><p>como IECA, bloqueadores de canal de cálcio e bloqueadores dos receptores da aldosterona.</p><p>A prevenção do desenvolvimento de tromboembolia também deve ser realizada, através da</p><p>diminuição do colesterol circulante e da proteinúria. A utilização de medicamentos antitrombóticos como</p><p>ácido acetilsalicílico, heparina, derivados cumarínicos e dextrana também é indicada para prevenir a</p><p>formação de trombos. Pacientes com edema de moderado a grave devem receber terapia com diuréticos,</p><p>particularmente a furosemida, por ser de ação rápida. O manejo dietético em pacientes com glomerulopatia</p><p>incluem restrição moderada de proteínas, de sódio e de fósforo.</p><p>Amiloidose</p><p>É uma afecção de baixa prevalência em pequenos animais, e se caracteriza pela deposição</p><p>extracelular de proteína amiloide. Podendo ser classificadas pela distribuição dos depósitos (sistêmicos ou</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>15</p><p>143</p><p>8</p><p>localizados) e pela natureza da proteína responsável. Os sinais clínicos vão variar de acordo com o órgão</p><p>afetado e a magnitude da reação à deposição. Em pequenos animais amiloidose renal pode desencadear</p><p>doença renal progressiva. A terapia se baseia no tratamento da doença de base, podendo ser associado ao</p><p>uso da colchicina e/ou dimetilsulfóxido.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>16</p><p>143</p><p>Insuficiência Renal Aguda</p><p>A doença renal aguda está associada ao desenvolvimento súbito de lesão renal, com consequente</p><p>deficiência renal de excreção, metabolismo e funções endócrinas. Ocorrendo aumento nos níveis séricos de</p><p>creatinina e ureia (azotemia) e desequilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. As lesões renais podem ser</p><p>tubulares, túbulo-intersticiais, glomerulares ou vasculares.</p><p>A azotemia pode ser classificada em pré-renal, renal ou pós-renal, essa diferenciação auxilia na</p><p>obtenção do diagnóstico, graduação da doença renal aguda e escolha do tratamento. Azotemia pré-renal</p><p>está relacionada com diminuição da taxa de filtração glomerular decorrente de alterações hemodinâmicas</p><p>com diminuição do fluxo sanguíneo renal. A azotemia renal intrínseca é secundária a deficiências funcionais</p><p>e/ou morfológicas renais, que levam à diminuição da taxa de filtração glomerular. Já a pós-renal é</p><p>consequência de retenção urinária em condições em que os rins estão funcionais.</p><p>Segundo Jericó (2015)1 algumas alterações clínicas preexistentes podem predispor ao</p><p>desenvolvimento de insuficiência renal aguda, como:</p><p> Acidose;</p><p> Desequilíbrio hidroeletrolítico;</p><p> Desidratação;</p><p> Diabetes mellitus;</p><p> Doença cardiovascular;</p><p> Doença hepática;</p><p> Doença renal preexistente;</p><p> Febre alta e persistente;</p><p>1 Jericó, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>17</p><p>143</p><p> Hiperadrenocorticismo;</p><p> Hipoalbuminemia;</p><p> Hipotensão;</p><p> Hipovolemia;</p><p> Idade avançada;</p><p> Paciente cirúrgico;</p><p> Paciente em terapia intensiva;</p><p> Septicemia;</p><p> Síndrome da hiperviscosidade.</p><p>Um esquema de classificação foi proposto pela International Renal Interest Society (IRIS)2 para</p><p>permitir a caracterização e reconhecimento mais uniforme da doença renal, com intuito de facilitar o</p><p>entendimento da fisiopatologia e direcionar o manejo terapêutico do paciente com doença renal aguda</p><p>baseado nos níveis séricos de creatinina, formação de urina e necessidade de terapia de substituição renal,</p><p>com o objetivo de facilitar a classificação, estadiamento funcional e a decisão terapêutica.</p><p>Graduação da lesão renal aguda2:</p><p> Grau I: Pacientes não azotêmicos, com histórico, manifestações clínicas, alterações laboratoriais</p><p>(biomarcadores), alterações imaginológicas condizentes com doença renal aguda e/ou oligúria/anúria clínicas. Inclui</p><p>pacientes com aumento progressivo não azotêmico na creatinina sérica ≥0.3 mg/dl (≥26.4 mmol/l), dentro de 48 horas.</p><p>Também inclui animais cuja produção diminuída de urina é responsiva à fluidoterapia. A resposta à fluidoterapia</p><p>representa um aumento na produção de urina para > 1ml/ kg/h em 6h e/ou diminuição nos níveis sanguíneos de</p><p>creatinina para o valor basal em 48hs.</p><p>2 Cowgill, L. Grading of acute kidney injury. Internacional Renal Interest Society. 2016.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>18</p><p>143</p><p>==1365fc==</p><p> Grau II: Pacientes com insuficiência renal aguda leve, caracterizada por moderada azotemia associada a</p><p>histórico, alterações bioquímicas, anatômicas ou na produção de urina características de doença renal aguda. Neste</p><p>grau a azotemia e/ou oligúria são responsivas à fluidoterapia. A reposição de fluido representa um aumento na</p><p>produção de urina para > 1ml/ kg/h em 6h e/ou diminuição nos níveis</p><p>sanguíneos de creatinina para o valor basal em</p><p>48hs. Também inclui pacientes com aumento nos níveis séricos de creatinina ≥0.3 mg/dL (≥26.4 mmol/l) no intervalo</p><p>de 48h associado a doença renal preexistente.