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<p>UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP – EAD</p><p>CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SERVIÇOS JURÍDICOS</p><p>NOTARIAIS E DE REGISTRO</p><p>PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR IV</p><p>São Paulo/SP</p><p>2022</p><p>PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR IV</p><p>O projeto multidisciplinar – PIM IV, tem como proposta, apresentar um projeto de pesquisa em forma de relatório referente às matérias do vigente bimestre, assim os consolidando no desenvolvimento do estudante e na construção do conhecimento teórico e prático.</p><p>São Paulo/SP</p><p>2022</p><p>RESUMO</p><p>O presente Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) IV, tem como objetivo examinar e verificar informações constantes que envolvem as disciplinas de Direito Constitucional, Formação para a Prática Processual e Fundamentos de Direito Civil, estudadas no presente bimestre. Podendo essas serem aplicadas para desenvolver o intelecto e fixar com clareza a forma praticada na vida profissional de quem conclui o curso de Gestão de Serviços Jurídicos, Notarias e de Registro. Com a finalidade de apresentar uma pesquisa realizada no site do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o projeto apresentado aborda a importância do Centro de Formação e Gestão Judiciária, a sua missão, no que consiste a educação corporativa contida na Instrução Normativa STJ/GDG nº 19 de 02/09/2019, revogada pela Instrução Normativa STJ/GDG nº 4, de 02 de março de 2022, segundo as disposições gerais e qual a importância das ações corporativas para a prática processual. Abrange também a utilidade prática do Balcão Virtual para o Direito e prática processual, cumprimento digital de ato processual e de ordem judicial, audiências virtuais e suas modalidades e por fim, a utilidade prática de expediente jurisdicional para a concretização dos direitos civis e constitucionais dos cidadãos.</p><p>Palavras-chave: STJ; Superior Tribunal de Justiça; Centro de Formação e Gestão Judiciária; Educação corporativa; Instrução Normativa STJ/GDG nº 19 de 02 de setembro de 2029; Ações corporativas para a prática processual; Balcão Virtual; Audiência virtual.</p><p>SUMÁRIO</p><p>INTRODUÇÃO	5</p><p>CENTRO DE FORMAÇÃO E GESTÃO JUDICIÁRIA E SUA MISSÃO 	6</p><p>Atividades das seções	6</p><p>EDUCAÇÃO CORPORATIVA	7</p><p>Instrução Normativa STJ/GDG nº 19	7</p><p>Ações de educação corporativa	7</p><p>IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES CORPORATIVAS PARA A PRÁTICA PROCESSUAL	8</p><p>Processo eletrônico	8</p><p>BALCÃO VIRTUAL	9</p><p>Utilidade prática do Balcão Virtual para o Direito	10</p><p>Utilidade prática do Balcão Virtual para a prática processual	10</p><p>STJ – SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 	11</p><p>AUDIÊNCIAS VIRTUAIS E ATOS PROCESSUAIS ELETRÔNICOS 	11</p><p>A Resolução do CNJ n. 354 de 19/11/2020	11</p><p>Audiências Virtuais	12</p><p>Modalidades de audiências virtuais	14</p><p>Comunicação dos Atos processuais eletrônicos	16</p><p>Modalidades de Comunicação dos Atos processuais eletrônicos	16</p><p>FUNDAMENTAÇÃO DA UTILIDADE PRÁTICA DO EXPEDIENTE JURISDICIONAL	18</p><p>CONCLUSÃO	18</p><p>REFERÊNCIAS	19</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi criado pela Constituição Federal de 1988 e instalado no ano seguinte. É a corte responsável por uniformizar a interpretação da lei federal em todo o Brasil. Sendo de sua responsabilidade a solução definitiva dos casos civis e criminais que não envolvam matéria constitucional nem a justiça especializada[footnoteRef:1]. [1: Com a redação dada pelo site do STJ, disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Institucional/Atribuicoes. Acesso em: 12/11/2022.]</p><p>Ao longo dos anos, o STJ passou por transformações, acompanhando a sociedade brasileira, tornando referência internacional em processos eletrônicos, gestão socioambiental e transparência.</p><p>Além da sua função jurisdicional, o STJ também é responsável pela administração da Justiça Federal, por meio do Conselho da Justiça Federal, e pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados.</p><p>CENTRO DE FORMAÇÃO E GESTÃO JUDICIÁRIA E SUA MISSÃO</p><p>Instituído pela Resolução STJ/GP nº 18, de 27 de agosto de 2022, o Centro de Formação e Gestão Judiciária – CEFOR é a unidade responsável pela formação, atualização e desenvolvimento das pessoas, no qual tem como missão o desenvolvimento dos servidores em competências que ajudam o STJ – Superior Tribunal de Justiça, na prestação de melhores serviços à sociedade.</p><p>Para tal propósito, disponibiliza ações de educação corporativa, entre eles cursos à distância, híbridos e presenciais, grupos de estudos, podcasts, palestras, etc. Cujos serviços auxiliam na aprendizagem do servidor público.</p><p>A CEFOR está vinculada à Secretaria do STJ, na qual é composta pelo Gabinete e pelas seções: Seção de Consultoria Interna e Planejamento Educacional – SACOP; Seção de Ensino a Distância – SEADI; Seção de Contratações e Ações de Educação – SECAE; Seção de Coordenação e Execução de Ações Educacionais – SECED; Seção de Desenho Instrucional e Supervisão Pedagógica – SEDIP; e, Seção de Formação Avançada e Programa de Bolsas – SEFAB.</p><p>Atividades das seções</p><p>A SACOP consolida as necessidades de capacitação oriundas das demandas das unidades, do plano estratégico, das diretrizes da organização, das normas, do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), da Política de Gestão de pessoas, do Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e demais serviços.</p><p>A SEADI viabiliza ações de educação a distância por meio do Portal de educação corporativa do STJ, tanto para servidores, como para o público externo.</p><p>A SECAE promove a contratação das ações de educação.</p><p>A SECED gerencia a execução das ações internas de educação.</p><p>A SEDIP realiza o planejamento instrucional das ações de educação a serem promovidas pelo CEFOR, em alinhamento com o plano pedagógico institucional.</p><p>A SEFAB gerencia o programa de concessão de bolsas de pós-graduação, de língua estrangeira e o processo de concessão do adicional de qualificação no âmbito do STJ.</p><p>EDUCAÇÃO CORPORATIVA</p><p>Instrução Normativa STJ/GDG nº 19</p><p>A educação corporativa disciplinada pela Instrução Normativa STJ/GDG nº 19, revogada pela Instrução Normativa STJ/GDG nº 4, de 02 de março de 2022, consiste no desenvolvimento educacional e a capacitação profissional do corpo funcional do STJ.</p><p>Ações de educação corporativa</p><p>As ações de educação corporativa são estruturadas pelo Centro de Formação e Gestão Judiciária do STJ – CEFOR, destinando à aquisição, atualização, aperfeiçoamento e vivência de um conjunto de competências e valores institucionais, com a finalidade de suprir as necessidades atuais e futuras do Tribunal.</p><p>Essas ações educacionais são promovidas em diversos formatos, tais como: cursos, oficinas, workshops, coaching de equipe, de grupo e individual, palestras, simpósios, painéis, jornadas, conferências, seminários, congressos, debates, mesas redondas e fóruns, aprendizagem ao ar livre, benchmarking e visitas técnicas, comunidades de aprendizagem, grupos de estudo e de leitura, rodas de diálogo e de conversa, jogos corporativos (games), entre outros, com a finalidade de acompanhar as mais modernas soluções existentes no contexto da educação de adultos.</p><p>Mesmo com a pandemia, essas ações educacionais têm sido desenvolvidas em ambiente de teleaprendizagem, mantendo intacta a proposta de aprimoramento educacional promovida pelo Tribunal.</p><p>IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES CORPORATIVAS PARA A PRÁTICA PROCESSUAL</p><p>É difícil pensar em uma empresa privada que não está em busca de novos recursos tecnológicos, atualização, praticidade, ferramentas de automação, para agilizar o trabalho de seus colaboradores e melhoria do processo. Assim, não poderia ser diferente nos Órgãos do Judiciário Nacional e atividades relacionadas ao Direito.</p><p>A tecnologia no poder judiciário se tornou muito presente no dia a dia dos profissionais do Direito. Implementar essas ideias e ferramentas num órgão tão importante como o Superior Tribunal de Justiça (STJ), possibilitam um atendimento ágil e facilitado aos cidadãos que, de alguma forma, buscam informações e serviços do Poder Judiciário, tornando mais rápido e eficaz o atendimento à população.