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<p>CLM- Hemato 03- Oncoped e UE oncológicas 1</p><p>CLM- Hemato 03- Oncoped e UE</p><p>oncológicas</p><p>5-Urgências e Emergências oncológicas</p><p>São complicações oncológicas que podem ocorrer tanto devido às neoplasias</p><p>hematológicas por si só, quanto pela terapia envolvida. São 4 principais</p><p>complicações: neutropenia febril, síndrome da lise tumoral, hipercalcemia maligna e</p><p>síndrome da compressão medular. As principais cobradas em prova são</p><p>Neutropenia febril e Síndrome de Lise Tumoral.</p><p>5.1-Síndrome de Lise Tumoral</p><p>A síndrome de lise tumoral (SLT) uma emergência oncológica definida como a lise</p><p>maciça de células tumorais, com liberação de conteúdos intracelulares como</p><p>potássio, fosfato e ácidos nucleicos (catabolizados em ácido úrico) na</p><p>circulação sistêmica. A célula neoplásica tem muito nucleo (DNA, nitrogênio, purina,</p><p>fosforo) e K, então sua morte libera no sangue muito potássio, fósforo e ácido úrico</p><p>(metabolização da purina). O fósforo liga-se ao cálcio, causando hipocalcemia. É</p><p>comumente causada pelo início de terapia citotóxica em pacientes com linfomas de</p><p>alto grau (especialmente o subtipo de Burkitt) e LLA. Porém, também pode ocorrer</p><p>espontaneamente com tumores de alta taxa proliferativa ou altamente sensíveis à</p><p>terapia.</p><p>Causa:</p><p>Morte celular por QT ou espontânea → LLA, linfoma burkitt...</p><p>Diagnóstico: ≥ 2 dos seguintes</p><p>Hiperuricemia, hiperKalemia, hiperfosfatemia: Ác. Ur (28), K (26), P (≥4,5 A</p><p>ou ≥6,5 cças)</p><p>HipoCalcemia (≤ 7)</p><p>Aumento do LDH: acontece, mas não é critérios de diagnóstico.</p><p>O importante na SLT é a prevenção de sua ocorrência nos pacientes de risco</p><p>(aqueles que conversamos, que têm alta taxa proliferativa). Para isso, temos</p><p>algumas medidas:</p><p>CLM- Hemato 03- Oncoped e UE oncológicas 2</p><p>Prevenção e Tratamento</p><p>Principal (prevenção e tratatamento): Hidratação EV + monitorizar DU</p><p>O ácido úrico é muito toxico para o túbulo renal e pode causar IRA</p><p>Outros:</p><p>Hipouricemiante: Alopurinol (acúmulo xantina!) ou rasburicase (preferencial /</p><p>Cl: G6PD)</p><p>Tratar DHEAB</p><p>TRE se necessário</p><p>As manifestações clínicas variam conforme as alterações presentes, podendo incluir</p><p>náuseas, vômitos, diarreia, anorexia, letargia, hematúria, insuficiência cardíaca,</p><p>arritmias cardíacas, convulsões, cãibras, tetania, síncope e até morte súbita. Para</p><p>definir exatamente a presença dessa síndrome, podemos usar os critérios de Cairo-</p><p>Bishop:</p><p>5.2-Neutropenia febril</p><p>Ocorre frequentemente em pacientes submetidos a quimioterapia, especialmente</p><p>em seu nadir - período de menor contagem de células - entre 7-14 dias após QT).</p><p>Neutropenia febril</p><p>Neutropenia: contagem absoluta de neutrófilos ≤ 500/mm3 ou menor que</p><p>1000 com tendência de queda nas próximas 48h.</p><p>Febre: 1 temperatura ≥ 38,3oC isolada ou temperatura</p><p>O local do tratamento é definido pelo MASCC score, mas no geral, o único motivo</p><p>para tratar ambulatorial é no caso de neutropenia, febre e mais nada. E na pediatria,</p><p>todo paciente vai ser internado.</p><p>Tratamento ambulatorial - Exceção à regra</p><p>Tratamento ambulatorial é exceção!</p><p>Febre + Neutropenia + NADA!</p><p>Ciprofloxacino + Clavulin (amox/clav)</p><p>Na suspeita da condição, é uma sepse até que se prove o contrário. Dvemos avaliar</p><p>o estado hemodinâmico do paciente e iniciar antibioticoterapia de amplo</p><p>CLM- Hemato 03- Oncoped e UE oncológicas 3</p><p>espectro, preferencialmente em até 60 minutos da triagem. É uma clínica pobre</p><p>ou maquiada pela escassez do infiltrado inflamatório.</p><p>Tratamento → inicial = sepse</p><p>Anamnese + EF minuciosos</p><p>Cultura tudo</p><p>Hidratação</p><p>ATB empírico até 60 minutos!</p><p>Base/Obrigatório → Cobertura Anti-Pseudomona = CEFEPIME, piperaclina-</p><p>tazobactan, carbapenêmico</p><p>Disenteria → Metronidazol</p><p>"P"s = Potencia, pele, pnm → Vancomicina, linezolida = gram-Positivo</p><p>(Stafilo aureus).</p><p>Tratamento imagem medway</p><p>Em relação à antibioticoterapia monoterapia, devemos inicialmente utilizar um</p><p>agente beta-lactâmico que cubra infecção por Pseudomonas sp., como cefepime,</p><p>meropenem, imipenem ou piperacilina-tazobactam. Se alguns dos P (Pele,</p><p>Potenso, Pnm = choque septico, infecção de cateter, mucosite, infecção de partes</p><p>moles), associar vancomicina. Se disenteria → metronidazol.