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<p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>1</p><p>Contracheque/Holerite</p><p>Contracheque ou Holerite é o documento que registra o salário de um</p><p>trabalhador. Ele serve como certificado de que a pessoa é realmente empregada</p><p>naquela empresa e, por vezes, como comprovante de renda – costuma ser pedido</p><p>por imobiliárias para quem deseja alugar um imóvel, por exemplo.</p><p>Para, além disso, o holerite é uma prestação de contas da empresa a seu</p><p>funcionário. Lá estão às informações combinadas no contrato, como o salário bruto e</p><p>os benefícios, e os descontos obrigatórios que a companhia realiza em seu nome.</p><p>Em geral, o contracheque ou holerite é disponibilizado todo mês com os rendimentos</p><p>e descontos desse período. A data em que ele fica disponível depende da empresa.</p><p>O documento indica os ganhos brutos de um funcionário, os descontos realizados e</p><p>o valor líquido que foi depositado no dia do pagamento.</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>2</p><p>No caso de empresas que pagam remunerações uma única vez no mês (no 5º dia</p><p>útil, por exemplo), o contracheque traz os dados consolidados do período.</p><p>No caso de empresas que dividem o pagamento salarial (com uma parte no dia 15 e</p><p>outra no dia 30, por exemplo), é possível que existam 2 contracheques, cada um</p><p>relacionado a uma data de pagamento.</p><p>Entre as informações que precisam constar no documento, estão:</p><p> As informações da empresa, como nome e CNPJ;</p><p> Dados do funcionário, como nome e informações bancárias;</p><p> Informações financeiras, como salário, horas extras e comissões;</p><p> Descontos, como adiantamento, recolhimento de Imposto de Renda e</p><p>contribuição ao INSS;</p><p> Descontos causados por faltas injustificadas.</p><p>Composição do Contracheque.</p><p>Estes são os campos que a maioria das pessoas encontra em seus holerites:</p><p>Cabeçalho do holerite</p><p> Dados da empresa costuma ser a primeira informação do holerite, no lado</p><p>esquerdo superior, com o nome e CNPJ da companhia.</p><p> Dados do funcionário logo em seguida vêm os dados pessoais. Deve</p><p>aparecer aqui o nome completo do trabalhador, seu código de registro na</p><p>empresa, cargo para o qual foi contratado e, se for o caso, informações da</p><p>conta para depósito.</p><p> Data no lado direito do cabeçalho está a data referente àquele pagamento.</p><p> Salário não é regra, mas, em alguns casos, este campo também está no</p><p>cabeçalho. Ele diz respeito ao salário bruto, ou seja, ainda sem nenhum</p><p>desconto.</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>3</p><p>Colunas do corpo do holerite</p><p> Códigos de referência o corpo do holerite é uma tabela e, portanto, se divide</p><p>em dois eixos. A primeira coluna da esquerda, que nem sempre vem</p><p>nomeada, apresenta pequenas sequências numéricas, normalmente de</p><p>quatro dígitos. São os códigos de referência, usados apenas pela empresa, e</p><p>servem para identificar cada item do holerite.</p><p> Descrição é a coluna que vem em seguida dos códigos de referência. Ali</p><p>estão discriminados cada um dos itens do holerite</p><p> Referência ou quantidade esta coluna contém os números sobre os quais</p><p>itens do holerite são baseados. Se você entrou em um emprego no dia 10 de</p><p>um mês e o recebimento acontece no dia 30, por exemplo, seu salário será</p><p>calculado com base na quantidade de dias trabalhados – neste caso, 20.</p><p> Vencimentos coluna que mostra o dinheiro que entra na remuneração. Aqui</p><p>aparecem, por exemplo, o salário base, horas extras, gratificações etc.</p><p> Descontos coluna destinada a valores que saem da remuneração, como</p><p>impostos e benefícios dedutíveis.