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<p>2.2 - HIPERTENSÃO ARTERIAL</p><p>PROF. GIOVANI CAMPOS</p><p>CASO CLÍNICO</p><p>Sandra, 48 anos, trabalha como caixa em um supermercado da cidade. Vem a consulta relatando muito cansaço e estresse nos últimos meses e quer fazer exames de rotina, pois quase nunca vai ao médico. Está assustada, pois seu irmão sofreu um infarto há 2 meses. Sandra é tabagista há 30 anos, obesa e sedentária. Menopausa há 5 anos. Faz uso irregular de Fluoxetina 20mg para ansiedade, receitado pelo clínico do postinho perto de sua casa. Nega outras comorbidades.</p><p>No registro da triagem você nota uma PA 160/100mmHg. Sandra está assintomática e diz que essa é sua “pressão normal”, já está acostumada.</p><p>HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA</p><p>Hipertensão Arterial Primária ou Essencial</p><p>Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) muito prevalente caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva.</p><p>Importante Fator de Risco Cardiovascular</p><p>Em 2018, estimaram-se gastos de US$ 523,7 milhões no SUS, com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos</p><p>A manutenção da Pressão Arterial (PA) é necessária para a perfusão dos órgãos.</p><p>Pressão arterial (PA) = Débito cardíaco (DC) x Resistência vascular sistêmica (RVS)</p><p>Os principais fatores que determinam a Pressão Arterial são:</p><p>Sistema Nervoso Simpático (SNS)</p><p>Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA)</p><p>Volume Plasmático (em grande parte mediado pelos rins).</p><p>A patogênese da hipertensão primária é pouco compreendida, mas a etiologia apresenta uma característica multifatorial (genéticos e ambientais)</p><p>Fisiopatologia</p><p>Fisiopatologia</p><p>Mediada por diversos mecanismos cujo traço comum é a disfunção endotelial, caracterizada pela baixa disponibilidade de óxido nítrico (NO) e pelo consequente desequilíbrio local entre fatores de relaxamento e constrição de arteríolas.</p><p>A disfunção endotelial estaria na raiz de duas doenças crônicas que geralmente caminham juntas: HA e a Aterosclerose.</p><p>A identificação do grau de disfunção endotelial seria importante para a avaliação do curso clínico da HA.</p><p>HAS - CLASSIFICAÇÃO</p><p>Américan College of Cardiology/ American Heart Association</p><p>(ACC/AHA)</p><p>Estágio PAS PAD</p><p>Normal < 120mmHg < 80mmHg</p><p>PA Elevada Entre 120-129mmHg > 80mmHg</p><p>HAS Estágio I Entre 130-139mmHg Entre 80-89mmHg</p><p>HAS Estágio II ≥ 140mmHg ≥ 90mmHg</p><p>* Se houver disparidade entre a PAS e a PAD, o valor mais alto determina o estágio</p><p>HAS = PA ≥ 130/80 mmHg</p><p>Sociedade Brasileira de Cardiologia</p><p>HAS - CLASSIFICAÇÃO</p><p>HAS = PA ≥ 140/90 mmHg</p><p>Hipertensão Mascarada</p><p>Pressão Arterial que é consistentemente elevada por medições fora do consultório, mas não atende aos critérios de hipertensão com base nas leituras do consultório</p><p>Hipertensão do Jaleco Branco</p><p>Pressão Arterial que é consistentemente elevada durante as consultas, mas não atende aos critérios diagnósticos de hipertensão com base nas leituras fora do consultório.</p><p>MRPA – Monitorização Residencial da PA</p><p>Média de várias medidas, feitas em aparelho bem aferido, maiores ou iguais a 135 x 85 mmHg.</p><p>MAPA - Monitorização Ambulatorial</p><p>Médias de várias aferições automáticas. Período de vigília - com valores maiores ou iguais a 135 x 85 mmHg e PA sono - maiores ou iguais a 120 x 70 mmHg.