</p><p>Oncopediatria</p><p>CLM- Hemato 03- Oncoped e UE oncológicas 4</p><p>As neoplasias mais comuns na pediatria são as leucemias (LLA), os tumores do</p><p>sistema nervoso central e os linfomas. Dentre elas, a leucemia linfoide aguda</p><p>(LLA) é a mais comum, sendo responsável por aproximadamente 77% dos casos de</p><p>leucemia infantil. Do SNC, até 3 anos, meduloblastoma é o mais comum e a partir</p><p>dos 3 anos, astrocitoma cerebelar.</p><p>Há variação na frequência a depender da faixa etária do paciente, conforme abaixo:</p><p>Tabela incidência de neoplasia na pediatria</p><p>Resuminho</p><p>Leucemia na ped: Leucemia Linfoide Aguda (LMC é rara na infância).</p><p>SNC: < 3 anos = meduloblastoma > 3 anos, astrocitoma cerebelar</p><p>Cabeça e pesoço: < 3 anos, retinoblastoma > 12-21: linfoma</p><p>Abdominal: <11 anos: neuroblastoma</p><p>Sinais de alarme para neoplasias</p><p>Febre</p><p>Geralmente, persistente e de origem indeterminada (> três semanas)</p><p>Se > oito dias → neoplasias correspondem a 10% das causas!</p><p>Emagrecimento inexplicado</p><p>Palidez, sonolência, astenia</p><p>Indicativos de quadro anêmico?</p><p>CLM- Hemato 03- Oncoped e UE oncológicas 5</p><p>Sangramentos anormais</p><p>Locais e mecanismos não habituais de trauma</p><p>Dor</p><p>Progressiva e incapacitante</p><p>Irritabilidade associada</p><p>Atenção: dor óssea e cefaleia persistente ou grave</p><p>Adenomegalia sem febre</p><p>Com sinais de alarme</p><p>Linfonodos endurecidos, de crescimento progressivo, indolores ou pouco</p><p>doloridos, aderidos e sem evidência de infecção</p><p>Massa abdominal: Neuroblastoma e Tumor</p><p>de Wilms</p><p>Neuroblastoma x Nefroblastoma (Tumor de Wilms)</p><p>Neuroblastoma - crista neural, catecolaminas, aparência doente</p><p>O neuroblastoma é o tumor mais comum em lactentes, possuindo pico de</p><p>incidência ao redor dos 2 anos de idade. É o tumor sólido extracraniano mais</p><p>comum da inflância. Tem origem nas células primordiais da crista neural que formam</p><p>CLM- Hemato 03- Oncoped e UE oncológicas 6</p><p>a medula suprarrenal (adrenal) e os gânglios simpáticos. Tem maior</p><p>comprometimento do estado geral. O achado mais comum é o de massa</p><p>palpável do abdomen que ultrapassa a linha média. A presença de metástases</p><p>ao diagnóstico ocorre em 75% dos casos, podendo determinar dor óssea, anemia,</p><p>proptose e equimose palpebral.</p><p>Produz catecolamina (aspecto mais doente) e com metástase para a órbita.</p><p>Clínica</p><p>Aparência doente</p><p>Massa palpável que ultrapassa a linha média</p><p>Hipertensão arterial</p><p>Paraespinhal: redução da força muscular, disfunção retal e vesical</p><p>Nefroblastoma (Tumor de Wilms) - rim, bom estado geral, não</p><p>passa a linha média.</p><p>O tumor de Wims é o tumor maligno primário do rim mais comum na infância. É</p><p>assintomático ou oligossintomático. A massa abdominal que não ultrapassa a</p><p>linha media, e na maioria das vezes é descoberto pelos familiares ao acariciar,</p><p>brincar ou banhar as crianças. Pode apresentar hipertensão arterial e hematúria. A</p><p>grande maioria das crianças com tumor de Wilms se apresenta sem alterações</p><p>sistêmicas, em bom estado geral.</p><p>Epidemiologia</p><p>Neoplasia renal mais frequente da infância</p><p>Mais de 90% são curados → anaplásico de pior prognóstico</p><p>Idade: Entre um e cinco anos</p><p>Resumo</p><p>Massa abdominal palpável, endurecida e que NÃO ULTRAPASSA A LINHA</p><p>MÉDIA.</p><p>Hematúria ao exame de urina</p><p>Hipertensão arterial para a idade.</p><p>Diagnóstico deve ser confirmado com exames de imagem, sendo a</p><p>ultrassonografia o exame inicial indicado.</p><p>Tomografia abdominopélvica é um exame importante para diferenciar o TW do</p><p>neuroblastoma. Esse método também é útil para avaliar a presença de metástases</p><p>CLM- Hemato 03- Oncoped e UE oncológicas 7</p><p>e envolvimento linfonodal, além de avaliar o rim contralateral o tumor bilateral ocorre</p><p>em aproximadamente 10% dos casos.</p><p>SNC: Astrocitoma e Meduloblastoma</p><p>2° tumor maligno mais frequente e 1° tumor sólido mais frequente</p><p>2-10 anos: predomínio de tumores infratentoriais</p><p>Lactentes e adolescentes: supratentoriais</p><p>+ comuns: Astrocitomas</p><p>e meduloblastoma</p>

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