</p><p> Grau III, IV e V: Pacientes com insuficiência renal aguda documentada e graus crescentes de dano do</p><p>parênquima e falha funcional renal (uremia).</p><p>IRA GRAU I Creatinina Sérica 10,0 mg/dL</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>19</p><p>143</p><p>As manifestações clínicas de doença renal aguda são súbitas e inespecíficas e geralmente se</p><p>relacionam com uremia, e se manifestam com anorexia, letargia, vômitos, diarreia e desidratação. Os sinais</p><p>clínicos muitas vezes estão relacionados com a causa primária da lesão renal. Pode ocorrer oligúria ou anúria,</p><p>mas estas alterações muitas vezes não estão presentes no momento do atendimento.</p><p>Ao exame físico desidratação, hálito urêmico e ulceração oral podem estar presentes. Em pacientes</p><p>com doença renal aguda secundária à nefrite podem apresentar febre. Os rins estarão normais ou</p><p>aumentados à palpação. Se durante auscultação houver bradicardia, os níveis de potássio deverão ser</p><p>mensurados.</p><p>Exames bioquímicos podem revelar azotemia, fosfato aumentado, acidose metabólica,</p><p>hipocalcemia e/ou hipo ou hipercalemia. A urinálise pode mostrar isostenúria ou urina minimamente</p><p>concentrada, proteinúria e glicosúria. Quando necessário amostras podem ser colhidas para realização de</p><p>citologia (linfoma renal) ou biopsia.</p><p>O principal objetivo do tratamento da insuficiência renal aguda é a prevenção da progressão da</p><p>doença renal. Dessa forma, o suporte hidroeletrolítico deve ser a preocupação inicial, para que a perfusão</p><p>renal adequada seja restituída. A causa inicial deve ser identificada e tratada, bem como as disfunções mais</p><p>graves. A produção urinária deve ser monitorada, a produção normal de urina em cães e gatos é de 1 a 2</p><p>mL/kg/h. A produção urinária de 2 a 5 mL/kg/h é esperada para pacientes em fluidoterapia. Quando há</p><p>alterações eletrocardiográficas relacionadas com hipercalemia a reversão deve ocorrer o quanto antes. O</p><p>bicarbonato de sódio (0,5-1,0 mEq / kg IV) normalmente é a primeira opção nesses casos, principalmente</p><p>quando a acidose metabólica estiver presente. Outra opção é a infusão de solução hipertônica de glicose.</p><p>A acidose metabólica deve ser tratada com uso de bicarbonato de sódio adicionado à fluidoterapia,</p><p>nesse caso, o fluido utilizado não deverá conter cálcio. Os diuréticos são úteis para reverter a oligúria. O</p><p>manitol ou a furosemida podem ser utilizados. A dopamina em dosagens baixas contribui para a natriurese</p><p>bloqueando a reabsorção de sódio nos túbulos proximais. A dose renal de dopamina geralmente é de 2 a</p><p>5µg/kg/min. A diálise sempre deve ser considerada em pacientes com uremia avançada.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>20</p><p>143</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2021) A lesão renal aguda causa declínio abrupto na taxa de</p><p>filtração glomerular, resultando em azotemia. A respeito do assunto, considere as seguintes afirmativas.</p><p>I- A azotemia pode ser classificada em pré-renal, renal intrínseca e pós-renal. Essa classificação é</p><p>definida de acordo com os níveis de ureia e creatinina.</p><p>II- Azotemia pré-renal é resultado de déficit hemodinâmico, sem estar associada com alterações</p><p>morfológicas nos rins.</p><p>III- Na azotemia renal intrínseca, os rins estão morfologicamente e funcionalmente normais.</p><p>IV- A azotemia pós-renal ocorre por exemplo em decorrência de obstruções do trato urinário inferior.</p><p>V- O termo síndrome urêmica refere-se ao aumento das concentrações séricas de ureia e creatinina.</p><p>Estão corretas as alternativas:</p><p>a) I e V.</p><p>b) II e V.</p><p>c) II e IV.</p><p>d) I e IV.</p><p>e) I e III.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.</p><p>A afirmativa I está incorreta, pois a classificação da azotemia se baseia nas causas da lesão renal,</p><p>diagnosticada por avaliação clínica e dos exames complementares do paciente.</p><p>A afirmativa II está correta, uma vez que a azotemia pré-renal ocorre quando há diminuição da taxa de</p><p>filtração glomerular, por deficiência hemodinâmica, mesmo com os rins morfologicamente sadios e capazes</p><p>de cumprir suas funções.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21</p><p>143</p><p>A afirmativa III está incorreta. Na azotemia renal intrínseca ocorre decréscimo da taxa de filtração</p><p>glomerular devido à lesão renal, por insuficiência renal aguda ou crônica.</p><p>A afirmativa IV está correta. A azotemia pós-renal ocorre quando há retenção de urina na presença de rins</p><p>morfologicamente sadios e desempenhando suas funções. Por exemplo, quando há obstrução no fluxo de</p><p>saída da urina.</p><p>A afirmativa V está incorreta. A síndrome urêmica consiste em uma síndrome clínica secundárias a falência</p><p>renal, causada pelo acúmulo de toxinas urêmicas que geram diversas anormalidades.