Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

<p>2024UM GUIA NÃO-DEFINITIVO</p><p>PARA JORNALISTAS E</p><p>PRODUTORES DE CONTEÚDO</p><p>2024</p><p>ed.#2</p><p>S</p><p>U</p><p>M</p><p>Á</p><p>R</p><p>IO</p><p>Introdução</p><p>#1 Neurodiversidade, afinal o que é?</p><p>#2 Uma pessoa neurodivergente</p><p>pode ser classificada como alguém</p><p>com deficiência?</p><p>#3 Você sabe qual é o símbolo</p><p>mundial do TEA?</p><p>#4 Autismo na mídia - Um guia</p><p>para jornalistas e produtores de</p><p>conteúdo</p><p>Como entrevistar pessoas autistas</p><p>Atenção com as imagens</p><p>#5 Dados relevantes</p><p>#6 Pesquisa inédita</p><p>#7 Onde saber mais sobre o</p><p>autismo? Fontes confiáveis</p><p>#8 Glossário de Termos</p><p>sobre Autismo</p><p>#9 Dicas para conviver melhor</p><p>com pessoas autistas</p><p>IN</p><p>T</p><p>R</p><p>O</p><p>D</p><p>U</p><p>Ç</p><p>Ã</p><p>O</p><p>Você já leu sobre neurodiversidade e autismo? E já</p><p>precisou escrever a respeito? Será que o que foi dito</p><p>e repetido contribuiu para a inclusão ou fomentou o</p><p>preconceito? Jornalistas e produtores de conteúdo</p><p>são capazes de promover relevantes debates e</p><p>transformações na sociedade e, para isso, é essencial se</p><p>cercar de boas fontes, estudos e informações confiáveis,</p><p>principalmente quando falamos de minorias.</p><p>Segundo números da década passada, ainda sem</p><p>atualização, a Organização Mundial da Saúde (OMS)</p><p>estima que o Brasil tenha cerca de 2 milhões de pessoas</p><p>com o Transtorno do Espectro Autismo (TEA). Um estudo</p><p>de 2023 do CDC (Centro de Controle e Prevenção de</p><p>Doenças do governo dos EUA), porém, aponta uma</p><p>prevalência de 1 em 36, ou seja, 2,78% da população. A</p><p>Revista Autismo, num artigo, calculou esse número para</p><p>a realidade brasileira e chegou a uma estimativa de pelo</p><p>menos 6 milhões de autistas no país, entre crianças,</p><p>jovens, adultos e idosos. Mas o Brasil ainda não tem</p><p>número oficiais de prevalência.</p><p>E, ainda, conforme o Programa Neurodiversidade no</p><p>Trabalho, desenvolvido na Universidade Stanford (EUA),</p><p>entre 16% e 20% da população mundial é neurodivergente</p><p>— índice que vem sendo adotado por diversas nações.</p><p>Os dados podem ser considerados incipientes, mas</p><p>já revelam a importância de reconhecer e abraçar a</p><p>neurodiversidade, em diferentes contextos sociais, como</p><p>ambientes de trabalho, estudos e lazer, sejam públicos ou</p><p>privados. É um tema que vem ganhando algum espaço nas</p><p>rodas de conversa e na imprensa. E esperamos que ocupe</p><p>cada vez mais espaços!</p><p>Por isso, esse material, criado pela Consultoria Maya,</p><p>Redes Cordiais, Órbi Conecta e Tismoo.mee, vem auxiliar</p><p>jornalistas, produtores de conteúdo,influencers e demais</p><p>interessados em como, nesse momento, abordar o tema</p><p>da melhor forma possível.</p><p>Sinalizamos “nesse momento” porque entendemos</p><p>que podemos evoluir o discurso cada vez mais, esse</p><p>é um material que sempre estará aberto a atualizações.</p><p>Boa leitura!</p><p>O termo é relativamente novo. Inclusive,</p><p>se você escrever a palavra “Neurodiversidade”</p><p>em ferramentas populares como Word e Google</p><p>Docs, ela será considerada um erro gramatical.</p><p>Não acredita? Faça o teste!</p><p>Ainda assim, a expressão surgiu há quase três</p><p>décadas: em 1998. Na ocasião, a pesquisadora</p><p>e socióloga australiana Judy Singer acabou</p><p>por ser a pessoa mais conhecida a trazer essa</p><p>nomenclatura utilizou a nomenclatura para</p><p>explicar o funcionamento do cérebro, trazendo</p><p>para o debate que não há apenas uma maneira</p><p>certa de aprender, pensar e se comportar. Ela se</p><p>descobriu autista na vida adulta, após perceber</p><p>os seus traços neurológicos semelhantes ao</p><p>de sua filha diagnosticada com Síndrome de</p><p>Asperger, que atualmente foi incorporado pelo</p><p>Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais</p><p>(DSM-V) como autismo nível de suporte 1.</p><p>No caso, a palavra é uma fusão de “neuro”</p><p>(relacionado ao sistema nervoso) e “diversidade”</p><p>(variedade, pluralidade). Os estudos, embora</p><p>já tenham avançado, ainda estão em constante</p><p>progresso e novas expressões podem surgir.</p><p>Mas, no momento da criação deste guia,</p><p>ela ainda é a mais acolhedora, sensível e uma</p><p>ótima forma de explicar as muitas diferenças.</p><p>É importante ressaltar que essas pessoas</p><p>não são portadoras de patologias ou</p><p>doenças, mas sim contribuem com uma rica</p><p>diversidade de experiências e habilidades na</p><p>sociedade. O respeito por essas diferenças</p><p>neurocognitivas é crucial para a construção de</p><p>uma sociedade inclusiva, onde todas as pessoas</p><p>sejam valorizadas e respeitadas em suas</p><p>singularidades.</p><p>N</p><p>E</p><p>U</p><p>R</p><p>O</p><p>D</p><p>IV</p><p>E</p><p>R</p><p>S</p><p>ID</p><p>A</p><p>D</p><p>E</p><p>A</p><p>FI</p><p>N</p><p>A</p><p>L,</p><p>O</p><p>Q</p><p>U</p><p>E</p><p>É</p><p>IS</p><p>S</p><p>O</p><p>?