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<p>1</p><p>Tribunal do Júri</p><p>Profª. Glioche</p><p>O Júri na CRFB/1988</p><p> Previsão legal: artigo 5º, XXXVIII da CF, inserido no capítulo</p><p>dos direitos e garantias individuais.</p><p> Finalidade: ampliar o direito de defesa dos réus, autores</p><p>de crimes dolosos contra a vida e permitir que, no lugar do</p><p>juiz togado, sejam eles julgados por seus pares.</p><p> Cláusula pétrea: como direito e garantia individual, não</p><p>pode ser suprimido sequer por emenda constitucional.</p><p>Princípios básicos</p><p> Plenitude de defesa: pleno exercício do direito</p><p>de defesa técnica (por profissional habilitado)</p><p>e defesa pessoal;</p><p> Sigilo das votações: princípio informador</p><p>específico, não se aplicando a regra da</p><p>publicidade das decisões do Poder Judiciário;</p><p> Soberania dos veredictos: caráter relativo, pois</p><p>no caso das apelações das decisões do Júri</p><p>pelo mérito, o Tribunal pode anular o</p><p>julgamento e determinar a realização de um</p><p>novo.</p><p> Competência mínima para julgar os crimes</p><p>dolosos contra a vida: pode ser ampliado.</p><p>2</p><p>Crimes da</p><p>competência do Juri</p><p>Homicídio doloso - Artigo 121;</p><p>• Simples – Artigo 121 caput ;</p><p>• Privilegiado – Artigo 121 § 1º ;</p><p>• Qualificado – Artigo 121 § 2º ;</p><p> Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio -</p><p>Artigo 122;</p><p>Infanticídio - Artigo 123;</p><p>Aborto, nas formas tentadas ou consumadas</p><p>Organização do Júri</p><p> Órgão colegiado heterogêneo e temporário: 1 juiz togado</p><p>(Juiz-presidente) e 25 cidadãos sorteados(Jurados) dentre</p><p>os alistados, 7 dos quais serão escolhidos por sorteio para</p><p>compor o conselho de sentença;</p><p> Lista de jurados: a cada ano o Juiz-Presidente organiza a</p><p>lista de jurados, sendo os nomes destes colocados em</p><p>cartões, guardados na urna geral, realizando-se sorteio a</p><p>cada sessão;</p><p> Convocação do Júri: é feita por edital, depois do sorteio</p><p>dos 25 jurados que tiverem que servir na sessão;</p><p> Jurado: brasileiro nato ou naturalizado, maior de 18 anos,</p><p>de notória idoneidade, alfabetizado e no gozo dos direitos</p><p>políticos;</p><p> Serviço obrigatório, de modo que a recusa configura</p><p>crime de desobediência.</p><p>Organização do Júri – Os</p><p>Jurados</p><p>A palavra “jurado” vem do juramento que os cidadãos faziam ao serem</p><p>investidos na função de julgar em um conselho de sentença. Nos</p><p>termos legais, é a pessoa não magistrada, investida, na função de</p><p>julgar no órgão coletivo que é o Tribunal do Júri. Para ser jurado é</p><p>necessário ser “cidadão”, ou seja, estar no gozo dos seus direitos</p><p>políticos. Não pode ser portanto estrangeiro, mas é permitida a função</p><p>ao brasileiro naturalizado. Nenhuma qualificação profissional é exigida</p><p>para a função de jurado, que é obrigatória por imposição</p><p>constitucional. Os jurados representam a sociedade da qual fazem</p><p>parte. Quando investidos da função, decidem em nome dos demais. É</p><p>portanto, o júri, expressão eminentemente democrática, intérprete da</p><p>vontade do povo, competindo aos que o integram agir de forma</p><p>independente e magnânima. Por isto, conta com a votação secreta e</p><p>seu veredicto é soberano.