</p><p>Além disso, uma das maiores vantagens da tecnologia na Justiça brasileira é a agilidade na finalização das demandas.</p><p>Isso porque os atos processuais passaram a ser praticados de forma objetiva e conclusiva por todos os “utilizadores” do poder judiciário. Outro grande benefício é a redução de custos nos processos, o desembolso pelos operadores do Direito, partes e interessados, com deslocamento para realização de atos processuais que anteriormente era obrigatório, hoje pode ser feito de forma virtual.</p><p>Processo eletrônico</p><p>Saímos da era de processos físicos, onde eram impressas milhares de folhas para cada petição, e ingressamos na fase do processo judicial eletrônico, regulado pela Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006.</p><p>Com isso, é possível acessar, consultar e até peticionar de qualquer lugar do país. Não é mais necessário ir até o Fórum com duas vias impressas da petição, gastando tempo e recursos com deslocamento. Agora é possível ter economia de tempo e ser sustentável, além de ter o andamento do processo acessível e de fácil acompanhamento.</p><p>Em suma, o processo eletrônico foi um marco da aplicação de soluções envolvendo direito e tecnologia.</p><p>Há também soluções de direito e tecnologia que automatizam o trabalho dos profissionais jurídicos, como os sistemas Bacenjud, Renajud, Infoseg e Infojud. São alternativas conveniadas ao Poder Judiciário para auxiliar na busca de informações bancárias, propriedade de veículos e/ou informações na Receita Federal sobre determinada pessoa. Isso agiliza, por exemplo, o trabalho de advogados que precisam de informações sobre uma parte do processo.</p><p>BALCÃO VIRTUAL</p><p>Em nova ação para desburocratizar e tornar mais ágil o atendimento do Judiciário aos cidadãos, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou o “Balcão Virtual”. A medida torna permanente o acesso remoto direto e imediato dos usuários dos serviços da Justiça às secretarias das Varas em todo o país.</p><p>O Balcão Virtual, é uma plataforma de comunicação em tempo real por videoconferência com as unidades judiciais, criado por força da Resolução nº 372 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 12 de fevereiro de 2021, e lançado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no mês seguinte, por meio da Instrução Normativa STJ/GP nº 7 de 18 de março de 2021, destinado ao atendimento de partes, advogados e quaisquer interessados nos processos judiciais em curso nesse tribunal.</p><p>Em março de 2020, as atividades presenciais foram suspensas como medida de prevenção à propagação da COVID-19. Com o passar do tempo, aumentou cada vez mais a necessidade de um atendimento telepresencial, por meio de videochamadas, como aquele oferecido no Espaço do Advogado.</p><p>Dessa forma, o STJ buscou reproduzir os moldes do atendimento presencial nas salas de atendimento virtual, com vistas a criar a mesma atmosfera de segurança e confiabilidade, o “jeito STJ de atender”.</p><p>Plataforma pela qual o STJ presta atendimento remoto ao público externo, a partir da interação por videoconferência. A comunicação acontece em salas virtuais, que podem ser acessadas de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 10h às 18h.</p><p>Utilidade prática do Balcão Virtual para o Direito</p><p>Uma ferramenta desenvolvida para vários públicos, a tecnologia aplicada ao trabalho realizado no meio jurídico ficou muito mais hábil, facilitando e mitigando as necessidades do sistema judiciário.</p><p>Por se tratar de uma área com muitas demandas específicas, o direito tem sido recompensado com todas as situações tecnológicas que foram apresentadas. Tanto em processos eletrônicos, buscas de informações, uso de computadores, tablets, smartphones ou de softwares jurídicos, o crescente avanço e influência da tecnologia que se intensificou com a disseminação da internet.</p><p>"O Balcão Virtual é mais um esforço do STJ para oferecer soluções que aprimorem o atendimento das pessoas, seja de maneira presencial, seja de maneira on-line. Reafirmamos, assim, nosso compromisso com a ideia de um tribunal conectado às mudanças e necessidades sociais, focado no desenvolvimento de soluções tecnológicas e preocupado em oferecer, cada vez mais, uma prestação jurisdicional rápida e efetiva", afirma o presidente do STJ, ministro Humberto Martins.