</p><p>#</p><p>1</p><p>PARA FICAR ATENTO:</p><p>AUTISTA, TEA OU</p><p>PESSOA AUTISTA?</p><p>Do ponto de vista legal, a Lei no 12.764/2012</p><p>(Política Nacional de Proteção dos Direitos da</p><p>Pessoa com Transtorno do Espectro Autista;) se</p><p>refere a autistas como “Pessoas com Transtorno</p><p>do Espectro Autista (TEA)”.</p><p>A Classificação Internacional de Doenças</p><p>(CID) é uma ferramenta muito importante para</p><p>a medicina, já que auxilia na padronização e</p><p>categorização de diversas condições, inclusive</p><p>o autismo. Sua última versão, a CID-11, trouxe</p><p>mudanças significativas para o diagnóstico</p><p>do espectro: foram reunidos em um único</p><p>diagnóstico todos os transtornos que fazem</p><p>parte do espectro do autismo, o transtorno</p><p>desintegrativo da infância e o transtorno com</p><p>hipercinesia, por exemplo. São prescritos</p><p>pelo código 6A02 e as subcategorias são</p><p>relacionadas a algum prejuízo da linguagem</p><p>funcional ou deficiência intelectual.</p><p>Segundo a Organização Mundial da Saúde</p><p>(OMS), a intenção por trás dessa alteração é</p><p>a de facilitar o diagnóstico, evitar erros e</p><p>simplificar a codificação, promovendo melhor</p><p>acesso aos serviços de saúde.</p><p>Da perspectiva do movimento da</p><p>neurodiversidade, se opta pelo uso das</p><p>terminologias afirmativas: “autista”, “pessoa</p><p>autista” e “pessoa com autismo”, porém, a</p><p>orientação é perguntar para a pessoa e /ou</p><p>responsável qual termo ela gostaria de usar para</p><p>se identificar.</p><p>No país, o termo neurodivergência e “deficiência” são diferentes,</p><p>mas não excludentes. Foram criadas leis para promover e</p><p>aumentar a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho, e</p><p>também potencializar o acesso ao lazer, tratamentos médicos e</p><p>outros direitos básicos da sociedade. Ainda é necessário avançar,</p><p>mas sempre há um ponto de partida, não é mesmo?</p><p>Oficialmente, pessoas autistas, com síndrome de Down,</p><p>deficiência intelectual e esquizofrenia são tidas como</p><p>pessoas com deficiência, segundo a Lei Brasileira de</p><p>Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei n.º 13.146/2015),</p><p>também conhecida como Estatuto da Pessoa com</p><p>Deficiência. Contudo, até o momento, condições como</p><p>borderline, discalculia, dislexia, dispraxia, tourette,</p><p>bipolaridade, altas habilidades, gagueira, sinestesia,</p><p>TDAH, TDI, TPA, dentre outras, permanecem sem</p><p>classificação oficial.</p><p>De acordo com o Estatuto, considera-se pessoa com deficiência</p><p>aquela que possui impedimentos de longo prazo de naturezas</p><p>física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, interagindo com</p><p>diversas barreiras, podem dificultar sua participação plena e</p><p>efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais</p><p>pessoas. O estatuto reconhece a deficiência como uma questão</p><p>de direitos humanos e estabelece medidas para garantir a</p><p>inclusão, a acessibilidade e a igualdade de oportunidades.</p><p>#2 UMA PESSOA</p><p>NEURODIVERGENTE</p><p>PODE SER</p><p>CLASSIFICADA</p><p>COMO ALGUÉM COM</p><p>DEFICIÊNCIA?</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>E</p><p>N</p><p>D</p><p>A</p><p>A</p><p>S</p><p>D</p><p>IF</p><p>E</p><p>R</p><p>E</p><p>N</p><p>Ç</p><p>A</p><p>S</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>R</p><p>E</p><p>O</p><p>S</p><p>N</p><p>ÍV</p><p>E</p><p>IS O AUTISMO</p><p>TEM</p><p>“GRAVIDADE”?</p><p>NÍVEL 1 DE SUPORTE:</p><p>O DSM 5 - sigla em inglês para</p><p>Manual Diagnóstico e Estatístico</p><p>de Transtornos Mentais (DSM) - é</p><p>uma lista de diagnósticos em saúde</p><p>mental que serve como referência para</p><p>profissionais da área, publicada pela</p><p>Associação Americana de Psiquiatria</p><p>(APA).</p><p>O Manual define o autismo</p><p>em 3 níveis de suporte que vão de</p><p>1 (menos suporte) a 3 (mais suporte):</p><p>Identificado como síndrome de Asperger até 2013 (termo</p><p>atualmente em desuso) é alvo de discussões na comunidade</p><p>autista sobre a adequação do termo “leve”. Mesmo sendo</p><p>necessário menos suporte, o autismo desencadeia desafios</p><p>significativos, como a exclusão social, e pode resultar em crises ou</p><p>dificuldades intensas quando associado a outras características,</p><p>como TDAH, questões sensoriais</p><p>e seletividade alimentar.</p><p>De acordo com o DSM-5, os indivíduos autistas no Nível 1</p><p>necessitam de suporte. Sem esse auxílio, podem enfrentar</p><p>dificuldades em iniciar interações sociais, apresentar respostas</p><p>atípicas e ter problemas para entender pistas sociais. Além disso,</p><p>podem manifestar inflexibilidade comportamental, prejudicando</p><p>seu desempenho em diversas situações. Também enfrentam</p><p>desafios na troca de atividades, organização e planejamento, o que</p><p>pode afetar sua independência.