Prévia do material em texto
<p>FP114 – QUALIDADE EDUCACIONAL, AVALIAÇÃO E INOVAÇÃO</p><p>TRABALHO CONV. ORDINÁRIA</p><p>TRABALHO</p><p>Nomes e sobrenomes:</p><p>João Deoclécio dos Santos-BRFPMME5072262</p><p>Matilde Correia Almeida- BRFPMME2411152</p><p>Railyce Sarmento Ferreira- BRFPMME5153862</p><p>Ursula Patrícia Fagundes Machado Nogueira da Silva- BRFPMME3963579</p><p>Código: FP114</p><p>Grupo: 2023 -02</p><p>Data: 25/07/2024</p><p>Estratégia para o Diagnóstico de Necessidades de Inovação Educacional na</p><p>Escola Estadual Educadora Neide Enara Sima</p><p>Sumário</p><p>Introdução 1</p><p>Breve descrição da instituição e seu contexto 2</p><p>Fases da estratégia 2</p><p>Participantes do diagnóstico 4</p><p>Ações concretas da estratégia e técnicas que permitirão a identificação participativa das necessidades de inovação educacional e sua hierarquização 4</p><p>Avaliação 5</p><p>Conclusão 6</p><p>Referências bibliográficas 7</p><p>Introdução</p><p>A inovação faz parte de um campo de palavras “mudança”, “transformação”, “novidade”, “criatividade”, “propostas”, “evolução” e “revolução”.</p><p>A definição deste termo na educação parece ser um elemento difícil de conceitualizar e definir de forma consensual (Bédard &Béchard, 2009).</p><p>Inovar significa tanto fazer as coisas de forma diferente do habitual como implementar uma abordagem clássica num contexto diferente, introduzir uma ideia ou ferramenta inovadora no ensino ou inventar e aplicar uma abordagem completamente nova num curso ou em toda a organização curricular (Vidal & Mercado, 2020).</p><p>Para Jesus e Azevedo (2020), a inovação educacional impacta os conteúdos, transforma o papel dos educadores e dos estudantes, através da novidade que introduz. Modifica e pluraliza a relação com o conhecimento, altera as modalidades de interação entre atores e disciplinas e, por vezes, revoluciona a experiência de aprendizagem, formação e ensino.</p><p>A inovação é sem dúvida uma mudança, mas não uma mudança qualquer. Para a inovação, a mudança é voluntária, intencional e deliberada, ou seja, uma mudança investida de uma determinada expectativa, escolhida com pleno conhecimento dos fatos, num momento deliberado e parte de um processo de desenvolvimento da vontade de transformar a formação.</p><p>Este trabalho tem como objetivo elaborar uma estratégia para o diagnóstico de necessidades de inovação educacional em uma instituição de ensino, servindo como base para o futuro desenvolvimento e implementação de projetos inovadores.</p><p>Para responder aos novos desafios, a inovação educativa é uma oportunidade para promover experiências de aprendizagem motivadoras, eficientes e emancipatórias (Lauermann, 2022). Para tanto, selecionamos a Escola Estadual Educadora Neide Enara Sima, no município de Nova Monte Verde – MT, Brasil, como foco deste estudo.</p><p>A integração de tecnologia nas escolas tem o potencial de revolucionar o processo de ensino e aprendizagem. Esta inovação visa não apenas modernizar a infraestrutura escolar, mas também transformar as práticas pedagógicas, promovendo um ambiente mais dinâmico, interativo e centrado no estudante.</p><p>A estratégia de diagnóstico envolverá várias fases, destacando as fases da estratégia, as pessoas que participarão do diagnóstico, as ações concretas da estratégia e técnicas que permitirão a identificação participativa das necessidades de inovação educacional e sua hierarquização e finalmente, a avaliação com os aspectos para verificação da qualidade do diagnóstico.</p><p>Breve descrição da instituição e seu contexto</p><p>O presente trabalho foi realizado na Instituição de Ensino Escola Estadual Educadora Neide Enara Sima, no município de Nova Monte Verde – MT, Brasil, fundada em 1980, oferece as modalidades de ensino Fundamental maior de 6º a 9º ano e 1ª a 3ª série do Ensino Médio. É uma Instituição educacional que busca desenvolver um processo educacional inovador no sistema de ensino local. Tem como objetivo buscar reconhecimento pela qualidade do ensino, através de projetos que façam a diferença no processo ensino aprendizagem, levando os estudantes a adquirirem novos conhecimentos, tornando-os mais eficientes, com uma dinâmica adaptada as necessidades individuais de cada um. Oferece um quadro de educadores qualificados, com uma estrutura adequada, com acesso à internet de qualidade, equipamentos tecnológicos e recursos educacionais digitais.