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<p>ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAC RIO GRANDE DO SUL</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>ESTUDANTE: Karina de Araújo Dias Lopes</p><p>COMPONENTE: ACP-1</p><p>PROFESSOR:</p><p>ATIVIDADE Nº: 01</p><p>POLO: Senac Cora Coralina – Goiânia/GO</p><p>LOCAL E DATA: Goiânia, 24 de junho de 2022.</p><p>Atividade avaliativa 1</p><p>Resenha da vídeo-aula 1: O papel da Qualidade e sua importância estratégica nas organizações</p><p>A proposta de hoje é realizar uma resenha referente ao vídeo (videoaula 01), do componente de Atividades Complementares Presenciais 01, do curso Técnico em Qualidade. Algumas pessoas acabam se inscrevendo em um curso técnico sem ter uma real noção do mercado de trabalho para aquele curso, pensando apenas na “facilidade” de um curso de menor duração. O vídeo assistido traz informações sobre o mercado de trabalho, o perfil profissional, a atuação e as atividades de um técnico em qualidade para diversos segmentos, além de trazer informações sobre o papel da qualidade e sua importância estratégica para as organizações e cases de sucesso onde o sistema de qualidade foi implementado. Essas informações são importantes, para nortear e mostrar aos alunos o que eles podem esperar, mostrando as possíveis áreas de atuação e expectativas para o mercado de trabalho. O que é muito válido, principalmente no início do curso.</p><p>O vídeo se passa de maneira bem didática, buscando a aproximação do público que está assistindo com o contexto em que são apresentados os conceitos propostos. O vídeo é apresentado pela tutora Rita Basílio, um personagem fictício, criado como sendo um funcionário de uma rede hoteleira que iniciou o curso de técnico em qualidade e ainda está um pouco perdido sobre o que esperar do curso e o narrador, que acrescenta informações e faz essa “ponte” de aproximação, entre a pessoa que está assistindo o vídeo e o assunto abordado.</p><p>Nos primeiros dez minutos de vídeos já fomos apresentados à contextualização do curso com o mercado de trabalho, ao perfil profissional esperado para um técnico em qualidade, às áreas de atuação no mercado de trabalho e à informação de que existe possibilidade de atuação em diversos segmentos. Mas acho melhor, para melhorar a compreensão, invertermos a ordem de apresentação dos temas, trazendo primeiro os conceitos de qualidade, seu histórico ao longo do tempo, para depois falarmos sobre a atuação e possíveis mercados de trabalho para um técnico em qualidade, e a metodologia utilizada para acompanhamento e verificação dos processos.</p><p>O conceito de qualidade data de muito tempo atrás, mas o conceito cria força a partir da revolução industrial, onde começam a ser produzidos materiais/produtos em massa, e no período pós-guerra mundial, onde o mundo vê o Japão como referência em sua rápida reconstrução e recolocação no mercado mundial, destacando a disciplina e cultura local.</p><p>Então, com o surgimento da produção em massa, temos um período em que a qualidade estava associada à inspeção da produção, seguindo um padrão (medidas, cores) sem critérios estatísticos e de forma aleatória e desestruturada. Depois surge a fase de controle estatístico, onde foi determinado que algumas variações não impactavam na funcionalidade do produto final, e foram definidos parâmetros onde seriam permitidas essas variações. Com o conceito dos custos da qualidade, surge a ideia de que o custo de prevenção e avaliação de defeitos aliados às atividades do projeto e seleção de fornecedores e treinamentos para os funcionários, é a melhor forma para manutenção da qualidade dos produtos. E, por fim, chegamos a era da gestão da qualidade, onde a forma de atingir as expectativas do mercado, conquistando e mantendo o mercado, é com o foco no cliente e nas suas necessidades.