Prévia do material em texto
#CURRÍCULO# Claudiana Marcela Siste Charal ●Mestre em Promoção da Saúde no Envelhecimento Ativo (Unicesumar) ● Licenciatura Plena em Educação Física (CESUMAR) ● Especialista em Neuroaprendizagem (Unicesumar) ● Especialista em Tecnologias Aplicadas no Ensino A Distância (UniFCV) ● Especialista em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais e Inovação (Unicesumar) ● Tutora Pedagógica (UniFCV) ● Professora orientadora de trabalho de conclusão de curso da Pós-Graduação (UniFCV) ● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE) ● Experiência no Ensino Superior (presencial e a distância) desde 2019 até os dias atuais. ● Experiência em gestão e empreendimento de academia de 2003 a 2015. Acesse meu currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/7940297809849482 Charles Bronne da Silva de Araujo e Souza ● Licenciatura em Educação Física (Universidade Estadual de Maringá -UEM) ● Especialista Em Metodologia do Ensino da Educação Física (Faculdade Eficaz) ● Tutor Pedagógico (UniFCV) ● Professor de Educação Física do Município de Paiçandu-PR Acesse meu currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/1597962657524439 APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Livro: GESTÃO E EMPREENDEDORISMO Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal Professor Especialista Charles Bronne da Silva de Araujo e Souza https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=2E7B6F7FEF03A67A3A30D29A2F908FB4 http://lattes.cnpq.br/1597962657524439 Olá aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de “Gestão e Empreendedorismo”, onde buscaremos conhecimentos sobre a gestão e empreendedorismo para auxiliar na identificação de oportunidades, resolução de problemas e investimento em projetos/ações positivas na área da Educação Física! Portanto, no decorrer desta apostila você estudará a gestão e o empreendedorismo desde o contexto mais amplo até por fim focarmos no esporte. Assim, a apostila foi dividida de maneira criteriosa em introdução, quatro unidades e conclusão, bem como sugestões de leitura complementar, livros e filmes, a fim de sustentar todo o conteúdo de forma a transmitir o máximo de conhecimento sobre essa temática, Na Unidade I, “Administração, Empreendedorismo E Marketing”, você tomará conhecimentos sobre conceitos gerais da administração, empreendedorismo e marketing e sua aplicabilidade no esporte, assim como as estratégias para o sucesso profissional. Na Unidade II, “Gestão Esportiva”, iremos explorar a gestão no contexto esportivo, desde o setor de gestão de pessoas, planejamento estratégico, plano de negócios, também abordaremos sobre modelos de gestão em alguns países, as TIC's que estão sendo utilizadas hoje no âmbito esportivo, as políticas públicas no esporte, assim como estruturas/organizações do sistema esportivo brasileiro e gestão esportiva/clubes e instalações em espaços públicos e privados. Na Unidade III, "Projetos No Segmento Esportivo", vamos iniciar a aprendizagem sobre como de fato é ser um gestor, vamos conceituar e caracterizar os projetos esportivos, assim como entender como se gerencia um projetos esportivos, quais as técnicas, como empreender, liderar, motivar, desenvolver e desempenhar este projeto. Após, iremos abordar sobre a organização, comercialização, capacitação de recursos e patrocínios para um evento esportivo e quais são as ética e responsabilidade social necessárias nas organizações. Na Unidade IV, "Foco No Esporte", definitivamente colocar a "mão na massa", vamos discorrer sobre a gestão de eventos no esporte, conceituando e apresentando os tipos de competição esportiva, bem como os sistemas de disputa, modelos de chaves e os regulamentos e códigos desportivos. Por fim, lembre-se caro(a) estudante com o conteúdo desta disciplina você está aumentando seu leque de conhecimento, rumo em direção à formação profissional em Educação Física, portanto, o texto apresentado não deve esgotar as probabilidades do pensar sobre os conteúdos apresentados. Dessa maneira, vamos iniciar nosso trabalho, e que a cada unidade você consiga refletir acerca das temáticas abordadas e lembre-se que este é apenas o início da sua caminhada. Bons estudos! UNIDADE I ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E MARKETING Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal Professor Especialista Charles B. da Silva de Araujo e Souza Plano de Estudo: • Conceitos: administração e empreendedorismo • Administração e gerência aplicadas ao contexto esportivo • Legislação empresarial • Sucesso profissional e suas estratégias • Marketing esportivo: conceituação, gestão, produtos e serviços Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar de forma generalizada os termos administração e empreendedorismo • Compreender como a administração/gerência é aplicada ao contexto esportivo • Apresentar a importância das legislações empresariais e alguns de seus benefícios • Identificar quais são as estratégias do sucesso profissional como empreendedor, gestor, administrador, nos mais variados níveis de negócios • Conceitualizar Marketing esportivo e a importância de sua gestão, identificando os produtos e os serviços oferecidos INTRODUÇÃO Olá, aluno(a), seja-vindo à primeira unidade da apostila de “Gestão e Empreendendorismo”! Estou muito feliz em poder compartilhar com vocês esse material no qual foi elaborado especialmente para contribuir em sua formação acadêmica. Provavelmente você já ouviu falar de Gestão e Empreendedorismo. Mas realmente entende para que serve? O por que de fato vem sendo tão importante em nossa sociedade? Principalmente no meio esportivo? Talvez sim, talvez não. Mas o fato é que eles estão mais presentes em nosso meio do que podemos ver e imaginar. Por isso proponho que este espaço seja compartilhado de aprendizagem e conhecimento, proporcionando a você ferramentas suficientes para desempenhar com sucesso sua carreira profissional. Nesta unidade você vai dar o primeiro passo a caminho desse mundo, pois você vai entender o conceito de administração e empreendedorismo, bem como esses são aplicados ao contexto esportivo. Além disso, como funciona no Brasil as legislações empresariais compreendendo quais os benefícios do empreendedor, conhecendo e entendendo estratégias importantes para que você tenha sucesso em sua carreira profissional. Além disso, iremos elencar os conceitos do marketing esportivo e a importância da gestão, bem como os produtos e os serviços que este oferece. Considerando a relevância desse estudo, para a disciplina Gestão e Empreendedorismo e para sua formação acadêmica, devido eles serem a base para que você possa atuar profissionalmente, espero que você aproveite ao máximo todo o conhecimento e conteúdo produzido, pois foi dedicado unicamente para você! Bons estudos! 1 CONCEITOS: ADMINISTRAÇÃO E EMPREENDEDORISMO Administração Quando falamos em administração, logo vem a ideia de planejamento, organização, direção e controle, esses são também pontos fundamentais da administração, porém sua essência vai muito muito além, administração, caracteriza uma governabilidade, gestão de uma organização/empresa de maneira que quando administrada seja através de um planejamento, organização, direção, e controle. Podemos dizer que a administração possui diversas características como aponta Montana e Charnov (2005), onde se trabalha através da participação de outras pessoas a fim de realizar objetivos estipulados pela organização/empresa e de seus colaboradores, ou seja, a administração possui um período de atividades interligadas, almejando alcançar resultados positivos, dispondo da utilização dos recursos físicos e materiais, além de incluir atividade de planejamento, organização, direção e controle. Seguindo as características da administração apontadas por Montana e Charnov(2005), identificamos que o planejamento mencionado, é relativo aos objetivos traçados para alcançar as metas, identificando e averiguando os recursos, este pode ter duração de meses até anos. A organização é o processo estruturado objetivando atingir resultados positivos do planejamento. A direção, é utilizado quando se faz necessário tomada de decisões, onde os objetivos e planejamentos são aperfeiçoados, e por fim temos o controle, este no qual é possível compreender todo o processo realizado até o momento, conduzir e distinguir os resultados alcançados, para que possa iniciar um novo ciclo (MONTANA E CHARNOV, 2005). Chiavenato (1996), afirma que existem diversos modelos de organizações, cada qual possui seu nível de influência, por exemplo, organização empresarial, organização política entre outras. O nível da organização estratégica é caracterizado pela figura do gestor e o nível tático, onde sua notoriedade está em manter o controle. As organizações formais, dispõem de uma ordem hierárquica com regras e padrões, devido às necessidades de se adequar por conta de um mundo empresarial cada vez mais competitivo. Já na origem latina, a palavra administração tem o significado de ad = direção para, tendência e minister = subordinação ou obediência, dessa maneira pode-se dizer que administração significa aquele que presta serviço a outro, ou ainda, administração pode ser definida como a ciência que estuda os principais problemas de uma empresa, a fim de aprimorar seu desempenho utilizando métodos de planejamento, organização, direção e controle. (Chiavenato, 1996). Podemos dizer que a administração é a gestão que atua e garante a sobrevivência de uma empresa, pois esta é responsável por verificar, operar, determinar prazos de uma empresa (SEBRAE, 2021). Administração é conceituada como a ciência social voltada para práticas administrativas de uma organização, ou seja, o gerenciamento de recursos financeiros e humanos para atingir objetivos da empresa, onde tem como princípios básicos planejar, organizar, dirigir e controlar (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2021). Dessa maneira a administração conta com grandes desafios no qual pode impactar indiretamente ou diretamente o setor atuante, pois devido a diversos aspectos como tecnológicos, políticos, sociais, setoriais, econômicos se modificarem constantemente conduzem empresas a desafiarem estrategicamente em busca de sobrevivência através do sucesso em seus resultados (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2021). As funções atribuídas ao setor da administração incluem tomadas de decisões , negociações, estabelecimentos de metas, identificação e resolução de problemas, organização de recursos e liderança de pessoas (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2021). Dessa maneira, pode-se dizer que a atuação do setor administrativo é essencial e eficaz em uma empresa, pois estuda conhecer o cenário no qual a mesma está inserida, os fatores que geram oportunidades para o sucesso, estabelecem aonde se quer chegar de acordo com os recursos investidos, bem como é de caráter administrativo conhecer os pontos positivos e negativos interno e externo das empresas assim como as ameaças existentes no ambiente externo, ou seja, este permite que independente das mudanças ocorrentes, a empresa alcançará o resultado almejado através de estratégias de negociação, habilidade para tomada de decisões e boa observação das situações de forma global e sistêmica (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2021). Empreendedorismo Podemos definir empreendedorismo como a capacidade de um indivíduo identificar os problemas e as oportunidades, assim desenvolver resultados, designando recursos na criação de algo benéfico para a sociedade, gerando mudanças concretas e efeitos no dia a dia das pessoas (SEBRAE, 2021). Joseph Schumpeter (1982), afirma que o empreendedorismo está associado de modo direto à inovação, e o empreendedor é o encarregado pelos novos projetos, por exemplo, introduzir recursos mais modernos, criar métodos, abrir novas organizações/empresas ou mercados, etc., ou seja, o empreendedorismo, percebe e aproveita as oportunidades existentes no contexto dos negócios (SEBRAE, 2021). Muitos se questionam o que é de fato empreendedorismo devido atualmente o mesmo ser visto como opção de "carreira" pela falta de estabilidade e visão a longo prazo (SEBRAE, 2021). Embora este seja um assunto em pauta, o empreendedorismo ainda é foco de desconhecimento e confusão, pois o termo é interpretado de diferentes formas, para uns “empreendedor” é sinônimo de “empresário”, aquele que tem um negócio próprio, de preferência inovador (SEBRAE, 2021). Podemos encontrar também aqueles que acreditam que empreendedorismo é uma postura exercida diante da vida. Seguindo este pensamento buscamos a origem da palavra empreendedor, de origem francesa que define como “alguém que se encarrega ou se compromete com um projeto ou atividade significante”, ou seja, inaugurar uma empresa entende-se como um projeto/atividade significativa na vida do indivíduo (SEBRAE, 2021). No início do século XX Schumpeter, um dos pioneiros do empreendedorismo o relacionou com à inovação, onde um produto após seu ciclo será substituído por novos produtos, por este motivo, muitos autores citam Schumpeter frequentemente, pois concordam com este raciocínio, e acreditam que no empreendedorismo é preciso dedicar-se, assumir riscos e receber recompensas de satisfação e independência financeira e pessoal (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2017). Portanto, o empreendedor é capaz de imaginar, desenvolver e realizar, partindo de um planejamento visando o futuro, onde permite-se definir condições favoráveis para estabilizar seu empreendimento (FILION, 1999). 2 ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA APLICADAS AO CONTEXTO ESPORTIVO Para falarmos sobre conceitos e definições de gestão, administração, empreendedorismo e marketing esportivo, é importante ressaltar que este estudo engloba conhecimentos multidisciplinares, que a partir dos anos sessenta foi exibido com maior consistência. Zouain e Pimenta (2003), afirma que os gestores esportivos são incumbidos de atividades referentes ao conhecimento profissional sobre a ciência do esporte e as atividades em gerais além das suas áreas de atuação, e estes conhecimentos podem ser divididas em quatros categorias de relações empresariais: Atividades de Gerência geral, Gerência Organizacional, Gestão de informação e Ciência do Esporte e do Exercício. Em 1971, alguns estudos já apontavam que as indústrias esportivas destinadas à educação física, esporte e recreação já estavam em evolução, portanto, não reportavam-se temas como gestão ou administração esportiva (COSTA, 2011). Desde o século XIX a administração/gestão esportiva era uma atividade de apoio à Educação Física e ao esporte na Europa e nos EUA, era responsável pela liderança e organização do esporte, ética, marketing, comunicação, finanças, economia, negócios em contextos sociais, legislação e preparação profissional (NOLASCO et al., 2006). Importante ressaltar que existem muitas terminologias utilizadas para Gestão esportiva, assim podemos muitas vezes ouvir, e vamos citar diversas vezes terminologias diferentes, porém segundo Bastos e Mazzei (2012) possuem o mesmo significado, algumas delas são: administração esportiva, gestão desportiva e gestão do esporte. Bastos e Mazzei (2012), afirmam que independente do cargo exercido pelo indivíduo que desenvolve atividades administrativas (presidência, gerência, supervisão, direção, etc.) este é tido como gestor esportivo. Quando falamos em atividades esportivas ou físicas no geral, independente se conduzidas para competições de alto nível, participação popular ocasional ou regular, práticas de lazer e de saúde, se estas respeitam um nível de organização, direção racional estamos nos referindoa gestão esportiva ou administração do esporte (NOLASCO et al., 2006; CÁRDENAS & FEUERSCHÜTTE, 2014). Dessa maneira podemos entender que Gestão no Esporte é uma área multidisciplinar, onde a Ciências do Esporte e da Administração são as principais fonte de conhecimento, um através do conhecimento das práticas esportivas, necessidades para com o desempenho esportivo, individual, social, econômico e cultural de quem pratica, o outro pelos aspectos relacionados ao planejamento, estratégia, governança, finanças, recursos humanos, marketing, empreendedorismo, etc. (Commission on Sport Management Accreditation [COSMA], 2021). Assim, quando se administra algo referente ao esporte se faz necessário que o gestor domine demasiadamente o âmbito da prática, da atividade, do serviço, do produto esportivo, pois a gestão só se consolida através das características presentes no esporte, motivo este que o torna uma das maiores manifestações da humanidade (RUBIO, 2010). É comum encontrarmos erros estapafúrdios ao se tentar gerenciar o esporte, agindo como se este fosse meramente uma empresa, ou seja, gerência sem compreender e respeitar suas características e peculiaridades. Infelizmente podemos ver hoje no Brasil, que quando um indivíduo procura uma carreira continuada em administração, gestão ou gerência esportiva, encontra- se diversos cursos de tecnólogo, porém, não se encontra cursos de graduação, mestrado ou doutorado específicos, assim é comum encontrarmos profissionais da Educação Física e do Esporte, a procura de cursos de especialização em Gestão de Esporte com a esperança de fundamentar-se de maneira mais eficiente a fim de realizar as ações e decisões na empresas/organizações em que atuam (MAZZEI; AMAYA, & BASTOS, 2013). Quando dizemos que a busca pela eficiência nas tomadas de decisões e nas ações, estamos nos referindo como as metas e os objetivos traçados pela organização/empresa são alcançados, quais recursos foram utilizados para que fosse possível atingir as metas e objetivos propostos (CHIAVENATO, 2011). Para estar inserido no contexto da administração e/ou gerência no âmbito do esporte, além das características necessárias como perfil, competências e profissionalismo, é indispensável para atuar como gestor, que este mantenha sua jornada de educação continuada, pois o mesmo deve possuir uma vasta vista de sua organização/empresa do futuro e do cenário atual no qual que está inserido. Existe uma vasta área de atuação para os profissionais que almejam entrar no mercado de trabalho no campo da gestão do esporte como programas esportivos, industriais, comunitários, recreativos, entidades sociais (ACM, SESC, SESI, SENAC, sindicatos etc.), mídias esportivas, centros de treinamento, clubes academias, federações, etc. (ZOUAIN E PIMENTA, 2005; REZENDE, 2000). Quando um indivíduo passa a empreender seu próprio negócio, ou são promovidos à cargos níveis superiores, independente de sua especialidade (médico, engenheiro, educadores, etc.), necessariamente se transformam em gestores, pois necessitam adquirir novas posturas, conhecimentos, competências, habilidades, para que possam desenvolver atividades exigidas pelo cargo e alcançar as metas estabelecidas pela organização/empresa, independente da complexidade das situações (FLEURY, 2002; FEUSTEL, 2004). Para poder ingressar no mercado segundo Zouain e Pimenta (2003), é necessário que o gestor esportivo tenha conhecimentos e vivência no esporte, do contrário o mesmo pode vir a sofrer resistência e até ser rejeitado neste ambiente. 3 LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL Em 1988 estabeleceu-se a ordem econômica através da Constituição Federal, esta foi fundada a partir da livre iniciativa e na relevância do trabalho humano, diante do cumprimento de diversos princípios, a ordem econômica assegura a todos uma existência digna através da ordem da justiça social (COMPARATO, 1996). No entanto, apenas um código constitucional não representa ser capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico necessário para as atividades empresariais, mesmo que este tenha como objetivo “desenvolvimento nacional” e a “erradicação da pobreza” (COMPARATO, 1996). Embora aparentemente imprecisos os princípios e fundamentos da ordem econômica, estes estão diretamente ligados aos objetivos primordiais da República, onde o desenvolvimento ideal busca melhoria na qualidade de vida das pessoas, diminuindo a desigualdade social (COMPARATO, 1986). Quando falamos em legislação empresarial, nos deparamos com o termo "livre iniciativa", este que por sua vez compreende-se pelo direito praticado pelo cidadão ao iniciar um negócio empresarial exercido por estabelecimentos privados, onde existe o direito de desenvolver qualquer atividade econômica direcionada a lucrar rendimentos com responsabilidade, pautada na Constituição e na lei https://www.sinonimos.com.br/imprecisos/ (CARVALHOSA, 1972). Para que a atividade empresarial se desenvolva é necessário que a regulamentação dos princípios mencionados estabeleça interesses na organização empresarial, intervindo nas estruturas econômicas de modo estabelecer a inclusão e oportunidades para com os envolvidos. Assim, as declarações de interesses, serão guias para que as leis sejam aplicadas, analisando os afetados pelo ato e os interesses de valores (CARVALHOSA, 1972). O Projeto de Lei (PL) no 1572/2011, apresentado como nova proposta pela Câmara de Deputados, é considerado irrelevante e desfavorável, mesmo que as relações do comércio requerem mudanças legislativas contínuas (PIKETTY, 2011). Mas as mudanças realizadas no "novo" PL do Código Comercial não traz inovações quanto à evolução da legislação empresarial, ou seja, repetem diversos artigos, onde se esquecem da valorização do trabalho humano, reconhecendo a necessidade da empresa privada, colocando o lucro como fator principal de motivação da iniciativa privada e a importância da proteção jurídica do investimento privado (PREBISH, 2000). No que cita a função social, novamente abrange o quesito desenvolvimento econômico, social e cultural como sendo da comunidade, região e/ou do país (PORTUGAL, 2013). E para finalizar o último artigo do Código, se apresenta como sendo o suficiente para áreas relacionadas às atividades empresariais, onde o mesmo deixa impedido que outros princípios ou referências surjam neste âmbito (VEIGA, 2019). Ao falarmos em legislação empresarial é importante além de falarmos sobre Códigos, leis, citarmos sobre o desenvolvimento de políticas públicas, Santos e Olalde (2015), pois este envolve o estado, no qual pode operar sozinho ou em união com organizações governamentais ou privadas (FERNANDES SILVA et al., 2013; SILVEIRA et al., 2019). Quando o assunto são os pequenos empresários, podemos citar o Estatuto da Microempresa, onde institui procedimentos diferentes, simples e que favorecem empresas de pequeno porte no que se refere ao domínio fiscal, seguridade social, ao trabalho, créditos e no desenvolvimento da empresa. (SILVEIRA et al., 2019). Nos últimos 30 anos, a lei Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte de de 07 de agosto de 2014, apontou o melhoramento no ambiente de negócios no âmbito dessas empresas, através da da concretização e a segurança de um tratamento diferente, no qual pudesse favorecer a mesma, objetivando seu desenvolvimento e fortalecimento, na pretensão de gerar rendas, oportunidades, redução da informalidade e inclusão social. Dessa maneira, Schwingel e Rizza (2013), mencionam que as mudanças realizadas na Lei mencionada, buscam elevar as ações de risco de pequenos empreendedores, através do desenvolvimento de ideias criativas, gerando inovações, visto que esta é considerada fundamental para o desenvolvimento do país, pois auxiliana implantação de novos produtos e serviços no mercado (SILVEIRA et al., 2019). Não menos importante para nosso estudo, em 19 de dezembro de 2008, foi criada a Lei Complementar n. 128 denominada Lei do Empreendedor Individual ou Microempreendedor Individual (MEI) na intenção de formalizar os trabalhadores anônimos, ou seja, aqueles trabalhadores que atuavam por conta própria, que por sua vez começaram a contribuir e receber de maneira mais fácil, por ser parte do mercado formal, os benefícios (SCHWINGEL E RIZZA, 2013; LOPES, 2012). O MEI é provido de diversos benefícios para os pequenos e médios empreendedores, no Portal do Empreendedor (2015), podemos encontrar alguns como: cobertura previdenciária (auxílio doença, aposentadoria por idade, salário maternidade, pensão e auxílio reclusão); contratação de funcionário com custos baixos (registros com baixo custo, salário mínimo ou o piso da categoria); isenção de taxas para o registro da empresa (processos de formalização gratuito, pagamentos apenas de INSS, redução de tributos); ausência de burocracia e controle simplificado (ausência de burocracia, única declaração, limite no faturamento anual, serviço de contabilidade facultativo); compras e vendas em conjunto (formação de consórcios com o fim de realizar compras, associação de MEIs para a comercialização de produtos); emissão de alvará pela internet (atividades comerciais, industriais ou de serviços autorizados pela Prefeitura gratuito); serviços gratuitos (rede de empresas contábeis); acesso a novos mercados e serviços bancários (transações com mercados que exigem nota fiscal e a venda para o governo); linhas de crédito para empréstimos e financiamentos, acesso a serviços de pessoa jurídica); segurança jurídica (segurança jurídica para que as regras atuais não sejam alteradas) (SILVEIRA et al., 2019). 4 SUCESSO PROFISSIONAL E SUAS ESTRATÉGIAS Para que possamos ter sucesso em nossa jornada profissional como empreendedor, gestor, administrador, nos mais variados níveis de negócios, se faz necessário adquirir habilidades que dividiu em três grupos, são elas: Técnicas - onde é necessário ter a habilidades sobre conhecimentos qualificados e procedimentos particulares, podendo ser adquirido através da instrução; Humanas - onde a compreensão é fator importante para liderar com competência, pois é preciso interagir com pessoas e as atitudes; Conceituais - referem-se a conhecimentos gerais da instituição empregadora, ou seja, é fundamental inteirar sobre cada setor, suas competências, e o motivo de sua existência (SEBRAE, 2021). Na carreira profissional, o caminho é extenso, se faz necessário muito estudo continuado e conhecimentos gerais e específicos, contato social, tão bem como bons projetos, planos e planejamentos de negócio, porém para se conquistar a carreira almejada como um empreendedor é necessário desenvolver algumas características relacionadas à personalidade e ao talento, essas que podem ser consolidadas no decurso da vida, como otimismo; autoconfiança, coragem, persistência e resiliência (SEBRAE, 2021). Chiavenato (2011), vai mais adiante sobre o sucesso na profissão, afirmando que a imagem e o sucesso da organização/empresa depende de como se comportam as pessoas frente a mesma, e o desempenho depende do comportamento dos colaboradores, ou seja, a postura como você atua dentro da organização/empresa, vai direcionar você ao cargo de acordo no qual a empresa objetiva alcançar perante a sociedade. Lacombe (2012), menciona que os líderes devem possuir condições de exercer funcionalidades, deveres e responsabilidades, devem ser motivados, competentes, ter habilidades em intercalar objetivos pessoais e organizacionais, além de democrático, delegando não apenas tarefas e sim poderes a fim de estimular seus colaboradores, esses também são fundamentais para manter a organização/empresa no mercado (LACOMBE, 2012). Alguns profissionais da área da gestão apontam que organização e talento são a “chave” para o sucesso, portanto, para que os resultados sejam expressivos é necessário que se entenda organização como: trabalho em equipe, liderança e planejamento (LACOMBE, 2012). Para Fleury (2002), além da formação acadêmica é necessário qualificações pessoais para profissionais que atuam nessa área, como: 1) Agir - O que e por que se faz (julgar, escolher, decidir); 2) Mobilizar Recursos: Colaboração, mobilizar recursos, competências; 3) Comunicar - Entender e transmitir informações; 4) Aprender - Conhecimentos, experiências, desenvolvimento; 5) Engajar E Comprometer - Empreendimento, dedicação, assumir riscos; 6) Assumir Responsabilidades - Agir assumindo as consequências; 7) Visão Estratégica - Conhecimento, entendimento da organização, identificando oportunidades. Os aprimoramentos profissionais mais procurados nos dias atuais são recorridos através de especializações (pós graduação – lato sensu), podendo também ser encontrado através de disciplinas específicas baseando-se em fundamentação teórica nos cursos de formação profissional (graduação). Porém, é evidente que a formação a nível curricular em termos administrativos é fundamentalmente fraca para os estudantes de Educação Física, pois embora importante ainda nos dias atuais existe falta de condições curriculares, levando a formação prioritariamente a nível de especialização quando o mesmo precisa operar como gestor esportivo. Assim é importante compreender então que além do conhecimento acadêmico, o profissional necessita adquirir diferentes experiências profissionais, além de capacidades e habilidades específicas juntamente com as características pessoais, bem como interagir diante a organização/empresa, são de extrema importância para a definição de competência (ZOUAIN E PIMENTA, 2003). Amaral e Bastos (2015), sugerem que o gestor esportivo deve dispor de algumas competências fundamentais e complexas para atuar na função, independente da atividade ou organização/empresa em que vai exercer o cargo, como por exemplo: possuir capacidade de julgar e lidar com políticas, dominar as ferramentas da administração, demonstrar habilidades e capacidades em coordenar pessoas e recursos em sua organização/empresa. 