[footnoteRef:2] [2: Disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/25032021-Balcao-Virtual-atende-advogados-e-publico-em-geral-por-videoconferencia.aspx]</p><p>Utilidade prática do Balcão Virtual para a prática processual</p><p>A pandemia de COVID-19 no Brasil serviu de catalisador para uma transformação ainda mais profunda e impactante: é possível dizer que foram mais duas décadas em apenas um ano.</p><p>O Balcão Virtual, adotado emergencialmente para a continuidade do serviço e atendimento do judiciário, no qual se manteve em pleno funcionamento de forma virtual, na suspensão do atendimento presencial e fechamento dos tribunais, para segurança dos cidadãos e seus servidores. Cuja plataforma se revelou ferramenta útil, pois economizou tempo e dinamizou remotamente a rotina de execução por parte do servidor do judiciário e advogados.</p><p>O Balcão Virtual está mudando a cultura do Sistema de Justiça tanto para as partes quanto para os advogados, servidores e outras pessoas interessadas, está aumentando a agilidade e eficiência na prática processual e na prestação de serviços, reduzindo custos e aumentando a produtividade.</p><p>Criado em um período de funcionamento do judiciário em sistema de plantão extraordinário, de isolamento social, o Balcão Virtual não veio para substituir o atendimento presencial, mas sim uma alternativa de prestação de serviços de atendimento permanente.</p><p>O Balcão Virtual é um marco e um avanço para o judiciário, e um progresso e celeridade para a prática processual, mais acessível aos cidadãos, com rápidas e eficientes respostas para o mundo jurídico e para a sociedade.</p><p>STJ – SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA</p><p>Conhecido como o Tribunal da Cidadania, o Superior Tribunal de Justiça foi criado pela Constituição Federal de 1988 e instalado no ano seguinte, suas decisões influenciam todos os aspectos da vida cotidiana das pessoas.</p><p>O STJ é um tribunal nacional, que julga causas tanto da justiça federal quanto estadual. A natureza dessas causas diz respeito diretamente ao cotidiano do cidadão: direito do consumidor, questões de família e de comércio, por exemplo.</p><p>AUDIÊNCIAS VIRTUAIS E ATOS PROCESSUAIS ELETRÔNICOS</p><p>A Resolução do CNJ n. 354 de 19/11/2020</p><p>O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou, na quinta-feira do dia 19 de novembro de 2020, a Resolução nº 354/2020, na qual dispõe sobre o cumprimento digital de ato processual e de ordem judicial e dá outras providências.[footnoteRef:3] [3: Disponível no site: http://www.assojafrs.org.br/resolucao-354-2020-disciplina-cumprimento-digital-de-ato-processual-e-ordem-judicial/ - Consulta realizada em 12/11/2022.]</p><p>Conforme disposto em seu artigo 1º caput, esta Resolução regulamenta a realização de audiências e sessões por videoconferência e telepresenciais e a comunicação de atos processuais por meio eletrônico nas unidades jurisdicionais de primeira e segunda instâncias da Justiça dos Estados, Federal, Trabalhista, Militar e Eleitoral, bem como nos Tribunais Superiores, à exceção do Supremo Tribunal Federal.[footnoteRef:4] [4: Disponível no site do CNJ, em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3579. Consulta realizada em 12/11/2022.]</p><p>A medida, aprovada por unanimidade na 321ª Sessão Ordinária realizada em 10 de novembro, alcança as unidades jurisdicionais de primeira e segunda instâncias da Justiça dos Estados, Federal, do Trabalho, Militar e Eleitoral, bem como os Tribunais Superiores com exceção do Supremo Tribunal Federal.</p><p>Segundo o artigo 8º da Resolução nº 354, os casos de citação ou intimação poderão ser cumpridos por meio eletrônico que assegure o conhecimento do destinatário.</p><p>O regulamento também especifica que “as partes e os terceiros interessados informarão, por ocasião da primeira intervenção nos autos, endereços eletrônicos para receber notificações e intimações, mantendo-os atualizado durante todo o processo”.</p><p>A normatização estipula, ainda, a forma de documentação da citação ou intimação por meio</p><p>eletrônico.