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<p>Proposta de Redação</p><p>A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos</p><p>construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-</p><p>argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema</p><p>“Ameaça ignorada: por que o aquecimento global ainda não é visto com</p><p>seriedade?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos</p><p>humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos</p><p>e fatos para defesa de seu ponto de vista.</p><p>TEXTO I</p><p>Mudanças Climáticas: Ameaça ignorada</p><p>Os cientistas estão cansados de avisar, mas ainda há quem tape os ouvidos para os alertas</p><p>sobre as mudanças climáticas. Uma pesquisa recentemente publicada nos Estados Unidos</p><p>mostrou que a proporção de norte-americanos convencidos de que o homem é</p><p>responsável por boa parte do aquecimento global despencou 40% desde o ano passado.</p><p>O resultado motivou pesquisadores da Columbia University a tentar entender por que,</p><p>mesmo sabendo dos riscos ao planeta, algumas pessoas não conseguem processar essa</p><p>informação. A pesquisa [The Psychology of Climate Change Communication] foi feita com</p><p>base em enquetes realizadas em grupos tão diversos como fazendeiros africanos e</p><p>eleitores conservadores dos Estados Unidos. Reportagem de Paloma Oliveto, do Correio</p><p>Braziliense, com informações complementares do EcoDebate.</p><p>As principais autoras do estudo, Debika Shome e Sabine Marx, concluíram que, para os</p><p>leigos, as questões climáticas parecem confusas, opressivas e ligadas a negociações</p><p>políticas. Boa parte da culpa, apontam as pesquisadoras, está na forma como a mídia trata</p><p>o tema. Para elas, é preciso aproximar o aquecimento global da realidade do público.</p><p>“Os psicólogos estão cientes das dificuldades que indivíduos e grupos têm em processar e</p><p>responder efetivamente às informações que envolvem complexos desafios sociais e de</p><p>longo prazo”, dizem as pesquisadoras, no estudo. “O público precisa ser capaz de</p><p>interpretar e apresentar respostas aos avisos da ciência”, afirmam.</p><p>Disponível em: <https://www.ecodebate.com.br/2009/11/09/mudancas-climaticas-ameaca-ignorada/>.</p><p>(Adaptado).</p><p>http://www.cred.columbia.edu/guide/</p><p>https://www.correioweb.com.br/cbonline/ciencia/pri_cie_69.htm</p><p>https://www.correioweb.com.br/cbonline/ciencia/pri_cie_69.htm</p><p>TEXTO II</p><p>O aquecimento global não está sendo levado a sério</p><p>O aquecimento global não está sendo levado a sério e o tempo está se esgotando para</p><p>evitar consequências como a seca e a inundação de cidades, disse nessa quinta-feira (10/4)</p><p>o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. "Estamos chegando rapidamente a um</p><p>ponto em que não vamos ser capazes de manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus</p><p>Celsius ", acrescentou ele, no início da reunião de primavera do Banco Mundial e do Fundo</p><p>Monetário Internacional (FMI), em Washington.</p><p>Jim Yong Kim defendeu que "o aquecimento de 2 graus Celsius vai ter grandes</p><p>implicações”, indicando que “40% das terras aráveis da África desaparecerão e a cidade de</p><p>Bangcoc poderá ficar submersa”.</p><p>O Banco Mundial atua em várias áreas para combater as alterações climáticas,</p><p>principalmente no preço do carbono, no financiamento da energia renovável e na pressão</p><p>exercida junto aos governos para remover os subsídios à energia.</p><p>Jim Yong Kim receia que muitos tenham deixado de pensar nas alterações climáticas como</p><p>um problema urgente. "Daqui a dez ou 15 anos, quando começarem batalhas devido à</p><p>falta de acesso à água e à comida, estaremos todos aqui sentados pensando: meu Deus,</p><p>por que não fizemos mais àquela altura?", desabafou, confessando-se “extremamente</p><p>preocupado” com o fato de “o mundo ainda não levar o assunto suficientemente a sério”.</p><p>Disponível em: <https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2014/04/banco-mundial-</p><p>aquecimento-global-nao-esta-sendo-levado-serio.html>. (Adaptado).</p><p>TEXTO III</p><p>Aquecimento Global existe mesmo?</p><p>O Aquecimento Global, durante os últimos anos, foi um dos temas mais debatidos tanto na</p><p>comunidade científica internacional quanto em outros espaços da sociedade, como a</p><p>imprensa e a internet. Até bem pouco tempo, considerava-se como consenso a perspectiva</p><p>de que a Terra estaria aquecendo em uma velocidade cada vez mais acelerada em função</p><p>das atividades humanas. No entanto, atualmente, as contestações chamadas de “céticas”</p><p>vêm se tornando cada vez mais conhecidas.</p><p>Assim, diante de um verdadeiro mar de afirmações e contestações, é possível sintetizar</p><p>três posições principais, a saber:</p><p>Proposição 01: O Aquecimento Global existe e é culpa do homem;</p><p>Proposição 02: O Aquecimento Global existe, mas é um evento natural;</p><p>https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2014/04/banco-mundial-aquecimento-global-nao-esta-sendo-levado-serio.html</p><p>https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2014/04/banco-mundial-aquecimento-global-nao-esta-sendo-levado-serio.html</p><p>Proposição 03: O Aquecimento Global não existe.</p><p>Em uma terceira via, mais “radical”, há um grupo que afirma que o Aquecimento Global</p><p>simplesmente não existe, de que se trata de uma teoria que jamais foi provada. Para eles,</p><p>esse “alarmismo” seria uma estratégia dos países desenvolvidos para evitar o aumento do</p><p>consumo e do padrão de vida do mundo subdesenvolvido, envolvendo também outras</p><p>questões políticas e que não possuem uma real validade científica. Entre os defensores</p><p>dessa tese, podemos destacar Timoth Oke, climatólogo canadense, Ricado Augusto Felício,</p><p>climatólogo e professor da USP, e Luiz Carlos Molion, meteorologista da Universidade</p><p>Federal de Alagoas.</p><p>Há, inclusive, a afirmação de que a Terra possa se resfriar nos próximos anos. Isso porque</p><p>a atividade solar é cíclica, sendo assim, durante o período em que ela é mais intensa, as</p><p>temperaturas aumentam e, quando a atividade solar diminui, as temperaturas abaixam, o</p><p>que deve ocorrer nos próximos 20 ou 30 anos. As temperaturas só se elevariam em locais</p><p>específicos, como os centros urbanos, em função das ilhas de calor.</p><p>Além disso, seria também necessário considerar a influência dos oceanos sobre o clima,</p><p>uma vez que a maior parte da superfície terrestre é composta por eles. Assim, alguns</p><p>fatores atmosféricos, como a umidade do ar, alteram-se conforme as oscilações das</p><p>temperaturas oceânicas. Um dos elementos utilizados como argumento nesse contexto é</p><p>a Oscilação Decadal do Pacífico, um fenômeno que, a cada 20 anos, altera as temperaturas</p><p>do Oceano Pacífico e influencia o clima em todo o mundo.</p><p>De qualquer forma, independente de qual das proposições acima seja a verdadeira ou a</p><p>mais próxima da realidade, é preciso considerar que o Aquecimento Global não é a única</p><p>questão ambiental atualmente em debate. Por isso, meios de preservação dos espaços</p><p>naturais devem ser intensificados, como a conservação das florestas, dos solos e dos rios.</p><p>Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/aquecimento-global-existe-mesmo.htm>.</p><p>(Adaptado).</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/aquecimento-global-existe-mesmo.htm</p>