5 MARKETING ESPORTIVO: CONCEITUAÇÃO, GESTÃO, PRODUTOS E SERVIÇOS Marketing esportivo - Conceito: Rocha e Platt (2015), mostram que a palavra Marketing era apoiada na relação somente no que se referia a troca, conhecido na época também por escambo, este fato gerava desvinculação entre o comprador e vendedor, quando de fato surgiu o Marketing como é nos dias atuais proporcionou maiores vantagens às organizações/empresas envolvidas (VEIGA, 2019). Marketing derivou-se da palavra inglesa Markt = mercado, tornando-se muito utilizada no Brasil, porém muitas vezes de maneira/circunstâncias equivocada (RICHERS, 2017). Como mencionado, ao falarmos em marketing, é necessário nos atentarmos, pois é comum confundir com diversas outras definições como propaganda, imagem, marca, publicidade, etc. Podemos definir Marketing segundo Kotler (1998) como o processo social e gerencial onde necessita-se criar, ofertar e trocar produtos de valores uns com os outros, ou seja, quando um indivíduo compra um produto, este devido ao produto satisfazer suas necessidades, está respondendo a um processo de marketing. Sandhusen (2003) define marketing como sistema eficiente e justo no qual direciona o fluxo de bens e serviços de uma economia, ou seja, o sistema entre produtores e consumidores a fim de realizar os objetivos de uma sociedade. Para este autor, o marketing é capaz de aumentar os níveis de atividades de negócios, as oportunidades de investimento e ainda gerar emprego (VEIGA, 2019). Kotler e Keller (2012), explicam de forma simples o conceito de marketing,estes argumentam que a função principal do marketing é corresponder às necessidades e vontades das pessoas com o objetivo de gerar renda. Já Fleury, Alejandro e Feldmann (2014), afirmam que marketing necessita ser uma ferramenta aplicada através de estratégias desenvolvidas aplicada a fim de beneficiar as partes envolvidas na relação e adquirir a lealdade do cliente por um período longo, ou seja, a empresa e o consumidor, o profissional responsável pelo marketing da organização deve desenvolver estratégias para fidelizar o cliente e manter a relação de preferência e confiança por um longo prazo. O Marketing esportivo surgiu devido a evolução do Marketing, onde o mesmo é utilizado para assuntos referentes à patrocínio, estratégias no meio esportivo a fim de melhorar o desempenho e a maior obtenção de lucros (VEIGA, 2019). Marketing esportivo, segundo Signorelli (2020) pode ser referido como "heróis atléticos e suas habilidades", pois neste ambiente esportivo encontramos duas variedades de marketing, o marketing esportivo, no qual encontramos a imagem do atleta atrelada a determinada marca e o esporte no marketing, quando marcas/empresas estão envolvidas com patrocínio apenas de equipes e/ou modalidades esportivas. Costa (2011), afirma que marketing esportivo indica uma transferência de formas variadas entre partes envolvidas, ou seja, existem as figuras patrocinador, investidor, o esporte propriamente dito, os autores (atletas) e os consumidores, assim todos ficam satisfeitos com as vendas e aquisição dos produtos oferecidos. Assim, podemos entender que Marketing Esportivo é a atividade caracterizada em contentar as necessidades e vontades dos consumidores no setor esportivo por meio do processo de troca, utilizando o esporte como meio para se relacionar/comunicar com o público de interesse (OLIVEIRA, 2016). O marketing esportivo também pode ser utilizado como um elo entre os indivíduos apaixonados pelo esporte e os colaboradores do esporte, assim, oferecendo assessoria neste relacionamento, além de ser oportuno em aumentar a popularidade das modalidades esportivas (GASPAR et al., 2014; VEIGA, 2019). Registros sobre o Marketing Esportivo surgiram no século XIX, com a ideia de John Wisden do Reino Unido, em patrocinar um almanaque sobre cricket, filiando sua marca de confecções masculinas (SIGNORELLI, 2020). Já MULLIN, HARDY & SUTTON (2004), registra que o marketing esportivo teve início a partir de 1921, quando, ao se encarregar da liderança na produção de tacos de beisebol a empresa Hillerich & Bradsby (H & B) lançou um plano de marketing passando a possuir cada vez mais negócios. A partir daí, os norte-americanos começaram a aplicar mais na formação esportiva, apresentando o marketing esportivo como um formato competente no que se referia a potencialização da marca e no aumento da receita da organização/empresa (MULLIN, HARDY & SUTTON, 2004). Empresas que comercializavam artigos esportivos, foram as primeiras empresas a fazer e aproveitar a ideia do Marketing Esportivo, oferecendo para os atletas seus produtos para que os mesmos pudessem fazer o “lançamento” do produto e da marca, consequentemente aumentava-se as vendas e os lucros (PRONI, 2010). Proni (2010), salienta que o Marketing Esportivo obteve a primeira transição quando a Adidas, interessada em ser a única fornecedora de artigos esportivos para federações, iniciou negociações milionárias para as federações. Nos dias atuais o Marketing Esportivo tem tido um crescimento consideravelmente importante, como o que aconteceu com o Marketing Tradicional no período após a Revolução Industrial, onde houve superprodução de bens, consequentemente o aumento da concorrência, isso se dá devido a utilidade de diferentes variedades dos bens de consumo no meio esportivo (SIQUEIRA, 2014). Siqueira (2014), esclarece que no esporte o consumo pelo marketing esportivo vem aumentando, pois surgem novos esportes gradativamente, aumentando salários dos atletas, e assim consequentemente exigem a necessidade de uma marca específica para que haja personalização dos concorrentes. O esporte tem grandes influências sobre pessoas e no mercado de negócios, onde é capaz de gerar bilhões a cada evento realizado, fazendo com que os atletas se tornem heróis, passando de gerações em gerações (SIGNORELLI, 2019). Marketing esportivo - Gestão: Como já vimos acima, Rocha e Bastos (2011) afirmam que gestão e marketing esportivo são conceitos e possuem funções distintas, o Marketing é somente uma das tarefas designadas para o gestor, assim como coordenar as atividades de produção. No que refere-se às relações das organizações/empresas e clientes o Marketing Esportivo possui ferramentas importantes de gestão, para que o sucesso almejado seja alcançado, é importante que o gestor responsável trabalhe na elaboração de estratégias, de maneira que os serviços e produtos estejam disponíveis ao cliente de maneira eficiente e eficaz (KOTLER & ARMSTRONG, 1999; CHURCHILL & PETER, 2013). Dentre outras coisas Araújo (2002), destaca que o Marketing Esportivo dispõe de alguns benefícios, esses que necessitam de planejamento, consequentemente de uma gestão competente para que se alcance de maneira eficiente, como maior reconhecimento do público; fortalecer a imagem corporativa; estabelecer o reconhecimento no mercado específico; adiantar/reagir a ações da concorrência; confiar credibilidade à qualidade dos eventos, etc, ou seja, é através do marketing que se pode realizar um trabalho publicitário de importância. Santos (2014), sustenta a ideia de que a Gestão de Imagem Esportiva é uma ferramenta importante no Marketing Esportivo, pois a imagem remete muito interesse no âmbito da "fama esportiva", quando se tem um bom comportamento, boa postura, o impacto positivo auxilia na captação de patrocínios o que pode acarretar o triunfo na carreira desse profissional. O mesmo autor ainda afirma que devido aos tempos em que vivemos onde a tecnologia tem a capacidade de propagar de maneira acelerada desde a vida privada do atleta até os eventos, informações, etc., faz com que o marketing pessoal seja relevante para que se construa uma imagem positiva. Dessa forma, é importante ressaltar que a imagem pessoal no meio esportivo deve ter uma atenção redobrada, pois a dedicação no qual a imagem é tratada, pode ser a separação entre o sucesso e fracasso do indivíduo, em um mundo cada vez mais competitivo (TASCIN E SERVIDONI, 2005). A gestão de Imagem também se relaciona ao Marketing Pessoal, apresenta cinco ferramentas que ao serem utilizadas de maneira simultâneas, podem gerar resultados positivos e eficientes quando se tem o indivíduo como o produto de venda/propaganda, são eles: a aparência pessoal; higiene pessoal; conteúdo; postura física e comunicação (TASCIN & SERVIDONI, 2005). Na Gestão de Marketing Esportivo, muito se fala sobre branding pessoal, mas o que é isso? Qual sua função? Branding Pessoal, significa "marca pessoal", e tem a função de promover uma marca, é a maneira como o atleta se coloca perante ao público, apresentando sua personalidade, missão e especialização, ou seja, o objetivo principal do branding pessoal é edificar a imagem/marca pessoal com ênfase no mercado de negócios, gerando sua personalidade e habilidade, a fim de intensificar sua marca (SBCOACHING Group6, 2019). Marketing Esportivo - Serviços Os serviços oferecidos pelo Marketing esportivos são inúmeros, no entanto é necessário ter um profissional capacitado para a função, alguém gerador de opiniões, onde seja capaz de influenciar positivamente, pois este será a ligação entre o cliente e o patrocinador, clube esportivo e imprensa (LOPES, 2000) Para Teitelbaum (1997), a propaganda, publicidade e a promoção são as principais linhas integradoras entre o marketing e o esporte,dessa maneira, utilizam dessas ferramentas para atingir positivamente a imagem da empresa, marca e/ou atleta diante do público alvo, a fim atrair a atenção dos anunciantes. O Marketing Esportivo é substancial, pois esse tem a função de não apenas de auxiliar o atleta em sua carreira de sucesso, o Marketing Esportivo segundo Costa (2011), é responsável pelos patrocínios, empresas de divulgação, comercialização e solidificação das marcas. O patrocínio objetiva-se na exposição da marca, interesse estratégico, associar a marca aos valores de um atleta/equipe, pelo financiamento, além de delinear estratégias. Os resultados alcançados são inúmeros, Teitelbaum (1997) cita: criação de identidade e reconhecimento da marca, aumento de vendas,proporcionando a fidelidade do público alvo, etc. (MULLIN, HARDY & SUTTON, 2004; TEITELBAUM, 1997). Outro fator importante atribuído ao Marketing Esportivo é a respeito da competitividade no esporte, dessa maneira, muito utilizado nesse ramo são as Mídias Sociais ou Digitais, divulgação dos produtos/marcas oferecidos e a fidelização do consumidor (Romão, 2007). Marketing Esportivo: Produtos São diversos os produtos que o Marketing Esportivo pode oferecer à sociedade e aos negócios/empreendedorismo, podemos citar alguns mais comuns segundo Teitelbaum (1997), promoção de eventos e ações esportivas; licenciamentos e franquias; produção e venda de materiais esportivos, patrocínios de equipes distintas/atletas, promoções, etc. (MAYER, 2010). É de grande importância discorrer sobre os produtos esportivos, pois seu consumo é diferenciado, pois cada competições, esportes, desempenho, partidas tem suas características peculiares, e seu consumo geralmente inclui outros apetrechos, isso torna os produtos esportivos ser mais do que apenas produtos, pois o profissional do Marketing Esportivo não tem o controle sobre a disputa, tão pouco do produto (MULLIN, HARDY & SUTTON, 2004). Algumas empresas muito conhecidas no mercado esportivo, no qual evidentemente o Marketing esportivo foi consolidado são: a Nike, líder devido a quantidade de equipes que utilizam a marca, além de vestir a seleção Brasileira e já foi mostrada em todos os continentes. A Adidas, é a segunda maior marca referente a números de atletas e a quinta relacionada a equipes patrocinadas. A marca Puma, vice-líder, com relação aos patrocínios de atletas individuais ocupa a quarta posição, tem destaque por ser patrocinadora da equipe da Jamaica e do velocista Usain Bolt, dentre outras (VEIGA, 2019). Muitos são os produtos oferecidos através do Marketing Esportivo, entendemos que a publicidade e a propaganda fazem parte desse meio, e estas podem ser encontradas através do marketing digital. SAIBA MAIS Você sabia que, de acordo com a Resolução nº 046/2002, Capítulo II - Do Campo e da Atividade Profissional, Art. 10, o profissional de Educação Física está apto a atuar nas áreas que envolvem a gestão e o empreendedorismo esportivo? O Profissional de Educação Física intervém segundo propósitos de prevenção, promoção, proteção, manutenção e reabilitação da saúde, da formação cultural e da reeducação motora, do rendimento físico-esportivo, do lazer e da gestão de empreendimentos relacionados às atividades físicas, recreativas e esportivas. (CONFET, 2002). #SAIBA MAIS# REFLITA “A vontade de se preparar tem que ser maior que a vontade de vencer. Vencer será a consequência da boa preparação”. Bernardinho (2011) #REFLITA# CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final da unidade I, e assim, podemos perceber o quanto iremos aprender com essa disciplina, até o momento entendemos os conceitos de administração, no qual está ligada diretamente a organização e estratégias a fim de atingir as metas estabelecidas pela organização/empresa e o empreendedorismo que está associado aos meios de inovação e criação com o intuito de manter a organização/empresa visível na sociedade. A partir daí, caro(a) aluno(a), podemos nos aprofundar sobre Administração, Empreendedorismo e Marketing, como visto a partir dos conceitos verificamos no tópico 2, sobre a Administração e gerência aplicadas ao contexto esportivo, onde podemos entender que é um campo da administração voltado área do esporte, é multidisciplinar, porém encontra-se em crescimento, onde um fator importante a destacar é necessita de profissionais capacitados, e que a capacitação vai além do ensino superior (graduação). Sabendo que para atuar na área administrativa e gerência esportiva é necessário de indivíduos capacitados, no tópico 3, foi pontuados segundo a literatura como um administrador esportivo pode alcançar o sucesso profissional e quais são as estratégias. E por fim, não menos importante, finalizamos a unidade I estudando sobre Marketing esportivo apresentando os produtos e serviços que a ele competem, onde aprendemos que a este pode ser relacionado a uma marca, um atleta, uma empresa etc. e é responsável por fazer a relação entre a "empresa" e o cliente. LEITURA COMPLEMENTAR ● MALGAREZI, G. H. A. Análise do Marketing Esportivo, imagem dos clubes e imagem dos atletas segundo a percepção dos torcedores de clubes de futebol. Trabalho de Conclusão de Curso. Caxias do Sul, 2019. ● SANTOS, M. M. Marketing Esportivo e Comportamento do Consumidor - A influência das Imagens de Atletas no Endosso de Produtos em Relação a Intenção de Compra e Atitude à Marca. Trabalho de Conclusão de Curso. Brasília, 2018. ● VEIGA, F. S. Estruturalismo, Desenvolvimento e Legislação Comercial. Revista Jurídica, v. 02, n. 55, p. 157 - 176, Curitiba, 2019. ● ROCHA, C. M.; BASTOS, F. C. Gestão do Esporte: definindo a área. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, v.25, p. 91 - 103, São Paulo, dez. 2011. LIVRO Título: Marketing Esportivo Autores: Bastos, Flávia da Cunha; Martins, Dilson José de Quadros; Gonçalves, Ricardo; Júnior, Ary José Rocco; Nunes, Ricardo João Sonoda. Editora: Intersaberes Edição: 1ª Edição Ano: 2021 Sinopse: Atualmente, vivemos em um mundo em que constantemente emergem novas tecnologias de comunicação e, por isso, o esporte, ao ser entendido como comunicação, deve ser capaz de se adaptar a esse cenário. Desse modo, o marketing esportivo atua para que as organizações esportivas atinjam seus objetivos comunicativos sem que se percam em sua essência.Explore conosco o peculiar universo do marketing esportivo nestas páginas. Link: Biblioteca Virtual (bvirtual.com.br) FILME/VÍDEO Título: À procura da Felicidade Ano: 2006. Sinopse: Chris Gardner é um chefe e pai de família que enfrenta muitas dificuldades financeiras, vendendo aparelhos médicos que ninguém quer comprar por serem muito caros. Consegue uma vaga de estagiário numa importante corretora de ações, mas não recebe remuneração pelos serviços prestados, porém, persiste pois acredita que poderá ser futuramente contratado. A mulher o abandona e ele é obrigado a tomar conta sozinho do filho de apenas cinco anos de idade. Em meio a todos os problemas, eles são despejados do apartamento onde vivem por falta de pagamento, e têm de dormir em metrôs, banheiros públicos e asilos. REFERÊNCIAS AMARAL, C. M. S.; BASTOS, F. C. O gestor esportivo no Brasil: Revisão de publicações no país. Rev. Intercon. Gest. Desporto. Rio de Janeiro, v. 5, n.1, p. 68 - 78, junho/2015. ARAÚJO, A. G. Placar favorável. Revista Marketing. Cidade: Editora, fev. 2002. BASTOS, F. C.; MAZZEI, L. C. Gestão do esporte no Brasil: desafios e perspectivas. Editora Cone. 1ª edição, 2017. BERNARDINHO, Rocha de Rezende. Transformando suor em ouro. Editora Sextante, 1ª Edição, 2011. CÁRDENAS, A. R.; FEUERSCHÜTTE, S. G. Formação, relacionadaà gestão, oferecida em cursos de graduação em Educação Física: Um olhar Qualitativo sobre currículo, disciplina e ementas. Pensar a Prática, v. 17, n.4, out./dez. 2014. CARVALHOSA, Modesto. Ordem Econômica na Constituição de 1969. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1972. CHIAVENATO, Idalberto. Como transformar RH (de um centro de despesas) em um centro de lucro. São Paulo, Makrom Books, 1996. CHIAVENATO, Idalberto. Administración de recursos humanos.El capital humano de las organizaciones. Editora Mc Graw Hill, 2011. CHURCHILL, P. J; GILBERT JUNIOR, A. MARKETING. Criando valor para o Cliente. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. COMMISSION ON SPORT MANAGEMENT ACCREDITATION (COSMA). Accreditation principles & self study preparation. Revised June 2010. Disponível em: <http://cosmaweb.org/sites/all/pdf_files/COSMA_Accreditation_principles.pdf>. Acesso em: 15 de março, 2021. COMPARATO, Fábio Konder. Estado, Empresa e Função Social. Revista dos Tribunais, v. 732, 1996, p. 38-46. COMPARATO, Fábio Konder. Função social da propriedade dos bens de produção. Revista de Direito Mercantil (RDM), nº 63, 1986, p. 71-79. CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA (CONFEF). Documento de intervenção do profissional de Educação Física. Rio de janeiro: CONFEF, 2002. COSTA, Narjara de Oliveira. MARKETING PESSOAL E GESTÃO DE CARREIRA: A Percepção dos Acadêmicos do Curso de Administração da UNIJUI campus de IJUI. Dissertação (Mestrado) Ijuí, RS, 2º semestre de 2011. FERNANDES SILVA, M. J.; et al. A Percepção econômico-financeira do microempreendedor individual em Goiás. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 8, n. 3, p. 71-85, 2014. FEUSTEL, Cesar Ricardo. Gestão de negócios em escolas de natação. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Florianópolis/SC, 2004. FILION, L. J. Diferenças entre sistemas gerenciais de empreendedores e operadores de pequenos negócios. Revista de Administração de Empresas (RAE), v. 39, n. 4, p. 6-20, 1999. FLEURY, Fernando A.; BRASHEAR-ALEJANDRO, Thomas; FELDMANN, Paulo Roberto. Considerações teóricas acerca do composto de marketing esportivo. PODIUM Sport, Leisure and Tourism Review, v. 3, n. 1, p. 01-11, 2014. FLEURY, Maria Tereza Leme. A gestão de competência e a estratégia organizacional. In: FLEURY, Maria Tereza Leme; LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. As pessoas na organização. 12. ed. São Paulo: Gente, 2002. p. 51-61. GASPAR, Marcos Antonio et al. Marketing esportivo: um estudo das ações praticadas por grandes clubes de futebol do Brasil. Podium Sport, Leisure and Tourism Review, v. 3, n. 1, p. 12-28, 2014. HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. A. Entrepreneurship, 10. ed. New York: McGraw-Hill Education, 2017. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. – Trad.de Aílton Bomfim Brandão – 5. Ed. – São Paulo: ED. Atlas, 1998. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gry. Princípio de Marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. KOTLER, Philip; KELLER, K.L. Administração de marketing. 14º. ed. São Paulo. Pearson Education do Brasil. 2012. LACOMBE, Francisco. Teoria Geral da Administração. Editora Saraiva. 1ª Edição, 2012. LOPES, F. C. T. Análise da figura do Microempreendedor Individual (MEI) nas Leis Complementares 123/06 e 128/08. Revista Contábil & Jurídica, v. 1, n. 1, 2012. LOPES, M. Quem tem medo de ser notícia. São Paulo: Makron Books, 2000. MAYER, M. M. Futebol: O negócio por trás do jogo – estudo de caso do São Paulo Futebol Clube. 2010. Dissertação (Mestrado em Gestão Empresarial) - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. MAZZEI, L.C.; AMAYA, K.; BASTOS, F.C. Programas acadêmicos de graduação em gestão do esporte no Brasil. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte (Online), v. 12, n. 1, p. 219-234, 2013. Disponível em: <http://editorarevistas.mackenzi e.br/index.php/remef/article/view/4458>. Acesso em: 12 de março, 2021. MAZZEI, L. C.; BASTOS, F. C. (Org.). Gestão do esporte no Brasil: desafios e perspectivas. São Paulo: Ícone, 2012. MONTANA, Patrick J.; CHARNOV, Bruce H. Administração. 2aed. São Paulo: Saraiva, 2005. MULLIN, Bernard J.; HARDY, Stephen; SUTTON, William A. Marketing Esportivo Trad. de Carlos Alberto Silveira Netto Soares – Porto Alegre: Artmed/Bookman, 2004; Reimpressão 2008. NOLASCO, V. P. Administração/gestão esportiva. In: COSTA, L. P. (Org.). Atlas do esporte no Brasil: atlas do esporte, educação física e atividades físicas de saúde e lazer no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2006. OLIVEIRA, V. G. C. Marketing Esportivo Nas Mídias Digitais Estudo De Caso Da Divulgação Da Marca Heineken Na Champions League 2015/2016. Trabalho de Conclusão de Curso. IJUÍ/RS, 2016. PIKETTY, Thomas. Capital in the Twenty-First Century. Cambridge: Harvard University, 2014. PORTAL DA EDUCAÇÃO. Administração e Gestão. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/o-que-e- administracao/71824. Acesso em: 12 de março de 2021. PORTAL DO EMPREENDEDOR. MEI - Microempreendedor Individual. Disponível em: <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/>. Acesso em: 15 março 2021. PORTUGAL GOUVÊA, Carlos. Social Rights Against the Poor. Vienna Journal on International Constitutional Law, v. 7, n. 4, 2013, p. 454-475. PREBISH, Raúl. O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus principais problemas. In: BIELSTHOWSKY, Ricardo (Org.). Cinquenta anos de pensamento na Cepal, v. 1, Rio de Janeiro: 2000, p. 69-136. PRONI, W. M. Universidade, profissão educação física e o mercado de trabalho. Rev. Educ. Fís., v.16, n.3, 2010. REZENDE, J.R. Organização e administração no esporte. Rio de Janeiro, Sprint, 2000. RICHERS, Raimar. O que é marketing. Brasiliense, 2017. ROCHA, Antunes Rudimar; PLATT, Allan Augusto. Administração de marketing. 3º.ed. São Paulo. 2015. ROCHA, Cláudio Miranda da. BASTOS, Flávia da Cunha. Gestão do Esporte: definindo a área. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, V.25, P.91-103, Dez. 2011. esp. • 91. ROMÃO, Érika. Marketing Esportivo. GV executivo, n. 3, v.6. Maio/Jun. 2007. RUBIO, Kátia. Jogos Olímpicos da Era Moderna: uma proposta de periodização. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.24, n.1, p.55-68, jan./mar. 2010. SANDHUSEN, Richard L. Marketing básico. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. SANTOS, C. E. R.; OLALDE, A. R. Desenvolvimento regional e políticas públicas: a isenção fiscal como ferramenta de promoção do desenvolvimento regional no Sudoeste da Bahia 1. Enaber. Disponível em: . Acesso em: 15.mar.2021. SANTOS, Felipe André dos. Marketing na Era Digital: Análise da marca Chico Rei Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Comunicação Social/Jornalismo na Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. 