</p><p>NÍVEL 2 DE SUPORTE:</p><p>NÍVEL 3</p><p>DE</p><p>SUPORTE:</p><p>Antigamente, referidos como “autismo moderado”,</p><p>embora ainda acarretem desafios significativos,</p><p>exigem apoio substancial, de acordo com o</p><p>DSM-5. No nível 2, os déficits na comunicação</p><p>social, oralizada ou não, são significativos.</p><p>Mesmo com apoio, suas dificuldades em iniciar</p><p>e responder a interações sociais são evidentes.</p><p>Além disso, os autistas de nível 2 podem</p><p>demonstrar inflexibilidade comportamental e</p><p>dificuldade em lidar com mudanças dada a rigidez</p><p>cognitiva que pode ser apresentada ou não</p><p>como característica. Com frequência, adotam</p><p>comportamentos restritos ou repetitivos, o</p><p>que pode causar prejuízo em sua adaptação a</p><p>diferentes ambientes sem o devido suporte.</p><p>Anteriormente chamado de</p><p>“autismo severo”, pessoas com</p><p>nível 3 de suporte necessitam de</p><p>um apoio muito substancial, como</p><p>delineado pelo DSM-5. De acordo</p><p>com o manual, são descritos como</p><p>indivíduos com comunicação limitada,</p><p>iniciando raramente interações</p><p>e, quando o fazem, de maneiras</p><p>pouco convencionais, muitas</p><p>vezes apenas para atender a suas</p><p>próprias necessidades, reagindo</p><p>principalmente a abordagens sociais</p><p>muito diretas.</p><p>Além disso, autistas nível 3 de</p><p>suporte podem demonstrar rigidez</p><p>comportamental e encontram mais</p><p>dificuldade em lidar com mudanças</p><p>ou em desviar o foco de suas ações.</p><p>Também tem tendência a exibir mais</p><p>comportamentos restritos</p><p>e repetitivos de forma acentuada.</p><p>Nos aspectos da Lei 12.764/2012, também</p><p>conhecida como Lei Berenice Piana, é</p><p>estabelecido que a fita de quebra-cabeça,</p><p>símbolo mundial da conscientização do</p><p>transtorno do espectro autista, deve identificar</p><p>a prioridade devida às pessoas com autismo em</p><p>estabelecimentos públicos e privados.</p><p>Há autistas que apoiam o uso da fita</p><p>de quebra-cabeça. Por outro lado, uma parte</p><p>da comunidade de ativistas autistas sugere e</p><p>vitar o uso da peça de quebra-cabeça para</p><p>representar o espectro autista. Isso se deve</p><p>pois o símbolo de quebra-cabeças foi criado</p><p>fora da comunidade autista, com um conotação</p><p>de “complexidade ou peça faltando”, algo que a</p><p>comunidade autista, não toma como identidade.</p><p>Por este motivo, a comunidade autista junto a</p><p>demais comunidade neurodivergente criou o</p><p>símbolo do infinito em espectro de cores para</p><p>representar a neurodiversidade.</p><p>#</p><p>3</p><p>S</p><p>ÍM</p><p>B</p><p>O</p><p>LO</p><p>S</p><p>D</p><p>O</p><p>T</p><p>E</p><p>A</p><p>A CIPTEA (Carteira de Identificação da Pessoa</p><p>com Transtorno do Espectro Autista) é um</p><p>documento governamental utilizado para a</p><p>identificação de autistas, conforme previsto no</p><p>artigo 3° da Lei n° 12.764/12, lei também conhecida</p><p>como “Lei Romeo Mion”. Mas, o próprio RG, pode</p><p>trazer o CID e o símbolo da pessoa autista.</p><p>Já o cordão de girassol foi oficializado pela Lei</p><p>n° 14.624/23 (Lei do Cordão de Girassol), que</p><p>modificou a Lei n° 13.146/15 (Estatuto da Pessoa</p><p>com Deficiência), designando-o como símbolo</p><p>de identificação das pessoas com deficiência</p><p>oculta, como é o caso do autismo, que pode não</p><p>ser visível externamente. Conforme estabelecido</p><p>por esse Estatuto, toda pessoa com deficiência,</p><p>independentemente de usar o cordão de girassol</p><p>ou não, possui direito ao atendimento preferencial.</p><p>Além disso, a pessoa atendente tem o direito</p><p>de solicitar um documento que comprove a</p><p>deficiência no momento do atendimento. Esse</p><p>cordão foi criado originalmente para um aeroporto</p><p>da Inglaterra e viralizou mundo afora.</p><p>A representação midiática do Autismo nem</p><p>sempre reflete a realidade. A mídia, com seu</p><p>poder de moldar atitudes, crenças e políticas,</p><p>desempenha um papel fundamental na formação</p><p>da percepção pública sobre o Transtorno do</p><p>Espectro do Autismo. É crucial, portanto, que</p><p>essa representação seja precisa, respeitosa</p><p>e inclusiva. É comum encontrarmos narrativas</p><p>simplificadas e clichês prontos ao retratar o</p><p>autismo na mídia, como evidenciado em séries</p><p>como “The Good Doctor”, “Uma Advogada</p><p>Extraordinária” e “Atypical”. No entanto, para</p><p>promover uma representação mais fiel e</p><p>enriquecedora, é fundamental dar visibilidade/</p><p>protagonismo às próprias pessoas autistas.</p><p>A participação de personagens autistas não</p><p>apenas no setor cênico (como o teatro e na</p><p>televisão), mas também no jornalismo, pode</p><p>trazer uma autenticidade e uma quebra de</p><p>estereótipos que são essenciais para uma</p><p>representação genuína. Uma abordagem</p><p>informada e respeitosa pode contribuir para</p><p>uma representação mais inclusiva e empática do</p><p>autismo na mídia, promovendo uma sociedade</p><p>mais acolhedora e compreensiva para todos.