</p><p>Algumas figuras se destacam ao longo dos anos, trazendo conceitos e metodologias, que reforçam as eras vividas. O primeiro a ganhar destaque foi Deming, que surge com o conceito de que a gerência também deve ser envolvida nos processos da qualidade. Juran surge com o conceito de que o planejamento, o controle e a melhoria são fundamentais para a manutenção da qualidade, com a definição de metas, capacitação dos funcionários, realização de medições necessárias para atender parâmetros, além de garantir a estrutura necessária e desenvolvimento de metodologias. Ishikawa vem logo após, com o conceito dos ciclos da qualidade, em que fala que a qualidade total implica na participação de todos e que o trabalho deve ser feito em conjunto, não de maneira individual. Depois temos Crosby, que diz que devemos fazer “bem feito” na primeira vez, a fim de evitar custos de retrabalho, tendo como ênfase a prevenção de erros, não a inspeção e correção. E, por fim, Feigenbaum, reforça a era da gestão da qualidade, trazendo como principal conceito o fato de a qualidade ser a soma dos esforços de toda a empresa, buscando atingir a satisfação das necessidades dos clientes, ou seja, precisa haver integração entre todos os departamentos.</p><p>Conhecer o histórico da qualidade e os pensadores que contribuíram em seus conceitos é importante para entender o que a organização/empresa espera quando falamos em manutenção da qualidade e atingimento de metas. Sabemos que o conceito de qualidade é abstrato, pois ele deve ser avaliado levando em consideração um objeto específico, e os aspectos avaliados no objeto podem ser técnicos ou subjetivos. Por exemplo, é impossível comparar uma casa e um celular, como também é impossível comparar uma caneta e um carro, e os aspectos avaliados nesses objetos são totalmente diferentes: em um carro, por exemplo, a avaliação pode ser feita em relação a conforto e isso varia de pessoa para pessoa (uma pessoa mais alta, avalia itens diferentes de uma pessoa mais baixa, a referência também muda quando se trata em uma pessoa com 3 filhos e uma pessoa que vai andar majoritariamente sozinha no veículo), em relação ao consumo de combustível, em relação ao custo de manutenção do veículo, etc.; enquanto, ao avaliar uma caneta, normalmente a avaliação pode ser feita em relação à cor, pois para a participação em um concurso, por exemplo, a caneta deve ser azul ou preta, com material transparente, enquanto estudantes buscam cores diferentes para destaque de textos, títulos, etc. Então, o que vai determinar a qualidade de um determinado objeto/produto é o que o cliente gerou de expectativa em relação aquele objeto, seu custo, aliado à necessidade.</p><p>Empresas podem fornecer, além de produtos, serviços. E o conceito de padrão/qualidade é aplicável em todos esses aspectos, por exemplo, na compra de um carro, além de todos os aspectos que podem ser avaliados em relação ao próprio carro (produto), citados anteriormente, você espera um excelente atendimento (serviço) na hora da compra ou na hora de levar o carro para manutenção. Quando uma empresa ou organização pensa em atingir a expectativa do cliente, ela busca a manutenção de um padrão, padrão este que busca garantir que o cliente saia satisfeito, e recomendando aquela empresa, seu produto ou serviço, para outras pessoas, usando sua qualidade como referência.</p><p>Tendo agora, os conceitos e definições sobre o que seria a qualidade, vamos falar sobre a atuação de um técnico em qualidade na empresa/organização de trabalho. Primeiramente, vimos através dos exemplos, que podemos esperar qualidade de qualquer produto e/ou serviço, portanto, a área de atuação da qualidade é extremamente diversificada. O profissional pode atuar desde fábricas, lojas de comércio, hospitais, hotéis ou qualquer empresa/organização que forneça qualquer tipo de produto e/ou serviço. Pois, no que se refere a atingir a expectativa do cliente, qualquer empresa que possua clientes, tem como buscar formas e métodos para ganhar espaço no mercado de trabalho. Tanto que vimos no vídeo, como casos de sucesso na implantação de ferramentas da qualidade, uma empresa de desenvolvimento de software, uma fábrica de móveis e uma prestadora de serviços de usinagem, ou seja, empresas de segmentos totalmente</p><p>diferentes, buscando uma padronização em seus processos, buscando a redução de custos, otimização dos processos, aumento de produtividade e motivação dos funcionários, etc. Ou seja, uma diversidade de atividades que podem ser desenvolvidas e implementadas por um técnico da qualidade. E que trazem resultados satisfatórios, realmente atingindo seus objetivos com as implementações propostas.