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capitulo • 03 Cenário externo estratégico 84 Cenário externo estratégico capítulo • 03 Cenário Externo estratégico INTRODUÇÃO Caro(a) Aluno(a), O entendimento do meio envolvente é fundamental para qualquer empresa. Isso deverá ser a bússola que indicará o Norte e o rumo a ser tomado. Onde se está e onde se quer chegar para não ficar à deriva, ao comando do destino. Conteúdo desta unidade Meio envolvente contextual e o transacional e como se re- lacionam através das 5 forças de Porter até identificarmos as oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos com o SWOT. 85 GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE 3.1. CeNáRIOs Existem 3 coisas que se deve saber sobre cenários. A primeira é definir o cenário externo e sua evolução, ou possíveis evoluções. A segunda é definir o cenário interno. A terceira e última é como compará-los e levantar as possibilidades de como se adaptar a estas possíveis evoluções (estratégias). 3.2 CeNáRIO exTeRNO Figura 19 - Meio Envolvente - Fonte Escola Superior de Tecnologia23 Como pode-se observar na Figura 19, o Meio Envolvente é subdividido em duas partes. O contextual e o transacional. O meio contextual tem ação indireta, já o transacional atua direta- mente sobre o cenário interno. 23 http://www.estgv.ipv.pt/paginaspessoais/amario/Unidades%20Curriculares/ Gest%C3%A3o%20Estrat%C3%A9gica/Textos%20apoio/Envolvente%20Contextual.pdf 3/17/2017 9:02 AM 86 Cenário externo estratégico 3.2.1. Meio Contextual O Meio Contextual caracteriza-se pelo nulo ou mínimo controle que a organização tem sobre este meio. Observa-se que o meio envolvente contextual é constituído pelos perfis: Econômico, Sociocultural, Político-Legal e Tecnológico. Veja o detalhamento na Tabela 8: MeIO eNvOlveNTe CONTexTUal CONTexTO IMPlICaÇÕes vaRIáveIs Econômico Determina as trocas de bens e serviços, dinheiro e informação na sociedade. Produto interno bruto Taxa de inflação Taxa de juros Taxa de câmbio Taxa de desemprego Balança comercial Custos energéticos Taxa de poupança Sociocultural Reflete os valores, costumes e tradições da sociedade. Estilos de vida Valores sociais Taxa de natalidade Estrutura etária Taxa de analfabetismo Distribuição geográfica Nível educacional Composição étnica 87 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE Político-Legal Condiciona a alocação de poder e providencia o enquadramento legal da sociedade Estabilidade política Política económica Enquadramento legal Legislação laboral Restrições ao comércio Leis anti-monopólio Lobbying Tecnológico Traduz o progresso técnico da sociedade. Inovações tecnológicas Inovações de processo Proteção de patentes Incentivos do governo Normas de qualidade Tabela 8 - Meio Envolvente Contextual - Fonte Escola Superior de Tecnologia24 Análise do contexto econômico Interno Bruto (PIB) O crescimento do PIB deve sinalizar um aumento nos in- vestimentos, assim como no consumo. Sua queda, por outro lado, sinaliza a redução da procura e uma provável contração da atividade empresarial. Taxa de inflação/Taxas de juro Baixas taxas denotam uma maior confiança, reduzindo cus- tos e favorecendo o investimento. O cenário inverso (taxas altas) motiva o aumento nas taxas de câmbio e desemprego, podem 24 http://www.estgv.ipv.pt/paginaspessoais/amario/Unidades%20Curriculares/ Gest%C3%A3o%20Estrat%C3%A9gica/Textos%20apoio/Envolvente%20Contextual.pdf 3/17/2017 9:02 AM 88 Cenário externo estratégico sinalizar certo desequilíbrio na balança comercial, assim como o aumento dos custos relacionados com a energia. Parte dos inves- timentos destinados a produção devem ser redirecionados para investimentos dependendo, em volume, dos níveis agenciados pelo mercado. Contexto sociocultural Estilos de vida Novos estilos de vida têm surgido sistematicamente em nossa sociedade, principalmente depois da integração global ocorrida em função de um crescimento exponencial da tecnologia disponível. Por exemplo, a inserção das mulheres no mercado de trabalho. A partir disso, sua ausência no lar motivou o mercado de comida congelada e elas passaram a consumir mais bebidas alcoólicas e a consumir tabaco em maior intensidade. Isso ampliou o mercado consumidor sensivelmente, pois as senhoras passaram a ter hábitos que eram, antigamente, essencialmente masculinos. Outros exemplos são a crescente preocupação com a saúde, alteração de valores sociais e a proteção do meio ambiente. A crescente preocupação com a sustentabilidade criou o mercado da reciclagem, incentivou as pessoas a reutilizarem as coisas e muitos passaram a usar ingredientes naturais como forma de proteção do meio em que se vive. Qualidade da mão de obra disponível Taxa de natalidade/estrutura etária, taxa de analfabetismo, distribuição geográfica, nível educacional estão intimamente li- gados ao nível de mão de obra disponível. Problemas como conflito de gerações, formação profissional, cultura e comportamento tem um profundo impacto na vida que qualquer organização. 