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<p>UNIVERSIDADE DE SUMARÉ / SP</p><p>ENSINO 100% ON LINE</p><p>PODOLOGIA</p><p>NOME</p><p>MICROBIOLOGIA BÁSIA</p><p>SUMARÉ SP 2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>AUTORA: NOME</p><p>1º SEMESTRE</p><p>SUMARÉ SP</p><p>2024</p><p>Orientador: TUTOR</p><p>Introdução à microbiologia</p><p>A microbiologia é a ciência que estuda seres vivos pequenos, chamados de microrganismos, que só podem ser observados por meio de microscópios. Esses microrganismos são de fundamental importância para o meio ambiente, desde a fertilização do solo até a produção de bebidas e remédios. Os estudos nessa área capacitam o aluno para o mercado de trabalho, abordando a diversidade de microrganismos, suas necessidades nutricionais, importância na área de saúde e técnicas de identificação e controle. Os objetivos incluem conceituar a microbiologia, entender a diferença entre células eucariontes e procariontes, e compreender as características morfológicas e fisiológicas dos microrganismos, além de suas necessidades nutricionais.</p><p>O texto descreve a necessidade de desenvolver habilidades técnicas de classificação de microrganismos e sua aplicação em situações reais. O exemplo apresentado é o aumento da taxa de mortalidade em pacientes submetidos a cirurgias videolaparoscópicas em um hospital central. Essas cirurgias são realizadas para investigar dor na região pélvica ou tratar doenças ginecológicas. Após análise dos prontuários, constatou-se que a maioria dos pacientes faleceu de sepse. A situação levanta a questão sobre como ocorreu essa contaminação. A unidade abordará os principais assuntos da área de microbiologia para ajudar a resolver e compreender essa situação.</p><p>Conceito de microbiologia, células procariontes e</p><p>Eucariontes</p><p>A Microbiologia é a ciência que estuda os microrganismos, seres vivos pequenos como vírus e células unicelulares ou pluricelulares. Esses seres se agrupam de acordo com suas formas de obtenção de alimento, sendo autótrofos ou heterótrofos. Além disso, há uma divisão entre células procarióticas e eucarióticas.</p><p>Procarióticos e eucarióticos têm composição química semelhante, com ácidos nucleicos, proteínas, lipídeos e carboidratos. Ambos realizam reações químicas para metabolizar alimentos, proteínas e armazenar energia. As diferenças estão na estrutura da parede celular, membrana plasmática e organelas. As organelas são estruturas especializadas com funções específicas. As células procarióticas incluem bactérias, arquibactérias e cianobactérias, enquanto os eucariontes incluem animais, plantas, fungos e protistas. O conhecimento microbiológico ajudou a entender a relação dos microrganismos com o ambiente e sua importância para a vida.</p><p>Há anos, cientistas estudam a diversidade de microrganismos através da taxonomia, que classifica os organismos de acordo com sua similaridade. A identificação é feita por meio de processos bioquímicos, moleculares e morfológicos, agrupando os organismos em cinco reinos: Monera (bactérias, arqueanas e cianobactérias), Protista (algas e protozoários), Fungi (fungos), Plantae (vegetais) e Animalia (animais). Os vírus não fazem parte dessa classificação por não serem considerados organismos vivos.</p><p>A célula procariótica é menor e estruturalmente mais simples do que a célula eucariótica. Ela possui uma membrana celular e uma parede celular externa. Internamente, contém DNA disperso no citoplasma e não possui organelas membranosas, mas tem ribossomos. O material genético dos procariotos consiste em uma molécula de DNA circular chamada cromossomo, além de um pequeno círculo de DNA chamado plasmídeo. Por outro lado, a célula eucariótica é mais complexa, com o DNA envolvido por uma membrana nuclear e diversas organelas membranosas. Alguns eucariontes possuem parede celular, mas sua composição é diferente dos procariotos. As bactérias são unicelulares, com membrana plasmática, parede celular e citoplasma, além de outras estruturas como mesossomos, ribossomos e material genético disperso no citoplasma e em plasmídeos. A parede celular é semirrígida e composta de mureína.</p><p>Bactérias podem ser gram-positivas ou gram-negativas, dependendo da espessura de sua parede celular. Gram-positivas são espessas, rígidas e possuem múltiplas camadas de peptideoglicano, além de ácidos teicoicos que contribuem para o crescimento celular e o reconhecimento do tipo de bactéria.