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<p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Fisioterapia</p><p>Órteses</p><p>Espinha Bífida</p><p> Má formação congênita que afeta</p><p>o desenvolvimento do tubo neural</p><p> Fechamento incompleto do canal</p><p>vertebral</p><p> Ocorre entre 3ª e 5ª semana de</p><p>gestação</p><p> Pode ou não estar acompanhada</p><p>de protusão e displasia das</p><p>membranas</p><p> Afeta sistemas</p><p>osteoneuromuscular e</p><p>genitourinário</p><p> Etiologia - Deficiência de ácido</p><p>fólico e vitamina A, substâncias</p><p>teratogênicas, genética</p><p> Diagnóstico –US e Amniocentese</p><p>αlfa- fetoproteína</p><p>Espinha Bífida - TIPOS</p><p> ESPINHA BÍFIDA OCULTA</p><p>• Ocorre falha em um ou mais arcos</p><p>vertebrais</p><p>• Medula e meninges não são afetados</p><p>• Ocorre mais na região lombo-sacra</p><p>• SINAIS:</p><p> Aumento da pigmentação da pele,</p><p>hipertricose, depressão ou abaulamento,</p><p>lipoma subcutâneo, assimetria das</p><p>nádegas, cifose/escoliose, diferença de</p><p>comprimento dos Mmii, atrofias e</p><p>contraturas musculares, alterações</p><p>ortopédicas.</p><p> Em geral assintomática, mas podem</p><p>ocorrer sinais neurológicos tardios</p><p> Confirmação: US, EMG, TC e RM</p><p>ESPINHA BÍFIDA OCULTA</p><p>Espinha Bífida - TIPOS</p><p> ESPINHA BÍFIDA CÍSTICA</p><p>MENINGOCELE</p><p>• Não houve fusão dos arcos</p><p>• Há herniação das meninges</p><p>• Protusão das meninges e LCR</p><p>• A medula permanece dentro</p><p>do canal</p><p>• Alterações neurológicas- lesão</p><p>medular e exposição das</p><p>raízes nervosas</p><p>Espinha Bífida - TIPOS</p><p> MIELOMENINGOCELE</p><p>• Mal formação nas lâminas,</p><p>processos espinhosos e</p><p>displasia da medula</p><p>• Ocorre paralisia sensório-</p><p>motora que acomete os</p><p>MMII abaixo do nível da</p><p>lesão</p><p>• Extensão da perda depende</p><p>do grau de anormalidade,</p><p>trauma do tecido exposto,</p><p>lesão pós-natal</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>“É a forma mais freqüente, de um</p><p>grupo de doenças denominadas</p><p>defeitos de fechamento do tubo</p><p>neural (DFTN), onde têm em</p><p>comum a falta de fusão dos</p><p>elementos posteriores da coluna</p><p>vertebral.”</p><p>Fernandes et al, 2005</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Falha na fusão dos elementos posteriores da C.V.</p><p>produz:</p><p> Malformações das lâminas e processos</p><p>espinhosos do canal vertebral</p><p> Displasia da medula espinhal</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Mielomeningocele – 85% das DFTN</p><p> Defeito congênito</p><p> Acontece entre a 3ª e 5ª semanas de</p><p>vida intra-uterina</p><p> Nem sempre diagnosticada durante a</p><p>gravidez</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Displasia medular:</p><p> Promove paralisia sensitivo-motora</p><p>que acomete os MMII, SU e intestino</p><p> Hidrocefalia pode estar associada</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Nascimento:</p><p> Visualização de bolsa no local – revestida</p><p>por uma fina camada de pele e contém no</p><p>seu interior as meninges, a medula</p><p>espinhal e raízes nervosas (displásicas e</p><p>envoltas por líquor)</p><p> Defeito ósseo – falta de processos</p><p>espinhosos, lâminas e alargamento do</p><p>diâmetro do canal vertebral</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Nascimento:</p><p> Pele pode ser acompanhada por</p><p>hemangiomas, áreas de fibrose e</p><p>tufos pilosos</p><p> Maior freqüência da bolsa – região</p><p>tóraco-lombar</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Etiologia:</p><p> Desconhecida</p><p> Associação de alguns fatores pode</p><p>promover