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<p>WILLIAM CEREJA THEREZA COCHAR GRAMÁTICA reflexiva LIDi plurall Atual Editora</p><p>Gramática reflexiva 8° ano William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 2016 Direitos desta edição: Saraiva Educação Ltda., São Paulo, 2016 Todos os direitos reservados Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Cereja, William Roberto Gramática reflexiva / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. -- 4. ed. -- São Paulo : Atual, 2016. Obra em 4 para alunos do ao ano. 1. Português (Ensino fundamental) I. Magalhães, Thereza Cochar. II. Título. 16-06029 CDD-372.61 para catálogo sistemático: 1. Gramática : Português : Ensino fundamental 372.61 ISBN 978-85-5769-005-9 (aluno) ISBN 978-85-5769-006-6 (professor) Editor responsável Noé G. Ribeiro Editoras Fernanda Carvalho, Mônica Rodrigues de Lima e Paula Junqueira Preparação de texto Célia Tavares Gerente de produção editorial Ricardo de Gan Braga Gerente de revisão Hélia de Jesus Gonsaga Coordenador de revisão Camila Christi Gazzani Revisores Cesar G. Sacramento, Larissa Luciana Azevedo Produtor editorial Roseli Said Supervisor de iconografia Sílvio Kligin Coordenador de iconografia Cristina Akisino Pesquisa iconográfica Thiago Fontana Licenciamento de textos Thiago Fontana Design Homem de Melo & Troia Design Capa Homem de Melo & Troia Design, com imagens de Peanuts, Charles Schulz 2011 Peanuts Worldwide LLC. / Dist. by Universal Ziraldo, Jean-Honore Fragonard. Uma jovem lendo, c.1770, Steve Prezant/ Getty Images Uma jovem lendo, c.1770, Steve Prezant/ Getty Images Edição de arte Carlos Magno Diagramação Estúdio Lima, Felipe Conzales, Nicola Loi, Rodrigo Bastos Marchini, Jacqueline Ortolan Assistente Jacqueline Ortolan Ilustrações Andressa Honório, Biry Sarkis, Filipe Rocha, Luigi Rocco, Nelson Provazi, Orlando, Weberson Santiago Tratamento de imagens Cesar Wolf, Fernanda Crevin 732.703.004.001 Impressão e acabamento RR Donnelley 0 material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo utilizado apenas para fins não representando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora. Editora 0800-0117875 Saraiva SAC De das 8h às 18h Avenida das Nações Unidas, 7221 - andar - Setor C - Pinheiros - CEP 05425-902 2</p><p>SUMÁRIO CAPÍTULO 1 FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS Formação dos tempos verbais simples 11 Semântica e discurso 17 Para escrever com adequação 22 Verbos regulares e irregulares 22 De olho na escrita: c/c ou ss? 27 Divirta-se 31 CAPÍTULO 2 SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO - VOZES DO VERBO Sujeito indeterminado 32 Oração sem sujeito 36 Verbos impessoais 38 Vozes do verbo 40 o agente da 42 Mudança de vozes 42 A oração sem sujeito na construção do texto 46 Semântica e discurso 48 Para falar e escrever com adequação 50 A construção de mundos hipotéticos pela linguagem 50 Divirta-se 53 CAPÍTULO 3 PREDICATIVO DO OBJETO E PREDICADO VERBO-NOMINAL Predicativo do objeto 54 verbo-nominal 57 o predicativo do objeto na construção do texto 60 Semântica e discurso 61 Para escrever com adequação 64 Concordância verbal - verbos impessoais 64 Divirta-se 69 5</p><p>CAPÍTULO 4 COMPLEMENTO NOMINAL o complemento nominal na construção do texto 75 Semântica e discurso 78 Para escrever com adequação 80 Regência nominal 80 83 CAPÍTULO 5 APOSTO E VOCATIVO Aposto 84 Vocativo 86 o vocativo na construção do texto 89 Semântica e discurso 91 De olho na escrita: e ou i? 93 Divirta-se 97 CAPÍTULO 6 PONTUAÇÃO Travessão 100 101 Ponto e vírgula 102 Aspas 102 Reticências 102 A pontuação na construção do texto 105 Semântica e discurso 107 De olho na escrita: há ou a? 110 Divirta-se - 113 6</p><p>CAPÍTULO 7 FIGURAS DE SINTAXE Elipse 117 As figuras de sintaxe na Zeugma 117 construção do texto 122 Polissíndeto 117 Semântica e discurso 124 Assíndeto 118 Para escrever com adequação 126 Pleonasmo 118 Denotação e conotação 126 Inversão 118 Divirta-se 131 Silepse 118 CAPÍTULO 8 FIGURAS DE LINGUAGEM Comparação e metáfora 134 Semântica e discurso 147 135 Para escrever com expressividade 149 Personificação ou prosopopeia 140 A ambiguidade (I) 149 Hipérbole 141 A ambiguidade como recurso Eufemismo 142 de construção 150 As figuras de linguagem na construção De olho na escrita: mas ou mais? 154 do texto 144 Divirta-se 157 CAPÍTULO 9 CAPÍTULO 10 A CONJUNÇÃO (I) A CONJUNÇÃO (II) Classificação das conjunções 161 As conjunções subordinativas 176 As conjunções coordenativas 163 Semântica e discurso 182 A conjunção na construção do texto 167 Para escrever com adequação 185 Semântica e discurso 169 Sintaxe de colocação 185 Para escrever com clareza e precisão 171 De olho na escrita: mal ou mau? 189 A ambiguidade (II) 171 Divirta-se 191 Divirta-se 175 Biry Sarquis BIBLIOGRAFIA 192 7</p><p>CAPÍTULO 1 FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS CONSTRUINDO O CONCEITO Leia este cartaz: da TUDO QUE ACUMULE ÁGUA É FOCO DE MOSQUITO UM #ZIKAZERO TODO DIA É DIA DE COMBATER O AEDES AEGYPTI. Confira as ações do Governo Federal em zikazero.tumblr.com (http://combateaedes.saude.gov.br) 1. A respeito do cartaz, responda: a) Quem é o locutor ou produtor? b) A quem ele se dirige? c) Qual é a sua finalidade? 8 CAPÍTULO 1</p><p>2. Observe o enunciado: "Confira as ações do Governo Federal em zikazero.tumblr.com" a) que a forma verbal confira expressa no enunciado? ( ) dúvida certeza pedido, conselho b) Em que modo está a forma verbal? c) Levante hipóteses: Por que, nesse enunciado, a forma verbal está nesse modo? 3. Observe as seis imagens mostradas na parte superior direita do cartaz. a) Identifique os objetos que estão nas imagens. b) Em que lugar costumamos encontrar esses objetos? c) Que relação esses objetos têm com a transmissão do zika vírus? FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 9</p><p>4. Releia estes enunciados do cartaz: "Um mosquito não é mais forte que um país inteiro." "Todo dia é dia de combater o Aedes aegypti." a) Interprete-os e reescreva-os, em um único enunciado. Uti- lize outras palavras, mas mantenha o sentido original que 0 zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. apresentam. b) Que importância têm esses dois enunciados, considerando a finalidade do cartaz? c) Em que tempo e modo está a forma verbal ser, nos dois enunciados? d) que a forma verbal ser, nesse tempo e nesse modo, expressa no enunciado? 5. No anúncio, a linguagem não verbal complementa a linguagem verbal. Explique o sentido produzido: a) pela imagem do mosquito Aedes aegypti, no centro do cartaz; b) pelo fundo preto e pela con vermelha. CONCEITUANDO Você aprendeu, nos anos anteriores, que os verbos se flexionam em pessoa, número, tempo e modo. Na língua portuguesa, há três tempos verbais primitivos - presente do indicativo, pretérito per- feito do indicativo e infinitivo -, dos quais derivam os demais tempos. Por exemplo, do presente do indicativo deriva, entre outros tempos, o presente do subjuntivo. Para isso, substitui-se a vogal final do presente do indicativo por e ou a, dependendo da conjugação à qual pertence o verbo. Observe: (eu) falo (que eu) fale (eu) confiro (que eu) confira presente do presente do presente do presente do indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo 10 CAPÍTULO 1</p><p>Veja, a seguir, como se dá a formação dos tempos verbais simples. Formação dos tempos verbais simples Tempos derivados do presente do indicativo 1. Do presente do indicativo deriva o presente do subjuntivo. conjugação: troca-se a vogal final do presente do indicativo por -e. e conjugações: troca-se a vogal final da pessoa do presente do indicativo por -a. Veja: conjugação conjugação conjugação Presente do PRESENTE DO Presente do PRESENTE DO Presente do PRESENTE DO indicativo SUBJUNTIVO indicativo SUBJUNTIVO indicativo SUBJUNTIVO conto conte vivo viva ajo aja contas contes vives vivas ages ajas conta conte vive viva age aja contamos contemos vivemos vivamos agimos ajamos contais conteis viveis vivais agis ajais contam contem vivem vivam agem ajam 2. Do presente do indicativo e do presente do subjuntivo originam-se o imperativo afirmativo e o im- perativo negativo. Veja, como exemplo, a formação do imperativo do verbo falar, observando que: nesse modo não existe a pessoa do singular; no imperativo afirmativo, as formas de pessoa (do singular e do plural) originam-se do presente do