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19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 1/40 Imprimir CAPITALISMO SUSTENTÁVEL Aula 1 - Pacto global Aula 2 - Papel da cultura e liderança na aplicação ESG Aula 3 - Diversidade, equidade e inclusão (DEI) e Qualidade de vida no trabalho Aula 4 - Boas práticas ESG Aula 5 - Revisão da Unidade Referências 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 2/40 INTRODUÇÃO Talvez você já tenha lido, ouvido falar ou visto em um anúncio ou propaganda sobre a sigla em inglês ESG (Enviromental, Social and Governance), a qual traduzida seria responsabilidade ambiental, social e governança, porém a sua origem, essência e importância ainda é desconhecida por muitos. Conhecer a origem deste termo é muito mais do que saber a sua história e diz respeito ao entendimento de como as práticas da responsabilidade social, ambiental e de governança (ESG) in�uenciam e impactam o desenvolvimento e o relacionamento global entre empresas, governos e cidadãos, pois trazem a todos os envolvidos uma nova maneira de identi�car a responsabilidade de todos no mundo. Mesmo sem perceber, você já está envolvido e participando do ESG, basta conhecer estas responsabilidades que você verá isso. EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE E O CONCEITO BANI Antes de conhecer como a responsabilidade social, ambiental e de governança está presente em nosso dia a dia, temos que compreender a ação transformadora que a palavra responsabilidade trouxe para as empresas e como ela reuniu os governos do mundo em alguns pactos. Aula 1 PACTO GLOBAL Talvez você já tenha lido, ouvido falar ou visto em um anúncio ou propaganda sobre a sigla em inglês ESG (Enviromental, Social and Governance), a qual traduzida seria responsabilidade ambiental, social e governança, porém a sua origem, essência e importância ainda é desconhecida por muitos. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 3/40 A palavra responsabilidade já era utilizada pelas empresas e pelos governos, porém ganhou grande força a partir do �nal do século XX e vem, desde então, transformando essas organizações, esses governos e suas formas de se relacionar. Esta evolução da responsabilidade ocorreu através do tempo e o seu marco inicial pode ser datado do ano de 1972, em Estocolmo, quando a Organização da Nações Unidas (ONU) promoveu a primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente e passou a tomar posse do termo sustentabilidade (GOI JUNIOR, 2023). Após a conferência de 1972 tivemos outros eventos que marcaram esta mudança de pensamento, com destaque para: Em 1984, Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Em 1992, a ONU realizou na cidade do Rio de Janeiro a ECO-92 ou Rio-92, para celebrar os 20 anos da conferência de Estocolmo, que �cou conhecida como Cúpula da Terra e representou um marco nas discussões sobre a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Em 2012, aconteceu a Rio+20 para celebrar a ECO-92 e a partir deste momento o termo Economia Verde passou a ser adotado. Em 2015, a Organização da Nações Unidas em Nova Iorque realizou uma nova conferência na qual apresentou os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), os quais foram discutidos entre os anos de 2012 e 2013. Em 2015, ocorreu também a Comissão entre Partes (COP21), famosa pelo documento produzido denominado Acordo de Paris. A mudança de pensamento e de ação não �cou somente restrita aos fatos acima, pois a sociedade evoluiu em conjunto com as empresas e governos neste período. Em 2020, o mundo BANI, sigla em inglês que compreende as palavras britlle (frágil); anxious (ansioso); nonlinear (não linear); e incomprehensible (incompreensível), teve seu avanço acelerado devido à Pandemia de Covid-19, doença causada pelo vírus Sars- Cov-2, a qual trouxe novas formas de relacionamento no mundo e acelerou o desenvolvimento de outras (CASCIO, 2021). As relações entre todos, inclusive entre empresas e governos, sofreram alterações e se tornaram mais frágeis, pois descobrimos que os eventos de grande impacto podem afetar a todos de forma indistinta, e com isso as pessoas �cam propensas a se tornarem mais ansiosas e como consequência ocorre uma não linearidade, ou Todas as cúpulas e reuniões citadas têm a sua importância dentro da história, porém, o evento realizado em Nova Iorque em 2015 trouxe para o mundo o documento no qual 193 países foram signatários e que traz as metas a serem alcançadas até 2030 pelas nações. Os ODS consistem de 17 objetivos e 169 metas. Como vimos, os governos através de décadas vêm �rmando pactos entre si objetivando uma nova maneira de terem o desenvolvimento econômico necessário, porém com um olhar mais atento para a responsabilidade e sustentabilidade social, ambiental e de governança. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 4/40 seja, as perspectivas de futuro sofrem alterações; por �m, o excesso de informações disponíveis e acessíveis atualmente pode gerar incompreensão de fatos, gerando ansiedade e criando um círculo vicioso. As empresas e os governos devem entender e atuar neste novo mundo sem se esquecer de suas responsabilidades trazidas pelas práticas do ESG. RELAÇÃO ENTRE ESG, ODS E MUNDO BANI Um importante e valioso documento produzido pela ONU foi o ODS, o qual trata os dezessete objetivos que são citados abaixo: Quadro 1 | Objetivos da ODS Ordem Objetivos Resumo 1 Erradicação da pobreza Erradicar a pobreza em todas as formas e em todos os lugares 2 Fome zero e agricultura sustentável Erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável 3 Saúde e bem-estar Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. 4 Educação de qualidade Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. 5 Igualdade de gênero Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. 6 Água potável e saneamento Garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos. 7 Energia limpa e acessível Garantir o acesso a fontes de energia �áveis, sustentáveis e modernas para todos. 8 Trabalho decente e crescimento econômico Promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos. 9 Indústria, inovação e infraestrutura Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. 10 Redução das desigualdades Reduzir as desigualdades no interior dos países e entre países. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 5/40 11 Cidades e comunidades sustentáveis Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. 12 Consumo e produção responsáveis Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. 13 Ação contra a mudança do clima e seus impactos Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos. 14 Vida na água Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. 15 Vida terrestre Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as �orestas, combater a deserti�cação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. 16 Paz, justiça e instituições e�cazes Promover sociedades pací�cas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições e�cazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. 17 Parceria e meios de implementação Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimentosustentável. Fonte: adaptado de ONU (2015). Todos os objetivos têm a sua importância e relevância e não existe uma ordem para aplicá-los, de modo que todos devem ser feitos no transcorrer do tempo. Analisando cada objetivo pode-se notar que todos estão dentro de uma perspectiva de responsabilidade social, ambiental e de governança, assim in�uenciam as práticas de ESG, ou até melhor, todos fazem parte desta nova forma de analisar a responsabilidade das empresas e com uma nova forma de se portar em suas relações, a qual pode ser sintetizada por: “Não se trata de ser a melhor empresa do mundo, mas de ser uma empresa melhor para o mundo” (HARRACA, 2022, p.73). 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 6/40 Neste breve exemplo, você pode notar como os objetivos se intercalam e auxiliam um ao outro na sua aplicação. Desta forma, as empresas conseguem se estruturar e reestruturar para que consigam atender esta nova visão de mercado, pois nos dias atuais não importa somente o lucro, mas sim como ele se enquadra nas normas da ESG (GOI JUNIOR, 2023). Os pilares da ESG de responsabilidade social e ambiental são fáceis de serem identi�cados dentro dos ODS, porém, o pilar da governança não é tão simples de se identi�car e pode gerar dúvidas de sua existência na ODS, mas é a governança quem direciona a aplicação e o desenvolvimento dos ODS. Você pode entender como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e os princípios da ESG se relacionam entre si e podem ser aplicados conjuntamente, a�nal os ODS não são somente de responsabilidade dos governos, inclusive os não signatários do documento, e sim da sociedade mundial, mas ambas são anteriores ao surgimento abrupto do mundo BANI (em 2020), apesar de continuarem aplicáveis em um mundo afetado pela Pandemia de Covid-19 em 2019. Recordando as características do mundo BANI, as quais são: frágil, ansioso, não linear e incompreensível, pode-se dizer que por meio da busca por atingir aos ODS e das práticas da ESG, as demandas geradas pelo mundo BANI serão sanadas. Fonte: Shutterstock. Analisando o objetivo 12 Consumo e produção responsáveis como exemplo, em conjunto com a ESG, podemos dizer que não se trata tão somente de como a empresa trabalha para produzir de maneira responsável, mas também como cada fornecedor o faz e a forma que a empresa lida com os resíduos que podem ser gerados a partir do seu produto. Ainda neste tópico, podemos buscar auxílio para ter uma produção responsável com o objetivo de número sete, o qual trata da utilização de energias renováveis. