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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA DA PRODUÇÃO ENGF78 – MECÂNICA DOS FLUIDOS DENAIAN MATEUS LEITE PEREIRA OLIVEIRA VICTOR HUGO DOS SANTOS NERIS PROJETO DE TUBULAÇÃO EM UMA PLANTA INDUSTRIAL SALVADOR 2023 DENAIAN MATEUS LEITE PEREIRA OLIVEIRA VICTOR HUGO DOS SANTOS NERIS PROJETO DE TUBULAÇÃO EM UMA PLANTA INDUSTRIAL Trabalho apresentado ao docente Salvador Ávila como requisito parcial para a obtenção de crédito na disciplina de ENGF78 – Mecânica dos fluidos. SALVADOR 2023 SUMÁRIO 1. CONTEXTO / INTRODUÇÃO 2. CONCEITOS 2.1 EQUAÇÃO DE BERNOULLI 2.2 EQUAÇÃO DE DARCY-WEISBACH 2.3 EQUAÇÃO DE GASES IDEAIS 2.4 DIAGRAMA DE MOODY 3. DADOS 4. CONVERSÃO DE UNIDADE E EQUAÇÃO 5. CÁLCULO 5.1 CÁLCULO DOS TRECHOS DE LINHA 5.1.1 TRECHOS DE LINHA L5-L6 (LÍQUIDO) 5.1.2 TRECHOS DE LINHA L7-L8 (GASOSO) 5.1.3 PARTE DO TRECHO DE LINHA L9 - SAÍDA PÓS REATOR (GASOSO) 6. LISTAS 7. ENERGIA X INVESTIMENTO 8. CONCLUSÃO 9. REFERÊNCIAS 10. ANEXO 1. Introdução Este projeto teve origem em uma análise detalhada de uma planta industrial. Essa análise não apenas proporcionou aprendizados sofisticados, desde o dimensionamento das tubulações até o controle operacional da planta, mas também impulsionou a otimização de recursos e o aprimoramento do planejamento financeiro. O objetivo central é a aplicação prática desses conceitos, buscando uma compreensão abrangente do funcionamento de uma planta química industrial, levando em consideração todos os fatores que moldam esse processo. A formação do ciclohexano (6CH12) pela adição de hidrogênio molecular (H2) ao benzeno é um processo vital na planta, e detalharemos esse processo a seguir. Começamos no tanque de armazenamento de benzeno, uma matéria-prima essencial. O benzeno passa por trocadores de calor para reduzir sua temperatura, aumentando a eficácia do processo. Em seguida, tanto o hidrogênio quanto o benzeno líquido entram no primeiro reator, mantendo a temperatura em torno de 180ºC com injeção direta de vapor. Aqui, há uma conversão significativa do benzeno em ciclohexano. O "vapor residual" segue para o segundo reator, onde a transformação do benzeno em ciclohexano é concluída. Após sair do segundo reator, o fluido é resfriado e enviado para um separador, onde ocorre a separação entre as fases líquida e gasosa. Parte do hidrogênio é recuperada, enquanto outra parte é direcionada para o primeiro reator, formando um ciclo. O ciclohexano líquido resultante é levado a uma coluna estabilizadora, onde os resíduos gasosos são queimados e o ciclohexano "purificado" é protegido na base da coluna para máxima eficiência na produção. Nosso foco agora está nos segmentos de linhas sob nossa responsabilidade (L5, L6, L7 e L8), incluindo desenhos e dimensionamento das tubulações. Em seguida, faremos uma análise matemática detalhada, calculando os diâmetros para fases gasosas e líquidas. Por fim, avaliamos opções econômicas para entender a relação entre energia e investimento, maximizando a redução de custos. Concluiremos o projeto com uma análise minuciosa dos resultados obtidos na planta industrial. 2. Conceitos Este projeto se baseia em conceitos fundamentais, como as equações de Bernoulli e Darcy, perdas localizadas, comportamento de gases ideais, o diagrama de Moody e a análise da potência hidráulica, que são componentes essenciais para o seu desenvolvimento. 