Logo Passei Direto
Buscar

Algoritmos e Complexidade - Estácio - Lista de exercícios

User badge image
Vitor Portes

em

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Material

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Conceitos de internet das coisas 
Você vai aprender que a internet das coisas (IoT) revoluciona a forma como interagimos com o mundo,
conectando dispositivos para criar experiências mais inteligentes e eficientes. Compreender seus
conceitos e sua arquitetura revela um universo de possibilidades, desde casas automatizadas até cidades
inteligentes. A IoT transforma redes e paradigmas tecnológicos, e redefine nosso cotidiano, permitindo
vislumbrar tendências inovadoras.
Prof. Sérgio Monteiro
1. Itens iniciais
Objetivos
Descrever os principais elementos de uma arquitetura de IoT e suas aplicações.
 
Reconhecer os esforços de padronização e os principais protocolos para o estabelecimento da
conectividade em uma rede de IoT.
 
Identificar as plataformas de IoT disponíveis no mercado e seus principais serviços.
Introdução
O que significa internet das coisas (IoT)? Por que esse assunto é tão falado tanto na comunidade científica
como na mídia em geral? O potencial da IoT é gigantesco, podendo ser inferido pelos benefícios que ela já
vem entregando para a sociedade.
 
Enquanto este texto é escrito, milhares de dispositivos de IoT estão sendo instalados, conectados e
operacionalizados para otimizar o trabalho até em fazendas. Estações meteorológicas autônomas, câmeras de
vigilância inteligentes e sensores dos mais diversos inclusive permitem o autorreparo de máquinas e sistemas
na indústria, além de muitas outras possibilidades.
 
É bem verdade que houve muita ansiedade nos últimos anos a respeito do tema. Especialistas chegaram a
prever que a IoT poderia sobrecarregar e até mesmo derrubar a internet antes do ano de 2021. Entretanto,
apesar da consistente adoção em massa da tecnologia e do crescente volume de investimento no setor, isso
ainda não aconteceu.
 
Mas ainda há dúvidas à frente: o que são os dispositivos de IoT? Quais seriam as vantagens, as desvantagens
e os riscos de sua massificação? Por fim, quais são as preocupações inerentes à segurança e à privacidade
das pessoas?
 
Este conteúdo pretende apresentar o assunto para você e responder a essas indagações. O objetivo é que tal
estudo possa construir, em seu processo educacional, os alicerces necessários para entender a discussão, o
impacto e as mudanças que essa tecnologia já está provocando.
 
Em seguida, descreveremos os componentes e os conceitos de uma rede baseada em IoT em dois níveis:
básico e intermediário. Com isso, você já poderá se credenciar para leituras mais profundas e complexas.
Veremos, por fim, por que a internet das coisas é o novo big data.
Assista, no vídeo a seguir, como a internet das coisas (IoT) conecta dispositivos, transformando o mundo em
um ambiente mais inteligente e eficiente, desde casas automatizadas até cidades inteligentes, impactando
profundamente nossas vidas e moldando o futuro da tecnologia.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
• 
• 
• 
1. Elementos de uma arquitetura de IoT
IoT
Entender a teoria por trás da internet das coisas (IoT) nos permite ir além do uso superficial da tecnologia,
capacitando-nos a explorar seu verdadeiro potencial. Quando conhecemos os conceitos, a história e as
aplicações, ganhamos ferramentas para identificar tendências, propor soluções inovadoras e até mesmo criar
caminhos para seu desenvolvimento. 
 
A IoT não é apenas uma rede de dispositivos conectados; é uma transformação que já está impactando
indústrias, cidades e nosso dia a dia. Ao mergulharmos nesse universo, podemos acompanhar as mudanças e
ser protagonistas em moldar o futuro com soluções inteligentes e criativas.
No vídeo a seguir, você vai compreender que IoT é referente a um ecossistema composto de vários elementos
que trocam informações e realizam serviços dos mais diversos por meio da internet. Assista!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Evolução e história
A internet das coisas (IoT, cuja sigla deriva da
expressão em inglês Internet of Things) refere-
se a um ecossistema composto de vários
elementos que trocam informações e realizam
serviços dos mais diversos por meio da
internet.
 
Nessa acepção mais abrangente, o termo é
usado para se referir a redes compostas por
milhares e até milhões de hardwares
especializados com software embarcado.
Mesmo geograficamente dispersos, eles estão
conectados a uma plataforma de gestão e
suporte paga em servidores remotos.
A rede de IoT cumpre tarefas específicas de forma autônoma usando funcionalidades distribuídas na nuvem.
Essa rede, portanto, é composta de várias coisas (things) que possuem muitos tipos.
Exemplo
Algumas dessas coisas são: eletrodomésticos, câmeras, smartphones, tablets, termostatos,
equipamentos industriais, atenuadores e sensores dos mais diversos até veículos e aeronaves não
tripuladas. 
A criação do termo IoT é atribuída a Kevin Aston. Executivo e diretor do laboratório Auto-ID Labs do MIT em
1999, Aston buscava soluções de otimização para as cadeias de suprimento.
 
Entusiasmado com a tecnologia RFID, ele cunhou o termo após apresentar uma solução de gestão de estoque
de cosméticos na qual era possível gerenciar cada tipo de produto, otimizando a logística de controle do
inventário.
Curiosidade
Alguns autores afirmam que o conceito de IoT foi pensado antes de Aston. Em 1990, cientistas
conectaram uma torradeira e uma máquina de café a uma câmera acoplada usando o protocolo TCP/IP.
Fotos eram enviadas regularmente a um computador no qual os pesquisadores podiam ver se a jarra de
café estava cheia ou vazia sem se deslocar até ela. Alguns estudiosos citam, ainda, que, na década de
1980, um estudante da universidade Carnegie Mellon teria sido o precursor da tecnologia IoT. Ele
conectou a máquina de vendas de Coca-Cola do dormitório da faculdade à internet local. A ideia era,
diretamente do conforto de seu quarto, saber se havia refrigerantes e se eles estavam gelados. 
Independentemente de qual tenha sido a primeira máquina (thing) conectada, o potencial da tecnologia é
enorme. Segundo a empresa de consultoria McKinsey & Company (2017), a IoT será revolucionária na
sociedade, impactando diversos segmentos. Confira alguns deles!
Indústria
 
Cidades
 
Automóveis
 
Varejo
 
Agricultura
 
Saúde
No mesmo relatório, a empresa (2017) afirma que a tecnologia pode gerar um valor de mercado entre US$ 4 e
11 trilhões até 2025, porém sua adoção tem sido mais lenta que o previsto.
 
A consultoria IDC esperava que, já em 2020, o mercado de IoT tivesse alcançado a cifra de US$ 1,7 trilhão. Já
a Gartner previa que 25 bilhões de dispositivos estariam conectados no mesmo ano.
 
O fato é que ainda não alcançamos tais números, mas a demanda por dispositivos e plataformas de IoT, assim
como por softwares embarcados e serviços de valor agregado baseados nessa tecnologia, continua aquecida
— e a tendência é aumentar consideravelmente nos próximos anos.
Big data e internet
• 
• 
• 
• 
• 
• 
O número de dispositivos de IoT conectados à
internet vem crescendo vertiginosamente a
cada ano. Em breve, haverá dezenas, centenas
ou talvez milhares de bilhões de dispositivos
conectados a ela — e todos gerando telemetria.
 
Isso significa a existência de bilhões de fontes
de dados conectadas trabalhando
simultaneamente e em tempo real.
Por isso, muitos especialistas projetam que a
internet, como temos hoje em dia, estará
sobrecarregada em poucos anos. Eles afirmam
que a comunicação é um gargalo crítico que
precisa ser resolvido rapidamente. Além disso, esses bilhões de dispositivos de IoT serão como data centers
distribuídos globalmente, o que leva muitos estudiosos a afirmarem que a IoT será o novo big data.
 
O volume, a velocidade de atualização, a variedade e a distribuição dessas fontes de dados serão maiores do
que quaisquer estrutura de big data existente hoje em dia. Consultorias especializadas estimam que já
existem atualmente cerca de 20 bilhões de dispositivos de IoT operando no mundo.
Comentário
O consumo de banda, a produção gigantesca
para análises futuras e
conformidade regulatória.
 
Considerando o texto, analise as alternativas e assinale a correta.
A
Os requisitos do sistema incluem ingestão de dados e análise preditiva, cada um contribuindo de forma
integrada para o monitoramento eficiente.
B
A análise preditiva é responsável por garantir que os dados coletados pelos sensores sejam armazenados
para consultas futuras.
C
A persistência de dados é uma prioridade secundária, devendo ser implementada apenas após o
funcionamento completo da coleta de dados.
D
O envio de alertas está fora do escopo do requisito de comunicação e deve ser tratado como uma
funcionalidade independente.
E
A ingestão de dados é suficiente para assegurar o funcionamento inicial do sistema, tornando os outros
requisitos complementares.
A alternativa A está correta.
Os quatro requisitos mencionados (ingestão, análise, comunicação e persistência) trabalham em conjunto
para atender às necessidades do sistema de monitoramento de qualidade do ar. Essa integração garante o
funcionamento completo e eficiente do sistema.
As demais alternativas apresentam erros conceituais, como confundir responsabilidades entre requisitos,
priorizar aspectos incorretos ou limitar funcionalidades relevantes, como o alerta.
Requisitos não funcionais da IoT
Em nosso estudo do universo da internet das coisas, compreender os requisitos não funcionais é como
construir os alicerces de um prédio: sem eles, toda a estrutura pode ruir. Quando mergulhamos nesse assunto,
percebemos que não basta ter um sistema funcionando — ele precisa ser robusto, confiável e preparado para
enfrentar os desafios do mundo real.
 
Vamos explorar juntos como disponibilidade, confiabilidade, recuperação de desastres, segurança e
escalabilidade entrelaçam-se para criar sistemas IoT que não apenas funcionam, mas excedem expectativas e
transformam realidades.
 
No vídeo a seguir, conheça a importância dos requisitos não funcionais no desenvolvimento de aplicações de
IoT, como disponibilidade, confiabilidade, recuperação de desastres, segurança, proteção de dados e
escalabilidade, que definem as limitações e as capacidades do sistema.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Desenvolver uma aplicação de IoT é uma tarefa multidisciplinar que envolve hardware, software e muito
planejamento.
 
A etapa de levantamento de requisitos busca determinar as funcionalidades que o sistema precisa ter para
atingir os objetivos de negócios. É nesse momento que são definidos os requisitos não funcionais. Eles
especificam as limitações e as restrições (ou capacidades), podendo ser de vários tipos. Confira!
Disponibilidade
É preciso especificar o tempo de atividade do serviço. A maioria dos sistemas de IoT funciona 24
horas por dia, 7 dias por semana.
Confiabilidade
É preciso especificar o tempo de execução do sistema sem incorrer em falhas ou erros. As IoT são
aplicações críticas e não admitem falhas, sob pena de haver a geração de falsos alarmes.
Recuperação de desastre (disaster recovery)
É preciso determinar os recursos e como eles devem funcionar para que o sistema se recupere de
uma falha catastrófica.
Como exemplo, podemos citar um terremoto em um dos data centers que servem um sistema, ou
outro sistema de monitoramento meteorológico que utilize um data center na cidade A. Em caso de
falha nessa localidade, os serviços devem migrar rapidamente para a cidade B, que é
geograficamente distante.
Segurança, proteção de dados e backup
É preciso estabelecer os meios de segurança que devem ser usados para autenticar e autorizar
usuários, além de garantir a proteção tanto dos dados coletados e analisados quanto dos comandos
enviados. Regras e recursos destinados a criar redundância de dados também têm de ser
especificados.
Escalabilidade
É preciso que o sistema seja resiliente ao aumento de demanda, seja ele progressivo, seja repentino.
As melhores plataformas de IoT suportam adoção rápida de novos dispositivos e permitem upgrades
automáticos nos recursos computacionais em nuvem para atender aos picos de demanda.
Utilizam-se técnicas de load balancing para uma melhor divisão da carga entre os nós de
processamento. É necessário ser transparente para os dispositivos.
Atividade 2
Uma rede de hospitais está implementando um sistema IoT para monitoramento contínuo de equipamentos
médicos vitais. O sistema precisa gerenciar 10 mil dispositivos distribuídos em 20 unidades hospitalares,
mantendo registros precisos e garantindo resposta imediata a qualquer anomalia.
 
