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<p>COMUNICAÇÃO EM SISTEMAS AUTOMATIZADOS</p><p>Assim como a informação local é importante em certas áreas de uma empresa, a informação centralizada de processos mais complexos, como os de refinaria, siderurgia e indústrias químicas, também são de grande importância. Nesse tipo de sistema, as informações sobre o que está ocorrendo na planta são enviadas para pontos seguros e distantes do local do processo. Elas são centralizadas em salas de controle e monitoradas, 24 horas por dia, por operadores treinados, que devem saber exatamente o que fazer em situações que estejam fora do programado.</p><p>Como vimos, as informações precisam circular entre os vários níveis do processo produtivo. Portanto, trataremos das redes de comunicação empregadas em automação e suas características</p><p>Redes de comunicação</p><p>A necessidade de exportar dados do processo local para pontos distantes, seja por questões de segurança ou de redução do custo operacional, seja simplesmente por comodidade ou simplificação no processo, levou à criação das redes industriais. Elas garantem a transmissão de informações relativas ao processo, de maneira rápida, em ambiente eletromagneticamente ruidoso, entre dois ou mais pontos.</p><p>WIRELESS</p><p>FIBRA ÓTICA</p><p>CABOS SERIAIS</p><p>ETHERNET</p><p>A rede de comunicação industrial normalmente é estruturada em níveis (alto, intermediário e baixo), com funções distintas:</p><p>Protocolos de comunicação</p><p>Diversos são os protocolos de comunicação utilizados na indústria. Pode-se dizer que um protocolo de comunicação é um idioma no qual dois ou mais equipamentos conversam.</p><p>O protocolo de comunicação é um conjunto de regras definidas em que consta o formato no qual a mensagem deve ser transmitida entre os participantes da rede. A simbologia e os caracteres usados para questionar sobre certo evento ou responder a determinada questão e a velocidade com que essa informação flui de um lado a outro, por exemplo, são detalhes que devem ser padronizados em um protocolo</p><p>Protocolo Modbus .</p><p>Protocolo Profibus</p><p>Protocolo CAN</p><p>Protocolo Devicenet</p><p>Protocolo Hart</p><p>INTERFACE HOMEM MAQUINA (IHM)</p><p>Interface homem-máquina (IHM), ou, em inglês, machine-man interface (MMI), é um dispositivo que se comunica diretamente com o CLP, utilizado para visualizar dados do processo que executem funções de monitoramento, controle de máquinas, processos e instalações industriais. É por meio da IHM que o operador pode interagir com o sistema controlado, exercendo uma função extremamente importante, pois, com as informações recebidas da IHM, ele pode realizar intervenções que mantenham a segurança, o bom funcionamento e a disponibilidade de serviços. Seus principais componentes são: visor (display), teclas e botões para navegação ou inserção de dados, barramentos para placas de expansão, portas de comunicação e software.</p><p>A função de IHM também pode ser executada por um computador pessoal ou industrial e um programa supervisório.</p><p>Tipos de IHM</p><p>Os tipos mais comuns de IHM são:</p><p>• Frontais com teclado e display de sete segmentos.</p><p>• Frontais de LCD com teclado de funções.</p><p>• Terminais de vídeo.</p><p>• Terminais de vídeo com tela sensível ao toque.</p><p>As IHMs costumam ser utilizadas para:</p><p>• Indicar falhas em máquinas e processos.</p><p>• Mostrar status das máquinas e processos.</p><p>• Permitir intervenção do operador no processo.</p><p>• Monitorar variáveis de processo, como contagem de componentes, tempos de fabricação, temperatura e pressão.</p><p>Esses dispositivos dividem-se em duas categorias:</p><p>• IHMs passivas – Monitoram eventos ou status das máquinas e não interferem no processo. Geralmente não possuem processador interno.</p><p>• IHMs ativas – Fazem parte do processo e possuem processador interno. Alguns modelos armazenam parte do software aplicativo e conectam-se a diversos CLPs em rede.</p><p>MANUTENÇÃO E DIAGNÓSTICO DE CLPS</p><p>A manutenção e o diagnóstico de Controladores Lógicos Programáveis (CLPs) são aspectos cruciais para garantir o funcionamento adequado de sistemas automatizados. Aqui estão algumas práticas recomendadas e estratégias para abordar essas áreas:</p><p>Práticas Recomendadas de Manutenção de CLPs:</p><p>Inspeção Regular: Realize inspeções periódicas para verificar a integridade física do CLP, como cabos, conexões, fontes de energia, eletrodos e placas de circuito.</p><p>Limpeza Adequada: Mantenha o CLP livre de poeira, sujeira ou contaminantes que possam afetar o desempenho. Use métodos adequados de limpeza e evite o uso de substâncias corrosivas.</p><p>Atualizações de Firmware/Software: Mantenha o firmware e o software do CLP atualizados para evitar vulnerabilidades de segurança e garantir o desempenho ideal.</p><p>Testes de Funcionamento: Execute testes regulares nos dispositivos conectados para garantir que todas as entradas e saídas estejam funcionando conforme o esperado.</p><p>Substituição Preventiva: Substitua peças desgastadas ou com vida útil limitada antes que elas causem problemas operacionais.</p><p>Diagnóstico de Falhas e Resolução de Problemas:</p><p>Monitoramento Contínuo: Utilize ferramentas de monitoramento para acompanhar o desempenho do CLP e identificar possíveis problemas antes que se tornem críticos.</p><p>Análise de Logs e Mensagens de Erro: Registre e analise logs e mensagens de erro para identificar a origem de problemas e falhas.</p><p>Testes de Simulação: Realize testes de simulação para replicar problemas e diagnosticar falhas de forma mais precisa.</p><p>Procedimentos de Resolução de Problemas: Desenvolva procedimentos claros para abordar problemas comuns, como falhas de comunicação, erros de programação ou problemas de hardware.</p><p>Backup e Restauração de Programas:</p><p>Rotinas de Backup: Estabeleça rotinas regulares de backup para os programas e configurações do CLP. Armazene esses backups em locais seguros e de fácil acesso.</p><p>Documentação Detalhada: Mantenha documentação detalhada sobre as versões do programa, alterações feitas e datas de backup para facilitar a restauração em caso de falha.</p><p>Procedimentos de Restauração: Tenha procedimentos claros e testados para restaurar programas a partir de backups em situações de emergência.</p><p>Ferramentas de Monitoramento e Depuração:</p><p>Softwares de Monitoramento: Utilize softwares específicos para monitorar o desempenho em tempo real, permitindo a identificação rápida de problemas.</p><p>Ferramentas de Depuração: Utilize ferramentas de depuração para identificar erros de programação, como simuladores, analisadores lógicos e ferramentas de rastreamento.</p><p>Acesso Remoto: Se possível, habilite o acesso remoto para permitir a monitoração e diagnóstico à distância, facilitando intervenções rápidas.</p><p>Ao implementar essas práticas recomendadas e estratégias de diagnóstico, você pode melhorar significativamente a confiabilidade e a eficiência dos sistemas controlados por CLPs, minimizando tempo de inatividade e problemas operacionais.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p>