89 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE Contexto político-legal Estabilidade política Fundamental quando se tratar de investimentos. Deve-se verificar se as políticas econômicas são liberais ou restritivas, se há no enquadramento legal incentivos fiscais, leis de proteção ambiental e do consumidor. Apoios financeiros, legislação traba- lhista, restrições ao comércio externo, legislação antimonopólio, lobbying e se as leis são respeitadas adequadamente ou se existe uma cultura de corrupção. Contexto tecnológico Como estão acontecendo as inovações tecnológicas, existem fontes de diferenciação, inovação de processo, adequação da le- gislação vigente na proteção de patentes, obsoletismo, incentivos à investigação e pesquisa e normas de qualidade. 90 Cenário externo estratégico 3.2.2. Meio transacional O transacional caracteriza-se pela interação dos elementos que o integram diretamente com a empresa. Figura 20 - meio envolvente transacional – Adaptado Escola Superior de Tecnologia25 O Meio Transacional caracteriza-se pelo controle, mesmo que relativo, que a organização tem sobre este meio. Observa-se que o meio envolvente transacional é constituído dos perfis: do cliente, do concorrente, dos fornecedores e o da comunidade. Oportuno agora é fazer as devidas definições. Clientes: É utilizado aqui no sentido de consumidor - [Economia] Pessoa física ou jurídica que utiliza ou adquire esses serviços, produtos, mercadoria26. Como o termo é usado no plural, entende-se que é o mercado consumidor que o procura com o objetivo de compra. 25 http://www.estgv.ipv.pt/paginaspessoais/amario/Unidades%20Curriculares/ Gest%C3%A3o%20Estrat%C3%A9gica/Textos%20apoio/Envolvente%20Contextual.pdf 3/17/2017 9:02 AM 26 https://www.dicio.com.br/consumidor/ 3/17/2017 3:05 PM 91 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE Critérios Genéricos exemplos Quem: natureza dos compradores Particulares (sexo, idade, altura e peso, raça e etnia, composição da família, estilos de vida, atitudes, nível de ren- dimento, categoria sócio profissional, nível educacional e religião, entre ou- tros), empresas (sector de atividade, dimensão, capacidade de gestão, nível tecnológico e situação econômico-fi- nanceira, entre outros), organismos públicos, instituições de ensino, etc. O Quê? ♦ produtos/serviços comprados Tamanho, preço, características fí- sicas do produto, desempenho, de- sign, tecnologia, materiais, serviço pós-venda, etc. Para quem? ♦ natureza dos utilizadores Própria pessoa, amigos, familiares, colegas, público em geral, etc. Quando? ♦ ocasião da compra Frequência da compra, sazonalida- de, ocasiões especiais (Natal, Dia da Mãe e Fim do Ano, entre outros), ciclicidade, etc. Onde? ♦ local de compra Grossista, retalhista, casa, empresa, estabelecimento de ensino, área ge- ográfica, etc. Porquê? ♦ razão da compra Necessidadefísica, benefício psi- cológico, tipo de uso, compra para oferta, etc. Como? ♦ modo de compra Forma de pagamento, modalidade de encomenda (contato pessoal, por telefone e por correio, entre outros), tipo de informação requerida, proces- so de tomada de decisão, etc. Tabela 9 - Meio Envolvente Contextual - Fonte Escola Superior de Tecnologia27 27 http://www.estgv.ipv.pt/paginaspessoais/amario/Unidades%20Curriculares/ Gest%C3%A3o%20Estrat%C3%A9gica/Textos%20apoio/Envolvente%20Transaccional. pdf 3/17/2017 3:23 PM 92 Cenário externo estratégico Concorrentes: É utilizado aqui no sentido de concorrência - [Economia] Circunstância em que há várias ofertas competin- do umas com as outras.28 Concorrentes, então, são as pessoas físicas ou jurídicas que fazem as várias ofertas para o seu mercado consumidor. Objetivos distintos:29 • “Curto prazo – permitir a comparação sistemática dos principais indicadores comuns de desempenho económico (vendas, custos, RL...) • Médio prazo – aumentar o grau de fiabilidade das previsões sobre o comportamento futuro dos concorrentes A recolha de informação sobre a concorrência deve incidir sobre: • Capacidades (áreas de maiores competências e debilidades) • Objetivos (rentabilidade, QM, crescimento) • Estratégia (como competem? Que iniciativas tomam?) • Pressupostos (que expectativas? Como veem a si próprios?) Fornecedor: Pessoa ou estabelecimento de quem se compra normalmente.30 “Na análise dos fornecedores, é importante manter uma perspectiva alargada dos inputs requeridos pelas empresas, por for- ma a identificar, com rigor, as tendências nos diversos mercados a montante do sector. 