o aparecimento –</p><p>características multifatoriais</p><p> Incidência na população mundial –</p><p>1:1000 bebês nascidos vivos</p><p> Mais freqüênte na raça branca</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Etiologia:</p><p> Propensão em bebês de mulheres com</p><p>dieta pobre em ácido fólico</p><p> Drogas antagonistas do ácido fólico</p><p>quando ingeridas por mulheres em idade</p><p>fértil, aumenta substancialmente a</p><p>ocorrência de mielomeningocele</p><p>Ex.Carbamazepina, Fenitoína, Primidona e</p><p>outras</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Observações – Ácido fólico</p><p> Folhas verdes e fígado bovino</p><p> Outras malformações:</p><p>cardiovasculares, S.U., fenda lábio-</p><p>palatina</p><p> Ingestão para mulheres em idade</p><p>fértil</p><p> Adicionadas às farinhas de trigo e</p><p>milho</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> 1 criança – chance 5% para o</p><p>segundo</p><p> 2 crianças – chance 10% para o</p><p>terceiro</p><p> 3 crianças – chance 25% para o</p><p>quarto</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Diagnóstico pré-natal:</p><p> Importante para a programação do</p><p>nascimento – hospital de grande</p><p>porte, equipe multidisciplinar apta e</p><p>preparada</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>Diagnóstico pré-natal</p><p> U.S pré-natal pode mostrar:</p><p> alargamento do canal vertebral no</p><p>nível da lesão</p><p> Bolsa visualizada com muita</p><p>dificuldade (parede muito delgada e</p><p>quantidade de líquor no seu interior</p><p>é muito pequena)</p><p> Pode-se diagnosticar hidrocefalia</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Dosagem alfa-fetoproteína</p><p> Não específica para DFTN</p><p> Pesquisada no líquido amniótico e</p><p>soro materno</p><p> Valores elevados podem ser</p><p>altamente sugestivos</p><p> Repetir exame para diagnóstico de</p><p>certeza</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p>ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas neurológicos</p><p> Problemas urológicos</p><p> Problemas ortopédicos</p><p> Alergia ao látex</p><p> Obesidade</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas neurológicos</p><p> Bolsa</p><p>- Presente ao nascimento</p><p>- Pode romper – parto</p><p>- Recomendado fechamento logo após nasc. – evita</p><p>acentuação neurológica e diminui risco de infecção – antes</p><p>da primeira mamada – colonização pelo intestino –</p><p>proximidade da bolsa com ânus</p><p>- Fechamento da pele – proteção e interiorização das</p><p>estruturas nervosas</p><p>- Grau de paralisia pode não corresponder a cicatriz cirúrgica</p><p>- Paralisia sensitivo-motora causada pela medula displásica –</p><p>paralisia flácida e geralmente simétrica</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas neurológicos</p><p> Hidrocefalia</p><p>- Presente em 90% dos casos</p><p>- Conseqüência à Síndrome de Arnold-Chiari (amígdalas</p><p>cerebelaresd exercem efeito tamponador sobre o Forâmen Magno</p><p>– dificulta circulação liquórica – hidrocefalia do tipo obstrutivo</p><p>- Tratamento cirúrgico na maioria dos casos – derivação ventrículo-</p><p>peritonial (válvula) – drenagem do líquor da cavidade</p><p>ventricular(cerebral) para peritônio – combate efeito compressivo</p><p>do líquor contra tecido nervoso</p><p>- Hidrocefalia grave ou tratamento inadequado –RDNPM, alterações</p><p>cognitivas e da função e força dos MMSS, problemas visuais e</p><p>auditivos, de fala e deglutição</p><p>- Uma das principais causas de óbito – principalmente durante o 1º</p><p>ano de vida</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas neurológicos</p><p> Síndrome da medula presa “tethred cord”</p><p>- Fechamento