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>22</p><p>143</p><p>Doença Renal Crônica</p><p>A doença renal crônica é comum em cães e gatos idosos, e consiste na lesão renal que perdura pelo</p><p>menos 3 meses, resultante da perda gradativa e irreversível dos néfrons. A retenção de solutos</p><p>nitrogenados, o desequilíbrio de fluido, eletrólito e ácido-base, e a deficiência da produção de hormônios</p><p>constituem a síndrome da doença renal crônica.</p><p>A doença renal crônica pode se manifestar com lesão glomerular, tubular, intersticial ou vascular,</p><p>ou comprometer vários segmentos concomitantemente. Com a progressão, o tecido renal é substituído por</p><p>tecido conjuntivo fibroso.</p><p>O esquema abaixo lista as principais causas de doença renal crônica em cães e gatos1:</p><p>Na doença renal crônica ocorre uma deficiência na concentração e na capacidade de excreção da</p><p>urina, o que pode se manifestar clinicamente como poliúria e polidipsia compensatórias. Com a perda de</p><p>néfrons, a taxa de filtração glomerular diminui, causando o aumento das concentrações séricas de ureia e</p><p>1 Nelson, R.W.; Couto, C. G. Small Animal Internal Medicine, 6ed. Elsevier: Missouri, 2019. 1608p.</p><p>CÃO</p><p>• Nefrite intersticial crônica;</p><p>• Pielonefrite crônica;</p><p>• Glomerulonefrite crônica;</p><p>• Amiloidose;</p><p>• Doença renal familiar;</p><p>• Progressão de lesão renal aguda.</p><p>GATO</p><p>• Nefrite intersticial crônica;</p><p>• Pielonefrite crônica;</p><p>• Glomerulonefrite crônica;</p><p>• Amiloidose;</p><p>• Doença renal policística;</p><p>• Progressão de lesão renal aguda;</p><p>• Neoplasia (linfoma renal);</p><p>• Nefrite piogranulomatosa decorrente de</p><p>peritonite infecciosa felina.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>23</p><p>143</p><p>creatinina (azotemia), estando presente quando ocorre perda de pelo menos 60 a 70% dos néfrons</p><p>funcionais em felinos e caninos, respectivamente.</p><p>Em casos em que ocorre um maior comprometimento das funções renais, a síndrome urêmica ou</p><p>uremia pode estar presente, e se caracteriza por uma síndrome tóxica e polissistêmica (trato gastrintestinal,</p><p>sistemas nervosos central e periférico, sistema cardiorrespiratório, sistema endócrino) e por desequilíbrio</p><p>acidobásico, eletrolítico, hematológico e hemostático, além de comprometimento nutricional.</p><p>A gastropatia urêmicas decorre do aumento da circulação de gastrina, uma vez que os rins são</p><p>responsáveis por 40% da metabolização desse hormônio, gerando alterações microscópicas como atrofia</p><p>glandular, edema de lâmina própria, infiltração de mastócitos e arterite submucosa. A secreção gástrica de</p><p>HCl e a liberação de histamina são estimulados, podendo provocar ulceração gastrintestinal com</p><p>consequente necrose isquêmica da mucosa. A estomatite urêmica e a necrose da borda da língua podem</p><p>ocorrer secundárias ao acúmulo ou aumento agudo de toxinas urêmicas na circulação sanguínea.</p><p>Alterações hemostáticas, principalmente, a trombocitopatia ou a tromboastenia (disfunção</p><p>plaquetária) adquiridas podem estar presentes. O número de plaquetas é normal no paciente, mas</p><p>anormalidades da função plaquetária vão causar o sangramento, e incluem aderência e agregação</p><p>plaquetária anormal, retração diminuída do coágulo e diminuição da produção de tromboxano pelas</p><p>plaquetas.</p><p>Outras disfunções no sistema hematológico incluem alterações na função dos linfócitos e</p><p>granulócitos, anemia hipoproliferativa, neutrofilia e linfopenia. A anemia geralmente é normocítica,</p><p>normocrômica e arregenerativa. De acordo com Jericó (2015)2, os mecanismos envolvidos no</p><p>desenvolvimento da anemia em doentes renais crônicos incluem:</p><p>• Diminuição na síntese de eritropoetina;</p><p>• Menor tempo de vida das hemácias;</p><p>• Perda de sangue (pelo trato gastrintestinal);</p><p>2 Jericó, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>24</p><p>143</p><p>• Deficiência nutricional dos elementos envolvidos na eritropoiese;</p><p>• Deficiência de ferro;</p><p>• Ação de substâncias inibidoras da eritropoiese;</p><p>• Mielofibrose.</p><p>Outra consequência da doença renal crônica é o hiperparatireoidismo secundário renal, a</p><p>hipertensão arterial sistêmica, a acidose metabólica, a proteinúria e a hipopotassemia.</p><p>Sinais clínicos e físicos e os achados de exames complementares pioram com a progressão da doença</p><p>renal crônica. Os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar manifestações clínicas, como poliúria,</p><p>polidipsia, perda de peso, diminuição do apetite, letargia, desidratação, vômito e halitose. Achados de exame</p><p>físico podem incluir alterações à palpação renal, desidratação, má condição corporal, membranas mucosas</p><p>pálidas, úlceras urêmicas e/ou evidência de hipertensão.