2.1 Equação de Bernoulli Nesse sentido Maia et al. (2021), afirmam que a equação de Bernoulli permeia a conservação das energias cinética, potencial e de escoamento em uma corrente de fluido, da conversão entre essas formas de energia na região em que o fluido escoa. A fórmula da equação de Bernoulli se dá por: Z1 + P1/ v1²/2g = P2 + P2/ + v2²/2g + hf (L;ACD)γ + γ Destrinchando a fórmula, temos que: ● Z1 é a cota de elevação no ponto 1; ● Z2 é a cota de elevação no ponto 2; ● P1 é a energia potencial de pressão no ponto 1; ● P2 é a energia potencial de pressão no ponto 2; ● V1²/2g e V2²/2g são as energias cinéticas (cargas cinéticas); ● hf (L;ACD) é o percentual de atritos e acidentes 2.2 Equação de Darcy-Weisbach Em um escoamento, parte da energia é perdida por causa do atrito e da viscosidade. Essa perda é denominada como perda de carga, que é uma medida relevante, pois interfere na vazão volumétrica. A equação de Darcy-Weisbach é dada por: hf = f * (L/D) * (v²/2g) onde: ● hf = perda de carga ● f = fator de atrito ● D = diâmetro interno da tubulação ● L = comprimento da tubulação ● V = velocidade média do fluxo ● g = aceleração da gravidade A Perda de Carga é medida em metros (ou ft), pois: o diâmetro interno é calculado em metros (ou ft), assim como o comprimento da tubulação; a velocidade é medida em m/s ou ft/s, a aceleração da gravidade em m/s² ou ft/s², e o fator de atrito é adimensional. Assim Andrade et al. (2021), dizem que as perdas de cargas podem ocorrer de três formas, sendo: a) perdas distribuídas, aquelas que ocorrem em trechos retos de tubulações; b) perdas localizadas, aquelas que são ocasionadas pelas peças e singularidades ao longo da tubulação, provocadas por curvas, válvulas, derivações, reduções, expansões; c) perdas totais, que é a soma das perdas de carga distribuídas e das perdas de carga localizadas. 2.3 Equação dos gases ideais Segundo Muachia et al (2020) um gás ideal, é um gás hipotético formado por moléculas e caracterizado pela ausência das forças intermoleculares e cujos choques são inexistentes ou desprezíveis e os fenômenos são todos baseados nos princípios de conservação do momento e da energia cinética. A equação dos gases ideais é expressa por: PV = nRT onde: ● P = é a pressão ● V = volume final ● n = números de mols do gás ● T = temperatura ● R - constante universal dos gases ideais. 2.4 Diagrama de Moody O diagrama de Moody, também chamado de gráfico de Moody, é uma representação gráfica não dimensional que correlaciona o fator de atrito de Darcy, o número de Reynolds e a rugosidade relativa a um escoamento desenvolvido completamente em um tubo circular. Esse gráfico é essencial para a análise de fluxos em sistemas paralelos, ajudando a determinar as perdas de carga e a eficiência do transporte de fluidos. Ao traçar essas configurações, permite-se uma visualização clara das interações entre a rugosidade da superfície interna do tubo, o tipo de fluxo (laminar ou turbulento) e a resistência ao fluxo, facilitando a tomada de decisões em projetos de engenharia relacionados a sistemas de articulação. 3. Dados Na tabela abaixo, as informações abrangem vários trechos, sendo nós responsáveis pelos dados referentes aos trechos L5 a L8. No entanto, para complementar nossas contribuições, incluímos também os dados relativos ao trecho L9 após realizar o cálculo do peso molecular na saída do pós reator. Tabela 1 - Base de dados Trecho L5 L6 L7 L8 L9 E Líquido Líquido Gasoso Gasoso Gasoso Q 5,2 6,5 1510 1460 1490 M ok 4425 24200 24278 24278 P - - 31,5a 30,5a 30,2a T 53 188 180 225 228 ρ 851 680 16,02649 μ 1,4 0,1 H2 (2) - - 1050 (16) 710 (11,3) 706 (11,1) Bz (78) 100 100 4425 (70) 44 (0,7) 0 CC6 (84) 900 (14) 5612 (88) 5659 (88,9) ΔP - 0,1 1 0,3 N2 17490 PM médio 66,68 74,73 74,898 4. Conversão de unidades Principais conversões utilizadas: ● Pressão: De kgf/cm²a para atm. Sendo assim, temos que 