Considerando o texto, analise as alternativas e assinale a correta.
A
A implementação de backup dos dados é suficiente para garantir a recuperação do sistema em caso de falhas
catastróficas.
B
A escalabilidade do sistema deve focar apenas o aumento gradual da demanda, visto que picos súbitos são
improváveis em ambientes hospitalares.
C
A arquitetura do sistema deve contemplar múltiplos data centers geograficamente distribuídos para garantir
alta disponibilidade e recuperação eficiente em caso de desastres.
D
Um sistema com 99,9% de confiabilidade atende adequadamente aos requisitos não funcionais de uma
aplicação IoT hospitalar crítica.
E
O load balancing é um recurso opcional que pode ser implementado após o sistema estar em pleno
funcionamento.
A alternativa C está correta.
Os sistemas IoT críticos requerem funcionamento 24/7 e não admitem falhas. A implementação de data
centers geograficamente distribuídos garante a continuidade do serviço mesmo em casos de falhas
catastróficas, alinhando-se aos requisitos de disponibilidade, confiabilidade e recuperação de desastres.
As demais alternativas estão incorretas, pois não podemos reduzir a recuperação de desastres apenas ao
backup, ignorando outros aspectos importantes mencionados. Também é incorreto afirmar que sistemas
devem ser resilientes tanto a aumentos progressivos quanto repentinos. Não devemos ainda subestimar a
importância do load balancing, que o texto apresenta como parte integral da arquitetura.
Arquiteturas IoT e Amazon AWS IoT
Vivemos em uma era de dispositivos conectados, em que entender a integração via arquiteturas de IoT é
imprescindível. Escolher a plataforma certa envolve desafios como custos e compatibilidade.
Entre as principais estão Amazon AWS IoT Core, Microsoft Azure IoT e Google Cloud IoT.
 
A AWS destaca-se com módulos como Message Broker, Device Shadow, Rules Engine e Security, que
garantem comunicação eficiente, sincronização de dados, personalização de ações e segurança robusta.
Vamos juntos conhecer esse universo e entender como essas plataformas transformam a conectividade em
soluções inteligentes.
 
Compreenda, no vídeo a seguir, a complexidade da escolha da arquitetura ideal para redes IoT, a necessidade
de plataformas eficientes e como a AWS IoT facilita a troca de informações entre os dispositivos e a nuvem,
garantindo segurança e funcionalidade.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Arquiteturas de referência para IoT
Decidir qual arquitetura usar para suportar uma
rede de IoT não é tarefa fácil: isso envolve,
afinal, custos crescentes (e, muitas vezes,
escondidos), que podem subir muito conforme
o tamanho da rede.
 
Para que os dispositivos troquem informações
de forma adequada e, em muitos casos,
executem ações coordenadas, é necessário
haver um meio em comum.
Tendo isso em vista, diversos fabricantes
desenvolveram plataformas a fim de que os
dispositivos de IoT possam ser integrados e
gerenciados de forma simples e eficiente da melhor maneira possível.
 
Listaremos a seguir as principais plataformas. Antes disso, porém, devemos observar que muitos provedores
de peso (big techs) já criaram os próprios ambientes de IoT, nos quais disponibilizam diversos serviços de
valor agregado.
 
Amazon AWS IoT Core• 
 
Microsoft Azure IoT Suite
 
Google Cloud's IoT Platform
 
Cisco IoT Cloud Connect
 
Oracle IoT Platform
 
Salesforce IoT Cloud
 
IBM Watson IoT
Platform
 
Thingspeak IoT Platform
 
IRI Voracity
 
Kaa IoT Platform
 
Thingworx 8 IoT Platform
 
Cloud Arduino
Apresentamos uma visão geral das principais plataformas de IoT disponíveis no mercado, descrevendo, para
isso, seus principais serviços. A ideia é que você obtenha uma noção geral acerca das opções existentes no
mercado.
 
Nosso foco serão as três maiores plataformas em circulação: Amazon AWS IoT; Microsoft Azure IoT Suite; e, 
Google Cloud IoT.
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Comentário
Líder de mercado, a AWS possui a maior variedade de oferta de serviços, mas tem preços mais elevados
que os de suas principais concorrentes: Azure IoT e Google IoT Core. Ambas ocupam respectivamente a
segunda e a terceira posição. 
Amazon AWS IoT
O AWS IoT é o ambiente na nuvem que a
Amazon disponibiliza para integrar os
dispositivos de IoT. Após a conexão de cada um
deles à nuvem IoT AWS, ela garante que tais
dispositivos possam trocar informações entre si
e consumir serviços especializados (podem ser
serviços específicos do tipo AWS IoT Core ou
serviços AWS puramente genéricos)
disponibilizados no formato SaaS (do inglês,
software as a service).
O AWS IoT suporta os protocolos de
comunicação MQTT, HTTP/HTTPS e TLS. Para
usar todas as funcionalidades, é preciso ter
uma conta AWS.
 
Conectar um dispositivo à sua nuvem é bastante simples, demorando de 15 a 20 minutos. Observe a seguir o
passo a passo.
Seleção do sistema operacional
Usando o console AWS IoT, o usuário precisa, em primeiro lugar, selecionar o sistema operacional
(Linux ou Windows). Ele o usará para: 
Executar os comandos de configuração do dispositivo.
Escolher o ambiente de desenvolvimento (SDK) entre Java, Python e Node.js
Registro do dispositivo
Em seguida, o usuário registrará o dispositivo, escolhendo um nome único que não pode ser alterado.
O sistema gera um certificado, a política de autorização e o script com o propósito de interagir e
carregar a SDK no dispositivo.
Esse procedimento pode ser executado em um computador que, por sua vez, será usado depois para
carregar e configurar os arquivos no dispositivo IoT. Caso o dispositivo suporte um navegador, o
procedimento também pode ser executado diretamente nele: é só salvar os arquivos em seu file
system.
• 
• 
Teste e exploração dos serviços
Ao final, quando o dispositivo IoT estiver configurado, basta testá-lo e explorar as possibilidades de
serviços oferecidas pela plataforma AWS IoT.
Os serviços AWS Core IoT que a plataforma oferece servem para conectar o dispositivo à nuvem e permitir
que ele consuma serviços diversos. Para que isso seja possível, diversos módulos trabalham juntos.
 
A arquitetura do sistema é composta basicamente por quatro módulos. Confira!
Message Broker
Esse módulo é responsável por manejar a
comunicação entre os dispositivos inscritos
nele e a nuvem AWS IoT.
Device Shadow
Esse módulo garante que os dados de
aplicações destinados ao dispositivo sejam
entregues mesmo se ele estiver off-line,
sincronizando-os assim que o aparelho
reconectar.
Rules Engine
Esse módulo guarda expressões e dados que
ditam o comportamento do dispositivo. Por
meio dele, é possível invocar funções lambda
para atender a uma demanda específica.
Security and identity
Esse módulo é responsável pela segurança,
utilizando protocolos baseados no certificado x.
509 para garantir a autenticação e as devidas
autorizações do dispositivo requerente. Ele se
comunica periodicamente com os outros
módulos mencionados ou sempre que uma
requisição é iniciada.
Uma rede de dispositivos de IoT geograficamente distribuídos pode ser conectada à plataforma AWS para que
ela coordene a comunicação entre eles.
 
Além disso, não é necessário que cada dispositivo processe completamente os dados adquiridos; em vez
disso, serviços inteligentes hospedados na nuvem AWS podem fazer esse trabalho mais pesado de
processamento, sincronizando o resultado quando os dispositivos estiverem on-line.
Atividade 3
A escolha da arquitetura de IoT certa é fundamental para o sucesso de um projeto, considerando a
complexidade e os custos envolvidos.
 
Qual é o principal objetivo da arquitetura de IoT?
A
Reduzir a segurança dos dispositivos.
B
Permitir a comunicação e a integração de dispositivos.
C
Ignorar a conectividade dos dispositivos.
D
Diminuir a eficiência dos serviços.
E
Aumentar a complexidade dos sistemas.
A alternativa B está correta.
A arquitetura de IoT visa permitir que os dispositivos troquem informações e sejam gerenciados de forma
eficiente.
As demais alternativas estão incorretas porque a arquitetura de IoT não visa reduzir a segurança, aumentar
a complexidade, diminuir a eficiência ou ignorar a conectividade. Em vez disso, ela busca criar um meio em
comum para que os dispositivos possam comunicar-se e ser gerenciados de forma eficiente.
Microsoft Azure IoT Suite
A tecnologia IoT está revolucionando como conectamos dispositivos e otimizamos processos. Entender o
Azure IoT é uma grande oportunidade para quem busca usar dados de forma inteligente, integrar soluções
práticas e impulsionar a inovação.
 
Com aplicações que vão do monitoramento remoto à manutenção preditiva, essa plataforma nos permite
transformar desafios em oportunidades. Vamos juntos entender como ela pode simplificar e potencializar
negócios de maneira eficiente e segura.
 
No vídeo, conheça a arquitetura do Microsoft Azure IoT Suite, que integra dispositivos IoT, destacando a
personalização de painéis no Power BI e o gerenciamento de comandos aos dispositivos.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
A solução desenvolvida pela Microsoft para
integrar dispositivos de IoT é chamada de
Azure IoT.
 
Ela é baseada em um software de código
aberto (open source) e proporciona, de forma
geral, os mesmos serviços oferecidos pela
Amazon AWS IoT. No entanto, a arquitetura que
a suporta é bem diferente da arquitetura da
plataforma da Amazon.
O gateway de conexão de entrada, que recebe
os dados e as requisições dos dispositivos, é
denominado IoT Hub. Ele é responsável por
receber a gigantesca quantidade de dados enviada por milhares de things. 
 
A IoT Hub suporta os protocolos de comunicação MQTT, HTTP/HTTPS e AMQP. Os fluxos de dados passam
então pelo módulo de analytics do sistema, cujo nome é stream analytics. Nele, é possível:
 
Configurar regras.
 
Definir ações e thresholds por dispositivo ou por grupo de dispositivos.
 
Processar e visualizar os dados quase em tempo real.
Armazenados em blobs (storage blobs), esses dados podem ser repassados pelo event hub para diversos
serviços, como web jobs ou web apps. 
 
Confira um pouco mais das características dessa plataforma.
Módulo DocumentDB
É o módulo responsável pelo armazenamento
dos metadados.
Módulo LogicApp
É o módulo que faz a integração com os
sistemas de back-end.
Dashboards
São os painéis que permitem a visualização dos
dados. A plataforma é rica em dashboards
bastante customizáveis, fazendo o uso do
Power BI.
Podemos observar diversos gráficos relacionados a fluxos de dados entrantes, análises e computação
realizadas, histórico de alarmes etc. Também é possível gerenciar e enviar comandos (telecomandos)
manualmente para os dispositivos a partir do dashboard.
• 
• 
• 
Dica
No caso de uma rede com muitos dispositivos, o desenvolvedor precisa usar as APIs para implementar
comandos em lote ou implementar automações. 
A autenticação e a autorização são feitas pelo módulo active directory. O sistema permite a implantação e a
orquestração de diversos serviços complexos, sendo bastante escalável e projetado para ser agnóstico em
relação ao sistema operacional dos dispositivos de IoT ou equivalente no caso dos microprocessadores.
Assim, o Azure IoT pode conectar virtualmente qualquer tipo de aparelho.
 
O registro dos dispositivos, tal qual no AWS IoT, toma apenas alguns minutos e requer a criação de uma conta,
embora o usuário também tenha a opção de criar dispositivos
virtuais (virtual devices) para realizar
simulações e testes.
Comentário
A Microsoft disponibiliza opcionalmente um ambiente de desenvolvimento (SDK) muito rico em
bibliotecas. Contendo muitos exemplos de código, ele pode ser usado em qualquer dispositivo. 
Existem muitos casos indicados para o uso do Azure IoT, como o gerenciamento de ativos, o gerenciamento
de frota e o de manutenção preventiva, mas o caso de emprego mais comum e bastante enfatizado pela
empresa é o de monitoramento industrial remoto. Veja como essa aplicação funciona.
Envio da telemetria
Diversos things acoplados às máquinas e conectados à plataforma enviam suas telemetrias para a IoT
Hub.
Recebimento e análise de dados
Os serviços de analytics então recebem os dados, sendo capazes de determinar se uma máquina não
está funcionando corretamente, se requer algum tipo de intervenção ou até mesmo se precisa de
manutenção. 
Chamados e alertas
A plataforma pode abrir um chamado no sistema de trouble ticket no back-end do cliente ou gerar
outros alertas automaticamente para os gestores da área.
O objetivo final, portanto, é integrar a tecnologia IoT como parte de um processo de negócios.
Atenção
Toda a comunicação entre a plataforma e os dispositivos é criptografada. O Azure IoT usa o certificado
X.509 e tokens de segurança para validar cada dispositivo conectado. 
Atividade 4
A Microsoft Azure IoT é uma solução de integração de dispositivos de IoT que oferece serviços de análise de
dados (analytics), armazenamento e segurança para conectar e gerenciar dispositivos de forma eficaz.
 