</p><p>Um método de coloração chamado coloração de Gram foi desenvolvido pelo cientista Dr. Hans Christian Gram para colorir as paredes celulares de bactérias. As bactérias gram-positivas possuem paredes celulares espessas que retêm o corante azul a púrpura, enquanto as bactérias gram-negativas possuem uma camada fina onde o corante não se fixa, resultando em uma coloração vermelha. As bactérias gram-negativas têm uma camada de peptidioglicano mais fina e uma membrana externa formada por fosfolipídios, proteínas e Lipopolissacarídeo (LPS). A membrana externa atua como uma barreira para alguns antibióticos e outros compostos, além de causar toxicidade na corrente sanguínea.</p><p>O controle de microrganismos visa destruir, inibir ou remover qualquer espécie, utilizando métodos físicos e químicos. O calor é o método mais comum, pois é barato e prático. Ele elimina microrganismos dependendo do tipo, do tempo de exposição e da temperatura. A incineração é um método de calor a seco que destrói todos os microrganismos e é usado para descarte de materiais biológicos contaminados. A autoclave é um equipamento de calor úmido usado para esterilizar, e eleva a temperatura com alta pressão. Existem também métodos de controle físicos e químicos, como desinfecção, esterilização, sanitização e antissépticos, que têm diferentes finalidades e são utilizados em diferentes situações para proteger a integridade de locais, profissionais e pacientes em unidades de saúde.</p><p>Evolução Microbiana</p><p>Bactérias resistentes a antimicrobianos utilizam mecanismos como alteração do sítio de ação do fármaco, mudança da permeabilidade da membrana plasmática, produção de enzimas inibidoras, e desenvolvimento de uma Bomba de Efluxo. Isso impede a ligação do antimicrobiano, sua penetração na célula e pode até expulsá-lo antes de causar danos.</p><p>Reino Fungi é o estudo da micologia, a qual aborda os fungos, microrganismos eucariontes encontrados em diversos ambientes, inclusive solo e água. Além de serem parasitas de animais ou vegetais, alguns fungos podem causar doenças, como as micoses cutâneas. No entanto, eles também podem ser benéficos e utilizados na fabricação de alimentos, como queijo e cerveja, além de fármacos. Diferentemente de vegetais e algas, os fungos não possuem pigmento fotossintético e possuem parede celular com quitina. Eles são heterótrofos e liberam enzimas digestivas para fora do corpo, absorvendo o produto dessa digestão. Esses microrganismos podem ser aeróbicos ou anaeróbicos, sendo capazes de realizar a fermentação. Um exemplo famoso é o Saccharomyces cerevisiae, que transforma açúcar em álcool etílico e CO2. Os fungos são classificados de acordo com as estruturas e esporos produzidos, como os bolores, que são encontrados na água, solo e alimentos, e são constituídos por hifas, filamentos que formam um conjunto chamado de micélio. Essas hifas podem ser septadas, com divisões internas, ou asseptadas, sem divisões internas.</p><p>Fungos carnosos são fungos macroscópicos, como cogumelos e fungos de troncos de árvores. Eles têm um corpo formado por um micélio que cresce em substratos como solo e madeira em decomposição, e um corpo de frutificação que fica acima do solo e libera esporos para germinar. Os liquens são uma associação entre uma alga e um fungo, com diferentes formas e cores. Eles são indicadores de qualidade do ar, pois são sensíveis a poluentes. A reprodução fúngica pode ocorrer por brotamento, alongamento das hifas ou formação de esporos sexuais e assexuais. Os fungos requerem substrato adequado, umidade de cerca de 70%, temperatura entre 25 e 28 ºC e pH ideal de 5, podendo crescer em baixas concentrações de O2.</p><p>Existem</p><p>fungos produtores de toxinas, estas substâncias podem ser</p><p>tóxicas ao organismo. Seguem dois artigos que descrevem a respeito</p><p>das micotoxinas (toxinas produzidas pelos fungos). O primeiro trata do</p><p>combate à microbiota em plantas medicinais por meio da irradiação.