indicativo, eliminando-se o -S as demais formas são as mesmas do pre- sente do subjuntivo. Excetua-se o verbo ser, que toma as formas sê (tu) e sede (vós); no imperativo negativo, as formas de todas as pessoas coincidem com as do presente do subjuntivo. Presente do IMPERATIVO Presente do IMPERATIVO indicativo AFIRMATIVO subjuntivo NEGATIVO fale falo fala$ fala (tu) fales não fales (tu) fale (você) fale fala não fale (você) falemos (nós) falemos não falemos (nós) falamos falai (vós) faleis não faleis (vós) falem (vocês) falem falam não falem (vocês) FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 11</p><p>Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo Do tema do pretérito perfeito do indicativo (que se obtém extraindo-se da a desinência -ste da pessoa do sin- gular, nas três conjugações) derivam: o pretérito mais-que-perfeito do in- dicativo, juntando-se as desinências -ra, -ras, -ra,-ramos, -reis, -ram; o pretérito imperfeito do subjunti- vo, juntando-se as desinências -sse, #ZIKAZERO -sses, -sse, -ssemos, -ssem; Fonte: http://combateaedes.saude.gov.br o futuro do subjuntivo, juntando-se as desinências -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem. Observe a formação desses três tempos em relação ao verbo contar: PRETÉRITO MAIS- Pretérito perfeito do PRETÉRITO IMPERFEITO FUTURO DO indicativo QUE-PERFEITO DO INDICATIVO DO SUBJUNTIVO SUBJUNTIVO contei contara contasse contar contaste contaras contasses contares contou contara contasse contar contamos contáramos contássemos contarmos contastes contáreis contásseis contardes contaram contaram contassem contarem Tempos derivados do infinitivo impessoal Do tema do infinitivo impessoal (que se obtém extraindo-se a desinência -r) derivam: o futuro do presente do indicativo, juntando-se as desinências -rei, -rás, -rá, -remos, -reis, -rão; o futuro do pretérito do indicativo, juntando-se as desinências -ria, -rias, -ria, -ríamos, -riam; o infinitivo pessoal, juntando-se as desinências -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem. Observe a formação desses tempos em relação ao verbo conversar: FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO Infinitivo impessoal DO INDICATIVO INFINITIVO PESSOAL DO INDICATIVO conversar conversarei conversaria conversar conversarás conversarias conversares conversará conversaria conversar conversaremos conversarmos conversareis conversarieis conversardes conversarão conversariam conversarem 12 CAPÍTULO 1</p><p>Do radical do infinitivo impessoal (que se obtém extraindo-se as desinências -ar, na conju- gação, -er, na conjugação, e -ir, na conjugação) deriva: o pretérito imperfeito do indicativo, juntando-se, na conjugação, as desinências -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, -avam; e, na e na conjugações, as desinências -ia, -ias, -ia, -ía- mos, -iam. Observe a formação desse tempo em relação aos verbos conversar, viver e agir: Infinitivo impessoal PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO conjugação conjugação conjugação 10 conjugação conjugação conjugação conversar viver agir conversava vivia agia conversavas vivias agias conversava vivia agia conversávamos conversáveis conversavam viviam agiam FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS SIMPLES - QUADRO-RESUMO Derivados do pretérito perfeito Derivados do presente do indicativo Derivados do infinitivo impessoal do indicativo Presente do subjuntivo: Pretérito mais-que-perfeito do conjugação: -e, -es, -e, -emos, -eis, -em Futuro do presente do indicativo: indicativo: e conjugações: -a, -as, -a, -amos, -rei, -rás, -remos, -reis, -rão -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram -ais, -am Imperativo afirmativo: Não existe na pessoa do Pretérito imperfeito do subjuntivo: singular Futuro do pretérito do indicativo: -sse, -sses, -sse, -ssemos, pessoa (plural e singular): presente do -ria, -rias, -ria, -ríamos, -riam -sseis, -ssem indicativo menos o final; Demais pessoas: presente do subjuntivo Infinitivo pessoal: -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem Imperativo negativo: Futuro do subjuntivo: Pretérito imperfeito do indicativo: Não existe na pessoa do singular -r, -res, -rmos, -rdes, -rem conjugação: -ava, -avas, -ava, Demais pessoas: presente do subjuntivo -ávamos, -áveis, -avam e conjugações: -ia, -ias, -ia, -iam FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 13</p><p>EXERCÍCIOS 1. que é, o que é? Leia e decifre as adivinhas a seguir. Depois, reescreva-as, passando os verbos da primeira para o futuro do presente e os da segunda para o pretérito perfeito do indicativo. a) Um animal que não para de comer e de gritar; sempre está pedindo água, pois come com muito sal. (Nicolás Guillén. Ri melhor quem ri primeiro - Poemas para crianças (e adultos inteligentes). Seleção e tradução de José Paulo Paes. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2007. p. 42.) b) Milhares de soldadinhos vão unidos para a guerra; todos atiram suas lanças, que caem de ponta na terra. (Idem.) 2. Leia as piadinhas a seguir. Depois complete-as com os verbos indicados entre parênteses, conju- gando-os nos tempos e modos adequados ao contexto. a) Um pai (contar) ao filho uma coi- sa muito importante: Paulo, esta noite, um anjo (trazer) uma para você. Quer vê-la? Bom, na verdade, eu (gostar) era de ver o anjo... (Gabriel Barazal. Piadas para rachar 0 bico - Proibido para adultos. São Paulo: Fundamento, 2010. p. 12.) b) Dois colegas (conversar) durante o recreio. Um deles (perguntar): que você (pedir) ao Papai Noel este ano? outro (responder): Que (aparecer) mais vezes. (Idem, p. 47.) 14 CAPÍTULO 1</p><p>3. Leia os textos a seguir. Depois complete-os com os verbos indicados entre parênteses, conjugando- os nos tempos e modos adequados ao contexto. a) o que aconteceria se a Terra parasse de girar? lado do planeta que (ficar) voltado para o Sol se (transformar) em um deserto com temperaturas muito altas. Os oce- anos (esquentar) tanto que encheriam a atmosfera de vapor de água. Já no outro lado do planeta, que jamais veria a luz do Sol novamente, a tempera- tura (ser) tão baixa que uma crosta de gelo se formaria sobre a superfície. A diferença térmica entre os lados (provocar) fortes ventanias. E sem a rotação, a Terra também não teria mais força centrífuga, o que (fazer) com que todos os objetos (aumentar) de peso. Com essa confu- são toda, nenhuma forma de vida (resistir) no planeta. (Marcelo Duarte. 0 guia dos curiosos. 3. ed. São Paulo: Panda 2005. p. 20.) b) Qual a razão da disposição das letras na máquina de escrever? No primeiro modelo de máquina de escrever, de- senvolvido em 1867, as letras (ser) de fato dispostas em ordem alfabética. Porém, seu cria- dor, o norte-americano Christopher Latham Sholes, (decidir) incumbir amigo James Densmore de descobrir uma forma de melhorar a dis- posição das teclas. Ele (estudar) as combinações de letras mais utilizadas na língua inglesa e optou por colocá-las distantes umas das outras de modo a evitar que hastes próximas (subir) jun- tas e (ficar) emboladas umas às outras. Embora várias outras propos- tas de distribuição tenham sido sugeridas ao longo dos tempos, o teclado de Densmore se (tornar) modelo padrão em todo o mundo. Vale citar que, por conta das seis primeiras letras da fileira superior, ele (ser) chamado de teclado QWERTY. (Disponível em: em: 10/4/2016.) 4. Faça de acordo com o exemplo: Nós sempre dizemos a verdade. No depoimento passado, nós dissemos a verdade. No próximo depoimento, nós diremos a verdade. a) Trago a bola e a rede para o jogo. Ontem Amanhã FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 15</p><p>b) Os guardas detêm os carros velhos. No último feriado, No próximo fim de semana, c) Mantenho a forma com exercícios. Na minha juventude, Nas próximas férias, d) Fazemos as refeições em casa. Nas férias passadas, Chegando as férias, Leia a tira a seguir, de Fernando Gonsales, e responda às questões de 5 a 7. DESCA! VOLTA! BUSQUE! SUBA! LEVE! PEGA! PULE! VA (Folha de S. Paulo, 21/5/2006.) 5. As formas verbais empregadas na tira estão no imperativo afirmativo. que elas expressam? 