</p><p>3</p><p>Organização do Júri -</p><p>Do alistamento ao conselho</p><p>de sentença</p><p>Presentes ao menos 15 dos 25 jurados, 7 serão sorteados para o</p><p>Conselho de Sentença</p><p>Sorteio dos 25 jurados para servir na sessão de julgamento</p><p>(entre o 15º e o 10º dia útil anterior à sessão)</p><p>Publicação da lista geral até 10/10 de cada ano</p><p>Alistamento de 800 a 1.500 jurados (comarcas de + um milhão</p><p>de habitantes)</p><p>Organização do Júri</p><p> Escusa de consciência: recusa em servir no Júri</p><p>motivada por convicção religiosa, filosófica ou</p><p>política. Tem como conseqüência a perda dos</p><p>direitos políticos (art. 15, IV), sendo que tal perda</p><p>dependeria da recusa em se subtemer a</p><p>prestação alternativa prevista em lei (ainda não</p><p>existe);</p><p> Isentos do júri: maiores de 70 anos; autoridades;</p><p>polícia; militares da ativa; magistrados e membros</p><p>do Ministério Público e Defensoria, assim como seus</p><p>servidores e os servidores do Judiciário; prefeitos;</p><p>governadores; presidente e ministros de Estado;</p><p>membros do Legislativo; etc.</p><p> Privilégios: presunção de idoneidade, prisão</p><p>especial por crime comum e preferência, em</p><p>igualdade de condições, em concorrências</p><p>públicas;</p><p>Soberania dos Veredictos</p><p>Não exclui a recorribilidade de suas decisões, limitando-se,</p><p>contudo, a esfera recursal ao juízo rescindente (judicium</p><p>rescindem), ou seja, à anulação da decisão pelo mérito e a</p><p>conseqüente devolução para novo julgamento. Em</p><p>obediência ao princípio da verdade e plenitude de defesa,</p><p>admite-se alteração do meritum causae, em virtude de revisão</p><p>criminal.</p><p>4</p><p>Rito escalonado do Júri</p><p>O rito processual para os processos da competência do Júri</p><p>é escalonado/bifásico.</p><p> Primeira fase: se inicia com o oferecimento da denúncia e</p><p>se encerra com a sentença de pronúncia (jus</p><p>accusationis). A instrução criminal é similar ao</p><p>procedimento ordinário.</p><p> Segunda fase: tem início com a preclusão da pronúncia e</p><p>termina com o julgamento pelo Tribunal do Júri (judicium</p><p>causae).</p><p>Judicium Accusationis</p><p> DENÚNCIA – endereçamento, fatos (quando, onde,</p><p>quem, o que, como, porquê), capitulação, provas</p><p>(testemunhal – até 8, diligências, etc.) – art.41 CPP</p><p> RECEBIMENTO da denúncia e citação do acusado</p><p>para responder à acusação – art.406 CPP</p><p> RESPOSTA à acusação (preliminares – nulidades</p><p>relativas até então existentes, testemunhas – até 8,</p><p>diligências, etc.) – apesar de se poder argüir nulidades</p><p>no prazo das alegações finais (vide art. 571, I CPP)</p><p> RÉPLICA da acusação sobre preliminares e</p><p>documentos – art.409 CPP</p><p>•OBS: DD sobre aplicação do art.397 CPP</p><p>Judicium Accusationis</p><p> Designação de AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E</p><p>JULGAMENTO</p><p> INSTRUÇÃO – Oitiva da vítima (ou representante</p><p>legal), testemunhas da acusação, defesa e</p><p>interrogatório do réu (nada se fala sobre precatórias,</p><p>mas pode se aplicar o disposto no procedimento</p><p>comum, ou seja, não suspende a instrução, não</p><p>havendo a considerada inversão da ordem probatória,</p><p>ou tampouco o julgamento admissional caso não</p><p>cumprida no prazo estabelecido)</p><p>• Verificar se não é o caso de ADITAMENTO à</p><p>denúncia (art. 411§3º c/c art.384 CPP)</p><p>5</p><p>Judicium Accusationis</p><p> ALEGAÇÕES finais orais – art.411 § 4º CPP (até 30 min 20 + 10</p><p>minutos para cada/ o assistente terá 10 min, que será acrescido à defesa)</p><p>• Relatório resumido do processo</p><p>• SE FOR O CASO, requerimento preliminar de eventuais documentos</p><p>faltantes (antecedentes, certidões, etc.) e de diligências necessárias à</p><p>apuração dos fatos que porventura não tenham sido juntados aos autos,</p><p>como exame de corpo de delito, necroscópico, outras provas periciais e</p><p>oitiva de testemunhas referidas, convertendo-se o julgamento em</p><p>diligência</p><p>• Argüição de nulidades</p><p>• Requerimento de