</p><p>#4 AUTISMO</p><p>NA MÍDIA</p><p>U</p><p>M</p><p>G</p><p>U</p><p>IA</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>A</p><p>J</p><p>O</p><p>R</p><p>N</p><p>A</p><p>LI</p><p>S</p><p>T</p><p>A</p><p>S</p><p>E</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>D</p><p>U</p><p>T</p><p>O</p><p>R</p><p>E</p><p>S</p><p>D</p><p>E</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>T</p><p>E</p><p>Ú</p><p>D</p><p>O</p><p>dependendo de qual seja</p><p>o seu veículo/mídia, você</p><p>pode pedir para que a pessoa</p><p>escolha se prefere fazer por</p><p>videoconferência, ligação</p><p>ou responder às perguntas</p><p>por e-mail ou aplicativo de</p><p>mensagens (seja por escrito,</p><p>ou por áudio). É importante</p><p>deixar claro qual é objetivo da</p><p>pauta, quais são suas as dúvidas</p><p>sobre o tema e enviar com</p><p>antecedência.</p><p>evite lugares com muito barulho,</p><p>marque em lugares sem muita</p><p>gente, com som ambiente para</p><p>evitar desconforto.</p><p>não diga que ligará em 5 minutos,</p><p>se quiser dizer 15. Se você disser</p><p>que uma entrevista vai acontecer,</p><p>não a cancele de última hora.</p><p>no início da entrevista repasse os</p><p>detalhes do que vai acontecer. Vale</p><p>até passar perguntas norteadoras</p><p>anteriormente para que o</p><p>entrevistado possa se sentir mais</p><p>seguro e confiante para responder.</p><p>Deixe-a à</p><p>vontade</p><p>Se a</p><p>entrevista for</p><p>presencial</p><p>Não se atrase</p><p>Repasse o</p><p>briefing</p><p>#1</p><p>#2</p><p>#3</p><p>#4</p><p>COMO ENTREVISTAR</p><p>PESSOAS AUTISTAS</p><p>peça para que a pessoa se</p><p>descreva, fale da sua rotina,</p><p>o que gosta de fazer, quem</p><p>admira. Quando entrar no</p><p>assunto da pauta em si, caso</p><p>não tenha entrado, pergunte</p><p>como se sente em relação</p><p>ao tema.</p><p>em vez de perguntas</p><p>grandes ou abertas.</p><p>pessoas autistas podem</p><p>ter maior probabilidade de</p><p>fazer interpretações literais,</p><p>portanto, evite o uso de</p><p>figura de linguagem, como</p><p>ironia, duplo sentido</p><p>e metáforas.</p><p>as pessoas podem demorar</p><p>mais para processar o</p><p>significado das frases.</p><p>Dê um pouco mais de tempo</p><p>se precisar.</p><p>aperto de mãos, abraço,</p><p>olho no olho, são difíceis</p><p>para alguns autistas, eles</p><p>não estão sendo rudes ou</p><p>grosseiros. Pergunte antes</p><p>se pode fazer qualquer</p><p>contato físico, mesmo que</p><p>seja só para cumprimentar o</p><p>entrevistado.</p><p>Peça para</p><p>que conte a</p><p>sua própria</p><p>história</p><p>Faça</p><p>perguntas</p><p>diretas</p><p>Não use</p><p>linguagem</p><p>figurativa</p><p>Seja</p><p>paciente e</p><p>compreensivo</p><p>Não se</p><p>preocupe se</p><p>não houver</p><p>contato visual</p><p>ou físico</p><p>#5</p><p>#6</p><p>#7</p><p>#8</p><p>#9</p><p>em alguns casos, é comum</p><p>que a entrevista seja</p><p>acompanhada por alguma</p><p>pessoa, sempre que possível</p><p>também a faça perguntas</p><p>sobre a rotina e o tema</p><p>específico em questão.</p><p>doente mental, pessoa</p><p>excepcional, especial. Não</p><p>use o termo autista fora do</p><p>contexto, como referência</p><p>a alienação. Use os termos:</p><p>pessoa com deficiência,</p><p>autista e/ou pessoa com</p><p>autismo.</p><p>em alguns momentos,</p><p>fazer muitas perguntas</p><p>pode cansar ou estressar</p><p>autistas, por isso se o sentir</p><p>desconfortável em alguma</p><p>pergunta ou situação, pare</p><p>imediatamente.</p><p>mesmo que essa prática</p><p>ocorra na intenção de trazer</p><p>mais clareza, acaba sendo</p><p>um desrespeito e falta de</p><p>ética para o entrevistado,</p><p>que pode não se identificar</p><p>com a resposta publicada.</p><p>Converse</p><p>com o</p><p>acompanhante</p><p>Não use</p><p>termos</p><p>pejorativos</p><p>como</p><p>Saiba a hora</p><p>de parar</p><p>Evite a edição</p><p>de respostas</p><p>#10</p><p>#11</p><p>#12</p><p>#13</p><p>COMO FALAR?</p><p>Use esta forma</p><p>Pessoa autista</p><p>É um [inserir cargo ou</p><p>como gostaria</p><p>de ser</p><p>chamado]</p><p>É autista</p><p>Apoiado por seus</p><p>familiares</p><p>Crianças</p><p>neuroatípicas</p><p>*Tabela traduzida e adaptada do Guia “Talking about autism”</p><p>Guidelines for respectful and accurate reporting on autism</p><p>and autistic people</p><p>Em vez de</p><p>Pessoa com autismo</p><p>Pessoa no espectro do</p><p>autismo</p><p>No espectro</p><p>É um herói</p><p>É um guerreiro</p><p>É uma inspiração</p><p>Superou as probabilidades/</p><p>adversidades para alcançar</p><p>É um fardo para sua família</p><p>Crianças anormais</p><p>Consideração</p><p>Mostra uma preferência pela</p><p>linguagem que prioriza a</p><p>identidade, ou seja,‘autista’,</p><p>pois coloca o autismo como</p><p>intrínseco à identidade de</p><p>uma pessoa.</p><p>Sempre pergunte à pessoa</p><p>autista o que ela prefere.