</p><p>Linhas do corpo do holerite</p><p> Salário Base é o salário bruto (sem nenhum desconto), sobre o qual são</p><p>calculados os impostos. A não ser em casos de deduções por dias não</p><p>trabalhados, o valor que aparece nesta linha deve ser o combinado em</p><p>contrato.</p><p> Adiantamento algumas empresas remuneram seus funcionários mais de</p><p>uma vez ao mês. Se você recebe de 15 em 15 dias, a primeira parte do</p><p>salário entrará como adiantamento na parte de descontos.</p><p> Horas extras as horas extras são aquelas trabalhadas além da jornada</p><p>combinada e só vão para o holerite se o contrato de trabalho determinar que</p><p>elas sejam pagas – algumas empresas convertem em banco de horas e</p><p>remuneram o trabalhador com tempo de folga. A hora extra comum (cumprida</p><p>em dias de semana ou sábados) tem um acréscimo de 50% a mais da hora</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>4</p><p>comum; a hora extra realizada em domingos ou feriados vale o dobro da hora</p><p>comum.</p><p>Para uma jornada de 44 horas semanais, a base de cálculo é de 220 horas no</p><p>mês. Se a jornada for de 40 horas, a base será de 200 horas.</p><p>Cálculo da hora extra com acréscimo de 50%</p><p>Para calcular a hora extra trabalhada durante a semana ou aos sábados, multiplica-</p><p>se o valor do salário-hora por 1,5. No caso do trabalhador que tem um salário-hora</p><p>de R$ 8,95, fica assim:</p><p>Hora extra com 50% = R$ 8,95 x 1,5 = R$ 13,42</p><p>Para saber o acréscimo total no salário, basta multiplicar esse valor pelo</p><p>número de horas extras feitas no mês. Se o funcionário trabalhou 8 horas extras em</p><p>dias da semana, o cálculo fica:</p><p>Acréscimo no salário = 8 x R$ 13,42 = R$ 107,36</p><p>Cálculo da hora extra com acréscimo de 100%</p><p>Para calcular a hora extra trabalhada de domingo ou feriado, é preciso</p><p>multiplicar o valor do salário-hora por 2. No caso do trabalhador acima, o cálculo da</p><p>hora extra será:</p><p>Hora extra com 100% = R$ 8,95 x 2 = R$ 17,90</p><p>Se ele fez um total de 8 horas extras aos domingos no mês, o acréscimo em</p><p>seu salário deverá ser calculado assim:</p><p>Acréscimo no salário = 8 x R$ 17,90 = R$ 143,20</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>5</p><p>Banco de Horas</p><p>A principal função do banco de horas é oferecer mais flexibilidade para a</p><p>relação de trabalho. Com o banco de horas, tanto a empresa como o funcionário</p><p>podem combinar a melhor maneira de compensar o trabalho realizado a mais ou a</p><p>menos, sem necessariamente envolver o pagamento financeiro.</p><p>Esses minutos, ou horas, entram em um sistema que contabiliza o tempo negativo</p><p>ou positivo do funcionário:</p><p> Horas negativas: funcionam como “dívidas”;</p><p> Horas positivas: funcionam como “créditos”.</p><p>Ao longo do mês esse saldo é calculado e pode acarretar nas seguintes situações:</p><p> Saldo de horas positivo: o colaborador pode compensar com folgas ou</p><p>redução na jornada.</p><p> Saldo de horas negativo: o colaborador terá um prazo para realizar horas</p><p>extras à jornada habitual.</p><p> Banco de horas zerado: ocorre quando o tempo trabalhado no mês é</p><p>exatamente àquele estabelecido no contrato de trabalho</p><p>O que diz a lei sobre banco de horas?</p><p>O artigo 59 da CLT, §2º, diz</p><p>que acréscimo de salário por horas extras pode</p><p>ser dispensado em caso de compensação do excesso de horas de um dia em outro,</p><p>com uma correspondente redução. Veja só:</p><p>“2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou</p><p>convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela</p><p>correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período</p><p>máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja</p><p>ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.”</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>6</p><p>Quais são as limitações legais do banco de horas?