aplicação de medida de segurança, quando cabível, ou</p><p>de exame médico pericial, se houver dúvida sobre a higidez mental do</p><p>acusado</p><p>• Requerer o afastamento das qualificadoras manifestamente</p><p>improcedentes</p><p>• Requerer a manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida</p><p>restritiva de liberdade anteriormente decretada, conforme o caso, ou</p><p>ainda manifestar-se sobre a necessidade da decretação da prisão</p><p>preventiva ou medidas cautelares</p><p>• Pedir a pronúncia (ou impronúncia) em termos técnicos e necessários,</p><p>indicando a prova do fato, indícios de autoria e demonstrando a intentio</p><p>necandi – se já não estiver evidente – como nos casos de dolo eventual</p><p>em aparente conflito com a culpa consciente</p><p>• Postular pela absolvição sumária ou desclassificação, quando for o caso,</p><p>fazendo então detalhística fático-jurídica</p><p>Judicium Accusationis</p><p>•Instrução e sentença: após a instrução</p><p>criminal, o processo segue para o Juiz</p><p>togado, que irá proferir uma sentença</p><p>de pronúncia, impronúncia,</p><p>desclassificação ou absolvição</p><p>sumária.</p><p>Pronúncia – art.413 CPP</p><p>Pronúncia: decisão processual de conteúdo</p><p>declaratório em que o Juiz entende admissível a</p><p>acusação formulada (total ou parcialmente),</p><p>submetendo o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri,</p><p>em virtude de estar convencido da prova da</p><p>existência do fato (materialidade) e indícios de autoria</p><p>ou participação;</p><p>Qualificadoras só serão excluídas se manifestamente</p><p>improcedentes;</p><p>Interrompe a prescrição (art.117, II CP)</p><p>Se for o caso, decreta a prisão preventiva ou concede a</p><p>liberdade</p><p>Cabe RESE (art.581, IV CPP)</p><p>Natureza jurídica</p><p>Cuidado excesso de linguagem</p><p>6</p><p>Pronúncia – art.413 CPP</p><p> Intimação da pronúncia</p><p>Pessoal ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público</p><p>Por publicação ao defensor constituído</p><p>Por edital ao réu solto não encontrado</p><p> Preclusão da pronúncia, só poderá ser alterada a classificação</p><p>por fato superveniente</p><p>Impronúncia – art. 414 CPP</p><p>• Impronúncia: decisão processual de</p><p>conteúdo terminativo no qual o Juiz</p><p>entende que é inadmissível que a</p><p>acusação seja encaminhada para</p><p>julgamento pelo Júri, em virtude de</p><p>não existir prova da existência do fato</p><p>(materialidade) ou indícios de autoria</p><p>• Cabe apelação – art.416 CPP</p><p>• Vide Despronúncia</p><p>Absolvição Sumária –</p><p>art.415</p><p> Decisão do juiz togado no qual ele absolve o réu</p><p>acusado da prática de um crime contra a vida, em</p><p>razão de estar plenamente provada a inexistência</p><p>do fato; provado não ser o réu autor/partícipe do</p><p>fato; que a conduta imputada ao acusado não</p><p>constitui crime ou demostrada a presença de uma</p><p>causa excludente da ilicitude (legítima defesa,</p><p>estado de necessidade, exercício regular de direito</p><p>ou estrito cumprimento do dever legal) ou da</p><p>culpabilidade (erro de proibição, coação moral</p><p>irresistível, obediência hierárquica, doença mental,</p><p>embriaguez completa por caso fortuito ou força</p><p>maior).</p><p> É medida excepcional, pois subtrai a competência</p><p>constitucional do Júri popular.</p><p> Cabe apelação – art.416 CPP</p><p>7</p><p>Desclassificação – art.419</p><p>CPP</p><p>Ocorre quando o juiz singular se convencer da existência de</p><p>crime não doloso contra a vida e caso não seja competente</p><p>para julgá-lo, remeterá o processo ao juiz que o seja.</p><p>Nesse caso, o juiz não pode mencionar para qual crime está</p><p>desclassificando, pois isto importaria em pré-julgamento da</p><p>decisão do outro órgão jurisdicional competente para julgar o</p><p>novo crime.