</p><p>A ação dos antimicrobianos e os mecanismos de resistência das bactérias foram discutidos, assim como as características dos fungos. Agora, vamos resolver a situação em que duas pessoas adoeceram após o jantar. É importante verificar a higiene do local e cuidar dos alimentos ao comer fora de casa. Armando ficou doente devido ao uso de antibióticos, que danificaram sua flora intestinal. Isso facilitou a colonização de bactérias oportunistas como a C. difficile. Já Benedito suspeitava-se de uma intoxicação por micotoxicose, mas não há casos humanos relatados de aflatoxina.</p><p>Discute-se a evolução microbiana, mais especificamente os protozoários. Conta-se a história de quatro amigos que tiveram infecções após um jantar de confraternização. Cada um pediu um prato diferente e após três dias apresentaram sintomas variados. Armando teve diarreia intensa, cólicas abdominais, febre e colite. Benedito teve dores abdominais, náuseas, vômitos e icterícia. Carlos teve diarreia, febre, colite e calafrios. E Denilson teve cefaleia, febre, vômito, diarreia e dor abdominal. Pergunta-se então se esses sintomas podem estar relacionados a uma doença causada por protozoário e se existe algum método de controle para evitar a contaminação.</p><p>A maioria dos protozoários são unicelulares, vivem no solo e na água e alguns são patogênicos para o homem. Eles não realizam a fotossíntese por não terem clorofila e são quimioheterotróficos. Não podem ser classificados como algas ou vegetais, porque não são fotossintetizantes e não possuem parede celular. Possuem células similares às células animais, com membrana plasmática, núcleo, retículo endoplasmático, mitocôndria, complexo de Golgi, lisossomos e centríolos. Também possuem vacúolos digestivos, vacúolos contráteis, cílios, pseudópodes e flagelos nas células. Eles se protegem formando uma película ao redor do organismo.</p><p>Os protozoários obtêm alimentos através de estruturas celulares, como osmose, por ondulações dos cílios (citóstoma) ou fagocitose de partículas por pseudópodes. Na imagem estão representados os protozoários Ameba e Paramécio.</p><p>Microrganismos são classificados conforme sua necessidade de oxigênio: aeróbios, anaeróbios, microaerófilos e facultativos. Protozoários são classificados pelo modo de locomoção: Sarcodíneos (pseudópodos), Mastigóforos (flagelos), Ciliados (cílios) e Esporozoários (sem estrutura locomotora). Quadro com exemplos e modos de locomoção e reprodução dos protozoários.</p><p>Depois de aprender sobre os protozoários, vamos resolver a situação-problema apresentada no "Diálogo aberto dessa seção". Em um jantar de confraternização, quatro amigos pediram diferentes tipos de comidas e, após três dias, apresentaram sintomas variados. Armando teve diarreia intensa, cólicas abdominais, febre e colite; Benedito teve dores abdominais, náuseas, vômitos e icterícia; Carlos teve diarreia, febre, colite e calafrios; e Denilson apresentou cefaleia, febre, vômito, diarreia e dor abdominal. Esses sintomas podem estar relacionados a uma possível doença causada por protozoário. É importante refletir sobre o ambiente favorável ao desenvolvimento dos protozoários, as formas de nutrição e os métodos de controle para evitar contaminação. Protozoários como a Entamoeba histolytica, causadora da amebíase, são comuns em áreas com saneamento básico deficiente, o que permite a contaminação de alimentos e água com fezes. Se os alimentos vierem de locais contaminados, ou a água do restaurante for contaminada, isso pode infectar todos os clientes.</p><p>Os protozoários podem apresentar estruturas que auxiliam na</p><p>locomoção, porém uma das formas a seguir não pertence aos</p><p>protozoários. Qual das estruturas não pertence aos protozoários? O</p><p>resultado é a somatória:</p><p>1. Cílios.</p><p>2. Flagelos.</p><p>3. Hifas.</p><p>4. Micélio.</p><p>5. Pseudópodes.</p><p>2. Nos protozoários de vida livre existe o vacúolo contrátil. Qual a</p><p>importância desta estrutura para o protozoário?</p><p>a) Eliminar o excesso de água.</p><p>b) Auxiliar na locomoção.</p><p>c) Digestão de partículas.</p><p>d) Absorção de água.</p><p>e) Emissão de pseudópodos.</p><p>U2 - Evolução Microbiana 71</p><p>3. Considerando as afirmações a seguir em relação aos protozoários,</p><p>qual será a alternativa correta?</p><p>I - Protozoários são seres microscópicos acelulares.</p><p>II - Protozoários só se reproduzem assexuadamente.</p><p>III - Protozoários podem ser de vida livre ou patogênica.</p><p>a) Apenas II está correta.</p><p>b) Apenas III está correta.