Qual o nome do módulo de processamento de dados (analytics) do sistema Azure IoT que processa e visualiza
os dados quase em tempo real?
A
IoT Hub
B
Power BI
C
DocumentDB
D
Stream Analytics
E
LogicApp
A alternativa D está correta.
O Stream Analytics é o módulo responsável por processar e visualizar os dados quase em tempo real. 
As demais alternativas estão incorretas, pois o IoT Hub é o gateway de conexão de entrada; o DocumentDB
armazena os metadados; o LogicApp faz a integração com os sistemas de back-end; e, o Power BI é uma
ferramenta de visualização de dados usada para criar dashboards. Portanto, as outras alternativas não são
módulos de analytics do sistema Azure IoT.
Google Cloud IoT
A solução do Google para IoT destaca-se pela eficiência e pela flexibilidade, proporcionando gerenciamento
de dispositivos com baixa latência e integração robusta a serviços em nuvem.
 
Vamos explorar sua arquitetura, que inclui comunicação via MQTT e HTTPS, escalabilidade automática com
Pub/Sub, suporte a ferramentas de analytics como Cloud Data Flow e Big Query, além de segurança avançada
com criptografia. Descubra como o Google IoT Core possibilita atender às demandas de redes inteligentes e
dinâmicas.
 
No vídeo, confira a arquitetura Google Cloud IoT, uma plataforma completa para conectar e gerenciar
dispositivos IoT, desde o provisionamento até a análise de dados, com foco em segurança, escalabilidade e
monitoramento.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
A solução da Google para integrar dispositivos
de IoT é similar às duas mostradas
anteriormente (AWS e Azure IoT). Baseadas em
serviços gerenciáveis, todas elas oferecem um
portal para o gerenciamento da rede de
equipamentos na administração da rede de
IoTs.
 
Para iniciar o serviço, é preciso criar uma conta,
registrar os dispositivos e configurar os
serviços que vão tratar os dados, e assim por
diante.
O processo de adoção dos equipamentos até
que eles estejam pronto para uso recebe o nome de provisionamento.
Comentário
O usuário precisa carregar no dispositivo um código específico, além de um conjunto de metadados, um
token ou uma chave de acesso, para autorizá-lo na nuvem da Google. Essa nuvem é específica por
serviço. 
Confira, a seguir, como o serviço Google Cloud IoT funciona.
Porta de entrada
A porta de entrada para os dados na plataforma de IoT da Google é chamada de communication
broker. Ela suporta os protocolos de comunicação MQTT e HTTPS e funciona como um endpoint
global: o dispositivo é associado ao data center geograficamente mais próximo, reduzindo ao mínimo
a latência experimentada.
Telemetria e gerenciamento de dados
A telemetria é injetada na plataforma por meio do protocol bridge diretamente para o data broker, o
qual, por sua vez, envia os dados para o módulo cloud Pub/Sub. Ele persiste as mensagens e é
baseado no sistema de tópicos de subscrição.
Assinatura de tópicos e invocação de serviços
Cada stream de dados recebido é associado (assinado) a um tópico. Isso permite que eles sejam
tratados de forma diferente, invocando distintos serviços.
O stream, portanto, publica e consome de filas separadas conforme os tópicos que assina. Ele se conecta de
forma nativa a diversos outros módulos do Google Cloud. Veja três exemplos a seguir.
Cloud ML Engine
Oferece serviços de aprendizado de máquina,
como treinamento e execução de modelos.
Cloud Data Flow
Realiza serviços de analytics.
Big Query
Provê serviços de armazenamento de dados big
data.
O usuário pode rodar queries (ANSI SQL) sobre grandes quantidades de dados sem sobrecarregar o sistema.
O cloud Pub/Sub é inteligente, sendo capaz de escalar automaticamente conforme o aumento das mensagens
(caso diversos dispositivos IoT respondam simultaneamente a um evento no mundo real que provoque um
pico de demanda).
 
Existe a opção de redirecionar os dados para a ferramenta de log do sistema conhecida como cloud logging.
Ela armazena os dados de telemetria e de eventos relacionados aos dispositivos para fins de gestão,
monitoramento e de auditoria.
 
Confira mais possibilidades dessa plataforma a seguir.
1 Métricas, gráfico, relatórios e alertas
A plataforma permite gerar métricas, gráficos e relatórios detalhados sobre o funcionamento da
rede em tempo real. A ferramenta também permite a criação de alertas.
2
Load balance e suporte a dispositivos
A plataforma ainda provê um load balance automático e suporte a dispositivos virtuais caso o
cliente queira testar os serviços antes de empregá-los em produção nos dispositivos físicos.
3
Ambiente firebase
A plataforma disponibiliza, ainda, um ambiente de desenvolvimento chamado de firebase, que usa
uma SDK nativa que suporta IOS, Android e C++.
Uma API também é disponibilizada para suportar o desenvolvimento de aplicações e a execução de comandos
em lote, como o registro de grupos de dispositivos IoT e a automação (caso das atualizações OTA - over the
air).
 
Essas atualizações permitem ao usuário, em um push único, atualizar toda uma rede de dispositivos
remotamente.
Comentário
Havendo a necessidade de um serviço mais robusto que requeira uma latência mínima, tendo uma
comunicação quase em tempo real, é possível contratar o Google Cloud IoT Edge. Ele complementa as
funcionalidades de IoT, permitindo que os dispositivos respondam quase em tempo real aos dados
injetados nos streams. 
Quanto à segurança, toda a comunicação com os dispositivos é criptografada. O Google IoT Core permite a
criação de perfis de usuário conforme o nível de acesso.
Atividade 5
Uma empresa decidiu implementar uma solução de IoT para gerenciar remotamente seus dispositivos
industriais. O desafio era reduzir a latência no processamento de dados e assegurar a escalabilidade para lidar
com eventos de alta demanda. Após realizar o provisionamento, a solução adotada utilizou protocolos seguros
e configurou serviços que possibilitam monitoramento, geração de alertas e integração com ferramentas de
analytics e machine learning.
 
Considerando o texto, analise as alternativas e assinale a correta.
A
A solução implementada requer que o provisionamento seja feito diretamente nos data centers locais da
empresa.
B
O sistema adotado não oferece suporte a protocolos como MQTT e HTTPS, dificultando a comunicação
segura.
C
A ferramenta utilizada é incapaz de redirecionar dados para serviços de analytics ou machine learning.
D
O monitoramento
e a geração de alertas são realizados exclusivamente no ambiente físico, sem suporte a logs
em nuvem.
E
Uma característica da solução é a escalabilidade automática para lidar com picos de mensagens enviados por
dispositivos IoT.
A alternativa E está correta.
A escalabilidade reflete a funcionalidade do sistema de ajustar automaticamente sua capacidade para
processar aumentos na quantidade de mensagens.
As outras alternativas estão incorretas, pois o provisionamento ocorre na nuvem e não diretamente nos
data centers locais. O monitoramento e a geração de alertas utilizam ferramentas de log em nuvem, não
apenas no ambiente físico. Por fim, a ferramenta permite a integração com os serviços de analytics e
machine learning.
4. Conclusão
Considerações finais
O que você aprendeu neste conteúdo?
Conceituação, evolução e história da IoT.
 
Principais elementos que compõem a arquitetura baseada em IoT.
 
Principais plataformas de prototipação atualmente disponíveis no mercado.
 
Esforços de padronização e principais protocolos usados para o estabelecimento da conectividade em
uma rede de IoT.
 
Principais plataformas de IoT disponíveis no mercado e seus principais serviços.
Podcast
Podcast
O especialista Michel Medeiros discute o uso da internet das coisas (IoT), abordando as possibilidades
de emprego, os desafios no desenvolvimento de aplicações, os riscos associados e as principais
plataformas e equipamentos utilizados.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para ouvir o áudio.
Explore +
Não pare por aqui! Acesse o site das plataformas de IoT estudadas para verificar as características dos
serviços oferecidos por elas:
 
Amazon AWS IoT
 
Microsoft Azure IoT
 
Google IoT
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Referências
AKPNAR, K.; HUA, K. A. ThingStore: an internet of things management system. In: IEEE International
Conference on Multimedia Big Data, 3., 2017. Laguna Hills. Anais… 2017. Laguna Hills: IEEE. p. 354-361.
Consultado na internet em: 9 fev. 2021.
 
BRASIL. Decreto n.º 9.854, de 25 de junho de 2019. Institui o Plano Nacional de Internet das Coisas e dispõe
sobre a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a
Máquina e Internet das Coisas. Brasília, DF: Presidência da República, 2019.
 
INTEL. Intel Edison development platform. [s. d.]. Consultado na internet em: 25 fev. 2021.
 
INTERNATIONAL TELECOMMUNICATION UNION. Unleashing the potential of the internet of things. 2016.
Consultado na internet em: 9 fev. 2021.
 
MQTT. MQTT: The standard for IoT messaging. [s. d.]. Consultado na internet em: 25 fev. 2021.
 
PATEL, M.; SHANGKUAN, J.; THOMAS, J. What’s new with the internet of things?. McKinsey & Company. 10
maio 2017. Consultado na internet em: 25 fev. 2021.
 
PROJECT HUB. IOT projects. 2021. Consultado na internet em: 25 fev. 2021.
 
RASPBERRY PI. Raspberry Pi. [s. d.]. Consultado na internet em: 25 fev. 2021.
	Conceitos de internet das coisas
	1. Itens iniciais
	Objetivos
	Introdução
	Conteúdo interativo
	1. Elementos de uma arquitetura de IoT
	IoT
	Conteúdo interativo
	Evolução e história
	Exemplo
	Curiosidade
	Big data e internet
	Comentário
	Atividade 1
	Principais elementos
	Conteúdo interativo
	Arquitetura
	Dispositivos
	Medidores de pressão
	Termômetros
	Localizadores
	Câmeras de vigilância térmicas
	Sensores sísmicos
	Hardware
	Placa de circuito baseado em um microcontrolador
	Computador completo que necessita de um sistema operacional
	Componentes básicos comuns a ambos
	Atenção
	Sensores
	Custo
	Alcance
	Precisão
	Calibragem
	Placas comerciais
	Comentário
	Atividade 2
	Plataformas de prototipação
	Conteúdo interativo
	Comentário
	Arduino
	Comentário
	Estacionamento
	Meteorologia
	Temperatura
	Poluição
	Raspberry Pi
	Intel Edison
	Comentário
	Exemplo
	ESP8266
	Portas de entrada / saída
	Acesso
	Programação
	Atividade 3
	Exemplos de aplicações, perspectivas e projeções
	Conteúdo interativo
	Caso de uso 1
	Implementações
	Estações meteorológicas
	Maquinário
	Agropecuária
	Segurança
	Problemas
	Gerenciamento do monitoramento
	Identificação do problema
	Aferição dos SLAs e da banda
	Soluções
	Integração dos centros de monitoramento
	Correlação de falhas e monitoramento da degradação da internet
	Caso de uso 2
	Implementações
	Conexão de dispositivos
	Clientes de diferentes áreas
	Serviços de SLA, banda, latência e disponibilidade de rede
	Maior cobertura
	Plataformas de gerenciamento
	Problemas
	Correlação de alarmes
	Ação preventiva
	Soluções
	Centralização da gestão dos dispositivos
	Monitoramento 24h e aferição da banda
	Perspectivas e projeções
	Atividade 4
	2. Padrões e protocolos de uma rede de IoT
	Esforços de padronização
	Conteúdo interativo
	Delineando problemas e limitações
	Comentário
	Exemplo
	Consórcios formados
	OneM2M consortium
	OCF (Open Connectivity Foundation)
	IEEE P2413 Working Group
	IIC (Industrial Internet Consortium)
	IETF (Internet Engineering Task Force)
	ThingStore
	Exemplo
	Atividade 1
	Protocolos de comunicação de dados usados em IoT
	Conteúdo interativo
	Formas de comunicação
	Device to device
	Device to gateway
	Gateway to data systems
	Data system to data system
	Exemplo
	Protocolo HTTP/HTTPS
	Atenção
	Sentido único do tráfego de dados
	Travamento
	Não guardar estados
	Protocolo MQTT
	Histórico e conceituação
	Suporte à comunicação
	Implementação de arquitetura
	Comandos
	Exemplo
	Connect e connack
	Subscribe e unsubscribe
	Publish e puback
	QOS
	Modo QoS 0
	Modo QoS 1
	Modo QoS 2
	Comentário
	Atividade 2
	3. Plataformas de IoT e principais serviços
	Requisitos adicionais da IoT
	Conteúdo interativo
	Ingestão
	Analytics
	Comunicação
	Persistência
	Atividade 1
	Requisitos não funcionais da IoT
	Conteúdo interativo
	Disponibilidade
	Confiabilidade
	Recuperação de desastre (disaster recovery)
	Segurança, proteção de dados e backup
	Escalabilidade
	Atividade 2
	Arquiteturas IoT e Amazon AWS IoT
	Conteúdo interativo
	Arquiteturas de referência para IoT
	Comentário
	Amazon AWS IoT
	Seleção do sistema operacional
	Registro do dispositivo
	Teste e exploração dos serviços
	Message Broker
	Device Shadow
	Rules Engine
	Security and identity
	Atividade 3
	Microsoft Azure IoT Suite
	Conteúdo interativo
	Módulo DocumentDB
	Módulo LogicApp
	Dashboards
	Dica
	Comentário
	Envio da telemetria
	Recebimento e análise de dados
	Chamados e alertas
	Atenção
	Atividade 4
	Google Cloud IoT
	Conteúdo interativo
	Comentário
	Porta de entrada
	Telemetria e gerenciamento de dados
	Assinatura de tópicos e invocação de serviços
	Cloud ML Engine
	Cloud Data Flow
	Big Query
	Métricas, gráfico, relatórios e alertas
	Load balance e suporte a dispositivos
	Ambiente firebase
	Comentário
	Atividade 5
	4. Conclusão
	Considerações finais
	O que você aprendeu neste conteúdo?
	Podcast
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Explore +
	Referências
de dados e uma necessidade de velocidade de
processamento cada vez maior vêm direcionando como a internet deverá evoluir nos próximos anos. 
Atividade 1
Uma empresa agrícola implantou dispositivos conectados para monitorar a umidade do solo e a temperatura
em tempo real. Esses dados são transmitidos a um sistema central que ajusta automaticamente a irrigação,
otimizando o uso da água e reduzindo desperdícios. O gerente, ao apresentar os resultados, destacou que o
uso dessa tecnologia trouxe eficiência, porém identificou desafios como a necessidade de comunicação
constante e infraestrutura robusta.
 