</p><p>Audiências Virtuais</p><p>Audiência por videoconferência é a nova realidade do Poder Judiciário, regulamentada por uma série de resoluções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ):</p><p>A Portaria CNJ nº 61, de 31/03/2020, que instituiu a plataforma emergencial de videoconferência, em parceria com a Cisco Brasil, para realização de audiências e sessões de julgamento nos órgãos do Poder Judiciário durante período de isolamento social;</p><p>Resolução CNJ nº 314, de 20/04/2020, que assegura aos advogados das partes o direito à realização de sustentação oral em sessões de julgamento por videoconferência, a serem requeridas com antecedência mínima de 24 horas; e,</p><p>A Resolução CNJ nº 354, de 19/11/2020, que regulamenta a realização de audiências e sessões por videoconferência e a comunicação de atos processuais por meio eletrônico, e alcança todas as unidades jurisdicionais, de primeira e segunda instância, da Justiça dos Estados, Federal, Trabalhista, Militar e Eleitoral, bem como nos Tribunais Superiores, à exceção do Supremo Tribunal Federal.</p><p>Desde o Código de Processo Civil de 2015, a realização da audiência por videoconferência já era permitida em nosso pelo ordenamento jurídico. Neste sentido, podemos citar os seguintes artigos do Código de Processo Civil (CPC) que fazem menção ao tema:</p><p>Art. 236, § 3º, do CPC, que autoriza expressamente a “prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real”;</p><p>Art. 334, § 7º, do CPC, que autoriza realização de audiência de conciliação e mediação por meio eletrônico;</p><p>Art. 385, § 3º, do CPC, que autoriza depoimento pessoal de parte por videoconferência;</p><p>Art. 453, § 1º, do CPC, que autoriza oitiva de testemunha por videoconferência;</p><p>Art. 937, § 4º, do CPC, que autoriza, por fim, sustentação oral de advogado por videoconferência.</p><p>Neste viés, a viabilidade da audiência por videoconferência também possui origem constitucional, mesmo que indireta. É o que depreendemos do artigo 5º, inciso LXXVIII da Constituição Federal de 1988, que dispõe:</p><p>“LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.”[footnoteRef:5] [5: Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Consulta realizada em 12/11/2022.]</p><p>Isso porque a audiência por videoconferência resulta em grande economia de recursos, tanto do ponto de vista do Estado quanto das partes envolvidas.</p><p>Procedimentos demorados, antes realizados via Carta Precatória ou Rogatória, são extremamente agilizados e simplificados pelos meios tecnológicos de comunicação. Além disso, esses meios representam redução de dinheiro e tempo gastos em deslocamento.</p><p>Logo, a audiência por videoconferência auxilia a efetivar o direito fundamental da razoável duração do processo.</p><p>Nota-se, assim, que o nosso sistema processual já vinha se preparando, há alguns anos, para funcionar com as novas ferramentas tecnológicas. Contudo, até o começo da pandemia, a prática efetiva desses recursos era exceção e não regra.</p><p>Na seara penal, por outro lado, existe também autorização expressa para realização de interrogatório de réu preso por videoconferência, mas em caráter excepcional. Nesse sentido, o art. 185, § 4º do Código de Processo Penal estabelece quatro hipóteses específicas em que o interrogatório ocorrerá na modalidade virtual.</p><p>É bem verdade que essa norma foi editada há algum tempo, em 2009, quando o contexto tecnológico não era o mesmo. No entanto, o regime legal da audiência por videoconferência no Processo Penal parece estar mais relacionado a certas peculiaridades desse campo.</p><p>Modalidades de audiências virtuais</p><p>As modalidades de audiências virtuais consolidadas na Resolução CNJ nº 354, de 19/11/2020, são: (i) audiências e sessões por videoconferência; (ii) audiências e sessões telepresenciais; e (iii) a comunicação de atos processuais por meio eletrônico das unidades jurisdicionais de 1º e 2º graus.</p><p>Entende-se por videoconferência as audiências e sessões realizadas a distância, em ambientes de unidades judiciárias, onde a participação, via rede mundial de computadores (internet), ocorrerá em outra unidade judiciária diversa da sede do juízo que preside a audiência ou sessão, e em estabelecimento prisional.