</p><p>c) Apenas I e II estão corretas.</p><p>d) Apenas II e III estão corretas.</p><p>e) I, II e III estão corretas.</p><p>Os vírus são seres muito pequenos, menores que as bactérias, visíveis apenas por microscópio eletrônico. Eles são compostos por um capsídeo proteico que envolve o genoma viral, composto por DNA ou RNA. Alguns vírus possuem envelope de lipídios e polissacarídeos, enquanto outros têm cauda, bainha e fibras caudais, infectando bactérias. A estrutura viral é representada na figura abaixo.</p><p>Patogênicos ao homem</p><p>Vamos estudar sobre doenças bacterianas e fúngicas, suas formas de contágio, tratamento e controle. Antes disso, vamos entender a diferença entre intoxicação microbiana e doença infecciosa. Intoxicação microbiana ocorre quando ingerimos uma toxina produzida por um patógeno, enquanto doença infecciosa ocorre quando um patógeno coloniza o corpo do hospedeiro. Começando com as doenças bacterianas, temos a doença da pele. O antraz, causado pelo bacilo Bacillus anthracis, é transmitido por endósporos em lesões na pele, inalação de esporos ou ingestão de carne contaminada. O tratamento é feito com antibióticos específicos e o controle é realizado através da vacinação animal, esterilização de materiais contaminados e higiene. Outra doença bacteriana é a hanseníase, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, transmitida por secreções respiratórias e contato prolongado com um doente sem tratamento. O tratamento é feito através de poliquimioterapia e o controle envolve vigilância epidemiológica e ações educativas.</p><p>A conjuntivite pode ser causada por agentes como Haemophillus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Os sintomas incluem secreção mucopurulenta, vermelhidão, edema das pálpebras ou conjuntiva, irritação e fotossensibilidade. A contaminação ocorre através do contato com a secreção ocular ou genital de indivíduos infectados. O tratamento envolve o uso de colírios antibióticos e o controle é feito através de cuidados especiais de higiene. Além disso, o tracoma também é uma forma contagiosa de conjuntivite associada a condições de pobreza.</p><p>Contaminação: A difteria é transmitida por meio de gotículas expelidas durante a tosse. Tratamento: Antibióticos são eficazes na fase inicial. Controle: Vacinação, evitar locais fechados com pessoas tossindo e contato com indivíduos diagnosticados. Difteria é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae e apresenta sintomas de lesão membranosa branca acinzentada na orofaringe, garganta dolorida, linfonodos inchados e edema no pescoço. A contaminação ocorre por gotículas transmitidas pelo ar e contato direto. O tratamento envolve isolamento e administração de soro antitoxina e antibióticos. O controle é feito através da vacinação. Outras doenças respiratórias incluem tuberculose, legionelose e faringite estreptocócica, que possuem diferentes formas de contaminação.</p><p>A Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda (ANUG), também conhecida como "boca de trincheira" resulta de falta de higiene e dieta deficiente. Causa sangramento, inchaço dos linfonodos e erosão do tecido da gengiva. Para evitar, é necessário uma higiene bocal adequada. A cólera é uma infecção gastrointestinal causada pelo Vibrio cholerae. Os sintomas incluem diarreia, fezes aquosas, vômitos e desidratação. A contaminação ocorre através de água ou alimentos contaminados com fezes. O tratamento</p><p>envolve reidratação e antibióticos sob orientação médica. Para prevenção, é necessário consumir alimentos cozidos, beber água potável, tratar adequadamente os dejetos humanos e manter a higiene das mãos.</p><p>Infecções do sistema nervoso: Listeriose é causada pelo Listeria monocytogenes. Pessoas saudáveis ​​geralmente apresentam apenas febre leve, mas pode evoluir para meningoencefalite, com sintomas como febre, cefaleia intensa, delírio, coma e até morte. É transmitida pela ingestão de leite cru, vegetais contaminados e de mães para o feto. O tratamento envolve o uso de antibióticos. Para prevenção, é recomendado consumir alimentos bem cozidos, evitar alimentos crus e lavar vegetais adequadamente. Tétano, causado por Clostridium tetani, apresenta sintomas de rigidez muscular, principalmente no pescoço e espasmos faciais. Pode ser transmitido por fezes de animais, terra, plantas e objetos, infectando pessoas com feridas. O tratamento inclui antibióticos, relaxantes musculares, sedativos e imunoglobulina antitetânica. A prevenção é feita por meio da limpeza adequada de ferimentos e vacinação.