Considerando o texto, analise as alternativas e assinale a correta.
A
O impacto da IoT é limitado apenas ao setor agrícola e à indústria, conforme descrito no estudo de caso.
B
O potencial de impacto da IoT está restrito a melhorias incrementais em processos já existentes, sem criar
inovações significativas.
C
A internet das coisas permite a coleta de dados em tempo real, contribuindo para soluções eficientes e
personalizadas.
D
A comunicação entre dispositivos IoT depende exclusivamente da tecnologia RFID, conforme destacado no
texto.
E
A IoT não requer infraestrutura avançada para funcionar adequadamente, segundo o estudo de caso.
A alternativa C está correta.
A IoT promove eficiência, coleta de dados em tempo real e novas soluções, como as descritas no estudo de
caso.
As demais opções estão incorretas, pois vários setores são impactados pela IoT, como saúde, cidades e
automóveis, indo além da agricultura e da indústria. A necessidade de infraestrutura robusta é essencial
para o funcionamento eficiente da IoT. Além disso, a IoT não depende exclusivamente da RFID para
comunicação.
Principais elementos
Antes de avançarmos nas especificidades dos dispositivos IoT, precisamos entender que o domínio dos
conceitos teóricos é a base para projetos bem-sucedidos. Quando compreendemos como hardwares,
sensores e sistemas operam em conjunto, estaremos mais preparados para tomar decisões fundamentadas,
evitar erros e explorar ao máximo o potencial dessas tecnologias.
 
Assim, vamos compreender cada aspecto, garantindo que possamos construir dispositivos e inovar e resolver
problemas reais de forma eficiente e criativa.
No vídeo a seguir, você vai conhecer os principais elementos que compõem a conexão de dispositivos de IoT
à internet. Não perca!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Arquitetura
A troca de informações entre os dispositivos
em uma rede IoT é feita por meio de uma
arquitetura distribuída composta por vários
elementos.
 
Essa rede de comunicação permite que os
dispositivos comuniquem-se entre si quando
necessário e consumam serviços normalmente
hospedados na nuvem por meio da internet.
Diversos protocolos de comunicação podem
ser usados para suportar uma IoT. Protocolos
de transporte (wi-fi, GSM e Bluetooth) e de
comunicação de dados (MQTT e HTTP)
estabelecem as condições em que os dados são enviados dos dispositivos para os servidores.
 
O diagrama de componentes, na imagem a seguir, mostra, de forma básica, a relação entre os elementos de
uma arquitetura baseada na internet das coisas.
Vemos, na imagem, os dispositivos (things) conectados — que podem somar milhares ou milhões de unidades
— comunicando-se com serviços na nuvem por intermédio de um servidor gateway adicional.
O gateway encontra-se posicionado
geograficamente próximo dos dispositivos para
a reduzir a latência de rede, viabilizando
serviços críticos que necessitam de respostas
quase em tempo real, como carros autônomos
e cirurgias remotas. Esse gateway implementa
outra tecnologia usada denominada edge
computing (ou computação de borda), que
viabiliza esses serviços críticos.
 
A latência experimentada em uma torre de
telefonia celular convencional LTE é de cerca de
40 milissegundos. Já carros autônomos
precisam de menos de 10 milissegundos para serem considerados seguros.
A nuvem no diagrama representa uma plataforma de IoT baseada em cloud. Falaremos mais sobre cloud mais
adiante. A “linguagem” (protocolos de comunicação) que os componentes dessa arquitetura usam para se
comunicar pode variar bastante: HTTP/HTTPS e MQTT são as mais comuns.
 
Os dispositivos podem estar conectados entre si e com o gateway edge através de diversas topologias de
rede. A estrela é a mais comum delas, mas existem implementações nas quais as redes de IoT podem possuir
diversas configurações. Veja!
Anel (ring).
 
Barramento (bus).
 
Árvore (tree).
 
Completamente conectados (fully connected).
No caso de fully connected, os elementos fazem simultaneamente a coordenação entre si e com o gateway.
Dispositivos
No diagrama apresentado anteriormente, vimos que a arquitetura é composta por muitos dispositivos (things)
interligados. Cada um deles consiste em um software embutido em um hardware ultraespecializado
(normalmente de tamanho pequeno) e conectado à internet.
 
Sua função pode ser apenas a de coletar dados. No entanto, esse hardware também é capaz de reagir a eles
e processá-los, emitindo alarmes, classificando elementos ou identificando animais e pessoas.
 
Mas precisamos, em primeiro lugar, conceituar esses dispositivos. Things são dispositivos desenhados para
fins específicos. Veja alguns deles.
Coletar dados do ambiente em que se encontram.
 
Realizar algum processamento.
 
Transmitir tais dados pela internet.
 
Estabelecer uma comunicação entre si e com servidores (chamados de gateways ou brokers).
Portanto, qualquer aparelho conectado capaz de minimamente coletar e transmitir dados, trabalhando de
forma independente ou em sincronia com outros aparelhos, é considerado um dispositivo de IoT.
 
Os dispositivos IoT também proveem interfaces diretas para o gerenciamento e o troubleshooting (solução de
problemas). Eles podem estar nas fábricas, no ambiente de trabalho, no campo, nas residências e inseridos
sob a pele (na forma de microchips) ou nas vestimentas das pessoas. O último caso permite que elas utilizem
roupas e acessórios inteligentes. 
 
No caso, os dispositivos podem assumir as formas apresentadas a seguir.
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Medidores de pressão
Em uma linha de montagem.
Termômetros
Em um refrigerador industrial.
Localizadores
Em um contêiner de carga.
Câmeras de vigilância térmicas
Em fornos de produção de aço.
Sensores sísmicos
Em contato com o solo de regiões próximo de
atividades vulcânicas ou de placas tectônicas.
Hardware
Existem basicamente dois tipos de hardware (ou placas) para IoT comercializados atualmente. Veja!
Placa de circuito baseado em um microcontrolador
O Arduino é um exemplo típico. Ele não tem sistema operacional, sendo carregado apenas com um
conjunto de instruções no firmware ou na memória para desempenhar uma função bem específica.
Placas baseadas em microcontroladores funcionam muito bem para controlar outros dispositivos, 
servir como hub intermediário de comunicação, coletar dados por meio de sensores e realizar
cálculos simples que não requeiram muita memória (sendo normalmente sua maior limitação).
Computador completo que necessita de um sistema operacional
Esse tipo de hardware — cujo exemplo típico é o Raspberry Pi — consiste em um computador
completo que necessita de um sistema operacional, normalmente o Linux, para funcionar.
Componentes básicos comuns a ambos
Um hardware destinado à IoT precisa conter módulo de processamento central responsável pelo
esforço computacional e pelo armazenamento dos dados, fonte de força, um ou mais conversores
analógico-digitais e módulos de interfaces periféricos e de comunicação, que podem (ou não) estar
embutidos em um único chip.
Na placa, sensores dos mais diversos tipos podem ser conectados diretamente nas portas de entrada ou de
saída, ou receber módulos extensores, como, por exemplo, os shields do Arduino.
 
Entretanto, as placas são genéricas. Elas dificilmente já vêm de fábrica com os acessórios para serem
utilizados em aplicações práticas.
Eles, portanto, precisam ser estimados e adquiridos à parte.
Atenção
É importante ficar atento à documentação da placa escolhida para identificar corretamente os
componentes e as funcionalidades nativas e verificar se o fabricante disponibiliza separadamente os
recursos de hardware e software necessários para implementar o que se deseja. 
Sensores
São dispositivos sofisticados usados para a aquisição de dados em tempo real. Eles convertem uma medição
física (a temperatura de um corpo, a pressão atmosférica, a aceleração de um carro ou a altitude de um drone)
em sinais elétricos digitais ou analógicos que podem ser interpretados e manipulados.
 
Há diversos sensores disponíveis no mercado. Confira!
 
De movimento
 
De deslocamento indutivo
 
De nível
 
De intensidade luminosa
 
Sensíveis à cor
Escolher o sensor certo para determinada aplicação pode ser um trabalho difícil. Há muitos parâmetros e
especificações que devem ser levados em consideração para uma tomada de decisão. Contudo, podemos
citar os parâmetros mais comuns ou relevantes.
• 
• 
• 
• 
• 
Custo
O preço de aquisição pode ter pouca variação entre um fabricante e outro, porém, quando levamos
em conta a implementação de milhares de unidades IoT, pequenas diferenças podem ser
significativas no final do processo.
Alcance
Sensores que irradiam ondas eletromagnéticas, por exemplo, já vêm de fábrica com uma alavanca
pré-definida.
Precisão
A variação na medição deve atender aos requisitos do projeto; logo, é preciso conferir.
Calibragem
As condições do ambiente podem interferir na leitura do sensor; por isso, é importante que ele seja
calibrável para garantir a conformidade do resultado.
Não existe IoT sem sensores e aquisição de dados.
Placas comerciais
Existem placas que vêm sendo usadas para prototipar e até mesmo implementar em produção os dispositivos
de IoT. As mais comuns para prototipação são as da família Arduino e Raspberry Pi.
 
Obviamente, as grandes fabricantes criam os próprios hardwares proprietários e customizados. Eles
costumam ser embutidos em outros aparelhos, criando, assim, geladeiras, televisores, bicicletas inteligentes,
além de muitos outros produtos, embora também haja muitas aplicações comerciais baseadas em Arduino e
Raspberry Pi.
Uma das características dos dispositivos IoT é
o baixo consumo de eletricidade. Alguns, como
o ESP8266, na imagem, possuem modos de
economia de energia (sleep mode), enquanto
outros usam um hardware de baixo consumo
tanto para a unidade de processamento central
(MCU) quanto para o módulo que implementa
os protocolos de transporte sem fio, como o
ZigBee, o Bluetooth ou a própria rede de
telefonia celular: LTE, 3G, 4G etc. Eles são
altamente eficientes no consumo energético.
Mais adiante, apontaremos as placas mais
comuns para a prototipação e o aprendizado,
além de seus principais componentes e
subsistemas.
Comentário
Escolher o hardware adequado para prototipar um dispositivo de IoT é fundamental e pode economizar
muita dor de cabeça durante a execução do projeto. 
A escolha do hardware implica a análise de alguns fatores. Veja.
Capacidade de processamento.
 
Requerimentos de consumo de energia.
 
Quantidade de memória.
 
Acessórios e módulos de expansão disponíveis.
 
Quantidade de portas de entrada/saída.
 
Ambiente e linguagem de desenvolvimento requeridos.
É preciso também ter uma visão da evolução do dispositivo que se quer construir. Devemos levar em
consideração a escalabilidade, a modularidade, o custo e o desempenho do hardware escolhido.
 
Por fim, escrever um código para os dispositivos de IoT não é tarefa fácil. Assim, o custo de desenvolvimento
e as linguagens de programação suportadas também precisam ser levadas em consideração.
Atividade 2
Uma empresa agrícola deseja implementar uma solução para monitoramento remoto das condições de suas
plantações. O gerente optou por dispositivos IoT capazes de medir a umidade do solo e a temperatura
ambiente, transmitindo essas informações para um servidor central. Para prototipar o projeto, foram
escolhidas placas que pudessem operar com baixo consumo de energia e sensores específicos para essas
variáveis. No entanto, ele enfrenta dificuldades em selecionar os componentes adicionais necessários.
 