2014. Disponível em: http://www.ufjf.br/facom/files/2014/03/Marketing-na-Era-Digital.pdf Acesso em: 19 mar. 2021. SBCOACHING Group6, 2019). https://www.sbcoaching.com.br/blog/branding-pessoal/. Acesso em: 19 mar. 2021. SCHUMPETER, A Joseph. Teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982. SCHWINGEL, I.; RIZZA, G. Políticas públicas para formalização das empresas: lei geral das micro e pequenas empresas e iniciativas para a desburocratização. Governo Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, v. 54, p. 48, 2013. SEBRAE. Blog do Sebrae de SC. https://atendimento.sebrae-sc.com.br/blog/o-que-e- empreendedorismo/ Acesso em 14 de março de 2021. SIGNORELLI, Y. R. Marketing Esportivo E Gestão De Imagem Para Atletas De Futebol - Estudo De Caso Do Gregore, Volante E.C Bahia. Trabalho de Conclusão de Curso. Juiz de Fora, 2020. SILVEIRA, et. al. MicroempreendedorIndividual (MEI): Benefícios e Desafios da legislação Brasileira para a Aplicação na Prática da Ação. Revista Livre de Sustentabilidade e Empreendedorismo, v. 2, n. 1, p. 117-137, jan-mar, 2017. SIQUEIRA, Marco Antonio. Marketing Esportivo: uma visão estratégica e atual. São Paulo: Saraiva, 2014. SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. TASCIN, Joselane C. SERVIDONI, Renato. MARKETING PESSOAL: UMA FERRAMENTA PARA O SUCESSO. Revista Científica Eletrônica de Administração. Ano V – Número 9 – Dezembro de 2005. TEITELBAUM, Ilton. MARKETING ESPORTIVO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO. Dissertação (Mestrado). Porto Alegre, fevereiro de 1997. VEIGA, F. S. Estruturalismo, Desenvolvimento e Legislação Comercial. Revista Jurídica, v. 02, n. 55, p. 157 - 176, Curitiba, 2019. VEIGA, D. S. Um estudo bibliométrico das publicações sobre marketing esportivo, realizadas no período de 1999 A 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. RONDONÓPOLIS, 2019. Zouain, D.M & Pimenta, R.C. (2003). Perfil do gestor das organizações esportivas brasileiras. Anais do Congresso Mundial de Gestión Economica del Deporte, Barcelona, p. 172-200. Espanha. UNIDADE II GESTÃO ESPORTIVA Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal Professor Especialista Charles B. da Silva de Araujo e Souza Plano de Estudo: ● Conceituação de Gestão Esportiva e seus processos ● Gestão de Pessoas ● Planejamento Estratégico ● Modelos de Gestão Mundial ● Estrutura/Organização do Sistema Esportivo no Brasil ● Políticas Públicas no Esporte ● Plano de Negócio ● TIC’s no Esporte (Tecnologias de Informação e Comunicação) ● Gestão de Clubes e Instalações Esportivas ● Gestão Esportiva em espaço públicos e privados Objetivos de Aprendizagem: ● Conceituar e contextualizar Gestão Esportiva e apresentar seus processos ● Adquirir conhecimento sobre a área que tange Gestão de Pessoas ● Abranger conhecimentos sobre Planejamento Estratégico ● Identificar os Modelos de Gestão Mundial ● Analisar a Estrutura/Organização do Sistema Esportivo no Brasil. ● Estabelecer a importância das Políticas Públicas no Esporte ● Adquirir conhecimento sobre Planos de negócios ● Apresentar as Tecnologias de Informação e Comunicação envolvidas no esporte. ● Compreender Gestão de Clubes e apresentar as Instalações Esportivas ● Compreender Gestão esportiva em espaço públicos e privados INTRODUÇÃO Olá aluno(a)! Iniciamos a Unidade II desta apostila e espero que estejam motivados para darmos continuidade a adquirir novos conhecimentos relacionados à Gestão e Empreendedorismo Nesta unidade, vamos abordar conteúdos como gestão esportiva, seus processos e sobre os modelos de gestão mundial. Também iremos apresentar sobre planejamento estratégico, plano de negócio e gestão de pessoas. Transitando pelas Políticas públicas no esporte Estrutura/organização do sistema esportivo no Brasil, TIC’s (Tecnologia de informação e Comunicação) no esporte Agora que você já sabe o que vai aprender nesta unidade, convido você, querido(a) aluno(a), a embarcar nessa viagem sobre gestão esportiva. Vamos lá?! 1 CONCEITUAÇÃO DE GESTÃO ESPORTIVA E SEUS PROCESSOS Gestão esportiva A Educação Física abrange em sua esfera diversas áreas de conhecimento, ou seja, um profissional pode atuar em diversos campos, como academias de musculação, escolas de treinamentos esportivos, escolas/academias de ginástica, clínicas de personal training e pilates, dentre outras. Um setor que vem crescendo e sendo muito bem visto dentro do contexto da Educação Física é o da Gestão Esportiva, portanto, para que possamos entender melhor sobre este “novo” ramo, vamos discutir um pouco mais sobre gestão esportiva. A gestão no geral está relacionada a diversas áreas, como a administração, o marketing, a educação física, etc., e quando se fala em gestão esportiva, encontramos um meio mais restrito, pois embora também envolva áreas como turismo, hotéis, instalações, investimentos públicos, dentre outros, estes devem estar relacionados diretamente a dois elementos fundamentais: gestão e esporte (ZOUAIN E PIMENTA 2003). Rocha e Bastos (2011) é mais categórico ao afirmar que as organizações esportivas onde o gestor esportivo está apto a atuar podem ser clubes, academias/escolas esportivas, fábricas que produzem materiais esportivos, empresas de comunicação esportivas além de agências de assessoria para atletas. Dessa maneira podemos definir gestão esportiva como o ato de atingir os objetivos através de planejamento, direção e avaliação em empresas relacionadas ao esporte. Ferraz (2010) complementa afirmando que os objetivos da gestão esportiva são o de promover atividades esportivas, além de disponibilizar serviços e produtos relacionados a este meio. Outra definição de gestão esportiva foi apresentada por Rocha e Bastos (2011), que apontam a gestão como empregar os elementos de gestão em organizações esportivas públicas ou privadas com ou sem fins lucrativos, entidades sociais com propósitos voltados ao esporte. Importante ressaltar que dentre o ambiente que compete o trabalho de gestão esportiva, muito se discute sobre o termo correto a ser utilizado para caracterizar esta aplicabilidade, alguns estudos mencionam este setor como administração esportiva, outros gestão esportiva e/ou gestão no esporte e ainda tem os que utilizam o termo marketing esportivo, justificando que o termo gestão e administração são sinônimos, como apresenta o dicionário da língua portuguesa. (CHELLADURAI, 2009; ROBBINS, 1997). Já marketing desportivo não faz parte da mesma esfera de administração e/ou gestão esportiva segundo Kotler & Armstrong (2009), pois os autores sustentam a idéia de que atividades relacionadas ao marketing esportivo como vimos na unidade I, é referente a um fragmento das demandas do gestor, onde é centrado no processo de troca entre produtor e consumidor. Diferente do marketing, a gestão engloba direção/coordenação das atividades de produção e marketing. Dentro do contexto da gestão esportiva, encontramos duas organizações atuantes na indústria esportiva, encontra-se de um lado as empresas onde o esporte é tido como atividade central, como: academias, escolas, times, confederações, federações, ligas, etc. Enquanto do outro lado, encontra-se às empresas que usufruem do esporte para que possam promover produtos e serviços, neste caso podemos citar as empresas fabricantes de materiais esportivos no geral, agências e emissoras de comunicação (AMORIM, 2018). Neste momento você deve estar se perguntando, como se trabalha com gestão esportiva? O que devo fazer? Pois bem, Amorim (2018), relata que nem o curso de Educação Física nem mesmo Administração envolvem atividade física e gestão, talvez pela razão de ser nova e estar sendo descoberta por profissionais e instituições de ensino, no entanto, a Educação Física está presente na gestão esportiva. É visível o pouco conhecimento que se tem sobre o mercado de trabalho em termos de gestão esportiva, uma vez que as poucas universidades que desenvolvem esta área em forma de disciplina, portanto os alunos não estão preparados para atuar profissionalmente. Na mesma proporção, profissionais da área administrativa que possuem intenção em adotar este setor como profissão, devem entender a prática esportiva (AMORIM, 2013). Dessa maneira, podemos entender, de acordo com Amorim (2018), que: Gestores esportivos são os profissionais com liderança de cargos técnicos e/ou administrativos nas organizações ou projetos esportivos e de atividade física. São os coordenadores, supervisores, gestores e diretores esportivos. O gestor esportivo dispõe de alguns ofíciosque estão de modo direto associado com ferramentas de planejamento, organização, liderança e controle, ou seja, para se atuar na gestão esportiva é necessário para a execução das tarefas exercidas que o profissional, mesmo que não entenda completamente, ter conhecimentos individuais dos procedimentos e ferramentas mencionados (AMORIM, 2013). O processo de gestão que compete ao profissional que irá atuar como gestor esportivo pode ser variável, porém, frequentemente a função deste profissional é relativamente ligada à: elaboração de projetos, estabelecimento de metas, estratégias e prazos, tomada de decisões, contratação e coordenação de pessoas, resolução de conflitos, definição de atividades, avaliação de desempenho, elaboração de relatórios, controle financeiro, compra de produtos e contratação de serviços, busca por patrocínio, venda de produtos, relacionamento e comunicação interna e externa, organização de eventos (AMORIM, 2018). 2 GESTÃO DE PESSOAS Gestão de Pessoas Existem diversos pontos a serem considerados importantes para se discutir em meio ao assunto Gestão e Empreendedorismo, portanto caro(a) aluno(a), vamos abranger neste momento, uma área que embora seja mais voltado ao setor administrativo, é tão importante quanto qualquer outro assunto sobre Gestão e/ou Empreendimento esportivo, pois gestão de pessoas, não envolve somente o vínculo entre as pessoas da organização ou empresa, mas também as relações entre os processos. É importante ter o conhecimento de que não são apenas profissionais administrativos do setor de Recursos Humanos (RH), responsável pela efetivação da gestão de pessoas, mas também funcionários, clientes e gestores, ou seja, a gestão de pessoas é a área responsável por administrar o capital humano das empresas (BIANCHI et. al., 2016). Hoje em dia existem diversos desafios nas organizações em geral, não seria diferente quando falamos em organizações/empresas do ramo esportivo, pois esses desafios são necessários para sobreviver, moderar a vida pessoal com a profissional diariamente, mesmo que o lado profissional apropria-se da maior parte do tempo. Assim, o profissional depende do sucesso do pessoal e vice-versa, enquanto a organização/empresa, independe de sua estrutura física, depende do indivíduo para fazer com que a empresa funcione devidamente, atingir seus objetivos, consequentemente obter os lucros estimados. (SALVATERRA, 2020; CHIAVENATO, 1999a; MILKOVICH, 2000). Para Chiavenato (1999a), a função administrativa de RH é dedicada à: compras, treinamentos, avaliações, remunerações, gerenciamento de pessoas devido a suas atividades voltadas para o recrutamento, entrevistas, seleção e treinamento. Para o autor os objetivos das atividades relacionadas a gestão de pessoas são: agregação, aplicação, recompensa, desenvolvimento e monitoração. Gil (2001), acredita que a função das atividades do setor de Gestão de Pessoas está relacionada ao suprimento/agregação, aplicação, compensação e/ou manutenção, desenvolvimento e/ou capacitação e por fim, porém não menos importante, o controle e/ou monitoração. Para Paula (1999), é fundamental criar programas centralizados nas pessoas, focando no aperfeiçoando a análise dos processos de agregação (recrutamento e seleção) e de capacitação (treinamento e desenvolvimento), além do desenvolvimento dos colaboradores. O Recrutamento é um trabalho que vem se tornado cada vez mais importante, pois quando há falhas, exige uma demanda maior de recursos, tempo, gastos efetivos, além de outros processos, as empresas selecionam candidatos do mesmo modo que indivíduos qualificados escolhem cargos nas quais almejam ocupar. (MOCSÁNYI, 2005; LUCENA, 1999). Para realizar o processo de seleção, Chiavenato (1999b) afirma que é necessário utilizar as informações obtidas dos pretendentes a vaga, objetivando adequar as particularidades às exigências da proposta de emprego. Então é importante ressaltar que o setor administrativo responsável pela Gestão de pessoas irá analisar os processos e as pessoas nesse contexto, assim esta será ou não selecionada na vaga, lembrando que a empresa será importante para sucesso profissional e pessoal tanto quanto o colaborador será importante para que a empresa alcance os resultados esperados. Para que "elo" se torne possível, algumas ações para que a decisão na hora da contratação após todo o processo já mencionado deve ser levado em conta, pois para que o indivíduo tenha o desempenho esperado pela empresa, este deve ter as competências básicas solicitadas, no qual são determinantes para a eficácia profissional. (MOCSÁNYI, 2005). Capinussú e Costa (1999), Morales (1997) e Paula (1999), mencionam que os conhecimentos, habilidades e características pessoais se complementam, permitindo assim levantar suposições sobre os valores que a pessoa poderá acrescentar à organização/empresa, outros autores complementam como podemos observar na quadro a seguir: Quadro 1 - Competências Básicas "necessárias" para o colaborador. Colaboradores no geral. "Academias de grande porte." Capinussú e Costa (1999) Os profissionais devem ser indicados por faculdades e universidades, possuir currículos com muitas qualificações, ou aprovação em provas públicas. Obs: geralmente é analisado conhecimentos nas áreas de conhecimento em fisiologia, biomecânica e anatomia. Supervisor / Coordenador "Academias de grande porte." Capinussú e Costa (1999) Profissionais especializados em Administração Esportiva. Administração Esportiva Morales (1997); Paula (1999) Deve ter responsabilidade sobre as relações de subordinação, responsabilidade sobre os resultados esperados, indicadores e fatores de sucesso, sumário e detalhamento das atribuições, requisitos pessoais, físicos e qualidades técnicas desejadas, entre outras. Fonte: Quadro criado pela autora. No setor de gestão de pessoas algumas metodologias são utilizadas para a realização de suas tarefas diárias, como por exemplo: Técnicas de Seleção: São formas de adquirir informações sobre como o candidato se comporta, o momento para que seja estabelecido as informações necessárias do indivíduo, relacionando-o com o cargo. Dessa maneira a avaliação é o fundamento, é a troca de informações entre as avaliações e a decisão (CHIAVENATO,1999b). Processo De Capacitação Este tem como objetivo realizar treinamentos e desenvolvimentos de forma contínua para os colaboradores da empresa, de acordo com cada função e necessidades tanto do colaborador quanto da própria empresa (ROBBINS, 2002). Treinamento É o ato de aprimorar a performance do colaborador na empresa, objetivando incorporá-lo ao grupo visando melhor desempenho da equipe no geral. Através do treinamento o colaborador é capaz de aprender e desenvolver novas habilidades, atitudes e comportamentos (ROBBINS, 2002). Desenvolvimento O desenvolvimento está relacionado ao trabalho realizado dentro da equipe, um ponto considerado importante no âmbito da Gestão de pessoas, pois através do trabalho em equipe a empresa desenvolve entre seus colaboradores habilidades pessoais como: empatia, afeição, afiliação, reconhecimento e valorização pessoal (ROBBINS, 2002). 3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Para Oliveira (2006), o planejamento estratégico deve ser estruturado em quatro fases: 1) Identificação da visão - Conceito do que a empresa busca e/ou quer ser para um futuro determinado; 2) Identificação dos valores - Princípios, ideias e crenças que irão nortear as decisões da organização; 3) Análise externa - Identificação a qual ambiente o clube está inserido, a fim de apontar as oportunidades e as ameaças e a quarta fase, 4) Análise interna - Apresenta os pontos forte e fracos da instituição, com o objetivo de potencializar as decisões da organização.Para Certo e Peter (2005), Planejamento estratégico pode ser definido como o ato de planejar/criar planos para que otimizem os métodos para que seja cumprido e alcançado os objetivos estabelecidos pela empresa/organização. O planejamento estratégico no contexto esportivo está relacionado ao processo de organização, elaboração, execução e a avaliação das empresas/organizações voltadas ao esporte, facilitando tomadas de decisões, auxiliando para que se atinja as metas e objetivos estabelecidos (ROCCO JÚNIOR, 2012; OLIVEIRA, 2006). Dessa maneira, algumas regras devem ser seguidas quando nos referimos a contexto esportivo e planejamento estratégico, pois é necessário que a empresa/organização conheça e controle além do ambiente interno, o externo, e fatores específicos, ou seja, o contexto onde o mesmo se encontra inserido, para que assim o plano estratégico ocorra de maneira eficiente (PIRES, 2005; ARAÚJO, et. al., 2020). 4 MODELOS DE GESTÃO MUNDIAL A gestão no esporte surgiu devido a exigência de regularizar, padronizar e autenticar as atividades físicas (TUBINO, 1992). Portanto, caros(as) alunos(as) como já apresentamos no tópico I desta Unidade, gestão esportiva pode ser conceituada como ato de atingir os objetivos através de planejamento, direção e avaliação, com objetivos de promover atividades esportivas, além de disponibilizar serviços e produtos relacionados a este meio (FERRAZ, 2010; ROCHA E BASTOS, 2011). Desse modo, para Sociedade Norte-Americana para Gerência do Esporte, gestão esportiva consiste em conhecimentos interdisciplinares relacionados à direção, liderança e organização, incluindo contextos como: comportamento, ética, marketing, comunicação, finanças, economia, negócios sociais, legislação e preparação profissional (COSTA, 2005). As escolas esportivas foram criadas através do processo de profissionalização e sistematização, onde o esporte era utilizado como mecanismo político, sobretudo entre o fim da Segunda Guerra Mundial no início da Guerra Fria, surgindo então quatro escolas denominadas: a escola saxônica (liberalismo absoluto), a escola socialista (dirigismo absoluto), a escola européia-ocidental (misto das duas primeiras) e a escola asiática (indústria a sua base principal) (TUBINO, 1997; JANETTI, 2008). Bafero (1991), expõe que as organizações esportivas européias são realizadas através de clubes, em espaços voltados para o lazer, mesmo que a ideia de dar fama a atletas devido suas espetacularidades permaneça. Dessa maneira, entende-se que simultaneamente com a economia mundial o sistema esportivo envolve desde produção de mercadorias, grandes espetáculos, competições, sendo que a produção básica desses itens se encontram nos clubes. Porém, muitas vezes a gestão do esporte não é de responsabilidade do clube (PRONI, 2002). Nos Estados Unidos da América (EUA), a gestão esportiva é baseada em organizações escolares, comunitárias e universitárias, sua política aposta no relacionamento entre o Estado (órgão regulador) e iniciativas privadas (clubes e federações). Assim, as atividades físicas e esportivas são estruturadas nas escolas e universidades, tão bem em algumas corporações, apenas ao tratar dos esportes profissionais devido possuir suas próprias organizações, ligas, federações, etc. são trabalhados de maneira separada (PFISTER, 2021). Em Cuba, o governo financia e elabora os projetos e propostas do esporte, onde mesmo com incentivos de empresas/organizações privadas o mesmo possui o total controle, para este país o esporte é tido como fonte de trabalho e está relativamente ligado à saúde (ALVES e PIERANTI, 2007). Outro país muito importante a ser citado é a França, onde se tem um modelo de organização esportiva considerado correto. Neste país foi criado a Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG), que através de uma Comissão Independente responsável pela fiscalização do esporte - Comissão de Controle dos Clubes Profissionais, ligado ao governo francês, com o objetivo de ampliar o comprometimento e compromissos do estado no que se refere a gestão esportiva (FUTEBOL FINANCE, 2008). O esporte na Alemanha é baseado nos clubes. As empresas/organizações esportivas são de caráter autônomo, porém recebem apoio dos governos federais e/ou regionais através de subsídios, ou seja, caso os recursos financeiros do esporte de elite não forem suficientes, o governo encaminha o auxílio necessário (PFISTER, 2021; JANETTI, 2008). Devido a ser um país economicamente independente, na Austrália, existe uma mistura de instituições e iniciativas governamentais e não-governamentais diante do sistema esportivo. Os clubes são os mais incentivadores do esporte e possui uma grande porcentagem da população associada a este (JANETTI, 2008). No Brasil, país do futebol, a gestão esportiva possui qualidades de acordo com sua história e realidade, existem duas vertentes em gestão do esporte, uma voltada para Gestão em manifestações esportivas, com foco na educação, de participação e em esporte de rendimento, enquanto a outra visa gestão do Esporte relacionada a gerência de clubes, academias de fitness e/ou musculação, ou em assuntos particulares da “Indústria do Futebol”, devido a dominação deste em nossa cultura. Dessa maneira, algumas modalidades esportivas apresentam planejamentos mais profissionais desempenhando papéis marcantes no contexto econômico (MAZZEI; BASTOS, 2012). 5 ESTRUTURA/ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ESPORTIVO NO BRASIL Para falar sobre o Sistema Esportivo no Brasil, é importante entendermos como se deu o início de tudo. Em 1995, no Governo Fernando Henrique Cardoso, foi criado o Ministério Extraordinário do Esporte, no qual foi desfeito pouco tempo depois, em 1998. O esporte como Ministério, surgiu novamente em 1999, porém dividindo o espaço com turismo (Turismo e Esporte), no entanto esta situação durou até 2003, quando enfim iniciou sua "jornada" independente, perdurando até os dias de hoje (MAIA, 2012). Após todo o caminho percorrido pelo esporte até sua autonomia, em junho de 2004 foi realizada a I Conferência Nacional de Esporte e Lazer, com o objetivo de estabelecer discussão diante 8 eixos temáticos (Esporte e Alto Rendimento; Esporte Educacional; Futebol; Esporte, Lazer e Qualidade de Vida; Direito ao Esporte e ao Lazer; Esporte, Economia e Negócios; Esporte, Administração e Legislação; e Esporte e Conhecimento), com o intuito de reestruturar o sistema esportivo brasileiro, quanto à regulação e ao controle do Estado (I CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, 2004). Em maio de 2006, através do Ministério do Esporte, o Governo Federal convoca a II Conferência Nacional de Esporte e Lazer para tratar - unicamente - do tema Sistema Nacional de Esporte e do Lazer, onde foram debatidos os seguintes eixos temáticos: Estrutura (organização, agentes e competências); Recursos Humanos e Formação; Gestão e Controle Social e Financiamento (II CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, 2006). A conclusão do documento registra que o Sistema Nacional de Esporte e Lazer tem a finalidade de estabelecer a Política Nacional do Esporte além de criar meios que assegurem a execução e acessibilidade da mesma em todos os âmbitos da federação, definindo os papéis das entidades, dirigentes do esporte e lazer, à partir daí foi criado setores específicos de Esporte e Lazer, desde os níveis estaduais e municipais (MAIA, 2012). A III Conferência Nacional de Esporte e Lazer, foi discutida em 06 de junho de 2010, a partir da edição da Carta de Brasília, cujo tema era: "Por um Time Chamado Brasil!", essa conferência foi denominada "Plano Decenal de Esporte e Lazer" e os eixos temáticos a serdiscutidos foram: Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016); Sistema Nacional de Esporte e Lazer; Formação e Valorização Profissional; Esporte, Lazer e Educação; Esporte, Saúde e Qualidade de Vida; 5) Ciência, Tecnologia e Inovação; 6) Esporte de Alto Rendimento; Futebol; Financiamento do Esporte; Infraestrutura Esportiva e Esporte e Economia (III CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, 2010) . Segundo Meira & Bastos (2011), no Brasil ainda não existe um modelo/sistema capaz de planejar a formação de atletas, mesmo existindo programas governamentais voltados à formação de atletas, assim como de confederações e federações de modalidades, estes aparentemente não se encontram conectados, não segue um modelo organizacional a fim de permitir um desenvolvimento ideal para os atletas. Dessa maneira, mesmo que nos últimos anos algumas medidas legais foram tomadas com o intuito de incentivar e fomentar o esporte, a responsabilidade com o desenvolvimento de atletas fica sobre a responsabilidade do Estado, clubes e a família. Ferreira (2007), defende que o funcionamento do sistema brasileiro ainda está longe do modelo ideal. O autor justifica seu apontamento devido o Brasil ter apenas o Ministério do Esporte (ME), no qual colabora somente com Comitê Olímpico Brasileiro (COB); haver mínima valorização do esporte de alto rendimento além do controle político ser secundário; instituições esportivas governamentais e não governamentais possuem apoio limitado e por fim as infraestruturas para o alto rendimento nacional recebem pouco investimento. Sabemos que quando se trata de incentivo, não precisamos citar sobre o futebol, pois o mesmo consegue incentivos próprios (BASTOS, 2011). SAIBA MAIS As leis de incentivo fiscal [...] são uma espécie de renúncia fiscal criada pelo poder público. Isto é, tem o objetivo de estimular o investimento, crescimento ou geração de empregos de um determinado setor, promovendo seu desenvolvimento social e econômico. Em resumo, o governo abre mão de recursos que receberia por meio de impostos. Dessa forma gera incentivos para a cultura, o esporte, a saúde e o desenvolvimento social. Dessa forma, pessoas (pessoa física - P.F) e empresas (Pessoa Jurídica- P.J/CNPJ)podem destinar uma parte do imposto para projetos culturais, esportivos e sociais de sua preferência. Tais incentivos abrangem o âmbito federal - Imposto de Renda (IR) a pagar com base no Lucro Real, sendo que Pessoa Física - PF pode realizar doações de até 6% e Pessoa Jurídica CNPJ doação de até 9%; estadual - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e municipal - Imposto sobre serviços (ISS). De acordo com as empresas citadas abaixo são obrigadas a realizar a tributação do Lucro dessa forma com base no critério de faturamento, como exemplo: ● Bancos comerciais, bancos de investimentos ou de desenvolvimento ● Sociedades de crédito, financiamento e investimento ● Crédito imobiliário ● Corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio ● Distribuidora de títulos e valores mobiliários ● Cooperativas de crédito ● Empresas de seguro privado e capitalização ● Entidades de previdência privada aberta ● Empresas com lucros, rendimentos ou ganhos oriundos do exterior (multinacionais) Em síntese, as leis de incentivo tem caráter cultural, esportivo e social. Assim, para atender aos requisitos as doações devem ser realizadas diretamente a: ● Fundos do Idoso ● Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente ● Projetos de caráter cultural e artístico, autorizados pelo Ministério da Cultura ● Projetos desportivos e paradesportivos, autorizados pelo Ministério do Esporte ● Projetos executados por entidades que implementam o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – PRONON, ou o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência – PRONAS/PCD Fonte: ASID - Ação Social para Igualdade das Diferenças. https://asidbrasil.org.br/br/ #SAIBA MAIS# 6 POLÍTICAS PÚBLICAS NO ESPORTE Caros(as) alunos(as), quando falamos em políticas públicas logo relacionamos o assunto com atuação do poder público, e estamos corretos quando fazemos esta ligação. Ao se tratar de políticas públicas no esporte é preciso relacionar as atuações realizadas pelo poder público a esta esfera em específico (MEDEIROS, 2014). A prática desportiva assim como educação, saúde, trabalho, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados, são direitos sociais, e fazem parte da constituição como especificado no art. 6° da carta magna de 1988 (MEDEIROS, 2014; MENDES e AZEVEDO, 2010 ). A fim de inserir o esporte ao meio educacional, a Secretaria Nacional de Esporte Educacional em 2003 criou o programa Segundo Tempo com o propósito de popularizar a prática e a cultura do esporte a fim de promover o desenvolvimento das crianças, adolescentes e jovens, priorizando as áreas sociais mais vulneráveis de modo a formar cidadãos e melhorar a qualidade de vida dos mesmos. Desse mesmo modo, houve também a criação de outros programas de cunho socioeducativos, porém com menos amplitude e investimentos, como: Pintando a Cidadania (2003) e Programa Recreio nas Férias (2010) (JUNIOR e BORIN, 2017). A Política Nacional do Esporte se estabelecia através do Ministério do Esporte, do Programa Esporte e Lazer na Cidade (PELC) e do Programa Segundo Tempo (PST). A Secretaria Nacional de Esporte de Alto-rendimento, se fez responsável pelas políticas do esporte profissional, pelos grandes eventos esportivos e ainda por projetos como: Programa Bolsa Atleta (2005), Rede CENESP (Centros de Excelência Esportiva) (2005), Olímpiadas Escolares (2005) e o Calendário Esportivo Nacional. Já a Secretaria Executiva, era responsável pela Conferência Nacional do Esporte (2004), pela Lei de Incentivo ao Esporte (2006), Pintando a Liberdade (2003), a Praça da Juventude e pelas praças esportivas do Programa de Aceleração do Crescimento (2011) (JUNIOR e BORIN, 2017). Atrelada com as políticas públicas do esporte o documento