</p><p>A Instituição, como a maioria das instituições também enfrenta desafios a serem superados quanto ao uso correto da tecnologia no ensino-aprendizagem, mas busca uma inovação educacional através de Plataformas de aprendizagem online, que criem um ambiente de aprendizagem estimulante e interativo, que despertem a participação ativa de todos os estudantes, preparando-os para o mercado de trabalho, sabendo que com habilidades ao uso da tecnologias tendem a estar preparados para o mundo profissional. Estas plataformas dão oportunidades aos estudantes ao acesso a materiais de estudos, atividades interativas, fóruns de discussão, dentre outras atividades relevantes ao conhecimento.</p><p>A instituição também oferece formação a seus educadores, pois uso da tecnologia também é um desafio enfrentados por eles, e estes precisam estar preparados para utilizá-la de forma eficaz, integrando-as ao currículo escolar, de forma a acompanhar as mudanças e inovações do sistema educacional.</p><p>Fases da estratégia</p><p>1. Planejamento</p><p>O planejamento é a fase da pesquisa, à qual antecede à realização de uma ação educativa ou de uma intervenção pedagógica. No contexto pedagógico selecionado, o planejamento envolveu a identificação de recursos tecnológicos disponíveis na instituição, dos conhecimentos prévios dos estudantes com relação às plataformas tecnológicas, a fim de selecionarmos uma plataforma de aprendizagem online, à qual será utilizada como ferramenta educativa.</p><p>Somado a isso, consideramos pertinente, investigarmos as dificuldades de aprendizagem dos educadores, tendo em vista, a necessidade de selecionar os conteúdos e a realização do planejamento dos encontros pedagógicos, promovendo uma experiência pedagógica inovadora, propiciando uma aprendizagem efetiva. Desse modo, o planejamento envolveu a escolha do componente curricular no qual será realizada a implementação da proposta educativa, observação em sala de aula, entrevistas aos estudantes participantes, seleção dos conteúdos e da plataforma online, preparação do material pedagógico e atividades e a definição de um processo avaliativo coerente com um ensino baseado nas metodologias ativas.</p><p>2. Coleta de Dados</p><p>A coleta de dados foi realizada a partir da observação participante, momento em que os autores da pesquisa assistiram aulas em uma turma de ensino fundamental, buscando identificar os recursos didáticos utilizados nas aulas, os níveis de engajamento dos estudantes no processo de aprendizagem e as dificuldades de aprendizagem e aquelas inerentes às habilidades tecnológicas.</p><p>Além disso, as entrevistas semiestruturadas com os educadores nos permitiu identificar com maior precisão, as suas habilidades tecnológicas e o papel dos recursos tecnológicos desempenhado nas práticas educativas dos educadores entrevistados. Com isso, podemos analisar a pertinência da implementação de intervenção pedagógica envolvendo uma plataforma online.</p><p>3. Análise</p><p>A análise foi realizada a partir dos dados coletados tanto na observação não participante como das entrevistas realizadas, viabilizando assim, a identificação das dificuldades de aprendizagem dos educadores e as habilidades e experiências educativas com as tecnologias. Desse modo, a análise desses dados nos possibilitou identificar informações relevantes para a definição da plataforma online, dos conteúdos e do processo avaliativo dos educadores, a fim de promover uma experiência educativa inovadora.</p><p>4. Ajustes e replanejamento</p><p>Monitorar a implementação e coleta de feedback dos estudantes e educadores para identificar áreas de melhoria. Oferecendo suporte adicional aos educadores e estudantes durante todas as fases de implementação.</p><p>Participantes do diagnóstico</p><p>As pessoas que participaram do diagnóstico tiveram relação com as dificuldades de aprendizagem dos</p><p>estudantes e educadores, as habilidades tecnológicas de educadores e estudantes, a frequência e as estratégias adotadas mediante o uso de recursos tecnológicos por parte dos educadores foram os autores da presente proposta de intervenção educativa.