</p><p>• Vide desclassificação própria e imprópria (art.418 CPP)</p><p>• Cabe RESE – art.581,II CPP</p><p>Judicium Causae</p><p> Com a preclusão da pronúncia, só poderá ser alterada</p><p>a classificação por fato superveniente – aplicação do</p><p>art.422 CPP</p><p>Intimação do MP ou querelante e do defensor:</p><p>• Arrolar testemunhas que irão depor em plenário (até o máximo de 5)</p><p>• Juntar documentos e requerer diligências</p><p>A Lei nº 11.689/2008 suprimiu o Libelo Crime</p><p>Acusatório e a Contrariedade ao Libelo.</p><p>Judicium Causae -</p><p>Desaforamento – 427 a 428CPP</p><p> Deslocamento da competência territorial do</p><p>Júri para a comarca mais próxima</p><p> Cabimento:</p><p>o interesse de ordem pública,</p><p>o dúvida sobre a imparcialidade do Júri</p><p>o ameaça à segurança do réu,</p><p>o excesso de serviço, quando passado 6 meses do trânsito em julgado</p><p>da pronúncia, o julgamento ainda não tiver se realizado.</p><p> Procedimento:</p><p>o Requerimento de quaisquer das partes, inclusive assistente, ou</p><p>representação do juiz</p><p>o Decretação pelo TJ</p><p>o Obrigatória oitiva da Defesa (Súmula 712 STF: “É nula a decisão que</p><p>determina o desaforamento de processo da competência do júri,</p><p>sem audiência da defesa”.</p><p>8</p><p>Instalação da sessão</p><p> No dia do julgamento o juiz-presidente verifica</p><p>se a urna contém as cédulas com os nomes</p><p>dos 25 jurados;</p><p> Caso pelo menos 15 deles estejam presentes, o</p><p>juiz declara aberta a sessão, anunciando o</p><p>processo que será submetido a julgamento e</p><p>determinando ao Oficial de Justiça que</p><p>apregoe as partes (art.463)</p><p> Argüição de nulidades relativas ocorridas após</p><p>a pronúncia (art.571, V CPP)</p><p> Esclarecimentos sobre impedimentos,</p><p>suspeições e incompatibilidades (art.448 e 449)</p><p>Ausência e contumácia</p><p>Ministério Público</p><p>◦ Adiamento para o primeiro dia desimpedido da mesma</p><p>Reunião (art.455)</p><p>Assistente de acusação/ advogado do querelante</p><p>◦ Julgamento será realizado (art.457)</p><p> Defensor</p><p>◦ Adiamento do Júri (art.456)</p><p> Réu</p><p>◦ Se preso: adiamento do Júri (art.457 §2º)</p><p>◦ Se solto: realizado o julgamento</p><p> Testemunhas</p><p>◦ Só se adia o julgamento se requerida a intimação por mandado</p><p>(art.461)</p><p>Formação do Conselho de</p><p>Sentença</p><p>Instalada a sessão, é feito o sorteio de 07 para</p><p>formação do Conselho de Sentença.</p><p> Recusa peremptória: além das recusas justificadas,</p><p>a defesa e a acusação podem recusar, sem</p><p>justificativa, até 03 jurados (art.468);</p><p> Incomunicabilidade: uma vez sorteados os jurados</p><p>não podem se comunicar com os outros, nem</p><p>manifestar sua opinião sobre o processo (466§1º) ;</p><p> Compromisso: os jurados escolhidos prestam</p><p>compromisso de examinar a causa com</p><p>imparcialidade e proferir decisão de acordo com a</p><p>consciência e ditames da justiça (art.472);</p><p>9</p><p>Atos instrutórios em plenário</p><p>•Declaração do ofendido (se possível) e inquirição</p><p>das testemunhas (acusação e defesa)</p><p>o Juiz, Acusação, Assistente de Acusação, Defensor</p><p>(sistema cross-examination)</p><p>o Jurados também poderão inquirir os depoentes (utilização</p><p>do sistema presidencialista</p><p>•esclarecimento dos peritos, reconhecimento de</p><p>pessoas e coisas, leitura de peças (provas colhidas</p><p>por cartas precatórias e as prova cautelares –</p><p>atenção ao art.479)</p><p>• Interrogatório do réu;</p><p>Debates</p><p> Ministério Público/Acusação: O promotor fará a</p><p>acusação, nos limites da