final da I Conferência atendeu fatores como: direitos sociais, compromisso de reversão do quadro de injustiça, exclusão e vulnerabilidade social, compreensão do esporte e o lazer como meios de solucionar ou desviar a atenção de problemas sociais e, também, sobre os aspectos positivos e negativos do esporte (BRASIL, 2004). A II Conferência Nacional de Esporte - "Construindo o Sistema Nacional de Esporte e Lazer" (2006), teve como marco principal a decisão da proposta que subsidiou a Lei dos Incentivos ao Desporto, Lei n. 11.438, 2006, que vigorou até 2015 e renovada até 2022 pela Lei n. 13.155, 2015, que objetivava incentivar a prática esportiva, através da dedução fiscal de pessoas físicas e jurídicas, através de doações e/ou patrocínios para programas esportivos (CASTELAN, 2011; BRASIL, 2004). E com a III Conferência Nacional de Esporte (2010) - "Plano Decenal de Esporte e Lazer: 10 pontos em 10 anos para colocar o Brasil entre os 10 mais”, no qual tinha a intenção de definir objetivos e ações para o desenvolvimento esportivo (PROUNI, 2014). Entre 2004 a 2011, embora não ter seguido as diretrizes, objetivos e as determinações das três Conferências, alguns programas foram contemplados nos PPAs, como: “Brasil no Esporte de Alto-rendimento”; “Esporte e Lazer da Cidade”; “Inclusão pelo Esporte”; “Vivência e Iniciação Esportiva Educacional – Segundo Tempo” (CASTELAN, 2011). Vale ressaltar que independentemente da manifestação esportiva, as políticas esportivas brasileiras no contexto federal, exibem natureza funcional, instrumental e mercadológico, assim potencializam práticas esportivas com aspectos seletivos, excludentes e hipercompetitivas (CASTELAN, 2011). Assim, compreende-se que as políticaspúblicas de esporte do Brasil são divergentes ao próprio do documento da Política Nacional de Esporte, no qual evidencia características socioeducativa do esporte, a fim de promover qualidade de vida para a sociedade, como mencionado por Brasil (2005): [...] sendo função do Ministério do Esporte “formular e implementar políticas públicas inclusivas e de afirmação do esporte e do lazer como direitos sociais dos cidadãos, colaborando para o desenvolvimento nacional e humano”. (BRASIL, 2005, p. 6). Nos dias atuais, o esporte educação se fundamenta nos seguintes princípios: participação, cooperação, integração e responsabilidade. O esporte-participação ou esporte-popular segue o princípio do prazer lúdico e o lazer acessível a todos, sem necessidade de regras ou formação de talentos, visando apenas no bem estar dos praticantes. O esporte-performance ou de esporte-rendimento é direcionado para disputas com regras, são relativos aos esportes de alto nível ou de competição, institucionalizados (CASTELAN, 2011). SAIBA MAIS "O reconhecimento da prática esportiva como um direito de todos se amplia consideravelmente a partir do momento que pessoas com algum tipo de deficiência e idosos começam também a praticar esportes. Hoje, multiplicam-se as competições da chamada categoria masters, para idades mais avançadas, e as competições adaptadas para deficientes". Fonte: MEDEIROS, A. M. Políticas Públicas de Esporte e Lazer, 2014. Disponível em: https://www.sabedoriapolitica.com.br/. Acesso em: 01 de abril de 2021. #SAIBA MAIS# 7 PLANO DE NEGÓCIO Nesta unidade já mencionamos sobre gestão esportiva e de pessoas, planejamento Estratégico, modelos de gestão mundial no esporte, sistema esportivo no Brasil, políticas públicas no esporte, desta forma, dando continuidade aos nossos estudos, neste momento vamos abordar sobre o assunto plano de negócios. Assim, para iniciarmos este tópico é importante conceituar plano de negócios, ou seja, plano de negócio é um documento escrito de forma clara, linguagem simples, coerente e completa, cuja função é explicar, detalhar e indicar os objetivos a serem alcançados, visando não apenas a perfeição técnica, mas também a capacidade de mercado, a fim de atrair investidores (FERREIRA, 2010). O plano de negócios é subdividido em vários setores interligados uns aos outros, a fim de detalhar as tarefas tornando o plano de negócio simples e organizado, facilitando com que os objetivos e necessidades da empresa sejam compreendidos e pertinentes ao público específico (DORNELAS, 2008). O plano de negócios se faz necessário em uma empresa devido a sua função de auxiliar no seu desenvolvimento, independentemente se a mesma está iniciando ou já se encontra no mercado, ainda podemos dizer que o plano de negócios é considerado um "manual do empreendedor", conduzindo-o aos planejamentos futuros tão bem quanto aos riscos, oportunidades e tomadas de decisões. Dessa maneira, podemos considerar o plano de negócios como uma ferramenta estratégica (NAVES e MEDEIROS, 2019). Podemos encontrar cinco motivos básicos sobre a importância da elaboração de um plano de negócios para uma empresa e empreendedor, são eles: possibilita olhares críticos, facilita ser um empreendedor objetivo e imparcial, além de apresentar sua efetividade; pode se tornar ferramenta operacional a fim de planejar futuras oportunidades; serve como ferramenta para diagnosticar falhas/erros administrativos; estabelece benefícios de projeção de resultados futuros e análise desempenho; pode ser utilizado como manual para a tomada de decisão em geral; pode operar como proposta de financiamento (BATOCCHIO; BIAGIO, 2012). Bizzoto (2008), afirma que um plano de negócios só terá efeitos positivos se o mesmo for utilizado de forma correta no dia a dia pelos gestores e funcionários da empresa. E que devido este documento tratar-se de uma ferramenta de ampla utilização deve ser dinâmico e ser construído a partir dos seguintes elementos essenciais: Capa; Sumário; Sumário Executivo; Produtos e serviços (deverá ser apresentado os principais produtos e serviços); Equipe de gestão (currículos dos empreendedores com informações de experiências anteriores, formação, diferenciais, grau de comprometimento e talentos adicionais); A empresa (dados como - mercado no qual o negócio está inserido, importância para a sociedade, diferencial no mercado e serviços prestados, localização); Mercado (explicação do panorama macro do mercado onde a empresa atua); Plano de marketing (objetivo é conhecer o consumidor, para desenvolver produtos e serviços a fim de satisfazer as suas necessidades); Análise estratégica (o objetivo deste campo é analisar os ambientes internos e externos, a fim de identificar ameaças e oportunidades) e Plano financeiro (objetiva-se em demonstrar ao consumidor as projeções financeiras da empresa em determinado tempo) (BATOCCHIO; BIAGIO, 2012; DORNELAS. 2014). 8 TIC’s NO ESPORTE Na atualidade, o surgimento de um novo tipo de sociedade tecnológica vem sendo determinado principalmente pelos avanços das Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC’s. Essas novas tecnologias alteram as qualificações profissionais e a maneira como as pessoas vivem, trabalham, informam-se e se comunicam com as outras pessoas e com o mundo (KENSKI, 2015). Destaca-se, nesse contexto, que a convergência das TIC’s na chamada tecnologia digital, permite representar e processar qualquer tipo de informação, visto que, [...] nos ambientes digitais reúnem a computação (a informática e suas aplicações), as comunicações (transmissão e recepção de dados, imagens, sons, etc.) e os mais diversos tipos, formas e suportes em que estão disponíveis os conteúdos (livros, filmes, fotos, músicas e textos). (KENSKI, 2015, p. 33). E ainda, segundo Kenski (2015) é possível articular telefones celulares, computadores, televisores, satélites, entre outros, fazendo circular por eles as mais diferenciadas formas de informação. Kenski (2015), sugere que a tecnologia digital apresenta-se como um fenômeno dinâmico, aberto e veloz, que permite deixar de lado a organização contínua na articulação dos conhecimentos e se abre para o ato de criar novas relações entre conteúdos, espaços, tempos e pessoas. Dentre as inúmeras mudanças provocadas pela evolução tecnológica, destacamos a gradativa substituição dos computadores e telefones celulares por dispositivos mais funcionais e com maior mobilidade, os smartphones ou dispositivos híbridos móveis de conexão multirredes, como sugere Lemos (2007). O que chamamos de telefone celular é um Dispositivo (um artefato, uma tecnologia de comunicação); Híbrido, já que congrega funções de telefone, computador, máquina fotográfica, câmera de vídeo, processador de texto, GPS, entre outras; Móvel, isto é, portátil e conectado em mobilidade funcionando por redes sem fio digitais, ou seja, de Conexão; e Multirredes, já que pode empregar diversas redes, como: Bluetooth e infravermelho, para conexões de curto alcance entre outros dispositivos; celular, para as diversas possibilidades de troca de informações; internet (Wi-Fi ou Wi-Max) e redes de satélites para uso como dispositivo GPS. (LEMOS, 2007, p. 17). Para tanto, a tecnologia vem progredindo e trazendo investimentos em diversas áreas sociais, inovando seus espaços e contribuindo para seus avanços com objetivo de aperfeiçoar esses campos (FERREIRA; FELIPE, 2019). Mas caro(a) acadêmico o que tem a ver TIC’s com o Esporte? Vamos lá! No esporte não seria diferente, a tecnologia se estendeu até às práticas esportivas e agora notamos densamente a presença da ciência tecnológica no meio esportivo As mais diversas modalidades fazem uso da tecnologia, que por sua vez tem contribuído bastante para o investimento e progresso dasatividades físicas competitivas para aprimorar relações, pois oferece uma comunicação constante e em tempo real entre atletas e treinadores (FERREIRA; FELIPE, 2019). Os impactos tecnológicos já podem ser sentidos dentro do esporte, mostrando garantias e facilidades para melhor desempenho de seus atletas. Essa ciência está sendo aplicada em diversos materiais esportivos, trajes especiais, suscitação de informações, assim como análise de performance (FERREIRA; FELIPE, 2019). Segue o quadro abaixo com alguns exemplos de materiais esportivos. Quadro 2 - Árbitro de vídeo: É uma tecnologia utilizada para o esporte nas modalidades futebol, baseball, cricket e etc, que tem por objetivo reavaliar erros de julgamento durante as partidas de um jogo. Mas a ciência tecnológica não se restringe somente até esse ponto, ela se abrange em todos os lados, equipamentos e roupas que são produzidos perfeitamente para acompanhar, velocidade, impulso, frequência cardíaca, desempenho dentre outras informações dos atletas. Nanotecnologia: Um estudo realizado revelou uma descoberta denominada nanotecnologia que acarretará transformações tanto no esporte quanto em outros ramos. Para o desporto, essa tecnologia, que provavelmente envolveria tecidos de nanopartículas onde, caso houvesse algum tipo de impacto essas partículas se enrijeceram com o objetivo de prevenir lesões nos atletas. A nanotecnologia foi adaptada para natação, roupa de tubarão (Fast Skin), que tem o objetivo de diminuir o atrito com a água durante uma competição. Biomecânica: Tecnologia utilizada na área esportiva, onde são observados os movimentos, além do acompanhamento da frequência cardíaca dos atletas. Olho de Falcão: Utilizado no Tênis, a tecnologia consiste de um sistema de câmeras de monitoramento capaz de captar a bolinha de vários ângulos quando lançada. Além disso, a nanotecnologia é utilizada também, nesse esporte, no desenvolvimento das raquetes, o que promove mais leveza e precisão Fonte: (FERREIRA; FELIPE, 2019). A tecnologia não se limita apenas aos materiais e vestimentas esportivas. A quantidade instantânea das informações que são passadas aos treinadores referente a cada atleta também se dá ao avanço tecnológico. As TIC’s são utilizadas durante os treinos e jogos, onde o treinador está ciente de todos os pontos fracos e fortes do seu atleta, para que eles treinem mais aquilo que é necessitado, onde precisam evoluir, e o que é preciso ter atenção. (FERREIRA; FELIPE, 2019). Pensando também em como facilitar para os atletas a adaptação às diversas condições do clima, há um avanço dos Tops e Coletes, que foi desenvolvido para resfriar ou aquecer o corpo, dependendo do clima, além de também monitorar os movimentos e frequência cardíaca dos atletas. (FERREIRA; FELIPE, 2019). Deste modo, nos dias atuais a tecnologia está inserida na sociedade de forma exorbitante devido a evolução da ciência tecnológica,este fato acarretou em mudanças no contexto esportivo influenciando a vida dos atletas e treinadores, clubes, empresas, pela busca incansável de melhor a performance, na busca pelo conforto do atleta e no aperfeiçoamento dos jogos. Todas essas mudanças possuem o objetivo de somar e ampliar este setor, trazendo inovação em seu desenvolvimento e melhores condições quando se tratar de práticas esportivas. SAIBA MAIS Você sabia caro(a) acadêmico(a), que os Tops e Coletes o que os atletas usam são vestimentas, isto é, são artefatos que possuem muitas funções. Uma delas é resfriar e aquecer o corpo, conforme o momento e a necessidade, visto que tanto a hiper quanto a hipotermia trazem riscos à saúde. Além disso, elas servem para monitorar a movimentação dos atletas. Em alguns casos, as cintas presas abaixo do peitoral servem para medir o desempenho cardíaco durante um determinado período a fim de garantir a saúde durante as práticas esportivas. Fonte: https://blog.unisportbrasil.com.br/ #SAIBA MAIS# 9 GESTÃO DE CLUBES E INSTALAÇÕES ESPORTIVAS Instalações Esportivas Neste tópico vamos compreender sobre os conceitos, processos, serviços, apresentados na literatura de instalações esportivas e gestão de clubes, sendo estes os responsáveis por tornar o esporte em um grande espetáculo. Dessa maneira caro(a) aluno(a) é fundamental entendermos primeiramente a definição de instalações esportivas, suas características e nomenclatura. Fried (2005), define a instalação esportiva como o ambiente físico com limites espaciais fixos em que se pratica atividades físicas de maneira ativa, segura e confortável. Amaral (2015a) afirma que embora no Brasil não exista decretos, leis ou órgãos regulamentadores para definir o termo instalações esportivas, este pode ser entendido como unidade esportiva necessária para a realização da atividade física. Da Costa (1971) salienta alguns conceitos no que se refere à caracterização das instalações esportivas de acordo com sua finalidade, classificando-as da seguinte forma: Equipamentos primários (instalações esportivas voltadas às atividades físicas de crianças da rede pré-escolar); Equipamentos básicos (espaços livres e instalações que visam a Educação Física, Esportiva e Recreativa para adultos e adolescentes) e Equipamentos pesados (instalações concebidas para o alto rendimento - competição). Pode-se compreender então por instalações esportivas estruturas naturais e/ou artificiais, com acesso a população, adequadamente preparadas para serem utilizadas para a prática desportiva e do lazer, com a evolução e o aumento da dimensão social do desporto, é necessário que se tenha locais para tais práticas com mais qualidades, podendo ser pública e/ou privada, naturais e/ou artificiais (OLIVEIRA; TAFFAREL; BELEM, 2014; 23). Gestão de Clubes e Espaços Esportivos A prática de atividade física é realizada em diversas estruturas, cada qual com sua característica, porém é necessário que haja uma gestão a fim de manter o espaço adequado, seguro, eficiente, etc. A gestão de instalações esportivas consiste em um conjunto de atividades realizadas por profissionais especializados, a fim de aplicar as melhores técnicas para a utilização destas instalações objetivando as solicitações sociais e empresariais (CRISTIANI et al., 2017). Diversos estudos são realizados em inúmeras regiões do Brasil, assim é possível destacar que a maioria das instalações públicas não possui gestão suficiente a fim de manter ações de manutenção preventiva, baixa diversidade de prática, carência de preservação. Um fator relevante nos estudos realizados foi que, estruturas destinadas à prática de futebol e atividades aquáticas (piscinas), possui melhor boa qualidade em relação as demais, desde no que se refere ao espaço até nos equipamentos utilizados para a prática, embora não tenha profissionais qualificados para ministrar as atividades (SOUZA, 2014; JÚNIOR E ANSELMO, 2015; OLIOSI et al., 2010; CRISTIANI et al., 2017). No que se refere às instalações voltadas ao esporte de alto rendimento, podemos encontrar clubes que se aproximam aos modelos internacionais, porém a maioria está longe desta realidade, devido a falta de gestão especializada. Assim a função da gestão de instalações esportivas são compreendidas através de duas vertentes, primeira a elaboração de um plano geral de gestão das instalações, que contemple: 1) ações voltadas para desenvolvimento sustentável do empreendimento; 2) captação de recursos; 3) utilização dos espaços no geral; 4)manutenção das estruturas; 5) redução de custos; 6) implantação e preservação de estratégias para melhorar as instalações e serviços oferecidos aos clientes; 7) sempre observando o avanço tecnológico; 8) atuação para constatação de novas oportunidades mercadológicas no qual podem ser implantadas; 9) controle financeiro; 10) estratégiasmercadológicas e criação de parcerias estratégicas para o desenvolvimento do negócio, desde a locação até a realização de projetos sociais (OLIOSI et al., 2010; CRISTIANI et al., 2017). A segunda é a Elaboração de um plano de gestão de pessoas que trabalham nas instalações, porém deve ser verificado os seguintes pontos: 1) os detalhes das atividades desenvolvidas de instalações esportivas; 2) a análise dos profissionais para a realização das atividades funcionais; 3) definição da quantidade de pessoas necessárias para realização das atividades com qualidade; 4) realização da contratação de uma equipe multidisciplinar de qualidade; 5) revisão dos programas de qualificação para os profissionais; 6) acompanhamento dos profissionais e clientes, diante dos equipamentos e serviços oferecidos e adotando medidas de superação das expectativas dos clientes (OLIOSI et al., 2010; CRISTIANI et al., 2017). Assim, entende-se que para um indivíduo haver um plano de gestão eficaz é necessário de um gestor de instalações esportivas eficiente, para isso, este deve ser qualificado para a função, pois embora este realize atividade de manutenção, desenvolvimento, implantação, elaboração de um plano e administração dos equipamentos, deve estar atento para alguns fatores essenciais como: Formação e qualificação profissional (formação = preparação básica e treinamento prático inicial, qualificação = ampliação de experiências, aprimoramento de conhecimentos); Preparação para agir com liderança (direcionar o comportamento dos outros para a alcançar o objetivo almejado, ou seja, possuir influencia sob alguém e/ou um grupo; Saber utilizar os recursos necessários e atuar sempre de maneira profissional (recurso = pessoas - integrantes e pessoas que interagem com a empresa, bens - produtos materiais, físicos, palpáveis, e serviços - o resultado da atuação de um profissional) (CERTO, 2003; MOTTA, 2011). 10 GESTÃO ESPORTIVA EM ESPAÇO PÚBLICOS E PRIVADOS Caro(a) aluno(a), chegamos ao fim desta unidade e desta forma não podíamos deixar de mencionar as amplas possibilidades que o gestor esportivo pode atuar, podendo ser espaços públicos e privados. Assim como já visto anteriormente, a gestão independente de onde está seu campo de atuação, tem como objetivo consolidar a existência da empresa/organização através de resultados financeiros positivos, alcançando os objetivos almejados ao longo do tempo. Dessa maneira, no contexto esportivo é fundamental para uma gestão de sucesso competências e qualificações (PIRES; SARMENTO, 2001; AZEVEDO, 2009). A gestão esportiva é um campo de trabalho que vem se estabelecendo a cada dia, assim como as possibilidades de atuação, um gestor esportivo tem possibilidade e capacidades de atuar em diferentes ambientes, seja em estruturas do poder público (espaços públicos), ou em organizações privadas. No que se refere a gestão em espaços públicos, entende-se que o gestor realizará a intervenção/atuação em setores esportivos como: projetos e/ou organizações do Ministério do Esporte, Secretarias Estaduais e Municipais de Esporte, Clubes Sociais, entidades representativas (SESC, SESI, sindicatos), ou seja, locais onde a sociedade podem realizar a prática sem custo, ou ainda projeto que não visam fins lucrativos (PIRES E SARMENTO, 2001; REZENDE, 2000). Os locais públicos destinados para a prática da atividade física são: Praças, Academias da Terceira Idade (ATI), Praias, Centros Esportivos Municipais, Centros Sociais Urbanos (CSU), Vilas Olímpicas, Quadras Esportivas em Bairros e Periferias, Projetos Sociais Municipais, Estaduais e Federais, Ligas Esportivas Governamentais etc. Portanto ao se referir sobre gestão em espaços privados, entende-se que o gestor realizará a intervenção/atuação em setores esportivos como: Empresas privadas para atividades laborais, Clubes de Lazer, Empresas/Clubes Recreativos, Clubes Esportivos, Clubes de Competição, Ligas Esportivas Privadas, Clubes de Futebol, Federações, Confederações, Hotéis, Shoppings dentre outros (PIRES E SARMENTO, 2001; REZENDE, 2000). Quando mencionamos sobre a ambientes privados para a prática de atividades físicas, é nítido identificarmos a cada dia o aumento em quantidade e diversidade que encontramos no Brasil, dessa maneira, podemos citar espaços como: academias de ginástica, musculação, lutas, dança, prática circense e escolinhas de iniciação esportivas. Além de espaços privados voltados ao esporte, porém não a atividade física, como empresas de marketing e publicidade que integrem a ideia e o produto esporte nos seus projetos, consultorias e assessorias, hotéis, shoppings (PIRES E SARMENTO, 2001; REZENDE, 2000). SAIBA MAIS Você sabia que o Governo Federal - Ministério da Cidadania, dispõe de um Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE), no qual acompanha e monitora os resultados obtidos nos projetos esportivos e paraesportivos financiados mediante incentivos fiscais. Também atua na elaboração de estudos e pesquisas sobre fomento e incentivo ao esporte e busca melhorias permanentes na atualização do sistema de gestão e informação no âmbito da Lei de Incentivo ao Esporte. Ao Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte compete: (Competências - Publicado em 08/06/2020 17h03). Acompanhar e monitorar os resultados obtidos nos projetos esportivos e paradesportivos financiados por meio de incentivos fiscais previstos na Lei nº 11.438, de 2006; Analisar a documentação apresentada nos projetos esportivos e paradesportivos financiados por meio de incentivos fiscais previstos na Lei nº 11.438, de 2006; Submeter os projetos previamente cadastrados à avaliação e à aprovação da Comissão Técnica de que trata o art. 4º da Lei nº 11.438, de 2006; Estimular confederações, federações e outras entidades desportivas no aproveitamento dos incentivos fiscais ao esporte; Elaborar estudos e pesquisas sobre fomento e incentivo ao esporte; Zelar pelo cumprimento da legislação desportiva; Executar os procedimentos técnicos e administrativos necessários ao cumprimento do disposto na Lei nº 11.438, de 2006 e Prestar suporte técnico e administrativo à Comissão Técnica de que trata o art. 4º da Lei nº 11.438, de 2006. Fonte: https://www.gov.br/cidadania/ #SAIBA MAIS# https://www.gov.br/cidadania/pt-br REFLITA "Porque não se pode vencer um clube rico? Nunca vi um saco de dinheiro marcar gol." Eurico Miranda Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br. Acesso em: 01 de abril de 2021. #REFLITA # CONSIDERAÇÕES FINAIS Finalizamos mais uma unidade, e novamente podemos aprender muito até o momento. Aprendemos que a gestão esportiva pode ser definida como o ato de planejar, direcionar e avaliar a fim de atingir os objetivos estabelecidos, podendo ser estabelecido relacionados a indústria esportiva ou como atividade central. Outros tópicos vistos nesta unidade foram planejamento estratégico (ato de planejar/criar planos otimizando os métodos para cumprir e alcançar os objetivos estabelecidos pela empresa/organização), gestão de pessoas (área responsável administrativa responsável pelo capital humano das empresas). Dessa maneira, conseguimos entender melhor a respeito dos diferentes modelos de gestão esportiva existentes no mundo, assim como gestão de clubes e suas instalações esportivas e gestão esportiva em espaço públicos e privados. Avançando em nosso conteúdo podemos aprender sobre políticas públicas no esporte, focando no modelo brasileiro, tão bem como suas estrutura/organização no sistema esportivo, apresentando a vocês caros (as) aluno(as) as um pouco das tecnologias existentes nos dias de hoje no esporte. Espero que você continue instigado a aprender, pois ainda temos muito conteúdo pela frente.LEITURA COMPLEMENTAR Gestão de Pessoas: o que é, processos, objetivos e pilares Gestão de pessoas é um conjunto de técnicas de RH que tem como objetivo o desenvolvimento do capital humano nas organizações. Ou seja, a gestão de pessoas é um processo que visa melhorar o desempenho dos colaboradores e da empresa. O investimento em equipes têm o potencial de fazer com que profissionais trabalhem mais satisfeitos e engajados, produzindo melhores resultados para a companhia. Mas isso não significa que estamos falando de meras ações como fornecer snacks, salas de descanso e de jogos, e sim trabalhar em prol de um propósito muito maior. É aí que entra a gestão de pessoas, prática indispensável para conseguir crescer empresas de forma consistente, aproveitar os talentos contratados, direcionar o trabalho da área de Recursos Humanos e garantir melhores resultados. A gestão de pessoas é a área responsável por administrar o capital humano das empresas. Essa gestão utiliza técnicas de recursos humanos para conciliar os objetivos dos colaboradores com as metas da organização. Para isso, é necessário que os envolvidos na gestão estejam em sintonia com as equipes e identifiquem os perfis mais adaptados à cultura para focar em ações de engajamento, desenvolvimento e motivação dos mesmos — ações estas que devem estar alinhadas com o planejamento estratégico da empresa. Os objetivos da gestão estratégica de pessoas envolvem: ● apoiar a organização no alcance de suas metas, desenvolvendo e implementando ações dos Recursos Humanos integradas com a estratégia de negócios; ● contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de alto desempenho; ● garantir que a organização tenha as pessoas talentosas, qualificadas e engajadas que precisa; ● criar uma relação de emprego positiva entre a gerência e os funcionários e um clima de confiança mútua; ● incentivar a aplicação de uma abordagem ética à gestão de pessoas. Bruna Guimarães | GUPY Fonte: GUIMARÃES, B. Gestão de Pessoas: o que é, processos, objetivos e pilares. Disponível em: https://www.gupy.io/blog/gestao-de-pessoas. Acesso em: 20 de março de 2021. https://www.gupy.io/blog/gestao-de-pessoas LIVRO • Título: Gestão do Esporte no Brasil: Desafios e Perspectivas • Autores: Leandro Carlos Mazzei e Flávia Cunha Bastos • Editora: Icone Editora • Sinopse: A Gestão do Esporte é um fato concreto, é retratado por diversos veículos, entretanto, a ciência investiga um fator ou aspecto desse fenômeno com profundidade, definindo vários aspectos ou formas de Gestão do Esporte. A importância desta área vem aumentando, principalmente em cursos de graduação de Educação Física e Esporte, por meio de programas disciplinares e produções acadêmicas que envolvem a Gestão do Esporte. Por outro lado, a necessidade de uma lógica moderna de gestão no meio esportivo traz a necessidade de um aprimoramento em conhecimentos administrativos das mais diversas organizações esportivas, tendo em vista a constante pressão por resultados presente em nossa sociedade atual. FILME/VÍDEO • Título: Coach Carter: Treino para a Vida • Ano: 2005 • Sinopse: Richmond, Califórnia, 1999. O dono de uma loja de artigos esportivos, Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu recordes e que fica em uma área pobre da cidade. Para surpresa de muitos ele impôs um rígido regime, em que os alunos que queriam participar do time tinham de assinar um contrato que incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter boas notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens acaba e o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível. Quando o comportamento do time fica muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula. Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o colégio e a comunidade. REFERÊNCIAS ALVES, J. A. B.; PIERANTI, O. P. O estado e a formulação de uma política nacional de esporte no Brasil. RAE eletrônica, São Paulo, vol. 6, n.1, 2007. ASID - Ação Social para Igualdade das Diferenças, 31/01/2019. Disponível em: https://asidbrasil.org.br/br/. Acesso em: 30 de março de 2021. AMORIM, Bia. Gestão Esportiva: O que é? E por que nunca te ensinaram sobre isso? Ano. 09/11/2018. Disponível em: www.biaamorim.com.br/author/beatrizamorim/. Acesso em: 24 de março de 2021. AMORIM, F. W. A importância da gestão esportiva para a vida profissional do professor de Educação Física. 2013. BAFERO, F. A. Da educação física escolar para a educação física informal. Dissertação apresentada à Universidade Metodista de Piracicaba para a obtenção do Título de Mestre em Educação, Área de Concentração: Administração Escolar. Piracicaba/SP, novembro de 1991. Bastos, F. C. A Lei de Incentivo Fiscal Para o Desporto e a Formação de Atletas no Brasil. Revista Intercontinental de Gestão Desportiva. Volume 1, Número 2, 2011 BASTOS, F. C.; MAZZEI, L. C. Gestão do esporte no Brasil: desafios e perspectivas. 1a edição. Editora Icone. Brasil, 2012. BERNARDI, M.A. A melhor empresa: como as organizações de sucesso atraem e mantêm quem faz a diferença. Editora Elsevier. Rio de Janeiro, 20003. BIANCHI, et. al. Atuação do Líder na Gestão Estratégica de Pessoas: Reflexões, Lacunas e Oportunidades. RAC, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, art. 3, pp. 41-61, Jan./Fev. 2017. CAPINUSSÚ, J. M.; COSTA, L. P. Administração e Marketing nas Academias de Ginástica. Editora Ibrasa. São Paulo,1999. CAPINUSSÚ, J. M. Teoria organizacional da educação física e desportos. Ibrasa, São Paulo, 1979. DAMBROS, D. D. Tecnologias da Informação e Comunicação e Educação Física: currículo, pesquisa e proposta pedagógica. Revista Educação, Formação & Tecnologias, (janeiro-junho, 2016), 9 (1), 16-28. Disponível em: https://core.ac.uk/. Acesso em 31 de março de 2021. CHELLADURAI, P. 3rd. ed. Scottsdale: Holcomb Hathaway, 2009. CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro. Editora Campus, 1999a. CHIAVENATO, I. Planejamento, Recrutamento e Seleção de Pessoal. Editora Atlas. São Paulo, 1999b. COHEN, A.R. & FINK, S. Comportamento Organizacional: conceitos e estudos de caso. Editora Campus. Rio de Janeiro, 2003. COSTA, L. P. da. (org). Atlas do esporte no Brasil: atlas do esporte, educação física e atividades físicas de saúde e lazer no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005. FERRAZ, et.al. Gestão esportiva: competências e qualificações do profissional de Educação Física. Revista digital. Año 15 · N. 147 | Buenos Aires, Agosto de 2010. FERRAZ, T. M. Gestão esportiva: competências e qualificações do profissional de Educação Física. 2011. FERREIRA, R. de J.; FELIPE, J. O uso da tecnologia nas práticas esportivas. 2019. Disponível em: https://www.sabedoriapolitica.com.br/.Acesso em: 01 de abril de 2021. FERREIRA, R. L. Políticas Para o Esporte de Alto Rendimento – Estudo Comparativo de Alguns Sistemas Esportivos Nacionais. Observatório do Esporte. Belo Horizonte/MG, 2012. GIL, A. C. Gestão de Pessoas: Enfoque nos papéis profissionais. Atlas. São Paulo, 2001. GOOGLE. Disponível em: www.google.com.br. Acesso em: 01 de abril de 2021. GUIMARÃES, B. Gestão de Pessoas: o que é, processos, objetivos e pilares. Disponível em: https://www.gupy.io/blog/gestao-de-pessoas. Acesso em: 20 de março de 2021. GRAMIGNA, M.R. Modelo de Competências para a Gestão de Talentos. Makrom Books. São Paulo, 2002. JANETTI, P. F. Modelos De Gestão Em Esportes: Apontamentos Introdutórios A Partir De Revisão Da Literatura. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado à Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas para obtençãodo título de Bacharel em Educação Física. Campinas, 2008. KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: um novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2015. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 01 de abril de 2021. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Principles of marketing. 13th ed. Upper Saddle River: Prentice Hall, 2009. LEMOS, A. Comunicação e práticas sociais no espaço urbano: as características dos Dispositivos Híbridos Móveis de Conexão Multirredes (DHMCM). Revista Comunicação, Mídia e Consumo. V.4, n.10, 2007. https://www.gupy.io/blog/gestao-de-pessoas LUCENA, M.D.S. Planejamento de Recursos Humanos. São Paulo, Editora Atlas, 1999. MAIA, V. M. Modelo E Sistema Esportivo Brasileiro Avanços. Rio Grande do Sul, 2012. Disponível em: Portal Educação. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/. Acesso em: 29 de março de 2021. MEDEIROS, A. M. Políticas Públicas de Esporte e Lazer, 2014. Disponível em: https://www.sabedoriapolitica.com.br/. Acesso em: 01 de abril de 2021. MEIRA, T.; Bastos, F.C. Estrutura Organizacional Esportiva, 2011. MORALES, I. R. Liderança e Administração Esportiva. São Paulo: Ícone, 1997. MILKOVICH, G. T. Administração de Recursos Humanos. São Paulo, Atlas 2000. MOCSÁNYI, V e BASTOS, F.C. Gestão De Pessoas Na Administração Esportiva: Considerações Sobre Os Principais Processos. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte 4(4):55-69, 2005. NOLASCO, V. P. et al. Administração/gestão esportiva. In: COSTA, L. P. da. (org). Atlas do esporte no Brasil: atlas do esporte, educação física e atividades físicas de saúde e lazer no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005. NOVAES, V. M. et. al. OS CONCEITOS DE GESTÃO APLICADOS NO ESPORTE. Revista Carioca de Educação Física, vol. 13, n. 1, p. 31, 2018. PAULA, G. . Fitness Business: administrando com resultados. Sprint, Rio de Janeiro, 1999. PFISTER, G. Líderes femininas em organizações esportivas - tendências mundiais. Revista Movimento, Porto Alegre, v.9, n.2, p.25. Porto Alegre, 2003. PITTS, B.G.; STOTLAR, D.K. Fundamentals of sport marketing. 2nd ed. Morgantown: Fitness Information Technology, 2002. PRONI, M.; LUCENA, R. (orgs.). Esporte – história e sociedade. Campina: Editora Autores Associados, 2002. ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo, Prentice Hall, 2002. ROBBINS, S.P. Managing today! Upper Saddle River: Prentice-Hall, 1997. ROCHA, C. M. e BASTOS, F.C. Gestão do Esporte: definindo a área. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte. São Paulo, v.25, N. esp. 95, p.91-103, dez. 2011. SLACK, T.; PARENT, M.M. Understanding sport organizations: the application of organizational theory. 2nd ed. Champaign: Human Kinetics, 2006. ZOUAIN, D. M.; PIMENTA, R. C. Perfil dos profissionais de administração esportiva no Brasil. In: World Sport Congress. Barcelona. Espanha, 2003. Iª CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, documento final, Brasília, 2004. IIª CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, documento final, Brasília, 2006. IIIª CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, Brasília, documento final, 2010. UNIDADE III PROJETOS NO SEGMENTO ESPORTIVO TÍTULO DA UNIDADE Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal Professor Especialista Charles B. da Silva de Araujo e Souza Plano de Estudo: ● Gestão de projetos esportivos ● Conceitos e características ● Técnicas de gestão ● Empreendedorismo, liderança, desenvolvimento, motivação e gestão do desempenho ● Capacitação de recursos e patrocínios ● Organização e comercialização de eventos esportivos ● Ética e responsabilidade social nas organizações Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar gestão de projetos esportivos • Compreender as técnicas de gestão • Citar assuntos relacionados aos temas Empreendedorismo, liderança, desenvolvimento motivação e gestão do desempenho • Descrever sobre capacitação de recursos e patrocínios • Estabelecer a importância da Organização e comercialização de eventos esportivos • Demonstrar a ética e responsabilidade social nas organizações esportivas mailto:claudiana_siste@hotmail.com #INTRODUÇÃO DA UNIDADE # Olá alunos(as), nesta unidade iremos abordar sobre os projetos no segmento esportivos, ou seja, como é a gestão de projetos esportivos existentes, independe do "tamanho", do tipo, da estrutura, etc., porém para que possamos embarcar neste tema, vamos ter que conceituar e apresentar as características da gestão de projetos esportivos. Assim, você também aprenderá quais técnicas mais utilizadas para realizar os projetos esportivos, dessa maneira, iremos retomar alguns assuntos das unidades passadas como empreendedorismo, liderança, desenvolvimento, motivação e gestão do desempenho, porém caros(as) tenham em mente que estes assuntos nesta unidade, estão direcionados aos projetos esportivos. Vamos estudar também a importância da capacitação de recursos e patrocínios, da organização e comercialização de eventos esportivos e da ética e responsabilidade social nas organizações esportivas, desta maneira, nosso universo empreendedor estará repleto de novos conhecimentos, espero que você esteja pronto para adquirir mais estas experiências. Bons estudo! #INTRODUÇÃO DA UNIDADE # #CONTEÚDO# Tópico 1 Gestão de projetos esportivos Os projetos esportivos caro (a) aluno (a), podem ter algumas características indispensáveis, assim devem seguir técnicas e metodologias repetidas, e mesmo assim devido ao surgimento de imprevistos a equipe deve estar preparada para possíveis mudanças em seu planejamento. Nos dias atuais o esporte tem se tornado cada vez mais capaz de mobilizar bilhões de dólares, para que este continue lucrar ainda mais e ter sucesso no contexto é necessário que exista a capacitação dos indivíduos que estarão na linha de frente. Como o Brasil recebeu diversos eventos internacionais, já ocupou a 7ª posição da ICCA (International Congress and Convention Association) (SOUZA, 2010; VERGARA, 2010). Devido existir riscos em projetos esportivos é necessário que haja um gestor para traçar as estratégias necessárias para o sucesso do evento, pois uma estratégia realizada com cautela pode trazer benefícios, principalmente econômico para a empresa/organização que realiza (PREUS, 2008). Assim podemos entender que a gestão dos projetos esportivos é de extrema importância no meio de eventos esportivos, pois através da aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas para satisfazer aos requisitos de um projeto, capacita o gestor a fim de responsabilizá-lo a evitar riscos que podem causar problemas nos eventos/projetos no geral e obter os resultados definidos. Tópico 2 Conceitos e características Conceitos Neste tópico, vamos aprofundar mais sobre gestão de projetos esportivos, dessa maneira, podemos entender que o projeto está relacionado a um único empreendimento, visando atingir as metas estabelecidas dentro de um prazo, custo e qualidade definidos. Já o gerenciamento está relacionado com a aplicação da técnica específica para atender as demandas do projeto, este é supervisionado pelo gestor (gerente) do projeto, que por sua vez tem a responsabilidade de evitar problemas e obter os resultados esperados (MORAES, 2012). Dessa forma podemos definir projetos esportivos como plano elaborado por uma empresa/organização privada e/ou pública de natureza esportiva (CARVALHO, 2012). Características Para que o projeto seja aplicado é necessário que o gestor possua características fundamentais para que possa atuar neste cargos, características essas como: habilidades e conhecimentos específicos de acordo com o contexto onde se irá realizar o projeto, assim como a técnica e as ferramentas necessárias para poder realizare atingir as metas exigidas para sua posição (CARVALHO, 2012). Portanto algumas com relação a função do gestão diante a função ocupada também é fundamental seguir algumas características, pois o mesmo é responsável por: identificar as necessidades do projeto; estabelecer objetivos de maneira clara e palpável; atender às expectativas das partes interessadas; estabelecer a qualidade entre - escopo, tempo e custo (VERGARA, 2010). No entanto, torna-se evidente que para se adquirir sucesso na gestão de projetos esportivos é necessário entregar o produto estabelecido e/ou serviço especificado dentro do escopo, prazo e orçamento com qualidade a fim de garantir a eficácia e eficiência (VERGARA, 2010). Dessa maneira, alguns processos são necessários para que contemple e garanta o sucesso por meio do comportamento antecipatório, considerando o contexto atual e objetivando o futuro, são eles: produção das entregas planejadas; finalização das etapas dentro do cronograma planejado; execução à partir do orçamento aprovado; realizar a entrega de acordo com as especificações, performance e qualidade; atingir as metas, objetivos e propósitos; alcançar as expectativas das partes interessadas. (SOUZA, 2010; PMBOK, 2014 ). Assim, para que tudo ocorra de acordo com com o planejado é necessário que cada um da equipe realize sua função, portanto mais uma vez alunos (as), podemos ver e entender o quanto um gestor esportivo qualificado é importante dentro da empresa/organização, nos eventos, etc, pois quanto mais aumenta a demanda, mais aumenta a competitividade, e assim necessita-se de mais capacitação para estar no mercado de trabalho. Tópico 3 Técnicas de gestão Para que um projeto saia como o planejado é necessário que o gestor além de ter todas as fases e objetivos estabelecidos é necessário utilizar de algumas ferramentas fundamentais, assim o sucesso será mais garantido. Dessa maneira, a fim de auxiliar no desempenho de maneira a contribuir com o aumento da produtividade e rentabilidade da empresa/organização se faz necessário desfrutar-se de algumas técnicas que vamos apresentar no decorrer deste tópico caro(a) aluno(a). Segundo Gaubert (2017), para que uma empresa/organização tenha sucesso atingindo os objetivos e metas estabelecidas, é imprescindível que a mesma disponha de uma gerência competente no qual seja capaz de norteá-la de maneira estratégica, buscando o melhor desempenho para garantir os melhores resultados. Para isso é importante que o gestor saiba e possua algumas técnicas fundamentais para que possa traçar estratégias de maneira realista e eficiente para seu negócio. Em primeiro lugar, é necessário que este tenha conhecimento sobre sua empresa/negócio, com a finalidade de entender os processos, funções e atribuições de seus colaboradores tão bem quanto os pontos fortes e fracos de sua empresa/negócio. (GAUBERT, 2017). O planejamento das ações de maneira clara como já apresentamos nas unidades anteriores, pode garantir o sucesso da gestão, dessa maneira se faz necessário segundo InfoVarejo (2018), que o gestor seja capaz de estudar ações diárias, semanais e mensais a fim de atingir múltiplas ideias. Outro ponto importante é estar atento ao mercado em que sua empresa/organização está inserida, visando estabelecer os pontos fortes e fracos deste contexto, ou seja, analisar as principais datas em que o mercado está em alta e/ou baixa financeiramente e em relação aos produtos ofertados, interesses e necessidades do público alvo, investimentos e mudanças necessárias, etc. a fim de estabelecer planejamentos e estratégias para projetar seu negócio (GAUBERT, 2017). Analisar os clientes que possivelmente poderão aderir a sua marca, o contexto em que a empresa está inserida e esquematizar o seu negócio, verificando as tendências de consumo, verificando as empresas do mesmo ramo, como elas atuam, são fundamentais para estabelecer seus objetivos, metas e como resultado alcançar o êxito da gestão (INFOVAREJO, 2018). Gaubert (2017), também afirma que entender seus clientes faz parte de uma boa gestão, pois só assim o gestor saberá realmente quais são as necessidade, desejos, insatisfação com sua marca. Ao compreender seu consumidor, se torna mais fácil traçar estratégias exclusivas para seu público, diminuindo problemas e agradando mais ao público. Além das técnicas apresentadas manter os funcionários motivados também é um fator muito importante, pois estes colaboram na resolução dos planejamentos. (GAUBERT, 2017). Já a equipe InfoVarejo (2018), afirma que uma técnica para que se tenha sucesso em gestão é necessário organizar uma equipe eficiente, preparada e que tenha afinidade com o mercado ao qual a empresa/mercado está inserido, este ainda frisa que é necessário o gestor ter postura de liderança, ter atitudes assertivas e justas, mantenha um clima organizacional favorável independente da circunstância e que não aprove falhas de conduta. Igualmente o bom planejamento financeiramente é fundamental para a gestão, pois o fluxo de caixa é fundamental para auxiliar nas decisões e ações da empresa/organização, assim é necessário algumas ferramentas para otimizar as técnicas de gestão (GAUBERT, 2017). A empresa InfoVarejo (2018) também indica que para se ter uma gestão de qualidade, além da qualificação do profissional, é de extrema importância ter a tecnologia da informação como parceira, seja para facilitar a vida dos clientes, para a divulgação da marca, para a facilidade em realizar a gestão em termos organizacionais como fluxo de caixa, sistemas de informações, programas de internet, etc. além de que é ideal ser um gestor inovador, estar atento para os avanços que a tecnologia de informação tem a oferecer para o seu negócio. Brasil (2021) afirma que as ferramentas são indispensáveis para a gestão e são utilizadas conjuntamente as técnica necessárias para se obter uma gestão de qualidade e com eficácia. As técnicas apontadas pelo autor são: Planejamento (definição de objetivos e metas); Controle (controlar finanças, estoque, performance, qualidade, etc.); Processo (auxilia na gestão de processos); Projeto ( conjuntos de atividades temporárias que possuem começo, meio e fim, e têm como objetivo alcançar um resultado específico); Tomada de decisão (são matrizes, pesquisas e análises que viabilizam as melhores escolhas pelo futuro da empresa). Brasil (2021), apresenta algumas ferramentas mais utilizadas para que se tenha uma gestão com resultados positivos, são essas: ❖ Planejamento estratégico - Management Tools & Trends 2018 no qual é capaz de aplicar dimensões como: diagnóstico (pesquisas e análises de dados do cenário atual da empresa), definição de objetivos, estratégias e metas (elaboração dos objetivos gerais, metas e estratégias), definição de indicadores (escolha dos https://www.euax.com.br/2019/04/gestao-de-processos/?origin=siteeuax_neilpatel_link_ar_pro_parceiros&utm_source=neilpatel&utm_medium=link&utm_campaign=%5BAR%20PRO%5D%20parceiros https://www.bain.com/contentassets/caa40128a49c4f34800a76eae15828e3/bain_brief-management_tools_and_trends.pdf indicadores), identificação do público-alvo (mapeamento dos públicos), execução e controle (elaboração do plano de ação e execução), avaliação de resultados (análise dos resultados). Análise SWOT ou FOFA "Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças" auxilia na gestão a fim de mapear o cenário externo prevendo oportunidades e ameaças do mercado dispões de quatro aspectos para conduzir e analisar os dados, são eles: forças "Strenghts" (os pontos fortes da empresa), fraquezas "Weaknesses" (desvantagens e falhas), oportunidades "Opportunities' (variações do cenário), ameaças "Threats" (fatores externos prejudiciais). ❖ Gestão de projetos - Ciclo PDCA tem como objetivo aprimorar continuamenteos processos e produtos da empresa/negócio, representa quatro passos: Plan "Planejar" (identifica o problema, analisar as possíveis causas e formular estratégias e táticas para solução), Do "Executar" (coloca o plano em prática), Check "Verificar" (avalia os resultados e compara-o com o planejamento), Act "Agir" (aplica mudanças necessárias para melhorar o processo e define melhorias para o próximo ciclo). ❖ Empreendedorismo - Canvas "Quadro de modelo de negócios" representa aspectos necessários para uma empresa/organização: proposta de valor (promessa da empresa), segmento de clientes (definição do público-alvo e personas), canais (meio dos quais a empresa pretende alcançar seus clientes), relacionamento (estratégias para atrair e reter clientes), receitas: (definição do modelo de negócio para obter receita), recursos (listagem de recursos financeiros, humanos, tecnológicos e de infraestrutura necessários), atividades (delimitação das atividades a serem desenvolvidas pela empresa), parcerias (mapeamento de fornecedores e parceiros estratégicos), estrutura de custos (orçamento geral). ❖ Desempenho - KPI "Key Performance Indicator", tem a funcionalidade de mensurar a performance dos processos da empresa/organização, permitindo que o gestor acompanhe os resultados e números de forma simples e eficiente. ❖ Planejamento - 5W2H, tem a aplicabilidade de realizar o checklist dos planejamentos e processos da empresa/organização, de maneira a esclarecer de maneira simples e prática os objetivos e eliminando dúvidas com base em sete https://neilpatel.com/br/blog/pdca/ perguntas essenciais, são elas: What ( o que será feito?), Why (por que será feito?), Where (onde será feito?), When (quando será feito?), Who (por quem será feito?), How (como será feito?), How much (quanto vai custar?). ❖ Gestão Financeira - Orçamento Base Zero (OBZ), objetiva-se em reduzir os custos reais da empresa/organização ao máximo, organizando os gastos da empresa. ❖ Inovação - 4Ps da Gestão da Inovação, caracteriza quatro áreas para inovar os negócios da empresa/organização, como: propósito: (propósito central e objetivos de criar a inovação), processos: (definir os processos utilizados para transformar ideias em soluções), pessoas (mobilizadas as pessoas para adotar uma visão empreendedora e se empenhar na busca dos resultados), políticas (mudanças nas políticas da empresa, construção de inovação). ❖ Projetos - PMBOK "Project Management Body of Knowledge", documento no qual descreve 49 processos de gestão divididos em cinco grupos (Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento/Controle e Encerramento), informa sobre 10 áreas do conhecimento (Integração, Escopo, Cronograma, Custo, Qualidade, Recursos, Comunicação, Riscos, Aquisições, Partes e interessadas. Assim, podemos encontrar diversas ferramentas no mercado a fim de facilitar e otimizar o trabalho do gestor esportivo, de modo que este tenha uma gestão garantida de conquistas, atingindo resultados positivos para a empresa/organização. Tópico 4 - Empreendedorismo, liderança, desenvolvimento, motivação e gestão do desempenho Neste tópico caros(as) alunos(as), vamos ver vários conceitos, alguns frisando o que já foi vistos e outros apresentando pela primeira vez para novos conhecimentos, assim vale a pena atentar-se a todas as denominações que estaremos apresentando neste momento: ➔ Empreendedorismo Como já visto na Unidade I, o empreendedorismo pode ser definido como uma atividade no qual tem como objetivo auxiliar o empreendedor a realizar mudanças e inovar os serviços oferecidos pela empresa/organização a fim de satisfazer as necessidades de seus clientes (GANGWAR E VISHWAKARMA, 2013). Segundo o Sebrae (2016), existem vários tipos de empreendedorismo, embora nosso foco seja o empreendedorismo voltado ao esporte, como vimos, iremos também abordar nesta unidade o empreendedorismo de forma mais global, ou seja, o empreendedorismo em vários tipos de negócios e ramos para abranger o conhecimento de vocês alunos(as). O primeiro empreendimento a ser apresentado é o empreendedorismo social, onde pode ser encontrado em empreendimentos sociais visando educação e saúde aos pobres; desenvolvimentos econômicos de comunidades carentes, também aqueles que visam o bem estar dos cidadãos nas cidades, etc. (SEBRAE, 2016). O empreendedorismo corporativo/intraempreendedor, onde o empreendedor é o funcionário/colaborador no qual partindo da sua capacidade de empreender oferece possibilidades de inovação para a empresa/organização (SEBRAE, 2016). Neste segmento, encontramos o empreendedorismo próprio, aquela empresa em que a maioria das pessoas almejam alcançar, embora seja uma ótima escolha, é necessário atentar-se a algumas questões fundamentais como: necessidades de investimento, oportunidade de mercado,para que assim possa se tomar a decisão de seguir adiante com seu próprio negócio (SEBRAE, 2016). Dentre muitos empreendimentos que encontramos e podemos citar, está o empreendedorismo cooperado, ou seja, são compostas por pequenas empresas que, embora realizam seus trabalhos individualmente, no final dividem parte de seus produtos em forma de cooperativas (SEBRAE, 2016). Assim, podemos dizer que que o empreendedorismo embora tenha diferentes campos de atuação, todos estão voltados para inovação, cumprimentos de metas e visam lucros para a empresa/organização ao qual está sendo favorecida. ➔ Liderança Com relação a liderança podemos conceituá - la como um processo fundamental para que mantenha a equipe da empresa/organização motivados, assim como para estimular estes a fim de cumprir as metas e objetivos estabelecidos. (ABELHA; CARNEIRO; CAVAZOTTI, 2018). Segundo Besen; Tecchio; Fialho (2017), o papel da liderança dentro de uma empresa/organização esportiva é fundamental para criação de valor e na inovação, além de auxiliar na exposição de estratégias na inserção da gestão do conhecimento. Encontramos no mercado de trabalho os Líderes-Coach, estes são responsáveis em ensinar a equipe a solucionar problemas de maneira a se manter neutro em relação às discussões. (SEBRAE, 2016). Além de que o líder tem papel fundamental em criar ambientes benéficos para a criatividade, ao crescimento da equipe, ao desenvolvimento individual e pessoal dos colaboradores (SEBRAE, 2016). Dessa maneira, podemos entender os princípios de liderança Segundo Drucker (2002) são: "Um primeiro princípio de liderança é que esta é uma relação entre líder e seguidores. Sem seguidores não há o que liderar. Um segundo princípio é que líderes eficazes não só estão a par, como gerenciam conscientemente a dinâmica desta liderança.” (Drucker, 2002 p. 211) Dessa maneira, concluímos caro(a) aluno(a) que liderança está relacionada com atitudes além do ambiente organizacional, também é importante frisar que o líder deve ser capacitado para extrair todas as oportunidades do mercado, planejamento e responsabilidade por riscos calculados, deve também ser dedicado com a equipe e a empresa/organização a fim de agregar valores para a mesma e para a sociedade. ➔ Desenvolvimento O desenvolvimento empresarial está intimamente ligado ao modelo de gestão no qual auxilia no processo gerencial, concretizando-se ao planejamento, execução e controle das atividades, buscando atingir os resultados esperados pela empresa/organização (MACHADO; SORNBERGER; COAN; 2015). Para que haja o desenvolvimento em uma empresa/organização se faz necessário que esta adote planos estratégicos a fim de se sustentar em meio a competitividade. Nesta conjuntura, Abreu e Reis (2015) apontam duas vertentes de definição de desenvolvimento, a