1 atm equivale a 1,033 kgf/cm². ● Temperatura: De ºC para K (Kelvin): K = ºC + 273 ● Volume: De m³/h para l/h (litros por hora): 1 m³/h = 1000 l/h ● Diâmetro: m³/h para m³/s 5. Cálculos matemáticos Antes de obrigações com os cálculos cruciais para o dimensionamento das tubulações neste projeto, é de suma importância conduzir uma análise minuciosa das propriedades do fluido a ser transportado nos segmentos em consideração. Essa análise deve contemplar elementos essenciais como temperatura, pressão, velocidade de fluxo, especificidades, vazão e outros parâmetros relevantes. A escolha dasunidades de medida para esta análise foi determinada pelos seguintes padrões: ● Vazão (m³/h) ● Massa (kg/h) ● Pressão (kgf/cm²) ● Temperatura (ºC) ● Densidade (kg/m³) ● Viscosidade cinemática ( ((m²/s) *10^-5))µ) ● Concentração de H2 (%) ● Concentração de BZ (%) ● Concentração de CC6 (%) Essas unidades foram selecionadas para uma avaliação precisa e abrangente das características do fluido, proporcionando uma base sólida para os cálculos subsequentes no dimensionamento adequado das tubulações. Assim, a fim de garantir as opções econômicas e a segurança do projeto, é fundamental determinar o diâmetro adequado para as tubulações. Considerando o fluido em questão e suas propriedades, optamos pelo uso de tubos de aço carbono de acordo com o schedule 40, adequados às características do material a ser transportado. Para realizar essa seleção de diâmetro, utilizamos o Datasheet fornecido pelo professor. Este arquivo contém as informações essenciais para o dimensionamento dos equipamentos nos trechos analisados. A tabela nele apresentada é fundamental para a coleta dos dados indispensáveis ao processo de dimensionamento das tubulações. Tabela 2 - Dimensionamento das tubulações Adicionalmente, foram utilizados os dados gerais previamente apresentados na Tabela 1 para cada trecho de linha. Esses dados foram segmentados conforme o estado da matéria (E), vazão (Q), massa (M), pressão (P), temperatura (T), massa específica (p), viscosidade absoluta (μ), concentração de H2, Bz e CC6, perda de carga (ΔP), e presença de N2. Essa abordagem permitiu uma análise detalhada e Equipamento Diâmetro (m) Altura (m) Trocador E-5206 0,4 4 Evaporador E-5205 0,85 5 Entrada Ant Reator R-5201 1,8 4 Saída Post Reator R-5201 2,2 2,93 abrangente de cada estágio, utilizando informações específicas para cada elemento chave, facilitando assim a compreensão e a tomada de decisões no processo. 5.1 Cálculo dos trechos de linha 5.1.1 Trechos de linha L5-L6 (Líquido) ● Cálculo do diâmetro Para calcular o diâmetro do tubo, utilizamos a vazão volumétrica, que é determinada pela fórmula Q = V x A, onde: Q representa a vazão volumétrica; V é a velocidade do fluxo no tubo ; A é a área da seção transversal do tubo. A área da seção transversal de um tubo circular é representada por A = π x r², sendo: r o raio da seção e d o diâmetro do tubo (d = 2 x r). Substituindo o valor do raio na equação da área, temos: A = π x (d²/4). Para encontrar o valor do diâmetro, inserimos a fórmula da área da circunferência na equação da vazão volumétrica. Dessa forma, a equação para determinar o diâmetro do tubo se torna: d=v² x π x d²/4 d=[4xQ/ (πxV)] ^ (½) = Assim, fazendo a conversão de unidade: Q= 5,4 m³/h – 1h 1h — 3600s Q= 0,0015 m³/s Escolhemos uma velocidade recomendada de 1,7 m/s. A equação final fica: d= [4 x 0,0015 / (π x 1,7)] ^ (½) = d= 0,0266 m -> d= 26,60 mm Que pelo schedule 40 é equivalente a 3/4”. ● Cálculo de Reynolds O número de Reynolds pode indicar tanto o regime laminar quanto o regime turbulento. No regime laminar, o número de Reynolds é