Considerando o texto, analise as alternativas e assinale a correta.
A
A escolha dos sensores não precisa considerar as variáveis a serem medidas, pois a conexão IoT padroniza a
leitura.
• 
• 
• 
• 
• 
• 
B
A escalabilidade do projeto IoT depende apenas da capacidade de processamento dos dispositivos
escolhidos.
C
Computadores completos, como o Raspberry Pi, não requerem um sistema operacional, facilitando o
desenvolvimento de soluções IoT.
D
Sensores para IoT não necessitam de conversores analógico-digitais, pois já trabalham diretamente com
sinais digitais.
E
Placas com microcontroladores são mais adequadas para prototipação, devido à capacidade de realizar
tarefas específicas com baixo custo energético.
A alternativa E está correta.
As placas baseadas em microcontroladores, como o Arduino, são ideais para prototipação devido à
simplicidade, ao baixo custo energético e à capacidade de realizar tarefas específicas, como controle de
sensores e comunicação intermediária.
As demais alternativas estão incorretas, pois a escolha de sensores deve considerar as variáveis a serem
medidas para garantir dados precisos. Computadores completos como o Raspberry Pi requerem sistemas
operacionais, geralmente Linux, para funcionar. Além disso, sensores muitas vezes dependem de
conversores analógico-digitais para interpretar sinais do ambiente físico.
Plataformas de prototipação
Entender os fundamentos técnicos, as especificações e as capacidades de diferentes plataformas e
dispositivos permite-nos selecionar as soluções mais adequadas para desafios reais. Ao mergulharmos nesses
conceitos, desenvolvemos uma visão crítica e criativa, transformando ideias em projetos concretos e
inovadores.
 
Vamos explorar juntos como as plataformas Arduino, Raspberry Pi, Intel Edison e ESP8266 podem revolucionar
aplicações no campo da internet das coisas (IoT), conectando teoria e prática de maneira inteligente e
estratégica.
No vídeo a seguir, você vai conhecer as principais plataformas de prototipação atualmente disponíveis no
mercado. Confira!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Veremos agora cada plataforma de prototipação atualmente disponível no mercado. No entanto, essa indústria
está em constante evolução: a todo momento surgem novidades.
Comentário
Placas tidas como muito boas podem passar a ser consideradas obsoletas do dia para a noite. Diversas
placas de circuito foram descontinuadas em anos recentes. Você já sabe: nada impede que uma rede
inteira de elementos IoT torne-se ultrapassada repentinamente. 
Arduino
Compreende uma família de placas de circuito
de código aberto. Elas estão baseadas em
microprocessadores de baixo custo com
software embarcado que devem ser
programados em C/C++.
 
Existe uma grande variedade de Arduinos
(apelidados de micro, nano, mega, Leonardo e
diversos outros nomes), sendo a mais popular o
Arduino Uno. 
A maioria requer módulos de expansão
(chamados de shields) para implementar a
capacidade de comunicação em rede e outras funcionalidades. Esses módulos são muito simples,
funcionando praticamente no modo plug and play.
 
Atualmente, a plataforma Arduino é uma das mais conhecidas e maduras do mercado, sendo largamente
usada para desenvolver dispositivos conectados.
Comentário
Uma das restrições do Arduino costuma ser a pequena quantidade de memória disponível: ela
normalmente possui 256KB, sendo que 8KB já são usados pelo bootloader. Isso limita bastante o
desenvolvimento de aplicações mais pesadas. 
O Arduino é indicado, portanto, para atividades de coleta de dados e pequenos processamentos. Cabe aos
serviços hospedados na nuvem realizar o processamento robusto, demandando ações do dispositivo apenas
quando
é necessário. Devido ao custo baixo, a plataforma permite uma grande escala. 
 
Com a massificação e a alta demanda da internet das coisas, o fabricante passou a disponibilizar uma linha de
placas desenhadas especificamente para aplicações IoT. Elas já saem da fábrica com módulos de
comunicação embutidos e diversas funcionalidades.
 
O mais básico é o Arduino NANO 33 IoT. Usando o processador Arm Cortex-M0 32-bit SAMD21, ele vem com
um módulo de conectividade para wi-fi e Bluetooth nativo, além do módulo de criptografia denominado
Microchip ECC608 Crypto Chip, que garante a segurança das comunicações. 
O Arduino é facilmente programável. Confira como a programação deve ser feita:
 
Conectá-lo via porta USB a um computador no qual sua IDE (ambiente de desenvolvimento integrado)
esteja instalada.
 
Escrever o código.
 
Sincronizá-lo com o hardware.
A IDE automaticamente compila, linca e carrega o código binário dentro da placa.
 
O fabricante também oferece um serviço de internet chamado de Arduino Cloud para integrar os dispositivos
por meio de serviços na nuvem.
 
As aplicações de IoT mais comuns que utilizam o Arduino abrangem sistemas diversos.Veja!
• 
• 
• 
Estacionamento
Registro de estacionamento de carros.
Meteorologia
Sistemas de estações meteorológicas.
Temperatura
Sistemas automáticos de regulação de
temperatura.
Poluição
Sistemas de monitoramento de poluição sonora
e atmosférica.
Muitos fabricantes de dispositivos de IoT usam as placas Arduino diretamente nos seus produtos por
considerarem que o hardware tem maturidade e estabilidade suficiente para funcionar em produção — e não
apenas durante a prototipação.
 
Existem muitas cópias piratas das placas Arduino fabricadas na China e vendidas como se fossem originais.
Muitas delas até podem ter um desempenho similar. É preciso ficar atento na hora de comprar.
Raspberry Pi
Enquanto o Arduino constitui uma placa de circuito que contém uma unidade processadora com módulos
periféricos que o complementam, o Raspberry Pi é um computador completo com Linux embutido como
sistema operacional. Ele pode ser conectado diretamente a um monitor e funcionar exatamente como um PC
convencional.
O Raspberry Pi foi inicialmente concebido pela
fundação de mesmo nome para ser uma
plataforma educacional barata para ensinar
programação e computação às pessoas. 
 
Entretanto, seu uso foi além disso: o dispositivo
já vem sendo usado de diversas outras
maneiras, por exemplo, como base para
prototipação e aplicações comerciais (desde
automação residencial até aplicações
industriais).
Similar ao Arduino, o Raspberry Pi é baseado
em open-source (código aberto), porque utiliza o sistema operacional Linux, aberto, embora sua placa não
seja. Ele possui um módulo de processamento central e portas de entrada e saída nas quais os sensores são
conectados.
 
A última versão lançada durante a redação deste conteúdo foi o Raspberry Pi 4 Model B. Veja!
Veja algumas características desse hardware a seguir.
 
Quatro portas USB.
 
Uma porta gigabit ethernet.
 
Uma porta de áudio estéreo.
 
Duas portas micro HDMI.
 
Módulos de wi-fi / Bluetooth.
• 
• 
• 
• 
• 
 
Um processador Broadcom BCM2711.
 
Quad core Cortex-A72 (ARM v8) 64-bit SoC de 1.5GHz.
 
Memória RAM de até 8Gb.
 
Slot para cartão de memória Micro SD.
Obviamente, o Raspberry Pi é mais robusto e poderoso que o Arduino, sendo capaz de realizar
processamentos mais complexos. Contudo, ele consome mais energia, o que inviabiliza seu uso para
determinadas aplicações.
 
A versão mais simples (chamada de Raspberry Pi Zero W) talvez seja indicada para essas aplicações. O
fabricante também disponibiliza uma série de acessórios e periféricos, embora os módulos de conectividade
LoRa — além de outros — precisem ser adquiridos de outros fornecedores. De qualquer forma, não há
limitações para a utilização do Raspberry Pi como dispositivo de IoT.
Intel Edison
O chip Intel Edison é fabricado pela gigante
Intel. Seu grande diferencial está no tamanho
reduzido.
 
Suas medidas são modestas: comprimento
(35,5mm), largura (25mm), altura (3,9mm) e
peso (5,3g).
 
Esse chip foi idealizado para ser usado
especificamente em IoT e em roupas
inteligentes (wearable), dado o seu tamanho
reduzido.
O Intel Edison é um computador que roda o Yocto Linux como OS, sendo análogo ao Raspberry Pi. No entanto,
todos os seus módulos foram consolidados em um chip único, que custa mais caro.
Comentário
O Edison não pode ser conectado diretamente ao computador para ser configurado, como o Arduino e o
Raspberry Pi; por isso, é preciso comprar separadamente o kit de desenvolvimento na forma de uma
placa secundária de configuração (breakout board). O chip será encaixado nessa placa por meio de um
conector Hirose DF40 de 70 pinos para receber as configurações e o código compilado. A placa é
compatível com Arduino e pode receber diversos shields. 
• 
• 
• 
• 
O código-fonte pode ser escrito em C/C++ mediante o emprego de IDE do Arduino, Node.js e Python (se o
ambiente de desenvolvimento é MCU SDK ou mesmo Eclipse).
 
Quando o Edison estiver configurado, será possível acessá-lo via SSH com Putty por meio da rede wi-fi. Veja o
que a sua versão mais recente possui!
 
Conectividade wi-fi / Bluetooth 4.0.
 
1GB de memória RAM.
 
4GB de memória.
 
MMC (storage).
 
Interface para SD-Card.
 
Porta USB.
 
Total de 40 portas de entrada/saída de uso geral.
O modelo de processamento central é composto por um Intel Atom Dual Core de 500MHz e um
microcontrolador Intel Quark de 100MHz.
 
Uma de suas desvantagens é que ele ainda não atingiu uma massa crítica como os outros. A comunidade que
desenvolve e publica o código para o Intel Edison ainda é muito reduzida, o que torna a curva de aprendizado
mais difícil para os iniciantes.
 
Além disso, tanto ele quanto o Raspberry Pi, por serem computadores completos (e não apenas uma placa
com microcontrolador), são mais difíceis de utilizar. Contudo, é possível construir aplicações poderosas com o
Intel Edison.
Exemplo
É o caso de aplicações que usam a visão computacional para rastrear objetos ou classificá-los, ou para
acoplar o dispositivo em um drone a fim de transmitir dados ou imagens para o controle de terra. 
Infelizmente, essa placa, ao lado do Intel Galileo e do Joule, foi recentemente descontinuada pela Intel.
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
No entanto, ainda existem milhares de placas em funcionamento suportando as mais diversas aplicações.
ESP8266
A família de chips ESP8266 foi lançada em 2014
na China. Inicialmente, não despertou muito
interesse, porque havia apenas documentação
em chinês e pouco código disponível. Porém,
com o tempo, o ESP8266 passou a ser
largamente usado em protótipos e provas de
conceito para IoT. Atualmente existe uma
grande comunidade suportando-o.
 
O chip possui capacidade de comunicação wi-fi
nativa e tem uma relação custo-benefício muito
boa, sendo vendido por menos de US$ 5.
Como o Intel Edison, ele é muito pequeno: o
chip foi desenhado para ser usado como dispositivo IoT, inclusive para aplicações vestíveis (wearable).
 
O ESP8266 foi dotado com um processador RISC de 23 bits chamado de Tensilica. Ele pode atingir até
160MHz de Clock e conta com um conversor analógico-digital de 10 bits.
 
Podendo funcionar como módulo de comunicação wi-fi para outros microcontroladores ou de forma
independente, veja, a seguir, mais algumas características do ESP8266.
Portas de entrada / saída
Pode ter até 17 portas de entrada/saída para
uso geral.
Acesso
Pode ser acessado via Putty (dependendo da
versão e se estiver configurado e conectado à
rede wi-fi) graças aos comandos SSH.
Programação
Quando vem com o firmware AT embutido,
pode ser programado por meio de um Arduino,
sendo que a placa Arduino funciona como uma
breakout board.
Apesar de o ESP8266 ainda ser comercializado, versões novas já foram lançadas. Fabricante do chip, a
Espressif Systems lançou a versão ESP8285, que tem praticamente
as mesmas funcionalidades do ESP8266,
embora possua dimensões mais reduzidas.
 
Sua evolução surgiu por conta do lançamento da placa ESP32. Confira suas características!
 
4MB de memória.• 
 
Wi-fi e Bluetooth embutidos.
 
Controle remoto IR.
 
Trinta e duas portas de entrada e saída de uso geral.
 
O menor consumo de energia no modo deep sleep: apenas 5μA. O ESP8266 e o ESP8285 consomem
cerca de 20μA no mesmo modo.
A MCU é o processador Tensilica Xtensa LX6 Dual-Core 32-bit processor. Seu relógio é de 240MHz e o
conversor analógico-digital, de 12 bits (maior resolução).
 