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 7/40 A fragilidade citada no BANI teve como propulsor a Pandemia de Covid-19 em 2019, em que todos, inclusive as empresas, notaram a fragilidade que temos frente a eventos que não podem ser previstos, mas podem causar grande impacto que modi�ca o mundo e traz novas formas de se relacionar, trabalhar e consumir, aumentando ou gerando ansiedade nas pessoas. Além disso, a perspectiva de futuro mudou, pois as certezas que tínhamos anteriormente já não temos mais e devido à facilidade ao acesso e da quantidade de informações disponibilizadas a um toque no celular, por exemplo, muitos fatos podem ser incompreendidos ou distorcidos. Porém, o objetivo de número 4 dos ODS que trata de educação poderia ser utilizado na busca por uma educação de qualidade que visa a correta pesquisa por informação e senso crítico, com discernimento para identi�car e não espalhar Fake News, por exemplo – o que poderia ser incentivado e promovido pelas empresas do ponto de vista de sua responsabilidade social. Você pode perceber que todos os três temas se intercalam entre si, mesmo tendo suas origens em épocas diferentes. IDENTIFICANDO AÇÕES DE ESG Estudante, após esta imersão nas três siglas: ESG, ODS e BANI chegou o momento de analisar o comportamento deles e suas interações. Os sites das empresas, em geral, na parte que trata de relação com investidores ou institucional contêm informações sobre como ela trata as questões ligadas à responsabilidade social, ambiental e de governança. Quanto maior o porte da empresa, mais informações você pode obter do relacionamento dela com os temas da ESG, que pode ser também referido como: Relação com a Natureza, Preocupação com o Futuro, Novo Mundo, entre outros. Agora, como aplicar todo este conhecimento ou identi�cá-lo no mundo corporativo? A resposta poderá estar mais próxima do que se imagina, em situações nas quais você pode pensar que não estariam relacionadas a eles. Observe os exemplos a seguir: Uso de cestos de lixos identi�cando o que pode ser descartado em cada um deles é uma prática de responsabilidade social/ambiental e está dentro dos objetivos da ODS; Muitas empresas adotam a prática de ginástica laboral para os empregados, possuem em seu pacto de benefícios descontos em academias, incentivos à prática de meditação e yog;, neste caso temos questões de responsabilidade social, objetivos da ODS ligados ao trabalho e atividades físicas podem auxiliar o trabalhador em sua saúde física e mental, assim podem trabalhar os desa�os do mundo BANI; Empresas de cosméticos estão cada vez mais proibindo o teste dos seus produtos em animais, isto se relaciona com as responsabilidades social/ambiental, com as práticas da ODS e pode trabalhar questões do mundo BANI diminuindo a não linearidade dos seus clientes; Órgãos públicos e empresas quando buscam trabalhar ou desenvolver energias renováveis trabalham práticas da ESG, ODS e no mundo BANI também; Horário �exível de trabalho traz a responsabilidade social, questão de trabalho e proporciona ao trabalhador como gerir melhor o seu tempo em atividades fora do ambiente corporativo; 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 8/40 Parques abertos em horários estendidos para que as pessoas tenham oportunidade de praticar exercícios corrobora com questões de responsabilidade social, ODS e do mundo BANI, pois órgãos públicos têm esta responsabilidade em sua essência; Ambientes privados e públicos que permitem a circulação de animais de estimação, isto auxilia nas questões do mundo BANI, possui relação com questões da ODS e de responsabilidade social; Uso de sacolas biodegradáveis oferecidas por muitos estabelecimentos está relacionado à responsabilidade ambiental, tema da ODS ligado ao meio ambiente; quando pensamos no mundo BANI está relacionado à melhoria do futuro, entre outros. Outras questões que trazem um conteúdo muito representativo são as ações de marketing que mostram diversidade de pessoas relacionadas a diferentes pro�ssões, demonstrando representatividade e mostrando que qualquer pessoa pode exercer aquela pro�ssão, independentemente de credo, orientação sexual, religião, cor, etnia, etc. Como vimos, são diversas as situações e os momentos que você pode encontrar no seu dia a dia e têm relação com ESG e os ODS, mas se não nos atentarmos podem passar despercebidas por nós. Hoje você já conseguiu identi�car uma ação no seu dia a dia com o tema tratado aqui? VIDEOAULA Estudante, nesta videoaula você poderá compreender mais do tema estudado hoje, observando as situações do dia a dia, com foco em responsabilidade social, ambiental e de governança, além dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e, claro que não poderia faltar, as questões sobre o mundo BANI, para maior entendimento de todo o conteúdo que vimos. Saiba mais Quer saber mais sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Convido você a acessar o site das Nações Unidas, para descobrir ainda mais sobre o tema. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 2 PAPEL DA CULTURA E LIDERANÇA NA APLICAÇÃO ESG https://brasil.un.org/pt-br/sdg 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 9/40 INTRODUÇÃO Caro estudante, nestaaula serão abordados os desa�os que as empresas e os órgãos públicos têm ao implantarem o ESG e quais mudanças trazem para eles, principalmente para a gestão, a qual é a principal responsável pela disseminação da iniciativa na implantação da cultura. A entidade, seja ela pública ou privada, que adote e trabalhe dentro de uma cultura de responsabilidade ou, como hoje é chamado Cultura ESG vai muito além de escrever manuais ou políticas internas e sim como a ela se relaciona com o mercado e como o mesmo identi�ca a cultura da empresa, tem que estar nos propósitos das empresas o ESG. ESG – MUDANÇAS E DESAFIOS ORGANIZACIONAIS A preocupação do mundo com as questões da estratégia ESG ganhou evidência no �nal do século XX apesar de o tema ser anterior. No início do século XXI, o tema de governança ganhou maior exposição e, principalmente durante a crise econômica de 2019, ganhou um novo status dentro das companhias. O grande desa�o das entidades é entender a mudança cultural que a ESG exige dentro das organizações e isto deve partir da gestão da empresa. Outra importante questão a ser discutida é como as empresas vão se portar na mudança de geração de lucros para geração de valor, dentro de parâmetros capitalistas, mas equilibrando lucro e valor. Primeiramente para entender a cultura ESG vamos identi�car o que compõe cada letra, exempli�cando: Quadro 1 | Conteúdo ESG Caro estudante, nesta aula serão abordados os desa�os que as empresas e os órgãos públicos têm ao implantarem o ESG e quais mudanças trazem para eles, principalmente para a gestão, a qual é a principal responsável pela disseminação da iniciativa na implantação da cultura. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 10/40 E – Planeta Consumo de energia, redução da emissão de carbono e emissões atmosféricas; uso da água, economia circular, biodiversidade, uso da terra, uso de materiais, redução de resíduos. S – Pessoas Saúde, bem-estar e segurança dos colaboradores, direitos humanos, diversidade e inclusão, stakeholders relations (stakeholders são consideradas todas as partes interessadas: sócios, acionistas, governo, empregados, clientes etc.), cidadania corporativa, data privacy (privacidade de dados), inovação de produtos e serviços sustentáveis, reputação e credibilidade. G – Propósito e princípios Tomada de decisão da liderança, transparência, gestão de risco, diversidade na alta liderança e no board, compliance e competência justa, ética dos negócios, impacto econômico indireto, pagamento e contratação justos. Fonte: adaptado de Harraca (2022). Após identi�car o conteúdo intrínseco da sigla ESG podemos dizer que as entidades que já possuem uma prática de compliance estabelecida e a prática talvez saiam ou estejam na frente na prática da ESG. Porém, não podemos confundir ambas, pois compliance de forma macro estabelece critérios a serem seguidos para que os resultados da empresa sejam obtidos com as melhores e mais corretas práticas de mercado. Já a estratégia ESG vai muito além disto e possui uma preocupação de como este resultado foi atingido e não somente com qual prática; ainda assim, a ESG pode e deve utilizar-se de muitas questões inerentes ao compliance. Figura 1 | Responsabilidade de todos 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 11/40 Fonte: Pexels. O Quadro 1 evidencia de forma clara quais são os aspectos que as entidades devem analisar e introduzir dentro das organizações. Essas mudanças podem levar algum tempo, porém são necessárias e devem ser encaradas como uma forma de zelar pelo mundo (não se trata de �lantropia). A responsabilidade social, ambiental e de governança deve ser fomentada nas entidades e sua adoção deve ser explicada para todos os envolvidos nesse processo, ou seja, esta mudança ou aperfeiçoamento de conduta das empresas não são su�cientes, é necessário que as práticas e responsabilidades da ESG também sejam adotadas por toda a cadeia envolvida, a qual deve ter a mesma mentalidade. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 12/40 Conforme Paula Harraca (2022): “O líder aponta o caminho não com o dedo, mas com a própria caminhada”. Mais do que nunca, o líder deve ser aquele que motiva, engaja, direciona, treina e sabe que o aprendizado é contínuo e não tem �m. A má gestão da liderança dentro desta nova cultura pode ser ainda mais prejudicial do que era no passado. O líder dentro de uma cultura ESG deve sempre questionar e principalmente se colocar à disposição dos seus liderados e, com isso, conseguir envolver a todos nesta mudança cultural. Ele não se pode esquecer que em muitos casos as pessoas envolvidas no processo de transformação e adoção da cultura ESG não conseguem visualizar algumas das práticas em seu cotidiano e podem cometer o erro de pensar que isto é somente mais uma tendência ou moda do mundo corporativo. Destaco como uma característica do líder dentro da cultura ESG, o inconformismo, pois quem assume o papel de liderança deve estar sempre buscando novas maneiras de fazer o trabalho, tendo como meta a responsabilidade social, ambiental e da governança (HARRACA, 2022). IMPACTO DA ESG NA LUCRATIVIDADE As empresas que passam a adotar a cultura ESG e não somente as práticas como muitas empresas, o fazem de forma errônea, pois entendem que as práticas são a própria cultura, devem estar cientes que iniciaram um novo ciclo na empresa e que não devem introduzir a mesma a qualquer custo, pois desta forma estariam indo contra a própria ESG. Na introdução da cultura ESG dentro das organizações deve-se identi�car qual é o grau de maturidade da empresa e o conhecimento que os envolvidos têm sobre o tema. Neste caso, é necessário conhecer o tema e saber aplicá-lo e treinamentos nesta etapa podem ser essenciais, para a partir deste momento iniciar a construção de uma nova cultura, a começar pela gestão da empresa, que é também responsável pela disseminação dessa cultura. A responsabilidade social, ambiental e da governança busca em sua essência um desenvolvimento sustentável das organizações, ou seja, o lucro continua sendo importante, mas não a qualquer custo, ao contrário: com o compromisso da responsabilidade social. Para Godi Junior (2022), isso signi�ca “lucrar com propósito”. A questão do lucrar com propósito signi�ca que ao invés de a empresa somente almejar o lucro, ela deverá considerar as responsabilidades trazidas pela ESG. A adoção da cultura ESG, como vimos, passa primeiramente pela gestão das empresas, sendo assim ela é propulsora para esta nova forma de se fazer negócio. Desse modo, a alta direção deve ser treinada e inserida neste contexto, pois a gestão autoritária do passado já não tem mais espaço dentro da cultura ESG. As organizações devem sempre buscar entender o tripé: lucro, planeta e pessoas, conhecido como Triple Botton Line, termo criado por John Elkington, e com isto a introdução e a manutenção das práticas da ESG �cam mais fáceis. O que acontece com muitas empresas é que elas querem adotar as práticas de ESG, porém consideram o lucro a peça mais importante desse tripé. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 13/40 A a�rmação de Elkington confronta os interesses capitalistas com os da ESG, porém o mundo pós pandemia de Covid-19 em 2019 passou por transformações profundas e alguns fatores que não eram presentes no momento da escolha de produtos e até mesmo nos hábitos dos consumidores mudaram. Pode-se citar: Compra de produtos cosméticos não testados em animais; Expansão residencial da geração e energia fotovoltaica; Prédios com jardins nas fachadas verticais e nos terraços; Incremento de transportes coletivos elétricos; Pesquisa e desenvolvimento de combustíveis a partir de fontes renováveis; O aumento exponencial do home o�ce; Compra de produtos preferencialmente de empresasque adotam políticas de inclusão de pessoas, entre outras. Além de toda a questão da responsabilidade social, ambiental e da governança, as quais já justi�cariam a implantação da cultura ESG, existem muitas outras prerrogativas além das citadas acima em que as empresas, mesmo tendo um aumento de custo, não reduzam o seu lucro e passem a lucrar com propósito. Dentro da cultura ESG, as pessoas passam a ter ainda mais um papel de protagonistas, pois as empresas são formadas em sua essência por pessoas e no �nal quem consome os produtos e serviços são pessoas, então elas são o centro de mudança de cultura; menosprezar ou diminuir isto pode custar a própria existência das empresas. Assim reforça-se a comparação: se a ESG fosse uma corrida, seria uma maratona em que o que importa não é o impulso da largada e sim a constância durante todo o percurso. CULTURA PRÁTICA DO ESG Estudante, agora que já conhecemos a origem da responsabilidade social, ambiental e da governança e identi�camos a sua cultura, podemos analisar como todas as questões podem ser identi�cadas e aplicadas dentro das organizações. Em muitos casos existe uma confusão entre dois termos, pois as empresas em geral dizem que estão se tornando sustentáveis e a�rmam que isto é ESG; em certo ponto, a a�rmação pode estar correta, porém temos que lembrar que a sustentabilidade faz parte da responsabilidade, ou seja, a empresa se torna A adoção e o interesse pela cultura ESG terão um aumento exponencial com a redução dos custos para sua implantação, pois aumentar os custos signi�ca menos lucro e em uma visão capitalista isto se torna prejudicial, porém conforme Elkington (2012): “À medida que o interesse dos mercados �nanceiros aumentar, o interesse pelas maneiras de internalizar os custos da linha dos três pilares, sem abalar as empresas, também aumentará”. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 14/40 responsável para depois ser sustentável. Não existe um modelo padrão, o que as empresas devem fazer é criar e estabelecer uma matriz de dados da ESG dependendo do seu ramo de atuação e do tema a ser analisado. Vejamos o exemplo abaixo referente a inclusão de mulheres na gestão da empresa: Quadro 2 | Comparativo de número de empregados Descrição 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total de gestores Total de gestores homens Total de gestoras mulheres Fonte: elaborado pelo autor. Como pode-se observar Quadro 2, a empresa busca veri�car e conhecer como está a distribuição de cargos de gestão entre mulheres e homens. O tema de inclusão de mulheres na gestão das empresas faz parte da responsabilidade social trazida pela ESG, porém a tabela com inserção de dados somente terá funcionalidade caso a empresa tenha adotado a cultura ESG e transformado os dados em informações; porém antes mesmo de analisar os dados, a empresa deve veri�car a sua veracidade e os padrões de cargos de gestão, podendo utilizar os questionamentos a seguir: 1. Quais foram os cargos de gestão de considerados? 2. Qual é o tempo médio de existência dos cargos de gestão? 3. Qual é o cargo mais novo e o mais antigo de gestão? 4. Qual é o turnover de pessoas nos cargos de gestão? Um termo importante e que surgiu a partir dos anos de 2020 é a Economia Verde, o qual faz parte das responsabilidades trazidas pela cultura ESG dentro das organizações. Porém, em alguns momentos, temos opiniões contrárias, pois consideramos o termo não no olhar da sustentabilidade e sim voltado para o capitalismo, incentivando o consumo, com a justi�cativa de que se for sustentável pode ser consumido e isso gera uma nova etapa de discussão dentro da cultura ESG. Quando a empresa adota uma cultura ESG é de fundamental importância estabelecer métricas para conseguir mensurar o avanço da cultura e dos seus re�exos, porém é importante que a empresa tenha conhecimento da representatividade do que será avaliado, após estabelecer como serão mensurados os dados coletados, mas estes devem ser representativos, verdadeiros, possíveis de serem comparados com outras situações e que qualquer pessoa que os analise possa entender. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 15/40 5. Qual é a importância e responsabilidade dos cargos ocupados por mulheres em comparação aos que são ocupados por homens? 6. Conseguimos ter uma contraprova dos números apresentados? 7. Os cargos de gestão que existem na empresa são similares a de outras? 