6. Na linguagem coloquial, é muito comum empregarmos, no imperativo afirmativo e no imperativo negativo, a pessoa no lugar da e vice-versa. Isso se deve ao fato de muitos falantes da língua portuguesa do Brasil usarem os pronomes de tratamento você e vocês, que exigem concordância em pessoa, no lugar de tu e vós, que são de pessoa. Os quadrinhos da tira revelam essa falta de uniformidade no emprego do imperativo: as personagens ora empregam a pessoa, ora empregam a Reescreva as formas verbais presentes na tira, uniformizando o tratamento: a) na pessoa do singular. b) na pessoa do singular. 7. Na tira, o uso do imperativo revela uma relação de poder entre os interlocutores. a) Quem detém o poder na primeira situação? b) Esse poder se mantém na situação retratada no quadrinho? Justifique sua resposta. 16 CAPÍTULO 1</p><p>SEMÂNTICA E DISCURSO Leia o anúncio a seguir e responda às questões de 1 a 5. Um dia horrível Um dia maravilhoso Acordei às oito da manhã de hoje. Acordei às oito da manhã de hoje. Escovei os dentes. Coloquei terno. Escovei os dentes. o terno. Tomei café de sempre. Fui para Tomei o café de sempre. para trabalho. o trabalho. Papéis. Assinaturas. Carimbo Dois telefonemas. Comprovantes. Carimbo. Dois telefonemas. Almoço. Voltei às 13h30. Almoço. Voltei às 13h30. Reunião. Cafezinho. Fax. Problema. Cafezinho. Fax. Problema. Solução. Cliente. E-mail. Fim do expediente. Cliente. E-mail. Fim do expediente. Aula de Cheguei em casa. Aula de inglês. Cheguei em casa. Meu filho ainda não tinha dormido. Meu filho ainda não tinha dormido. Faltou luz. Tivemos que acender a lareira. Faltou luz. Tivemos que acender a lareira. Jantei com minha esposa. Jantei com minha esposa. Só fui dormir às três da manhã. Só fui dormir às três da manhã. CVV. Há 35 anos ajudando as pessoas a ver a vida por um ângulo diferente. CVV A linha da vida Anuário de Criação, p. 346.) 1. o texto apresentado no anúncio relata um dia de uma pessoa. a) Por que o mesmo relato é apresentado em duas versões? b) Que relação o título de cada versão do relato tem com a de fundo? FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 17</p><p>2.0 enunciador ou responsável pelo anúncio é o Centro de Va- lorização da Vida (CVV), uma associação filantrópica que tem por finalidade oferecer apoio emocional a pessoas que preci- sam conversar a respeito de seus problemas. Com suas ações, a entidade tem orientado muitas pessoas e evitado a) A quem você acha que o anúncio se dirige? b) Por que o anunciante optou por adotar a estratégia de apresentar o mesmo relato em duplicata, apenas com títulos diferentes? c) De acordo com a perspectiva do anúncio, a dificuldade de viver a vida com felicidade reside nos fatos cotidianos ou está na própria pessoa? Você concorda com esse ponto de vista apresentado pelo anúncio? 3. No texto, foram empregados vários verbos. Que tempo verbal predomina? que justifica a escolha desse tempo? 4. Em "Cheguei em casa. Meu filho ainda não tinha dormido", a locução verbal tinha dormido é a forma composta do pretérito mais-que-perfeito do indicativo. a) Qual é a forma simples correspondente à locução? b) Essa locução é a única forma verbal empregada no texto em um tempo diferente do tempo em que estão as outras. que justifica o emprego desse tempo, no contexto? 18 CAPÍTULO 1</p><p>5. Na frase "CVV. Há 35 anos ajudando as pessoas a ver a vida por um ângulo diferente", que noção o gerúndio ajudando transmite? a) A de uma ação que começa a ocorrer. b) A de uma ação que vem ocorrendo continuamente e não terminou. c) A de educação no tratamento do interlocutor. d) A de trabalho coletivo, resultante do esforço de várias pessoas. Leia o cartaz abaixo, divulgado pelo Instituto Faça Parte, ONG (Organização Não Governamental) que promove a cultura do voluntariado no Brasil. Depois, responda às questões de 6 a 10. 0 VOLUNTARIADO NO BRASIL o ano de 2001 foi instituído pela ONU como o Ano Internacional do Vo- luntário, com a adesão de 123 países. A iniciativa tinha a intenção de incentivar o trabalho dos voluntários, aqueles que doam seu tempo e talento aos que preci- sam de ajuda, e estimular outras pessoas a fazer o mesmo. No Brasil foi criado o MUDEM Comitê para o Ano Internacional do Vo- luntário, que atuou em diferentes áreas. Faça Parte nasceu dessa mobiliza- ção e, desde então, já contribuiu para que pelo menos 20 milhões de pessoas se mobilizassem para a ação voluntária. Outras ONGs também vêm apoiando e difundindo o conceito do trabalho vo- luntário entre nós. Segundo a ONU, o Brasil foi o país Seja um jovem voluntário. FACA que mais se destacou na área do vo- www.facaparte.org.br luntariado. Fonte: 6.0 cartaz promove a cultura do voluntariado. a) Troque ideias com os colegas: o que é o voluntariado? b) Na sua opinião, a quem o cartaz pretende atingir? FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 19</p><p>7. enunciado "Os incomodados que mudem o mundo", em destaque no cartaz, faz referência a um conhecido dito popular. a) Qual é esse dito popular? b) o que esse dito quer dizer? c) Compare o dito popular ao enunciado principal do cartaz. Qual é a diferença entre eles? 8. Nas orações "Seja um jovem voluntário" e "Faça parte": a) que as formas verbais seja e faça expressam? dúvida certeza pedido ou conselho b) As formas verbais seja e faça estão em que modo: no imperativo, no indicativo ou no subjuntivo? 9. A forma verbal mudem indica tanto o modo subjuntivo quanto o modo imperativo. No contexto do cartaz, a qual modo ela corresponde? Justifique sua resposta. 10. Leia e compare estas frases: I. "Os incomodados que mudem o mundo". II. A ONG espera que os jovens mudem o mundo. PARTE: III. Os jovens voluntários mudam o mundo. a) Relacione cada frase ao que ela expressa: afirmação certeza ( ) desejo, indeterminação ( ) advertência, exortação ( ) b) Relacione cada frase ao modo do verbo nela empregado: indicativo ( ) imperativo ( ) subjuntivo ( ) 20 CAPÍTULO 1</p><p>11. As três frases abaixo contêm verbos no modo imperativo. Apesar disso, apresentam diferen- ças de sentido. Observe: Apague a luz! Apague a luz, já! Apague a luz, por favor! a) Em qual das frases o pedido é feito de modo mais educado e gentil? b) Em qual das frases o tom de quem fala parece ser mais autoritário e grosseiro? 12. vezes, o pretérito imperfeito sugere educação, polidez na forma de pedir algo a alguém; isso porque o presente é muito "seco" e direto. Em qual das frases seguintes o imperfeito tem esse tipo de emprego? a) Sempre pedia um livro e lia um pouco antes de dormir. b) Não acreditava que seu cartão da loteria estivesse premiado. c) "A senhora podia me ajudar? Será que dava pra segurar este pacote um pouquinho?" 13. Há, na língua portuguesa, outros meios para exprimir os diversos valores do imperativo. Veja alguns deles: a interjeição Silêncio! equivale a Cale-se!, Faça o presente do indicativo em uma frase como Você vai com seu pai equivale a Vá com seu pail; o futuro do presente em uma frase como Amarás a Deus sobre todas as coisas equivale a Ama a Deus sobre todas as coisas; o infinitivo em uma frase como Não assinar a prova equivale a Não assine a prova; o gerúndio em uma frase como Andando! equivale a Vá andando!, Ande!. Reescreva as frases seguintes, transformando-as em frases imperativas equivalentes: a) Guardas, preparar, apontar, fogo! b) Garoto, circulando! c) Mãos ao alto! d) Não bater a porta. e) Você não largará a minha mão na FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 21</p><p>PARA ESCREVER COM ADEQUAÇÃO Verbos regulares e irregulares Leia esta tira: ÁGATA.. o CORAÇÃO COM BURAQUiNHOS CADA AH. é? ENTÃO OLHA COMO JÁ NÃO vez Me DÁ UM CARA? o SANGUE, AGORA FORA, FAZ UMA NOVA o USO COMO by 2005 o (Nik. Gaturro. Cotia-SP: Vergara&Riba, 2008. V. 2. p. 60.) 1. Gaturro fala da desilusão amorosa que sofre com o pouco caso de Ágata. De que forma ele representa essa desilusão? 2. A que verbos pertencem as formas verbais faz e é empregadas na tira? 3. Conjugue mentalmente o verbo fazer no presente do indicativo. Depois responda: Quando con- jugado, esse verbo apresenta alterações no radical e nas desinências? 4. Conjugue mentalmente o verbo ignorar e o verbo usar no presente do indicativo. Depois res- ponda: Quando conjugados, esses verbos apresentam alterações no radical e nas desinências? Ao conjugar os verbos ignorar e usar no presente do indicativo, observamos que eles não apre- sentam alterações nem no radical nem nas desinências, relativamente ao modelo da conjugação. Esses verbos e todos os outros que seguem um modelo de conjugação são considerados regulares. Já ao conjugar no mesmo tempo e modo o verbo estar, que pertence à mesma conjugação de ignorar e usar, verificamos que ele sofre alterações nas desinências, relativamente ao modelo da conjugação. verbo estar e todos os outros que se afastam do modelo de conjugação que deveriam seguir são by considerados irregulares. Para saber se determinado verbo é regular ou irregular, basta con- 2005 o jugá-lo no presente ou no pretérito perfeito do indicativo. Se nesses dois tempos o verbo seguir o modelo dos verbos regulares, nos outros tempos também seguirá, ou seja, ele é regular. Se não, é irregular. 