</p><p>Enquadrar a identidade</p><p>de uma pessoa autista</p><p>como inspirador sugere</p><p>que é surpreendente que</p><p>as pessoas autistas podem</p><p>alcançar grandes sucesso</p><p>e lhes impõe um “fardo”.</p><p>Isso implica que as pessoas</p><p>são limitadas por autismo ou</p><p>improváveis que obtenham</p><p>sucesso.</p><p>O termo “fardo” invalida a</p><p>pontos fortes e</p><p>independência do pessoa</p><p>autista e implica que</p><p>a sua família se sente</p><p>sobrecarregada em fornecer</p><p>apoio.</p><p>Crianças autistas podem</p><p>apresentar diferentes</p><p>padrões de desenvolvimento,</p><p>mas elas não são anormais.</p><p>ATENÇÃO COM AS IMAGENS:</p><p>A maneira como as pessoas autistas são retratadas em</p><p>filmes e fotografias é tão importante quanto a linguagem</p><p>utilizada para descrevê-las.</p><p>Aqui estão algumas dicas para representar visualmente</p><p>este tema:</p><p>Opte por fotos que retratem a pessoa</p><p>autista de forma positiva e respeitosa,</p><p>evitando retratá-las como vítimas;</p><p>Evite fotografar ou filmar a pessoa</p><p>isoladamente, a menos que seja</p><p>essencial para a narrativa; destaque-a</p><p>como parte de uma comunidade;</p><p>Procure captar a singularidade da</p><p>pessoa autista, sua personalidade e</p><p>interesses, da mesma forma que faria</p><p>com qualquer outro entrevistado;</p><p>Evite o uso de imagens que reforcem</p><p>estereótipos negativos ou misteriosos</p><p>sobre o autismo, como peças de</p><p>quebra-cabeça ou representações de</p><p>pessoas escondidas, desfocadas ou em</p><p>ambientes escuros;</p><p>Considere utilizar o símbolo da</p><p>neurodiversidade, a lemniscata, para</p><p>tornar a conotação mais abrangente.</p><p>EVITE EM SUAS</p><p>REPORTAGENS E</p><p>CONTEÚDOS:</p><p>Criar definições ou não usar as</p><p>nomenclaturas corretas</p><p>Dizer que o autismo é uma doença</p><p>Divulgar informações sem base científica</p><p>Abordar um nível de suporte do espectro</p><p>como se representasse todos os autistas:</p><p>Falar sobre cura do autismo</p><p>vale sempre consultar o Manual Diagnóstico e</p><p>Estatístico de Transtornos Mentais.</p><p>refira-se como transtorno ou condição.</p><p>estudos inconclusivos podem propagar informações</p><p>erradas e contribuir para a desinformação.</p><p>prefira mostrar a amplitude do espectro autista, com</p><p>personagens que mostrem variadas condições, dos menos</p><p>aos mais impactados, para que o leitor não fique com ideia</p><p>estereotipada.</p><p>Autismo ou outras Neurodivergências são transtornos</p><p>do neurodesenvolvimento, e portanto, cura não é algo</p><p>que está em pauta de discussão, já que é algo ao qual</p><p>o indivíduo nasce sendo. O que existe atualmente são</p><p>tratamentos para proporcionar qualidade de vida, que</p><p>pode vir através de terapia, remédios, boa alimentação,</p><p>entre outras estratégias.</p><p>S</p><p>E</p><p>M</p><p>PR</p><p>E</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>S</p><p>ID</p><p>E</p><p>R</p><p>E</p><p>O</p><p>IM</p><p>PA</p><p>C</p><p>T</p><p>O</p><p>Q</p><p>U</p><p>E</p><p>S</p><p>U</p><p>A</p><p>R</p><p>E</p><p>PO</p><p>R</p><p>T</p><p>A</p><p>G</p><p>E</p><p>M</p><p>P</p><p>O</p><p>D</p><p>E</p><p>T</p><p>E</p><p>R</p><p>N</p><p>A</p><p>S</p><p>O</p><p>C</p><p>IE</p><p>D</p><p>A</p><p>D</p><p>E</p><p>!</p><p>https://www.institutopebioetica.com.br/documentos/manual-diagnostico-e-estatistico-de-transtornos-mentais-dsm-5.pdf</p><p>https://www.institutopebioetica.com.br/documentos/manual-diagnostico-e-estatistico-de-transtornos-mentais-dsm-5.pdf</p><p>Confira alguns dados que podem</p><p>contribuir para suas matérias:</p><p>Uma pesquisa realizada pela Play Pesquisa</p><p>e Conhecimento, com apoio da Nestlé,</p><p>mostra que para cerca de 60% das famílias</p><p>entrevistadas, a capacitação de funcionários</p><p>em locais públicos pode ajudar na inclusão,</p><p>e metade considera que as empresas devem</p><p>oferecer ferramentas que eduquem sobre as</p><p>diferenças e como lidar com elas.</p><p>Outra pesquisa, dessa vez da McKinsey</p><p>& Company, apontou que empresas com</p><p>quadros diversos de colaboradores são</p><p>capazes de lucrar até 33% mais do que</p><p>seus pares menos preocupados com esse</p><p>aspecto de suas operações.</p><p>O Transtorno do Espectro Autista (TEA)</p><p>afeta uma parcela significativa da população</p><p>mundial e, com o passar dos anos,</p><p>o diagnóstico de autismo em adultos</p><p>é cada vez mais comum. Quando se trata</p><p>do autismo na fase adulta, informações</p><p>divulgadas pelo Center for Disease Control</p><p>and Prevention (CDC) em 2023 revelam que</p><p>a incidência dessa condição é de cerca de</p><p>2,78% (1 a cada 36) da população mundial.</p><p>Esses dados, transpostos para a realidade</p><p>brasileira, apontam para uma estimativa</p><p>de 6 milhões de autistas no Brasil.