da bolsa – filum terminal pode permanecer aderido</p><p>distalmente na região do defeito congênito, não migrando</p><p>proximalmente como o habitual</p><p>- Crescimento da criança – medula progressivamente tracionada e</p><p>estirada</p><p>- Alterações neurológicas periféricas – espasticidade progressiva,</p><p>perda da força muscular, alterações de sensibilidade, mudança no</p><p>padrão habitual do reflexos ósteo-tendinosos, clônus, sinal de</p><p>Babinsky, etc</p><p>- Dor referida na cicatriz, aparecimento de deformidades vertebrais</p><p>(escoliose ou hiperlordose), acentuação ou inversão de</p><p>deformidadesdos MMII, mudanças no ritmo vesical ou intestinal</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas neurológicos</p><p> Hidromielia</p><p>- Malformação complexa – associada a mielomeningocele e</p><p>hidrocefalia as vezes</p><p>- Coleção liquórica formada no interior da medula espinhal</p><p>- Mais freqüente – região cervical e cérvico-torácica</p><p>- Pode produzir efeito compressivo contra a medula espinhal</p><p>– sintomas distais ao nível neurológico onde está localizada</p><p>- Sintomas progressivos – fraqueza e hipotonia dos membros</p><p>superiores, diminuição dos reflexos, perda de sensibilidade,</p><p>alterações da coordenação dos movimentos, escoliose, etc</p><p>- Atenção a alteração sensitivo-motora do tronco e membros</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas urológicos</p><p> Incontinência urinária</p><p>- Causa: displasia medular</p><p>- Maioria absoluta apresenta</p><p>- Mecanismo de micção muito alterado – ausência de sensibilidade</p><p>– não sente bexiga repleta – paralisia motora – não consegue</p><p>contrair o esfíncter externo e reter a urina – paciente sempre</p><p>molhado – dependente de fraldas</p><p>- Dermatite amoniacal, lesões de pele, alterações emocionais</p><p>e de</p><p>convivência social</p><p>- Correta avaliação e tratamento individualizado – esvaziamento</p><p>vesical periódico</p><p>- Manobras de esvaziamento vesical de Valsalva ou Credé, drogas</p><p>anti-colinérgicas, cateterismo de horário ou Tratamento cirúrgico</p><p>(ampliação vesical, colocação de esfíncter artificial, etc)</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas urológicos</p><p> Infecção urinária</p><p>- Causa – presença de resíduo urinário na bexiga –</p><p>por dificuldades de esvaziamento – infecções</p><p>freqüentes</p><p>- Geralmente não produzem febre alta e dor ao</p><p>urinar</p><p>- Sintomas mais comuns – urina fétida e mais</p><p>escura</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas urológicos</p><p> Refluxo</p><p>- Alguns pacientes – espasticidade e dissinergismo do</p><p>esfíncter urinário</p><p>- Urina encontre forte resistência no esfíncter para chegar a</p><p>bexiga – retorna aos rins – refluxo vésico-ureteral</p><p>- Refluxo associado – dilatação do S.U.(uretero-hidronefrose)</p><p>- Pode levar a lesão renal irreversível</p><p>- Não tratados – perda da função renal, hipertensão arterial,</p><p>proteinúria, uremia, coma e morte</p><p>- Causa do refluxo – origem na medula ou síndrome da</p><p>medula presa</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas urológicos</p><p> Malformações renais</p><p>- Podem estar presentes</p><p>- Mais comuns –rim em ferradura, agenesia renal,</p><p>ptose renal e duplicação pielo-calicial</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas urológicos</p><p> Sexualidade</p><p>- Preocupação dos familiares com a procriação e desempenho</p><p>sexual futuro</p><p>- Meninas – pode ocorrer puberdade precoce, geralmente</p><p>pela hidrocefalia – deve ser tratada adequadamente para</p><p>não ocorrer interrupção prematura do crescimento</p><p>- Meninos – falta de sensibilidade nos órgãos sexuais</p><p>externos – pode não ter ereção – vida sexual e procriação</p><p>difíceis</p><p>- Meninas – falta de sensibilidade nos órgãos sexuais</p><p>externos, capacidade reprodutora (função adequada dos</p><p>órgãos sexuais internos)</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas ortopédicos</p><p> Deformidades do tronco</p><p>- Cifose congênita – malformações dos corpos</p><p>vertebrais</p><p>- Escoliose – congênita ou adquirida</p><p>- Hiperlordose lombar – a causa mais comum é a</p><p>medula presa – confundida com contratura dos</p><p>flexores dos quadris</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas ortopédicos</p><p> Deformidades do quadril</p><p>- Flexão-abdução-rotação externa - postura viciosa em</p><p>abandono mais restrita ao nível torácico – associada a</p><p>contratura em flexão de joelhos e pés eqüinos</p><p>- Flexão-adução – lombar alto e lombar baixo – ação isolada</p><p>dos flexores e adutores dos quadris e glúteos paralisados –</p><p>pode ou não estar associada a luxação do quadril</p><p>- Luxação – é paralítica – mais freqüente em torácico e</p><p>lombar alto – teratológica ou adquirida -por desequilíbrio</p><p>muscular ou por complicações (medula presa)</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas ortopédicos</p><p> Deformidades do joelho</p><p>- Flexão – tóracico (atitude em abandono) – mais</p><p>baixos (medula presa – hipertonia dos flexores</p><p>de joelhos ou perda da força do quadríceps) –</p><p>casos raros secundário a pés calcâneo-valgos</p><p>sem órteses</p><p>- Recurvatum – não é freqüente – lombar alto –</p><p>quadríceps forte, paralisia de flexores e frouxidão</p><p>cápsulo-ligamentares associadas</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas ortopédicos</p><p> Deformidades do tornozelo</p><p>- Tornozelo valgo – 85% - lentamente progressiva</p><p>– paralisia do m. solear – tb encurtamento do</p><p>fibular promove geno valgo e a torção tibial</p><p>externa(colaboram para o agravamento do</p><p>tornozelo valgo no deambulador) – pode estar</p><p>associado a deformidade em calcâneo-valgo</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas ortopédicos</p><p> Deformidades do pé</p><p>- Eqüino-cavo-varo – mais freqüente - evidenciado</p><p>ao nascimento ou adquirido por desequilíbrio</p><p>muscular (ação isolada do tibial posterior e do</p><p>tríceps ou por espasticidade progressiva) - rigidez</p><p>- Calcâneo-valgo –por desequilíbrio muscular –</p><p>ação isolada (tibial anterior, extensor longo do</p><p>hálux, extensor longo dos dedos e fibulares) –</p><p>freqüente no lombar baixo</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas ortopédicos</p><p>- Eqüino – posicionamento inadequado do pé –</p><p>atitude em abandono ou na medula presa por</p><p>espasticidade do tríceps sural – associado com</p><p>outras deformidades</p><p>- Calcâneo – por ação isolada do tibial anterior –</p><p>lombar baixo</p><p>- Talo vertical – raro – rígido –maioria não</p><p>apresenta mov. voluntários dos pés – talus</p><p>verticalizado pé eqüino rígido</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas ortopédicos</p><p> Fraturas</p><p>- Mobilidade diminuída – não deambulação –</p><p>menor fixação do cálcio no tecido ósseo –</p><p>fragilidade óssea</p><p>- Falta de sensibilidade e propriocepção –</p><p>realização de mov. causadores de fraturas</p><p>- Muitas vezes não diagnosticadas logo após o</p><p>trauma – falta de sensibilidade</p><p>- Edema e mobilidade anormal</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Problemas ortopédicos</p><p> Úlceras de pressão</p><p>- Pele sem sensibilidade, pressionada através de</p><p>saliência óssea, contra