</p><p>O técnico da qualidade vai estar apto a realizar auditorias internas e externas sobre o produto ou prestação de serviço realizado pela empresa, vai poder atuar inspecionando e avaliando o atingimento de requisitos (normativos e da empresa) exigidos, seja por realização de pesquisas de satisfação ou elaboração de relatórios através dos dados obtidos nas auditorias. O técnico pode atuar realizando treinamentos para capacitação dos funcionários, participando de reuniões para alinhamentos das metas e implementações de métodos e ferramentas da qualidade. Pode atuar com a criação dos padrões organizacionais, acompanhamento dos processos de melhoria, dentre diversas outras funções relacionadas à qualidade.</p><p>Ou seja, além de vermos a infinidade de possibilidades para a área de atuação, começamos a falar sobre o papel da qualidade e a sua importância estratégia. Pois, quando falamos em criação de padrões, acompanhamento de resultados, treinamentos e capacitação dos funcionários, falamos em maneiras de a empresa garantir a qualidade de seu produto/serviço, além de aumentar sua competitividade no mercado de trabalho, pois falamos em redução de custos, menos desperdício, maior produtividade e eficiência, aumentando a lucratividade da organização. Tudo isso, alinhado à ideia inicial de que a qualidade envolve todos os níveis da organização, pois vai desde o treinamento dos funcionários que estão na “linha de frente” ou na produção, como o alinhamento de metas e definição de estratégias, em níveis gerenciais, para garantir a implementação e disciplina na realização das ações.</p><p>Falado tudo isso, vemos que o profissional técnico em qualidade precisa ter um perfil dinâmico, mostrando proatividade, flexibilidade, facilidade na adaptação e motivação para as mudanças, além de possuir uma clara comunicação, com perfil de liderança e facilidade de relacionamentos interpessoais, pois além de si, precisa conseguir envolver toda a empresa no processo de gestão da qualidade. Então, a colaboração com todos os membros da empresa e uma organização clara dos objetivos e métodos aplicados, é fundamental para a manutenção da qualidade.</p><p>Vimos também, no vídeo, uma explicação sobre a utilização do ciclo PDCA, desenvolvido inicialmente por Shewhart, que é uma das ferramentas que podemos utilizar para a gestão da qualidade, onde teremos etapas específicas para o planejamento (P), a execução (D), a checagem (C) e a ação em função dos resultados (A). O ciclo do PDCA trás a busca pela melhoria contínua, reforçando a importância do planejamento na execução, além de métodos de checagem e verificações, estratégias para executar as ações e implementações das medidas propostas, além da padronização dos resultados obtidos. Fazendo sempre o ciclo girar, buscando a excelência e garantindo os meios para avaliação.</p><p>O vídeo foi muito proveitoso, apesar de longo, pois realmente norteia um estudante que talvez não tenha pesquisado antes de fazer sua inscrição no curso técnico em qualidade, e, assim como o “funcionário” da rede hoteleira, está perdido nas alternativas que o curso gera no mercado profissional. Eu já atuei no setor de melhoria contínua em uma multinacional, portanto já conhecia a ferramenta do PDCA, além de outras ferramentas que acredito que ainda vamos estudar como análise de SWOT, GSTD, aplicação do diagrama de Ishikawa, 5W1H – que quando estudei já era 6W1H, etc. Vejo o mercado para técnico em qualidade como sendo um mercado bem diversificado, que pode englobar profissionais de diversas áreas de atuação, além de ser uma tendência de mercado global, como a busca por excelência e melhoria contínua. Estou bastante animada com o curso e no que ele pode proporcionar profissionalmente e pessoalmente.</p><p>image1.png</p>