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SIDNEI COELHO DA SILVA
ADVOGADO
Rua Joaquim José Soares, n° 269, Vila Leopoldina, Duque de Caxias-RJ, CEP.: 25.035-185. Tel.: 21-96434-4879
adv.sidnei@hotmail.com
EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DO JUIZADO FEDERAL DA
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE DUQUE DE CAXIAS - RJ.
CLAYTON PESSOA DE OLIVEIRA, brasileiro,
solteiro, motorista, portador da carteira de identidade nº 20934850-7 do DIC/RJ,
inscrito no CPF/MF sob o nº 342.917.598-43, residente e domiciliado na Rua
Joaquim José Soares, nº 51 – casa 02, Vila Leopoldina, Duque de Caxias-RJ.,
CEP.: 25.035-185, através do signatário, constituído ut instrumento particular
de mandato incluso, vem, pelo procedimento comum (art. 318 CPC), propor a
presente
AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT -
DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR VEÍCULOS DE VIA
TERRESTRE
em face de CAIXA ECONOMICA FEDERAL, inscrita no CNPJ n°
00.360.305/0001-04, com sede na SBS quadra 4 lote ¾, Asa Sul, Brasília-DF,
CEP.: 70.070-140, alinhando para tal, as seguintes considerações:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
PRIMEIRAMENTE, requer o Autor a V. Exa. seja
deferida a Gratuidade de Justiça, com fulcro no art. 98 do CPC, e artigo 5º,
LXXIV, da Constituição Federal, uma vez que não tem condições de arcar com
as custas judiciais e demais despesas processuais sem prejuízo próprio e de sua
família.
DOS FATOS
O Autor foi vítima de acidente grave de colisão
frontal com sua motocicleta e automóvel, ocorrido em 28/05/2022, não sendo
identificado o conduto do automóvel Voskwagem GOL, que se evadiu do local,
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SIDNEI COELHO DA SILVA
ADVOGADO
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conforme fatos narrados no Termo Circunstanciado Editado regisrdo na 54ª DP,
tombado sob o nº 054-06978/2022-01 (doc. anexo).
O Autor foi socorrido pela ambulancia da SAMU,
para o hospital JOCA, localizado no municipio de Belford Roxo, e
posteriomente trasnferido para o hospital Adão Pereira Nunes, no municipio de
Duque de Caxias, onde foi submetidos à cirurgias.
As lesões graves e principais que o autor sofreu foram:
Trauma testicular, fratura da bacia, fratura maleólo posterior direito com
subluxação do tornozelo – CID10:T07/.3/S32.8S82.8 Direito, sendo submetido
a tratamento como: procedimento cirúrgico em 28/05/2022 (trauma de bolsa
e testiculo = orquiectomia esquerda), em 03/06/2022 (fratura pilão tibial
direito = redução da fratura do meléolo lateral + redução da fratura do
maleólo medial + LMC + osteossíntese do pilão tibial direito), conforme
prontuário e declaração médica em anexo.
Após alta hospitalar e período de tratamento das
lesoes sofridas, o autor fez o requerimento administrativo junto a Ré, para
recebimento do seguro DPVAT, sendo este registrado sob o nº 1231598754
(doc. anexo).
Em 10/08/2023, a Caixa Econômica Federal, atual
gestora do seguro DPVAT, fez apenas o pagamento parcial seguro obrigatório,
no valor de R$ 3.037,50, não sendo feita avalição ou perícia médica no autor a
justificar o pagamento do infimo da indenização securitária.
Evidente que o valor pago pela Ré (sem qualquer
análise ou base concreta), acarretou prejuizo ao Autor, uma vez que não teve
êxito total em seu requerimento administrativo, tendo a Ré efetuado pagamento
inferior ao devido, ou seja, pagou apenas o valor de R$ 3.037,50, valor este não
condizente com o real grau de invalidez de que padece o autor, contrariando,
todavia, a Lei nº. 6194/74, art. 3º. in verbis:
Art. 3º Os danos pessoais cobertos pelo seguro estabelecido no art. 2º desta Lei
compreendem as indenizações por morte, por invalidez permanente, total ou
parcial, e por despesas de assistência médica e suplementares, nos valores e
conforme as regras que se seguem, por pessoa vitimada: ("Caput" do artigo com
redação dada pela Lei nº 11.945, de 4/6/2009)
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I - R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) -
no caso de morte; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.482, de 31/5/2007)
II - até R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos
reais) - no caso de invalidez permanente; e (Inciso acrescido pela Lei nº 11.482,
de 31/5/2007)
Efetivamente, e será comprovado em perícia a ser
realizada por este juízo, que o Autor, após o grave acidente sofrido,
infelizmente, foi acometido de INVALIDEZ DE NATUREZA GRAVE E
PERMANENTE, o que, desta forma, não lhe restou alternativa, senão a
procurar a tutela jurisdicional para garantia efetiva do seu direito,
consubstanciado no recebimento integral do seguro DPVAT, conforme norma
especifica para tanto.
São os fatos!
DO DIREITO
Trata-se de ação de cobrança de diferença de
indenização de seguro DPVAT, injustamente foi suprimido pela seguradora
Ré, sem qualquer parâmetro para tanto, considerando a lesão grave e
permanente do Autor, em razão do acidente automobilístico sofrido.
O mérito da demanda exige a exegese da legislação
constante dos art. 3° e 5° da Lei 6.194/74, preceituadas as atualizações da Lei
11945/09.