primeira está relacionada com a competitividade, participação no mercado, as variáveis, enquanto a segunda é entendida como eficiência,a competitividade potencial. Sena (2016), afirma que qualquer empresa inclusive no ramo esportivo, pode ser desenvolvida, porém é necessário que esta apresente organização, estratégia e inovação, neste sentido o autor conceitua desenvolvimento em uma empresa/organização com visões positivistas através do "MEI" - Maturidade: (está relacionada a estrutura da organização - estrutura enxuta e flexível); Estratégia: (determinar um conjunto de ações estruturadas e planejadas para alcançar o objetivo/crescimento desejado) e Inovação: (capacidade de estruturar, captar, avaliar e implementar ideias geradas na organização/empresas de forma sistemática). ➔ Motivação Quando falamos em motivação logo pensamos em algo relacionado a autoajuda, porém motivação é algo mais complexo, principalmente ao se tratar de motivação no âmbito organizacional, inclusive quando falamos no contexto esportivo, onde apenas frases motivacionais não serão eficientes para atingir os objetivos que a motivação deve alcançar. Dessa maneira, acredito que para entendermos de fato o que é motivação, devemos iniciar sobre seu significado, vamos lá? O grupo HCM (2017), aponta que motivação está relacionada com os impulsos internos do indivíduo, no qual acarreta na atitude do mesmo, além de referir a motivação como um conjunto de motivos/razões que movem a ação das pessoas, de maneira individual. Segundo os mesmos autores, os cincos níveis de motivação apresentados na pirâmide hierárquica de Mashow, são fundamentais a fim de buscar a autorrealização do indivíduo, os quais incluem, de baixo para cima: fisiologia, segurança, amor e relacionamento, estima e realização pessoal. Assim, de maneira intensa (quantidade de esforço produzido), direcionada (a meta, o foco do esforço, pessoal/profissional) e persistente (quantidade de tempo que a pessoa despende para realizar seu objetivo), a motivação se encontra conectada ao esforço realizado pelo(a) pessoa/colaborador(a) para que possa alcançar o objetivo determinado, ou seja, está relacionado com a satisfação pessoal. No ramo empresarial, podemos dizer que está relacionado com a satisfação com o cargo, com a empresa propriamente dita, com as oportunidades que a ela é ofertada, etc. (GRUPO CHM, 2017; GLOSS, 2017). É importante se atentar que segundo o Grupo HCM (2017), existem dois tipo de motivação, a motivação no qual o indivíduo possui a capacidade de caminhar em direção ao objetivo traçado, ou seja, motiva intrínseca e também existe a motivação dependente da empresa/organização, motivação essa que tem características e fatores externo, assim é denominada motivação extrínseca. Quando um colaborador/empregado estiver motivado profissionalmente e/ou pessoalmente este é capaz de produzir mais e com mais qualidade de maneira mais engajada, atendendo melhor os clientes focando mais nos resultados e consequentemente lucrando mais para a empresa/organização (GRUPO HCM, 2017). ➔ Gestão do desempenho A gestão do desempenho geralmente está sob responsabilidade do setor de RH (Recursos Humanos) assim como dos gestores da empresa/ organização, este tem como função avaliar as metas e desempenho dos colaboradores/funcionários. (GRUPO HCM, 2017). O resultado dessa avaliação pode ser analisada através do exame da performance individual do profissional, tão bem como através do cumprimento de prazos nas realizações que das tarefas, cooperação com a equipe e a empresa, proatividade, capacidade de inovação, dentre outros quesitos.GRUPO HCM, 2017). Com relação a avaliação, é necessário que o RH e o gestor apliquem um questionário para o colaborador, portanto o feedback pode ser expresso de maneira individual ou em conjunto (junção dos dois questionários), dependendo das normas e regras da empresa. No entanto, o fundamental para que se tenha um resultado válido e que o colaborador não se sinta prejudicado é necessário informá-lo de todo o processo, assim pode ser evitado diversos constrangimentos, inclusive conflitos e certos “traumas” no processo de avaliação (GRUPO HCM, 2017). Tópico 5 - Capacitação de recursos e patrocínios O patrocínio esportivo pode ser definido como um conjunto de atividades dependentes de um processo de comunicação que utiliza o Marketing esportivo e a associação do mesmo ao estilo de vida a fim de transmitir mensagens a um público específico, ou seja, pode ser considerado como uma ferramenta de comunicação - propaganda, venda pessoal, promoção de vendas, relações públicas, etc. (KOTLER, 2006). Pereira (2020), conceitua o patrocínio como uma estratégia eficaz no qual as empresas podem ampliar o relacionamento e construir valores com seu público alvo, assim as marcas/produtos e/ou empresas utilizam disso para obter mais retorno através do patrocínio. Mas as perguntas que ficam são: porque patrocinar? Como patrocinar? Quem patrocina? Portanto caro(a) aluno(a), neste tópico vamos aprender sobre o patrocínio no geral e as formas de captação, dessa maneira será fácil você responder todas essas dúvidas. Muitas empresas fornecem patrocínio por inúmeros motivos e objetivos, Melo Neto (2000) e Sá e Almeida (2012), apresentam alguns deles, como: o aumento das vendas; o desejo de conquistar novos mercados; a valorização e promoção institucional; a abertura de novos canais de relacionamento; o aumento e o conhecimento da marca/produtos da empresa; a necessidade de influenciar o conhecimento e atitude de consumidores; alcançar formadores de opinião por meio de da mídia; criar uma relação com diferentes comunidades; satisfazer o interesse pessoal de um executivo. O patrocínio também auxilia na carreira do atleta, clubes, eventos esportivos, etc., porém este vai muito mais além, pois é capaz de gerar valores através de posturas profissionais atribuindo-se à responsabilidade social a fim de certificar-se do bem-estar de toda a população (PAROLINI; JÚNIOR; CARLASSARA, 2015). No setor esportivo, existem diversos tipos de patrocínio, dentre eles podemos citar os patrocínio de equipes esportivas; patrocínio individual e/ou de celebridades esportivas; patrocínio de organizações e/ou entidades esportivas; patrocínio de eventos esportivos; patrocínio de instalações esportivas; patrocínio de transmissões esportivas; patrocínio de tecnologias voltadas ao esporte; licenciamento; etc. (SÁ E ALMEIDA, 2012). Dessa maneira, é importante mencionar que nem sempre é fácil conquistar um patrocinador, e é recíproco para um patrocinador financiar um evento, atleta ou clube, pois este tem custeios, alguns com valores alto, no qual a empresa/organização esportivas patrocinadora necessitam do fluxo de caixa (interno) ou investimentos externos, financiamentos, etc., portanto, é crucial o sucesso do patrocínio, para que assim o patrocinador consiga atingir os objetivos perante ao mercado esportivo, elevando o reconhecimento da marca/produto e/ou empresa (PAROLINI; JÚNIOR; CARLASSARA, 2015). Assim é importante entendermos que existem alguns tipos de fontes de financiamento, a fim de captar recursos para eventos esportivos, atletas, times, etc., como já apresentamos acima, ou seja, a captação de recursos podem vir através do Setor Público - recursos governamentais, Setor Privado - recursos de pessoas jurídicas e recursos próprios da organização e por fim de Pessoa Física - recursos de pessoas físicas (SÁ E ALMEIDA, 2012). Essas fontes de recursos/captação podem ser adquiridas através de: financiamentos via incentivos fiscais, recursos por venda de serviços, doação simples, doação via incentivo fiscal (Lei de Incentivo ao Esporte - LIE), programas, convênios, parcerias, fundos entre outros meios. (SÁ E ALMEIDA, 2012). Com relação a Lei de Incentivo ao Esporte - LIE, segundo Cazumbá (2016), os projetos desportivos e paradesportivos incluídos na lei são divididosem três categorias: ➢ Desporto educacional – voltado para alunos matriculados em instituições de ensino, visando o desenvolvimento e formação para cidadania, além de estimular a prática do esporte como lazer, não podendo haver competitividade. Dessa maneira o projeto deve atender pelo menos 50% dos alunos devidamente matriculados na rede pública de ensino. ➢ Desporto de participação - qualificado para a prática voluntária e pela prática esportiva sem regras formais, tem finalidade de integração dos praticantes, promoção da saúde e preservação do meio ambiente, objetivando o desenvolvimento pessoal através do esporte. ➢ Desporto de rendimento - este é praticado de acordo com as regras nacionais e internacionais, visa a obtenção de resultados e integração entre as pessoas, comunidade e países. É definido pela competitividade em busca de um lugar no podium, este projeto atende atletas em formação (CAZUMBÁ, 2016). Tópico 6 - Organização e comercialização de eventos esportivos Para realizar a organização ou mesmo comercialização de um evento esportivo, demanda muito empenho e dedicação, pois necessita do envolvimento de diversas pessoas, desde os produtores, os "atores"- atletas/participantes até os espectadores, portanto é um momento no qual requer muita energia. Assim você deve estar se perguntando, como podemos realizar/organizar um evento esportivo? Bom, essa não é uma tarefa fácil, porém vamos aprender a melhor maneira de acordo com a literatura de se ter um evento esportivo de sucesso. Primeiro passo para organizar um evento esportivo é o planejamento, Melo (2021), afirma que para evitar confusão, gastos extras e garantir o sucesso da gestão do evento, é necessário antes de qualquer decisão realizar um planejamento, criar um checklist para facilitar na visualização de todos os processos. Atletis (2020), mostra que dentro do planejamento deve antes de tudo escolher e conhecer sobre o esporte/evento que você irá organizar, assim como suas regras, depois para que você estabeleça o objetivo de seu evento é necessário listar qual o tipo de evento esportivo, , exemplos: campeonatos; torneios; jogos; gincanas; desafios; encontros (reunião de profissionais); olimpíadas; etc, a autora ainda menciona a necessidade de elaborar uma lista com todas as etapas do evento desde o início, meio e fim, (Checklist de planejamento). Outro passo importante é definir o local adequado para a realização do evento, dessa maneira, deve-se estabelecer qual será o contexto do evento (modalidade esportiva, festas esportivas, campeonatos, torneios etc.), assim torna-se fácil decidir qual será o ambiente/local para a realização deste evento, no qual deve-se pensar na acomodação dos envolvidos (todos), estrutura, segurança, limpeza, acessibilidade, autorizações, acústica, climatização, etc. (MELO, 2021). A escolha do local ocupa a quarta posição na escala de importância para Atletis (2020), o local deve ser apropriado e adequado para o evento escolhido, com estrutura profissional de preferência específico para a modalidade esportiva planejada, onde haja conforto, comodidade, mobilidade, tanto para os atletas quanto para o público no geral. Após esta fase concluída, podemos comercializar o evento, ou seja, ir em busca dos patrocínios/parcerias, no qual irão aumentar o "ibope" do seu evento, mas para isso deve-se saber como e onde procurar esses patrocínios/parcerias, pois é estes são de grande importância para aumentar o dinheiro em caixa e de quebra promover credibilidade, confiança e visibilidade do evento. Porém, vale ressaltar que os patrocínios/parcerias devem ser do âmbito da temática do evento realizado, caso contrário, não terá a mesma repercussão esperada, ou seja, procure empresas esportivas para ser patrocínios e/ou parcerias de eventos esportivos (MELO, 2021). Uma maneira profissional para buscar patrocínios é elaborando um projeto escrito, com ideias prontas e apresentando seu contato, dessa maneira você demonstra credibilidade ao evento. Com os fornecedores, é fundamental verificar o custo-benefício, pois nem sempre o mais barato será o mais vantajoso para o seu evento, nesse momento é importante tomar cuidado (ATLETIS, 2020). Pronto! O evento foi planejado, o lugar ideal encontrado, os patrocínios/parcerias em potencial já fecharam contrato, podemos seguir para a divulgação do evento, nesse momento deve ser avaliado qual o meio de comunicação alcança mais o público alvo do seu evento, assim você irá acertar na forma de divulgação. Lembre-se: estas informações devem constar todas no primeiro passo apresentado (planejamento), então fiquem atentos (MELO, 2021). Atletis (2020), aponta que nos dias atuais as divulgações de evento podem ocorrer de diversas maneiras devido a tecnologia, portanto ela ressalta que mais importante do que onde se irá divulgar é atingir o público-alvo. Pois dependendo do público a divulgação através de cartazes em bairros específicos da cidade, pode ser mais viável. Uma dica importante é utilizar a tecnologia a seu favor neste momento, você pode arriscar também nas redes sociais, blogs esportivos, sites exclusivos, inscrições online, formas de pagamento facilitada (maquininhas de cartão, parcelamento, compras do ingresso pela internet), divulgação através de links no WhatsApp mas sem esquecer das divulgações tradicionais como os panfletos, outdoor (MELO, 2021; ATLETIS, 2020). Outro passo importante apresentado por Atletis (2020) é a segurança, pois esta irá auxiliar para que seu evento alcance o sucesso, portanto a segurança deve ser realizada por equipes treinadas de preferência que saiba prestar os primeiros socorros, a fim de fiscalizar todo o evento, principalmente a(s) entrada(s) e saída(s) do evento. Lembrando que para manter um espaço seguro é necessário mantê-lo sempre limpo, ou seja, a limpeza e manutenção do ambiente faz parte da segurança do evento. E por fim, citamos o pós evento, como irá finalizar seu evento? Pode ser um show? Distribuição de prêmios? Uma confraternização? O pós evento é o que irá fechar seu evento com chave de ouro, podemos considerar que ele se bem planejado será o que ficará registrado na memória dos participantes em geral. Pode ser algo simples, porém é exatamente agora que você saberá se realmente seu evento foi agradável e o que foi mais agradável (ATLETIS, 2020). Navarro (2004), apresenta que assim como a organização, comercializar um evento esportivo o primeiro passo não são muito distintos, pois inicialmente na comercialização de um evento esportivo, deve-se realizar um diagnóstico da empresa no qual deseja contratar para realizar o evento, ou seja, a empresa contratada realiza um levantamento detalhado a respeito da empresa contratante. Neste diagnóstico apresentado por Navarro (2004), inclui: público alvo, estratégias de marketing, objetivo em relação ao esporte, dessa maneira é possível identificar a contratante a fim de desenvolver estratégias para as ações a serem realizadas, também é realizada um levantamento de custos, a identificação das ações mais apropriadas para o contexto e patamar da empresa, após é iniciado o desenvolvimento de projetos especiais, negociação de contratos, assim inicia-se a gestão de ações, onde serão acompanhamos todas as ações negociadas e caso for necessário realizar alterações em seus procedimentos até o licenciamento da marca, atleta, eventos, etc. Dessa forma, podemos entender que as empresas que comercializam eventos esportivos, se mantém na busca de obter resultados profissionais positivos, seja no campo administrativo, esportivo ou mercadológico. Os serviços de comercialização na esfera de eventos esportivos inclui: conceito (marcas, empresas, produtos, etc); registro de marcas; identificação de licenciados; marketing/Promoções; contratos (dediversas naturezas); auditorias (Marketing esportivo-vendas e compras); escolhas de esportes e/ou atleta; planejamentos após as escolhas; elaboração de promoções (tarde de autógrafos, brindes, etc.); divulgação da marca; criação de brindes (das marcas os produtos para divulgação); merchandising (placas e painéis); assessoria de imprensa (NAVARRO, 2004). #REFLITA # "Planejar é decidir de antemão qual é , e como será sua vitória." STÉFANO, Rhandy di Fonte: STÉFANO, Rhandy di. ICI Integrated Coaching Institute. Disponível em: https://www.coachingintegrado.com.br/. Acesso em 10 de abril de 2021. #REFLITA # #SAIBA MAIS# Você sabia que a Copa do Mundo da FIFA em Moscou, foi um dos maiores espetáculos esportivos do mundo. Enquanto o Super Bowl é a maior partida sob a perspectiva norte- americana, vista por mais de 100 milhões de pessoas nos EUA e talvez outras 100 milhões em todo o mundo, a final da Copa do Mundo de 2014 entre a Argentina e a Alemanha teve audiência televisiva de mais de 560 milhões de pessoas. A Copa do Mundo é um campeonato gigantesco, mas não é o maior evento esportivo em termos de quantidade de telespectadores. Segundo o Comitê Olímpico Internacional, a Olimpíada de 2012, em Londres, e a Olimpíada de 2008, em Pequim, alcançaram 3,6 bilhões e 3,5 bilhões de pessoas em suas casas, respectivamente, superando as duas últimas Copas do Mundo (uma delas no Brasil), responsáveis por atrair 3,2 bilhões de telespectadores em todo o mundo. Fonte: FORBES. 9 Eventos Esportivos Com Mais Audiência Da História, 2018. Disponível em: https://forbes.com.br/principal/2018/06/9-eventos-esportivos-com-mais-audiencia-da- historia/#foto9. Acesso em: 09 de abril de 2021. #SAIBA MAIS# #LEITURA COMPLEMENTAR# Eventos Esportivos Para organizar um Evento Esportivo no seu bairro, escola, trabalho ou quer trabalhar com organização de eventos esportivos, deve seguir algumas dicas: 1 – Tipos de Eventos Esportivos ● Campeonato esportivo: Eventos de competições esportivas de longa duração. Nos campeonatos, todas as equipes se enfrentam num sistema de rodízio em pelo menos uma das fases da competição. Ex: Campeonato Brasileiro de Futebol (Brasileirão). 2 – Sistemas de Disputa de Eventos Esportivos https://forbes.com.br/principal/2018/06/9-eventos-esportivos-com-mais-audiencia-da-historia/#foto9 https://forbes.com.br/principal/2018/06/9-eventos-esportivos-com-mais-audiencia-da-historia/#foto9 ● Sistema de rodízio: É usado na realização de campeonatos, todos os participantes jogam contra todos até que se conheça o campeão ou os classificados de uma fase da competição. Quando o campeonato é dividido em fases, o sistema de rodízio pode ser usado apenas dentro dos grupos, utilizando outro sistema de disputa nas outras fases da competição. Ex: Campeonatos de pontos corridos ou alguns campeonatos regionais onde há uma com sistema de Rodízio e outra fase eliminatória. ● Eliminatória Simples: Cada confronto há um eliminado, prosseguindo na disputa apenas os vencedores até que se conheça o vencedor do torneio. Os confrontos podem ser únicos ou confrontos de “ida e volta”. ● Eliminatória dupla/repescagem: No sistema de eliminatória dupla o competidor ou a equipe é eliminada somente após a segunda derrota. Mesmo após uma derrota o participante ainda poderá ser o vencedor do torneio, pois entrará numa “chave” de repescagem. ● Sistema Misto: É quando se utiliza dois sistema de disputa na realização de uma competição. Ex: Copa do Mundo de Futebol da FIFA (enfrentamento em Rodízio na primeira fase e eliminatória simples a partir da segunda fase). 3 – Critérios para Organização de Eventos Esportivos: ● Escolher uma forma ou tipo de competição (torneio, campeonato ou jogos); ● Escolher um sistema de disputa (eliminatórias, rodízio ou misto); ● Organizar a tabela da competição. 4 – Organização de Tabela de Confrontos ● Sistemas de Disputa de Eliminatória Simples: Se o número de participantes do torneio que você organizar no seu evento é igual a uma potência de 2, não haverá isentos em nenhuma rodada, todos os participantes vão se enfrentar na primeira rodada. http://www.fifa.com/ ● Sistema de rodízio simples: é utilizado na organização de eventos de competições esportivas de longa duração, quando todas as equipes se enfrentam apenas uma vez ou rodízio Duplo, quando todas as equipes se enfrentam duas vezes, em turno e returno ou primeiro e segundo turno. Fonte: COSTA, M. Eventos Esportivos: Organização, Tabelas e Tipos. 03 de abril de 2018. Disponível em: https://www.dicaseducacaofisica.info/eventos-esportivos/. Acesso em: 09 de abril de 2021. #LEITURA COMPLEMENTAR# https://www.dicaseducacaofisica.info/eventos-esportivos/ Tópico 7 - Ética e responsabilidade social nas organizações Em todos os contextos organizacionais é muito importante que haja Ética e responsabilidade social, quando trata-se do âmbito esportivo nos deparamos com alguns dilemas que vamos abordar neste tópico. Fleury (2015) cita como exemplo de ética e responsabilidade social a posição dos principais patrocinadores da FIFA, no episódio das prisões de alguns dirigentes e empresários envolvidos na entidade, algumas empresas prometeram revisar seus patrocínios e apoios a ações da entidade. As empresas patrocinadoras unem suas marcas a algum evento para que possam ter visibilidade, porém associar seus produtos a acontecimentos de corrupção faz com que "manche" não apenas a empresa patrocinada como a patrocinadora, aquela que investe o dinheiro para os fins (FLEURY, 2015). Mas será que mesmo nessas circunstâncias é possível a empresa simplesmente se desvincular? Será que a atitude do patrocinador seria coerente com uma boa ética? Pois bem, para Fleury (2015) é necessário elaborar um código de ética que regulamenta relações entre patrocinadores e entidades esportivas, a fim de nortear de maneira transparente e clara os princípios éticos, limites e responsabilidades das relações no que abrange entidades esportivas e patrocinadores. O Comitê Olímpico do Brasil (COB), possui um documento denominado Código De Conduta Ética, este apresenta onze capítulos e é especificado da seguinte maneira: "O Código de Conduta Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) disciplina a conduta da entidade e dos agentes públicos e privados envolvidos com a prática do esporte em território nacional, segundo os bons valores do agir humano e os princípios do Olimpismo" (CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA, 2018). Este documento afirma que a prática esportiva ética e sã no âmbito do COI, objetiva-se em: promover a igualdade entre as pessoas; promover estilo de vida baseado na alegria e na felicidade; promover a valorização do esforço para alcance de resultado; promover os princípios básicos da atividade esportiva; promover cidadania e educação; promover a amizade, a excelência e o respeito; promover a competição justa. O Código De Conduta Ética, apresenta também sobre a Responsabilidade Social e Ambiental, afirmando que: "Art. 32 - É devida a responsabilidade social corporativa e ambiental, estabelecendo-se relações positivas entre o COB e a sociedade. Art. 33 - É indevida a prática de atividades que agridam o meio ambiente e a qualidade das relações esportivas em sociedade ou reduzam o alcance social do esporte" (CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA, 2018). Dessa maneira caro(a) aluno(a), podemos perceber que ainda faltam muitas leis e regras quando o assunto é ética e responsabilidades sociais, mesmo que o esporte existe há muitos anos e tange em diversas esferas, assim como é utilizado para a formação do cidadão. #SAIBA MAIS# Você sabia, que o CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) a partir da Resolução CONFEF nº 307/2015, dispõe sobreo Código de Ética dos Profissionais de Educação Física registrados no Sistema CONFEF/CREFs. A construção do Código de Ética para a Profissão de Educação Física foi desenvolvida através do estudo da historicidade da sua existência, da experiência de um grupo de profissionais brasileiros da área e da resposta da comunidade específica de profissionais que atuam com esse conhecimento em nosso país. O documento apresenta além dos 12 (doze) itens norteadores da aplicação do Código de Ética 6 (seis) capítulos, que irei apresentar alguns a vocês: Capítulo I: Disposições Gerais Art. 1º - O exercício da profissão exige do Profissional de Educação Física conduta compatível com os preceitos da Lei nº. 9.696/1998, do Estatuto do CONFEF, deste Código, de outras normas expedidas pelo Sistema CONFEF/CREFs e com os demais princípios da moral individual, social e profissional. Parágrafo Único - Este Código de Ética constitui-se em documento de referência para os Profissionais de Educação Física, no que se refere aos princípios e diretrizes para o exercício da profissão e aos direitos e deveres dos beneficiários das ações e dos destinatários das intervenções. Art. 2º - Para os efeitos deste Código, considera-se: I - beneficiário, o indivíduo ou instituição que utilize os serviços do Profissional de Educação Física; II - destinatário, o Profissional de Educação Física. Art. 3º - O Sistema CONFEF/CREFs reconhece como Profissional de Educação Física, o profissional identificado consoante as características da atividade que desempenha nos campos estabelecidos da profissão. Capítulo III - Das Responsabilidades e Deveres Art. 7º - No desempenho das suas funções é vedado ao Profissional de Educação Física: I - contratar, direta ou indiretamente, serviços que possam acarretar danos morais para si próprio ou para seu beneficiário, ou desprestígio para a categoria profissional; II - auferir proventos que não decorram exclusivamente da prática correta e honesta de sua atividade profissional; III - assinar documento ou relatório elaborado por terceiros, sem sua orientação, supervisão ou fiscalização; IV - exercer a profissão quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício por pessoa não habilitada ou impedida; V - concorrer, no exercício da profissão, para a realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la; VI - prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse a ele confiado; VII - interromper a prestação de serviços sem justa causa e sem notificação prévia ao beneficiário; VIII - transferir, para pessoa não habilitada ou impedida, a responsabilidade por ele assumida pela prestação de serviços profissionais; IX - aproveitar-se das situações decorrentes do relacionamento com seus beneficiários para obter, indevidamente, vantagem de natureza física, emocional, financeira ou qualquer outra; X – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; XI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para registro no Sistema CONFEF/CREFs. XII - vincular o seu nome e/ou registro a atividades de cunho manifestamente duvidoso. CAPÍTULO V: Das Infrações e Penalidades Art. 12 - O descumprimento do disposto neste Código constitui infração ética, ficando o infrator sujeito a uma das seguintes penalidades, a ser aplicada conforme a gravidade da infração: I - advertência escrita, com ou sem aplicação de multa; II - censura pública; III - suspensão do exercício da Profissão; IV - cancelamento do registro profissional e divulgação do fato. Art. 13 - Incorre em infração ética o profissional que tiver conhecimento de transgressão deste Código e omitir-se de denunciá-la ao respectivo Conselho Regional de Educação Física. Art. 14 – As Comissões de Ética, as Juntas de Instrução e Julgamento, os Tribunais Regionais de Ética e o Tribunal Superior de Ética são órgãos do Sistema CONFEF/CREFs com suas áreas de abrangência e competências elencadas no Código Processual de Ética do Sistema CONFEF/CREFs. Parágrafo Único - O documento mencionado no caput deste artigo corresponde ao ordenamento adjetivo no que respeita a materialidade do fenômeno ético no âmbito do exercício profissional da Educação Física e, garante os princípios norteadores da justiça alicerçados no devido processo legal, da ampla defesa, ao contraditório e, no duplo grau de jurisdição. Para ler o documento na íntegra, acesse o site do confef: https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/381 Fonte: CONFEF. Código de Ética para o Profissional de Educação Física. Rio de Janeiro, 09 de novembro de 2015. #SAIBA MAIS# https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/381 #CONSIDERAÇÕES FINAIS# Caro aluno(a), chegamos ao fim da Unidade IV – Projetos no segmento esportivo, e até o momento observamos que a execução de uma atividade, evento ou projeto relacionado ao meio esportivo demanda o aprofundamento em uma área relativamente nova, e ainda em consolidação na Educação Física. Na gestão de projetos esportivos é imprescindível a figura do gestor e todo o conhecimento que ele deve ter dos conceitos, técnicas e processos para ter êxito na execução do que se pretende. Para isso, gerir um time ou pessoas relacionadas ao projeto, planejar ações, conhecer o público alvo dentre outros aspectos são fatores que direcionam para o sucesso. Esses projetos podem fazer parte de um empreendimento, que são projetos mais complexos que buscam oferecer um produto/serviço no mercado. O empreendimento pode ser social, corporativo/intraempreendedor, cooperativo ou próprio. Eles podem estar atrelados à oferta social de um serviço, ou a busca da venda de um serviço e/ou produto no mercado, gerando assim lucro para os envolvidos. Comum na gestão de um projeto, serviço ou produto relacionado ao esporte é a busca por patrocínios – parcerias entre empresas, do mesmo ramo ou não, no Marketing esportivo, a veiculação das marcas/empresas, agregando nelas valores, visibilidade, sucesso em vendas, reconhecimento, etc. É fácil notarmos os patrocínios ao acompanharmos algum evento: as marcas estão estampadas nos uniformes, a utilização de produtos de uma determinada marca, a apresentação/propaganda de um produto, etc. Apesar dessa relação mútua de interesses o objetivo é o sucesso e o lucro, é importante que nela haja a Ética, conjunto de valores e diretrizes mínimas a serem respeitadas e seguidas, bem como a responsabilidade social dos envolvidos, como a preservação da natureza, respeito aos direitos e deveres como cidadãos. Ao não se respeitar alguns desses aspectos, pode-se trazer prejuízo aos participantes na relação de patrocínio, como a perda de credibilidade e confiança perante a sociedade, perda de público e consumidores, de fãs e das receitas advindas de todo esse complexo sistema de relação. Assim temos até aqui alguns elementos para iniciarmos nossa prática na gestão esportiva, espero que sinta-se motivado a aprofundar mais sobre a gestão esportiva! #CONSIDERAÇÕES FINAIS# #MATERIAL COMPLEMENTAR# LIVRO (OBRIGATÓRIO) • Imagem da Capa: • Título: Gerenciamento Projetos Preparação Esportiva • Autor: Gustavo Bastos Moreno Maia • Edição: 1ª Edição • Editora: Brasport • Ano: 2016 • Sinopse: Conhecimentos e práticas da área de gerenciamento de projetos vêm dando mostras de sua capacidade de agregar valor a diferentes projetos em diferentes setores da atividade humana. Chegou a hora de empregar tudo isso no campo do esporte. "Gerenciamento de Projetos de Preparação Esportiva: passo a passo para elaborar um plano de projeto" oferece ferramentas poderosas, simples e testadas para a conquista de resultados crescentes no esporte. O livro é um manual prático, destinado a profissionais que atuam em atividades relacionadas à preparação esportiva de equipes e/ou atletas. Organizaçõesque desejarem alcançar resultados de classe mundial no esporte certamente se beneficiarão de práticas que garantam o aumento do nível de maturidade gerencial dos projetos de preparação dos seus atletas. De forma direta e acessível, este livro ensina como fazer isso. Método é o elemento-chave para alcançar a excelência no esporte de rendimento. Neste livro você vai conhecer um método poderoso que integra conhecimentos da área da preparação esportiva e da área de gerenciamento de projetos. Saiba como empregar esse método e alavanque sua carreira! FILME/VÍDEO (OBRIGATÓRIO) • Pôster do Filme: • Título: O Homem que Mudou o Jogo • Ano: 2012 • Sinopse: Baseado em fatos reais, O Homem que Mudou o Jogo é a história de Billy Beane (Brad Pitt), gerente do time de baseball Oakland Athletics. Com pouco dinheiro em caixa e a ajuda de Peter Brand (Jonah Hill), ele desenvolveu um sofisticado programa de estatísticas para o clube, fazendo com que ficasse entre as principais equipes do esporte nos anos 80. #REFERÊNCIAS# ABELHA, D. M., CARNEIRO, P. C. da C.; CAVAZOTTE, F. de S. C. N. Liderança transformacional e satisfação no trabalho: avaliando a influência de fatores do contexto organizacional e características individuais. Rev. Bras. Gest. Neg., v.20, n.4, p.516-532, São Paulo, out-dez. 2018. ABREU, I.; REIS, P. N. C. Desenvolvimento Empresarial E Sustentabilidade. XII SEGeT - SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA. Resende/RJ. Out. 2015. ATLETIS. Como fazer a organização de eventos esportivos. Organização De Evento. 16 de Outubro de 2020. Disponível em: https://www.atletis.com.br/. Acesso em: 09 de abril de 2021. BESEN, F.; TECCHIO, E.; FIALHO, F. A. P. Liderança autêntica e a gestão do conhecimento. Gest. Prod., v. 24, n. 1, p. 2 - 14, São Carlos, 2017. BRASIL, N. P. Ferramentas de Gestão: As Mais Usadas Que Você Precisa Conhecer. NP Digital. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog. Acesso em: 08 de abril de 2021. CARVALHO JUNIOR, M. R. Gestão de Projetos: da academia à sociedade. InterSaberes. Curitiba, 2012.. CAZUMBÁ, N. Captação de recursos através de leis de incentivo – Lei de Incentivo ao Esporte. Organização da Sociedade Civil Nossa Causa, 05 de fevereiro de 2016. Disponível em: https://nossacausa.com/. Acesso em: 01 de abril de 2021. CLOSS. Danieli. Tudo sobre Comunicação Interna, Endomarketing, Gestão de Pessoas e TV Corporativa! Motivação no Trabalho – 7 Ações de Endomarketing para Motivar os Colaboradores. 2017. Disponível em: https://endomarketing.tv/motivacao/. Acesso em: 09 de abril de 2021. COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL. Código de Conduta. Rio de Janeiro/RJ, 04 de janeiro de 2018. Disponível em: https://novoportal.cob.org.br/. Acesso em: 09 de abril de 2021. CONFEF. Código de Ética para o Profissional de Educação Física. Rio de Janeiro, 09 de novembro de 2015. COSTA, M. Eventos Esportivos: Organização, Tabelas e Tipos. 03 de abril de 2018. Disponível em: https://www.dicaseducacaofisica.info/eventos-esportivos/. Acesso em: 09 de abril de 2021. FLEURY, F. O dilema da ética no esporte. 28 May, 2015 Disponível em: http://www.espn.com.br/. Acesso em: 09 de abril de 2021. FORBES. 9 Eventos Esportivos Com Mais Audiência Da História, 2018. Disponível em: https://forbes.com.br/principal/. Acesso em: 09 de abril de 2021. https://www.atletis.com.br/blog/categoria/organizacao-de-evento https://www.atletis.com.br/blog/categoria/organizacao-de-evento https://npdigital.com/ Gangwar, S., & Vishwakarma, M. S. K. Entrepreneurship. International Journal on Research and Development: A Management Review, n.2, v.1, p.85-87, London, 2013. GAUBERT, Marcos. Como fazer uma gestão empresarial de sucesso - Myrp. Myrp Sistema de Gestão. 02 de março de 2017. Disponível em: https://myrp.com.br/. Acesso em: 08 de abril de 2021. INFOVAREJO. 10 dicas essenciais de gestão empresarial. 18 de maio de 2018. Disponível em: https://www.infovarejo.com.br/. Acesso em: 07 de abril de 2021. MACHADO, T. R. B.; SORNBERGER, G. P.; COAN, F. M. J. Avaliação De Desempenho Organizacional Em Pequenas E Médias Empresas: Estudo Multicaso Em Concessionárias De Máquinas E Implementos Agrícolas. Revista Contabilidade e Controladoria [RC&C], v.7, n.3. Curitiba/PR, 2015. MELO, K. Saiba tudo sobre a organização de eventos esportivos. Organizar Eventos. Disponível em: https://doity.com.br/blog/. Acesso em: 09 de abril de 2021. NAVARRO, P. J. Organização De Evento Esportivo Para Comercialização Do Marketing Esportivo. Projeto apresentado ao Curso de Pós-graduação em Administração Esportiva da Universidade do Esporte do Paraná - UFPR. Curitiba/PR, 2004. PEREIRA, D. Após queda na indústria do patrocínio esportivo, agências formam consórcio para captar recursos. Consórcio Esporte Paraná | Lei de Incentivo ao Esporte. Patrocínio Esportivo & Captação de Recursos. 10 de setembro de 2020. PAROLINI, P. L. L.; JÚNIOR, A. J. R.; CARLASSARA, E. O. C. Proposta de modelo para captação de patrocinador em eventos de corrida de rua. Rev Bras de Ciênc Esporte, v. 41, n. 4, p. 405-411, ano. 2015. PMBOK. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia Project Management Institute. 5. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014. SENA, J. 3 Elementos Que Garantem Desenvolvimento Das Empresas. Gestão Empresarial. Ninho Desenvolvimento Empresarial. Goiânia/GO. 04 de Maio de 2016. SOUZA, Gustavo Lopes Pires de. “Estatuto do Torcedor: A evolução dos direitos do consumidor do esporte”. Alfstudio. Belo Horizonte: 2010. STÉFANO, Rhandy di. ICI Integrated Coaching Institute. Disponível em: https://www.coachingintegrado.com.br/. Acesso em 10 de abril de 2021. https://www.infovarejo.com.br/author/infovarejo/ VERGARA, Sylvia Constant, Itamar Moreira, (coord). André Bittencourt Do Valle, Carlos Alberto Pereira Soares, José Finocchio Junior, Lincoln De Souza Firmino Da Silva. Fundamentos do gerenciamento de projetos. Editora FGV. Rio de Janeiro, 2010. UNIDADE IV FOCO NO ESPORTE TÍTULO DA UNIDADE Professor Mestre Claudiana Marcela Siste Charal Professor Especialista Charles B. da Silva de Araujo e Souza Plano de Estudo: ● Gestão de eventos no esporte ● Competição esportiva: conceitos e tipos ● Sistemas de disputa ● Modelos de chaves ● Regulamentos e códigos desportivos Objetivos de Aprendizagem: ● Conceituar e compreender Gestão de eventos no esporte ● Conceituar e apresentar os tipos de Competição esportiva ● Identificar os sistemas de disputa ● Demonstrar os Modelos de chaves ● Apresentar os Regulamentos e códigos desportivos #INTRODUÇÃO DA UNIDADE # Olá alunos (as), chegamos à última unidade da disciplina Gestão e Empreendedorismo, nesta unidade iremos focar no esporte, portanto aprenderemos sobre a gestão voltada ao esporte, assim como os conceitos e os modelos de Competição esportiva. Dessa maneira no decorrer da nossa unidade também vamos abordar sobre os sistemas de disputas e irei te apresentar os modelos de chave nas modalidades esportivas, interessante não é? Pois bem, não paramos por aí, para podermos encerrar este tópico vamos conhecer sobre os códigos de ética de algumas modalidades esportivas, tão bem como as características e exigências necessárias para elaborar um regulamento esportivo. Espero que você esteja preparado para juntos podermos adquirir mais conhecimento e entender um pouco mais sobre gestão com foco no esporte. Bom estudo!! #CONTEÚDO# Tópico 1 Gestão de eventos no esporte Para que possamos aprender sobre a gestão de eventos esportivos, precisamos entender o que definitivamente é um evento esportivo, para Rei (2021), trata-se de um encontro social com grande quantidade de pessoas ao redor de atividades esportivas (competições). Martin (2008), define evento esportivo comoacontecimentos planejados, organizados e coordenados a fim de atingir um maior número de pessoas em um espaço físico e temporário, onde apresenta-se informações, medidas e projetos de uma ideia, ação e/ou produto de maneira a atingir resultados eficazes dos objetivos estabelecidos. As características de um evento são inúmeras, como por exemplo: tem data e horário de início e fim, é realizado em local determinado (País, Estado, Cidade, Instalação), deve ter um projeto para sua realização, etc. Tranchitella (2013), cita que em um evento deve dispor de cinco fases, a primeira é a concepção - como dito um projeto muito bem elaborado a fim de organizar o evento, a segunda etapa é o planejamento, responsável por controlar as variáveis e realizar os ajustes necessários, somente na terceira fase encontramos a execução, o operacional, a implantação e o desenvolvimento do evento, por fim a quarta fase é onde se realiza o monitoramento do evento, a fim assegurar de que tudo o que foi planejado aconteça e de maneira precisa, por fim muitas vezes não realizada é a fase da avaliação, onde se relata os pontos fortes e o que devem ser melhorados para os próximos eventos. A gestão em um evento esportivo é fundamental para garantir uma gestão estratégica, gerenciar, garantir as características do projeto e colocá-lo em prática, mantendo a sequência clara e lógica do evento, irá controlar os recursos envolvidos seja ele financeiro e/ou humano, manterá os escopo definidos, conduzirá as pessoas envolvidas, de maneira a garantir a satisfação do envolvidos no geral - atores, espectadores, parceiros, patrocinadores, sócios etc. (MAXIMINIANO, 2010). Segundo Rei (2021) em eventos de grande porte é necessário criar Comitês Organizadores, no qual por sua vez tem a função de garantir o êxito do evento. Este apresenta 3 aspectos: jurídico, legal e político; garantir as entregas individuais e das áreas funcionais e a coordenação no qual é responsável pelas tarefas e funções. A função de um gestor de eventos ou do comitê de organização é definir o centro de tomada de decisão e uma linha de comando e controle (divisão, função e responsabilidade). Assim como também estar atento e decidir a constituição de uma entidade legal específica; ser responsável e oferecer proteção contra os possíveis riscos; estabelecer funções necessárias ao evento e identificando as tarefas necessárias; estabelecer a estrutura apropriada para o sucesso; decidir as tarefas que podem ser terceirizadas, etc. (REI, 2021). Funções e tarefas a serem desempenhadas de acordo com cada setor na gestão de eventos esportivos segundo Rei (2021): ➢ Gestão das Operações Esportivas: Gestão Operacional das áreas de competição (logística), Gestão Operacional das áreas de treinamento, Gestão Operacional das áreas de aquecimento. ➢ Gestão de Recursos Humanos para um evento esportivo: determinar os pré- requisitos dos Recursos Humanos; contratação; formação; motivação; comunicação interna; gestão de Pessoas; programação das atividades de RH. ➢ Organização de Serviços, Instalações e Espaços. áreas de competição (palco do evento, exclusiva para grupo determinado de credenciados), instalações públicas (áreas de acesso ao público), instalações de serviços (áreas de trabalho). Ainda temos dentro de um grande evento os seguintes setores: ➢ Gestão de Equipamentos e materiais esportivos: ➢ Trabalho de Secretaria, Administração e Gerencial ➢ Gestão Administrativa ➢ Gestão de Contratos (fornecedores) ➢ Gestão Financeira ➢ Gestão de Comunicação Tópico 2 Competição esportiva: conceitos e tipos Conceito Falar sobre competição não é tão simples como parece, por exemplo, o Editorial que Conceito (2021), define competição de maneira bem abrangente, ou seja, competição faz menção a um tipo de confronto normalmente relacionado ao meio esportivo, o que se deduz sobre determinado tipo de regra/regulamento, com intuito de obtenção de vitória/troféu. Ainda a editora mencionada acima, diferencia a competição de competição esportiva, onde a primeira diz respeito a apenas a atividade determinada pelo confronto entre duas ou mais "times/pessoas" cumprindo regra e requisitos, enquanto a competição esportiva, visa a lealdade e nobreza dentro das regra e norva que se deve cumprir, respeitando o adversário, a fim de cumprir um "jogo limpo", lembrando que ao descumprimento da regra da equipe, o atleta e/ou a equipe pode ser penalizada de acordo com as regras específica de cada modalidade. Filho (2021), conceitua a competição como o ato característico do ser humano para sobrevivência, está relacionado a sua capacidade de adaptação às diversas mudanças impostas pelas diferentes situações sociais, profissionais e/ou pessoais. Tipos Existem diferentes tipos de competição, a Confederação Brasileira de Desporto Eletrônico (CBDEL, 2021) e Karmo(2021), nos apresentam os seguintes: Torneios: Realizados em curto período de tempo, compõe apenas uma modalidade. Ocorre o enfrentamento em grupos até que se tenha um vencedor. Campeonatos: Sequência de jogos ou disputas esportivas com objetivo de classificação por uma ou mais equipes através de confrontos diretos e obrigatórios. Exemplo: Campeonato Brasileiro. Ligas: Competição em que se formam grupos e realizam-se jogos de ida e volta. Possui eliminatórias desde início, até que se tenha um vencedor. Ex: Superliga de Vôlei. Taças: Competição que reúne os campeões de outras competições ou times de determinada região. Disputam entre si e definem o campeão, como, por exemplo, Taça Rio e Taça Guanabara (Rio de Janeiro). Copa: Competição em que participam os melhores times classificados em outras competições de menor expressão. As equipes jogam entre si até determinar o campeão. Ex: Copa do Mundo da FIFA. Ainda podemos encontrar no âmbito da Educação física competições tipo: Gincana: Atividades recreativas com estações criativas e/ou objetivos a serem atingidos. Utilizada como atividade que envolvam atividade física, recreação, esporte e conhecimentos específicos sobre determinado assunto. Ex: Atividades de Recreação e Lazer. Desafios: Tipo de competição no qual geralmente ocorre de forma individual, e têm os processos de escala como referência. Ex: Eventos em empresas, confraternizações, etc. Tópico 3 Sistemas de disputa Para você aluno(a), quando falamos em competições na Educação Física, estamos nos referindo a diversas áreas no qual a Educação Física pode abranger, no entanto você deve estar se perguntando mas vamos nos referir a qual modalidade ao ver que neste momento iremos abordar sobre sistemas de disputa. Pois bem, para entendermos vamos tentar apresentar tipos de sistemas de disputas de algumas modalidades esportivas. Segundo a CBDEL e Azevedo (2014), nas competições normalmente são utilizadas três formas de disputas, são elas: ➢ Campeonato - É um tipo de competição onde todos se encontram, ou seja, todos contra todos, este também é considerado como uma competição de longa duração. ➢ Torneio - Por se tratar de uma competição de curta duração, este tipo de competição emprega o sistema eliminatório como forma de disputa. ➢ Jogos: Ocorre a disputa de várias modalidades simultaneamente, normalmente são de curta duração, porém deve-se atentar-se a cada tipo de organização, pois existem formas diferentes de classificação, formação de chaves e eliminação. No entanto, em qualquer competição desportivas existe a necessidade de elaborar formas de disputa desportivas. Dessa maneira a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) (2021) e a Federação Brasileira de Desportos Eletrônicos (CBDEL) (2021) nos apresentam os seguintes modelos de disputas para os esportes coletivos: ● Eliminatórias: Repescagem, bagnall-wild, consolação. ● EliminatóriaSimples: A cada confronto há um eliminado, prosseguindo na disputa apenas os vencedores até que se conheça o vencedor do torneio. Tem objetivo de manter em jogo apenas as equipas vencedoras. Os confrontos podem ser únicos ou confrontos de “ida e volta”. ● Dupla Eliminatória: Trata-se de uma disputa mais complexa, neste sistema o competidor/equipe é eliminada somente após a segunda derrota, assim possibilita que uma equipa com uma derrota ganhe o torneio. ● Rodízios Simples ou Todos contra todos (a uma volta): Possibilita que todas as equipas joguem, permitindo identificar a equipe mais regular e mais equilibrada da competição. Porém, existe um número elevado de jogos, podendo também ocorrer jogos desequilibrados desmotivando a competição. ● Sistema Múltiplo/Mista: É quando se utiliza dois sistemas de disputa na realização de uma competição. Exemplo: A Copa do Mundo de Futebol da FIFA utiliza um sistema misto, com enfrentamento em Rodízio na primeira fase e eliminatória simples a partir da segunda fase. ● Mata-Mata: Esse sistema tem a vantagem de permitir um grande número de participantes, pois dois participantes não se enfrentam mais que uma vez. ● Escalas: escada, pirâmide (fechada, aberta ou coroa), funil e teia de aranha; ● Combinados: rodízio e eliminatória, eliminatória e escala, escala e rodízio. É a combinação de um ou mais critérios de classificação em um só evento. ● Acumulação: educativos Com relação aos esportes individuais as formas de disputas são diferentes, segundo a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) (2018) a natação é disputada através das seguintes provas: Nado Crawl, Nado Peito, Nado Borboleta, Nado Costas, Nado Livre, Revezamento Livre, Revezamento Medley. Nos Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais e outras competições da FINA (Federação Internacional de Natação) existem as séries: Eliminatórias, Semifinais E Finais. Na modalidade individual atletismo as modalidades de disputas segundo CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo (2020) são: provas de pista (corridas), de campo (saltos e lançamentos), provas combinadas, como decatlo e heptatlo (que reúnem provas de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona), corridas em campo (cross country), corridas em montanhas, e marcha atlética. Assim cada qual com sua regra de classificação/desclassificação de acordo com cada competição. Tópico 4 Modelos de chaves Exemplos de Modelo de chaves seremos bem específicos, segue abaixo alguns modelos: ➔ Chave Eliminatória Simples: Número de disputas é igual ao número de concorrentes menos um (TRAPÉ, 2021). ● Chave Eliminatória com 8 equipes Exemplo: Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021. ● Chave Eliminatória Simples com 16 equipes Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021. Você deve estar se perguntando, mas como montar essas chaves? Bem caro(a) aluno(a), você terá diversas maneiras para organizar/distribuir as equipes nas chaves eliminatórias simples, por exemplo, você pode decidir separar/dividir as "melhores" equipes, por Ranking, ou mesmo distribuir de acordo com as equipe com mais títulos, ou até mesmo realizando sorteio. Exemplo: Um isento: na parte inferior da chave; Isentos em número par: divida por 2 e coloque metade na parte superior e metade na parte inferior; Isentos em número ímpar: um isento na parte inferior e, o restante, metade em cada posição da chave; o número de concorrentes a partir da segunda rodada, corresponderá sempre a resultante de uma potência de 2; Isentos jogam a partir da segunda rodada (TRAPÉ, 2021). Vamos lá, agora a escolha será sua!!! ➔ Dupla Eliminatória: O time/atleta só é eliminado quando perder pela segunda vez, dessa maneira deve-se organizar normalmente a chave com todos os competidores, e ao lado uma chave para ser preenchida com os times perdedores. Assim a FINAL, será realizada com o vencedor da chave dos times vencedores (CV) contra o vencedor da chave dos times perdedores (CP). Dessa maneira. OBS: Se caso o CV for derrotado pelo CP, haverá nova disputa, pois só é eliminado aquele que perder duas vezes (TRAPÉ, 2021). Exemplo: Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021. ➔ Rodízio Simples: Aquele time que somar mais pontos é o campeão. Este é um sistema considerado justo no qual a premiação ocorre após ocorrer o confronto entre todas as equipes/atletas. Devido ao tempo longo de duração, este deve ter um maior orçamento, boa infra-estrutura, instalações de qualidade, e muita organização (TRAPÉ, 2021). Exemplo: Fonte: TRAPÉ, A. A. Principais Processos de Competição Esportiva. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/. Acesso em: 11 de abril de 2021. ➔ Processo das Combinações: É quando em um mesmo campeonato ocorre mais de um tipo de disputa. Exemplo - Copa do Mundo (TRAPÉ, 2021). Exemplo: Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021. ➔ Processo por Acumulação: Geralmente utilizado no Ranking ATP (Tênis), Formula 1 e Gincanas, pois tem características de somar/acumular pontos durante a competição. Exemplo: Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021. SAIBA MAIS ❖ Eliminatória Repescagem - Existem dois tipos de Eliminatória: a Tradicional e a Alternativa. A tradicional é muito utilizada em lutas como Judô, pois ao perder para os semifinalistas da chave tem a chance de ir para a repescagem e alcançar a terceira colocação. Já na eliminatória alternativa, quem perder para os finalistas da chave tem chance de ir para a repescagem e ser campeão, a diferença entre as duas é que na alternativa, os dois finalistas da chave irão disputar a semifinal com os da chave da repescagem de maneira cruzada. ❖ Eliminatória Bagnall-Wild - Em uma eliminatória simples o Bagnall-Wild é utilizado para determinar o vice-campeão e o terceiro colocado. Esta eliminatória é indicada quando tem tempo de sobra, ou quando um adversário é "melhor" do que os outros. ❖ Eliminatória Consolação - Nesta disputa participam os competidores eliminados da chave principal, no mesmo sistema de eliminatória simples, ou seja, a princípio só participam os que perderam, mas isso pode ser expandido, porém deve-se ter cautela para não desmotivar os participantes. Fonte: TRAPÉ, A. A. Principais Processos de Competição Esportiva. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/. Acesso em: 11 de abril de 2021. #SAIBA MAIS# Tópico 5 Regulamentos e códigos desportivos Caro(a) aluno(a), neste tópico iremos entender o porquê se deve elaborar regulamentos em eventos esportivos, assim como regulamentos de Confederações de algumas modalidades esportivas. Dessa maneira, você irá compreender o quão importante são os regulamentos e os códigos desportivos. Pense bem como seria se você estivesse gerenciando um evento/competição sem regras pré estabelecidas, provavelmente haveria confusões, questionamentos, não é mesmo? Pois bem, já iniciamos o tópico com um bom motivo para que você entenda e aprenda sobre os regulamentos e códigos dentro do contexto esportivo. Primeiro é fundamental que antes de se iniciar qualquer evento se tenha em mãos este documento (regulamento), e principalmente que todos que estão envolvidos no eventos tenham conhecimento antecipadamente sobre as regras que foram estabelecidas. Dessa maneira você diminui as chances de cometer falhas, dúvidas, conflitos durante o evento mantendo a transparência e auxiliando no sucesso do mesmo (GOMES, 2019).O regulamento deve ser composto por termos capaz de te proteger caso haja alguma reclamação, reivindicação ou questionamentos sobre a atuação ou conduta de outras equipes e/ou participantes. Portanto é importante deixar claro todos os tópicos existentes, principalmente com relação às regras do jogo (GOMES, 2019). Os itens principais em um regulamentos segundo Gomes (2019) são: ➢ Apresentação; ➢ Competição e Modalidade; ➢ Participantes e Categorias; ➢ Inscrição - Número de participantes por categoria, Requisitos para inscrição; Especificações de cada modalidade (informações específicas de cada modalidade disputada - definição da posição do ranking, uniforme, etc); Site para inscrição e pagamento (link ou endereço do site para inscrição e o valor (por atleta ou equipe) a ser pago, limite para o pagamento - hora e a data); Cancelamento de inscrição (o procedimento de cancelamento de uma ou mais das inscrições realizadas - critérios e data limite); Retirada de kits (informe a data e o local de retirada); Critérios gerais (inserir os critérios de pontuação e de desempate (confronto direto, saldo de gols, sorteio, etc) por modalidade e categoria); ➢ Programa e serviço - inserir detalhadamente o calendário geral da competição e quais as etapas compõem a disputa. Reforce as informações sobre os locais e horários onde as atividades serão realizadas ➢ Premiação - explicar os critérios de premiação para os vencedores da competição e descreva os prêmios em disputa. ➢ Equipe Técnica - regulamento do campeonato - juízes, árbitros e demais profissionais que farão parte da equipe técnica da competição. ➢ Irregularidades e Penalidades - esclareça as punições para casos de indisciplina; irregularidades nas inscrições; erros de arbitragem; outros descumprimentos de regra e modo de recursos. ➢ Disposições Gerais - informações adicionais sobre a organização do evento. Ex: direitos de imagem dos participantes; primeiros socorros e segurança no local do evento; seleção das equipes técnica e de arbitragem; onde e como abrir solicitação para revisão de súmulas ou alteração de jogos. ➢ Data e assinatura - identificação e assinatura dos organizadores e representantes das delegações ou equipes. ➢ Anexos - materiais de divulgação do evento - cartazes do evento, convites, mapas, calendários e o que mais julgar interessante. Pronto, agora você já pode criar seu evento, e não esqueça de planejar e elaborar o regulamento! Agora vamos identificar os códigos de ética e conduta de algumas Confederações de modalidades esportivas, a fim de ampliar nosso aprendizado, estes que são elaborados objetivando que cada modalidade cumpra com o propósito declarado, a fim de cumprir as regras estabelecidas, adotando atitudes profissionais diante dos princípios éticos conhecidos e aceitos pela sociedade e o esporte. Voleibol - CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) Das Normas de Conduta Art. 5º Os princípios estabelecidos pelo Código de Ética Esportiva são especificados por meio das Normas de Conduta a seguir enumeradas, as quais devem ser fielmente cumpridas pela comunidade do Voleibol: dirigentes nacionais e estaduais, árbitros, atletas, técnicos, colaboradores e, no que couber, a fornecedores e prestadores de serviço vinculados direta ou indiretamente à Confederação Brasileira de Voleibol; Art. 6º As normas de conduta geram responsabilidades direitos e obrigações que devem ser assumidos nas diferentes áreas de atuação esportiva, além dos diversos níveis da organização e da administração da Confederação Brasileira de Voleibol. Fonte: CBV - Confederação Brasileira de Voleibol. Código de Ética do Voleibol Brasileiro CBV. 19 de março de 2015. Disponível em: https://cbv.