Sua escala de temperatura de operação oscila de – 40 graus Celsius até + 125 graus Celsius, permitindo o
desenvolvimento de dispositivos capazes de operar em situações críticas.
Atividade 3
Uma startup deseja desenvolver um dispositivo para monitoramento ambiental em áreas remotas. A solução
precisa ter conectividade nativa, baixo custo e operar de forma independente por longos períodos com
consumo mínimo de energia. Além disso, a equipe busca simplicidade no uso e uma comunidade de suporte
ativa para acelerar o desenvolvimento. 
 
Considerando essas necessidades, qual é a melhor escolha?
A
O Arduino Uno, pois é robusto e tem conectividade bluetooth e wi-fi integradas.
B
O ESP8266, pois combina conectividade wi-fi, custo acessível e baixo consumo de energia.
C
O Intel Edison, pois é compacto e possui suporte ativo da comunidade.
D
O Arduino NANO 33 IoT, pois opera de forma independente e possui alto consumo no modo deep sleep.
E
O Raspberry Pi 4 Model B, devido à alta capacidade de processamento e à ampla memória RAM.
• 
• 
• 
• 
A alternativa B está correta.
O ESP8266 atende perfeitamente aos requisitos do caso: conectividade nativa, baixo custo, simplicidade
no uso, e um consumo de energia reduzido. Ele também tem suporte ativo da comunidade, tornando-o uma
escolha ideal para o projeto. 
As demais alternativas estão incorretas, pois o Arduino Uno requer módulos adicionais para conectividade
wi-fi ou bluetooth, não sendo nativamente integrado. O Raspberry Pi 4 Model B tem alta capacidade de
processamento, mas seu consumo de energia é inadequado para aplicações com restrição energética.
Apesar do tamanho compacto, o Intel Edison foi descontinuado e tem uma comunidade de suporte limitada,
o que não favorece o desenvolvimento ágil. O Arduino NANO 33 IoT possui consumo maior no modo deep
sleep comparado ao ESP8266, além de ser mais caro.
Exemplos de aplicações, perspectivas e projeções
Projetar e implementar uma aplicação baseada em IoT é uma tarefa multidisciplinar que envolve a escolha da
placa e o dimensionamento de diversos fatores tanto de software como de hardware. É o caso, por exemplo,
de sensores. 
 
Apresentaremos a seguir duas aplicações desenvolvidas pelo autor em parceria com uma empresa de
tecnologia israelense. A ideia é que você observe uma aplicação concreta de IoT baseada no mundo real.
Nomes e valores foram alterados para fins educacionais. Após, abordaremos perspectivas e projeções da IoT
no nosso país.
 
No vídeo a seguir, conheça duas aplicações baseadas em IoT, além das perspectivas e das projeções da IoT
no Brasil. Não perca!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Caso de uso 1
A FoodX é uma das maiores empresas agropecuárias do Brasil. Seu faturamento de R$ 8,2 bilhões em 2019
posicionou a companhia na 22ª posição entre as 40 maiores empresas de agronegócio brasileiro. Com sede
na cidade de Curitiba, a empresa atua no mercado nacional há 40 anos e está presente em 120 países, sendo
que, em 2019, as exportações representaram 55% das suas vendas totais.
 
A organização emprega cerca de 19 mil pessoas e possui diversas fábricas, centros de distribuição, armazéns,
fazendas de plantio ou de pecuária bovina, totalizando cerca de 170 unidades distribuídas em 16 estados
brasileiros.
Implementações
Há alguns anos, a FoodX vem modernizando suas operações. Confira algumas de suas implementações.
Estações meteorológicas
A empresa tem progressivamente instalado estações meteorológicas dedicadas à telemetria e ao
gerenciamento remoto em suas fazendas de plantio de soja e de outros grãos. 
Esses dispositivos de IoT são capazes de medir condições do solo, precipitação de chuva, velocidade
e direção do vento, radiação solar, temperatura e umidade relativa do ar, umidade do solo, nível e
vazão de rios e lagos, pressão atmosférica e qualidade do ar e da água usada na irrigação.
Maquinário
A empresa também vem investindo na otimização do uso do maquinário. 
Dispositivos de IoT foram instalados nos tratores e em outras máquinas agrícolas para monitorar o 
consumo de combustível, implementar a manutenção preventiva e automatizar o controle do
maquinário em tempo real.
Agropecuária
Em suas fazendas de gado, a FoodX implementou dispositivos de IoT com funções analíticas de
inteligência artificial (IA) para desenvolver técnicas de agropecuária de precisão visando otimizar a
capacidade reprodutiva do gado e fazer um melhor uso do pasto.
Foram instalados sistemas inteligentes que recebem dados dos dispositivos de IoT para dar suporte à
tomada de decisão. Os novos sistemas são capazes de otimizar o lucro do pecuarista, indicando o
ponto ótimo de negociação (PON) e otimizando o ROI.
A solução funciona ao monitorar a eficiência da operação de confinamento e de engorda do gado,
acompanhando o desempenho de cada animal individualmente ao mesmo tempo que busca dados de
mercado na internet.
Segurança
Além disso, a FoodX vem investindo em segurança. Os seguintes itens foram comprados e estão
sendo instalados nos parques industriais: milhares de câmeras de monitoramento, imageamento
térmico, sensores de movimento e alarmes e fechaduras inteligentes.
Toda a modernização traduz-se em milhares de dispositivos instalados em todos os locais da companhia.
 
Para viabilizar a operação de IoT, a FoodX também contratou serviços de internet dos quatro maiores
provedores brasileiros para conectar sua rede de coisas com dezenas de centros de monitoramento
espalhados pelo país.
 
Consequentemente, ela precisa administrar diversos contratos de prestação de serviço de internet para seus
milhares de dispositivos de IoT. Eles usam, entre outros tipos, a tecnologia de transmissão 3G/4G, LTE, wi-fi e
Bluetooth.
 
Atualmente, a organização estuda o emprego das tecnologias narrow band IoT (NB-IoT) e long term evolution
for machines (LTE-M) para operar a próxima geração de dispositivos IoT que vão ser incorporados ao grid.
Para isso, novos contratos com diversos SLAs (sigla de service level agreement), contendo diferentes
sensibilidades à latência, precisam ser feitos com as operadoras.
Problemas
Constantes falhas e interrupções no fornecimento de internet para os dispositivos tem gerado atualmente
perdas de milhares de dólares na operação do grid IoT. 
 
Veja em que o problema consiste!
Gerenciamento do monitoramento
Complexidade de gerenciar dezenas de
centrais de monitoramento (cada uma com
milhares de dispositivos conectados).
Identificação do problema
Dificuldade em identificar quando e onde o
problema ocorre.
Aferição dos SLAs e da banda
Falta de meios para aferir se os SLAs e a banda
contratados estão sendo devidamente
entregues pelas operadoras.
Os sistemas de monitoramento dos fabricantes dos dispositivos só emitem alertas quando tais dispositivos já
estão desconectados (off-line). Eles não monitoram a degradação do serviço. Tampouco existe uma troca de
informação entre sistemas de gerenciamento de diferentes fabricantes.
 
Também não há como aferir o cumprimento da banda e dos SLAs contratados das operadoras de
telecomunicação. As falhas reportadas geram muitas tarefas manuais para investigação e correção dos
problemas, introduzindo ineficiência na operação e gerando um custo extra significativo à companhia.
Soluções
Confira as soluções encontradas para os problemas apresentados da empresa.
Integração dos centros de
monitoramento
A empresa
decidiu integrar todos os seus
centros de monitoramento em um único. Para
isso, ela migrou todos os seus dispositivos de
internet das coisas para uma das três maiores
plataformas de IoT presentes no Brasil.
Com isso, os serviços nativos contratados
permitem que se reporte em tempo real os
dados gerais de conexão dos dispositivos e dos
canais de comunicação fornecidos pelas
operadoras contratadas.
Além disso, geram diferentes análises e
métricas diversas.
Correlação de falhas e monitoramento da
degradação da internet
Outro programa desenvolvido pelo
departamento de TI da empresa diretamente na
cloud da plataforma de IoT contratada
correlaciona falhas entre os dispositivos de
fabricantes diferentes, otimizando o tempo de
resolução de problemas.
A solução ainda monitora a degradação da
internet, sendo capaz de prever em grande
medida quando vai ocorrer uma falha. Ela
dispara alarmes que cadastram pedidos de
manutenção preventiva e registram as
interrupções e as velocidades experimentadas
para a comparação com o contratado,
acionando as operadoras quando necessário.
Caso de uso 2
A TelecomInc Brazil é uma subsidiária de uma empresa estadunidense com sede em Miami. Operando
infraestrutura de telecomunicações para rede celular, ela possui escritórios em 20 países.
Implementações
Em novembro de 2019, a TelecomInc ativou sua rede LoRaWAN para internet das coisas em diversas capitais
brasileiras visando suportar a adoção de tecnologias para cidades inteligentes. Conheça algumas de suas
implementações.
LoRaWAN
É um protocolo de rede de baixa potência e de longa distância (LPWA) projetado para conectar “coisas”
operadas por bateria sem fio à internet em redes regionais, nacionais ou globais. Ele tem como alvo os
principais requisitos da internet das coisas (IoT), por exemplo, serviços de comunicação bidirecional,
segurança ponta a ponta, mobilidade e localização.
Conexão de dispositivos
Tendo comprado ativos de uma operadora brasileira dois anos atrás, a empresa afirma que já tem 350
mil dispositivos IoT conectados usando sua infraestrutura de rede LoRaWAN. 
Ela conecta seus clientes à internet por intermédio de redes de transporte de grandes operadoras
brasileiras.
Clientes de diferentes áreas
Entre seus clientes, a TelecomInc tem diversas empresas de segurança que empregam sensores de
presença, dispositivos de monitoramento residencial, dispositivos para gestão de frotas e câmeras
das mais diversas com IoT.
Outros clientes incluem companhias que operam medidores de energia elétrica inteligentes,
automação industrial, sistemas de rastreamento e logística.
Serviços de SLA, banda, latência e disponibilidade de rede
O maior desafio dessa organização é garantir a satisfação do cliente e uma boa experiência no uso de
sua infraestrutura.
Ela precisa fornecer serviços com valores agressivos de SLA, banda, latência e disponibilidade de
rede em torno de 99.99% para suportar as tecnologias emergentes que seus clientes estão adotando.
Maior cobertura
A empresa tem como meta para os próximos cinco anos cobrir 120 cidades brasileiras com sua
infraestrutura de rede LoRaWAN, incluindo todas as capitais.
Até o final de 2025, ela espera ter 5 milhões de dispositivos IoT conectados em sua infraestrutura.
Plataformas de gerenciamento
Diante do crescente aumento no uso da rede e do emprego massivo de dispositivos IoT, além de estar
ciente da relevância em priorizar a experiência do usuário, a TelecomInc decidiu utilizar as
plataformas de gerenciamento de cada fabricante para fazer o monitoramento das falhas e da
performance de suas antenas.
Problemas
A TelecomInc controla e monitora a performance e a utilização da rede LoraWan de forma descentralizada e
manual. Confira os seus problemas.
Correlação de alarmes
Incapacidade da empresa de correlacionar
alarmes.
Ação preventiva
Incapacidade de agir preventivamente para
evitar falhas ou diagnosticar em tempo real a
degradação dos serviços contratados.
A empresa constatou um aumento do registro de reclamações em seu call center e teme que a taxa de
cancelamento de clientes possa tornar-se crítica.
Soluções
Confira a solução encontrada para os problemas apresentados.
Centralização da gestão dos dispositivos
Diante do crescente aumento de uso da rede
LoraWan e dos agressivos SLAs que os clientes
exigem, e querendo priorizar a experiência do
usuário, a TelecomInc decidiu centralizar a
gestão dos seus dispositivos em uma única
plataforma de IoT robusta. 
Nessa plataforma, a empresa realiza o
gerenciamento de falhas e o monitoramento de
performance cruzando os alarmes recebidos.
Monitoramento 24h e aferição da banda
Os funcionários monitoraram o status dos
dispositivos de IoT e das leased lines
contratadas todos os dias (24 horas por dia e 7
dias por semana), garantindo a aderência aos
SLAs contratados e que a experiência do
usuário esteja conforme a expectativa dos
clientes, evitando, assim, o risco de multas
contratuais e penalidades do agente regulador.
 
O sistema também ajuda a TelecomInc a
verificar a banda contratada das operadoras de
telecomunicações.
Perspectivas e projeções
Em 2019, o presidente da República assinou o Decreto n.º 9.854, que versa sobre a internet das coisas. Esse
decreto define a IoT como uma:
[…] infraestrutura que integra a prestação de serviços de valor adicionado com capacidades de conexão
física ou virtual de coisas com dispositivos baseados em tecnologias da informação e comunicação
existentes e nas suas evoluções, com interoperabilidade.
Brasil, 2019
A expectativa é que os serviços de IoT não pagarão os altos impostos setoriais que poderiam afetar o seu
crescimento no país. Essa notícia, portanto, aqueceu o mercado. As consultorias especializadas projetaram
para cima suas previsões de investimento no setor.
Atividade 4
A FoodX, uma das principais empresas agropecuárias do Brasil, tem adotado tecnologias modernas para
melhorar a eficiência de suas operações, incluindo o uso de dispositivos IoT. Com mais de 170 unidades
distribuídas pelo território nacional, a empresa precisava lidar com a complexidade de conectar milhares de
dispositivos espalhados por diversas localidades.
 