22 CAPÍTULO 1</p><p>Veja os principais verbos irregulares em algumas pessoas e tempos: Caber presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem pretérito perfeito do indicativo: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam futuro do presente do indicativo: caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis, caberão Dizer presente do indicativo: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem pretérito perfeito do indicativo: disse, disseste, disse, etc. futuro do presente do indicativo: direi, dirás, dirá, etc. Fazer presente do indicativo: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem pretérito perfeito do indicativo: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram futuro do presente do indicativo: farei, farás, fará, etc. Ir presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, vão pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fostes, foram futuro do presente do indicativo: irei, irás, irá, iremos, ireis, irão futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem Poder presente do indicativo: posso, podes, pode, podemos, podeis, podem pretérito perfeito do indicativo: pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam presente do subjuntivo: possa, possas, possa, possamos, possais, possam Pôr presente do indicativo: ponho, pomos, pondes, pretérito perfeito do indicativo: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram futuro do presente do indicativo: porei, porá, etc. imperfeito do subjuntivo: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, etc. Querer presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, etc. presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram Saber presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabern pretérito perfeito do indicativo: soube, soubeste, soube, soubemos, etc. presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam Trazer presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem pretérito perfeito do indicativo: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 23</p><p>Vale presente do indicativo: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem presente do subjuntivo: valha, valhas, valha, etc. Ver presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram futuro do presente do indicativo: verei, verás, verá, etc. futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Vir presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram futuro do presente do indicativo: virei, virás, virá, etc. futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem EXERCÍCIOS 1. texto a seguir é de Stanislaw Ponte Preta (pseudônimo de Sérgio Porto). Leia-o e, depois, de acordo com o contexto, complete-o, empregando no passado os verbos indicados entre parênteses. Fábula dos dois Diz que eram dois que (fugir) do Jardim Zoológico. Na hora da fuga, cada um (tomar) um rumo, para despistar os per- seguidores. Um dos (ir) para as matas da Tijuca e o outro (ir) para centro da cidade. (procurar) os de todo jeito, mas ninguém (encontrar). Tinham sumido, que nem o leite. Vai daí, de- pois de uma semana, para surpresa geral, o leão que (voltar) foi justamen- te o que (fugir) para as matas da Tijuca. (voltar) magro, faminto e alquebrado. Foi preciso pedir a um deputado [...] que (arranjar) vaga para ele no Jardim Zoológico outra vez, porque ninguém (ver) vantagem em reintegrar um leão tão carcomido assim. E [...] o leão (ser) recon- duzido à sua jaula. 24 CAPÍTULO 1</p><p>Passaram-se oito meses e ninguém mais se (lembrar) do leão que (fugir) para o centro da cidade quando, lá um dia, o bruto (ser) recapturado. (voltar) para o Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde. [...] Mal (ficar) juntos de novo, o leão que (fugir) para as florestas da Tijuca (dizer) pro coleguinha: Puxa, rapaz, como é que você conseguiu ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com essa saúde? Eu, que (fugir) para as matas da Tijuca, (ter) que pedir arreglo, porque quase não (en- contrar) o que comer, como é então que você... vá, diz como foi. o outro leão então (explicar): Eu meti os peitos e fui me es- conder numa repartição pública. Cada dia eu (comer) um funcionário e ninguém dava por falta dele. E por que voltou pra cá? Tinham acabado os funcionários? -Nada disso. que não acaba no Brasil é funcionário público. É que eu (cometer) um erro gravíssimo. Comi o diretor, idem um chefe de seção, funcionários di- versos, ninguém dava por falta. No dia em que eu comi o cara que servia o cafezinho... me (apanhar). (Dois amigos e um São Paulo: Moderna, 1986. p. 64.) 2. Leia o título e o subtítulo de uma notícia de jornal: SERVIDOR QUE MANTER GREVE FICARÁ SEM REAJUSTE, DIZ GOVERNO Governo dá ultimato aos líderes dos movimentos e ameaça não dar aumento algum para quem rejeitar 15,8% (Disponível Acesso em: 4/6/2016.) Os verbos derivados de ter, como manter, deter, são muitas vezes empregados em desacordo com a norma-padrão por boa parte dos falantes do português. a) No título da notícia, qual é o tempo das formas verbais manter e ficará? FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 25</p><p>b) o emprego da forma verbal manter está de acordo com a norma-padrão? Justifique sua resposta. c) Levante hipóteses: Esse emprego é de responsabilidade do governo ou do jornal? Por quê? 3. Complete as frases a seguir: empregando o primeiro verbo no futuro do subjuntivo e o segundo no futuro do presente do indicativo; empregando o primeiro verbo no imperfeito do subjuntivo e o segundo no futuro do pretérito do indicativo. Veja o exemplo: Se nós não (fazer) trabalho agora, (fazer) à noite. Se nós não fizermos o trabalho agora, faremos à noite. Se nós não fizéssemos o trabalho agora, faríamos à noite. a) Se seus pais (saber) de tudo, nós (saber). Se seus pais de tudo, nós Se seus pais de tudo, nós b) Se você (ter) responsabilidade, não (ter) problemas. Se você responsabilidade, não problemas. Se você responsabilidade, não problemas. c) Se os juízes (ser) justos, os jogadores (ser) compreensivos. Se os juízes justos, os jogadores compreensivos. Se os juízes justos, os jogadores compreensivos. d) Se os professores não (ver) o documentário, os alunos não (ver). Se os professores não o documentário, os alunos não Se os professores não o documentário, os alunos não e) Se eu (vir) mais cedo amanhã, vocês também (vir)? Se eu mais cedo amanhã, vocês também ? Se eu mais cedo amanhã, vocês também ? 26 CAPÍTULO 1</p><p>DE OLHO NA ESCRITA C/C OU SS ? Leia o texto: E se os neandertais ainda estivessem vivos? [...] Eles viveram aproximadamente entre 400 e 30 mil anos atrás, principalmente em re- giões das atuais Inglaterra, Espanha e França. A principal teoria sobre sua extin- ção diz que os neandertais foram elimina- dos pelas mudanças climáticas da última era glacial. Mas há estudos que dizem que guerras com o Homo sapiens os extirpa- ram do planeta. Houve uma época em que seis espécies de hominídeos habita- ram a Terra: Homo sapiens (nós), Homo neanderthalensis, Homo erectus, Homo floresiensis, Homo heidelbergensis e o ain- da pouco conhecido hominídeo de Denisova. Alguns fósseis de neandertais têm ferimentos de armas que somente os sapiens dominavam, ou seja, os encontros entre as espécies nem sempre foram pacíficos. Se eles ainda existissem, é provável que sofressem com o precon- ceito. Mas também se relacionariam conosco (o que aconteceu de fato). Isso indica como seria a convivência entre as espécies hoje. (Superinteressante, 310, p. 54.) 1. Responda oralmente: Nas duas primeiras frases do texto, que palavras apresentam o fonema /s/ (som "sê")? 2. Identifique no texto uma ou mais palavras em que o fonema /s/ é representado pelas letras: a) b) ss: c) C: d) e) f) FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 27</p><p>3. Identifique no texto uma palavra em que a letra S tem som de /z/. 