</p><p>As entrevistas foram realizadas com estudantes, educadores, gestores e membros da comunidade escolar, com o objetivo de diagnosticar as dificuldades enfrentadas quanto ao uso da plataforma online. Além disso, foram distribuídos questionários para coletar dados quantitativos, com o objetivo de atingir diferentes dimensões da instituição, promovendo uma análise da realidade vivenciada.</p><p>Ações concretas da estratégia e técnicas que permitiram a identificação participativa das necessidades de inovação educacional e sua hierarquização.</p><p>Para identificar as necessidades de inovação educacional e sua hierarquização na instituição, foram realizados seminários interativos envolvendo estudantes, educadores e membros da comunidade escolar, proporcionando um espaço educativo participativo para a identificação de desafios e oportunidades. Também foram realizados debates e entrevistas com os estudantes para fomentar a criatividade e a geração de ideias inovadoras. Com o uso dessa tecnologia esperou-se atingir a participação ativa de todos os envolvidos, melhorando o ensino aprendizagem.</p><p>Quanto à hierarquização dessas necessidades, foram utilizados métodos adequados e inovadores, com coleta de dados confiáveis, proporcionando assim à instituição uma estrutura clara para priorizar e direcionar seus esforços de inovação de maneira estratégica e eficaz.</p><p>A tecnologia permitiu a adoção de metodologias ativas que colocam os estudantes no centro do processo de aprendizagem:</p><p>· Sala de Aula Invertida: Estudantes acessam conteúdo online fora da sala de aulas e utilizam o tempo em aula para atividades práticas e discussões.</p><p>· Gamificação: Uso de jogos e aplicativos para tornar o aprendizado mais envolvente.</p><p>· Rotação por estações: A rotação por estações com o uso de tecnologia é uma metodologia ativa poderosa que pode aumentar significativamente o engajamento dos estudantes.</p><p>A implementação de tecnologia e metodologias ativas requer um planejamento cuidadoso e ações concretas. As técnicas de identificação participativa garantem que todas as partes interessadas estejam envolvidas no processo, promovendo uma abordagem colaborativa e inclusiva. Ao combinar essas ações e técnicas, é possível criar um ambiente de aprendizagem dinâmico e eficaz, atendendo às necessidades reais da comunidade escolar e promovendo a inovação educacional de forma sustentável.</p><p>Ao diversificar as atividades e permitir um aprendizado mais personalizado e interativo, essa abordagem não só melhora a motivação e o desempenho dos estudantes, mas também a preparação para as demandas do século XXI. Com um planejamento cuidadoso e suporte adequado, os desafios podem ser superados, tornando essa metodologia uma adição valiosa à prática educativa.</p><p>Avaliação</p><p>O monitoramento e avaliação do impacto das inovações tecnológicas é essencial para ajustar e melhorar as práticas. O processo pode ser acompanhado com os dados de aprendizagem, usando as análises das tendências do sucesso e fracasso do uso.</p><p>Uma outra forma de avaliação é o feedback dos estudantes, pois nele é possível identificar o engajamento no uso das ferramentas tecnológicas e uso das metodologias ativas.</p><p>As observações em sala de aula proporcionam a avaliação em tempo real e ajustes do processo ao uso das tecnologias digitais.</p><p>E não menos importante, a autoavaliação dos educadores, que propiciam a reflexão sobre suas próprias habilidades tecnológicas e identificam áreas para desenvolvimento.</p><p>A avaliação contínua dos educadores e da comunidade educativa é vital para assegurar que a inovação tecnológica nas escolas estaduais seja bem-sucedida. Através de métodos variados e inclusivos, é possível identificar pontos fortes, áreas de melhoria e implementar mudanças eficazes que beneficiem toda a comunidade escolar.