Para superar esses desafios, a FoodX implementou uma solução tecnológica que simplificou o gerenciamento
e permitiu maior controle sobre a conectividade de seus dispositivos, além de ajudar a prever e evitar
problemas operacionais que poderiam comprometer suas atividades. 
 
Considerando o texto, analise as alternativas e assinale a correta.
A
A FoodX não faz uso de serviços contratados de internet para conectar seus dispositivos IoT aos centros de
monitoramento.
B
A FoodX enfrenta problemas apenas em suas fazendas de gado, com falhas no fornecimento de internet.
C
A FoodX gerencia todos seus dispositivos IoT de maneira descentralizada, sem monitoramento centralizado.
D
A plataforma de IoT usada pela FoodX não permite monitoramento de falhas de conectividade.
E
A FoodX usa uma solução que integra todos os seus dispositivos IoT em uma plataforma única, facilitando o
gerenciamento da conectividade e a previsão de falhas.
A alternativa E está correta.
A FoodX resolveu o problema de falhas e interrupções conectando seus dispositivos IoT a uma plataforma
única, o que permite o monitoramento em tempo real, a previsão de falhas e a comparação com os SLAs
contratados.
As demais alternativas estão incorretas, pois a FoodX enfrenta problemas em diversas áreas, incluindo a
gestão da conectividade de seus dispositivos, não apenas em suas fazendas de gado. A FoodX centralizou
a gestão de seus dispositivos IoT em uma única plataforma, resolvendo problemas de descentralização.
Além disso, a empresa contratou serviços de internet dos principais provedores para conectar seus
dispositivos IoT, o que é fundamental para o funcionamento do seu grid.
2. Padrões e protocolos de uma rede de IoT
Esforços de padronização
Precisamos compreender os problemas e as limitações enfrentados no mercado de IoT para podermos
participar ativamente da
construção de um ambiente mais eficiente e colaborativo. A falta de
interoperabilidade e a criação de soluções proprietárias dificultam a integração entre diferentes dispositivos e
sistemas, o que impacta a evolução do setor.
 
Ao estudarmos essas questões, tornamo-nos mais capacitados para identificar as oportunidades de melhoria
e contribuir para a adoção de padrões abertos que favoreçam a inovação e a flexibilidade, além de facilitar a
integração de novos competidores no mercado de IoT.
 
Confira, no vídeo a seguir, os principais esforços de padronização para o estabelecimento da conectividade
em uma rede de IoT.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Delineando problemas e limitações
O mercado de IoT experimentou um
crescimento vertiginoso nos últimos anos, com
o aparecimento de diversos fabricantes de
hardware, software e plataformas de IoT. São
inúmeras as opções de placas e protocolos
disponíveis para se desenvolver uma aplicação
de internet das coisas.
 
Assim, distintos fabricantes fizeram escolhas
diferentes baseados em seus objetivos
comerciais e em requerimentos técnicos,
combinando as tecnologias disponíveis e as
conveniências do momento para alcançar seus
objetivos de negócios.
Criou-se, assim, uma miríade de soluções proprietárias.
 
Não houve esforços para a criação de uma interoperabilidade. Além disso, tais soluções são fracamente
acopláveis entre si, quando não completamente incompatíveis. Alguns fabricantes inclusive implementam esse
tipo de estratégia intencionalmente para travar o cliente nos seus ambientes, criando uma barreira tecnológica
e de custo que o força a continuar comprando seus produtos e serviços.
Comentário
Obviamente, um mercado fechado é bastante desvantajoso para a comunidade. Ele retarda a evolução e
a adoção de tecnologias por dispersar esforços e investimentos, além de inibir a criação de padrões
largamente aceitos. O esforço de desenvolver soluções completas fim a fim reduz o número de
competidores no mercado, levando à concentração, ao monopólio e ao alto custo de desenvolvimento. 
Um mercado aberto e baseado em padrões da indústria, entretanto, reorganiza as prioridades de
investimento, empreendendo esforços no estabelecimento de consensos tecnológicos e padrões
interoperáveis.
 
Isso permite que fabricantes especializem suas competências nas áreas em que são melhores, criando
vantagens competitivas baseadas no mérito. Assim, os usuários podem facilmente mudar de fabricantes ou
operar soluções heterogêneas sem maiores dificuldades.
 
É interesse dos governos, das agências reguladoras e até mesmo dos fabricantes que padrões sejam
definidos, uma vez que eles simplificam e barateiam o custo do desenvolvimento de aplicações baseadas em
IoT. Eles também aceleram a evolução da internet das coisas ao permitir que novos competidores
estabeleçam-se em nichos de mercado, imprimindo mais competição, além de proporcionar maior flexibilidade
de escolha aos clientes.
Exemplo
Um dos grandes problemas de interconectividade experimentados atualmente pelos gestores de
soluções de IoT é a forte dependência de sensores e atuadores dos seus sistemas de administração e
interfaces de processamento proprietários. Isso torna extremamente complicada a consolidação dos
dados transmitidos, assim como dificulta especialmente a gestão dos hardwares, exigindo a criação de
camadas com interfaces adicionais. Entretanto, a qualidade de gestão de uma rede heterogênea dessa
forma dificilmente é uniforme. 
Há, assim, a necessidade de ser criada uma camada aberta e padronizada para unificar a operação remota de
sensores e outros hardwares de diferentes fabricantes, facilitando a entrega dos dados para as funções
distribuídas e hospedadas na nuvem, além de permitir a gestão integrada dos sensores por intermédio do
envio de comandos.
 
Confira, ainda, outros benefícios da adoção de padrões para a tecnologia IoT:
 
Redução dos custos de propriedade (TCO, sigla de total cost of ownership).
 
Interoperabilidade dos multifabricantes.
• 
• 
Padrões são definidos após longos debates nos quais diversos interesses são levados em consideração,
incluindo políticas governamentais de inclusão e proteção ao meio ambiente; no entanto, leva algum tempo
para se atingir tal maturidade.
Consórcios formados
Visando propor padronizações para a IoT, vários consórcios foram formados. Elencamos alguns deles a seguir.
Confira!
OneM2M consortium
Consórcio criado para desenvolver uma camada M2M (machine to machine)
que possa ser usada em hardwares e softwares novos e antigos.
Ele possui atualmente 227 participantes — entre eles, gigantes como as
empresas AT&T, China Mobile e Vodafone.
OCF (Open Connectivity Foundation)
Consórcio que reúne mais de 300 membros do naipe de Microsoft, Samsung,
LG e Electrolux. O objetivo é criar um padrão que permita uma
interoperabilidade entre os novos e antigos dispositivos de IoT.
IEEE P2413 Working Group
Grupo de estudos formado por especialistas membros do Institute of
Electrical and Electronics Engineers (IEEE). Ele visa à criação de um
framework padrão para a arquitetura de IoT.
O IEEE é uma organização profissional sem fins lucrativos dedicada ao
avanço da tecnologia. Um de seus papéis mais importantes é o
estabelecimento de padrões para uso em computadores e diversos
dispositivos.
IIC (Industrial Internet Consortium)
Organização sem fins lucrativos que reúne 258 empresas — entre elas, DELL,
Huawei e GE — com o propósito de acelerar a adoção e a difusão das
melhores práticas para a aceleração do crescimento de IoT para a indústria.
IETF (Internet Engineering Task Force)
Organização cujo objetivo é revisar diversas tecnologias para equipamentos
de baixo consumo de energia (6LoWPAN) em diversas áreas, por exemplo,
segurança, roteamento e camada de acesso.
ThingStore
A comunidade cientifica e empresarial vem discutindo uma possível solução que pode funcionar como um
padrão para o futuro da IoT: a ThingStore.
 
Ela implementa o conceito de serviço inteligente e funciona da seguinte maneira: o trabalho de
desenvolvimento de sistemas complexos para IoT — tanto o embarcado quanto aquele na nuvem — fica a
cargo de especialistas.
Exemplo
Uma empresa especializada em visão computacional cria os softwares e os carrega em uma loja virtual
chamada de ThingStore. Outra empresa que maneja things em forma de câmeras de vigilância pode
optar por assinar ou comprar o serviço, carregando-os em sua nuvem a fim de que seus dispositivos o
utilizem. Dessa forma, teríamos dispositivos de IoT genéricos projetados para enviar telemetria na forma
de dados brutos segundo padrões e especificações da indústria de IoT. Não haveria preocupação com o
software embarcado: ele se comunicaria com o serviço complexo existente na nuvem (plataforma de
IoT), que faria todo o processamento pesado. 
A ThingStore, portanto, contribuiria para a racionalização do uso da internet (somente o dado bruto trafega) e
permitiria o compartilhamento da infraestrutura de IoT, já que as interfaces seriam do modo padrão, e não
proprietárias. Além disso, ela simplificaria o desenvolvimento e promoveria o reúso do software.
 
Não é objetivo aqui entrar em detalhes acerca do progresso das discussões sobre a padronização para IoT,
até porque alguns vão conseguir se estabelecer, e outros, não. Torna-se difícil, nesse momento, prever o que
irá acontecer.
O importante é saber que os esforços na busca pelas padronizações e pelas melhores práticas de
IoT estão ocorrendo; dessa maneira, futuros padrões poderão emergir de um ou de vários dos
consórcios existentes.
Atividade 1
Em um cenário no qual diversas empresas de IoT desenvolvem soluções que não se comunicam bem entre si,
um fabricante de dispositivos de monitoramento está enfrentando dificuldades para integrar seus sensores
com outros sistemas existentes. Essa falta de interoperabilidade tem gerado altos custos de implementação e
manutenção. A empresa, então, está diante da necessidade de aderir a uma
solução que favoreça a
integração e simplifique o processo de desenvolvimento, ao mesmo tempo que proporciona maior flexibilidade
e competitividade no mercado.
 
Considerando o texto, analise as alternativas e assinale a correta.
A
A falta de padrões em IoT facilita a integração entre dispositivos de diferentes fabricantes.
B
A utilização de soluções proprietárias não impacta o custo e a flexibilidade do desenvolvimento de aplicações
em IoT.
C
A utilização de interfaces específicas e não padronizadas facilita a interconectividade entre dispositivos de
diferentes fabricantes.
D
A adoção de padrões abertos favorece a competitividade, a inovação e a integração de dispositivos de
diferentes fabricantes.
E
A criação de soluções fechadas contribui para o aumento da inovação e a redução de custos no mercado de
IoT.
A alternativa D está correta.
A adoção de padrões abertos favorece a competitividade ao permitir que fabricantes especializem-se em
áreas específicas, promovendo inovação e garantindo que os dispositivos de diferentes fabricantes possam
integrar-se de forma mais eficiente.
As demais opções estão incorretas, pois a falta de padrões em IoT dificulta a integração entre dispositivos
de diferentes fabricantes, não a facilita. Soluções proprietárias aumentam os custos e limitam a flexibilidade
no desenvolvimento de aplicações, ao contrário do que é sugerido na alternativa. Além disso, interfaces
específicas e não padronizadas dificultam a interconectividade entre dispositivos de diferentes fabricantes,
não facilitam.
Protocolos de comunicação de dados usados em IoT
Na era da transformação digital, compreender os protocolos de comunicação em sistemas IoT tornou-se muito
importante para nós, profissionais e entusiastas da tecnologia. Quando avançamos no estudo da internet das
coisas, percebemos que a escolha do protocolo adequado pode ser a diferença entre um projeto bem-
sucedido e um que enfrenta desafios constantes de desempenho e segurança. 
 
Vamos explorar juntos como o HTTP/HTTPS e o MQTT comportam-se nesse cenário, entendendo suas
características únicas e descobrindo qual melhor se adapta às diferentes necessidades dos projetos IoT.
 