</p><p>A primeira delas é observar se há a necessidade de acordo entre a empresa e</p><p>os funcionários. Ele pode ser individual ou coletivo, que exige a presença do</p><p>sindicato.</p><p>Outro ponto a ser lembrado é que o tempo máximo de realização de horas extras</p><p>por dia continua sendo de 2 horas.</p><p>Ou seja, o limite diário da jornada de trabalho é de 10 horas e o limite semanal é de</p><p>44 horas.</p><p>Não existe alteração nessa regra, independente da forma como esse aumento da</p><p>jornada será pago (se na remuneração ou com redução de jornada).</p><p>As únicas exceções para a regra de jornada diária já estão previstas na CLT. Trata-</p><p>se dos regimes especiais, como é o caso do 12×36, e dos inadiáveis (artigo 61 da</p><p>CLT). Sobre o primeiro, o funcionário trabalha 12 horas ininterruptas e tem direito a</p><p>36 horas de descanso, também sem interrupções. Com relação ao segundo, veja o</p><p>que diz o artigo:</p><p>“Art 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite</p><p>legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à</p><p>realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo</p><p>manifesto.</p><p>§ 1º. O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo</p><p>ou convenção coletiva e deverá ser comunicado dentro de dez dias, à autoridade</p><p>competente em matéria de trabalho, ou antes desse prazo, justificado no momento da</p><p>fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.</p><p>§ 2º. Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora</p><p>excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previsto neste</p><p>artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora</p><p>normal, e o trabalho não poderá exceder de doze horas, desde que a lei não fixe</p><p>expressamente outro limite.”</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>7</p><p>Com a Reforma Trabalhista, o regime de banco de horas tornou-se mais</p><p>flexível e aberto a mais possibilidades, trazendo mais autonomia para negociação</p><p>entre empregador e empregado.</p><p>Antes da reforma, o banco de horas só poderia ser adotado se tivesse previsto em</p><p>convenção coletiva, portanto, era imprescindível a participação do sindicato da</p><p>categoria na implementação do banco de horas.</p><p>Após a reforma, surgiu a possibilidade do banco de horas ser adotado por meio de</p><p>um acordo individual, porém, a sua validade cai para 6 meses.</p><p>Além disso, a nova lei também trouxe a possibilidade do banco de horas mensal,</p><p>nesse caso, ele pode ser feito por acordo tácito ou escrito, entre empregador e</p><p>empregado, porém, as horas acumuladas no mês devem ser compensadas no</p><p>mesmo mês.</p><p>Veja o que diz o trecho:</p><p>“§ 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por</p><p>acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de</p><p>seis meses;</p><p>§ 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual,</p><p>tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.”</p><p>De acordo com a implementação desses dois parágrafos após a reforma trabalhista,</p><p>o banco de horas também pode funcionar da seguinte forma:</p><p> O banco de horas pode ser feito em acordo individual e precisa ser</p><p>compensado em até no máximo 6 meses.</p><p> Em casos de acordos individuais, o colaborador e o empregador podem</p><p>combinar que as horas extras serão compensadas no mesmo mês.</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>8</p><p>O que fazer com o banco de horas quando o funcionário é desligado da</p><p>empresa?</p><p>No caso de rescisão de contrato com saldo positivo de banco de horas, a</p><p>empresa deverá remunerar o funcionário com o adicional de horas extras de, no</p><p>mínimo, 50% ou seguindo o que estiver previsto em acordo ou convenção coletiva.