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<p>Antidiabéticos Orais</p><p>Prof.: Louise Freitas</p><p>Pâncreas endócrino</p><p>▪ O pâncreas endócrino consiste em</p><p>aproximadamente um milhão de</p><p>ilhotas de Langerhans distribuídas por</p><p>toda a glândula.</p><p>▪ A ação do glucagon é estimular a produção de glicose</p><p>pelo fígado, e a da insulina é bloquear essa produção,</p><p>além de aumentar a captação da glicose pelos</p><p>tecidos periféricos insulino-sensíveis.</p><p>Diabetes</p><p>Fisiologia normal da</p><p>glicose.</p><p>Diabetes</p><p>Taxa de secreção de</p><p>insulina e níveis de</p><p>glicemia em indivíduos</p><p>normais.</p><p>Diabetes</p><p>Glicemia de jejum ≥126 mg/dL</p><p>Glicemia plasmática após 2h do TOTG ≥200</p><p>mg/dL</p><p>A1C ≥6,5%</p><p>Se paciente com sintomas clássicos de</p><p>hiperglicemia ou crise hiperglicêmica, uma</p><p>glicose plasmática aleatória ≥200 mg/dL</p><p>Critérios diagnósticos</p><p>de diabetes pela</p><p>American Diabetes</p><p>Association, 2019.</p><p>TOTG = Teste Oral de Tolerância à Glicose</p><p>A1C = Hemoglobina Glicada</p><p>Diabetes</p><p>Diabetes</p><p>Tipo I</p><p>Diabetes</p><p>Tipo II</p><p>Diabetes</p><p>Gestacional</p><p>Diabetes</p><p>▪ Tipo I</p><p>▪ Caracteriza-se pela destruição das células beta (células B) e</p><p>por deficiência grave ou absoluta de insulina.</p><p>▪ Comumente diagnosticada antes dos 30 anos de idade.</p><p>▪ A terapia de reposição com insulina é necessária para</p><p>manutenção da vida.</p><p>Diabetes</p><p>▪ Tipo II</p><p>▪ Caracteriza-se por resistência dos tecidos à ação da insulina.</p><p>▪ Embora a insulina seja produzida pelas células beta nesses</p><p>pacientes, o hormônio é inadequado para superar a resistência,</p><p>e ocorre elevação do nível de glicemia.</p><p>▪ Os indivíduos portadores de diabetes tipo II talvez não</p><p>necessitem de insulina para sobreviver; entretanto, 30% ou</p><p>mais beneficiam-se da insulinoterapia para controlar a glicemia.</p><p>Diabetes</p><p>▪ Gestacional</p><p>▪ É definida como qualquer anormalidade dos níveis de</p><p>glicose observada pela primeira vez durante a gravidez.</p><p>▪ Durante a gravidez, a placenta e os hormônios placentários</p><p>criam uma resistência à insulina, que se torna mais</p><p>pronunciada no último trimestre.</p><p>Diabetes</p><p>Diabetes</p><p>▪ Tratamento não medicamentoso</p><p>▪ Aconselhamento nutricional</p><p>▪ Orientação sobre atividades físicas</p><p>▪ Interrupção do etilismo e tabagismo</p><p>Antidiabéticos ou hipoglicemiantes</p><p>orais</p><p>Antidiabéticos orais</p><p>▪ Sulfonilureias</p><p>▪ Glinidas</p><p>▪ Biguanidas</p><p>▪ Tiazolinedionas</p><p>▪ Inibidores da alfa-glicosidase intestinal</p><p>▪ Análogos do GLP-1*</p><p>▪ Inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4)</p><p>▪ Inibidores do SGLT2</p><p>Fármacos que aumentam a</p><p>liberação de insulina</p><p>Sulfonilureias</p><p>Glinidas</p><p>Antidiabéticos orais: sulfonilureias</p><p>▪ A principal ação das sulfonilureias consiste em aumentar a liberação</p><p>de insulina do pâncreas.</p><p>▪ Podem causar hipoglicemia.</p><p>▪ 1ª geração:</p><p>▪ Tolbutamida</p><p>▪ Clorpropamida</p><p>▪ 2ª geração</p><p>▪ Glibenclamida</p><p>▪ Glipizida</p><p>▪ Glimepirida</p><p>▪ Gliclazida</p><p>São 100 a 200 vezes mais potentes. Devem ser usadas</p><p>com cautela em pacientes com doença cardiovascular</p><p>ou idosos, nos quais a hipoglicemia seria</p><p>particularmente perigosa.</p><p>Antidiabéticos orais: sulfonilureias</p><p>▪ Glibenclamida:</p><p>▪ tem poucos efeitos colaterais, além de seu potencial em causar</p><p>hipoglicemia; está contraindicada na presença de</p><p>comprometimento hepático, bem como em pacientes com</p><p>insuficiência renal.