</p><p>É de suma importância a análise quantitativa que consiste em analisar os dados coletados através de avaliações e testes para identificar tendências e áreas de melhoria e a análise qualitativa que consiste em analisar os feedbacks qualitativos de estudantes, educadores e pais para obter uma compreensão mais profunda das experiências e percepções.</p><p>Um outro instrumento de avaliação muito significativo são os mapas de impacto para visualizar como diferentes ações e inovações estão contribuindo para os objetivos educacionais.</p><p>E com isso colocar em prática os ciclos de melhoria onde as ações são planejadas, executadas, avaliadas e ajustadas regularmente.</p><p>Conclusão</p><p>Entende-se que a discussão sobre inovação educacional deveria ser intensificada no contexto brasileiro, considerando que muitos trabalhos apresentam uma linguagem extremamente técnica e demonstram uma tendência a entender a inovação como um processo administrativo, desconsiderando a importância do quadro social, cultural, histórico e político em que operam todas as inovações. Pode-se notar que os empenhos têm se dirigido mais a difundir e modelizar experiências do que compreendê-las em sua complexidade e integralidade no âmbito dos atores, processos, relações, dinâmicas, resistências, dilemas, conflitos e contradições.</p><p>No entanto a inovação na educação é fundamental para preparar os estudantes para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo, que está em constante mudança e exigindo habilidades e competências cada vez mais complexas.</p><p>É muito importante a constância dos ajustes e melhoria contínua com reuniões regulares para resultados e planejamento de ajustes.</p><p>A criação de relatórios de progresso detalhados para monitorar a implementação e os impactos.</p><p>As intervenções desenvolvendo planos de ação específicos para áreas que necessitam de melhorias. Com isso, propiciando novas capacitações com treinamentos baseados nas necessidades identificadas.</p><p>E o compartilhamento de boas práticas, criando uma comunidade participativa e engajada.</p><p>As ações concretas e técnicas participativas garantem que a inovação seja adaptada às necessidades reais da comunidade escolar, envolvendo educadores, estudantes, pais e gestores envolvidos no processo. Com uma avaliação contínua e colaborativa, é possível ajustar estratégias, maximizar o impacto positivo no desempenho acadêmico e fomentar um ambiente de aprendizado que prepare os estudantes para os desafios do futuro. A inovação em escolas, portanto, não é apenas sobre a introdução de novas tecnologias, mas sobre transformar a prática educativa para melhor atender às necessidades de todos os envolvidos.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>Bédard, D., &Béchard, J. P. (2009). Innoverdans l'enseignement supérieur. Presses Universitaires de France.</p><p>Jesus, P., & Azevedo, J. (2020). Inovação educacional. O que é? Por quê? Onde? Como? Revista Portuguesa de Investigação Educacional, (20), 21-55.</p><p>Lauermann, R. A. C. (2022). Inovação educacional disruptiva mediada por recursos educacionais abertos (REA) na educação profissional e tecnológica (EPT) (Doctoral dissertation, Universidade Federal de Santa Maria).</p><p>Vidal, O. F., & Mercado, L. P. L. (2020). Integração das tecnologias digitais da informação e comunicação em práticas pedagógicas inovadoras no ensino superior. Revista Diálogo Educacional, 20(65), 722-749.</p><p>Bacich, L., & Moran, J. (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora: Uma abordagem teórico-prática. Penso.</p><p>Barreto, R. G., & Gomes, C. A. (Orgs.). (2014). Educação e tecnologia: Paradoxos na inclusão digital. Papirus.</p><p>Behar, P. A. (2009). Modelos pedagógicos em educação a distância. Artmed.</p><p>Castro Filho, J. B., & Lima, M. S. (2020). Inovação e tecnologias digitais na educação: Teorias e práticas. CRV.</p><p>Gomes, L. M. (2021). Rotação por estações: Uma metodologia ativa para o ensino híbrido. DVS Editora.</p><p>Moran, J. M., Masetto, M. T., & Behrens, M. A. (2000). Novas tecnologias e mediação pedagógica. Papirus.</p><p>10,00 / 10,00</p><p>Avaliado em</p><p>Sunday,</p><p>22 September 2024, 22:56</p><p>A proposta está bem desenvolvida e de acordo com os conteúdos da disciplina, demonstrando capacidade de relacionar informações e teorias ...</p><p>6</p>