</p><p>#5 DADOS</p><p>RELEVANTES</p><p>https://exame.com/esg/preconceito-e-falta-de-reconhecimento-sao-os-maiores-desafios-da-neurodiversidade-diz-pesquisa/</p><p>https://exame.com/esg/preconceito-e-falta-de-reconhecimento-sao-os-maiores-desafios-da-neurodiversidade-diz-pesquisa/</p><p>https://forbes.com.br/carreira/2021/06/cdos-como-os-heads-de-diversidade-viraram-a-bola-da-vez-no-mercado-corporativo/</p><p>https://forbes.com.br/carreira/2021/06/cdos-como-os-heads-de-diversidade-viraram-a-bola-da-vez-no-mercado-corporativo/</p><p>https://www.cdc.gov/ncbddd/autism/data.html</p><p>https://www.cdc.gov/ncbddd/autism/data.html</p><p>O estudo “Retratos do Autismo no Brasil</p><p>em 2023”, realizado em 2023 pela startup</p><p>Genial Care, em parceria com a Tismoo.me,</p><p>e divulgada pelo Canal do Autismo em 2023,</p><p>pontuou que o país pode ter mais de</p><p>6 milhões de pessoas autistas.</p><p>Segundo a Organização Mundial da Saúde</p><p>(OMS), uma a cada 100 crianças são</p><p>diagnosticadas com autismo.</p><p>O programa Neurodiversidade no Trabalho,</p><p>da Universidade Stanford, aponta que</p><p>entre 15% e 20% da população mundial é</p><p>considerada neurodivergente.</p><p>https://genialcare.com.br/blog/estudo-retratos-do-autismo-brasil-2023/</p><p>https://genialcare.com.br/blog/estudo-retratos-do-autismo-brasil-2023/</p><p>https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/autism-spectrum-disorders</p><p>https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/autism-spectrum-disorders</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61854016https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61854016</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61854016https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61854016</p><p>A pesquisa “Neurodiversidade no Mercado de Trabalho”,</p><p>realizada pela Consultoria Maya, em parceria com a Universidade</p><p>Corporativa Korú, e apoio da startup Tismoo.me e do Órbi</p><p>Conecta, aponta a falta de conhecimento circulante acerca da</p><p>neurodiversidade.</p><p>O estudo, feito a partir de uma base de 12 mil estudantes e</p><p>profissionais ligados à Korú, foi divulgado em 2 de abril de 2024,</p><p>estabelecido desde 2007 pela ONU como o Dia Mundial da</p><p>Conscientização sobre o Autismo.</p><p>Os resultados da pesquisa mostraram:</p><p>#6 PESQUISA INÉDITA</p><p>NEURODIVERSIDADE NO</p><p>MERCADO DE TRABALHO</p><p>75% dos entrevistados</p><p>estão familiarizados com o</p><p>termo “neurodiversidade”,</p><p>o que inclui TEA e outras</p><p>condições, sendo 48,6%</p><p>com conhecimento limitado.</p><p>Outros 25% nunca haviam tido</p><p>contato com a expressão.</p><p>O levantamento revelou que</p><p>86,4% nunca participaram de</p><p>treinamentos ou programas</p><p>relacionados ao tema no</p><p>ambiente corporativo.</p><p>Além disso, no ambiente de</p><p>trabalho, quase a metade</p><p>dos entrevistados nunca</p><p>trabalhou diretamente com</p><p>pessoas neurodivergentes,</p><p>21,4% tiveram experiências</p><p>desafiadoras e apenas 30%</p><p>considerou ter experiências</p><p>positivas.</p><p>Outro ponto importante:</p><p>40% dos entrevistados</p><p>acreditam que a criação de</p><p>programas de sensibilização</p><p>e treinamentos para</p><p>colaboradores seria a melhor</p><p>estratégia para promover</p><p>a inclusão de pessoas</p><p>neurodivergentes no local</p><p>de trabalho. Outras soluções</p><p>seriam: oferecer ajustes</p><p>razoáveis como ambientes</p><p>de trabalho flexíveis e</p><p>tecnologias assistivas</p><p>(29,3%), estabelecer</p><p>programas de mentoria ou</p><p>apoio para colaboradores</p><p>neurodivergentes (16,4%)</p><p>e a criação de um comitê de</p><p>neurodiversidade (7,1%).</p><p>A maioria dos entrevistados</p><p>apontou que a</p><p>neurodiversidade</p><p>traz</p><p>benefícios para o ambiente</p><p>de trabalho, como promover</p><p>um espaço com mais</p><p>criatividade e inovação,</p><p>fortalecer a cultura de equipe,</p><p>fomentar um ambiente de</p><p>aprendizado, aumentar a</p><p>satisfação e o engajamento</p><p>dos colaboradores.</p><p>A pesquisa citada anteriormente mostrou</p><p>que quase metade dos profissionais acredita</p><p>que nunca trabalhou com neurodivergentes.</p><p>Ao fazer uma análise aprofundada, é possível</p><p>considerar que ainda há muita invisibilidade</p><p>sobre o tema, incluindo pessoas que não</p><p>foram diagnosticadas ou que preferem não</p><p>compartilhar seus diagnósticos por medo</p><p>da reação daqueles com quem convive e da</p><p>empresa onde trabalha.</p><p>Vale ressaltar que, em alguns casos, os sinais</p><p>podem não ser imediatamente reconhecidos,</p><p>especialmente em pessoas autistas com</p><p>habilidades de camuflagem, em níveis mais</p><p>leves do espectro autista ou outras condições</p><p>neurodivergentes.</p><p>No entanto, esses sinais são apenas indicativos</p><p>e não necessariamente confirmam o diagnóstico</p><p>de autismo. O diagnóstico deve ser feito apenas</p><p>por um especialista, não force a barra nem faça</p><p>suposições precipitadas.