Efetivamente, e de modo inequívoco, que havendo
prova do acidente e invalidez permanente, independentemente da existência de
culpa, haja ou não resseguro, abolida qualquer franquia de responsabilidade do
segurado, o valor da indenização deve ser de até R$ 13.500,00 (treze mil e
quinhentos reais), a ser paga de acordo com o real grau de invalidez de que é
portadora a vítima, a ser aferido por ocasião da perícia médica.
De fato, o Autor foi vitima de acidente de veiculo
automotor (colisão frontal com a sua motocilcleta com automóvel na contra-
mão), que o acometeu de lesão graves, o convalidando em invalidez
permanente, que negligentemente foi negado pela segurado Ré, pagando a
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indenização securitária de com valor ínfimo, sem qualquer fundamento ou
respaldo técnico para tanto.
Efetivamente, restando comprovado o acidente de
trânsito (os documentos já demonstram ter ocorrido), as seqüelas oriundas deste
e o real grau de invalidez de que é portador, faz jus a parte autora ao recebimento
do complemento de até R$ 13.500,00, deduzindo-se o valor já pago na esfera
administrativa.
Desta forma, a prova pericial demonstrará que
efetivamente o Autor foi acometido em razão da colisão frontal com a sua
motocicleta e automóvel de lesão grave e permanente, o que fará do MM.
Julgador em concluir que o faz jus a indenização securitária do DPVAT em seu
valor maior.
DO PEDIDO
Ex positis, requer ao nobre Magistrado:
a) Seja a autarquia Ré citada, na pessoa de seu representante legal, para,
querendo, opor resistência à presente pretensão, sob pena de ser reputada revel,
suportando os efeitos daí advindos;
b) Seja concedida a gratuidade de justiça, nos termos do artigo 5º, LXXIV, da
Constituição Federal, c/c art. 98 do CPC;
c) Condenação da Ré ao pagamento da indenização securitária do seguro
DPVAT, no seu valor máximo, ou seja, R$ 13.500,00, com fulcro no artigo
3º, alínea b, da Lei nº 6194/74, e atualizações da Lei nº 11945/09, acrescido
de juros e correção monetária a data do acidente, na forma da Súmula 580
do STJ;
d) Seja ainda condenada ao pagamento das custas processuais, e dos honorários
advocatícios em 20% sobre o valor da condenação;
Requer a produção de todas as provas em direito
admitidas, em especial à pericial e documental suplementar, cujo quesitos
seguem anexos.
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Para os efeitos do artigo 106, I, NCPC, indica o
escritório cujo endereço encontra-se impresso nesta folha in fine e que as
publicações pela imprensa saiam em nome do signatário que subscreve a
presente, sob pena de nulidade.
.
Dá-se a causa o valor de R$ 13.500,00 (treze mil e
quinhentos reais).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Duque de Caxias, 12 de julho de 2024.
SIDNEI COELHO DA SILVA
OAB/RJ 141.852
mailto:adv.sidnei@hotmail.com
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QUESITOS PARA PERÍCIA MÉDICA
Queira o Ilustre Perito responder o seguinte:
1.Foi a periciada vítima de acidente automobilístico? Em que data? Foi
internado?
1. Quais as atividades profissionais que exercia a vítima por ocasião do
evento?
2. Quais as lesões constatadas pelo diagnóstico médico na vítima em razão do
acidente que deram origem a presente ação?
3. Necessitou de intervenção cirúrgica? Qual a indicação nosológica?
4. Ficou com incapacidade permanente? Se positivo indicar o (s) membro
(s) e/ou sentido (s) e/ou função (ões) e o percentual separadamente, de acordo
com a tabela da SUSEP.
5. Suporta deformidade e debilidade permanente? Esclarecer, de acordo com
a tabela do SEGURO DPVAT, percentual, por parte afetada, separadamente,
inclusive se o periciado suporta sequelas residuais.
6. Informar, tendo como base o teto máximo do seguro DPVAT (100%), qual
o percentual geral apurado?
7. Necessita ainda o periciado de tratamento? Queira o Doutor Perito
esclarecer a respeito da impossibilidade de exercer a vítima as tarefas que
desempenhava anteriormente ao evento lesivo, em face das lesões constatadas por
consequência do acidente. Há necessidade de tratamento fisioterápico? Informar
o período.
8. São definitivas as sequelas? Sofreu a vítima diminuição na sua capacidade
funcional? Sendo esta parcial e permanente, qual o período que esteve
completamente inabilitada para o trabalho? Na avaliação do grau de invalidez,
queira pesar a incapacidade geral e específica da vítima, sopesando-se inclusive
sua condição social, seu nível de instrução, sua qualificação profissional e
atividades profissionais anteriores e dificuldade de sua inserção no mercado de
trabalho.
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9. A lesão é permanente? Permanece ainda com artifícios metálicos internos?
Explicar avaliando o porvir, sobre dor, inchaço anormal decorrente da
osteossíntese, inclusive no tempo frio, esportes, trabalho e assim por diante e
rejeição ou cirurgia futura.
10. Esclareça todo o mais que entender necessário ao bom trabalho a que foi
nomeado. Em conseqüência do próprio acidente das lesões recebidas e até mesmo
da intervenção cirúrgica antes referida, há indicação para algum tratamento
médico em regime ambulatorial ou hospitalar?
11. As lesões resultantes do acidente e a conseqüente invalidez acarretaram à
vítima alguma implicação psíquica?
12. Poderia submeter-se a vítima a tratamento psíquico ou equivalente? Se
positiva a resposta, qual o tempo necessário à duração do tratamento?
SIDNEI COELHO DA SILVA
OAB/RJ 141.852
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