superfície externa rígida</p><p>- Local muito comum – ísquios</p><p>- Órteses que promovam áreas de hiperpressão</p><p>- Prevenção</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Alergia ao látex</p><p> Logo após nascimento – contato imediato com</p><p>produtos que possuem látex</p><p> Sistema imunológico imaturo</p><p> Exposição ao alérgeno – proteína do látex – pode</p><p>desencadear quadro alérgico – causa mais</p><p>provável</p><p> Vômitos, diarréias, rinite, conjuntivite, urticária,</p><p>pode evoluir para choque anafilático e óbito</p><p> Associação freqüente com alergia alimentar –</p><p>proteínas semelhantes</p><p> Não há tratamento – orientação aos familiares –</p><p>evitar contato com produtos que contenham látex</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Obesidade</p><p> Dificulta processo de reabilitação – acentua grau</p><p>de deficiência do paciente</p><p> Hidrocefalia pode ocasionar disfunção do centro</p><p>da fome</p><p> Diminuição da mobilidade – dificulta a queima de</p><p>calorias</p><p> Problemas emocionais causados pela deficiência</p><p>física</p><p> Motivos culturais – oferta de guloseimas</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Níveis neurológicos de lesão -Hoffer</p><p>e cols. (1973) e prognóstico de</p><p>marcha</p><p> Torácico</p><p> Lombar alto</p><p> Lombar baixo</p><p> Sacral</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Torácico</p><p> Não há movimentação ativa nos</p><p>quadris ou abaixo deles</p><p> Infância – alguns pacientes</p><p>conseguem deambulação com RGO e</p><p>muletas</p><p> Vida adulta – maioria não</p><p>deambuladores - cadeirantes</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Lombar alto</p><p> Apresentam força flexora e adutora</p><p>dos quadris – eventualmente</p><p>extensora dos joelhos</p><p> Maioria necessita de órtese longa</p><p>para deambulação</p><p> 50% permanece deambulando após</p><p>adolescência – AACD (2005)</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Lombar baixo</p><p> Psoas, adutores, quadríceps, flexores</p><p>mediais dos joelhos , eventualmente</p><p>tibial anterior e/ou glúteo médio</p><p>funcionantes</p><p> Prognóstico muito bom de</p><p>deambulação</p><p> Maioria – apenas órtese suropodálica</p><p>em plástico e bengalas canadenses</p><p>Mielomeningocele</p><p>Aspectos Clínicos</p><p> Sacral</p><p> Mesmos músculos do nível anterior +</p><p>função de flexão plantar e/ou</p><p>extensora dos quadris</p><p> Maioria – deambulação comunitária</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p> Avaliação Fisioterapêutica</p><p>- Diagnóstico definido</p><p>- Avaliação funcional detalhada – para definir e</p><p>conduzir tratamento adequadamente</p><p>- Compartilhada com outros profissionais –</p><p>tratamento multidisciplinar</p><p>- Observação inicia-se desde a chegada do</p><p>paciente – colo, c.r ou deambulando</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p> Avaliação Fisioterapêutica</p><p> Anamnese</p><p>- Completa – abordagem desde a gestação até o</p><p>momento atual – dados relacionados a mov.</p><p>Fetais, parto, época de fechamento da bolsa e</p><p>derivação da hidrocefalia, complicações pós</p><p>cirúrgicas, infecção urinária, convulsões e</p><p>tratamentos anteriores</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p> Avaliação Fisioterapêutica</p><p> Exame físico</p><p>- Integridade da pele</p><p>- Postura habitual – desequilíbrio muscular existente e</p><p>deformidades associadas de coluna e MMII</p><p>- Tônus global – espasticidade, fraqueza muscular e/ou</p><p>incoordenação de MMSS com espasticidade de</p><p>MMII(complicações neurológicas) – normal é tônus normal</p><p>de MMSS e flacidez de MMII</p><p>- Goniometria – ADM das articulações – detecta</p><p>deformidades e encurtamentos musculares – tb para</p><p>comparações</p><p>- Teste de força muscular – 0 a 5</p><p>- Testes específicos – comprimento de membros, Thomas</p><p>Galleazzi e ângulo poplíteo</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p> Avaliação Fisioterapêutica</p><p> Exame físico</p><p>- Teste de sensibilidade – a partir da cicatriz cirúrgica e</p><p>abaixo</p><p>- Reflexos primitivos e tendinosos – persistência dos reflexos</p><p>primitivos sugerem lesão cerebral associada (hidrocefalia</p><p>ou hipóxia cerebral) – observação na alteração dos reflexos</p><p>( ex.arreflexia – hiperreflexia – pode ser medula presa)</p><p>- Teste funcional – em que etapa do DNPM encontra-se</p><p>- Importante repetições periódicas – avaliar alterações</p><p>- Avaliação das órteses</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p> Níveis de lesão e tratamento</p><p>fisioterapêutico</p><p>1.Nível torácico</p><p>2.Nível lombar alto</p><p>3.Nível lombar baixo</p><p>4.Nível sacral</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>1.Nível torácico</p><p> Falta de sensibilidade e inatividade da musculatura nos</p><p>quadris ou abaixo deles</p><p> Postura em abandono dos MMII</p><p> Alguns: esboço de flexão dos quadris – não considerada</p><p>funcional</p><p> Prognóstico de deambulação ruim</p><p> Objetivos:</p><p>- Estimulação do DNPM</p><p>- Prevenção de deformidades – alongamentos e</p><p>posicionamentos adequados</p><p>- Fortalecer MMSS e tronco</p><p>- Diminuir o grau de dependência do paciente – facilitação de</p><p>transferências</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>1.Nível torácico</p><p> Geralmente apresentam bom controle cervical</p><p> Adquirem posição sentada com ou sem apoio</p><p>bimanual</p><p> Deslocam-se arrastando-se no solo</p><p> Realizam transferências com os MMSS</p><p> Falta de sensibilidade e propriocepção dos MMII –</p><p>ferimentos, úlceras de pressão e fraturas –</p><p>arrastar-se no solo apenas para o início da</p><p>infância, com precauções</p><p> Mobilidade com uso de C.R.</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>1.Nível torácico</p><p> Ortostatismo apenas com uso de parapodium –</p><p>deformidades articulares acima de 30° impossibilitam isto</p><p> MMII alinhados, controle regular de tronco e motivação –</p><p>tentativa de deambulação – órtese de propulsão recíproca</p><p>para estimular a troca de passos reciprocada(diminui gasto</p><p>energético)</p><p> Obesidade é um ponto negativo para reabilitação –</p><p>deambulação prejudicada por dificuldade no uso de órteses</p><p> Normal – deambulação interrompida antes da adolescência</p><p>– raros casos de deambuladores na vida adulta</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>2.Nível lombar alto</p><p> Apresentam alguma sensibilidade abaixo dos quadris –</p><p>atividade muscular de flexores de quadris, adutores e</p><p>eventualmente extensores de joelhos</p><p> Prognóstico regular para deambulação</p><p> Objetivos:</p><p>- Estimular o DNPM</p><p>- Fortalecer MMSS, tronco e musculatura preservada dos</p><p>MMII</p><p>- Prevenção de deformidades dos MMII – alongamentos</p><p>passivos</p><p>- Realização do treino de ortostatismo e deambulação</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>2.Nível lombar alto</p><p> Adquirem bom controle cervical e de tronco</p><p> Deslocam-se engatinhando</p><p> Capazes de passar para de pé com uso dos MMSS</p><p> Deambulação com auxílio de terceiros ou</p><p>apoiando-se em móveis</p><p> Uso de parapodium inicialmente – ortostatismo</p><p>adequado</p><p> Deambulação – com órtese longa bilateral com</p><p>cinto pélvico – auxílio de andador ou