</p><p>O botulismo é uma doença causada pela ingestão de alimentos contaminados e afeta o sistema nervoso central. Alimentos como palmito, embutidos, peixes e frutos do mar podem estar contaminados se não forem preparados corretamente. A doença é causada pela toxina produzida pelas bactérias. A meningite é outra doença que pode ser causada por bactérias e afeta as membranas que revestem o sistema nervoso central. As infecções fúngicas, chamadas de micoses, podem destruir tecidos e obstruir o fluxo de fluidos corporais. Alguns fungos, como Aspergillus e Mucor, podem crescer nas artérias e veias, causando oclusão e necrose do tecido. As micoses são classificadas em diferentes tipos: superficiais, cutâneas, subcutâneas e sistêmicas. Além disso, alguns fungos podem causar pneumonia, como o pneumocystis, enquanto a zigomicose pode causar infecções cerebrais.</p><p>No Brasil, várias pessoas foram diagnosticadas com meningite após apresentarem sintomas como cefaleia, febre, rigidez do pescoço, vômitos, manchas avermelhadas na pele, sonolência e fotofobia. A contaminação pode ter ocorrido por contato direto com secreções nasofaríngeas de pessoas doentes ou sem sintomas. As bactérias Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae podem causar meningite grave, mas a doença não é mais transmissível após 24 horas de tratamento eficaz. As meningites fúngicas não são transmitidas entre pessoas e são menos graves que as bacterianas.</p><p>Vamos estudar algumas doenças virais, como a catapora. A catapora é causada pelo herpes-vírus e é transmitida por secreções respiratórias de pessoas contaminadas. Os sintomas incluem vesículas com conteúdo claro na pele, febre e sensação de formigamento e dor. O tratamento envolve banhos com permanganato, higiene adequada da pele e medicamentos. A vacinação é uma forma de controle. Além disso, o vírus que causa a catapora pode resultar em herpes-zóster, que provoca formigamento, dor e bolhas com água.</p><p>Rubéola é causada pelo vírus da família Togavírus, transmitida por gotículas nasofaríngeas ou contato direto. Sintomas incluem dor de cabeça, dor ao engolir, dores no corpo, coriza, linfonodos inchados, febre e manchas avermelhadas. Tratamento envolve medicamentos e repouso. Prevenção é feita através de vacinação.</p><p>Sarampo é causado pelo vírus da família Paramyxovírus, transmitido por secreções ou contato direto. Sintomas incluem manchas avermelhadas, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza e manchas brancas nas bochechas. Tratamento envolve repouso, hidratação, alimentação leve, higiene ocular e medicamentos. Prevenção é feita através de vacinação.</p><p>Os diferentes tipos de vírus podem causar várias infecções no sistema respiratório, como resfriado, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), doença respiratória viral aguda e febril, síndrome pulmonar por Hantavírus e gripe. Também podem causar infecções na região oral, como herpes, e até mesmo no sistema genital. Além disso, os vírus podem causar hepatite, uma inflamação no fígado. É importante destacar a importância da vacinação para prevenir algumas dessas infecções. Além disso, a caxumba é uma doença causada pelo vírus da família Paramyxovírus, que é transmitido pelo contato com a saliva e gotículas respiratórias. Os sintomas incluem aumento do tamanho da glândula parótida, febre, mal-estar e inflamação dos testículos e ovários em casos graves. O tratamento consiste em aliviar os sintomas e o repouso, enquanto a vacinação é fundamental para o controle da doença. Com relação ao vírus da AIDS, é necessário um estudo cuidadoso, principalmente para pessoas na faixa etária de 50 anos.</p><p>Infecções do Sistema Nervoso Central incluem a Raiva, uma doença causada pelo vírus Rhabdovírus transmitido por mordidas de animais. Os sintomas incluem convulsões, perda de sensibilidade, perda de função muscular, febre e espasmos musculares. O tratamento envolve vacinas e imunoglobulina humana para raiva. O controle é feito através da vacina antirrábica. Outra infecção é a Meningite Viral, causada por diferentes vírus, transmitida por contato próximo ou via água e alimentos contaminados. Os sintomas incluem dores de cabeça intensas, náuseas, vômitos, febre e rigidez de nuca. O tratamento é sintomático, utilizando analgésicos, antipiréticos e hidratação. O controle é realizado através da limpeza e higiene.