</p><p>Principais Formas de Aferição:</p><p>LESÃO DE ÓRGÃO</p><p>ALVO</p><p>(LOAs)</p><p>RETINOPATIA HIPERTENSIVA</p><p>RETINOPATIA HIPERTENSIVA</p><p>O rastreio é feito a partir Fundoscopia</p><p>A retina é a única parte da vasculatura que pode ser visualizada de forma não invasiva.</p><p>Deve fazer parte do exame físico de todo paciente com HAS recém-diagnosticada.</p><p>“Em um estudo com 2.907 hipertensos que tinham fotografias retinianas seriadas e foram acompanhados por uma média de 13 anos, a retinopatia hipertensiva previu o risco de acidente vascular cerebral a longo prazo, independente do nível de pressão arterial . Também existem evidências substanciais da associação com doença coronariana, remodelação ventricular esquerda e danos renais”</p><p>Classificação de Keith-Wagner-Baker</p><p>Grau I – Estreitamento Arteriolar</p><p>Grau II – Cruzamento AV Patológico</p><p>Cruzamento AV</p><p>Cruzamento AV</p><p>Cruzamento AV</p><p>Estreitamento arteriolar</p><p>Grau III – Hemorragias e Pontos Algodonosos (exsudatos)</p><p>Hemorragia</p><p>Pontos Hemorrágicos</p><p>Pontos Hemorrágicos</p><p>Hemorragia</p><p>Pontos Algodonosos</p><p>Pontos Algodonosos</p><p>Grau IV – Papiledema (emergência hipertensiva!!)</p><p>Papiledema</p><p>Exsudatos</p><p>Exsudatos</p><p>Pontos Algodonosos</p><p>Pontos Algodonosos</p><p>Papiledema</p><p>Papiledema</p><p>Hemorragia</p><p>Hemorragia</p><p>SISTEMA CARDIOVASCULAR</p><p>CORAÇÃO</p><p>Hipertrofia de Ventrículo Esquerdo</p><p>Insucifiência Cardíaca (Remodelamento Cardíaco)</p><p>- ICFEP</p><p>- ICFER</p><p>Miocardiopatia Dilatada</p><p>Arritmias</p><p>- Fibrilação Atrial</p><p>Coronariopatias</p><p>Angina Estável</p><p>Angina Instável</p><p>IAM com ou sem supra ST</p><p>ANEURISMA DE AORTA</p><p>ANEURISMA DE AORTA</p><p>Classificação de Stanford e DeBakey</p><p>SISTEMA NERVOSO CENTRAL</p><p>SISTEMA NERVOSO CENTRAL</p><p>Encefalopatia Hipertensiva</p><p>AVE Isquêmico</p><p>AVE Hemorrágico</p><p>Ataque Isquêmico Transitório (AIT)</p><p>Demência Vascular</p><p>NEFROPATIA HIPERTENSIVA</p><p>HAS é a principal causa de DRC no mundo.</p><p>No Brasil fica atrás apenas do DM2</p><p>Há um grande conjunto de evidências de que os pacientes com DRC apresentam um aumento substancial no risco cardiovascular que pode ser em parte explicado por um aumento nos fatores de risco tradicionais, como hipertensão, diabetes e síndrome metabólica.</p><p>Sandra, 48 anos, trabalha como caixa em um supermercado da cidade. Vem a consulta relatando muito cansaço e estresse nos últimos meses e quer fazer exames de rotina, pois quase nunca vai ao médico. Está assustada, pois seu irmão sofreu um infarto há 2 meses. Sandra é tabagista (1 maço/dia) há 30 anos, obesa (IMC 36) e sedentária. Menopausa há 5 anos. Faz uso irregular de Fluoxetina 20mg para ansiedade, receitado pelo clínico do postinho perto de sua casa. Nega outras comorbidades.</p><p>No registro da triagem você nota uma PA 160/100mmHg. Sandra está assintomática e diz que essa é sua “pressão normal”, já está acostumada.</p><p>Qual o diagnóstico de Sandra?</p><p>Ainda não sei.</p><p>Preciso de mais de uma medida da PA para estabelecer o diagnóstico.</p><p>2. Qual o próximo passo você tomaria a partir desta consulta?</p><p>Rastreio de Lesão de Órgão- Alvo</p><p>3. Qual estágio da HAS Sandra se encontraria se na próxima consulta ela apresentar uma PA 140/90?</p><p>Estágio II (SBC)</p><p>4. Qual Tratamento proposto para Sandra neste momento?</p><p>Mudança no Estilo de Vida</p><p>Cessar Tabagismo</p><p>Atividade Física</p><p>Perda de Peso</p><p>Educação Alimentar</p><p>Tratamento Farmacológico</p><p>30</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image17.png</p><p>image18.png</p><p>image19.png</p>