muletas</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>2.Nível lombar alto</p><p> Musculatura fraca – órtese de propulsão recíproca</p><p> Alguns conseguem – goteiras suropodálicas e</p><p>andador – não recomendado – paralisia completa</p><p>dos flexores dos joelhos – sobrecarga – artrose</p><p>precoce – tb ausência do controle pleno dos</p><p>quadris – falta de contração da musculatura</p><p>glútea – padrão com sinal de Trendelemburg</p><p> 50% abandonam a deambulação na adolescência</p><p>– obesidade, deformidades, alto gasto</p><p>energético, resistência ao uso da órtese longa</p><p>pelo paciente e/ou família</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>3.Nível lombar baixo</p><p> Alguma sensibilidade abaixo dos quadris – atividade</p><p>muscular de flexores de quadris, adutores, extensores de</p><p>joelhos, flexores de joelhos – as vezes abdutores dos</p><p>quadris e/ou dorsiflexores dos tornozelos</p><p> Bom prognóstico de deambulação</p><p> Objetivos:</p><p>- Mesmos do grupo anterior</p><p>- Enfatizar fortalecimento muscular de MMSS, tronco e mm</p><p>preservados dos MMII</p><p>- Ortostatismo e treino de deambulação também enfatizados</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>3.Nível lombar baixo</p><p> Capazes de realizar todas as etapas motoras</p><p> Mantém-se na postura ajoelhada, semi-ajoelhada</p><p>com apoio e realizam transferências para</p><p>postura de pé</p><p> Deambulação – órteses suropodálicas e muletas</p><p>canadenses (evitam sobrecarga nos joelhos) –</p><p>desde q não hajam deformidades de MMII – as</p><p>vezes hastes laterais e cinto pélvico adaptados às</p><p>goteiras para controlar rotações dos quadris</p><p> Maioria atinge deambulação comunitária</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>4.Nível sacral</p><p> Apresentam todos os músculos do nível anterior,</p><p>melhor extensão dos quadris e as vezes flexão</p><p>plantar</p><p> Maioria – paralisia dos m.m. intrínsecos dos pés</p><p>+ alterações de sensibilidade (mais na face</p><p>plantar)</p><p> Excelente prognóstico de deambulação</p><p> Maioria apenas goteiras suropodálicas – alguns</p><p>sem elas, mas podem apresentar deformidades</p><p>dos tornozelos e pés por desequilíbrio muscular</p><p>distal</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p>4.Nível sacral</p><p> Tratamento fisioterapêutico mais fácil – maioria</p><p>adequado DNPM</p><p> Deambulação inicia-se precocemente, as vezes</p><p>sem terapeuta</p><p> Deambulação comunitária – caso não hajam</p><p>complicações neurológicas ou deformidades</p><p>ortopédicas</p><p>Mielomeningocele</p><p>Fisioterapia</p><p> Orientações aos familiares</p><p> Pele insensível e seus cuidados</p><p> Posicionamento adequado</p><p> Uso de órteses e adaptações</p><p> Manuseio adequado para estímulo motor em domicílio</p><p> Enfaixamento em 8 para postura em abandono dos MMII –</p><p>evita retrações do tensor da fáscia lata</p><p> Uso noturno de goteiras de lona – evita atitude viciosa em</p><p>flexão dos joelhos</p><p> Uso de calça de posicionamento, rolinho</p><p> Atenção aos riscos de fraturas e lesões de MMII –</p><p>principalmente ao iniciar seus primeiros deslocamentos</p><p> Alongamentos e manuseios</p><p>Mielomeningocele</p><p>Órteses e Adaptações</p><p> Órteses suropodálicas</p><p> Órteses de reação ao solo</p><p> Cantinho com mesa</p><p> Prancha ortostática</p><p> Parapodium com mesa</p><p> goteiras de lona para os joelhos</p><p> Órteses longas – torácico e lombar alto</p><p> Órteses suropodálicas com hastes laterais e cinto</p><p>pélvico – lombar baixo com atitude viciosa de rot.