inferior a 2000, enquanto no regime turbulento, é superior a 4000. A fórmula do número de Reynolds é: Re = d * v * ρ/µ Re = secção do tubo d = diâmetro v = velocidade no trecho = massa específicaρ = viscosidade absolutaµ Logo, Re = d * v * ρ/µ Re = 0,0266 m * 1,7 m/s * 851 (kg/m³)/1,4 x 10^-3 (Pa/s) Re = 274873 ● Fator de atrito f = i/d f = fator de atrito d = diâmetro de secção do tubo i = rugosidade relativa Logo, f= 0,00015/0,0266 = 5,64x10^-3 ● Cálculo de acidentes 2 joelhos = 2 x 1,2195122 = 2,4390244 1 entrada e 1 saída = 1,524 Total acidentes = 3,963m ● Cálculo da perda de carga Hf = f x (L/d) x (v²/2g) Sabemos que: f = 0,00564 d = 0,0266 m v = 1,7 m/s g = 9,8 m/s² L+ acidentes = 3,96864 m Hf = 0,1241 ● Cálculo de Bernoulli Z1 + P1/ v1²/2g = P2 + P2/ + v2²/2g + hf (L; acidentes)γ + γ 1 + 0,8 = 0 + 1,45 + 0,1241 5.1.2 Trechos de linha L7-L8 (Gasoso) Explorando a continuidade lógica do tópico anterior. Q= 1510 m³/h – 1h 1h — 3600s Q= 0,4194 m³/s Velocidade recomendada de 1,7 m/s. A equação final fica: d= [4 x 0,4194 / (π x 1,7)] ^ (½) = d= 0,2783m -> d= 278,3 mm Que pelo schedule 120 é equivalente a 10”. ● Cálculo de Reynolds Re = d * v * ρ/µ Re = 0,2783 m * 1,7 m/s * 680 (kg/m³)/0,1x 10^-3 (Pa/s) Re = 3217148 ● Fator de atrito f = i/d Logo, f= 0,4194/0,2783 = 1,5070 ● Cálculo de acidentes 8 joelhos = 8 x 1,2195122 = 9,7560976 2 entradas e 1 saída = 2,286 Total acidentes = 12,042m ● Cálculo da perda de carga Hf = f x (L/d) x (v²/2g) Sabemos que: f = 1,5070 d = 0,2783 m v = 1,7 m/s g = 9,8 m/s² L+ acidentes = 13,549 m Hf = 10,82 ● Cálculo de Bernoulli Z1 + P1/ v1²/2g = P2 + P2/ + v2²/2g + hf (L; acidentes)γ + γ 4 + 0,8 = 0 + 1,45 + 10,82 ● Cálculo da pressão molecular PV = nRT, onde R é constante PV = n (m/PM) RT R e m são constantes (PVPM/T) 1 = R = (PVPM/T) 2 R= 0,82 atml/k n= m/PM m1=m2 PM mistura = média ponderada dos pesos moleculares individuais. ● Para a linha 7 O (H2) contribui com (16%), o Bz (7%) e o CC6 (14%), logo temos: PM = H2 (2 x 16%) + Bz (78 x 7%) + CC6 (84 x 14%) PM = 32 + 54,6 + 11,76 = 66,68 Logo, temos que o peso molecular para a linha 7 é equivalente a 66,68. A pressão aplicada a essa seção da linha foi de 31,5a; convertendo para atm, resultando em 30,49 atm. A temperatura inicial foi de 180ºC, convertida para Kelvin (K), totalizando 453K. Quanto à vazão, foi de 1510 metros cúbicos por hora (m³/h), convertendo para litros por hora (l/h), totalizando 1.510.000 l/h. ● Para a linha 8 O (H2) contribui com (11,3%), o Bz (0,7%) e o CC6 (88%), logo temos: PM = H2 (2 x 11,3%) + Bz (78 x 0,7%) + CC6 (84 x 88%) PM = 0,266 + 0,546 + 73,92 = 74,73 Assim, temos que o peso molecular para a linha 8 é equivalente a 74,73. A pressão aplicada a essa seção da linha foi de 30,5a; convertendo para atm, resultando em 29,53 atm. A temperatura inicial foi de 225ºC, convertida para Kelvin (K), totalizando 498K. Quanto à vazão, foi de 1460 metros cúbicos por hora (m³/h), convertendo para litros por hora (l/h), totalizando 1.460.000 l/h. 5.1.3 Parte do trecho L9 - Saída pós reator (Gasoso) ● Para a linha 9 O (H2) contribui com 11,1%, o Bz (0%) e o CC6 (88,9%), logo temos: PM = H2 (2 x 11,1%) + Bz (78 x 0) + CC6 (84 x 88,9%) PM = 74,90 logo, temos que o peso molecular para a linha 8 é equivalente a 74,90. A pressão aplicada a essa seção da linha foi de 31,5a; convertendo para atm, resultando em 30,49 atm. A temperatura inicial foi de 228ºC, convertida para Kelvin (K), totalizando 501K. Quanto à vazão, foi de 1490 metros cúbicos por hora (m³/h), convertendo para litros por hora (l/h), totalizando 1.490.000 l/h. 6. Listas Fizemos um levantamento para calcular os custos de investimento