</p><p>Já a modalidade telepresencial são as audiências e sessões realizadas em ambiente físico externo às unidades judiciárias, nas quais poderão ser realizadas dessa forma, a pedido da parte, ressalvado o disposto no § 1º, bem como nos incisos I a IV do § 2º do artigo 185 do Código de Processo Penal, no qual caberá ao juiz, estando sempre presente na unidade judiciária, decidir pela conveniência de sua realização no modo presencial. Havendo oposição à realização de audiência telepresencial o juiz deverá fundamentá-la, submetendo-se ao controle judicial.</p><p>“Artigo 185 – CPP...[footnoteRef:6] [6: Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm. Consulta realizada em 12/11/2022.]</p><p>§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato.</p><p>§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades:</p><p>I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento;</p><p>II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal;</p><p>III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código;</p><p>IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.”</p><p>Contudo, excepcionalmente, o juiz poderá determinar, de ofício, a realização de audiências telepresenciais nas hipóteses de (i) urgência; (ii) substituição ou designação de magistrado com sede funcional em outra unidade judiciária; (iii) mutirão ou projeto específico; (iv) conciliação ou mediação no âmbito dos Centros Judiciários de Solução de Conflito e Cidadania (CEJUSC); (v) indisponibilidade temporária do foro, calamidade pública ou força maior.</p><p>Comunicação dos Atos processuais eletrônicos</p><p>A comunicação dos atos processuais por meio eletrônico, sob forma de citação eletrônica, intimação eletrônica, cartas, bem como para a comunicação dos atos em geral, é fundamental para a celeridade e razoável duração do processo. Entretanto, é imperativo reconhecer que a adoção das novas tecnologias para esse fim, bem como para a tramitação de processos judiciais e transmissão de peças processuais, dependem de investimentos governamentais na modernização de sua gestão, na consecução deste objetivo e, também, cumprir a sua função social.</p><p>No sentido de buscar uma prestação jurisdicional célere e eficaz é necessário destacar que, como direito individual e coletivo expressamente previsto na Constituição Federal, deve ser garantido a todos, no âmbito judicial ou administrativo, a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação, conforme dispõe o inciso LXXVII, do artigo 5º da Constituição Federal.[footnoteRef:7] [7: Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Consulta realizada em 13/11/2022.]</p><p>Modalidades de Comunicação dos Atos processuais eletrônicos</p><p>Conforme disposto pela Lei nº 11.419[footnoteRef:8], de 19 de dezembro de 2006, especificamente em seu Capítulo II, dos artigos</p><p>4º ao 7º, as modalidades de comunicação dos atos processuais eletrônicos são: [8: Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11419.htm. Consulta realizada em 13/11/2022.]</p><p>Diário da Justiça Eletrônico: Ficam os tribunais autorizados a criarem Diários da Justiça Eletrônicos, com a disponibilização em sítios da rede mundial de computadores, para publicação oficial de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral;</p><p>Portal próprio: além do Diário da Justiça Eletrônico, ampliando a prática de atos por meio eletrônico, criou uma nova modalidade de comunicação eletrônica dos atos processuais, ao dispor que as citações, desde que a íntegra dos autos seja acessível ao citando, e as intimações poderão ser feitas por meio eletrônico em portal próprio de cada tribunal.</p><p>Citação eletrônica: A citação eletrônica pode ser definida como o ato pelo qual se comunica, por meio eletrônico, ao sujeito passivo da relação processual da propositura da ação e de seu conteúdo para que possa, querendo, se defender, praticar os atos determinados ou manifestar-se no prazo fixado.</p><p>Para a realização da citação eletrônica, é necessário o atendimento de dois requisitos legais: a) prévio cadastro de usuário do portal próprio do Poder Judiciário, conforme disciplinado pelo órgão judicial respectivo; e b) acesso à íntegra dos autos pelo citando.</p><p>Intimação eletrônica: Trata-se de ato de comunicação processual da mais relevante importância, pois é da intimação que começam fluir os prazos para que se exerçam os direitos e faculdades processuais ou se façam ou se deixe de fazer o que foi eventualmente determinado.