</p><p>O estadiamento da doença renal crônica é realizado após o diagnóstico com objetivo de facilitar o</p><p>tratamento adequado e o monitoramento do paciente. A International Renal Interest Society - IRIS (2019)3</p><p>baseia o estadiamento inicialmente nas concentrações de creatinina sérica em jejum ou do SDMA</p><p>(dimetilarginina simétrica) sérico em jejum, avaliados em pelo menos duas ocasiões em no paciente estável</p><p>e hidratado. O animal é então subestagiado com base na proteinúria e pressão arterial. Usando esses</p><p>critérios, algumas recomendações podem ser feitas sobre o tipo de tratamento.</p><p>A tabela a seguir demonstra a classificação da doença crônica renal de acordo com IRIS (2019)</p><p>3 International Renal Interest Society, IRIS Staging of CKD, 2019.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>25</p><p>143</p><p>Estágio 1</p><p>Estágio 2</p><p>Estágio 3</p><p>Estágio 4</p><p>Azotemia Sem azotemia Azotemia leve Azotemia</p><p>moderada</p><p>Azotemia grave</p><p>Creatinina (mg/dL) Cães 5.0</p><p>Gatos > 5.0</p><p>SDMA* (µg/dL) Cães 54</p><p>Gatos > 38</p><p>Razão proteína</p><p>urinária/creatinina</p><p>(UPC)</p><p>Cães: Não proteinúrico 0.5</p><p>Gatos: Não proteinúrico 0.4</p><p>Pressão sistólica</p><p>(mm Hg)</p><p>Normotenso 180</p><p>O tratamento deve ser adaptado para o paciente individualmente, de acordo com as alterações</p><p>apresentadas. Segundo as recomendações do IRIS (2019)4 para cães e gatos o manejo terapêutico deve</p><p>seguir as indicações a seguir:</p><p> Estágio 1:</p><p>• Interromper os medicamentos potencialmente nefrotóxicos;</p><p>• Identificar e tratar anormalidades pré ou pós renais;</p><p>• Deixar água disponível o tempo todo;</p><p>• Monitorar creatinina e SDMA;</p><p>• Investigar e tratar doença subjacente e/ou complicações;</p><p>4 www.iris-kidney.com (staging, therapeutic, and management guidelines), 2019.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>26</p><p>143</p><p>• Monitorar e tratar a desidratação;</p><p>• Reduzir a pressão arterial sistólica para 0,5 em cães; UPC</p><p>> 0,4 em gatos);</p><p>• Manter o fósforo</p><p>urina, dessa forma a isostenúria e diminuição dos</p><p>sedimentos urinários serão uma característica comum dos animais doentes.</p><p>A segunda afirmação é verdadeira, Animais em estágio I da doença renal crônica estarão não azotêmicos e</p><p>sem manifestações clínicas evidentes, exceto a poliúria e polidipsia. Mas alterações dos marcadores de lesão</p><p>renal (isostenúria, proteinúria, cilindrúria) estarão presentes, evidenciando a lesão e comprometimento da</p><p>função renal. Alterações nos exames de imagens e/ou na biópsia renal podem estar presentes indicando</p><p>lesão no órgão.</p><p>A terceira afirmação é verdadeira, no estágio II da doença renal crônica a hipopotassemia pode estar</p><p>presente, devido à diminuição da ingestão de potássio e aumento da perda urinária do eletrólito. Outra causa</p><p>é a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona em decorrência de dieta com baixo teor de sódio.</p><p>A quarta afirmação é falsa, nos estágios III e IV o paciente vai apresentar azotemia de moderada a severa e</p><p>manifestações clínicas da síndrome urêmica devido à perda da função renal.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>29</p><p>143</p><p>1</p><p>Hiperparatireoidismo Secundário Renal</p><p>A perda progressiva de néfrons funcionais durante a insuficiência renal gera redução da taxa de</p><p>filtração glomerular, com consequente retenção de fósforo, estimulando a secreção do paratormônio, por</p><p>um efeito estimulador direto na glândula paratireoide e, de forma mais significativa, se ligando o cálcio</p><p>livre, resultando na diminuição da concentração do cálcio ionizado. Com a progressão da doença renal, e a</p><p>taxa de filtração glomerular continua a diminuir, tornando a retenção de fósforo ainda maior, o que</p><p>desencadeia maior secreção de paratormônio, que causa reabsorção óssea e liberação de cálcio e fósforo</p><p>para a circulação.</p><p>A vitamina D também influencia o desenvolvimento do hiperparatireoidismo renal secundário. O</p><p>calcitriol, forma ativa da vitamina D, é formado pela 1α-hidroxilação do 25-hidroxi-colecalciferol no rim. A</p><p>diminuição da função renal e a retenção de fósforo diminuem a atividade da 1α-hidroxilase, diminuindo a</p><p>produção de calcitriol, responsável por estimular a absorção intestinal de cálcio e reduzir a ação do</p><p>paratormônio. O fator de crescimento de fibroblastos, um hormônio produzido principalmente por</p><p>osteoblastos e osteócitos, que promove a excreção renal de fósforo, é secretado em resposta à</p><p>hiperfosfatemia e regula negativamente a atividade 1α-hidroxilase, diminuindo mais ainda a produção de</p><p>calcitriol.</p><p>O diagnóstico do hiperparatireoidismo secundário renal só pode ser confirmado pela presença de</p><p>altas concentrações de paratormônio intacto sérico. No entanto, este é um teste de difícil acesso, e em</p><p>pequenos animais, a quantidade de fósforo sérico, mostra correspondência positiva moderada à</p><p>concentração sérica de paratormônio, tornando possível a presunção de hiperparatireoidismo renal</p><p>secundário.