em tubulações de aço carbono e curvas de 90 graus para a planta, levando em conta a durabilidade do material, visando evitar a necessidade de substituição dos equipamentos a curto prazo. Para o schedule 40, foram identificados 36 metros de tubulação e 2 joelhos, enquanto para o schedule 120, a estimativa foi de 71,6 metros de tubulação e 8 joelhos. Tabela 3 - Lista de materiais Item Valor (R$) Tubo De Aço Carbono A106 S/ Costura Sch 40 6 Metros Dn 3'' R$ 1.692 Trocador de calor tubo e concha de aço inoxidável 6.000.000 BTU para piscinas/spas R$ 16.496,87 Reator Indutância de Linha CA 0,060 MH 450A VW3A4569 - Schneider R$ 12.229 Evaporador De Bobina De Aço Inoxidável, Troca De Calor Do Cotovelo 304 Coil, Tubo de resfriamento R$ 319,77 Joelho 90° 10 x R$10 Total R$ 57.063,64 Optamos por uma vazão consideravelmente reduzida, visando a economia no desenvolvimento do projeto. Utilizamos uma velocidade de 1,7m/s, minimizando o consumo energético. Para garantir que essa vazão fosse adequada às variações de altura, realizamos os cálculos detalhados no Tópico 5. Nosso foco central é a eficiência energética: embora os custosdos materiais possam ser elevados, isso é essencial para otimizar o fluxo e assegurar a rentabilidade do projeto. 7. Energia X Investimento A relação entre energia e investimento em projetos de tubulações está intimamente vinculada aos custos de capital e operacionais associados à concepção, construção e operação desses sistemas. Nesse sentido, uma escolha cuidadosa dos materiais das tubulações pode ter um impacto significativo na eficiência energética do sistema. Por exemplo, utilizar materiais que reduzam a perda de calor ou minimizem a fricção do fluxo pode resultar em menor consumo de energia a longo prazo. Ademais, investir em materiais de alta qualidade e durabilidade para as tubulações pode diminuir os custos de manutenção e reparos, prevenindo vazamentos e interrupções no fluxo que aumentariam o consumo de energia. Um projeto bem elaborado de tubulações abrange não apenas garante a eficiência global do sistema, mas também otimiza o layout das tubulações, reduzindo curvas excessivas e adotando equipamentos eficientes. Essa abordagem resulta em uma demanda energética reduzida para manter o fluxo, o que é fundamental para a economia de energia. Além dos custos dos materiais, os investimentos iniciais em um projeto de tubulação também abrangem despesas com mão de obra e equipamentos necessários para a instalação. Fazer escolhas assertivas nessa fase pode ter um impacto direto nos custos operacionais futuros, especialmente aqueles relacionados ao consumo energético. Assim, um planejamento criterioso não só considera a eficiência do sistema, mas também avalia o impacto dos investimentos iniciais nos custos operacionais a longo prazo, incluindo a energia necessária para manter o funcionamento adequado do sistema de tubulação. No transporte de fluidos, a fonte de energia utilizada para movimentar líquidos ou gases desempenha um papel crucial. O tipo de energia empregada - elétrica, proveniente de combustíveis fósseis, renováveis ou outras fontes - pode influenciar nos custos operacionais do sistema de tubulação. Investimentos mais robustos e estratégicos durante a fase de projeto e construção podem resultar em sistemas energeticamente mais eficientes, reduzindo os custos operacionais ao longo do tempo. Encontrar o equilíbrio entre eficiência, custos e segurança é o desafio central no dimensionamento de tubulações. A capacidade de aumentar a produção e reduzir despesas, mantendo padrões de segurança elevados, é crucial para a sobrevivência das empresas. Isso