28 https://www.dicio.com.br/concorrencia/ 3/17/2017 3:10 PM 29 http://www.estgv.ipv.pt/paginaspessoais/amario/Unidades%20Curriculares/ Gest%C3%A3o%20Estrat%C3%A9gica/Textos%20apoio/Envolvente%20Transaccional. pdf 3/17/2017 3:27 PM 30 https://www.dicio.com.br/fornecedor/ 3/17/2017 3:10 PM 93 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE Devem ser analisados convenientemente os seguintes tópicos: • Evolução das principais fontes de recursos físicos para a produção (quantidade e dimensão) • Dinâmica dos mercados de trabalho • Recursos financeiros • Informação • Tecnologia • Outros serviços relevantes 31” Comunidade: [Sociologia] Agrupamento social que se ca- racteriza por acentuada coesão baseada no consenso espontâneo dos indivíduos que o constituem32. A atividade de qualquer empresa não pode ser analisada fora do contexto da comunidade em que se insere. Por isso, é também relevante identificar as tendências gerais da localidade e país onde as operações ou vendas são levadas a cabo, de forma a antecipar o seu impacto no desempenho da organização. A análise da comunidade deve ainda incidir sobre a atua- ção de outros agentes e grupos de interesse de carácter nacional ou internacional, como o governo, as associações sindicais e patronais, as organizações ambientalistas e de defesa do consumidor ou as associações industriais, a medida em que possam influenciar, direta ou indiretamente, a evolução dos mercados e das indústrias em que a empresa atua.33 31 http://www.estgv.ipv.pt/paginaspessoais/amario/Unidades%20Curriculares/ Gest%C3%A3o%20Estrat%C3%A9gica/Textos%20apoio/Envolvente%20Transaccional. pdf 3/17/2017 3:31 PM 32 https://www.dicio.com.br/comunidade/ 3/17/2017 3:10 PM 33 http://www.estgv.ipv.pt/paginaspessoais/amario/Unidades%20Curriculares/ Gest%C3%A3o%20Estrat%C3%A9gica/Textos%20apoio/Envolvente%20Transaccional. pdf 3/17/2017 3:29 PM 94 Cenário externo estratégico 3.2.3. As 5 forças de Porter (análise entres Cenários) Com as devidas análises dos meios Contextual e Transacional realizadas, pode-se utilizar as 5 forças de Porter para relacioná-las, pois relaciona as rivalidades existentes. Veja a Figura 21. Figura 21 - As 5 forças de Porter – Adaptado (Porter, 1986) “A essência da formulação da estratégia é lidar com a competição. Entretanto, tende-se a perceber a competição de forma muito limitada e pessimista. Muito embora ouçamos argumentações contrárias por parte de executivos, a competição intensa em um setor industrial nada tem a ver com coincidência nem com as adversidades da sorte. Além disso, na luta por participação no mercado, a competição não se manifesta apenas através dos demais concorrentes. Pelo con- trário, a competição em um setor industrial tem suas raízes em sua respectiva economia subjacente e existem forças competitivas que vão muito além do que esteja representado unicamente pelos concorrentes estabelecidos neste setor em particular. Os clientes, os fornecedores, 95 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE os novos entrantes em potencial e os produtos substitutos são todos competidores que podem ser mais ou menos proeminentes ou ativos, dependendo do setor industrial. ” (MONTGOMERY & PORTER, 1998) Dependendo do meio envolvente e do setor industrial em que empresa se encontra, as 5 forças competitivas de Porter têm resultados diferentes em função a uma atuação conjunta variável. MATIAS-PEREIRA (2010) as resume da seguinte maneira: 1- Poder de negociação dos fornecedores: o poder de negociação dos fornecedores se manifesta na capacidade dos mesmos de elevar os preços ou reduzir a qualidade dos bens e serviços fornecidos. É maior quando é mais concentrado do que a indústria da qual parti- cipa, quando tem clientes diversificados, quando o produto fornecido é importante para o negócio do cliente e quando os concorrentes dos fornecedores apresentam produtos diferenciados com custo de mudança alto; (MATIAS-PEREIRA, 12/2010) Fornecedores (financeiros, tecnologias, humanos, etc) exer- cem sua influência na rentabilidade estrutural por meio de suas políticas de vendas, qualidade, cobrança e lead time de entrega dos produtos. Seu poder de negociação tende a ser mais forte nos seguintes casos: • Quanto menor a concorrência da empresa fornecedora, maior seu poder de negociação; • Quanto menor o número de produtos substitutos alter- nativos, maior poder de barganha; • A importância do cliente para o fornecedor não é de relevância; • A importância do produto de alta relevância para o cliente. 