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<p>A enfermagem na Argentina começou com a fundação da Escola de Enfermagem do Hospital</p><p>Británico de Buenos Aires, em 1885/86 mas os documentos só foram oficializados em 1889, por</p><p>Cecilia Grierson. As aulas abordavam temas como primeiros socorros, acolhimento de crianças e</p><p>tratamento de pacientes. Essa iniciativa levou, em 1891, à criação da Escola de Enfermagem, que</p><p>Grierson dirigiu até 1913.</p><p>No final do século XIX, mais precisamente em 1886, a cidade de Buenos Aires, na Argentina, foi</p><p>assolada pela segunda epidemia de cólera do século, o que levou o Serviço de Assistência Pública a</p><p>solicitar a colaboração de todos os estudantes de medicina. Foram improvisados locais para</p><p>atendimento e abrigo para os enfermos, sendo um deles a Casa de Isolamento (atual Hospital</p><p>Muñiz), onde atuou a estudante de medicina Cecilia Grierson.</p><p>Ao vivenciar essa experiência, ela viu confirmadas suas expectativas quanto à necessidade de criar</p><p>uma escola de enfermagem para formar profissionais para assumir o cuidado imediato e contínuo</p><p>dos enfermos.</p><p>Currículo da escola modelo referência na formação do enfermeiro na Argentina O currículo da</p><p>escola modelo referência na formação do enfermeiro na Argentina surgiu em pleno auge da</p><p>secularização do Estado e da adoção do higienismo por aquele país. A partir do século XIX, houve</p><p>progressivo declínio do poder das instituições religiosas tradicionais, quando a religião perdeu parte</p><p>da influência que exercia sobre as variadas esferas da vida social, uma vez que o desenvolvimento</p><p>da ciência, da técnica e do racionalismo prestava melhores explicações sobre as diversas</p><p>circunstâncias da vida do que a religião. No ano de 1880, culminou o processo pelo qual o Estado se</p><p>apropriou do manejo de uma série de atividades que estavam sob o controle da Igreja e de outras</p><p>instituições privadas; dentre essas estavam as de educação e de saúde. A iniciativa pioneira de</p><p>instituir o ensino formal para enfermeiras surgiu como resultado de uma situação social que</p><p>demandou, como se viu, ações em prol da saúde direcionadas pelas autoridades; contudo, dentre</p><p>estas, não esteve a instituição de uma escola para o preparo de profissionais de enfermagem para</p><p>atuar no cenário sanitário em que o país vivia à época.</p><p>Chama a atenção o fato de que, apesar do currículo da Argentina ter sido criado e instituído por uma</p><p>médica, suas propostas iniciais, que foram iniciadas em um momento no qual, como visto</p><p>anteriormente, a sua criadora ainda não havia tido acesso ao modelo nightingaleano, se aproximava,</p><p>quase na sua totalidade, dos quesitos instituídos pelo que se denominou como o modelo da</p><p>enfermagem moderna. Tal fato pode estar relacionado à formação como professora de Grierson, 146</p><p>146 que se deu nos modelos norte americanos e que requeria quesitos muito semelhantes aos</p><p>instituídos no modelo nightingaleano, além do perfil pessoal, que parece ter sido o de inovadora.</p><p>Na figura é possível encontrar as características do modelo nightingaleano.</p><p>é possível observar a correlação feita por Grierson das ações de enfermagem com o que ela</p><p>denominou “economia doméstica”. Ficou evidente a preocupação em preparar o profissional tanto</p><p>nos aspectos que envolviam a assistência à saúde como para as questões da “casa” propriamente</p><p>dita, com a clara finalidade de promover a adequação dos lares, tornando-os higiênicos. Nesse</p><p>sentido, o currículo abordava as questões relativas à ventilação, iluminação, calefação, limpeza da</p><p>casa, das roupas e pessoal, adequação dos móveis e a distribuição da alimentação saudável, bem</p><p>como das questões relativas à cultura e cortesia que, segundo ela, deveria ser cultivada dentro e fora</p><p>de casa. Esses aspectos vão ao encontro do projeto nacional à época, de criar uma nação culta,</p><p>produtiva e livre de doenças. Outro aspecto que chama a atenção no currículo é o fato de aparecer,</p><p>no Programa de Formação do Enfermeiro, como um dos itens a ser discutido, a 147 147</p><p>organização e a utilidade das escolas de enfermeiras, o que pode indicar preocupação em preparar</p><p>profissionais para a continuidade do trabalho de formação iniciado. Além disso, destaca-se a</p><p>preocupação de Grierson em ter candidatas que apresentassem conduta moral integra, fato</p><p>destacado no programa em vários itens, o que possibilita inferir que, nesses aspectos, a proposta</p><p>curricular da Argentina parece ir ao encontro do modelo nightingaleano.</p><p>https://core.ac.uk/download/pdf/160027595.pdf</p>

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