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Estudo Dirigido: Marketing Esportivo Nome do/a aluno/a: Carlos Roberto Queiroz dos Santos Curso: Bacharel em Educação Física Disciplina: Gestão de carreira, Marketing e Organização de Eventos Professor: Karina Souza Martins O esporte contemporâneo transcendeu a barreira do simples lazer para consolidar-se como um dos setores econômicos mais dinâmicos da atualidade. No Brasil, o futebol atua como a espinha dorsal dessa indústria, movido por uma paixão nacional que conecta diferentes classes sociais e faixas etárias. Nesse cenário, o marketing esportivo emerge não apenas como uma ferramenta de promoção, mas como uma estratégia de gestão vital. O presente texto discute a definição dessa área, sua aplicação prática no futebol brasileiro e a relevância do profissional de Educação Física como agente estratégico nesse processo de profissionalização. O marketing esportivo é definido como o conjunto de ações que utiliza o esporte como veículo de comunicação para marcas ou, inversamente, a aplicação de estratégias mercadológicas para produtos e serviços esportivos (MULLIN; HARDY; SUTTON, 2014). Segundo Eduardo Corch, ele se diferencia do marketing tradicional por lidar com o imponderável e com a carga emocional do torcedor. Ao contrário de um produto convencional, o esporte vende experiências e pertencimento, o que exige uma abordagem que equilibre a necessidade de lucro com a preservação da identidade cultural da modalidade. No contexto brasileiro, a relação entre o marketing e o futebol é profunda, embora ainda enfrente desafios de profissionalização. Clubes de menor expressão, como os do Agreste Pernambucano, têm buscado estratégias para fidelizar o torcedor e atrair patrocinadores locais, evidenciando que o marketing não é exclusividade das grandes potências (BEZERRA et al., 2021). O crescimento do futebol feminino e a modernização das arenas são exemplos de como a diversificação do público-alvo e a melhoria do serviço podem gerar novas fontes de receita. A mídia, ao transitar da televisão tradicional para o streaming e redes sociais, exige que os clubes se comportem como empresas de entretenimento para manter a relevância digital e atrair investimentos (CORDEIRO et al., 2021). Nesse ecossistema, o profissional de Educação Física desempenha um papel fundamental. Por possuir o conhecimento técnico sobre a prática esportiva, este profissional está apto a atuar na interface entre a performance técnica e a entrega comercial. Como destacado por Corch, para atuar com sucesso, o profissional de Educação Física deve "mudar a lente" e enxergar o esporte como um negócio de entretenimento. Sua participação é essencial na elaboração de projetos que atraiam patrocínios para categorias de base, na gestão de eventos esportivos e na curadoria de conteúdos que unam saúde e performance à imagem de marcas parceiras. Conclui-se que o marketing esportivo é o motor que permite ao futebol brasileiro evoluir de uma paixão amadora para uma indústria sustentável. Ele é responsável por traduzir a emoção das arquibancadas em valor de marca e capital financeiro. Para o profissional de Educação Física, a área de marketing representa um campo de atuação promissor e necessário, exigindo uma formação que vá além do técnico- esportivo e alcance a gestão estratégica. Somente através dessa integração será possível garantir que o esporte continue crescendo, sendo inclusivo e economicamente viável no cenário global. Referências BEZERRA, A. R. do N. et al. Estratégias de marketing esportivo de clubes de futebol do Agreste Pernambucano. Podium, v. 10, n. 3, p. 1-20, 2021. CORCH, Eduardo. Eduardo Corch fala de Marketing Esportivo no Criativo Cast. YouTube, 7 nov. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CRR2_l2rVFM Acesso em: 22 dez. 2025. CORDEIRO, J. M. M et al. Marketing esportivo, uma revisão bibliométrica e bibliográfica. Caderno Profissional de Marketing-UNIMEP, v. 9, n. 3, p. 1-16, 2021. MULLIN, B. J.; HARDY, S.; SUTTON, W. A. Marketing esportivo. Porto Alegre: Artmed, 2014.