</p><p>No caso de horas negativas, caso o banco de horas permita a inclusão dessa</p><p>modalidade, também deve ser seguido o que foi determinado pelo sindicado.</p><p>O TST já estabeleceu a possibilidade de o empregador deduzir os valores</p><p>correspondentes ao saldo negativo do empregado no banco de horas. Contudo, a</p><p>situação é analisada caso a caso.</p><p> Benefícios - Algumas empresas não descontam os benefícios oferecidos da</p><p>folha de pagamentos. Para as que descontam, podem entrar itens como vale</p><p>alimentação/refeição, plano de saúde, previdência privada, plano de</p><p>academia etc.</p><p>Com a exceção do vale transporte, cujo teto de desconto é 6% sobre o</p><p>salário, não há padronização sobre os valores cobrados.</p><p>Outros adicionais - Podem aparecer, ainda, na parte de vencimentos uma</p><p>série de adicionais:</p><p> Gratificação: É um campo específico para alguns trabalhadores. Trata-se de</p><p>um adicional pago pelo empregador, normalmente para funcionários que</p><p>ocupam os cargos de confiança e/ou alta responsabilidade;</p><p> Adicional Noturno: O adicional noturno consiste em um acréscimo de 20%</p><p>sobre a hora trabalhada.</p><p>Para calculá-lo, é necessário saber o valor que você ganha por hora. Por</p><p>exemplo, se você ganha um salário mensal de R$ 2000,00 por uma jornada de</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>9</p><p>trabalho de 160 horas mensais, o valor da sua hora trabalhada é de R$ 12,50. Veja</p><p>em mais detalhes:</p><p>Salário-base contratual: R$ 2000,00</p><p>Carga horária mensal: 160 horas</p><p>Valor da hora: 2000/160 = 12,50</p><p>Com isso, é possível calcular o adicional noturno tomando como base o valor da</p><p>hora trabalhada de R$ 12,50 e acrescentando 20%. Como exemplo, vamos supor</p><p>que o período de trabalho noturno é de 40 horas:</p><p>20% sobre o valor da hora de trabalho: 12,5 x 0,2 = 2,50</p><p>Horas noturnas trabalhadas: 40</p><p>Valor do adicional noturno: 40 x 2,5 = 100</p><p>Assim, você deve receber R$ 100,00 mensais de adicional noturno a mais em seu</p><p>salário.</p><p>O salário final será:</p><p>R$ 2000,00 + R$ 100,00 = R$ 2100,00</p><p> Comissões e bônus: são adicionais que variam de acordo com a empresa e</p><p>o motivo;</p><p> DSR: DSR é a sigla para Descanso Semanal Remunerado, também</p><p>conhecido como Repouso Semanal Remunerado, um direito de todo</p><p>trabalhador contratado em regime CLT.</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>10</p><p>Esse descanso é um direito do trabalhador para que ele possa descansar, ter um</p><p>período de socialização com família, amigos ou qualquer outra atividade que não</p><p>esteja relacionada ao trabalho.</p><p>Esse período de descanso faz parte da preservação da saúde e segurança do</p><p>trabalhador, para que ele volte ao trabalho após recuperar suas energias, tendo</p><p>qualidade de vida e bem-estar.</p><p>Como o nome diz, é um descanso semanal remunerado. Ou seja, dentro do cálculo</p><p>do salário do funcionário, também é considerado o valor dos dias do DSR.</p><p>A regra geral é que, após seis dias consecutivos de trabalho, o empregado adquire o</p><p>direito de usufruir de seu descanso semanal remunerado pelo prazo mínimo de 24</p><p>horas, sem qualquer prejuízo ao salário ou remuneração.</p><p>Vale destacar que a regra diz que o DSR deve ser concedido após o período</p><p>máximo de seis dias trabalhados em sequência.</p><p>Contudo, a empresa tem a possibilidade de conceder o DSR antes dos seis dias</p><p>consecutivos, como é no caso dos trabalhadores que cumprem jornada de segunda</p><p>a sexta-feira e folgam sábados e domingos, na famosa escala 5×2..</p><p>O que não pode ocorrer é a empresa não respeitar os seis dias consecutivos de</p><p>trabalho e ceder apenas o DSR após sete dias ou mais dias de trabalhos corridos.