8. Qual é a proporção que a empresa almeja ter e em quanto tempo será alcançada? 9. Qual é a proporção que as empresas que tenham a cultura ESG praticam? Vejam que uma simples tabela não quer dizer que a empresa esteja adotando a cultura ESG, porém quando essa análise de números é associada com perguntas de referência à responsabilidade social adotada e com o mercado externo, a empresa poderá validar e, caso necessário, corrigir a política de prática do ESG. VIDEOAULA Olá, estudante, no resumo desta aula, você verá sobre como a mudança social e de relações introduzidas pela responsabilidade social, ambiental e governamental (ESG) está impactando os negócios das empresas e como estas estão se adaptando frente aos novos hábitos e às novas maneiras de consumir dos seus clientes, um grande desa�o para todos, mas que no �nal pode gerar empresas melhores para o mundo. Saiba mais O tema de responsabilidade social, ambiental e de governança se estende por muitas vertentes e as empresas estão ávidas por conhecer melhor o tema. Caso você queira se aprofundar mais no assunto, acesse o site da Delloite e leia alguns artigos sobre o tema, trazendo uma visão de uma das quatros maiores empresa de auditoria do mundo. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 3 DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO (DEI) E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO https://www2.deloitte.com/br/pt/pages/about-deloitte/articles/jornada-esg.html 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 16/40 INTRODUÇÃO Olá, estudante, nesta aula, vamos desenvolver mais sobre a responsabilidade social da ESG analisando a questão de como a empresa se relaciona com o ambiente externo dela, porém esta relação em geral está intrinsecamente conectada em como a empresa age com os seus empregados, tanto quando eles estão dentro ou fora dela. Para melhorar a compreensão deste tema vamos utilizar alguns modelos que tratam das questões de relacionamentos da empresa com todos em geral, mas o ponto inicial para que toda esta responsabilidade social seja possível é não esquecer de que empresas são feitas de pessoas eseus clientes são pessoas. Vamos juntos para esta responsabilidade. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Estudante, a questão da responsabilidade social dentro do ESG é de fundamental importância, pois ela impacta diretamente a forma como as empresas fazem a gestão dos trabalhadores, não somente analisando o resultado do trabalho e sim o todo, inclusive como o trabalho afeta a vida pessoal de cada um. Uma abordagem que merece destaque é a de Richard Walton (1973) que trata de uma mensuração da vida do trabalhador dentro da empresa denominada de Qualidade de Vida no Trabalho ou simplesmente QVT. Este método é dividido em 8 critérios, conforme demonstrado no quadro abaixo: Quadro 1 | Critérios de Walton para qualidade de vida no trabalho Critério Indicadores Descrição Olá, estudante, nesta aula, vamos desenvolver mais sobre a responsabilidade social da ESG analisando a questão de como a empresa se relaciona com o ambiente externo dela, porém esta relação em geral está intrinsecamente conectada em como a empresa age com os seus empregados, tanto quando eles estão dentro ou fora dela. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 17/40 Compensação justa e adequada Salário Jornada de trabalho Referente também à remuneração Carga horáriade trabalho Condições de trabalho Ambiente físico Salubridade No sentido de conforto ergonômico Ausência de exposição a riscos ocupacionais Uso e desenvolvimento das capacidades pessoais Autonomia Estima Capacitação múltipla Informações sobre o trabalho Liberdade para tomar decisões O quanto se sente querido por parte dos colegas Quali�cação especí�ca e geral para o exercício da função De que forma e em que profundidade se é informado sobre o trabalho Oportunidade de crescimento e segurança Carreira Desenvolvimento pessoal Estabilidade no emprego Movimento de ascensão pro�ssional Melhoria em performance Risco de demissão Integração social na organização Ausência de preconceitos Habilidade social Valores comunitários Inclusão ou exclusão na empresa Educação e diplomacia Valorização das tarefas pela empresa Cidadania Direitos garantidos Habilidade social Valores comunitários Pagamentos, férias, seguros, etc. Não invasão na documentação e nas decisões Ausência de subjetividade e decisões objetivas Trabalho e o espaço total de vida Liberdade de expressão Vida pessoal preservada Horários previsíveis Revelação das opiniões Ausência de interferência na vida pessoal Uso do tempo pessoal-pro�ssional Relevância social do trabalho Imagem da empresa Responsabilidade social da empresa Credibilidade da empresa na comunidade Preservação ambiental, geração de empregos, metaqualidade. Fonte: França (1996). 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 18/40 Em 1996, a professora Ana Cristina Limongi França trouxe em sua tese de doutorado uma abordagem para a qualidade de vida no trabalho considerando as áreas de investigação: biológica, psicológica, social e organizacional. A divisão trouxe um complemento para o método QVT, pois separando em áreas é possível identi�car de uma maneira mais especí�ca os efeitos. A metodologia de França (1996) é conhecida como BPSO-96 (Biopsicossocial e Organizacional) e trabalha com variáveis dentro da organização. Abaixo o quadro demonstrando a metodologia BPSO-96. Quadro 2 | Variáveis independentes: ações especí�cas da empresa Área de investigação Descrição Programas especí�cos indicadores Setores que desenvolvem Organizacional Ações que valorizem a imagem, estrutura, o produto e relacionamento da empresa com os empregados. Endomarketing Comitês executivos e decisórios Comunicação interna Imagem externa Diretorias executivas Marketing Recursos humanos Social Ações que ofereçam benefícios sociais obrigatórios e espontâneos e criem oportunidade de lazer e cultura Direitos legais Atividades associativas e esportivas Eventos de turismo e cultura Atendimento à família Serviço social Grêmio esportivo Fundações especí�cas Recursos humanos Psicológica Ações que promovem a autoestima e o desenvolvimento de capacidades pessoais e pro�ssionais Processos de seleção e avaliação de desempenho Carreira Remuneração Programas participativos Recrutamento e seleção Treinamento de pessoal Cargos e Salários Relações industriais e/ou recursos humanos 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 19/40 Biológica Ações que promovam a saúde, que controlem os riscos ambientais e atendem às necessidades físicas. Mapa de riscos SIPAT Refeições Serviço Médico – interno e contratado Melhorias ergonômicas - Treinamentos especí�cos Segurança do trabalho e medicina ocupacional Ambulatório Nutrição Relações industriais e/ou recursos humanos Fonte: França (1996). Como podemos observar, tanto o método de Walton e as variáveis de França podem ser utilizados de forma conjunta, pois eles não são con�itantes entre si, mas para a empresa utilizar ambos é necessário que ela tenha um propósito, que pode ser trazido pela responsabilidade social. A partir destas ferramentas é possível adotar três temas para serem implantados e desenvolvidos: 1. Equidade. 2. Inclusão. 3. Diversidade. A equidade não pode ser confundida com igualdade, pois ambas são diferentes em sua essência, a equidade antecede a igualdade. Moragas (2022 [s.p.]) de�ne ambas como: A diferença entre ambas tem que estar de forma clara para as empresas, pois é fator decisivo na política de inclusão social para que as pessoas possam ser tratadas de forma igualitária na medida de suas desigualdades. Como exemplo, podemos mencionar empresas que decidem contratar pessoas com necessidades especiais, porém não preparam os equipamentos e as instalações para recebê-las, ou seja, ela pode ter dado igual oportunidade de concorrência para a vaga de emprego, mas não veri�cou se a empresa estava apta a tratar com equidade as pessoas com necessidades especiais frente às que não possuem. A igualdade é baseada no princípio da universalidade, ou seja, que todos devem ser regidos pelas mesmas regras e devem ter os mesmos direitos e deveres. Equidade signi�ca dar às pessoas o que elas precisam para que todos tenham acesso às mesmas oportunidades. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 20/40 Ter responsabilidade social com foco também em inclusão social é ir ao encontro das pessoas ou grupos menos favorecidos ou discriminados por questões de gênero, cor, raça, etnia, credo, idade, necessidades especiais entre outras, ou seja, não é somente cumprir cotas governamentais e sim desenvolver políticas que permitam aos grupos citados ter a equidade para que possam ter as mesmas oportunidades. Trazer a questão de inclusão com equidade para dentro das empresas exige uma conscientização e, em muitos casos, uma mudança de postura de todos os envolvidos, ou seja, não basta mudar a cultura da empresa, mas também trazer todos os empregados, independentes das funções que exerçam, para este pensamento e cultura. MUDANÇA NA SOCIEDADE E SEUS IMPACTOS NA INCLUSÃO SOCIAL DAS EMPRESAS Estudante, no século XVIII, na Inglaterra, aconteceu a Revolução Industrial e umas das principais causas foi o advento da máquina a vapor inventada por Thomas Newcomen, com isto iniciou-se a alteração da relação de trabalho e emprego existente na época. Neste momento, a sociedade passou a ser dividida em dois grupos distintos: Burguesia x Proletariado. Na maioria das empresas, o ambiente de trabalho era insalubre e até crianças trabalhavam de forma “normal”, além de terem uma jornada de trabalho exaustiva; porém a sociedade foi se transformando e tais fatos na relação de trabalho de emprego no século XXI são inconcebíveis, mas ainda assim acontecem. A comparação citada acima traz à tona que a sociedade está em constantes modi�cações e não podemos simplesmente adotar a metodologia de QVT, critérios da BSPO ou qualquer outra, sem entender a sua essência e o mundo em que estamos inseridos. Talvez quando falamos em inclusão social podemos lembrar primeiramente de negros, quilombolas, indígenas e LGBTQIAPN+, porém além destes ainda temos outros grupos de pessoas: sem acesso à educação de qualidade; com mais de 40 anos; gestantes; com necessidades especiais; sem experiência pro�ssional; refugiados; apátridas; mulheres com �lhos pequenos, etc. Figura 1 - Inclusão 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 21/40 Ainda poderiam ser citados outros grupos que podem variar em razão da região do mundo, ou seja, não podemos restringir o nosso pensamento em um determinado grupo, para evitar desse modo a exclusão social. Tomando por base o método QVT no item Trabalho e o espaço total de vida associado ao critério Social de BPSO, teremos uma interligação, pois o primeiro traz a liberdade de opinião, a não interferência na vida privada e ter horários previsíveis, já no critério de França (1996) a preocupação é em criar ambientes para que o trabalhador possa ter a sua desconexão com o trabalho; porém, a partir de 2019 com a Pandemiacausada pelo SarsCov19, as relações de trabalho se alteraram profundamente, e hoje o local de trabalho de muitos não é mais a empresa, mas, sim, onde o trabalhador esteja; existem empresas que não exigem mais a presença física do funcionário, ou seja, o trabalhador pode morar em qualquer local do mundo. Diante disto, como as empresas podem trazer qualidade de vida no trabalho com inclusão social e equidade? Este talvez seja o grande desa�o das empresas do século XXI, porém isto não cabe somente aos gestores, e sim a todos os trabalhadores. Caro estudante, ainda sobre o tema da mudança trazida pela pandemia citada, em que você está e em qual horário está lendo este texto sobre ESG? Talvez você possa considerar uma pergunta sem sentido, porém a Pandemia de Covid-19 trouxe à tona outra realidade: a das pessoas que estão excluídas do acesso à informação e em muitos casos também da educação, podendo haver a falsa sensação que não faz parte de Qualidade de Vida no Trabalho. Os itens abaixo trazem a relação entre o método QVT e exclusão citada acima: Uso e desenvolvimento das capacidades pessoais; Oportunidade de crescimento e segurança; Integração social na organização. Fonte: Shutterstock. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 22/40 Tanto os três itens acima como a questão de acesso de informação se relacionam com os critérios BPSO em Psicológicas e Sociais, ou seja, estão interligados. No século XXI não é concebível pensar em Qualidade de Vida no Trabalho e inclusão social somente dentro do local onde a pessoa trabalhe e no horário em que ela esteja desenvolvendo tarefas para a empresa, mas, sim, em todo o contexto em que a empresa e o trabalhador estão envolvidos, ou seja, em qualquer momento. A cada dia pode estar surgindo um novo grupo que necessite de um olhar especial e por consequência da inclusão social. EQUIDADE E INCLUSÃO NA PRÁTICA A inclusão social nas empresas faz parte do dia a dia de todas as pessoas e, em muitos casos, passamos despercebidos por ela, pois temos que reforçar que nesta nova relação de trabalho estabelecida pela Pandemia em 2019, o local de trabalho mudou. Muitas empresas adotaram em campanhas publicitárias e até mesmo na marca de suas empresas as cores do LGBTQIAP+ em apoio e inclusão deste grupo social. Outro exemplo que podemos trazer são as empresas que constroem e destinam áreas dentro da empresa chamadas de: “Áreas de Descompressão”, em que os trabalhadores podem �car após o término de uma tarefa, durante o almoço ou simplesmente quando julgarem necessário. Uma importante forma de inclusão social adotada também é a licença-paternidade em igual período da licença-maternidade, assim o acompanhamento dos �lhos nos primeiros meses poderá ser feito por ambos os pais; ainda há empresas que deixam o pai escolher se desejam que a licença paternidade seja junto com a maternidade ou quando esta acabar, priorizando, assim, o convívio do(s) �lho(s) com os pais. Ainda na parte de inclusão social para mulheres com �lhos menores de cinco anos, já temos casos de empresas no Brasil que ao invés de darem auxílio creche para as mães, possuem creches no ambiente de trabalho delas e alguns casos deixam as crianças virem com as mães com o transporte ofertado pela empresa. Nas grandes metrópoles já é adotado por diversas empresas o horário �exível de trabalho e com isto existe um ganho de qualidade de vida para o trabalhador, pois cumprida a carga horária estabelecida, o funcionário pode escolher o horário para iniciar e encerrar a sua jornada de trabalho, e desta forma poderá se locomover em horários com menos trânsito, por exemplo. Uma importante inclusão social que as empresas fazem é apoiarem nas comunidades em que estão inseridas ou até dentro delas mesmo, por meio de cursos de formação voltado para a educação de jovens e adultos (EJA), o que in�uencia positivamente na vida de quem aprende e o deixa com maiores chances em caso da necessidade de recolocação. Outra capacitação que muitas empresas adotam são o que chamamos de “Jovem Aprendiz” e a parceria com escolas pro�ssionalizantes para que no contraturno os alunos estejam nas indústrias aprendendo, ou seja, capacitam e dão oportunidade para o jovem ter o primeiro emprego, além disso, os “aprendizes” 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 23/40 Já temos exemplos de empresas que buscam equilibrar os cargos de gestão entre grupos predominantes, como homem branco, com grupos que são considerados menos favorecidos, em especial mulheres e negros. Existe ainda uma forma de inclusão social pouco comentada: quando a empresa contrata um estagiário e traz para ele uma formação, com certeza está contribuindo para o futuro pro�ssional dele; o grande problema neste caso é que muitas empresas contratam estagiários como uma mão de obra barata, neste caso está indo contra tudo o que é disseminado pela responsabilidade social. Fazer inclusão social com equidade não é algo complexo para as empresas fazerem, porém basta que elas tenham isto como propósito e cultura. VIDEOAULA Estudante, nesta videoaula será aprofundado mais sobre a questão de equidade e como, isto é, de suma importância para as empresas que desejam se manter ativas no mercado, pois incluir grupos menos favorecidos faz parte de um dos pilares da ESG. Bons estudos! Saiba mais Pretos ou Negros? Uma dúvida que podemos ter, porém o texto de Giacomo Vicenzo (2021) traz considerações que devemos fazer e o mais importante é tratar da Inclusão Social. Para explorar mais sobre o tema inclusão social acesse o link que com certeza vai lhe ajudar a compreender ainda mais sobre este tema. obrigatoriamente devem estar matriculados e frequentando a escola. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 4 BOAS PRÁTICAS ESG https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2021/08/25/preto-ounegro-qual-a-relacao-dos-termos-com-a-historia-do-brasil.htm https://brasilescola.uol.com.br/educacao/inclusao-social.htm 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 24/40 INTRODUÇÃO Bem-vindo, caro estudante! Nesta aula, você conhecerá as boas práticas de ESG e o desenvolvimento do tema será feito por meio de estudos de casos sobre: responsabilidade social, sustentabilidade e governança. Todos os estudos de caso serão embasados com o conteúdo desenvolvido nesta Unidade 1, assim, você, estudante poderá veri�car que o tema de responsabilidade está mais presente no seu dia a dia do que muitas vezes você pode pensar e, em alguns momentos, a escolha de determinado serviço, produto ou mercadoria feita por você pode considerar estes princípios sem mesmo que pense em ESG. Bons estudos neste importante tema! ESG E ISO Estudante, nesta aula vamos desenvolver a temática das boas práticas relacionadas aos propósitos da cultura do ESG, ou seja, responsabilidade. No século XX surgiram diversas demandas atreladas às boas práticas por conta das exigências de muitas empresas a se adequarem às normas da cultura da International Organization for Standardization (ISO), as quais dizem respeito à normatização e quali�cação dos trabalhos. O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) traz a seguinte de�nição sobre a ISO: “A ISO tem como objetivo criar normas que facilitem o comércio e promovam boas práticas de gestão e o avanço tecnológico, além de disseminar conhecimentos” (INMETRO, 2010 [s.p.]). Como pode-se observar, a ISO trouxe a questão de boas práticas para dentro da gestão, ainda não atrelada à cultura ESG, e as mais conhecidas são: ISO 9000, que trata sobre a gestão da qualidade; Bem-vindo, caro estudante! Nesta aula, você conhecerá as boas práticas de ESG e o desenvolvimento do tema será feito por meio de estudos de casos sobre: responsabilidade social, sustentabilidade e governança. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=110147525/40 ISO 14000, que trata sobre a gestão do meio ambiente; ISO 26000, responsabilidade social. As empresas que passaram a implantar a ISO 9000 tiverem obrigatoriamente que entender sobre boas práticas para poder ter sucesso na implantação. Mourão (2002 [s.p.]) de�niu boas práticas como: Figura 1 - Boas práticas Fonte: Shutterstock. Boa prática consiste em uma(s) técnica(s) identi�cada(s) e experimentada(s) como e�ciente(s) e e�caz(es) em seu contexto de implantação, para a realização de determinada tarefa, atividade ou procedimento ou, ainda, em uma perspectiva mais ampla, para a realização de um conjunto destes, visando o alcance de um objetivo comum. Desta forma podemos notar que a implantação da ISO auxiliou no processo da construção de boas práticas para a cultura ESG, pois a base já havia sido constituída, mas ainda existe um longo percurso para as empresas trilharem na questão de: Boas práticas de sustentabilidade; Boas práticas sociais; Boas práticas de governança. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 26/40 Considerando que a boa prática visa alcançar um objetivo comum, é importante destacar que para a cultura ESG este envolvimento é para que possa gerar impacto em tudo na empresa, ou seja, de nada adianta ter uma boa prática junto aos seus empregados se a empresa gerar uma degradação do ambiente familiar e social, por exemplo. Além de saber como boas práticas impactam no resultado da ESG, é necessário reforçar sempre os termos inerentes a esta cultura: sustentabilidade, social e governança. A sustentabilidade busca um equilíbrio entre dois fatores que em geral se opõem: exploração x preservação, ou seja, ambos têm que conviver de forma harmônica. O termo exploração aqui se refere ao que a empresa extrai do meio ambiente para a produção de seus bens e o quão a sua atividade degrada o meio ambiente, assim, analisa a operação da empresa como um todo. A questão social para boa prática pode ser considerada de forma mais abrangente e utilizar o termo de Responsabilidade Social Empresarial (RSE), ou seja, a empresa que adota boas práticas sociais analisa não somente a relação com seus empregados e terceiros, mas também com a comunidade local e como os clientes e fornecedores gerem seus empregados, com isto consegue levar boas práticas para um campo muito maior e com impactos abrangentes. Complementando o tripé, temos as boas práticas em governança e esta faz a junção nas demais, pois envolve de forma direta e indireta acionistas, órgãos de �scalização e diretoria, ou seja, como eles cuidam dos negócios em que as empresas estão inseridas. IMPLANTAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS Estudante, agora vamos tratar da implantação de boas práticas nos três pilares da ESG: social, sustentabilidade (ambiental) e de governança, pois isto deve ocorrer de forma contínua, planejada e consciente. Primeiramente, os responsáveis pela empresa devem estabelecer um grupo para atuar como comitê para implantação do ESG, o qual será responsável pela elaboração do plano de ação, além dos seguintes conselhos: Conselho de administração: tem a função de auxiliar a administração da empresa no planejamento �nanceiro e socioeconômico. Tem como responsabilidade o contato com a auditoria interna e externa, gerenciamento de desempenhos, riscos, entre outros. Conselho �scal: pode variar suas demandas em virtude da localização da empresa e onde ela atua, porém como o próprio diz, tem a responsabilidade �scalizatória da entidade. O IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) de�ne o conselho como: 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 27/40 Conselho consultivo ou conselho familiar: não deve ser confundido com o da administração. Este, dentro da organização, tem uma grande importância, pois ele está acima dos outros dois; em caso de empresa familiar ganha uma relevância ainda maior, pois é nele em que os representantes da família participam na empresa. Tem a função de aconselhar, sugerir, esclarecer dúvidas, entre outros, para os sócios da empresa; deve ser formado por pro�ssionais quali�cados. Após a implantação dos Conselhos, a etapa seguinte é veri�car se a empresa tem as características abaixo: Transparência: de forma geral em seus atos e não somente na parte �nanceira, tornando público o seu acesso nas partes que tenham interesse, deste que não venha trazer prejuízo a empresa; Equidade: todos devem ser tratados de forma isonômica dentro da empresa, inclusive os sócios, sem se importar com a função ou quantidade de quotas que detenham; Prestação de contas: os gestores devem prestar contas de seus atos sejam eles positivos ou negativos; Responsabilidade: todos devem zelar pela empresa, independentemente de sua função dentro dela, seja pelo capital humano, patrimonial, econômico ou �nanceiro. Cada empresa pode desenvolver um roteiro para implantar as boas práticas, pois não existe um modelo único para isto. Para tanto, deve-se levar em consideração a cultura e localização de cada empresa, porém algumas etapas podem ser comuns a todos, conforme abaixo: Diagnóstico – este é o passo primordial e que não pode ser ignorado, pois é neste momento que a empresa faz o levantamento da atual situação da empresa em vista da ESG; Planejamento – o segundo passo é elaborar um planejamento prévio, com a criação dos conselhos responsáveis por cada etapa, tempo de execução, medições, reuniões, etc. Orçamento – após o planejamento, é necessário elaborar um orçamento que se adeque à empresa e à implantação; Suporte da gestão – fundamental e essencial para o sucesso da implantação de boas práticas de ESG; Estratégia – de�nir qual é a estratégia para adoção das boas práticas, ou seja, como os demais empregados e parceiros serão envolvidos. É parte integrante do sistema de Governança das organizações brasileiras. Poder ser permanente ou não, conforme dispuser o estatuto. Representa um mecanismo de �scalização independente dos administradores para reporte aos sócios, instalado por decisão da assembleia geral, cujo objetivo é preservar o valor da organização. Os conselheiros �scais possuem poder de atuação individual, apesar do caráter colegiado do órgão. — (IBCG, 2015, p.182 apud FILHO & CIERCO, 2022, p. 41) 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 28/40 Treinamento – para o sucesso das boas práticas é necessário treinar a todos nesta nova cultura empresarial; Divulgação – de cada etapa do processo, inclusive comunicando a fornecedores e clientes sobre a implantação da cultura de boas práticas; Medição – criação de formas de medir a e�cácia durante e a após a implementação, somente assim o sucesso poderá ser alcançado; e caso algo esteja fora do programado, é na medição que poderá ser ajustado. Como vimos, adoção boas práticas se dão por meio de um processo, cujo tempo de implementação depende de cada empresa. Vale lembrar que boas práticas de ESG não são de exclusividade somente de grandes empresas, qualquer uma pode implementar com práticas simples: fornecer copos de vidros aos empregados para o café e água em substituição dos de plástico; separar o lixo da empresa em orgânico e reciclável, com destinação correta; deixar a empresa acessível para qualquer público; buscar a diversidade de gênero para empresa. Como vimos, a ESG é para qualquer empresa. CASOS DE BOAS PRÁTICAS Nesta aula vamos demonstrar diversos exemplos reais para cada boa prática, ou seja, social, de sustentabilidade e de governança. Lembre-se que existem outras e tome as listadas abaixo como exemplos: Boa prática de sustentabilidade – podemos pensar que somente as empresas desenvolvem boas práticas, mas, não, e um exemplo público disto é o município de Araraquara/SP que por meio da Lei nº 895/2018 (YASHUDA, 2018) institui descontos progressivos no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para construções quetenham: Instalação de energia fotovoltaica; Instalação de aquecimento hidráulico solar; Área mínima arborizada; Área permeável do solo. No caso acima, foi uma iniciativa do Município incentivar a adoção de boas práticas; existem outros municípios no Brasil que adotam o chamado IPTU Verde, veri�que se não é o caso do município onde você reside. Um outro caso de sustentabilidade são as indústrias moveleiras que somente produzem móveis a partir de madeira com origem em áreas de re�orestamentos, assim, antes de comprar pedem o certi�cado de origem da matéria-prima de modo que toda a cadeia produtiva dela se adeque às boas práticas. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 29/40 Uma outra forma muito comum que as empresas adotam como boa prática social é auxiliar instituições que desenvolvam projetos sociais; em muitos casos, as empresas criam seus próprios institutos para atuação. Também há exemplos de empresas que durante os meses que antecedem o inverno iniciam campanhas junto aos empregados para doação de agasalhos, com isto conseguem envolver os empregados e incentivá-los nesse tema. Boa prática de governança – pode ser difícil identi�cá-la, mas seguem exemplos inspiradores: Desenvolver e divulgar código de conduta da empresa, este não envolve somente os empregados, mas também os fornecedores e clientes; As práticas antissuborno começaram a ganhar grande evidência nas empresas que negociam com empresas americanas, pois isto é condição primordial para esse tipo de negócio. No Brasil existe uma legislação que trata deste assunto (Lei nº 12846/2013), a qual levou muitas empresas a adotarem um maior controle e punição sobre o tema, e isto engloba inclusive os presentes que alguns empregados ganham em especial no �m de ano; Processos internos da empresa claros, bem de�nidos e aplicáveis a todos os empregados; Divulgação no site da empresa de todos os manuais de boas práticas. Em geral, o site de grandes empresas contém as informações de como a empresa trata do tema e pode ser uma boa fonte de inspiração para seus estudos e atividades. VIDEOAULA Estudante, nesta videoaula será possível se aprofundar em como identi�car, desenvolver, implantar boas práticas de sustentabilidade, social e de governança, além de diversos exemplos que estão no nosso cotidiano para identi�car as boas práticas, pois em muitos casos pode parecer algo que foge ao nosso dia a dia, e deixar a sensação que na verdade elas não existem. Neste vídeo serão abordados novos exemplos. Bons estudos! Saiba mais Boa prática social – uma boa prática social que podemos identi�car em diversos restaurantes são os cardápios em Braille, os quais possibilitam às pessoas com de�ciência visual escolher de forma autônoma sua alimentação. No século XXI houve uma mudança em algumas funções tidas como exclusivas do sexo masculino como: motorista de ônibus e caminhão, fresador, torneiro mecânico, entre outras, que hoje também são exercidas por mulheres. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 30/40 Você sabia que no Brasil existe um instituto o qual desenvolve materiais e ajuda as empresas implantarem boas práticas de governança? Trata-se do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), convido você estudante a acessar o site e se aprofundar ainda mais sobre o assunto. IMPLANTAÇÃO, DESAFIOS E MONITORAMENTO DA ESG Olá, estudante! Nesta unidade, trataremos sobre os desa�os que as empresas têm ao iniciar a implantação da responsabilidade de governança, social e ambiental ou simplesmente ESG e como isto impacta nas suas operações. Após a implantação surgem duas novas etapas complementares entre si e que trazem novos desa�os, a saber: do controle, manutenção e mensuração. Para as etapas terem sucesso, a empresa ou o órgão público sempre deve considerar diversos fatores, porém alguns impactam de maneira direta nos resultados. São eles: a sociedade em que está inserida; qual o segmento em que atua; público-alvo com o qual a empresa trabalha; propósito da ESG x cultura da empresa; comprometimento da gestão com a ESG; tempo e investimento que a empresa/ente público tem para a ESG. Aula 5 REVISÃO DA UNIDADE https://www.ibgc.org.br/ 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 31/40 Quando se implanta a ESG, as empresas de alguma forma buscam compensar ou até mesmo reparar algum impacto negativo que tenham levado à sociedade ou ao ambiente, com isto é necessário ajustar os seus procedimentos por meio da governança. Porém, a cultura do local onde a empresa está instalada é de fundamental importância, pois se tomarmos como exemplo o Brasil, existem hábitos diferentes dentro do território nacional, devido à diferença de cultura nas cinco regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro- Oeste e Sul. Como exemplo, podemos citar o hábito de tomar chimarrão no Sul do Brasil ou o consumo de feijão do tipo carioquinha no estado de São Paulo, que não são hábitos comuns nas outras regiões do país. Não podemos incorrer no erro de pensar ESG somente no lado de sustentabilidade e não desenvolver a responsabilidade social, pois as empresas são formadas de pessoas e, casos estas não tenham o envolvimento com a responsabilidade ambiental e de governança, todo o trabalho de implantação poderá fracassar, por isto um ponto importante dentro implantação da ESG é fornecer treinamento adequado aos empregados para que possam se comprometer e principalmente desenvolver a liderança da empresa. Além disso, deve-se considerar qual o tipo de sociedade vigente, no caso do ano de 2023, é possível indicar que se trata de um ambiente social incerto, ansioso, não linear e com excesso de informação, o que pode gerar a incompreensão, todas estas características se referem ao mundo BANI (sigla em inglês para brittle, anxious, non-linear, incomprehensible; que pode ser traduzido por: frágil, ansioso, não linear e incompreensível). Caso não haja o controle, a empresa poderá ter desperdiçado preciosos recursos para implantar a ESG e nesta fase, devido à constante evolução da sociedade, pode ser necessário que se façam manutenções nas boas práticas da empresa. Porém isto somente será possível se a organização tiver ferramentas para mensurar como estão as boas práticas sociais, de sustentabilidade e de governança na empresa, pois tudo o que não é mensurável não pode também ser controlado. Se a ESG fosse um esporte, poderíamos dizer que ela se assemelha à maratona, em que o importante é iniciar e manter o ritmo, diferentemente de uma corrida de 100m rasos, que preza pela velocidade. REVISÃO DA UNIDADE Estudante, neste vídeo será possível constatar como a implantação, o monitoramento e a mensuração das boas práticas aplicáveis ao ESG impactam na vida das empresas e como isto re�ete diretamente na comunidade e nos empregados, e todo este circuito que se forma é bené�co e traz melhorias para a sociedade como um todo, ou seja, se torna uma corrente da responsabilidade. Outro fato relevante é desenvolver políticas inclusivas aos grupos de pessoas que por diversos motivos sejam menos favorecidos, excluídos, marginalizados ou sequer lembrados, nestes casos não se trata de caridade, mas de um trabalho de inclusão. Na implantação pode-se veri�car outras fontes para auxiliar, pois as responsabilidades tratadas na ESG também foram citadas de uma outra forma nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU-2015), os quais elencaram 17 metas globais nas áreas sociais e ambientais. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 32/40 ESTUDO DE CASO Estudante, para contextualizar sua aprendizagem da Unidade 1, você será o protagonista da situação a seguir. Vamos lá! Uma empresa fundada no início dos anos de 1970 tem como ramo de atividade afabricação e o comércio de roupas infantis, estando instalada no município de São Paulo em uma área hoje residencial. A administração da empresa está na segunda geração da família, próxima da terceira, e recebeu uma oferta do exterior para fabricar uma linha exclusiva durante os próximos 10 anos; com isto, seu faturamento anual terá um acréscimo de 70% ao ano, mas o cliente impõe a seguinte exigência: a empresa deve ter políticas desenvolvidas ou as desenvolver para responsabilidade social, ambiental e práticas de governança estabelecidas. Neste momento, você é chamado para auxiliar a empresa nesta transição e recebe do atual diretor geral um memorando contendo algumas características da empresa que ele julga ser necessário alterar por conta dessa demanda, conforme a seguir: Somente homens ocupam cargo de gestão na empresa; A carga diária de trabalho da produção em geral é de 10 horas diárias de segunda a sábado; Todos os direitos trabalhistas e impostos são pagos; A equipe de manutenção trabalha todos os domingos; Toda a parte administrativa �ca no segundo andar do galpão, o qual somente é acessível por escadas. As mulheres que trabalham na produção, após retornarem da licença-maternidade, são dispendas; Não são contratadas mulheres com �lhos menores de 14 anos; A maioria dos trabalhadores na produção somente estudou até o quinto ano do Ensino Fundamental I e muitos são imigrantes que têm grande di�culdade de comunicação; Toda a parte de �ação elétrica da empresa é a mesma desde sua fundação; Não existe reciclagem de material; 100% de sua produção é vendida, mas as peças que apresentam algum defeito de fabricação são descartadas no lixo comum; As promoções