96 Cenário externo estratégico • Poder de barganha dos compradores: o poder de barganha dos compradores é tanto maior quanto a importância de suas com- pras para a indústria. Quando forte, afeta a indústria, forçando os preços para baixo, exigindo melhorias na qualidade, nos serviços de manutenção, na compatibilidade dos produtos e nas garantias, gerando, consequentemente, aumento acirrado da competição entre os concorrentes. (MATIAS-PEREIRA, 12/2010) Política de compras (preço e prazo de pagamento) e exigências de qualidade são as formas de afetar a atratividade. O cliente tende a ter mais peso na negociação quando: • Há poucos clientes no mercado; • Alto impacto no total de compras do consumidor; • Abundância de produtos alternativos sem custo adicional; • Baixa rentabilidade do cliente. Ele vai ter que lutar por um bom negócio sempre; • Produtos de baixa relevância para o cliente; • Abundância de informação ou informações estratégicas sobre o fornecedor da parte do cliente. • Toda indústria concorre com produtos substitutos, produtos que podem desempenhar a mesma função dos produtos de determinada indústria. Quanto melhor a relação desempenho/preço dos produtos substitutos, maior a pressão sobre o lucro da indústria (MATIAS- PEREIRA, 12/2010). Influência direta sobre o limite máximo dos preços de venda. Impõe limite sobre a rentabilidade e a relação preço/qualidade. Produtos de maior qualidade tem sua rentabilidade prejudicada caso haja um substituto mais barato que atenda às mesmas exigências. 97 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE • Novos entrantes representam uma ameaça porque geralmente chegam bem capitalizados e com forte intenção de conquistar alguma parcela do mercado.Consequentemente, com um novo entrante, os preços podem cair e os custos serem inflacionados, diminuindo a rentabilidade do negócio (MATIAS-PEREIRA, 12/2010) Barreiras à entrada: • Economias de Escala • Diferenciação do produto • Requisitos de capital • Custos de mudança • Acesso a canais de distribuição • Diferenças de custo extra-escala • Tecnologias avançadas • Acesso a matérias-primas • Localização • Política Governamental • A rivalidade entre concorrentes se dá pela disputa por posição. Essa disputa ocorre em função de pressões ou busca por melhores colocações no mercado. Entre os principais fatores envolvidos na alta rivalidade entre os concorrentes, podemos citar: concorrentes numerosos ou bem equilibrados, crescimento lento da indústria, grandes interesses estratégicos, barreiras de saídas elevadas, entre outros. (MATIAS- PEREIRA, 12/2010) O acirramento da rivalidade tende a se intensificar quando: • Competidores de porte análogo; • Mercado saturado; 98 Cenário externo estratégico • Custo com estocagem elevado; • Custos fixos elevados; • Baixa rentabilidade por parte da clientela. • Produtos indiferentes para o cliente sem qualquer custo de mudança; • Concorrência com comportamento variado; • Dumping por um período limitado de tempo; • Barreiras de saída elevadas Alguns exemplos de barreira de saída: • Equipamentos especiais; • Custo de dispensa de pessoal elevado; • Interrelações estratégicas; • Restrições por parte do governo; • Lealdade e outras questões de ordem emocional. 3.2.4. Análise SWOT – Cenário externo A análise SWOT, cuja sigla vem do Inglês, ou FOFA em por- tuguês: Strenghts (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Esse tipo de análise é feito em duas etapas. A primeira contempla o ambiente externo na detecção de Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). A segunda tem como foco o ambiente interno, como se deve presumir com facilidade: Strenghts (Forças) e Weaknesses (Fraquezas). É uma sistemática para análise do ambiente externo que faz uso do cenário criado no meio envolvente e que considera as rivalidades das forças atuantes através do critério desenvolvi- do por Porter. A finalidade é buscar o máximo de informações disponíveis criteriosamente na identificação de oportunidades e 99 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE ameaças para a contemplação das ações estratégicas, posterior- mente. A estratégia deverá prevenir-se contra possíveis ameaças e potencializar ao máximo a captação de oportunidades. Para Pagnoncelli e Vasconcellos Filho: Ameaça: “são situações externas, atuais ou futuras que, se não eliminadas, minimizadas ou evitadas