4. Forme uma família de palavras a partir da partícula destacada nas seguintes palavras do texto: a) pacíficos b) espécies c) relacionaram d) preconceito Na língua portuguesa, o fonema /s/ (som "sê") pode ser representado pelas letras C, S, SC, X, XC. Nos anos anteriores, vimos o emprego das letras S e X. Veja agora o emprego das letras C, e Emprega-se C ou nas palavras de origem árabe, tupi e africana: açaí açúcar caçula após ditongos: eleição louça coice nas palavras formadas com os sufixos -aça, -aço, -ação, -ecer, -iça, -iço, -uça, -uço: barcaça entardecer criança mormaço justiça dentuça embarcação maciço dentuço Empregam-se as letras nas formas verbais do pretérito imperfeito do subjuntivo: amássemos sentíssemos nos substantivos derivados de verbos terminados em der, dir, mir e tir, se essas terminações não forem antecedidas por n ou r: ceder - cessão imprimir impressão regredir regressão admitir - admissão EXERCÍCIOS 1. Complete as frases a seguir com substantivos derivados dos verbos indicados entre parênteses. Veja o exemplo: Mostrou-se preparado para a condução dos negócios. (conduzir) a) Com esforço, conseguiu a dos gastos. (reduzir) b) Usou a para ter sucesso no cinema. (seduzir) c) Evitava a entre suas ações e suas palavras. (contradizer) d) Eles não queriam a dos mesmos erros. (reproduzir) e) Lamentou muito a das atividades do clube (interromper) 28 CAPÍTULO 1</p><p>2. Complete as frases a seguir com substantivos derivados dos adjetivos destacados. Veja o exemplo: Demonstrava ser um homem violento. Sua violência revoltava a população. a) Era uma pessoa influente. Usava sua para ajudar os necessitados. b) Era um animal existente naquela mata. A era essencial para o equilíbrio ecológico da região. c) Foi um político inconsequente. A de seus atos prejudi- cou os cidadãos. d) Desde filhote, sempre foi um cão obediente. A fez dele um amigo e) A tranquilidade do país era aparente. Essa enganava até os mais pessimistas. 3. Complete as quadrinhas a seguir com um substantivo abstrato derivado do substantivo ou do adjetivo destacado. Veja como obter o substantivo abstrato derivado: tolo tolice chato chatice a) De criança era chamado, d) Uma palavra ou ajuda que era muito infantil já se disse, não negava a quem pedisse; mas sempre estava feliz com meigo sorriso vencia quem ofendesse sua com essa sua b) Não há idade melhor que a de menino, ele disse, pois hoje tem muita saudade da sua feliz c) Uma vida de experiência, e) Palhaço, esquisito ou poeta, um velho sábio me disse, sua vida era só maluquice; é tudo que um homem ganha mas haja imaginação, quando chega a para tanta 4. Leia os provérbios a seguir e complete as palavras com S ou Depois, dê o sentido de cada provérbio. a) pregui o o trabalha dobrado. b) Um dia da ca a, outro do caçador. FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 29</p><p>c) apre ado come cru. d) A esperan a é a última que morre. e) Cachorro mordido por cobra tem medo de lingui a. 5. Derive substantivos dos verbos a seguir, como nos exemplos: exclamar exclamação aparecer aparição a) averiguar c) retribuir b) demolir d) restituir 6. Complete os quadrinhos a seguir com as palavras que seu professor vai ditar. Depois, leia-os. 0 PERDI ALGUMA TO COISA? DROGA! AH, ELE CORTOU UM BELO ISSO 14 CARNE, ALGUMAS GALINHAS, DA ÚLTIMA VEZ QUE SALAME E SERVIU TUDO ME MIM NUMA BANDEJA DE PRATA. (Patrick McDonnell. Mutts - Os vira-latas. São Paulo: Devir, 2008. p. 39.) 30 CAPÍTULO 1</p><p>Agora responda: a) o que o cão responde ao gato é verdadeiro? Justifique sua resposta. b) Levante hipóteses: Por que o deu essa resposta? 7. Derive substantivos ou adjetivos dos verbos a seguir, como nos exemplos: interceder intercessão agredir agressão, agressivo reprimir repressão, repressivo repercutir repercussão a) emitir d) omitir b) deprimir e) permitir c) suceder f) intrometer 8. Em cada um dos itens abaixo, há uma palavra grafada incorretamente. Identifique a palavra e reescreva-a com a grafia apropriada. a) atrás - após - através - aliás - invés - talves b) exceção - excessivo - excesso - excepcional - expontâneo c) pretensão - cansaço - concessionária - mixto - excursão d) miscigenação - oscilar - discernimento - - ascensão DiViRTA-SE MELHOR AMIGO DO HOMEM É CACHORRO. QUER SER QUAL MELHOR AMIGO MELHOR AMIGO? DA JOANINHA? SEI NÃO (Pedro Hutsch Baldoni. Joãos e Joanas. Editora Meu Bolso. 2012. p. 48.) FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS 31</p><p>CAPÍTULO 2 SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO 5 VOZES DO VERBO Sujeito indeterminado CONSTRUINDO O CONCEITO Leia este cartaz: do DIZEM QUE PUBLICITÁRIO GOSTA DE APARECER Por este anúncio no Jornal mais lido no Estado CORREIO DO ESTADO de fevereiro Dia do Publicitário 32 CAPÍTULO 2</p><p>1. Sempre que produzimos ou lemos um texto, devemos levar em conta vários ele- mentos da situação que participam da construção de seu sentido: quem escreve, para quem, com que finalidade, qual é o gênero textual, etc. a) Quem é o locutor do texto, isto é, quem produziu o anúncio? b) Para quem ele foi produzido? c) A que gênero textual ele pertence? d) Com que finalidade ele foi produzido? 2. enunciado do anúncio é este: "Dizem que publicitário gosta de aparecer" a) Geralmente, em que situações é usada a expressão dizem que? b) No anúncio, que relação de sentido há entre a expressão "Dizem que" e a afirmação "publicitário gosta de aparecer"? c) Em que pessoa, no enunciado, está a forma verbal dizem? d) A forma verbal dizem, no enunciado, refere-se a um sujeito mencionado anteriormente? e) É possível determinar, no enunciado, quem é o autor da afirmação "publicitário gosta de aparecer"? SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO VOZES DO VERBO 33</p><p>3. Na parte inferior do anúncio, em letras menores, lê-se: "Por isso veiculamos este anúncio no jornal mais lido no Estado". Relacionando esse enunciado ao enunciado anterior, em letras grandes, responda: a) Em que pessoa está a forma verbal veiculamos? Qual é o sujeito dessa forma verbal? b) É possível determinar quem veiculou o anúncio? c) Depois da leitura do enunciado da parte inferior do anúncio, o sentido de "Dizem que publicitário gosta de aparecer" se modificou ou continua o mesmo? Explique. CONCEITUANDO No anúncio lido, o anunciante utiliza a expressão dizem que para relacionar ao universo da fofoca a afirmação que faz e, ao mesmo tempo, brincar com o leitor. Nesse contexto, é importante que os autores da afirmação "publicitário gosta de aparecer" não sejam identificados de imediato. Por esse motivo, o anunciante empregou o verbo dizer na pessoa do plural, sem fazer referência a pessoas determinadas. Veja: "Dizem que publicitário gosta de aparecer" Nesse enunciado, o sujeito do verbo dizer é indeterminado. Sujeito indeterminado é aquele que não aparece expresso na oração nem pode ser identificado, ou porque não se quer ou por se desconhecer quem pratica a ação. Observe agora este outro enunciado: Os publicitários se destacam pela criatividade e recebem elogios por seu trabalho. SUJEITO INDETERMINADO Nessa situação, conforme você pode notar, o su- SUJEITO DESINENCIAL jeito da forma verbal recebem não é indeterminado, mas desinencial (eles), uma vez que anteriormente No ano, você conheceu estes tipos foi feita referência aos publicitários. de sujeito: Na língua portuguesa, indetermina-se o sujeito de simples: o que tem um único núcleo; duas formas: composto: o que tem dois ou mais núcleos; colocando-se o verbo (ou o auxiliar, se houver desinencial: o que pode ser identifi- locução verbal) na pessoa do plural: cado pela pessoa verbal. "Dizem que publicitário gosta de aparecer" sujeito indeterminado se distingue do Estão dizendo que publicitário gosta de desinencial pelo fato de não poder ser identificado. aparecer. 34 CAPÍTULO 2</p><p>empregando-se o pronome se com verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação na pessoa do singular: Vive-se muito bem nas cidades do interior. (verbo intransitivo) Precisa-se de funcionários com experiência. (verbo transitivo indireto) Não se é feliz sem amigos. (verbo de ligação) pronome se, nesse caso, recebe o nome de índice de indeterminação do sujeito. EXERCÍCIOS Leia o poema a seguir, de Roseana Murray, e responda às questões 1 e 2. Máquina do tempo Como pequena aranha faço a máquina do tempo com alguns fios de Passo por dentro de suas linhas e saio lá no futuro, do lado de lá do vento: desinventaram a guerra, ninguém sabe mais matar. Todos dividem com todos o pão e a vida. A alegria corre como um rio. (Pera, uva ou São Paulo: Scipione, 2005. p. 48.) 