para os funcionários não são feitas por mérito; A empresa já foi multada diversas vezes pela poluição sonora que causa; Não existe um programa de reuso de água ou de seu uso consciente; A empresa fornece refeição no local para os funcionários, porém as pessoas que têm alguma restrição alimentar devem levar sua própria comida; 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 33/40 Os donos e a diretoria se alimentam na empresa, mas têm um cardápio diferente do cardápio dos funcionários; É fornecido transporte fretado com desconto de 1% do valor do salário-mínimo a todos os empregados, porém os que fazem hora extra usam o transporte público para ir embora; Na rua onde está instalada a empresa, há uma escola de Ensino Fundamental I e II e uma Unidade Básica de Saúde; Quando ocorre a carga e descarga de produtos da empresa, muitas vezes, a rua é fechada e o tráfego é interrompido durante essa atividade. Com as informações acima e considerando os seus conhecimentos iniciais em ESG, elabore um relatório elencando quais boas práticas de ESG poderiam ser implantadas nesta empresa, tendo como base os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e como estariam alinhados com a sua proposta. Por �m, elabore observações de como seriam mensuradas e monitoradas as ações. Re�ita! Olá, estudante! O estudo de caso proposto traz situações comuns a muitas empresas e para que seja possível a transformação, primeiramente, é necessário mensurar quais impactos cada item traz no dia a dia das empresas; na sequência é possível identi�car as melhorias possíveis relacionando-as com as responsabilidades sociais, ambientas e de governança. Existem situações que demandam baixo nível de investimentos �nanceiros e podem trazer um resultado imediato para a empresa. Essencialmente, a cultura da empresa deve ter alterações, mas para isto é necessário que todos saibam o que é a cultura ESG. Importante salientar que algumas mudanças podem ser consideradas como consequência, ou seja, quando você alterar uma rotina pode ser que outra melhore automaticamente; e isto é importante estar mapeado. Outro ponto importante: não se esqueça de contextualizar a empresa no ambiente em que ela está inserida, isto poderá fazer toda a diferença na implantação. No relatório não deixe de explicar as boas práticas do ESG e quais as vantagens trazidas por ela para a empresa, assim, seu trabalho estará fundamentado e pronto para ser colocado em prática. RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO Estudante, a situação apresentada pode ter mais de uma solução, porém, para todas é indicado iniciar pela tabulação dos desa�os e fazer a ligação deles com as responsabilidades da ESG e ODS. Quadro 1 | Correlação de desa�os x ESG x ODS DESAFIOS ESG ODS 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 34/40 Somente homens ocupam cargos de gestão Social Igualdade de gênero Trabalho diário de 10 horas e aos sábados e domingos Social Trabalho decente e crescimento econômico Falta de acessibilidade para administração Social Trabalho decente e crescimento econômico Dispensa de mulheres pós-parto e não contratação de mulheres com �lhos pequenos (até 14 anos) Social Igualdade de gênero Funcionários com baixo nível de escolaridade Social Educação de qualidade Parte elétrica antiga Ambiental Energia limpa e acessível Não fomenta a reciclagem e não há política para o descarte de materiais Ambiental Consumo e produção responsáveis Poluição sonora Ambiental Consumo e produção responsáveis Promoções sem critério Social Trabalho decente e crescimento econômico Falta de política para uso consciente de água Ambiental Água potável e saneamento Diferenciação de alimentação da diretoria e falta de cardápio para restrição alimentar Social Trabalho decente e crescimento econômico Transporte fornecido não atende às demandas da empresa Social Trabalho decente e crescimento econômico Problemas com carga e descarga de produtos Social Indústria, inovação e infraestrutura Escola e UBS próximas à empresa Social Indústria, inovação e infraestrutura Fonte: elaborado pelo autor. 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 35/40 Pode-se notar a ausência de item referente à Governança na ESG, porém ela é necessária para implementar os demais. Após a construção do Quadro 1, você deve alocar os itens similares e uma maneira é analisar cada um em relação ao ODS correspondente. Quadro 2 | Alocação de similares DESAFIOS ESG ODS Somente homens ocupam cargos de gestão, dispensa de mulheres pós-parto e não contratação de mulheres com �lhos pequenos (até 14 anos) Social Igualdade de gênero Trabalho diário de 10 horas e aos sábados e domingos, falta de acessibilidade para administração, promoções sem mérito, diferenciação de alimentação da diretoria e falta de cardápio para pessoas com restrição alimentar e transporte fornecido não atende às demandas da empresa Social Trabalho decente e crescimento econômico Funcionários com baixo nível de escolaridade Social Educação de qualidade Parte elétrica antiga Ambiental Energia limpa e acessível Não fomenta a reciclagem e sem política para o descarte e a poluição sonora Ambiental Consumo e produção responsáveis Falta de política para uso consciente de água Ambiental Água potável e saneamento Problemas com carga e descarga de produtos e escola/UBS próximas à empresa Social Indústria, inovação e infraestrutura Fonte: elaborado pelo autor. A partir da alocação, foram identi�cados sete tópicos a serem tratados, é neste momento que se fazem as indicações para tratar cada tema: 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 36/40 Igualdade de gênero – estabelecer metas tanto em tempo como para quantidade de ter diversidade de gênero na gestão da empresa, além de cessar com as demissões de mulheres pós-parto e incentivar as contratações de mulheres que tenham �lho em idade escolar. Pode ser feita uma parceria com a escola que �ca próxima à empresa. Trabalho decente e crescimento econômico – uni�car o refeitório da empresa e sua alimentação, dispor cardápios alternativos para as pessoas comrestrição alimentar . Estabelecer política para redução de horas extras, realizar as manutenções durante a semana com programação de paradas (este tema poderia estar na indústria, inovação e infraestrutura). Educação de qualidade – promover para os empregados Educação de Jovens e Adultos (EJA), a qual poderia ser dentro da empresa e até mesmo durante o expediente normal de trabalho. Energia limpa e acessível – elaborar um plano de adequação e modernização da rede elétrica, além de instalação de placas fotovoltaicas, que pode gerar economia de energia. Consumo e produção responsável – desenvolver campanhas internas sobre a reciclagem e desenvolver políticas para o descarte consciente de resíduos, além disto as peças que estivessem em boas condições de uso poderiam ser doadas. Outro fato importante é a melhora no isolamento acústico da empresa e limitação do horário de trabalho. Água potável e saneamento – criar campanhas para uso consciente da água, troca de torneiras para automáticas, reuso da água de chuva entre outras políticas. Indústria, inovação e infraestrutura – criar docas para carga e descarga, além de estabelecer horário para esta atividade, o qual não poderia coincidir com o horário da escola, além de comunicar qual o tipo de transporte que será aceito pela empresa na carga e descarga, evitando, assim, a necessidade de fechar a rua para carga e descarga de produtos. Desa�os para implementar a ESG sempre existirão, porém, alguns não demandam investimentos altos, como o caso da igualdade de gênero, porém necessitam de uma mudança de cultura por parte da empresa, mas no momento em que se aloca os similares, pode ser percebido como uma ação que pode interferir no ambiente em que a empresa está inserida. Após esta etapa, a empresa necessita desenvolver políticas internas claras para que a cultura ESG consiga ser implantada e isto é tarefa para a Governança. RESUMO VISUAL Figura 1 | Implantação da cultura ESG Identi�cação dos desa�os 19/04/2024, 09:59 clldd_23.2_u1_esg https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 37/40 Fonte: elaborada pelo autor. Correlação dos desa�os com os propósitos da ESG Junção dos similares Indicação de sugestões e processos de ESG Treinamento e implantação dos processos de ESG Acompanhamento dos processos Mensuração dos resultados Aula 1 CASCIO, J. A educação em um mundo cada vez mais caótico. Entrevista concedida a David Thornburg,. SENAC, Rio de Janeiro, n. 1, v. 47, jan./abr. 2021. ELKINGTON, J. Sustentabilidade, canibais com garfo e faca. São Paulo: M.Books do Brasil, 2012. EQUIPE CATHO EMPRESAS. Mundo BANI: por que você precisa conhecê-lo? Disponível em: https://paraempresas.catho.com.br/mundo-bani/. Acesso em: 4 jun. 2023. GOI JUNIOR, L. O. Sustentabilidade corporativa e ESG: como ir de lucrar por lucrar, para lucrar com propósito. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2023. GUITARRARA, P. "ECO-92". 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