demanda estratégias que otimizem a eficiência das tubulações e reduzam os custos operacionais, ao mesmo tempo que garantem a segurança. Dessa forma, o desafio entre economia de energia e investimento resulta em tubulações maiores e custos mais elevados, enquanto a priorização da segurança implica em tubos mais espessos e custos iniciais mais altos. Esse impasse representa um dilema para os projetistas na busca pelo equilíbrio ideal. Portanto, é de suma importância estabelecer um processo que seja eficiente, seguro e, ao mesmo tempo, economicamente viável. 8. Conclusão Este trabalho revelou-se extremamente instrutivo no que diz respeito ao aprendizado. Tornou-se claro como um projeto está intrinsecamente ligado a uma análise minuciosa de todos os aspectos envolvendo energia e despesas. Um componente, material ou máquina pode apresentar um custo inicial mais elevado em comparação a outras opções, porém, pode representar maior economia de energia, redução nos custos de produção e contribuir para a sustentabilidade do projeto. As decisões não são apenas orientadas por normas e regulamentos, visando evitar penalidades e violações, mas também são fundamentais para a viabilidade de uma ideia. O nível de sustentabilidade desempenha um papel crucial ao indicar se os processos podem ser mantidos sem prejuízos a médio ou longo prazo. Assim, uma gestão eficiente e um planejamento sólido tornam-se essenciais ao mensurar custos e benefícios. Uma planta pode parecer custosa inicialmente, porém pode se mostrar como a melhor opção ao considerar um horizonte temporal mais amplo. Da mesma forma, uma planta de custo inicial mais baixo pode se revelar onerosa a médio ou longo prazo, seja devido a desperdícios, ineficiências, necessidade de manutenção, retrabalhos ou não conformidades, entre outros fatores. Dessa forma, o planejamento eficaz é fundamental para o sucesso de um projeto. 9. Referências CONNOR, Nick. O que é o Princípio de Bernoulli - Exemplos - Definição. 2020. Disponível em: https://www.thermal-engineering.org/pt-br/author/matan/. Acesso em: 09 dez. 2023. ANDRADE, Luiz Antonio de et al. Efeito da variação de vazão permitida e da perda de carga localizada no comprimento máximo de fita gotejadora não compensada. Revista Ambiente & Água, v. 16, 2021. MAIA, Marcelo Batista et al. O ensino de fluidos e equação de Bernoulli na educação básica. Dissertação de Mestrado. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2021. MUACHIA, Alfredo et al. Uso das equações generalizadas de pitzer para Avaliação termodinâmica de gases. SAPIENTIAE: Revista de Ciências Sociais, Humanas e Engenharias, v. 6, n. 1, p. 35-43, 2020. Materiais: Tubulação: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2763482315-tubo-de-aco-carbono- a106-s-costura-sch-40-6-metros-dn-3-_JM?matt_tool=18956390&utm_source =google_shopping&utm_medium=organic https://pt.aliexpress.com/item/1005006145713674.html?src=google&aff_fcid =7e3f6170d65e44b88f44c8bb40a23a4b-1702258552946-04190-UneMJZVf& aff_fsk=UneMJZVf&aff_platform=aaf&sk=UneMJZVf&aff_trace_key=7e3f617 0d65e44b88f44c8bb40a23a4b-1702258552946-04190-UneMJZVf&terminal_i d=341fb24db756408dbae465e1362e8e2e&afSmartRedirect=y Joelho: https://www.leroymerlin.com.br/joelho-agua-90o-marrom-krona-tamanho-40 mm_1567508573?region=outros Reator: https://loja.pagbem.com.br/reator-indutancia-de-linha-ca-0060-mh-450a-vw3a 4569---schneider-33656/p?idsku=33771 10. Anexo https://loja.pagbem.com.br/reator-indutancia-de-linha-ca-0060-mh-450a-vw3a4569---schneider-33656/p?idsku=33771 https://loja.pagbem.com.br/reator-indutancia-de-linha-ca-0060-mh-450a-vw3a4569---schneider-33656/p?idsku=33771