1. eu lírico do poema imagina um tempo diferente. a) Interprete: Com que o eu lírico constrói a teia desse tempo futuro? b) Em que esse mundo será diferente do mundo em que vivemos? 2. Discuta com o professor e com os colegas: sujeito das formas verbais desinventaram e dividem é indeterminado ou desinencial? Por quê? SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO - VOZES VERBO 35</p><p>3. Indetermine o sujeito das orações, empregando os verbos na pessoa do plural. Veja o exemplo: Faço a máquina do tempo. Fizeram a máquina do tempo. a) Ele elogiou você. b) menino derrubou o vaso. c) Atirei coisas velhas no lixo. d) Ana falou mentiras sobre você. e) aluno devolveu a tarefa de Paulo. 4. Indetermine o sujeito das orações, empregando os verbos na pessoa do singular + o pronome se. Veja o exemplo: Eu preciso de uma secretária com experiência. Precisa-se de uma secretária com experiência. a) As crianças comem bem nas b) Os alunos lutaram por boas notas. c) Os oradores falaram com desenvoltura. d) o Brasil necessita de bons técnicos. e) Os torcedores assistem a bons jogos aos domingos. Oração sem sujeito CONSTRUINDO O CONCEITO Leia esta tira: E ECLIPSE! 2178 PEGAR UNS PESCOCINHOS! E ECLIPSE! (Fernando Gonsales. 36 CAPÍTULO 2</p><p>1. Quando veem o céu escuro, os vampiros resolvem sair. a) A quem se refere a forma verbal vamos pegar em "Vamos pegar uns pescocinhos", ou seja, qual é o sujeito dessa forma verbal? Como se classifica o sujeito dessa oração? b) Que relação há, na tira, entre o fato de escurecer e a saída dos vampiros para "pegar uns pesco- cinhos"? 2. Observe os predicados: "Escureceu!" "É eclipse!" Esses predicados se referem a um sujeito mencionado anteriormente? 3. Compare estas duas orações: Agora o céu ficou escuro. Agora escureceu. a) Em qual dessas orações o predicado se refere a um sujeito simples? Qual é esse sujeito? b) Em qual o predicado não se refere a um ser especificamente, apenas faz uma indicação a respeito do tempo? 4. humor da tira está no último quadrinho, quando os vampiros dizem: "É eclipse! É eclipse!". a) Explique qual é o mal-entendido que gera o humor da tira. b) Qual é o sujeito da oração "É eclipse!"? SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO VOZES DO VERBO 37</p><p>CONCEITUANDO Ao responder às questões anteriores, você pôde constatar que, na língua portuguesa, há orações em que a declaração expressa pelo predicado não pode ser atribuída a nenhum ser: "Escureceu!", "É eclipse!". Esse tipo de oração é chamado de oração sem sujeito. Oração sem sujeito é aquela em que a declaração expressa pelo predicado não é atribuída a nenhum ser. Nesse tipo de oração, o verbo é impessoal. Verbos impessoais Os verbos impessoais, como não têm HAVER E EXISTIR sujeito, são sempre usados na pessoa do singular. Os principais são: verbo haver com o sentido de "existir" é os que indicam fenômenos da natureza: impessoal e, por isso, não apresenta sujeito, chover, nevar, trovejar, anoitecer, fazer ficando na pessoa do singular. (calor, frio), entardecer, etc.: verbo existir, entretanto, não é impes- soal e concorda normalmente com o sujeito. Anoiteceu cedo ontem. Observe: o verbo com o sentido de "existir": Havia duas antigas árvores na praça. Havia muitos amigos meus na festa. objeto direto Existia uma antiga árvore na praça. os verbos fazer, haver e ir, quando in- sujeito dicam tempo decorrido: Existiam duas antigas árvores na praça. Faz meses que não o vejo. Há dias espero uma resposta. sujeito Vai para três meses que estou na escola nova. os verbos ser e estar, quando indicam tempo ou estado meteorológico: Já era dia quando voltamos para casa. Está muito frio aqui. EXERCÍCIOS 1. As orações a seguir não apresentam sujeito. Complete-as com uma das formas dos verbos impes- soais indicadas entre parênteses, de maneira que fiquem de acordo com a norma-padrão da língua. a) três anos que me matriculei nesta escola. (fez/fizeram) b) meses que não viajo. (faz/fazem) c) horas que esperava pelo médico. (fazia/faziam) d) muitos cartões amarelos durante o jogo. (houve/houveram) e) casos piores que o seu. (havia/haviam) 38 CAPÍTULO 2</p><p>2. Complete as frases, empregando no presente do indicativo, na pessoa do singular, os verbos entre parênteses: a) (fazer) muito frio no Alasca. b) A meteorologia informou que (estar) frio no sul do país. c) Não (ser) cedo demais para a festa? d) (haver) muitos protestos da torcida em razão da má arbitragem. 3. Nas orações a seguir, substitua o verbo existir por haver. Mantenha o mesmo tempo verbal e faça a concordância verbal própria da norma-padrão. a) Na biblioteca da escola existem muitos livros interessantes. b) Existiam sobre os rochedos muitas gaivotas feridas. c) Nesta região, existiram muitas tribos indígenas. d) Onde atiramos as sementes, no futuro existirão bosques. 4. Reescreva as frases a seguir, empregando no tempo solicitado os verbos entre parênteses. Faça a concordância verbal adequada. a) (fazer - pretérito perfeito do indicativo) dois anos que ele partiu. b) (haver - pretérito imperfeito do indicativo) muitos alunos na sala. c) (anoitecer - presente do indicativo) mais tarde no horário de verão. d) (ser - pretérito imperfeito do indicativo) tarde quando chegamos. Leia o texto a seguir e responda às questões 5 e 6. Era a hora dos passarinhos. E lhe fazia pensar no amor, sentimento esgarçado na rotina do cotidiano. Saíra havia pouco do trabalho com a sensação incômoda de que se tornava, dia após dia, mais eficiente. E menos ociosamente livre. Uniformizara os pássaros cantores de sua alma num aven- tal de funcionária exemplar, obrigando-os a assinar ponto, fazer requerimentos, res- ponder presente àquilo que se chamava luta pela vida e que era, afinal, apenas o esforço medíocre de sobreviver. Brunhilde Laurito. Parque de diversões - Crônicas. São Paulo: Atual, 1998. p. 52.) SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO - VOZES VERBO 39</p><p>5. Que tipo de conflito vive a personagem da qual fala o texto? 6. Observe a sequência das orações que compõem o texto. a) Quais são as orações que indicam quando acontecem as reflexões da personagem? Elas têm sujeito ou são sem sujeito? b) Localize no texto as formas verbais saíra, tornava(-se) e uniformizara. E, a seguir, identifique o sujeito de cada uma c) Na oração do texto, qual é o sujeito da forma verbal fazia? Vozes do verbo Leia e compare estas duas manchetes de jornal: Nando Reis toca seus grandes sucessos em novo show. (Disponível em: http://oglobo.globo.com/ Acesso em: 4/6/2016.) Adolescente foi estuprada por dois bandos diferentes, afirma a polícia (Idem) 1. Na primeira manchete: a) Qual é o sujeito da oração? b) Esse sujeito realiza ou recebe a ação de tocar? 40 CAPÍTULO 2</p><p>2. Na segunda manchete: a) Qual é o sujeito da oração? b) Esse sujeito realiza ou recebe a ação de estuprar? Se recebe, é possível identificar o agente da ação? Ao responder às questões anteriores, você notou que o sujeito pode exercer a ação expressa pelo verbo, como "Nando Reis toca", ou pode sofrer a ação, como "Adolescente foi estuprada". Quando quem age, ou pratica a ação expressa pelo verbo, é o sujeito da oração, a voz do verbo é ativa. Quando o sujeito da oração sofre a ação a voz do verbo é passiva. sujeito ainda pode ser, ao mesmo tempo, agente e paciente da ação verbal. Isso ocorre em orações em que há um verbo reflexivo, como em "O menino cortou-se com a faca". Nessa ora- ção, o menino pratica e ao mesmo tempo recebe a ação de cortar-se. Compare: ativa sujeito agente Nando Reis toca seus grandes sucessos em novo show. voz passiva sujeito paciente Adolescente foi estuprada por dois bandos diferentes. voz reflexiva sujeito agente e paciente menino cortou-se com a faca. CONTRAPONTO conceito de voz verbal está relacionado com critérios semânticos, ou seja, para deter- minar a voz é necessário saber quem realiza a ação verbal: se o sujeito (caso de voz ativa) ou se o agente da passiva (caso de voz passiva). Alguns linguistas, entretanto, têm questionado esses critérios. Por exemplo, a gramática normativa entende que em frases como "O navio afundou" ou "O feijão queimou" existe voz ativa. No entanto, está claro que semanticamente o sujeito mais sofre do que realiza a ação verbal. Apesar dessas divergências, em exames ou outras situações formais, em que esse conhe- cimento é avaliado, convém adotar a análise tradicional da gramática normativa. SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO - VOZES DO VERBO 41</p><p>Como se vê, acontecem as seguintes transformações: objeto direto da voz ativa torna-se sujeito da passiva. sujeito da ativa torna-se agente da passiva na passiva. OBSERVAÇÕES tempo do verbo principal (no exemplo dado, apaga- 1. sujeito é paciente tan- ram, pretérito perfeito do indicativo) é transferido para to na passiva analítica o verbo auxiliar ser enquanto o verbo principal quanto na voz passiva sin- vai para o particípio (apagado). tética. verbo no particípio concorda com o sujeito em gênero 2. verbo, na passiva, con- e número: "O fogo foi apagado" (masculino, singular). corda com o sujeito paciente. 