</p><p>Respeito, empatia e compreensão são sempre</p><p>o mais indicado. Não só com neurodivergentes,</p><p>concorda? ;)</p><p>AUTISMO E</p><p>NEURODIVERSIDADE:</p><p>AINDA HÁ INVISIBILIDADE</p><p>a Política Nacional de Proteção</p><p>dos Direitos da Pessoa com</p><p>Transtorno do Espectro Autista</p><p>(Lei 12.764/2012) estimula a</p><p>inserção dessas pessoas no</p><p>mercado de trabalho, inclusive</p><p>como aprendizes.</p><p>empresas com 100 ou mais</p><p>colaboradores devem reservar</p><p>de 2% a 5% de seus postos</p><p>de trabalho para Pessoas com</p><p>Deficiência (PCDs), incluindo</p><p>autistas.</p><p>os empregadores são</p><p>responsáveis por promover um</p><p>ambiente de trabalho saudável e</p><p>adaptado às necessidades dos</p><p>autistas.</p><p>Garantir os direitos</p><p>trabalhistas dos</p><p>autistas é essencial para</p><p>promover uma inclusão</p><p>verdadeira e respeitosa</p><p>no ambiente de trabalho.</p><p>Inserção no Mercado de Trabalho</p><p>Cotas de Trabalho</p><p>Ambiente Adaptado</p><p>E já que estamos falando de</p><p>mercado de trabalho, conheça</p><p>alguns direitos trabalhistas para</p><p>autistas:</p><p>Em um mundo onde as fakes news são cada vez mais</p><p>frequentes, a apuração de assuntos tão importantes</p><p>como autismo e neurodiversidade em geral deve</p><p>ser ainda mais cuidadosa. Dessa forma, evitamos a</p><p>desinformação e praticamos um jornalismo consciente e</p><p>ativo na formação de uma sociedade sem preconceitos.</p><p>Confira algumas fontes de informação sobre o assunto:</p><p>#7 ONDE SABER MAIS</p><p>SOBRE O AUTISMO?</p><p>FONTES CONFIÁVEIS</p><p>Canal Autismo</p><p>Diversa</p><p>Revista Autismo</p><p>Organização Mundial da Saúde (OMS)</p><p>Organização Pan-Americana da Saúde</p><p>Autismo e Realidade</p><p>Stardust Zone</p><p>Specialisterne Brasil</p><p>Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais</p><p>Tismoo.me</p><p>https://www.canalautismo.com.br/</p><p>https://diversa.org.br/</p><p>https://www.canalautismo.com.br/revista/</p><p>https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/autism-spectrum-disorders</p><p>https://www.paho.org/pt/topicos/transtorno-do-espectro-autista</p><p>https://autismoerealidade.org.br/</p><p>https://stardust.zone</p><p>https://specialisternebrasil.com/noticias/</p><p>https://www.institutopebioetica.com.br/documentos/manual-diagnostico-e-estatistico-de-transtornos-mentais-dsm-5.pdf</p><p>https://tismoo.us/portal/</p><p>práticas como sono adequado,</p><p>alimentação saudável e exercícios</p><p>físicos, potencializando o bem-estar.</p><p>julgamento que indica que a pessoa</p><p>não é capaz, diminuindo sua</p><p>capacidade e habilidades. É uma</p><p>forma de discriminação que afeta</p><p>pessoas com deficiência e limita sua</p><p>participação plena na sociedade.</p><p>formas de comunicação que não envolvem</p><p>o uso da fala. Cada indivíduo pode</p><p>manifestar de uma maneira, seja como</p><p>linguagem corporal, expressões faciais,</p><p>comunicação gestual, dentre outros.</p><p>ocorre devido à dificuldade em processar</p><p>o que está acontecendo, provocando</p><p>alterações em formular, organizar e</p><p>expressar os pensamentos e emoções.</p><p>#8 GLOSSÁRIO</p><p>DE TERMOS</p><p>SOBRE AUTISMO:</p><p>Ao ler e escrever sobre autismo, há diferentes</p><p>termos relevantes para a compreensão desse</p><p>universo. Confira alguns deles:</p><p>Autocuidado</p><p>Capacitismo</p><p>Comunicação Não Verbal</p><p>Desorganização mental</p><p>refere-se à repetição não voluntária da fala.</p><p>(pode ser desde uma palavra repetida a</p><p>parágrafos ou diálogos inteiros).</p><p>Ecolalia</p><p>referente a como o autismo é experimentado.</p><p>O autismo é considerado um espectro porque é</p><p>diferente para cada pessoa autista, com uma grande</p><p>variedade de formas de como a condição impacta</p><p>cada indivíduo.</p><p>Espectro</p><p>os comportamentos repetitivos em pessoas autistas</p><p>são chamados dessa forma — alguns autistas</p><p>preferem o termo em inglês: “stims”. Cada pessoa</p><p>pode ter expressões diferentes, seja balançar as</p><p>mãos, bater a cabeça ou fazer movimentos corporais.</p><p>Estereotipias</p><p>concentração intensa em um interesse específico</p><p>em determinado tópico ou assunto, que pode durar</p><p>por curto ou muito longo tempo.</p><p>Hiperfoco</p><p>igualdade de oportunidades e acesso a recursos</p><p>para todas as pessoas, independentemente de suas</p><p>diferenças, incluindo pessoas neurodivergente.</p><p>Inclusão</p><p>é um colapso emocional, mais duradouro e mais difícil</p><p>de administrar.</p><p>Meltdown</p><p>termo que pode ser usado para descrever diferenças</p><p>neurológicas, incluindo o autismo, TDAH, dislexia,</p><p>entre outras.</p><p>Neurodivergência</p><p>é um termo que descreve pessoas cujos cérebros se</p><p>desenvolvem ou funcionam de maneira diferente do</p><p>padrão típico.</p><p>são pessoas que lidam com transtornos mentais,</p><p>como os autistas ou pessoas com outros diagnósticos,</p><p>como bipolaridade, TDAH, transtorno de ansiedade,</p><p>esquizofrenia, entre outros. Essas pessoas, assim</p><p>como as típicas ou neurotípicas, compõem</p><p>a neurodiversidade humana.