</p><p>▪ Glimepirida:</p><p>▪ foi aprovada para uso em dose única diária como monoterapia em</p><p>associação à insulina; consegue reduzir o nível de glicemia com a</p><p>menor dose de todas as sulfonilureias (foi constatado que uma</p><p>dose diária única de 1 mg é eficaz).</p><p>▪ Gliclazida:</p><p>▪ A dose inicial recomendada é de 40 a 80 mg ao dia, com dose</p><p>máxima de 320 mg ao dia.</p><p>Antidiabéticos orais: sulfonilureias</p><p>Antidiabéticos orais: glinidas</p><p>▪ Estimulam a produção endógena de insulina pelas células beta do</p><p>pâncreas, com duração rápida de ação (1-3 horas).</p><p>▪ Úteis para o controle da hiperglicemia pós-prandial.</p><p>▪ Repaglinida:</p><p>▪ Início de ação muito rápido, com concentração máxima e efeito máximo</p><p>de aproximadamente 1 hora após a sua ingestão; duração de ação de 4 a</p><p>7 horas; indicada para uso no controle das excursões de glicose pós-</p><p>prandiais.</p><p>▪ O fármaco deve ser tomado imediatamente antes de cada refeição;</p><p>existe o risco de hipoglicemia se a refeição for adiada ou omitida, ou se</p><p>o seu conteúdo de carboidratos for inadequado.</p><p>▪ Pode ser usada em pacientes com comprometimento renal e no</p><p>indivíduo idoso.</p><p>▪ Mitiglinida e nateglinida:</p><p>▪ Assemelham-se à repaglinida nos seus efeitos clínicos.</p><p>Fármacos que reduzem</p><p>principalmente os níveis de glicose por</p><p>meio de suas ações sobre o fígado, o</p><p>músculo e o tecido adiposo</p><p>Biguanidas</p><p>Tiazolinedionas</p><p>Antidiabéticos orais: biguanidas</p><p>▪ São recomendadas como terapia de primeira linha para</p><p>diabetes tipo II.</p><p>▪ Combatem a resistência à insulina, reduzindo a produção</p><p>hepática de glicose.</p><p>▪ Não causam hipoglicemia.</p><p>▪ Podem promover discreta perda de peso.</p><p>▪ Metformina</p><p>Antidiabéticos orais: biguanidas</p><p>▪ Os pacientes com diabetes tipo II apresentam</p><p>consideravelmente menos hiperglicemia em jejum, bem</p><p>como menor hiperglicemia pós-prandial após a</p><p>administração de biguanidas; todavia, a hipoglicemia</p><p>durante a terapia com esses fármacos é rara.</p><p>▪ Por conseguinte, as biguanidas são mais bem denominadas</p><p>como agentes “euglicemiantes”.</p><p>Antidiabéticos orais: biguanidas</p><p>▪ As biguanidas também são indicadas para uso em associação a</p><p>secretagogos da insulina ou tiazolidinedionas em pacientes</p><p>portadores de diabetes tipo II, nos quais a monoterapia oral é</p><p>inadequada.</p><p>▪ A metformina mostra-se útil na prevenção do diabetes tipo II</p><p>(pré-diabetes).</p><p>▪ Os efeitos tóxicos mais comuns da metformina são</p><p>gastrintestinais (anorexia, náuseas, vômito, desconforto</p><p>abdominal e diarreia) e ocorrem em até 20% dos pacientes.</p><p>Esses efeitos estão relacionados com a dose, tendem a ocorrer</p><p>no início da terapia e, com frequência, são transitórios.</p><p>Antidiabéticos orais: tiazolinedionas</p><p>▪ Combate primariamente a resistência à insulina,</p><p>aumentando a sensibilidade do músculo, tecido gorduroso</p><p>e fígado à ação da insulina.</p><p>▪ Pioglitazona:</p><p>▪ É absorvida 2 horas após a sua ingestão.</p><p>▪ A biodisponibilidade de alguns fármacos pode ser afetada pela</p><p>terapia com pioglitazona, incluindo contraceptivos orais com</p><p>estrogênio.</p><p>▪ É aprovada como monoterapia e em associação com metformina,</p><p>sulfonilureias e insulina para o tratamento de diabetes tipo II.</p><p>▪ Efeito adicional: diminui os níveis de triglicerídeos e aumenta o</p><p>HDL colesterol.</p><p>Antidiabéticos orais: tiazolinedionas</p><p>▪ Rosiglitazona:</p><p>▪ Aprovada para uso no diabetes tipo II como monoterapia, na</p><p>terapia de dupla associação com uma biguanida ou sulfonilureia</p><p>ou em associação quádrupla com uma biguanida, sulfonilureia e</p><p>insulina.