pela empresa, podem afetá-la negativamente” (ANDRADE, 2016) Oportunidades: “são situações externas, atuais ou futuras que, se adequadamente aproveitadas pela empresa, podem influenciá-la positivamente. (ANDRADE, 2016) INDICaDORes POTeNCIaIs De OPORTUNIDaDes POTeNCIaIs De aMeaÇas servir grupos adicionais de clientes; entrada de concorrentes estrangei- ros com custo mais baixo; entrar em novos mercados ou segmentos; elevação das vendas de produtos substitutos; expandir a linha de produto para atender uma faixa maior de necessi- dades dos clientes; crescimento mais lento do mercado; diversificação em produtos relacionados; mudanças adversas nas taxas de câmbio internacionais e nas políticas comerciais de governos estrangeiros; desenvolver integração vertical (pa- ra frente ou para trás); exigências legais onerosas; queda de barreiras comerciais em mercados estrangeiros atrativos; crescimento no poder de barganha de clientes e fornecedores; complacência entre empresas rivais; mudanças nas necessidades e nos gostos dos compradores; crescimento mais rápido do mercado; mudanças demográficas adversas; outras? outras? Tabela 10 - Indicadores de Potenciais de Ameaças e Oportunidades fonte: (ANDRADE, 2016) 100 Cenário externo estratégico 3.2.5. Análise SWOT – Cenário Interno Apesar da análise externa ser um elemento chave para se saber o que acontece no meio envolvente, a análise das condições internas também é fundamental para a definição da estratégia da empresa. Tão importante que pode determinar seu sucesso ou fracasso. Para Thompson Jr. e Strickland III: Ponto forte: “Um ponto forte é algo que a empresa faz bem ou uma característica que lhe proporciona uma capacidade importante. Um ponto forte pode ser uma habilidade, uma perícia importante, um recurso organizacional ou capacidade competitiva valiosa ou um empreendimento que coloca a empresa numa posição de vantagem no mercado (tal como ter um produto melhor, nome mais forte, tecnologia superior ou melhor serviço ao cliente). Um ponto forte pode resultar também de alianças ou de investimentos com parceiros detentores de habilidades ou perícia que melhorem a competitividade da empresa. ” (ANDRADE, 2016) Ponto fraco: “Um ponto fraco é algo que a empresa não tem ou não faz muito bem (em comparação com as outras) ou uma condição que coloca a empresa em desvantagem. Um ponto fraco não torna necessariamente uma empresa vulnerável com- petitivamente, dependendo de quanto ele pese no mercado. ” (ANDRADE, 2016) INDICaDORes POTeNCIaIs Pontos Fortes Pontos Fracos competência básica em área-chave; falta de rumo estratégico claro; recursos financeiros adequados; instalações obsoletas; bem vista pelos compradores; lucratividade abaixo da média líder de mercado reconhecida; falta de profundidade e talento gerenciais; 101 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE acesso às economias de escala; ausência de algumas habilidades- chave e de competência; isolada (pelo menos um pouco) contra fortes pressões competitivas; pouca experiência na implementa- ção de estratégias; tecnologia patenteada; existência de problemas operacio- nais internos; vantagens de custo; atrasada em termos de planejamen- to e desenvolvimento; melhores campanhas de propaganda; linha de produtos muito estreita; habilidade de inovação dos produtos; rede de distribuição fraca; habilidade gerencial comprovada; habilidades de comercialização abaixo da média; vanguarda na curva de experiência; incapacidade de financiamento das mudanças necessárias na estratégia; melhor capacidade de fabricação; custos unitários gerais altos em re- lação aos concorrentes; habilidades tecnológicas superiores; outros? outros? Tabela 11 - Indicadores de Pontos fortes e fracos fonte: (ANDRADE, 2016) 102 Cenário externo estratégico 3.3 exeRCíCIOs 1. Explique o meio envolvente contextual: Meio envolvente Contextual CONTexTO IMPlICaÇÕes vaRIáveIs 103 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE 2. Explique o meio envolvente transacional. _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ 3. Quais são as 5 forças de Porter? _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ 104 Cenário externo estratégico _________________________________________________4. Para que serve a análise das 5 forças de Porter? _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ 5. Como a análise SWOT ajuda a análise do meio envolvente? _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ 105 Cenário externo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA DA QUALIDADE _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________