</p><p>A terapia para hiperparatireoidismo secundário renal se baseia no controle da hiperfosfatemia, no</p><p>reequilíbrio do cálcio sérico e na reposição do calcitriol.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30</p><p>143</p><p>2</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2019) A insuficiência renal crônica (IRC) ocorre quando os</p><p>mecanismos compensatórios não são mais capazes de manter as principais funções excretórias,</p><p>regulatórias e endócrinas em pacientes DRC. O diagnóstico de IRC é realizado quando essas anormalidades</p><p>estiverem presentes por 3 meses ou mais e sua causa geralmente é difícil de ser determinada. Sobre esta</p><p>doença é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) Néfrons são lentamente destruídos e substituídos por tecido fibroso, enquanto os néfrons intactos sofrem</p><p>hipertrofia na tentativa de manter a Taxa de Filtração Glomerular (TFG).</p><p>b) O hiperparatiroidismo secundário se desenvolve na tentativa de manter as concentrações plasmáticas de</p><p>sódio e potássio, que são espoliados pelo alto fluxo tubular.</p><p>c) Perda de peso progressiva, poliúria e polidipsia, anemia não-regenerativa e rins pequenos e irregulares</p><p>são achados da Doença Renal Crônica.</p><p>d) A ultrassonografia deve ser solicitada e geralmente evidência corticais renais hiperecóicas com perda da</p><p>definição córtico-medular.</p><p>e) A restrição da ingestão de proteínas é há muito tempo a base do tratamento da Doença Renal Crônica,</p><p>devendo ser moderada para que não haja catabolismo muscular.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. O hiperparatiroidismo secundário é consequência</p><p>comum em cães e gatos com doença renal crônica, e se desenvolve devido à diminuição na produção do</p><p>calcitriol e retenção de fósforo decorrente da diminuição da função renal.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>31</p><p>143</p><p>==1365fc==</p><p>3</p><p>Figura 1: Organograma do desenvolvimento do hiperparatireoidismo secundário renal (Jericó, 2015)1.</p><p>1 Jericó, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>32</p><p>143</p><p>1</p><p>Urolitíase</p><p>A urolitíase é uma afecção comum em cães e gatos, e consiste na formação de cálculos em órgãos do</p><p>sistema urinário. Urina muito concentrada pode levar à precipitação de sais com formação de cristais, se</p><p>estes não forem excretados, podem formar estruturas sólidas (cálculos). Os urólitos mais comuns em cães e</p><p>gatos são o de oxalato de cálcio (CaOx) e o de estruvita. A vesícula urinária é o local mais comum de</p><p>alojamento dos cálculos urinários.</p><p>Os sinais clínicos de urolitíase vão depender da localização, quantidade e tamanho do cálculo, bem</p><p>como da presença ou não de infecções urinárias concomitantes. Os pacientes podem ser assintomáticos ou</p><p>apresentar sintomas relacionados ao sistema urinário, como hematúria, disúria, polaciúria, estrangúria e/ou</p><p>incontinência urinária. Pode ocorrer ainda obstrução urinária parcial ou total. Se a uremia estiver presente</p><p>o animal pode apresentar vômito, letargia, hiporexia ou anorexia, azotemia, hiperfosfatemia e</p><p>hiperpotassemia. Durante exame físico, alguns cálculos são palpáveis.</p><p>A realização de urinálise e urocultura, são sempre imprescindíveis, o pH urinário pode fornecer</p><p>informações importantes, bem como a presença de cristalúria e bacteriúria. Exames de bioquímica sérica</p><p>renal é importante para determinar a progressão de doença. Os exames de imagem irão determinar o</p><p>diagnóstico de cálculo urinário, cálculos de oxalato de cálcio e estruvita são radiopacos. Após a</p><p>determinação da urolitíase, deve-se identificar o tipo e a composição do urólito, para que o tratamento</p><p>adequado seja instituído.</p><p>A terapia para urolitíase depende da composição e da localização do cálculo no sistema urinário,</p><p>podendo se clínica ou cirúrgica. As recomendações do consenso para tratamento de urólitos desenvolvidas</p><p>pelo ACVIM estão resumidas abaixo. As características específicas para os principais tipos de cálculo urinário</p><p>em cães e gatos serão discutidas nos tópicos referentes à composição dos urólitos.