3. Na voz passiva sintética A preposição por (ou per) junta-se ao sujeito da ativa nunca há agente da passiva. para formar o agente da passiva. EXERCÍCIOS Leia o texto a seguir. Quem dividiu e definiu os nomes dos oceanos? Hélio Augusto Machado, Poços de Caldas, MG Índico recebeu o nome graças à costa indiana. Já o Pacífico foi batizado pelo português Fernão de Magalhães em 1520, que realmente achou as águas desse oceano mui- to tranquilas. Atlântico vem de Atlas, personagem mitoló- gico grego encarregado de suportar eternamente o peso dos céus nas costas por castigo de Zeus. Ártico também tem origem grega: a palavra arktikos (perto do urso) faz referência à constelação da Ursa Maior, que brilha muito 2004 Transit of Venus Greatest OF UT no hemisfério norte do planeta. Por simples oposição ao Ártico, o oceano do Polo Sul foi nomeado como Antártico. A enorme massa de água salgada que domina a paisagem da Terra cerca de 70% da super- fície foi dividida em cinco partes por causa de particularidades em relação à temperatura, insolação, salinidade e movimentos das correntes oceânicas e das marés. Atualmente, a de- limitação geográfica dos oceanos é feita pela Organização Hidrográfica Internacional (IHO). (Superinteressante, edição 361, junho 2016.) 1. Observe o título do texto. a) texto chega a informar quem dividiu os oceanos? b) E chega a informar quem nomeou os oceanos? c) Como o título poderia ter sido redigido para evitar imprecisões? SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO VOZES VERBO 43</p><p>2. Observe a verbal desta oração: o Pacífico foi batizado pelo português Fernão de Magalhães em 1520". a) Em que voz verbal ela está? b) Como ficaria essa oração na ativa? c) Compare a ativa e a voz passiva e troque ideias com os colegas: Que diferença de sentido elas apresentam? 3. Passe para a ativa e para a voz passiva sintética estas orações, que estão na voz passiva analítica: "o oceano do Polo Sul foi nomeado como Antártico" "A enorme massa de água [...] foi dividida em cinco partes" "Atualmente, a delimitação geográfica dos oceanos é feita pela Organização Hidrográfica Inter- nacional (IHO)" Leia o texto a seguir e responda às questões 4 e 5. S ALUGA-SE UMA CASA 4. Pelas características do texto: a) A que gênero pertence? Qual é o suporte? b) Em que lugares é possível encontrar um texto como esse? c) A quem se destina? 44 CAPÍTULO 2</p><p>5. Reescreva a frase, colocando-a na voz passiva analítica e na voz ativa. Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 9. Por que os insetos são atraídos pelas lâmpadas? Biry Sarkis Quem nunca se sentiu incomodado com insetos rondando uma lâmpada? Mas vocês sabem por que isso acontece? Aqui, vamos tentar explicar esse fato. Os insetos são atraídos pela luz, mas não existe uma explicação científica que justifique esse fato com certeza absoluta. 0 que se sabe é que os insetos usam a luz para se Os insetos voadores se sentem hipnotizados pela luz das lâmpadas artificiais. Este comportamento pode estar relacionado a uma confusão do sistema interno de navegação dos insetos. Segundo pesquisadores, os insetos seguem um sistema chamado de orientação transversal, ou seja, eles voam num ângulo constante relacionado a uma fonte de luz. Quando eles encontram uma luz artificial, 0 ângulo de muda e os insetos ficam confusos. Uma segunda teoria, do entomologista Philip Callahan, afirma que 0 espectro de luz infravermelho emitido pela luz tem a mesma frequência emitida pelos feromônios das mariposas Por isso, os insetos machos seriam atraídos pela luz artificial por um instinto natural de querer cruzar com a fêmea. Levando em conta as dúvidas que os cientistas ainda têm sobre 0 assunto, po- demos dizer que as respostas que tentam explicar 0 comportamento dos insetos em relação à luz são apenas hipóteses. Com certeza, os milhões de anos de evolução dessas espécies ainda não serviram para os tornarem espertos 0 suficiente para conseguir escapar da morte numa lâmpada artificial. (Disponível em: pelas-lampadas/. Acesso em: 5/5/2016.) 6. Após ter lido o texto, responda: a) Qual é o assunto do texto? b) As explicações existentes hoje têm base científica? c) que ocorre aos insetos quando se aproximam da luz artificial? SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO - VOZES VERBO 45</p><p>7. Observe a estrutura sintática do título do texto: "Por que os insetos são atraídos pelas lâmpadas?". a) Em que verbal ela está? b) Qual é a função sintática do termo pelas lâmpadas? c) Como esse título ficaria na ativa? d) Levante hipóteses: Por que o título foi criado na passiva analítica. 8. Passe para a passiva analítica estas frases do texto: "os insetos usam a luz" "Quando eles encontram uma luz artificial" 9. Passe para a voz ativa estas orações do texto: "os insetos machos seriam atraídos pela luz artificial" "o espectro de luz infravermelho emitido pela luz tem a mesma frequência" A ORAÇÃO SEM SUJEITO NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO Leia este texto: ADIVINHA QUEM FAZ ANIVERSÁRIO DIA 25. ESTÁ FRIO. ESTÁ ESQUENTANDO. ESTÁ QUENTE. ESTÁ ESFRIANDO. ESFRIOU. ESTÁ GELADO. ESTÁ QUENTE DE NOVO. a UMA CRITICA PEDRO Fallon PMA 46 CAPÍTULO 2</p><p>1. anúncio propõe uma adivinha a seus leitores: quem faria aniversário no dia 25 do mês em que ele foi publicado. a) trecho "Está frio. Está esquentando. Está quente. Está esfriando. Esfriou. Está gelado. Está quente de novo", do anúncio, faz parte de uma conhecida brincadeira. Em que consiste essa brincadeira? b) Na parte inferior do anúncio, lemos, em letras menores: "Uma homenagem a São Paulo. E uma pe- quena crítica a São Pedro". Conclua: Quem fazia aniversário? 2. A cidade de São Paulo é conhecida por sofrer grandes variações climáticas em um mesmo dia. Levando em conta esse dado, responda: a) Qual é o sentido do trecho "uma pequena crítica a São Pedro"? b) Qual é o novo sentido que o trecho "Está frio. Está esquentando. Está quente. Está esfriando. Esfriou. Está gelado. Está quente de novo" adquire? 3. As orações do trecho "Está frio. Está esquentando. Está quente. Está esfriando. Esfriou. Está gelado. Está quente de novo" têm sujeito? Justifique sua resposta. SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO - VOZES VERBO 47</p><p>SEMÂNTICA E DISCURSO Leia o poema: Caso pluvioso A chuva me irritava. Até que um dia descobri que Maria é que chovia. A chuva era Maria. E cada pingo de Maria ensopava o meu domingo. E meus ossos molhando, me deixava como terra que a chuva lavra e lava. Eu era todo barro, sem verdura... Maria, chuvosíssima criatura! Ela chovia em mim, em cada gesto, pensamento, desejo, sono, e resto. Era chuva fininha e chuva grossa, matinal e noturna, ativa... Nossa! Não me chovas, Maria, mais que o justo chuvisco de um momento, apenas susto. Não me inundes de teu líquido plasma, não sejas tão aquático fantasma! Eu lhe dizia em vão - pois que Maria quanto mais eu rogava, mais chovia. [...] (Carlos Drummond de Andrade. Viola de bolso. São Paulo: Companhia das Letras. Graña 1.0 verbo chover normalmente é utilizado para designar um fenômeno da natureza; por isso, é classificado como impessoal e é utilizado em orações sem sujeito. No entanto, no poema ele é empregado com um papel diferente. Identifique em cada um dos versos a seguir o sujeito a que o verbo chover se refere. a) "Até que um dia descobri que Maria é que chovia." b) "Ela chovia em mim, em cada gesto," c) "Não me chovas, Maria, mais que o justo" d) "quanto mais eu rogava, mais chovia." 