</p><p>Os agentes físicos incluem calor, frio, radiação, dessecação, filtração e ondas ultrassônicas. Os agentes químicos incluem desinfetantes, antissépticos e antimicrobianos. É importante controlar os fatores que afetam o crescimento microbiano, como temperatura, pH, substrato e tipo de microrganismo. A autoclave é um equipamento comumente usado para esterilização em laboratórios, hospitais e salões de beleza. Seu tamanho varia de acordo com a necessidade do local. Faça uma pesquisa sobre a diferença entre antissepsia, agentes biocidas e agentes biostáticos.</p><p>Agentes químicos: Gases/vapores (formaldeído), oxidantes (água oxigenada), metais pesados (sulfato de cobre), químicos álcool (70%), iodo. Métodos de esterilização: Lesão ácidos nucleicos, desnaturação proteínas, inibição metabolismo, ruptura membrana celular. Resistem alguns microrganismos. Exemplos na tabela abaixo.</p><p>A meningite pode ser transmitida por contato com secreções de uma pessoa contaminada, além de exposição a agentes químicos. Por isso, é fundamental manter as áreas de saúde limpas e seguir protocolos de prevenção, como higienização das mãos, uso de luvas e processos de desinfecção e esterilização.</p><p>Para prevenir a doença, é importante ter cuidados de higiene pessoal, como lavar bem as mãos e evitar ambientes contaminados. Sintomas como rigidez e dor na região da nuca, febre e alteração do nível de consciência podem indicar meningite.</p><p>No contexto dos salões de beleza, é essencial esterilizar os utensílios para evitar infecções causadas por bactérias, vírus ou fungos. A esterilização correta deve ser realizada com autoclave, que utiliza temperatura e pressão adequadas para eliminar os microrganismos.</p><p>No exercício proposto, é preciso conhecer os métodos de controle de microrganismos. Entre os processos físicos, temos o calor e o frio. Já entre os processos químicos, temos desinfetantes e antissépticos. Além disso, é importante controlar fatores como temperatura, pH, atmosfera e tipo de microrganismo.</p><p>O processo de flambagem envolve aquecer a alça de platina na chama do bico de Bunsen para matar os microrganismos. Gases ou vapores como formaldeído são agentes químicos utilizados no controle microbiano. Os métodos de controle não apenas agridem a parede celular das bactérias, mas também podem agir de outras formas para eliminar os microrganismos.</p><p>Resumindo:</p><p>A meningite pode ser transmitida por contato com secreções e agentes químicos. É importante manter a higiene e seguir protocolos de prevenção. Sintomas como rigidez na nuca, febre e alteração de consciência são sugestivos de meningite. Nos salões de beleza,</p><p>a esterilização de utensílios é essencial para evitar infecções. O processo deve ser feito com autoclave. No controle de microrganismos, há diversos métodos, como calor, frio, desinfetantes e antissépticos. Também é necessário controlar fatores como temperatura, pH, atmosfera e tipo de microrganismo. A flambagem é um método que utiliza calor para destruir microrganismos, e gases como formaldeído são agentes químicos. Os métodos de controle não apenas agridem a parede celular das bactérias, mas também podem agir de outras formas para eliminar os microrganismos.</p><p>Biotecnologia</p><p>A imunidade é a capacidade do organismo de combater substâncias estranhas, e para entender melhor, é importante compreender a diferença entre antígeno e anticorpo. Os antígenos são estruturas que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos. Esses anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico com o propósito de combater os antígenos. Os anticorpos têm ação específica e reconhecem estruturas específicas dos antígenos. O sistema imunológico tem como principal função destruir os antígenos causadores de doenças.</p><p>Existem algumas doenças autoimunes, que ocorrem quando o sistema imunológico ataca as células do próprio organismo. Exemplos dessas doenças são o Lúpus, Vitiligo, Diabetes tipo 1 e Psoríase.