</p><p>Resumo das recomendações do consenso para o tratamento e prevenção de urólitos em cães e gatos1:</p><p>1 Lulich, J.P. et al. ACVIM Small Animal Consensus Recommendations on the Treatment and Prevention of Uroliths in Dogs</p><p>and Cats. J Vet Intern Med. v.30, p.1564–1574, 2016</p><p>Ana Paula Salim,</p><p>Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>33</p><p>143</p><p>2</p><p>• Urólitos de estruvita devem ser dissolvidos medicamente;</p><p>• Urocistólitos associados a sinais clínicos devem ser removidos por procedimentos minimamente</p><p>invasivos;</p><p>• A dissolução médica de urólitos de urato ou de cistina deve ser considerada antes da remoção;</p><p>• Urocistólitos não clínicos sem probabilidade de causar obstrução urinária não requerem remoção;</p><p>• Urocistólitos não clínicos com probabilidade de causar obstrução urinária devem ser removidos por</p><p>procedimentos minimamente invasivos;</p><p>• Uretrólitos devem ser tratados por litotripsia intracorpórea;</p><p>• A cirurgia uretral para tratar a urolitíase é desencorajada;</p><p>• Apenas nefrólitos problemáticos requerem tratamento;</p><p>• Nefrólitos de estruvita devem ser medicamente dissolvidos;</p><p>• A dissolução não deve ser tentada em gatos com urólitos obstrutivos do trato urinário superior;</p><p>• Nefrólitos problemáticos devem ser removidos por procedimentos minimamente invasivos;</p><p>• Hidronefrose e hidroureter proximal a uma lesão obstrutiva são suficientes para diagnosticar</p><p>obstrução ureteral;</p><p>• Obstruções ureterais requerem cuidado imediato;</p><p>• O tratamento médico para ureterolitíase obstrutiva raramente é eficaz, deve-se considerar a</p><p>remoção minimamente invasiva</p><p>• Ureterólitos obstrutivos em gatos devem ser tratados por bypass ureteral subcutâneo ou implante</p><p>de stent ureteral;</p><p>• Ureterólitos obstrutivos em cães devem ser tratados por implante de stent ureteral;</p><p>• A composição de ureterólitos afetará as decisões de manejo;</p><p>• Cultivar rotineiramente a urina de cães com obstrução ureteral e considerar tratamento</p><p>antimicrobiano;</p><p>• Urólitos de estruvita estéreis pode ser prevenido utilizando alimentos de manutenção terapêutica</p><p>com baixos níveis de magnésio e fósforo que acidificam a urina;</p><p>• A prevenção primária de urólitos de estruvita induzidos por infecção é a eliminação persistente da</p><p>infecção do trato urinário;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>34</p><p>143</p><p>3</p><p>• Para minimizar a recorrência do urólito de oxalato de cálcio, a concentração da urina deve ser</p><p>diminuída, e deve-se evitar a acidificação da urina e dietas com teor excessivo de proteína;</p><p>• A alimentação de alimentos secos com alto teor de sódio não deve ser recomendada como um</p><p>substituto para alimentos com alto teor de umidade;</p><p>• Considerar a utilização de citrato de potássio ou outros sais de citrato alcalinizantes para cães e gatos</p><p>com urina persistentemente ácida;</p><p>• Considerar diuréticos tiazídicos para urólitos de oxalato de cálcio recorrentes;</p><p>• Para minimizar a recorrência do urólito de urato, diminuir a concentração de urina, promover</p><p>alcalinização urinária e limitar a ingestão de purinas</p><p>• Considerar inibidores da xantina oxidase para cães homozigotos para hiperuricosúria genética não</p><p>responsivos à dieta terapêutica;</p><p>• Para minimizar a recorrência do urólito de cistina, diminuir a concentração da urina, limitar a ingestão</p><p>de proteína animal, limitar a ingestão de sódio, aumentar o pH da urina e neutralizar;</p><p>• Em pacientes com formação recorrente de urólito de cistina, administrar 2-mercaptopropionil glicina</p><p>para reduzir ainda mais a concentração e aumentar a solubilidade da cistina.</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2020) Segundo as diretrizes do ACVIM para tratamento e</p><p>prevenção da urolitíase canina e felina, em relação aos nefrólitos, deve-se proceder da seguinte forma:</p><p>a) Realizar a nefrectomia preventiva.</p><p>b) Realizar a nefrostomia, ainda que o nefrólito não esteja causando dor, infecções e /ou obstrução do fluxo</p><p>urinário.</p><p>c) Realizar antibioticoterapia preventiva.</p><p>d) Reduzir a ingestão hídrica.</p><p>e) Somente os nefrólitos que causem dor, infecções, compressão do parênquima e/ou obstrução do fluxo</p><p>urinário, deve-se considerar a realização da nefrostomia/nefrectomia.</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>35</p><p>143</p><p>4</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. As diretrizes do ACVIM1 sobre urolitíase em cães e</p><p>gatos traz recomendações atuais sobre o tratamento dessa doença, e leva em consideração a utilização de</p><p>terapias menos invasivas para resolução da urolitíase. Essa publicação sugere que apenas aqueles nefrólitos</p><p>que estão contribuindo para obstrução do fluxo, infecção recorrente, dor e os que aumentam a ponto de</p><p>causar compressão do parênquima renal, devem ser considerados para remoção cirúrgica em cães e gatos.</p><p>6.1 – Cálculo de estruvita</p><p>A formação da maioria dos cálculos de estruvita é normalmente induzida por infecção do trato</p><p>urinário, especialmente por Staphylococcus sp., produtora de urease. No entanto, outras bactérias</p><p>produtoras de urease podem também predispor à formação do urólito de estruvita (Proteus sp., Klebsiella</p><p>sp., Enterococcus sp e Ureaplasma sp.). Esses urólitos são formados principalmente de magnésio, amônio e</p><p>fosfato e o pH urinário alcalino é determinante para a formação do cálculo de estruvita.