</p><p>A intimação eletrônica pode ser realizada por meio do Diário da Justiça Eletrônico, sendo indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para sua identificação, bem como por meio do portal próprio, ou área restrita do site do tribunal, aos que se cadastrarem previamente no Poder Judiciário para o envio de petições, de recursos e a prática de atos processuais por meio eletrônico.</p><p>Cartas: A Carta é o instrumento que se destina a viabilizar a colaboração entre Juízos para a prática de determinados atos processuais de devem ser realizados fora dos limites territoriais da comarca, vara ou seção judiciária, nas quais se classificam em três tipos: a) carta de ordem, destinadas pelo Tribunal Superior a juiz que lhe for subordinado; b) carta rogatória, dirigida à autoridade judiciária estrangeira; e c) carta precatória, dirigida a juiz nacional de igual categoria jurisdicional.</p><p>Comunicações em geral: Além da comunicação dos atos processuais às partes, procuradores, defensores, membros do Ministério Público e autoridades judiciárias, no curso do processo, é necessário o envio e recebimento de diversas comunicações oficiais, as quais, conforme disciplina no artigo 7º, da Lei 11.419/06, deverão ser feitas preferencialmente por meio eletrônico.</p><p>Assim, o envio de ordens judiciais e requisições aos diversos órgãos públicos, repartições e pessoas jurídicas de direito público ou privado, como por exemplo, DETRAN, Receita Federal, Justiça Eleitoral, Juntas Comerciais, Cartórios Extrajudiciais, instituições financeiras, órgãos da segurança pública, etc, devem ser feitos, sempre que possível por meio eletrônico, cabendo aos cartórios judiciais e secretarias judiciais adotarem as medidas necessárias para o estabelecimento de uma comunicação mais eficiente e eficaz.</p><p>FUNDAMENTAÇÃO DA UTILIDADE PRÁTICA DO EXPEDIENTE JURISDICIONAL</p><p>Conforme já exposto, o expediente jurisdicional favorece o aprimoramento da gestão e atuação judiciária e celeridade da prestação jurisdicional, por meio do uso da tecnologia, para a defesa e atendimento dos cidadãos, de forma mais célere e ampla, pois quanto maior a eficiência do expediente jurisdicional, será maior o número de cidadãos atendidos e conflitos solucionados.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Através da elaboração do presente projeto integrado multidisciplinar IV, é possível verificar que o acesso à justiça é um direito de todos aqueles que necessitam da atuação do Poder Judiciário, no qual busca pelo aprimoramento e desenvolvimento de seus servidores, com a criação da escola corporativa do STJ, quanto na modernização do ambiente de atendimento dos cidadãos e seus representantes, com a instituição do Balcão Virtual, proporcionando mais estabilidade, conforto, qualidade, humanização e democratização do acesso ao atendimento judicial.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Portal do Centro de Formação e Gestão Judiciária. 2022. Disponível em: https://ead.stj.jus.br/mod/resource/view.php?id=6696.</p><p>Portal do CNJ – Conselho Nacional de Justiça. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/.</p><p>Portal do STJ – Superior Tribunal de Justiça. Disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Inicio.</p><p>Portal do Balcão Virtual do STJ. Disponível em: https://balcaovirtual.stj.jus.br/</p><p>Resolução do CNJ n. 354 de 19/11/2020. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3579</p><p>Instrução Normativa STJ/GDG n. 19 de 02/09/2019. Disponível em: https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/134223</p><p>2</p><p>UNIVERSIDADE PAULISTA</p><p>–</p><p>UNIP</p><p>–</p><p>EAD</p><p>CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SERVIÇOS JURÍDICOS</p><p>NOTARIAIS E DE REGISTRO</p><p>PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR IV</p><p>São Paulo/SP</p><p>2022</p><p>UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP – EAD</p><p>CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SERVIÇOS JURÍDICOS</p><p>NOTARIAIS E DE REGISTRO</p><p>PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR IV</p><p>São Paulo/SP</p><p>2022</p>

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