</p><p>int. ou ext. dos quadris</p><p> Órtese de reciprocação – torácico ou lombar alto</p><p> Cadeira de rodas</p><p>Órtese de propulsão recíproca</p><p> Pacientes com paralisia dos MMII</p><p>apresentam grande dificuldade – fase de</p><p>transferência quando um dos membros</p><p>deve ser projetado para frente</p><p> Estes pacientes (paralisia dos flexores do</p><p>quadril) compensam mais o déficit com a</p><p>inclinação lateral do tronco – acarreta</p><p>grande gasto energético na marcha</p><p>Órtese de propulsão recíproca</p><p> RGO (Reciprocal Gait Orthesis)</p><p> Início dos anos 80 – Universidade do</p><p>estado da Lousiana</p><p> Dispunha de mecanismo que possibilitava</p><p>a locomoção mais eficiente</p><p> Menor esforço</p><p> Permitia avanço do membro simplesmente</p><p>com a descarga de peso do corpo sobre o</p><p>lado contralateral</p><p>Órtese de propulsão recíproca</p><p> RGO (Reciprocal Gait Orthesis)</p><p> Produziam movimentos recíprocos</p><p> Grande avanço</p><p> Utilização efetiva foi restrita</p><p> Componente de reciprocação era montado</p><p>sobre órtese tipo convencional</p><p> Apresentava dificuldades grandes na sua</p><p>colocação e retirada – piores nas</p><p>paralisias mais amplas</p><p>Órtese de propulsão recíproca</p><p> ARGO (Advanced Reciprocal gait Orthesis)</p><p> Inglaterra – estudos futuros –</p><p>aperfeiçoaram as órteses de reciprocação</p><p> Modelo atualmente mais utilizado</p><p> Montada em plástico e com liga metálica</p><p>especial</p><p> Pernas envolvidas por goteira de</p><p>polipropileno, com reforços maleolares em</p><p>fibra de carbono (torná-lo mais resistente)</p><p>e proteção na parte medial na região dos</p><p>côndilos</p><p>para melhor fixação do joelho</p><p>Órtese de propulsão recíproca</p><p> ARGO (Advanced Reciprocal gait Orthesis)</p><p> Não há hastes na porção medial das coxas</p><p>– facilita colocação e retirada do aparelho</p><p> Sistema de trava do quadril acionado</p><p>simultaneamente com o joelho ao nível da</p><p>coxo-femoral – facilita o controle do</p><p>paciente – não necessita realizar bloqueios</p><p>articulares separadamente como nas</p><p>órteses convencionais</p><p>Órtese de propulsão recíproca</p><p> ARGO (Advanced Reciprocal gait Orthesis)</p><p> Entre as articulações do joelho e do</p><p>quadril existe um complexo pneumático</p><p>com duas funções</p><p>1- pistão age como amortecedor – ao</p><p>sentar– evita que o paciente sente</p><p>bruscamente</p><p>2- atua como impulsor – ao levantar –</p><p>principalmente nos 10 graus de extensão</p><p>dos joelhos</p><p>Órtese de propulsão recíproca</p><p> ARGO (Advanced Reciprocal gait Orthesis)</p><p> Cabo de reciprocação – funciona como se</p><p>fosse um pistão e passa na região</p><p>posterior da bacia – é conectado nas duas</p><p>articulações do quadril</p><p> Transferindo-se o peso do corpo sobre um</p><p>dos membros inferiores – o outro é</p><p>automaticamente projetado para frente</p><p>Órtese de propulsão recíproca</p><p> ARGO (Advanced Reciprocal gait Orthesis)</p><p> Indicações:</p><p>- Mais apropriadas para pacientes com paralisia</p><p>dorsal que apresentam impossibilidade de</p><p>locomoção efetiva com as órteses convencionais</p><p>- Alguns casos de pacientes com lesões cervicais</p><p>incompletas, por intermédio de adaptações em</p><p>andadores, podem ser beneficiados</p><p>- Pacientes com lesões lombar – podem usar, mas</p><p>deve- se avaliar custo-benefício</p><p>convencionais –maior gasto energético</p><p>reciprocação – maior gasto financeiro</p><p>Órtese de propulsão recíproca</p><p> ARGO (Advanced Reciprocal gait</p><p>Orthesis)</p><p> Grande avanço na recuperação</p><p>funcional da marcha</p><p> Avaliação multidisciplinar – equipe</p><p>de reabilitação</p><p> Treino específico</p><p> Não é recurso terapêutico isolado</p>