</p><p>6.2 – Cálculo de oxalato de cálcio</p><p>A formação do urólito de oxalato de cálcio é associada com concentração alta de cálcio na urina.</p><p>Quantidades urinárias de cálcio e oxalato mais altas e potássio e fósforo baixas predispõem à formação desse</p><p>tipo de cálculo. Em relação ao pH urinário, quando ácido há maior risco de precipitação e formação do urólito</p><p>de oxalato de cálcio, no entanto, este pode se formar em qualquer pH urinário. Fatores como alto teor de</p><p>cálcio, oxalato, vitamina D ou C na dieta, hipercalciúria e/ou hipercalcemia podem contribuir para formação</p><p>desse tipo de urólito.</p><p>6.3 – Cálculo de urato</p><p>Os urólitos de urato e de xantina são cálculos de purina. Os de urato são comuns em cães da raça</p><p>Dálmata (predisposição genética) e em cães com doenças hepáticas ou com desvio portossistêmico (alta</p><p>concentração de amônia e ácido úrico na urina). A formação dos cálculos de urato está comumente</p><p>relacionada a dietas com alto teor de purinas e seus precursores, acidificando o pH urinário.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>36</p><p>143</p><p>==1365fc==</p><p>5</p><p>Cálculos de xantina, acontecem secundariamente ao tratamento com alopurinol, devido à inibição</p><p>de enzima xantina oxidase por esse medicamento.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>37</p><p>143</p><p>Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos</p><p>A doença do trato urinário inferior de felinos (DTUIF) ou cistite idiopática de felinos é a inflamação</p><p>da bexiga urinária e/ou da uretra que cursa com uma série de sinais clínicos relacionados ao sistema urinário.</p><p>Os sinais de DTUIF em felinos podem incluir combinações variáveis de polaciúria, estrangúria, periúria,</p><p>disúria, hematúria e obstrução urinária parcial ou total.</p><p>Gatos sedentários, obesos, em ambientes de alta densidade, com pouco acesso à água, em</p><p>ambientes ou situações estressoras apresentem maior predisposição ao desenvolvimento de DTUIF. Os</p><p>machos são mais afetados que as fêmeas. Essa afecção é de etiologia multifatorial, relacionada a interação</p><p>entre o sistema nervoso central, sistema endócrino e vesícula urinária.</p><p>De acordo com Jericó (2015)1 dentre as teorias mais aceitas para explicar a inflamação da vesícula</p><p>urinária na DITUI, estão a inflamação neurogênica, com a participação de mastócitos e alterações na camada</p><p>superficial da mucosa urinária de glicosaminoglicanos e agentes virais.</p><p>Tampões uretrais ou plugs são a causa mais comum de obstrução do trato urinário em gatos, e são</p><p>compostos de mucoproteínas (Tamm-Horsfall), muco, debris inflamatórios e alguns minerais. A</p><p>hiperpotassemia é a alteração eletrolítica mais comum na obstrução uretral. Além disso, é comum o</p><p>desenvolvimento de acidose metabólica.</p><p>1 Jericó, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.</p><p>DTUIF</p><p>Respostas</p><p>neurais</p><p>Respostas</p><p>endócrinas</p><p>Respostas</p><p>imunológicas</p><p>Respostas</p><p>locais</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>38</p><p>143</p><p>O diagnóstico se baseia no histórico, anamnese, exame físico e complementar. Em casos de DTUIF</p><p>não obstrutiva os sinais clínicos serão polaciúria, estrangúria, periúria, disúria, hematúria, vocalização</p><p>durante micção, alterações humorais, alterações na ingestão de água, diminuição da interação social.</p><p>Quando ocorre obstrução o paciente poderá apresentar além dos sinais clínicos relatados, incapacidade de</p><p>urinar, lambedura compulsiva da região perineal, congestão peniana e sinais de uremia pós-renal.</p><p>Quando a DTUIF é não complicada a resolução ocorre em 5 a 10 dias, independente da terapia.</p><p>Urinálise (hematúria, proteinúria, leucócitos e cristalúria), de preferência com urina colhida por cistocentese,</p><p>deve ser realizada, bem como cultura e antibiograma. Exames imaginológicos (radiografia simples e</p><p>contrastada e ultrassonografia) e uroendoscopia (uretroscopia e cistoscopia) são essenciais para o</p><p>fechamento do diagnóstico. Em casos de obstrução uretral, é importante avaliar a glicemia, hemogasometria</p><p>e eletrólitos.</p><p>O tratamento deve ser individualizado e realizado o quanto antes, para evitar a dor, o estresse e a</p><p>progressão para doença obstrutiva. Fatores estressantes devem ser removidos ou evitados, o</p><p>enriquecimento ambiental deve ser realizado. O estímulo ao aumento da ingestão hídrica e a adoção de</p><p>dieta úmida auxiliam na prevenção do desenvolvimento ou recorrência da DTUIF. Antidepressivos tricíclicos</p><p>(amitriptilina) tem efeito benéfico, devido à ação anticolinérgica, anti-inflamatória, analgésicas, anti-α-</p><p>adrenérgicas e antidepressivas.</p><p>Para o manejo da dor e da inflamação são indicados analgésicos (butorfanol, tramadol e dipirona) e</p><p>anti-inflamatórios não esteroidais seletivos para COX-2 (meloxicam, carprofeno). Glicosaminoglicanos</p><p>também podem ser indicados por seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios.</p><p>Em casos de pacientes obstruídos, o tratamento deve priorizar a correção da azotemia e das</p><p>alterações hidreletrolíticas e acidobásicas e a restituição do fluxo urinário. Fluidoterapia, correção da</p><p>hiperpotassemia (insulina regular associada à glicose, bicarbonato de sódio ou gluconato de cálcio), correção</p><p>da hipocalcemia (gluconato de cálcio) devem ser o manejo inicial, de acordo com a necessidade do paciente.</p><p>A restituição da patência urinária, assim que o paciente estiver hemodinamicamente estável, deve</p><p>ser realizada. De acordo com Jericó (2015)1, os procedimentos enumerados a seguir, em ordem de</p><p>prioridade, deverão ser realizados para o restabelecimento da patência uretral:</p><p>• Massagem peniana delicada;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>39</p><p>143</p><p>==1365fc==</p><p>• Suave compressão vesical com o objetivo de esvaziar a bexiga;</p><p>• Colocação de um cateter urinário e retrolavagem uretral;</p><p>• Combinações dos três primeiros procedimentos;</p><p>• Exames de imagem para determinar se a obstrução é intramural, mural ou extramural;</p><p>• Se for definitivamente necessário, intervenções cirúrgicas.</p><p>O paciente deve permanecer sondado pelo menor tempo possível, para evitar complicações</p><p>decorrentes da sondagem prolongada.</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFRPE/2020) Atualmente, a hipótese que melhor explica a</p><p>fisiopatologia da cistite idiopática felina (CIF) sugere que a doença pode resultar de múltiplas alterações</p><p>da bexiga urinária, do sistema nervoso central e do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Na cistite idiopática,</p><p>o estresse e as alterações ambientais causam na vesícula urinária:</p><p>a) Neoplasias em maior frequência.</p><p>b) Elevado número de mastócitos e inflamação.</p><p>c) Imunossupressão e infecção bacteriana.</p><p>d) Cálculos de estruvita em maior frequência.</p><p>e) Cálculos de oxalato de cálcio.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Agentes causadores de estresse vão agir no sistema</p><p>nervoso central (SNC), sensibilizando o hipotálamo que irá secretar o fator de liberação de corticotrofinas</p><p>(CRH), fazendo com que a hipófise anterior libere o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Este irá agir no</p><p>córtex da adrenal aumentando a secreção de cortisol. Ao mesmo tempo, o estresse estimula o sistema</p><p>nervoso simpático (SNS), ocorrendo a liberação de catecolaminas, principalmente a noradrenalina, que</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>40</p><p>143</p><p>sensibiliza as fibras C dos gânglios da raiz dorsal, liberando substância P (peptídeo neurotransmissor</p><p>sensorial), que ao interagir com receptores teciduais resulta em inflamação neurogênica (ativação de</p><p>mastócitos, vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e espasmos).2</p><p>Figura 1: Organograma da fisiopatologia da cistite instersticial felina (Del Barrio; Mazziero, 2020).</p><p>2 Del Barrio, M.A.M.; Mazziero, V.G. Síndrome de Pandora: Muito Além da Cistite. PremieRvet - INFORMATIVO TÉCNICO - Edição</p><p>I/2020.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>41</p><p>143</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2013) Dentre as complicações decorrentes da iscúria</p><p>prolongada em gatos com doença do trato urinário inferior obstrutiva, cita-se a atonia ou disfunção vesical</p><p>pós-desobstrução. Para o tratamento desta disfunção recomenda-se, além da compressão manual para o</p><p>esvaziamento da bexiga:</p><p>a) Betanecol.</p><p>b) Dexametazona.</p><p>c) Amitriptilina.</p><p>d) Glicosaminoglicanos.</p><p>e) Acepromazina.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O betanecol é um medicamento colinérgico que</p><p>estimula as vias urinárias, aumentando a contração vesical e relaxando o esfíncter externo da uretra, o que</p><p>vai ajudar no esvaziamento da bexiga urinária.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 44 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>42</p><p>143</p><p>1</p><p>Infecção do Trato Urinário</p><p>O desenvolvimento da infecção do trato urinário depende da virulência do agente envolvido e de</p><p>desequilíbrios anatômicos, imunológicos e locais do hospedeiro que facilitem a interação e infecção pelo</p><p>microrganismo.</p><p>O trato urinário normalmente é um ambiente estéril, no entanto a uretra distal apresenta micro-</p><p>organismos residentes. O crescimento bacteriano em locais do trato urogenital comumente desprovidos de</p><p>microbiota é causada pela ascensão de bactérias presentes na porção distal da uretra, originárias da</p><p>própria uretra distal, do intestino, da pele, do sistema genital ou do prepúcio, e consistem principalmente</p><p>em Escherichia coli, Enterococcus sp., Staphylococcus sp., Streptococcus sp., Proteus sp., Klebsiella sp.,</p><p>Pseudomonas sp., Pasteurella sp., Corynebacterium</p>