</p><p>Neurodivergente</p><p>ideia de que a diversidade neurológica é uma parte</p><p>natural e valiosa da condição humana, defendendo o</p><p>respeito e a valorização das diferenças neurológicas.</p><p>Neurodiversidade</p><p>são todas as composições neurológicas humanas.</p><p>A neurodiversidade incui neurotípicos e neuroatípicos.</p><p>A sociedade é neurodiversa (trata-se do conjunto,</p><p>assim como a Amazônia é biodiversa). A pessoa</p><p>(autistas, por exemplo) é neurodivergente, ou tem</p><p>uma neurodivergência.</p><p>Neurodiverso</p><p>estado de ter um funcionamento neurológico</p><p>considerado dentro da norma, do padrão ou típico.</p><p>Neurotipicidade</p><p>são aquelas pessoas que têm um desenvolvimento</p><p>neurológico sem distúrbios ou transtornos.</p><p>Pessoa típica</p><p>Pessoa atípica</p><p>sensibilidade aumentada ou diminuída a estímulos como luz,</p><p>som, textura, cheiro e sabor.</p><p>Sensibilidade Sensorial</p><p>um desligamento no autismo é quando o cérebro de uma pessoa</p><p>fica tão sobrecarregado que não consegue controlar as reações</p><p>ou fica totalmente sobrecarregado por estímulos sensoriais.</p><p>Shutdown</p><p>já foi considerada como um nível “leve” de autismo, hoje está no</p><p>nível 1 de suporte (caracterizado comumente por dificuldades</p><p>na interação social e padrões de comportamento repetitivos</p><p>com interesses restritos). O termo está em desuso no DSM-</p><p>5 (desde 2013) e na CID-11 (em vigor mundialmente desde</p><p>janeiro de 2022), porém, somente entra em vigor no Brasil em</p><p>01/01/2025. Descobriu-se que o Dr. Asperger, que deu nome</p><p>à síndrome, contribuiu com o nazismo e o nome parou de ser</p><p>utilizado para a, então, síndrome.</p><p>Síndrome de Asperger</p><p>é a sensação de estar sobrecarregado por estímulos</p><p>sensoriais. Pode resultar em desconforto, ansiedade, e</p><p>estresse e crise.</p><p>Sobrecarga Sensorial</p><p>descreve comportamentos autoestimulatórios que envolvem</p><p>movimentos ou sons repetitivos. Geralmente se refere a</p><p>comportamentos exibidos por pessoas com transtorno do</p><p>espectro do autismo, como bater os braços ou balançar para</p><p>frente e para trás. É o termo em inglês para os movimentos</p><p>repetitivos estereotipados.</p><p>Stim</p><p>termo médico utilizado para descrever a condição de autismo,</p><p>variando em diversos níveis de suporte e as mais diversas formas</p><p>do comportamento dos indivíduos.</p><p>Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)</p><p>Agora que você já sabe mais sobre o autismo e como</p><p>abordar o tema nas mídias, é importante trazer esse</p><p>conhecimento para o dia a dia e melhorar seu convívio</p><p>social</p><p>com neurodivergentes.</p><p>Aqui vão alguns pontos para considerar:</p><p>#</p><p>9</p><p>C</p><p>O</p><p>M</p><p>O</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>V</p><p>IV</p><p>E</p><p>R</p><p>M</p><p>E</p><p>LH</p><p>O</p><p>R</p><p>C</p><p>O</p><p>M</p><p>P</p><p>E</p><p>S</p><p>S</p><p>O</p><p>A</p><p>S</p><p>A</p><p>U</p><p>T</p><p>IS</p><p>T</p><p>A</p><p>S</p><p>EN</p><p>TE</p><p>N</p><p>D</p><p>ER</p><p>P</p><p>AR</p><p>A</p><p>AC</p><p>O</p><p>LH</p><p>ER</p><p>use linguagem simples e</p><p>objetiva. Evite metáforas ou</p><p>figuras de linguagem que</p><p>possam ser interpretadas</p><p>literalmente.</p><p>Comunicação</p><p>clara e direta</p><p>#01</p><p>algumas pessoas autistas</p><p>podem ser sensíveis a</p><p>estímulos como luzes</p><p>brilhantes, sons altos ou</p><p>texturas.</p><p>Respeite as</p><p>sensibilidades</p><p>sensoriais</p><p>#02</p><p>considere o tempo da</p><p>pessoa autista.</p><p>Ofereça</p><p>opções, mas</p><p>não insista</p><p>#03</p><p>tente identificar gatilhos e</p><p>respeite as necessidades</p><p>específicas.</p><p>Esteja</p><p>sempre</p><p>atento</p><p>#04</p><p>reconheça as habilidades</p><p>únicas de cada pessoa autista</p><p>e celebre a diversidade.</p><p>Acolha as</p><p>Diferenças</p><p>#05</p><p>pesquise, assista filmes e</p><p>séries com personagens</p><p>autistas, siga porta-vozes nas</p><p>redes sociais!</p><p>Traga esse</p><p>universo para</p><p>sua rotina</p><p>#06</p><p>Pesquisa</p><p>Agência e Consultoria Maya</p><p>Redação</p><p>Anne Morais e Fernanda Brabo</p><p>Revisão</p><p>Anne Morais, Júlia Pelinson e Francisco Paiva Junior.</p><p>Colaboração</p><p>Mariana Celle, Adriana Linhares, Natália</p><p>Diogo, Milka Veríssimo e Francisco Paiva Junior</p><p>Direção Criativa</p><p>Paola Carvalho</p><p>Design e editoração</p><p>Sophia Lapertosa</p><p>Realização</p><p>Apoio</p><p>FI</p><p>C</p><p>H</p><p>A</p><p>T</p><p>É</p><p>C</p><p>N</p><p>IC</p><p>A</p><p>https://medium.com/mayapr</p><p>https://escolakoru.com.br/</p><p>https://orbi.co/</p><p>https://stardust.zone/</p><p>https://www.redescordiais.org.br/</p><p>https://tismoo.me/</p><p>https://www.canalautismo.com.br/revista/</p><p>2024</p><p>2024</p>

Mais conteúdos dessa disciplina