</p><p>Existem diferentes tipos de imunidade. A imunidade inata atua rapidamente em resposta aos microrganismos e está presente desde o nascimento. Nessa imunidade, o organismo possui barreiras físicas e químicas, como a pele, pelos, muco, glândulas e substâncias com funções antibióticas.</p><p>Já a imunidade adquirida ocorre quando somos expostos a agentes infecciosos e nosso organismo produz células de defesa. Essa imunidade inclui a resposta humoral, em que os linfócitos B produzem anticorpos, e a resposta mediada por células, em que os linfócitos T ativam outras células de defesa.</p><p>No sistema imunológico, há a participação de órgãos primários, como o timo e a medula óssea, onde ocorre o amadurecimento das células de defesa. Os órgãos secundários incluem o baço, os linfonodos, as placas de Peyer, a medula óssea e as tonsilas.</p><p>Além das células do sistema imunológico, existe uma microbiota residente e transitória no corpo humano. A microbiota residente coloniza diversas superfícies do corpo e ajuda a proteger contra invasão de patógenos. Já a microbiota transitória é aquela que pode penetrar no organismo e causar doenças.</p><p>É importante entender a função das diferentes células do sistema imunológico, como os neutrófilos, eosinófilos, linfócitos T e B, células NK, macrófagos, mastócitos e monócitos.</p><p>Portanto, o sistema imunológico é responsável por proteger o organismo contra substâncias estranhas e combater doenças, e a compreensão dos diferentes mecanismos de imunidade é fundamental para a manutenção da saúde.</p><p>A esclerose múltipla é uma doença autoimune que resulta na destruição da bainha de mielina dos neurônios, levando à perda de comunicação entre as células nervosas. Os sintomas incluem perda de visão em um dos olhos, formigamento nos membros, perda de movimento, fadiga, espasmos musculares, incontinência urinária, problemas sexuais, dores crônicas e depressão. Estudos sugerem que o desequilíbrio da microbiota intestinal pode contribuir para o desenvolvimento da doença, uma vez que certas bactérias auxiliam no funcionamento do sistema imunológico.</p><p>É importante ressaltar que os sintomas devem persistir por mais de um dia para o diagnóstico correto da doença. Apesar da perda de controle de movimentos, a capacidade de raciocínio do indivíduo com esclerose múltipla permanece intacta.</p><p>Portanto, é fundamental compreender a relação entre a microbiota e a esclerose múltipla, uma vez que o desequilíbrio na microbiota pode desencadear o desenvolvimento da doença. A pesquisa disponível no artigo mencionado também explora esse tema.</p><p>A esclerose múltipla é uma doença autoimune que ocorre quando os anticorpos atacam a bainha de mielina dos neurônios, resultando na perda de comunicação entre as células nervosas. Os primeiros sintomas geralmente incluem perda de visão em um dos olhos, seguida de formigamento nos membros e perda de movimento em um deles. Outros sintomas comuns são fadiga, perda de força, espasmos musculares, incontinência urinária, problemas sexuais, dores crônicas e depressão. Estudos recentes sugerem que o desequilíbrio na microbiota intestinal também pode desencadear a esclerose múltipla, uma vez que certas bactérias auxiliam no funcionamento do sistema imunológico, e uma alteração nessa microbiota pode levar ao desenvolvimento de doenças. É importante ressaltar que, apesar da perda de controle dos movimentos, a capacidade de pensamento do indivíduo com esclerose múltipla permanece intacta. Portanto, o desequilíbrio da microbiota intestinal pode contribuir para o surgimento desta doença, que afeta a qualidade de vida dos pacientes de diferentes formas.</p><p>Dentro dessa área, há novidades em relação a produtos no tratamento de doenças. Os biofármacos são proteínas terapêuticas, produzidos no Brasil pela Fiocruz, como a alfaepoetina para tratamento da anemia e a alfainterferona 2b para hepatites crônicas. Um acordo entre o Bio-Manguinhos/Fiocruz, Merck e Bionovis permitiu a transferência de tecnologia da Betainterferona 1a subcutânea, utilizada no tratamento da esclerose múltipla. Essa substância reduz a agressão imunológica às fibras nervosas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, a biotecnologia também pode auxiliar na conservação ambiental, substituindo o uso de agrotóxicos por plantas resistentes a pragas, aumentando a produção de alimentos. Quanto à esclerose múltipla, é uma doença crônica que causa danos na bainha de mielina, afetando o sistema nervoso. O diagnóstico pode ser feito por exames como ressonância magnética e exame do liquor. Embora não tenha cura, o tratamento com biofármacos pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo inflamações e lesões cerebrais e na medula espinhal. Esse tratamento auxilia a abreviar a fase aguda e aumentar o intervalo entre os surtos da doença. Os sintomas podem incluir perda de visão, formigamento nos membros, fraqueza muscular, fadiga, problemas urinários, sexuais, dores crônicas e depressão.