2. Interprete: Por que o eu lírico transfere a Maria os atributos da chuva? 3. Crie uma frase em que o verbo chover seja impessoal. 48 CAPÍTULO 2</p><p>4.0 sujeito desinencial é bastante empregado em nossa língua, porque torna as frases mais sin- téticas e o texto mais dinâmico. Leia o texto a seguir e repare como o uso de sujeito explícito e repetido torna-o enfadonho, cansativo. Após a leitura, reescreva o texto, empregando, quando possível, sujeitos desinenciais no lugar dos explícitos. Faça as adaptações que forem necessárias. Meu pai e minha mãe se conheceram em uma viagem de férias. Na época, meu pai e minha mãe passeavam no litoral do Nordes- te. Pelas fotos do meu pai e da minha mãe, vemos que o Nordeste está mesmo entre as regiões mais bonitas do Brasil. Meu pai e mi- nha mãe contam que no Nordeste faz sol todos os dias Meu pai e minha mãe falam também que o Nordeste tem comidas típicas deliciosas e que no Nordeste as paisagens naturais são incríveis. Meu pai e minha mãe pretendem me levar ao Nordeste para visitarmos juntos a ci- dade em que meu pai e minha mãe se e então eu, meu pai e minha mãe podere- mos tirar novas fotos no Nordeste, tendo as mesmas paisagens naturais como pano de fundo. 5. emprego do sujeito indeterminado é muito comum em situações em que o falante, por algum motivo, evita referir-se a uma pessoa específica. Por exemplo, uma mãe, quando diz a seus filhos "Sujaram o tapete novo da sala", espera que um deles assuma o que fez. Há, a seguir, dois textos com sujeito indeterminado. Identifique a intenção do falante, em cada contexto, ao empregar esse tipo de sujeito. a) Duas amigas conversam na escola: Ju, você estava na barraca do Correio do Amor na festa junina da escola, não estava? Sim, e vi que escreveram um recadinho para você... Ai, Ju, pode me contar já!! Foi ele? Humm, não sei, não, Carlinha... Só sei que escreveram responde a amiga rindo. SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO VOZES DO VERBO 49</p><p>b) No escritório, Luís vê dois colegas tentando pegar um documento no armário de Paulo. Quando este chega, vê que seus papéis estão revirados. Luís, percebendo a inquietação do colega, diz: Estavam mesmo mexendo no seu armário antes de você chegar, Paulo. Quem? Ah, estavam mexendo aí... 6. Você já deve ter ouvido frases como estas: A gente brigamos muito. A gente saímos na frente. Agora responda: a) Qual é o sujeito dessas orações? b) Qual é o núcleo desse sujeito? c) Na norma-padrão da língua, construções como essas são consideradas inadequadas. Explique por quê. d) Levante hipóteses: Por que popularmente se usa o verbo no plural, mesmo o sujeito estando no singular? e) Reescreva as frases de acordo com a norma-padrão. PARA FALAR E ESCREVER COM ADEQUAÇÃO A construção de mundos hipotéticos pela linguagem Leia esta crônica, de Rubem Braga: Meu ideal seria escrever... Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozi- nheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. que minha história fosse como um raio de sol, irresistivel- mente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma fi- casse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria - "mas essa história é mesmo muito engraçada!". 50 CAPÍTULO 2</p><p>Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. 0 marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos. [...] E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus se- melhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história. E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atri- buída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago mas que em todas as línguas ela guardasse a sua a sua pureza, o seu encanto surpreendente [...]. E quando todos me perguntassem "mas de onde é que você tirou essa história?" eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história..." E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro. (200 crônicas escolhidas. 34. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. p. 443-4.) 1. Rubem Braga diz que queria escrever uma história. a) Qual seria a característica mais marcante dessa história? b) Que efeito principal ele gostaria que essa história tivesse na vida das pessoas? c) Cite algumas situações que, de acordo com o desejo do cronista, seriam modificadas a partir da história escrita por ele. 2. texto se organiza a partir de dois planos: o plano concreto, isto é, o da realidade em que o cro- nista vive, e um plano imaginário, da realidade desejada. Na frase "Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada", com a qual começa a crônica, duas palavras introduzem o leitor no mundo imaginário. Quais são essas palavras? a) ideal b) seria c) história d) engraçada 3. As formas verbais utilizadas ao longo do texto sustentam a ideia de um mundo imaginário, que não existe ainda. Identifique essas formas verbais nos trechos a seguir e indique o tempo e o modo em que elas estão. a) "E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história" b) "E quando todos me perguntassem 'mas de onde é que você tirou essa eu responderia" SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO VOZES VERBO 51</p><p>4. Compare estes dois enunciados: marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher." marido a lerá e começará a rir, o que aumentará a irritação da mulher. a) Em que tempo e modo estão as formas verbais nos dois enunciados? b) Em qual dos enunciados os tempos verbais dão a noção de certeza de que a ação verbal vai acontecer? c) Em qual dos enunciados os tempos verbais dão a noção de possibilidade de a ação verbal vir a acontecer? 5. No parágrafo final do texto, o autor deixa o plano imaginário e conduz o leitor novamente para o plano da realidade. a) Que expressão do parágrafo demonstra esse retorno ao plano da realidade? b) Qual é o elemento do plano da realidade que leva o cronista a criar o mundo imaginário que ele descreve no texto? Quando falamos ou escrevemos, podemos não apenas nos referir ao mundo real, ou seja, este em que vivemos, mas também a um mundo imaginário, possível. A possibilidade de criação de uma história que tivesse o poder de mudar a realidade, por exemplo, nos leva a imaginar como seria esse mundo hipotético. Tanto para nos introduzir no mundo imaginário quanto para diferenciar o que pertence ao mundo real do que pertence ao mundo hipotético, a linguagem dispõe de recursos. Palavras e expressões que remetam ao imaginário, como "meu ideal", empregada no texto, e verbos no modo subjuntivo e no futuro do pretérito do modo indicativo são alguns desses recursos. EXERCÍCIOS Leia esta anedota: A professora de Matemática pergunta a Mariana: Se eu for à feira e comprar 12 bana- nas, 5 ameixas, 8 pêssegos, 15 laranjas e 2 melancias, qual será o resultado? A garota responde: A senhora teria muito peso para transportar! 52 CAPÍTULO 2</p><p>1. Em sua fala, a professora propõe um problema de matemática a uma aluna. a) Que palavra da fala da professora introduz a aluna em um mundo hipotético? b) Em que tempo estão as formas verbais for e comprar? c) tempo em que estão as formas verbais for e comprar contribui ou não para sustentar pela lingua- gem esse mundo hipotético? Por quê? 2. Observe a resposta dada pela aluna. Nesse momento, ela aceita imaginar o mundo hipotético pro- posto pela professora? Justifique sua resposta. 3. o humor da anedota está na resposta da aluna. Ela corresponde à resposta esperada pela profes- sora? Justifique. DiViRTA-SE Giuseppe Arcimboldo (1527-93) foi um pintor do Renascimento italiano e chegou a ser aprendiz de pintor com Leonardo da Vinci. Tornando-se pintor da corte do rei Fernando em Praga, atual capital da República Tcheca, seu trabalho era fazer retratos dos membros da corte. Desenvolveu, então, um estilo único, usando figuras de vegetais, ani- mais e outros objetos para construir a imagem da pessoa retratada, como se fosse uma técnica de Divirta-se você também tentando descobrir os vege- tais que constituem a figura do monarca Rodolfo II. Retrato de Rodolfo II, Vertumnus (1591). Rodolfo é retratado como 0 deus romano das metamorfoses da vida e da natureza A face de Rodolfo é feita com flores e frutos, representando 0 equilíbrio entre a natureza e a harmonia de seu SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO - VOZES VERBO 53</p>

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