No vídeo a seguir, você vai compreender os principais protocolos de comunicação de dados usados em IoT.
Não perca!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Formas de comunicação
Um sistema baseado em IoT pode implementar até quatro formas diferentes de comunicação entre seus
componentes. Veja!
Device to device
Os dispositivos podem se comunicar entre si
diretamente.
Device to gateway
Os dispositivos podem se comunicar com o
gateway.
Gateway to data systems
Os gateways, por sua vez, podem falar com os
sistemas de dados.
Data system to data system
Os próprios sistemas de dados podem
conversar entre si para realizar tarefas, como,
sincronizar suas partições.
A capacidade de comunicação permite que toda a rede atinja um estado consistente e esteja “consciente”
acerca do que está acontecendo com os outros membros da rede. Ela é conhecida como cura automática (ou
self healing).
Exemplo
Em uma rede de energia elétrica, medidores e concentradores inteligentes podem, por ação ou omissão,
fazer o gateway entender que existe um blecaute de energia em determinados nós dela e que ações
automáticas podem ser tomadas para isolar os elementos em risco ou danificados e até mesmo rotear o
fluxo de energia elétrica com outros transformadores por caminhos alternativos. 
Apresentaremos a seguir dois protocolos de comunicação de dados.
Protocolo HTTP/HTTPS
O protocolo HTTP (Hypertext Transfer Protocol) é bem conhecido entre os desenvolvedores e os profissionais
de tecnologia de informação (TI) por ter sido criado nos primórdios da internet para suportar a comunicação
entre páginas (sites) e navegadores. Ele implementa código legível no formato de texto ASCII e funciona por
meio de requisições e respostas (requests, responses) sobre o protocolo TCP.
O TCP é um protocolo orientado à conexão, isto é, o servidor abre uma sessão de comunicação com
o cliente, que fará a requisição e a manterá aberta enquanto houver a troca de dados, fechando-a
logo após o encerramento dessa troca.
Já o HTTPS (Hypertext Transfer Protocol Secure) é uma extensão de segurança do bem conhecido protocolo
HTTP. 
Atenção
O HTTP, portanto, é inseguro e extremamente não recomendado para a implementação da transmissão
de dados em aplicações comerciais, devendo, para isso, ser usado o HTTPS, que é bastante seguro. 
O HTTPS emprega a criptografia para impedir que dados trocados sejam lidos e verifica a identidade do
servidor e do software com o qual se está comunicando. Além disso, é simples e bastante intuitivo de se usar,
tendo sido criado para naturalmente passar por cima de firewalls e proxies ou para evitá-los.
 
Entretanto, ele possui algumas desvantagens. Vamos conhecê-las?
Sentido único do tráfego de dados
O sentido da comunicação, isto é, o tráfego de dados, ocorre apenas em uma direção: do cliente para
o servidor. A IoT, contudo, requer comunicação bidirecional.
Alguns evangelistas da internet das coisas advogam que isso, na verdade, aumenta a segurança, pois
impede que estranhos enviem pedidos de conexão para o dispositivo. Contudo, em redes modernas
de IoT, é preciso configurar ou atualizar milhares de dispositivos simultaneamente — e, para isso, eles
precisam aceitar requisições de conexão.
Travamento
O HTTPS é síncrono e, portanto, trava a thread enquanto espera a resposta do servidor,
desperdiçando recursos preciosos, como o tempo de processador. Ele, afinal, foi projetado para
estabelecer a comunicação apenas entre dois agentes: o cliente e o servidor.
Além disso, criar e manter a sessão TCP consome muitos recursos valiosos e pode tornar-se bastante
ineficiente tanto em consumo de energia quanto em recursos computacionais. Caso haja milhares de
requisições simultâneas, isso pode até derrubar o servidor.
O HTTPS também divide enormes quantidades de dados para transferi-los em pequenos pacotes, o
que tem o potencial de gerar picos de grande consumo de banda e retardos na rede devido ao
overhead dos pacotes.
Não guardar estados
Outra desvantagem é o fato de não guardar estados (stateless communication). Sempre que um
dispositivo precisa enviar telemetria, é preciso solicitar uma conexão e fazer a autenticação, o que,
aliás, também gera bastante overhead durante o handshake.
Protocolo MQTT
Agora, conheceremos o protocolo MQTT de padrão aberto. Ele resolve algumas das limitações do HTTP/
HTTPS.
Histórico e conceituação
MQTT é a sigla desta expressão em inglês: message queuing telemetry transport. Adaptando-a para o
português, isso significa transporte de telemetria de enfileiramento de mensagens.
 
Ele foi criado em 1999 pela IBM com objetivos específicos. Veja!
Suporte à comunicação
Suportar a comunicação M2M (machine to
machine).
Implementação de arquitetura
Implementar uma arquitetura cliente-servidor
orientada a mensagens.
Comandos
Os dados trocados entre os dispositivos de IoT (clientes) e o servidor, que normalmente é chamado de broker,
são subscritos por tópicos hierárquicos. Isso é conhecido como protocolo de mensagens publish/subscribe,
no qual fluxos de dados são enviados para serem consumidos conforme os tópicos que assinam.
Pode-se subscrever para um ou mais tópicos. Isso possibilita a comunicação de um para um, de um para
muitos e de muitos para um.
Exemplo
Quatro dispositivos IoT estão conectados ao mesmo broker. Todos eles assinam a mesma fila específica;
assim, quando um deles publica um dado nessa fila, todos os outros consomem a informação, podendo
responder ao valor publicado. O pacote que o MQTT trafega ocupa 2 bytes e tem um cabeçalho menor
que o do HTTPS. Enquanto os comandos do HTTP seguem o formato texto e emitem palavras legíveis
aos humanos, eles, no MQTT, são curtos, menos complexos e seguem o formato binário, gerando,
portanto, menos overhead e economia da banda. 
O MQTT é, portanto,
ideal para as redes cuja internet seja custosa e limitada. Seu vocabulário de comandos
também é muito simples.
 
De modo geral, veja como seus principais comandos funcionam.
Connect e connack
O connect é enviado para requisitar a abertura
de uma conexão. O iniciador recebe um
connack (connection acknowledge) de
resposta.
Subscribe e unsubscribe 
O comando subscribe inscreve o dispositivo em
determinada fila. Já o unsubscribe produz o
efeito contrário.
Publish e puback
O publish é enviado quando se quer publicar
dados em fila específica de acordo com o
tópico, recebendo um puback de volta.
QOS
Ao enviar uma mensagem, podemos escolher entre três distintos níveis de QOS (quality of service), que serão
os responsáveis por estabelecer os contratos entre o remetente e o destinatário dos dados. Confira!
1
Modo QoS 0
É modo mais rápido, pois estabelece que nenhuma das pontas da comunicação (cliente e servidor)
receberá a confirmação (acknowledge) de que o dado foi recebido. Obviamente, esse modo é o mais
propenso para haver uma perda de mensagens. Ele é chamado, por isso, de “disparar e esquecer”
(fire and forget).
2
Modo QoS 1
Nesse modo (chamado de at least once), o cliente e o servidor confirmam o recebimento dos dados.
Caso alguma das pontas não envie o ACK de confirmação ou ele se perca, o remetente reenviará a
mensagem após determinado período.
3
Modo QoS 2
Nesse modo (chamado de exactly once), o MQTT implementa um pequeno handshake para garantir
que a mensagem seja entregue apenas uma vez. Esse protocolo é altamente confiável, uma vez que
as mensagens podem ser persistidas no servidor até que o dispositivo esteja on-line e possa
recebê-las.
O handshake do MQTT armazena o estado da comunicação (diz que ele é statefull). Assim, é possível reusar
uma conexão aberta para enviar mais telemetria, simplificando a operação e consumindo menor banda.
Comentário
Um dos aspectos mais interessantes do MQTT — e que comumente passa despercebido — é saber que
ele pode funcionar sem internet. Após o MQTT usar o protocolo TCP para enviar as mensagens, é
necessário haver apenas o IP do cliente e do servidor para ocorrer uma troca de informações entre as
pontas. 
Atividade 2
A startup GreenSmart desenvolve um sistema de monitoramento para uma fazenda de energia solar. O projeto
prevê a instalação de 5 mil sensores distribuídos em 500 hectares, que devem comunicar-se em tempo real
com uma central de controle. A empresa precisa garantir eficiência energética, comunicação bidirecional e
capacidade de funcionamento mesmo com conexão instável de internet.
 
Considerando o texto, analise as alternativas e assinale a correta.
A
O protocolo HTTP seria a melhor escolha para esse projeto por sua capacidade de estabelecer múltiplas
conexões simultâneas sem sobrecarregar o sistema.
B
O MQTT seria inadequado para o cenário devido à sua limitação de comunicação unidirecional e alto consumo
de recursos computacionais.
C
A comunicação device to device seria suficiente para atender às necessidades do projeto, dispensando a
necessidade de um broker central.
D
A implementação do HTTPS resolveria todos os problemas de comunicação bidirecional e consumo de
recursos, sendo a escolha mais eficiente.
E
O protocolo MQTT com QoS 2 seria a solução ideal, garantindo entrega única das mensagens e menor
consumo de banda, mesmo em condições de rede instável.
A alternativa E está correta.
O MQTT com QoS 2 oferece garantia de entrega única das mensagens, possui baixo overhead, suporta
comunicação bidirecional e pode funcionar mesmo com conectividade instável. Além disso, seu sistema de
publish/subscribe é ideal para gerenciar grande quantidade de sensores, economizando recursos
computacionais e banda.
As demais alternativas estão incorretas, pois o HTTP tem limitações quanto a múltiplas conexões
simultâneas e pode sobrecarregar o servidor. Já o HTTPS possui limitações como alto consumo de recursos
e comunicação unidirecional. Além disso, não podemos ignorar a necessidade de uma estrutura
centralizada para gerenciamento dos dados, essencial em um projeto dessa escala.
3. Plataformas de IoT e principais serviços
Requisitos adicionais da IoT
Nos sistemas IoT, o gerenciamento de dados é muito mais que uma questão técnica, é a essência de soluções
que realmente funcionam. Imagine cada dado coletado como uma peça de um quebra-cabeça que, quando
bem organizado, mostra o caminho para decisões mais inteligentes. 
 
É muito interessante como podemos transformar números em ações que fazem diferença no mundo real. Com
esse conhecimento em mãos, criamos sistemas que funcionam melhor e ajudam a construir um futuro em que
tecnologia e necessidades humanas caminham juntas.
 
No vídeo a seguir, conheça a importância dos requisitos no desenvolvimento de sistemas IoT, incluindo
requisitos de negócio, sistema, desempenho, funcionais, não funcionais e de gerenciamento de dados,
essenciais devido ao intenso tráfego de dados nesse tipo de sistema.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Segundo as metodologias modernas de desenvolvimento de software, os requisitos de um sistema dividem-se
em vários tipos de requerimentos. Confira.
 
De negócio
 
De sistema
 
De desempenho
 
Funcionais
 
Não funcionais
Os sistemas baseados em IoT são especificados com classificações adicionais devido à natureza intensa do
tráfego de dados. Existem, portanto, requerimentos de gerenciamentos de dados que especificam como eles
devem ser recebidos e tratados.
 
São quatro tipos de requerimentos. Veja a seguir quais são eles.
• 
• 
• 
• 
• 
Ingestão
Engloba as estratégias para coletar e preparar dados recebidos dos dispositivos IoT. Esse requisito
define os protocolos e os métodos utilizados para essa coleta, além dos padrões de formatação e
validação necessários para garantir a qualidade dos dados.
Também especifica a frequência de coleta, os mecanismos de pré-processamento e filtragem, e as
regras para tratar dados inválidos ou corrompidos.
Aborda ainda a normalização e a padronização dos dados e estabelece estratégias para lidar com
picos no recebimento, garantindo a consistência do fluxo de informação.
Analytics
Aborda a análise de dados, central nos sistemas IoT. Esse requisito define os tipos de análise a serem
realizadas, como análises descritivas, preditivas e prescritivas. Especifica os modelos de machine
learning e inteligência artificial utilizados, as métricas e os KPIs a serem calculados, e a frequência de
atualização dos modelos analíticos. 
Além disso, abrange os parâmetros para detecção de anomalias, requisitos para visualização de
dados e necessidades de processamento em tempo real ou em lote, assegurando análises precisas e
ações proativas.
Comunicação
Aborda a comunicação eficiente entre os componentes de um sistema IoT. Esse requisito especifica
os protocolos de comunicação, os padrões de mensageria, os eventos e as regras para a geração e o
envio de alarmes.
Também define os níveis de prioridade das mensagens, políticas de retry e fallback, além da latência
e throughput. 
Por fim, aborda os mecanismos de notificação e alerta, assegurando que as informações fluam de
forma confiável e no tempo necessário.
Persistência
Foca o armazenamento e o gerenciamento seguro e eficiente dos dados coletados. Esse requisito
define estratégias de armazenamento, políticas de retenção e expurgo, e necessidades de backup e
recuperação. Especifica níveis de compressão e arquivamento, segurança e criptografia, além de
estratégias de particionamento e indexação.
Também aborda requisitos de disponibilidade e durabilidade, garantindo que os dados estejam
acessíveis e protegidos ao longo do tempo.
Atividade 1
A empresa InnovaTech está desenvolvendo um sistema IoT para monitoramento da qualidade do ar em
ambientes industriais. O sistema precisa coletar dados de sensores, realizar análises preditivas para
manutenção preventiva, enviar alerta em tempo real e manter um histórico detalhado

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Questões resolvidas

Mais conteúdos dessa disciplina