</p><p>A engenharia genética permite aumentar as aplicações na biotecnologia, principalmente através da técnica do DNA recombinante. Nessa tecnologia, um receptor, como uma bactéria, vírus ou levedura, recebe um trecho de DNA que será expresso por esses microrganismos, permitindo a produção de determinados produtos, como insulina. A clonagem de genes é realizada através da utilização de enzimas de restrição, que isolam genes individuais e os inserem em pequenos pedaços de DNA chamados plasmídeos. Esses plasmídeos modificados são então inseridos em células bacterianas, de leveduras ou animais de cultura, possibilitando a multiplicação ou expressão desses genes. Essa técnica pode ser usada na indústria farmacêutica, como na produção de insulina humana em larga escala.</p><p>A engenharia genética permite ampliar as aplicações na biotecnologia, utilizando a técnica do DNA recombinante. Nessa técnica, um receptor como bactérias ou vírus recebe um trecho de DNA para produzir produtos como insulina. A clonagem de genes é feita através de enzimas de restrição, que inserem genes em plasmídeos e multiplicam ou expressam esses genes em células bacterianas, de levedura ou animais de cultura. Essa técnica é usada na indústria farmacêutica para produzir insulina em grande escala.</p><p>O processo de bioconversão desempenha um papel fundamental na conversão da biomassa em uma fonte alternativa de energia e produtora de metano. Já na biorremediação, organismos vivos são utilizados para remover ou reduzir poluentes do meio ambiente, principalmente da água e do solo. Um exemplo dessa técnica é a lixiviação, que utiliza o microrganismo Thiobacillus ferrooxidans para converter o cobre insolúvel em solúvel, possibilitando a recuperação de cerca de 70% do cobre no minério. Na área</p><p>da saúde, a biotecnologia também é aplicada no tratamento e prevenção de doenças, como a esclerose múltipla, câncer e leucemia, através do desenvolvimento de biofármacos. Esses medicamentos são produzidos a partir de sistemas biológicos vivos e podem ser feitos a partir de órgãos e tecidos, microrganismos, fluidos animais ou células e microrganismos geneticamente modificados. No entanto, ainda não há uma cura definitiva para a esclerose múltipla, apenas tratamentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Os biofármacos podem ser fabricados utilizando microrganismos. É importante ressaltar que esses medicamentos não curam a doença, mas diminuem as chances de surtos e ajudam a abreviar a fase aguda e prolongar o intervalo entre eles.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BURTON, G. L. W.; ENGELKIRK, P. G. E.; DUBEN-ENGELKIRK, J. D. E. Microbiologia para</p><p>ciências da saúde. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.</p><p>BORÉM, A. A história da biotecnologia. Biotecnologia Ciências e Desenvolvimento,</p><p>n. 34, jan./jun. 2005. Disponível em: http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio34/</p><p>historia_34.pdf. Acesso em: 13 fev. 2016.</p><p>COSTA, T. E. M. Avaliação de risco dos organismos geneticamente modificados. Ciência</p><p>& Saúde Coletiva, v. 16, n. 1, p. 327-336, 2011.</p><p>SANTOS, T. T; VARALHO, M. A. Aplicação de microrganismos endofíticos na agricultura</p><p>e na produção de substâncias de interesse econômico. Ciências Biológicas e da Saúde,</p><p>Londrina, v. 32, n. 2, p. 199-212, jul./dez. 2011.</p><p>STETKA, B. Esclerose múltipla pode começar no intestino. Scientific American, 8 out.</p><p>2014. Disponível em: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/esclerose_multipla_pode_</p><p>comecar_no_intestino.html. Acesso em: 03 fev. 2016.</p><p>TORTORA, G. J. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p>

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