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021. Futebol - CBF (Confederação Brasileira de Futebol) C A P Í T U L O I - DISPOSIÇÕES GERAIS Seção I - ABRANGÊNCIA E ESCOPO https://blog.sporti.com.br/5-dicas-para-divulgar-evento-esportivo/ Art. 1º. Este Código de Ética tem por objetivo orientar as condutas éticas nas relações profissionais e comerciais envolvendo o futebol, de forma a tornar mais rigorosa a manutenção de alto padrão de moralidade e definir responsabilidades, obrigando todas as Entidades de Prática (Clubes) e de Administração do Futebol (“Federações”), Ligas e CBF e quaisquer de seus membros, bem como quaisquer pessoas naturais ou jurídicas que com elas se relacionem, inclusive dirigentes eleitos, nomeados ou contratados, atletas de clubes e seleções, treinadores e quaisquer outros responsáveis técnicos, árbitros e assistentes, médicos e quaisquer outros profissionais da área médica, intermediários e organizadores de partidas, colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros comerciais, assim como quaisquer outras pessoas naturais ou jurídicas que exerçam qualquer cargo ou função no futebol ou no seu âmbito prestem serviços. Seção II - PRECEITOS ÉTICOS DO FUTEBOL BRASILEIRO Art. 2o . Constituem preceitos que orientam o futebol brasileiro e que devem ser observados por todos aqueles que dele participam, direta ou indiretamente: (i) O futebol deve ser gerido de forma a promover o desenvolvimento social e a redução de desigualdades econômicas e regionais, devendo ser associado a projetos sociais e educacionais que visem essas finalidades; (ii) Todos os segmentos do futebol devem estar profundamente comprometidos com o repúdio ao racismo, à xenofobia e a quaisquer outras formas de discriminação e intolerância social, política, sexual, religiosa e socioeconômica; (iii) Sem exonerar-se de suas responsabilidades para com a segurança, todos os envolvidos com o futebol devem colaborar de forma proativa, permanente e eficaz com as autoridades públicas no sentido de apurar responsabilidades e de punir atos de violência dentro ou fora dos estádios; (iv) A prática do futebol é incompatível com a manipulação de resultados entre os competidores; (v) Quaisquer condutas que consubstanciem assédio ou coação no tocante às escolhas profissionais do atleta devem ser denunciadas e rechaçadas; (vi) A gestão do futebol brasileiro, bem assim as pessoas naturais e jurídicas por ela responsáveis, devem seguir padrões elevados de profissionalismo, transparência, planejamento, probidade, eficiência e participação social; (vii) As parcerias comerciais e contratos celebrados no âmbito do futebol devem atender às orientações previstas neste Código de Ética. Seção III - DIRETRIZES FUNDAMENTAIS DE CONDUTA Art. 3o Constituem diretrizes fundamentais de conduta, a serem observadas por todas as pessoas submetidas a este Código: (i) Respeitar a vida, o bem-estar no trabalho, a saúde e a segurança das pessoas; (ii) Observar o conjunto de leis, normas, costumes, regulação e melhores práticas de governança; (iii) Agir com probidade e boa-fé, com transparência na gestão e administração do desporto; (iv) Observar os interesses das Federações, das Ligas, dos Clubes, patrocinadores e demais Entidades, bem como a organização, administração, divulgação e o fomento do futebol brasileiro; (v) Manter sigilo sobre informações confidenciais. Fonte: CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro. 2017. Disponível em: https://www.cbf.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021. Basketball - CBB - Confederação Brasileira de Basketball. CAPÍTULO I - DOS FUNDAMENTOS ÉTICOS Art.1º - O Código de Ética e Conduta da Confederação Brasileira de Basketball (“CBB”) define os princípios de ética e conduta que devem pautar as atividades esportivas e administrativas da entidade e da comunidade do Basquetebol em âmbito nacional. Art. 2º - As regras contidas neste Código expressam os valores e princípios da CBB como entidade máxima de direção do Basquetebol nacional, bem como representante internacional do Basquetebol do Brasil. Art. 3º - O presente Código tem comoobjetivo enfatizar os ideais e valores de integridade, paixão, solidariedade, disciplina e respeito. Art. 4º - Os membros do Conselho de Administração, Comitês, Staff profissional da CBB e a comunidade do Basquetebol no Brasil, da qual fazem parte dirigentes, árbitros, atletas, treinadores, equipe multidisciplinar e outros colaboradores assumem o compromisso de pautar seus comportamentos, condutas e atitudes em conformidade com os seguintes princípios éticos: I – Cumprir e zelar pelo cumprimento do Estatuto Social da CBB, reconhecendo, apoiando e divulgando os objetivos, valores, princípios e políticas da entidade; II – Conhecer, cumprir e zelar pelas regras, normas e regulamentos que disciplinam a prática do Basquetebol, oriundas da FIBA, e divulgá-las, tanto no âmbito nacional quanto internacional; III – Respeitar, estimular e implementar a participação competitiva justa e, com ela, tanto a prática do desporto quanto a conquista da vitória, como reconhecimento do melhor desempenho, e de seu aprimoramento, obedecendo, rigorosamente, as regras e regulamentos e valores do Basquetebol; IV – Observar, em toda e qualquer situação, o respeito e a consideração por dirigentes, árbitros, atletas, treinadores, competidores, colaboradores e ao público em geral, de modo a fazer prevalecer os princípios da justiça, do direito, da esportividade e da competição justa; V – Defender a permanente valorização do Basquetebol, tendo em vista a divulgação de sua prática, seu aprimoramento técnico e melhor desempenho esportivo dentro dos melhores princípios de fraternidade e congraçamento dos atletas, aficionados e das entidades congêneres, no país e no mundo e preparar os praticantes, para a transição de sua nova carreira; VI – Observar, acatar e cumprir com seriedade as diretivas e sanções aplicadas dentro do espírito das leis, normas, regulamentos disciplinares e dos usos e costumes do Basquetebol; VII – Reprimir a violência física e psicológica no esporte e valorizar a competição justa e o espírito esportivo em todas as ocasiões e suas formas de manifestação; VIII – Prevenir e desencorajar, quaisquer preconceitos e preferências, em qualquer competição de Basquetebol ou dentro da CBB, com base em diferenças étnicas, de cor, gênero, crença religiosa, deficiência física, preferência política, condição financeira, social, intelectual, opção sexual, idade, condição marital, dentre outras formas de exclusão social e estimular o respeito aos símbolos nacionais e à confraternização entre as nações e o respeito aos direitos humanos, em geral; IX – Coibir e impedir o uso de qualquer substância ilícita ou de estimulantes químicos não autorizados pela ABCD, WADA ou qualquer instituição competente, de modo a combater os efeitos negativos da dopagem e assegurar o princípio universal da igualdade de oportunidades e da integridade física e mental do indivíduo; X – Rejeitar e rechaçar qualquer forma de favorecimento desleal, manipulação de competições esportivas, corrupção de qualquer natureza, assegurando a probidade e a dignidade no âmbito do esporte e desestimulando sua mercantilização; XI – Procurar em primeiro plano a CBB para registrar reclamações ou sugestões, por meio de sua Ouvidoria ou outras formas, antes de se manifestar através de redes sociais ou outros meios de comunicação. Fonte: CBB - Confederação Brasileira de Basketball. Código de Ética e Conduta Confederação Brasileira de Basketball. Disponível em: https://www.cbb.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021. Atletismo - CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) CAPÍTULO I - Dos Fundamentos Éticos Art.1º - O Código de Ética da Confederação Brasileira de Atletismo - CBAt define os princípios de conduta que devem pautar as atividades esportivas e administrativas da entidade e da comunidade do Atletismo no País. Art.2º - As regras magnas contidas neste Código expressam os valores e princípios da CBAt como entidade máxima de direção do Atletismo no Brasil, das Federações filiadas e dos Clubes a essas filiados e como representante internacional do Atletismo do Brasil; Art.3º - O Código tem o objetivo de enfatizar os ideais de dignidade, integridade, o espírito de cooperação e congraçamento e, principalmente, de esportividade. As competições organizadas pela CBAt devem primar por modelos que tenham critérios justos em relação às Regras Oficiais do Atletismo e para formação das seleções nacionais, tanto em relação aos atletas, como em relação a treinadores e dirigentes. Para tanto, é necessário que toda a comunidade do Atletismo no País, esteja imbuída desses princípios; Art.4º - Os membros da comunidade do Atletismo no Brasil, da qual fazem parte dirigentes, árbitros, atletas, treinadores, equipe multidisciplinar (médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas, nutricionistas, psicólogos, fisiologistas ou outros que venham compô-la) e outros colaboradores, quer da CBAt, quer das Federações filiadas e todos que direta ou indiretamente dela participam e influenciam, assumem o compromisso de pautar seus comportamentos, condutas e atitudes de acordo com os seguintes princípios éticos: I - Cumprir e zelar pelo cumprimento do Estatuto da Confederação Brasileira de Atletismo - CBAt, reconhecendo, apoiando e divulgando os objetivos, valores, princípios e políticas da entidade; II – Conhecer, cumprir e zelar pelas regras, normas e regulamentos que disciplinam a prática do Atletismo, oriundas da IAAF – Associação Internacional das Federações de Atletismo, e divulgá las, tanto no âmbito nacional quanto internacional; III – Respeitar, estimular e implementar a participação competitiva justa e, com ela, tanto a prática do desporto quanto a conquista da vitória, como reconhecimento do melhor desempenho, e de seu aprimoramento obedecendo, rigorosamente, as regras, normas e regulamentos do Atletismo sempre entendendo que competir já é uma vitória por si só; IV - Observar, em toda e qualquer situação, o respeito e a consideração por dirigentes, árbitros, atletas, treinadores, equipe multidisciplinar (médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas, nutricionistas, psicólogos, fisiologistas ou outros que venham compô- la), e outros colaboradores e ao público em geral, de modo a fazer prevalecer os princípios da justiça, do direito, da esportividade e a competição justa; V - Defender a permanente valorização do Atletismo, tendo em vista a divulgação de sua prática, seu aprimoramento técnico e melhor desempenho esportivo dentro dos melhores princípios de fraternidade e congraçamento dos atletas, aficionados e das entidades congêneres, no País e no mundo e preparar os praticantes, para o destreinamento e a sua nova carreira; VI – Observar, acatar e cumprir com seriedade as diretivas e sanções aplicadas dentro do espírito das Leis, normas, regulamentos disciplinares e dos usos e costumes do Atletismo; VII - Reprimir a violência física e psicológica no esporte e valorizar a competição justa e o espírito esportivo, em todas as ocasiões e suas formas de manifestação; VIII - Prevenir, desencorajar e denunciar ao Conselho de Ética, quaisquer preconceitos e preferências, em qualquer competição do Atletismo, com origem nas diferenças étnicas, de cor, gênero, crença religiosa, deficiência física, preferência política, condição financeira, social, intelectual, opção sexual, idade, condição marital, entre outras formas de exclusão social e estimular o respeito aos símbolos nacionais e à confraternização entre as nações e o respeito à humanidade, em geral; IX – Coibir, impedir e denunciar ao Conselho de Ética o uso de qualquer tipo de droga ou estimulantes químicos desautorizados, de modo a preservar o princípio universal da igualdade de oportunidades e da integridade física e mental do indivíduo; X- Rejeitar, rechaçar e denunciar ao Conselho de Ética qualquer forma de favorecimento desleal e de corrupção,de que natureza for assegurando a probidade e a dignidade no âmbito do esporte e desestimulando sua mercantilização. XI - Procurar em primeiro plano a CBAt para registrar reclamações ou sugestões, antes de se manifestar através das redes sociais ou outros meios de comunicação. Fonte: CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo. Regras De Competição E Regras Técnicas. Edição 2020. Disponível em: http://www.cbat.org.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021. REFLITA "É importante ter metas, mas também é fundamental planejar cuidadosamente cada passo para atingi-las." Bernardinho Fonte: BERNARDINHO, Rocha de Rezende. Transformando suor em ouro. Editora Sextante, 1ª Edição, 2011. #REFLITA # #CONSIDERAÇÕES FINAIS# Prezado acadêmico(a), chegamos ao fim de mais uma unidade. Nesta Unidade IV – Foco no esporte objetivamos relacionar os conteúdos aprendidos nas Unidade I, II e III aplicados ao Esporte, no que se refere à gestão voltada ao esporte, conceitos e modelos de competição esportiva, sistemas de disputas, elaboração de um regulamento esportivo e alguns códigos de Ética de alguns esportes. Vimos que evento esportivo é um fenômeno, um encontro social, planejado e que possui data, horário, localização, público alvo, regras, atores e espectadores, etc. e por ter tantas características necessita de uma Gestão de eventos esportivos para alcançar o êxito. Os eventos esportivos podem ter diferentes tipos de competições: torneios, campeonatos, ligas, taças, copas, gincanas e desafios, por exemplo. Conhecer cada um deles, ou qual seu evento se enquadra pode garantir o caminho do sucesso. Além das diferenças quanto ao formato, temos os diferentes tipos de sistemas de disputas, que podem delimitar o tempo que o evento irá durar. Temos assim: eliminatórias (repescagem, bagnall-wild, consolação); eliminatórias simples; dupla eliminatórias; rodízios simples ou todos contra todos (uma volta); múltiplo/mista; mata- mata; escalas; combinados; acumulação. Como então escolhemos os times que enfrentam uns aos outros? Quem disputa com quem? Para isso temos que definir a forma a ser utilizada, podendo ser sorteio, classificação do ano anterior, quantidade de títulos, etc. A partir disso formaremos o “chaveamento” de nosso evento. Por fim, todos esses detalhes devem constar no regulamento ou código esportivo de nosso evento ou na modalidade em que ele se enquadra. Nesse documento deve-se colocar todas as regras e orientações, imaginando os possíveis acontecimentos no decorrer do evento. Pois um evento sem regras, orientações e diretrizes específicas poderiam levar a questionamentos, mudanças inesperadas, confusões, cada um por si e assim ao fracasso de nosso objetivo e evento enquanto gestor esportivo. Espero que tenham aprendido muito e gostado da abordagem dos assuntos até aqui tratados! #CONSIDERAÇÕES FINAIS# #LEITURA COMPLEMENTAR# GESTÃO DA COPA DO MUNDO DA FIFA BRASIL 2014 Na edição da Copa do Mundo da FIFA 2014 foram três os países postulantes para sede do evento, o Brasil, a Argentina e a Colômbia, no entanto, após uma reunião, a CONMEBOL votou de forma unânime para a candidatura única do Brasil. A escolha oficial foi anunciada na cidade de Zurique, em 30 de outubro de 2007, quando a FIFA confirmou o Brasil como país-sede do torneio. O anúncio oficial contou com a presença de diversos atores políticos como o presidente Luís Inácio Lula da Silva (Lula), os ex- jogadores Dunga e Romário, o ex-ministro de estado do esporte, Orlando Silva, e o escritor Paulo Coelho (DAMO, 2012). Características da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 A gestão da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 envolveu diversas instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, bem como atores políticos com interesses declarados e escusos. Esse conjunto de instituições e atores políticos aumentou a complexidade e os riscos de gestão. Quer saber mais sobre este assunto? Leia na íntegra! Fonte: SILVA, D. S. A Copa do Mundo da Fifa 2014 Veio ao Brasil: A Gestão do Estado de São Paulo como Sede. Tese apresentada à Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Doutor em Educação Física, na Área de Educação Física e Sociedade. Campinas, 2016. #MATERIAL COMPLEMENTAR# LIVRO (OBRIGATÓRIO) • Imagem da Capa. • Título: EVENTOS E COMPETIÇÕES ESPORTIVAS: Planejamento e Organização • Autor: Anita Massena • Editora: Nova Letra • Edição: 1 edição • Sinopse: Grandes oportunidades profissionais estão surgindo no país com a realização do Mundial de Futebol e Jogos Olímpicos. E a partir destes eventos, a tendência é crescer muito mais. Da ideia ao projeto de execução, as tarefas são inúmeras, descritas aqui de forma clara e objetiva. O livro ajudará tanto os que atuam quanto os que querem atuar em eventos em geral ou, mais precisamente, em eventos e competições esportivas. A autora, professora universitária em cursos de formação de gestores e com grande experiência na área, coloca à disposição do leitor um verdadeiro manual. Associando teoria e prática, este livro irá auxiliar os que querem promover, organizar, administrar e executar desde um pequeno evento na escola ou no clube, até uma competição maior, https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_1?ie=UTF8&field-author=Anita+Massena&text=Anita+Massena&sort=relevancerank&search-alias=digital-text em associação, liga e/ou federação esportiva. Para uma ONG, setor público ou empresa privada, profissionais liberais ou promotores de eventos, o setor está cada vez mais exigente e concorrido. Um congresso ou seminário? Um fórum ou convenção? Uma palestra ou workshop? Com a equipe bem treinada, o time preparado, nada pode dar errado e o caminho é de sucesso. LIVRO (OBRIGATÓRIO) • Imagem da Capa. • Título: Sistemas de Disputas para Competições Esportivas: Torneios e Campeonatos • Autor: José Ricardo Rezende • Ano: 2007 • Editora: Phorte • Edição: 1 edição • Sinopse: Diante da necessidade de superação do ser humano, a obra apresenta um texto sobre o ambiente da competição esportiva, estabelecendo como ela se forma, os campeonatos, os torneios, detalhando os sistemas de disputas, e fornecendo subsídios para aplicações de soluções práticas e inovadoras, que auxiliam os profissionais que planejam, organizam e executam trabalhos nas competições esportivas. O autor também traz informações com o intuito de manter a igualdade para os participantes das disputas, com objetivos claros, justos, dinâmicos e imparciais, sejam nos sistemas de competições meramente recreativos, ou nos esportes de alta performance e rendimento, respeitando as habilidades, regras e condições para a prática de cada modalidade esportiva, resultando num evento esportivo de sucesso. FILME/VÍDEO (OBRIGATÓRIO) • Pôster do Filme. • Título: Menina de Ouro • Ano: 2005 • Sinopse: Frankie Dunn (Clint Eastwood) passou a vida nos ringues, tendo agenciado e treinado grandes boxeadores. Frankie costuma passar aos lutadores com quem trabalha a mesma lição que segue para sua vida: antes de tudo, se proteja. Magoado com o afastamento de sua filha, Frankie é uma pessoa fechada e que apenas se relaciona com Scrap (Morgan Freeman), seu único amigo, que cuida também de seu ginásio. Até que surge em sua vida Maggie Fitzgerald (Hilary Swank), uma jovem determinada que possui um dom ainda não lapidado para lutar boxe. Maggie quer que Frankie a treine, mas ele não aceita treinar mulheres e, além do mais, acredita que ela esteja velha demais para iniciar uma carreira no boxe. Apesar da negativa de Frankie, Maggie decide treinar diariamente no ginásio. Ela recebe o apoio de Scrap, que a encoraja a seguir adiante. Vencido pela determinação de Maggie, Frankieenfim aceita ser seu treinador. #REFERÊNCIAS# AZEVEDO, P. H. Organização de Sistema de Disputa de Competição. Universidade de Brasília - Faculdade de Educação Física. Brasília/DF, 20 de agosto de 2014. CARVALHO, F. K. Natação – Estilos, Competições e História. Disponível em: https://www.coladaweb.com. Acesso em: 10 de abril de 2021. CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo. Regras De Competição E Regras Técnicas. Edição 2020. Disponível em: http://www.cbat.org.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021. CBDA. Confederação Brasileira de Natação. Regras Oficiais - Natação. 1 fevereiro de 2018. Disponível em: https://cbda.org.br/. Acesso em 10 de abril de 2021. CBDEL. Confederação Brasileira de Desporto Eletrônicos. Disponível em https://cbdel.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021. CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro. 2017. Disponível em: https://www.cbf.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021. CBV - Confederação Brasileira de Voleibol. Código de Ética do Voleibol Brasileiro CBV. 19 de março de 2015. Disponível em: https://cbv.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021. EDITORIAL, Que Conceito. Conceito de Competição. São Paulo. Disponível em: https://queconceito.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021. FILHO, F. M. As Competições Esportivas E Seus Benefícios Ao Ambiente Corporativo. Disponível em: https://www.sesi-ce.org.br/blog/. Acesso em: 10 de abril de 2021. FIVB. Federação Internacional de Voleibol. Organização de Competições e Eventos para Federações Nacionais de Categorias I e II. Disponível em: http://www.fivb.org/. Acesso em: 10 de abril de 2021. GOMES, C. Regulamento de campeonato e de competições: veja por que e como criar um! Eventos esportivos/ Regulamento de campeonato e de competições. 17 de dezembro de 2019. Tecnologia e Gestão no esporte. Disponível em: https://blog.sporti.com.br/. Acesso em 01 de abril de 2021. KARMO, N. Organização de Competições Esportivas – Sistemas de Disputas. Disponível em: http://professornelsonedf.blogspot.com/. Acesso em: 10 de abril de 2021. https://www.sesi-ce.org.br/blog/ https://www.sesi-ce.org.br/blog/ https://www.sesi-ce.org.br/blog/ https://blog.sporti.com.br/category/eventos-esportivos/ MAXIMINIANO, A. C. A. Administração de Projetos: como transformar ideias em resultados. Editora Atlas. 4 edição. São Paulo, 2010. REI, C. B. H. D. Organização De Grandes Eventos Esportivos. Disponível em : www.cbde.org.br/. Acesso em 10 de abril de 2021. REZENDE, J. R. Sistemas de Disputa para Competições Esportivas: Torneios e Campeonato. Editora Phorte. São Paulo, 2007. SILVA, D. S. A Copa do Mundo da Fifa 2014 Veio ao Brasil: A Gestão do Estado de São Paulo como Sede. Tese apresentada à Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Doutor em Educação Física, na Área de Educação Física e Sociedade. Campinas, 2016. TRANCHITELLA, M. O Gerenciamento de Risco em Eventos Esportivos: Um estudo com Corridas de Rua. Dissertação apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade de Porto, em vista a obtenção de grau de mestre em ciência do desporto, especialização em gestão desportiva, de acordo com o Decreto-Lei 74.2006, de 24 de março. Porto, 2013. TRAPÉ, A. A. Principais Processos de Competição Esportiva. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/. Acesso em: 11 de abril de 2021. http://www.cbde.org.br/ #CONCLUSÃO# Chegamos ao fim de mais uma etapa, que teve como objetivo principal apresentar os conceitos e dar base sobre o que transcorre em meio da gestão e empreendedorismo no contexto esportivo. Para alcançarmos nosso objetivo utilizamos quatro unidades a fim de apresentar de maneira criteriosa os pontos mais relevantes de acordo com inúmeros autores, estudiosos no assunto em questão. Dessa maneira, foi possível conceituar e contextualizar gestão e empreendedorismo, e aplicá-lo ao esporte, analisando a importância e o entendimentos dos setores e funções que rege nessa atividade tão essencial no meio esportivo, ou seja, planejamento estratégico, gestão de pessoas, plano de negócio, técnica de gestão. Importante ressaltar que embora gestão seja uma profissão antiga, é novidade para Profissionais de Educação Física embora esteja em alta, mas para obter sucesso na carreira profissional de gestor e/ou empreendedor é necessário buscar além dos cursos de graduação. Como continuidade sobre nosso conteúdo, apresentamos alguns modelos de gestão mundialmente conhecidos, assim como as tecnologias utilizadas no esporte mundial, entrelaçando-os com as estruturas/ organizações do sistema brasileiro e apontando as políticas públicas utilizadas no esporte. Dando ênfase em projetos esportivos, abrangemos sobre seus conceitos, características, e como foco na gestão de projetos foi possível apresentar a respeito da liderança, desenvolvimento, motivação e o desempenho. E sem deixar de envolver o esporte como um todo em nosso conteúdo abordamos no último tópico sobre os eventos esportivos, assim esperamos que você aluno(a), esteja preparado(a) e confiante para poder organizar o seu evento, pois em nossa apostila você estudou a respeito da atuação do gestor esportivo em eventos esportivos, quais são os principais tipos de competições e eventos que existem neste contexto, bem como organizar o regulamento e códigos esportivos. Posto isto caro(a) graduando(a), encerramos nossos estudos relacionados a essa temática, mas enfatizo, que o aprendizado e conhecimento não se esgota aqui, este é apenas o início das possibilidades do pensar e analisar de maneira crítica sobre o tema abordado. Espero, no entanto, que tenhamos proporcionado momentos significativos e pertinentes para que você pudesse compreender de forma clara os conteúdos propostos na temática oferecida. Desejo a todos vocês sucesso e realizações em sua carreira profissional. Claudiana Marcela Siste Charal Charles B. da Silva de Araujo e Souza #CONCLUSÃO#