</p><p>De modo geral, todo trabalhador em regime CLT tem direito ao DSR, com, no</p><p>mínimo, um dia de folga na semana, com descanso de 24 horas corridas.</p><p>No entanto, algumas situações podem fazer com que o funcionário tenha o desconto</p><p>do DSR no holerite.</p><p>Para que o trabalhador tenha pleno direito ao DSR, é importante que ele cumpra o</p><p>requisito de assiduidade. Ou seja, ele precisa ter frequência e pontualidade, não</p><p>apresentando faltas sem justificativas ou atrasos durante sua jornada de trabalho na</p><p>semana que antecede o descanso semanal remunerado.</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>11</p><p>Sobre os atrasos, vale destacar que não são considerados como motivo de desconto</p><p>do DSR os atrasos que, legalmente, respeitam um tempo mínimo de tolerância</p><p>O artigo 58 da CLT estabelece que não são computados os atrasos de 5 minutos ou</p><p>as variações de 10 minutos diários na jornada.</p><p>Também é importante ressaltar que o funcionário que não atende aos requisitos de</p><p>assiduidade perde o direito à remuneração do DSR, mas não perde o dia de</p><p>descanso.</p><p>Por exemplo, o trabalhador que faltou ao longo da semana sem justificativa, perderá</p><p>o valor equivalente ao dia de trabalho e ao DSR, mas não terá de trabalhar no dia de</p><p>folga para compensar, ok?</p><p>Como fazer o cálculo do DSR?</p><p>O cálculo do DSR considera a jornada de trabalho, a remuneração e a</p><p>quantidade de dias trabalhados e de descanso. Por isso, a conta pode variar a cada</p><p>folha de pagamento.</p><p>O DSR já está presente no salário do funcionário mensalista. Nesses casos, o</p><p>cálculo é mais simples.</p><p>Multiplique o salário pelo número total de descansos no mês, depois divida pelo</p><p>número de dias úteis.</p><p>Considere este exemplo:</p><p>22 dias úteis no mês;</p><p>4 dias de descanso semanal remunerado;</p><p>Salário mensal de R$ 3.000,00.</p><p>Use a fórmula:</p><p>DSR = (salário x número total de DSR do mês) / número de dias úteis do mês</p><p>Professor Eduardo Arcoverde</p><p>✉arcoverde.daltro@gmail.com</p><p>✆ 9 8067-3797</p><p>RELAÇÕES DE TRABALHO</p><p>12</p><p>Nesse exemplo, o DSR é de R$ 545,45.</p><p> Contribuição sindical - Valor equivalente a um dia de trabalho, cobrado</p><p>apenas uma vez ao ano e repassado ao sindicato de cada categoria. Desde</p><p>2018 não é mais obrigatório.</p><p>Linhas do rodapé do holerite</p><p> Base IRRF - É a base salarial usada para o desconto do IRRF e equivale à</p><p>soma dos vencimentos (ou seja, o salário base e mais todos os adicionais)</p><p>menos a contribuição para o INSS.</p><p> Base INSS - Esta outra base é usada para o desconto do IRRF e equivale à</p><p>soma dos vencimentos. Também pode aparecer como salário de contribuição.</p><p> Base FGTS - Por fim, é a base salarial para o cálculo do que será recolhido</p><p>pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Assim como a base do</p><p>INSS, é a somatória dos vencimentos.</p><p> Totais - Nesta linha está o salário líquido, ou seja, aquele que efetivamente</p><p>cai na sua conta. Após entender todos os itens do holerite, fica fácil deduzi-lo:</p><p>(soma dos vencimentos) – (soma dos descontos) = salário líquido</p><p>Bibliografia:</p><p>https://www.fgvdireitorio.com.br</p><p>https://www.pontotel.com.br/relacao-de-trabalho/</p><p>https://tangerino.com.br/blog/lei-do-estagio-direitos-e-responsabilidades-do-</p><p>estagiario/</p><p>https://www.sebrae-sc.com.br/blog/trabalhador-autonomo-avulso-e-</p><p>temporario#:~:text=J%C3%A1%20o%20trabalhador%20avulso%20%C3%A9,categor</p><p>ia%20ou%20ramo%20de%20atividade.</p><p>https://www.pontotel.com.br/relacao-de-trabalho/</p><p>https://tangerino.com.br/blog/lei-do-estagio-direitos-e-responsabilidades-do-estagiario/</p><p>https://tangerino.com.br/blog/lei-do-estagio-direitos-e-responsabilidades-do-estagiario/</p>