pronúncia, dentro do</p><p>prazo de até 1:30 horas, podendo dividir o tempo</p><p>caso exista Assistente da Acusação (+1h se houver</p><p>mais de um réu);</p><p> Defesa: finda a acusação, a defesa se manifesta</p><p>por até 1:30 horas (+1h se houver mais de um réu);</p><p> Réplica: A acusação pode falar por mais 1 hora;</p><p> Tréplica:A defesa pode falar por mais 1 hora, sendo</p><p>vedado inovar tese defensiva. (o tempo destinado a</p><p>réplica e tréplica é dobrado se houver mais de um réu)</p><p>• Proibido:</p><p>• ◦ Referências à decisão de pronúncia, à determinação do uso de</p><p>algemas, ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório</p><p>(vide art.478 e súmula vinculante nº11 do STF)</p><p>Provas novas</p><p> Durante o julgamento não será admitida a produção ou leitura de</p><p>documento que não tiver sido comunicado à parte contrária, com</p><p>antecedência de no mínimo 03 dias, compreendida nessa proibição</p><p>a leitura de jornais ou escritos cujo conteúdo verse sobre matéria de</p><p>fato constante do processo;</p><p> Documento compreende não só os escritos mas também as armas,</p><p>instrumentos do crime e qualquer outro meio de prova que possa</p><p>causar surpresa à outra parte.</p><p> É permitida a leitura de reportagens, artigos, jornais, livros e obras</p><p>que não digam respeito à prova dos autos.</p><p>10</p><p>Formulação de quesito e</p><p>votação</p><p>Encerrados os debates, deve o juiz indagar aos jurados se estão</p><p>aptos a julgar ou se precisam de mais esclarecimentos. Serão</p><p>formulados quesitos sobre: (art.483 CPP)</p><p>Materialidade do fato / nexo causal</p><p>• Autoria ou participacão</p><p>• Se o réu deve ser absolvido?</p><p>• Se existe causa de diminuição de pena alegada pela Defesa</p><p>• Se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena</p><p>reconhecidas na pronúncia</p><p>• Tratando-se de tentativa, será formulado o quesito respectivo após a</p><p>negativa de ser o réu absolvido.</p><p>Da mesma forma, caso seja sustentada a desclassificação, será formulado</p><p>quesito a respeito</p><p>• Não há quesito acerca de concurso formal ou crime continuado</p><p>(matéria afeta à aplicação da pena; Crimes conexos tem série distinta</p><p> Passa-se para a sala secreta, na qual cada jurado recebe uma</p><p>cédula contendo um SIM e um NÃO.</p><p> Em seguida, é feito o recolhimento das cédulas que contém o</p><p>voto individual, sendo recolhidas após as cédulas descartadas.</p><p>Sentença</p><p> Encerrada a votação e assinado o termo, o juiz-</p><p>presidente deverá proferir a sentença, que será</p><p>lida em plenário;</p><p> No caso de absolvição, o juiz-presidente deve</p><p>colocar o réu imediatamente em liberdade, salvo</p><p>se preso por outro motivo, bem como deverá</p><p>revogar as medidas cautelares, caso existam;</p><p> No caso de desclassificação, a competência para</p><p>julgamento do crime desclassificado e dos crimes</p><p>conexos passa ao juiz-presidente. (art.492§§1º e 2º)</p><p>Atribuições do Juiz</p><p>presidente</p><p>Poder de polícia</p><p>• Regular os debates</p><p>• Tutelar o direito de defesa quando este não estiver sendo</p><p>exercido</p><p>pelo defensor, devendo destituí-lo e dissolver o</p><p>conselho de sentença</p><p>• Suspender a sessão, quando necessário</p><p>• Ordenar diligências necessárias</p><p>• Requisitar auxílio de força policial</p><p>• Resolver questões incidentes</p><p>• Decidir de ofício as arguições de extinção de punibilidade,</p><p>ouvidos o MP e a defesa</p><p>• Resolver questões de direito suscitadas no curso do julgamento</p><p>• Determinar diligências destinadas a sanar nulidade ou a suprir</p><p>falta que prejudique o esclarecimento da verdade</p><p>11</p><p>Fluxograma do procedimento</p>