</p><p>Fármacos que afetam a absorção</p><p>de glicose</p><p>Inibidores da α-glicosidase</p><p>Antidiabéticos orais: inibidores da α-glicosidase</p><p>▪ Inibem competitivamente as enzimas α-glicosidases</p><p>intestinais e reduzem as excursões pós-prandiais de glicose</p><p>ao retardar a digestão e a absorção do amido e dos</p><p>dissacarídeos</p><p>▪ A α-glicosidase ajuda na absorção da glicose ingerida nas</p><p>refeições promovendo uma maior concentração no sangue. Com</p><p>a inibição desta enzima, além de reduzir a hiperglicemia, o</p><p>alimento leva mais tempo para concluir a digestão diminuindo a</p><p>necessidade de novas refeições.</p><p>▪ Acarbose</p><p>Antidiabéticos orais: inibidores da α-glicosidase</p><p>▪ São raramente prescritos em virtude de seus efeitos</p><p>adversos gastrintestinais proeminentes e do benefício</p><p>relativamente modesto da redução dos níveis de glicose.</p><p>▪ Os efeitos colaterais proeminentes consistem em</p><p>flatulência, diarreia e dor abdominal, e resultam do</p><p>aparecimento de carboidratos não digeridos no cólon, que</p><p>são então fermentados e geram liberação de gases.</p><p>▪ Esses efeitos colaterais tendem a diminuir com o uso</p><p>contínuo.</p><p>Fármacos que simulam o efeito da</p><p>incretina ou que prolongam a sua ação</p><p>(incretinomiméticos)</p><p>Análogos do GLP-1</p><p>Inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4)</p><p>Antidiabéticos: análogos do GLP-1</p><p>▪ A glicose oral provoca a liberação de hormônios intestinais</p><p>(“incretinas”), que amplificam a secreção de insulina</p><p>induzida pela glicose.</p><p>▪ Peptídeo</p><p>semelhante ao glucagon-1 (GLP-1): tipo de hormônio</p><p>que é produzido pelo intestino após as refeições e que envia sinais</p><p>de saciedade para o cérebro, diminuindo a fome e promovendo o</p><p>emagrecimento.</p><p>▪ O GLP-1 é degradado pela dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) e</p><p>por outras enzimas com rapidez; além disso, é também</p><p>depurado pelo rim → uso de análogos (agonistas)</p><p>sintéticos.</p><p>Antidiabéticos: análogos do GLP-1</p><p>▪ Exenatida:</p><p>▪ Aprovada na forma injetável como terapia adjuvante em pacientes</p><p>portadores de diabetes tipo II tratados com metformina, ou com uma</p><p>associação de metformina e sulfonilureia, que ainda não apresentam</p><p>ótimo controle da glicemia.</p><p>▪ Injetada por via subcutânea dentro de 60 minutos antes do desjejum</p><p>e do jantar.</p><p>▪ Ocorre perda de peso da ordem de 2 a 3 kg, que contribui para a</p><p>melhora do controle da glicose.</p><p>Antidiabéticos: análogos do GLP-1</p><p>▪ Liraglutida:</p><p>▪ A meia-vida é de cerca de 12 horas,</p><p>possibilitando a administração de uma dose</p><p>única ao dia.</p><p>▪ Aprovada para pacientes com diabetes tipo II</p><p>que obtêm um controle inadequado com</p><p>dieta e exercício, além de receberem</p><p>tratamento concomitante com metformina,</p><p>sulfonilureias ou tiazolidinedionas.</p><p>▪ A perda de peso varia desde a sua ausência</p><p>até 3,2 kg.</p><p>Antidiabéticos: análogos do GLP-1</p><p>▪ Semaglutida:</p><p>▪ Promove a saciedade, diminuindo a fome ao longo do dia e</p><p>facilitando a perda de peso.</p><p>Antidiabéticos orais: inibidores da dipeptidil</p><p>peptidase 4 (DPP-4)</p><p>▪ Prolongam a ação do GLP-1 liberado de modo endógeno.</p><p>▪ Sitagliptina, Saxagliptina, Alogliptina e Vildagliptina</p><p>▪ Aprovadas como monoterapia e em associação com metformina,</p><p>sulfonilureias e tiazolidinedionas.</p><p>Inibidores do cotransportador de</p><p>sódio-glicose 2 (SGLT2)</p><p>Inibidores do SGLT2</p><p>▪ O transportador de sódio-glicose 2 (SGLT2) é responsável</p><p>por 90% da reabsorção de glicose, e a sua inibição reduz os</p><p>níveis de glicose em pacientes com diabetes tipo II.</p><p>▪ Resultam em perda de peso de 2 a 4 kg.</p><p>▪ Provocam glicosúria.</p><p>▪ Dapagliflozina</p><p>▪ Empagliflozina</p><p>Obrigada</p>